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Distribuição gratuita Brasília, 26 de março a 1 abril de 2016
Ainda que não venha a ser comprovado que os políticos cujos nomes constam da “lista da Odebrecht” tenham recebido dinheiro ilegal, as planilhas que indicariam possíveis repasses para 316 deputados, senadores e governadores só mostraram o que todo brasileiro já sabia: poucos homens públicos navegam tranquilamente no mar da honestidade. Confira quem foi citado, inclusive com os apelidos com alusão ao comportamento de cada um. PÁGINAS 6 e 7
Ano VI - 252
Se gritar pega ladrão... Disputa por terras do Morro da Capelinha ameaça Via Sacra de Planaltina PÁGINAS 10 e 11
Fisioterapeutas cobram reajuste nos honorários pagos por planos de saúde PÁGINAS 8 e 9
E
x p e d i e n t e
Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor de Arte Gabriel Pontes redacao.bsbcapital@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com Cel: 61-9139-3991 Impressão Gráfica Jornal Brasília Agora Tiragem 20.000 exemplares e
Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo
Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste,
Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante,
Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa
Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas
(GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO) e Luziânia (GO).
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Amor ao Brasília Capital Venho por intermédio desta mensagem dizer que amo o trabalho que vocês têm feito sobre o Brasil. Só uma página de notícias Independente faz o Brasil se tornar conhecido aqui em Angola. Somos gratos por isso.
2 n Brasília, 26 de março a 1 de abril de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com
Pelai
Política
A
Casa de Chocolates Schimmelpfeng lançou um ovo de Páscoa no sabor “moroango”. É uma alusão ao juiz Sérgio Moro. O idealizador do ovo diz não ter preferência no atual cenário político. “É uma brincadeira, porque o homem está aparecendo”, diz José Áugusto Cury. Dizem que o chocolate vai amargar a boca de muito político por aí...
nJosé Lino de Andrade – Via Facebook O Kujuba É impressionante como ainda tentam restringir a Operação Lava Jato e toda a corrupção existente no país a apenas um partido. Trazer para o campo da falta de ética as pedaladas
Dívidas alongadas Durante a terceira reunião do Fórum Permanente de Governadores, na terça-feira (22), representantes de 21 estados e do Distrito Federal, dois quais 15 governadores, decidiram que vão pedir o alongamento do prazo para o pagamento das dívidas das unidades da Federação com a União.
Folga de 20 anos Se aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a medida permitirá que os passivos sejam pagos em até 50 anos. A legislação atual prevê 30 anos para a quitação. No entendimento dos governadores, a folga de 20 anos diminuirá as parcelas mensais, garantindo um caixa para investimento em projetos sociais e de infraestrutura.
fiscais (a razão tentativa da abertura do processo de impeachment) é reduzir um problema sistêmico e histórico no Brasil a uma prática exclusiva de uma gestão. Todos os governantes fazem isso e vão continuar fazendo. Ou alguém projetaria um governo honesto e
sem corrupção com Jair Bolsonaro, Aécio Neves e Geraldo Alckmin lutando pela presidência em 2018? nMoacir Lopes, via email O único erro do PT foi se aliar ao PMDB para colocar em prática o seu programa de governo. Erro também cometido
Política Tony WInston/Agência Brasília
Precatórios Além do aumento do prazo para pagar as dívidas dos estados e do DF, os chefes dos Executivos estaduais debateram a proposta que permite utilizarem até 40% dos depósitos judiciais privados para o pagamento de precatórios (débitos do governo em face de condenações na Justiça). Essa já foi, inclusive, uma das primeiras conquistas do Fórum Permanente de Governadores.
Dilma já autorizou
Nas mãos dos deputados Anfitrião do encontro, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), explicou que a estratégia será alinhada com os líderes partidários na Câmara dos Deputados. “Vamos solicitar a eles a apreciação rápida do projeto de lei na Câmara. Os ajustes serão feitos no Senado”.
por quem, hoje, está disposto a “impeachmar” a presidente da República. Faltam argumentos legais à oposição para tirar Dilma do poder. Nos vemos em 2018! nJoana Albuquerque, via email DesMOROnando
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Por meio do Decreto-Lei nº 8.616, de 29 de dezembro de 2015, a presidente Dilma autorizou a cobrança de novos indexadores nos contratos de financiamento, o que proporcionará, a partir de abril, que Brasília, por exemplo, deixe de repassar R$ 4 milhões todos os meses ao caixa da União. Os débitos que as unidades da Federação acumulam com a União são referentes a empréstimos acordados ao longo das últimas décadas para financiamentos de obras e projetos.
Engraçado vocês do jornal que, em vez de estar defendendo o juiz Sérgio Moro, que pôs a vida dele e da sua família em risco para limpar o Brasil, colocam como se fosse um jogo de quem perde e de quem ganha. Essa corja de pilantras está desgraçando tudo. Está
Vagner Freitas (*
Querem tirar nossos direitos
Transição O governador Rodrigo Rollemberg sancionou lei de autoria do deputado Cristiano Araújo (PSD) que cria uma política de transição entre os governos do DF. A norma foi publicada no Diário Oficial de quartafeira (23).
Turbulência Agora, após a divulgação do resultado final do pleito pela Justiça Eleitoral, o governador tem até dois dias úteis para disponibilizar espaço físico, materiais, equipamentos e acesso total para consulta da equipe de transição do governo. Para Cristiano Araújo, nem sempre há tranquilidade e respeito entre as equipes que saem e as que entram, sendo mais comum a turbulência.
mais que comprovado que Lula roubou em todos os setores do governo. nAdson Henrique, via Facebook Essa guerra não é do juiz Sérgio Moro, e sim do povo Brasileiro! nJosé Anchieta, via Facebook
O momento exige coragem, unidade, estratégia e disposição para fazer o enfrentamento ao golpe contra a classe trabalhadora. A tentativa de derrubar a presidenta Dilma não é apenas uma questão política. O golpe é um desrespeito à democracia e um ataque às conquistas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras. Já estão tramitando no Congresso Nacional mais de 55 projetos para ampliar a terceirização sem limites e acabar com um dos maiores e mais antigos símbolos dos direitos dos trabalhadores: a Carteira de Trabalho (CTPS), que este mês completa 84 anos. O que está em jogo não é apenas o combate à corrupção e, sim, a disputa entre o projeto de exclusão (liderado pelo PSDB, DEM, PPS) e o de inclusão social, com distribuição de renda e geração de emprego. Nos últimos 13 anos, apesar das crises financeiras internacionais, como a de 2008, gerada pelo estouro de uma grande bolha imobiliária, o Brasil gerou 20 milhões de empregos formais, garantiu um aumento real de 77,18% no salário mínimo, tirou mais de 40 milhões de pessoas da miséria, beneficiou um milhão de estudantes com o Prouni e entregou 4 milhões de unidades do Minha Casa, Minha Vida. Foi uma revolução social que chamou a atenção do mundo. É esse projeto de transformação que o capital e os reacionários querem destruir. É este projeto que a burguesia quer enterrar, de preferência, destruindo o PT, os petistas, a CUT e os movimentos sociais que contribuíram para esta revolução. Como não podem acabar conosco via voto, deputados e senadores conservadores se aliaram a mídia e a parte do Judiciário e Polícia Federal para articular o golpe jurídico-midiático que está em curso. Não se importam de atingir a alma da democracia que ainda estamos lutando para consolidar. Durante a campanha eleitoral de 2014, Aécio Neves (PSDB) deixou claro que a sua agenda era a do empresariado: o fim da política de valorização do salário mínimo e uma centena de propostas de arrocho salarial e retirada de direitos. Os que hoje bancam as ações pró-golpe, são os mesmos que bancaram financeiramente a plataforma apresentada por Aécio. O combate à corrupção é uma bandeira histórica da CUT. Os brasileiros honestos querem que todas as denúncias sejam investigadas e os responsáveis punidos. O que não podemos admitir é que uma operação policial seja usada para fomentar um Golpe de Estado e paralise a economia do país, destrua milhares de empregos, prejudicando os trabalhadores, suas famílias e o país inteiro. (*) Presidente Nacional da CUT
Política
4 n Brasília, 26 de março a 1 de abril de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com
Sebastião Nery O Coronel Jararaca RIO – Chico Heráclio foi o mais famoso coronel do Nordeste. Em Limoeiro, Pernambuco, quem mandava era ele. Era o senhor da terra, do fogo e do ar. Ou obedecia ou morria. Fazia eleição como um pastor. Punha o rebanho em frente à casa e ia tangendo, um a um, para o curral cívico. Na mão, o envelope cheinho de chapas. Que ninguém via, ninguém abria, ninguém sabia. Intocado e sagrado como uma virgem medieval. Depois, o rebanho voltava. Um a um. Para comer. Mesa grande e fartura fartíssima. Era o preço do voto. E a festa da vitória. Um dia, um eleitor foi mais afoito que os outros: - Coronel, já cumpri meu dever, já fiz o que o senhor mandou. Levei as chapas, pus tudo lá dentro, direitinho. Só queria perguntar uma coisa ao senhor: em quem foi que eu votei? - Você está louco, meu filho? Nunca mais me pergunte uma asneira dessa. O voto é secreto. Agamenon - Chico Heráclio jogou tudo na campanha de Agamenon Magalhães, do PSD, contra João Cleofas, da UDN, na disputa do governo do Estado, em 1950. Deu mais de 70 por cento dos votos da região a Agamenon. Agamenon tomou posse, ele foi lá. Agamenon estava eufórico: - Chico, use e abuse do meu governo. - Governador, muito obrigado. A Secretaria da Fazenda e a Secretaria de Segurança o senhor não dá a ninguém. As outras não valem nada, não quero nada. A não ser pedir pelos meus amigos quando for preciso e para colocar água em Limoeiro. Pouco depois, voltou ao Palácio para pedir a Agamenon a aposentadoria de um amigo, juiz com poucos anos de função. - Mas Chico, isso é muito difícil. - Se fosse fácil eu não vinha lhe pedir. Governo existe é para fazer as coisas difíceis. As fáceis a gente mesmo faz. Mas entre Heráclio e Lula há uma diferença. Heráclio não dizia palavrão. Lula é um boca-suja. Mulher e menino não podem chegar perto.
O juiz - Dia de festa em Limoeiro. O time da cidade ia jogar com o escrete de Garanhuns, disputando o primeiro lugar no Campeonato Intermunicipal. Coronel Chico Heráclio chegou todo de branco, sentou-se na cadeira de vime, a partida começou. Primeiro tempo, segundo tempo, nada. Zero a zero. Não saia gol. Cinco minutos para acabar o jogo, o juiz, que tinha ido do Recife, marcou pênalti contra Limoeiro. A torcida da cidade endoidou, invadiu o campo. O juiz correu para junto do coronel Heráclio com medo de ser linchado. O coronel levantou a bengala, todo mundo parou: - O que é que houve, seu juiz? - Um pênalti que eu marquei, coronel. - O que é esse negócio de pênalti? - É quando o jogador comete uma falta dentro de sua área. Aí, a bola fica ali naquela marca, em frente à trave e um jogador adversário chuta. Só ele e o goleiro. - E faz o gol, seu juiz? - Geralmente faz, coronel, é difícil goleiro pegar pênalti. - Muito bem, seu juiz. Sua explicação é muito boa, E eu não vou tirar sua autoridade. Já que houve o tal do pênalti, faça como a regra do futebol manda. Só que o senhor, em vez de botar a bola em frente da trave de Limoeiro, faça o favor de botar do outro lado e mandar um jogador daqui
da cidade chutar. - Mas, coronel, isto é contra a lei. - Pois já ficou a favor. Aqui em Limoeiro a lei sou eu. Limoeiro ganhou. Lula - Como Lula mesmo falou, o Brasil está criando uma jararaca. Um Coronel Jararaca. Ele não fala, morde. Ele não diz, xinga. Ele não disputa, rouba o jogo. Não quer aliados, correligionários. Quer vassalos, escravos. Não quer um partido. Quer uma gangue para roubar, roubar, roubar. A filosofia dele é a dos fascínoras. Para ele e para eles, “vale tudo”. Dilma - Até a Dilma, que parecia de caráter diferente, aderiu logo ao bando. Já na campanha eleitoral dizia que “para ganhar vale tudo”. Agora, conta a “Folha de S. Paulo”: “O ministro da Educação, Aloísio Mercadante (logo ele, da Educação!), falou em alternativas para tirar o senador Delcídio da prisão, dizendo que “em política tudo pode”. É a lição, a sórdida lição do PT, de Lula e do governo Dilma.
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Política
6 n Brasília, 26 de março a 1 de abril de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou São trezentos picaretas com anel de doutor Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou São trezentos picaretas com anel de doutor Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou Hebert Vianna
A alcunha dos 300 picaretas Orlando Pontes
O
verso da canção “Luís Inácio”, de Herbert Vianna, gravada pela banda Os Paralamas do Sucesso, no início dos anos 1990, foi inspirada numa declaração do então ex-deputado federal Luís Inácio Lula da Silva (PT-SP). Durante uma palestra para empresários em Rondônia, ao responder a uma pergunta da platéia, Lula disse que no Congresso Nacional havia “uns 300 picaretas com anel de doutor”. Passados mais de vinte anos, o próprio Lula está no centro de um dos maiores escândalos de corrupção da história do Brasil, investigado pela Operação Lava Jato, que já levou cen-
tenas de pessoas para a prisão e recuperou R$ 3 bilhões para os cofres públicos. Mas, como todo político citado e suspeito em qualquer denúncia, o agora ex-presidente da República nega envolvimento e insiste na própria honestidade. Se Lula é inocente ou culpado das acusações de que é alvo, caberá à Justiça decidir. Nomeado há duas semanas ministro da Casa Civil, ele ainda não assumiu suas funções devido a uma enxurrada de recursos impetrados contra o ato da presidente Dilma Rousseff. E só saberá o seu futuro a partir de quarta-feira (30), quando a Suprema Corte volta de recesso e poderá votar sua entrada ou não no atual governo. Grampeados em conversa telefô-
Eduardo Cunha (Dep. PMDB-RJ) CARANGUEJO Pegava o dinheiro até andando para trás, para disfarçar
Renan Calheiros (Sen. PMDB-AL) ATLETA Recordista no salto de patrimônio e nos 100 metros fundos em bancos
Lindbergh Farias (Sen. PT-RJ) LINDINHO Após a grana ser passada, alguém dizia para ele: “bonito, hein?”. Virou o Lindinho
Raul Jungmann (dep. PPS-PE) BRUTO Ficava bruto quando lembravam do escândalo do Incra quando era ministro de FHC
nica, Lula e Dilma insistem que o diálogo que teve o sigilo levantado pelo Justiça e divulgado pela imprensa era “republicano”. Porém, a oposição aponta que tratava-se de uma combinação para dar a Lula foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal e, assim, escapar da mira do juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato em 1ª instância. Nesse imbróglio, o próprio Sérgio Moro é questionado pelos aliados do governo petista de fazer vazamentos seletivos e, de certa forma, poupar políticos ligados à oposição. Tudo ia indo muito bem até a publicação dos áudios da conversa Dilma-Lula, com autorização do juiz, que não consultou o STF. A presidente recorreu ao Supremo, que deve se pronunciar
nos próximos dias sobre a legalidade ou não da publicização dos áudios. Enquanto isso, Lula ganha tempo para articular politicamente. Parte do PMDB, que parecia unido no desembarque do governo, já acena com a possibilidade de manter seus cargos (seis ministérios) na Esplanada e dar a Dilma os votos necessários para que ela escape do impeachment. Sinalizações nesse sentido foram dadas pelos senadores Renan Calheiros (AL, presidente da Casa) Jader Barbalho (PA), e pelo ex-senador José Sarney (AP), que tentam esvaziar a reunião do diretório nacional do PMDB, marcada para terça-feira (29). Mas o que abalou mesmo a classe política foi a divulgação da chamada “Lista da Odebrecht”. Na terça-fei-
Política
7 n Brasília, 26 de março a 1 de abril de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com
Cronologia da Crise 18. 3 Sexta-feira •A semana passada terminou com manifestações em todo o país das organizações que apóiam o governo e lutam contra o impeachment. •O ministro Gilmar Mendes, do STF, suspende a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil e devolve a apreciação do caso ao juiz federal Sérgio Moro.
Humberto Costa (Sen. PT-PE) DRÁCULA O dinheiro devia ser enviado à noite, em caixão a ser enterrado na Cova da Ética
Jarbas Vasconcelos (Dep. PMDB-PE) VIAGRA Ao receber o dinheiro, comemorava: “hoje não vai ter puta pobre!”
Manuela D’Ávila (Dep. PCdoB-RS) AVIÃO Fazia aviãozinho com as notas e, imitando aeromoça, perguntava: dólar ou euro?
Romero Jucá (Sen. PMDB-RR) CACIQUE Ritual com cachimbo da paz, dança da chuva e dinheiro pro alto para atrair fortuna
ra (22), tornaram-se públicas algumas planilhas apreendidas na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto da Silva Júnior, o “BJ”, na 23ª etapa da Lava Jato, em 22 de fevereiro, batizada de Operação Acarajé. Nada menos de 316 nomes foram citados. Sérgio Moro tratou de decretar segredo de Justiça sobre a relação, alegando “prematura conclusão quanto à natureza desses pagamentos”. Mas, em plena era de internet, a relação dos possíveis beneficiários de repasses da maior empreiteira do País correu mundo. Nega daqui, desmente dacolá, estão todos enredados no mesmo pagode. E aí, meu irmão, se gritar pega ladrão, não fica um, diria Bezerra da Silva. O Brasília Capital disponibiliza no
seu site a lista completa da Odebrecht. Acesse www.bsbcapital.com.br. Mas, citamos aqui alguns dos mais conhecidos políticos supostamente beneficiados com dinheiro (lícito ou ilícito da Odebrecht), inclusive com seus apelidos postos pelos distribuidores das propinas ou das “contribuições para campanhas”. Alguns dizem que está tudo declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas outros, aparentemente, são “Caixa 2”. O portal satírico www. sensacionalista.com.br fez algumas legendas para justificar os apelidos apostos em frente aos nomes dos impolutos políticos. Confira alguns nesta página e a lista completa no Portal Brasília Capital. Será que Lula tinha razão?
20. 3 Domingo •Advogados de Lula e outros seis juristas impetram ação no STF para suspender a decisão de Gilmar Mendes que barrou a nomeação de Lula. •Por sorteio, pedido dos advogados fica com o ministro Edson Fachin. 21.3 Segunda-feira •Fachin declar-se “suspeito” para julgar pedido dos advogados de Lula porque é padrinho da filha de um dos advogados que assinam a peça. A ação foi redistribuída para a ministra Rosa Weber. •O operador financeiro Raul Schmidt Felippe Junior, que estava foragido desde julho de 2015, foi preso preventivamente em Portugal, na primeira operação internacional da Lava Jato, batizada pelas autoridades portuguesas de ‘Polimento’. 22.3 Terça-feira •Polícia Federal deflagra a 26ª fase da Lava Jato, batizada de Xepa. Ação ocorreu em SP, RJ, SC, RS, BA, PI, PE, MG e no DF. 380 policiais federais cumpriram 108 mandados de prisões preventivas e temporárias, conduções coercitivas e busca e apreensão. •Rosa Weber nega seguimento ao habeas-corpus encaminhado ao STF pela defesa de Lula. •Ministro do STF, Luiz Fux, rejeita e extingue o mandado de segurança impetrado pela Advocacia Geral da União contra a decisão de Gilmar Mendes que suspendeu a posse de Lula. Afirmou que a jurisprudência do STF rejeita mandado de segurança contra atos decisórios de seus ministros. •Construtora Odebrecht divulga nota à imprensa informando que optou pela colaboração com a Operação Lava-jato e todos os seus executivos envolvidos vão fazer delação premiada, incluindo o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht. •Dilma nomeia interinamente Eva dal Chiavon como ministra-chefe da Casa Civil. Ela é casada com o principal executivo do Movimento dos Sem Terra, Francisco dal Chiavon. •Ministro Teori Zavascki determina que Sérgio Moro envie para o STF as investigações da Lava Jato que envolvem o ex-presidente Lula. Decisão atende a um pedido do governo, que apontou irregularidade na divulgação de conversas telefônicas entre Lula e Dilma Rousseff. Zavascki decreta, ainda, sigilo sobre as interceptações. •Manifestantes no Rio Grande do Sul penduram faixa em frente à casa de Teori Zavascki, com os dizeres: “deixa o Moro trabalhar”. 23.3 Quarta–feira •PF indicia marqueteiro do PT e outras 7 pessoas em inquérito da Lava jato. O Grupo foi alvo da 23ª fase da operação, batizada de Acarajé. MPF deve decidir se oferece denúncia à Justiça. •Procuradoria Geral da República encaminha ao STF petições com citações a Dilma, Temer, Lula e Aécio, citados na delação premiada do senador Delcídio do Amaral •Presidente da comissão de impeachment envia ofício solicitando segurança para o relator da comissão, deputado Jovair Arantes (PTB-GO). 24.03 Quinta feira •Dilma recebe ministros do PMDB, numa tentativa de evitar o desembarque da sigla do governo. •Dilma fala sobre a crise política e econômica brasileira por duas horas a repórteres dos jornais “Die Zeit” (Alemanha), “The New York Times” (Estados Unidos), “El País” (Espanha), “The Guardian” (Inglaterra), “Le Monde” (França) e “Página 12” (Argentina), correspondentes estrangeiros no Brasil.
Política
Fernando Pinto (*)
As minhas mil Viagens
C
omo já disse, neste Brasília Capital, jamais me filiei a partidos políticos nos meus 66 anos de jornalismo. Isto, para que não incorresse no erro de julgamento temerário, quando fizesse qualquer tipo de comentário referente à área. Assim, posso falar com total liberdade sobre esse Lava Jato, cuja mangueira está sendo acionada por um magistrado curitibano, espargindo jorros pra todos os lados, com a justificativa de varrer a corrupção que assola o País. A ação é meritória e oportuna, até porque já está na hora de dar um basta em tantos furtos bilionários, com autores continuando impunes. Mas discordo da maneira como está sendo conduzida, com incentivos premiados aos réus dedo-duro, a exemplo do senador Delcídio do Amaral. Se é para prender larápios, tudo bem. Mas não com a invasão de grampos telefônicos, sem respeitar até mesmo a privacidade de uma presidente da República, transformando o episódio em nova versão do Big Brother Brazil. Diante dessa balbúrdia de impeachment apoiado ostensivamente pela mídia e que faz lembrar o Samba do Crioulo Doido do saudoso humorista Sérgio Porto, sinceramente me dá vontade de sair por aí navegando, dando volta ao mundo, tal qual foram as minhas mil viagens na época em que trabalhei como repórter do Jornal do Brasil, das revistas Manchete e O Cruzeiro - que saudades! Se hoje não tenho dinheiro para comprar uma passagem até Paris e sentar naquele bar do Quartier Latin, o preferido de Ernest Hemingway, faço de conta que estou lá, agora, tentando escrever um conto no estilo de Guy de Maupassant, em meu caderninho sobre a mesa. Ainda como segunda opção de uma viagem em volta de mim mesmo, desembarco em Nova Iorque, a cidade que não dorme; e saio correndo no rumo do boteco aconchegante da Greenwich Village, que era frequentado por uma deusa de enormes olhos azuis, chamada Jane Fonda, que nunca se deu conta de minha paixão platônica, muito embora eu estivesse sentado a dois palmos de sua mesa, morrendo de ciúmes de seu namorado francês Roger Vadim. Com base na premissa do aforismo “Recordar é viver”, eu voltei feliz da vida nesta rápida fuga do conturbado cenário político brasiliense. E dando toda a razão ao lusitano Fernando Pessoa, quando afirmou em um de seus poemas: “Navegar é preciso, viver não é preciso”.
(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor
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Fisioterapeutas se por melhores con Gustavo Goes
H
á dez anos sem reajustes nos honorários pagos pelas operadoras de planos de saúde aos prestadores de serviço e recebendo valores abaixo do Referencial Nacional de Procedimentos Fisioterapêuticos (RNPF), os fisioterapeutas pedem o cumprimento da lei 13.003/2014, que regulamenta a negociação entre os prestadores de serviço e as operadoras. Segundo a Associação de Empresas Prestadoras de Serviço de Fisioterapia do Distrito Federal, existem convênios que remuneram um procedimento de fisioterapia a R$ 9,30. O desacordo entre as partes prejudica o atendimento aos beneficiários de planos de saúde, que dispõem de poucos profissionais da área. A Lei 13.003/2014, regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), estabelece, entre suas três resoluções, que as operadoras de planos de saúde e prestadores de serviço negociem seus contratos. Porém, além de não cumprir o referencial nacional, que são valores mínimos para a execução dos serviços, os contratos não são negociados, e sim, estabelecidos pelos operadores de planos de saúde. A Associação de Empresas de Fisioterapia do Distrito Federal é composta por clínicas ambulatoriais e hospitalares. De acordo com a entidade, o preço praticado no DF chega a ser 90% menor do que o valor do
Tatiana Rodrigues, presidente da AEFDF, comprovou os problemas na área de Fisioterapia com documentos e ofícios RNPF, e, em muitos casos, não é realizado reajuste há 10 anos. O Brasília Capital teve acesso a um documento (veja fac-simile) em que um operador de plano de saúde pagou R$ 9,30 por um procedimento de fisioterapia respiratória. Acontece que a nomenclatura utilizada na hora dos convênios remunerarem o profissional é de fisiatra, e não a reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia. Segundo o Referencial Nacional de Procedimentos Fisioterapêuticos, tal procedimento requer um total de 150 CHF - Coeficiente de Honorários Fisioterapêuticos –, se atendi-
do em ambulatório. Cada CHF equivale a R$ 0,45, o que limita a um valor mínimo de R$ 67,00. O problema, contudo, não se limita a um operador de plano de saúde. A Bradesco Saúde por meio de sua assessoria de imprensa informou “seguir a legislação vigente no pagamento dos serviços prestados por sua rede referenciada, o que inclui os fisioterapeutas”. A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 18 grupos de operadoras de planos de saúde, preferiu não se pronunciar porque “não tem ingerência sobre práticas de preços
Política
9 n Brasília, 26 de março a 1 de abril de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com
e articulam ndições
das associadas, assunto da esfera de cada operadora”. Consequências - A grande quantidade de pacientes em um mesmo horário se tornou rotina nas clínicas de fisioterapia. Para conseguir maior rentabilidade e diminuir os custos, um profissional da área atende simultaneamente vários pacientes. “Existem clínicas as quais, para sobreviver, acaba colocando um profissional para atender até sete clientes ao mesmo tempo. Que atendimento um profissional desse vai conseguir oferecer para seus pacientes?”, questiona a presidente da Associação de Empresas Prestadoras de Serviço, Dra. Tatiana Rodrigues. A migração de atendimentos aos convênios para os particulares se tornou uma prática comum na categoria. O fisioterapeuta Dr. Carlos Márcio Viana, um dos sócios da cliníca Totum Reabilitação, prefere essa forma de serviço, já que é dada total atenção ao paciente.
“Atendo em média seis pacientes por dia. Quando atendemos também aos convênios, acabamos lotando a clínica de pacientes. Com isso, a qualidade do serviço cai devido a grande demanda, o que, definitivamente, não é o nosso objetivo”, disse. Em 2011, a Associação enviou documentos com glosas indevidas – quando não há o pagamento de valores referentes aos atendimentos por parte dos planos de saúde – e reclamações a respeito da má remuneração para a ANS. Porém, até hoje não foram tomadas providências. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) esclareceu que recebeu a demanda e que as equipes responsáveis estão analisando os questionamentos formulados. A contratualização entre os operadores e prestadores é feita por meio da IN 62/2015. De maneira geral, as demandas são recebidas e a ANS abre um processo administrativo. Após a resposta da operadora, se não for configurada reparação, persistindo a conduta irregular, será elaborada uma representação junto à Diretoria de Fiscalização (DIFIS) para aplicação de multa. Benefícios - A fisioterapia trata e previne doenças e lesões com técnicas como massagem e ginástica. Sua atuação tem comprovada eficácia em áreas como Cardiorrespiratória, Uroginecologia, Ortopedia, Geriatria, Neurologia, Geriatria e nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
São esperadas mais de três mil pessoas no evento desde ano, superando a marca de 2015
Abertas inscrições para a 3ª Corrida e Caminhada do Sinpro Será no dia 17 de abril, no estacionamento 9 Parque da Cidade, a terceira edição da Corrida e Caminhada do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF). O evento faz parte das comemorações dos 37 anos da entidade. Os percursos serão de 5 Km, tanto para a Caminhada quanto para a Corrida. A largada da Corrida está marcada para as 8h30 e da Caminhada, para as 8h45. Os participantes devem chegar com uma hora de antecedência, para os informes gerais e alongamento. A Corrida de 5 Km será disputada em duas categorias: a primeira é a de professor/orientador educacional – individual masculino e feminino, dividida nas faixas etárias de 18 a 39 anos, dos 40 aos 55 anos e acima dos 55 anos. Os três primeiros colocados ganharão troféus e todos que concluírem prova receberão medalhas. A outra categoria é a de não professor, com inscrições abertas para toda a comunidade, na qual não haverá premiação (troféu), mas
os atletas receberão a medalha de participação ao fim da prova. Os professores e orientadores filiados ao Sinpro não pagarão taxa de inscrição, porém devem contribuir com 1 Kg de alimento não-perecível (exceto sal). Para a categoria “não professor” há uma taxa de inscrição no valor de R$ 65,00, além da necessidade de doação de 1 Kg de alimento não perecível (exceto sal). Os alimentos devem ser entregues quando o participante for buscar o kit de participação. A entrega dos kits (com número de peito, camiseta, alfinetes, viseira, bag, squeeze e chip descartável) será feita nos dias que antecedem a prova para todos os inscritos, em data que será posteriormente divulgada no site do Sindicato.São 3100 inscrições disponíveis. Mais informações sobre a Corrida, assim como o regulamento e os links das inscrições (para professores e comunidade), estão no site do Sindicato www.sinprodf.org.br . Participe!
Cidade
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A Via Crucis da Via Sacra Zilta Marinho
U
ma tradição de mais de 40 anos pode estar com os dias contados na capital da República. A Via Sacra organizada desde 1973 pela Paróquia de São Sebastião, no Morro da Capelinha, em Planaltina, corre o risco de desaparecer. Às vésperas da 43ª edição do evento, descobriu-se que parte da área onde é montada a infraestrutura - barracas de apoio da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e estacionamento estava cercada. O cercamento foi feito por Carlos Henrique Almeida, que alega ser o dono das terras. Almeida seria um dos três herdeiros do terreno e está negociando sua parte com Inácio Pires, proprietário da empresa Service Amazon, do Maranhão. Inácio Pires, um ex-deputado estadual dissidente do grupo do ex-senador José Sarney (PMDB) tinha a intenção de cons-
truir um loteamento com 6.062 unidades, entre casas e apartamentos. “Suspendemos os aportes financeiros por falta da documentação hábil para que pudéssemos adquirir parte de uma herança de família”, justifica Pires. Segundo ele, estavam em curso duas opções de financiamento – uma por um fundo de pensão e outra pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao identificar o cercamento da área, a Paróquia São Sebastião entrou com uma ação na Vara Cível de Planaltina solicitando a reintegração e manutenção de posse das terras, conhecidas como Larga do Catingueiro. De acordo com Édson Alves, advogado de Inácio Pires, o registro da propriedade de Carlos Henrique Almeida foi feito no cartório de Alexânia, em Goiás, na década de 1990. Em seu despacho, o juiz da Vara Cível de Planaltina determinou a re-
Cidade
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André Borges
Antônio Cruz 2
tirada do arame farpado. Mesmo reconhecendo que a Paróquia não é a proprietária do trecho cercado, ele optou pela “proteção do patrimônio artístico e religioso referente à encenação da Via Sacra, o que não causará nenhum prejuízo ao réu Carlos Henrique”, conforme escreveu em sua decisão. A tutela é provisória e a retirada da cerca e a custódia do material recolhido é de responsabilidade da Paróquia. Conforme consta na decisão da Vara Cível de Planaltina, a Paróquia São Sebastião é possuidora de uma área de 77.1933ha, conhecida como Morro da Capelinha, desde o ano de 1973. A posse teria ocorrido por meio de uma doação feita por Olívia Campos Guimarães, em função a uma graça alcançada. Desde então, a Paróquia celebra as festividades da Semana Santa no local, com a encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, na sexta-feira da Paixão. O espetáculo religioso é reproduzido há 42 anos na área. Pela planta georreferenciada, o Morro da Capelinha está delimitado com a área de 77.049ha, fazendo divisa com áreas adjacentes. Uma das áreas limítrofes é denominada como Larga do Catingueiro. Essa gleba é conhecida da Justiça local por ter sido objeto de disputa, conforme ação movida por Carlos Henrique de Almeida contra Newton Monteiro Guimarães, também herdeiro da família Guimarães, detentora de vários terrenos em Planaltina. Atualmente, os interesses da família são defendidos pelo arquiteto Salviano Guimarães, ex-deputado distrital e primeiro presidente da Câmara Legislativa do DF. A tradição religiosa é antiga. Consta que José Gomes Rabelo, fazendeiro da região, teria construído, há 200 anos, uma capela de taipa para São Sebastião, como agradecimento pela região ter se livrado de uma epidemia. Assim como Rabelo, várias pessoas pagam suas promessas e acompanham a Via Sacra revivendo as estações do caminho de Jesus até sua crucificação. As ações continuam a tramitar na justiça, mas a festa deste ano está garantida.
Cidades
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Plano Piloto
GDF revitaliza calçadas no Eixo Monumental
Maria Gabbriela Veras
Maria Gabbriela Veras
O Governo do Distrito Federal iniciou, em fevereiro, a revitalização das calçadas desde a Catedral Rainha da Paz até a Esplanada dos Ministérios, um trecho de seis quilômetros. A construção integra um projeto da Secretaria de Gestão do Território e Habitação (Segeth), que visa requalificar o Eixo Monumental e incluir paisagismo, iluminação pública e edificações, como o Centro de Atendimento ao Turista. O projeto contempla, ainda, acessibilidade dos pontos de ônibus. O custo total da obra é de aproximadamente R$ 20 milhões e, segundo a Assessoria de Comunicação da Novacap, obra deve estar concluída em agosto, dependendo da disponibilidade financeira. Ainda está em estudo a inclusão de uma faixa exclusiva para ônibus e a conveniência ou não da implementação de baias. Sabendo que o objetivo do projeto é facilitar a acessibilidade aos pontos de ônibus, o estudante da Universidade de Brasília, Lucas Santos (21), que passa frequentemente pelo Eixo,
afirma que as novas obras não terão o efeito esperado, já que o projeto não facilita e nem incentiva o uso de transporte público. “Aumentar a frota e melhorar os horários dos ônibus é a melhor solução. A calçada é utilizada na parte final do trajeto das pessoas”. Mesmo assim, ele considera a revitalização essencial para pessoas com dificuldades de locomoção.”A construção e revitalização das calçadas vai
ajudar muitos cidadãos que possuem dificuldades na mobilidade”, afirma. Jonathan Franco, 22 anos, que se exercita diariamente nas vias do Eixo, vê a construção de forma positiva. “Hoje eu corro na ciclovia, que me atende bem, apesar de ter que disputar espaço com os ciclistas. Com esta construção pode ser que os atletas tenham mais espaço para praticar seus esportes”.
Mais 23 viagens para o Sarah Kubitschek
Águas Claras
Distrito Federal
Ciclofaixa vira realidade
Ney Matogrosso no Centro de Convenções
A linha 136.5, que circula entre a Rodoviária do Plano Piloto e a unidade do Hospital Sarah Kubitschek na QL 13 do Lago Norte, passará a fazer 80 viagens a partir de segunda-feira (28) — 23 a mais do que o número atual (57). De segunda a sextafeira, serão outras 14, subindo para 25 no total. Os sábados e os domingos ganharão mais nove cada, elevando a quantidade para dez em cada dia.
A ciclofaixa de Águas Claras saiu do projeto e se tornou realidade na Avenida Araucárias. A intervenção começou na segunda-feira (21) e foi concluída durante a semana pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). Segundo a diretora de Mobilidade, da Secretaria de Gestão do Território e Habitação, Anamaria de Aragão, Águas Claras foi escolhida para abrigar o projeto de forma piloto por ter grande potencial de caminhada e de utilização de bicicleta. Nessa primeira etapa do Mobilidade Ativa,
serão 7,8 quilômetros de via para a circulação de bicicletas, dos quais 3,8 quilômetros na Araucárias. O projeto ainda contemplará as Avenidas Castanheiras e Pau-Brasil.
O cantor Ney Matogrosso (foto) volta a Brasília com sua turnê “Atento aos Sinais”, que celebra seus 40 anos de carreira. O show vai acontecer no dia 16 de abril, no Centro de Convenções Ullysses Guimarães, às 21h. Idosos, estudantes, deficientes físicos, professores e cliente Visa Master têm direito à meia entrada. A classificação indicativa é de 14 anos.
Geral
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Fernanda Sampaio (*)
Amor aos ancestrais
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ncestrais são todos aqueles que vieram antes. No Brasil gozamos a honra de termos no sangue várias linhagens. Os donos desta terra pátria eram os índios, quando os europeus chegaram. Os negros africanos foram trazidos como escravos. Outros povos também vieram para cá em busca de sua liberdade. É de toda essa miscigenação que nós, brasileiros, recebemos
como herança genética em um país onde não cabem preconceitos ou julgamentos. Inúmeros erros foram cometidos no passado, e muitos acertos também. De qualquer forma, estamos aqui hoje, graças a toda essa história vivida, graças aos nossos ancestrais que nos deram a vida. Primeiro, devemos aceitá-los como pertencentes a nós mesmos, independentemente de nós gostarmos ou não de suas histórias. Aceitar a nossa ancestralidade paterna e materna significa ter autoestima. Quando rejeitamos qualquer um dos lados, a nossa autoestima não pode existir. Rejeitar os nossos ancestrais é como rejeitar a
nós mesmos. Aceitá-los é respeitar os 100% deles que existem em nós. Aceitando-os, podemos devolver o que é deles e carregar só o que é nosso. Muitas vezes carregamos dívidas, dores, culpas, padrões dos nossos ancestrais e somamos com a de nossa história pessoal. Não sabemos que o que inviabiliza ou dificulta a nossa caminhada, em muitos casos, são esses pactos que fazemos de forma inconsciente. Para que possamos escolher de forma diferente, precisamos, antes, devolver-lhes o lugar de direito. Na hierarquia, nossos ancestrais estão numa escala superior, pois chegaram antes e fizeram o que foi possível
dentro de suas possibilidades e conhecimentos. Devemos respeitar e honrar isso. O objetivo sempre foi o de abrir e facilitar o caminho para nós, como um rio que flui sempre na direção que deve seguir: em frente. Aprisionarmo-nos ao passado é impedir o nosso próprio crescimento. Compreender isso e aceitar o destino dos nossos ancestrais nos permite que sejamos donos do nosso próprio destino, com a sabedoria de escolher um novo caminho. É necessário fazer diferente e abrir novas possibilidades para as próximas gerações da nossa árvore de amor. Porque, no fim, a nossa maior herança é o que de melhor podemos deixar: o amor. Obrigado, ancestrais, por me darem a vida. Hoje, eu a tomo para mim!
(¨*) Psicóloga, psicodramatista, terapeuta sexual, palestrante, especialista em Brainspotting e EMDR.
Tancredo Maia Filho (*)
V
amos passarinhar nos parques do DF. Esta é a chamada no calendário virtual que o Observaves – Observadores de Aves do Planalto Central elaborou, em parceria com o Instituto Brasília Ambiental (ibram), e que lançou no mês passado, na sua festa de 11 anos. No calendário estão agendadas visitas a 12 parques do DF. No próximo domingo (27), está agendada a passarinhada no Parque Ezequias Heringer, que fica na QE 23 do Guará II. O encontro será às 7h, no portão principal. O Parque, também conhecido como Parque do Guará, é
Rosilene Lahr/Observaves
No Parque Ezequias Heringer banhado pelo Córrego Guará e tem 306 hectares. Por possuir Cerrado típico, campos de murundus e densa mata de galeria, o parque é dotado de grande biodiversidade,
com pequenos mamíferos e uma rica avifauna. Ali podem ser observados inhambu-chororó, gavião-peneira, coruja-buraqueira e o narcejão. O nome do parque é uma
homenagem ao agrônomo Ezequias Heringer, que identificou diversas espécies de orquídeas em todo o Distrito Federal. Brasília conta com 96 unidades de conservação da natureza, onde podem ser observadas muitas espécies de aves. Visite, fotografe, compartilhe com os amigos e engaje-se na preservação dos parques de Brasília. Acesse o calendário virtual em www.observaves.blogspot.com.br NARCEJÃO Gallinago undulata (Boddaert, 1783) Mede cerca de 45 cm e pos-
sui longo bico que pode alcançar até 13 cm de comprimento. A cabeça é amarela com duas estrias negras. O dorso escuro com manchas e faixas transversais castanho-amareladas. Tem hábitos noturnos, mas pode ser observado nos finais de tarde. Vagaroso, é difícil observá-lo pousado, pois, ao menor ruído, agacha-se ou rasteja para longe entre os capinzais. Nidifica em setembro no capim, tem de dois a quatro ovos.
(*) Seja um observador de aves. Junte-se a nós! Informações em: www. observaves.blogspot.com.br
Lazer
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José Matos
Superando as frustrações afetivas
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príncipe Sidarta Gautama, conhecido como Buda (iluminado), abandonou a família e dedicou-se ao descobrimento da verdade. Após muitos anos de instrução com mestres, entendeu que a verdade só pode vir por intermédio de cada um, pela prática da meditação. Medita-se até que o pensamento pare. A alma se expanda pelo universo, se integre com Deus e a verdade se mostre, ensinou Vivekananda, discípulo de Buda. Livros, mestres, religi-
ões e sociedades secretas só ajudam até determinado ponto, ou sexto passo, ou sexto marido, no simbolismo do diálogo de Jesus com a samaritana. Buda afirmou que a causa do sofrimento humano reside no desejo, causa de frustração. Eliminando-se o desejo, elimina-se seu efeito e, para isso, estabeleceu oito procedimentos, conhecidos como caminho óctuplo. Buda teve uma visão parcial do sofrimento. Não é o desejo em si que causa sofrimento. É a frustração, quando não se coloca Deus acima
do desejo. Quando se desconhece ou não se acredita que não estamos aqui por acaso. Estamos aqui por uma causa, e viemos com uma programação a ser cumprida. Antigo ensinamento já alertava: “lute por tudo como se tudo dependesse somente de você, e ao mesmo tempo, como se nada dependesse de você”. Por que se sofre tanto com o fim de um romance? Porque acha-se que é o melhor que pode acontecer, cria-se expectativas em excesso, supervalo-
riza-se as sensações, confia-se, mesmo tendo evidências contrárias. Porque pensa-se apenas em preencher carências, esquecendo-se que relacionamento é permuta entre pessoas imperfeitas. Porque esquece-se de perguntar à consciência se aquilo estava de acordo com a sua destinação na terra. Erga-se. Recomece. Faça um inventário. Aprenda e não se culpe. Somos apenas alunos da vida que às vezes tiramos dez e, em outras, tiramos zero.
Coma em companhia! “Sempre que possível, prefira comer em companhia, com familiares, amigos ou colegas de trabalho ou da escola. Procure compartilhar também as atividades domésticas que antecedem ou sucedem o consumo das refeições”.
O
Guia Alimentar para a População Brasileira de 2014 é bem claro nessa recomendação. Sugere que essa é uma forma saudável de realizar nossas refeições. Afinal de contas, os seres humanos são sociáveis, e comer em companhia é algo que faz parte da nossa história evolutiva. Compartilhar o que comer
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder de segunda a sábado das 8h às 10h
Rádio Bandeirantes - AM 1.410 Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610 www.opovoeopoder.com.br
e as atividades que envolvem esse ato, é parte natural da vida social. Um aspecto comportamental interessante é que comer em companhia evita que as pessoas comam com pressa. Portanto, propicia uma mastigação adequada, e consequentemente todo o aproveitamento dos nutrientes. No Brasil, ainda faz parte da nos-
Caroline Romeiro
Saúde e Nutrição
sa cultura esse hábito, mesmo que ele tenha saído um pouco de dentro da família ou de dentro das casas, e tenha passado para restaurantes, na companhia de amigos e colegas de trabalho. Em um momento em que, no mundo inteiro, culturas alimentares tradicionais – baseadas no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, em preparações culinárias e em refeições compartilhadas – vêm perdendo espaço e valor, torna- se cada vez mais importante que nossas melhores tradições sejam preservadas.
Cultura
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ENTRETENIMENTO quadrinhos
Cruzadas
Microconto Por Luís Gabriel Sousa Recanto das Emas, 1994. (...) Lá os vizinhos se ajudavam. Cada um guardava a água da maneira como podia: baldes, galões, vasilhas, latas, tambores... O caminhão pipa ia apenas três vezes na semana. Quando a água acabava antes do tempo, ficava bem mais difícil superar a poeira da terra vermelha das ruas sem asfalto! O chafariz, instalado depois de algum tempo, servia de parque de diversão, e o buscar água na chegada do caminhão era o auge da brincadeira das crianças. As traves de futebol eram feitas com os tijolos “roubados” das madeireiras e o banho era com o auxílio da escova de roupas para esfregar os pés. O único medo era o de ficar encardido. Foi mais ou menos assim o início da infância nos primeiros anos de Recanto das Emas!
Gostou do microconto? Então mande sua história, ela pode ser a próxima micronarrativa aqui da coluna. (facebook.com/JornalBrasíliaCapital, e-mail: redacao.bsbcapital@gmail.com).
O caipira vai a uma consulta e o médico pergunta: - O que senhor tem? O caipira responde: - Uma muié, uma vaca e uma galinha... - Não é isso... O que o senhor está sentindo? - Ah, tá! Vontade de largá a muié, vendê a vaca e comê a galinha com quiabo! O delegado para o genro da vítima: - Quer dizer que o senhor viu um homem agredindo sua sogra e não fez nada? E o genro, diz: - Eu ia ajudar, mas achei que dois caras batendo numa velha já era covardia demais.
Piadas Com dor lombar, fui me consultar com um ortopedista. Após olhar a radiografia, ele receitou anti-inflamatório e teceu considerações a respeito da coluna, nervo ciático e disco invertebral. Aí eu perguntei: - Doutor, o que estou fazendo que possa ter originado essas dores? E ele respondeu: - Aniversários. O homem, suado, convida uma mulher para dançar... Depois de um tempo, incomodada pelo excesso
Respostas de suor, ela diz: - Você sua, né? E o homem responde: - Vou ser seu também, princesa. O velho acaba de morrer. O padre encomenda o corpo e faz muitos elogios: - O finado era um ótimo marido, um excelente cristão, um pai exemplar!!... A viúva se vira para um dos filhos e lhe diz ao ouvido: - Vai até o caixão e veja se é mesmo o seu pai que está lá dentro...
MORE NO EMPREENDIMENTO MAIS VERSÁTIL DE CEILÂNDIA.
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O projeto legal do empreendimento encontra-se aprovado na Administração Regional de Ceilândia e registrado sob o R9 da Matrícula 48.259, no Cartório do 6º Ofício do Registro de Imóveis do Distrito Federal.