Jornal Brasília Capital 282

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Celina luta para voltar a presidir a CLDF Pelaí - Página 3

O Brasil humilha seus professores Na manchete “O Brasil humilha seus professores” (edição 281), o Brasília Capital apresentou um problema de matemática convidando o leitor a calcular a diferença entre os salários do professor com os de outras categorias. O jornal usou como referência o piso nacional para professor com nível superior e contrato de 40 horas semanais, tendo como fonte a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE. Em Brasília, o piso para professores nas mesmas condições é de R$ 4.028, segundo o Sinpro-DF. Já o Governo de Brasília esclareceu que, pelo edital nº 23 – SEE/ DF, de 13 de outubro, o salário inicial para professor com nível superior e contrato de 40 horas semanais será de R$ 5.237, além de benefícios.

Ano VI - 282

Brasília, 22 a 28 de outubro 2016

destruição em samambaia

Distribuição gratuita

Possível delação do ex-deputado apavora o Congresso e o Planalto

www.bsbcapital.com.br

divulgação

Prisão de Cunha abala o mundo político

Páginas 6 e 7

Tempestade provocou uma morte, danificou mil casas e deixou 21 mil residências sem energia / Página 8

Grosseria

à Bessa

Barrado no Palácio do Buriti após xingar o governador Rodrigo Rollemberg de FDP, o deputado Laerte Bessa (PR-DF) foi para a Câmara. E, da tribuna, ampliou seu repertório contra o chefe do Executivo. Bessa vai responder a uma representação do PSB por quebra de decoro parlamentar.

Fontes: CNTE – http://www.sinprodf.org.br/pisosalarial-dos-professores-e-atualizado-em1136-e-passa-a-valer-r-2-13564-2/ SINPRO-DF – http://www.sinprodf.org.br/ wp-content/uploads/2013/04/proposta-detabela-salarial-setembro-2015.pdf GDF – http://www.cespe.unb.br/concursos/ SEE_16_DF/arquivos/ED_1_SEE_ DF_2016___ABERTURA.PDF

Nova acentuação da língua portuguesa Página 14 Página 4 e Editorial (2)


Brasilia Capital n Opinião n 2 n Brasília, 22 a 28 de outubro de 2016 - bsbcapital.com.br

E

e d i t o r ia l

x p e d i e n t e

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com (61) 99139-3991 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Impressão Gráfica Jornal Brasília Agora Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). SRTVS Quadra 701, Ed. Centro Multiempresarial, Sala 251 - Brasília - DF - CEP: 70340-000 Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com www.bsbcapital.com.br - www.brasiliacapital.net.br

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O

Decoro é civilidade

deputado Laerte Bessa (PR-DF) feriu as mais elementares normas de respeito e convivência ao xingar o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). E não apenas na atividade política. Extrapolou de tal maneira que sua atitude se tornou indefensável em qualquer nível. Foi além do condenável nas relações interpessoais, independentemente de os palavrões serem dirigidos a uma autoridade ou não. “Safado”, “bandido”, “maconheiro”, “frouxo”, “cagão”, “filho da puta” são palavras que ninguém espera ouvir de um parlamentar. Menos ainda de um político com assento no Congresso Nacional. Ex-diretor da Polícia Civil do DF, Bessa enlameou também, com seus xingamentos, a corporação que diz representar.

Esse rapaz trabalha no mesmo prédio que eu. Sempre o via lá. A história está super mal contada.

por quebra de decoro parlamentar. E o deputado não tem como fugir da responsabilidade. Seus xingamentos foram públicos e transmitidos ao vivo pelos veículos de comunicação da Câmara dos Deputados. Foi da tribuna da Casa que Bessa desfiou seu rosário de palavrões e impropérios, o que pode ser um agravante para seu ataque de ira. Um parlamento – como o próprio nome indica – é ambiente apropriado para que defensores do povo tenham como “arma” a palavra. Mas ela deve, sempre, ser usada de forma civilizada. Para garantir esta civilidade, o regimento interno prevê punições para os que apresentem comportamento fora do aceitável. Laerte Bessa deu, no início da semana, exemplo extremo de quebra de decoro.

Quem tem Cunha tem medo Em tempos de delações premiadas na Operação Lava Jato, a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está provocando uma apreensão acima do normal na classe política. Há dois motivos para esse estado de ânimo no meio. O primeiro deles é que o ex-presidente da Câmara havia dito que contaria o que sabe envolvendo mais de uma centena de parlamentares em denúncias de corrupção. O segundo é que paira no ar a sensação de

C

Jovem pode perder os rins Caso sério, esse. Mas muito bem escrito pelo Brasília Capital. Excelente trabalho. nLeandro Martins via whatsapp.

Seu comportamento não se justifica, nem mesmo, com a explicação de ter sido provocado pela recusa do governador em recebê-lo numa reunião com policiais para tratar de reajuste salarial. “Compostura”, “forma correta de se portar”, “moralidade”, “decência” são alguns sinônimos de “decoro”. É uma postura tão séria que os regimentos internos de todos os poderes legislativos – federais, estaduais e municipais – têm entre suas normas o “decoro parlamentar”. A transgressão à norma pode acarretar até perda de mandato. Este é o risco que corre agora Laerte Bessa. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, protocolou representação no Conselho de Ética da Câmara contra o ex-delegado. A legenda de Rollemberg entende que Bessa deve enfrentar um processo

Santo ele nunca foi. Agora, se automutilar a esse ponto? Roubar fio de cobre, sendo que a situação financeira dele é muito boa?... Sei não, aí tem coisa. Coloco-me no lugar da mãe dele. Certo ele não estava, mas nada justifica o estado que ele se encontra. nAna Paula Araújo, via Facebook.

que Cunha teria muito o que contar à Justiça sobre atitudes pouco republicanas de seus antigos pares. Delatar – que os criminosos comuns chamam de alcaguetar – é um importante instrumento para o Judiciário, que permite alguns benefícios a quem conta o que sabe para que um grupo de criminosos seja desarticulado, em benefício da sociedade. Se as revelações de Eduardo Cunha sobre a corrupção na Petro-

bras e em outras instâncias da República no último quarto de século são mesmo importantes ou não, só se saberá depois que ele as revelar. Também há a possibilidade de ele calar-se. De um jeito ou de outro, a verdade é que todos aqueles que mantiveram algum tipo de relação com o ex-todo-poderoso presidente da Câmara estão “na muda”, E nos bastidores do Congresso e no Planalto vale o bordão: quem tem Cunha tem medo.

a r t a s

Investigação! Se foram os PMs que bateram no jovem, que todos sejam punidos no rigor da lei. nAlcenir Nascimento, via Facebook Ferragens Pinheiro chega ao SIA Lembro-me muito bem da Loja Ferragens Pinheiro de Taguatinga, criada pelo

Getúlio Pinheiro, em 1961. Conheci o seu fundador, quando ele procurou o DI (Departamento Imobiliário da Novacap) de Taguatinga para regularizar o terreno do Setor Industrial da cidade. Ainda não conhecia a Loja do SIA, e fiquei sabendo por meio do Brasília Capital.

Acredito que ela é e será sempre uma boa opção, uma boa alternativa no SIA, no comércio de ferragens para construção e, principalmente, para o ramo industrial de serralherias. nSalvador Henrique Pinhati, via Portal Brasília Capital


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divulagação

Intolerância religiosa A Câmara Legislativa realiza na terça-feira (25), às 19h, audiência pública em comemoração ao Dia de Combate à Intolerância Religiosa. A iniciativa é do deputado Lira (PHS/foto). Durante o evento, na sede da OAB-DF, será entregue o prêmio Religare a autoridades civis e militares.

Ganhou num dia...

divulagação

Na terça-feira (18), a Comissão Especial do TJDFT decidiu, por 11 votos a 10, em favor de Raimundo Ribeiro (PPS), que reassumiu o cargo de primeiro secretário da Casa.

A deputada Celina Leão (PPS/foto) corre contra o tempo para tentar reassumir a presidência da Câmara Legislativa, de onde foi afastada pela Justiça no dia 23 de agosto. Depois de ter seu recurso rejeitado pela Comissão Especial do Tribunal de Justiça do DF, Celina decidiu recorrer ao Superior Tribunal de Justiça. “Estou otimista nos

... perdeu no outro Mas, no dia seguinte, a 6ª Turma Cível do mesmo tribunal, em segunda instância, manteve a condenação do deputado, de Mirta Brasil Fraga (mulher do deputado federal Alberto Fraga, do DEM-DF) e de Jair Cândido da Silva por improbidade administrativa. Eles devem pagar multa de 15 vezes o valor da remuneração que recebiam em 2007, na Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania.

tribunais superiores. Daremos entrada no STJ e nossa expectativa é positiva, inclusive de conseguir a nulidade”, afirmou Celina. Ela e os colegas Bispo Renato (PR), Júlio Cesar (PRB), Raimundo Ribeiro (PPS) e Cristiano Araújo (PSD) são investigados pela Operação Drácon por suspeita de integrar um esquema de cobrança de propina em troca da liberação de recursos para a saúde.

Improbidade Segundo o MPDFT, autor da ação, os réus praticaram ato de improbidade quando autorizaram a realização de evento sem dotação orçamentária e sem o devido processo licitatório, com a contratação, por R$ 279.359, da empresa Peter Publisher & Associados. Na 1ª Instância, o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública julgou procedentes as acusações do MPDFT e condenou os três a pagar a multa cível.

divulagação

Vitória em dose dupla... A deputada Liliane Roriz (PTB/foto) conquistou duas vitórias na quarta-feira (19): a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar aprovou, por três votos a um e uma abstenção, o parecer do corregedor Rafael Prudente (PMDB), que recomendou o arquivamento do processo por quebra de decoro parlamentar, feito pela ONG Adote um Distrital, no início do ano.

Carona Os deputados distritais Júlio César (PRB) e Renato Andrade (PR) retomaram, na terça-feira (18), aos cargos de segundo e terceiro secretários, respectivamente, da Mesa Diretora. Eles foram beneficiados pela decisão favorável ao retorno de Raimundo Ribeiro. E nem precisaram recorrer à Justiça.

divulagação

Caiu no colo... e ficou Juarezão (PSB/foto), correligionário do governador Rodrigo Rollemberg e eleito vice-presidente da Câmara em agosto, substituindo Liliane Roriz, que renunciou ao cargo, vai permanecer no comando da Casa, diante do afastamento de Celina Leão, confirmado pelo TJDFT. As votações para a nova Mesa Diretora estão previstas para ocorrer até 15 de dezembro. Até lá, nada muda. A menos que Celina ganhe na Justiça...

Celina vai ao STJ

Dupla jornada

Família Roriz agradece

Desde que assumiu a administração de Águas Claras, em novembro do ano passado, Valdeci Machado cumpre dupla jornada de trabalho. Ele não transmitiu a um sucessor a presidência da Associação Comercial da cidade (Aciac). Pessoalmente, Machado pode estar ganhando. Mas, enquanto líder empresarial tem contribuído diretamente para o enfraquecimento da entidade que preside, pois se dedica integralmente à administração. Enquanto isso, Aciac sofre uma grande debandada de associados.

Pouco antes da decisão da Câmara, a 5ª Turma Cível do TJDFT absolveu o exgovernador Joaquim Roriz, Liliane e suas irmãs Jaqueline e Weslliane. A família Roriz havia recorrido da condenação, em julho de 2015, do juiz da 3ª Vara de Fazenda Pública. O caso envolvia a aquisição de 12 apartamentos em Águas Claras, com a participação do Banco de Brasília (BRB). “A melhor defesa do inocente é a verdade. Sempre tive a certeza de que Deus mostraria a minha inocência”, afirmou a deputada, em nota à imprensa.


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Laerte Bessa xinga Rollemberg após ser barrado no Buriti Valdeci Rodrigues

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deputado federal Laerte Bessa (PR-DF) deve enfrentar processo no Conselho de Ética da Câmara por ter xingado o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, de “safado”, “bandido”, “maconheiro”, “frouxo” e “cagão”. O parlamentar repetiu, na tribuna do plenário, praticamente os mesmos xingamentos dirigidos ao governador ao sair do Palácio do Buriti, onde fora barrado, segunda-feira (17), numa reunião com representantes da Polícia Civil. Antes de fazer um discurso num local público, como a tribuna da Câmara dos Deputados, Bessa já havia xingado Rollemberg de “filho da puta” na presença de políticos. Sua ira mais recente foi resultado da decisão do governador de não deixar o ex-diretor da Polícia Civil participar de reunião com sindicalistas que representam a categoria e reivindicam reajuste salarial. “Ele não me deixou entrar porque é um frouxo”, disse Laerte Bessa ao sair do Palácio do Buriti. De acordo com a assessoria do governador, o deputado não entrou porque não havia sido convidado para a reunião. A reação de Rollemberg veio por meio de duas notas. Na primeira, houve a explicação do porquê o deputado foi barrado no encontro. “O governador não permitiu que ele entrasse porque o deputado o desrespeitou publicamente durante a assembleia realizada na manhã de segunda-feira (17) com palavras de baixo calão. O governador só vai re-

Baixaria

Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Laerte Bessa xingou o governador de “safado”, “bandido” e “maconheiro”. Ele pode perder o mandato em processo na Câmara

PSB aponta quebra de decoro O PSB entrou, na quinta-feira (20), com representação contra Laerte Bessa. “Aquelas declarações foram injuriosas e atentatórias ao decoro parlamentar. E isso é inadmissível tanto para o PSB como para o governador Rollemberg. Pedimos a perda de seu mandato porque, em primeiro lugar, deve-se respeitar a democracia e o Parlamento. Ele não respeitou nem a própria imagem”, justificou o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira. O Brasília Capital ouviu parlamentares da bancada do DF. Os senadores Reguffe (sem partido) e Cristovam Bu-

tomar o diálogo com o parlamentar quando o deputado pedir desculpas publicamente”, divulgou a assessoria do GDF. Numa outra nota, o GDF informou que Rodrigo Rollemberg to-

arque (PPS) não quiseram se manifestar, da mesma forma que os deputados Alberto Fraga (DEM), Augusto Carvalho (SD) e Rôney Nemer (PP). O deputado Ronaldo Fonseca (PROS) e o senador Hélio José (PMDB) não deram retorno até o fechamento desta edição. Para o deputado Izalci Lucas (PSDB), “é inadmissível que um governador não receba um deputado em uma reunião com a categoria que ele representa. (...) O Bessa passou do tom, só que faltou bom-senso ao governador”, argumentou. A deputada Érika Kokay (PT), mesmo apontando o que considera “fa-

mará “providências legais”, depois dos xingamentos repetidos na Câmara dos Deputados: “O governador Rodrigo Rollemberg considera lamentáveis e incompatíveis com o decoro parlamentar as declara-

lhas graves no governo Rollemberg”, acredita que Laerte Bessa feriu o decoro parlamentar. “O Bessa, por sua vez, abriu mão do debate de ideias e acolheu uma profusão de grosserias. Ao meu ver, isso atenta contra o decoro parlamentar”. O líder do PSD, Rogério Rosso, respondeu: “O Laerte tem esse temperamento. Ele é um delegado e está na defesa de sua corporação. Ele é um homem educado e, com certeza, foi um desabafo. Ao mesmo tempo, independentemente das divergências que existam com o governador, tem que respeitar as pessoas”. (VR)

ções de Laerte Bessa. Quando um deputado se refere ao governador com palavras de baixo calão ofende a própria população de Brasília. O governador tomará todas as providências legais”.


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Calote de Rollemberg impacta o DF

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esde que assumiu o governo de Brasília, Rodrigo Rollemberg tem mantido a mesma linha de raciocínio. Samba de uma nota só. Há quase dois anos, bate na tecla de que o GDF não dispõe de recursos e de que o caixa está vazio. Em 2015, disse ter recebido o caixa com minguados R$ 64 mil, fato questionado e desmentido pelo Tribunal de Contas do DF. Segundo o portal G1, o governo tinha em caixa R$ 4,7 milhões. Mas isso não impediu que o governador atingisse em cheio os serviços e os servidores públicos, punindo a população

como um todo. Aumentou impostos, fechou a pediatria de todas as UPAs, aumentou o preço nos restaurantes comunitários e até a entrada do zoológico entrou na dança. Além isso, atrasou o salário dos servidores, não contratou professores e orientadores educacionais, não pagou a pecúnia dos aposentados, trazendo prejuízos a esses trabalhadores. Ainda no ano passado, Rollemberg deu o primeiro grande calote nos servidores, quando não pagou os reajustes que já estavam previstos em lei. Esses reajustes de 2015, então, deveriam ser pagos agora em outubro. Mas veio aí o segun-

do calote: nada de reajuste em 2016. E a alegação é a mesma de sempre: falta de recursos. Rollemberg chegou a ameaçar não pagar os salários em dia caso tivesse que dar tais aumentos. Para piorar a situação, o governador editou o decreto 37.692/2016, conhecido como “decreto antigreve”, que previa a punição a servidores públicos que realizassem greve. Felizmente, por unanimidade, os deputados distritais derrubaram o decreto. E assim vem sendo a forma Rollemberg de governar o Distrito Federal. Na contramão para que a sociedade receba um serviço público de qualidade – com

os servidores valorizados –, o GDF não paga o reajuste, não paga os acertos financeiros dos aposentados, não reajusta o auxílio-alimentação. Como os servidores podem oferecer um serviço de qualidade se são tratados desta maneira? Isso sem falar que a economia do DF gira fundamentalmente em torno dos funcionários públicos – sejam distritais ou do governo federal. A lógica é simples: sem reajuste, não haverá um serviço público adequado e, pior, sem a economia funcionando, o que geraria benefícios para todos – inclusive para o próprio governo.


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Possível delação de Eduardo Cunha, preso pela Lava Jato, faz tremer os Três Poderes

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Wilson Dias / Agência Brasil

Da Redação

Aliados - Em junho, três meses antes de ser cassado, Cunha mandou um recado ao então presidente interino, que se empenhava em derrubar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT): se caísse levaria com ele 150 deputados, um senador e um ministro. Com a cassação consumada, em 12 de setembro, por 450 votos a 10 e nove abstenções, ele reiterou que quase 160 deputados, muitos deles aliados do Planalto, têm processos tramitando no Supremo Tribunal Federal, assim como o próprio presidente da República, e podem ter o mesmo destino. “Amanhã pode ser qualquer um de vocês!”, alertou.

Volta do Japão - Agora, há muita gente apavorada nos círculos dos Três Poderes, depois que Eduardo Cunha foi para uma cela da Polícia Federal e teve R$ 220,6 milhões em bens bloqueados, a mando de Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato. A expectativa é de que a prisão pode transformar o ex-parlamentar

num homem-bomba. Temer antecipou a volta da viagem ao Japão e chegou-se a brincar que os estoques de calmantes estavam sendo devorados nas farmácias, diante do risco, cada vez iminente, de Cunha assinar um acordo de delação premiada, a fim de reduzir sua pena e tentar livrar sua mulher, a jornalista Cláudia Cruz, e sua filha, a publicitária Danielle Dytz

da Cunha Doctorovich, das mãos de Moro. A força-tarefa da Lava Jato divulgou, em junho, que Danielle é suspeita de ser beneficiária da conta Köpek, na Suíça, cuja titularidade é atribuída a Cláudia, sua madrasta. Sinal - Um sinal de que o ex-presidente da Câmara pode cumprir sua

Marcelo Camargo / Agência Brasil

República está em polvorosa. A prisão preventiva do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), emudeceu, desde quarta-feira (19), centenas de parlamentares, membros do Executivo, empresários e até gente do Judiciário. Nenhuma autoridade fala no assunto e a recomendação do presidente da República, Michel Temer (PMDB), é para que seus auxiliares “não cutuquem a onça com vara curta”. Antes de ter o mandato cassado, o peemedebista, apontado como homem frio e calculista, teria feito ameaças e mandado recados ao Planalto. Em Curitiba, onde Cunha está preso, a informação de bastidor é de que o juiz Sérgio Moro já tem dois volumes de documentos indicando a participação direta de Temer nos esquemas de corrupção investigados pela operação. E Cunha pode ser a testemunha-chave para confirmar as suspeitas, inclusive apontando novos rumos para as investigações.


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Afirmações não têm crédito por causa do passado

Eduardo Cunha (acima, de terno) sendo levado para carceragem da PF em Curitiba. Michel Temer (esquerda) antecipa volta do Japão. Cunha já disse que entregaria mais de 150 deputados, muitos deles aliados do governo

ameaça é a contratação do criminalista Marlus Arns, que costurou colaboração premiada de empreiteiros da Camargo Corrêa. O advogado também atua na defesa de Cláudia Cruz. No entanto, de acordo com o jornal O Estado de São Paulo, após visitar ex-deputado na PF, Arns negou que o suposto acordo tenha sido tema da conversa.

Eduardo Cunha repetiu diversas vezes que jamais fará delação premiada, mas seu histórico o condena. Em março de 2015, disse ao jornal espanhol El País que era contra o impeachment de Dilma Rousseff, e o considerava “um golpe”. Nove meses depois, aceitou abrir o processo contra a petista. Eduardo Cunha perdeu o mandato depois de conseguir protelar ao máximo seu julgamento no Conselho de Ética, por ter mentido ao dizer na CPI da Petrobras que não tinha contas na Suíça. Segundo o jornalista Ricardo Kotscho, que assessorou o ex-presidente Lula durante seus dois mandatos, nas semanas que antecederam sua prisão, o peemedebista correu para adiantar o livro sobre o processo de impeachment. Ele também ameaça contar tudo sobre o esquema que comandou para financiar a eleição de cerca de 100 deputados e formar uma bancada suprapartidária de mais de 200 parlamentares após se eleger presidente da Câmara. Esse livro, cuja publicação está negociando com três editoras, pode ter o mesmo efeito da delação, que precisa ser aceita pelo Ministério Público. Mas é bom lembrar: poucos dias antes de ser cassado, segundo o Valor Econômico, o peemedebista mandou emissários à Procuradoria-Geral da República para sondar sobre a oferta de um possível acordo de delação premiada, que teria sido bem recebida pelos procuradores. A única certeza, hoje, é de que Cunha vai fazer de tudo para ficar o menor tempo possível na cadeia, além de tentar proteger a mulher e a filha das garras da Justiça. Portanto, entregar algumas cabeças para aliviar a dele e a de seus familiares não será novidade. Até lá, os estoques de ansiolíticos vão ter de ser renovados nas farmácias de Brasília e de outros lugares para onde o ex-presidente da Câmara espalhou seus tentáculos e sua influência política.


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U

m temporal atingiu Samambaia na madrugada de quinta-feira (20) e deixou rastro de destruição. Mil casas foram danificadas, 21 mil ficaram sem luz, postes de energia caíram e uma pessoa morreu. A cidade foi devastada em 15 minutos. Carlos Henrique Ramos, de 32 anos, alojou-se em uma casa para se proteger e foi atingido por um muro que desabou. Ele foi levado ao Hospital Regional da Ceilândia com uma fratura na perna, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

Plano Piloto

Ceilândia

Jovem supostamente espancado por PMs pode perder os rins

Restaurante comunitário fornecerá café da manhã

O funcionário terceirizado da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, Thiago Henrique Moura Soares, de 22 anos, supostamente espancado por policiais militares na quarta-feira (12), corre o risco de perder os rins. Ele está internado em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base (HBB). Os médicos evitam falar com a imprensa, mas a família informou ao Brasília Capital que o rapaz corre risco de morrer ou de passar a depender de hemodiálises para o resto da vida. Uma foto de Thiago entubado circula na Internet. A família não sabe ao certo o que ocorreu. Segundo a mãe, consta nos registros que Thiago foi detido às 21h e só deu entrada na delegacia às 23h. O pai do rapaz foi contatado à 1h da madrugada, mesmo horário em que o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi chamado. Ainda segundo a mãe do funcionário público, Elaine Moura, quando o atendimento médico chegou o filho já estava desacordado e assim foi conduzido ao hospital.

Noroeste

Infraestrutura vai sendo ampliada no novo setor

Distrito Federal

Delegados do DF devem cumprir atendimento 24h A ordem de aumento da carga horária foi da direção-geral da corporação e visa ampliar o funcionamento das delegacias regionais. A decisão tem a finalidade de manter 11 unidades abertas 24 horas por dia. As outras 20 funcionarão entre 9h e 19h. O Sindicato dos Delegados discorda mas cumprirá. Já o Sindicado dos Policiais Civis informou que continuará descumprindo a ordem.

A decisão foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira (17) e assegura que café da manhã será incluído no cardápio do Restaurante Comunitário do Sol Nascente. A previsão é que o desjejum será servido a partir de novembro. A meta do GDF é fornecer também café da manhã e jantar nas outras unidades de restaurantes comunitários do Distrito Federal, mas isso dependerá de estudo de viabilidade técnica e realização de licitação. Por isso, o benefício virá de forma gradual. Foi estipulado preço único de R$ 0,50 para o café da manhã e jantar. O almoço, para os inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e para famílias com renda mensal de até três salários mínimos, o equivalente a R$ 2.640,00 – até R$440 per capita – custa R$ 1. Para quem está fora deste limite, o valor cobrado é R$ 2,00.

Doações de cabelo em campanha O Metrô DF iniciou a campanha “Corte e Compartilhe”, na Estação Central do Plano Piloto. A iniciativa integra as atividades do movimento Outubro Rosa, que conscientiza as mulheres sobre a importância da prevenção do câncer de mama. A campanha também será realizada na Estação Praça do Relógio, em Taguatinga. Os cortes são feitos por estudantes do Salão de Beleza Hélio – Centro de Formação Profissional. Nas outras edições, o total de mechas arrecadadas chegou a 300. O comprimento mínimo do cabelo para doação é de dez centímetros.

A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) investe em infraestrutura no Setor Noroeste. Já instalou 90 placas de sinalização e cerca de 250 serão colocadas para identificar os setores comerciais, as quadras e os blocos da Etapa 1 do setor habitacional. Placas com o mapa das quadras também serão instaladas. A previsão é de que o trabalho seja concluído em 60 dias. Junto com a sinalização, a Terracap, atualmente, realiza o plantio de grama na Etapa 1 e as obras de pavimentação no comércio local 6/7.


ENTENDA PARA QUE SERVE A CÂMARA LEGISLATIVA. A Câmara Legislativa do Distrito Federal faz parte do Poder Legislativo. Ela serve, entre outras coisas, para criar e aprovar leis, fiscalizar o Poder Executivo, acompanhar o andamento das aplicações de recursos públicos, debater assuntos de interesse da população, promover audiências públicas e mediar discussões entre o governo, a sociedade e as classes trabalhadoras. É para isso que a Câmara serve. E para muitas outras coisas também. Acesse www.cl.df.gov.br e saiba mais sobre a Câmara Legislativa do Distrito Federal.


Brasilia Capital n Cidades n 10 n Brasília, 22 a 28 de outubro de 2016 - bsbcapital.com.br

Foco em Brasília

Um dos portais mais respeitados do País abre espaço para a cobertura das notícias de Brasília como cidade tereza sá

Tácido Rodrigues e Lucas Valença

O

Distrito Federal e o Entorno têm características e vocação para manter o crescimento, mesmo num período de crise, desde que houvesse planejamento. A opinião foi manifestada pelo economista José Luiz Pagnussat, integrante do Conselho Federal de Economia (Cefecon), durante o evento “Os desafios de Brasília”, quinta-feira (20), no Centro Universitário de Brasília (UniCeub), promovido pelo site Congresso em Foco. O especialista destacou que o PIB per capita, a alta qualidade de vida e a escolaridade elevada da população podem ser aspectos importantes na retomada do crescimento do DF. Pagnussat aponta que a crise fiscal do setor público, o desemprego e problemas ligados à água, energia e meio ambiente são obstáculos que precisam ser superados. “Há vários pontos a serem melhorados. Um deles é a renda. O DF possui o pior índice de concentração de renda e, ao mesmo tempo, o melhor IDH do País”, comentou. Tendo como base pesquisa da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) sobre economia, escolaridade e desemprego, de agosto passado, o economista ressalta que o comércio foi o setor mais afetado pela crise no segundo trimestre de 2016. “A taxa de desemprego já passa de 18%, sendo que o grupo formado por cidades mais ricas (Brasília, Lago Sul e Lago Norte) possui apenas 7,4%. Precisamos rever as oportunidades de emprego nas demais regiões administrativas”, completou.

Da esquerda para a direita: cientista político Leonardo Barreto, arquiteto José Galbinski, próreitora do UniCeub Elizabeth Regina Manzur, jornalista Sylvio Costa e o economista José Luiz Pagnussat

Urbanismo – O arquiteto José Galbinski, estudioso do planejamento de Brasília, criticou a mentalidade dos gestores da cidade. Para ele, a megalomania está presente nos monumentos, em detrimento da população, que, muitas vezes, não possui nem calçada para se locomover. “Tudo tem de ser feito simultaneamente. Não se pode esquecer as pessoas que compõem a cidade. Brasília possui um urbanismo que não pensa nas pessoas”. Para a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que compareceu ao evento, Brasília possui uma história diferente das outras cidades. Na visão dela, a capital não nasceu a partir do patrimonialismo de uma oligarquia local, mas é fruto de um projeto nacional e de uma ‘utopia’ do arquiteto Lúcio Costa. “É muito importante que Brasília possa ter espaços de discussão sobre ela mesma, até porque nós viemos de todos os cantos do Brasil”, disse.

Autocrítica de Gilberto Carvalho Romário Schettino Um debate sobre a conjuntura política e econômica e o futuro do Brasil, na quinta-feira (20), reuniu o ex-secretário-geral da Presidência da República no governo Lula, Gilberto Carvalho, o coordenador nacional do MST, Alexandre Conceição, e o secretário de Relações Internacionais da CUT nacional, Antonio de Lisboa. O encontro foi no auditório Paulo Freyre, do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF). Eles alertaram para a necessidade de unidade das esquerdas para enfrentar o desmonte das políticas sociais implementadas pelos governos Lula e Dilma e a volta do neoliberalismo privatista. Gilberto Carvalho admitiu que o grave erro dos

governos do PT foi não ter promovido a reforma política e a regulamentação da comunicação no País. Para ele, no momento, é preciso esquecer as diferenças partidárias e unir as esquerdas para estimular a ida do povo às ruas. “Não há como deter o golpe, que continua em curso, sem uma ampla mobilização popular. Estamos numa guerra sem quartel e a perseguição a Lula faz parte dos planos dos golpistas que querem retirá-lo da política. Eles querem, a passos rápidos, entregar as nossas riquezas às multinacionais estrangeiras, ao neoliberalismo desenfreado e trazer de volta a miséria para o povo brasileiro”, disse o ex-ministro. O debate foi promovido pelo semanário Brasil Popular, que é distribuído na Rodoviária do Plano Piloto.


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Por Chico Sant’Anna

Só e mal acompanhado

A

foto da entrevista sobre a não concessão de reajuste salarial aos servidores do GDF por causa da crise financeira revela o isolamento político de Rodrigo Rollemberg. Ao seu lado, não havia liderança política nem de seu partido, o PSB, já que Jayme Recena, presidente da legenda, estava curtindo Las Vegas. Na campanha eleitoral, o governador montou uma grande coligação, almejando uma base político-parlamentar sólida. No dia do aviso oficial, o ladeavam apenas auxiliares técnicos: procuradora do GDF, chefe do Gabinete Civil e os secretários de Planejamento e da Fazenda.

Menos apoio Não houve nenhum discurso de apoio. Onde estavam os representantes do PDT, titular da secretaria do Trabalho, e do PSD, que, para o bem ou para o mal, está na vice-governadoria? E a Rede? Ninguém. Nem mesmo da bancada socialista, formada pela distrital Luzia de Paula, e o presidente em exercício da Câmara Legislativa, Juarezão.

agência brasília

Bancada vota contra interesses do DF Estudantes secundaristas protestam contra a PEC do Teto e a reforma do ensino médio, baixada por meio de Medida Provisória. Eles ocupam três unidades do Instituto Federal de Ensino de Brasília (IFB/foto abaixo) em Samambaia, Estrutural e São Sebastião. Os alunos entendem que a qualidade cairá, já que a MP fragmenta o ensino médio e desobriga o ensino de disciplinas como Artes e Filosofia. Também são contra iniciativas que criminalizam o debate dentro das escolas, como o PL da Escola sem Partido. Orçamento limitado - A PEC do Teto, pela qual o governo Temer limitará por 20 anos o orçamento ao crescimento inflacionário, é tida como a mais danosa. A bancada do Distrito Federal parece estar desatenta, já que as novas regras também serão aplicadas na definição dos valores do Fundo Constitucional do DF, dinheiro que a União repassa todos os anos para bancar salários dos servidores da saúde, educação e segurança pública. A PEC limitará, a partir de 2018, as verbas que o DF recebe para saúde e educação.

“Mãozinha do PT” O Bloco formado por PDT e Rede, oficialmente base do governo, pressiona-o mais do que muitos oposicionistas. O grupo que apoiava o governador agora é oposição. Nas votações, o PT tem sido obrigado a dar uma mãozinha ao GDF. O Buriti parece estar

perdendo as condições de governabilidade. Exemplo foi a aprovação pela CLDF, por 17 votos favoráveis e sete ausências, de dois decretos legislativos revogando o decreto de Rollemberg restringindo o direito de greve dos servidores públicos.

Unidade mínima 2017 promete ser um ano economicamente tão difícil quanto 2016. Se até aqui havia uma unidade mínima de governo, todos perguntam é se isso vai perdurar. O vice-governador, pelas postagens nas redes sociais, parece preferir pedalar sua bike a exercer seu mandato.

Rogério Rosso (PSD) já se articula com Tadeu Filippelli (PMDB). Joe Valle (PDT) e Chico Leite (Rede) só pensam em 2018. Vai ser difícil essa segunda metade do governo Rollemberg. Como Jayme Recena deve ter ouvido em Las Vegas, as apostas estão feitas.

Redes sociais - Nas eleições, os candidatos buscam apoio em segmentos corporativos, como interesses de bancários, segurança e educação. Na PEC do Teto, seis dos oito deputados federais, mostraram-se mais afeitos aos interesses dos banqueiros credores nacionais e internacionais: Izalci Lucas (PSDB); Alberto Fraga (DEM); Rogério Rosso (PSD); Ronaldo Fonseca (PROS); Augusto Carvalho (SD); e Laerte Bessa (PR).Apenas Erika Kokai (PT) e Roney Nemer (PP) foram contra. Fotos deles já circulam nas redes sociais. Resta saber se a memória do eleitor estará boa em 2018. divulgação


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Papai Noel dos Correios chega

Brasil libera pescado russo

Portal Brasília Capital - O Natal já bate à porta e com ele chega o espírito solidário. Há 27 anos os Correios fazem a campanha “Papai Noel dos Correios”. A ação procura atender pedido de crianças carentes. Em 2015, 80% das cartinhas selecionadas foram apadrinhadas e sonhos foram realizados. Este ano, a campanha será lançada no início de novembro. Para ajudar, basta ir até uma unidade dos Correios e pegar uma das cartinhas.

Cala a boca já morreu Zero Hora - A presidente do STF, Carmen Lúcia, disse, na quinta-feira, em São Paulo, que o “cala boca já morreu”, referindo-se ao direito da imprensa de repassar informações aos cidadãos. Ela disse que, no âmbito do STF, a Corte dará cumprimento ao exercício de uma imprensa livre e “não como poder, mas como uma exigência constitucional”.

#Barbudo da Federal Estado de Minas - A prisão do ex-deputado Eduardo Cunha bombou nas redes sociais não apenas pela decisão do juiz Sérgio Moro, mas também pela beleza de um dos policiais. Lucas Valença (foto), 30 anos, está bombando nas redes sociais como o “samurai hipster lumbersexual”. No seu perfil no Facebook, ele aparece como “solteiro”.

Ígor Rôzin

Estudantes de medicina cuidam do futuro profissional Portal Brasília Capital - A Associação Estudantil de Medicina do Distrito Federal (Aemed) mobiliza alunos para reivindicar benefícios que servirão para eles próprios no futuro e para os atuais profissionais. Reativada recentemente, a entidade já contabiliza vitórias. Uma delas aconteceu durante a tramitação do Projeto de Lei que proíbe os cursos do Brasil de emitirem diploma de “bacharel em medicina”. “Estivemos presentes na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e evitamos que os estudantes continuassem sendo prejudicados. Quando foi feita a relatoria do PL, a Aemed trouxe a importância da atuação dos estudantes e divulgou as medidas”, diz o presidente da associação, Pedro Henrique de Souza Tavares. A partir de então, a pauta ganhou força e chegou à imprensa. “Ela era extremamente prejudicial, mas só ganhou visibilidade com o nosso trabalho”, ressalta. No dia 14 de abril deste ano, a pro-

posta foi sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff. Atuação - A associação é pautada pelas principais medidas que afetam a área da saúde e, a partir do contato com os estudantes, é criada uma agenda para defendê-los “Muitas vezes, o estudante fica à margem do que está sendo decidido, pois a informação não chega até ele. A Associação dos Estudantes faz esse canal. Divulga o que está sendo votado”, afirma Tavares. A luta não se restringe aos temas propostos pela saúde. A educação e a proteção aos estudantes é outra bandeira levantada pela associação. “Acompanhamos pautas como o Fies, que tem uma grande importância pra gente. Além disso, a questão dos nossos campos de ensino que estão diretamente ligados ao SUS, entre outras coisas. Tudo que está virando norma dos ministérios da Saúde e da Educação”, completa.

Depois de muita negociação, três companhias russas receberam autorização para vender no Brasil. Elas vão abastecer o país com pescados, de acordo com comunicado do Rosselkhoznadzor (serviço fitossanitário russo). Outras três devem receber autorização após corrigirem falhas identificadas na inspeção brasileira. Além disso, o Brasil receberá uma nova lista de empresas russas de processamento de pescados interessadas em exportar para o país. O secretário-executivo do Ministério da Agricultura brasileiro, Eumar Roberto Novacki, garantiu ao colega russo, Evguêni Nepolonov, que a inspeção será realizada em breve. O brasileiro afirmou ainda que oferecerá assistência na resolução de questões relacionadas à abertura do mercado brasileiro a produtores russos de carne de boi marmorizada de alta qualidade e de trigo. Anteriormente, a secretária de relações internacionais do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo, informou à agência Tass que o Brasil estava interessado na importação de alguns tipos de gêneros alimentícios russos, entre eles grãos e pescados, especialmente bacalhau. No momento, a demanda interna brasileira de trigo está entre 11 e 12 milhões de toneladas ao ano. O país produz entre 6 e 7 milhões de toneladas.


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Ânimo para viver

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apóstolo Paulo comparou a vida a um campo de batalha onde cada um trava um bom combate. O bom combate é a luta entre sua parte de luz e a outra, de sombra. Sairá vencedora aquela à qual você der mais atenção, mostrar determinação e não desistir com as derrotas. Quanto maior sua escuridão, maior será o conflito e maior será o esforço que deverá fazer. Na batalha haverá vitórias e derrotas com consequente forta-

lecimento, se houver avaliação e aproveitamento que trarão a sabedoria necessária. Toda ideia de fracasso, desânimo, incapacidade ou derrota deve ser rechaçada. Paulo mostra seu bom combate em três momentos. No início, quando lamentava não fazer todo o bem que queria. Depois, quando afirmava que não era mais o que foi e, finalmente, quando afirmou que venceu o bom combate. Antes de ser degolado pelo carrasco encarregado de executá-lo, mas que demonstrava vacilação e

piedade, Paulo afirmou: “Não tenha pena de mim; tenha pena de você que vai continuar fazendo esse trabalho imundo. Eu cumpri meu dever e vou ao encontro do meu Senhor”. Quando a sua parte luminosa ultrapassar sua escuridão, começará a sentir uma alegria natural. Após alguma derrota, verá que passou para um patamar mais elevado. Então, haverá cada vez mais alegria em compartilhar com os mais necessitados e perceberá que aparecerão amizades importantes

que o auxiliarão na sua caminhada. É assim que se entende o provérbio oriental: “Quando o discípulo está pronto o Mestre aparece”. O Mestre não significa necessariamente uma pessoa física. Pode ser um livro que você encontra, sua indicação ou o presente de alguém. Em casos mais resistentes poderá haver necessidade da ajuda de um terapeuta. “Caminhe! Até que não exista mais o caminho e nem o caminhante, e só exista o caminhar”.

modificações no conteúdo de nutrientes, para serem utilizados em dietas, especialmente na restrição de açúcar. A questão toda gira em torno do que realmente tem restrição ou não de açúcar, e se essa restrição tem sido benéfica para a saúde do consumidor. A principal crítica deve ser feita à nossa legislação de alimentos, que permite que a sacarose seja substituída por maltodextrina, produto que pode

ser chamado de diet ou zero em açúcar. Mas, afinal, a maltodextrina é ou não um açúcar? Na verdade, ela é um carboidrato, de estrutura maior do que a estrutura dos açúcares, e chamado de oligossacarídeo. Por isso, a indústria pode fazer esse tipo de troca. A questão é que os efeitos desse carboidrato no organismo são muito similares aos efeitos da sacarose. Então, é como trocar seis por meia dúzia!

Consumo do açúcar que não se vê

O

consumo de açúcar no Brasil aumentou expressivamente nos últimos 60 anos. Na década de 1930, o consumo per capita médio era de 15kg de açúcar por ano, e na década de 1990, chegou a 50kg por pessoa ao ano. No entanto, a recomendação atual da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que o consumo diário não ultrapasse 5% das

calorias totais da dieta, ou seja, aproximadamente 25g de açúcar por dia, considerando uma dieta de 2000 Kcal. Essa quantidade equivale a uma colher de sopa cheia. Um novo perfil de consumidores mais preocupados com a relação entre alimentação e saúde cresceu nos últimos anos. Por isso, a indústria de alimentos tem investido na elaboração de produtos para fins especiais, com

MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas

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Nova regra para acentos

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lá, queridos amigos! Tudo bem com vocês? Vamos continuar nossa empreitada? Desejamos dominar o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa! Hoje, vamos tratar do emprego de acentos! Acredito que essa é a alteração que mais vivenciamos em nosso dia-a-dia. Foi suprimido o acento dos ditongos abertos EI e OI, quando estão na penúltima sílaba de uma palavra (tecnicamente, paroxítonas). É o que justifica a retirada do acento em ideia (i-dei-a) e joia (joi-a). Tal regramento não afeta palavras como pastéis (pas-téis) e destrói (des-trói), uma vez que os ditongos estão em posição oxítona.

Foi retirado aquele que marcava a ocorrência de hiato (vogais juntas que se separam na divisão silábica) com as vogais I ou U, em posição paroxítona, quando antecedido por ditongo. É o que se vê na palavra “feiura”. O acento da vogal U, nesse caso, deixou de existir, pois ao separarmos as sílabas (fei-u-ra) é possível constatar que o hiato (entre as vogais I e U) ocorre em posição paroxítona e está antecedido pelo ditongo EI. Vale a pena também falarmos acerca dos acentos diferenciais. Este emprego tem como base distinguir palavras diferentes, mas de escrita idêntica, por meio de um acento. Alguns foram retirados; outros, mantidos. No grupo dos acentos retirados, podemos citar os seguintes pares de palavras: “para” (preposição,

sempre foi sem acento) e “para” (verbo, que era com acento); “pelo” (contração de preposição e artigo, sempre foi sem acento) e “pelo” (substantivo, que era com acento); “pela” (contração de preposição e artigo, sempre foi sem acento) e “pela” (verbo, que era com acento); “polo” (contração arcaica, sempre foi sem acento) e “polo” (substantivo, que era com acento); e “pera” (contração arcaica, sempre foi sem acento” e “pera” (fruta, que era com acento). Já sobre os acentos diferenciais mantidos, temos: “tem” (verbo na 3ª pessoa do singular) e “têm” (verbo na terceira pessoa do plural); “vem” (verbo na terceira pessoa do singular) e “vêm” (verbo na terceira pessoa do plural); “pode” (verbo no presente do indicativo) e

“pôde” (verbo no pretérito perfeito do indicativo); e “por” (preposição) e “pôr” (verbo). Obs: verbos derivados de “ter” e “vir” também mantiveram acentos diferenciais, como ocorre em “mantém/ mantêm” e “intervém/intervêm”. Por fim, houve a retirada dos acentos das palavras paroxítonas marcadas pela repetição de vogais. É o caso de “voo”, “enjoo”, “veem” e “creem”, por exemplo. Na próxima semana, falaremos acerca do temido hífen! Um grande abraço!

Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília

Waleska, as estrelas também morrem

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iquei duplamente chocado ao ler na edição do Correio Braziliense, sábado (15), sob o título restrito a uma tripa de uma coluna num cantinho de página: “Rainha da Fossa morre aos 75 anos”. Além do sentimento da perda de uma grande amiga, amizade extensiva à minha mulher Lêda Maria, achei que foi muito pouco o texto de apenas 14 linhas para falar sobre a cantora. Waleska emocionava multidões com suas interpretações e tinha nomes famosos na lista de seus fãs, que participavam da santa boemia carioca na década de 1960, entre os quais Juscelino Kubitschek, Vinicius de Moraes, Sérgio Bittencourt e até mesmo Maysa

Matarazzo, de quem copiou o estilo intimista. Capixaba nascida na cidadezinha de Afonso Cláudio, a professorinha Maria da Paz Gomes, que adotou o pseudônimo artístico de Waleska quando começou a cantar ao lado de Clara Nunes e Milton Nascimento, na tradicional Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, atingiu o auge como intérprete da MPB ao se transferir para o Rio de Janeiro. Em seguida, começou a chamar a atenção da mídia no Beco das Garrafas, por onde também se apresentaram grandes astros e estrelas, como Baden Powell, Wilson Simonal e Elis Regina. Depois de fazer shows em outras casas noturnas, Waleska abriu sua própria

boate, no Leme, com o nome de Pub Bar, que resumia o título de Pontifícia Universidade dos Boêmios (*). Também boêmio moderado, passei no vestibular como frequentador assíduo da referida universidade, na qual se bebia chope em taças de cristal. E acabei me tornando amigo da “reitora”, amizade que cresceu no transcurso de mais de 50 anos. Por isso, toda vez que Waleska se apresentava aqui em Brasília, costumava reservar mesas especiais para mim e minha mulher, nas proximidades do palco, a exemplo de seu inesquecível show de música e humor, ao lado do saudoso Miéli. Atração em Portugal, Itália e Estados Unidos, com o mesmo destino de

outros crooners brasileiros de fama internacional, Waleska ainda promovia shows para sobreviver, mesmo após os 70 anos de idade. (*) No Pub, Waleska se apresentava em dupla com o então jovem violonista e cantor Josemir Barbosa, a quem considero o Frank Sinatra brasileiro, com o mesmo talento, porém sem os milhões em dinheiro. Aos 78 anos, Josemir se apresenta nas noites de terças e quartas-feiras no bar do Hotel Bristol.

(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor


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F

L

i l m e s

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divulgação

Sete Minutos Depois da Meia-Noite Juan Antonio Bayona Conor é um garoto de 13 anos de idade, com muitos problemas na vida. Seu pai é muito ausente, a mãe sofre um câncer em fase terminal, a avó é uma megera e ele é maltratado na escola pelos colegas. No entanto, todas as noites, Conor tem o mesmo sonho, com uma gigantesca árvore que decide contar histórias para ele, em troca de escutar as histórias do garoto. Embora as conversas com a árvore tenham consequências negativas na vida real, elas ajudam Conor a escapar das dificuldades por meio do mundo da fantasia. Gênero: drama

Não Se Enrola, Não Isabela Freitas

A Garota no Trem / Tate Taylor Rachel, uma alcoólatra desempregada e deprimida, sofre pelo seu divórcio recente. Todas as manhãs ela viaja de trem de Ashbury a Londres,

fantasiando sobre a vida de um jovem casal que vigia pela janela. Certo dia ela testemunha uma cena chocante e mais tarde descobre que a

P

r o g r a m a ç ã o

Shows nLegião Urbana ( foto)– 30 anos. Sexta-feira (28), às 22h, no NET Live Brasília. Ingressos: R$ 90 a R$ 180. Pontos de venda: central de ingressos no Brasília Shopping, bilheteria do NET Live e no site www. eventim.com.br. Informações: (61) 3306-2030/4003-6860. nIsrael e Rodolfo no Espaço Villa Mix. Dia 1º (terça-feira), às 22h30, no Villa Mix Brasília. Ingressos: R$ 30 a R$ 90. Pontos de venda: lojas Koni Store e online www.bilheteriadigital. com. Informações: (61) 33269796.

mulher está desaparecida. Inquieta, Rachel recorre à polícia e se vê completamente envolvida no mistério. Gênero: Suspense.

digital.com. Informações: (61) 3334-4450. Teatro nSíndrome de Chimpanzé – de Alex Cassal com Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello. 21 a 30 de outubro. Sexta-feira e sábado, às 20h, e domingo às 19h. Teatro da Caixa. Ingressos disponíveis na Caixa Cultural Brasília, terça a sexta e domingo das 13 às 21h, e sábado das 9h às 21h, R$20,00 a inteira e R$10,00 a meia nFesta do Branco com “É o Tchan”. Dia 5 (sábado), às 22h, na Bamboa Brasília. Ingressos:

A vida de Isabela dá uma completa reviravolta depois do sucesso de seu blog, Garota em Preto e Branco. Decidida a perseguir seus sonhos, ela abandona o curso de direito, deixa a casa dos pais, em Juiz de Fora (MG), e se muda para São Paulo tão logo conquista um emprego numa badalada revista on-line. Durante a trama, Isabela conhece o envolvente Pedro Miller por quem se apaixona.

R$ 30 a R$ 60. Pontos de venda: bilheteria Bamboa, lojas Zimbrus e online www.bilheteria-

nOs Beatniks em “A Gaivota”. Até o dia 30 de outubro,

aos sábados e domingo às 18h no Espaço Cena da 205 Norte. Ingressos: R$ 20 (meia). Pontos de venda: na hora e no local. Informações: (61) 3349-3937. nO Mágico de Oz e Peter Pan. Sábados, 22 e 29 de outubro, às 16h na Casa Thomas Jefferson. Entrada franca. Informações: (61) 3442-5566 / 3442-5757. Exposição nA turma do Pererê. Até o dia 27 de novembro, de terça-feira a domingo, das 9h às 21h na Caixa Cultural Brasília. Entrada franca. Informações: (61) 3206-9448 / 3206-9449.


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