Jornal Brasília Capital 308

DIVULGAÇÃO

Teste revela irregularidades em bebidas energéticas Página 13

Ano VII - 308

Brasília, 22 a 28 de abril de 2017

MATHEUS OLIVEIRA

ENTREVISTA // HUMBERTO FONSECA

Frejat e Maninha são passado Secretário defende implementação de instituto para gerir Hospital de Base

Secretário aponta criação do Instituto HB como caminho para tirar a Saúde do DF da situação crítica em que se encontra. Para ele, a gestão Agnelo foi “desastrada”.

Páginas 4 e 5

57 ANOS

BALEIA AZUL

Parabéns, Brasília

Jogo que induz jovens ao suicídio chega ao DF

Na semana de seu aniversário, cidade é agraciada em Madri, na Espanha, com o título de Capital Ibero-Americana da Paz. Caderno Especial

GREVE GERAL Ganha força convocação da CUT para o dia 28 de março Páginas 3, 7 e 12

Página 10

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NUTRIÇÃO

Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 22 a 28 de abril de 2017 - bsbcapital.com.br

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E D I T O R I A L

x p e d i e n t e

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Crimes de lesa-pátria Os altos valores envolvidos no assalto aos cofres públicos deixam os brasileiros sem ter como medir o tamanho do rombo causado por agentes públicos em conluio com empresários desonestos. É quase impossível estimar a quantidade de dinheiro desviado em superfaturamento de obras e serviços para encher os bolsos dos corruptos. É aí que a nação descobre o quanto foi vilipendiada.

O que foi pago em propina a autoridades e parlamentares apenas

tino final, como investimentos em saúde e educação públicas. Ou seja, é uma corrupção que mata e deseduca.

Como os próprios legisladores aparecem na lista dos ladrões, evidentemente não usam o termo roubo.

Preferem vocábulos cândidos, como apropriação indébita, peculato etc.

Quando são vários os crimes, transformam-nos em inocentes “desvios”.

Mas os cidadãos bem informados, e inconformados, têm outra definição para essas barbáries: crimes de lesa-pátria.

Elefantes brancos de Brasília A Operação Lava Jato expôs dois grandes elefantes brancos de Brasília – obras caras que não servem pra nada ou não são utilizadas em sua plenitude. O mais badalado – o Estádio Nacional Mané Garrincha – custou R$ 1,575 bilhão. O outro, que estava quase no esquecimento é o Centro Administrativo, em Taguatinga, uma Parceria Público-Privada (PPP), ao custo de R$ 1,05 bilhão.

O Mané Garrincha, estádio mais caro da Copa do Mundo de 2014, é cedido até de graça para jogos de pequenos times de futebol. Ou alugado por R$ 39, como constatou o Tribunal de Contas do DF. Foi para um jogo entre Brasília e Formosa no mês passado. Nessa toada, serão necessários 96 anos para que a renda aufe-

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nBrasília, Capital da Paz Como assim? Essa, com certeza, seria uma notícia pra deixar qualquer um contente, mas na realidade sabemos que não é bem assim. Torcemos pra que isso vire realidade em breve. Eliane Claro da Silva, via Facebook Deve ser a crise que atingiu também os bandidos...

Maria Gisele Mendes, via Facebook

pela empreiteira Odebrecht daria para comprar: 84 mil ambulâncias; fazer 5,5 mil creches que atenderiam 867 mil crianças; comprar 84 mil ambulâncias; ou construir mais de 5 mil Unidades de Pronto Atendimento Hospitalar (UPAs). São exemplos do tamanho do prejuízo sofrido pelos brasileiros.

O rombo causado pela Odebrecht é calculado na casa dos R$ 10 bilhões.

Uma dinheirama que sai do bolso do contribuinte e não chega ao seu des-

Reações ao prêmio de Capital da Paz, recebido em Madri pelo governador Rollemberg.

nOdebrecht Esquema de corrupção praticado pelos políticos, partidos e empresários é um verdadeiro deboche com o Brasil.

Adalberto Reis, via Facebook Sobre os nomes de times de futebol usados como apelidos

rida na arena monumental compense o investimento. Além do prejuízo de R$ 1,3 bilhão para o contribuinte, jogado sobre os ombros da Terracap.

O Centro Administrativo deveria abrigar órgãos do governo – 13 mil servidores. Divergências entre o Buriti e as empreiteiras mantém a impressionante estrutura deserta. Mais dois empreendimentos, fora da qualificação de elefante branco, estão na lista: Jardins Mangueiral, próximo a São Sebastião, e o BRT Sul, sistema de transporte ligando o Plano Piloto ao Gama e Santa Maria.

O que se acentua mais ainda com a divulgação desses malfeitos é a constatação de que administradores públicos sequer sentem peso na consciência. Ao manipular o dinheiro de

todos, utilizam seus belos discursos e argumentos para ganhar dinheiro com as obras que todos necessitam.

Até o Mané Garrincha tinha o apelo de trazer jogos da Copa para Brasília.

Uma tentação? Para as autoridades está provado que sim.

A lamentável lição, repetida várias vezes, é de que não se deve confiar nos homens de terno e gravata, com belos discursos, na hora de propor investimentos públicos. Todo cuidado é pouco. É necessária a vigilância dos cidadãos. Órgãos fiscalizadores também caem na tentação.

Erário nada mais é do que o dinheiro de cada um dos brasileiros. E a Lava Jato prova, mais uma vez, que o servir ao próximo não é palavreado confiável no mundo da política.

a r t a s

de políticos na relação da corrupção da empreiteira. nChoque no Detran Detran não deveria fazer fiscalização. Essa atribuição tem que ser da PM. O Detran deveria trabalhar só na burocracia interna de documentos e habilitações. Os caras são teimosos. Querem poder de polícia que não são. Waubeger Ribeiro, via Facebook

Os caras agora vão ameaçar todos, mandar calar a boca.

Vão usar por pouca coisa.

Isso no Brasil não dá certo.

Aleksei Finageiv Peixoto, via Facebook Sobre o uso das “taser”, pistolas de choque, pelos agentes de trânsito. nPiscina de bolinhas Não importa minha idade, eu vou nesse tobogã. David

Alex, via Facebook Dois sonhos: comprar meu Fusca e me acabar em uma piscina dessa. Nayra Matos, via Facebook Que criança o quê... Vou é me levar nesse negócio!

Juliana Feitoza, via Facebook Sobre a chegada do tobogã e da piscina de bolinha gigante no JK Shopping, em Taguatinga Norte.

Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 22 a 28 de abril de 2017 - bsbcapital.com.br

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ssim como Alírio Neto (PTB) e Tadeu Filippelli (PMDB), o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) aposta em redes sociais para alavancar sua popularidade de olho na

reeleição em 2018. Na onda do prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), o governador faz vídeos caseiros e publicaos no Facebook. O objetivo é o mesmo: encurtar a distância com o eleitorado.

DIVULGAÇÃO

Lustosa na marca do pênalti Depois de trocar quatro administradores regionais, o governador Rodrigo Rollemberg já está montando a segunda lista de dispensas. Tudo indica que Ricardo Lustosa, de Taguatinga, está na marca do pênalti.

Após quebrarem vidraças e invadirem o Congresso Nacional, os policiais civis convenceram o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), a manter em 55 anos a idade mínima para aposentadoria da categoria.

OITO MÃOS – O próximo administrador de Taguatinga será da cota pessoal do governador. Enredada com denúncias de corrupção, a distrital Sandra Faraj (SD) perde força no Buriti. Apoiado pelos deputados Reginaldo Veras (PDT), Chico Leite (Rede) e Rafael Prudente (PMDB), um forte candidato a suceder Lustosa é o presidente da Acit, Justo Magalhães.

PERDEU – Caso se confirme essa tendência, além de Faraj, sairá derrotado o presidente do Sindivarejista, Édson de Castro, e parte de sua diretoria, que vêm trabalhando para fortalecer Lustosa.

Greve geral Cresce a mobilização em Brasília para a greve geral convocada pela CUT para o dia 28. Vinte mil vigilantes cruzaram os braços na quarta-feira (19) e forçaram o fechamento de bancos, hospitais e repartições públicas. E sinalizaram que vão parar na data marcada pela CUT. Também devem aderir rodoviários, metroviários, professores e jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

DIVIDIDOS – A greve dos vigilantes foi motivada por um racha no sindicato patronal da categoria. Pequenos empresários querem pagar os trabalhadores por hora, enquanto as grandes empresas preferem manter o piso salarial de R$ 2,2 mil.

À força

Arruda na muda O ex-governador José Roberto Arruda (PR) não quis comentar a citação de seu nome na lista de políticos que receberam propina da empreiteira Odebrecht. “Dedico-me totalmente à carreira de professor, quieto no meu canto”.

FORA – Arruda assegura que não disputará mais nenhum cargo eletivo e que gostaria que sua esposa, Flávia (foto), herdasse seus votos no DF. Mas, segundo ele, a mulher também não deseja enfrentar mais uma campanha. Ela concorreu, em 2014, como vice de Jofran Frejat ao GDF.

MEDO DE QUÊ? – Ao contrário do que acontece com outros manifestantes, os policiais não passaram por revista, não foram alvos de balas de borracha e só cheiraram spray de pimenta depois de quebrarem a vidraça. A Polícia Legislativa não usou a mesma força que exibe em protestos de trabalhadores rurais, mulheres ou índios...

Brasília Capital n Política n 4 n Brasília, 22 a 28 de abril de 2017 - bsbcapital.com.br

BC – Como o sr classifica a situação da saúde pública no DF? O que causa carência de recursos numa área tão sensível para a população?

Humberto Fonseca – A saúde do DF vive um momento difícil. A política remuneratória desastrada adotada pelo governo anterior levou a um aumento excessivo de gastos com pessoal, ao mesmo tempo que promoveu a redução de carga horária de várias categorias da Saúde. Isso levou a Secretaria a gastar, hoje, mais de 80% do seu orçamento com pessoal, o que torna insustentável o equilíbrio financeiro, sem falar no déficit de pessoal que leva ao fechamento de leitos e serviços, já que novas nomeações estão limitadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ao arrepio da lei, o governo anterior cancelou empenhos relativos a 2014, deixando uma dívida milionária para ser paga pela atual administração, o que só estamos conseguindo fazer agora, graças a uma mudança de interpretação sobre a utilização de recursos de repasse fundo a fundo, que construímos com o Ministério da Saúde. A retração econômica – a maior da história do País, com três anos seguidos de recessão – reduz a arrecadação e os repasses federais, o que completa o cenário de ruína financeira da Saúde em Brasília. A falta de orçamento e as dívidas ainda não pagas levam a crises de abastecimento de insumos, dificuldade na manutenção de equipamentos e de realização de investimentos. E a demanda por saúde pública só aumenta.

Num desse, é essencial buscar soluções modernas de gestão, de forma a alocar com mais eficiência os escassos recursos e, assim, procurar sair do ciclo vicioso gerado pela irresponsabilidade e pela falta de planejamento. Estamos fazendo isso.

BC – Mas tem havido muita reação a essas propostas...

Humberto Fonseca – Em-

ENTREVISTA // Humberto Fonseca

Rumo à Saúde da Família Secretário defende criação do Instituto HBB, diz que o modelo de Frejat é antigo e que Maninha usou uma OS Com exclusividade ao Brasília Capital, Humberto Fonseca aponta a criação do Instituto Hospital de Base, nos moldes do Sarah Kubstchek, como o melhor caminho para tirar a Saúde pública do DF da situação crítica em que se encontra. Segundo ele, a política remuneratória de Agnelo Queiroz (PT) foi desastrada. E responde aos ex-secretários Jofran Frejat (PR) e Maninha (Psol). Na edição anterior do jornal,

bora se reconheça que é necessário mudar, há grande resistência a qualquer mudança, principalmente por parte de dirigentes sindicais, que precisam assumir sua cota de responsabilidade pelas dificuldades que a Saúde enfrenta. Os sindicatos defendem interesses corporativos. É natural da democracia. No entanto, cabe ao Estado – Executivo, Legislativo e Judiciário – defender o interesse público e buscar o equilíbrio. Estranho seria se os sindicatos defendessem o interesse público contra suas corporações. Há uma tendência do sindicalismo de sugar do Estado até torná-lo inviável. Cabe ao Estado proteger os sindicatos de si mesmos e proteger a população de exageros.

BC – O atual modelo de atendimento é o mais ade-

ambos criticaram as propostas da atual gestão para o setor. Fonseca entende que o modelo implantado por Frejat é antigo e pouco produtivo, enquanto o Saúde em Casa, de Maninha, no governo Cristovam Buarque, foi baseada na Organização Social (OS) Instituto Candango de Solidariedade (ICS). E manda o recado: “agora a responsabilidade de fazer mais e melhor, em tempos mais duros, é nossa”.

Primeiro é preciso organizar a atenção primária e aproveitar os recursos existentes para fortalecer a Estratégia Saúde da Família”

quado? O que se deve fazer para dar atendimento médico sem enormes filas e até falta de material para o trabalho dos profissionais?

Humberto Fonseca – O sistema de saúde é desorganizado e tem baixa produtividade.

Primeiro é preciso organizar a atenção primária e aproveitar os recursos existentes para fortalecer a Estratégia Saúde da Família (ESF), que deverá ser capaz de resolver 85% ou mais dos problemas. Para isso, precisamos superar o ultrapassado modelo tradicional. Com a ESF funcionando bem, a demanda espontânea de menor gravidade poderá ser resolvida nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), desafogando as emergências, que, hoje, são o principal ponto de contato da população com a rede de saú-

Estamos desafiando interesses políticos e econômicos que sempre dominaram a Saúde Pública local. Estamos enfrentando interesses corporativos que se contrapõem ao interesse público

de. Com as UBSs trabalhando bem, de forma territorializada, com alta resolutividade e monitoramento de resultados e indicadores de qualidade, haverá grande evolução. Estamos promovendo uma ampla reforma do modelo de atenção primária, com as Portarias 77 e 78, de 2017, a fim de aumentar a cobertura de saúde da família, que hoje é de cerca de 30%, para 75%, que corresponde à população SUS-dependente do DF. Para garantir abastecimento e manutenção adequados e dar aos profissionais estrutura para exercer bem seu trabalho, precisamos investir em modelos de gestão mais eficientes. O problema está na falência do modelo atual. Todos concordam que precisamos mudar, e o governo tem boas propostas.

BC – Por exemplo?

Brasília Capital n Política n 5 n Brasília, 22 a 28 de abril de 2017 - bsbcapital.com.br

ANDRE BORGES / AGÊNCIA BRASÍLIA

participação do capital privado na estrutura decisória.

BC – Em entrevista ao Brasília Capital, os ex-secretários Jofran Frejat e Maninha criticam a criação do Instituto HBB. Dizem que ele pode precarizar relações de trabalho no hospital e que não resolverá o problema.

Maninha chega a dizer que o atual governo não consegue enxergar de forma global os problemas da Saúde. O que o senhor acha dessas críticas?

Humberto Fonseca – Quando políticos falam sobre saúde, mesmo sendo profissionais da área, temos que entender que em suas posições está contida uma forte carga de aspectos partidários e eleitorais, que precisam ser filtrados. Frejat e Maninha são sérios e comprometidas com a Saúde e também buscaram saídas para as dificuldades que enfrentaram. Graças ao trabalho de Frejat hoje temos uma boa estrutura de centros de saúde. Mas a forma que esses

Humberto Fonseca – Uma delas é a criação do Instituto Hospital de Base, entidade controlada pelo Poder Público, mas com normas de funcionamento menos burocráticas.

Isso dará autonomia e agilidade ao nosso maior hospital, o que se refletirá em melhoria na quantidade e na qualidade do atendimento. Estamos trabalhando também na melhoria dos fluxos internos.

Publicamos o primeiro Regulamento de Contratações da história da Secretaria e um Manual de Contratações (Portaria 210/2017), que sistematiza o processo, fixa prazos e responsabilidades e define indicadores de qualidade, de forma a comprarmos melhor e mais rapidamente, apesar das dificuldades criadas por uma legislação anacrônica, incompatível

com a velocidade que se espera das respostas em saúde.

BC – O problema é só a falta de recursos financeiros?

Humberto Fonseca – A insuficiência de recursos para uma demanda crescente é um grande problema, mas a falta de organização dos processos internos e de investimento em instrumentos mais modernos de gestão são entraves igualmente difíceis de superar.

BC – Por que o HBB chegou a essa situação de penúria?

Humberto Fonseca – O Hospital de Base sofre, como as demais unidades da rede, por carência de recursos orçamentários e financeiros, e pelas dificuldades que o modelo atual impõe aos processos de abastecimento, manutenção e admissão de pessoal. Tem dificuldade de execução do orçamento re-

lacionado a ensino e pesquisa, falta-lhe organização da oferta de seus serviços, controle dos resultados e de qualidade.

BC – A única solução é essa transformação do HBB? Humberto Fonseca – É a melhor solução. Todos os estados e municípios que vêm conseguindo bons resultados de assistência pública à saúde têm adotado modelos jurídico-administrativos diferentes da administração direta das unidades. Estudamos vários modelos jurídicos possíveis – fundações públicas e privadas, empresas públicas, serviços sociais, organizações sociais e outros – e, para o HBB, avaliamos que o modelo do Sarah Kubitschek é o que propicia a maior desburocratização e a melhor eficiência da gestão, sem perda de controle e sem qualquer

“Avaliamos que o modelo do Sarah Kubitschek é o que propicia a maior desburocratização e a melhor eficiência da gestão”

centros trabalham não é mais adequada às atuais necessidades da população, em uma situação de envelhecimento e de aumento de doenças crônicas. O modelo que foi útil para Brasília, hoje é antigo e ineficiente, tem baixa produtividade e baixa resolutividade. As estratégias de saúde pública evoluíram. Não podemos ficar estagnados no passado. Precisamos avançar em direção à saúde da família, para corrigir as distorções. Maninha, com o Saúde em Casa, aumentou essa cobertura para 70%, isso por meio de uma organização social, o Instituto Candango.

A verdade é que o SUS corre perigo, porque a equação de aumento da demanda e diminuição do financiamento é complicada. Os tempos mudaram, a abundância de recursos não existe mais. Precisamos defender o SUS. Não há grandes divergências em nosso pensamento. Todos buscamos melhorar a Saúde do DF, mas agora a responsabilidade por fazer mais e melhor, em tempos mais duros, é nossa.

BC – O que a Secretaria está fazendo ou pretende fazer para o DF voltar a ser referência na Saúde pública?

Humberto Fonseca – Estamos aperfeiçoando nossos processos internos, organizando as estruturas e normatizando seu funcionamento, com base em planejamento, eficiência, transparência e controle. Estamos investindo em atenção primária, com o fortalecimento da ESF, analisando e propondo modelos de gestão mais eficientes. Estamos desafiando interesses políticos e econômicos que sempre dominaram a Saúde Pública local. Estamos enfrentando interesses corporativos que se contrapõem ao interesse público. Enfim, estamos trabalhando com afinco, dignidade e honestidade, porque acreditamos que podemos fazer melhor do que foi feito no passado.

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Sindivarejista e Acit em rota de colisão FOTOS: DIVULGAÇÃO

Administrador de Taguatinga, Ricardo Lustosa, é pivô da divergência entre Edson de Castro (Sindivarejista) e Justo Magalhães (ACIT)

Entidades empresariais divergem quanto ao trabalho do administrador de Taguatinga Gustavo Goes

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ntidades de classe e administração regional estão em pé de guerra em Taguatinga. A confusão está em versões contadas pelo administrador Ricardo Lustosa e pelo presidente do Sindivarejista, Edson de Castro. Com a aproximação dos dois, a Associação Comercial e Industrial de Taguatinga passou a criticar a gestão do administrador.

“Ele privilegia uns setores em detrimento da comunidade”, diz o presidente da ACIT, Justo Magalhães.

O núcleo ligado ao Sindivarejista criou o que chama de Conselho de Desenvolvimento Econômico do Comércio de Taguatinga, cuja coor-

denação foi entregue ao empresário Talal Abu-Allan. Trata-se de uma espécie de “poder paralelo” à ACIT, o que aguçou ainda mais o descontentamento do grupo liderado por Justo Magalhães.

No dia em que foi criado, o Conselho apresentou suas demandas ao administrador, que imediatamente passou A resolver problemas como a falta de iluminação em frente às lojas e de dois hoteis onde existem a prática da prostituição no centro da cidade.

Reação – A diretoria da ACIT e alguns empresários reagiram à criação do Conselho. Nas redes sociais, a iniciativa foi tratada como “falta de consideração” do administrador. Para buscar o entendimento, Edson de Castro marcou um almoço com Justo Magalhães e representantes do Conselho, sem a presença de Lustosa. Foi uma infrutífera tentativa de conciliação, pois os dois lados mantiveram-se indiferentes ao armistício.

Administração – Ricardo Lustosa refuta a acusação de que trabalha apenas para os empresários do Conselho. “Taguatinga é formada por empresários. Tenho mais contato com eles por serem mais organizados e apresentarem demandas de forma colegiada”, justifica. Segundo ele, a produção da administração é grande e não se restringe ao atendimento das demandas do setor.

“Nós democratizamos. Em vez submeter o trabalho de pavimentação asfáltica ou poda de árvores à Novacap, muitas vezes solucionamos o problema por nossa conta”, exemplifica. Para mostrar que trabalha para toda a comunidade, Lustosa disponibiliza seu canal de Whatsapp para quem quiser encaminhar sugestões, opiniões, críticas e elogios: (61) 99911-7052. Além disso, abre seu gabinete todas as terças-feiras, das 9h às 12h e das 14h às 18h para atendimento à população, por ordem de chegada.

O criminoso propinoduto da Odebrecht O dinheiro da propina paga pela construtora Odebrecht a autoridades daria para comprar 84 mil ambulâncias ou 55 mil ônibus escolares; fazer quase 5,5 mil creches, para 867 mil crianças; ou para construir 5 mil Unidades de Pronto Atendimento Hospitalar.

Estes são exemplos do que os brasileiros perderam com os mais de R$ 10 bilhões que os exexecutivos da empreiteira admitiram ter destinado à corrupção.

Cálculo da Associação Contas Abertas dá uma ideia do prejuízo do esquema revelado nas delações premiadas.

A entidade usou números do Ministério do Planejamento e da Comissão Mista de Orçamento do Congresso.

Os mais de R$ 10 bilhões foram distribuídos como propina e caixa 2 em troca de favorecimento à Odebrecht.

Das planilhas do Departamento da Propina da Odebrecht surge uma lista de influentes autoridades, a começar por cinco ex-presidentes da República, incluindo o atual, Michel Temer (PMDB). Aparecem ainda 12 governadores, oito atuais ministros, 29 senadores e 38 deputados federais – inclusive os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Estão relacionados ainda exgovernadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

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O

mês de março foi marcado por muitas lutas da classe trabalhadora e dos movimentos sociais, que foram às ruas em protestos contra a retirada de direitos e a usurpação de conquistas históricas do povo brasileiro.

Em meio aos desmandos do ilegítimo governo Temer, que representa os interesses dos financiadores do golpe – capital financeiro, banqueiros e empresários -, o conjunto da sociedade se viu obrigada a protestar e não aceitar retrocessos.

Em uníssono, o clamor das massas toma conta do País, pede greve geral para o dia 28 de abril, e atribui ao mês a cor vermelha, representando a resistência das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros.

Rodrigo Britto, presidente

Um dia para barrar retrocessos de uma vida

Rodrigo Britto: “Vamos parar o Brasil contra o roubo de direitos”

da Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasília), fala da necessidade de dar um basta aos contínuos ataques aos direitos trabalhistas e sociais.

“Com a sanção do PL do Lixo e o encaminhamento a galope das votações das reformas trabalhista e previdenciária, não há outra

saída. Vamos parar o Brasil para mostrar que os trabalhadores e trabalhadoras, movimentos sociais e o conjunto da sociedade dizem não ao roubo de direitos”, explica o dirigente.

A preparação para a greve geral já começou em todo o Brasil. O encaminhamento agora é para que cada sindicato realize assembleia com sua categoria e vote na aprovação da greve para o dia 28 de abril.

“Contra a reforma da Previdência, o fim dos concursos públicos, a privatização das estatais, o desmanche do serviço público, a reforma trabalhista, a imposição da idade mínima de 65 anos para se aposentar, e tantas outras atrocidades impostas pelo golpista Temer, vamos parar o Brasil”, convoca Britto. “Procure seu sindicato, compareça à assembleia, vo-

te pela greve e pare um dia para barrar o retrocesso de uma vida inteira”, conclui.

Em todo o país, diversos Sindicatos dos Professores (Sinpro) seguem convocados para o próximo dia 28, como exemplo o Distrito Federal, onde a categoria encerrou uma greve que durou 29 dias, mas permanece mobilizada para o Dia Nacional de Paralisações.

“Não temos dúvidas de que nossa luta é diária. Mas não é somente contra a reforma que irá promover o maior retrocesso da história previdenciária do país e da classe trabalhadora, e sim contra um projeto de governo que tem por objetivo retirar direitos trabalhistas e sociais para atender a interesses isolados de megaempresários nacionais e internacionais” diz a diretora do Sindicato dos Professores no DF, Rosilene Corrêa.

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LAVA JATO

GDF cria grupo de investigação FOTOS: DIVULGAÇÃO

Valdeci Rodrigues

A

série de denúncias apontando possíveis irregularidades em obras no Distrito Federal levou o Governo de Brasília a criar o Grupo de Ações Integradas de Controle (Gaic), pela Controladoria-Geral do DF. A equipe vai acompanhar as suspeitas de corrupção na construção do estádio Mané Garrincha, do Sistema BRT Sul, do Centro Administrativo e do condomínio Jardins Mangueiral. A finalidade é identificar e punir funcionários públicos responsáveis pelos danos causados ao patrimônio público.

O controlador-geral Henrique Ziller afirma que a Lava-Jato evidenciou dois elementos que permitem dar andamento mais rápido às ações locais: a autoria das irregularidades e a sua materialidade. Além disso, a operação tem instrumentos dos quais os órgãos de controle não dispõem, como quebras de sigilos telefônico, fiscal e bancário. Ziller também frisa que o controle interno precisa ser feito preventivamente.

Punições – “Essa realidade desnudada pela Lava-Jato mostra que o controle interno no Brasil precisa ser feito de forma preventiva.

Aqui na controladoria, fazemos projetos de gestão de risco nos órgãos da administração pública do DF para que eles se organizem melhor e evitem que haja irregularidades em suas ações diárias”, declara Ziller.

Caso a autoria de algum ato ilegal seja atribuída a um funcionário público do DF, ele poderá ser punido com advertência, suspensão e até demissão. Se os autores forem pessoas que à época ocupavam cargos políticos, os processos serão instruídos no âmbito na Controladoria-Geral e remetidos à apreciação do Tribunal de Contas do DF. Fornecedores – O Gaic pretende responsabilizar fornecedores e empresas passíveis de serem declarados inidôneos e impedidos de contratar com o poder público, além de pagar multas, entre outros dispositivos previstos em lei. O anúncio da criação do grupo foi feito na quarta-feira (19). Além de Ziller, participaram da coletiva de imprensa o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio; os secretários de Fazenda, Antônio Fleury; de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos; de Mobilidade, Fábio Damaceno; a procuradora-geral do DF, Paola Aires Corrêa Lima; e o consultor jurídico René Rocha Filho.

Arruda e Agnelo citados pelos delatores da Odebrecht: Teriam recebidfo ajuda para as campanhas ao Buriti em 2014

Ex-governadores enrolados Dois ex-governadores do Distrito Federal – José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT) – ficaram em situação ainda mais grave após a divulgação do conteúdo das delações dos ex-executivos da construtora Norberto Odebrecht. As denúncias atingem também o vice de Agnelo, Tadeu Filippeli (PMDB). Arruda é acusado de receber R$ 466 mil da obra do VLT de Goiânia, de um total de R$ 996 mil, para a campanha a governador em 2014. Também como doação, Agnelo teria recebido R$ 1 milhão em 2010. A Filippeli teriam sido pagos R$ 2 milhões da construção do Centro Administrativo, em Taguatinga (Centrad).

Arruda e sua defesa não comentam a acusação. Agnelo, por intermédio de seu advogado, responde que está convicto da regularidade de suas ações, tanto na administração do DF quanto na

campanha à reeleição em 2014.

O advogado de Agnelo também acrescenta que são os delatores que têm de provar as acusações.

Como não têm mais foro privilegiado, os dois serão julgados pela Justiça comum do DF. Mesmo caso de Filippeli, que também nega a acusação e afirma que comprovará sua inocência.

Goiás – No caso do VLT envolvendo Arruda, o governo de Goiás informou que os esclarecimentos serão feitos “em juízo”. O ex-diretor Ricardo Roth Ferraz de Oliveira afirmou, em seu depoimento, que “algum recurso alocado nessa obra foi destinado a ele”. Disse ainda que da contabilidade do sistema saiu dinheiro “para poder fazer o pagamento para o Parreira” (apelido de Arruda nas planilhas da Odebrecht).

Ricardo Roth afirmou que os R$ 530 mil restantes destinados

a Arruda saíram da construção do Centrad. As informações também foram confirmadas em depoimento pelo ex-executivo da Odebrecht João Pacífico. Arruda aparece em dois dos 201 pedidos de inquérito enviados pelo Supremo Tribunal Federal a instâncias judiciais inferiores.

“Comprido” - Agnelo Queiroz, de acordo com dois delatores da Odebrecht, recebeu R$ 1 milhão em 2010. Eles disseram que o valor foi registrado no sistema interno da empresa que controlava repasses não declarados, sob o codinome “Comprido”.

Pacífico afirmou que a propina foi “doação” para que Agnelo “mantivesse, desse prioridade à obra do Centro Administrativo de Brasília (...) que nós tínhamos ganho e precisava ser implementada e que foi ele que deu essa garantia para que o contrato fosse viabilizado”. (VR)

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Orlando Pontes

E

m meio ao noticiário do desvio de bilhões de reais investigado pela Operação Lava Jato, a reportagem do Brasília Capital acompanhou a passagem de um jovem político do interior de Minas Gerais pela capital da República. De 4 a 7 de abril, o vice-prefeito da pequena Itajubá, no Sul de Minas, a 450 quilômetros de Belo Horizonte, esteve em Brasília em busca de investimentos federais para seu município.

No exercício do cargo em decorrência de viagem do titular Rodrigo Riera (PMDB), Christian Gonçalves (PR), montou uma agenda em Brasília e viajou para a capital da República acompanhado de um secretário municipal e um assessor. Precisariam resolver pendências referentes à revitalização do Mercado Municipal – obra avaliada em R$ 1,5 milhão – que se arrastavam há vários anos. O prédio será reformado com emenda do deputado Dimas Fabiano (PP-MG).

Diante da estimativa de gastos com passagens aéreas, hospedagem e locomoção em Brasília, Gonçalves decidiu que viajariam de carro. A comitiva saiu de Itajubá na manhã de terça-feira (4). Os mais de 1.000 quilômetros entre Itajubá e Brasília foram cumpridos em 13 horas. Na quarta-feira (5) pela manhã, o grupo iniciou uma série de reuniões no Ministério da Integração Nacional. Na manhã de quinta-feira (6), os principais entraves burocráticos estavam solucionados.

O grupo retornaria para Minas Gerais na sexta-feira (7). Um dos assessores, inclusive, estava com casamento

Exemplo de austeridade Vice-prefeito viaja mais de 1.000 Km de carro com dois assessores para economizar passagens aéreas FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Christian e sua equipe montaram uma força-tarefa no Ministério da Integração Nacional. Na Esplanada, o vice-prefeito usou as bikes do Itaú

marcado para o sábado (8).

Mas o vice-prefeito tinha outros compromissos importantes para seu município em Brasília. Entre eles, uma reunião com o coronel Mendonça, no Centro de Comunicação do Comando da Aeronáutica, para agradecer por uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça, no aniversário de 198 anos de Itajubá, e encaminhar pedido para uma grande festa dos 200 anos da cidade.

O vice-prefeito ainda

foi recebido pelo senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) e pelo deputado Bilac Pinto (PP-MG). Aos dois pediu apoio para o credenciamento junto ao SUS (Sistema Único de Saúde) do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Dr. Bezerra de Menezes de Itajubá. “É fundamental para assegurar a continuidade dos serviços especializados em tratamentos mentais daquela instituição, que há mais de

dez anos atua em nossa cidade com muito profissionalismo e comprometimento”, explicou Gonçalves ao Brasília Capital.

Ele ainda teve uma reunião com o diretor do Museu Nacional do DF, João Bastos, para conhecer o funcionamento do local. Gonçalves estuda um modelo de gestão possível de ser implantado no Teatro Municipal de Itajubá.

Para cumprir sua agenda, ele se usou “bicicletas do Itaú”

em suas andanças pela Esplanada dos Ministérios. E na hora de retornar à sua cidade, o vice-prefeito não aceitou pagar R$ 1.200 por uma passagem aérea. Comprou um bilhete comum de R$ 290 e foi de ônibus até Campinas (SP), onde foi “resgatado” pelo carro da Prefeitura.

Exemplos como o de Christian Gonçalves mostram, mesmo em tempos de Lava Jato e de República da Odebrecht, que o Brasil tem jeito!

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JOGO MORTAL Baleia azul, que induz jovens ao suicídio, chega ao Distrito Federal DIVULGAÇÃO

Gustavo Goes

O

jogo Baleia Azul – série de supostas brincadeiras de mau-gosto que, ao final, induz seus praticantes, em geral jovens ao suicídio – já é praticado no Brasil e a Polícia já investiga a possibilidade de ele ter chegado ao Distrito Federal. A suspeita é de que duas mortes em Minas Gerais estejam relacionadas à sua prática. No DF, já teria causado uma vítima.

Apesar de não dispor de dados concretos, órgãos de segurança pública por todo Brasil emitem alerta sobre o perigo. No Congresso Nacional, uma audiência pública será convocada para discutir o assunto.

As mortes em Minas foram registradas em Belo Horizonte e em Pará de Minas. Nesta última, a mãe do jovem Gabriel dos Santos, de 19 anos, tentou alertá-lo. Segundo Maria de Fátima, ele “não quis me ouvir. Perdi o meu filho para o jogo”.

No DF, a mãe de uma adolescente de 15 anos registrou um boletim de ocorrência na 35ª DP, em Sobradinho ll. A filha teria aderido a um grupo no Facebook e iniciado os 50 desafios do jogo.

Após desistir, recebeu ameaças da pessoa que mandava a jovem se mutilar.

Em Ipanema, um município de Minas, a população ficou aflita com o boato que se espalhou pelas redes sociais de que um jogador do Baleia Azul distribuiria doces envenenados para crianças.

Em Curitiba (PR), a prefeitura registrou oito casos. Cinco dos jovens atendidos nos hospitais da cidade tentaram suicídio e outros três se automutilaram. Todos adolescentes entre 13 e 17 anos. A polícia do Rio de Janeiro identificou quatro casos suspeitos.

Um dos desafios é desenhar o símbolo do jogo no braço com um objeto cortante. A tarefa final é a morte do jogador

Mutilações começaram na Rússia Dária Stenina Gazeta Russa – O jogo Baleia Azul foi lançado em 2015 por usuários anônimos da rede social russa “Vkontakte” e já levou adolescentes do país ao suicídio. A prática começa a se espalhar pela Europa. O jogo é uma espécie de lista de tarefas que exige que os usuários realizem 50 desafios – um por dia.

Entre eles, há incumbências prejudiciais física e psicologicamente, como “furar a mão”, “acordar às 4h20 da manhã e assistir a um filme de terror”, “esculpir uma baleia na perna com uma gilete”, “não falar com ninguém por um

dia”, “subir ao topo de um prédio alto e balançar as pernas de lá”. A última é o suicídio, o que permitiria que o jogador se tornasse “altamente desenvolvido” e “livre” de preocupações mundanas, como o símbolo do jogo, uma baleia encalhada na praia.

No site Vkontakte, que tem mais de 410 milhões de usuários registrados e é o quinto mais popular do mundo, os usuários recebiam tarefas vindas de contas falsas. As regras do jogo incluíam “não contar a ninguém sobre nada” e “sempre realizar as tarefas, quaisquer que sejam”.

Grupos públicos usando a hashtag “baleia azul” ainda se espa-

lham, cheios de fotos depressivas e citações sobre a falta de sentido da vida e protestos contra o mundo cínico dos adultos. “Dá a impressão de que as tarefas foram colocadas por psicólogos experientes. Tudo feito muito profissionalmente”, disse à Gazeta Russa a pesquisadora do Instituto de Psicoterapia e Psicologia Clínica, Anastassía Deliáguina.

“Em termos gerais, as crianças são atraídas por qualquer mistério, especialmente se for relacionado à morte. Além disso, se um adolescente sofre de problemas psicológicos sérios ou trauma, não é surpresa que ele vá adiante com esse jogo até o fim”, diz.

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Dívida dura um século ANDRE BORGES / AGÊNCIA BRASÍLIA.

Rombo na obra do Mané Garrincha deixa dívida de R$ 1,3 bi para a Terracap

aplicado à época sem a proposta de um modelo de exploração econômica que permitisse à agência saber quanto isso traria de retorno à empresa. “Agora estamos sanando as contas da casa para avaliarmos as melhores condições de crescimento”, diz Reis.

Maria Gabbriela Veras

R

econstruído para a Copa de 2014, o Estádio Nacional Mané Garrincha, além de ser um elefante branco, deixou um rombo milionário nos cofres do Distrito Federal. Em dez anos, segundo cálculo do governo, a arena pode trazer um lucro máximo de R$ 171 milhões aos cofres públicos, o que representa cerca de 10% do custo total de obra – R$ 1,8 bilhão. O empreendimento precisará de, pelo menos, 96 anos em atividade

Reis: sanar contas para crescer cobrir o investimento. 0 déficit deixado pelo estádio é de cerca de R$ 1,3 milhão. O balanço foi feito pela Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap).

De acordo com o presidente da Terracap, Júlio César Reis, o recurso foi

PPP – Para aliviar o prejuízo, a Terracap espera acertar, em julho deste ano, a licitação de Parcerias Público-Privadas (PPP) ou a concessão do Arenaplex.

Com essa iniciativa, o governo pretende transformar o estádio em uma grande referência para eventos, aumentando seu potencial econômico.

O complexo Arenaplex, que está em fase de estudo, é formado pelo estádio Mané Garrincha, pelo ginásio Nilson Nelson, pelo complexo aquá-

Professores repõem aulas

tico Cláudio Coutinho e as quadras poliesportivas perto dos três empreendimentos.

Pente-fino – Na quarta-feira (19), o GDF criou o Grupo de Ações Integradas de Controle (Gaic) para que denúncias sobre possíveis irregularidades na construção do estádio, do sistema BRT Sul, do Centro Administrativo e do condomínio Jardins Mangueiral fossem acompanhadas.

O grupo da Controladoria-Geral da União constatou també no estádio, a inclusão de serviços sem técnicas fundamentais, com irregularidades nos projetos de arquitetura e planejamento inadequado na elaboração dos estudos preliminares e projetos executivos.

Agente do Detran poderá usar armas de choque em blitz

DIVULGAÇÃO

Sinpro negociou com o governo para compensar o tempo que durou a greve

A

pós encerrar a greve que durou de 15 de março a 12 de abril, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) negociou com o governo a reposição dos dias parados, que deve ser feita até o 2 de setembro. De acordo com um dos diretores do Sinpro, Cláudio Antunes, a definição desse calendário é o desdobramento final da greve.

“As discussões ressaltam o compromisso da categoria de garantir 200 dias letivos aos alunos”, frisa.

O calendário de reposição foi firmado na segunda-feira (17) durante reunião entre representantes da Secretaria de Educação e do Sinpro.

Ficou estabelecido que de 23 a 27 de

Cláudio Antunes: professores têm compromisso de 200 dias letivos julho será o recesso obrigatório para todas as unidades escolares. As reposições não poderão ser feitas aos domingos e feriados e deverão ocorrer no turno original de cada turma.

Autonomia - Dentro do prazo estipulado, cada escola tem autonomia para definir quando será atualizado o con-

teúdo perdido. A proposta é que ocorra aos sábados e dias móveis — datas que as escolas costumam emendar com feriados, sem prejuízo do cronograma letivo obrigatório.

De acordo com o subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação do GDF, Fábio Pereira de Sousa, as negociações foram positivas.

“Essa reposição é de fato muito importante, e todos os setores têm interesse em fazê-la. Também orientamos aos pais que acompanhem as aulas via conselho escolar”, enfatiza.

Negociações – O governador Rodrigo Rollemberg comprometeu-se a pagar, de julho a dezembro deste ano, as pecúnias referentes às licenças-prêmio não usadas dos servidores que se aposentaram em 2016. Conforme a disponibilidade financeira, o governo também dará continuidade aos estudos referentes à implementação das metas previstas no Plano Distrital de Educação.

Os agentes do Detran-DF) estão autorizados, desde segunda-feira (17), a usar armas de choque em blitz e operações de fiscalização.

Também conhecidas como tasers, as armas estavam em fase de avaliação desde maio de 2016.

Segundo o diretor-geral do órgão, Silvain Fonseca, o uso dos tasers durante a fase de testes não diminuiu o número de casos de ameaças e desacatos sofridos pelos agentes.

A arma, que em tese não é letal, provocou a morte de um brasileiro na Austrália, após receber diversos disparos. Em 2012, a OAB recomendou que agentes não usassem esse tipo de pistola, por “ocasionar danos irreversíveis em cardiopatas, idosos e gestantes, entre outros grupos”. O Detran tem 260 tasers compradoss em 2011 ao custo de R$ 500 mil.

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Um sentido para a vida O médico neurologista e psiquiatra austríaco Viktor Frankl passou anos como prisioneiro num campo de concentração de Hitler na 2ª Guerra Mundial. Talvez impregnado pelo ideal de contar os horrores que presenciou, sobreviveu e descobriu que a vida tem um sentido para cada um, que é possível saber. Alguns trechos do seu livro “Em Busca de um Sentido”: “Quem não vivenciou pessoalmente a situação reinante num campo de concentração não faz a menor ideia da radical insignificância a que se reduz o valor da vida do individuo ali internado. Sen-

te-se não só como objeto, mas também como joguete do destino. Tudo isso explica por que ele evita qualquer tipo de iniciativa e teme tomar decisões.

“Entretanto, a experiência mostrou-nos ser possível superar a apatia, reprimir a irritação e assumir uma atitude alternativa frente às condições adversas.

Em princípio, toda pessoa pode decidir de alguma maneira no que ela acabará sendo: um típico prisioneiro ou um ser humano que conserva a sua dignidade.

“O tempo mostrou que, quando um homem descobre que seu destino lhe reservou um sofrimento, e vê nes-

se sofrimento uma tarefa sua, única e original, a realização veio porque a vida esperava algo dele, e algo na vida estava esperando por ele.

“Viver não significa outra coisa se não responder adequadamente às perguntas e tarefas colocadas pela vida. Mesmo na pior situação, não se deve perder a esperança, pois ninguém conhece o futuro. A busca do individuo por um sentido é a motivação primária em sua vida.

“O que é então o ser humano? É o ser que sempre decide o que ele é. É o ser que inventou as câmaras de gás;

mas é também aquele ser que entrou nas câmaras de gás, ereto, com uma oração nos lábios.

“O que o ser humano precisa é de um objetivo que valha a pena, uma tarefa escolhida livremente, exercida com ética e visando o bem comum”.

Com Carl Jung, aprendemos: “O objetivo da vida é acender uma luz na escuridão do ser”.

José Matos Professor e palestrante

Bebidas energéticas – teste revela irregularidades As bebidas energéticas são muito consumidas entre esportistas e atletas e, em alguns casos, misturados a bebidas alcoólicas em festas (essa associação não deveria ser feita!). A Proteste examinou as dez marcas mais consumidas entre os brasileiros (Flash Power, Burn, Extra Power, Vibe, Flying Horse, Fusion, Red Bull, Red Nose, TNT e Bad Boy) para avaliar se as informações dos rótulos são fidedignas. Os problemas encontrados vão desde a falta de advertência sobre o consumo desse tipo de produto, até a data de fa-

bricação, item não obrigatório. Obrigatória é a data de vencimento.

Na parte nutricional, apenas uma marca apresentou informações da tabela condizentes com a realidade.

E o que mais chamou a atenção foi a elevada quantidade de açúcar, que variou de 23 gramas por porção de 270 ml até 82,3 gramas por porção de 270 ml. Ou seja, ao consumir duas porções (cerca de duas latas) da maioria das marcas, a pessoa já atinge o limite máximo necessário para um dia inteiro.

De acordo com nossa legislação,

MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas

Rádio JK - AM 1.410

Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610 www.opovoeopoder.com.br www.marceloramosopovoeopoder.blogspot.com

uma bebida só pode ser considerada energética se tiver como ingrediente principal uma ou mais das seguintes substâncias: inositol, glucoronolactona, taurina e cafeína. Todos os produtos declararam corretamente os teores de cafeína.

Mas os resultados da taurina são preocupantes: três produtos apresentaram variações muito discrepantes, com fabricantes informando uma quantidade de taurina maior do que a existente no produto (ver teste na íntegra: www.proteste.org.br).

Em relação ao sódio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de, no máximo, 2g por dia desse mineral. No teste realizado, duas marcas têm 270 mg e 370 mg de sódio por lata, respectivamente. Quatro ou mais latas gera consumo excessivo da substância.

Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)

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Os óculos? As férias? O tênis?

Estudar o português exige dedicação e paciência. É preciso entender que o estudo de qualquer língua materna não é algo simples para ninguém, uma vez que as gerações se passam e as línguas evoluem. Uma palavra ou estrutura morfossintática bastante usual no século XIX pode ter entrado em desuso contemporaneamente, a ponto de alguns usuários da língua não conseguirem compreender essas formas arcaicas.

Existem, no português de hoje, palavras que só existem no plural, mesmo que façam referência a algo único. É o caso de óculos, férias e

parabéns. Esses vocábulos são exclusivamente plurais em nosso vernáculo, e isso é evidente em relação à concordância. O correto é OS óculos, AS férias, OS parabéns (mesmo que seja um único objeto, um único período de descanso ou uma única felicitação).

Um dia, há muito tempo, havia ÓCULO, FÉRIA e PARABÉM, no singular. Mas essas formas entraram em desuso, e apenas os vocábulos plurais foram mantidos. Há, em nossa língua, outros vocábulos que hoje também são usados exclusivamente no plural: pêsames, fezes, costas, núpcias.

Todavia, é preciso saber que existem também outros substantivos terminados em S e que não são exclusivamente plurais. É o caso de “tênis” e “ônibus”. Essas duas palavras podem ser empregadas tanto no singular quanto no plural, e quem determina isso é o artigo ou pronome que os acompanham. É correto dizer O ônibus ou OS ônibus. É correto dizer O tênis ou OS tênis. A presença da letra S, na terminação dessas palavras, não é um indicador de plural, diferentemente do que ocorre com os exemplos que citei no parágrafo anterior.

E vai haver pessoas que ainda vão querer brigar comigo em função disso! Eu sou apenas um usuário da língua, assim como você que me lê (e a escolhi como uma de minhas paixões e meu instrumento de trabalho). Eu não criei a língua, eu apenas vivo a língua! E digo mais: todos os idiomas do mundo possuem suas particularidades! A diferença é que não os conhecemos como falantes maternos!

Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília

O provérbio bíblico que previu o mar de lamas Como os poetas são os arautos de Deus e enxergam longe, eis que o sábio David, o rei de maior projeção de Israel, ao escrever o Livro dos Salmos, vislumbrou no Capítulo 12 o mar de lama em que se afoga o Brasil: “Salva-me, ó Deus Eterno! / Pois já não há mais gente honesta, / e as pessoas de confiança desapareceram da terra. / Todos dizem mentiras uns aos outros, / e um engana o outro com bajulações/ Ó Deus Eterno, faze com que esses bajuladores se calem; / fecha a boca dessa gente convencida! / Eles dizem: “Com as nossas palavras, venceremos, / ninguém vai tapar a

nossa boca. / Quem é que manda em nós?”.

Mas o Deus Eterno diz: Agora eu levantarei / porque os pobres estão sendo oprimidos, / e os perseguidos gemem de dor. “Eu lhes darei a segurança que tanto esperam”.

As promessas do Deus Eterno merecem confiança; / são como a prata pura, / refinada sete vezes no fogo”.

Por histórica coincidência, esse texto do Velho Testamento confere ipsis literis com a crise moral brasileira, que atingiu o auge com a gigantesca lista de corruptos divulgada na última semana pelo

ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, na qual figuram ex-presidentes da República, governadores, prefeitos, ministros de Estado, senadores, deputados e até empresários coniventes.

Faz lembrar a operação Mãos Limpas, ocorrida na Itália, em 1990, que resultou em 6.059 investigados e nada menos de 2.993 mandados de prisão, provocando pânico e desespero aos condenados. Muitos fugiram, asilando-se em países da Ásia; e meia dúzia desses políticos de mãos sujas, na certa envergonhados, optou pelo suicídio, um dos quais com um tiro na cabeça.

Mas, na versão nacional, pelo andar do andor, tudo leva a crer

que as investigações burocráticas no STF se estenderão durante meses e acabarão em pizza, para o bem dos oito ministros da equipe de Michel Temer, que também já foi denunciado, de leve. E o pior: como já ocorreu anteriormente, tal qual o senador alagoano Renan Calheiros, graças aos votos de eleitores inconsequentes, os larápios voltarão.

E pelo visto, só há uma solução: parodiar o sábio David bíblico, unindo-nos em oração contrita: Salva o Brasil, ó Deus Eterno!

Fernando Pinto Jornalista e escritor

Brasília Capital n Geral n 15 n Brasília, 22 a 28 de abril de 2017 - bsbcapital.com.br

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O que é isso companheiro?

Baseado no livro “O que é isso companheiro”, de Fernando Gabeira, o filme de mesmo nome dirigido por Bruno Barreto conta a história real dos integrantes do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) e da Ação Libertadora Nacional (ALN). Lutando contra o regime militar, eles sequestram o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Elbrick, em 1969. Em troca, exigiam a libertação de companheiros presos.

A ideia do sequestro partiu de Paulo, codinome do personagem do ator Pedro Cardoso, que representa o próprio Gabeira, protagonista na história real. Luiz Fernando Guimarães é Marcão, nome de guerra do jornalista Franklin Martins, que na época integrava o grupo. Retrato de um período conturbado do país, a produção de 1997 tem diálogos tensos e mostra que todos sofrem numa ditadura, independentemente do lado que estejam. O romance fica por conta do casal Maria e Paulo, vividos por Fernanda Torres e Pedro Cardoso. (*) Filme disponível no youtube.

M

M

i l me

i c r o c o n t o

Luis Gabriel Souza

Renascimento Eu tomei um gole de coragem depois de dias pensando. Não criei suspense, apesar da angústia, e soltei logo: “Gosto de meninos”. Fechei os olhos esperando pela agressão; tapei os ouvidos esperando gritos; voltei ao meu casulo, me protegendo; esperei o pé-na-bunda pra sair de casa. Afinal, era assim que reagiriam outros pais por aí. Silêncio. Um abraço. Uma frase do meu pai: “Suspeitávamos que isso ia acontecer”; outra da minha mãe: “Os pais sabem desde sempre”. A autotortura acabou aos 14 anos e comecei a viver depois disso. A fase que minha mãe pensou ser passageira já dura um tempão. Eu sei que nunca vai passar. Hoje em dia ela também sabe que essa é eterna. Há por aí quem fique órfão depois disso. Eu não; Eu renasci na mesma família, mas sendo muito mais honesto, muito mais natural e - o mais importante - muito mais EU. (Baseado em Marcos Sato).

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Postos abandonados da PM viram espaços para aulas de música Seis mil alunos são beneficiados pela iniciativa de professora da EMB ASCOM / CHICO LEITE

Maria Gabbriela Veras Vinte postos de segurança comunitária abandonados pela Polícia Militar foram transformados em salas de aula pela de Escola de Música de Brasília (EMB). Mais de seis mil alunos estão sendo beneficiados. As instalações, doadas pela PM, foram reformadas e ampliadas em 24 metros para acomodar os estudantes.

Tidos como solução para o policiamento preventivo e redução da criminalidade na gestão de José Roberto Arruda (20072010), os postos comunitários foram abandonados pelos últimos governos. O policiamento estático passou a ser alvo de críticas e várias unidades chegaram a ser atacadas por vândalos. Árvores - A ideia de reutilizar os locais é da professora de canto erudito Denise Tavares.

“Com esses espaços, nossa oferta de salas de aula foi ampliada

Novas cores estão de acordo com o que se ensina na escola de música em 20%”, comemora. Até então, os alunos ensaiavam embaixo das árvores no pátio da EMB. O projeto foi bancado com verba de emendas parlamentares do deputado Chico Leite (Rede).

“Com R$ 200 mil destinados por meio do Orçamento Participativo, ajudamos a transformar os postos de segurança desativados pela PM em salas de aula para a Escola de Música,

que exerce importante papel social”, disse Chico Leite.

História - A EMB tem mais de 40 anos de história e já formou inúmeros artistas. Além de teoria musical, os alunos têm aulas de canto e aprendem a tocar vários instrumentos como contrabaixo, guitarra, trombone e violino. As aulas são gratuitas e os cursos duram até três anos, do nível básico ao técnico.