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CARTAS
O pior momento de Rollemberg Para o consultor José Maurício dos Santos, da Tracker Consultoria e Assessoria, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) passa pelo pior momento de seu mandato. O especialista aponta erros sucessivos do primeiro semestre que continuam se repetindo nesta segunda metade do ano. Entre eles, a falta de diálogo com a base governista e a inabilidade da equipe econômica em encontrar saídas para a crise.
Decisões atrasadas Outros fatores que pesam são a alta rejeição e a baixa penetração social dos partidos da base e do próprio governador. A insistência em agir tardiamente diante dos problemas, na avaliação de Santos, tem minado o prestígio de Rollemberg. Duas situações foram marcantes: deixar o ex-secretário da Casa Civil, Hélio Doyle, por longos seis meses à frente das principais decisões do governo, contrariando os aliados e adiar para o final do ano a adoção de medidas amargas para cortar gastos e aumentar a arrecadação.
Insatisfação geral
O
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Pelai
Política
Parabéns, Juscelino! A forma da qual saiu esse presidente foi jogada fora. Nunca mais veremos outro igual. nSilvânio Diniz Leandro, via Facebook Presidente igual a ele jamais teremos. Quanta saudade...
deputado distrital professor Reginaldo Veras (PDT) dedica as segundas-feiras a vistas a escolas públicas do DF. Na semana passada, por uma triste coincidência, ele esteve pela manhã no CEM 2 de Ceilândia. À noite, o colégio foi palco de uma tragédia, quando um aluno de 16 anos matou a golpes de punhal um colega de 17, dentro da sala de aula. Abalado, o distrital não comenta o assunto.
nGuilherme Trotta, via Facebook Imigrantes sírios na Hungria A Europa não tem obrigação de receber esses islâmicos. Eles estão sendo estimulados a ocupar a região e transformá-la em mulçumana a médio
“O desgaste seria muito menor se ele tivesse adotado essas medidas impopulares no início do mandato. Agora, terá que lidar com a insatisfação de todos os lados: da Igreja por vetar o Estatuto da Família que exclui os homossexuais; dos LGBTs por não cumprir a promessa de campanha de criar uma Secretaria exclusiva para o segmento; dos distritais por se indispor ao vetar projetos aprovados pela Câmara Legislativa; da base aliada por reduzir secretarias e tomar decisões à revelia dos distritais; e dos servidores por negar reajuste aprovado no governo passado”.
Aprendendo com os erros E finaliza Santos: “o governador deve escolher um lado, ainda que ninguém fique sabendo. Que use os erros deste ano como lição e siga as máximas de Maquiavel: 1º) “Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, fazêlo de uma vez só”; e 2º) “manter e ampliar suas conquistas”. Sempre trazendo notícias ruins à população e perdendo apoio e prestígio conquistados, o principal desafio de Rollemberg é não perder a legitimidade de governar, ensina o diretor da Tracker.
prazo. Os cristãos que se cuidem... nStanley Oliveira, via Facebook Livro do Fernando Pinto Se o livro do Fernando Pinto corresponder à altura suas crônicas, não tenho a menor dúvida de que a leitura será de grande proveito.
Acompanho o trabalho do cronista e admiro sua capacidade de contar histórias em textos leves e gostosos de ler. nJonas Figueiredo, via e-mail Dilma já está Impeachada Não tenho dúvidas de que a Dilma cometeu muitos er-
Política
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Rollemberg e o PSB
Ar fresco e Whatsapp
Não anda boa a relação de Rollemberg com o seu partido. A notícia de que o presidente e o vice do PSB/DF, Marcos Dantas e Jaime Recena (foto) serão alijados do governo, pode trazer problemas ao chefe do Executivo. Essas mudanças não foram bem vistas na legenda. Além de não ter base política sólida na Câmara Legislativa, o governador fica ainda mais fragilizado ao tirar de sua equipe figuras que lhe são féis e estão sempre prontas a lhe defender em qualquer circunstância.
Agentes públicos de corporações como as polícias Civil e Militar, Detran e DER parecem pouco preocupados em ajudar o governo a economizar para fazer frente à quebradeira do Estado. Cena comum no DF é ver esse pessoal dentro de modernas viaturas estacionadas com o motor ligado, ar-condicionado funcionando e queimando combustível desnecessariamente. Para passar o tempo, trocam mensagens via whatsapp. É a mesma turma que cobra aumentos salariais e não aceita atrasos ou parcelamento dos pagamentos.
PT vai votar contra O líder do PT na Câmara Legislativa, Chico Vigilante (foto), avisou que os cinco deputados do partido votarão contra qualquer aumento de imposto. O distrital diz que Rollemberg “faltou com a verdade” ao anunciar o reajuste de 10% no IPTU. “O aumento é de 20%, se computada a correção do IPC”. Para o petista, o GDF já penalizou a sociedade com outros reajustes desde o início do ano, como o ITBI, a TLP, o ICMS da gasolina e a Contribuição sobre Iluminação Pública. “Este governo tem um único objetivo: aumentar impostos e aprovar taxas, mas não dá o exemplo cortando suas despesas”, disparou.
ros em sua gestão anterior e continua cometendo na atual. Agora, paremos para pensar. Caso a presidente caia, quem será o super-herói que assumirá seu posto? Não podemos simplesmente achar que tudo está ruim e que nada pode piorar. Além do que, uma mudança na presidência só
Nem Codó entende Figuras defenestradas do governo do Maranhão por cometer atos ilícitos foram contempladas com cargos no governo Rollemberg. O Distrito Federal é, reconhecidamente, um celeiro de excelentes e bem treinados gestores públicos. Por que, então, importar problemas? Em reunião recente do secretário de Saúde do DF com o ministro Arthur Chioro, ficou a impressão de que Fábio Gondim está mais preocupado em resolver os problemas da praia do Calhau do que os da Saúde de Brasília.
acentuaria a crise vigente no país. Em vez de querer cabeças cortadas, temos que colocar as nossas para pensar. nAntônio Carlos, via e-mail Grilagem invisível para a Agefis Depois de Sol Nascente, Vicente Pires e Lago Sul,
o governo não tem mais o que fazer: tem que derrubar as casas em lotes irregulares do Park Way. Todos pagam os mesmos impostos e têm os mesmos direitos. Se derrubar em um lugar, tem que derrubar em outro. nNatália Macêdo, via e-mail
João Batista Pontes (*)
A educação na transformação da sociedade A educação é o mais importante instrumento transformador da sociedade, uma vez que ela muda o homem para melhor. E o ser humano mudado passa a ser o agente transformador da sociedade . Não há dúvidas de que a educação, em qualquer nível, representa o fundamento da evolução humana e o futuro das gerações. Mas para que ela se desenvolva sob a perspectiva da transformação social, é preciso que todos os participantes do processo ensino-aprendizagem estejam conscientes de que uma mudança significativa não pode conviver com a perpetuação do que já existe. Obviamente, os educadores não podem esquecer que a escola tem o dever de transmitir instruções e orientações para que os jovens possam se inserir em um mundo de tecnologias cada vez mais avançadas. A adequada qualificação é um elemento básico para a inserção no mercado de trabalho, para conquista de posição social e de empoderamento. Mas não pode e nem deve limitar-se a este papel. A principal missão do ser humano é transformar o mundo e a da escola é contribuir para a construção desta sociedade renovada, democrática, fraterna e participativa. Os valores cívicos, democráticos e da cidadania não são apreendidos nos moldes de uma disciplina escolar, mas pela convivência com pessoas e em ambientes que os pratiquem rotineiramente. Em síntese, pelo exemplo. Por isto, um educador, mais do que qualquer outro agente social, deve ter uma visão progressista, evolutiva e reformadora, imprimindo à sua atuação um sentido construtivo e modernizante, atento à realidade de sua comunidade e cooperando para a consagração dos valores essenciais constantes da nossa Carta Magna. Precisamos ter consciência de que a transformação da realidade social exige, antes, um esforço para compreender e interpretar essa realidade. E isto não ocorrerá se a educação continuar a ser entendida como um lugar limitado, um espaço formal (sala de aula – professor) e desenvolvida apenas com a finalidade de transmissão-aquisição de conhecimentos abstrato e teóricos. A educação não pode isolar-se da realidade social em que está inserida. É preciso fomentar o debate para que o educando tenha condições de fazer uma leitura de sua realidade passada, presente e futura e acender nele a chama do desejo de lutar por uma sociedade melhor. É uma missão fácil. Mas confiamos na capacidade e disposição de nossos educadores, que exercem essa sublime e importante missão de preparar os jovens para que eles construam um mundo melhor. “A educação não transforma a sociedade. A educação transforma o homem e este transforma a sociedade”. Paulo Freire (*) Consultor de orçamento do Senado Federal e geólogo
o kujuba
Política
Estranha Figura O que faz Marco Silveira Júnior na Subsecretária de Logística da Secretária de Saúde do DF? A Coluna tem informação segura de que está sendo articulada por essa estranha figura uma licitação emergencial para implantação da estrutura de logística e controle de estoque de medicamentos da Secretária de Saúde com uma empresa sem nenhuma estrutura operacional e muito menos experiência para os serviços. Aqui não é a ilha do amor, senhor subsecretário! Estamos de olho! E bem aberto...
4 n Brasília, 19 a 25 de setembro de 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Governar é preciso, a missão O governador Rodrigo Rollemberg, ao que parece, resolveu exercer na plenitude a missão que lhe foi outorgada pela população do Distrito Federal. Na Coluna anterior, O Kujuba alertou que, sendo o governador um político que prega a conciliação, deveria partir para o enfrentamento com os sindicatos e com o Ministério Público do DF, que se arvoram da condição de gestores do governo de Brasília. No início da semana, Rollemberg divulgou as vigas mestras de como será o rito de governo doravante. Torna-se necessário o governador estreitar as conversas com o presidente do Tribunal de Justiça do DF, deixando-o sempre a par das dificuldades que o Executivo tem e terá para cumprir algumas decisões do Judiciário pautadas em pedidos absurdos levados à apreciação daquela Corte. Também deve manter diálogo permanente com o procurador- chefe do Ministério Público. Fundamental mostrar-lhe que quem recebeu o mandato conferido pelas urnas de outubro do ano passado foi ele, Rollemberg, e não a junta de governo estatuída há tempos dentro do MPDFT. Ao Ministério Publico cabe a função cons-
titucional de fiscalizar a aplicação da lei e a defesa do cidadão, e não a de usurpar a função do governador legitimamente eleito. Os sindicatos têm a função de representar seus associados nas negociações e nos interesses das classes e respeitar os direitos dos cidadãos que lhes pagam o salário, prestando-lhes serviços de qualidade. Afinal, recebem para isso. O governador tem que jogar com a mão pesada na defesa dos interesses da população. Que tal suspender os pagamentos dos grevistas que interromperem os serviços ou mesmo demitir aqueles que se recusem a cumprir seu papel? Aos grevistas fica a frase já bem conhecida: “pau que dá em Chico também dá em Francisco”, recentemente reavivada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em seus embates com o senador Fernando Collor (PTB-AL). No mais, é esperar o prazo “infinito” de 15 dias para a consolidação das mudanças previstas nas Secretarias do GDF. Naqueles que forem fundidas, tem que haver sinergia. Se isto ocorrer, teremos o enxugamento da máquina administrativa decorrente dessas medidas. Com a palavra o governador Rollemberg.
Desgaste na desocupação da orla Rollemberg sofreu um desgaste político desnecessário na desocupação da orla do Lago Sul. A xerife da Agefis vem promovendo frequentes desgastes ao Governador ao dar consequência ao seu projeto midiático em vez de trabalhar de forma séria e pensando num governo como um todo. Sabemos que havia uma decisão judicial a ser cumprida. Porém, o governo poderia ter convocado os proprietários dos lotes, o Ministério Público e os agentes interessados para, de maneira civilizada, executar a determinação da Justiça. Poderia ter sido estabelecido um prazo razoável, com alocação de recursos, que hoje são escassos, para a execução do projeto. Está claro que o governo não tem nenhum projeto aprovado para o uso social da orla do Lago Sul. E mesmo que tivesse, não poderia executá-lo no momento, pelo simples fato de não ter recursos para tal. O GDF precisou suspender as ações, o que tem provocado sérias críticas pela forma como elas foram conduzidas.
A xerife da Agefis precisa dar um norte à sua administração, que está aos frangalhos com a insatisfação generalizada do corpo funcional daquela agência. Seu projeto midiático está deixando o governador numa saia justa danada. Rollemberg tem que conversar com a população sobre seus interesses. Ouvir a voz das ruas às vezes soa como música.
Bitoque O enigma do baiano alagoano Muito antes da decretação da prisão do alagoano Fernando Baiano, a Coluna conversou com um interlocutor com vasto conhecimento da atuação do lobista “Fernando”. Essa fonte revelou, em letras garrafais, que, pela frieza do alagoano, ele jamais aceitaria fazer delação premiada como réu da operação lava-jato, no que foi contestado pelo colunista, conhecedor das entranhas do Petrolão. Nenhum cidadão com o padrão de vida dos integrantes da quadrilha que se instalou na Petrobrás, após 180 dias ao relento nas dependências “especiais” da Superintendência da Policia Federal, ou dos presídios de “primeira linha” do Paraná, deixará de ser colaborador da Justiça em troca de redução de eventuais penas. Aí incluídos Marcelo Odebrecht, José Dirceu e outros tantos durões. O interlocutor foi adiante: o alagoano Fernando Baiano é um sujeito meticuloso, organizado e, sobretudo, frio. Aqueles que ainda têm dúvidas de que aparecerão documentos e as próprias digitais de gente graúda, não perdem por esperar. A artilharia será pesada e derrubará os pilares do que acostumamos chamar de Congresso Nacional e suas cercanias. Seria prudente que algumas figuras envolvidas nesse cipoal de maracutaias preparem suas malas, livros e discos, se for permitido, para passar um longo tempo no Hotel Moro, em Curitiba, com um opcional aqui na Papuda, no Planalto Central. Deixando de lado esse assunto de delator ou colaborador, o que mais chama a atenção hoje em Brasília é a falta do que fazer dos nossos deputados e senadores. Como produzem lixo! O país atravessando uma fase difícil, todos tentando colaborar e amenizar a crise econômica e moral, e esses maus brasileiros se lixando para o que está acontecendo. Chega a ser patético o líder do PT, irmão do Genuíno, fazer ameaças de convocar a população para ir para ao confronto caso seja instalado o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Seria até engraçado os 7% que aprovam o governo contra os 90% que desaprovam. Seria preciso chamar o Comandante Stedile, a franga gaúcha, para incorporar seu exército às tropas do general Zé das Couves Cearense. Essa família Genuína é muito ingênua!
Política
Corte de Dilma sofre resistência no Congresso Da Redação Não está fácil a vida da presidente Dilma Rousseff. Na segunda-feira (14), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou o pacote fiscal criado pelo governo para
tentar reequilibrar as contas públicas e conquistar o apoio do mercado e dos empresários. Das 16 medidas anunciadas, que compõem um esforço fiscal de R$ 64,9 bilhões para cumprir a meta fiscal de 2016, apenas uma – a que re-
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duz o benefício aos exportadores e vai gerar uma economia de R$ 2 bilhões – não precisa passar pelo Congresso Nacional. A principal medida de arrecadação seria a volta do imposto sobre o cheque, a CPMF, que cobraria 0,2% sobre cada transação bancária, com redução no IOF. O governo estima que a volta do imposto geraria um impacto de R$ 32 bilhões nas contas.
PROGRAMA de INVESTIMENTO em LOGÍSTICA.
Porém, a Câmara não parece de acordo com a proposta. Pelo menos é o que afirmou o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acha “pouco provável” um consenso no Congresso sobre a CPMF. Levy reiterou que a arrecadação da CPMF será usada para cobrir o déficit da Previdência Social. Governadores - Para tentar convencer os parlamen-
198,4 BILHÕES
O Brasil vai seguir avançando.
R$
66,1
bilhões
R$
para 7 mil km de estradas RODOVIAS
DE REAIS EM INVESTIMENTOS PROJETADOS.
86,4
R$
bilhões para 7,5 mil km de ferrovias
FERROVIAS
tares, Dilma articula com os governadores. Inicialmente, a intenção do governo era dividir os recursos da CPMF com as unidades da Federação. Mas, na nova versão, o dinheiro vai todo para a União. O governo acredita que os governadores pressionem o Congresso por um aumento ainda maior do valor do tributo, com o objetivo de que uma parte dele seja destinada aos estados.
PORTOS
37,4
bilhões para portos e terminais privativos
R$
8,5
bilhões para 4 aeroportos
AEROPORTOS
Uma infraestrutura de transportes integrada e moderna vai trazer mais agilidade na distribuição da produção brasileira, mais competitividade nas exportações e mais qualidade nos serviços prestados à população. Além de gerar emprego e renda para os brasileiros e impulsionar o crescimento do país. É assim que o Brasil vai seguir avançando.
Política
6 n Brasília, 19 a 25 de setembro de 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Prazer, eu sou sua Toninho Tavares/Agência Brasília
População vai pagar R$ 1,2 bi da crise com aumento de passagem de ônibus, metrô, refeição nos restaurantes comunitários e entrada no zoo. Impostos dependem de aprovação da CLDF Gabriel Pontes
S
e não fosse tão repetitivo, daria até um bom roteiro para concorrer ao Festival de Cinema de Brasília. No primeiro capítulo, governantes consomem toda a verba arrecadada com regalias e despesas supérfluas. Os fundos públicos são divididos entre gastos com pessoal, custos da máquina pública e os obscuros dividendos da corrupção. No epílogo, a máquina quebra, e a cidade vira o caos. E o drama termina com a população pagando a dívida gerada pela incompetência e a má-fé dos governantes, travestidos de Robin Hood, mas às avessas. Em vez de tirar dos ricos e dar aos pobres, como o herói inglês, eles cortam na carne dos pobres para manter as regalias da elite. Na terça-feira (15) o governador Rodrigo Rollemberg anunciou uma série de medidas de corte de despesas e aumento de impostos, priorizando este segundo aspecto de seu pacote de maldades. Agregado a ele, vieram majorações de até 500% das tarifas públicas, como foi o caso dos ingressos do Zoológico, que subiram de R$ 2 para R$ 10. As refeições dos restaurantes comunitários saltaram de R$ 1 para R$ 3. Um aumento de 200%.
O chefe do Executivo atribuiu o arrocho à crise instalada no governo federal, com reflexos inevitáveis na capital da República, e ao rombo de R$ 3 bilhões deixado pelo ex-governador Agnelo Queiroz (PT). Com as medidas, o governo espera arrecadar R$ 1,8 bilhão. Apesar de ter cortado salários dos secretários, do vice-governador e até o dele próprio em 20%; reduzido o número de secretarias de 24 para 16 e de administrações regionais de 31 para 24, quem vai pagar a maior parte da conta é o trabalhador. Todos, indistintamente, serão atingidos. As tarifas de ônibus que custavam R$ 1,50 sobem para R$ 2,25; as de R$ 3 vão para R$ 4, assim como a do metrô. O reajuste já era esperado, como antecipou o Brasília Capital na edição 213 (20 a 26 de junho de 2015). As tarifas não eram reajustadas desde 2006 e aliados do governador já o aconselhavam a reajustá-las desde o início do ano. Com o aumento, o governo deixará de gastar cerca de R$ 50 milhões com os subsídios ao setor apenas neste ano. Em 2016, a previsão é de que essa cifra chegue a, pelo menos, R$ 100 milhões. As quatro medidas de aumento de tarifa (cortes de salários, transporte público, bandejão e zoo) dependem apenas de um decreto do governador e já entram em vigor no domingo (20). Já o aumento de tributos como o IPTU, TLP, ITCD, ICMS de TV por assinatura e alíquotas de bebidas e tabacaria dependem de aprovação da Câmara Legislativa para entrar em vigor. A presidente da Casa, deputada Celina Leão (PDT), disse que acha muito difícil que as medidas passem pelo plenário. “É praticamente sem chance a gente (deputados) aprovar essas medidas brutais. No começo do semestre, o governo fa-
Renato Araújo/Agência Brasília
Passagens de ônibus e de metrô subiram, em média, 20%. Das dez principais medidas propostas por Rollemberg para sair da crise, cinco dependem dos distritais. A presidente da CLDF, Celina Leão (PDF), prevê dificuldades para o governo
Maria Carla/ Sinpro-DF
Rosilene Corrêa, do Sinpro, Rodrigo Rodrigues, da CUT e Guttemberg Fialho, do Sindmédico, apoiam a paralisação do dia 24
Política
7 n Brasília, 19 a 25 de setembro de 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
dívida Toninho Tavares/Agência Brasília
lava em aumento de 20% no IPTU, hoje o projeto já fala em 10% pela própria resistência da Câmara Legislativa”, afirmou. Rollemberg deu entrevistas exclusivas a vários veículos de comunicação tentando mostrar à população a necessidade do remédio amargo adotado no nono mês de sua gestão, e percorreu instituições como o Tribunal de Justiça, o Tribunal de Contas e o Ministério Público pedindo união da sociedade para tirar a cidade da crise e voltar a ter investimentos. “Defendo uma grande união por Brasília. Estamos cortando na própria carne e convidamos a todos a se unirem no nosso esforço”, afirmou o governador. Outra economia prevista para este ano é com servidores e concursos públicos. Os funcionários públicos (32 categorias profissionais) terão o reajuste salarial cortado no contracheque no começo de outubro. A economia prevista com a ação é de R$ 480 milhões. Rollemberg também lançou o programa de demissão voluntária (PDV) nas empresas dependentes do GDF.
Trabalhadores vão reagir Engana-se quem pensa que os sindicatos e trabalhadores aceitaram a proposta de “união” feita pelo governador. Na quinta-feira (17), 19 sindicatos e três centrais sindicais anunciaram uma “greve de alerta” de 24 horas para a outra quinta-feira (24). Haverá protesto em frente à Praça do Buriti, às 10h, quando os sindicalistas pretendem negociar com o governo. Até 7 de outubro, caso não haja acordo, a greve será retomada por tempo indeterminado. O diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Cláudio Antunes,
prevê uma greve generalizada. “Não vamos aceitar o calote. Garantimos na Justiça o direito ao reajuste e receberíamos a terceira parcela em setembro, fechando um ciclo do plano de carreira”, explicou. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) classificou as medidas como “neoliberais, conservadoras, que acirram a recessão e o retrocesso”. Em nota, a CUT disse ainda que “é inadmissível que o governo continue a adotar medidas para impor à população a agenda política que foi derrotada nas urnas”. (G.P.)
Professores e orientadores educacionais paralisam atividades contra pacote de Rollemberg Manifestação será na quinta-feira, dia 24 Em resposta ao pacote de medidas anunciado pelo governador Rollemberg (PSB), a quinta-feira (24) será marcada por uma greve geral de professores(as), orientadores(as) educacionais e demais servidores públicos. O objetivo é sinalizar ao Governo do Distrito Federal que mude os rumos da política recessiva e de ataque aos direitos do funcionalismo que vem sendo adotada desde o início da gestão. Nesse dia, o magistério público – juntamente com outras categorias de funcionários públicos – realizará um ato de protesto, às 10h, na Praça do Buriti. A greve durará apenas 24 horas, mas há a possibilidade de as categorias deflagrarem greve geral por tempo indeterminado. Calote - O governador Rollemberg confirmou, na terça-feira (15), que não vai pagar os reajustes salariais ao funcionalismo previstos para incidirem na folha de pagamentos de setembro, paga no início de outubro. Segundo declarações dadas pelo GDF, os aumentos serão suspensos neste ano. A medida atinge cerca de 32 categorias profissionais. Mesmo argumentando a escassez de dinheiro, o governo ainda precisa encontrar uma solução jurídica, já que os reajustes estão previstos em leis aprovadas pela Câmara Legislativa. Essas leis foram questionadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Terri-
tórios (MPDFT) e consideradas válidas pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF, com um placar de 17 a zero. A diretoria colegiada do Sinpro-DF entende que o que não se pode é responsabilizar os servidores, pois estão trabalhando, prestando serviços à população. “Portanto, têm que receber aquilo que lhes é devido. Há uma lei que prevê este reajuste e o pagamento desta última parcela. Isso foi fruto de muita luta e de uma greve que durou 52 dias, e não cabe agora ao GDF transferir essa responsabilidade e punir os servidores. Não há acordo da nossa parte. Nós queremos o nosso reajuste. Se o problema já vinha se arrastando, caberia ao governo ter estabelecido uma mesa de negociação há bastante tempo para buscarmos alternativas. A alternativa agora é pagar o reajuste, pois o prazo está esgotado. O governo, ao tomar uma decisão como essa, está colocando em risco a prestação de serviços e pode gerar um caos no Distrito Federal”, advertiu a diretora Rosilene Corrêa. Mais retirada de direitos - Outra medida proposta por Rollemberg transforma a licença-prêmio em licença-capacitação - que tem, para o(a) professor(a), um efeito de calote. Isso sem falar no encaminhamento do Projeto de Lei nº 19, que modifica por completo a Previdência do funcionalismo público do DF.
Cidade
8 n Brasília, 19 a 25 de setembro de 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Penalizados por cu GDF quer utilizar terrenos das chácaras de Vicente Pires que não foram loteadas para construir equipamentos públicos Gabriel Pontes
A
credite: ainda existem áreas verdes em Vicente Pires. A região administrativa criada onde seria o cinturão verde do Distrito Federal há muito tempo perdeu o status de colônia agrícola. Restam apenas dois resquícios de ruralismo na cidade – as placas de endereço com os dizeres “Colônia Agrícola” e 40 propriedades que ainda preservam as origens e são utilizadas para a produção de frutas e hortaliças. Isto para um número de produtores que chegou a 480 na década de 1960. “Não é fácil resistir à especulação imobiliária”, conta o proprietário de uma chácara na Rua 1, Walter Achilles, 67. As áreas ocupadas pelas chácaras têm até 40 mil m². Porém, devido a um projeto de regularização de Vicente Pires apresentado há 15 dias pelo Governo de Brasília, as propriedades podem estar com os dias contados. Isto porque, independentemente do tamanho atual, as chácaras seriam reduzidas a, no máximo, 2.500 m². O espaço restante seria usado para a construção de equipamentos públicos, como hospitais, escolas, estacionamentos, praças, etc. A destinação de 10% da área total da Região Administrativa para a instalação dos equipamentos públicos é necessária para que o processo de regularização avance. Para o GDF, é muito mais fácil ocupar as áreas verdes ainda preservadas do que destruir casas ou prédios já existentes, construídos pelos invasores dos lotes fracionados por grileiros ou detentores de contratos de concessão
de uso que burlaram a ideia inicial do “cinturão verde”. O anúncio foi feito pelo governador Rodrigo Rollemberg na terça-feira (8), quando assinou a ordem de serviço para a melhoria de infraestrutura na cidade. Os chacareiros propõem desocupar parte de suas propriedades para que o governo construa equipamentos públicos, como avenidas, praças e pontos de ônibus. “Estamos aqui há mais de 30 anos. Todas as benfeitorias que aqui existem foram feitas por nós. Não é justo sermos punidos por termos cumprido a lei, resistindo à especulação imobiliária para não lotear os nosso terrenos”, protesta o presidente da Associação dos Chacareiros de Vicente Pires, Sebastião Machado, 73. Pouca gente sabe da riqueza das propriedades rurais de Vicente Pires. Machado, por exemplo, produz hibisco. Ssuas plantas são procuradas por colecionadores de todo o mundo. Walter cria pombos-correio. Ele já foi campeão mundial com sua equipe de columbofilia. Djair Bernardo da Silva, 77, produz vinho. E as propriedades vão se diversificando em hortaliças, pecuária e pomares de frutas. Em 2008, o então governador José Roberto Arruda, condecorou 250 chacareiros com a medalha de “Pioneiros Parceiros da Legalidade”. À época, Arruda elogiou os produtores rurais “que tiveram o heroísmo de dizer não à grilagem de terras”. O vice-governador Renato Santana admite que está prevista a desocupação das chácaras para a criação de equipamentos públicos, mas afirma que os chacareiros que mantiveram suas chácaras sem parcelamento “serão chamados para o diálogo com governo”. Em nota, a Vice-Governadoria destacou que “nenhuma decisão acerca desse tema específico foi tomada neste governo e a análise de outras variantes no processo de regularização está sendo feita com base no início das obras de infraestrutura da cidade e a conclusão do projeto urbanístico para finalizar a regularização das terras públicas”.
Espremidos entre as casas da cidade construída onde deveria existir uma colônia agrícola e a “selva de pedras” de Águas Claras, produtores conseguem a proeza de não fracionar suas propriedades e ainda colher os frutos de um trabalho que preserva a natureza e alimenta a população do DF
Cidade
9 n Brasília, 19 a 25 de setembro de 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
umprir a lei
Fernando Pinto (*)
Allan Gabriel
Filosofando, com a ajuda de Sócrates
Cinturão verde A Colônia Agrícola Vicente Pires foi criada nos anos 1960, pouco depois da inauguração da capital federal. A ideia era destinar áreas à produção rural, principalmente para o cultivo de hortaliças. Os produtos abasteceriam o mercado local e fariam parte da alimentação dos brasilienses. Ao todo, esse cinturão verde possuía 418 chácaras com tamanho mínimo de dois hectares (20 mil metros quadrados). No fim dos anos 1980, com o crescimento do Distrito Federal, a pressão de especuladores começou a mudar a paisagem da colônia agrícola. Muitas chácaras foram parceladas irregularmente e as culturas rurais deram espaço a centenas de condomínios. Os grileiros venderam os terrenos fracionados sem respeitar a lei de parcelamento do solo (Lei nº 6.766/79), que exige a aprovação prévia dos projetos ambientais e urbanísticos por órgãos competentes do governo. O desafio hoje é legalizar esses condomínios e preservar as áreas ainda não parceladas.
Ao contrário do que muita gente pensa, o verbo filosofar é de livre acesso a qualquer humano mortal e não apenas aos classificados pomposamente de intelectuais, alguns destes apelidados de intelectualoides, esnobismo para justificar uma erudição que não possuem de fato. Etimologicamente, o verbo fhysis era utilizado pelos filósofos présocráticos para investigar e fazer surgir o cogitado por esse pensamento, sobre qualquer assunto, inclusive tentar saber de que era feito o mundo e o ser humano. Foi assim que Tales de Mileto conseguiu prever um eclipse total do sol, isto 585 anos antes de Cristo (585 a.C.). Outro equívoco frequentemente divulgado por alguém mal informado é que a Filosofia nasceu na Grécia, quando na verdade o primeiro filósofo que surgiu na História do mundo foi o próprio Tales, que marcou época em Mileto, região que hoje pertence à Turquia, ou seja 116 séculos antes do auge dos filósofos atenienses. O que é importante afirmar é que, de lá para cá, surgiram dezenas de grandes e meritórios filósofos, a exemplo de Dante Alighieri, Maquiavel, Descartes e tantos outros, incluindo Karl Marx. Mas nenhum deles suplantou Sócrates, Platão ou Aristóteles, simplesmente porque a filosofia destes era abrangente, enquanto a de seus posteriores se caracterizava por ser específica. O mais curioso: o ateniense Sócrates (469 a.C.) é considerado até hoje como o pai da filosofia ocidental, mesmo depois de ter afirmado: “só sei que nada sei!” Outros dois fatos reais e absolutamente surpreendentes: tido como o homem mais sábio do mundo, Sócrates jamais escreveu um livro. Até por isso, já foi colocada em dúvida a sua existência em vida, não fosse ter sido protagonista da obra de Platão e ratificada por escritos de outros dois pensadores da época: Aristófanes e principalmente Xenofonte. Outra coincidência relevante: tal qual Jesus, que também não rabiscou sequer uma linha biográfica (mas que teve sua vida detalhadamente divulgada por seus apóstolos) e morreu injustamente crucificado numa cruz –, o filósofo Sócrates, acusado de colocar em risco a moralidade ateniense, optou por ingerir um cálice de Cicuta, veneno que paralisa gradualmente o corpo. E se despediu de seus discípulos com esta frase: “A vida irrefletida não vale a pena ser vivida!” (*) Fernando Pinto é jornalista e escritor
Cidades
10 n Brasília, 19 a 25 de setembro de 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
ASA NORTE
distrito federal Tony Winston/Agência Brasília
Desocupação do Hotel Saint Peter O TJDF determinou a saída dos integrantes do MRP (Movimento de Residência Popular) do prédio do hotel Saint Peter, no Setor Hoteleiro Sul. Caso não cumpra a decisão, o movimento terá que pagar multa de R$ 10 mil por dia. A Justiça já determinou a retirada dos manifestantes, mas o grupo apresentou resistência e ameaçou saquear o hotel. O Saint Peter foi o hotel que ofereceu uma vaga de emprego ao exministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, com salário de R$ 20 mil em 2013. Em 2014, o local foi palco de um sequestro.
GDF gasta mais com terceirizados
Crédito do Nota Legal Começaram na terça-feira (15) os depósitos dos créditos em dinheiro do programa Nota Legal. Mais de R$ 3,8 milhões serão lançados nas contas bancárias informadas em junho pelos quase 30 mil contribuintes. Devido à quantidade de pessoas inscritas, os valores devem ser creditados em até três dias — tempo de que o Banco de Brasília necessita para o procedimento.
Em contenção de despesas, o governo de Brasília gasta mais com terceirizados e comissionados do que gastaria com a convocação dos aprovados no concurso do Metrô realizado em 2013. O GDF paga cerca de R$ 11 mil por trabalhador terceirizado, enquanto aprovados no concurso receberiam R$ 2,9 mil pelo mesmo serviço. No total,
são contratados 300 vigilantes terceirizados e 60 empregados comissionados. Ainda assim, existe um déficit de 600 funcionários que deveriam ser preenchidas pelos concursados. Segundo o Metrô-DF, o GDF ultrapassou o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal e, com isso, as 300 convocações imediatas não podem ser efetivadas.
divulgação
Falha em Furnas deixa 48% do DF sem energia Um problema no Sistema Ligado Interligado Nacional de Furnas deixou 48% do Distrito Federal sem energia elétrica às 15h desta sexta-feira (18). A CEB reduziu as cargas a pedido do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o que afetou moradores do Lago Sul, Plano Piloto, Sudoeste, Cruzeiro, São Sebastião, Paranoá e Sobradinho. Além de moradores das regiões, usuários do
Metrô também foram prejudicados e tiveram que se deslocar de ônibus, pois as estações foram evacuadas e permaneceram fechadas por 1h.
Metrô fechou as estçaões e os trens trafegaram em velocidade reduzida por cerca de 1h
Microconto Por Luís Gabriel Sousa
D
epois de ter acabado um relacionamento, eu só pensava que me conformar com a vida seria me entregar ao nada. A gente nunca sabe o que ela nos reserva de fato, né?! Mas, sabe, às vezes é preciso aceitar as imposições que elas nos dá, sem questionamentos! Tentar entender o porquê ela dá e tira sem nos consultar é mais complexo do que ir vivendo se acostumando com o que ela vai tirando aos poucos. É melhor viver com o que tem, antes que ela tire tudo de uma vez, inclusive você de você mesmo. Achar a felicidade, então, é mais complicado ainda, porque nunca saberemos aonde ela estará. Melhor ficar com o conselho do Guimarães Rosa do que tentar entender o conselho da vida, mais fácil procurar a felicidade nas horinhas de descuido. Quem sabe não é lá que ela fica!”. (Baseado no leitor anônimo de Taguatinga-DF).
Gostou do microconto? Então mande sua história, ela pode ser a próxima micronarrativa aqui da coluna. (facebook. com/JornalBrasíliaCapital, e-mail: redacao. bsbcapital@gmail.com).
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Cidades
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Águas Claras
Consultório
Cláudio Sampaio(*)
Cultura de prevenção jurídica Apesar do ditado que preceitua ser “melhor prevenir que remediar”, quando se fala em procurar um advogado, o pensamento corrente da maioria dos brasileiros é de procurar um profissional para “apagar o fogo”, equiparando-o a um verdadeiro “bombeiro dos tribunais”. Dificilmente, os cidadãos e as empresas cogitam consultar advogados antes de fazer seus negócios, de decidir o regime de bens de um casamento ou de assinar contratos, sujeitando-se assim a riscos evitáveis, de proporções desconhecidas. Todo negócio relevante, na vida privada, para que traga segurança e real perspectiva de satisfação, depende de três análises básicas: 1º) nível de idoneidade dos contratantes; 2º) previsão clara, equilibrada e exequível, em contrato, de direitos, obrigações, bem como das consequências da mora e de eventual rescisão; 3º) garantias de cumprimento da avença ou da devida compensação financeira em caso de inadimplemento. Esse tripé protetivo só será alcançado com a assessoria prévia, extrajudicial, de advogados com experiência e especialização na matéria de interesse dos contratantes, seja de Direito do Consumidor, de Direito Imobiliário, de Direito Médico, de Direito do Trabalho ou de Direito Bancário. Ao contrário do que tantos imaginam, os serviços de consultoria jurídica – passíveis de serem realizados por advogados com inscrição regular na Ordem dos Advogados do Brasil – detêm um custo-benefício extremamente vantajoso em razão da tranquilidade advinda da prevenção, assim como se comparado com as (normalmente) elevadas despesas de contratação de profissionais para atuar em juízo. A diferença do gasto com honorários profissionais, quando o advogado atua perante o Judiciário, é proporcional ao tempo de duração dos processos judiciais, de 3 (três) anos em média, com necessidade de estrutura, várias petições técnicas e locomoções necessárias, ao longo desse período, para o adequado acompanhamento processual. Outra enorme vantagem da cultura preventiva é a previsibilidade, pois o Judiciário, além de relativizar os efeitos de determinadas leis e cláusulas contratuais, ainda caminha lentamente na uniformização de entendimentos jurídicos importantes para a sociedade, trazendo enorme insegurança para os jurisdicionados. Desta forma, a cultura de prevenção jurídica, além de necessitar ser implantada o quanto antes pelas empresas e cidadãos responsáveis, deveria ser objeto de estímulo estatal, inclusive por meio da disponibilização da Defensoria Pública para auxiliar as pessoas carentes que necessitem de auxílio ao fazer negócios e celebrar contratos. (*) Presidente da Abrami-DF e fundador da Sampaio Pinto Advogados (claudio.sampaio@sampaiopinto.adv.br).
AC). Para aproveitar a sinalização da Novacap, que pavimentou a região recentemente, o projeto foi antecipado. Gustavo Goes “Não foi apresentado à população nenhum rotagonistas quando o tema é mobili- estudo de riscos para uma mudança de trânsito, dade urbana, as ciclovias voltaram a impacto da ação no fluxo das vias, planejamenhabitar as rodas de conversa de mora- to da ação e, principalmente, garantias de segudores em Águas Claras. Para uns, elas rança na utilização das ciclofaixas. Diante disso, são um perigo. Para outros, a solução para a fal- solicitamos que o projeto não fosse iniciado peta de estacionamentos e a dificuldade de loco- las avenidas principais, por não termos acesso moção numa cidade que cresceu muito além do a nenhum laudo oficial que garanta a segurança da população”, disse a presidente da AMAAC, planejado. Janyce Freire. Fato é que na A AMAAC ainsegunda-feira (14) da enviou um ofísaiu do papel a alcio ao Detran na teração no trânquarta-feira (16) sito da região, para esclarecer os que reserva esproblemas conspaços exclusivos tatados pela asde 1,5m para cisociação, que fez clistas na Avenimedições nos loda Araucárias e, cais de implemenposteriormente, tação das ciclovias na Castanheiras, e encontrou irrevias transversais Falta de planejamento na gularidades com e boulevares. Ainimplantação de ciclovias divide a regulamentada em fase de tesção mínima exigites, a intervenção, opiniões de moradores da pelo Departajuntamente com a mento Nacional nova pavimentade Trânsito (Denação, vai custar R$ tran). Além da dis5 milhões aos cocussão do espaço fres do Governo público, a AMAAC de Brasília. cobrou um prazo A iniciativa faz para a conclusão parte do projeto do projeto. Mobilidade Ativa, que tem como inCiclistas - Os ciclistuito viabilizar o tas, em sua maiodeslocamento não ria, apoia a inimotorizado e acesciativa. Mesmo sível às estações do contrariados com metrô, comércios, a forma com que a parques e residênCones sinalizam a área destinada à ciclistas iniciativa foi aprecias. O projeto ainsentada à popuda prevê que a failação, os atletas xa da direita seja direcionada para veículos pesados, como ôni- preferem um projeto mal feito à falta de um, e apontam as ciclovias como a solução para os enbus e caminhões, mas não será exclusiva. O assunto divide opinião entre pedestres, garrafamentos nas grandes metrópoles. “Brasília ainda é uma cidade muito imatura motoristas e até mesmo ciclistas. A quantidade de cruzamentos nas principais avenidas de em relação à educação no trânsito. Os motorisÁguas Claras e o pouco espaço entre as faixas e tas e ciclistas não se respeitam. Porém, projetos a ciclovia são os principais argumentos dos con- como este incentivam as pessoas a utilizarem meios alternativos de transporte, reduzem o trários à implantação. Além da redução do espaço para os veícu- trânsito caótico em horários de pico e protegem los automotores, a forma com que foi condu- a vida dos ciclistas”, disse o ciclista Lucas Oliveizida a operação incomoda a Associação de ra, de 21 anos, que usa a bicicleta diariamente Moradores e Amigos de Águas Claras (AMA- para se deslocar ao trabalho.
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Ciclovia é a solução problemática
Geral
13 n Brasília, 19 a 25 de setembro de 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
José Matos
A luta descarada pelo poder
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nconformados com a derrota, candidatos, políticos e eleitores frustrados, alegando corrupção, insistem em tirar a presidente Dilma Rousseff, mesmo com a Polícia Federal, o Ministério Público, o Congresso Nacional e suas CPIs e o Judiciário livres para fazer suas investigações e agindo como nunca antes visto. Perder eleição, ensinou Ciro Gomes, “é igual a comer merda”. O mais estarrecedor de tudo é vermos velhos e novos corruptos batendo panelas e esbravejando contra a
corrupção como se fossem inocentes. Nesta semana, vários deles foram denunciados ao STF. Um primo do governador do Paraná foi preso numa quarta-feira após bater panelas no domingo anterior. O fundador de um dos inúmeros movimentos golpistas do país foi flagrado na entrada do local onde trabalha batendo ponto e indo embora. Sem falar nos inúmeros médicos e servidores públicos oposicionistas que adotam a mesma conduta em suas vidas privadas.
No livro “No Mundo Maior”, de Chico Xavier, o psiquiatra Calderaro, ao descrever o funcionamento da mente humana, a compara a um castelo de três andares, no qual cada um de nós permanece mais tempo no andar de acordo com seu nível de evolução e expectativas. Temos assim os políticos, de modo geral, dominados pela ambição e, muitas vezes, sem levar em conta as consequências dos seus atos. “Uma revolução a gente sabe como começa, mas não sabe como termina”, en-
sinou velho político do passado. Para os esoteristas, Deus nos criou com muitos dons ou raios a serem desenvolvidos. O primeiro deles é a vontade. Em geral, políticos são seres primários, que estão desenvolvendo esta virtude. Não é de se estanhar que tenha se descoberto tantas falcatruas. Vontade sem ética, sem levar em conta o país e o povo é futuro de sofrimento. A quem eu comparo esta geração?, perguntou Jesus. Ele mesmo responde: “a crianças brincando em folguedos”.
Publicidade infantil
H
á anos as propagandas nos intervalos de desenhos infantis e a criação de personagens e brindes oferecidos em lanches são determinantes nas escolhas alimentares das crianças. Infelizmente, pouco se fez para combater esse tipo de abuso. Na verdade, a sociedade pouco conhece sobre os direitos das crianças, e os envolvidos divergem sobre os contornos da ilegalidade dos anúncios voltados para esse público frágil. No Código de Defesa do Consumidor está definido como abusiva e, portanto, ilegal, a publicidade que se aproveita da incapacidade de julga-
mento e experiência das crianças. A criação de regras mais claras e bem definidas sobre esse tema são impossibilitadas por interesses comerciais. A publicidade de alimentos merece atenção especial, pois o estímulo, desde a primeira infância, ao consumo excessivo e frequente de produtos chamados ultraprocessados, ricos em sódio, gordura e açúcar, os alimentos de “calorias vazias”, é um obstáculo para a adoção de hábitos alimentares adequados e saudáveis, pois estimulam no paladar da criança a busca cada vez maior por alimentos excessivamente salgados e/ou doces. Sabe-se que esse padrão alimentar
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Sáude e Nutrição contribui para o quadro de obesidade que aterroriza a infância brasileira.
A obesidade infantil vem sendo amplamente discutida, visto que dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), 2008-2009, mostram que 15% das crianças no Brasil apresentam obesidade e 30%, sobrepeso. Sabendo que o excesso de peso é fator de risco importante para as chamadas doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão, câncer e doenças cardiovasculares, devemos ter grande atenção sobre esse assunto. Portanto, pais e mães, desestimulem o consumismo que a mídia estimula em seus filhos. Isso também é cuidar da saúde!
Geral
14 n Brasília, 19 a 25 de setembro de 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Fifa afasta Valcke e diz que apurará esquema ilegal de ingressos Uol – 17.9 - A Fifa anunciou na quinta-feira (17) que Jerome Valcké “foi liberado de suas funções” na entidade. A saída do Secretário Geral acontece após a denúncia que ele esteve envolvido em um esquema de ingressos que teria rendido a ele R$ 9 milhões. Em comunicado, a entidade máxima do futebol anunciou que vai abrir investigação formal para apurar a denúncia. Em junho, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, já havia anunciado que deixaria seu cargo por causa das investigações de corrupção envolvendo entidades e dirigentes do futebol.
Ex-sócio de Youssef prova que pagou propina no exterior Leonardo Meirelles, ex-sócio do doleiro Alberto Youssef, entregou ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal 145 extratos bancários e comprovantes de depósitos de propinas pagas no exterior para beneficiários de fraudes na Petrobras e em outras áreas públicas. Investigadores suspeitam que, de 2011 até março de 2014, Meirelles ajudou Youssef a pagar mais de US$ 140 milhões em propina a políticos e outros agentes públicos no exterior. Entre os beneficiários da propina pode estar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O advogado Reginaldo de Castro, um dos responsáveis pela defesa de Cunha, diz que as acusações de Youssef não têm credibilidade e que não há vínculos entre o deputado e a movimentação de dinheiro de Meirelles.
Moro aceita denúncia contra Dirceu e mais 14
“Usar crise para chegar ao poder é golpe” Dilma Rousseff, presidente da República, em entrevista à rádio Comercial, na quarta-feira (16), rechaçando os defensores do impeachment
Agência Brasil – 15.9 - O juiz federal Sérgio Moro aceitou na terça-feira (15) denúncia contra o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Também passaram à condição de réus da 17ª fase da Operação Lava Jato o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e mais 13 investigados. A acusação contra Dirceu se baseou nas afirmações do empresário Milton Pascovicht, em delação premiada. Moro não aceitou denúncia contra Camila Ramos de Oliveira e Silva, filha do ex-ministro, e Daniela Leopoldo e Silva, arquiteta responsável pela reforma da casa particular de Dirceu.
Decisão do STF é irreversível Uol Noticias – 17.9 - Ao decidir que são inconstitucionais as doações de empresas para campanhas eleitorais e partidos políticos, o STF deixou atônitos os parlamentares que acabaram de aprovar uma lei sobre o tema. Essa lei, que estava pendente apenas da sanção da presidente Dilma Rousseff, autorizava doações empresariais de até R$ 20 milhões para partidos políticos. O texto perdeu a validade. Segundo o ministro Marco Aurélio Mello, que ajudou com seu voto a compor a maioria de 8 a 3 que prevaleceu no plenário do Supremo, “a decisão é irreversível”.
Gilmar Mendes foi ‘grosseiro e arbitrário’, diz OAB G1 – 17.9 - A Ordem dos Advogados do Brasil divulgou nota na quinta-feira (17) classificando de “grosseira, arbitrária e incorreta” a postura do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ação que questiona a doação de empresas a campanhas eleitorais. Na sessão de quarta-feira (16), após apresentar seu voto, Mendes abandonou o plenário no momento em que um advogado da entidade pediu a palavra.
Governo cogita legalizar jogos de azar O Globo - 17.9 - O governo sondou deputados sobre a receptividade nas bancadas da legalização dos jogos de azar no Brasil durante reunião realizada, quinta-feira (17), pela presidente Dilma Rousseff com ministros, políticos e líderes da base aliada. A ideia é regulamentar os jogos na internet, em cassinos e bingos. A taxação desse tipo de jogo garantiria mais recursos aos cofres públicos. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é contrário à proposta.
MARCELO RAMOS
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O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder de segunda a sábado das 8h às 10h
Rádio Bandeirantes - AM 1.410 Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610 www.opovoeopoder.com.br
Cultura
Da Redação
O
Festival de Brasília de Cinema Brasileiro chega à 48ª edição. O evento é disputado em 24 categorias e as premiações chegam a R$ 340 mil. A abertura foi marcada pela homenagem ao cineasta paraibano e professor da Universidade de Brasília (UnB), Vladimir Carvalho, que recebeu o Troféu Candango das mãos do governador Rodrigo Rollemberg. O irmão de Vladimir, Walter Carvalho ,compareceu ao encontro e exibiu seu ultimo trabalho, o longa-metragem Um filme de Cinema (2015). Com exibição exclusiva para convidados, o documentário traz depoimentos do escritor brasileiro Ariano Suassuna
15 n Brasília, 19 a 25 de setembro de 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Festival de Cinema homenageia Vladimir Carvalho e distribui R$ 340 mil em prêmios Andre Borges / Agência Brasília
Governador Rodrigo Rollemberg abriu o Festival de Cinema de Brasília com o homenageado desta edição, Vladimir Carvalho, e o secretário de Cultura, Guilherme Reis
e de cineastas de várias gerações, como o argentino Hector Babenco (O Beijo da Mulher-Aranha, 1984), o polonês Andrzej Wajda (O Homem de Ferro, 1981), e o húngaro Benedek Fliegauf (Dealer, 2004), entre outros. Toda a mostra competitiva será exibida de terça-feira (15) a segundafeira (21), no Cine Brasília (106/107 Sul) e a solenidade de encerramento e premiação acontece na terça-feira (22). As 18 obras selecionadas (curtas, médias-metragens e um longa) são exibidos três vezes diariamente durante a semana. Serviço De quarta a segunda-feira (16 a 21). Cine Brasília: às 20h30. Liberty Mall: às 14h Ingresso: R$ 12 (inteira)
Vivinho da silva Mario Pontes (*) ANOS atrás, como participante de um dos célebres encontros literários promovidos pela Universidade de Passo Fundo (RS), fui designado para a mesa que debateria o futuro do livro de papel face ao avanço do e-book. Comecei por lembrar a Feira Internacional do Livro de Frankfurt – a maior do mundo –, à qual eu estivera presente no ano anterior. Como de costume, cada Feira é dedicada a um país. Aquela, à Espanha. Mas antes da abertura já se registrara o desembar-
que de um grupo de búfalos dispostos a melar a festa dos espanhóis. Eram os representantes das poderosas empresas internacionais fabricantes do livro eletrônico. Seu objetivo: convencer os milhares de visitantes da Feira que o livro de papel estava com a vela na mão e dentro de poucos anos o e-book reinaria sozinho no universo dos leitores. Nem um por cento dos presentes visitou os estandes dos búfalos, suas vendas foram pífias e eles saíram de rabo entre as pernas. Do auditório alguém me perguntou:
– Quer dizer que o livro eletrônico está condenado ao fracasso? – Não – respondi. – Como todas as pessoas que não pensam em preto e branco, parece-me óbvio que ele crescerá. Mas, do mesmo modo que o cinema e a TV não mataram o teatro, o e-book terá de conviver com o livro em seu formato tradicional. E até agora não deu outra. Uma prova? O êxito da mais recente Bienal do Livro do Rio de Janeiro, cujo balanço, divulgado na semana passada, foi mais positivo do que todos os anteriores. Ao contrário do esperado
pelos urubólogos de plantão, a feira mostrou que o livro-livro está vivinho da silva. O número de seus visitantes foi maior do que o das precedentes. Mais livros foram vendidos. O faturamento subiu em termos reais. Houve mais sessões de autógrafos e maior número de pessoas presentes às palestras, debates e tradicionais encontros com autores e ilustradores. Os urubólogos torcerão o nariz e escarnecerão: – Festa de crianças, de jovens sem maturidade!... De fato, o pessoal jovem anima a Bienal. Vai lá maciçamente, mas não apenas
para comer hot dog e beber refrigerante. Vai a fim de conhecer autores e pedir aos pais que comprem seus livros. Se os lêem? Lêem, sim. Tenho vários motivos para assumir essa conclusão. Um deles: o comportamento de minha neta adolescente e das coleguinhas que de vez em quando se reúnem com ela aqui em casa. Todas têm seus smartphones. Mas todas lêem. E algumas lêem cada vez mais, e com maior interesse, os livros de papel.
(*) Escritor, jornalista e ex-editor de Cultura do Jornal do Brasil
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