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Celina mostra as garras de Leoa Ano VI - 291
Brasília, 24 a 30 de dezembro 2016
Páginas 4 e 6
Réveillon com Criolo e Fundo de Quintal de graça no Museu Nacional Página 15
Águas Claras ganha Grupamento com 65 militares do Corpo de Bombeiros Pelaí - Página 3
Luos grila Rollemberg O combate à grilagem e o temor de perda de qualidade de vida turbinam os debates sobre a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) entre a população e o GDF nas audiências públicas para formatar o projeto a ser encaminhado à Câmara Legislativa. A norma vai definir os parâmetros urbanísticos de cada localidade. Moradores de bairros como os Lagos Sul e Norte, Taquari e o Park Way divergem quanto à mesclagem de atividades empresariais e residenciais, além do fracionamento dos lotes. O tema causou desgastes ao ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e assusta Rodrigo Rollemberg (PSB). Chico Sant’Anna - Págs. 8 e 9 e Editorial - Pág. 2
Distribuição gratuita
Entrevista
Brasilia Capital n Opinião n 2 n Brasília, 24 a 30 de dezembro de 2016 - bsbcapital.com.br
E
e d i t o r i a l
x p e d i e n t e
Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com (61) 99139-3991 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Impressão Gráfica Jornal Brasília Agora Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). SRTVS Quadra 701, Ed. Centro Multiempresarial, Sala 251 - Brasília - DF - CEP: 70340-000 Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com www.bsbcapital.com.br - www.brasiliacapital.net.br
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Sempre há um futuro para planejar
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Distrito Federal vivencia neste momento uma das mais importantes discussões para amenizar – ou aprofundar ainda mais – problemas que atormentam seus quase três milhões de habitantes. Essas questões passam, inevitavelmente, pela ocupação e uso do solo. O assunto afeta diretamente todos os cidadãos brasilienses, independentemente de ser morador de áreas de assentamento ou de bairros nobres, como os Lagos Sul e Norte, e o Park Way. Voltaram à pauta do Governo de Brasília as audiências públicas para debater com a população o teor do projeto da chamada Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) a ser encaminhado à Câmara Legislativa. O dado frustrante, para os defensores da preservação da qualidade de vida na Capital da República, é o baixo quorum nesses encontros. Mas o que será estabelecido legalmente deixa muita gente de cabelo em pé. Nesse rol se incluem moradores dos Lagos Sul e Norte, Park Way, Guará e Taquari, entre outros. A hora da mobilização é agora. Depois, só restará o lamento. A Luos estabelecerá, por exemplo, se poderão existir estabelecimentos comerciais ou outros tipos de empresas em setores residenciais,
C
Joe vale quanto pesa Moro em Águas Claras e recebi num supermercado no final de semana o Jornal Brasília Capital. Gostei. Achei muito interessante e diversificado. Aproveito para parabenizá-los pelo trabalho. nMaxwell Pedro, via e-mail Até que, em fim, a maioria da Câmara teve bom-senso e
derrotou o que seria mais um aliado do mal contra a população do Distrito Federal. nOsmar Correia, via Facebook Joe impõe derrota a Rollemberg Nada demais ganhar do Rollemberg. Isso é o mesmo que chutar cachorro morto. nAdalberto Reis, via Facebook
quantos andares serão permitidos na construção de prédios, a criação de novos lotes em áreas hoje consideradas “verdes”, e por aí afora. Há quem queira uma padaria na esquina, um loja pertinho, uma mercearia não tão distante. Noutra ponta, surgem vozes exatamente contra a descaracterização dos bairros destinados a moradias. Daí a importância do maior engajamento possível de toda a população do DF nas discussões. Afinal, será a partir da aprovação da Luos que teremos, por exemplo, uma diretriz sobre novos loteamentos, com as devidas limitações para manutenção de áreas verdes, tão importantes para a qualidade vida de todos. É fundamental não deixar questões tão importantes nas mãos apenas dos que ganham dinheiro com a construção de prédios ou em atividades comerciais e, claro, com a comercialização, legal ou não, de terras públicas. Uma lei com esta deve servir para ajudar no combate aos loteamentos clandestinos que, como o próprio nome diz, não segue nenhum balizamento legal. Exatamente por isso, acabam prejudicando a todos. Exemplo disso é contaminação de uma nascente d’água, tão acentuadamente vital numa área urbana. Mostra do desinteresse dos cidadãos aconteceu no Guará. Com mais
de 150 mil habitantes, somente pouco mais de 30 pessoas foram a uma audiência pública sobre a Luos na cidade. Exatamente num lugar onde o caos poderá imperar com a construção de mais e mais edifícios, sobrecarregando as redes de água, esgoto e energia elétrica. Acrescente-se a isso o fim de áreas verdes e espaços de lazer, com o inevitável aumento do sufoco no trânsito. Então, este é o momento de a população influenciar as autoridades e os deputados distritais para que a Luos cause estragos na qualidade de vida na escala mínima possível. Inclusive, servindo para ajudar a coibir a grilagem de terras, os loteamentos irregulares e a ocupação desordenada do solo. Nunca é tarde demais para impedir que os erros nesta questão sejam repetidos mais uma vez. Há pessoas escolhidas pelos eleitores para cuidar da administração pública, obviamente. Só que a participação dos cidadãos não acaba com o voto na urna. No dia a dia, há os que defendem interesses específicos, tanto no Legislativo quanto no Poder Executivo. Como nenhuma cidade fica eternamente sem alterações, cabe aos seus habitantes participar dos acontecimentos ao seu derredor e influenciar nas decisões que os atingirão de forma tão direta.
a r t a s
Baderneiros enfrentam a PM Daqui a vinte anos, sem SUS e sem escola pública, espero que todos vocês se arrependam de chamar de bandidos os que estão defendendo esses direitos tão importantes. nLuiz Alberto via Facebook Não precisamos de violência para lutar pelo que
acreditamos. nRaphael Ribeiro, via Facebook Realmente não precisa de violência. Precisamos de 50 mil, pelo menos, ocupando o gramado do Congresso. Para a PM olhar e não saber nem o que fazer. E deixar a gente ocupar o Congresso. 200 milhões de brasileiros. 100 mil no gramado, já se-
ria o suficiente pra barrar qualquer projeto que não é interesse da sociedade. nJunior Rodrigues, via Facebook A polícia tinha é que se juntar aos manifestantes e invadir o Congresso pra varrer aqueles ratos gordos de lá... nCarlos Alberto Martins, via Facebook
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Embora seja cristão e estivesse embalado pelo espírito natalino, o deputado Wasny de Roure (PT) disse esta semana ao Brasília Capital não acreditar que a Operação Drácon acabe em pizza. “Por uma única razão: veja a lista dos personagens envolvidos”. Nada mais foi dito nem lhe foi perguntado...
Apelo ao Além
Papo reto
Sem Estilo
Em cerimônia na Obras Sociais Jerônimo Candinho, em Sobradinho, o governador Rodrigo Rollemberg entregou escrituras a entidades espíritas. A regularização fundiária era esperada há 30 anos. Até o fechamento da coluna não havia chegado nenhum agradecimento psicografado de Alan Kardec ou de Chico Xavier.
Em abril, durante uma “Roda de Conversa”, moradores de Águas Claras pediram a Rodrigo Rollemberg que implantasse na cidade uma unidade do Corpo de Bombeiros. Na quarta-feira (21), o governador inaugurou (foto) o 25º Grupamento. Na cerimônia também foram entregues seis viaturas de combate a incêndio e efetivados 48 bombeiros aprovados no concurso de 2011.
O Gilberto Salomão, um dos centros comerciais mais badalados da Corte, viveu momentos de barraco de favela na terça-feira (13). Ao trocarem acusações de plágio, as estilistas Priscila Gonçalves e Amanda Brasil se engalfinharam, trocando socos, tapas, arranhões e puxões de cabelo. Tudo dentro de uma boutique e na frente dos clientes. A socialite Carol Taurisano testemunhou tudo. As duas contentoras prestaram queixa. Priscila na 1ª DP (Asa Sul). Amanda na 10ª DP (Lago Sul).
Poço Azul Passeando pelo Poço Azul na quarta-feira (21), a integrante do Conselho de Segurança (Conseg) de Taguatinga, Marta Lima, percebeu o crescimento de uma invasão na Área de Preservação Ambiental (APA), próximo ao Parque Nacional, na DF-220. Não teve dúvida: chegou em casa e enviou um ofício à diretora da Agefis, Bruna Pinheiro, lembrando que o local tem dezenas de nascentes, mais de 50 cachoeiras e várias propriedades rurais que produzem alimentos para todo o DF. Aguardam-se providências...
Proibido interromper Projeto do deputado Cláudio Abrantes (Rede), aprovado pela Câmara Legislativa, garante que obras contratadas por licitação que já tenha sido homologada, sejam obrigatoriamente concluídas.A ideia é evitar a comum interrupção de obras quando ocorrem mudanças de governo. Só falta a sanção de Rollemberg.
Dotes musicais Major Eloízio, secretária Márcia Alencar, Rollemberg, cel. Hamilton, administrador Valdeci Machado, deputados Telma Rufino e Wasny
Presença Pelo menos 250 mil pessoas serão assistidas pelo novo Grupamento, cuja inauguração contou, entre os convidados, com os secretários Márcia Alencar (Segurança) e Marcos Dantas (Cidades), o Conselheiro do TCDF, Renato Rainha, o administrador de Águas Claras, Valdeci Machado, e os deputados distritais Wasny de Roure (PT) e Telma Rufino (PROS).
Não houve confraternização natalina no STF, por determinação da presidente Carmen Lúcia. Mas, na segunda-feira (19), os ministros Toffoli, Fux e Teori foram a um restaurante na Asa Sul, onde Fux resolveu exibir seus dotes musicais. Quando a noite avançou, a qualidade musical regrediu até o sertanejo. Teve gente querendo impetrar uma liminar para interromper o processo.
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BC – Qual o sabor da vingança? Celina – (Risos) ... Não sou uma pessoa vingativa. Prefiro o sabor da vitória, que é muito bom. Na política se ganha e perde. Foi emblemática a vitória do deputado Joe Valle, porque queríamos plantar uma semente e deixar um legado, que era um rito da independência para a Câmara Legislativa. Mesmo na gestão do deputado Juarezão, tivemos derrubadas de vetos do governo. A eleição do Joe demonstra que, quando os 24 deputados se unem e entendem a força de seu voto, têm condição de escolher um candidato. BC – O Joe é o perfil ideal para esse momento na relação de independência entre os Poderes? Celina– O Joe é um cara muito competente, tem um histórico de crescimento político. Está preparado para a presidência. Ele vai conseguir dar continuidade a essa independência do Legislativo. Não como uma oposição frontal ao governo. BC – O nome dele foi uma escolha ou a opção que restou? Celina – Foi uma construção. Nem escolha e nem o que restou. Tínhamos outros dois candidatos no nosso grupo também, a Sandra Faraj e o Wellington Luiz. Meu nome saiu por conta da impossibilidade de reeleição. Dentro do nosso grupo dois deputados abriram mão das candidaturas para ver o nome que agregava mais votos. Houve um grande desprendimento da deputada Sandra Faraj e, principalmente, do deputado Wellington. BC – O Rodrigo Delmasso garante que honraria o compromisso com Robério Negreiros de abrir mão da Secretaria, a disputa que gerou o racha no grupo que apoiava Agaciel. A senhora viu o nome dele na inscrição como candidato à 2ª Secretaria? Celina – Ele tava inscrito em duas secretarias, a do Robério e a do Raimundo Ribeiro. Não sei, acho que ele iria retirar, como de fato retirou. Mas a construção por parte do Executivo foi ruim. Chegaram com muito sarcasmo dizendo que tinham 13 votos. De qualquer forma, eles perderiam corpo. Ganhariam a presidência, mas perderiam a vice e as secretarias. Aqui não vota na chapa, vota-se em cargo. O que aconteceu com o Robério e com o Delmasso foi um milagre de Deus. BC – Na quarta-feira, véspera da eleição, eu lhe questionei sobre sua expectativa para a eleição da Mesa. Sua
Entrevista / Celina Leão antônio sabino
Celina saboreia a vitória de Joe Valle para comandar Câmara
A Leoa mostra as garras Orlando Pontes A deputada Celina Leão (PPS) curte o “sabor da vitória” de Joe Valle (PDT) para comandar a Câmara Legislativa. Em entrevista ao Brasília Capital, ela descarta a palavra vingança para expressar seu sentimento em relação à derrota imposta ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que apoiou Agaciel Maia (PR). Para a Leoa, Tadeu Filippelli (PMDB), que teve papel fundamental na construção do blocão pró-Valle, pode ser forte candidato ao Buriti em 2018. Celina também tenta desconstruir o que chama de “farsa” de Liliane Roriz (PTB), com “vídeos editados” que a tiraram da presidência da Casa.
resposta foi: “me aguarde!”. Qual era a carta na manga? Celina – Tínhamos um segundo plano. Teríamos o vice-presidente e as secretarias, mesmo com o Agaciel ganhando a presidência. Faríamos a Mesa. Esse era o equilíbrio para não sairmos derrotados. BC – Qual foi o papel do Tadeu Filippelli nesse processo? Celina – O papel dele foi fundamen-
tal para nosso êxito. Todo mundo abriu mão de suas vaidades e o governador Filippelli foi muito importante nessa construção. Além de trazer o PMDB, foi atrás de vários outros votos. BC – Foi o Alírio Neto que atraiu a Liliane Roriz para o grupo? Celina – Acredito que foi a força do governador Filippelli. O Alírio pode até ter dado um telefonema para ela. Mas
acredito que ela só votou pelo prestígio de Filippelli. BC – Na sua opinião, hoje, o Filippelli é o mais forte candidato a governador? Celina – Acho que ele é candidato a governo. E pode ser um forte candidato. BC – E o Joe? Celina – Também. Nesse cenário atual, todos podem ser candidatos. Isso ficou muito claro nas nossas reuniões com o governador Filippelli. Ele foi muito correto na sua colocação: essa aliança de Mesa não significa uma aliança de governo em 2018. BC – E o Izalci? Celina – Eu acho que seria muito ruim para o deputado Izalci se ele tentasse entrar na eleição da Câmara no ultimo momento. Primeiro porque ele não tinha todas as informações necessárias. Segundo, porque o governo está muito mal. O PSDB sempre foi visto como oposição, até porque o próprio Izalci é candidato a governador. BC – É verdade que na sua divergência com o governador a senhora perdeu o Detran? Celina – Detran nunca foi meu. No dá para se perder o que nunca se teve. O que eu tive foi a Administração de Sobradinho no começo do governo. BC – Como serão os desdobramentos para 2018? Quem fica com quem? Celina – Eu estarei junto com o senador Cristovam Buarque em qualquer situação, porque nós dois estamos e somos do mesmo partido. Já o senador Reguffe, se ele vier candidato ao governo, há uma grande possibilidade da gente apoiá-lo. Porém, ele tem afirmado e reafirmado que não é candidato a nada. BC – Como fica aquela aliança que elegeu Rollemberg em 2014? Celina – Eu acredito que a aliança prioritária que aqueles partidos fizeram com o Rollemberg não se repetirá em 2018. Ele não terá o PSD nem o Solidariedade de novo. O PDT, com esse racha do Joe, é que não terá mesmo, porque ele fez uma opção de tentar eleger o Agaciel de qualquer forma. BC – O Hélio Doyle escreveu que se não fosse o apoio do Rollemberg o Agaciel teria ganhado do Joe. A senhora acredita nisso? Celina – Eu acredito que se ele tivesse deixado mais à vontade, teria sido uma condição diferente. O Rollemberg não tinha que ter se metido nessa disputa de dois candidatos da base.
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Entrevista / Celina Leão antônio sabino
BC – O governo retomou, nos últimos dias, a discussão sobre a LUOS, que vem se arrastando há anos. Qual a sua posição sobre esse tema? Celina – Primeiro eu acho que o governo tem que fazer o dever de casa, que é encaminhar esse projeto para a Câmara. As audiências públicas devem ser feitas porque esse rito tem que ser cumprido. Após as modificações, deve-se ouvir a população e enviar o projeto à Câmara. BC – A senhora é favorável à instalação de empresas em áreas do Park Way e do Taquari? Celina – Eu acho que as primeiras pessoas que devem opinar sobre isso são os moradores locais. A audiência pública é o instrumento para isso. Tem uma questão muito grande no Lago Sul, porque lá é previsto que exista regiões mistas quase que em todos os locais, mas lá é uma área quase que 100% residencial. E ali tem muito problema para o projeto que foi colocado para a comunidade. Eu já tive a oportunidade de ouvir as pessoas ali, e meu sentimento é que a população é contrária à instalação de comércio, a não ser nas áreas já destinadas exclusivamente para isso. BC – Historicamente, a qualidade de vida em Brasília vem sendo degradada pela especulação imobiliária. Águas Claras, na última década, foi a que mais sofreu com isso. Qual a sua visão sobre a possível ampliação de Águas Claras agregando as quadras 3, 4 e 5 do Park Way e o Pistão Sul de Taguatinga? Celina – Não tive conhecimento dessa proposta. Mas a gente tem muita preocupação com aquela área, porque o escoamento daquela população é muito engarrafado. Pensar em ampliar, sem mudar as vias urbanas, não dá. Hoje as vias já não atendem a população que vive lá. Imagina se ampliar esse potencial construtivo? Ainda mais sem ouvir a população! Seria uma loucura. BC – Mas isto também poderia ajudar o governo a arrecadar mais dinheiro... Celina – O governo tem perdido na grilagem porque não oferta lotes para os pobres. O nosso atrito com o governo em relação à ocupação irregular das terras é na forma de se fazer. O governo insiste em não notificar as famílias e eu
Ela (Liliane Roriz) editou e soltou na imprensa os áudios editados, apenas com os trechos que davam a entender que eu estaria sendo conivente com qualquer irregularidade”. acho que precisa sim notificá-las, para que elas tenham o direito de tirar as coisas de dentro de casa. E que tudo ocorra com cidadania, civilidade e dignidade. Achamos que o governo está certo, porque tem sim que combater as invasões. Inclusive tem um projeto de minha autoria aqui na Casa que suspende todos os benefícios sociais para o invasor de terra pública. BC – E sobre a desocupação da Orla? Celina – Acho que a população ganhou com isso, mas que o governo errou na forma. É claro que se você fizer uma orla bem bonita, as pessoas que hoje estão reclamando, vão gostar, porque vai valorizar ainda mais a casa delas. O problema da orla é que se fala em comércio ali na beira do Lago. Ali é uma área residencial. Agora, se a área for destinada ao lazer e atividades físicas, eu sou favorável. Mas não sou se houver especulação comercial naquela área, porque só as pessoas que moram ali devem opinar sobre isso. BC – O seu projeto de candidatura majoritária foi refeito? Celina – Engraçado que eu nunca falei que seria candidata ao governo, mas as pessoas sempre falavam sobre isso. Depois a gente pegou uma pesquisa feita após a farsa da deputada Liliane Roriz e
ainda tem traço forte para governo e para uma candidatura de deputada federal. Então vai depender do trabalho que a gente fizer. BC – A senhora falou em farsa. Então, desconstrua a denúncia... Celina – Primeiro, a deputada Liliane estava presente na sessão e eu ausente. Qual foi a farsa? Ela editou e soltou na imprensa os áudios editados, apenas com os trechos que davam a entender que eu estaria sendo conivente com qualquer irregularidade. Então quando ela falava comigo uma possível situação, no dia seguinte eu já falava para ela que eu não iria participar e nem concordar com nada de errado. BC – Mas a Justiça não entendeu assim... Celina – Nós tivemos erros na questão jurídica de teses. Eu tive nove votos dos desembargadores. Se eu tivesse um voto a mais teria resolvido. E a gente percebe que naquele momento o Ministério Público soltou a terceira fase da operação Drácon, na véspera do meu julgamento, com aquela imagem de um assessor, que não era meu, mas o MP afirmando que eu estava obstruindo a Justiça. É muito difícil brigar contra isso. BC – Foi o deputado Chico Vigilante que a acusou? Celina – Sim. A denúncia foi tão mentirosa que no primeiro momento o deputado disse que era uma CPU. No segundo momento ele disse que era um computador, depois afirmou que eram documentos. E as imagens comprovam que o assessor não saiu com nada e quem guardou as imagens para que a perícia pudesse ser feita foi o nosso gabinete. Então, imagina no dia anterior ao do meu julgamento ele solta a terceira fase da operação contando essa mentira. O meio jurídico foi abalado. Muitos desembargadores falaram que queriam preservar as investigações. Esse foi o primeiro momento, no segundo quando a gente subiu para o STJ, o STJ não tomou nem conhecimento do meu pedido porque eu ia subir com habeas-corpus. O STJ nem julgou, nem entrou no mérito. Quando subiu para o STF, o STF também não tinha tomado conhecimento. Então eu não fui julgada. BC – Qual a sensação de ser alvo de uma injustiça? Celina – Para mim, é muito difícil. Ainda mais se for pegar o perfil de quem me acusa, que tem milhares de proces-
sos e condenações duríssimas. Desde o primeiro dia eu falei que os áudios foram editados e, quando tiveram em mãos os áudios completos, viram a minha fala dizendo que não queria participar de nada. BC – Mas acabaram surgindo ironias porque a senhora posou no plenário da Câmara com uma carta escrito “Tchau, querida” durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff... Celina – Eu não tenho nenhuma preocupação quando pessoas fazem ironia me comparando ao ‘tchau, querida’ da Dilma, que eu fui às ruas. Até porque, quem bate pode apanhar também. E eu sempre fui uma opositora muito dura, ainda mais com a Dilma. E mesmo que eu soubesse que passaria por um problema assim, faria tudo de novo. BC – Mas a senhora votou há poucos dias a favor do título de cidadã honorária de Brasília para a Dilma... Celina – Eu acho que a gente tem que ser grande. A Dilma é uma grande mulher, teve o momento dela, foi considerada uma grande líder mundial. Pode ter errado, como a gente achava que era o momento do impeachment, mas eu acho que seria muito pequeno votar contra a Dilma. BC – Qual a sua mensagem para Brasília neste Natal e para o próximo ano? Celina – Primeiro, quero agradecer ao Brasília Capital, que tem feito uma cobertura correta dos trabalhos da Câmara. Também aproveitar para desejar a toda a população do DF um Feliz Natal e um próspero Ano Novo. Que 2017 seja melhor do que este ano. Que seja um ano de esperança. As pessoas acreditam que as mudanças acontecem sem os políticos, mas isso não é certo de se pensar, porque as mudanças passam pelos políticos. Pedir a volta da ditadura, como temos ouvido, é um absurdo. Então, que as pessoas tenham esperança na democracia, porque as grandes mudanças acontecem por meio da democracia. Se está ocorrendo toda essa avalanche, é sinal de que as instituições estão de pé, e isso faz parte do processo democrático. Por tudo isso, credito que o amanhã será melhor do que o ontem. (Leia a íntegra da entrevista no portal www.bsbcapital.com.br)
Brasilia Capital n Política n 8 n Brasília, 24 a 30 de dezembro de 2016 - bsbcapital.com.br fotos: Chico Sant’Anna
Por Chico Sant’Anna
Luos ameaça qualidade de vida do brasiliense
A
notícia veio perto do Natal, mas está longe de ser um presente de Papai Noel. O GDF deu início às audiências públicas sobre a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos). Trata-se de uma norma que define os parâmetros urbanísticos de uma localidade. A proposta da Luos deixou em pânico muitos moradores de bairros essencialmente residenciais, tais como os Lagos Sul e Norte, Taquari e o Park Way. O temor é de que as novas regras reduzam a qualidade de vida dos moradores, ao mesclarem atividades empresariais com residenciais e ao autorizarem o fra-
cionamento interno dos atuais lotes. É importante lembrar que a derrocada de Agnelo Queiroz se agravou exatamente quando ele enviou à Câmara Legislativa os projetos de Luos e do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). A população, zelosa pelo projeto urbanístico de Lúcio Costa, tombado pela Unesco, mobilizou-se a ponto de Agnelo retirar os dois projetos da Câmara Legislativa. Rollemberg, ainda em campanha, se beneficiou desse desgaste e prometeu trazer novas propostas que atendessem aos anseios da sociedade. Parece ter esquecido. Quem tem acompanhado os de-
bates, identifica como filosofia balizadora da proposta oficial o uso mais intensivo dos imóveis. Um adensamento, não necessariamente populacional, mas de multiplicidade de usos. Simultaneamente às audiências da Luos, debates se intensificam nas redes sociais – às vezes até em tom agressivo e passional. Deve-se, ou não, permitir empresas nas residências? Deve-se, ou não, permitir novos fracionamentos de lotes? No Taquari, por exemplo, é repudiada a proposta de fracionamento interno das chácaras, como já aconteceu no Park Way e nas Mansões Urbanas Dom Bosco.
Empresas em residências Os defensores da introdução de atividades empresariais são diversos: donos de casas de festas, clínicas, academias, escolas, casas de repouso, artesãos e, principalmente, profissionais autônomos ou sociedades unipessoais, que desejam registrá-las no endereço residencial. São, em sua maioria, profissionais liberais. A posição dos moradores não é unificada. No Park Way, há quem deseje ter comércio local nas proximidades e os que não querem a natureza afetada de qualquer maneira. Lembram que o bairro não tem coleta e tratamento de esgoto, que as redes elétrica e de água são precárias e que a coleta de lixo acontece apenas em alguns dias da semana, que não há transporte coletivo e o policia-
mento é precário. “Como ter uma clínica ou uma casa de repouso gerando dejetos hospitalares se não há a coleta”, indaga um morador. “Eu não quero ter que me deslocar 10 quilômetros para comprar pão e leite”, diz outro. Muitos temem que a criminalidade cresça com o comércio local e que as vias fiquem intransitáveis. Os ambientalistas receiam que o bairro, inserido na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama-Cabeça do Veado – responsável por gerar um terço da água do Paranoá –, venha a ser desmatado, com perda de vegetação original de Cerrado, assoreamento de rios e não querem que a região ganhe contornos semelhantes aos de Vicente Pires.
Moradores de bairros essencialmente residenciais, como os Lagos Norte e Sul, temem agressão à natureza e à qualidade de vida. A comunidade tem participado ativamente dos debates, como o ocorrido no sábado (17), no Setor Comercial Sul (fotos ao lado)
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Debate esotérico A metodologia de debate dos técnicos do GDF transforma a análise popular da Luos um tanto esotérica e ilusória. A lei trata exclusivamente dos lotes formalmente existentes. Mas, o registrado em cartório não é o que existe de fato nas quadras. Há invasões, ocupações irregulares, quiosques, puxadinhos e puxadões. Há empreendimentos autorizados no passado e que hoje não são mais legais. Há projetos de expansão imobiliária que estão nas pranchetas das autoridades, tais como a Cidade Aeroportuária e os Polos Multifuncionais (centros comerciais a serem criados em diversos pontos do Distrito Federal). Há mudanças de gabaritos. Há... Enfim, tantas são as regras e nuances que serão anunciadas proximamente, que confundem a comunidade. Os moradores querem ver os projetos em sua totalidade e não fatiados. Tudo sobre a mesa. Uma análise transversal. E exemplificam: se vai surgir um Polo Multifuncional ou uma Cidade Aeroportuária, que contará até com Shopping Center, por que debater mais comércio no Park Way. Não há pareceres de impacto ambiental e de trânsito e estacionamento sobre as mudanças propostas. Não estão claras as áreas que serão preservadas, os parques, as vias de circulação, e os instrumentos de mobilidade urbana. O potencial hídrico é suficiente para atender a estas
mudanças urbanas ou haverá mais crise hídrica? Como aprovar novas atividades se não há ônibus circulando, se as paradas do BRT não estão em operação? Os estacionamentos foram planejados para um uso residencial e não comercial. As vias atuais serão duplicadas? Serão criadas novas vias? Há rumores de que o GDF estuda uma ligação da QI 17 do Lago Sul ao Aeroporto e a abertura da Estrada do Roncador invadindo áreas de parques ambientais próximas ao Jardim Botânico. Posteriormente, serão autorizados novos gabaritos para os imóveis? Prédios no lugar de residências? As perguntas e dúvidas transbordam e a temperatura dos debates esquenta. A administração Rollemberg pode se beneficiar financeiramente com estas mudanças. Imóvel comercial paga mais IPTU do que residencial. É verdade que as leis locais precisam se adequar às nacionais, que autorizaram o registro em residências de microempreendedores individuais. Mas, é bom ficar atento. A cólera que se formou contra Agnelo Queiroz pode ser reavivada a qualquer momento. O brasiliense não gosta da pressão da especulação imobiliária e deseja que o governo preserve a qualidade de vida candanga. Se Rollemberg perder esse referencial, tende a ter um fim de governo semelhante ao de seu antecessor.
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Concurso - A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), publicou no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) na segunda-feira (19) o edital para o próximo concurso público. As 33 vagas – 390 para cadastro reserva - têm carga horária de 40 semanais e os salários variam de R$ 7 mil a R$ 11 mil e as inscrições estarão abertas do dia 13 de janeiro até 28 de fevereiro. Para mais informações, basta acessar o site do organizador do certame: www.quadrix.org.br.
DISTRITO FEDERAL
distrito federal
Idosos na Escola
“Eu passei vergonha porque não sabia escrever”, diz aluno de 64 anos Braga, os idosos se socializam, aprendem conteúdo e ganham independência no seu retorno aos estudos. Há uma mudança no perfil desses alunos que procuram a escolarização, mesmo que tardia.
Claudia Sigilião
“
Eu passei uma vergonha muito grande lá no banco porque não sabia escrever…”. A declaração do auxiliar de serviços gerais Manoel Coelho Braga, de 64 anos, e estudante da Educação de Jovens e Adultos surge de uma forma tímida. Ele explica que quando foi fazer uma negociação bancária e o gerente pediu que ele preenchesse um documento, sentiu que não tinha autonomia para lidar com essa situação. Ficou tão desnorteado que foi para casa contar para a esposa o que tinha acontecido.
Manoel Coelho Braga deseja agora aprender mais matemática Disse que há muito tempo sua esposa o incentivava a voltar para a escola. Nesse dia, ele decidiu voltar à sala de aula. Caligrafia - Quando perguntado sobre o que quer aprender ainda, Manoel enfatiza que “falta aprender mais caligrafia e matemática”. Ele acredita que é péssimo em matemática, que “apanha que só”.
Acrescenta depois, com tranquilidade, que “(agora) o caixa não me passa pra trás”, referindo-se ao fato de se sentir seguro ao fazer compras. Manoel é um exemplo de quem conseguiu construir seu conhecimento e já tem autonomia para preencher formulários de banco e fazer suas compras. Assim como Manoel Coelho
Sonho - A professora Sofia de Brito Ferreira, 25, da Escola Classe do Varjão, dá aulas na EJA (Educação de Jovens e Adultos) há três anos e conta que no primeiro segmento “o objetivo do aluno é individual”. Desde querer voltar para a escola para tirar carteira de motorista com o objetivo de trabalhar em empresa, até buscar a realização de um sonho que pode ser o de fazer compras sozinho. (Leia matéria completa no portal www.bsbcapital.com.br)
taguatinga
Arimateia de Futsal movimenta o Taguaparque O Torneio Arimateia de Futsal – o maior do Centro-Oeste –, que começou no domingo (18), terá partidas até dia oito de janeiro. A competição é a maior em futebol de salão do Centro-Oeste. O campeonato conta com a participação de 1.230 atletas, que in-
tegram 82 equipes do Distrito Federal e de estados vizinhos, como Goiás e Minas Gerais. A categoria Adulto é a principal do torneio, porém existem outras seis: Masters (acima de 45 anos), Feminino, Sub20, Sub-17, Sub-15 e Sub-13. O pontapé inicial do tor-
neio foi dado pelo Os Creyson, atual campeão, que jogou contra o Futskol e venceu por 3 a 0 pela categoria adulto. O tradicional time de Taguatinga conta com atletas do São Paulo Futebol Clube e outros craques de cidades goianas, a exemplo de Rio
Verde. A fase decisiva da competição começará terça-feira (27) com os duelos das 16 avos de final. Os times que vencerem ainda terão que disputar as oitavas-de-final, quartas-de-final e semifinal, até a final no dia oito.
Multas de trânsito 40% mais baratas A partir de 1º de janeiro, motoristas poderão receber até 40% de desconto em multas com a adesão do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) ao Sistema de Notificação Eletrônica (SNE), do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O aplicativo mandará, todo o momento, as pessoas receberão informativos de eventuais infrações.
Zoonoses do DF faz feira de adoção A Gerência de Controle de Zoonoses do DF, órgão competente para abrigar cães e gatos, abriu uma feira de adoção. No total são 50 animais, sendo 28 cachorros. Os interessados poderão visitar o local durante a semana das 8h às 15h. O tutor precisa ter, no mínimo, 18 anos .
Riacho Fundo II
Posto policial será agora biblioteca Postos policiais sem uso adequado estão, aos poucos, sendo redirecionados para outras atividades. Um deles é o da QN 8, do Riacho Fundo II que está sendo adaptado para se tornar uma biblioteca comunitária. Improvisada, ficará no estacionamento interno da administração regional e poderá acomodar até 15 pessoas.
TODOS CONTRA O AEDES AEGYPTI. NÃO PODEMOS DEIXAR O MOSQUITO NASCER. NA GUERRA CONTRA O MOSQUITO QUE TRANSMITE DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA, VOCÊ JÁ SABE O QUE FAZER.
Tampe os tonéis e caixas d’água
Mantenha as calhas sempre limpas
Deixe garrafas sempre viradas
Mantenha a lixeira bem fechada
Ligue 160 www.saude.df.gov.br
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Girafas em processo de extinção O Monumental — 20.12 - A ação do homem no planeta Terra continua colocando em risco espécies diversas. Neste mês, foi a vez da girafa entrar para a lista de animais ameaçados de extinção. O levantamento é da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês). De acordo com estudo, a população mundial de girafas caiu cerca de 40% nas últimas três décadas. Em 1985, eram 151.702 indivíduos. Já em 2015, o número estimado foi de 97.562. Entre os fatores que levaram à diminuição está o aumento da população humana nos habitats, a expansão da agricultura e pecuária, o aumento da mineração e do conflito humano/vida silvestre e a caça ilegal.
PCDF soluciona crime da mala Metrópoles – 20.12 - Vingança contra abusos sexuais sofridos na infância motivou o crime que chocou Brasília em 27 de outubro, quando uma mala foi encontrada boiando no Lago Paranoá com um corpo dentro. A 1ª DP (Asa Sul) prendeu o assassino do comerciário Ivonilson Menezes da Cunha, 39 anos. Felipe Cirilo, 20, confessou o crime. Na noite de 26 de outubro, com a ajuda de R.T.S., 14, espancou, asfixiou, matou e colocou a vítima na mala e a jogou da Ponte Honestino Guimarães.
Espírito natalino
Autor de atentado em Berlim é morto pela polícia italiana Agência Brasil – 23.12 – O ministro italiano Marco Minniti, afirmou na sexta-feira (23) que o homem morto por policiais em um tiroteio em Milão é o tunisiano Anis Amri, suspeito de ser o terrorista que atacou um mercado de produtos natalinos em Berlim, na Alemanha. Na ocasião, doze pessoas morreram e 48 ficaram feridas no
atentado, que foi reivindicado pelo Estado Islâmico. Dois policiais pararam Amri, de 24 anos, enquanto ele andava sozinho e pediram os seus documentos por volta das 3h de sexta, em Sesto San Giovanni. Porém, o jovem tirou uma arma de sua mochila e atingiu um policial no ombro. O outro reagiu, matando-o.
Turquia acusa pregador opositor por assassinato de embaixador russo Folha de S. Paulo - 21.12 - Ancara apontou para o pregador turco, exilado, Fethullah Gülen como responsável pelo assassinato do embaixador da Rússia na segunda-feira (19), mas o Kremlin, que investiga o caso com seus próprios agentes, considerou nesta quarta-feira (21) ser muito cedo para dizer quem está por trás do crime. A morte ocorreu em plena reaproximação entre as duas potências, que organizaram uma trégua para a evacuação da cidade síria de Aleppo. Os dois países denunciaram uma “provocação”
visando sabotar a cooperação mútua. Na segunda-feira, o policial turco Mevlüt Mert Altintas, de 22 anos, efetuou vários disparos contra o embaixador russo Andrei Karlov, gritou “Allah Akbar” (Deus é grande) e afirmou agir em vingança à tragédia em Aleppo. Apesar de tais declarações que parecem ligar o assassinato ao conflito na Síria, o chefe da diplomacia turca, Mevlüt Cavusoglu, declarou na terça-feira (20) que a rede de Fethullah Gülen, inimigo declarado do presidente Recep Tayyip Erdogan, estaria por trás do assassinato.
Gazeta Russa (19.12) - A campanha “Crianças da Rússia para crianças da Síria” arrecadou mais de 40 toneladas de presentes que foram distribuídos no país afetado pela guerra civil há quase seis anos. Alunos de escolas e instituições militares em 20 regiões russas participam da iniciativa. Os presentes foram levados em aviões militares e de transporte russos à base aérea de Hmeimim, na Síria, informou o Ministério da Defesa russo na segunda-feira (19). Ainda segundo a pasta, os militares do Centro para a Reconciliação na Síria se encarregaram da entrega às crianças em todas as áreas controladas pelas forças governamentais. Parte das doações foi levada para Aleppo, cidade recém-libertada das mãos dos rebeldes que tentam derrubar o presidente sírio Bashar al-Assad. Lançada na região de Tula, ao sul de Moscou, a campanha ganhou alcance nacional em menos de uma semana.
Dupla da Odebrecht deixa a cadeia G1 – 20.12 - Olívio Rodrigues Junior e Luiz Eduardo da Rocha, presos durante a 26ª fase da Operação Lava Jato, deixaram a cadeia, em Curitiba, na segunda-feira (19). A prisão preventiva foi revogada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância. A 26ª etapa da Lava Jato teve como alvo o “Setor de Operações Estruturadas” da Odebrecht, que, de acordo com a força-tarefa da Lava Jato, era um departamento exclusivo para o gerenciamento e pagamento de valores ilícitos.
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A elite brasileira e a violência
A
elite brasileira, a mais burra do mundo, não aceita que se gaste com educação de qualidade para incluir crianças pobres e jovens. Paradoxalmente, essa mesma elite esbraveja contra a violência causada por trombadinhas, assaltantes e sequestradores. Burros. Acham que a violência se combate apenas com repressão. Desejam apenas a pena de morte e a redução da maioridade penal para combater os efeitos, ignorando, propositadamente, as causas, que
residem, principalmente, na exclusão social. A elite se esconde em condomínios fechados, carros blindados e filhos estudando no exterior, embora nada disso os proteja de serem alcançados diariamente pelos criminosos que infestam as ruas. Em 1982, Darcy Ribeiro, o fundador da Universidade de Brasília (UnB), já advertia: “se não investirmos em escolas de qualidade, no futuro não teremos dinheiro para construir presídios suficientes”. É o que constatamos hoje.
Contrariamente à nossa realidade, assistimos o noticiário falar em fechamento de presídios em vários países da Europa por falta de ocupantes; países que investiram em educação de qualidade. Nas próximas eleições, teremos vários representantes da elite com seus discursos de exclusão, embora um deles tenha sido formado numa escola gratuita e de qualidade do Exército Brasileiro; tipo de escola que deveria existir para toda a população. Recentemente, esse candidato foi batizado numa igreja evangélica
sem ser questionado pelo pastor sobre suas ideias de violência, tortura e pena de morte. Hoje, mais do que nunca, todo brasileiro consciente deve insistir na tese: “Fora da Educação não há salvação”. A violência só aumentará enquanto combaterem apenas seus efeitos. Pelo jeito, só acordarão quando o Brasil se transformar numa terra sem lei, com um povo ainda mais dominado pela barbárie e pela força dos endinheirados. Sem educação não é possível Ordem e, tampouco, Progresso!
e afins. Acho muito válida a ideia de modificar as receitas tradicionais, a fim de ter mais qualidade nutricional, desde que o sabor não seja comprometido, e que, dessa forma, a gente consiga levar mais saúde às mesas nessa data especial. Com esse intuito, selecionei uma receita de lombo suíno (meu preferido na ceia), com uma geleia de laranja, que leva biomassa de banana verde. Essa receita é de uma chef especialista em gastronomia funcional, que eu adoro, Lidiane Barbosa. Inclusive,
quem se interessar pela receita, pode assistir ao canal dela no Youtube (receitas da Lidi). Então vamos lá: 1 peça de lombo (800g aproximadamente), deixar marinando em limão, pimenta e outras ervas de sua preferência. Leve ao forno (baixo) com alecrim (para perfumar o lombo) por 1h20min. Para a geleia, será necessário suco de 10 laranjas lima, melado de cana, 1 colher de sopa de cravo da Índia, 1 pitada de sal marinho, 1 xicara de biomassa de banana verde. Misturar os ingredien-
tes na panela e mexer em fogo baixo até dar o ponto. A parte interessante dessa preparação é usar a biomassa, que é cheia de fibras e amido resistente da banana verde. Isso serve como energia para as bactérias do nosso intestino. Essas fibras diminuem a carga glicêmica da geleia, e ajudam a reduzir a absorção da gordura do lombo. Receitas saborosas, saudáveis e um Natal abençoado. Este o meu desejo de Natal para todos os leitores do nosso Brasília Capital!
Comidinhas de Natal
C
hegamos, enfim, na época do ano que todo mundo (ou a maioria das pessoas) mais gosta: a de festas, confraternizações e a tão esperada Ceia de Natal! Todo mundo, agora sem exceção, ganha uns dois quilinhos ao final desse período. Afinal, as preparações são bastante calóricas, gostosas, e parece que a fome (ou o desejo de comer) aumenta a proporções de fim de mundo – e não só de final de ano. Vejo sempre na mídia e redes sociais receitas de Natal “fit”, “lights”
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas
Rádio JK - AM 1.410
Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610 www.opovoeopoder.com.br www.marceloramosopovoeopoder.blogspot.com
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Paralelismo natalino
O
lá, queridos amigos! Em períodos natalinos, é comum que o comércio reajuste seu horário de funcionamento habitual para que o atendimento ao cliente possa ser melhor e, consequentemente, para que as vendas sejam melhores. Essa estratégia não é nova e nem ilegal! Ainda mais em tempos de crise, todas as tentativas para aumentar o faturamento são válidas! Todavia, um pequeno empecilho gramatical também costuma surgir nessa época: o pouco conhecido paralelismo sintático. O paralelismo sintático significa dar tratamento igualitário a termos coordenados, ou seja, que desempenham a mesma função em um pe-
ríodo. Isso é pressuposto básico da comunicação escrita, mas que, por diversas vezes, passa despercebido aos olhos de quem redige. Com exemplos, vai ser mais fácil entender. (1) Neste Natal, a loja abrirá das 10h às 23h. No exemplo apresentado, conseguimos perceber que a loja estará aberta em um intervalo de tempo (entre 10h e 23h). As duas indicações temporais possuem a mesma função: indicar quando o ato de abrir a loja será praticado. Por isso, devemos tratar esse intervalo com igualdade, para que haja paralelismo sintático. O exemplo 1 está correto, pois, antes de “10h”, temos “das” (preposição+artigo) e, antes de “23h”, temos “às” (preposição+artigo). Ve-
jamos mais uma possibilidade: (2) Neste Natal, a loja abrirá de 10h a 23h. O exemplo 2 também respeita os princípios de paralelismo. Isso porque, antes de “10h”, temos “de” (só preposição) e, antes de “23h”, temos “a” (só preposição). Em resumo: se no primeiro foi empregado preposição+artigo, no segundo se deve empregar preposição+artigo; se no primeiro for empregado apenas preposição, no segundo se deve empregar apenas preposição! Agora, vejamos mais um exemplo (e que, normalmente, ocupa as vitrines das lojas): (3) Neste Natal, a loja abrirá de 10h às 23h. Em 3, perceba que, antes de “10h”,
temos “de” (apenas preposição). Todavia, antes de “23h”, temos “às” (preposição+artigo). Dessa forma, não há tratamento igualitário às formas coordenadas – o que significa um desvio de paralelismo sintático! Cabe ressaltar que não é por um desvio gramatical que você, enquanto consumidor, vai deixar de entender a mensagem do lojista ou vai deixar de comprar! Meu trabalho como professor não é condenar, mas alertar! Se podemos escrever melhor, por que não fazer isso? Um forte abraço! Boas festas!
cedores do Inferno convencional. E, se for o caso, prefiro sentar no banco dos réus, ao lado deles”. Como em meu texto transcrevi ipsis literis os diálogos jocosos, sob os tetos enfumaçados dos botecos de Copacabana, a editora dos frades franciscanos precisava do aval de uma autoridade eclesiástica. Na tentativa de solucionar o impasse, frei Ludovico, então presidente da Vozes, me convidou para viajar a São Paulo, a fim de ouvir a opinião do arcebispo Evaristo Arns, ocasião em que ficamos hospedados no Palácio Episcopal. E Dom Arns não só aprovou, mas também recomendou o livro a todas dioceses do País. Resultado: três edições dos 7
Pecados da JSA ficaram esgotadas, totalizando 20 mil exemplares, autêntico best-seller. A julgar por suas ações desde que começou a usar batina, socorrendo favelados e enfrentando de peito aberto os generais da ditadura militar vigente à época, na defesa de presos torturados –, tudo leva a crer que o papa Francisco guindará Dom Evaristo Arns ao pedestal dos santos canonizados pela Igreja Católica, com firma reconhecida por Deus, no cartório celestial.
Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília
O santo que perdoou os 7 Pecados Capitais
A
manchete do Correio Braziliense, edição do dia 15, noticiou o falecimento de Dom Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, aos 95 anos de vida ofertada aos pobres e desamparados. Esse lutuoso fato fez com que eu voltasse à década de 1960, no Rio de Janeiro e em São Paulo, quando tive a honra de conhecer pessoalmente esse vocacionado sacerdote franciscano. Mais do que isso, ser hospedado em sua residência oficial. Tudo começou com o interesse da Editora Vozes, de Petrópolis, em publicar em livro a série de reportagens Os 7 Pecados da Juventude Sem Amor, que estava sendo veiculada
pelo Jornal do Brasil, narrativa de minha vivência entre tidos marginais, cujo introito começava assim: “Vivi, incógnito, 40 dias no meio deles, quando tentei me comportar como um jovem que odiava o mundo. Experimentei na própria carne os seus pecados. Fumei maconha, aspirei cocaína e participei de reuniões sexuais escabrosas. Como eles não conhecem métodos convincentes de persuasão, conquistam o respeito no peito e na raça, atropelando a moralidade pública e as leis. Por essas ações, eram julgados pela sociedade como bandidos perigosos, condenados a prori, inapelavelmente. Quanto a mim, depois de conhecê-los de perto, não os considero mere-
(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor
Brasilia Capital n Geral n 15 n Brasília, 24 a 30 de dezembro de 2016 - bsbcapital.com.br
Brasília, destino de Ano-Novo divulgação
Maria Gabbriela Veras
B
rasília está passando a ser opção para se divertir no Ano-Novo. E para quem escolheu passar a noite da virada no quadradinho do País, há diversas opções para brindar na chegada de 2017. O Governo do Distrito Federal publicou a relação de artistas que comporão a programação das festas gratuitas de Ano-Novo. Tradicionalmente, os eventos ocorrerão no Museu Nacional da República e na Praça dos Orixás, a prainha. A programação no Museu trará os paulistas do Fundo de Quintal e o rapper Criolo, os brasilienses Móveis Coloniais de Acaju e Flora Matos e, para finalizar a festa, terá funk carioca com a MC Carol. Para quem não abre mão de comemorar o ano que se inicia nas festas que acontecem em todo o Distrito Federal, a programação é extensa e tem para todos os gostos e bolsos. Confira: nRéveillon Entre Lagos. Sábado (31), às 22h, no Clube Ases Lago Sul com Só Pra Xamegar, Grupo na Gandaia, Igor & Bruno, Barraca Armada e DJs. Ingressos: R$ 90 a R$ 170. Pontos de venda: central de ingressos do Brasília Shopping, Lojas Bilheteria Digital e Casa Brasília. Informações: (61) 32260510.
A banda Blitz tocará no Clube do Congresso durante o revéillon (foto maior); MC Carol (esq.) e Criolo (dir.) estão na programação gratuita do Museu Nacional da República
nRéveillon AABB. Sábado (31), às 21h, no Bangalô da AABB com as bandas Zero 10,
nRéveillon Bamboa 2017. Sábado (31), às 22h, na Bamboa com Tomate, Wiliam & Marlon, Jhonny & Rahonny e Banda no Grau. Ingressos: R$ 250. Pontos de venda: bilheteria da casa de festa e no site www. bilheteriadigital.com.
nCarnavália e o DJ Matsumoto. Ingressos: R$ 180. Pontos de venda: Pátio Brasil, Liberty Mall, Alameda Shopping, Brasília Shopping, Boulevard Shopping e na Bilheteria Digital.
nRéveillon Nossa Praia 2017. Sábado (31), às 22h, no Pontão do Lago Sul com diversos DJs. Ingressos: R$ 190 a R$ 210. Pontos de venda: Mormaii, Lojas Fórum e Casa do
Cowboy. Informações: (61) 9-92091074. nRéveillon Platinum 2017. Sábado (31), às 22h, no Clube Coat com Alisson Ariel, Twins, DJ Marcinho, MC Kokão e muito mais. Ingressos: R$ 50 a R$ 100. Pontos de venda: Bilheteria Digital, Praia Cozinha e Bar e Sabor Fitness do Vitrinni Shopping de Águas Claras. Informações: (61) 9-8199-0960/ 9-9880-0960. nRéveillon Exclusive Capella. Sába-
do (31), às 22h, no Capella Lounge Bar. Atrações: Danilo e Daniel, MC Jenny e Mistura Perfeita. Ingressos: R$ 60 a R$ 90. Pontos de venda: bilheteria digital. Informações: (61) 30324750. nRéveillon do Lago. Sábado (31), às 22h, no Clube do Congresso. Atrações: Banda Blitz, Banda Enfoco e DJs. Ingressos: R$ 240 a R$ 390. Pontos de venda: bilheteria digital. Informações (61) 3044-8400 / 3368-7397.
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