Jornal Brasília Capital 563

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Pista ligará Avenida das Nações à BR-020, passando pelo Lago Norte Chico Sant’Anna – Página 10

Ano XII - número 563

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GDF projeta nova Saída Norte Brasília, 23 a 29 de abril de 2022

Corrida ao Buriti esquenta com definição do atual governador de que tentará a reeleição e apoiará Bolsonaro. E ele revela quem espera enfrentar num eventual segundo turno: RENATO ALVES/ AGÊNCIA BRASÍLIA

IBANEIS ELEGE O PT Campanha na rua

O anúncio de Ibaneis foi feito na terça-feira (19), Dia do Índio. Na quinta (21), aniversário de Brasília, o cacique foi para a rua participar de eventos em ritmo de campanha eleitoral (foto).

Pelaí – Páginas 2 e 3 e Página 8

Grass promete vale-alimentação de R$ 1.300 Pré-candidato do PV ao Buriti garante que medida não comprometeria o caixa do governo Página 5

Bastidores dos restaurantes

A grande família do Au Fondue e o time do Honoris Bar Dedé Roriz – Página 2


Brasília Capital n Política/ Pelaí n 2 n Brasília, 23 a 29 de abril de 2022 - bsbcapital.com.br

Ex pedien te

Antidemocrático – Jair Bolsonaro deu mais uma prova de desrespeito ao estado democrático de direito. Após o STF condenar por 10 votos a 1 o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) por ataques à maior Corte do País, o presidente concedeu perdão da pena ao parlamentar. PDT, Cidadania e Rede recorreram da decisão.

Diretor de Redação

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Giza Dairell

Ibaneis elege adversário preferencial

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PAULO HENRIQUE CARVALHO/AGÊNCIA BRASÍLIA

O cacique Ibaneis Rocha revelou, na terça-feira (19), Dia do Índio, um segredo que só não tinham contado para ele: Ibaneis Rocha é pré-candidato à reeleição a governador da aldeia Distrito Federal. MISTÉRIO – E desvendou um mistério sobre o qual também apenas ele não tinha conhecimento: o atual chefe do Buriti caminhará com Jair Bolsonaro (PL) num eventual segundo turno na disputa presidencial com Luís Inácio Lula da Silva (PT). ESTRATÉGIA – Mas, o que parece novidade é, na verdade, uma estratégia baseada em pesquisas qualitativas. Ibaneis percebeu que era o momento de assumir a pré-candidatura e sinalizar para o presidente da República que estará em seu palanque. CÂMARA DOS DEPUTADOS

TACADA – Assim, de uma só tacada tenta afastar de vez a possibilidade de a deputada Flávia Arruda (PL / foto) entrar na disputa pelo Buriti para montar o palanque bolsonarista no DF e garantir a presença dela em sua chapa como senadora. Adversário – Ibaneis ainda elegeu seu adversário preferencial: o PT

ou a coalização da qual o partido de Lula faça parte no DF.

zação, para que ele explore a rejeição ao petismo.

POLARIZAÇÃO – Não é à toa: as mesmas pesquisas indicam que o governador terá muita dificuldade de se reeleger num eventual segundo turno contra um adversário de centro, como os senadores Reguffe (União Brasil / foto), Leila (PDT / foto) e Izalci (PSDB). Portanto, o melhor seria a polari-

CAMPANHA – O outro cenário vislumbrado por Ibaneis seria a vitória já no primeiro turno. Tanto que o anúncio da pré-candidatura e a indicação da aliança com Bolsonaro contra o PT foram sucedidos de uma maratona de eventos de campanha.

AGÊNCIA SENADO

TÚNEL – No embalo das comemorações do aniversário de 62 anos de Brasília, o governador (foto a cima) entregou medalhas a torto e a direito, marcou presença na legalização do Clube de Vizinhança da Asa Sul e liberou a primeira etapa da obra do túnel de Taguatinga (leia matéria na página 8).


Brasília Capital n Política/ Pelaí n 3 n Brasília, 23 a 29 de abril de 2022 - bsbcapital.com.br

Professor Pacco racha o União Brasil AGÊNCIA CÂMARA

Cerca de 12 pré-candidatos a deputado distrital pelo União Brasil ameaçam sair da disputa. A insatisfação é com o Professor Pacco, que se filiou à legenda na janela partidária de 2 de abril para concorrer a uma vaga de federal e agora anuncia que tentará uma cadeira na Câmara Legislativa. APOSTA – Pacco teve 39 mil votos para federal em 2018 e é uma das apostas do União para uma das oito vagas na Câmara dos Deputados, juntamente com as ex-distritais Eliana Pedrosa e Júlia Lucy (ex-Novo). Mas, se concorrer à Câmara Legislativa, desagradará os correligionários que esperam fazer dobradinha com ele. DOBRADINHA – Pacco é egresso do Podemos, onde estava o senador Reguffe, possível pré-candidato

DIVULGAÇÃO

“Ser desembargador do TRE tem sabor de consagração” Tomou posse na quarta-feira (20) como desembargador do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) para um mandato de dois anos o advogado Diego Barbosa Campos, 39 anos. Antes da solenidade comandada pelo presidente da Corte, Humberto Ulhôa, Campos concedeu a seguinte entrevista ao Brasília Capital.

do União ao Buriti. Para piorar, o Professor não apoiaria nenhum dos candidatos do partido à Câmara Federal: faria uma dobradinha com o presidente da CLDF, Rafael Prudente (MDB). PEDROSA – Um cacique do União, que pede para não se identificar,

garante que o compromisso com Pacco é que o partido não lançaria mais de um candidato a distrital já detentor de mandato na Câmara Legislativa. E isto está sendo cumprido. O único parlamentar candidato à reeleição é Eduardo Pedrosa. Portanto, Pacco tem o direito de concorrer à CLDF.

5 mil nos 66 de Izalci Cerca de 5 mil pessoas participaram da festa de 66 anos do senador Izalci Lucas (PSDB), sábado (16), no espaço de eventos Arena Hall, em Vicente Pires. Pré-candidato ao GDF, o tucano usou como lema um verso do compositor baiano Raul Seixas para saudar os convidados: “sonho que se sonha só é apenas um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade”.

Impaciência com a indecisão Em conversa com colegas durante a posse do novo desembargador do TRE-DF, Diego Campos, na quarta-feira (20), o advogado Luís Felipe Belmonte (PSC/foto), suplente de Izalci Lucas (PSDB) e marido da deputada Paula Belmonte (Cidadania)

Entrevista / Diego Barbosa Campos

não escondia a insatisfação com a demora do senador José Antônio Reguffe (União Brasil) em decidir se será ou não candidato a governador. “Isto deixa todo mundo inseguro. Então, nós já resolvemos: se ele não aceitar o desafio, a Paula será candidata”.

FESTA DE RODEIO – Além de amigos e familiares, Izalci recebeu figuras políticas importantes no cenário local, como o senador Reguffe (União Brasil), os ex-senadores Paulo Octávio (PSD) e Hélio José (Solidariedade) e o ex-deputado Alberto Fraga (PL). A animação ficou por conta da banda Ello; do DJ Fábio e da dupla sertaneja Alisson e Ariel, com apresentação do locutor de rodeios Fábio Júnior.

DIVULGAÇÃO

Quais serão suas atribuições no cargo? – Será tratar da propaganda eleitoral nas eleições deste ano no Distrito Federal. Serei o relator dos casos. O senhor chega à função ainda muito novo. É uma grande responsabilidade. – Me preparei para isto e tenho convicção de que saberemos desempenhar bem nossas atribuições. É um primeiro passo de uma nova etapa em sua carreira profissional? – Na verdade, é a realização de um sonho. Há 14 anos, fui agraciado pelo TRE-DF com a comenda da Ordem Eleitoral. Naquele momento decidi que um dia seria juiz deste Tribunal. Portanto, hoje sinto este sabor de consagração. É um gosto bem especial. DIVULGAÇÃO


Brasília Capital n Opinião 4 n Brasília, 23 a 29 de abril de 2022 - bsbcapital.com.br

Indústria 0.0 Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL

Em tempos de Quarta Revolução Industrial, com uma indústria crescentemente automatizada, nível 4.0, não seria exagero classificar o anêmico e atrasado setor industrial do Distrito Federal como indústria 0.0. Enquanto a indústria de transformação no Brasil, mesmo em notória queda desde 2011, ainda responde por 15% do PIB nacional, no DF ela responde por pífios 0,9% do PIB local, no mesmo patamar de Roraima e Amapá. O valor da produção da indústria de transformação brasileira em 2019 foi de R$ 920 bilhões, mas a contribuição brasiliense para este resultado foi de inexpressivos R$ 2,24 bilhões, ou 0,24%. Também o “zero ponto alguma coisa” foi notado na participação da indústria brasiliense no total das exportações industriais brasileiras: US$ 100 milhões num total de US$ 100 bilhões, ou 0,1%. Enquanto no país a indústria de

transformação responde por 68% do PIB industrial, superando a construção civil (18%), e os serviços industriais de utilidade pública (SIUP), que engloba energia, gás, água etc (14%), no DF ela responde por apenas 23,5%, superado pela construção civil (52%) e os SIUP (24,5%). Além de inexpressiva, a indústria de transformação brasiliense é amplamente composta por empresas de pequeno porte e atuando nos setores menos dinâmicos: alimentos e bebidas, minerais não metálicos (cimento) e gráfica, mas em nenhum respondendo por mais de 0,5% da produção nacional. Já nos setores mais dinâmicos, sua participação é para lá de pífia: eletrônica e informática (0,08%), material elétrico (0,03%), química (0,02%), siderurgia e metalurgia (0,02%), material plástico (0,01%) e máquinas e equipamentos, petroquímica e veículos automotores (0,0%). Qual a razão para tamanho nanismo? Simplesmente a inoperância e omissão de seus sucessivos governantes, que há décadas alimentam alguns mitos. O primeiro: “Brasília foi concebida para ter exclusivamente funções político-administrativas e o exercício

dessas funções e a atividade industrial são incompatíveis”. Argumento ridículo, invalidado pelos robustos parques industriais encontrados em inúmeras capitais do planeta, como Buenos Aires, Cidade do México, Santiago, Paris, Berlim, Madri, Moscou, Tóquio, Pequim e Seul, para ficar apenas em alguns exemplos. Segundo: “A indústria não tem mais a mesma importância do passado”. Desconhecem que a indústria ainda tem um grande peso nas economias de países desenvolvidos. E mais: são indutoras do desenvolvimento tecnológico e do setor terciário. Ignoram que um parque industrial robusto garante a vitalidade do setor de serviços (cada emprego gerado na indústria gera, em média, de 2 a 5 empregos no setor terciário. Terceiro mito: “O DF não tem espaço para a instalação de plantas industriais”. A esses desinformados, cabe lembrá-los que Cingapura, com área territorial 8 vezes menor que a do DF e o dobro da população, ostenta um PIB industrial nada menos que 70 vezes maior que o nosso. Há um quarto mito, de que a in-

dústria é uma atividade altamente poluidora. Sim, foi e ainda é em muitos casos. Mas não faltam instrumentos tecnológicos e legislativos para garantir que a atração de investimentos industriais não resulte em degradação do meio ambiente. A anemia industrial é a principal responsável pela nossa estrutura econômica pouco diversificada, pela elevadíssima taxa de desemprego e subemprego (a área metropolitana possui hoje quase meio milhão de desempregados e outro tanto de subempregados) e pela indecente desigualdade social e espacial da renda. A omissão dos governantes reflete, além de ignorância, uma pressão egoísta da classe média local, que pensa estar preservando sua cidade, não obstante estar condenando milhares de brasilienses ao desemprego e subemprego. Até quando os governantes locais vão continuar de costas para as necessidades do povo e acreditando em mitos?

(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

Pandemia não se encerra por Portaria Profa. Fátima Sousa (*) DIVULGAÇÃO

O ministro da Saúde, por imposição desmedida do seu patrão, decretou fim da pandemia de covid-19, retirando o Brasil do estado de emergência sanitária. Com essa decisão açodada, menospreza o fato de que existem 100 milhões de brasileiros que estão sem o esquema vacinal completo: 49% da população vacinada não tomou todas as doses necessárias. Ainda que apenas a OMS tenha prerrogativa e competência para declarar estado de emergência sanitária

internacional, em quadros de pandemia, e suspendê-los. Na contramão do que afirma o ministro, a OMS tem alertado ao mundo que a pandemia não acabou e que as nações devem seguir cuidando de complicadores sazonais (mutações do coronavírus). Se o Ministério da Saúde pede à Anvisa para prorrogar para mais um ano seus atos normativos para o controle da infecção do coronavírus, reforça a hipótese de que decretar o fim da pandemia somente se justifica pela pressão eleitoral, vinda deste desgoverno, que ao longo da maior crise sanitária dos últimos 100 anos deixou de cumprir sua missão de proteger a população. Ao negar a pandemia, ao impedir o acesso às informações, ao atrasar a

compra de vacinas, ao “prescrever” tratamento precoce, ao não testar em massa os sintomáticos e assintomáticos, ao liberar o uso de uma das barreiras mais eficientes de contaminação, que são as máscaras faciais, tudo isso reflete a grave banalização das 662.026 mil mortes que poderiam ter sido evitadas. Para causar ainda mais desinformação, criou tensões e declarações públicas contra os governos estaduais e municipais que estavam cumprindo o dever de proteger a saúde da população, com responsabilidade sanitária, ao impor uma agenda diversionista entre a economia e a saúde coletiva. Por tudo isso, sigamos nos comportando como cidadãs e cidadãos, cuidando uns dos outros com todos

os protocolos sanitários, entre eles a obrigatoriedade do passaporte vacinal e do uso da máscara. Ao invés dessa atitude prematura, o Ministério da Saúde deveria acordar e coordenar as atividades com outras instâncias gestoras do SUS, e da Anvisa, ainda nesse período emergencial, a aquisição dos insumos estratégicos, atenções aos atos normativos que podem ser revogados comprometendo assim a vigilância sanitária e epidemiológica (notificações compulsórias) e provimentos essenciais aos cuidados dos sequelados. A caneta Bic não pode, mais uma vez, atentar contra a saúde da coletividade. (*) Professora


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“Servidor terá vale-alimentação de R$ 1.300”

DIVULGAÇÃO

Garantia é de Leandro Grass, pré-candidato do PV ao GDF José Silva Jr Pré-candidato ao Palácio do Buriti, o deputado distrital Leandro Grass (PV) se diz radicalmente contra a política populista. Mas garantiu, em “primeira mão”, na segunda-feira (18), em entrevista ao programa Brasília Capital Notícias – uma parceria do Brasília Capital com a TV Comunitária e o blog do Chico Sant’Anna – que, caso se eleja governador, reajustará o auxílio-alimentação dos servidores públicos locais em mais de 300% - dos atuais R$ 300 para R$ 1.300. A medida será assegurada, de acordo com ele, sem comprometer o caixa do Estado. “Há espaço no orçamento. Basta alguns ajustes. Os cálculos estão sendo finalizados pela equipe responsável pela elaboração de nosso Plano de Governo”, adiantou. Antes, porém, Grass precisará ter seu nome sacramentado pela federação de seu partido com o PT e o PCdoB – a “Restauração do DF” –, o

Se eleito, Grass promete ampliar o passe livre e remodelar o transporte público do DF

que não será, uma vez que a tradição é o PT sempre ser cabeça de chapa para o Executivo local. E os petistas já usam o inquestionável argumento de terem uma militança pujante, robusta. “Apesar de ser maior, o PT é tão importante quanto os outros partidos. Em nenhum momento entendemos que PT é menos ou mais importante”, afirmou o pré-candidato.

Grass garante que sua relação com o PT sempre foi muito parceira. Citou como exemplo os laços estreitos que tem com a deputada Artele Sampaio. Mas esqueceu que a distrital defende o nome da correligionária Rosilene Corrêa para o Buriti. “Eu defendo que os partidos lancem suas pré-candidaturas. Isso é saudável, motiva a militança”, emendou.

Missão cumprida Aos jornalistas Chico Sant’Anna e Orlando Pontes, que conduzem o Brasília Capital Notícias pelo canal 12 da Net, Grass confirmou que desde o início do mandato na Câmara Legislativa assinou um documento se comprometendo a não ser candidato à reeleição. Mas que sua disposição de concorrer ao GDF não tem

nada a ver com isso. “É um compromisso de campanha. Minha missão está cumprida no legislativo local”, afirmou. “Cargo político não é profissão”, emendou. A entrevista também transmitida pelo canal da TV no YouTube foi marcada por ataques de Grass ao governador Ibaneis Rocha (MDB), que já se colou como pré-candida-

to à reeleição. Em seu rosário de críticas, o distrital disse que “Ibaneis reproduziu no Distrito Federal o que (Jair) Bolsonaro fez no País: agravamento da fome, da desigualdade, da pobreza, sucateamento da saúde”. Segundo ele, Ibaneis fez o DF regredir: “Esse governo não cuida de pessoas, mas de negócios do próprio governador”.

IGES não persistirá Grass foi mais contundente ao ser perguntado sobre a manutenção do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) num eventual governo seu. “Não persistirá. É um ninho de corrupção. Tem uma dívida de 400 milhões”, enumerou. Ele se referia às operações policiais pelas quais o instituto passou nos últimos dois anos devido a suspeitas de fraude e desvios de recursos. Uma delas foi a Falso Negativo, que investigou fraude na aquisição de testes rápidos para a covid-19 e resultou na prisão da cúpula da Secretaria de Saúde. O pré-candidato ainda tratou de outros temas polêmicos, como eleição para administrador, o Centro Administrativo em Taguatinga (Centrad) e transporte. Sobre o primeiro, ficou em cima do muro e não emitiu opinião. Para ele, as administrações devem ser “polos de governança” e, muitas vezes, servem de cabides de emprego para cabos eleitorais. Mas não disse qual formato considera ideal para esses órgãos, que hoje subdividem o DF em 33 regiões administrativas. Quanto ao Centrad, chegou a concordar com a recente decisão de Ibaneis Rocha, que anulou o contrato para construção, operação e manutenção da estrutura. O prédio de 182 mil metros quadrados foi construído com a justificativa de ser a nova sede do GDF, mas isso nunca saiu do papel. Grass entende que a decisão foi tardia, já no fim do atual governo. E sugere que uma das alternativas seria usar o prédio como campus de uma grande universidade.

Remodelação do transporte Por fim, o pré-candidato da coligação “Restauração do DF” criticou o atual modelo de gestão dos serviços de transporte na capital da República. Para ele, tem de ser remodelado. “Do jeito que está é muito fácil, pois as empresas vivem um capitalismo sem risco. Em caso de prejuízo, o governo subsidia. A gente vai acabar com esse sistema corrupto. O passe livre será ampliado”, sacramentou. No final da entrevista, provocou o eleitor a refletir: “É esse governador que a gente quer para mais quatro anos: um governador dos negócios dele, dos esquemas dele?”. E completa: “Quem não fez, não fará; quem nunca trabalhou, não vai trabalhar; quem nunca ouviu, não vai agora ouvir as pessoas”.


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I N FOR M E

Professores fazem nova assembleia em 27 de abril Na próxima quar ta-feira (27), os professores do seu filho irão se reunir em nova assembleia. A nossa luta é por melhores condições de trabalho. A categoria vai se reunir às 9h, no estacionamento da Funar te, e paralisará suas atividades. Esta terceira Assembleia Geral do ano acontece depois de um mês intenso de visitas às escolas. A diretoria do sindicato percorreu todas as regionais de ensino debatendo com a categoria os itens da pauta de reivindicações. Para além da recomposição salarial, a pauta apresentada ao governo também contempla a segurança sanitária no ambiente escolar. As turmas estão superlo-

tadas, sem observação ao distanciamento mínimo em tempos de pandemia. A política geral do governo do Distrito Federal com relação à educação é de desprezo: projetos privatistas do ensino, que tiram dinheiro da educação pública, são incentivados. Sinpro estima uma demanda por mais de 5 mil vagas para professores, e o único concurso previsto este ano deve preencher pouco mais de 700 vagas. O novo ensino médio, da forma como está proposto pelo governo, acaba por condenar o aluno pobre egresso da escola pública a um ensino de qualidade inferior, inviabilizando seu acesso à universidade. Igual destino recebem a Educação de

Jovens Adultos (EJA) e todas as políticas de educação inclusiva: rumam para o desmonte completo. A militarização das escolas é outra política que, ao fim e ao cabo, mais estimula que combate a violência e a evasão escolar. Também lutamos contra essa política distrital. Ainda que a qualidade da educação seja prioridade e luta para o Sinpro, o acumulado de perdas salariais da categoria já está na ordem de 49% do valor de compra do salário. Para se ter uma ideia, um professor recebe R$ 394,50 de auxílio alimentação há oito anos. Em comparação, o custo da cesta básica em maio daquele ano era de

R$ 331,19, segundo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Agora, os mesmos alimentos são comprados por R$ 670,98: um aumento de 102,5%. É por todos esses motivos que os professores do seu filho param na quarta-feira, dia 27 de abril!

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Centro de Línguas ensina português para estrangeiros Desde 2020, professores e gestores do Centro Interescolar de Línguas do Guará (CILG) realizam uma ação pedagógica inovadora a partir da experiência cotidiana. O projeto “Bem-Vindos ao Distrito Federal – Português Língua de Acolhimento e Desenvolvimento Humano” é um curso de língua portuguesa para migrantes estrangeiros, muitos em situação de refúgio. O projeto oferece, para além do curso de português para estrangeiros, um acolhimento especial que garante um bem-estar e segurança que só quem já viveu fora de seu país sem pronunciar nenhuma palavra do idioma local sabe como é. Mais do que um projeto restrito a uma escola, essa ação, que ocorre há mais de dois anos, apresenta-se como uma inovação e uma política pública de Estado. O Bem-Vindos ao Distrito Federal foi criado e elaborado por quatro profissionais: a professora Fabíola Ribei-

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Projeto ensina português a migrantes estrangeiros de forma inovadora

ro; a assessora da CRE do Guará, Patrícia Melo; a coordenadora da Unidade Regional de Educação Básica (Unieb), Lucélia Abreu; e Adriana Lopes, ex-diretora do CILG, e foi acolhido no CILG pela atual diretora, Taiana Santana, e sua vice, Priscila Mesquita. Num primeiro momento, ele foi realizado graças a uma parceria com o projeto de extensão ProAcolher, da UnB. Apresentado à SEEDF, em 2019, foi aprovado e começou a fun-

cionar no início de 2020. De lá para cá, mais de 680 migrantes pediram para ingressar no projeto, mas, em razão da limitação da escola, apenas a metade da demanda foi atendida. Com isso, mais de 300 estudantes migrantes internacionais tiveram o privilégio de participar da experiência piloto. Dentre as nacionalidades atendidas, destaque para cidadãos do Paquistão, do Haiti, de Ruanda, Guiné, Bangladesh, Venezuela, Co-

lômbia, Peru, Gana, Marrocos, Itália, Inglaterra, Nigéria, México, Togo, Egito, Senegal e Benin. BEM SUCEDIDO – A professora Fabíola Ribeiro afirma que a equipe está na luta para que o projeto continue e se torne um programa da SEEDF, e não acabe após as eleições de 2022. “É tão bom e comprovadamente bem-sucedido que a equipe da CRE Guará tem apoiado, assim como as gestoras do CILG. É visível a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes e, por isso, o apoio”, explica. Fabíola Ribeiro diz que “tudo que precisamos nossas gestoras providenciam. Temos material pedagógico e sala de aula com variados recursos, tanto para as aulas on-line como para os encontros presenciais. E tudo deu certo. Nosso projeto tem potencial para ser transformado em política pública. O que falta agora é que as pessoas que têm participado ativamente dele sejam ouvidas”.


Brasília Capital n Cidades n 7 n Brasília, 23 a 29 de abril de 2022 - bsbcapital.com.br I N FOR M E

O maior presente para Brasília é mais saúde Quando foi construída, Brasília rompeu com o padrão da cidade tradicional brasileira, com ideais urbanísticos e arquitetônicos voltados para conceitos de modernidade e um modo de vida diferente e simbolizando um novo ciclo econômico, iniciado pelo movimento desenvolvimentista da era Vargas, que criou a Petrobras, incentivou a siderurgia nacional e a abertura econômica que permitiu a instalação da indústria automobilística na era JK. Na história brasileira do século 20, a construção da nossa cidade só encontra paralelo na Semana de Arte Moderna de 1922 – um movimento que mudou a cara da arte brasileira, inserida no contexto da expansão da urbanização, impulsionada pelos movimentos subsequentes à abolição da escravatura e a proclamação da República (alternação política que tirou do poder a nobreza para substituí-la pela burguesia rica. No contexto da saúde, Brasília foi logo no início uma cidade além de seu tempo e

sem paralelos possíveis. O Plano Bandeira de Mello, de 1960, previa a criação de uma Fundação Hospitalar subordinada à Secretaria de Saúde e integrada por estruturas hospitalares de diferentes níveis de complexidade, além de uma rede de serviços básicos em todo o território, comodamente próximos dos locais de residência de cada família. E isso de fato foi feito. No resto do País, havia uma multiplicidade de órgãos assistenciais, sendo que os estatais atendiam exclusivamente o trabalhador formal, o que excluía uma imensa gama de pessoas, as quais dependiam das santas casas de saúde, mantidas, em geral, por instituições religiosas e beneficentes. Salvo isso, a saúde era moeda eleitoral: uma dentadura por voto. Aquele sistema de saúde implementado no Distrito Federal na década de 1960 era como parte da profecia de Dom Bosco sobre “a cidade de onde manará leite e mel para toda a

Terra”. Uma cidade de fartura e saúde. E assim permaneceu o sistema de saúde do DF por duas décadas, antes da criação do Sistema Único de Saúde proposto pela Assembleia Nacional Constituinte de 1988, quando se universalizou pelo Brasil um modelo de assistência muito próximo ao que já existia no DF. No momento em que Brasília completa 62 anos, é oportuno lembrar que a nossa cidade foi, por um bom tempo, a vanguarda da assistência pública à saúde da população – tudo funcionava! E não é outro o maior presente que poderia receber a população do DF: a devolução de um sistema público de saúde que atenda às famílias brasilienses na medida de suas necessidades. Meu desejo é que esse presente, o mais cedo possível, chegue: saúde para todos, com qualidade, com investimento adequado, com universalidade, perto de casa e suficiente para as necessidades de toda a nossa gente.

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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VIA

Satélites

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Gama – Instituto Ramos Rocha oferece 30 vagas gratuitas para quem deseja se preparar para concursos. As aulas são às segundas e quintas-feiras, às 19h30, no Centro de Ensino Médio Integrado (CEMI) do Gama. Informações: Vinicius: (61)9995-0205, Luciano: (61)9173-0280, Leonardo: (61)98123-2985.

TAGUATINGA

Ibaneis corta fita para religar Comercial Norte e Sul Com direito a discursos e novas promessas de melhorias para a população e para os comerciantes, o governador Ibaneis Rocha (MDB) cortou até fita de inauguração, na quinta-feira (21), para liberar o trânsito entre a avenida Comercial Norte e Sul de Taguatinga, uma via que existe desde a fundação da cidade, em 5 de junho de 1958. Os primeiros veículos a atravessar a ponte foram viaturas do Detran, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Todas com as sirenes acionadas. A preparação em tudo lembrava um evento político, inclusive um mini palco para discursos. Ao lado do governador estavam aliados que pretendem disputar as eleições deste ano. Entre eles, os deputados distritais Agaciel Maia (PL), Jorge Viana (PSD) e o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), pré-candidato a federal. Ainda na condição de pré-candidatos, desfilaram ao lado de Ibaneis o ex-administrador regional de Taguatinga, Bispo Renato Andrade (PL) e o ex-distrital Júnior Brunelli (PTB), condenado a quatro anos e seis meses de

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RENATO ALVES/ AGÊNCIA BRASÍLIA

Governador transforma ligação existente há 63 anos em evento político

prisão no inquérito da Caixa de Pandora, no governo de José Roberto Arruda. Morador da cidade, o ex-vice-governador Benedito Domingos compareceu acompanhado de netos. EXPECTATIVAS – O presidente da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit), Justo Magalhães, comemorou. “Esta primeira etapa da obra do túnel já representa um ganho para o co-

mércio local, especialmente as lojas do centro da cidade. A expectativa agora é pela liberação de toda a área. De acordo com o secretário de Obras, Luciano Carvalho, a reativação do tráfego na Comercial traz consigo os primeiros reflexos das benfeitorias com a construção do túnel, “maior obra viária urbana em execução no País que vai transformar a mobilidade da região”. O cruzamento da Avenida Comer-

cial com a Avenida Central foi interditado em 23 de julho de 2020. Desde então, quem vinha da Comercial Norte para a Sul tinha que dar uma grande volta. “Com isso, muita gente acabava comprando em outro lugar“, conta Raquel Goulart, 56 anos, proprietária de uma banca de revistas aberta na avenida desde 1986. “Agora tenho certeza de que tudo volta a melhorar”, emenda. PROMESSAS – Ibaneis aproveitou para garantir que esse é o início de uma série de entregas que vão fazer bem não só a quem reside, mas a quem investe na cidade, gerando emprego e renda. “Este é um governo que anda de mãos dadas com o povo e com o empresariado”, discursou. A obra favorece que mais carros cheguem aos estacionamentos em frente às lojas e também aumenta a segurança. “Com o movimento de volta tudo muda: poderemos funcionar até mais tarde e, consequentemente, vender mais”, diz Marcos Costa, 25 anos, gerente de uma loja de utilidades domésticas.

PLANO PILOTO

Documentário conta história do Sindicato dos Bancários O Sindicato dos Bancários de Brasília fez, no sábado (23), o pré-lançamento do documentário Palco de Luta. O evento, realizado às 19h, no Cine Brasília, como parte das comemorações dos 60 anos de

fundação do sindicato. Com apresentação da atriz Lucélia Santos. Palco de Luta teve direção do premiado cineasta brasiliense Iberê Carvalho. O filme volta ao passado e remonta momentos importantes da

história da entidade a partir de depoimentos de seus integrantes. O documentário é uma realização do Sindicato com apoio da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/ CN), e produção da Pavirada Filmes.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital


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Acompanhe também na Internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

Por Chico Sant’Anna

Nova Saída Norte: rumo ao retrocesso Já no apagar das luzes, o governo Ibaneis resolve tirar do fundo da gaveta projeto de nova Saída Norte, uma autoestrada que da Avenida das Nações Norte, atravessará o Lago Norte, chegando à BR-20, em Sobradinho. O custo deve ficar na casa dos R$ 4 bilhões ou mais. O projeto foi gestado nas administrações de José Roberto Arruda (PL) e Agnelo Queiroz (PT), tem mais de uma década, e conta até com duas pontes projetadas por Oscar Niemeyer, falecido em 2012. Chega num momento em que as soluções viárias apontam novos rumos. Essa proposta de mobilidade urbana está desconectada da realidade de Brasília e do Brasil. O incentivo ao uso de veículos individuais não é mais a palavra de ordem. O complexo é proposto num momento em que o mundo inteiro busca mudar a matriz energética, deixar o petróleo de lado, apostar em novas fontes de energia e modais de transporte. Investir no transporte coletivo e movido a eletricidade é uma necessidade. Além da crise do petróleo, há a questão do aquecimento global, das mudanças climáticas. RODOVIARISMO – Em 2021, segundo pesquisa TomTom Traffic Index, que mede engarrafamentos em 48 países,

o tempo extra perdido dentro dos carros no DF, graças aos engarrafamentos, equivalia a cinco dias/ano. Um dia a mais do que em 2017. Engarrafamentos já se formam mais cedo, às 16h, e se prolongam para aléms das 20h. Mesmo em vias recentemente ampliadas, como a Epia Sul que, a partir de 2014, passou a contar com três faixas de cada lado, além da via exclusiva do BRT. Oito anos depois, ela se mostra insuficiente para desafogar os milhares de carros que transitam rumo, ou provenientes, do Entono Sul, Gama, Santa Maria e Park Way. E o BRT-Sul não foi capaz de retirar os carros das vias. No DF, obras viárias costumam ser grandiosas, megalomaníacas. Um exemplo é a Saída Norte atual, que incluiu a remodelação da ponte do Bragheto, 27 Km de revitalização e construção de vias, duas novas pontes, 13 viadutos, 6 Km de ciclovias e faixa exclusiva, para fazer chegar até Planaltina o BRT-Norte. Ao custo de R$ 1 bilhão, em 2018, a meta era desafogar um fluxo de mais de cem mil carros/dia. Pelo visto, também não resolverá o problema, haja visto que o GDF lança essa nova saída. A leitura vale também para a Interbairros, que ligaria Samambaia ao Setor Policial Sul, cortando ao meio o Parque do Guará.

Frotas de trens e ônibus defasadas Ampliações e alargamento de pistas, construção de pontes e viadutos não vão resolver o problema. O GDF acaba de entregar a nova Estrada Parque Aeroporto, que virou uma autopista, com seis faixas de cada lado. Mas que, ao chegar na EPDB, rumo ao Park Way, já enfrenta engarrafamento. Mais carros virão. Sempre. Brasília

possui uma frota beirando dois milhões de veículos, dos quais 71% são individuais – automóveis e motos. Em contrapartida, as frotas de ônibus e de trens do metrô, além de defasadas tecnologicamente, estão muito aquém das necessidades de uma cidade de mais de três milhões de habitantes, sem contar os habitantes do Entorno, que beiram a casa de dois milhões.

DIVULGAÇÃO

GDF projeta Nova Saída Norte que cortará ao meio a Serrinha do Paranoá

Projetos de expansão de Brasília Todos esses projetos têm em comum jogar uma sobrecarga nas vias circulares do Plano Piloto, em especial a Avenida das Nações (L.4) Norte e Sul, a EPIG – que já se vê obrigada a ganhar novos viadutos – na S.4 (em frente ao cemitério) e a própria Epia. O trânsito ficará ainda mais entalado, fazendo a cidade parar.

Ressalte-se que, embutidos nessas novas saídas, estão projetos de expansão urbana de Brasília, como o loteamento da Serrinha do Paranoá e a criação de um corredor imobiliário entre Águas Claras e o Plano Piloto, que seriam a paga para quem tocasse as obras. Todas essas novas moradias gerariam ainda mais trânsito.

Atmosfera degradada Um projeto para o futuro, que tenha longevidade maior do que oito anos (como é o caso da Epia-Sul) deve considerar uma fórmula de transporte coletivo e ambientalmente correto. Tanto os trajetos da Interbairros, quanto o da nova Saída Norte, podem ser cobertos com transporte sobre trilhos – metrô ou VLT. Inclusive, os danos ambientais na Serrinha do Paranoá – onde já foram cadastradas mais de cem nas-

centes -, seriam bem menores. O Ministério do Meio-Ambiente revelou este ano que o trânsito de Brasília responde por 53,4% da emissão de gases de efeito estufa. Pelo levantamento, apenas em 2016, foram lançadas no DF 7,23 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2), de metano (CH4), foram 1,5 mil toneladas e 354 toneladas de óxido nitroso (N2O). Embora sem fábricas, a atmosfera de Brasília degrada a cada ano. E não se vê ações do GDF para inverter isso.


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NUTRIÇÃO

Caroline Romeiro Fome ou vontade de comer? A fome é um sinal fisiológico. Já a vontade de comer pode aparecer de repente, e geralmente você escolhe o que quer comer Semana passada, convidei você, leitor, a ouvir mais os sinais do seu corpo. Hoje, va-

mos falar de algo que muitas vezes confunde a gente. Sabe quando a gente se pergunta:

ESPÍRITA

José Matos Liberte-se de crenças limitantes Não acredite que exista um Deus que escolhe e capacita seus eleitos! Se Deus é imparcial, não pode escolher Muita gente com bastante potencial para de crescer por dar ouvidos a crenças limitantes e achar que já desenvolveu-se o suficiente ou que não merece ir mais longe. Por que não ir mais longe? Por que você acha que não pode? Por que acha que não merece? De onde tirou essa ideia? Vá à luta! É preciso cumprir seu dharma (propósito), que você mesmo

TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA

aceitou ou programou-se, desenvolvendo seu potencial. Não acredite que exista um Deus que escolhe e capacita seus eleitos! Deus não é imparcial? Se é imparcial não pode escolher. É você mesmo quem se escolhe ao se capacitar. Capacite-se e será convocado pela vida. Não existe nenhum Deus escolhendo ninguém. Você capacita-se e é

será que estou com fome ou é só vontade de comer algo que parece saboroso? Você sabe diferenciar os sinais da fome no seu corpo? Espero que eu consiga te ajudar! A fome é um sinal fisiológico. Ou seja, é uma mensagem do seu corpo dizendo que ele teve uma queda de energia. E quem fornece energia ao corpo são os alimentos. Por isso, comemos várias vezes ao dia. Vários hormônios estão envolvidos nesse processo da fome. E, como eu disse, é um processo. A fome não aparece de repente. Ela vem gradualmente. Já a vontade de comer é diferente. Ela pode aparecer de repente. E, geralmente, nesse

caso você escolhe o que quer comer. Fica seletivo. Geralmente, a vontade de comer está associada a alimentos mais palatáveis, ricos em açúcar e gordura, os quais o corpo tem memória associada ao prazer que aquele alimento pode proporcionar. Também ocorre sinalização química nesse caso. Mas tem muita relação com as emoções, alegria ou tristeza. Então, você sabe quando está com fome ou com vontade de comer?

aproveitado! Floresça onde estiver ou para onde for! Há pessoas que nascem num lugar, mas terão que florescer muito longe dali. Às vezes, é preciso coragem, audácia para encontrar o lugar e as pessoas do seu propósito. Somos como plantas, e para cada um existe o solo adequado e pessoas adequadas para abrir portas para nós. Pense nas pessoas que você conheceu e que abriram portas para você. Faça o mesmo com os outros. Se você acha que tem vencido sozinho, além de ingrato você é cego, porque sozinho ninguém vence. Nem nasce, quanto mais vencer! André Luís, médico carioca conhecido por mandar notícias sobre a vida após a morte por meio de Chico Xavier, conta em um dos seus livros o encontro com o velho avô no umbral, onde é informado que ele deixou uma grande herança em dinheiro para que ele se

tornasse o médico dos pobres. O próprio Chico Xavier fala do apoio que recebeu de Cidália, a boa madrasta, que o apoiou durante a infância e adolescência. Racistas, fascistas, nazistas e egoístas de todo tipo, que são contra políticas públicas inclusivas, costumam citar exemplos de filhos de lavadeiras e pedreiros que venceram na vida sem ajuda do Estado, mas não sabem ou ignoram a qualidade desses pais e a ajuda que esses vencedores tiveram. Se os vencedores se empenharam em feriados e fins de semana, é porque, além dos exemplos dos pais, tiveram pessoas para incentivá-los. É claro que, com a ajuda do Estado, com escolas profissionalizantes, integrais e de qualidade, o que é uma exceção, torna-se comum. E é assim que deve ser.

(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1a Região Instagram: @carolromeiro_nutricionista

Professor e palestrante

CANAL 12 NA NET WWW.TVCOMUNITARIADF.COM @TVComDF

TV Comunitária de Brasília DF


Brasília Capital n Gastronomia n 12 n Brasília, 23 a 29 de abril de 2022 - bsbcapital.com.br

Gastronomia Bastidores dos restaurantes

Dedé Roriz AU FONDUE

CLASSIFICAÇÃO $ - BARATO $$ - MÉDIO $$$ - ALTO $$$$ - CARÍSSIMO

Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília Instagram: @dederoriz Fotos: divulgação

HONORIS BAR

Time treinado para atender bem

Da esquerda para a direita: Batista Ferreira, Carlos Alberto, Francisco Cláudio, José Estevam, Márcio Sena, Expedito Castro, Alex Juvenal (que comanda a casa atualmente com seu Cláudio), Francisco Loiola, Francisco José, Brandão

A grande família O restaurante Au Fondue, no Lago Sul, é o queridinho dos amantes do fondue em Brasilia. O lugar é aberto e aconchegante, e torna-se ainda mais romântico no jantar à luz de velas. E tudo ganha um ar de perfeição pela qualidade do atendimento e dos serviços prestados por todos os funcionários. A gentileza começa pelo proprietário. Seu Cláudio trabalhou na casa por 25 anos antes de adquiri-la do antigo dono. À época, Expedito e Brandão já faziam parte da equipe. E continuam até hoje. Expedito conhece a maioria dos clientes, e, em muitos casos, os chama pelo nome e sabe o vinho preferido. A equipe, na verdade, se tornou uma grande família. Então, quando você for apreciar aquele fondue de queijo, a saborosa batata rosty, fritar sua carne ou frango e concluir com um fondue de chocolate, já sabe quem está por trás de todas essas delícias.

MAIS INFORMAÇÕES: Au Fondue QI 7 Lago Sul Reservas: 61-3248-3061 Instagram: @aufondue

Para fazer sucesso, todo bar precisa ter, além de ótimos petiscos e drinks diferenciados, uma equipe de primeira. A maioria dos frequentadores de bares quer, por exemMAIS INFORMAÇÕES plo, que o garçom já Honoris bar traga a bebida antes de ele terminar a SIG quadra 3, em frente que está bebendo. à imprensa nacional. Por isso, a equipe do Honoris Bar, Instagram: @honorisbar antes da inauguração passou por um rigoroso treinamento para ser rápida e eficiente. E esta é uma das razões do sucesso da casa, com seus shows quase que diários e o melhor, num local central de Brasília – o SIG do Sudoeste – onde uma das vantagens é não ter vizinhança que possa se sentir incomodada. Em geral, nos dias de shows o Honoris trabalha com sua capacidade máxima. Mesmo assim, mantém o bom atendimento aos clientes. O ambiente tem um telão de Led, para quem gosta de assistir aos jogos de futebol, e TVs espalhadas pelo bar, que aos domingos serve a tradicional feijoada com pagode.

A equipe Honoris é formada por: Gilson (gerente), André, Carlos, Januário, Jeferson, Jaimesson, Hudson, Lucas, Eduardo e Roger (Relações Públicas), além dos cozinheiros e demais colaboradores.


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