Jornal Brasília Capital 564

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Enganada legal

Ataques ao STF

Bolsonaro tumultua o ambiente político e jurídico João Batista Pontes – Página 4

www.bsbcapital.com.br

Júlia Lucy – Página 3

Mobilização

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

GDF frustra mais uma expectativa do setor produtivo

Ano XII - número 564

Brasília, 30 de abril a 6 de maio de 2022

Professores cobram recomposição salarial já Página 7

Nova Saída Norte

UnB não aceita pista atravessando o Campus Chico Sant’Anna – Página 8

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Em entrevista ao programa Brasília Capital Notícias (acima, no detalhe), parceria do Brasília Capital com o blog do Chico Sant’Anna e a TV Comunitária, a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania/foto), pré-candidata ao Senado, diz apoiar o senador José Antônio Reguffe (União Brasil) ao Buriti. Porém, caso ele não aceite o desafio, ela garante: Página 5

“Estou à disposição da população do DF” Briga em família pelo legado político de Joaquim Roriz

Pelaí – páginas 2 e 3


Brasília Capital n Política/ Pelaí n 2 n Brasília, 30 de abril a 6 de maio de 2022 - bsbcapital.com.br

Ex pedien te

OBRAS – Deputados distritais de oposição estão cada vez mais indignados com o governador Ibaneis Rocha. O motivo é que o chefe do executivo tem inaugurado obras realizadas com emendas parlamentares como se fossem feitos do Executivo. “Ele corta a fita nem nos convida para a inauguração”, diz um deputado que não quis se identificar. “Se ele souber quem disse isso não executa mais os recursos”, brinca.

Diretor de Redação

Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial

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Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte final

Giza Dairell Diretor de Arte

Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com

Tiragem 10.000 exemplares. Distribuição: Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/ Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG).

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Dedé Roriz

Joaquim Roriz Neto

Paulo Roriz

Tadeu Filippelli

Disputa pelo legado de Roriz O clã Roriz está dividido. Pelo menos quatro parentes do ex-governador, falecido em setembro de 2018, concorrem a uma das 24 cadeiras na Câmara Legislativa: os sobrinhos Paulo (PTB) e Dedé (Agir), o neto Joaquim (PL) e o ex-marido da sobrinha Célia, ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB). A concorrência levou a viúva, Weslian, a gravar um vídeo reiterando que “quem tem sangue Roriz é o neto Joaquim”. LOGOMARCA – À primeira vista, a impressão foi de que a reação de Dona Weslian era dirigida a Filippelli, que durante as comemorações do aniversário de Brasília publicou mensagens nas redes

sociais tentando se colocar como herdeiro político do ex-governador. Mas, na verdade, a vó se referia a Paulo, que passou a adotar uma logomarca de pré-campanha (foto) muito parecida com a de Joaquim. Filippelli chegou a ser avisado disso. CURRÍCULO – Acontece que a fala de Dona Weslian continha uma meia verdade. Afinal, Dedé, filho da irmã Íris, e Paulo, filho do irmão Zequinha, ex-prefeito de Luziânia (GO), têm sangue Roriz. Paulo ainda retruca: “a população não está preocupada com isto. O povo quer saber é quem tem serviços prestados a Brasília”. E enumera os cargos

que já ocupou: três vezes secretário do Entorno, uma vez secretário de Habitação e presidente da Codhab e deputado distrital por quatro anos. HONRA – Dedé, que atua como empresário de comunicação é colunista de Gastronomia do Brasília Capital dá de ombros para a fala da ex-primeira-dama: “Sou sobrinho de Roriz, filho de uma irmã dele. Tenho o sobrenome dele (André Roriz Solano) e, como deputado distrital, saberei honrar o legado do meu tio”. Joaquim Neto diz apenas que não está preocupado com a questão e que sua campanha “vai de vento em popa”, com grande aceitação em todo o DF.

Os textos assinados são de responsabilidade dos autores

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Paulo Roriz trocou a logomarca que ficou muito semelhante à do neto de Joaquim Roriz e casou indignação a Dona Weslian


Brasília Capital n Política/ Pelaí n 3 n Brasília, 30 de abril a 6 de maio de 2022 - bsbcapital.com.br

Pré-candidato acusado de uso da máquina pública

Enganada legal: mais uma expectativa frustrada no setor produtivo Júlia Lucy (*) DIVULGAÇÃO

A ONG Adote um Distrital denunciou à Procuradoria Geral Eleitoral o possível uso da máquina pública pelo pré-candidato a deputado distrital Anderson Medina (PP/foto) durante as comemorações do aniversário da Cidade Estrutural. Entre as provas apresentadas estão várias fotos dele no palanque montado pela Secretaria de Cultura, que investiu R$ 3,6 milhões no evento. SAUDAÇÕES – Medina discursou, atendendo a convite do gerente de Cultura da Administração Regional, Marcelo Paulista Thug, que aparece fazendo poses com apoiadores uniformizados do pré-candidato. Mas o político nega ter feito campanha e diz que só esteve no local porque dirige uma entidade de ação social e subiu ao palco “apenas para saudar os moradores”. DESRESPEITO – Para a coordenadora do Adote um Distrital, Jovita Rosa, ele se valeu do espaço para fins de comício. “É impressionante como o uso da máquina administrativa é escancarado e as pessoas perderam o senso de honestidade. Infelizmente, na política de modo geral – e no DF não é diferente – a corrida pelo poder atropela a ética, num desrespeito total com quem paga os impostos”, avalia. NOTIFICAÇÃO – A secretaria de Cultura afirma não ter tido conhecimento da ação e que notificará o Instituto Cultural e Social do DF, responsável pela execução do projeto Cultura nas Cidades, a ser desenvolvido em 30 regiões administrativas para a capacitação de agentes culturais, oferecimento de serviços itinerantes da pasta e shows com artistas locais.

Mais uma vez, os trabalhadores do Distrito Federal estão sendo ludibriados com as falsas promessas do governo Ibaneis Rocha (MDB). A regulamentação da Lei n° 6.886/2021, demanda essencialmente urgente em razão da sua finalidade, não saiu do papel até hoje. Essa Lei autorizou a remissão, anistia e isenção dos créditos tributários do IPTU e IPVA especificamente para os contribuintes do setor de eventos, os mais vulneráveis e abalados pela pandemia da covid-19, como forma de enfrentamento da crise econômica.

Enganados e desrespeitados A remissão e anistia dos créditos tributários do IPTU e IPVA, sob os imóveis regularmente ocupados e os veículos de propriedade utilizados no exercício da atividade econômica, seriam relativamente aos fatos geradores das obrigações tributárias que tenham ocorrido a partir de 1º de janeiro de 2020 até 31 de dezembro de 2021. A isenção desses mesmos impostos seria sob as obrigações ocorridas a partir de 1º de janeiro de 2022 até 31 de dezembro de 2024. Nada disso aconteceu até hoje por falta de regulamentação! Infelizmente, o GDF continua atrapalhando quem produz, quem gera renda e oportunidades de trabalho. Até quando seremos enganados e desrespeitados pelo Executivo?

Falta de apoio Nunca esse setor precisou tanto de apoio e providências como agora. Afinal, sempre que ocorria um aumento

no número de contaminações no DF, o segmento de eventos era o primeiro a receber a determinação de não funcionar, por não ser considerado uma atividade essencial. Acompanhei de perto, por dois anos consecutivos, o quanto foram perseguidos e diversas vezes multados. Fui a única parlamentar contra o segundo lockdown no DF, por já prever os graves impactos que essa medida completamente descabida e sem um estudo minimamente qualificado geraria. É inacreditável que as necessidades reais de um setor, responsável por 4,32% do PIB nacional, sejam simplesmente ignoradas. As medidas restritivas impactaram 97% das empresas do setor, que deixaram de faturar ao menos R$ 230 bilhões em 2020 e 2021, segundo a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape). Mais de 350 mil eventos foram cancelados em 2020 e outros 530 mil deixaram de ser realizados só neste ano. Os impactos do lockdown foram sentidos por mais de seis milhões de pessoas que dependiam de festas, eventos corporativos, casamentos e shows para sobreviver. Produtores, músicos, garçons, seguranças, cabeleireiros e manicures, dentre tantos outros profissionais, além de fornecedores, que movimentam esse mercado e garantem a realização de eventos, viram a renda praticamente desaparecer ou perderam os seus empregos.

Expectativa frustrada Não é justo com esses trabalhadores, que criaram enorme expectativa com essa ajuda legal para salvação de suas atividades, quando da aprovação da Lei. Debatemos e aprovamos o projeto na Câmara Legislativa em 2021. A lei foi sancionada em julho do ano passado. Já se passaram mais de nove meses! É um desleixo absurdo! O Executivo teve tempo mais que suficiente para regulamen-

tar esse assunto e não o fez. Pelo contrário: aumentou o número de parcelas possíveis para pagamento desses impostos, para que o setor não fique inadimplente. A partir de 2022, o pagamento pode ser feito em até seis parcelas. Antes, o IPVA só podia ser dividido em até três vezes, e o IPTU, em quatro.

Efeito dominó Como pagar uma dívida parcelada se os empresários não conseguem sequer manter os negócios em atividade? Como vamos gerar emprego e renda para as famílias que precisam se o governo não torna exequível a recuperação econômica daqueles que empregam e investem no DF? Parece que ninguém percebe o quanto a falta dessa regulamentação tem um efeito dominó. Como representantes do povo, seja no Legislativo seja no Executivo, é o nosso papel pensar em medidas capazes de apoiar uma retomada segura desse setor. Por isso, como presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo (CDESCTMAT) da CLDF, oficiei a Casa Civil para que tome medidas urgentes para a regulamentação da lei.

Desrespeito à Câmara e à população Em 2021, demos esperanças para que os setores de beleza, de cultura e de eventos do DF tivessem um respiro e pudessem se restabelecer. Está na hora de cumprir essa promessa. Apenas a lei em vigor não oferece a aplicabilidade necessária, pela simples falta de regulamentação. A sua ausência, além de ser um desrespeito à decisão da CLDF pela aprovação do tema enquanto proposta, é um desrespeito à população e aos setores envolvidos. (*) Deputada Distrital (União Brasil)


Brasília Capital n Opinião 4 n Brasília, 30 de abril a 6 de maio de 2022 - bsbcapital.com.br

Entorno Metropolitano: 62 anos! (Parte 1) Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL

Brasília comemorou seu 62º aniversário e é inquestionável que ela é uma história de sucesso, tendo sido a principal promotora do processo de interiorização da ocupação do território brasileiro, notadamente da fronteira oeste. Mas também coleciona enormes contradições, tendo logrado nessas seis décadas constituir-se numa das metrópoles brasileiras mais desiguais, tanto na dimensão social quanto espacial (o rendimento médio na Região Administrativa mais rica, o Lago Sul, é quase 20 vezes maior que na mais pobre, a Estrutural). Na raiz desses problemas estão sua estrutura econômica pouco diversificada, excessivamente dependente do setor público; o ainda significativo fluxo migratório, que pressiona a demanda por infraestrutura urbana, serviços públicos e em-

prego e a elevada concentração dos postos de trabalho no Plano Piloto (40%), tendo ele apenas 7% da população do DF. Ademais, a incipiente atividade industrial e a prevalência, no setor privado, de serviços de baixa qualificação, resultam numa baixa receita orçamentária própria, mascarada por robustas transferências da União, notadamente o Fundo Constitucional. Mas outro aspecto ainda mais grave. A partir da fundação de Brasília, ocorreu na sua periferia uma grande explosão populacional, formando o que se chama de “Entorno de DF”. O Censo Demográfico de 2022 deverá confirmar Brasília como a 4ª metrópole mais populosa do País, superando, as RMs de Porto Alegre e de Recife e ficando atrás apenas das RMs de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A previsão é que sejam apurados entre 4,45 milhões de habitantes na Área Metropolitana (3,15 milhões no DF e 1,3 milhão na periferia metropolitana). É importante distinguir o “Entorno Metropolitano” da Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (RIDE). Criada pela LC nº 94/1998 (composta pelo DF, 19 municípios goianos e 2 mineiros) e amplia-

da pela LC nº 163/2018, compreendendo hoje 34 municípios (Brasília, 29 municípios goianos e 4 mineiros), a RIDE foi desenhada sob critérios políticos e resultou que a maior parte de seus municípios não possui ligações funcionais com Brasília. Já a Área Metropolitana (“Entorno Metropolitano”) foi definida a partir dos vínculos funcionais desses municípios com Brasília. Segundo a Nota Técnica nº 01/2014 da Codeplan, ela é formada pelo DF e por 12 municípios goianos a ele adjacentes ou próximos, que com ele possuem fortes fluxos socioeconômicos e formam um único mercado de trabalho e de consumo: Águas Lindas, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso, Novo Gama, Cidade Ocidental, Luziânia, Planaltina, Formosa, Padre Bernardo, Alexânia, Cocalzinho e Cristalina. Não fosse a criação de Brasília, os municípios que hoje formam o Entorno Metropolitano provavelmente continuariam sendo eminentemente rurais e escassamente habitados. Em 1960, a população dos 5 municípios adjacentes existentes à época (Luziânia, Formosa e Planaltina, que deram origem ao DF,

mais Alexânia e Cristalina) era de parcos 73,7 mil habitantes (sendo apenas 20,9 mil na área urbana). No ritmo que vinham crescendo (e em que cresceram outros municípios do nordeste goiano), teriam hoje cerca de 150 mil habitantes, e não 1,3 milhão. Ou seja, o Entorno nasceu com Brasília, e, dessa forma, também comemora seu 62º aniversário. (Nos três próximos artigos continuaremos discorrendo sobre nossa periferia metropolitana). 1º DE MAIO – No Dia Internacional do Trabalho, que os candidatos compromissados com a classe trabalhadora não se dobrem às pressões da classe patronal. A malfadada Reforma Trabalhista foi concebida na CNI, na CNC e na FIESP para precarizar os empregos, cercear a atividade sindical e aumentar ainda mais a exploração patronal e deve ser revogada, para que se preserve os direitos trabalhistas e tenhamos uma sociedade menos desigual. (*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

Bolsonaro tumultua o ambiente político e jurídico J. B. Pontes (*) DIVULGAÇÃO

O Supremo Tribunal Federal é a última instituição que ainda não se submeteu inteiramente ao controle e interesses do desgoverno Bolsonaro. Apesar da indicação por ele de dois energúmenos para ministros que, para vergonha do País, para lá foram mandados para defender Bolsonaro, sua família e seus cúmplices, a Corte ainda resiste às investidas dele. Por isso, assistimos os constantes ataques ao STF pelo presidente e por seus aliados, extensivos também ao Tribunal Superior Eleitoral, atitudes essas que constituem uma permanente ameaça autoritária que paira sobre o Brasil e que causam inquietude à sociedade. Bolsonaro, de fato, quer, a todo custo, impor sua vontade ao Judiciário, agindo como um rei absolutista.

No seu delírio ditatorial, tem procurado por todos os meios envolver as Forças Armadas nos seus rotineiros conflitos políticos e jurídicos. E, à medida que consegue colocar oficiais generais com ele alinhados em postos-chave, passa a adotar cada vez mais um discurso prepotente e autoritário, bem ao estilo dos militares radicais do período da ditadura. Não é demais, portanto, afirmar que existem hoje escancaradas ameaças à democracia e a independência do Judiciário, promovidas pelo chefe do Executivo. O Congresso Nacional, sob o comando do Centrão, finge que nada está acontecendo, cooptado que foi por Bolsonaro por meio da concessão do controle sobre o orçamento público: farta liberação dos recursos das emendas do orçamento secreto, indicação de apadrinhados para controlar o destino dos recursos orçamentários dos principais órgãos do governo, a exemplo do FNDE, do Ministério do Desenvolvimento Regional e outros. Os parlamentares estão numa farra sem precedentes pela apropriação indébita de recursos públicos, sem

tempo para se preocuparem com os interesses do Brasil. Só trabalham pelas suas reeleições. Para ampliar a tensão nas relações com o Supremo, Bolsonaro decidiu conceder indulto (perdão) ao marombado ex-deputado Daniel Silveira, ex-PM com uma extensa ficha de punições por indisciplina (de 2013 a 2017, quando na ativa, sofreu 26 dias de prisão, 54 dias de detenção, 14 repreensões e 2 advertências), imediatamente após a condenação dele a quase 9 anos de prisão, representou uma afronta incontestável ao Tribunal. Como forma de pressionar o Supremo, a quem cabe julgar a legalidade do Decreto de Indulto, afirma que o perdão é constitucional e será cumprido. Ora! Nos termos da Constituição, quem tem competência para dizer se determinado ato é ou não constitucional e determinar o seu cumprimento é o STF. Para complicar mais ainda o ambiente político, os militares, segundo algumas fontes, sob orientação direta de Bolsonaro, reagiram de forma desproporcional a uma afirmação do ministro Luís Roberto

Barroso de que as FFAA estariam sendo orientadas para atacar o processo eleitoral e tentar desacreditá-lo. O ministro só falou o que todos estamos assistindo: Bolsonaro está empenhado, desde longo tempo, a desmoralizar o processo eleitoral e busca, para esse intento, o apoio das Forças Armadas. Percebendo que sua reeleição é improvável, sonha com o golpe, desde que ele permaneça no poder como ditador plenipotenciário. E é incrível, com o seu histórico de mau militar, que esteja conseguindo algum apoio nessa área. Para deixar a sociedade brasileira mais tranqüila, bastaria que as FFAA declarassem que têm plena consciência de seu papel numa democracia e que jamais se prestariam a exercer um papel tão ultrajante: o de atrapalhar o processo eleitoral exatamente em um ano de eleições. Mas, ao que parece, todos só estão compromissados em defender seus próprios interesses... (*) Geólogo, advogado e escritor


Brasília Capital n Cidades n 5 n Brasília, 30 de abril a 6 de maio de 2022 - bsbcapital.com.br

Diante da indefinição de Reguffe, que ainda não anunciou se, de fato, concorrerá ao Buriti, a parlamentar não descarta concorrer ao GDF. “Sou uma mulher corajosa. Vamos enfrentar o que tiver que enfrentar, com muita seriedade, responsabilidade e dignidade”, garantiu, em entrevista ao programa Brasília Capital Notícias, uma parceria do Brasília Capital com a TV Comunitária e o blog do Chico Sant’Anna, conduzido pelos jornalistas Orlando Pontes e Chico Sant’Anna. Belmonte preferiu não criticar aquilo que muitos veem como indecisão de Reguffe. “Cada um tem sua estratégia. Neste momento, o mais importante é consolidar e fortalecer o grupo que vem se formando com o senador e mais cinco partidos. Ninguém é candidato de si mesmo. É importante dizer que o senador Reguffe, juntamente comigo e com outras pessoas e presidentes de partidos, estamos unidos em relação a essa frente ampla por Brasília”. Mas reiterou: “Estou à disposição da população do DF”.

Prioridade às crianças Parlamentar em primeiro mandato, Paula Belmonte se apresenta como defensora de uma parcela da população que não tem Título de Eleitor: os jovens e as crianças. Mas prefere não entrar na polarização política que divide o Brasil atualmente. “Acredito num País mais pacificado. Precisamos unir forças”. Mãe de seis filhos (um deles faleceu aos dois anos de idade e foi a razão para que ela ingressasse na vida pública), Belmonte diz não ter padrinho político. “Entrei na

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Entrevista / Paula Belmonte tudes. Defendo maior fiscalização, com mais transparência, mais responsabilidade e dignidade humana”.

Transparência na Saúde e no IGES-DF

“Estou à disposição da população do DF” Diva Araújo e Orlando Pontes

P

residente regional do Cidadania, a deputada federal Paula Belmonte defende uma frente ampla de oposição formada pela federação de seu partido com o PSDB, que se uniria ao União Brasil, ao PSC, ao Novo e ao Solidariedade contra o governador Ibaneis Rocha (MDB) em torno do nome do senador José Antônio Reguffe (UniãoBR). Ela própria seria candidata ao Senado.

política para que a gente pudesse realmente representar a população, para que pudéssemos trabalhar o social”, destacou a deputada, que se diz defensora de uma educação de qualidade. Mas ela entende esta questão num tripé formado, ainda, pela segurança e pela saúde públicas: “Uma depende da outra para o funcionamento eficaz”. Segundo Belmonte, com saúde,“o resto

se corre atrás”. E exemplifica: “Não há nenhuma criança que vá para a escola bem sem uma nutrição adequada, sem tratamento odontológico ou oftalmológico adequado”. “Educação é fundamental para que a pessoa possa se desenvolver. A partir do momento que o Brasil começar a perceber que se a gente fizer o nosso alicerce nas nossas crianças e adolescentes, em dez anos a gente muda. Se

nós adotarmos uma geração, mudaremos a perspectiva do nosso Brasil”, completou.

Independência “Não sou oposição a ninguém; não sou oposição ao fulano. Eu sou oposição à coisa malfeita, à coisa desonesta, a atitudes e a quem está fazendo coisas malfeitas. Não defendo nomes; defendo ati-

A deputada atacou a forma como vem sendo feita a gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). “A gestão da Saúde não pode ser política, e sim profissional, por pessoas com qualificação específica”. “Eu defendo colocar uma pessoa que traga mais transparência e agilidade. Precisamos que a saúde funcione. Não sou contra o modelo; sou contra o que está acontecendo. Porque o modelo, quando está sendo feito com transparência, não tem problema. Defendo uma transformação no Distrito Federal. Chega de ver nossas Secretarias de Estado nas páginas policiais. Chega de secretários presos”.

Obras A deputada ainda criticou a propaganda que o GDF fez ao entregar parte da obra do túnel de Taguatinga no dia do aniversário de Brasília. “O governador está entregando obras iniciadas no governo Rollemberg. E é importante as pessoas terem consciência de que não se trata apenas de cobrar que o governo faça obras, mas que tipo de obra ele faz. “Vamos supor: o governo entrega uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na Saúde. Mas, cadê o servidor? Cadê os equipamentos? É nessa situação que eu sou oposição. Sou oposição ao malfeito, à coisa errada e à coisa sem transparência”.


Brasília Capital n Cidades 6 n Brasília, 30 de abril a 6 de maio de 2022 - bsbcapital.com.br I N FOR M E

Professores cobram recomposição salarial já Professores (as) e orientadores (as) educacionais se reuniram em assembleia geral, na quarta-feira (27), no estacionamento da Funarte, no centro de Brasília. Demonstrando disposição de intensificar a mobilização, a categoria decidiu transformar a assembleia em ato político, e saiu em passeata até a Praça do Buriti, em frente à sede do Governo do Distrito Federal. A comissão de negociação do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) informou que foi agendada uma reunião com a Secretaria de Fazenda para quinta-feira, dia 5 de maio. Para ampliar as chances de conquista, é fundamental manter a mobilização e a união da categoria em torno da pauta de reivindicações. Com sete anos de congelamento de salários e perdas de 49%, se considerada a inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), professores(as) e orientadores(as) educacionais reivindicam recomposição salarial já. A incorporação do valor do auxílio-saúde ao vencimento e o pagamento - com sete anos de atraso - da sexta parcela do reajuste con-

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Professores se reúnem em frente ao Buriti e fazem pressão por recomposição salarial

quistado em 2012 já estão confirmados. O Sinpro-DF continua lutando pelo pagamento dos valores retroativos, e reforçará essa reivindicação no encontro com a Secretaria de Fazenda. A incorporação da Gaped e da Gase são itens importantes da pauta, como parte da estratégia para

alcançar a recomposição salarial. Para isso, na reunião do dia 5, o governo apresentará um estudo de impacto que contribuirá para resolver a questão. Também está em discussão a redução dos padrões no plano de carreira, que hoje são 25, de forma a abreviar o tempo para se

alcançar o topo da carreira. Essa definição traria impactos positivos relevantes tanto para a carreira quanto para a aposentadoria de cada servidor ou servidora. Este é um momento decisivo do processo de negociação. O governo tem conhecimento da pauta há muito tempo, as reuniões estão acontecendo e há prazos legalmente estabelecidos por conta das eleições gerais de outubro. Vale lembrar que as primeiras reuniões deste ano aconteceram graças à força demonstrada pela mobilização da primeira assembleia geral de 2022. Portanto, é fundamental manter a unidade para alcançar as vitórias pelas quais a categoria vem lutando! Ao longo dos meses de abril e maio continua o “Sinpro nas Cidades”, intensificando as visitas às escolas em todas as regionais.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Arte/Fato agora é com público presencial Programa quinzenal, com transmissão pelo YouTube, o Arte/Fato agora abre suas portas ao público para recebê-lo de forma presencial. Com o avanço da vacinação contra a covid-19 e a diminuição na taxa de contágio do coronavírus, a organização admitiu receber a plateia para assistir às apresentações artísticas. No Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul), o Arte/Fato apresenta, na terça-feira (3), a partir das 19h, uma miscelânia de vertentes artísticas. Desde a música, passando pelas artes cênicas e visuais até a literatura, tudo cabe no programa, que tem por objetivo valorizar a produção artística feita por gente do DF, em especial as criadas por bancários e bancárias. Para esta XIV Edição, o tema escolhido é Gente que Trabalha, dada à proximidade ao Dia do/a Trabalhador/a. Para falar sobre a matéria, o Sindicato convidou representantes da instituição e lideranças trabalhistas de outras categorias, além de congressistas. Suas falas, gravadas serão inseridas entre as apresentações da cantora Claudinha Costa, da banda Trost e da Ruby, mestra em dança do ventre.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital


Brasília Capital n Cidades n 7 n Brasília, 30 de abril a 6 de maio de 2022 - bsbcapital.com.br I N FOR M E

Uma epidemia, uma endemia e falta de gestão crônica Este ano, o número de casos de dengue no Distrito Federal superou em mais de cinco vezes os registros do mesmo período de 2021, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde referentes a março. O aumento dos casos no DF segue uma tendência regional de elevação em toda a Região Centro-Oeste. Isto, no entanto, não pode ser encarado como uma justificativa para o cenário atual. Na verdade, deveria ser determinante de maior organização e efetividade nas ações de enfrentamento ao surto de dengue. Diferente da pandemia da covid-19, a endemia da dengue é anual. Os quatro sorotipos do vírus que podem estar em circulação já são conhecidos e as ações necessárias ao enfrentamento já foram reunidas em protocolos estabelecidos. Mas, o que se vê é um tremendo descompasso e atropelo na definição de ações. A começar pela falta de reagentes e testes rápidos para diagnóstico exatamente no período crítico de disseminação da doença.

A instalação das tendas para atendimento específico aos casos suspeitos de dengue demonstrou outro problema crônico e injustificável: a falta de pessoal. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a disponibilizar tendas infláveis para ampliação dos postos de atendimento a casos suspeitos de dengue às superintendências regionais de saúde. Houve casos , porém, em que a oferta sequer pôde ser aceita, simplesmente porque não havia disponibilidade de profissionais de saúde para prestar esse atendimento sem prejudicar o funcionamento das unidades de saúde, que já funcionam com déficit de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares e demais profissionais. Diante desse quadro de falta de reagentes para exames, de testes rápidos e de profissionais de saúde, fica claro que existe subnotificação dos casos de dengue. E isso é extremamente perturbador, porque, mesmo assim, já se estima uma ocorrência cinco vezes maior do que no mesmo período do ano passado.

As falhas no planejamento, os atrasos nas tomadas de decisões e as medidas adotadas de improviso são a regra da gestão da saúde no atual governo. E isso acaba implicando em maior gasto de dinheiro público, maior sacrifício dos profissionais de saúde, que mal saíram da guerra contra a covid e já se veem sobrecarregados com a desorganização governamental no combate à dengue. Sobretudo, a população do DF sofre, adquire sequelas e vai a óbito por essa desorganização e falta de comando crônicas, além dos equívocos na definição geral da política de saúde do DF. Não existe mais prevenção de doenças e promoção de saúde na rede pública local. Tudo virou emergência. E isso vai desde o topo do atendimento de alta complexidade até a UBS que devia estar fazendo acompanhamento pré-natal, de hipertensão e diabetes (só para citar algumas necessidades), mas não consegue, porque agora, graças à política adotada pelo GDF, atende paciente com parada cardiorrespiratória sem

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

nem ter condição para isso. A pandemia da covid-19 foi cruel com o nosso povo. A endemia da dengue também está sendo. Mas a maior crueldade que aflige os usuários do sistema público de saúde do DF são as mazelas da falta de gestão, de planejamento e de comando na Secretaria de Estado de Saúde.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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Brasília

Acompanhe também na Internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

Por Chico Sant’Anna

UnB não quer Saída Norte dentro do Campus A Universidade de Brasília não quer ver o campus Darcy Ribeiro sendo atravessado pelas vias da nova Saída Norte, empreendimento de R$ 4 bilhões que o GDF apresenta como solução de mobilidade urbana para a ligação Plano Piloto região Norte do DF. A UnB emitiu nota oficial para informar que não foi procurada pelo GDF, não autorizou a travessia do campus e que considera inadequadas intervenções viárias que tragam maior circulação de veículos no local. “As atividades de ensino e pesquisa da universidade necessitam

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de ambientes adequados para a sua realização. Isso supõe, por exemplo, níveis sonoros compatí-

veis com as atividades em salas de aula e laboratórios ou com os estudos na Biblioteca Central”.

Audiência pública Segundo o documento Projeto Nova Saída Norte - Informações Gerais, na página da Secretaria de Mobilidade (Semob), a ligação possui uma extensão de 22 Km, da L2-Norte à BR020, no trevo de acesso a Sobradinho. Ao chegar ao Plano Piloto, via Lago Norte, o complexo viário contaria com um trevo na L-4, às margens da poligonal do Campus Darcy Ribeiro, uma estação de BRT, e uma saída atravessaria o campus pela Via UnB 1, que passa entre a

ponta Norte do Minhocão e os Pavilhões João Calmon e Multiuso, até chegar à L-2 Norte. Esta também é a informação disponibilizada para fins da audiência pública que o GDF vai realizar. A proposta, de autoria das empresas OAS e JCGontijo, vai de encontro às metas da UnB que disse possuir “diversas ações e estudos em andamento, visando à redução de vias para veículos no campus e aumento da sustentabilidade ambiental”.

A universidade conclui sua nota se oferecendo a colaborar com o GDF para a realização de estudos e soluções para os problemas de mobilidade no DF. A Semob diz que “será importante a participação e contribuição da UnB nesse processo” e que já há uma nova versão do projeto que não mais contempla a passagem pelo campus da UnB. “O projeto foi revisado e ajustado para a realidade atual”, mas não especificou qual o novo caminho.

VLT do Salviano O urbanista e primeiro presidente da Câmara Legislativa, Salviano Guimarães, defende que a ligação da Nova Saída Norte seja sobre trilhos. Na avaliação dele, que já elaborou um projeto de metrô suburbano rumo às cidades da parte Norte do DF e Formosa, em Goiás, o percurso proposto para a Nova Saída Norte seria muito bem atendido pelos Veículos Leves sobre Trilho (VLT). “Nesse novo itinerário, passando pelo Lago Norte e subindo até a Torre Digital, o aclive é mais suave. O VLT poderia passar pelo Varjão e subir até a torre de TV, bifurcando com um ramal para o Paranoá e outro pelo condomínio RK em direção a Sobradinho”, explica ele.

Saiba+ A Semob diz que a sociedade pode enviar contribuições até 13 de maio, pelo e-mail consultansn@semob.df. gov.br. No dia 29 de abril, a partir das 10h, haverá uma audiência pública presencial para apresentar o projeto e debater com a população O encontro será no auditório do DER/DF transmitido pelo canal do Youtube da Secretaria.

Terra indisponível As dores de cabeça do GDF não serão só com a UnB. Proprietários de terras no Condomínio Tomahawk, na Serrinha do Paranoá, tiraram da gaveta uma decisão de 2017 do Tribunal Federal de Recursos – 1ª Região (processo 005344744.2014.4.01.0000/DF) que deixou

indisponível uma área de mais de 104,9 alqueires goianos, pertencentes à então denominada fazenda Brejo ou Torto. Cada alqueire equivale a 48.400 m². Isto significa que a área indisponível é maior do que a de 64 superquadras. Ou seja, maior do que a soma de

todas as superquadras da Asa Sul. Esses alqueires ocupam grande parte da área onde a Terracap quer implantar o loteamento Taquari 2, para cem mil pessoas, e por onde passa o trajeto da Nova Saída Norte. Embora sejam essas terras que o GDF deseja usar como moeda de

paga na PPP para a construção da via, a propriedade da Terracap sobre a área foi questionada. O processo ainda não acabou, mas há uma decisão que torna indisponível o local. Ninguém pode vender, lotear, muito menos abrir uma rodovia em seu interior.


Satélites

VIA

Brasília Capital n Cidades n 9 n Brasília, 30 de abril a 6 de maio de 2022 - bsbcapital.com.br

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Zico – Maior ídolo da história do Flamengo, Zico foi a estrela do lançamento, terça-feira (26), do projeto Empreendedor do Futuro, uma parceria entre a Secretaria de Juventude (Sejuv) e o Sebrae/DF, que atenderá mil alunos de 15 a 29 anos matriculados nas dez escolas públicas agraciadas pelo programa.

DISTRITO FEDERAL

Efeitos colaterais da pandemia nas mulheres JOSÉ SILVA JR A pandemia da covid-19, que começou em 2020 e ainda não foi erradicada por completo, provocou efeitos colaterais. Entre eles, retrocessos em algumas conquistas sociais das mulheres. No Distrito Federal, por exemplo, o fechamento do comércio e de empresas e a proibição da circulação de pessoas durante o lockdown impactou o mercado de trabalho feminino. Boletim da Pesquisa de Emprego

e Desemprego (PED), fruto de uma parceria entre a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revela que o desemprego provocado pelo impacto da pandemia na economia fez com que aumentasse a participação das mulheres em trabalho doméstico. De 2020 a 2021, aumentou mais de sete mil o número de mulheres que são remuneradas para realizarem serviços domésticos. Em 2020,

eram 76 mil. No ano seguinte, ocasião em que o DF ainda estava sob efeito do lockdown, Brasília passou a ter 83 mil empregadas domésticas. De acordo com o recorte feito pela Codeplan/Dieese, a função tem sido, ao longo de muitos anos, uma alternativa ocupacional predominantemente feminina no Brasil. Apesar disso, a atividade que mais cresceu nesse período de pandemia avança a passos lentos quanto à equiparação social e trabalhista com as demais atividades da estrutura produtiva.

Trabalho informal Os desafios sociais e trabalhistas das mulheres vão desde a alta parcela que participa do assalariamento, mas não tem carteira assinada, e das que trabalham como diaristas, às jornadas parciais de trabalho, ao baixo rendimento recebido. Além disso, mais de 50% não contribui para o INSS. Mas não é só essa a diferença que as atinge. Em 2021, o rendimento mensal das trabalhadoras domésticas era R$ 1.292 numa jornada semanal de 34 horas. A carga horária para o trabalhador desse segmento era R$ 8,88 naquele ano.

Túnel de Taguatinga: o futuro passa por aqui. A OBRA MAIS ESPERADA DOS ÚLTIMOS ANOS ESTÁ 70% CONCLUÍDA. Em breve, cerca de 1,8 milhão de moradores do DF que circulam pelo local vão ganhar um trânsito bem mais tranquilo, livre de engarrafamentos. Mesmo durante a pandemia, a obra do Túnel de Taguatinga não parou um momento sequer. Pouco a pouco, estamos construindo um DF melhor para todos.


Brasília Capital n Gastronomia n 10 n Brasília, 30 de abril a 6 de maio de 2022 - bsbcapital.com.br

Gastronomia Bastidores dos restaurantes

Dedé Roriz

CLASSIFICAÇÃO $ - BARATO $$ - MÉDIO $$$ - ALTO $$$$ - CARÍSSIMO

Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília Instagram: @dederoriz Fotos: divulgação

TREVO SANDWICH

Hambúrgueres brasilienses da gema Foi inaugurada esta semana a mais nova hamburgueria de Brasília: a Trevo, na Asa Norte. Seria apenas mais uma na multidão de hambúrgueres da cidade. Mas os sócios Vinicius Coelho, Luiz Eduardo e Igor Martins conseguiram criar diferentes e deliciosas opções com uma fusão de queijos para acompanhar as entradas e hambúrgueres, cada um batizado com nomes inspirados em Brasília, como o SQN e o quadradinho. De entrada, a casa resolveu inovar e sair da mesmice das batatas (embora tenha batata frita também). Uma novidade é a coxinha de costela, que é uma delícia. O cardápio oferece o bacon mascavo (Angus, american cheese, bacon caramelizado, com um toque de melaço e maionese da casa) para os amantes de comida salgada levemente adocicada. Isto torna esse hambúrguer um dos top 5 de Brasília. Outra aposta da casa é trevo burguer (Angus, queijo prato, presunto de Parma cryspy, rúcula e tomate cereja). Os sócios também fizeram questão de homenagear

o fundador de Brasília e criaram o hambúrguer Juscelino (Angus, queijo prato, alface e tomate). As sobremesas e milk-shakes são sensacionais. Não deixe de experimentar o pudim de milk-shake de sucrilhos, que combinou perfeitamente e ficou no ponto certo. Os drinks foram criados pela Larissa Xavier e prometem combinar com os sanduíches. Entre eles, o trevoso (gin, curaçao blue, rum Malibu de coco e red Bull de coco com sumo de limão e suco de abacaxi), uma verdadeira explosão de sabores que vale a pena conferir.

MAIS INFORMAÇÕES: Trevo Sandwich 207 Norte, bloco C loja dos fundos Instagram: @trevosandwichshop

Festival Micarê vai agitar Brasília Nos anos 1990 e 2000, Brasília tinha um carnaval fora de época que se chamava Micarê Candanga. Essa alegria agora está de volta com o Festival Micarê. São diversas atrações de música baiana trazendo o verdadeiro axé da Bahia para a nossa capital. Entre os artistas que se apresentarão no Festival Micarê deste ano, que acontece de 29 de abril a 1º de maio, estão Bell Marques, Durval Lélys, Tuca Fernandes, além de Adriana Samartini, a mais baiana das brasilienses. Os produtores Marcelo Ulpiano e os irmãos Verry Verry estão empolgados com a nova edição, deMAIS INFORMAÇÕES: pois do cancelamento do evento nos últimos dois Instagram: @festivalmicare anos por conta da pandemia.


Brasília Capital n Geral n 11 n Brasília, 30 de abril a 6 de maio de 2022 -.com.br DIVULGAÇÃO

NUTRIÇÃO

Caroline Romeiro O maior evento de Nutrição e Medicina Esportiva do Brasil Começa nesta quinta-feira (28) o Arnold Conference. O Brasília Capital estará lá De 28 de abril a 1º de maio teremos o Arnold Conference, um evento de atualização científica voltado para nutricionistas, médicos do esporte e profissionais de educação

física, especialmente aqueles que querem aprender mais sobre o esporte de alto rendimento e fisiculturismo. O evento acontecerá no Expo Center Norte, em São Paulo.

ESPÍRITA

José Matos O filme da vida Ele passa no momento da morte. Melhore-se, cresça, seja útil e solidário para ter paz e alegria na hora grande Prepare-se para enfrentar o filme da sua vida na hora da morte. Os espíritas dizem que há um filme da vida. Já os judeus afirmam que são dois filmes: o filme da vida que você teve e o filme da vida que você deveria ter vivido. Melhore-se, cresça, seja útil, solidário, enquanto você pode, para morrer em

paz e alegrar-se na hora grande. Você não nasceu por acaso; você nasceu por uma causa dentro de uma programação. Se ligue! Você não é seu diploma, sobrenome, salário, cargos, posição social e nem o dinheiro que tem. Você é o que pensa e sente. Já prestou atenção no que pensa e sente? Acredite ou não, você é um

Esta é a sétima edição (as de 2020 e 2021 foram canceladas devido à pandemia da covid-19), e acontece paralelamente ao Arnold Classic South America, que é de fato um dos campeonatos de fisiculturismo mais importantes do mundo. Eu estarei lá, aprendendo e também fazendo palestra sobre o que devemos levar em consideração na

prescrição nutricional de mulheres que treinam crossfit. Na próxima semana conto mais sobre o evento e sobre essa temática superinteressante, que envolve todas as fases das mulheres!

aluno da vida enviado por Deus. O que você tem feito, aprendido, realizado? Morra com confiança, sem medo, sem ódio, sem mágoa, sem apego, sem preocupação. Hora da morte é hora de oração, perdão e confiança. A maior parte das pessoas morre triste, temorosa, angustiada, magoada, preocupada porque não soube viver e não sabe morrer. Aprenda a viver. “Se você não pode ajudar, pelo menos não prejudique”. No Além, você poderá precisar das pessoas que você prejudicar! Liberte-se de todo o lixo que você acumulou: o lixo da mágoa, do apego, da frustração, da paixão, das derrotas. Tudo são lições. Aprenda e cresça! Boas pessoas, às vezes, sofrem, temporariamente, no Além porque morreram preocupadas, apegadas, magoadas, temerosas. É para evitar esse sofrimento desnecessário que Emmanuel ensinou a Chico Xavier:

morra com educação! A morte é a única certeza da vida, mas poucos interessam-se em saber do mundo espiritual, e lá chegam como mendigos e ignorantes! Para Chico Xavier, 70% das pessoas permanecem, temporariamente, inconscientes do seu estado de desencarnadas porque não souberam viver; não viveram de forma ética e solidária; não atenderam às Leis de Progresso e de Solidariedade. Aprenda a viver. Somos alunos da vida das primeiras séries. A Terra é ainda uma escola primária. “Há pessoas que podem encontrar sempre algo errado em cada situação e tornam-se infelizes. Há pessoas que encontram algo de bom em cada situação e tornam-se gratas. E é isso que eu chamo de ser religioso”.

(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1a Região Instagram: @carolromeiro_nutricionista

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