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JÚLIO PONTES
Entrevista Chico Leite
Inimigo de corrupto Após quatro mandatos na CLDF, distrital concorre ao Senado e diz que Rollemberg é ficha limpa Ano VIII - 379
Brasília, 8 a 14 de setembro de 2018
Páginas 5,6 e 7
Demagogia que mata...
CHARLES JACOBINA
TANIA REGO/AGENCIA BRASIL
Com trânsito nos dois sentidos, a Comercial (foto) e a Samdu eram palcos constantes de infrações cometidas pelos condutores e de atropelamentos fatais de pedestres. Mão única reduziu mortes a zero
No combate ao incêndio no Museu Nacional, no Rio, os hidrantes não tinham água. O prédio funcionava sem laudo dos Bombeiros
... descaso que destrói À cata de votos, a candidata ao Buriti Eliana Pedrosa (Pros) prometeu acabar com o sistema binário nas avenidas Samdu e Comercial de Taguatinga. A ex-distrital não levou em conta as melhorias que a medida trouxe para a cidade, especialmente a redução dos acidentes fatais no trânsito. No Rio, sem recursos, o Museu Nacional ficou reduzido a cinzas. Em Brasília, o descaso com a História da Capital se repete Páginas 10, 11 e 13
Bolsonaro sofre atentado Página 2
Eleitores da direita mobilizam redes sodicais para voto útil Pelaí - Página 3
Vote num candidato, eleja outro Página 4
Engarrafamentos em Águas Claras com os dias contados Página 12
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 8 a 14 de setembro de 2018 - bsbcapital.com.br
CRÔNICA E
x p e d i e n t e
Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte Thiago Oliveira artefinal.mapadamidia@gmail.com (61) 9 9117-4707 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG).
Andorinhas Mario Pontes (*) “Não acolhas andorinhas em tua casa” – aconselhava, há uns dois mil e quinhentos anos atrás, o matemático e filósofo grego Pitágoras. O que ele queria dizer com isso? Ora, como devem saber pelo menos os leitores que viveram ou passaram algum tempo em cidades pequenas, as andorinhas são aves que costumam se mover em grandes bandos; além disso, destacam-se imediatamente por serem muito barulhentas. Está claro, portanto, que o nosso filósofo valeu-se da imagem coletiva das ruidosas andorinhas para criticar formas indesejáveis de uso da palavra. Precisamente, a que ele se referia? À veemência. Por si só, a veemência não chega a ser um mal. Como certas ervas, pode fazer bem se for usada com critério: ou seja, no momento oportuno e na medida certa. Mas ingerida em despropósito,
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Não é esse o senador que indica melancia pra cargo nos órgãos públicos? Espero que o povo não se esqueça. Nil Cunegundes, via Facebook É de cair os dentes estas conclusões a que ele chegou. Denys Cândido, via Facebook Esse eu conheço pessoalmente e posso falar: é lutador.
(*) Mario Pontes, ex-editor do Caderno Livro do Jornal do Brasil, ficcionista e tradutor de obras de ficção e ensaio. Mora no Rio
Intolerável O presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, sofreu um atentado, quinta-feira (6), quando era carregado por simpatizantes num ato em Juiz de Fora (MG). O suspeito da tentativa de homicídio, Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos, alvo
C
nHélio José
os pensadores e poetas antigos não se opunham ao uso crítico da palavra – afinal viviam, e sua memória ainda vive dela. O que faziam era denunciar seu uso inadequado, sua utilidade zero para os humanos. As andorinhas da política fazem barulho em todas as estações, mas como voltamos a testemunhar, é dos breves períodos eleitorais, que como dizia rimando um velho sambista carioca, “eles gostam mais.” Quando menos se espera, lá estão a tentar nos envolver com sua verborragia, suas hipérboles, sua rascância tão agradável quanto os sons produzidos pelo escape das motocicletas. O que fazer? Simples, caro leitor: desligue a tevê e deixe o vazio para as andorinhas.
OPINIÃO
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excessivamente adoçada com o pegajoso mel da vaidade, não demorará muito para se transformar em purgativo. E todos aí no auditório, acredito, necessitarão apenas de alguns segundos para se lembrarem do rebuliço que costuma ocorrer num intestino agredido por algumas colheradas de óleo de rícino. Que a veemência em si não é um purgante, cedo perceberam aqueles antigos pensadores, poetas e dramaturgos da Grécia e de Roma – que não eram doutores porque não havia universidades, mas entraram para a História como dignos do Prêmio Nobel quando não havia Nobéis para serem distribuídos. E criaram meios, até hoje adequados, de interrogarmos a existência, mesmo sabendo que ela, em geral, é luta tão incerta quanto a de um marinheiro da Odisséia, sempre ameaçado de naufrágio. Antes que algum andorinheiro retruque com a aspereza dos que não se dão bem com a crítica, por mais suave que ela seja, convém insistir que
Ilza Lima, via Facebook Senador combativo e a favor do trabalhador. Francisco Leitão Neto, Facebook Fala nal do Rollemberg, mas é senador hoje porque ele foi eleito governador. Está cuspindo no prato que comeu? Nardeli Pimenta, via Facebook Sobre entrevista com o senador Hélio José (Pros), candidato a deputado federal.
de tentativa de linchamento, foi preso em flagrante. O capitão da reserva do Exército passou por cirurgia no fígado. Seu estado de saúde é estável, segundo familiares. O filho, Flávio Bolsonaro (PSL), também deputado, divulgou que
seu pai estava “quase morto” quando chegou ao hospital. Opositores na corrida presidenciável postaram notas de repúdio. No final do dia, em cerimônia no Planalto, o presidente Michel Temer resumiu: “Intolerância é intolerável”.
a r t a s
nReligião A única coisa que temos em comum é que cada um de nós está em um corpo e muitos acham que por isso somos como um modelo de objeto fabricado. Cada um de nós tem diferenças que superam as aparências sociais. Quando ignoramos quem e o que somos nos alienamos e fugimos de
nós mesmos e nos perdemos na escuridão dos costumes coletivos. Tiago Soares Duarte, via bsbcapital.com.br Sobre a coluna de José Matos, que falou das mentes em conflito e da despersonalização. nChico Sant’Anna Parabéns pelo artigo sobre tombamento. Mas, com o nível
dos candidatos que aí estão, sei não. Rollemberg não resolveu nem o Centro Administrativo. Os outros, me parece, são iguais. Há uma candidata séria, mas não aparece. José Antonio de Lima Bueno, via bsbcapital.com.br Sobre coluna de Chico Sant’Anna mostrando que desde 2014 não se debate a preservação do Plano Piloto de Brasília.
Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 8 a 14 de setembro de 2018 - bsbcapital.com.br
Inocentes - O juiz substituto da 1ª Vara da Fazenda Pública do DF julgou improcedente o pedido do Ministério Público para que o governador Rodrigo Rollembeg, a ex-secretária de Planejamento Leany Lemos, o ex-secretário de Fazenda Leonardo Colombini e os deputados distritais Agaciel Maia (PR) e Israel Batista (PV) fossem condenados por improbidade administrativa na aprovação do programa Refis/2015. O MPDFT argumentava que a Lei 5.463/2015 foi aprovada sem a efetiva demonstração de estimativa da Lei Orçamentária e sem previsão de medidas de compensação. Da decisão, cabe recurso. RAYSA LEITE / TRIBUNA DE MINAS
Amoêdo recebe mais R$ 130 mil de banqueiros JÚLIO PONTES
Nova prestação de contas de João Amoêdo (foto) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira (4) mostra mais R$ 130 mil doados por banqueiros ao candidato do Novo à presidência. Com isso, chega a R$ 521 mil o valor do-
ado a Amoêdo por apoiadores. Os dados referentes ao primeiro balanço de campanha enviado ao TSE já haviam sido publicados em primeira mão pelo Brasília Capital. A quantia mostra a confiança dos banqueiros no candidato. A pechincha que caiu na conta eleitoral de Amoêdo foram doações dos mesmos parceiros que vêm apoiando o Novo desde a criação do partido.
Deputados visitam Amaac Os deputados federais Laerte Bessa (PR) e Izalci Lucas (PSDB), e o presidente licenciado do SindMédico-DF, Dr. Gutemberg (PR), visitaram a Associação de Moradores e Amigos de Águas Claras. para dialogar com a entidade sobre o envio de emendas da bancada federal para a cidade. Os parlamentares receberam uma lista de
reivindicações e se comprometeram a, na definição do Orçamento do próximo ano, encaminhar recursos para os pleitos. Bessa disse que encaminhou emendas para calçadas em Águas Claras e o GDF executou os recursos em outras obras. Ele é candidato à reeleição. Izalci concorre ao Senado e Dr. Gutemberg tenta uma cadeira na REPRODUÇÃO FACEBOOK
Presidente da Amaac, Roman Cuattrin, recebe Izalci Lucas e Dr. Gutemberg: compromisso
Voluntários JÚLIO PONTES
Candidato a distrital, Rafael Vasconcellos (PPS/foto) conta com centenas de voluntários para fazer
uma campanha independente. “São pessoas que acreditam na renovação política e na capacidade de recuperarmos a função de fiscalização da Câmara Legislativa para que o DF volte aos trilhos do desenvolvimento econômico com justiça social”, diz ele.
Atentado - Bolsonaro foi atingido por facada quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG)
Voto útil Horas antes de o candidato sofrer o atentado em Juiz de Fora (MG) – leia página 2 –, os eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL/foto) haviam deflagrado um movimento pelo voto útil nas redes sociais.
REJEIÇÃO – O problema de Jair Bolsonaro é que, assim como as manifestações espontâneas e estimuladas de intenção de voto são altas, o seu índice de rejeição é o maior entre todos os presidenciáveis, na casa dos 44%.
MOBILIZAÇÃO – A mobilização visa convencer os simpatizantes de outros concorrentes de direita – Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) a votar em Bolsonaro para evitar o segundo turno contra um candidato de esquerda.
COMOÇÃO – É bom lembrar que todas essas considerações valiam até o final da tarde de quinta-feira (6), quando Bolsonaro foi atingido por uma facada. Diante do atentado sofrido, espera-se uma grande comoção pró-Bolsonaro, que certamente se colocará na condição de vítima, tentando fortalecer sua imagem de “mito”. É esperar pra conferir...
IBOPE – O movimento ganhou corpo a partir da divulgação da última pesquisa Ibope, na noite de quarta-feira (5) em que Jair Bolsonaro lidera em todos os cenários no primeiro turno, mas perde para todos os adversários num eventual segundo turno.
CONTRAMÃO - Na contramão do movimento dos bolsonaristas, os eleitores de João Amoêdo (Novo), também muito atuantes nas redes sociais, tentam convencer os simpatizantes a votar “no melhor” no primeiro turno.
Brasília Capital n Política n 4 n Brasília, 8 a 14 de setembro de 2018 - bsbcapital.com.br
Vota num, elege outro Nas coligações proporcionais, nem sempre o eleitor elege o candidato em quem votou Júlio Pontes A campanha está nas ruas, mas muitos eleitores não sabem como funciona o sistema eleitoral no Brasil. Uma das maiores dúvidas é quanto à formação das coligações, que podem ser majoritárias (candidatos a prefeito, senador, governador, presidente da República, vices e suplentes) ou proporcionais (vereadores, deputados estaduais e distritais e deputados federais). Na prática, o eleitor pode votar em um candidato a deputado conhecido ou amigo e elegendo um político que não aprova. Como as coligações são tratadas legalmente como se fossem um partido único, candidatos com menos votos “emprestam” seus votos para a coligação. Mas o partido concorrer isoladamente. QUOCIENTE ELEITORAL – Outra dúvida recorrente é o chamado quociente eleitoral - a divisão do total de votos válidos (excluem-se os brancos e nulos) pelo número de vagas na Casa Legislativa. Por exemplo: em 2014, no DF, foram 1.525.175 votos válidos para deputado distrital e 24 cadeiras em disputa. O quociente foi de 63.549 votos por vaga. Neste ano, PT, Avante, Novo, PHS, PSC, PR, PSB, PP e Pros optaram por chapas puras. Isto os obriga a obter, no mínimo, o número de votos do quociente eleitoral para conseguir uma vaga na Câmara Legislativa ou na Federal. Votar na Pastora Wall (PT), por exemplo, pode ajudar a reeleger o Ricardo Vale, que propôs alterações na Lei do Silêncio e sofreu forte oposição da banca-
da evangélica na CLDF. Há também uniões inusitadas. O PPL e o PSL formam a coligação Uma Nova Esperança para deputados distritais. Para o GDF, as duas legendas apoiam Ibaneis Rocha (MDB), mas nacionalmente têm candidatos próprios a presidente – João Goulart Filho e Jair Bolsonaro, respectivamente Depois da minirreforma política, que dividirá proporcionalmente entre os partidos o tempo de rádio e televisão, recursos do Fundo Eleitoral e outras regras conforme as bancadas da Câmara dos Deputados no próximo mandato, eleger federais é a meta da maioria das legendas. Na disputa da Câmara dos Deputados, o quociente é maior, pois são apenas oito cadeiras em disputa. A coligação Pra Fazer a Diferença 1 é composta por PP, MDB, PSL e Avante. Portanto, votar em candidatos “desconhecidos” como Ana Eliza (Avante) ou Comandante Aboud (PSL), poderá ajudar a ex-presidente da CLDF, Celina Leão (PP) e o ex-vice-governador, Tadeu Filippelli (MBD) a conquistar novo mandato. ATENÇÃO – Chama atenção a coligação para deputado federal Unidos Pelo DF 1 (PRB, Podemos, PPS, Solidariedade, PSC e PSD), com nomes como o distrital mais bem votado em 2014, Júlio Cesar (PRB); o deputado federal Augusto Carvalho (Solidariedade), a empresária Paula Belmonte (PPS) e o vice-governador Renato Santana (PSD). Outra coligação que promete ter muitos votos é a Brasília de Mãos Limpas (PSB, PV, PCdoB, PDT e Rede). Na briga pela Câmara Federal estão, entre outros, Marcos Dantas (ex-secretário de Cidades) e Maria Abadia (ex-governadora), do PSB, Léo Matos (PDT), que conta com o apoio do distrital Reginaldo Veras, Israel Batista e Rayssa Tomaz, ambos do PV.
COLIGAÇÕES PARA FEDERAL PARTIDOS
COLIGAÇÃO
NOMES MAIS CONHECIDOS
BRASÍLIA ACIMA DE TUDO
PRTB / PRP
-
BRASÍLIA DE MÃOS LIMPAS
PDT / REDE / PSB / PV / PCDOB
PROFESSOR LÉO MATOS (PDT); MARCOS DANTAS E MARIA DE LOURDES ABADIA (PSB); PROFESSOR ISRAEL E RAYSSA TOMAZ (PV)
DC
DC
-
ELAS POR NÓS: SEM MEDO DE MUDAR O DF
PSOL / PCB
MANINHA E ANJULI (PSOL)
NOVO
NOVO
RODRIGO FREIRE
PCO
PCO
-
PPL
PPL
CAMPANELLA
PRA FAZER A DIFERENÇA 1
PP / MDB / PSL / AVANTE
CELINA LEÃO E OLAIR FRANCISCO (PP) E TADEU FILIPPELLI (MDB)
PSTU
PSTU
-
PT
PT
ERIKA KOKAY E ANTÔNIO SABINO
RENOVAR DF
PTB / PHS / PTC / PATRI
TODI MORENO E JURACI TESOURO DE OURO (PTB); DR. CHARLES (PHS)
RENOVAR DF 2
PMN / PMB / PROS
HÉLIO JOSÉ (PROS)
UNIDOS PELO DF 1
PRB / PODE / PSC / PPS / PSD / SD
JÚLIO CÉSAR (PRB); PROFESSOR PACCO (PODEMOS); PAULA BELMONTE (PPS); RENATO SANTANA (PSD) E AUGUSTO CARVALHO (SD)
UNIÃO E FORÇA
PR / DEM / PSDB
FLÁVIA ARRUDA E LAERTE BESSA (PR) E PAULO RORIZ (PSDB)
COLIGAÇÕES PARA DISTRITAL PARTIDOS
COLIGAÇÃO
NOMES MAIS CONHECIDOS
AVANTE
AVANTE
SEVERINO CAJAZEIRAS, DELEGADO MAURO CEZAR
BRASÍLIA ACIMA DE TUDO
PRTB / PRP
CLÁUDIO SAMPAIO (PRP)
BRASÍLIA JUSTA E DE MÃOS LIMPAS
REDE / PCDOB
JUSTO MAGALHÃES (REDE) E MARTA LIMA (REDE)
COLIGAÇÃO UNIDOS PELO DF 3
PRB / SD
DELMASSO (PRB)
ELAS POR NÓS: SEM MEDO DE MUDAR O DF
PSOL (PCB SEM CANDIDATO)
TONINHO DO PSOL
MDB
MDB
BRUNELLI, WELLINGTON LUIZ, RAIMUNDO RIBEIRO, RAFAEL PRUDENTE, ERICKA FILIPPELLI
MOBILIZAR PRA MUDAR
PMN / PTC
CAROL LIMA (PTC)
NOVO
NOVO
CLÁUDIO BARRA
PCO
PCO
-
PHS
PHS
LIRA
PP
PP
ALEXANDRE YANEZ E VALDELINO BARCELOS
PPS
PPS
RAFAEL VASCONCELLOS
PR
PR
AGACIEL MAIA, BISPO RENATO, DR. GUTEMBERG, SANDRA FARAJ E JOÃO DE DEUS
PROS
PROS
GUARDA JÂNIO
PSB
PSB
IGOR TOKARSKI, JUAREZÃO, LUZIA DE PAULA, MARLON COSTA, ROOSEVELT VILELA, VIRGÍLIO NETO
PSC
PSC
JÚLIO LANCHONETE
PSTU
PSTU
EDSON
PT
PT
ARLETE SAMPAIO, CHICO VIGILANTE, MAGELA, POLICARPO, RICARDO VALE
PTB
PTB
WASHINGTON MESQUITA
RENOVA DF
PMB / PATRI
-
SUSTENTABILIDADE E TRABALHO
PDT / PV
CLÁUDIO ABRANTES, MOISÉS MARQUES, PATRÍCIO, PROFESSOR FÁBIO SOUSA E PROFESSOR REGINALDO VERAS (PDT); KEVES DIOGO (PV)
TODOS PELO DF
DEM / DC / PSDB
WESLEY MOURA (DC)
UMA NOVA ESPERANÇA
PSL / PPL
DEUSDETE (PPL)
UNIDOS PELO DF 2
PODE / PSD
CRISTIANO ARAÚJO, DIRSOMAR, RISOMAR CARVALHO E ROBÉRIO NEGREIROS (PSD); JORGE VIANNA (PODEMOS)
Brasília Capital n Política n 5 n Brasília, 8 a 14 de setembro de 2018 - bsbcapital.com.br JÚLIO PONTES
Entrevista Chico Leite Você está concluindo o quarto mandato na Câmara Legislativa. Quais as principais conquistas de seu trabalho para a sociedade? – São 33 anos de serviço público, 29 dos quais como promotor de justiça, sendo 16 licenciado para exercer quatro mandatos de deputado distrital. Eu priorizei três ações. A primeira foi o combate à corrupção, porque a corrupção leva R$ 200 bilhões por ano do brasileiro, e nós precisamos colocar esses valores, resultado dos impostos que pagamos, de volta à Saúde, à Educação, à Segurança, à mobilidade, à melhoria dos serviços públicos. Na Câmara, toda semana faço uma fiscalização em uma aplicação de recursos. Você tem noção de quanto conseguiu recuperar? – As ações tiveram algo em torno de 1,135 bilhão envolvidos. Isso vai de R$ 600 milhões de contratos, reconhecimento de dívida sem saber se o serviço foi executado, onde se aplicou o dinheiro, que certamente foi para o bolso de alguém. Nós precisamos processar e punir, além de recuperar esse dinheiro das áreas prioritárias, como a Saúde. Isso vai até a contratos na área de informática, ações de shows, eventos, compras superfaturadas. Dinheiro que é fruto de impostos e tinha que chegar na população mas não chega, porque é desviado por corruptos. Então, o combate à corrupção para nós foi fundamental. Qual a segunda ação? – A transparência. Porque assim que se recolhe o dinheiro dos impostos ele precisa estar à vista de todos, para que a po-
Em 16 anos e quatro mandatos, Chico Leite jamais teve o nome citado em qualquer escândalo. Ele quer levar essa experiência de transparência para o Senado
Inimigo de corruptos Orlando Pontes
H
á 16 anos o promotor de justiça Chico Leite, 54, está licenciado do cargo para cumprir quatro mandatos seguidos de deputado distrital. Ele já peregrinou por vários partidos - PSDB, PT, PCdoB e agora tenta uma vaga de senador pela
pulação possa acompanhar e fiscalizar o que se faz com o dinheiro dos impostos que ela paga. Nossa ação foi de colocar todos os gastos públicos do Poder Executivo na internet, a partir de uma lei que aprovamos, para que a população pudesse fiscalizar. Todos os gastos da Câmara Legislativa e dos parlamentares também estão na internet, através de uma resolução aprovada em 2011. É transparência total, insistindo em que os agentes públicos colocassem seu Imposto de Renda, como eu fiz ainda em 2005, para que todos pudessem ver. Você usa as verbas in-
Rede Sustentabilidade, da presidenciável Marina Silva. Autor da lei que obriga o Poder Executivo e a Câmara Legislativa a publicar todos os gastos na internet, Leite diz, nesta entrevista ao Brasília Capital, que, no Congresso, dará continuidade à luta contra a corrupção, pela transparência na aplicação dos recursos públicos e em defesa dos interesses de Brasília.
denizatórias? – Nunca usei! Nem a cota postal. Nunca recebi um centavo de salário como parlamentar. Minha remuneração é do concurso público que fiz há 30 anos. E qual a terceira ação? – Cuidar da cidade. O agente público precisa estar todo dia na cidade, pois quem sabe dela é quem vivencia os problemas. No ar-condicionado, nos gabinetes, nos tapetes vermelhos, você pode ter certezas aparentes, mas a verdade está na rua, nos grandes desafios da dona de casa, do trabalhador, do empresário, do estudante. Nesses anos eu procurei fazer
“Nós precisamos cuidar da cidade”, prega o cearense de Milagres, localizada na região do Cariri, no sul do estado. E diz que a opção pela aliança que busca reeleger o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) se baseou no critério da ficha limpa. “Brasília não pode voltar aos tempos em que era conhecida como a terra dos corruptos”, afirma.
o orçamento participativo e transparente, de forma que a própria comunidade escolhesse onde aplicar os recursos e fiscalizasse. Para quais áreas você destina prioritariamente suas emendas? – Tivemos três preocupações: a Saúde, com medicamentos e valorização dos profissionais; a Segurança, pois hoje é um problema grave a pessoa de bem estar presa na sua casa e os bandidos soltos na rua. Precisamos mudar isso. Precisamos equipar nossa polícia, valorizar a sua atividade; e a Educação. Além da valorização do profissional, do profes-
sor, tivemos a preocupação da destinação de recursos diretamente às escolas, por meio do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF), da Secretaria de Educação. Começamos isso em 2015. Fomos pioneiros. Destinamos, até o final deste ano, mais de R$ 9 milhões diretamente para as escolas, para o professor e para o servidor. Sem intermediário, sem burocracia. Mas o desafio agora é o Senado. O que você priorizaria para Brasília? – Quero fazer, numa dimensão maior, aquilo que fiz na Câmara Legislativa, num nível de competência
Brasília Capital n Política n 6 n Brasília, 8 a 14 de setembro de 2018 - bsbcapital.com.br
Entrevista Chico Leite ampliado pela Constituição. Aqui, eu coloquei em lei a exigência de ficha limpa para o exercício de cargo público. O DF foi a primeira unidade da Federação a adotar isso. Em Brasília, seu partido e da presidenciável Marina Silva optou por uma coligação diferente da nacional, apoiando o PSB de Rodrigo Rollemberg... – Eu tenho orgulho de caminhar com Marina. Em política, o soco no nariz só quebra a mão. Temos que compreender as diversidades. No plano nacional nós temos uma aliança com o Partido Verde, do Eduardo Jorge, que já foi candidato a presidente. Aqui, nós e o PV nos alinhamos ao Rodrigo Rollemberg. Qual foi o critério? – A ficha limpa. Nós não podemos voltar àquele tempo em que você viajava e as pessoas viam a placa do seu carro e diziam: “a terra dos corruptos”. Nós não podemos voltar a isso. Brasília precisava sair das páginas policiais para entrar nas páginas de serviços, de alegria, da construção de uma cidade maravilhosa que acolheu a todos nós. Não podíamos nos aliar a ficha suja. Vocês chegaram a manter conversas com Jofran Frejat justamente quando ele disse que não venderia a alma ao diabo. Ele contou pra vocês quem são os demônios? – Não, porque eu não tive oportunidade de conversar com ele. Mas eu imagino que sejam esses representantes daquele tempo em que Brasília, para o Brasil, era terra de corruptos. Mas aqui é uma terra de trabalha-
dores, de empresários, de empreendedores que lutam contra todas as dificuldades, mesmo com a guerra fiscal que sofremos em relação aos outros estados. Temos mais de 200 mil pequenas empresas, de gente que resiste e se levanta diariamente dizendo: “eu vou servir à minha capital, cidade que escolhi para criar meus filhos”. Em 2014, o PV e Marina apoiaram Aécio Neves no segundo turno. Depois apoiaram o impeachment. Aí vieram todos os escândalos contra o tucano. Qual foi o pecado mais grave, as peda-
há erros das duas partes. Então, é a gente aprender com os erros e corrigi-los. Você foi contra o impeachment? – Não. Eu fui favorável, porque havia um processo de afronta à responsabilidade fiscal. Nós precisamos entender que é preciso ética. É preciso responsabilidade com o dinheiro dos impostos que os cidadãos pagam. Então eu fui favorável ao impeachment. Em certo momento deu a impressão de que o PV e Marina apoiaram o impeachment como um gesto de
pública. Sua preocupação é com a população. Tanto na campanha nacional como na distrital existem candidatos que pregam o uso da força no combate à violência. Qual é a postura da Rede, e sua pessoal, em relação à bancada da bala? – Não se resolve violência com mais violência. Nós precisamos, de fato, ter respostas mais imediatas, com punição àqueles que violem a lei. Mas precisamos pensar na sociedade como um todo, cuidando da família, com educação integral, profissionalizante, para dar oportunidaJÚLIO PONTES
“Nossa opção pelo Rollemberg foi pelo critério da ficha limpa. Brasília não pode voltar aos tempos em que era conhecida como a terra dos corruptos” ladas da Dilma ou o envolvimento do Aécio na Lava Jato? – Corrupção é um crime de lesa-pátria, que mata gerações. Então, não importa se esse crime é praticado por um partido ou por um representante de um partido de uma linha ideológica qualquer. Corrupção é um crime grave que deve ser punido e o dinheiro recuperado para ser aplicado onde nós que pagamos impostos queremos que ele seja destinado. Se fôssemos nos basear em erros,
vingança contra o PT... - Marina jamais faria isso, pelo que conheço, de optar por esse ou aquele candidato por vingança. Ela teve aquela opção pelo Aécio, da qual discordei naquele momento, e depois ela viu os fatos praticados, que certamente ela não sabia, e pôde refazer esse pensamento, porque democracia é como concurso público, é a porta de entrada para melhoria da qualidade de vida. Marina tem responsabilidade com a coisa
des para os jovens de aprender uma profissão e realizar seu sonho pessoal de servir à sociedade. Eu prefiro uma arma: o livro. Esta sim, é uma arma de mudança. Eu prefiro a gente cuidar da família e das nossas crianças para que elas possam ter outro caminho que não o do crime, mas o caminho da escola, da profissão, da realização do sonho de servir à sociedade. Pergunta de leitor, via Facebook: O senhor apoiou a cria-
ção do Instituto Hospital de Base? – Não. Eu votei contra porque tinha dúvida quanto à segurança jurídica. Como promotor, sempre que existe esse debate eu opto pela cautela, pela serenidade. Mas qual sua avaliação dos resultados até agora? Boa. Eu votei contra porque não tinha certeza da segurança jurídica. Mas tenho analisado os resultados, e eles são extremamente positivos. Mas o IHBB vai contra o corporativismo dos servidores... – O debate que eu gosto de fazer não é de diretos individuais, embora os reconheça e os valorize, nem de direitos corporativos, que também reconheço e valorizo; é da população usuária do serviço. Votei contra. Mas hoje eu reconheço, pelos números, que se fazia 11 cirurgias por dia e agora se faz 40. É um número que nos dá esperança. O senador Cristovam Buarque disse, em entrevista ao Brasília Capital, que uma instituição pública pode ser tanto privada quanto estatal. Concorda com ele? – Sim, sem dúvida. O que importa é o conteúdo e não a forma. Eu, nesses anos todos, venho fazendo esse debate. Você tem o seu direito individual, o direito das corporações e o direito do usuário do serviço, que paga imposto e que precisa ter um serviço de qualidade. Então, nesse debate, reconhecendo os direitos individuais, que todos temos, reconhecendo os direitos corporativos, porque as categorias precisam se organizar e defender seus direitos, nós precisamos privilegiar o direito do usuário, que é quem paga imposto e que é o patrão do servidor público. Eu sou empregado dele. Eu preciso defender os interesses dele, sem deixar de reconhecer os individuais e os corporativos. A rigor, todos lutamos com a mesma finalidade, que é a melhoria da qualidade de vida para nossa cidade.
Brasília Capital n Política n 7 n Brasília, 8 a 14 de setembro de 2018- bsbcapital.com.br
Entrevista Chico Leite defesa do DF. Por último, eu não vou esquecer de cuidar das pessoas da nossa cidade. Quero ser um senador que esteja toda semana em uma cidade, porque as pessoas é que sabem do seu sofrimento diário. Eu quero, no Senado, me preocupar com elas. E me colocar a serviço da população. Vamos ter vários debates importantes, como a reforma política e a da Previdência. Nós precisamos garantir direitos e combater privilégios. Então eu quero dedicar os meus 29 anos de Ministério Público, como promotor e procurador de Justiça, e os meus 16 anos como parlamentar, estudando e praticando diariamente o direito, para colocar esse aprendizado a serviço da população do DF e do Brasil no Senado. Na sua chapa tem uma segunda candidata ao Senado, a Leila do Vôlei. Existe afinidade entre as duas campanhas? – A nossa chapa é de mãos limpas e calejadas de trabalhar pelo Brasil. Tem o governador Rollemberg, do PSB; o vice Eduardo Brandão, do PV; e dois candidatos ao Senado – a Leila, do PSB, que se Deus quiser será a primeira mulher senadora do DF, e eu, da Rede. Nós renovamos com competência. Vocês dois têm uma relação muito próxima com o senador Reguffe, que não concorre nesta eleição. Ele está te apoiando? – Nós nos identificamos pelo trabalho, pela conduta e pela disposição de trabalhar pelo Brasil com ética e responsabilidade. É fundamental a ficha limpa para despertar a confiança nas pessoas.
R E S I D E N C I A L
NOVO E PRONTO MARCÍLIO BIONE
3° Ofício R.09-143.589. *Sujeito à aprovação de crédito pela instituição financeira
Quais as suas prioridades para a pauta nacional? – Eu fiscalizei os gastos públicos na Câmara, para cuidar para que esse dinheiro não fosse para o bolso de corruptos, não fosse desviado. Para o plano nacional são quase R$ 200 bilhões. E eu quero que esses R$ 200 bilhões possam servir para que a gente consiga fazer milhões de tratamentos quimioterápicos. Quanta gente está na fila esperando isso? Se a gente combater os corruptos com competência, sabendo o que está fazendo, propondo leis de transparência, esse dinheiro vai chegar à população. Em terceiro lugar, é promover o desenvolvimento do Distrito Federal. Precisamos valorizar nossos servidores públicos, mas precisamos nos tornar mais independentes dos serviços públicos. Vamos incentivar a geração de trabalho e renda. No Senado a gente vai poder proteger o DF da guerra fiscal, que é perversa, que está tirando empresas nossas para São Paulo, Goiás, Minas, Bahia. Elas precisam estar aqui. Os empresários querem estar aqui. Basta que o agente público não se omita, atue para garantir a eles que eles podem trabalhar aqui, trazer recursos. Nós precisamos trazer recursos, bater de porta em porta nos ministérios e dizer: o DF, que hospeda todo o pais, que nos acolheu, precisa de recursos para promover o seu desenvolvimento e para melhorar a qualidade de vida. Eu vou estar lá para fazer essa
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Então, nós temos o servidor público Chico Leite como promotor, como deputado distrital e poderemos ter como senador. O que esperar desse servidor nessa nova função? – Eu quero levar para o Senado a experiência de jamais ter ganhado um centavo com a política. O meu salário é do concurso público que eu fiz 30 anos atrás. Minha prioridade é ter a certeza de que é possível seguir na política com integridade e ficha limpa. Basta ter coragem para tomar atitudes.
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Por Chico Sant’Anna
Descaso com a Cultura e com a Memória consome a todos nós
O
futuro de uma cidade, de um país, de um povo se constrói com base nas experiências vividas no passado. Com base na cultura, na ciência, nas tradições. Não haveria nada mais iconográfico para ilustrar o triste momento em que vivemos no Brasil e em Brasília do que o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Não viraram cinzas apenas as mais de 20 milhões de peças ali expostas. Foram torrados na brasa 200 anos da construção da brasilidade. O conceito de brasilidade expressa o jeito de ser do brasileiro, a cultura, respeitando-se a pluralidade e as particularidades regionais, os aportes que cada um dos povos que ajudaram a forjar nossa identidade. O Museu Nacional era um mosaico de tudo isso. E assim era uma fonte permanente de pesquisa do que fomos para identificar o que seremos. O abandono do governo federal e a omissão dos parlamentares, em especial daqueles que propagam aos quatro cantos serem padrinhos da Educação e da Cultura, é irresponsável. Sentimos na pele o que representam as politicas econômicas liberais que privilegiam bancos e negligenciam políticas sociais. Ao abandonar a Cultura, os museus, a educação, as autoridades jogam nas brasas o futuro de toda uma sociedade. De toda uma nação. A Independência de um povo não se mede com a quantidade de tanques que desfilam nas ruas no 7 de Setembro. Ela se baseia na solidez de sua cultura e identidade.
FOTOS: CHICO SANT’ANNA
Museu de Arte de Brasília sofre com o descaso
No Gama, berço de Renato Mattos e Afonso Braza, o cine Itapuã é a imagem do abandono
Museu Vivo da Memória Candanga pede socorro
Brasília também dá mau exemplo No Distrito Federal a história não é muito diferente. Com apenas 58 anos de vida, Brasília não está sabendo preservar sua memória, nem promover sua cultura. Esbanja recursos públicos em eventos musicais, mas é avarenta no que se refere ao bem público. São raros os elementos que promovem a viagem ao passado da saga que foi a construção da Capital. No Núcleo Bandeirante, é praticamente inexistente qualquer sinal do que foi a Cidade Livre. O Poder Público não teve a sagacidade de preservar, por exemplo, um dos milhares de sobrados de madeira, barracos em dois andares, que marcaram o padrão habitacional do local. Quem quiser rememorar isso deverá assistir ao filme Bye Bye Brasil,
de Cacá Diegues, com cenas do Bandeirante do final da década de 1970. A Vila Planalto e a Telebrasília, aos poucos – movido pela cobiça da especulação imobiliária – vão perdendo integralmente suas raízes com o passado. São poucas e raras as iniciativas em sentido contrário. Uma delas é da Administração da Candangolândia, que materializou um tour a pé, em cuja trilha o turista ou o curioso pode conhecer a primeira escola ou o primeiro cofre forte que guardou os salários dos candangos da construção de Brasília. Mas essa é uma iniciativa rara. Até o Museu da Memória Viva Candanga pede socorro pra não morrer. Todo em madeira, é alvo de cupins e
do descaso oficial para com a Cultura de Brasília. O Mesmo descaso que atinge o Museu de Artes de Brasília, o Teatro Nacional e espaços tradicionais de nossa cultura, como o Cine Itapoã, no Gama. O Gama, que deu ao DF importantes artistas, como o cantor Renato Mattos e o cineasta Afonso Braza, não tem mais espaços para que a cultura se expresse. O descaso com a Cultura e com a Memória Nacional e brasiliense só não é maior do que a força das chamas, Mas, como elas, a falta de responsabilidade do Poder Público consome cotidianamente nossas raízes e impede o florescimento de uma sociedade mais humanista, mais culta, mais fortalecida na sua brasilidade.
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A tragédia da irresponsabilidade Incêndio no Museu Nacional queima 200 anos de História Da Redação Um incêndio que começou por volta das 19h de domingo (2) destruiu o maior acervo histórico da América Latina. O fogo só foi controlado seis horas depois, quando restavam apenas cinzas das mais de 20 milhões de peças acumuladas em 200 anos no velho casarão onde funciona o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no centro do Rio de Janeiro. Havia apenas quatro vigilantes de plantão no prédio quando o fogo começou. Eles chamaram o Corpo de Bombeiros. Mas a corporação atrasou o início ao combate ao incêndio em cerca de 40 minutos por falta de água nos hidrantes da localidade. O prédio estava em péssimo esta-
do de conservação devido à falta de repasses de dinheiro do governo federal para a manutenção da Universidade Federal do Rio (UFRJ), responsável pelo Museu. Em 2017, foram destinados apenas R$ 643 mil. Após a tragédia causada pelo descaso e pela incompetência, o Ministério da Cultura anunciou a liberação de R$ 10 milhões para início da reconstrução do Museu. Mas nem todo o dinheiro do mundo será suficiente para reconstruir os itens perdidos no incêndio. No acervo perdido estavam, entre outros, o crânio de Luzia, fóssil de uma mulher negra que viveu há 12 mil anos no Brasil, onde hoje é o estado de Minas Gerais, e era peça-chave em teorias sobre o povoamento da região.
TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL
O trabalho dos bombeiros foi prejudicado pela falta d’água nos hidrantes próximos ao Museu
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Para acabar com os engarrafamentos Rollemberg aposta em ciclovias e em nova saída para melhorar a mobilidade em Águas Claras FOTOS: ANTÔNIO SABINO
Gabriel Pontes Retenções e grandes congestionamentos fazem parte da rotina dos moradores de Águas Claras. Mais de 35 mil veículos circulam diariamente na Região Administrativa e se apertam principalmente nas duas saídas para a Estrada Parque Taguatinga-Guará. A previsão do Governo de Brasília, porém, é que já em 2019 o trânsito da cidade tenha um bom desafogo. O GDF vai construir a terceira saída para a EPTG, que passará por dentro da área da residência oficial do governador. A via terá dois quilômetros e a obra custará R$ 5 milhões. O custo, segundo o Departamento de Estradas e Rodagens, é baixo quando se leva em consideração que serão mais de 10 mil carros trafegando diariamente pela nova válvula de escape da cidade brasiliense dos arranha-céus. A moradora Thaís Braga comemorara. “É uma grande esperança de melhora no trânsito”, destaca. A nova saída terá duas faixas de cada lado e uma ciclovia. A obra será licitada ainda neste ano e a previsão do GDF é de que as esteja concluída em até seis meses. A ligação partirá da Avenida das Pitangueiras e da Avenida Parque até a EPTG. IMPACTO – Segundo o presidente do DER, Márcio Buzar, a obra foi projetada para causar o menor impacto ambiental possível, já que terá que passar dentro do Parque Ecológico. “O projeto foi traçado junto com o Ibram para que interfira o mínimo possível no parque”, pontua. A pista só será construída porque o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) doou 34 hectares da residência oficial. Para o estudante Victor Gomes, é um avanço. Mas ele questiona o número de carros. “Os moradores precisam se conscientizar. carona solidária, uso do metrô e da bicicleta são opções mais eficazes do que as obras”.
A EPTG está ganhando 25,7 Km de ciclovias. GDF aposta em alternativas para reduzir os engarrafamentos em Águas Claras com a duplicação do acesso ao Núcleo Bandeirante e a construção da terceira saída para EPTG passando por dentro do Parque Ecológico em área que pertencia à residência oficial do governador, que foi doada por Rodrigo Rollemberg
Pistas alternativas e ciclovias O incentivo ao uso de bicicletas também faz parte da política de mobilidade urbana do governo. Ao todo, 25,7 quilômetros de ciclovia estão em fase final de construção às margens da EPTG, passando por Taguatinga, Águas Claras e Guará. Serão três faixas de ciclovia, nas marginais e no canteiro central da via. O custo total da obra ficou em R$ 8 milhões. O ciclista Lucas Oliveira, que diariamente se arrisca pelo acostamento da
EPTG, conta os dias para a inauguração da obra. “Vai ser um grande avanço. Tomara que seja de fato usada”, comenta. Segundo o Governo de Brasília, também serão construídas outras duas ciclovias, na DF-290 (entre o Gama e a BR-040) e no Lago Oeste. Ainda no eixo Águas Claras-Taguatinga-Guará, existem obras na ligação entre Águas Claras e o Núcleo Bandeirante, recentemente duplicada para os veículos, e da EPTG à Es-
trutural, passando pelo Jockey Club. Além da ciclovia, outras 12 obras estão sendo tocadas em todo o DF para melhorar a fluidez da mobilidade urbana da cidade. O intuito do governo é melhorar a qualidade do asfalto, dar segurança à travessia de pedestres e aumentar a oferta de vias próprias para bicicletas. Integram esse pacote, por exemplo, o Trevo de Triagem Norte, a Ligação Torto-Colorado e a passarela Nova Colina (em Sobradinho).
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Eliana Pedrosa dá bola fora REPRODUÇÃO AGENDA CAPITAL
Sem conhecer a realidade, candidata do Pros promete acabar acabar com o sistema binário do trânsito de Taguatinga
POR JÚLIO PONTES SÃO SEBASTIÃO
Briga por terras REPRODUÇÃO FACEBOOK
Orlando Pontes Em busca de votos, a candidata Eliana Pedrosa, do Pros, percorreu as ruas de Taguatinga na terça-feira (4) e se comprometeu a acabar com o sistema binário no trânsito da cidade, caso se eleja governadora. O compromisso da ex-distrital, em se concretizando, representará um atraso na qualidade de vida da população local. O sistema binário foi implementado em Taguatinga-DF em junho de 2016. Nesses dois anos e meio, nenhum acidente fatal foi registrado nas duas principais avenidas da cidade – a Samdu e a Comercial. A mudança ocorreu após estudos da Engenharia de Trânsito do Detran, que aponta os benefícios para a mobilidade e a segurança no trânsito para os veículos e para os pedestres. As mudanças implementadas em 2016 foram coordenadas pela SEGETH, porque o sistema viário não suportava quatro faixas de rolamento. Antes da adoção da medida foram feitas amplas discussões em audiências públicas com a comunidade, concluindo um ciclo de debates que se arrastava desde 1998. PEDESTRES – Quando as vias estavam em sentido duplo quem mais sofria eram os pedestres, que tinham dificuldades na travessia. As pessoas paravam so-
A candidata Eliana Pedrosa não avaliou os benefícios do sistema binário antes de prometer revogar a mão única
bre a faixa central que dividia as pistas e muitas vezes acabavam atropeladas pelos veículos. Várias perderam a vida assim ao longo dos anos. Além disso, era comum os condutores cometerem infrações, como retornar sobre a faixa contínua, entrar na contramão nos cruzamentos com as vias auxiliares, entre outras manobras proibidas. Desde a efetivação do sentido único não houve atropelamentos fatais na Samdu e na Comercial. A administradora regional, Karolyne Guimarães, reforça que o acesso ao comércio não sofreu alterações em relação a quando as duas avenidas tinham sentido duplo. “Não se pode atrelar qualquer interferência nas lojas pela mudança de fluxo no trânsito. Não existe qualquer empecilho de acesso ao comércio local”, diz ela. Após a adoção do sistema binário, outros ajustes vêm sendo avaliados, principalmente nas vias de ligação. “A cidade é dinâmica. As melhorias estão em permanente estudo com os órgãos de trânsito. Está em andamento, por exemplo, a implantação da mão única na Praça do DI, pontua Karolyne.
Ricardo Vale tenta ganhar votos por um trabalho do qual não participou e foi contestado O Assentamento 15 de Agosto, em São Sebastião, é alvo de disputa. Não por possíveis ocupantes dos lotes, mas sim por dois candidatos a deputado distrital: Moisés Marques (PDT) e Ricardo Vale (PT). Em 2013, ano da regularização do local, Moisés era diretor de Regularização dos Lotes Rurais da Terracap e Ricardo Vale secretário-adjunto de Governo. O burburinho começou após um post na página de Gustavo Ramiro no Facebook. O internauta chamou o deputado petista de “mentiroso”, dizendo não ter sido ele o criador do 15 de Agosto, conforme dizeres da faixa. Gustavo divulgou o link de uma
matéria de 2013 em que Moisés Marques foi ouvido pelo Jornal de Brasília como responsável pela regularização daquela e de outras três áreas. Vale diz que, por ter sido secretário de Governo, teve participação na criação do Assentamento e reconhece a participação de Moisés Marques. E afirma que o funcionário de seu gabinete Jean Lima, era coordenador do trabalho. “Não me lembro de Ricardo Vale ter participado de uma reunião sequer”, diz Moisés. Mas reconhece que Jean Lima participou. “O fato do Jean trabalhar hoje no gabinete dele não transfere os méritos para o deputado”.
CRUZEIRO
Samba no Círculo Operário O grupo Sururu na Roda desembarca, pela primeira vez, no Círculo Operário do Cruzeiro Velho. Quem dá as boas-vindas aos cariocas é a sambista brasiliense Kalinka Barroso. No repertório, músicas que são a síntese da diversidade musical da boemia carioca, na Lapa.
Serviço: Data: 9 de setembro, a partir das 16h. Valor: R$ 15 (meia-entrada 100 primeiros antecipados); R$ 25 (meia entrada 2º lote antecipado); R$ 35 (meia entrada na bilheteria)
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In-de-pen-dên-cia ou in-de-pen-dên-ci-a? A norma padrão da nossa língua apresenta duas regras famosas de acentuação Aproveitando o ensejo da Semana da Pátria, resolvi elaborar um artigo acerca da palavra mais proferida nesta época: independência. Há uma dúvida recorrente sobre a correta separação silábica desse vocábulo – principalmente depois do advento e proliferação dos dicionários virtuais. Com isso, um novo questionamento surge: independência é acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo ou por ser uma proparoxítona? Já adianto: a conversa a seguir será polêmica (mas apresentarei uma solução para os estudantes que
precisam desse conteúdo)! A norma padrão da nossa língua apresenta duas regras famosas de acentuação: 1. São acentuadas as palavras paroxítonas (penúltima sílaba tônica) terminadas em ditongo (duas vogais que não se separam na divisão silábica); 2. São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (antepenúltima sílaba tônica). Note que as duas regras são aplicáveis à palavra independência, a depender da divisão silábica adotada. Fiz, então, uma consulta aos dicionários. O
Chegou a hora de meu Confiteor (*) Em se tratando de selva, habitat de silvícolas e animais selvagens, incluindo onças e cobras, não havia repórter mais covarde do que eu Em todas as Redações em que trabalhei, toda vez que acontecia massacre protagonizado por índios na selva ou qualquer súbita descoberta de ouro na Amazônia, o chefe de reportagem me escalava, com base na minha fama de valentão, o que agora, diante de meu Confiteor, posso afirmar que tal galardão não passava de um grande blefe. Na verdade, em se tratando de selva, no amplo habitat de silvícolas e animais selvagens, incluindo onças fa-
mintas e cobras venenosas, não havia repórter mais covarde do que eu. Quanto a essa autêntica fobia, vale a pena lembrar que eu conhecia de cor e salteado a maioria dos perigos reais da Amazônia, isto com base nos conteúdos das respostas às minhas perguntas aos sertanistas da Funai, com quem cruzei em minhas reportagens, como uma em 2004, ocasião em que os temidos Cintas Largas mataram 29 garimpeiros na localidade de Espigão
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas
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Aurélio aponta que a correta divisão é in-de-pen-dên-cia (o que favorece a aplicação da regra 1); o Dicio.com – que é um bom dicionário virtual–, todavia, indica que o correto é in-de-pen-dên-ci-a (o que se encaixa na regra 2). Sem querer acalorar demais e discussão, as nossas gramáticas deixam margem para os dois entendimentos, uma vez que citam a existência das eventuais proparoxítonas, que são palavras que parecem paroxítonas terminadas em ditongo, mas que se classificam como proparoxítonas. Sou completamente contrário a essas polêmicas gramaticais, uma vez que elas sempre prejudicam quem já é muito prejudicada: a educação dos brasileiros. Mas, mesmo nesse cenário desfavorável, podemos fazer algumas generalizações: • O entendimento dominante – principalmente em provas – classifica independência como uma paroxítona terminada em ditongo (indo ao encontro do que reza o Aurélio). E isso vale para tantas outras palavras: necessário, sé-
D´Oeste, em Rondônia, quando conheci o famoso Francisco Meirelles, que chefiava aquela base indígena. Por exemplo, sabia do risco de acampar para o pernoite em dois lugares: em mato fechado ou à beira de pequenos rios de água corrente e límpida, conhecidos como igarapés, que em tupi-guarani significa “caminho de canoa”. No primeiro caso, é preferível acampar em espaços abertos, as clareiras, porque quando índios brabos pretendem atacar invasores de suas glebas, em geral ao amanhecer, eles usam o tronco das árvores como trincheiras. No segundo, porque é o local em que as onças escolhem para beber água, quando saem à noite para caçar, após uma longa soneca durante o dia. E mais: índios só matam brancos por vingança, já que ouviram a história de seus ancestrais, que foram exterminados pelos que tinham títulos enganosos
rie, bactéria, judiciário, contrária, intempérie etc. Portanto, recomendo que, sempre que houver a dúvida se uma determinada palavra é paroxítona terminada em ditongo ou proparoxítona, adote a primeira classificação. • O Cespe (e apenas ele, até agora), desde 2017, admite que independência (e todas as demais palavras de configuração semelhante) pode ter sua acentuação justificada pelas duas regras! Não concordo com a banca, mas peço que você tome cuidado com isso! No mais, desejo a você um excelente 7 de Setembro! Além da possível folga, tire um tempo para refletir sobre a situação do nosso país, que ainda está em um longo processo de independência. Ele precisa muito de nós, e somente a educação nos dá ferramentas para ajudá-lo.
Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)
de civilizados. Estranhamente, ao contrário de minha paúra em relação à Amazônia, nunca senti qualquer tipo de medo quando era indicado para cobrir tiroteios cruzados entre bandidos e a polícia, nas favelas do Rio de Janeiro, confrontos que se repetem até hoje; ou quando fui escalado, em 1965, para cobrir a guerrilha de estudantes nas ruas de São Domingos, capital da República Dominicana, que lutavam contra a invasão dos fuzileiros navais norte-americanos --, antagonismos de covardia e valentia que somente o inventor da Psicanálise, Sigmund Freud, pode explicar! (*) Confissão diante de Deus
Fernando Pinto Jornalista e escritor
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Compaixão de compreensão O amor leva à liberdade, anseio último de todos os seres humanos. Sem amor não há entendimento, colaboração e harmonia Toda a doutrina budista resume-se em dois pontos básicos: compaixão e compreensão. Dalai Lama, Mestre do Budismo Tibetano, ensina: “se você não pode ajudar, pelo menos não atrapalhe”. Dalai Lama fala de compaixão; Jesus, de amor ao próximo como a si mesmo; Kardec, de caridade, e o psicólogo americano Carl Rogers, de empatia (colocar-se no lugar do outro como se fosse o outro). Todos falam de amor porque Deus
ajuda seus filhos por meio dos seus filhos. Falam de amor porque o amor leva à liberdade, anseio último de todos os seres humanos. Sem amor não há entendimento, colaboração e harmonia. Contudo, pergunta-se: por que há tanta escassez de amor entre os humanos? Porque no passado o homem precisou do egoísmo para sobreviver - criador do condicionamento - que perdura até hoje em grande parte da Humanidade. Não obstante, o Mestre Bezerra de
Ansiedade pode causar prisão de ventre Considerado por muitos como o mal do século, a ansiedade é uma ocorrência capaz de interferir nos hábitos intestinais A constipação intestinal é um problema sério, e uma das principais queixas gastrintestinais da população em geral. Dentre os sinais e sintomas estão a dor abdominal, inchaço, distensão, evacuação reduzida, dificuldade na eliminação das fezes, que apresentam-se resseca-
das, duras e pouco volumosas. Na maioria dos casos, esse problema é resolvido com uma dieta rica em fibras, ingestão adequada de água e prática de atividade física. Um fato importante a ser analisado é a relação da constipação com condições psicológicas. Segundo a
Menezes trouxe esta notícia alvissareira: “neste século, todas as máscara cairão”. Chegou a hora de todos acordarem. O mundo só muda com colaboração mútua. Primeiro o homem aprendeu a amar os objetos tomados do inimigo; em seguida, descobriu amor pelos filhos e cônjuge para, finalmente, voltar-se para o outro e viver em comunidade. Estava iniciada a sociedade – conjunto de sócios solidários. Iniciada e em desenvolvimento, precisa avançar. Numa sociedade verdadeira não há famintos, velhos abandonados nem crianças desamparadas. Enquanto predominar o hábito de cada um só pensar em si, a Humanidade sofrerá, porque a dor é o instrumento de que a providência se utiliza quando os apelos do amor forem ignorados. Assim é que o egoísmo atrai a solidão; a crueldade, a dor; e o orgulho, a humilhação. Dr. Inácio Ferreira, conhecido psi-
quiatra do Sanatório Espírita de Uberaba, comenta sobre o momento atual: “egoísmo é uma das piores doenças que conheço! gente que confessava mudar de calçada para não dar esmolas aos mendigos. A morbidez dos nossos pensamentos fala de nossa grande miséria espiritual! Só mesmo apelando para a misericórdia do Senhor, pedindo forças para que, pelo menos, a tentação nunca nos saia da esfera dos pensamentos”. É preciso praticar o bem como um treinamento; perseverar até que se torne natural e prazeroso. É um processo de acender a luz na escuridão do se, como dizia Carl Jung. É um bom combate, como falava o apóstolo Paulo. É um caminhar até que desapareça o caminhante e o caminho e só fique o caminhar, como ensinam os Mestres do Oriente.
Organização Mundial de Saúde, uma em cada quatro pessoas será afetada por algum distúrbio mental em uma dada fase da vida. Considerado por muitos como o mal do século, a ansiedade é uma das doenças psicológicas mais encontradas atualmente na população mundial e é uma ocorrência capaz de interferir nos hábitos intestinais. A ansiedade pode reduzir o trânsito intestinal, com diminuição do fluxo sanguíneo no intestino. Esse processo, somado a uma baixa ingestão hídrica, baixo consumo de hortaliças, frutas, cereais integrais e pouca ou nenhuma prática de atividade física resulta na constipação intestinal, ou tradicionalmente cha-
mada de prisão de ventre. Por isso é importante fazer boas escolhas nutricionais, prática de atividade física e acompanhamento psicológico que propicie o controle da ansiedade, quando necessário. Sabe-se que a saúde do corpo é fundamental para um bom funcionamento, assim como a saúde da mente. Portanto, faz-se necessário mudanças de hábitos para que haja mudanças na qualidade de vida.
José Matos Professor e palestrante
Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)
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Plano de governo: estender Fake News para outros hospitais
A
cara de pau da atual gestão do Buriti não tem limites. Prova disso foi a mais recente declaração de Rodrigo Rollemberg após apresentar um balanço dos oito primeiros meses do Instituto Hospital de Base (IHBDF). Segundo ele e seu fiel escudeiro, Humberto Fonseca, a maior unidade de Saúde do Distrito Federal vai muito bem, obrigado. Por isso, afirmou, se reeleito – o que, pelo bom senso da população, não deve acontecer -, pretende estender o modelo para outros hospitais do DF. “Esse é o nosso objetivo. Começando por grandes hospitais como o Hmib (Materno Infantil da Asa Sul), HRT (Taguatinga), HRC (Ceilândia) e HRG (do Gama)”, adiantou o governador.
Deus nos livre! A verdade é que os avanços após a transformação do Hospital de Base em Instituto são uma grande Fake News: o que, caso o governador não saiba, está sendo alvo do TSE este ano e, inclusive, é passível de multa. Quando o governo diz, por exemplo, que zerou a fila de oncologia do IHBDF, isso significa, na verdade, que houve, como prevíamos, limitação na porta de entrada e não uma melhora efetiva no atendimento. Já falei sobre isso uma vez e volto a dizer: Rollemberg se utiliza da semântica para subtrair informações relevantes em suas afirmações. Tal conduta, minimamente, esclarece porque chegamos ao ponto em que estamos hoje: sem Saúde, sem Segurança, sem Educação e com as taxas de
desemprego aumentando mês a mês. Segundo dados atualizados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, houve queda de 16% na produtividade do Hospital de Base se compararmos janeiro a junho deste ano (já Instituto) com o mesmo período do ano passado nos procedimentos de tratamento de pacientes sob cuidados prolongados por enfermidades oncológicas, tratamento de intercorrências clínicas de pacientes oncológicos e no tratamento clínico de paciente oncológico. Além disso, é preciso dizer, a residência médica em oncologia do IHBDF foi descredenciada por descumprir a legislação dos programas de residência médica. Onde estão os avanços citados pelo governador?
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E, vale ressaltar, estou citando dados porque eles corroboram com a verdade. Mas, basta ir à porta da emergência do Instituto Hospital de Base para ver que, a cada dia que passa, menos pessoas têm acesso ao local. Esse dia, inclusive, em uma matéria televisiva, ao ser convidado para avaliar o IHBDF, um paciente afirmou: “o difícil é entrar”. Outra, disse: “é muito demorado, até para marcar consulta. Esperei um ano”. Por favor, governador, pare de tentar distorcer os fatos. Busque a reeleição com a verdade nua e crua. Não venda gato por lebre. Até o número de leitos clínicos para tratamento oncológico do SUS no DF diminuiu do ano passado para cá! O acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS), reza a cartilha, deve ser integral,
Dr. Carlos Fernando, presidente do Sindicato dos Médicos do DF
universal e gratuito. E isso não acontece hoje no IHBDF. Portanto, querer estender esse modelo, que até hoje é questionado pela Justiça, é, no mínimo, irresponsável. Avanços só acontecem na prática e não por meio de Fake News. Peço, por favor, mais prudência e menos demagogia na hora de governar. Terceirizar e privatizar são o avesso de desenvolvimento. Avanço real é investimento no SUS. O resto é panfletagem política.
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