De polêmica em polêmica, rumo à Câmara Federal Páginas 6 e 7
Ano XII - número 565
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Entrevista / José Gomes
Brasília, 7 a 13 de maio de 2022
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Paulo Roque:
“Serei o senador defensor do cidadão que carrega o DF nas costas” Pré-candidato pelo Novo, advogado e jornalista diz, no entanto, que está disposto a disputar o Buriti caso o senador Reguffe (União Brasil) desista da disputa. Com Reguffe no páreo, ele propõe que a deputada Paula Página 5 Belmonte (Cidadania) seja a vice.
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FAZENDA CHURRASCADA
PELAÍ
Uma experiência gastronômica do começo ao fim
PT pode cristianizar Grass Damares embola corrida ao Senado
Dedé Roriz – Página 12
Feira do Rolo via WhatsApp
José Aparecido reeleito na Fecomércio
De CNH a cartão de crédito clonado até dinheiro falso, tudo se vende pelo aplicativo
Páginas 2 e 3
Chico Sant’Anna – Página 10
Brasília Capital n Política/ Pelaí n 2 n Brasília, 7 a 13 de maio de 2022 - bsbcapital.com.br
Ex pedien te
Lula lá – O movimento “Vamos Juntos Pelo Brasil# será lançado neste sábado (7), às 10h, em São Paulo. Com pronunciamentos de Geraldo Alckmin e de Lula e participações de lideranças do PT, PSB, PCdoB, SD, PSol, PV e Rede, será, na prática, o lançamento da pré-candidatura de Lula ao Planalto, transmitido pela TvPT e Rádio PT e demais redes do partido.
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Grass terá o Estado, e não a Nação petista O Encontro Regional dos 300 delegados do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal, marcado para sexta-feira (13) e sábado (14), pode render muito barulho e nenhuma novidade. A principal pauta é a escolha do nome do PT para a disputa ao Palácio do Buriti. Mas a decisão virá do comando nacional da legenda.
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GRASS – Assim, o deputado distrital Leandro Grass (PV - foto) seria ungido o candidato da federação ao Buriti. O PV cumpriria o compromisso de garantir legenda para ele (Grass) concorrer ao GDF (razão que o levou a sair da Rede Sustentabilidade) e o PT honraria o acordo com o PV em contrapartida ao apoio nacional a Lula.
LULA – A decisão faz parte da estratégia de priorizar alianças para fortalecer a candidatura presidencial de Luís Inácio Lula da Silva. Como o PV – que integra a federação com o PT juntamente com o PCdoB – apresentou como única
tistas no DF, numa das reuniões com Leandro Grass esta semana: “Você terá o Estado do PT, mas não a Nação petista”. Ou seja, os 35 mil filiados do PT no DF podem simplesmente “cristianizar” a candidatura do PV. CONSOLAÇÃO – Para amenizar o estrago, a ideia é que os dois pré-candidatos petistas ao GDF – o ex-deputado Geraldo Magela (foto) e a diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro) Rosilene Corrêa – recebam uma espécie de “prêmio de consolação: ficando com as vagas de vice-governador e de senador.
ACORDO COM O PV – E, se depender do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), formado pelos deputados José Guimarães (SE), Paulo Teixeira (SP) e pela presidente nacional, Gleisi Hoffman (PR), o martelo já está batido: o PT abre mão da cabeça de chapa no DF para atender o PV.
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Os textos assinados são de responsabilidade dos autores
exigência ter o candidato a governador na Capital da República, a tendência é de que seja atendido.
MILITÂNCIA – Uma coisa, no entanto, é ter o acerto na cúpula. Outra, é o apoio da militância. Em 2018, o próprio PT deixou isto claro: Júlio Miragaya foi lançado candidato sem a concordância da base do partido. Ao final, teve uma votação menor do que o número de filiados à legenda no DF. ESTADO X NAÇÃO – Daí, a frase de uma das mais respeitadas lideranças pe-
TUDO OU NADA – Magela insiste que seu nome é o que mais atende ao perfil das pesquisas – um candidato com experiência – para manter o nome na disputa pela vaga de governador. Mas não descarta ficar com o Senado. Rosilene (foto), no entanto, rechaça completamente esta hipótese. Para ela, ou é a candidatura ao Buriti, ou nada. A decisão todos saberemos nos próximos dias...
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Damares embola corrida ao Senado A entrada da ex-ministra da Mulher, da Família e de Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos - foto) na corrida ao Senado continua causando confusão no campo da direita no DF. Fake news bolsonaristas tentam passar a sensação de que ela tem a preferência do presidente do presidente da República para ocupar a vaga. REELEIÇÃO – Na quinta-feira (5), circularam boatos de que a deputada Flávia Arruda (PL - foto) teria recebido sinalizações do Planalto para se candidatar à reeleição. Em troca, caso Jair Bolsonaro (PL) também se reeleja, a apoiaria para ser presidente da Câmara dos Deputados.
VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
Reeleito na terça-feira (3) para a Presidência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) pelos próximos quatro anos, José Aparecido da Costa, contou ao Brasília Capital que seu maior desafio será harmonizar o setor e ajudar o comércio do DF na retomada do crescimento neste período considerado por muitos como pós-pandemia. “Sabemos que será lento, mas a Fecomercio vai trabalhar muito para que o comércio volte a crescer”, disse. MARCELLO CASAL JRAGÊNCIA BRASIL
BOATO – Mas a notícia não foi bem recebida nas hostes arrudistas. De imediato, circulou a informação num blog de que a deputada teria avisado ao governador Ibaneis Rocha (MDB - foto) de que ela poderia disputar o governo. O que foi recebido no Palácio do Buriti como boato. AGENDA COMUM – No momento que a notícia foi publicada, Flávia e o marido, o ex-governador José Roberto Arruda, almoçavam na casa de Ibaneis, no Lago Sul, com a presença de alguns aliados e assessores do GDF. No cardápio, a estruturação de uma agenda comum para os próximos meses do chefe do Executivo com a pré-candidata ao Senado. CHAPA MAJORITÁRIA – Durante o encontro, também foi marcado, para a próxima semana, um almoço a ser promovido pelo governador com a Flávia e todos presidentes dos partidos da base para a definição da composição da chapa majoritária e de alguns ajustes na campanha de reeleição do governador.
José Aparecido reeleito presidente da Fecomércio-DF
MARCELLO CASAL JRAGÊNCIA BRASIL
SETOR MAIS ATINGIDO – O olhar de Aparecido estará mais voltado aos setores de eventos e de turismo, os mais atingidos pela pandemia de covid-19. “Embora esses setores já tenham começado a retomar suas atividades, a recuperação não será tão rápida, porque ficaram muito tempo fechados. Mas acreditamos nessa retomada”, afirma. “Estamos aqui com esse objetivo: apoiar o setor produtivo e a retomada no Distrito Federal”, emenda. OLHAR PARA O FUTURO – O futuro, segundo José Aparecido, é agora. “Vamos modernizar ainda mais a Fecomercio, dando suporte aos sindicatos filiados para fortalecer suas bases”. O presidente da Fecomercio só se esquivou quando perguntado sobre qual candidato a entidade apoiará para o Governo do Distrito Federal nas eleições deste ano. “Nosso apoio é institucional. Não temos nenhum candidato”, disfarçou.
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Entorno Metropolitano: fosso profundo! (Parte 2) Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL
Vimos no artigo anterior que o Entorno Metropolitano é resultado da explosão populacional que ocorreu em Brasília após sua fundação. Se as chamadas cidades-satélites surgiram quando o povo mais pobre não “cabia” no Plano Piloto e suas adjacências (Lagos Norte e Sul etc.), o Entorno Metropolitano surgiu quando este povo sequer cabia nas cidades-satélites. E parcos 70 mil moradores em 1960, alcança hoje cerca de 1,3 milhão. É do conhecimento geral que há um enorme abismo econômico e social entre o DF e o Entorno, mas o que talvez poucos saibam é que é o mais profundo entre núcleo e periferia considerando as 15 maiores regiões metropolitanas do País. Se o Entorno abarca 30% da popu-
lação metropolitana, participa com míseros 6,5% de seu PIB e com pífios 6% da sua receita orçamentária. O PIB do DF em 2019 (último dado disponível) foi de R$ 273,61 bilhões, 14 vezes maior que a soma do PIB dos 12 municípios metropolitanos (R$ 19,35 bilhões). Dessa forma, enquanto o PIB per capita do Entorno foi de apenas R$ 15.490, o do DF foi de R$ 90.743, 485% maior. Disparidade ainda mais acentuada ocorre com a receita orçamentária. Para 2022, o orçamento do DF é estimado em R$ 48,54 bilhões (R$ 16,28 bilhões só do FCDF). Já a estimativa orçamentária para os 12 municípios da periferia metropolitana é de R$ 3,25 bilhões, 15 vezes menor. Dividindo-se o orçamento total pela população a ser atendida, observa-se que, no DF, o orçamento per capita resulta em quase R$ 16.000, enquanto a média nos municípios periféricos é de somente R$ 2.500, per capita, mais de seis vezes menor. No âmbito da infraestrutura urbana, as diferenças são ainda maiores. Segundo as pesquisas da Codeplan (PDAD e
PMAD), enquanto no DF cerca de 90% dos domicílios são ligados à rede geral de esgoto, na periferia metropolitana a rede contempla apenas 1/3 dos domicílios. Enquanto no DF mais de 90% dos domicílios estão em ruas com coleta de águas pluviais, nos municípios periféricos o percentual é de apenas 12%. Perto de metade dos domicílios na periferia metropolitana tem problemas com esgoto a céu aberto, entulho, erosão e área em declive. Isto significa baixa qualidade ambiental e de vida. Enquanto no DF o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é o maior do País, nos 12 municípios metropolitanos é sofrível. Cerca de 30% dos chefes de domicílio do DF têm ensino superior completo (chega a 86% no Lago Sul), mas nos municípios periféricos não passa de 7%. E se o DF possui atualmente uma das maiores taxas de desemprego do país, superior a 18% (considerando o desalento e a “inatividade involuntária”), na sua periferia metropolitana a taxa beira os 30%. As disparidades são várias e acen-
tuadas, semelhantes às que se observam na fronteira entre Israel e Gaza ou entre a Califórnia e o norte mexicano. CORRUPÇÃO – Bolsonaro diz, cinicamente, que em seu governo não há corrupção, como se não tivesse ocorrido corrupção na compra de vacinas e em obras no Rio pelo Ministério da Saúde; na cobrança de propina (em ouro) por pastores no MEC; na facilitação de exportação de madeira contrabandeada da Amazônia; na compra de tratores pelo “Orçamento Secreto”; nas obras superfaturadas (e inacabadas) da Codevasf; na compra de picanha, uísque, viagra e próteses penianas pelos “homens de bem” (ou de bens) do Exército; além da farra das rachadinhas e da privatização (doação) fatiada da Petrobras. Para abafar a apuração, ele simplesmente coloca as informações sob sigilo de 100 anos. (*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
O empoderamento do Centrão e a usurpação do orçamento público J. B. Pontes (1) DIVULGAÇÃO
O Centrão é um conjunto de partidos que se agrupam para influenciar nas votações no Congresso Nacional. O objetivo dos seus integrantes é levar vantagem em tudo. São fisiológicos, hábeis na prática do toma-lá-dá-cá, sem compromisso com os interesses do País e do povo. O apoio ao Executivo é em troca de vantagens e da possibilidade de distribuir privilégios por meio de redes clientelistas. Nunca tivemos uma classe política tão corrupta, degradada e desqualificada. O que o Centrão mais adora é um governo fraco, o que lhes possibilita subir o preço do apoio. No momento, para engavetar mais de 100 requerimentos de impeachment, Bolsonaro cedeu ao Centrão o controle da distribuição de recursos públicos, contrariando tudo
que havia dito na sua campanha. O mais incrível é que, antes hostilizados, agora esses parlamentares são aceitos e até apoiados pelo núcleo militar. É o “Centrão verde-oliva”. No momento, o Centrão domina o orçamento público, notadamente por meio do “orçamento secreto”, consistente nas denominadas emendas de Relator-Geral, as RP9. Neste exercício, as RP9 totalizam R$ 16,2 bilhões. A modalidade de emenda de relator-geral não está prevista na Constituição. Anteriormente, era disciplinada pela Resolução nº 1, de 2006-CN, e destinada apenas a ajustes técnicos e correções no projeto de lei orçamentária (PLOA). Desde 2019, o relator-geral foi autorizado a alocar recursos em praticamente todas as programações orçamentárias, alteração feita somente no Parecer Preliminar, elaborado pelo relator-geral para disciplinar a tramitação do PLOA e aprovado pela Comissão Mista de Orçamento. Um verdadeiro absurdo, só justificável pela fraqueza do desgoverno Bolsonaro, que também se beneficia do orçamento secreto, e
pela degeneração da classe política. O absurdo não se prende somente à ausência de amparo jurídico das emendas de relator, mas também pela falta de critérios legais ou técnicos da alocação de recursos; arbitrariedade na definição dos beneficiários da despesa pública; ausência de publicidade, o que impossibilita a rastreabilidade dos recursos. Daí o nome “orçamento secreto”. Após a intervenção do STF, que suspendeu a execução dessas emendas e determinou que fosse dada publicidade à destinação dos recursos, o Congresso, pela Resolução nº 2, de 2021-CN, alterou a Resolução nº 1, de 2006-CN, para: 1) autorizar o relator-geral a apresentar emendas que tenham por objetivo a inclusão de programação ou o acréscimo de valores em programações constantes do PLOA; 2) limitar o montante das emendas RP9, que não poderá ser superior ao total das emendas individuais e de bancada; 3) estabelecer que o relator-geral poderá realizar indicações para atender solicitações oriundas de parlamentares, de
agentes públicos e da sociedade civil; e 4) as indicações enviadas ao Executivo deverão ser publicadas no site da Comissão Mista de Orçamento. Alteraram-se tudo, para tudo ficar como estava, vez que continuam ausentes os critérios objetivos que atendam de forma igualitária e impessoal a todos os beneficiários dos recursos dessas emendas. Além do controle sobre os recursos do orçamento secreto, os líderes do Centrão ainda estão indicando cúmplices para a gestão, em seus benefícios, do orçamento de órgãos públicos com grandes orçamentos, a exemplo do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), do Ministério do Desenvolvimento Regional e outros. Se os brasileiros tivessem um mínimo de noção dos malefícios coletivos que nos causam as ações do Centrão, jamais votariam em candidatos dos partidos que o integram (PL, Solidariedade, PTB, União Brasil, PSD, MDB, PROS, PSC, Avante, Patriota. (1) Geólogo, advogado e escritor
Brasília Capital n Cidades n 5 n Brasília, 7 a 13 de maio de 2022 - bsbcapital.com.br
Entrevista / Paulo Roque
O pré-candidato apontou o caos na Saúde como um dos problemas mais graves atualmente no DF. O cidadão de baixa renda tem enormes dificuldades para fazer uma simples consulta ou um exame de sangue. Considera umabsurdonãoexistirumúnico aparelho de ressonância magnética em toda a rede pública local e a falta de outros equipamentos, como tomógrafos. Mesmo assim, não considera totalmente falho o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). “O modelo de saúde que funciona é o modelo complementar, onde o público complementa o privado e vice-versa. Mas dentro de uma política de transparência. E não para permitir um financiador de campanha que ganha a conta de saúde para depois fazer o que nós já vimos aqui. Não é só privatizar e dar dinheiro ao privado que resolve”.
Educação “Para melhorar a qualidade da educação é preciso implantar, de verdade, o ensino integral. Isso está no Programa Nacional de Educação (PNE), que estabelece que, até 2024, 50% das escolas teriam que ser de ensino integral, e que 50% das crianças até cinco anos de idade teriam que ter vaga numa creche. Será que essa meta será cumprida?”, questiona. Ele também não é contra o modelo de militarização de escolas, “desde que funcione”.
Transporte “O sistema de transporte de Brasília não é bom exemplo em nada. Falta transparência do que é feito com essa montanha de dinheiro público que se despeja nas empresas, sem melhorar a qualidade de vida das pessoas”.
Desemprego “Tantos brasileiros ca-
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Saúde
Paulo Roque teve 202 mil votos em 2018, e diz que pode ser candidato ao GDF, caso o Reguffe desista da disputa
“Serei o senador defensor do cidadão que carrega o DF nas costas” Diva Araújo e Orlando Pontes
O
jornalista e advogado Paulo Roque (Novo) não tem dúvida de que será candidato ao Senado na chapa do senador José Antônio Reguffe (União Brasil) ao Governo do Distrito Federal. Ele reafirmou isto na segunda-feira (2), no programa Brasília Capital Notícias – parceria do Brasília Capital com a TV Comunitária e o blog do Chico Sant’Anna –, conduzido pelos jornalistas Orlando Pontes e Chico Sant’Anna. Roque defende o nome do senador José Antônio Reguffe (União Brasil) para o Buriti. Mas adiantou que, caso o aliado não confirme a candidatura, pode, inclusive, concorrer ao GDF no lugar dele. Confirmada a candidatura de Reguffe ao GDF, vê o nome da deputada Paula Belmonte como sua vice e ele (Roque) como Senador nessa chapa, tendo Reguffe governador. “Brasília perde muito se não tiver o senador Reguffe como candidato a governador. Mas é um direito dele não concorrer. Todos estamos na arena política e é legítimo, desde que o combate seja travado dentro das quatro linhas”, avalia. Segundo Roque, os presidentes do Novo nacional e local já conversaram com o senador e colocaram que o Novo gostaria de ter a vaga ao Senado na chapa. Veja os principais trechos da entrevista de Paulo Roque:
pazes, querendo trabalhar e não tendo oportunidade. Pais de família com força de trabalho e força de vontade estão parados, sem a dignidade do emprego, muitos por falta de qualificação. Defendo o ensino profissionalizante. O Brasil precisa fazer a parte dele”.
Impostos “Quem mais paga imposto no Brasil é quem ganha até dois salários-mínimos. Ou seja, a classe menos favorecida. A tributação tem de parar de penalizar o consumidor, como ocorre hoje. Temos que reverter isso”.
Perfil para Governador
“Se um dia eu vier a ser governador do DF, não vou envergonhar a nossa população. Um bom líder precisa ter coragem. Vamos colocar o dedo na ferida até
sarar. A política precisa de dignidade”.
Fechamento do STF Grupos que apoiam o presidente Bolsonaro defendem a intervenção militar e o fechamento do Supremo Tribunal Federal. Paulo Roque é radicalmente contra esta postura. “Embora eu tenha minhas críticas a alguns ministros, não podemos colocar a sociedade contra a instituição, que é fundamental para a democracia”.
Palanque Presidencial Roque sobe no muro quando questionado sobre quem apoiaria num eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, e diz que seguirá a orientação do Novo. Para o primeiro turno, é categórico: estará no palanque do correligionário Luiz Felipe D´Ávila. “É o melhor candidato, extremamente preparado. Farei campanha para ele com muito orgulho”.
Terceira Via “Se dependesse de mim, a terceira via estaria marchando só com um candidato, e esse nome pode ser do Novo. Mas não estou dizendo que tem que ser do Novo”.
Público X Privado “Eu defendo uma política liberal que não fica calada diante do abuso de mercado. Sou ligado à defesa do consumidor. O limite é aquilo que funciona e o que não funciona. A população não quer saber se o serviço é público ou privado. Quer saber se funciona”.
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Entrevista / José Gomes
O quê, por exemplo? – Que a gente precisa de grupo. Precisamos saber fazer a política para chegar aos objetivos. Às vezes, a gente tem muita vontade de fazer, só que tem muita coisa que entrava. O senhor teve um grande entrave: foi eleito pelo partido do então governador Rodrigo Rollemberg, com quem se desentendeu, e acabou expulso do PSB. – Eu fui para a campanha e vencemos. Só que as pessoas que me convidaram para a política, inclusive o ex-governador Rollemberg, não achavam que eu iria ganhar. O PSB tinha dois deputados. Eu fui chamado para fazer legenda. Só que surpreendi. Fui o mais votado do partido. Aí, eu achava que essa confusão terminava na eleição. Só que não. Houve injustiça. Mas, graças a Deus, eu tenho o nome limpo e não tenho na política nenhum processo e vou sair bem. O que o levou a ser expulso do partido? – Eu não fiz nada que quebrou o estatuto do partido. Não teve nenhuma questão judicial, que foi o processo que colocaram na época de uma pessoa que estava falando de abuso de poder econômico.
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O que leva um empresário bem-sucedido como o senhor a entrar para a política? – Entrei na política em 2018, quando eu era o maior gerador de empregos do Centro-Oeste. Foi uma coisa que eu decidi com minha família e amigos. Eu queria agradecer e fazer mais por Brasília. E a maneira que encontrei foi vindo para a política. E nesses quatro anos eu aprendi muita coisa.
Não cheguei de paraquedas na política e decidi com minha família e amigos fazer mais por Brasília
Polêmicas rumo à Câmara Federal Orlando Pontes
E
leito deputado distrital pelo PSB em 2018 com 17 mil votos, José Gomes, 40 anos, acabou expulso do partido. Nesta entrevista ao Brasília Capital, ele fala das polêmicas
em que se envolveu nos últimos três anos e meio. Entre elas, a acusação de compra de votos e um projeto para valorizar o pôr do sol da Ermida Dom Bosco. Agora filiado ao PP, é pré-candidato a deputado federal para, segundo ele, valorizar o trabalho, a geração de empregos, a educação e o incentivo à vinda de investimentos para o Distrito Federal.
Mas rolaram vídeos de reuniões de apoiadores seus dando a entender que o emprego de seus funcionários estava vinculado ao voto na sua candidatura. Isso não ficou configurado? – Não tem no processo uma fala da minha exigindo troca de voto por emprego. Eu até coloquei para meus advogados e falava para as pessoas:
eu entrego meu mandato se houver uma gravação da minha voz ou uma fala minha nesse sentido. Jamais eu faria isso. O que eu fiz foi ir para uma eleição com várias pessoas que eu empregava. Infelizmente, a gente fica à mercê dessas coisas.
não passaram de 12 mil votos. Acha que isso pode ter causado ciúmes dentro do partido? – Eu acredito muito que tenha sido isso. Como eu falei, eles não esperavam que eu ganhasse. Mas eu não cheguei de paraquedas na política. Eu já fazia por Brasília.
O senhor teve 17 mil votos e os favoritos do PSB
Quantos empregos o senhor gerava, à época,
no DF? – Mais de 12 mil empregos diretos. Atribui a sua votação a esses colaboradores, que por algum motivo teriam votado no seu nome para deputado? – Acredito que sim. A gente vive num país que duas coisas são importantes: emprego, que dá dignidade às pessoas, e saúde. Então, a gente que tem uma ferramenta para gerar emprego, recebe gratidão das pessoas. O senhor é da base do governo na Câmara Legislativa e estará na coligação do governador Ibaneis como candidato a deputado federal. O que o identifica com ele? – Este governo que tem um diferencial que se identifica muito com meu mandato e com meus ideais. Como gestor, gosto de ver as coisas acontecerem, sair do papel para do discurso ir para a realidade. Então, é um governo no qual estamos vendo projetos que estavam há muito tempo parados ou que não terminaram e que estão acontecendo. A população precisa disso. Mas também é um governo alvo de muitas suspeitas de irregularidades. Na pandemia, secretários e toda a cúpula da Saúde foram presos. O senhor não acha que a Câmara Legislativa se omitiu ao não aprovar a CPI do Iges? – Quando a gente entra numa situação dessa, que já tem investigação policial, Mistério Público, cada um que já é responsável por essas investigações, quanto mais você tumultua, pior. São pessoas competentes, preparadas para fazer essa investigação.
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Mas o Legislativa existe constitucionalmente para fiscalizar o Executivo. Não fiscalizar não é prevaricação? – Eu trabalho muito nosso mandato com números, com a legalidade do documento, dos processos. Agora, essa parte criminal, que vai para a administração, de conluio, eu acho que cabe à polícia. O senhor também se envolveu numa polêmica recente sobre um projeto da
Canal
9.3 11 na Net
valorização do pôr do sol da Ermida Dom Bosco. Poderia esclarecer qual era a sua in-
tenção com essa iniciativa? – Foi muito engraçado. Uma colega deputada, que não vou nem citar o nome, colocou como se eu estivesse preocupado com o pôr do sol. E não foi esta a intenção do projeto. Eu preparei a proposta pensando em incrementar o turismo na Ermida, que já é um local é turístico. E a gente colocando essa referência, como outros estados têm, motivaria as pessoas a irem tirar fotos, fazer book e atrair mais investimentos.
Que tipo de investimentos – Poderiam colocar restaurantes, lanchonetes, ter uma estrutura para o pessoal que vai tirar foto, passeios no lago. Então, não é que está tirando o sol mais bonito daqui ou dali. Em Brasília toda você tem o pôr do sol bonito. O problema é questão de referência. Na Câmara Federal o senhor vai defender que tipo de bandeira? Nosso projeto é continuar defendo as bandei-
ras do trabalho, do emprego e da educação e todos os outros assuntos de necessidade da sociedade. Mas quero muito fazer projetos para as pessoas que estão desempregadas no Distrito Federal. Que a gente comece a construir fábricas, como em outros estados. Trazer para cá atrativos para que empresas venham para Brasília. Também tem a questão de impostos e incentivos para a gente combater o problema do desemprego.
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Campanha de recomposição salarial A Campanha salarial do sindicato dos professores (Sinpro) está a toda. A categoria, cujos salários estão congelados há sete anos, denuncia a desvalorização da educação, resultado das políticas neoliberais implementadas pelo governo do Distrito Federal. As reivindicações da categoria podem ser vistas na TV aberta, com um vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=2ZAqicrP2fg) (disponível no QR Code) produzido pelo Sinpro-DF no qual o sindicato se dirige à população para dizer que a última assembleia geral manifestou a insatisfação
de professores (as) e orientadores (as) educacionais, especialmente em relação aos 7 anos de salários congelados. Também em frente ao Palácio do Buriti, o Sinpro estendeu uma faixa que ocupa a maior parte do centro da Praça do Buriti com a chamada “Sete anos de salário congelado. Professor desvalorizado, educação prejudicada. Recomposição salarial já”, desde o último dia 3 de maio. As ações do Sinpro-DF deixam evidente a insatisfação de professores (as) e orientadores (as) educacionais do magistério público frente à
desvalorização da categoria e da educação, impostas pelo governo do Distrito Federal. Além de 7 anos de salários congelados, as condições de trabalho nas salas de aula são degradantes: turmas superlotadas, com até 45 alunos; educação inclusiva apoiada apenas por “Educadores Sociais Voluntários”, sem vínculos (empregatício ou comunitário) com as comunidades escolares, que recebem uma gratificação simbólica pelo trabalho, enquanto 14 mil monitores concursados aguardam ser convocados; e demanda por pelo menos 5 mil novos profissionais do magistério.
O Sinpro já realizou assembleias com a categoria nos dias 22 de fevereiro, 24 de março e 27 de abril. A próxima está marcada para o dia 12 de maio, para discutir os rumos da luta. O encontro poderá ser antecipado, a depender das negociações com o GDF.
Use o QR Code e saiba mais
União de arte com informática estimula alunos “Os verdadeiros artistas criam coisas reais e que serão usadas [...] Design não é apenas o que parece e o que se sente. Design é como funciona”. É nessa frase de Steve Jobs, sócio fundador da Apple, que o professor de artes Ciro Naum Rockert dos Santos, do Centro Educacional (CED) Myriam Ervilha, se inspirou para unir artes e informática e envolver mais de 80 estudantes do Ensino Médio na construção de novas tecnologias para facilitar a vida. A história está disponível em vídeo do QR Code abaixo Os estudantes criaram diversos aplicativos para atender à população de Água Quente – lugarejo vinculado às Regiões Administrativas de Samambaia, Ceilândia e Recanto das Emas, no Distrito Federal –, e de Santo Antônio do Descober to (G). O professor Ciro entrou no Myriam Ervilha este ano. Adotou a metodologia de ensino baseada em desafio e criação de aplicativos e jogos. Um dos aplicativos já está rodando em versão beta na Google Play e na Apple Store. Ao todo, são 12 protótipos de apps prontos para serem apresentados e que já estão sendo divulgados e levaram as turmas a participar da Campus Party 2022. Dentre os apps desenvolvidos, destaque para o Run App (mototáxi); Tilary App (mobilidade urbana via carro, moto e entrega de produtos); Recipe Point (Pinterest da gastronomia com o melhor das receitas culinárias do Brasil e do mundo); Meu Cronograma (gerenciador de tempo e tarefas com opção de tabelinha menstrual e remédio se for mulher, água, refeição e treinos).
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Estudantes do Ensino Médio constroem novas tecnologias para facilitar a vida
Também encararam o desafio de competir com apps de sucesso, como o PlayDance (criado para ser superior ao TikTok por oferecer funcionalidades, edição e efeitos melhores); Pró-Vita (saúde via reeducação e controle alimentar); Young Wallet (carteira digital para compra e venda de criptomoeda e NFT e opção de ver lojas cadastradas que aceitam moedas digitais); HandMade (ajudar mulheres autônomas e artesãs via marketplace para publicar produtos feitos à mão, como roupas de crochê, bisquit, bolsas, bolos , quadros, colares e joias em geral). Os alunos do Myriam Ervilha buscaram inovar e apresentar app de inclusão social, como o Easy Libras (projeto de inclusão: tradutor de libras para texto e áudio. Chat para deficientes auditivos); Pente Fino (agenda virtual para cabelereiros, manicu-
res, pedicuros e salões de beleza em geral); Padaria Delivery (entrega de pães quentinhos e produtos de padaria em casa); My Diary Drawing (plataforma para coleção de obras de arte; portfolio online); mais um de jogo ainda sem nome. Todas as turmas de 3º Ano se envolveram no Projeto de Aplicativos do CED Myriam Ervilha, do Projeto Escola Imersiva, cujo tema é Empreendedorismo na Rede Pública de Ensino, Criação de Startups, Aplicativos, Jogos e Arte em NFT. “Queria que os terceiros anos já fossem preparados para as artes em design, em app design, em web design para o mercado de trabalho. Alguns alunos de 2º Ano quiseram participar. Entraram na equipe e criaram o grupo i-Students NFT, que, por sua vez, criou arte em NFT”, conta o professor. Com uma longa experiência em criação
de startups, Ciro levou para o magistério público o conhecimento adquirido na iniciativa privada. “Em 2018, após assumir o concurso público, comecei a ensinar aos alunos de outra escola da rede pública a criação de jogos e aplicativos. Em 2019, melhorei isso e fui o primeiro professor da rede pública do DF a levar os alunos para a Apple Development Academy. Assim, 80 alunos do Myriam Ervilha participaram da criação de 20 aplicativos, mas só 40 puderam ir por causa da limitação de ônibus e do espaço físico”, conta. “Nas aulas, eu mostrava os seis direitos sociais contidos na Constituição, e os estudantes seguiam esse princípio de criação, em proteção de lazer, moradia, transporte público etc. Ou seja, criaram aplicativos que respondiam à pergunta: o que mais lhe incomoda na sociedade e na vida que você gostaria de resolver por meio de um aplicativo?”, explica.
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Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
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Por Chico Sant’Anna
Uma “Feira do Rolo” via WhatsApp Que tal um diploma universitário sem ter frequentado a faculdade? E uma Carteira de Habilitação sem a necessidade de se submeter ao exame do Detran? Você pode ainda cobrir suas despesas com cédulas falsas de real, ou cartão clonado em nome de outras pessoas, algumas até já mortas, que não irão reclamar. Tudo isso está disponível nos grupos de WhatsApp. As fraudes nas redes sociais vão além das fakes news, que buscaram inviabilizar a vacina-
ção contra a covid ou que insuflam as pessoas com mensagens de ódio e xenófobas. Abertamente, propagandas oferecem esses documentos para quem desejar. Quem envia prefere grupos que reúnam moradores de áreas mais carentes, tipo Estrutural, Varjão, Café sem Troco e 26 de Setembro. Mediante o envio de um pix de R$ 50, o estelionatário lhe promete um cartão de crédito clonado, porém já desbloqueado, com limite de despesas em R$ 4 mil.
Se a preferência for por cédulas de dinheiro, a oferta é de receber um pacote de R$ 3 mil, mediante o envio de um pix de R$ 350. E os fornecedores garantem que as cédulas são iguaizinhas às verdadeiras. “Notas fake fibradas, perfeitas”, diz a propaganda disseminada nos grupos de zap. A CNH para motociclistas custa R$ 1 mil e para as categorias B, carro de passeio, e D, que permite dirigir lotações, os preços são, respectivamente, R$ 1.500 e 1.600.
Celulares do interior de penitenciárias Os telefones que enviam essas mensagens têm origem nos DDD 64, interior de Goiás; 85, Ceará; e 31 e 34, capital e interior de Minas Gerais. Um delegado da Polícia Civil do DF, que pede para não se identificar, informa que a maioria das mensagens enviadas provém de celulares que estão no interior de penitenciárias. Ele diz que é muito difícil identi-
ficar essas negociações, pois quem compra cédulas falsas ou cartões clonados está cometendo crime igualmente ao fornecedor e, por isso não revelará as transações. Mesmo assim, a Polícia Federal tem conseguido identificar os falsários e seus cumplices. No final de abril, um jovem foi preso em Samambaia ao retirar numa agência dos Correios um
pacote com mil reais em notas falsas de cem reais. Ele admitiu que comprou as cédulas pelas redes sociais. É sempre bom lembrar que aquisição de moeda falsa é crime e a pena pode chegar a doze anos de reclusão. Procurada, a secretaria de Segurança do DF repassou a demanda à Policia Civil, que até o fechamento desta edição não havia retornado.
Eleições: engarrafamento à direita para o Senado Nas eleições deste ano, o Senado renovará um terço de seus membros. Significa que será eleito apenas um candidato por unidade da federação. No Distrito Federal, a fila está grande, principalmente no campo da centro-direita, o que poderia favorecer uma candidatura de esquerda, caso fosse única. Flávia Arruda (PL), Gim Argelo (Pros), Paulo Octávio (PSD), Damares Alves (Republicanos), Paulo Roque (Novo), Paula Belmonte (PSDB-Cidadania), Hélio José (Solidariedade) são alguns dos nomes que já se postaram na fila à direita para disputar a vaga. Frente Única – Pela esquerda, o nome da deputada Erika Kokay (PT) tem sido muito ventilado, mas parece que ela vai tentar, mais uma vez, a vaga para a Câmara Federal. Se sente mais segura, e para o PT-DF seria uma garantia de representação no Congresso Nacional. O PT formou federação com o PV e o PCdoB. O filho do ex-presidente João Goulart, João Vicente Goulart (PCdoB), almeja ir ao Senado. A vaga, contudo, deve servir de negociação numa eventual coligação com o PSB e/ou Psol/Rede, a exemplo do que acontece para a disputa da presidência da República. O mesmo deve acontecer com a vaga de vice. Nos bastidores da política, comenta-se que uma frente de esquerda poderia ter o distrital Leandro Grass (PV) candidato ao GDF; a vaga de vice ficaria para um nome da federação Psol-Rede ou do PSB, e a vaga ao Senado seria destinada à professora Rosilene Corrêa (PT). A construção de uma frente única das esquerdas parece ser a estratégia mais racional para enfrentar o favoritismo de Ibaneis Rocha (MDB) na disputa do GDF e tirar proveito da multiplicidade de candidatos conservadores ao Senado. Mas racionalidade nem sempre é o referencial que mais pesa nas articulações políticas.
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I N F OR M E
HIV e sífilis ameaçam o DF, além da covid e da dengue Não bastasse o crescimento dos casos de dengue este ano, o avanço de outras doenças infecciosas também é motivo de preocupação. E, diante da desorganização instalada na rede pública de saúde, da insuficiência de médicos e outros profissionais, e da falta de reagentes para realização de exames, a preocupação não é pequena. Na Policlínica de Taguatinga, por exemplo, não param de chegar pacientes em busca de consulta na Infectologia. Com apenas 40 horas semanais de atendimento, a marcação de consulta demora meses – atualmente, só há vagas para outubro. A estimativa é de que faltam 58 médicos dessa especialidade à rede assistencial. O Portal de Transparência do GDF registra apenas 45 especialistas da área em atividade na Secretaria de Saúde. Isso ocorre em um cenário onde se percebe um aumento na ocorrência de doenças contagiosas de diversas naturezas, inclusive as sexualmente transmissíveis, como sífilis, HIV/Aids e hepatites, que tendem a aumentar com o fim das medidas
restritivas adotadas no enfrentamento à pandemia da covid-19. Nos casos de sífilis adquirida, por exemplo, o boletim epidemiológico da SES-DF de 2021 mostra que o coeficiente de detecção passou de 48,8 casos por 100 mil habitantes, em 2016, para 70,6 casos por 100 mil habitantes em 2020. O número de casos de hepatites B e C também está em crescimento há quatro anos e a do tipo C aumentou 110% de 2019 para 2020. As infecções por HIV também aumentaram, e, especialmente em função dos dois anos da pandemia, é provável haver uma subnotificação de casos. Relatório da Codeplan, de dezembro do ano passado, indica um crescimento geral das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), em especial, HIV/Aids e sífilis adquirida. O mesmo relatório aponta que a maioria dos casos atinge jovens de 12 a 29 anos, tendo as regiões administrativas de Ceilândia e Samambaia como as que concentram mais casos entre todas as cidades do DF. O aumento de casos de doenças infecciosas
ESPÍRITA
José Matos Espiritualistas num mundo de alienados Se você quiser desenvolver-se espiritualmente, poderá ser taxado de louco. Desenvolva-se mesmo assim Este é um mundo composto, em sua maioria, de pessoas alienadas e fúteis. De buscadores de prazeres fugidios e cacarecos. Se você quiser crescer espiritualmente, procure os afins e evite expor suas ideias para qualquer um. “Quan-
do você estiver livre da ganância, da raiva e do apego, a jornada interior começa. E essa jornada é a única peregrinação”. Se você pensa diferente da massa ignara e alienada, alguns vão cobrar perfeição de você e vão te condenar
de 2019 para 2020 mostra que a pandemia da covid-19 não foi determinante para a redução do número de registros. Sabe-se, no entanto, que a pandemia foi motivo de represamento geral de atendimentos médicos e de tratamentos e diagnósticos. Sem dados fechados referentes a 2021, o que temos são reações de profissionais que atuam na ponta do atendimento: e o sentimento é de preocupação diante da perspectiva da explosão do número de casos. E mesmo com o aumento da circulação das infecções sexualmente transmissíveis, não houve expansão da oferta de assistência. Pelo contrário: o Centro de Atendimento e Testagem da Rodoviária do Plano Piloto, por exemplo, teve uma redução no horário de atendimento. É importante lembrar que infecção não diagnosticada e a demora no início do tratamento pode implicar em agravamento do quadro do paciente. E isso implica em maior sofrimento pessoal e maior gasto público. A própria Codeplan alerta para o fato de que o tratamento de boa parte dessas doenças, como
no primeiro erro. Siga firme! Se você quiser desenvolver-se espiritualmente, poderá ser taxado de louco. Desenvolva-se mesmo assim. As pessoas não admitem alguém diferente. Se você der ouvidos, perderá a sua programação ou propósito. Um espiritualista de verdade não anda interessado em doutrinar ou mudar ninguém. Fala apenas para pessoas semelhantes e interessadas. Um espiritualista não quer ser melhor que ninguém; quer apenas desenvolver seu potencial. Quem o critica, não tem rumo ou o inveja. Se você for um índigo – rebelde que pensa em melhorar o mundo –, procure os semelhantes e não condene a massa ignara e alienada. Não esqueça: se você se desenvolver espiritualmente, não irá mudar o mundo, mas poderá ser feliz e contribuir para melhorar o pequeno mundo à sua
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
HIV/Aids implica, além do sofrimento humano envolvido, em aumento de custos continuados para o sistema de saúde. Daí a necessidade de uma rápida reação da gestão da saúde pública. Com a explosão das doenças contagiosas, como HIV/Aids e sífilis, entre outras, é urgente a necessidade de reorganizar a rede de atendimento, suprir o déficit de profissionais e regularizar o abastecimento e a distribuição de medicamentos, reagentes para exames e demais insumos na rede pública de saúde do DF.
** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
volta, desde que não seja intolerante. “A tolerância construtiva é aquela que oferece condições aos nossos campos íntimos e exterior para que haja respeito, convivência pacífica e mesmo a possibilidade da iniciativa conjunta”. A mensagem mais profunda de amor ensinada por Jesus foi: “fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem. Abençoados são aqueles que permitem a si mesmos serem contagiados com a festividade, com o amor, com a paz, com o silêncio e a celebração”. Madre Teresa, ao ser questionada sobre se o que fazia não era uma gota d’água no oceano, saiu-se com esta pérola: “É uma gota d’agua no oceano, mas sem ela, o oceano seria menor”. FFF: força, foco e fé! Professor e palestrante
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Gastronomia Bastidores dos restaurantes
Dedé Roriz
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Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília Instagram: @dederoriz Fotos: divulgação
FAZENDA CHURRASCADA
Uma experiência gastronômica do começo ao fim Brasília ganhou outro presente nos seus 62 anos: a Fazenda Churrascada, situada no clube de Golfe. Os sócios e irmãos Paulo Renato e Gabriela Roriz, juntamente com Pedro Ivo, Ticiano Figueiredo e André D’Alessandro trouxeram a ideia de São Paulo, onde a Churrascada está encravada no Morumbi, o bairro mais nobre da capital paulista. O padrão da Fazenda Churrascada é buscar a perfeição. Liderados pelo gestor Cristiano Balena, que tem no currículo a experiência de quem
trabalhou no Fasano. Balena, como é chamado por todos, chefia quase 100 funcionários, entre garçons, cozinheiros, ajudantes e terceirizados. Mas ele também põe a mão na massa. A casa tem capacidade para 350 pessoas, mas ficou pequena para o tamanho do sucesso que vem fazendo. A partir de quinta-feira no almoço, a Churrascada chega a ter uma fila de espera de mais de 100 pessoas. À noite o espaço fica mais bonito, com sua bela iluminação e shows. Uma das atrações é a cantora Thalita Rangel.
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