Jornal Brasília Capital 566

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Ibaneis tira dinheiro da limpeza urbana para fazer propaganda Ano XII - número 566

Brasília, 14 a 20 de maio de 2022

Página 5 AGÊNCIA BRASÍLIA

SNIPERS MIRINS

GDF prepara dois novos cabides de emprego Página 6

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Rosilene Corrêa mantém candidatura ao Buriti pelo PT Pelaí – Páginas 2 e 3

Clube de Tiros GSI, na Ponte Alta, no Gama, treina crianças a partir de oito

Paula Belmonte quer disputar o Senado Pelaí – Páginas 2 e 3

anos de idade com uso de carabinas de pressão calibre 4.5 e munição de chumbinho. Organizador do evento diz que cumpre “função didática”. Chico Sant’Anna – Página 10

Chás inspirados na Cidade Maravilhosa Gastronomia – Página 12


Brasília Capital n Política/ Pelaí n 2 n Brasília, 14 a 20 de maio de 2022 - bsbcapital.com.br

Ex pedien te

Cachoeira – Deputados contrários à criação da Loteria Distrital, aprovada na terça-feira (10) pela Câmara Legislativa, questionam a forma como o projeto, de iniciativa do GDF, foi aprovado. Querem saber a quem interessa a nova modalidade e se existe alguma ligação com empresários que já exploram jogos de azar em outras localidades.

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Rosilene mantém candidatura ao Buriti MARCELO CAMARGO/AGENCIA BRASIL

Mesmo após comunicado, na quarta-feira (10), do coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) da campanha do ex-presidente Lula, José Guimarães, para que o PT apoie o deputado Leandro Grass (PV) para governador do DF, a professora Rosilene Corrêa (foto) vai apresentar seu nome no Encontro Regional da legenda, nos dias 27 e 28 deste mês. ÚNICA – Apoiadores de Rosilene entendem que, agora, ela é a única pré-candidata do PT ao Buriti, uma vez que o ex-deputado Geraldo Magela (foto) anunciou que acata a orientação da direção nacional e passa a pleitear a vaga de senador. Ao Brasília Capital, Magela sugeriu que a companheira de partido seja a vice na chapa de Grass.

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mos o nome da companheira Rosilene ao Encontro Regional, sabendo que, agora, o Magela é pré-candidato ao Senado”, disse um dirigente, pedindo para não se identificar. MAIORIA – Ele lembra, ainda, que a homologação da candidatura de Magela depende de um acordo com o grupo de Rosilene, majoritário no diretório regional. “Quem tem maioria tem prioridade para ocupar a vaga ao Senado”, afirma.

INTERVENÇÃO – Na militância petista local, a ordem do GTE de Lula foi entendida como uma “intervenção branca” no DF. “Isto nos desautoriza a ter qualquer conversa dentro da federação PT-PV-PCdoB. Mas levare-

Lula terá três palanques no DF Caso se confirme a decisão do PT nacional de apoiar a candidatura de Leandro Grass (PV) ao

GDF, o ex-presidente Lula terá três palanques no Distrito Federal: o de Grass, pela federação PT-PV-P-

CdoB; o da assistente social Keka Bagno (PSol); e o do ex-secretário de Educação Rafael Parente (PSB).


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Veras animado

Caiado é o melhor governador do Centro-Oeste Pesquisa do instituto Exata OP sobre a avaliação dos governos estaduais aponta Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, como o terceiro governador melhor avaliado do Brasil, alcançando o índice de 59,1% de aprovação. Caiado aparece atrás dos governadores do Ceará e de Alagoas, Camilo Santana (PT) e Renan Filho (MDB), respectivamente. Ambos, no entanto, renunciaram mandatos para concorrer ao Senado.

O deputado distrital Reginaldo Veras (PV), pré-candidato a federal, acredita que o correligionário Leandro Grass vai empolgar a oposição ao governador Ibaneis Rocha (MDB). “Ele é bem preparado e já conta com apoio de importantes petistas locais, como o ex-governador Agnelo Queiroz e o ex-deputado Ricardo Valle”, exemplificou.

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IBANEIS É 8º – Ibaneis Rocha (MDB), aparece em oitavo lugar, atrás de Pará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia. O governador do DF tem aprovação de 49,3%, reprovação de 38,8% e 11,9% não sabem ou não responderam. Os maiores índices de rejeição ficaram com Santa Catarina, Tocantins, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe, Rondônia, Pernambuco, Roraima, Rio de Janeiro, Amazonas e Amapá.

Paula Belmonte quer concorrer ao Senado Seis presidentes de partidos (Solidariedade, PSC, PSB, Podemos, PRTB, Novo) e 105 pré-candidatos a deputado distrital e federal participaram, quarta-feira (11), do lançamento da pré-candidatura ao Senado da nova presidente local do Cidadania, deputada Paula Belmonte.

didato, está disposta a concorrer ao Palácio do Buriti. Reguffe justificou a ausência por estar numa sessão do Senado. “Dos 81 senadores, apenas eu e o Eduardo Girão (Podemos-CE) temos 100% de presença. Não quero perder esta marca”, disse ao Brasília Capital.

SENADOR 100% – Ela afirmou que, caso o senador José Antônio Reguffe (União Brasil) não seja can-

DESCONFORTO – A indefinição de Reguffe, porém, causa desconforto entre seus aliados. O ex-senador

Hélio José (Solidariedade) disse esperar que ele anuncie o mais rápido possível a que cargo concorrerá. MAJORITÁRIO – Reguffe garantiu ao Brasília Capital que a maior probabilidade é de concorrer ao GDF, embora não descarte tentar a reeleição. Mas está totalmente fora de seus planos disputas proporcionais para deputado federal ou distrital.

Arraiá da Bia Kicis A deputada Bia Kicis (PL) promoveu um “arraía”, sábado (14), no Lago Sul, para lançar sua pré-candidatura à reeleição e de Ricardo Caiafa a distrital.


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Entorno Metropolitano: Sem pai nem mãe! (Parte 3) Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL

Há anos se observa que tanto o GDF quanto os governos de Goiás e Federal “tiram o corpo fora” quando se trata de assumir responsabilidades quanto aos investimentos no Entorno Metropolitano, quando, na verdade, tais responsabilidades deveriam ser compartilhadas. Tornou-se comum dizer que a solução dos problemas dos municípios metropolitanos é responsabilidade do governo de Goiás, pois eles fazem parte do território goiano. Mas trata-se de uma meia verdade. Se o DF alega, com razão, que a área fica fora de sua jurisdição, também com alguma razão, Goiás argumenta que, se não fosse a criação de Brasília, a área que hoje forma o Entorno provavelmente continuaria sendo eminentemente rural e escassamente habitada.

Em 1960, a população total dos 5 municípios existentes à época (Luziânia, Formosa e Planaltina, que deram origem ao DF, mais Alexânia e Cristalina) era de apenas 73,7 mil habitantes (20,9 mil na área urbana), e, no ritmo que vinham crescendo (e em que cresceram outros municípios do nordeste goiano), teriam hoje cerca de 150 mil habitantes, e não 1,3 milhão. Isto demonstra que todos têm suas alegações, mas nenhum tem razão ao abdicar de enfrentar o problema, inclusive o governo federal, que alega ter constituído a RIDE, que não serve para coisa nenhuma. Deve-se destacar que este elevado contingente é resultante do processo de “expulsão” de grande parte da população de baixa renda do DF para a periferia, em virtude, especialmente, do elevado custo da terra e de moradia na Capital Federal. Portanto, os problemas da periferia metropolitana de Brasília são também de Brasília. Temos em nossa área metropolitana as maiores disparidades entre núcleo e periferia metropolitana entre as 15 maiores metrópoles do País. Tal situação é insustentável.

Esses municípios não podem ficar condenados a serem eternamente cidades-dormitório do DF. Têm que ter condições de se desenvolver e, para tanto, precisam de recursos financeiros que permitam substantivos investimentos em infraestrutura urbana: água tratada, esgotamento sanitário, captação de águas pluviais e equipamentos para propiciar melhores condições educacionais e de saúde pública. Ucrânia: Lucien Gauthier, do Partido Operário Independente da França, na palestra “A guerra na Ucrânia e suas consequências na Europa”, em SP, afirmou: “Trata-se de uma guerra que confronta os interesses dos imperialismos (EUA, União Europeia, Japão) e os da oligarquia russa, uma guerra cuja principal motivação é a busca do lucro e a conquista de mercados. E o verdadeiro alvo do imperialismo dos EUA é a China”. E concluiu “A Ucrânia e seu povo são tomados como reféns numa disputa que não lhes diz respeito”. Análise similar faz o economista Sergey Glazyev, da Academia Russa de Ciências: “por trás de tanques e caças, está em curso uma guerra velada, pela qual os EUA

lutam para manter sua hegemonia econômica global frente à ascensão da China”. Glazyev teceu fortes críticas à presidente do Banco Central da Rússia, Elvira Nabiullina: “Sua política monetária segue as recomendações ortodoxas do FMI, em benefício dos especuladores internacionais, que têm sido devastadoras para a economia russa. O congelamento de US$ 400 bilhões das reservas cambiais russas pelos EUA e UE foi desastroso porque o próprio BCR estimulou reservas em dólares e em euros, ao invés de ouro - do qual a Rússia é o 2º maior produtor mundial vendidos no mercado de Londres. Mas ainda pior foi o desvio, pelos oligarcas russos, de mais de US$ 1 trilhão para paraísos fiscais ocidentais”. Como se vê, o “buraco é mais embaixo”, e nem os oligarcas russos e tampouco Putin, seu chefe, têm relações assim tão hostis com a banca internacional e o imperialismo agressor.

(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

Empoderamento do Centrão x empobrecimento da população J. B. Pontes (*) Desde o Plano DIVULGAÇÃO Real, em 1994, Bolsonaro será o primeiro presidente que vai terminar o mandato deixando para a população um salário mínimo menor do que quando assumiu. De dezembro de 2018 a dezembro de 2022, o salário base da economia cairá de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37. O empobrecimento da população está cada vez mais escancarado. Perda de renda, de direitos sociais, além de preços de alimentos e gêneros de primeira necessidade em constante alta. Sem dúvida, com Bolsonaro o Brasil se tornou um país pior, com menos educação, menos saúde e mais pobreza. Só cresce no País a carestia, o desemprego, a desigualdade, o desmatamento ilegal e a fome. Em contraste, desde 2016, quando o

Centrão passou a dominar com mais ênfase o governo federal, primeiro com Temer e depois com Bolsonaro, as emendas parlamentares no orçamento público cresceram 192%. Nesse mesmo período, o salário mínimo cresceu 37,7%. A disputa pelo controle do orçamento público tem sido favorável aos congressistas desde 2015, quando as emendas individuais passaram a ser impositivas (EC 86, de 2015). E se intensificou desde 2019, quando as emendas de bancada passaram a ser também parcialmente impositivas (EC 100, de 2019). Mais recentemente ocorreram várias tentativas de transformar as emendas de Relator RP9, essa aberração inaceitável, também impositivas. Neste ano de eleição, o poder do Centrão no orçamento se fez mais evidente por meio da aprovação do Fundo Eleitoral de R$ 4,93 bilhões (R$ 1,7 bilhão na idêntica eleição de 2018), acrescido de R$ 1,1 bilhão do Fundo Partidário. Assim, os partidos políticos terão muito dinheiro público para a campanha deste ano, com valores

jamais alcançados anteriormente. União Brasil (fusão DEM-PSL) terá cerca de R$ 1 bilhão para gastar na campanha de seus candidatos; seguido pelo PT (R$ 594,4 milhões), MDB (R$ 417 milhões), Progressistas (R$ 399 milhões), PSD (R$ 397,7 milhões), PSDB (378,9 milhões), PL (R$ 340,9 milhões), PSB (R$ 323,6 milhões), PDT (R$ 299,4 milhões) e Republicanos (R$ 297,5 milhões). E as emendas parlamentares alcançaram valores inimagináveis: de Relator RP9 – R$ 16,5 bilhões; individuais – R$ 10,9 bilhões; e de bancada – R$ 5,9 bilhões, totalizando R$ 33,3 bilhões. Na ponta, como sabemos, parte desses recursos públicos quase sempre vai para os bolsos de parlamentares corruptos, via licitações fraudulentas e negociatas. As emendas parlamentares, individuais e de bancada, estão a exigir urgentemente um disciplinamento, desde a proposição até a execução. O problema está não só no crescimento dos valores, mas principalmente na falta de planejamento e priorização na aplicação dos recursos.

Isso leva a uma pulverização dos recursos aplicados, em geral em ações sem nenhuma relevância, servindo apenas para captar apoio eleitoral para seus autores. Seria necessário que as emendas individuais e de bancadas fossem destinadas a suplementar dotações de ações estratégicas constantes dos orçamentos dos municípios ou dos Estados e do Distrito Federal. Isso permitiria um mínimo de planejamento e priorização na aplicação desses recursos públicos. Quanto às emendas de relator RP9, por tratar-se de uma aberração, deveriam simplesmente ser banidas do orçamento federal, voltando-se ao regulamento original da Resolução nº 1, de 2006-CN. Reafirmamos que, se os brasileiros tivessem um mínimo de noção dos malefícios que nos causam o Centrão, jamais votariam em candidatos dos partidos que o integram (PL, Solidariedade, PTB, União Brasil, PSD, MDB, PROS, PSC, PP, Avante, Patriota). (*) Geólogo, advogado e escritor


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GDF tira dinheiro da limpeza urbana para fazer propaganda José Silva Jr. O governador Ibaneis Rocha (MDB) está usando a obra viária do túnel de Taguatinga como carro-chefe condutor da propaganda de seu governo, mesmo para a parte da população que não se beneficiará com ela. O emedebista ziguezagueia de um canto a outro atrás de verba para engordar o orçamento da Secretaria de Comunicação tirando recursos daqui e dali. Ibaneis conseguiu aprovar na Câmara Legislativa mais R$ 85,74 milhões, além dos R$ 73,75 previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA). O valor já era um dos maiores orçamentos para propaganda desde o início do mandato dele. Grande parte desse dinheiro é usada com publicidade das obras executadas por sua gestão – uma delas, a passagem subterrânea em frente à Praça do Relógio. Mas, para conseguir a aprovação, teve de comprovar de onde viria o suporte. A Lei de Responsabilidade Fiscal

determina que a abertura de crédito suplementar precisa ser compensada com a redução de outras despesas no mesmo valor aditado. Assim, os recursos foram viabilizados com o cancelamento de cinco programas do Sistema de Limpeza Urbana, incluindo R$ 30 milhões da manutenção de atividades de limpeza urbana e R$ 30 milhões para manutenção de bens imóveis. Ou seja, descobriu um santo para cobrir outro. CRITÉRIOS – Com o novo orçamento, Ibaneis distribuiuanúnciospararádios,TVs,jornais, blogs. Mas nem sempre fica claro quais os critérios técnicos para isso. Não precisava nem ter a ver com a obra. Por exemplo: na estrada para o Paranoá, próximo ao Varjão, foi instalado um imenso outdoor anunciando a obra de Taguatinga. “De que maneira essa obra vai me beneficiar? Eu não trabalho em Taguatinga e raramente vou lá”, questionou Diogo de Sá Barbosa, 38 anos, mestre de obras e residente no Paranoá. “Pelo

menos se fosse pra falar do Trevo de Triagem Norte, que é aqui na Saída Norte”, diz o trabalhador. Na obra citada por Diogo Sá – iniciada no governo Rollemberg –, foram feitos 23 viadutos, quatro pontes, 28 quilômetros de vias e 14 de ciclovia. O complexo beneficia mais de 100 mil motoristas que trafegam pela Saída Norte diariamente. Para revoltar ainda mais quem reside naquela região a Leste e Norte do DF, os R$ 85,7 milhões de suplementação de verba de publicidade, cuja grande parte foi usada para divulgar o túnel da discórdia, representa quase 40% do total da verba usada para construir o trevo (R$ 220 milhões). “Concordo em o governo divulgar seu trabalho, mas neste caso passou o limite do aceitável. Esse dinheiro daria para construir UPAs, hospitais, fazer duplicação de vias, construir escolas. Numa boa, o governador foi injusto”,

desabafou Geovana Alves da Silva, 41, pedagoga e moradora do Paranoá. TRANSPARÊNCIA – O secretário de Comunicação, Weligton Moraes (foto), não respondeu quanto o GDF investiu na campanha do túnel de Taguatinga. “Toda a despesa de publicidade do GDF está publicada no Portal da Transparência e no Diário Oficial. Diferente da época do governo Arruda, quando não era tornada pública”. Moraes era o secretário de Comunicação de Arruda e cita uma assessoria de imprensa contratada à época pela Caesb, então comandada pelo atual presidente da Novacap, Fernando Leite, que, segundo ele, “ainda hoje é questionada pelo Tribunal de Contas do DF”. O Brasília Capital não conseguiu contato com Fernando Leite até o fechamento desta matéria.

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GDF prepara mais dois cabides de empregos AGÊNCIA BRASÍLIA

Está em curso a criação das regiões administrativas do Park Sul e do Arapoanga

Novo endereço ou emancipação?

José Silva Jr Mesmo com a máquina pública já inchada, o Governo do Distrito Federal e a Câmara Legislativa querem engordar ainda mais o quadro de servidores com a emancipação de dois setores que estão prestes a virar Regiões Administrativas (RAs). Vêm aí a qualquer momento as cidades do Park Sul e do Arapoanga, situadas no Guará e em Planaltina, respectivamente. Mais dois belos cabedais de emprego para acomodar correligionários às vésperas das eleições de outubro. A criação da primeira futura RA está mais avançada. Capitaneado pelo deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos), já foi dado o pontapé inicial do processo de transformação do Park Sul, que está inserido no Setor de Garagens e Concessionárias de Veículos (SGCV), no Guará, com a mudança do nome da região para uma sigla mais nobre. ALTERAÇÃO – A Lei nº 6.908, de 20 de julho de 2021, de autoria do parlamentar, dispõe sobre a alteração da denominação do SGCV para Superquadra Park Sul (SQPS). Pior, a normativa alcança ainda os Setores de Oficinas Sul (SOF Sul) e de Múltiplas Atividades Sul (SMAS), que também passarão a se chamar SQPS. O Ofício (362/2021) com essa mudança foi encaminhado para o conhecimento da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) em 21 de julho de 2021. “Pelo exposto, encaminhamos para conhecimento e solicitamos os seus bons préstimos para adoção das providências necessárias, com o fito de dar prosseguimento as mudanças necessárias nos endereços da região”, concluiu o deputado em seu despacho.

GDF e Câmara Legislativa querem criar mais duas Regiões Administrativas no DF

Consulta pública Não satisfeito, Delmasso renovou a consideração este ano. Em outro ofício (1569/2022) encaminhado para a Administração Regional do Guará, que administra o Park Sul, SGCV, SOF Sul e Múltiplas Atividades, ele reiterou a proposta de mudança do nome para um só: SQPS. No mesmo documento, marcou uma audiência pública com a presença dos servidores da administração. “Dessa forma, encaminhamos o presente para conhecimento da manifestação da área técnica desta pasta, avaliação e agendamento de Consulta Pública para apresentação da proposta de alteração do endereçamento para a população, colocando-nos à disposição para

eventuais esclarecimentos que se façam necessários”, diz o documento. Em outro despacho via Sistema Eletrônico de Informações (SEI), no dia 5 deste mês, para a Coordenação de Licenciamento, Obras e Manutenção da Diretoria de Aprovação e Licenciamento da Administração Regional do Guará, Delmasso solicita “avaliação e agendamento de consulta pública para apresentar à população a proposta de alteração do endereçamento do Setor de Garagens e Concessionárias de Veículos – SGCV, do Setor de Oficinas Sul – SOF SUL e do Setor de Múltiplas Atividades Sul – SMAS, o qual será alterado para Superquadra Park Sul”.

Procurado pela reportagem do Brasília Capital, Delmasso garantiu que a audiência pública é só para definir o novo endereço. “Isso já é uma lei que alterou a nomenclatura da área. Mas não é a criação de mais uma área não. Na verdade, vai continuar fazendo parte da região do Guará”, afirma o político. Resta saber até quando, uma vez que a pressão dos moradores para que o Park Sul – ou melhor, a SQPS – se torne uma RA será grande. Para o economista e morador do lote 13 Rafael Cottis, a audiência vai tratar dessa emancipação. “Queremos uma nova RA. E o Delmasso também quer”, confidenciou ele. ARAPOANGA – No domingo (8 de maio deste ano), moradores do Arapoanga participaram de uma audiência pública para debater a proposta de criação da Região Administrativa do Arapoanga, que faz parte de Planaltina. O encontro foi realizado pela Secretaria de Governo do DF com o apoio de 14 órgãos do GDF. Após a conclusão dos estudos e pareceres dos órgãos do GDF, o processo será enviado ao governador, que decidirá sobre o encaminhamento de projeto de lei à Câmara Legislativa.


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Assembleia decide manter agenda de mobilização DIVULGAÇÃO

Em meio à conquista do reajuste do vale-alimentação, anunciado pelo GDF na quarta (11), professores e orientadores educacionais se reuniram em assembleia geral na quinta-feira (12) e reafirmaram a continuação da luta para que os demais itens da pauta de reivindicações da categoria sejam atendidos, especialmente os referentes à recomposição salarial. O governador não negociava diretamente com a categoria desde 2020. Foi a mobilização dos educadores, desde a primeira assembleia deste ano, em fevereiro, que alcançou os avanços pelos quais lutamos – atualização da tabela salarial, que estava em atraso desde 2015; incorporação ao vencimento do valor do antigo auxílio-saúde; reajuste do vale-alimentação. Sabemos que é insuficiente. Afinal, há muitos outros itens na nossa pauta. Mas é importante considerar que o cumprimento pelo governo de cada uma dessas reivindicações foi produto da pressão. Foram conquistas arrancadas, e não concessões feitas, pois o GDF vinha resistindo a atender e até a negociar.

educação; redução e desorganização no repasse de recursos; dificuldades de estrutura; desmonte da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e da educação inclusiva; carência exorbitante de professores, associada à enorme quantidade de profissionais em contrato temporário; carência de orientadores educacionais; carência de monitores e aumento do número de estudantes com deficiência nas turmas sem nenhuma política de inclusão. Nada disso é mera negligência, mas sim, consequência de um projeto consciente de sucateamento da educação pública. É por isso que os professores não se iludem que qualquer vitória poderá vir espontaneamente desse governo. Continuaremos pressionando pela recomposição salarial e outros pontos que são direitos da categoria.

Professores e orientadores educacionais do DF seguem na luta pela recomposição salarial

A realidade nas escolas mostra com nitidez o descaso do governo Ibaneis com a Educação. Problemas sérios decorren-

tes da militarização, com graves ataques à gestão democrática; turmas superlotadas; desvalorização dos profissionais de

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Oficinas de literatura de cordel chegam a 3 mil estudantes FOTOS: DIVULGAÇÃO

Maria Félix Fontele (*) Inspirados nas oficinas do projeto A arte do cordel, alunos do quinto ano da Escola Classe 15 de Ceilândia produziram, coletivamente, em abril, o Cordel da saúde, influenciados pelas aulas de rimas, métricas, leitura e interpretação de texto ministradas pelo professor Raimundo Sobrinho, coordenador do programa. Durante algumas semanas, os estudantes se debruçaram sobre o tema “saúde e seus vários aspectos, especialmente na área de prevenção”, conta a professora Viviane Pereira da Silva. “A escola criou o projeto EC-15 – Cada um cuidando da saúde de todos, mostrando que a atenção com o outro é obrigação, sobretudo durante uma pandemia”, afirma Viviane, ao lembrar que diversos jovens relutavam, por exemplo, em usar as máscaras. Segundo ela, as oficinas de cordel do professor Raimundo, com seu conteúdo rico e dinâmico, contribuíram para a mudança de visão dos

Projeto Literatura de cordel incentiva a prática da leitura e da escrita para estudantes

estudantes quanto à possibilidade de escreverem versos. “Muitos tinham dificuldades com rimas, mas quando aprenderam como fazer, ficaram entusiasmados, e o projeto deslanchou, resultando no Cordel da saúde e em outras poesias”, ressalta. Outros fizeram cordéis do Dia das Mães em homenagem às suas mães. ABRINDO PORTAS – A professora diz que a literatura de cordel abriu as portas para a realização de outros

projetos, como é o Brasília de todos os cantos, a ser iniciado em breve com a participação de escritores do DF, que serão convidados para ler seus textos e poesias em eventos organizados pela escola. “Nessa onda boa, de incentivo às práticas da leitura e da escrita, estamos iniciando também um trabalho de produção de acrósticos”, informa Viviane, destacando que essas iniciativas têm melhorado a compreensão de mundo dos estudantes.

BOM EXEMPLO – A EC 15 de Ceilândia é um dos exemplos bem-sucedidos do projeto a Arte do Cordel, iniciado em 2019 com o nome A Magia do Cordel, desenvolvido em várias escolas. A cada ano, ele tem sido renovado e já se tornou uma das referências da cultura da cidade em sala de aula. Desde então, já foram ministradas 76 oficinas em mais de 20 escolas da Ceilândia, atingindo cerca de 3.300 alunos, a partir do quinto ano do ensino fundamental. A Escola Polo de Surdos da Ceilândia, no Centro de Ensino 2, também recebeu oficinas de cordel, com o apoio da professora Rute Vilela, que interpretou a eles, em Libras, todo o conteúdo explanado. (*) Jornalista – Especial para o Brasília Capital

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HRG é retrato do desmonte do SUS no DF O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal suspendeu o indicativo de interdição ética na emergência do Hospital Regional do Gama, onde óbitos vinham ocorrendo porque os pacientes eram internados mas passavam dias sem serem avaliados por médicos, simplesmente porque não havia profissionais suficientes para atender essa demanda. A interdição foi suspensa porque houve contratação de médicos em caráter temporário. A mesma coisa aconteceu em setembro de 2021 e, em janeiro deste ano, apenas quatro meses após a assinatura dos contratos, só restava um dos 17 médicos que haviam sido contratados. Agora foram chamados 14 e, na primeira semana de trabalho, quatro já pediram demissão. E o êxodo não se restringe aos temporários. Diante do verdadeiro processo de desmonte que presenciam, médicos concursados também estão pedindo demissão. E o HRG continua com o atendimento contingenciado: se não é com bandeira vermelha, é laranja. E a maioria dos pacientes que chega é mandada embora sem atendimento. No fim das contas, nada mudou.

Com número insuficiente de médicos e outros profissionais de saúde e sem condições adequadas para prestar o atendimento devido aos pacientes do Gama, daqui a pouco tempo tudo voltará a acontecer do mesmo jeito: novos desligamentos e pacientes morrendo dentro do hospital por falta de quem os socorra. Aí, fazem nova contratação e a coisa vai se arrastando assim. É essa a política de saúde do atual governo: remendo, sem solução para coisa nenhuma. Era de esperar que a contratação por meio do concurso que está previsto fosse resolver. Mas não vai. Primeiro porque o número de vagas é irrisório. O edital disponibiliza 20 vagas de médico clínico para preenchimento. Só no Hospital do Gama são necessários 30 para normalizar o atendimento. E mesmo que chamem quem ficar no cadastro reserva, eles não vão ficar porque os salários de médicos da Secretaria de Saúde do DF estão muito defasados em relação à realidade do mercado. O que um médico ganha pelo trabalho de um mês na SES-DF, recebe em quatro plantões na rede privada.

Nas condições atuais de trabalho e remuneração oferecidas pelo GDF para médicos no serviço público, vemos um quadro inédito e dramático: profissionais concursados com 10 ou 20 anos de carreira pedindo demissão. No “modelo alternativo” do IGESDF é ainda pior: boa parte dos profissionais que assumem as vagas de trabalho são recém-formados buscando adquirir mais experiência na prática médica. E assim que conseguem ou quando se sentem pressionados demais pela demanda, pedem demissão. Vão atuar na medicina privada ou vão para outros estados onde o custo de vida é mais baixo. Não bastasse a sequência de ataques a direitos trabalhistas e mudanças desfavoráveis aos trabalhadores, como a reforma federal, em 2017, e as alterações no Regime Próprio de Previdência dos Servidores do DF, nos governos Rollemberg e Ibaneis, médicos (bem como os demais servidores públicos do DF) sentem-se desmotivados pela falta de capacidade técnica e de comprometimento dos gestores e governantes. É fundamental que os postulantes ao GDF te-

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

nham em mente que é urgente a necessidade de rever políticas públicas e reorientar as prioridades na gestão da saúde. Entre as medidas urgentes e inadiáveis está a reformulação da carreira médica e a recomposição salarial da categoria, sob risco de aumentar o êxodo de profissionais e, com isso, piorar ainda mais a qualidade da assistência prestada aos pacientes do SUS.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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Cego é quem tem medo de ousar Oitenta alunos cegos e surdos brasilienses ousarão fazer uma oficina sobre “Arte e Cortes”, na terça-feira (17), pintando dois quadros especiais com o artista plástico Carlos Bracher. Um quadro será pintado pela manhã, em homenagem aos “200 Anos da Independência do Brasil”. O outro, à tarde, homenageará a “Brasília 62 Anos”. A ação de inclusão social é uma iniciativa da Secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, e da diretora da escola Kingdom School, Alice Simão. No dia 18, às 19h, a escola Kingdom School faz uma homenagem a Carlos Bracher. Na ocasião, o escultor e artista plástico apresentará o projeto de uma escultura do calculista e poeta

Joaquim Cardozo a ser fixada na Esplanada dos Ministérios. SERVIÇO Evento: Oficina sobre Arte e Cortes Local: Escola Kingdom School Endereço: SHIS Q.I. 11 Entrequadras 2 e 4 – Área Especial B - Lago Sul

Projeto expõe quadros pintados por artistas especiais


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Brasília

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Por Chico Sant’Anna

Crianças são treinadas em clube de tiro no Gama Não bastassem as medidas flexibilizando as leis quanto ao porte e ao uso de armamentos, agora iniciativas dos defensores das armas querem naturalizar o uso delas e focam, inclusive, em crianças. Isto aconteceu no dia 30 de abril, na Ponte Alta do Gama, no Clube de Tiros GSI. E não se trata de videogames ou armas de brinquedo. Crianças a partir de 8 anos de idade estão participando de cursos de formação e torneios de tiro, com armas de pressão – algumas maiores do que as crianças participantes. São carabinas 4.5, que usam pallets e “chumbinho” como munição. Há, contudo, carabinas de pressão nesse calibre que utilizam esferas metálicas como munição. O Clube de Tiros também promove cursos para a gurizada, que nas fotos mais parecem snipers - atiradores de elite – popularizados nos filmes de guerra. As armas de pressão não são consideradas armas de fogo. Por isso, não necessitam de registro para a venda, que pode ocorrer até pela internet. Entretanto, a venda só pode ser feita para maiores de 18 anos. Segundo dados de fabricantes,

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Torneios infantis com armas de pressão usam chumbinho como munição

disponíveis na internet, o alcance médio dos tiros de uma arma desse porte chega a 30m de distância, com a munição viajando a uma velocidade de 305 metros por segundo, o que equivale a um impacto a 20 Km/h. Alguns modelos possuem autonomia de tiro que chega a 60 disparos sem a necessidade de recarregar. No Ministério Público do DF, a Promotoria de Defesa da Infância e da Juventude se negou a comentar o campeonato e a avaliar se ele fere ou não o Estatuto da Criança e da Adolescência – ECA.

FUNÇÃO DIDÁTICA – Segundo o organizador e presidente do Clube GSI, o ex-policial Carlos Tabanez (suplente de deputado distrital pelo MDB), o torneio tem uma função “didática e pedagógica”. E elenca quatro objetivos: “Incentivar o esporte de tiro, que obteve a primeira medalha olímpica para o Brasil; acabar com a curiosidade de crianças sobre armas e ensinar a respeitá-las; melhorar a disciplina, concentração e respiração do praticante; reunir as famílias e mostrar que o tiro é um esporte familiar”.

Lei proíbe armas de brinquedo no DF Na história do Distrito Federal, grandes foram os esforços em evitar a naturalização das armas entre as crianças. Em 2013, a Câmara Legislativa aprovou projeto de iniciativa do GDF, na gestão de Agnelo Queiroz (PT), que proibia a venda e a fabricação de armas de brinquedo no território do DF. O projeto criava, ainda, o dia, 15 de abril, e a Semana do Desarmamento Infantil, no mês de abril de cada ano

– mês em que o torneio de tiro infantil foi realizado -, períodos nos quais a Secretaria de Justiça deveria promover a troca de armas de brinquedo por livros infantis. A ideia era construir uma cultura de não violência no DF. A lei, ao que parece, caiu no esquecimento até do GDF. Presidente da Comissão de Direitos Humanos, o distrital Fábio Felix (Psol), lamenta que as crianças de Brasília este-

jam “submetidas a este processo de apologia ao armamento”. “A legislação brasileira é pautada pela promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes numa lógica da cultura da paz e das boas referências. Uma ação como essa deve receber o repúdio da sociedade. É uma ação eticamente terrível e também ilegal por contrariar os direitos deste segmento”, avalia.

Fascínio A utilização de armas de brinquedo, espada, arco e flecha, estilingue e revólver de plástico não é, segundo a coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Maria Ângela Barbato Carneiro, fator determinante, isoladamente, para a formação de um caráter violento nas crianças. A pedagoga acrescenta que esse tipo de brinquedo exerce certo fascínio, especialmente, sobre os meninos, porque, em geral, reproduzem elementos da realidade à sua volta. “O problema é o incentivo ao uso desses objetos em um contexto social já caracterizado por estímulos às mais variadas formas de violência”, complementa.

Gatos viram alvo No cotidiano de nossas cidades, não são raros os relatos de animais domésticos serem alvo de armas de chumbinho. Militante ambiental, a mineira Rosária Rezende relata que, em sua cidade, Varginha, meninos já mataram três cachorros de rua e quatro gatos, que se transformaram em alvos das espingardas de chumbinho. Dois gatos dela foram feridos, um na cabeça e outro no rabo. “Aqui na vizinhança já desapareceram uns treze gatos. A Polícia Civil tem ciência, já colheu vários depoimentos, .tem o endereço do atirador, mas nada faz. Alega ser necessário flagrante”, lamenta. Em Brasília também há fatos como esse. No ano passado, na Quadra 26 do Park Way, um gato foi ferido a tiros de chumbinho no interior de um condomínio. O atirador seria um vizinho.


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NUTRIÇÃO

Caroline Romeiro Você é o que as bactérias que vivem em você comem A microbiota intestinal é capaz de extrair energia e produzir nutrientes e outras substâncias que atuam em diversas partes do nosso corpo Existe uma frase muito famosa na Nutrição que diz: “Você é o que você come”. Essa frase se popularizou no meio da saúde

porque, de fato, nossas células precisam de nutrientes que vêm dos alimentos para a nossa sobrevivência. E não apenas para gerar

ESPÍRITA

José Matos Amarração do amor Por que você quer alguém que não lhe quer? É digno rastejar atrás de alguém? Você já viu anúncios de alguém prometendo trazer seu amor de volta em três dias? É possível fazer um trabalho de amarração para alguém interessar-se por você ou para aquele ou aquela que foi embora voltar? Sim! Mas por que alguém faria isso? Por que você quer alguém que não lhe

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quer? Ao invés de fazer esse trabalho sujo, você deveria fazer um trabalho junto a um terapeuta para curar-se, porque isto é sintoma de desvalor. Por que você se sente tão inferior? Você acha digno “rastejar” atrás de alguém? Você sabe como esse trabalho é feito? Isso é feito como uma obsessão: espíritos altamente ignorantes

energia, mas para construir e reconstruir tecidos. Portanto, para crescer e ter saúde, precisamos dos alimentos que nos fornecem os nutrientes necessários para isso. A questão é que, especialmente na última década, muito tem se falado da importância das bactérias que vivem em simbiose com o ser humano, especialmente as bactérias intestinais. A microbiota intestinal, como é chamada essa população de micro-organismos que ali residem, é capaz de extrair energia e produzir nutrientes e outras substâncias, como neurotransmissores e hormônios que atuam em diversas partes do nosso corpo. Hoje sabemos que a obesidade pode ser um quadro influenciado pela microbiota intestinal, bem como diabetes, doenças cardiovasculares, alergias, depressão, ansie-

dade, autismo, entre tantas outras condições de saúde. Isso significa, de uma forma muito simples, que nós precisamos fornecer bons alimentos e nutrientes para que esses micro-organismos possam contribuir com a nossa saúde. Por isso, o funcionamento do intestino diz muito sobre a nossa saúde. Então fique atento! Quadros que fogem ao normal, como diarreia frequente ou constipação intestinal, dores ao evacuar, sangramento ou presença de muco nas fezes podem ser sinais de alerta e precisam de avaliação profissional. Por isso, como eu sempre digo, busque auxílio de um bom nutricionista para cuidar da sua saúde!

são enviados para atormentar o outro, gritando o nome dela ou lembrando momentos íntimos. Ou seja: isso é crime de perturbação do sossego alheio. É isso que você deseja? Conscientize-se de que, além do crime de perturbação da paz alheia, estará violando o livre arbítrio da pessoa. Conheça-se. Melhore-se como ser humano. Evite conversas e ações desagradáveis. Interesse-se pelas pessoas, seja amigo, gentil e solidário. Milhões de pessoas estão em busca de pessoas interessantes. As pessoas queixam-se de solidão. Mas a convivência agradável com alguém requer maturidade, sabedoria. Faz parte do seu processo de educação na Terra educar-se também para uma convivência amorosa. O interesse pelo outro, o conhecimento de sua história lhe levará ao afeto. Mas é preciso saber interpretar

a expressão corporal do outro para que você não se deixe levar por palavras e expressões agradáveis com a finalidade de lhe enganar. Acima de tudo, não idealize tipo. Não crie expectativas. Se você for uma pessoa de bem, pela lei dos afins atrairá também pessoas de bem. Lembre-se de Jesus: “ Busque o Reino de Deus e sua Justiça, e tudo o mais lhe será dado de acréscimo”. De Luís Sérgio: “O objetivo da vida é o aprendizado da arte de amar”. Tudo começa no pensamento que vem da memória. Pensamento, ação, magnetismo, que atrai ou afasta os outros. Enxerte novas e boas memórias e terá melhores pensamentos, melhor magnetismo e gente interessante.

(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1a Região Instagram: @carolromeiro_nutricionista

Professor e palestrante

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Gastronomia Chás inspirados na Cidade Maravilhosa DIVA ARAÚJO O chá, uma bebida milenar da cultura asiática, vem conquistando espaço no mercado brasileiro. E o Rio de Janeiro foi a porta de entrada no Brasil. O hábito de tomar chá tem sido disseminado desde 2020 pela empresa carioca Espírito do Chá. A loja foi criada em plena pandemia, a partir da união de duas paixões dos sócios Cláudia Sant’Anna, Daniela Monteiro e Job Sant’Anna – o chá e o Rio de Janeiro. O objetivo era produzir blends que traduzissem a paisagem da cidade e proporcionassem uma experiência de conexão entre os sabores e os locais que habitam o coração dos cariocas e dos turistas.

Depois da água, o chá é a bebida mais consumida e com crescente aumento no mercado - 12,3% ao ano no Brasil. O chá se tornou uma opção saborosa e cada vez mais presente na mesa dos brasileiros e nas lojas especializadas do produto. Embora, o chá seja asiático, ele foi popularizado no mundo pela Inglaterra. Além de seu aspecto medicinal, ligado à fitoterapia, ele passou a ser reconhecido como símbolo de hospitalidade, de autocuidado, prazer gastronômico e bem-estar. COLEÇÕES E INSPIRAÇÕES – A Espírito do Chá produz cuidadosamente chás com uma variedade de sabores a serem explorados, que se adaptam ao estilo moderno

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da vida e inspirado no cotidiano e nas belezas da Cidade Maravilhosa, com praticidade, funcionalidade e portabilidade para os apreciadores da bebida. No princípio, foi criada a Coleção Chá do Rio, com os blends Mar, Montanha, Floresta e Cidade – uma alusão à paisagem urbana carioca, que reúne natureza abundante e bela. Em seguida, os sócios criaram as coleções Amanhecer na Pedra da Gávea, Pôr-do-Sol no Arpoador, Mureta da Urca, Jardim Botânico e muitas outras.

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EMPREENDEDORISMO FEMININO

Brasilienses fazem sucesso na produção de Gin As mulheres estão ocupando o mercado de produção de bebidas destiladas, antes dominado pelos homens. Um exemplo são as brasilienses Jeane Resende, Flávia Amorim e Thaís Freitas, pioneiras na produção de Gin. A marca Trevo Raro nasceu em 2021, durante a pandemia de covid19, movida pela

necessidade de reunir-se com os amigos e familiares em momentos de confraternização. Num cenário onde tudo era incerto e as pessoas estavam separadas fisicamente, um objetivo em comum unia as três amigas: a vontade de brindar. Elas se reuniram por videochamadas e, em meio a ‘brindes virtuais’, surgiu a ideia de por a mão na massa, ou melhor, na

cana, e dar vida a uma bebida diferenciada que representasse o autêntico espírito de mulheres empreendedoras. DNA BRASILIENSE – O Gin Trevo Raro além de ser produzido por mulheres, tem em seu DNA a marca de Brasília e uma base inovadora de cana-de açúcar, ingrediente principal da cachaça, tradicional bebida brasileira. (D.A.)


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