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MDB). Páginas 6 e

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Nação Fla causa rombo de R$ 64 mi no BRB

Ministério Público de Contas dá 10 dias para o banco esclarecer denúncias de falta de transparência nas operações deficitárias do cartão

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A falta de transparência parece estar disseminada no Governo do Distrito Federal. Quando o assunto é ocultar números que correspondem a vultosas quantias de dinheiro público usadas para pagar interesses privados – conforme o Brasília Capital vem revelando em suas edições – a prática não é exclusividade de uma única Secretaria.

O Banco de Brasília (BRB) também tem feito o dever de casa direitinho, ao não dar transparência às informações de operações dos cartões de crédito concedidos a torcedores do Clube de Regatas Flamengo, do Rio de Janeiro, o Nação BRB Fla. Segundo reportagem do Correio Braziliense de quinta-feira (7), o rombo pode ultrapassar os R$ 64 milhões.

A ocultação desses dados, que são públicos – ou deveriam ser –, entrou no radar do Ministério Público de Contas do Distrito Federal (MPCDF), que é ligado ao Tribunal de Contas do DF. O MP de Contas deu um prazo de dez dias, a contar da quinta-feira (7), para o BRB esclarecer sobre as denúncias de transparência na divulgação das operações deficitárias do cartão de crédito do banco.

DIVULGAÇÃO

Museu do Flamengo

O assunto não se constitui uma novidade. Há mais de um mês, na edição 570, o Brasília Capital divulgou as aberrações contidas nesse contrato entre o banco estatal e o clube carioca. O jornal revelou que o BRB havia feito um aporte de mais R$ 2,5 milhões ao rubro-negro para construir o Museu do Flamengo na capital fluminense.

Na mesma reportagem, o jornal trouxe a informação de que produtores culturais do Distrito Federal estavam indignados com esse contrato milionário entre o banco da capital federal e o time do Rio de Janeiro.

Não é para menos. A instituição pública, que tem como destino fomentar o desenvolvimento do DF, está fazendo mimos ao time de outro estado. E não somente com o time de futebol, que recebe do BRB um aporte fixo de R$ 32 milhões por ano.

PATROCÍNIO AOS RIVAIS DE BRASÍ-

LIA – O basquete rubro-negro, rival dos times da mesma modalidade de Brasília, conta com R$ 2,5 milhões do BRB, sendo que não havia necessidade, uma vez que o clube carioca teve uma receita em 2021 de mais de R$ 1 bilhão.

Tanto dinheiro em via de mão única acendeu o sinal amarelo no MP de Contas. No pedido feito ao banco, o procurador Demóstenes Albuquerque quer informações sobre as atividades do BRB, como os números relacionados à inadimplência de clientes detentores do cartão Nação BRB FLA. Além disso, o procurador quer o pronunciamento da Controladoria-Geral do DF sobre o assunto. O MP suspeita estar havendo uma manobra para escamotear um mau negócio. Um calote que pode passar de 50%. A cada dois clientes que têm os cartões com as marcas BRB e Flamengo um pode estar inadimplente.

Licitação de R$ 250 milhões causa polêmica na Secretaria de Educação do DF

Será retomada, na segunda-feira (11), às 10h, a licitação para contratação das empresas de vigilância armada e supervisão motorizada das escolas públicas, unidades orgânicas e coordenações regionais de ensino da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal. São dois lotes, totalizando R$ 250 milhões por ano.

O pregão número 09/2021 aconteceu em 31 de maio deste ano para contratação de duas empresas pelos próximos cinco anos. Mas a retomada da licitação está cercada de dúvidas. Após o pregão, as duas primeiras colocadas nos dois lotes (Transporter Segurança, do lote 1, e Brasfort, do lote 2) foram desclassificadas por problemas na documentação. Assim, a GI Empresa de Segurança, que ficou em segundo lugar em ambos os pregões, ascendeu ao primeiro lugar.

A GI é a atual prestadora do serviço para um dos lotes. Agora, sua documentação está sendo questionada pela própria Secretaria, responsável pela emissão dos documentos. A suspeita é de que a eliminação da GI seja para favorecer ou direcionar os contratos para empresas de famílias de políticos.

RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Empresas terceirizadas fazem a segurança da sede da Secretaria, escolas e regionais de ensino

Estamos a três meses das eleições. A qual cargo

você vai concorrer? – Minha expectativa é de concorrer ao Senado.

Dizem que a cadeira de vice está reservada para

você... – Eu quero somar, quero participar dessa eleição porque acho que com a experiência que tenho, é bom estar presente no quadro político local. Gostaria de sair candidato ao Senado, mas numa composição tudo é possível.

O PSD não firmou nenhum compromisso nacional e liberou os estados para fazer acordos locais. No DF, vocês já descartam

alguma aliança? – Eu tive, de fato, conversas com todos os partidos. O senador Izalci (Lucas, PSDB) convidou a minha esposa para ser vice dele. O PT quer fazer uma aliança conosco como fizeram em Minas Gerais, de lançar um candidato ao governo e fazer um acordo com o PSD. Conversei com o PDT. Portanto, as conversas estão abertas.

É mais fácil, hoje, no plano nacional, apoiar Lula ou Bolsonaro no se-

gundo turno? – Esta conversa vai depender muito do (Gilberto) Kassab (presidente nacional do PSD).

Mas ele disse que preten-

de escutar os estados... – Ele vai escutar os estados, e cada estado vai dizer. Então, essa definição do segundo turno eu acho que a gente vai deixar mais para a frente.

E quem estará no seu palanque no primeiro

turno? – Depende do candidato ao governo. Se for apoiado pelo Bolsonaro, nós estaremos apoiando o Bolsonaro. Se for o Lula, apoiaremos o Lula. Realmente é uma situação que vai depender do candidato ao governo.

Lula disse que transformaria os clubes de tiro em bibliotecas. Você ficaria confortável no palanque de um candidato que defende mais as armas do que escolas? – Os dois candidatos têm seus pontos positivos e negativos. Eu sou um defensor da educação. A gente só vai desenvolver este país com educação. Não sou contra os clubes de tiro, até porque tem muita gente que gosta. Acho que tem que ter liberdade para os clubes de tiro. Agora, as

bibliotecas devem ser preservadas e incentivadas.

“Brasília tem que ser totalmente preservada. O projeto de Lúcio Costa é campeão e não pode ser mudado jamais”

O que você gostaria de ter feito, quando estava no governo junto com Arruda, mas não teve tempo porque o mandato foi

abortado – Além de vice-governador eu era secretário de desenvolvimento econômico. Foi um momento em que a gente conseguiu gerar muitos empregos, ativar o setor produtivo. Quando chegou a crise que nós vivemos, eu entendi que a crise era tão profunda e estava afetando tanto a vida da cidade que era melhor não deixar crise na cidade. Então entendi que o presidente da Câmara Legislativa assumir não tinha nenhum problema. O Wilson Lima assumiu e deu uma pacificada. Brasília estava se tornando uma referência negativa para o Brasil todo.

O que você chama de “crise” foi, na verdade, o maior escândalo de Brasília – a Caixa de Pandora. E foi o segundo momento em que o então governador se envolveu num escândalo (ele já tinha violado o painel do Senado e teve que renunciar). Esse ex-governador pode voltar a ser inocentado e reabilitado a disputar uma eleição. Você o apoiaria pela tercei-

ra vez? – Já se passaram 12 anos e pouca coisa foi provada. Até hoje não se tem ainda uma prova de que se estava comprando os deputados. Tanto é, que os deputados foram absolvidos.

E as supostas notas de

compra de panetones? – Os panetones existiam realmente. Ele doava panetones para a população. Entregava para as pessoas no Natal. Se ele recebeu dinheiro de uma pessoa para comprar os panetones, é preciso deixar bem claro que aquilo não era governo. Era o Arruda deputado federal. Isso tudo veio bem antes do período de governo. A coisa foi tomando uma proporção muito grande. O DEM não foi um partido correto naquele momento de dar uma sustentação política. A crise tornou-se nacional, maior do que os fatos. A imprensa explorou bastante e os adversários aproveitaram bem.

“Sou um defensor da educação. Não sou contra os clubes de tiro. Mas as bibliotecas devem ser incentivadas”

Entre tiros e bibliotecas

Orlando Pontes e Chico Sant’Anna

Pré-candidato ao Senado, o empresário Paulo Octávio, 72 anos, espera a definição do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, sobre o apoio a Lula ou a Bolsonaro para montar seu palanque no DF. Em entrevista na segunda-feira (4) ao programa Brasília Capital

Repetindo a pergunta: se o Arruda conseguir voltar a ser elegível e se colocar na disputa, você vai

apoia-lo? – Como eu disse, tenho conversado muito com os políticos de Brasília. Inclusive, com a esposa dele, que é candidata ao Senado. A corrente política que a gente vai estar junto depende das articulações da convenção.

Ano que vem estará em pauta o PPCub (Projeto de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília). Qual a sua visão de proteção do projeto de Lúcio Costa?

– Brasília tem que ser totalmente preservada. O projeto urbanístico de Lúcio Costa é campeão e não pode ser mu-

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