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MDB). Páginas 6 e

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Entre tiros e bibliotecas

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Notícias, parceria da TV Comunitária com o jornal Brasília Capital e o blog do Chico Sant’Anna, ele reforçou sua preocupação com a preservação do Plano Piloto: “Brasília tem que ser totalmente preservada. O projeto urbanístico de Lúcio Costa é campeão e não pode ser mudado jamais”.

dado jamais. Logicamente a cidade cresceu. Por exemplo, o Setor Gráfico hoje quase não tem gráficas na proporção que tinha antigamente. O Setor Comercial Sul está abandonado. Não defendo residências ali, mas uma certa flexibilidade. Por que não fazer faculdades lá? Tem que dilatar a ocupação de atividades que podem gerar ocupação. Mas no PPCub defendo a preservação do Plano Piloto com muita firmeza. Minha mulher preside o Memorial JK, que protege a história da cidade. Nós temos um compromisso efetivo com Brasília.

Falando em família, você está preparando um sucessor político, o André, pré-candidato a deputado federal ou distrital. Se eleito distrital, será um dos 24 deputados a discutir o PPCub.

– Graças a Deus o André se interessa por política há muitos anos e, felizmente lançou seu nome como candidato a deputado. Eu tenho gostado demais de ver meu filho caminhar pelas cidades.

E ele tem caminhado

com quem? – Como não tem nada formado, ele tem caminhado muito sozinho e com meu grupo político.

Na sua propaganda, você

fala em plano de metas... – Tudo na vida tem que ter projeto. Por exemplo, eu fiz um seminário das Organizações Paulo Octávio. Reuni os 500 gerentes e diretores do nosso grupo e tracei as metas até 2030. No Brasil, prefeitos, governadores e presidentes não lançam projetos e acabam com os dos antecessores. JK deu certo porque na eleição ele lançou um plano de metas e a meta-síntese era Brasília. Cumpriu todas. Candidato a presidente ou a governador tem que dizer o que vai fazer nos quatro anos e cumprir.

Na campanha, Ibaneis disse que não privatizaria CEB e que reverteria o Instituto Hospital de Base e fez tudo ao contrário. Qual o projeto do PSD para o DF. Seria um governo da

privatização? – De maneira nenhuma. Há quatro anos se falava da privatização do BRB, que não apresentava resultados. Mudou-se a gestão, trouxe um diretor da Caixa Econômica. Nesse ponto o governador foi muito sábio, deu carta branca.

E uma bandeira do

Flamengo (risos) – Deu a bandeira do Flamengo também. Mas deu carta branca para nomear os diretores e para gerir e tomar conta do banco. O BRB se transformou. As ações do banco que não valiam nada hoje estão valorizadas na Bolsa de Valores. O BRB está ativando a economia da cidade.

Quando a CEB foi privatizada era a quarta melhor empresa de energia do Brasil e, segundo algumas análises, foi vendida a preço de banana. Esse dinheiro está sendo bem

usado? – Foi feito um leilão. Teve um ágio enorme. E esse dinheiro está sendo usado aqui na cidade. Como? Aí é o Tribunal de Contas que tem que dizer. A empresa que entrou, a Neoenergia, se comprometeu em fazer investimentos. A CEB não conseguia fazer investimentos, Brasília precisa investir em energia.

Agora, privatizar a Caesb, o BRB, sou contra. Acho que não tem que se mexer mais.

E o metrô? – Não tem necessidade. Talvez precise ter uma maior agilidade no funcionamento, na gerência. O GDF deve estar investindo meio bilhão por ano para manter o metrô. Tem que investir. Esses equipamentos envelhecem. Tem que botar dinheiro.

“Candidato a presidente ou a governador tem que dizer o que vai fazer nos quatro anos e cumprir”

Você votaria contra ou a favor do pacote de bondades que Bolsonaro

está propondo? – O Brasil nunca esteve tão pobre. O que estou vendo aqui em Brasília é muita carência. A covid fez com que as famílias pobres ficassem mais carentes. Então eu defendo pacote, acho que é necessário esse sacrifício da nação.

O pacote com o aumento dos auxílios associado com a redução de impostos em combustíveis, em energia e em telecomunicações não vai desandar as

contas públicas? – Vai ter a crise fiscal. Você tem que fazer a opção entre atender os mais necessitados e ter uma perspectiva de mais inflação, de mais emissão de moedas para cobrir esses pagamentos. O endividamento do País vai aumentar. O País tem que crescer e não pode deixar desassistidos. Pessoas estão passando fome. Este é o grande debate: não adianta crescer, apresentar projetos bonitos e deixar as pessoas mais carentes esquecidas.

Você acha que a propaganda do GDF corresponde aos fatos, ao dizer que a maior obra do Ibaneis é a social, mesmo com aquelas filas nos Cras e

nos hospitais? – Existem 670 mil pessoas atendidas no social aqui no DF. Existe o Vale Gás, os restaurantes comunitários, que atendem milhares de pessoas, e vários benefícios sociais. O governo tem feito obras que estavam atrasadas. O governo equilibrou as contas. Você não vê ninguém reclamando que está com conta a receber do GDF. Os salários estão em dia, os fornecedores estão em dia, os empreiteiros estão em dia.

INFORME

CUT-DF cria ponto para entregadores de aplicativos

Espaço na Galeria do Hotel Nacional vai garantir melhores condições de trabalho para quem desempenha atividades na rua

Letícia Sallorenzo (*)

A partir das 15h de sexta-feira (8), os motoboys e entregadores de aplicativos do DF terão um ponto de apoio onde serão acolhidos, na Galeria do Hotel Nacional. Lá, será possível recarregar as baterias dos aparelhos, se alimentar, aguardar as próximas entregas ou turnos, utilizar sanitários e tomar água.

O Ponto de Apoio ao Trabalhador vai garantir melhores condições de vida e de trabalho para aqueles (*) que desempenham suas atividades na rua. A iniciativa é da Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF), em parceria com alguns sindicatos, entre eles o Sinpro-DF.

“São necessidades básicas de todas as pessoas, mas que são negligenciadas pelas empresas prestadoras de serviço e pelo governo. O ponto de apoio ganhou maior visibilidade com os entregadores por aplicativo, que estão submetidos a esse modelo de trabalho conforme a demanda, sem vínculo

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empregatício”, explica o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.

Segundo ele, o espaço é também pauta histórica de quem tem relação de trabalho considerada não eventual. “Ou seja, a reflexão é de que, em pleno século XXI, há milhares de trabalhadores sem direitos básicos de dignidade à pessoa humana”, completa Rodrigues. Condições precárias – O secretário de Relações Internacionais da CUT Brasil, Antônio Lisboa, lembra que a obrigação de criação desses espaços de apoio para trabalhadores que atuam nas ruas é obrigação do governo. “Já que o poder público não se mobiliza em prol desses trabalhadores, estamos fazendo a nossa parte. Esses segmentos não podem permanecer em condições extremamente precárias”.

Alessandro da Conceição, o Sorriso, representante dos entregadores por aplicativos no DF, destaca que as empresas que contratam os serviços da categoria nunca tiveram a disposição de fornecer local de descanso para os trabalhadores. Por isso, ele comemora a iniciativa da CUT.

“Esse Ponto de Apoio ao Trabalhador é uma necessidade que a gente tem há muito tempo. É muito importante que os entregadores participem da inauguração para conhecer o lugar e prestigiar essa iniciativa”, afirma.

Atualmente, o DF tem cerca de 50 mil entregadores (as) por aplicativo, além de outras categorias que compartilham da mesma rotina de trabalho na rua, como vendedores ambulantes e trabalhadores da limpeza urbana.

(*) Jornalista do Sinpro-DF

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Combate ao preconceito se aprende na escola

Luís Ricardo (*)

No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, estudantes e professores (as) do Centro de Ensino Médio 2 do Gama desenvolveram um projeto em combate a todo tipo de preconceito e transfobia.

Utilizando como tema o orgulho de ser quem é, a 1ª Mobilização contra LGBTfobia traz como objetivo conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia para a construção de uma sociedade igualitária e livre de preconceitos.

Em um palco montado no pátio da escola, estudantes realizaram apresentações como forma de conscientizar as pessoas não hétero a terem orgulho de ser quem são e não aceitarem preconceitos.

“O Brasil é o país que mais assassina pessoas trans e é urgente que haja uma conscientização. É preciso valorizar as pessoas, independentemente de sua orientação sexual”, ressalta Tom Alves, vice-diretor do CEM 02.

Reconhecido no mundo inteiro como um marco na luta por inclusão e por respeito à diversidade de gênero e de orientação sexual, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ é marcado por muita luta, intolerância e repressão de minorias.

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INFORME

GDF fala em gratificação, mas não atua para resolver o caos

Após quarenta e dois meses do início da atual gestão (faltam seis), o Governo do Distrito Federal resolveu pagar uma gratificação para médicos temporários assumirem e permanecerem em cargos da Secretaria de Saúde. A medida é atrasada e, infelizmente, não vai resolver o problema da baixa adesão dos profissionais ao serviço temporário nas unidades públicas de saúde do DF.

Pior que a baixa remuneração, a falta de condições de trabalho, a insegurança e a violência contra os servidores têm sido os motivos determinantes para que médicos em contrato temporário não assumam e não permaneçam nos cargos.

Números apresentados pelo próprio governo para justificar a proposta legislativa que institui a gratificação demonstram a incompetência do GDF na gestão do pessoal do quadro da Secretaria de Saúde. Em 2020, de 146 nomeados, apenas 34 foram admitidos. Em 2021, de 556, foram admitidos 177. Este ano, de 326, só 41 aceitaram as condições para ocupar o cargo.

Esses dados dizem respeito somente à admissão de médicos temporários. Não refletem o abandono da função nos meses seguintes ao início do contrato. Isso porque a boa vontade ou o desejo de aprender com o trabalho no SUS não suportam o peso da falta de condições mínimas para o exercício da profissão.

Dias depois do anúncio da medida, um veículo de comunicação da cidade noticiou a possibilidade da instituição de uma gratificação por produtividade para servidores do quadro efetivo da Saúde. Outra falácia.

Qualquer valor a mais nos contracheques é bem-vindo diante do quadro de defasagem salarial instalado na Secretaria de Saúde do DF. No entanto, experiências anteriores mostram que instituir gratificações em substituição a estabelecer uma tabela de remuneração digna só prejudica o servidor e tem efeitos negativos no longo prazo, em especial na aposentadoria.

Além disso, a produtividade de quem está na área fim das unidades de saúde não depende exclusivamente da capacidade de trabalho do servidor. Um cirurgião, por exemplo, não consegue produzir se faltam equipamentos, medicamentos, insumos, leitos, equipe multiprofissional ou sala de cirurgia disponíveis para executar um procedimento.

O problema da queda da produtividade nas unidades públicas de saúde do DF é bem mais complexo do que a baixa remuneração dos servidores. Envolve toda uma logística e a integração dos esforços das diversas subsecretarias, diretorias e gerências da SES-DF nos seus diversos níveis.

Em quase quatro anos de governo, a atual gestão não investiu na qualificação das equipes, na valorização do ambiente organizacional ou no aperfeiçoamento da gestão. Muito pelo contrário, fez nomeações aleatórias e promoveu exonerações por motivação política. Nos dois casos, sem base técnica.

Para resolver os problemas da saúde pública do DF, o próximo governo terá que

Carlos Fernando

Médico, Vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

agir diferente e, desde o momento inicial estabelecer uma gestão técnica na SES, com autonomia para gerir adequadamente o orçamento da saúde do DF, com vistas a resultados positivos para a população, com valorização dos servidores.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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