Brasília Capital n Cidades n 7 n Brasília, 11 a 17 de junho de 2022 - bsbcapital.com.br
ACÁCIO PINHEIRO/AGÊNCIA BRASÍLIA
Pré-candidato do PSB ao Buriti quer coligação com PT-PV-PCdoB e aliança com Leila e Reguffe contra Ibaneis e Bolsonaro
para que criem mais empregos. E pode utilizar – aí lembrando dos educadores sociais voluntários, não como uma questão de precarização do emprego, mas pensando numa política que foi implementada pelo Márcio França, ex-governador de São Paulo, do nosso partido – o Serviço Civil Voluntário. Se a gente pensar nas pessoas que estão desempregadas, que hoje são cerca de 300 mil no DF, e oferecer a 100 mil dessas pessoas uma bolsa, formação, e a possibilidade de elas fazerem algum tipo de serviço na Educação, na Saúde, numa delegacia, num parque, e elas receberem uma bolsa de R$ 600 a R$ 1.200, é melhor do que deixá-las paradas, trancadas dentro de casa. Ao mesmo tempo que estarão fazendo algum tipo de serviço, que não seja uma precarização de emprego, estarão se formando, se qualificando para voltar ao mercado de trabalho.
Como está sua interlocução com o setor produtivo para a implementação desse tipo de proposta? – Está muito bem. Tenho recebido sugestões do Sebrae e de outros interlocutores que têm me passado contatos e feito pontes com empresários locais. Obviamente, também trazem sugestões para diminuir, dentro do possível, os impostos, para estimular o desenvolvimento econômico. Nós temos vivenciado um fenômeno muito comum em momento de pré-privatização de estatais, que é a precarização do Metrô. Qual a sua política para essa área? O senhor defende a privatização do metrô, do VLT, da saúde? – Não. Eu acredito que para que uma privatização aconteça é preciso ter certeza de que o setor privado vai prestar um serviço melhor, mais
efetivo, e que a população vai de fato ter um ganho. E isso pode acontecer, como foi no setor de telefonia, quando a privatização gerou uma competição entre empresas e provocou melhoria e barateamento do serviço. Isso não acontece no caso de empresas que não terão concorrentes, como o Metrô e a Neoenergia. Portanto, eu não sou absolutamente contrário à privatização, mas o que aconteceu com a CEB foi um absurdo. O GDF privatizou uma parte da empresa e a gente passou a ter um serviço muitas vezes pior. Enquanto na maior parte do mundo, inclusive em países extremante capitalistas, acontece um movimento contrário, de reestatização de empresas estratégicas que haviam sido privatizadas. Até nos Estados Unidos a gente está vendo reestatizações. Então, esse movimento não pode acontecer. O metrô pode ser uma empresa lucrativa, com parcerias de comunicação, de propagandas. O BRB pode ser um banco mais lucrativo, de fomento, para ajudar a desenvolver o Distrito Federal economicamente, patrocinar e reabrir o Teatro Nacional, o desenvolvimento social, econômico e cultural de diversas formas. Eu realmente não vejo por que falar em privatizações. O senhor seguiria algum modelo de onde a estatização de serviços tem funcionado? – Acompanhei, no Maranhão, a criação de uma empresa pública para resolver os problemas da saúde. E fiquei encantado com o que vi. Lá, não faltam medicamentos para os cidadãos, não tem fila. As pessoas conseguem atendimento, conseguem fazer cirurgias. É ou-
tro mundo. O ex-governador Flávio Dino tem uma equipe sensacional, e se eu conseguir me eleger, vou querer trazer o Carlos Lula para ser o secretário de Saúde do DF. Ele é genial. Vi o Hospital da Ilha que eles acabaram de abrir. Não perde em absolutamente nada para qualquer hospital privado aqui do DF. Impressionante! Para chegar ao Buriti, como sua candidatura está se colocando nesse cenário de pré-campanha? – A gente tem uma situação mais confusa aqui no DF do que em outros entes federados. Felizmente ou infelizmente, a situação pode ser clareada no começo de julho e mostrar quais serão realmente os candidatos, devido a indefinições relacionadas à Justiça. Tem
continua tentando enganar todo mundo. Por isso é chamado de ‘Inganeis’. Promete o que pode e o que não pode. Diz que quer conversar com Lula, mas coloca todo mundo para falar que o palanque dele é bolsonarista. Promete coisas para os bolsonaristas, para a esquerda, para o centro. Atira para todos os lados, mas não quer se comprometer com ninguém. E o senhor? Qual o seu palanque? – É o palanque do Lula. Não tem o que questionar. O Brasil está numa luta a favor ou contra a nossa democracia. A gente tem de um lado o Alckmin com o Lula e do outro um projeto fascista. Todas as pessoas que querem a continuidade da democracia no Brasil e veem todos os retrocessos na educação,
“Quero deixar bem claro que a minha candidatura segue até o final. Ou meu nome não é Rafael Parente” também a briga política no bolsonarismo. O presidente tem se articulado com seus ministros do Supremo e o governador Ibaneis com a sua influência sobre o Judiciário. Bolsonaro quer uma chapa para chamar de sua no DF. O que as pessoas comentam é que ele não confia no Ibaneis. Já Ibaneis, atira para todo lado e
na saúde, no meio ambiente, na imagem do Brasil no exterior (que nunca foi tão ruim), precisam se unir. São tantos absurdos de violência e truculência acontecendo no País! São retrocessos na democracia e aumento da miséria e da fome. Então, não tem muito o que questionar. Estamos com Lula já no primeiro turno.