Jornal Brasília Capital 586

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DF terá 2º turno

Pesquisa do Instituto Veritá feita de 21 a 25 deste mês aponta Ibaneis Rocha (MDB) com 43% das intenções de voto contra 45,1% da soma dos demais

concorrentes. Leandro Grass (PV), com 17,9%, é o mais cotado para barrar a reeleição do atual governador no dia 30 de outubro. Paulo Octávio (PSD) é o terceiro.

GOVERNDOR GOVERNDOR
www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022Ano XII - número 586
GDF quer destruir Parque Ecológico Página 3 Damares passa Flávia. Rosilene sobe e pode surpreenderSenado Pelaí – Caderno Eleições – Páginas 8 e 9 Arruda está fora da disputa à Câmara dos Deputados Pelaí – Caderno Eleições – Páginas 8 e 9
AGÊNCIA BRASIL Túnel, o gargalo na campanha de Ibaneis Página 14 ANTÔNIO SABINO

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Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br Carlos Fernando (*)

Eleições: um olhar da saúde

É necessário, neste 2 de outubro, eleger pessoas com conhecimento e compromisso com a saúde pública

Há quem pense que, por ter plano de saúde, estará livre das limitações e barrei ras ao direito fundamental à saúde, como previsto na Constituição Federal. A recente questão do Rol de Procedimentos e Even tos em Saúde que os planos devem garantir aos seus usuários criou um alerta.

Não fosse uma rápida tramitação no Congresso Nacional de um projeto de lei que garantia que esse rol não é limi tante, mas exemplificativo, milhões de usuários de planos de saúde teriam sido prejudicados e o SUS teria sofrido um impacto tremendo.

A diretora-executiva da Federação Na cional de Saúde Suplementar afirmou que sem uma lista delimitada de procedimen tos, o custo vai recair sobre os usuários dos planos. E quando não foi assim?

Na verdade, as operadoras dos planos de saúde tiveram aumento de seus ren dimentos em 50% durante a maior crise sanitária mundial do século. E, este ano, ainda imputaram aos usuários um acrés cimo de 15,5% nas mensalidades.

Apesar do aumento dos ganhos duran

te a pandemia, planos de saúde chegaram a negar aos seus usuários o acesso a pro cedimentos diagnósticos referentes à co vid-19. A justificativa era que eles não es tavam no rol de procedimentos da ANS. A lógica do lucro e do mercado falaram mais alto do que o valor das vidas das pessoas.

Segundo a 3ª Edição do Panorama do Ressarcimento ao SUS – 1º trimestre de 2022, 44,36% dos valores a serem res sarcidos ao SUS pelos planos de saúde privados estão pendentes, em parcela mento ou suspensos judicialmente. Nem mesmo pagar aos SUS por assumir de mandas que são dos planos de saúde as operadoras querem – o interesse é o lucro e o compromisso social é zero.

Essa forma de proceder das opera doras de planos de saúde, obviamente, teve reflexos no SUS e contribuiu para sobrecarregar as unidades públicas. Em última análise, refletiu também no tama nho da tragédia da perda de tantas vidas pela covid-19.

Ora, a saúde, especialmente depois da emergência sanitária da pande mia da covid-19, é o maior motivo de preocupação da população. Ficou de monstrado que ela tem impacto até nas

questões de emprego e renda.

Afeta, também, a educação, o trans porte público e qualquer outra atividade humana. Saúde é um tema transversal que tem de ser levado em conta até nas questões de moradia, transporte e meio ambiente. Tudo passa pela saúde.

Diante disso, é necessário, nes te 2 de outubro, eleger pessoas com conhecimento e compromisso com a saúde. Obviamente, essas pessoas vão legislar sobre outras questões que não a saúde em si, mas levarão em conta o aspecto da saúde em todas as áreas – e isso, após a pandemia, demonstra ser algo fundamental.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Carlos Fernando Médico, Vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
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3 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br

GDF quer destruir Parque Ecológico

Criação do Alto Mangueiral, próximo ao Jardim Botânico, ameaça nascentes e vai piorar a qualidade de vida da população

da DF-001 (Estrada Parque Contorno – EPCT) com a DF-465.

A criação pelo GDF de um novo setor habitacional na área entre o Jardim Botânico, o Jardins Manguei ral e São Sebastião tem desagradado os moradores. O projeto prevê a ocu pação de uma área destinada pela Câmara Legislativa ao Parque Ecoló gico do Mangueiral (Lei 983/2020, de autoria do deputado João Cardoso, do Avante). Pela lei, a poligonal do par que começa no balão de confluência

Moradores do Jardins Manguei ral reclamam de decisão da Justiça que suspende a criação do Parque Ecológico. A ação foi impetrada pelo GDF para impedir a criação da área de proteção e, assim, viabilizar a construção de moradias e expansão do bairro, o chamado Alto Manguei ral. O parque faz parte da Região Administrativa do Jardim Botânico.

Os moradores discordam da ex pansão do bairro. Alegam tratar-se

de uma área de conservação am biental, onde existem nascentes que desaparecerão com a urbaniza ção. Dizem que o parque ecológico é uma área destinada à conservação, pesquisa e turismo. No entanto, o PL 983 foi vetado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) em novembro do ano passado. Mas o veto foi der rubado pela CLDF.

Insatisfeito, Ibaneis ingressou com ação judicial pedindo a suspen são da lei. Argumentou que ela fere a Lei Orgânica do DF e que não cabe à CLDF propor leis que tratam do uso de bens públicos e que disponham sobre o uso e ocupação do solo. Tam bém alegou que os deputados não discutiram sobre o assunto em au diências públicas durante a elabora ção da lei.

Demarcação

Morador do Jardins Mangueiral, M.H.S. diz que a população local foi informada de que a expansão já está demarcada e fica próxima ao Jardins Mangueiral. Ele discorda da decisão da Justiça que acatou o pedido do GDF. “Ela é prejudicial para a região e para os moradores, que terão a quali dade de vida piorada pela ampliação agressiva na urbanização”.

Para o servidor público que prefe re se identificar apenas pelas iniciais de seu nome, por temer represálias do GDF, “essa expansão impactaria no trânsito, principalmente na saída do bairro em horários de pico, que já é muito movimentada, e os ônibus andam lotados.

“Sem contar a total falta de servi ços públicos, como escolas, delegacia

e policiamento insuficiente”. Para ele, além das consequências ambientais, o Alto Mangueiral intensificará as já fre quentes quedas de energia. Ele conta que, recentemente, houve um incên dio na subestação da Neoenergia que prejudicou ainda mais a população. Ele ainda se preocupa com a seguran ça, devido à proximidade com o Com plexo Penitenciário da Papuda.

Programa Habitacional

Em resposta ao Brasília Capital, o GDF informou que a “Expansão do Mangueiral” é uma área definida no Plano Diretor de Ordenamento Ter ritorial (PDOT) como estraté gia de oferta habitacional (Art. 135. Inciso XXVI), cedida a títu lo precário pela Terracap para uso da Codhab para promoção de programa habitacional, de nominada Mangueiral Parque.

“Foram iniciados os estudos de viabilidade para implan tação de programa habitacio nal na localidade. A Codhab também informou que não há nenhum projeto ou Edital em andamento com vistas a exe cução de empreendimento na localidade e que qualquer es tudo para futura implantação de empreendimento vai em concomitância com questões ambientais, de segurança pú blica e atendimento a todas as leis que incidem diretamente na localidade”.

Diva Araújo
DIVULGAÇÃO

13 motivos para cravar 13 em 02/10

Inspirações para os eleitores que defendem a democracia, a justiça e os direitos sociais e repudiam a ditadura e a pregação do ódio

Desde a eleição de 1989, o brasi leiro ouve ecoar a expressão “Lula lá”, que significa o desejo de grande parte do eleitorado ver Lula no Planal to, governando o Brasil. Este desejo foi surrupiado ao povo em 2018, mas, a poucos dias da eleição mais importante da nossa história, torna-se crucial elegê -lo no primeiro turno.

Ele é o único que pode evitar a con tinuidade e consolidação da extrema direita no País. Não há qualquer chance para outra candidatura realizar o obje tivo de evitar que a disputa com Bolso naro vá para 30 de outubro, com todos os riscos que isso representa para a de

mocracia e os direitos do povo.

Para os eleitores que defendem a de mocracia, a justiça e os direitos sociais e repudiam a ditadura e a pregação do ódio, apresento 13 motivos para digitar 13 no 2 de outubro.

1. Para extirpar, definitivamente, a fome do país;

2. Para distribuir terra para os cam poneses sem terra e investir mais na agricultura familiar, que de fato pro duz alimentos que vão para a mesa do brasileiro - e não no agronegócio, que converteu 85% das terras agricultáveis para produzir ração para porcos, aves e gado (soja e milho) do Brasil, Ásia e Eu ropa – além de cana-de-açúcar;

3. Para gerar empregos dignos, com direitos trabalhistas e sociais para os 15 milhões de desempregados; retomada da política de valorização do salário mí nimo e institucionalização de um Pro grama de Renda Básica;

4. Para que o Estado Brasileiro propi cie a proteção social ao povo, assistência social aos mais vulneráveis e aposenta doria digna aos idosos;

5. Para que o Estado seja indutor do desenvolvimento econômico, que os bancos oficiais - BNDES, BB, Caixa, BNB,

BASA – sejam instrumentos de fomen to ao desenvolvimento e que as estatais estratégicas – Petrobras, Eletrobras, etc - sejam colocadas a serviço da nação e não de interesses privados;

6. Para que seja feita uma reforma tributária que imponha a tributação progressiva, em que os mais ricos pa guem impostos, aliviando a carga tribu tária sobre os mais pobres, via redução da tributação sobre bens e serviços;

7. Para conter a inflação, não com política de juros elevados - que leva ram as famílias e as pequenas e micro empresas a um elevadíssimo endivi damento - mas pela oferta de crédito barato e ampliação da oferta de bens e serviços, especialmente de alimentos;

8. Para reconstruir e fortalecer o SUS e nunca mais repetir o descaso com a saúde, responsável pela morte por covid de 686 mil brasileiros; para que todos tenham moradia digna, com a universalização do saneamento básico, transporte público de qualidade e con dizente com a renda dos mais pobres;

9. Para que os jovens tenham acesso à educação pública, gratuita e de quali dade, da pré-escola à universidade;

10. Para que o meio ambiente seja

defendido, que os órgãos de proteção ambiental sejam fortalecidos, que cesse a grilagem de terras, que a Amazônia, o Cerrado, a Caatinga, o Pantanal, a Mata Atlântica e os Pampas sejam protegidos, e as unidades de conservação, as terras indígenas e as comunidades ribeirinhas e quilombolas sejam respeitadas;

11. Para que a cultura e a arte voltem a ser valorizadas, que a criatividade e a alegria das manifestações populares se jam impulsionadas;

12. Para que o país volte a ser res peitado no mundo, que seja ampliada a participação política popular e cesse a violência policial e a perseguição e cri minalização dos movimentos sociais;

13. Para que o Brasil vire essa “pági na infeliz da nossa história”, de estímulo ao ódio, à violência, ao armamentismo, a toda uma gama de preconceitos abo mináveis - racismo, homofobia, misogi nia, xenofobia, aporofobia, intolerância religiosa – cultuados por uma minoria elitista e egoísta, estranha à índole da maioria de nosso povo.

Chegamos às eleições! Vamos mudar?

No dia 2 de outubro teremos, afinal, a oportunidade de escolher o país que queremos

J. B. Pontes (*)

Finalmente, esta mos na reta final da campanha eleitoral deste ano, marcada por atos de violên cia, fake news, ame aças à democracia, suspeitas infunda das sobre a lisura do processo eleitoral e outros atos promovidos por Bolsonaro e seus seguidores com o objetivo de tu multuar as eleições e criar um clima de terror na sociedade.

O pleito para presidente, conforme in dicam os mais conceituados institutos de pesquisa, caminha para ser decidido no primeiro turno, o que nos livrará de um eventual segundo turno, cuja campanha pode ser muito mais caótica e temerosa.

No 2 de outubro teremos, afinal, a oportunidade de escolher o país que queremos viver. Poderemos optar em continuar com um governo que não tem nenhum compromisso com as pessoas, principalmente as mais desvalidas, e que a todo momento ameaça a democracia.

Ou, ao contrário, podemos escolher um novo governo, que possibilite o avan ço da nossa frágil democracia e a miti gação da enorme desigualdade social e econômica que nos caracteriza como Nação. Um governo que se esforce para construir um país onde os cidadãos te nham mais oportunidades para estudar, trabalhar, empreender e viver com mais dignidade e segurança.

Temos, também, a chance de reno var os parlamentos, notadamente o Congresso Nacional, dominado pelo Centrão, um agrupamento de políticos corruptos que tomou conta da parte fi nanceira do governo federal, desvian do bilhões de recursos públicos para seus próprios bolsos. Nos exercícios de 2020 a 2022, R$ 53,4 bilhões do Te souro Nacional foram carreados para

as emendas RP9, o “orçamento secreto”.

Parte desses recursos, que pode ria ter sido investida para melhorar a saúde e a educação públicas, está sen do usada pelos políticos do Centrão na atual campanha eleitoral, uma das mais caras da nossa história. A tudo isso so mem-se ainda os exorbitantes valores dos fundos Eleitoral (R$ 4,9 bilhões) e Partidário (R$ 1,2 bilhão).

A maioria de nós já deve estar deci dida quanto ao voto para presidente. No entanto, precisamos refletir bem sobre o voto para senador, deputado federal, estadual e distrital. Um parla mento formado por políticos compro missados com os interesses do povo e do País poderá controlar um mau presidente, eventualmente eleito por um “acidente de percurso”, como foi Bolsonaro.

Mas um bom presidente ou gover nador terá muito dificuldade de go vernar bem se não for apoiado pelo parlamento. E a pior situação é termos a conjugação de um mau governante e um mau Parlamento, como no pre

sente momento. Portanto, precisamos refletir bem. Nunca foi tão necessária a renovação dos nossos deputados e senadores.

Na dúvida, podemos votar na sigla de um dos partidos que apoiam o can didato a presidente que escolhemos. Considerando, por exemplo, os dois lí deres nas pesquisas, se escolhermos Lu la, conveniente é que votemos 13 – PT; 65 – PCdoB; 43 – PV; 40 – PSB; 50 – PSOL; 18 – Rede; 70 – Avante; e 36 – Agir. Se vo tamos no Bolsonaro, seria apropriado votar nos partidos do Centrão: 22 – PL; 11 – PP; 77 – Solidariedade; 14 – PTB; 44 - União Brasil; 35 – PSD; 15 – MDB; 90 –PROS; 20 – PSC; e 51 - Patriota.

Deus ilumine a todos nós, para que possamos fazer a melhor escolha, de forma a contribuir para o avanço da lu ta por uma Nação pacífica, mais justa, mais igualitária e mais solidária.

(*) Geólogo, advogado e escritor (**) Partidos que integram o Centrão: 22 - PL, 11 - PP, 77 - Solidariedade, 14 - PTB, 44 - União Brasil, 35 - PSD, 15MDB, 90 - PROS, 20 - PSC, 70 - Avante e 51 - Patriota.

(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia AGÊNCIA BRASIL DIVULGAÇÃO
Brasília Capital n Eleições 2022 / Opinião 4 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br

O Sindicato dos Bancários de Brasília tem recebido de empregados do Banco de Brasília (BRB), que reúnem condições para se apo sentar, diversas manifestações de desagrado relacionadas a um futuro Plano de Demissão Voluntária (PDV) que venha a ocorrer no banco.

Embora o PDV dependa de uma decisão do Conselho de Administração do BRB, circulam internamente no banco informações sobre o incentivo que será dado. E isto tem causado decepção àqueles que podem e pensam em se inscrever no processo.

Segundo informações repassadas ao Sin

dicato, o BRB oferecerá de incentivo apenas sete remunerações, muito inferior aos últimos PDVs adotados, que foi de dez remunerações.

“Deixamos claro que o Sindicato não nego cia demissões, e mesmo sendo um PDV, tra ta-se de uma maneira de desempregar, o que não condiz com a filosofia de uma instituição que defende o emprego”, afirma o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

E acrescenta: “Porém, como se trata de uma demanda legítima dos empregados, o Sin dicato compreende e está buscando diálogo com a direção do BRB, no sentido de mostrar

Deixamos claro que o Sindicato não negocia demissões, e mesmo sendo um PDV, trata-se de uma maneira de desempregar”

Brasília Capital n Eleições 2022 n 5 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br Kleytton Morais

Presidente do Sindicato dos Bancários

a importância de propor um incentivo que realmente interesse àqueles que reúnem as con dições para ingressar no programa, pois, um incentivo pequeno fará a medida nada atrativa”.

Ainda de acordo com relatos, a diminui ção do incentivo seria para que o BRB pague metade da multa rescisória do FGTS a quem aderir. “A decisão de pagar metade da multa é uma liberalidade do banco, pois nos outros programas isso não constou. Porém, diminuir o incentivo para a adesão é medida contrapro ducente, e o Sindicato espera que esta posição seja revista, pois, sem um bom incentivo, o nú mero esperado de adesões pode se frustrar,” ressalta o diretor do Sindicato e bancário do BRB Robson Neri.

Pós-graduação nas áreas de Tecnologia, Gestão e Educação

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Sindicato dos Bancários de Brasília diz que proposta desagrada empregados do Banco
BRB prepara novo PDV
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Mandados coletivos: pluralidade nos legislativos

Grupo Bem Viver vai plantar uma árvore no Cerrado para cada voto que receber no dia 2 de outubro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou 213 candidaturas coletivas para a eleição deste ano. No Distrito Federal, partidos de esquerda apos tam em pelo menos 10 chapas na mo dalidade. Pelo PSol, o Movimento Bem Viver disputa vagas nos legislativos local e no federal.

Segundo o socioambientalista Thiago Ávila, apesar de não serem novidade, apenas este ano essas can didaturas ganharam visibilidade. “Ao

contrário das campanhas que são ape nas poluição e degradação ambiental, os mandatos coletivos do Bem Viver fizeram um compromisso público de reflorestar o Cerrado a partir dos votos recebidos. Para cada voto será plantada uma árvore nativa em muti rão de agroflorestas”, explica.

O Bem Viver reúne participantes como a ativista e co-candidata a depu tada federal Ivânia Souza Santos, uma mulher em situação de rua, que, duran te a pandemia de covid-19, enfrentou o GDF para evitar a remoção de famílias da ocupação no setor de Clubes Sul.

“Estou feliz por ter sido convidada para participar. Isto mostra que a pauta de determinado grupo pode ser uma luta de todos”, ressalta.

Movimento Bem Viver disputa vagas na CLDF e na Câmara dos Deputados DIVULGAÇÃO
Brasília Capital n Eleições 2022 n 6 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br
PROPAGANDA ELEITORAL FEDERAÇÃO PSDB-CIDADANIA DF CNPJ: 47.688.215/0001-00 | VALOR UNITÁRIO DO ANÚNCIO: DOIS MIL REAIS

No dia 2 de outubro, vamos votar por um Brasil que nunca mais questione os nossos direitos

Basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mu lheres sejam ques tionados. A frase, do século passado, é da professora, escrito ra, filósofa e ativista feminista Simone de Beauvoir. Mas segue atual. E é também nas urnas que as mulheres expressam a preocu pação com o que sintetizou Beauvoir.

Ainda que o pensamento da professora feminista não seja amplamente conhecido, as mulheres, sobretudo as negras, têm plena noção do que disse Simone de Beauvoir. Um conhecimento adquirido no dia a dia de pri vações e opressões.

Prova disso foi o fosso que se abriu nas intenções de voto entre homens e mulheres nas eleições de 2018, quando pesquisa do Ibope mostrou que, abertas as intenções de voto por sexo, Bolsonaro tinha apoio de 36% dos homens e 18% das mulheres.

O então candidato chegou a verbalizar que não estupraria a deputada Maria do Ro sário por ela “não merecer”, e defendeu que mulheres deveriam receber menos que ho mens, já que engravidam. Só quem é mulher pôde, de fato, temer nas proporções devidas as políticas que poderiam ser implementa das caso Bolsonaro fosse eleito.

Por uma série de fatores – a maioria de les intragável – ele se tornou presidente do Brasil. E como era de se esperar, a máxima de Simone Beauvoir foi colocada em prática. A crise na política gerou falta de governabili dade, desrespeito às instituições, o toma-lá -dá-cá, os casos de corrupção seguidos de decretos de sigilo.

Na economia, desinteresse dos investidores, desemprego, inflação. Na religião, a apropriação de crenças para a imposição da intolerância, do ódio, da violência. Crises geradas intencional mente para convergir no afago ao deus mercado.

Como resposta às crises, políticas cru

A consciência das mulheres nas urnas

seu sacrifício enquanto trabalhadoras. Isso sem falar que, com Bolsonaro, a violência de gênero também cresceu.

Segundo o Barômetro de Alerta sobre a situ ação de direitos humanos e ambientais realizado pela Coalizão Solidariedade Brasil, em 2019, três em cada dez mulheres sofreram algum tipo de violência e um estupro foi cometido a cada oito minutos. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, quatro mulheres são vítimas de feminicídio por dia no País, e o assédio e a importunação sexual teve crescimento de 17% - a maioria das vítimas negras.

Muitos dos nossos direitos foram questionados com afinco nos últimos anos, inclusive o direito ao corpo, à dignidade, à vida. A resposta a isso vem sendo mostrada, de novo, nas inten ções de voto. Pesquisa Datafolha do dia 15 de se tembro mostra que 46% das mulheres dizem vo tar em Lula, enquanto 29% escolhem Bolsonaro.

Embora a equipe de Bolsonaro venha dan do duro para que o candidato atinja uma por centagem maior do público feminino, ele tro peça na própria misoginia. O ataque à jornalista Vera Magalhães no primeiro debate realizado entre presidenciáveis deixou isso claro.

Bolsonaro tem desprezo pelas mulheres e nem repara. Para ele, isso sempre foi natu ralizado. Ele mesmo disse: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”.

Nós, mulheres, somos determinantes na de cisão dos rumos do País e das nossas vidas. So mos 52,5% do eleitorado e, juntas, podemos ele ger quem faça um Brasil e um DF diferentes: com oportunidade de emprego e igualdade salarial, com direito à creche, com escolas públicas de qualidade, com serviços públicos que atendam nossas necessidades. Um Brasil que não coisifi que as mulheres, que preze pela nossa segurança e pelas nossas vidas. Um Brasil que nos respeite e que nunca mais questione os nossos direitos.

Vamos às urnas dia 2 de outubro com essa consciência.

éis para as mulheres, como o Teto de Gastos (EC 95), a reforma trabalhista e a reforma da Previ dência. Elas atingem toda a sociedade, mas têm como alvo prioritário os direitos das mulheres, principalmente as negras.

Por causa do teto de gastos, o País que tem uma das mais altas taxas de feminicídio do mundo não construiu novos abrigos para mulheres, por exemplo. Como consequên cia da reforma trabalhista, o Brasil chegou a números históricos de desemprego e condi

ções alarmantes de precarização do trabalho.

E foram as mulheres, sobretudo as negras e pobres, as primeiras a serem demitidas de seus postos de trabalho. Entre as perdas com a refor ma da Previdência, mulheres tiveram que traba lhar mais (inclusive mais que os homens, com a alteração da idade mínima de aposentadoria) e ter maior tempo de contribuição.

Historicamente tratadas com desigualda de, mulheres tiveram seus direitos previdenci ários desigualmente impostos, e aumentaram

(*) Professora e coordenadora da Secretaria de Assuntos e Po líticas para Mulheres Educadoras do Sinpro-DF

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Mônica Caldeira (*) ARQUIVO/ TSE É nas urnas que as mulheres expressam sua resposta ao governo de Bolsonaro
Brasília Capital n Eleições 2022 n 7 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br
INFORME

Tudo embolado na reta final

As pesquisas eleitorais na reta final da campanha ao Buriti mostram um cresci mento de Leandro Grass (PV/foto), que tenta garantir a segunda posição para enfrentar Ibaneis Rocha (MDB) num eventual segun do turno. Paulo Octávio (PSD) e Leila do Vô lei, um pouco mais atrás, também estão no páreo. Keka Bagno (PSol) já se prepara para declarar apoio a Grass na briga com Ibaneis.

Prioridade aos mais pobres

Na última semana antes das elei ções, o candidato Leandro Grass (PV) intensificou as agendas em locais que concentram a maioria da população mais pobre e vulnerável do DF. De acordo com o Índice de Vulnerabili dade Social (IVS), Estrutural - princi palmente a área de Santa Luzia - e Sol Nascente são as que têm as piores con dições de infraestrutura, capital hu mano, renda e trabalho e habitação.

Leandro esteve em ambas no do mingo (25) e voltou durante a sema na e também visitou Itapoã, Recanto das Emas, São Sebastião, Sobradinho

Arruda está fora da disputa à Câmara Federal

O TSE indeferiu, quinta (29), por unanimidade, a candidatura do ex-governador do DF José Ro berto Arruda (PL) a deputado fe deral. A decisão atende a pedido do Ministério Público Eleitoral. Assim, Arruda está fora da dis puta por uma vaga na Câmara dos Deputados. Na terça (27), a PGE reforçou a impugnação da candidatura de Arruda feita pela Procuradoria Regional Eleitoral do DF. A inelegibilidade se deu em função das condenações por improbidade administrativa do ex-governador ainda vigentes. Arruda foi condenado pelo TJ DFT no âmbito do escândalo da Caixa de Pandora.

e Planaltina, áreas que também regis tram alto IVS. "Essas regiões sofrem com a ausência do Estado, com áreas inteiras sem atendimento de água nem esgoto, sem segurança e sem serviço público de qualidade”, disse.

O candidato do PV quer levar pa ra essas regiões mais escolas, postos de saúde e assistência social, com mais unidades do Centro de Referên cia de Assistência Social (Cras). “Vou governar de verdade para quem mais precisa. Por isso fiz questão de visitar essas cidades mais de uma vez", completou Grass.

Arimateia está com Paula Belmonte

Organizador do maior torneio de fut sal do Centro-Oeste (foram realizadas 46 edições ininterruptas até 2019, antes da pandemia do novo coronavírus), José de Arimateia anunciou, na segunda-feira (26), durante almoço no tradicional res taurante Santana, em Taguatinga, que, neste ano, vota em Paula Belmonte (Ci dadania - foto) para deputada distrital. “Como federal, ela foi a melhor parla mentar do DF. E não vai nos decepcionar na Câmara Legislativa”, disse o criador do Torneio Arimateia.

Brasília Capital n Eleições 2022/Pelaí n 8 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br Com Brasília, #DeAaZ! D E P U T A D O D I S T R I T A L Alexandre YaneZ 36 361 C N P J C A N D D A T O 4 7 5 0 6 4 4 0 0 0 9 3 C O L G A C Ã O U N D O S P E L O D F C N P C A N D D A T O 4 7 5 1 0 6 4 4 0 0 0 9 3 C O L G A C Ã O U N D O S P E L O D F M D B P P P L P A T R O T A P R O S A V A N T E A G R 3 6 E S O L I D A R E D A D E V a o r R $ 2 0 0 0 0 0
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A saia justa de Zequinha Sarney

Secretário de Meio Ambiente desde o início do governo Ibaneis, Zequinha Sarney tem procurado não se manifestar na disputa do atual governador com Leandro Grass. É que o filho do ex-presidente José Sarney (MDB) é filiado ao PV de Grass. A dúvida é se, após o pleito, ele continuará na legenda, que formou a federação com o PT e o PCdoB.

Pesquisa aponta para 2º turno no DF

Vai ter segundo turno na dis puta pelo Palácio do Buriti. É o que aponta pesquisa do Instituto Veritá, feita de 21 a 25 de setem bro, com 1221 entrevistas. Iba neis Rocha (MDB) tem 43% das intenções de voto estimuladas, contra 45,1% da soma dos de mais concorrentes.

Segundo a legislação eleitoral, para ganhar em primeiro turno é necessário ter a metade mais um dos votos válidos. Pelo Veritá, a soma dos demais concorrentes dá 45,1%.

A margem de erro é de 3 pontos per centuais, para mais ou para menos.

Registrada no TSE sob o número BR-04861/2022, a pesquisa indica que Leandro Grass (PV) será o adversário de Ibaneis na segunda rodada da dis puta, no dia 30 de outubro. Paulo Oc távio (PSD) aparece em terceiro, com 8,2%, e Leila do Vôlei (PDT) está em quarto lugar, com 7,6%.

A surpresa é o quinto colocado:

Coronel Moreno (PTB) tem 5,1%, ultrapassando o senador Izalci Lu cas (PSDB), que tem apenas 3,2%. Keka Bagno (PSol) foi lembrada por 1,7 dos entrevistados, Renan Arruda (PCO) por 0,9%, Lucas Sa les (DC) por 0,3% e Teodoro da Cruz (PCB) por 0,2%. Outros 7,1% disseram não saber em quem vo tar ou não responderam. Brancos e nulos são 4,5%.

SENADO – A eleição para o Senado sofreu uma reviravolta. A uma semana do pleito, Damares Alves (Republicanos) ultrapassou a de putada Flávia Arruda (PL). A ex -ministra da Mulher, da Família e Direitos Humanos atingiu os 29,6, contra 25,2% da adversária.

Quem continua crescendo, em bora ainda pontue abaixo das con correntes, é a professora Rosilene Corrêa (PT), que chegou a 17,6% dos votos na pesquisa estimulada.

Bicicleata no Taguaparque

Nada de carreata e muito menos motociata. O candidato a deputado federal Reginaldo Veras (PV, número 4343) promoveu, no domingo (25), uma “bicicleata”. Ao lado de apoia dores e simpatizantes, ele percorreu todo o Taguaparque, em Taguatinga, e seguiu para uma volta no Parque Ecológico de Águas Claras.

“É uma forma de nos apresen tarmos aos eleitores mostrando que estamos preocupados com a mobili dade sem abrir mão da sustentabili dade. A bicicleta é o melhor meio de transporte para quem quer manter a forma física e, ao mesmo tempo, não causar poluição ambiental”, afirmou Veras.

Línguas afiadas

A disputa entre Flávia Arruda (PL) e Damares Alves (Republicanos) pelo Senado tem revelado uma alta agressividade. Flávia diz que não caiu de paraquedas em Brasília. Damares responde que irá combater a corrupção na política. Só falta divulgar em suas redes os vídeos da Caixa de Pandora... Enquanto isso, Rosilene Corrêa (PT) acredita numa arrancada para ultrapassar as duas.

Apostas do PSol-DF

O PSol-DF aposta na reeleição do distrital Fábio Félix e na vitória de um segundo deputado para a Câmara Legislativa. Os nomes mais cotados são os do advogado Marivaldo Pereira; Max Maciel, de Ceilândia; e a ativista cultural Rita Andrade. Para a Câmara Federal, as expectativas recaem sobre a ex-diretora da Faculdade de Saúde da UnB, Fátima Sousa, que em 2018 teve 60 mil votos como candidata a governadora.

Brasília Capital n Cidades Eleições 2022/Pelaí n 9 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br
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Hora da Virada

A distrital Júlia Lucy (UB), agora candidata a deputada federal, lan çou, terça-feira (27), no Texxas Bar, no Núcleo Bandeirante, a "Hora da Virada". O evento reuniu mais de 500 pessoas de todo o DF, muitas que participaram da campanha de 2018 e outras que chegaram recen temente para o time.

Ao convocar seus apoiadores para o “sprint”, Júlia Lucy compa rou a eleição a uma maratona. “Nos últimos metros é a hora, de mesmo cansado, o atleta redobrar o esforço para atingir o objetivo. Ela pediu que todos compartilhem seus conte údos nas redes sociais e os materiais de campanha com suas propostas.

Em defesa dos direitos da população

O histórico de vida de Marivaldo Pereira (foto) em defesa dos direi tos da população e de fiscalização das ações do GDF são o principal ar gumento do advogado popular que concorre a uma vaga de deputado distrital pelo PSol, número 50050.

“Tenho enfrentado o GDF como advogado, usando a Lei de Acesso à Informação para garantir edu cação e saúde para as pessoas. Dou assistência jurídica gratuita na luta por moradia e por atendi mento no CRAS. Com uma cadeira na CLDF, ampliaremos nosso tra

balho”, destaca Marivaldo.

Para conhecer as propostas de Marivaldo, acesse: marivaldope reira.com.br

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Brasília Capital n Eleições 2022 n 10 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br 4 3 4 43 3 4 3 DEPUTADO FEDERAL (61) 9987-2993 P R O F . R E G I N A L D PO . O V E R A VS E R A S CNPJ: 47 300 144/0001 27 PROFESSOR REGINALDO VERAS FEDERAÇÃO BRASIL DA ESPERANÇA PT PV PCDOB JORNAL BRASÍLIA CAPITAL 16 598 599/0001 47 VALOR INDIVIDUAL DA PUBLICAÇÃO 2 000

Em busca do segundo mandato

Servidor da Polícia Civil, Regi naldo Sardinha (PL) é candidato à reeleição a deputado distrital. No primeiro mandato, trabalhou na defesa da educação pública, proporcionando melhorias sig nificativas na vida de crianças e jovens estudantes com seus pro jetos e emendas parlamentares.

Sardinha é autor da lei que proíbe a inclusão de embutidos na merenda escolar, garantin do, alimentação saudável para os alunos. Destinou R$ 25 mi lhões em emendas para reforma

de espaços físicos e aquisição de equipamentos para mais de 160 escolas públicas.

Além de defender a Educa ção, também cuidou da Segu rança e dos servidores públi cos, da Saúde, da Cultura, do Esporte, da infraestrutura ur bana, da moradia, dos idosos e da defesa das mulheres.

Nesses quatro anos, Sardinha apresentou 224 projetos e outras 1.046 propostas. Aprovou 35 leis que impactam positivamente a vida da população local.

O deputado de Vicente Pires

Dirsomar Chaves (MDB) é candi dato a distrital com o número 15070. Ex-petista, ele se destacou com boas votações em eleições anteriores. Teve 12 mil votos em 2014 e já exerceu car gos importantes no GDF. Morador de Vicente Pires, ele quer ser o deputado da cidade. Dirsomar tem muitos servi ços prestados a Vicente Pires. Defende a regularização de condomínios e ter ras no DF. Por isso, foi convidado pelo governador Ibaneis Rocha e pelo pre sidente da CLDF, Rafael Prudente, para ser candidato pelo MDB. Se eleito, sua primeira medida será trabalhar pela regularização de cerca de 300 mil lotes em condomínios de todo o DF.

Sinônimos de Gutemberg

Dr. Gutemberg, presidente licenciado do Sindicato dos Mé dicos (SindMédico-DF), foi o 13º candidato mais votado a depu tado distrital em 2018. Perdeu a vaga pelo voto de legenda. Este ano, concorrendo pelo Po demos (número 19123), ele não tem dúvida de que ficará com uma das 24 cadeiras da Câma ra Legislativa. No panfleto de campanha dá os sinônimos de seu nome: Trabalho, capacida de, compromisso, saúde. Brasí lia tem muito a ganhar com Dr. Gutemberg no Parlamento.

Brasília Capital n Eleições 2022 n 11 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br CNPJ 47.323.113/0001-91 CNPJ 16.598.599/0001-47 1/4 DE PÁGINA: R$ 2.000 @leandrograss 61 98291-9033 www.leandrograss.com.br

Brasília

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E o transporte atravessou a eleição

Tema da mobilidade urbana está fora da pauta dos candidatos ao GDF

Nas eleições de 2018, quando substituiu José Roberto Arruda, impugnado pela Lei da Ficha Suja, Joffran Frejat lançou a proposta de ônibus a R$ 1. Quase venceu Rodrigo Rollemberg (PSB). Agora, quem se vale de um estratagema parecido é Paulo Octávio (PSD).

Ele capturou bandeira de orga nizações de esquerda e promete implantar a tarifa zero. Brasília se ria a primeira capital no País a fa zê-lo, disse ele no debate da TV Glo bo, na terça-feira (27). O custo? R$ 2,5 bilhões ao ano. Pouco mais do dobro do que o GDF já paga como subsídio às empresas de ônibus.

Com ou sem tarifa zero, o te ma mobilidade urbana atraves sou a eleição e tende, mais uma vez, a engarrafar a capital. Há décadas, não vemos uma solu ção eficaz para o transporte de passageiros no DF.

rifa zero, tem que focar a melho ria e a ampliação do transporte.

Armadilha

O atual governo pensa em entregar à iniciativa privada a gestão do metrô e a implantação e gestão do VLT. O edital do metrô, sob análise do Tribunal de Contas do DF, além dos indícios de superfatura mento já constatados pelos técnicos, não prevê que a empresa vencedora construa um centímetro se quer de novas linhas.

É apenas a terceirização da gestão a um custo estimado, em setembro de 2019, de R$ 13 bilhões em 30 anos. O mais grave na privatização do me trô e do VLT é que, até agora, despontam como as potenciais futuras gestoras duas empresas que já controlam grande parte do transporte de passa geiros por ônibus.

São elas, a Pioneira e Piracicabana, do Grupo Comporte – holding dos negócios do clã Nenê Cons tantino. Se tiverem êxito e mantidos os contratos que Pioneira e Piracicabana já possuem no DF, o grupo será responsável, no DF, por transportar até 700 mil passageiros/dia em diferentes modais.

esperada conclusão da linha até o Setor O, de Ceilândia, Expansão de Samambaia e Asa Norte.

Como disse Leila do Vôlei (PDT) no debate, antes de se falar em ta Ibaneis Rocha (MDB) não to cou no tema VLT, nem na polê mica quarta ponte sobre o Lago. Além de mais viadutos, só pro mete implantar o BRT para a saí da Norte do DF e ampliar o metrô até o Setor O e Expansão de Sa mambaia.

Na proposta dela, tudo passa pela implantação do VLT do Aeroporto à Asa Norte, indo pela W-3 e retor nando pela L-2; pelo monotrilho para Sobradinho e Planaltina e pela ampliação do metrô, com a

Ibaneis não fala em VLT

desculpa de que foi cassado, pois faltava pouco tempo para termi nar seu mandato e a verba havia sido disponibilizada no início de seu governo.

Propostas interessantes, mas que além de dinheiro, dependem de vontade política e disposição de enfrentar os cartéis dos ônibus e das concessionárias de automóveis.

Chutômetro

O que tem se visto na atual campanha é a prática do chutômetro pela maioria dos candidatos. Nenhum deles se apresenta com um estudo sério, com soluções permanentes. Ibaneis aposta no BRT, pois sabe, como também sabia Agnelo, que até o final de seu governo, o sistema poderá chegar a Planaltina e Sobradinho. Para o Entorno, Sul ou Norte, nem pensar.

Este trecho, a exemplo do VLT, contava com recursos fede rais desde 2009. O ex-governa dor Arruda, de quem PO foi vice, desperdiçou a oportunidade de implantar esse modal. Não vale a

Todos os governadores que o sucederam pecaram em não concluir esses trechos. Ibaneis insiste no BRT. Pensado no go verno Arruda, que reformou a EPTG, mas não comprou os ôni bus, o sistema foi implantado na saída Sul, por Agnelo.

Com as vias exclusivas, o BRT

organizou melhor o trânsito, mas não resolveu o problema da mo bilidade. A melhor prova são os engarrafamentos na Epia-Sul, que começam às 5h da manhã e, na volta, às 16h.

Se os governantes não se cons cientizarem de que ônibus, mes mo os articulados, não resolvem o problema, e que só um trans porte massivo sobre trilhos irá desafogar as cidades do DF, tere mos mais um mandato de engar rafamentos.

A solução mais barata, já testada no Ceará, que é implantar o Trem Regional desde Luziânia até o Plano Piloto, sobre a antiga linha da RFFSA, nem mais é mencionada. Pelo andar do trânsito, o brasiliense verá no próximo governo apenas mais viadutos nas Estradas Parques, que virarão autoestradas, como a EPTG e a EPAR, com seis faixas de rolamento.

A interbairros, que passará na porta de entrada dos apartamentos do Park Sul, é outra ameaça. Mo radores do Sudoeste já anteveem o fluxo interminá vel de carros pela EPIG e por dentro do Parque da Cidade, que deveria ser um pulmão.

Tecnologias limpas, transporte elétrico? Esque ce, nem foram tratadas pelos candidatos. A máxima de que o brasiliense é dotado de cabeça, tronco e ro das tende a durar mais um mandato.

Candidatos não apresentam soluções eficazes para o transporte de passageiros no DF
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Deputada da UnB e filha da democracia

Fátima Sousa promete um mandato descentralizado em defesa da saúde, da educação e da ciência e tecnologia

Fátima Sousa (foto) é a única candidata da Universidade de Brasília (UnB) na disputa à Câmara Federal neste ano. Ela se diz esperançosa com a possibilidade de representar a comunidade universitária (professores, alunos, ex-alunos e familiares) na Câmara dos Deputados, estimada em 58 mil eleitores. “Espero que entendam a importância de ter uma representante no Parlamento”, diz a concorrente do PSol, número 5050.

Paraibana e filha de empregada doméstica, Fátima foi a única dos cinco irmãos a concluir um curso superior. “Sou produto da democracia. Sou enfermeira sanitarista e defendo os valores civilizados do nosso País e do DF”, disse a candidata ao se apresentar aos telespectadores da TV Comunitária, quarta-feira (28), no programa Brasília Capital Notícias – Eleições 2022, uma parceria da emissora com o Brasília Capital e o blog do Chico Sant’Anna.

Educação no Brasil

“O Brasil que nós vamos receber não será fácil de reconstruir. Defendo as universidades públicas e a educação no sentido mais amplo. Meu mandato estará à disposição da população, nas agendas que historicamente eu sempre defendi na saúde, na educação e na ciência e tecnologia.

Vamos criar a bancada do livro, do SUS, da ciência e tecnologia para defender os direitos humanos e a dignidade das pessoas que moram no Distrito Federal. Quero representar meu povo. Meu mandato será descentralizado”.

Saúde Pública

“A saúde não funciona na capital da República. O DF ainda não implantou o Sistema Único de Saúde (SUS) no sentido pleno. Ibaneis prometeu, em 2018, que não iria privatizar a Saúde. Assinou um termo de compromisso com o Sindicato da Saúde. Mas foi a primeira coisa que ele fez. Defendo um sistema único de saúde universal, de qualidade para todos. A criação do IGES-DF abriu as porteiras para a privatização no DF. Após os seus malfeitos, acho que Ibaneis tem muita coragem de pedir mais quatro anos para governar nossa cidade. Como deputada, vou fazer gestão para que o DF tenha recursos para voltar o Saúde em Casa, para o sistema público estar na casa das pessoas, prevenindo e promovendo a saúde”.

A saúde não funciona na capital da República. O DF ainda não implantou o Sistema Único de Saúde (SUS) no sentido pleno. Ibaneis prometeu, em 2018, que não iria privatizar a Saúde. Assinou um termo de compromisso com o Sindicato da Saúde. Mas foi a primeira coisa que ele fez”

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Brasília Capital n Eleições 2022 n 13 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br faz muito Escolha quem já por você! CNPJ 47.497.158/0001-82 - 1/4 de página R$ 2.000,00 Acesse e participe da nossa campanha.

Túnel vira gargalo no centro de Taguatinga

Em vez de melhorar a mobilidade, a obra do túnel no centro de Tagua tinga transformou-se num gargalho onde se espremem veículos e pedes tres. Passagem obrigatória para mo radores de Ceilândia e Samambaia que trabalham no Plano Piloto, a cidade sofre com os transtornos di ários causados pelas mudanças no trânsito. A entrega do túnel, prevista para junho, foi adiada pelo GDF para, no mínimo, dezembro.

Segundo o secretário de Obras, Lu ciano Carvalho, a passagem não pode ser liberada porque não estão prontos os sistemas de incêndio e segurança

(ventilação). Temendo desgaste políti co e perda de votos devido ao atraso, o GDF organizou um “teste do túnel”, no sábado (24). O “mergulho” foi ape nas para convidados. Mas, na segun

da-feira (26) a população percebeu que nada mudou.

“Esta obra começou em 2020 e só trouxe transtornos para quem mora aqui ou frequenta Taguatin

ga. A entrega já foi adiada várias vezes e, de repente, fazem toda esta movimentação. Isto é só para o go vernador, que é candidato, dizer que o túnel está terminando. Esta manobra não me engana”, avalia a vendedora Vitória Ribeiro.

O funcionário público João Batista Marques acusa o governo de prejudi car o comércio do centro de Taguatin ga. ”O GDF está querendo aparecer. Gasta milhões com uma obra que não acaba nunca e não se preocupa com a saúde. Os hospitais não têm médico, material para cirurgia e exames. O governo não se preocupa com as pes soas. Só quer votos. É uma vergonha. Essa visita ao túnel não passa de um showzinho para os eleitores”, diz ele.

BETH Pedestres se espremem entre os veículos e os tapumes da obra do túnel de Taguatinga Brasília Capital n Cidades n 14 n Brasília, 30 de setembro a 8 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br Valor desta publicação: R$ 2.000,00 (dois mil reais) Coligação Para Cuidar das Pessoas (PSDB-Cidadania-PRTB) CNPJ: 00.000.000/0001-00 Governador ANTÔNIO SABINO
CUPERTINO VICE BETH CUPERTINO VICE Aponte a câmera do seu celular aqui. CONHEÇA AS MINHAS PARA O DF Propostas Erika Juca Kokay. Deputada Federal. CNPJ: 47.300.059/0001-69 Valor da publicação: R$ 2 mil A DEPUTADA DE TODAS AS LUTAS! ACESSE NOSSAS REDES SOCIAIS: DEPUTADA FEDERAL

NUTRIÇÃO Caroline Romeiro

Fake news da indústria de alimentos

Kibon lança produto ultraprocessado com rótulo “desenvolvido com nutricionistas. Feito para crianças”

A marca de picolés e sorvetes Ki bon lançou, recentemente, uma linha de produtos direcionada ao público infantil que traz na embalagem a se guinte mensagem: “Desenvolvido com

nutricionistas. Feito para crianças”. São produtos ricos em açúcar e adi tivos alimentares, além de apresenta rem gordura vegetal (que pode ser hi drogenada ou seja, gordura trans) em

ESPÍRITA José Matos

Solidão, solitude e depressão

Não há ninguém que não possa amar ou que não precise receber amor. Ame, e tudo estará certo

As pessoas não sabem diferen ciar solidão de solitude. Solidão sente a pessoa egoísta que se tranca em casa e não procura ninguém e, é claro, também não será procurada. Isto causa dor, tristeza e depressão. Já a solitude é um estado de isola

mento voluntário e positivo, usado para leitura, meditação, reflexão...

“A pior solidão é quando a gente mesmo se abandona, se despreza, se descrê, se deixa num canto. É a pior porque fecha portas. Desvia possíveis olhares, desencanta nossa

figura e nos cega para as surpresas do encontro, para as graças delica das do acaso. Sejamos nossos me lhores cúmplices. Quem quer ser feliz, começa assim, enamorando -se da própria alma”.

Os grandes mestres quando vêm à Terra em missão, formam grupos de discípulos para ensinar, permu tar e meditar. Mas tiram seus mo mentos de solitude para reflexão, meditação, oração e contato com a fonte criadora. Grandes mestres cultivam solitude, e nunca solidão, porque a solidão é negativa e só acontece a pessoas egoístas e nega tivas. Chico Xavier dizia: “Uma pes soa solidária jamais sente solidão”.

Ensina-se nas aulas de religião, sociologia e antropologia que o ser humano é gregário. Ou seja: tem necessidade de estar junto, de par tilhar. É assim que existe a socieda

sua composição. Notoriamente, são produtos ultraprocessados. Portanto, não indicados para o público infantil. E não são saudáveis.

A questão é que a informação que aparece na embalagem e no site da Kibon faz parecer que esses produtos são saudáveis. Qual o problema? É que muitas famílias podem comprar e ofe recer esses produtos às crianças acre ditando que não fazem mal.

Claro que um consumo esporádico pode ocorrer. Mas, independentemen te disso, a marca não pode vincular produtos não saudáveis a uma catego ria profissional que preza pela saúde e qualidade de vida da população!

(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1a Região Instagram: @carolromeiro_nutricionista

de, um conjunto de sócios solidário. Mas há também um elemento ocul to: a troca energética que acontece quando há afeto. Essa energia é ali mento da alma, ensinou André Luís no livro “Nosso Lar”.

Pessoas fechadas e solitárias sentem subnutrição energética, que causa irritação, impaciência, agressividade e falta de vontade de viver. É preciso amar. Quando não se tem alguém em particular, deve-se amar os familiares, os so brinhos, os amigos, colegas, órfãos, idosos, animais ou plantas.

Não há ninguém que não pos sa amar. Não há ninguém que não precise receber amor. Ame, e tudo o que você fizer estará certo, ensi nou Santo Agostinho.

(*) Professor e palestrante

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