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Para especialistas a safra 2022/23 será de “folhas e falhas” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 e
Investir em tecnologia
O presidente da Bioagência lem− bra que o petróleo mais caro, puxa preço de etanol e pode puxar o pre− ço do açúcar. Ele entende que solu− ções populistas trazem um rombo fiscal, e a conta será paga lá na fren− te.
“O mercado de açúcar conjugado com o câmbio permitiu boas fixa− ções. Mas a cautela ainda impera, pois não se tem certeza do tamanho do canavial” , explica.
Rogério Bremm, diretor agrícola da BP Bunge Bioenergia, destacou que a safra 2021/22 foi muito desa− fiadora por conta da pandemia. “A criação de protocolos, afastamentos dificultaram, mas conseguimos man− ter as operações, fizemos parceria e doações às comunidades onde atua− mos ” , comentou.
Com relação aos problemas oriundos dos efeitos climáticos, Bremm destacou que a distribuição geográfica das 11 unidades da usina, localizadas em cinco estados, contri− bui para diluir os impactos da seca, pois os climas são muito diferentes.
Ele comentou também que o au− mento dos custos de produção vai exigir medidas visando sua redução, e melhorias na performance para au− mentar a produtividade.
“A safra 2022/23 será de recupe− ração do canavial. Teremos situações diferentes por região em relação ao clima. Acreditamos em termos de produção numa safra melhor neste ano ” , alegou.
Entre as ações adotadas, ele desta− cou o investimento na renovação do canavial e irrigação com foco para salvar a cana e evitar perdas. “Também investimos em tecnologias voltadas para aprofundamento das raízes, mu− dança para produtos biológicos, con− trole de pragas e doenças, gestão de frotas, investir em conectividade ru− ral” , contou.
Bremm também lembrou das ações de prevenção de incêndios, cui− dados com as pessoas e foco na detec− ção dos incêndios. Com isso, conse− guiram reduzir em 80% a área quei− mada no Tocantins, através desse tra− balho de detecção.
“Para viabilizar a redução de cus− tos, estamos buscando produtos subs− titutos. Investir no plantio, tecnologia, em busca de sinergias para melhorar a nossa operação e também na redução de custos. Acreditamos que devemos ter mais cana para essa safra. Somos muito dependentes do clima e uma das nossas estratégias é tornarmos me− nos dependentes através de investi− mentos em irrigação ” .
Ele vê como positiva a vinda de produtores de grãos para a produção
de cana. “Enriqueceu o setor. O ca− samento da cana com outras culturas – (soja, crotalária, milho)” , afirmou.
Para cumprir os desafios do mer− cado de carbono para elevar a produ− tividade, Bremm destacou que o foco das ações está voltado para o enchi− mento das plantas, busca de sinergias operacionais, otimizando as estruturas, investimento em tecnologia e irriga− ção para os próximos 5 anos.