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Safra 2022/23 em MG deve chegar a 7,9 milhões de toneladas de cana

Safra 2022/23 em MG deve chegar a 70,8 milhões de toneladas de cana

Estimativa é do presidente da SIAMIG

Apesar da volta das chuvas, o pre− sidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), Mário Campos, avalia que a safra 2022/23 será de recuperação.

A tendência é de moagem supe− rior à da 2021/22, em Minas Gerais, ficando na casa de 70,8 milhões de toneladas. Na região do Centro−Sul, a indicação é de 605 milhões de to− neladas.

Com relação ao mix desta safra, Mário destaca a importância da flexi− bilidade do parque industrial. “O se− tor já demonstrou flexibilidade inte− ressante, o que dá às usinas posiciona− mento estratégico em função disso, porque permite otimizar um pouco mais o produto mais rentável, lem− brando que no mercado de açúcar de exportação é de contrato, de relação das usinas com tradings, de cumpri− mento desses contratos. Onde é pos− sível fazer hedge, definir ganhos. Di− ferente do etanol, onde o anidro tem contrato, mas o indexador é flutuante ao longo do ano, enquanto o hidrata− do opera no mercado spot. O etanol tem muito o calor do momento, pro− penso a vender.Trata−se de dois pro− dutos diferentes ” , disse em recente entrevista.

Mário Campos explica que o mercado de etanol é interno, e de− pende de como está a situação da ga− solina, de como está a economia bra− sileira, porque o mercado de com− bustíveis é ligado à condição finan− ceira. E isso tudo afeta, como acon− teceu no fim de 2021, com preços mais elevados e o com Ciclo Otto com sinais de estabilidade.

Para o executivo, como se dará em 2022 é incógnita, embora existam alguns instrumentos para dar a pre− visibilidade, o que é possível com o açúcar. “Vale mais o feeling das dire− torias das empresas daquilo que acha que irá acontecer. Por exemplo: ago− ra, no fim de janeiro, tem−se pro− posta de PEC para desonerar tribu− tos federais, fundo de compensação para variações, limites de ICMS. São projetos em tramitação e, em ano de eleição, sempre gera possibilidade de mudanças RenovaBio foi construído para ser representação em números da sus− tentabilidade do produto etanol. 2020 foi o primeiro ano do programa.Tu− do muito novo, há disparidade gran− de de notas, com possibilidade de melhoria, e as usinas certificados que já se recadastraram apresentaram me− lhorias

Para ele, a visão é crescer a pro− dução de biocombustível, também à base de grãos (milho para etanol e soja para biodiesel) e garantir a ori− gem dos insumos para qualificá−los no RenovaBio. “É prematuro ainda fazer projeção. O programa preza pela previsibilidade com metas de 10 anos e, em função de 2020, ano da pandemia, começou−se aquém e foi o primeiro ano de inclusão das usinas. Mas agora as curvas darão pulos maiores. Mas depende do avanço do mercado Otto e da eco− nomia ” , explicou.

Ao falar da tendência da eletrifi− cação no setor automobilístico, Cam− pos defende o modelo híbrido. “Ire− mos conviver com mudanças na mo− bilidade. Ela vai se tornar cada vez mais sustentável. E qual é nosso papel e acreditamos: o Brasil e outros países (caso da Índia, que amplia a mistura de etanol à gasolina), geram possibi− lidade de fazer essa transição. Aliás, o Brasil já faz desde a década 70, muito mais focada nos biocombustíveis. Já temos mobilidade sustentável no Brasil. E é claro que pode melhorar ainda mais: a integração do motor elétrico com o uso do etanol via mo− tor híbrido. Já temos carros a etanol que rodam sem tanta eficiência como os híbridos. Se juntarmos as duas tec− nologias, teremos alternativa ao carro elétrico a bateria. Muitos países têm esse, em que é preciso carregar a ba− teria. A gente não: no Brasil existe produto em larga escala que pode fa− zer parte da transição ” , afirmou.

“Não se trata de brigar com o elétrico, mas mostrar que temos pro− duto tão bom quanto, sem a necessi− dade de mudar toda a estrutura – com pontos de recarga

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