1210 Jornal da Golpilheira Outubro 2012

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19ª Golpilheira Semana Cultural

da

P. 3 | Notícia P. 20 | Cartaz

10 a 18 de Novembro de 2012

P. 5 | Loja Social da Batalha

P. 2 | Aniversário

A cultura local e a crise dos media P. 3 | VII Fórum da Batalha

Associativismo em tempo de crise

P. 4 | Festa da Sr.ª do Fetal

Multidão apreciou luzeiros de caracóis

DR

P. 8 | (Con)(tra)dições

Há 3 anos a ajudar as famílias carenciadas

Todos-os-Santos viraram bruxas P. 9 | Campeonatos arrancam

Futsal feminino sénior já vence

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Jornal da Golpilheira

. abertura .

Outubro de 2012

.editorial.

Luís Miguel Ferraz Director

Reflexão de aniversário: A cultura local e a crise dos media

. opinião .

Manuel Falcão Jornalista...*

Sobre a crise nos órgãos de comunicação

A Golpilheira vai ter mais uma semana cultural. Não conta com a presença de nomes sonantes das revistas e do jet set. Não tem grandes concertos de músicos famosos, nem espectáculos daqueles que custam dezenas ou centenas de milhares de euros. Na verdade, é um programa humilde, à nossa medida. E nem todo ele é cultural, já que esta é, também, uma semana para proporcionar o divertimento, o convívio, o encontro entre gentes e saberes da freguesia. Também não tem polémica, não há mortos nem feridos (assim o esperamos), não inclui escândalos sexuais ou políticos. O orçamento é tão curto que não permite lavagens de dinheiro, nem há bancos com offshores a patrocinar. Nem sequer há uma daquelas novidades que alguém inventa como “tradição” e se transforma em sucesso comercial. Enfim, não tem nada que mereça a atenção das televisões, ou suscite o interesse de outros meios de comunicação. Por isso, por norma, não conquista, sequer, umas linhas nos jornais “de referência” da região (salvo raras e honrosas excepções). Ainda assim, tem alguns pontos de interesse e alguns convidados que vale a pena conhecer. E que valeria a pena noticiar. O certo é que, só o facto de uma pequena colectividade de uma pequena freguesia de um pequeno concelho deste pequeno

Portugal continuar a organizar uma semana cultural ao fim de 19 anos consecutivos, já seria digno de nota. Digno de uma referência seria também o facto de, numa pequena aldeia com pouco mais de um milhar de habitantes, alguém ainda falar e se preocupar com cultura. Sobretudo, numa altura em que a crise e a austeridade tomaram conta de todos os discursos, ocupam quase todos os minutos do noticiário, são tema de todos os debates e enchem todas as páginas nobres dos jornais (mais uma vez, salvo raras e honrosas excepções – e excluindo o futebol, claro está). Nos tempos que correm, talvez fosse digno de notícia o simples facto de uma associação com grandes problemas de tesouraria oferecer um almoço de domingo a todos os idosos da sua freguesia. Ou de haver ainda disposição para um arraial popular de S. Martinho e para um dia em que as forças vivas da comunidade se juntam para um convívio em comum de toda a população. Ou de uma atleta olímpica vir falar dos benefícios do desporto aos jovens. Ou de uma semana inteira de outras propostas diversas, do teatro à saúde, à música tradicional, à moda, ao todoo-terreno, ao cinema… No 16.º aniversário do Jornal da Golpilheira, este é bom pretexto para analisarmos o nosso próprio trabalho, o contexto em que o realizamos, a forma como encaramos

Quanto ao jornalismo regional em que nos integramos, deixo apenas a questão sobre a proximidade e o interesse local. Vemos muitas páginas, semana após semana, com os mesmos políticos, os mesmos empresários, os mesmos promotores culturais. Vemos os critérios editoriais a resvalarem cada vez mais para o sensacionalismo, à procura do insólito, do estranho e do escabroso. Tudo o que é negativo, o crime, o acidente, o escândalo chama os jornalistas (ou faz com que alguém os envie). Tudo o que é positivo fica remetido ao silêncio ou a cantinhos escondidos entre a “palha” geral, a não ser que seja alguma “novidade mediática”, ou esteja associado a uma boa máquina de propaganda comercial, ou – quando muito – a uma “sensibilizadora” campanha solidária (se possível com os tais nomes sonantes à mistura). Onde está a proximidade às pessoas, aos valores e tradições que alimentam, aos acontecimentos

Eu julgava que um órgão de comunicação tinha que se esforçar por ter audiência – por comunicar. Julgava – mas na realidade não tenho nada a certeza que este pensamento hoje em dia seja muito popular. Quando se perdem audiências, perdem-se receitas, sejam as de venda de exemplares, no caso de jornais ou revistas, ou de publicidade nos meios em geral. O que é certo é que o objectivo é conseguir comunicar e isso só se consegue criando uma base sólida, e em constante alargamento, de leitores, ouvintes ou espectadores. Retomando o tema, quando se perdem receitas compromete-se a viabilidade do órgão de comunicação e começam a criar-se condições de dependência. Nos últimos anos criou-se a ilusão – nas empresas de comunicação como no país em geral – que a dívida podia sempre aumentar e que no fim alguém havia de pagar. Pois então temos agora pela frente as más notícias: as dívidas chegaram a um ponto em que comprometem a existência de alguns órgãos de comunicação

– que fazem despedimentos, reduzem colaborações e interrompem suplementos. Tenho muita pena de afirmar que aqueles que são responsáveis pelos conteúdos são tão responsáveis pelas dificuldades financeiras como os proprietários e administrações que abdicaram de gerir as suas empresas e exigir que as redacções olhassem menos para o umbigo e para os temas de que gostam, e mais para o exterior, procurando os temas que os seus públicos gostariam de encontrar. Para conseguir audiência é preciso ter conteúdos que interessem aos públicos de cada órgão e que não se limitem a reproduzir o que já se viu em todo o lado. Numa época em que o twitter dá instantaneamente notícias dos grandes acontecimentos, o que conta é a capacidade de proporcionar uma informação diferente. Ninguém paga para ler ou ouvir ou ver o que já sabe – e que ainda por cima pode encontrar de forma gratuita. Ao longo dos anos, os jornais portugueses ditos de referência, na

esmagadora maioria dos casos, desinvestiram da informação local e regional, desinvestiram dos problemas das pessoas e passaram a preocuparem-se apenas com as notícias da macro-política e da macro-economia. Reduziram, à excepção dos momentos de catástrofe, o país a S. Bento. O resultado está à vista e a procissão – de encerramentos, dispensas e despedimentos – ainda vai no adro. Com um mercado publicitário em recessão absoluta (e continuada desde há anos), a perseverança na atitude de alargar públicos e a prática de os estreitar cada vez mais não podia ter bom resultado. Custa-me imenso dizer isto, mas estamos a assistir a um desastre anunciado que só pode surpreender quem não quis ver. Tenho infelizmente a experiência de como é fácil perder leitores e como é tão difícil reganhá-los e aumentá-los. Quem os tinha e os perdeu deve pensar nas suas responsabilidade e, talvez, ter mais vontade de perceber como se deve comunicar para mais gente, em vez

e assumimos o nosso papel social. E também para nos atrevermos a um olhar mais vasto sobre a imprensa em geral, que hoje debate intensamente a sua própria crise de identidade e de subsistência, o seu sentido e missão, as suas perspectivas de futuro. Como contributo para essa reflexão, convidamos à leitura do artigo do conceituado jornalista Manuel Falcão (ver abaixo). É a nossa prenda de aniversário aos leitores.

das suas terras e grupos sociais, às coisas simples e rotineiras que são, no fundo, a sua vida? Dizem alguns que isso não é conteúdo jornalístico, que não interessa aos leitores. No entanto, ouvimos esses leitores a queixarem-se de encontrarem cada vez menos assuntos que lhes interessem. E vemos títulos a fechar, jornalistas a serem despedidos, informação a perder qualidade. Será que o problema é dos leitores, ou de quem insiste em manter os mesmos temas, os mesmos protagonistas, o mesmo rumo? Será que regressar à vida das nossas aldeias não iria trazer mais leitores e até mais receitas publicitárias do tecido empresarial local, todo aquele vasto mercado que não trabalha com agências de publicidade, mas com pessoas? Falámos da nossa semana cultural, apenas como um exemplo. Na verdade, quase todas as associações culturais, recreativas e desportivas reclamam a falta de atenção dos meios de comunicação às suas actividades. E elas são, também, apenas um exemplo de muitas outras realidades que não têm essa atenção. As televisões e rádios queixam-se da falta de tempo de antena, os jornais queixam-se da falta de espaço. E, no entanto, basta que apareça uma formiga na sopa para todos aparecerem com vagar e primeiras páginas para oferecer ao assunto. Não é preciso dizer mais nada…

de comunicar para os do costume. Porque os do costume não levam a lugar algum. No blog http://lpm.blogs.sapo.pt

* Jornalista, 54 anos, estudou Medicina, Fotografia, Comunicação, Guionismo e Produção. Fundou o Blitz e o Independente, trabalhou no Expresso, no Sete e na Visão, realizou programas de rádio na RFM, Rádio Clube Português, Antena Um e Antena Dois, foi Director do Centro de Espectáculos do CCB, Presidente do Instituto Português de Cinema, Administrador do Pavilhão Atlântico, Administrador das Ediçõers Valentim de Carvalho, Estúdios Valentim de carvalho e Valentim de Carvalho Televisão, fundador e Presidente da Associação de Produtores Independentes de Televisão, Administrador da EGEAC (empresa municipal de Lisboa na área da gestão de espaços culturais) e Director de Programas do 2º canal da RTP. Actualmente é Director Geral da Nova Expressão-Agência de Meios e trabalha na área de planeamento estratégico de publicidade. Mantém colaborações regulares na imprensa, nomeadamente no «Jornal de Negócios» e no «Metro».


Jornal da Golpilheira

. actualidade .

Outubro de 2012

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19.ª Semana Cultural da Golpilheira

Nove dias de cartaz recheado... Vai decorrer, de 10 a 18 de Novembro, mais uma Semana Cultural organizada pelo Centro Recreativo da Golpilheira. Nesta, que é já a 19.º edição do evento, vai voltar a rechear-se o cartaz (ver última página) com muitas e variadas propostas para a formação, divertimento e convívio da população e de todos os que queriam visitar-nos. A primeira noite será na véspera de S. Martinho, sábado, dia 10, motivo para abrir em festa, com um arraial popular no Casal de Mil Homens. Haverá castanhada, petiscos e boa pinga, com animação do rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do CRG. No dia seguinte, será o tradicional “Almoço +60”, oferecido pela colectividade às pessoas com mais de 60 anos, contando com a animação da turma de Ginástica Geriátrica do CRG. O serão de segunda-feira, dia 12, a partir das 21h00, será reservado à música tradicional, com uma demonstração de concertinas. Para além de alguns músicos convidados, o palco estará aberto a todos os executantes deste interessante instrumento que queriam trazer a sua concertina e juntar-se à festa. No dia 13, terça-feira, às 21h00, o convite é para uma conferência sobre temas de saúde, contando com a colaboração da

Policlínica D. Nuno. Novo debate no dia seguinte, quarta-feira, dia 14, às 21h00, desta vez sobre desporto. Terá como convidada especial a atleta Telma Santos, de Peniche, mas com muitos amigos na nossa colectividade. Recorde-se que Telma Santos fez história no badminton nacional nos Jogos Olímpicos de Londres deste ano, ao ser a primeira atleta portuguesa a vencer um jogo da modalidade. É campeã nacional 11 vezes e a segunda atleta feminina portuguesa a conseguir a participação no torneio olímpico de singulares. Na quinta-feira, dia 15, a partir das 21h00, a música voltará a imperar, desta vez com o grupo “Tertúlia Quartet”. Trata-se de um quarteto de clarinetes formado por amigos com o interesse comum pela música e pela invenção de novas expressões do reportório de câmara e do jazz. Uma surpresa a não perder!

Também já tradicional destas semanas é a noite de sextafeira, dia 16, em que a estilista

Tuna Trovantina do IPL anima tarde de encerramento

golpilheirense Fátima Cruz mostrará, no desfile “Moda Golpilheira 2012”, as suas propostas para as próximas estações. É sempre uma noite de especial colorido e beleza, a encher o salão da colectividade. No sábado, dia 17, haverá propostas diversas. Às 19h00 é a concentração dos pilotos e, às 19h30, será servido o jantar no Restaurante Etnográfico da Golpilheira, a anteceder a partida do 4.º Passeio de Todo-o-Terreno Nocturno “Anjos sobre Rodas”, onde os amantes da aventura motorizada poderão desfrutar das paisagens da região e testar a perícia da condução fora das estradas asfaltadas. Às 21h00, no salão da colectividade, haverá uma sessão de cinema infantil, com surpresas para os mais novos. O domingo 18, será o “Dia da Freguesia”, uma iniciativa conjunta da Junta de Freguesia, Centro Recreativo, Comissões das Igreja de Golpilheira e São Bento, Jar-

VII Fórum do Associativismo da Batalha a 24 de Novembro

Associações em tempo de crise O Município da Batalha e o Museu da Comunidade Concelhia organizam a VII edição do Fórum do Associativismo, no próximo dia 24 de Novembro, sábado, com início às 14h30, nas instalações da Associação Recreativa Batalhense. “Associativismo em tempos de crise: Que respostas e estratégias?” é a temática escolhida para a discussão deste ano, que pretende, de uma forma directa, ir ao encontro das preocupações dos dirigentes associativos face à actual conjuntura económica. O VII Fórum do Associativismo vai contar com a experiência da associação cultural “Materiais Diversos”, de Minde, pela voz de Tiago Guedes, o director artístico

do festival com o mesmo nome. Trata-se de um festival de artes performativas que teve, há bem pouco tempo, a sua quarta edição, levando a Alcanena, Minde e Torres Novas artes como a dança, o teatro e a música. Um excelente exemplo de uma actividade bem conseguida, que alia a modernidade e a tradição, resultando num projecto apreciado e valorizado pela comunidade onde a associação está inserida. O encontro contará ainda com a apresentação do “Manual do Dirigente Associativo Voluntário - 100 Perguntas/100 Respostas”, numa sessão em estarão presentes Maria João Santos e Sérgio Pratas, autores deste título indispensável para quem desenvolve activida-

de no seio do associativismo. A obra, apoiada pela Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD), aborda informações úteis e bastante práticas relativas à orgânica das associações, desde a sua formação ao funcionamento, passando pelo aspectos jurídicos e contabilísticos fundamentais, numa linguagem rigorosa e clara. Neste fórum serão ainda assinados os protocolos de Apoio Municipal ao Associativismo, terminando com uma visita guiada ao Museu da Comunidade Concelhia. As inscrições são gratuitas e devem ser efectuadas até ao dia 21de Novembro, para 244769878 ou geral@museubatalha.com.

dim-de-Infância e Escola do 1.º Ciclo. Começa às 10h30, com o passeio pedestre “Golpilheira em Movimento”, que já foi prática mensal regular e que se pretende “restaurar” como hábito saudável que é e uma ocasião para desfrutar das belas paisagens golpilheirenses. Termina com o almoço no largo da Junta, seguido de uma tarde de convívio. Aí haverá porco no espeto, caldo verde, bebidas e petiscos variados, filhós e café da avó, doces, e até uma “feirinha” de produtos regionais. Para animar, estará presente a Trovantina, tuna académica do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), que promete ajudar ao consumo de cerveja… A culminar o programa, um momento recolhimento, em que serão lembrados todos os golpilhei-

renses já falecidos. Estamos no mês das almas, em que se celebram as solenidades de Todos-os-Santos e de Fiéis Defuntos e será neste domingo, às 17h00, a celebração da Missa com Ofício de Defuntos na nossa freguesia, seguida de romagem nocturna ao cemitério. Será uma ocasião para cada um lembrar e fazer uma oração pelos seus familiares e amigos que já partiram, também eles membros desta comunidade, que deram o seu contributo para que ela seja o que é hoje. Resta referir que alguns dos eventos ao ar livre poderão ser transferidos para a sede da colectividade, em caso de chuva, e lembrar que todos os nossos leitores são convidados a participar para o bom sucesso desta semana. Luís Miguel Ferraz divulgação


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>> Foto-reportagem em www.jgolpilheira.blogspot.pt

. reportagem .

Jornal da Golpilheira Outubro de 2012

Festa de Nossa Senhor do Fetal

Desenhado no monte

cascas de caracol. No entanto, a motivação maior dessa festividade é, seguramente, de cariz religioso, tudo o resto é acessório, mas complementar. Para os mais curiosos, alguns apontamentos sobre a referida ermida: - Ignora-se a época em que se aconteceu a aparição, bem como a data da construção da primitiva ermida, antes designada de Senhora da Fé, que acolheu a miraculosa imagem ali encontrada; - Mais tarde, em 1585, edificou-se um templo mais amplo e mais sumptuoso que passou a acolher numerosos peregrinos; - O rei D. Duarte (1433-1438) confirmou uma provisão antiga da Confraria que autorizava a colheita de esmolas, para manter o culto; - Teve o Santuário de Nossa Senhora do Fetal (título honorífico

recebido das mãos do Papa Urbano VIII) dois capelães para atender os peregrinos e celebrar todos os dias duas missas e, por provisão de D. João III, era distribuído o Bodo aos confrades e mordomos; - D. Maria I, por provisão de 1791, autorizou uma feira franca no 1.º domingo de Outubro; - O Bispo de Leiria, D. Manuel de Aguiar, aplicou no hospital que tomou o seu nome em Leiria boa parte das ofertas feitas pelos fiéis ao Santuário e por isso mandou da Sé de Leiria para ali, a título de compensação, dois artísticos altares com retábulos e colunas salomónicas, recentemente restaurados (pelo que observei, falta ainda restaurar o cadeiral de madeira do imperador das Festas do Espírito Santo, encostado à parede do lado direito);

- Quanto à estátua da Senhora do Fetal, um monobloco de pedra que mede 38x12 cms, para alguns, na melhor das hipóteses, remontará ao século XVII, tendo sido objecto de uma pintura na década de 1680-90, ordenada pelo bispo leiriense D. José de Lencastre a

LMF

Este é um evento que dispensa apresentações. Com fama já internacional, a festa em honra de Nossa Senhora do Fetal atrai cada vez mais multidões, muito por causa de uma tradição que nos últimos anos tem vindo a ser cada vez mais ““restaurada” e ampliada: as ruas iluminadas por candeias de azeite feitas com cascas de caracóis. O Jornal da Golpilheira esteve lá e partilha com os leitores algumas fotografias do cenário. Na internet, publicámos um álbum mais completo e dois pequenos vídeos, que ilustram um pouco do ambiente vivido (ver jgolpilheira. blogspot.pt). Não esqueçamos, porém, que o fundamental desta festa é a celebração religiosa em honra de Nossa Senhora. Essa é a raiz, o motivo e o centro de tudo o resto. Mesmo que muitos dos participantes venham apenas para desfrutar do belo cenário nocturno e da festa de arraial, não podemos deixar de sublinhar esta matriz religiosa do evento. A esse propósito, transcrevemos um interessante texto publicado pelo historiador Júlio Órfão na sua página do Facebook: “Ultimamente muito se em falado, e bem, da festividade de Nossa Senhora do Fetal, com realce para as iluminações com as

LMF

Multidão apreciou iluminações de caracóis um frade arrábido. Para outros, onde se inclui o Dr. Saul António Gomes, que passo a citar, estamos perante a imagem gótica primitiva “muito provavelmente do último terço do século XVIII ou primeira metade do século XIV”, não qualquer cópia. Este prestigiado historiador considera ainda a hipótese desta imagem reguenguense poder corresponder à do orago de Santa Maria da Magueixa, cuja ermida é mencionada já em 1211 e em documentação medieva posterior, mormente no arrolamento das capelas da jurisdição de Santa Cruz de Coimbra de 1431. Oxalá que esta leitura vos ajude, no próximo ano, a perceber e a desfrutar melhor toda a “ambiência” religiosa, e não só, que rodeia aquela festividade.”

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. solidariedade .

Outubro de 2012

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Loja Social da Batalha

reorganização da Loja. No final tiveram direito, como um pequeno gesto de agradecimento, a um pequeno lanche na Loja Social, agora devidamente arrumada e organizada para a melhor servir a comunidade. Durante o ano, houve já duas recolhas de alimentos junto do Lidl, Intermarché e Pingo Doce. A Loja esteve, também, representada na FIABA. E, no mês passado, houve uma venda de bolos na feira de antiguidades na praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha. Todas estas actividades são para a angariação de alimentos.

Grupo de voluntárias

lha e todos os parceiros do CLAS. A Loja Social da Batalha tem, assim, cerca de 200 famílias beneficiárias, que mensalmente podem levar roupa, utensílios, sapatos, entre outras coisas de que necessitem. E, deste número, 60 famílias beneficiam também de um pequeno cabaz de alimentos mensal. Todas estas famílias passam primeiro por uma avaliação junto de técnicas especializadas, com acesso a informação que lhes permite fazer uma avaliação precisa das necessidades de cada uma. Por vezes, julgamos as

pessoas por ajudarem quem não precisa, mas o que vai dentro de cada família, nem toda a gente sabe. Ou seja, a avaliação feita pelas técnicas é rigorosa e, se estas validam a ajuda junto das famílias, é porque têm informações que o justificam. E, quem somos nós para julgar? O tempo que perdemos a julgar a vida dos outros, podíamos antes canalizar em partilha e solidariedade. Sabe-se que muitas famílias, neste tempo de crise, precisam deste apoio, mas por vergonha não recorrem à Loja Social. Todas as voluntárias estão sensíveis a este aspecto e alertadas

para ajudarem discretamente todas as pessoas que o solicitem. A Loja Social foi “obrigada” a fechar durante o passado mês de Abril, para fazer um balanço. Ao fim de três anos de abertura, já não havia mais espaço, nem mãos voluntárias suficientes, para manter a Loja a funcionar de forma organizada e fluida. O armazém estava entupido com caixas de roupa, a loja estava igualmente sobrecarregada, não havendo organização possível. No mês de Abril, as voluntárias trabalharam exaustiva e diariamente na

DR

A Loja Social da Batalha é um projecto de desenvolvimento local, nascido em 2009, sediado no concelho da Batalha, que envolve toda a comunidade na acção concreta de gestos solidários (todas as pessoas que fazem as suas doações) e voluntários (que asseguram o funcionamento da loja), para que seja possível uma intervenção de ajuda emergente junto dos indivíduos mais vulneráveis da comunidade. A Loja foi assumida pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha (AHBVB) e tem como principal parceiro a Câmara Municipal, através do Gabinete de Desenvolvimento Social. Estas entidades concretizaram um protocolo entre si, assumindo responsabilidades, num compromisso para o desenvolvimento local. Em parceira, dando resposta a uma melhor rentabilização dos serviços, estão incluídos o Centro Distrital de Leiria do Instituto de Segurança Social, através do Serviço Local da Batalha, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Bata-

DR

Há 3 anos a ajudar as famílias carenciadas A Loja Social aceita, assim, todo o tipo de roupas e coisas para a casa, tal como toda a ajuda na angariação de alimentos. Tudo é organizado e distribuído por uma equipa de voluntárias, com cerca de 20 elementos, que fazem com que todo este trabalho seja possível. A Loja Social agradece às voluntárias todo o seu empenho e também a toda a comunidade concelhia da Batalha, por todas as doações que tornam possível este ciclo de ajudar: dar e receber! CB

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Jornal da Golpilheira

. sociedade .

Outubro de 2012

Lucas apresenta proposta aprovada por maioria

AMLEI toma posição sobre IMI

Nos últimos anúncios do Governo sobre as novas medidas de austeridade a integrar o orçamento de 2013, uma das questões que provocou discussão foi a da alteração às regras do Código de Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI). Discordando de algumas das medidas propostas, António Lucas, presidente da Câmara Municipal da Batalha, elaborou uma proposta que levou à AMLEI – Associação de Municípios da Região de Leiria, onde foi aprovada por unanimidade. Assim, esta associação, que integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de Mós, assumiu uma posição comum sobre este processo. Segundo o documento, a avaliação do património em curso deverá garantir que “todos os proprietários de imóveis passem a estar em situação de igualdade perante o CIMI”, que “se aproveite a oportunidade única de conciliação de dados” entre as câmaras e outras entidades envolvidas, evitando “muitos problemas burocráticos para os cidadãos” e que “as câmaras possam, em tempo útil, obter dados fiáveis” para a fixação das taxas de IMI com “efectiva equidade fiscal”. Para cumprir estes objectivos, a AMLEI defende as seguintes correcções ao modelo em curso: “Actualização do valor do metro quadrado, de acordo com os valores de mercado actuais; correcção dos coeficientes de localização, tendo em consideração a desvalorização do mercado imobiliário que se tem verificado, pós 2004; todos os imóveis cujos projectos não se encontrem em total sintonia com o existente no terreno, deverão ser medidos fisicamente pelos peritos avaliadores ou pelas serviços técnicos dos Municípios; deverão ser proibidas as medições efectuadas exclusivamente pelo “Google”, ou por outros programas análogos. No comunicado já enviado ao Governo, são sublinhados vários riscos do modelo que está em vigor, nomeadamente: subida descontrolada do imposto, provocando uma enorme injustiça fiscal; nos territórios de média e elevada ruralidade, em que as construções apresentam áreas de alguma dimensão devido a possuírem construções de apoio à agricultura, hoje devolutas e completamente improdutivas, a situação ainda será mais complexa; atendendo à quebra de rendimento da maioria dos cidadãos, muitos ficarão impossibilitados de poder cumprir com o pagamento do tributo; enterro do que resta do mercado imobiliário, potenciando a quebra de receita e o aumento ainda mais acelerado do desemprego no sector”. Após esta análise, a AMLEI propõe ao ministério das Finanças “a manutenção da cláusula de salvaguarda, prevista na legislação em vigor e que se pretende revogar” e ainda a implementação imediata das medidas acima preconizadas”.

Batalha volta a lançar Orçamento Participativo

Dê ideias para o orçamento de 2013! A Câmara da Batalha volta a disponibilizar a toda a população uma consulta sobre o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para o exercício de 2013. Segundo nota da Câmara, a manutenção desta aposta assenta “nas experiências positivas colhidas em anos anteriores” e consolida “um novo modelo de gestão a imprimir pela autarquia, designadamente, quanto às

áreas prioritárias de governação, obras e actividades a executar”. Para António Lucas, presidente do município, o orçamento participativo, “assume-se como um modelo de governação que importa consolidar e manter, assumindo-se como uma nova forma de articulação entre o poder público e a sociedade civil que será, de ora em diante, cada vez mais

chamada a pronunciar-se sobre as decisões dos organismos públicos”. O autarca sublinha que “a definição do Orçamento e das Grandes Opções do Plano constitui o mais importante exercício de planeamento de acção do município e, atendendo aos fortes condicionalismos orçamentais com que os municípios se deparam, o alargamento deste exercício

aos munícipes é de extrema importância”. A consulta à população do Concelho é efectuada através de duas vias: a partir da internet, no portal do www.cm-batalha.pt, preenchendo o formulário específico; ou então na Câmara Municipal, preenchendo o formulário presencialmente.

Ginástica geriátrica no concelho da Batalha

Mais de 100 a “reciclar movimentos” Começou no início de Outubro mais uma edição do projecto “Reciclagem de Movimentos” – projecto de ginástica geriátrica orientado para os mais idosos. Mais de 100 pessoas aderiram este ano ao programa, distribuídas por turmas a funcionar nas instituições de solidariedade social do concelho da Batalha, no Centro Recreativo da Golpilheira, na Casa do Povo de Reguengo do Fetal e na Junta de Fre-

guesia de São Mamede. Esta iniciativa do Município da Batalha, em execução há mais de 10 anos, tem colhido grande adesão por parte de utentes e técnicos das IPSS concelhias, contribuindo para o fomento, na camada mais sénior da população, de hábitos de actividade física. O grande objectivo, com a ajuda de um técnico com formação específica, é o da recuperação dos movimentos na

camada mais velha da população, estimulando a estrutura óssea e a liberdade de movimentos, nalguns casos já perdida ou bastante limitada pela falta de exercício regular. Em complemento às sessões ministradas nos locais indicados, o programa “Reciclagem de Movimentos” passou também a incluir sessões de hidroginástica, de forma a complementar e a enriquecer o programa

físico e a possibilitar esta agradável e saudável experiência a muitas das pessoas que normalmente não teria acesso a ela. Tanto as sessões de ginástica como a hidroginástica e outras componentes deste programa são de frequência gratuita, sendo os custos suportados integralmente pelo Município da Batalha.

Comércio da Batalha activo

Natal da Batalha mantém o brilho À semelhança do que aconteceu no ano passado, por iniciativa dos comerciantes e com o apoio do Município, o mês de Dezembro na Batalha prome-

te ter mais brilho, com um programa de dinamização comercial das zonas mais nobres da vila. Para além das tradicionais iluminações natalícias,

decorrerão diversas acções de animação musical, actividades para crianças com passeios de charrete, exposições de artes plásticas e sensacionais concursos com

prémios bastante aliciantes. O programa estará disponível brevemente nas lojas aderentes.

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Jornal da Golpilheira

. sociedade . cultura .

Outubro de 2012

SimLis promove concurso escolar

Rancho Rosas do Lena promove

Visitas ao Museu Etnográfico

LMF

“Um Rio às Cores” A empresa SimLis está a promover junto das escolas do 1.º ciclo do ensino básico dos municípios de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém e Porto de Mós um novo concurso escolar, intitulado “Um Rio às Cores”. Este concurso visa “sensibilizar para a preservação dos recursos hídricos, estimular a descoberta dos rios e da biodiversidade associada, promover o conhecimento ligado à bacia hidrográfica do rio Lis e ainda estimular a criatividade e gosto pela expressão plástica do público infantil”. Para participar, as escolas deverão representar o “seu” rio, através da expressão plástica, em telas de dimensão 60x40 ou 70x70, como técnicas como acrí-

Toca a pintar o nosso rio!

lico, óleo, guache, pastel, colagens, carvão, pigmentos naturais, etc. Terá dois escalões, um dos 1.º e 2.º anos, outro dos 3.º e 4.º anos, podendo cada escola apresentar um trabalho por escalão. Os três primeiros classificados de cada escalão serão premiados com material escolar. Mas todos os trabalhos

serão divulgados num livro digital a publicar numa plataforma criada para o efeito. O concurso “ Um Rio às Cores” insere-se no programa de actividades de Educação Ambiental, que a empresa promove junto de professores e alunos do pré-escolar e 1.º e 2.º ciclos do ensino básico. Um

programa que inclui actividades como: acções nas escolas, comemoração de dias temáticos, visitas de estudo às instalações, saídas de campo do Projecto Rios, entre outras. Com o desenvolvimento de acções de educação e sensibilização ambiental, a SIMLIS pretende “alertar para a protecção dos recursos hídricos, fomentar o ensino experimental das ciências nas escolas, incentivar a população para a ligação ao sistema de saneamento, sensibilizar os cidadãos para a importância do tratamento das águas residuais, e ainda demonstrar a importância da participação pública na melhoria da qualidade ambiental, através da adopção de atitudes ambientalmente correctas”.

Financiamento até 10 mil euros com 25% sem juros

Caixa agrícola apoia micro-crédito A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha, “preocupada com o crescimento do desemprego no nosso país e, fundamentalmente, na região em que está inserida, criou uma linha de micro-crédito, de apoio ao empreendedorismo e à criação do seu próprio emprego (ENI ou Empresa)”. É assim que o Conselho de Administração desta instituição apre-

senta uma iniciativa que visa “incentivar os jovens à procura do primeiro emprego, ou desempregados em geral (entre os 18 e os 50 anos), a criar o seu próprio negócio”. Esta linha de crédito terá um montante máximo de financiamento de 10 mil euros, com taxa de juro indexada à Euribor06TM, acrescida do spread de 5%, (seria de 5,484% em Outu-

7

bro de 2012), sendo so juros aplicados apenas a 75% do valor, com os restantes 25% do capital sem juros. O período dos contratos poderá variar entre 13 meses a 6 anos, incluindo a possibilidade de 12 meses de carência de capital, prevendo a possibilidade de pagamento mensal, trimestral ou semestral, sendo as garantias a definir caso a caso.

No domingo, 4 de Novembro, das 14h00 às l8h00, o rancho folclórico Rosas do Lena vai realizar visitas guiadas ao Museu Etnográfico da Alta Estremadura/Casa da Madalena, na Rebolaria. A entrada, como habitualmente, é gratuita, entregando-se pequenas lembranças às primeiras cinco famílias de visitantes. Esta iniciativa insere-se nas actividades da “Adiafa da Cultura”, cujo restante programa será indicado entretanto. A partir desta data, este Museu estará aberto aos domingos, das 14h00 às l7h00.

Galeria Mouzinho de Albuquerque

Pintura de Artur Franco

O conceituado pintor artístico Artur Franco volta à Batalha em Dezembro, para a realização de mais uma exposição da sua autoria. Com uma pintura realista, quase fotográfica, as suas telas desvendam paisagens, gentes, ruas e quotidianos de grande beleza e unicidade, com uma técnica soberba e amplamente reconhecida. Artur Franco, natural de Leiria, conta com obras da sua autoria em colecções de pintura particulares, em Portugal e no estrangeiro, dada a qualidade do seu trabalho. O mesmo trabalho que poderá ser apreciados na Galeria de Exposições Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, de 30 de Novembro a 9 de Dezembro.

Biblioteca da Batalha

“A Hora do Conto” Na Biblioteca da Batalha, as sessões de “A Hora do Conto” vão continuar em 2012 e 2013 a encantar os mais novos com histórias infantis e oficinas temáticas. Esta actividade decorrerá nos terceiros sábados de cada mês, com o objectivo de estimular o interesse pela biblioteca e pela leitura. As sessões decorrem às 16h00 e têm uma duração aproximada de uma hora e meia. Cada criança deverá estar acompanhada por um adulto. As inscrições podem fazer-se para biblioteca@cm-batalha.pt ou 244769871.

Na Catedral de Leiria

Música Sacra com Oktetto plus No dia 10 de Novembro, às 16h00, irá realizar-se um concerto de música sacra na Sé de Leiria, que contará com a participação do coro Oktetto plus, sob a orientação de Catherine Paiva, e da organista Rute Martins. Será executada música sacra para coro e órgão e para órgão solo, dos autores Berlioz, Saint Saens, Brahms e Bach. Com entrada livre, este concerto é organizado pela SAMP e pela Sé de Leiria. pub

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Jornal da Golpilheira

. sociedade . cultura .

Outubro de 2012

Tradições, (con)tradições e (contra)dições

“Ti Canoca” fez 100 anos! O meu nome é Matilde Inácia Monteiro. Nasci há um século atrás, a 19 de Outubro de 1912, na Casa do Mato, Golpilheira. Casei a 25 de Abril com José Vieira de Carvalho, um homem viúvo. Deste casamento nasceram dez filhos, mas apenas cinco sobreviveram: Maria Matilde Monteiro de Carvalho (72 anos), Maria Lúcia Monteiro de Carvalho (68 anos), Maria Olinda Monteiro de Carvalho (64 anos), Manuel Monteiro de Carvalho (60 anos) e Maria Fernanda Monteiro de Carvalho (58 anos). Dos meus filhos, tenho doze netos: Paula, João Marcelo, Ana Isabel, Sofia, Pascoal Filipe, Gina, Duarte, Rodrigo, Inês, Carolina, Diogo e André… …e dezassete bisnetos: Maria Eduarda, Daniela, Ana Rita, João Xavier, Ana Lúcia, João Carlos, Dinis, Ana Filipa, Ricardo, Miguel, Lara, Salvador, Dinis, Duarte, Íris, José e Diogo. Quando casei com o meu marido, ele tinha dois filhos pequenos: um de quatro anos (José Henriques Vieira de Carvalho) e outro de dois (Henrique Vieira de Carvalho), crianças que tratei sempre como meus filhos. Deles dois nasceram sete netos: Lourdes, Paulo, Lela, Gracinda, Dulce, Isabel e Olga… … e catorze bisnetos: Fábio, João André, Alexandre, Diana, Filipe, Pedro Miguel, Rui, Ana Maria, Beatriz, Diogo, Matilde, David, Tomás e Tomás. Comecei a trabalhar muito cedo, mas os meus pais também quiseram que eu aprendesse a ler e a escrever. Frequentei a escola até à 3.ª classe. Ainda consigo ler as letras maiores, mas já não consigo segurar na caneta para escrever. Nos últimos anos da minha vida, fiz muitas bainhas abertas para familiares, amigos e várias igrejas. Ensinei muitas pessoas… Fi-las até há pouco tempo, mas hoje já me tremem as mãos e já me falta a vista. Gosto muito de cantar e rezar. Embora já não consiga passar as contas do meu terço, gosto de o ter na mão, pois, como digo tantas vezes, é ele “a arma da nossa fé”. Embora nem sempre reconheça as pessoas, tenho sempre uma palavra de agradecimento para quem me ajuda e mostro sempre a minha boa disposição a quem me visita, dizendo uma das minhas graças. Matilde Monteiro NR - O Jornal da Golpilheira associa-se a esta festa e dá os seus parabéns à senhora Matilde Monteiro, com votos de que some ainda alguns anos entre nós, com esta alegria e testemunho de fé. Aos familiares, os nossos cumprimentos e agradecimento pelo envio da notícia.

pessoas de uma comunidade e, também, uma ocasião de convívio e de acolhimento e catequização das crianças sobre a caridade cristã.

©2008 | LMF - Arquivo

Um belo número

Para os cristãos, a festa de Todos-os-Santos tem uma longa tradição e reflecte a sua fé no futuro para quem espera e vive segundo o Evangelho pregado por Jesus. “Os Santos, tendo atingido pela multiforme graça de Deus a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje a Deus, no Céu, o louvor perfeito e intercedem por nós. A Igreja proclama o mistério pascal, realizado na paixão e glorificação deles com Cristo, propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai por Cristo; e implora, pelos seus méritos, as bênçãos de Deus. Segundo a sua tradição, a Igreja venera os Santos e as suas relíquias autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos Santos proclamam as grandes obras de Cristo nos Seus servos e oferecem aos fiéis os bons exemplos a imitar” (Constituição Litúrgica, n.º 104 e 111). Celebrada a 1 de Novembro, é seguida da festa de Fiéis Defuntos. Depois de ter cantado a glória e a felicidade dos Santos que «gozam em Deus a serenidade da vida imortal», a Liturgia, desde o início do século XI, consagra o dia 2 à memória dos fiéis defuntos. É uma continuação lógica da festa de Todos-os-Santos. Se nos limitássemos a lembrar os nossos irmãos Santos, a Comunhão de todos os crentes em Cristo não seria perfeita. Quer os fiéis que vivem na glória, quer os que vivem na purificação, preparando-se para a visão de Deus, são todos membros de Cristo pelo Baptismo. Continuam todos unidos a nós. A Igreja peregrina não podia, por isso, ao celebrar a Igreja da glória, esquecer a Igreja que se purifica no Purgatório. Assim, o Dia de Fiéis Defuntos não é de luto e tristeza. É dia de mais íntima comunhão com aqueles que “não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente” (S. Cipriano). É dia de esperança, porque sabemos que os nossos irmãos ressurgirão em Cristo para

Na nossa aldeia, ainda se mantém a tradição

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Todos-os-Santos viraram bruxas

Cenários que se dispensam...

uma vida nova. É, sobretudo, dia de oração, que se revestirá da maior eficácia, se a unirmos ao Sacrifício de reconciliação, a Missa. No Sacrifício da Missa, com efeito, o Sangue de Cristo lavará as culpas e alcançará a misericórdia de Deus para os nossos irmãos que adormeceram na paz com Ele, de modo que, acabada a Sua purificação, sejam admitidos no Seu Reino. Estas duas festas são, portanto, uma celebração da universalidade da Igreja, constituída pelos que vivem neste mundo e pelo que vivem na Igreja celeste, junto de Deus ou em purificação para essa união definitiva com o Criador e Pai de todos os homens. “Pão-por-Deus” ou “Dia do Bolinho” Em Portugal, o dia de Todos-os-Santos associouse à tradição já secular de as crianças saírem à rua em pequenos bandos para pedir o “Pão-por-Deus” de porta em porta, recitando versos e recebendo como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocam dentro dos seus sacos de pano. É também costume em algumas regiões os padrinhos oferecerem um bolo, o “Santoro”, pelo que,

em algumas regiões, como a nossa, se chama a este dia o “Dia do Bolinho”. Esta tradição teve origem em Lisboa em 1756, um ano após o terramoto que destruiu Lisboa, a 1 de Novembro de 1755. Nesse evento morreram milhares de pessoas e a população da cidade – na sua maioria pobre – ainda mais pobre ficou. Como esta era uma data com significado religioso (1 de Novembro), de forma espontânea a população aproveitou a solenidade do dia para desencadear, por toda a cidade, um peditório, com a intenção de minorar a situação paupérrima em que ficaram. As pessoas percorriam a cidade, batiam às portas e pediam que lhes fosse dada qualquer esmola, mesmo que fosse pão, dado grassar a fome pela cidade. E as pessoas pediam: “Pão por Deus”. Esta tradição perpe tuou-se no tempo, sendo sempre comemorada neste dia e tendo-se propagado gradualmente a todo o País. Até meados do séc. XX, o “Pão-por-Deus” era uma comemoração que minorava as necessidades básicas das pessoas mais pobres. Depois, tornou-se uma memória desse tempo e uma forma de enaltecer a virtude da partilha de bens entre as

O Halloween Halloween significa “All hallow’s eve”, palavra que provém do inglês antigo e que significa “véspera de Todos-os-Santos”, referindo-se à noite de 31 de Outubro. Um antigo costume anglo-saxão roubou-lhe o seu estrito sentido religioso para celebrar em seu lugar a noite do terror, das bruxas e dos fantasmas, num claro regresso ao antigo paganismo. Sobre esta “festa”, transcrevemos um interessante artigo de Aura Miguel, jornalista da Rádio Renascença: “Portugal – tradicionalmente católico – importou um ritual pagão. Apesar de ser uma festa (e as crianças gostarem de festas independentemente da sua origem), fará isto algum sentido? Abóboras, roupas negras, disfarces de bruxa, dentes caninos afiados e perucas com teias de aranha… Há cada vez mais gente a comprar isto, apesar da crise. São as compras para o Halloween, a chamada noite das bruxas que o calendário pagão anglo-saxónico assinala para esta noite. Gostaria muito mais que a minha opinião de hoje fosse inspirada no calendário cristão, mas infelizmente não é esse o calendário que nos guia… Não estou a pensar tanto nas crianças, que vão para a escola vestidas de bruxas e fantasmas, porque adoram festas e arranjam todos os pretextos para pedir coisas aos pais. O problema está nos adultos – os da escola e os de casa – que também alinham nisto. Esta noite em Lisboa, Porto e Braga haverá desfiles de «mortosvivos» e paradas «zombie» para aterrorizar quem passa, porque – dizem eles – «esta é a noite em que as bruxas se reúnem numa festa dada pelo diabo».Que tristeza, este Portugal!”.


Jornal da Golpilheira

. desporto .

Outubro de 2012

Campeonatos arrancaram

Futsal feminino sénior já vence procurando incessantemente aumentar o marcador. Não foi de admirar que até final do jogos obtivéssemos mais três golos, por Irina, Jéssica, Jeca. Louriçal – 0 Golpilheira – 6 Jogo disputado no dia 26 do corrente mês de Outubro, no Pavilhão do Louriçal. É, normalmente, uma deslocação difícil. No entanto, conforme o resultado obtido transparece, a nossa vitória em altura alguma esteve em dúvida. Não é que o Louriçal tivesse jogado mal.

LMF - Arquivo

Golpilheira – 5 Ilha – 0 Encontro disputado no passado dia 13 do corrente mês de Outubro, no Pavilhão da Batalha. Foi o primeiro jogo do campeonato e, como tal, o objectivo principal era vencê-lo. Foi o que conseguimos, com uma entrega incessante das nossas atletas ao jogo. Neste jogo, o mais difícil foi a obtenção do primeiro golo. Não estava a ser fácil consegui-lo, uma vez que a equipa da Ilha apenas defendia e tinha na baliza uma guarda-redes que se mostrava eficiente. No entanto, de tanta insistência, Jéssica conseguiu obter o primeiro golo, ainda na primeira parte. Continuamos com ataques incessantes e Irina, antes do intervalo, obteve o nosso segundo golo. Fomos para a segunda parte, e apenas uma equipa jogava,

Teresa Jordão continua a comandar as “Golpilhas”

A nossa equipa é que efectuou um jogo brilhante, sabendo muito bem tornear os obstáculos que a equipa do

Futsal Seniores Femininos - Distrital Divisão de Honra

13-10 – Golpilheira – 5 / Ilha – 0 26-10 – Louriçal – 0 / Golpilheira – 6 Próximos Jogos 01-11, 16H00 (Meirinhas) – Golpilheira / A. Caranguejeira (Super Taça) 04-11, 18H30 (Batalha) – Golpilheira / Núcleo Sport. Leiria 10-11, 19H00 (Pocariça) – Pocariça / Golpilheira 17-11, 19H00 (Batalha) – Golpilheira / Portomosense 24-11, 21H00 (Caranguejeira) – Academia Caranguejeira / Golpilheira 01-12, 19H00 (Batalha) – Golpilheira / Vidais

Louriçal lhe colocava. Começámos muito bem o jogo, pressionando as adversárias quando estas tinham a bola, partindo depois para rápidos ataques colocando em sentido a equipa contrária. Com esta estratégia adivinhava-se o golo. Numa boa jogada, Irina abriu o marcador. O domínio do jogo pertencia-nos, acabando Carolina por marcar o nosso segundo golo antes do descanso. Na segunda parte, a atitude foi a mesma, apesar da rotação das jogadoras, que se integraram sempre na estratégia de jogo. Mais golos foram surgindo. Num minuto, Tita matou o jogo com a obtenção de dois golos. Depois foi Irina e Maria a colocar o resultado final. Grande jogo. Só com muito trabalho é que se consegue este desempenho. Parabéns a todos. Manuel Carreira Rito

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Equipas do CRG Futebol 7 Benjamins “A”

03-11, 09H30 (Marinha Grande) – Marinhense “B” / Golpilheira 10-11, 11H00 (Barrocas) – Golpilheira / União da Serra 17-11,– 11H00 (Barrocas) – Golpilheira / Maceirinha 24-11, 09H30 (Batalha) – Batalha “A” / Golpilheira 01-12, 11H00 (Barrocas) – Golpilheira / Portomosense

Futebol 11 Iniciados Masculinos – Distrital 1.ª Divisão

21-10 – Golpilheira - 2 / Batalha “B” - 2 28-10 – Maceirinha - 3 / Golpilheira - 1 Próximos Jogos 04-11, 10H30 (Batalha) – Golpilheira / Avelarense – Taça Distrital 11-11, 10H30 (Batalha) – Golpilheira / Academia Sporting M. Grande 25-11, 10H30 (Pousos) – GRAP / Golpilheira 02-12, 09H00 (Batalha) – Golpilheira / Marinhense “B”

Futebol 11 Veteranos

26-09 – Peso da Régua 1 / Golpilheira – 0 06-10 – Golpilheira – 1 / Várzeas – 1 13-10 – Casal de Cambra – 3 / Golpilheira – 4 27-10 – Golpilheira - 2 / Borba – 2 Próximos Jogos 03-11 (Batalha) – Golpilheira / Gouveia 24-11 (Cartaxo) – Cartaxo / Golpilheira

Futsal Juniores Femininos Torneio de Abertura – Série B

28-10 – Academia da Caranguejeira - 6 / Golpilheira – 0 Próximos Jogos 11-11, 18H00 (Batalha) – Golpilheira / Centro Desp. Fátima 18-11, 15H00 (Batalha) – Golpilheira / Academia Caranguejeira 02-12, 16H00 (Fátima) – Centro Desp. Fátima / Golpilheira pub

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Jornal da Golpilheira

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Outubro de 2012

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FOTOREPORTAGEM Por Rui Gouveia Rip Curl Pro Portugal 2012

Peniche voltou a ser capital do surf Decorreu na praia Supertubos, em Peniche, entre 10 e 21 de Outubro, mais uma excelente prova do circuito Mundial de Surf – Rip Curl Pro Portugal 2012. Mesmo nos dias de semana, a praia encheu-se de público para ver as actuações da elite surfista internacional, que contou com ondas excepcionais e muito sol na fase final. Julian Wilson (AUS) ganhou pela primeira vez esta etapa do Circuito Mundial de Surf, contra o brasileiro Gabriel Medina, nos últimos segundos do heat. Adriano de Souza (BRA), vencedor do ano passado, venceu Jeremy Flores (FRA) nos quartos de final, mas não conseguiu passar o heat contra Wilson das semifinais. Ainda assim, o terceiro lugar ajudou-o a passar de 6.º para 5.º lugar do ranking mundial. No topo desta lista continua Joel Parkinson (AUS), seguido de Kelly Slater, Mick Fanning e John John Florence (HAW). A próxima etapa do circuito mundial será em Santa Cruz, na Califórnia entre 1 e 11 de Novembro. Ver em: jgolpilheira.blospot.pt

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Jornal da Golpilheira Outubro de 2012

Discurso proferido no Campo Militar de S. Jorge (Parte 3/3)

Reflexão sobre Portugal: no dia 14 de Agosto de 2012 Consolidou-se no trono português uma nova dinastia e abriu-se espaço para que novas elites no domínio político, cultural, social e económico conduzissem a nação a uma nova época. Portugal viveu, depois de 1385, o seu tempo imperial que se concluiu irreversivelmente com os acontecimentos da Revolução de 25 de Abril de 1974 e do processo descolonizador que lhe sucedeu. Todos nós somos testemunhas vivas de um Portugal que entrou num terceiro grande ciclo da sua história e cujo futuro parece conformar-se numa escala bem modesta no seio da globalização. Não poderemos prever como vai ser esse futuro. Todos desejaremos que seja um tempo de paz e de progresso, vencendo a crise económica e os impactos negativos que ela provoca na sociedade portuguesa. As fronteiras de Portugal são claras, seja em terra, seja no oceano. Apesar de todas as agruras e dos muitos desânimos, o povo português revelou sempre possuir uma indestrutível consciência nacional e histórica. Neste ponto, distancio-me da visão de alguma historiografia que diminui a relevância de uma consciência étnica e nacional nas gerações de antanho. Em 1385, a sociedade portuguesa, não sendo uniforme, esteve maioritariamente do lado da opção independentista. Na Batalha Real desse 14 de Agosto de 1385, todas as opções tiveram de ser assumidas. Ou se era “leal portugues”, ou se era refractário a essa causa. Se entre nobres e clérigos não prevaleceu a unanimidade na adesão à causa do Mestre de Avis, a verdade é que o povo, na sua transversalidade de estratos sociais, camponeses e citadinos, lavradores e mesteirais, mercadores e homens bons, impôs a decisão definitiva e divulgação

©2011 DR

Saul António Gomes (Continuação)

Reconstituição da Batalha Real no campo de S. Jorge

extremou o campo, como disse, entre os que eram pelo reino, ou contra o reino. Um episódio, narrado numa fonte avulsa de 1393, dá-nos conta de como esse conflito penetrou fundo na sociedade portuguesa e dividiu muitas famílias. O episódio resume-se em poucas palavras. D. Garcia Rodrigues Taborda, alcaide dos castelos de Leiria e de Porto de Mós, era casado com uma Joana Martins, filha do escudeiro lisboeta Giral Martins de Lemos. Foi este Giral Martins de Lemos, citamos, pessoa “leal a este Regno e emparar o dito nosso senhor Rey, tendo lugar certo em guardar a dita cidade e defender dos nossos imigos e em esta cabeça acabou”. D. Joana Martins seguiu o exemplo do pai, que “sempre fora leal portuguesa a este Regno em ter a voz do dito nosso senhor El Rey, recebendo feridas e mas palavras do dito Garcia Rodriguez seu marido, por muitas vezes”. Fernão Lopes, mais tarde, narrará com outra veemência a história desse Rei da Boa Memória, nos anos da sua ascensão ao trono português, como “regedor e defensor” do Reino. Mas nós sabemos bem que não era apenas o “Reino”, enquanto entidade política e institucional, mas um “Reino” enquanto nação, terra prometida, pátria herdada de um povo que era, já então, plural na sua com-

posição sociológica e convivente com outras etnias cultural e religiosamente respeitadas: judeus e mouros. Importa-nos sublinhar esse conceito presente no documento citado de “leal portuguesa”, ou seja, de lealdade à causa de Portugal. Leal significa aquele ou aquela que permanece fiel às suas promessas, o que é sincero, franco, honesto, dedicado. Deriva do latim legale, ou seja, do que é conforme à lei. O tópico da lealdade será um leitmotiv amplamente glosado, debatido e valorizado pela elite política da dinastia de Avis. O filho do Rei da “Boa Memória”, D. Duarte, tinha como mote da sua divisa “Leauté ferai, tant que je serai”. Intitulou o seu principal livro, como se sabe, de Leal Conselheiro. Ao tópico da “lealdade” os reis e infantes de Avis, sepultados no vizinho Mosteiro de Santa Maria da Vitória, juntaram um outro elemento expressivo: o bem. A palavra bem aparece na maioria das divisas dessa Ínclita Geração: “Pour bien” (D. João), “J’ai bien raison” (Infante D. João, avô de Isabel, a Católica), “Le bien me plet” (Infante D. Fernando), “Talant de bien fere” (Infante D. Henrique). Como é ainda esse “bem” que intitula outras obras desses príncipes: A arte de bem cavalgar toda a sela e Tratado da Virtuosa Benfeitoria.

A “lealdade” e o “bem”, o “bem comum” da “república”, entenda-se, tornaram-se dois conceitos orientadores das intencionalidades da elite política das primeiras gerações de Avis que reinaram no Portugal de após-1385. Pressupunham o culto da legalidade e o da virtude e derivavam, em certo sentido, de uma noção teologal última, condutora do sentido da vida desses portugueses que combateram nestes campos e dos seus filhos, de amor e serviço de Deus. Há que sublinhar que o religioso e a crença desempenharam, na construção de Portugal, um papel ideológico condutor e maior. O primeiro símbolo da monarquia portuguesa foi a cruz, não sendo de somenos evidenciar que o símbolo heráldico da monarquia é o mesmo do Reino. A cruz da Fé e da cruzada que ainda hoje vemos na bandeira nacional. Portugal nasce debaixo do espírito de cruzada e renovar-se-á, em 1415, em Ceuta, nesse mesmo espírito de dilatação da Fé e do “Império”. São várias e complexas as razões por que não perfilhamos alguma interpretação historiográfica que diminui a ideia de que em Portugal, em 1385, não existia ainda uma consciência de nação. Pensamos que existia, efectivamente, essa consciência, ainda que não uma consciência estática da nação portuguesa, porque, como sabemos, essa consciência aperfeiçoa-se e fortalece-se, ou esmorece, com a sucessão das gerações. Existia uma consciência de ser-se português, da lealdade devida ao Reino; uma ideia de nação, não definitiva porque a ideia de pátria ou de nação nunca morre no definitivo, uma ideia comungada horizontalmente pela sociedade porque diferenciada na geografia do território e na dos grupos sociais. Não se alheia dessa realidade o cronista Fernan Lopez de Ayala que, na crónica que dedica a D. Juan I de Castela e Leão, se refere frequentemente à Batalha Real como a “Batalha de Portugal”. Para Ayala e os seus contemporâneos, era evidente que o que estava em causa, nessa batalha, era a submissão de um reino, perfeitamente configurado e identificado, a outro reino, sendo os “portugueses” o agente opositor aos interesses políticos castelhanos. Caiu, pois, neste chão o pendão do rei castelhano e durante

três dias o rei vitorioso permaneceu nestes campos, fixando o seu arraial na Cumeira, lugar, como se sabe, da freguesia do Juncal e do concelho de Porto de Mós. Interessava-o recolher-se rapidamente à Abadia de Alcobaça, onde reencontraria o túmulo de seu pai, D. Pedro I, e o dos reis seus antepassados que haviam finalizado as fronteiras de Portugal. Este era, verdadeiramente, aquele seu filho João que o rei Justiceiro vira em sonho, premonitório, com uma vara na mão apagando o fogo em que todo o Portugal ardia. Da grandeza do feito, e da noção que esse feito recolheu por parte daqueles que o realizaram, dá testemunho o magnífico Mosteiro de Santa Maria da Vitória, que D. João I fez edificar, junto deste campo de S. Jorge, para memória do feito que lhe garantiu o trono e deu futuro ao reino de Portugal e do Algarve. Pretendia D. João I construir um templo evocativo da vitória portuguesa sem par em toda a “Espanha”. O resultado foi perfeitamente alcançado, como podemos testemunhar. No Mosteiro da Batalha arde a chama invisível de uma ideia de Portugal que emerge do significado histórico da batalha que a história viria a fixar como de Aljubarrota. Tentei reflectir, enquanto historiador obrigado à verdade, sobre o significado, para o nosso tempo, desse acontecimento histórico. Um tempo que substituiu à lógica mortífera de uma batalha o discurso da comemoração de Portugal; que a um discurso de medo e desistência substituiu uma atitude de crença e de optimismo, que renovou o palco do exercício político da governação, exigindo às elites governantes uma ética valorizadora da “lealdade” e do “bem comum”. Do Portugal que somos e cuja história não podemos esquecer. Há 627 anos atrás, jovens portugueses, acreditando no seu Reino, guiados e inspirados por líderes combatentes que os uniram, pelo exemplo e pela convicção dos ideais, travaram neste lugar a batalha que garantiu a irreversibilidade de Portugal enquanto país e nação etnicamente plural. Hoje, aqui reunidos, somos chamados à reflexão do significado e do sentido dessa herança, também nós, portugueses, a quem as gerações de antanho pedem, pela compreensão do passado, a coragem de sermos futuro.


Jornal da Golpilheira

. espaço infantil . religião .

Outubro de 2012

Olá a todos! Semana da alimentação Em Outubro, comemora-se o Dia Mundial da Alimentação e, por isso, fizemos muitos trabalhos alusivos ao tema. A base desse trabalho foi a história deliciosa da “Lagartinha Comilona”, que nos ensina muita coisa sobre o que devemos comer e aquilo que devemos evitar. A alimentação é algo muito importante para termos saúde e crescermos saudáveis! Com a música dos “Patinhos”, que todos sabem, cantem connosco a canção que aprendemos sobre a alimentação!…

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Jardim-de-Infância da Golpilheira

Os bons alimentos Eu devo comer, eu devo comer Para ter saúde e poder crescer Para ter saúde e poder crescer. Doces só nas festas E sumos também, e sumos também Fruta e legumes é que fazem bem Fruta e legumes é que fazem bem. Para eu ter força Leite vou beber, leite vou beber, Carne, peixe e ovos também vou comer Carne, peixe e ovos também vou comer. Façam como eu Prestem atenção, prestem atenção Pão e iogurte um bom lanche são Pão e iogurte um bom lanche são. E a amiga sopa Não posso esquecer, não posso esquecer É bem saborosa e toda vou comer É bem saborosa e toda vou comer.

Fundação AIS apresenta Relatório sobre a Liberdade Religiosa | 2012

Perseguição aos Cristãos continua a ser cruel realidade A Fundação AIS apresentou mais um relatório sobre a Liberdade Religiosa no mundo. Uma vez mais, confirma-se a mais cruel das expectativas: os Cristãos são, entre todas as confissões religiosas, quem mais sofre discriminação e perseguição. Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos, mesmo, ignorar. O Relatório sobre a Liberdade Religiosa | 2012, apresentado esta semana, na livraria Férin, em Lisboa, pela Fundação AIS, não deixa margem para dúvidas: os Cristãos continuam a ser, entre todas as confissões religiosas no mundo, quem mais sofre violência, discriminação e

perseguição. Este Relatório, um grande projecto de investigação a nível internacional, tem o objectivo de documentar a situação das minorias religiosas em 196 países. Globalmente, da avaliação feita pelos especialistas da Fundação AIS, pode constatar-se que, hoje em dia, a situação é altamente problemática especialmente nos países onde a Constituição remete para a existência de uma religião oficial, o que não dá espaço às outras crenças, como é o caso da Arábia Saudita, ou em Estados em que é possível expulsar legalmente pessoas de diferentes credos, como acontece, por exemplo, no

Tajiquistão. Há ainda a destacar a enorme pressão que é exercida sobre os não-muçulmanos nos países onde existe a Lei da Blasfémia. Isto é particularmente visível no Paquistão, mas tem vindo a ganhar força em países onde há uma crescente violência por parte de extremistas islâmicos como no Quénia, Mali, Nigéria ou Chade. Na China, por sua vez, pode dizer-se que a situação se tem vindo a deteriorar. A Fundação AIS acentua ainda o facto de a chamada Primavera Árabe ter introduzido sinais perturbadores em países como a Tunísia, Líbia, Egipto ou Síria, onde

reinava uma certa calma. Agora que se iniciou o Ano da Fé, em que se aposta numa Nova Evangelização, é bom nunca esquecer que os Cristãos continuam a ser ameaçados e perseguidos. Que, em muitos países, são alvo de atentados terroristas, são impedidos de rezar em comunidade, vêm as suas igrejas ser destruídas à bomba, são alvejados, torturados presos e mortos. E que, aqui no Velho Continente, há cada vez mais quem pretenda silenciá-los. Vemos, ouvimos e lemos. Podemos ignorar? Saiba mais em www.fundacao-ais.pt


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Jornal da Golpilheira

. temas .

Outubro de 2012

. vinha .

. carta ao director . José Batista de Matos Comendador

Os caminhos com pedras soltas José Jordão Cruz | Engenheiro Téc. Agrário

Casta Tinta Pinheira Esta casta da região da Bairrada é conhecida também como Rufete, com predominância nas sub-regiões de Pinhel, Figueira de Castelo Rodrigo e Cova da Beira, e nas regiões Dão e Douro. É uma casta muito apetecível para ser atacada pela traça, que provoca enormes prejuízos se não for tratada com um insecticida. Segundo os enólogos, apesar de não produzir vinhos de grande qualidade, esta casta consegue resultar, por vezes, num bom corpo, aromas intensos e uma boa capacidade de envelhecimento em garrafa, se forem as suas uvas vindimadas em Outubro, às vezes em finais de Outubro. É uma casta que se dá muito bem em microclimas muito específicos, como é o caso da sub-região de Pinhel, dando bons lotes de vinhos, com aromas ricos e complexos. Esta casta amadurece muito precocemente (cedo), sendo muito sensível a temperaturas elevadas. Como as temperaturas que se estão a verificar de ano para ano nos países do Sul da Europa são cada vez mais elevadas, torna-se mais complicado para agricultura. A continuarmos neste ritmo, daqui a algum tempo iremos ter produção de laranjas nos países nórdicos e os países do Sul passarão a ser um deserto…

divulgação

Portugal vive hoje, neste mês de Outubro, uma fase dramática da sua existência, como nação responsável e livre. O neo-liberalismo desenfreado e bacoco apoderou-se dos nossos eleitos pelo sufrágio universal, que a Revolução de 25 de Abril de 1974 nos ofereceu, mesmo aos “fachos” da ditadura de Salazar, “o assassino”. Lentamente, mas coma devida mestria, cultivada na falta de respeito pelos portugueses, lá se apoderaram dos meios de comunicação social – televisões e jornais, sem esquecer as rádios – e, à vontade, compraram as consciências da maioria da população do nosso país. Assim, de desgosto em desgosto, apoderaramse das mentes e do destino dos nossos compatriotas, povoando os diversos governos de Portugal desde 1976!... Sim, são os mesmos que colonizaram a nossa Pátria, na ditadura de Salazar, neste período de tempo, da nossa história, em que os nossos jovens soldados foram obrigados a fazer a guerra aos seus irmãos das colónias da África negra, matando muitos milhares de familiares nossos. Hoje ainda se vivem os resquícios desse período “nauseabundo”, triste e vergonhoso da nossa própria História. Neste momento, 5 de Outubro de 2012, vivem-se momentos dolorosos para os nossos compatriotas e para o nosso país, porque nesta data gloriosa, da implantação da República em 1910, irá acabar, por decisão do actual triste governo, de espinha curvada pelos estrangeiros da tal “Troika” que dirigem assim Portugal! É uma vergonha, uma submissão, um crime!.... Deixamos de ser um país indepedente, livre, democrático… é mais uma achega para empedrar os caminhos de Portugal, onde os mais pobres nem sequer podem caminhar, caminhar e futuramente irãos er obrigados a não poderem sonhar, simplesmente sonhar!... É mais do que tempo de arregaçar as mangas e, mesmo descalços, sem as botas, “limparem as pedras” impiedosas que nos tolheram o natural avanço da liberdade.

. combatentes . Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

As guerras esquecidas - 3 Quando os nossos militares, que combateram em Angola e Moçambique, contra os alemães, entre 1914-1918, começaram a chegar ao Continente, já os combatentes que haviam combatido em França tinham regressado. Como estes haviam tido uma recepção bastante entusiástica, não só por parte dos familiares e imprensa, mas também pelos governantes, era de esperar que o mesmo viesse a acontecer com os nossos soldados regressados de África. Puro engano! Não havia nenhuma entidade oficial a recebê-los! Não, não estamos a exagerar, como constatarão pelo relato de um médico (Dr. Américo Pires de Lima), que também esteve em Moçambique e regressou num navio com um contingente de soldados sobrevivos (relembremos que tinham morrido nessas guerras cerca de 3 mil): “A esperar-nos, ninguém, nem a Cruz Vermelha, na hipótese, infelizmente verdadeira, de trazermos doentes, que careciam de ser transportados em maca… recordei então as notícias, que tinha lido, da maneira como eram recebidos, com mimos e carinhos femininos, os feridos e doentes, que regressavam de França. (…) Profundamente chocado, mandei para o Quartel-General um telefonema seco: «estava ali o Quelimane com duzentos soldados doentes; alguns que só poderiam desembarcar de maca, outros que vinham em trajes menores e, por isso, não poderiam desembarcar de dia». (…) Tempos depois, apareceu no cais, muito enfadado, um senhor alferes, que o Q.G. mandara, para tomar conta dos meus doentes. E nisto se resumiu a recepção oficial feita aos Expedicionários, que parece não terem cumprido integralmente o seu dever, pois, com teimosia inexplicável e digna de muita censura, se tinham obstinado em não morrer, longe da Pátria, para lhe poupar um espectáculo deselegante e perturbador de digestões felizes”. Portanto, para além da vergonha que foi os poderes políticos terem mandado para a guerra muitos milhares de jovens completamente impreparados para a enfrentarem, ainda por cima, receberam os que regressaram com vida duma forma ignominiosa, quase como criminosos! E, para culminar o ostracismo a que estes combatentes foram condenados pelos políticos de então, lançamos aos leitores um desafio: Alguém conhece, dentro do território nacional, qualquer monumento a estes nossos heróis esquecidos, para além de uma ou outra placa, com os seus nomes gravados?... Nós não conhecemos. E ainda hoje, quando relembramos e comemoramos a nossa intervenção na guerra de 1914-1918, vamos honrando os nossos heróis de França, mas quase sempre olvidando os de África! Por acaso, é precisamente na Batalha que existe o mais lídimo e significativo símbolo dessa nossa presença nas Guerras de África, entre 1914-1918! A generalidade dos batalhenses, combatentes ou não, conhecerá a Sala do Capítulo do Mosteiro, onde está o Túmulo do Soldado Desconhecido, como genericamente o designamos. Só que no túmulo não está apenas um “soldado desconhecido” mas, sim, dois: um caído em França e outro caído em Moçambique, ambos durante 1.ª Grande Guerra. Mas, atenção! Mesmo os combatentes regressados de França, passados os entusiasmos iniciais, também não tardaram a ser completamente esquecidos, bem como as viúvas e órfãos dos cerca de 10 mil que por lá morreram! No próximo número deste Jornal falaremos um pouco deste facto, bem como das (não) consequências das más decisões tomadas pelos nossos políticos, ao longo do Século XX, mas apenas no âmbito militar, para não corrermos o risco de sermos apodados de facciosos…


Jornal da Golpilheira

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. temas .

Outubro de 2012

. (des)acordo .

. saúde .

. museu de todos.

Ana Moderno e Emilie Baptista Equipa do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Peça do mês Urna Cinerária Zoomórfica Ana Maria Henriques Enfermeira

Sida

Uma doença emergente nos anos 80/90, considerada terminal na altura, foi evoluindo até se tornar numa doença crónica, sem cura, mas com um prognóstico menos sombrio. A sida (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a manifestação visível de uma infecção pelo VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana). Esta infecção viral pode ser silenciosa durante muitos anos, ou mesmo nunca se manifestar, mas quando o sistema imunitário (as nossas defesas às infecções) começa a ficar debilitado, a sida pode ser diagnosticada. O número de novos casos tem vindo a diminuir, desde 1981 – ano do primeiro diagnóstico em Portugal. A faixa etária mais prevalente está entre os 25 e os 40 anos, sendo que, nos últimos anos, os novos casos são maioritariamente entre os 40 e os 50 anos. O sexo masculino é o mais afectado por esta doença. A transmissão do VIH pode ser feita por contacto sanguíneo ou contacto sexual, única e exclusivamente. Assim, o relato da causa de infecção é principalmente na população toxicodependente (pela partilha de material infectado), seguida das relações sexuais heterossexuais e, por fim, pelas relações homossexuais. Outras causas de infecção, como as de transfusão de sangue, cuidados hospitalares e transmissão mãe-bebé, foram relevantes no passado, mas são praticamente inexistentes no presente. Assim, é necessário esclarecer os métodos de prevenção eficazes. Na população toxicodependente, já de si muito susceptível, é necessário informar a proibição total de partilhar seringas, agulhas e todo o material usado que entra em contacto com sangue. Nas transmissões sexuais (possível na prática de todo o tipo de relações sexuais e contactos íntimos), o único método que protege contra a transmissão desta doença é o uso do preservativo (de forma correcta!). As principais causas de morte nos doentes com sida são infecções, pois o organismo não as consegue combater. A tuberculose é a doença que mais mata nesta população, seguida de outras infecções, cancro e doenças do sistema nervoso. Esta é uma doença muito grave, que não deve nunca ser subestimada por ter passado a ser considerada crónica. É uma doença grave, muito debilitante e com necessidades muitos especiais para toda a vida.

Nuno Pacheco Director Adjunto do Público

Onde para o acento?

Não estranhem o título. Se não lhe encontram sentido, saibam que, “agora”, é assim que se escreve. No tal “bom português” que por aí se vende como sabonetes. Um exemplo recente: na edição dos contos de juventude de John Cheever (Fall River e outros contos dispersos, Sextante, 2011), a mesma editora que dera à estampa os fulgurantes Contos Completos , em dois volumes e num português decente, cedeu à tentação da novilíngua. E o pobre Cheever é posto a “escrever” frases como esta (Pág. 134): “Oh, para com isso, Charles! - disse a Srª. Dexter, impaciente.” Para com isso... fazer o quê, alguém explica? Cheever não pode, que já morreu. O tradutor também não, porque “é a lei” e ele não tem culpa nenhuma. A editora dirá o mesmo. E, como a vida não “para”, temos que aturar isto. Temos? Não é assim tão certo. A aplicação do acordo tem vindo a fazer-se, não por qualquer lógica ou aprendizagem mas por métodos mecânicos. Escreve-se um texto, enfia-se no Lince e já está. O Lince é uma espécie de Bimby para as letras, só que, em lugar de fazer bons cozinhados, produz péssimas mistelas. Há quem não se importe. O próprio José Saramago, em Junho de 2008, numa entrevista ao programa Diga Lá Excelência (do PÚBLICO, Rádio Renascença e RTP2), dizia: “Vou continuar a escrever como escrevo hoje. Não vou querer estar a ir constantemente ao dicionário ver se se escreve com “c” ou não. Os revisores encarregam-se disso.” Mas aceitava o acordo como uma fatalidade: “Creio que temos de embarcar nesse comboio, mesmo que não gostemos muito. Não há outro remédio.” Haver havia, mas tanto insensato encolher de ombros ajudou a que não houvesse. Agora o negócio não “para”, como se vê. Na sua regular crónica na revista “Atual” (sic) do Expresso , Pedro Mexia, um dos vários que ali (e bem) escrevem “de acordo com a antiga ortografia”, veio na edição de 14 de Janeiro defender-se desse epíteto, dizendo que admiti-lo será “como se a língua que a maioria dos portugueses ainda usa se tornasse por simples decreto “antiga”: antiquada, decrépita, morta.” E, a dado passo, também ele assinala “os imparáveis espalhanços de um “pára” do verbo “para” que perde o acento e talvez o assento.” Já alguém lembrou, ajuizadamente, que a aplicação da nova norma a certas frases daria disparate pela certa. Por exemplo, em lugar de “greve geral pára o país”, ficaria “greve geral para o país”. Totalmente diferente, não? E como ficaria o título de uma das mais recentes crónicas de Miguel Esteves Cardoso, “Alto e pára o baile”? “Alto e para o baile”? A primeira manda parar de dançar; a segunda apela a que se dance. Que idiota terá sancionado isto? Talvez todos. Talvez nenhum. O certo é que já se admite que, sim, talvez haja correcções ao acordo, não se sabe quando, mas esta poderá até ser uma delas. E o que sucederá depois, não nos dizem? Venderão os acentos à parte, avulsos, em bolsinhas de plástico, para colarmos nos livros antes assassinados por tamanha displicência? Pedirão desculpa? Indemnizarão os leitores? Serão presos? Nada disso sucederá, porque a estupidez, e não só em Portugal, não é crime. É um modo de vida. E em geral lucrativo. In Público, 2012-01-23

A presença na Batalha da cultura material e espiritual do Homo Sapiens evidenciase durante o Neolítico, nas necrópoles de Buraco dos Ossos, Buraco Roto e Forneço da Moira. Foi no segundo e primeiro milénio a.C. que as comunidades agro-pastoris se desenvolveram em grupos itinerantes, de base familiar, constituídos por cerca de uma dezena de pessoas. O reforço dos laços de parentesco foi a condição essencial na coesão do grupo, indispensável ao êxito da economia agropecuária que entretanto floresceu. Estes grupos humanos davam já grande importância aos rituais de enterramento, que são evidentes nas amostras dos seus vasos funerários. Mais tarde, com a introdução do ferro e do cavalo, no século VIII a.C., por tribos do Norte e Centro da Europa, estas comunidades tornaram-se mais aguerridas, ocupando montes e planaltos, como o Castro da Rebolaria ou de São Sebastião do Freixo, onde viveram até à invasão destas terras pelos romanos, por volta de 150 a. C. A peça que apresentamos neste mês é uma Urna Cinerária Zoomórfica da Idade do Ferro. Executada em argila, esta peça é originária do Depósito Votivo de Garvão de Ourique, contextualizando, desta forma, este período no nosso País. O vaso funerário apresenta um corpo ovalado assente sobre fuste troncocónico, com colo cilíndrico ligeiramente côncavo, bordo simples e tampa hemisférica, rematada pela figura de um cavalo. Possui uma decoração geométrica incisa nos ombros do vaso e no fuste. Nesta urna terão sido guardadas cinzas de um defunto. Venha ver de perto esta peça no Museu. Sugerimos ainda a participação na próxima tertúlia promovida pelo MCCB a ter lugar já no próximo dia 2 de Novembro, sexta-feira, pelas 21h. Adriano Luís Monteiro é o convidado de uma conversa informal em torno da temática “A Construção do Mosteiro e os segredos que a obra esconde”. Depois, a 7 de Dezembro, venha conhecer “A vida na civitas de Collippo”, explicada por João Pedro Bernardes. Fonte: Catálogo do MCCB

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Jornal da Golpilheira

. livros .

Outubro de 2012

Colecção BIS da Leya

Estes são mais quatro novos volumes da BIS, da Leya, a colecção de livros de pequeno formato que integra os grandes títulos clássicos e contemporâneos da literatura nacional e mundial, livros de leitura recomendada e best-sellers de autores portugueses e estrangeiros, disponíveis em livrarias, supermercados e outros pontos de venda por todo o país, com preços acessíveis a todas as bolsas. Uma colecção que é líder de mercado no seu segmento. Apresentamos aqui uma breve descrição de cada um, podendo os leitores conhecer toda a colecção no blog: www.bisleya.blogs.sapo.pt.

O ano da morte de Ricardo Reis José Saramago

A reconstrução da identidade imaginária de um dos heterónimos do poeta Fernando Pessoa constitui o mote deste livro, publicado em 1984, um dos melhores romances de José Saramago. A acção situa-se nos anos 30, época de plena consolidação da ditadura salazarista. Partindo das pistas biográficas de Ricardo Reis registadas pelo próprio Pessoa – um médico que se expatriara desde 1919 no Brasil, por motivos políticos – Saramago imagina a personagem no seu regresso a Portugal em Dezembro de 1935, descrevendo o seu quotidiano nos nove meses anteriores à sua morte.

O Bairro da Estrela Polar Francisco Moita Flores Casa das Letras

Num bairro lisboeta voltado sobre si, feito de gente que veio de todos os lados do mundo, existe o café Futuro de Portugal, dirigido pelo Bazófias, carteirista reformado. É aqui que se reúne a quadrilha encabeçada pela Diana, a «Robin dos Bosques» que rouba aos ricos para dar aos pobres. Com ela, Tosta Mista, Zé Cigano, Francisquinho, Batman, Clara, Manela e Paulo monopolizam o tráfico de droga no bairro e fazem do crime o modo de sair da crise. Quanto mais não seja para financiar a organização do arraial de recolha de fundos para a construção do centro social da igreja do bairro. Diana não é assassina, mas obcecada por vingar os homens que destruíram o pai. Uma história dos nossos dias, que consegue cruzar a violência com o humor, a ternura e a união de personagens pícaras do submundo do Portugal do século XXI.

Está a fazer-se Jubiabá cada vez mais tarde Jorge Amado Antonio Tabucchi

É o mais internacional dos escritores brasileiros. Exímio contador de histórias e senhor de uma escrita de grande força dramática e lírica, as personagens dos seus romances são hoje figuras inesquecíveis. Desde 1931, Jorge Amado viu a sua posição definitivamente firmada no panorama literário brasileiro com o lançamento de Jubiabá, uma história sobre a vida dos negros e da gente humilde da cidade de Salvador. Antônio Balduino, a sua figura central, tornou-se uma das personagens mais populares da novelística do país, e Jubiabá foi o trampolim que projectou Jorge Amado no estrangeiro.

A Cidade das Almas Perdidas - Caçadores de Sombras 5

Alex no País dos Números - Viagem pelo maravilhoso mundo da matemática

Com este romance epistolar, Tabucchi renova uma ilustre tradição narrativa, subvertendo os códigos e pervertendo o género. Com efeito, apercebemo-nos progressivamente de que alguma coisa “não bate certo” nestas missivas: a paisagem parece resvalar sob os nossos olhos, os destinatários parecem errados, os remetentes desapareceram e os tempos inverteram-se, como se os destinos dos homens, como manda o Mito, continuassem desencontrados, como se as palavras se perdessem no ar e as pessoas se extraviassem no labirinto das suas curtas existências.

Cassandra Clare Editorial Planeta

O esperado novo livro de Cassandra Clare não é recomendado para quem tem um coração sensível ou um estômago frágil. Muito suspense e tensão vão deixar o leitor irremediavelmente preso às páginas, do princípio ao fim. O sucesso de vendas desta série de fantasia urbana garantiu já a sua passagem para o cinema. O filme A Cidade dos Ossos, protagonizado por Lily Collins e Jamie Campbell, vai ser apresentado no Festival de Cinema de Cannes do próximo ano. Neste livro, o perigo que correm Jace, Clary e Simon, irá obrigá-los a tomar decisões difíceis. Podemos recuperar o que perdemos? Em quem se pode confiar quando o pecado e a salvação estão em jogo? O demónio Lilith foi destruído e Jace liberto do cativeiro. Quando os Caçadores de Sombras chegam, porém, nada encontram além de sangue e vidros partidos.

Alex Bellos Editorial Planeta

A matemática tem muitas vezes má reputação, sendo caracterizada como árida e difícil. Mas, diz Alex Bellos, «a matemática pode ser inspiradora e brilhantemente criativa. O pensamento matemático é um dos maiores feitos da raça humana, e possivelmente o fundamento de todo o progresso humano». O autor viajou pelo planeta e mergulhou na História para desvendar fascinantes histórias de façanhas matemáticas, desde as inovações de Euclides, o maior matemático de todos os tempos, às criações do mestre Zen do origami. E apresenta outras fascinantes histórias da matemática, desde as formigas que conseguem contar os passos que dão até ao avô japonês do Sudoku e à impossibilidade dos nossos iPods escolherem as canções ao acaso.

Estorvo

Chico Buarque

Narrativa simultaneamente poética e alucinante, Estorvo constitui uma grande metáfora do Brasil e, porventura, do mundo contemporâneo. Uma das mais sólidas obras da literatura brasileira dos últimos tempos. Chico Buarque de Holanda nasceu no Rio de Janeiro em 1994. Compositor, cantor, poeta, escritor e dramaturgo, é uma das figuras mais populares da cultura brasileira. Conhecido pelas suas canções, é, no entanto, um ficcionista de indiscutível talento. Publicou as peças Roda Viva, Calabar, Gota d’ Água e Ópera do Malandro. É ainda autor da novela Fazenda Modelo e dos livros Benjamim, Budapeste e Leite Derramado.

A Livreira Anarquista

Livreira Anarquista Bertrand Editora Começou a escrever num blogue as situações mais bizarras que lhe aconteciam durante o seu trabalho numa livraria. Desde então, o blogue tornouse num dos mais famosos e, sobretudo, divertidos da blogosfera. Diz a autora: «Ser livreiro é um cargo de alto risco, nem sempre valorizado, que acarreta (entre outras) a importante responsabilidade de manter o equilíbrio entre duas das dimensões com mais usuários inscritos: a dimensão cronológica corrente, e a chamada esfera bizarra, vulgarmente conhecida como Quinta Dimensão. Esse facto fornecenos uma útil informação: a de que as livrarias são, em alguns casos, portais de interação entre estas duas plataformas cognitivas que partilham o mesmo espaço físico mas não a mesma lógica.» (http://livreiranarquista.tumblr.com)

A Floresta Mecânica - Os Variantes

Dinossáurios em acção!

Benson Fisher pensou que uma bolsa para frequentar a Academia Maxfield seria o seu passaporte para uma vida com futuro. Estava enganado. Agora, vive num colégio cercado por uma vedação de arame farpado. Um colégio onde câmaras de vigilância monitorizam todos os seus movimentos. Onde não há adultos. Onde os alunos se dividiram em grupos para sobreviver. Onde a punição por violar as regras é a morte. Mas, quando descobre, por acidente, o verdadeiro segredo do colégio, Benson percebe que cumprir as regras poderá trazer-lhe um destino pior que a morte, e que a fuga – a sua única esperança de sobrevivência – talvez seja uma missão impossível.

Mais uma aventura que permite aos mais pequenos perceber as diferentes épocas da História de forma divertida. Determinados a desembaraçar-se do Professor Volt de uma vez por todas, os Gatos Piratas raptam-no e abandonam-no no Período Cretácico. De forma a salvar o amigo, Geronimo vai deparar-se frente a frente com dinossáurios e répteis voadores! As aventuras da família Stilton e dos Gatos Piratas oferecem um mundo de aventura e gargalhadas onde as crianças querem sempre entrar. Geronimo Stilton promete boas leituras para os pequenos leitores, ao mesmo tempo que funciona como uma ferramenta educacional para pais e professores.

Branca de Neve

Quando te casares a tua mulher vai ver-te o pénis

Robinson Wells Editorial Planeta

Stella Gurney Ilustração: Zdenko Basic Arte Plural Edições “Espelho meu, espelho meu, haverá alguém no mundo mais belo que eu?” Um dos maiores clássicos de sempre está de regresso, mas com muita interação para os mais pequenos. A princesa Branca de Neve foi abençoada com uma beleza tão pura quanto a neve, e por isso a invejosa rainha quer livrar-se dela para sempre. A fugir pelo bosque, Branca de Neve encontra a casa dos sete anões e pode agora viver sem receio de que lhe façam mal. Porém, a cruel e astuta magia da rainha não conhece limites… Neste livro, surge com muitas surpresas “pop-up”. Os pequenos leitores podem puxar uma tira para verem a rainha picar o dedo, girar a roda para descobrirem as criaturas da floresta, espreitar pelas janelas da aconchegante casa dos sete anões, folhear o perigoso livro de feitiços da rainha má…

Geronimo Stilton Planeta Júnior

Justin Halpern Pergaminho

Depois do sucesso internacional de M*rdas Que o Meu Pai Diz, surge agora um conjunto de histórias hilariantes e muito comoventes acerca do assunto mais antigo do mundo: o amor. Desde a sua primeira paixão (uma rapariga na primária a quem Justin revelou os sentimentos perguntando-lhe, sempre que ela voltava da casa de banho, «fizeste cocó?»), passando pelo desabrochar da sexualidade (que envolveu roubar pornografia a um semabrigo) até à decisão de pedir em casamento a mulher da sua vida, Justin partilha com os leitores todos os momentos embaraçosos, absurdos e divertidíssimos que caracterizam a busca pela sua alma gémea. O autor conta anda com os conselhos mordazes, sarcásticos, por vezes agressivos e inadequados, mas sempre sábios, do seu pai, Sam Halpern.


Jornal da Golpilheira

. livros .

Outubro de 2012

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Paulus Editora apresenta

Colecção e hino oficiais do Ano da Fé

O Seu Signo Astrológico Lunar David Wells Pergaminho

É possível que uma pessoa se tenha considerado um Escorpião a vida inteira; quão surpreendido ficaria se soubesse que, do ponto de vista emocional, afinal é Gémeos? Talvez vários amigos e familiares apontem o gosto pela ordem e organização, tão típicos do signo Virgem, mas agora pode responder que, na verdade, também possui a impetuosidade típica de um Aquário! Muitos conhecem o seu signo solar, mas desconhecem que também têm um signo lunar. Este signo oferece revelações profundas acerca dos aspetos emocionais da personalidade, permitindo encarar os relacionamentos – familiares, profissionais ou sentimentais – de uma forma inteiramente nova. Este e um guia para essa descoberta.

100 coisas para fazer depois de morrer

O Método de fazer bebés

Documentação Crítica de Fátima

O guia completo do Além. Segundo o autor: «Apesar de ter colocado oportunamente o meu nome na capa, não sou o autor deste utilitário indispensável a todos os que planeiam morrer um dia. O conteúdo foi-me inteiramente ditado pelo espírito de Mauro Camargo e é fruto da sua insatisfação com a mesmice da vida após a morte. Se não nos tivéssemos encontrado há dois anos no centro espírita, tais anotações nunca teriam saído do seu Moleskine. Para ser absolutamente sincero, o Gustavo também não ilustrou porra nenhuma, teve apenas a sua mão guiada por este talentosíssimo amigo espiritual». Por outras palavras, um punhado de boa disposição, humor fino e mordaz, às vezes mórbido…

Com uma abordagem revolucionária, os autores recorreram ao melhor das medicinas ocidental e oriental para criarem o programa Fazer Bebés, concebido para ajudar qualquer mulher a engravidar da forma mais natural possível, e que já gerou quatro mil gravidezes bem-sucedidas. Neste programa, os autores identificam cinco tipos de fertilidade, e para cada um dão recomendações específicas, explicando como formar um plano de ação de três meses. Tentar conceber pode ser um dos maiores desafios na vida de uma mulher. Esta é uma conjugação de metodologias alternativas, mais eficazes e menos invasivas, as num programa acessível que está a revolucionar a área da fertilidade, bebé a bebé.

Mais um volume desta importante colecção da Documentação Crítica de Fátima, correspondente ao período de 1 de Maio a 31 de Agosto de 1930. Os temas são: a história dos acontecimentos de 1917; a polémica em volta desses acontecimentos e do próprio Santuário; a mensagem, especialmente a devoção reparadora do Imaculado Coração de Maria (cinco primeiros sábados); o processo canónico diocesano; as peregrinações ao Santuário de Fátima; a urbanização e obras na Cova da Iria; o caminho de ferro e as estradas; as receitas e despesas do Santuário; o culto e a devoção a Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Portugal e no estrangeiro.

Viton Araújo Ilustração: Gustavo Nardini Arte Plural Edições

Sami S. David e Jill Blakeway Arte Plural Edições

Volume V 5 Santuário de Fátima

A Paulus Editora assinala a abertura do Ano da Fé com a divulgação do hino oficial “Credo, Domine, adauge nobis fidem”, adaptado para português pelo padre António Cartageno e interpretado pelo Coro da Catedral de Lisboa. No site www.paulus.pt poderá descarregar a partitura e a música. Esta iniciativa vem juntar-se às demais que a editora tem vindo a levar a cabo para marcar este importante momento na vida da Igreja. Anteriormente a Paulus tinha já anunciado a publicação em exclusivo do subsídio oficial para o Ano da Fé, “Viver o Ano da Fé”, preparado pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização. Este importante contributo está já disponível e faz parte da colecção “Introdução à Fé”, de oito volumes, que é uma verdadeira introdução ao mistério da fé, um instrumento pastoral para viver intensamente este ano na comunidade cristã. “Introdução à Fé” é uma colecção verdadeiramente “para todos”, para os que crêem e para os que buscam respostas. Útil para a leitura pessoal e como instrumento pastoral em grupos e comunidades. Numa elaboração editorial cuidada, a colecção conta com a colaboração de especialistas nesta área, com destaque para o livro do Papa Bento XVI, “Aprender a Acreditar”, e para o documento oficial do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização para o Ano da Fé. Todos os livros são escritos numa linguagem simples e directa, bem documentados, com anotações didácticas e auxílio para a leitura pessoal ou em grupo.

Comunicações proferidas em conferência na Batalha

Redes Sociais e Bibliotecas em livro

Linha direta ao céu

Sim ou Não

«Hoje pode ser a altura ideal para deixar as teorias na gaveta. (…) Atreva-se a agir para dar um novo sentido à sua vida. Não ouça tanto a razão, pois ela impede-o de agir. Tudo o que a razão deseja é compreender e é visível que tantos avanços não serviram para o ajudar a compreender o verdadeiro sentido da sua vida. Poderá igualmente acontecer que o facto de querer compreender tudo o tenha impedido de sentir, e sem sentir, apercebe-se de que poucas vezes decidiu por si mesmo e, por isso, não aprendeu ainda a viver o presente tal e qual o sente. (…) O passado e o futuro não importam, apenas a experiência do aqui e agora, do presente. Cada experiência nos dá a oportunidade de confirmar e compreender que estamos a fazer o caminho certo.»

Autor de vários best-sellers, dos quais se destaca o clássico Quem Mexeu no Meu Queijo?, Spencer Johnson apresenta nesta obra um sistema simples mas eficaz para tomar as melhores decisões em cada situação. Perante a dificuldade que mais frequentemente nos impede de termos sucesso e sermos felizes: a incapacidade de tomar decisões corretas, o autor ensina a criar opções melhores e a pôr de parte qualquer temor ou ansiedade. Revela também como utilizar a integridade, a intuição e a perceção para alcançar a autoconfiança e a serenidade necessárias ao verdadeiro sucesso. Com esta capacidade de tomar decisões melhores mais rapidamente, cada um poderá desfrutar mais ainda dos relacionamentos e sentir-se mais feliz a nível pessoal e profissional.

Marta Cabeza Pergaminho

Spencer Johnson Gestão Plus

Às vezes os milagres acontecem

Brian Weiss e Amy Weiss Pergaminho Brian Weiss, terapeuta e autor de diversos best-sellers em todo o mundo, transmite lições de cura física, mental e espiritual através da regressão a vidas passadas. Esta é uma recolha de incríveis histórias verdadeiras testemunhadas pelo o autor ao longo da sua experiência clínica. Cada história é acompanhada de comentários elucidativos, e pode ser usada como ferramenta terapêutica pelo leitor, de forma a potenciar o seu desenvolvimento emocional e espiritual. A derradeira lição do trabalho de Brian Weiss é de que não devemos temer a morte, pois todos somos seres imortais e espirituais. A compreensão deste facto permite-nos ter uma vida mais plena, harmoniosa e realizada.

Transformação 2013

Paulo Coelho Ilustração: Catalina Estrada Arte Plural Edições Uma agenda, com exuberantes ilustrações, que encherá cada um dos seus dias de alegria, com uma selecção de frases do autor de maior sucesso dos nossos tempos, Paulo Coelho. Considerado por milhões como o alquimista das palavras, é um dos autores mais influentes. Os seus livros não só ocupam o topo das listas de best-sellers, como suscitam debates sociais e culturais. As ideias, a filosofia e os temas tratados no seu trabalho tocam as aspirações de inúmeros leitores em busca do seu próprio caminho e de novas formas de entender o mundo. Quanto à ilustradora, a capacidade de se maravilhar como uma criança é evidente no seu trabalho, com explosões de cor e elegância em todas as suas criações.

A BAD – Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, vai editar uma publicação que reúne as comunicações apresentadas na Batalha, em 2010, na conferência “As Redes Sociais e as Bibliotecas: Novos Paradigmas, Novos Leitores”. Apesar de a conferência organizada pela Biblioteca Municipal da Batalha ter decorrido em 2010, a BAD considera que “são bem actuais as questões levantadas por estas comunicações, atendendo à actualidade e à pertinência do tema”. Questões como: Em que medida as bibliotecas beneficiarão das Redes Sociais? Será que as redes sociais permitem às bibliotecas alcançar, facilmente e de forma eficaz, outros públicos e diferentes? Como construir a mensagem em canais como o Facebook, o Hi5 ou o Flickr? A conferência que agora resulta em livro trouxe à Batalha perto de duas centenas de participantes, de Norte a Sul do País, e gerou grande procura no seio dos profissionais das bibliotecas e dos arquivos, tendo contado com intervenções de Sara Pereira (Universidade do Minho), Luísa Alvim (Casa de Camilo), António Santos (Direcção Geral de Impostos), Nuno Marçal (Biblioteca Itinerante de Proença-a-Nova) e Roberto Souto Arranz (ACLEBIM – Espanha). Essas comunicações ficarão, assim, acessíveis a todos os profissionais do sector.


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Jornal da Golpilheira

. diversas . poesia .

Outubro de 2012

. mãos namassa .

. poesia .

Cinco sentidos

A uma chama que floria

Vejo o meu país no breu subir escadas invertidas e um luar que se escondeu atrás de portas fingidas.

A ti saudosa Célia, bombeira da Corporação dos Bombeiros de Pataias

Sofia Ferraz

Pudim de pão

Ingredientes 1L de leite; 2 pães pequenos 1 carteira de pudim Mandarim raspa de 1 limão 3 ovos inteiros 7 colheres de sopa de açúcar caramelo para a forma Preparação Coloca-se o pão com o leite a ferver e até que fique mole, depois de estar mole, tritura-se bem com a varinha mágica. Junta-se o conteúdo do pudim com as colheres de açúcar, ovos, raspas de limão e mistura-se bem. Junta-se a mistura ao leite e vai ao lume a engrossar. Retira-se do lume e deitase numa forma previamente caramelizada. Guarde por umas horas no frigorífico, desenforme e sirva decorado a gosto. Bom Apetite!

Hoje desejei-te

Uma chama, uma luz se apagou A vida tem esta triste certeza Não escolhe quem, nem idade Foi esta estrela que nos levou… Irá nascer longa tristeza E também ficará para sempre a saudade.

Ouço sábios loucos mudos águas de rios paradas papéis em resmas de estudos nos barulhos das estradas. Cheira a lodo este perfume que oculta o sabor do mal. Só o toque de Midas no estrume salvará o meu Portugal. Luís Miguel Ferraz

Uma jovem bombeira que o destino traiu, Bombeira com muita dedicação Uma chama que tanto floriu Mas este momento foi de enorme traição. O momento chega devagarinho Que não o chegamos a compreender É um destino no nosso caminho Ninguém o chega a conhecer.

Hoje desejei-te nos versos que te dei E guardo o sonho da manhã em que aconteces Acordo cada sono em que te amei E vejo um novo olhar em que amanheces Olho para o azul do céu e em ti desejo Viver-te em comunhão sentimental Partilho a luz e mesmo assim te vejo De coração aberto amor sacramental Andamos loucos nesta volúpia carnal Cantando em versos aquilo que sentimos Que nem ao sol duas crianças rindo… E ao fim da tarde no meio de um vendaval Vem a saudade e nem assim nos rimos Abraça o mundo! Quem foge e vai partindo… Miguel Portela

Ternura de mãe

Que estas palavras não sejam em vão É apenas um difícil reviver do passado Cada momento vai ficar gravado no coração E a tristeza com saudade irá viver a teu lado. Enquanto voas para o céu, estrela brilhante, Dá força e coragem por quem vai chorar por ti As lágrimas irão cair a cada instante São estas as palavras de homenagem que senti. Os meus sentidos pêsames aos seus saudosos familiares e aos ilustres e valiosos bombeiros de Pataias. José António Carreira Santos - 14-8-2012

Com um olhar sorridente Mãe do céu tens a beleza do amor! Palavras que tanto simboliza São as graças concedidas do Senhor. Adoram-te querida mãe: A tua dor é como o nosso sofrer! É aceitar as dificuldades E o cansaço da vida, Com tudo, Maria dá ânimo E graças para algo conceder: Aos jovens e crianças Dá coragem e o alimento Para o mundo renascer.

Maria! É dócil no vosso olhar... Abençoai os vossos filhos E livrai-os dos maus caminhos, Na data presente Está tudo confuso... Se semearem boa colheita No amor e carinho devem confiar. Mãe do céu, alegra o nosso coração Ela olha-nos e chora... Do mal; temo-nos de libertar! Ela ouve-nos e sabe consolar: O silêncio dá-nos coragem para lutar. Cremilde Monteiro

. opinião . Escravidão, o que é isso? No dicionário, escravidão (denominada também escravismo, esclavagismo e escravatura) é a prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre o outro, designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Como se poderia definir o trabalho escravo? Seria aquele em que o ser humano é visivelmente explorado pelo patrão, até à morte, visando lucro? Será que é aquele que se impõe ao coitado do trabalhador, iludido pelos sorrisos, promessas, elogios, vales, destaques, bónus e a remuneração avil-

tante registada na carteira de trabalho? Aí vem a questão: o salário mínimo não seria a institucionalização da escravidão? Claro que ele dá direito à reforma, jamais compatível com aquilo que o trabalhador investiu. Dá direito ainda aos postos médicos – sem médicos; às escolas – faltando professores; à segurança – com muita bala perdida. Há outros direitos: direito de ficar na fila esperando dez horas pelo atendimento médico; direito de ficar na fila do transplante à espera do coração, do rim; enfim, porque o trabalhador de salário mínimo,

geralmente, não só espera, ele é o maior fornecedor de tudo isto. O que seria escravidão? Um professor ser obrigado a trabalhar em três escolas, pagar as passagens, cursar faculdades caríssimas, tentar vestir-se com dignidade e chegar ao trabalho com um largo sorriso, um frasco já vazio de aspirinas no bolso, levando esperança às crianças brasileiras? Ser obrigado a mentir todo dia e ensinar que tudo vai melhorar? O salário? Vá conferir a luta do professor para ganhar aquilo que ainda não é o mínimo estabelecido por lei para a sobrevivência…

isso é escravidão? Seria escravidão beber o cocktail que os media despejam goela abaixo da sociedade, ininterruptamente, com o gosto amargo de notícias seleccionadas de tudo o que acontece de ruim, com o objectivo de manter o viciado freguês? Quando se escuta uma avaliação falsificada, uma estatística inventada, um resultado falso, uma opinião comprada, um acordo em desacordo com tudo o que é digno, e sabe-se que isso interfere em todas as decisões do “informado” povo. Eleição fica sendo um sequestro com reféns? Será isto escravidão?

Ou seria escravidão, você olhar o painel de candidatos a um cargo político e ver sempre os mesmos rostos, nomes e fichas nada limpas, surfando por cima da onda gigante dos múltiplos analfabetismos? Ou talvez, escravidão seria, você ficar preso no mesmo curral eleitoral, adulado na fome e se contentar como um lázaro moderno, comendo as migalhas que caem da mesa do rei? Então escravizar significa: dominar; impor; subjugar; desvalorizar; restringir; verbos super conhecidos da gramática da maioria, sem nomear classes sociais, por-

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que todos padecem de algum tipo de escravidão, mas a pior delas, a que mais tortura é aquela que impõe ao ser humano a ganância. A ganância dói muito, porque exige uma reposição hormónio-financeira que torna o usuário dependente de mais golpes, mais falcatruas, mais falsidades ideológicas, mais estatísticas mentirosas, mais e mais… Jesus ensinou tudo sobre a liberdade! Ivone Boechat, Brasil*

* Texto com algumas adaptações ao léxico português europeu.


Jornal da Golpilheira

. a fechar .

Outubro de 2012

Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Extensão de Saúde da Golpilheira Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Posto de Turismo da Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória EDP - Avarias (24 horas) Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Rádio Batalha Centro Recreativo da Golpilheira

244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 766 836 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 765 180 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 800 506 506 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 769 720 244 768 568

Ficha Técnica Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carina Pereira, Carolina Carvalho (secretária), Catarina Bagagem, Célia Capitão, Cremilde Monteiro, Filomena Meneses (assinaturas), Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Pedro Jerónimo, Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 244 768 568 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . Tel. 253303170 Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Blog: www.jgolpilheira.blogspot.pt Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt

Então, parece que vamos ter mais uma Semana Cultural bem jeitosa...

Parece que sim... estou a fazer conta de passar por lá...

Joaquim José de Oliveira Soares

49 anos Natural das Garruchas Residente na Batalha Sepultado no Reguengo do Fetal Sua esposa, filhos, irmãos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas pessoas que neste momento de dor e tristeza ou de outra forma manifestaram o seu pesar. A família reconhecida agradece todas as demonstrações de solidariedade, pela perda do seu ente querido. A todos, muito obrigado.

Mas vê lá se não fazes como no ano passado... não vás só aos dias em que há comes e bebes!...

Cultural...

. foto do mês. MCRito Guardiães! Vai começar no primeiro fim-de-semana de Novembro mais um torneio dos nossos benjamins. Como se vê, os guardiães das nossas redes estão a postos para uma grande época. Pelo menos, nos treinos...

Pão para as crianças do padre João Campanha de solidariedade O padre João Monteiro da Felícia, missionário da Consolata natural da Golpilheira, está em missão no Brasil, onde oferece o seu amor a Jesus Cristo no serviço aos mais desfavorecidos. Aqueles que, ainda antes da fé, precisam de pão para a boca. Desde 2006, o Jornal da Golpilheira tem uma campanha permanente para ajuda ao seu trabalho. Neste momento, será para as três casas de acolhimento a crianças e jovens com Sida na sua paróquia, em S. Paulo. Desde 2006, já enviámos um total de 7.287 euros. Este mês recebemos 150 euros: - Vitor Martins - 150 euros

Colabore! Seja solidário... Contacte:

• CRG - R. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA • Pe. José Gonçalves (Pároco da Batalha) • António Monteiro Rosa (Casal Mil Homens)

É com muita alegria que vos escrevo nesta roda viva, onde todos vós da campanha “Pão para as crianças do padre João” estais inseridos. Ajudar as crianças é uma honra e é também acreditar num amanhã muito melhor para muitas delas, que não teriam chance alguma de olhar para o futuro com esperança. A vossa ajuda é uma graça que entra na felicidade da pessoa criada à imagem e semelhança de Deus. Em nome das crianças, o meu muito obrigado. Sou vosso amigo, admirador e sempre ligado ao poder que vem do alto, pedindo a Deus e a Nossa Senhora de Fátima por todos vocês. P. João M. Felícia

...e poupe nos impostos!

Os Missionários passam recibo da sua oferta, que poderá deduzir no IRS. Basta que junte ao donativo o seu nome, morada e o n.º de contribuinte.

Agradecimento

Agradecimento

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Agradecimento

. obituário .

Emília Bento de Matos

Maria Júlia Vieira de Sousa

N. 19-10-1931 • F. 06-10-2012

N. 12-04-1929 • F. 15-10-2012

Seus filhos: Maria do Rosário, Diamantino, Madalena, José e Luísa Matos Leal, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado.

Seus filhos: António, Armando, Luísa, Piedade, Mário, Isabel, Teresa e Fernando Sousa Valério, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado.


. Jornal da Golpilheira . Outubro de 2012 .

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19ª GOLPILHEIRA SEMANA CULTURAL

DA

10 a 18 de Novembro de 2012 Dia 10 • Sábado

20h30 Arraial Popular de S. MARTINHO no Casal de Mil Homens

Dia 11 • Domingo

Castanhada, petiscos e boa pinga, com animação do rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”.

Dia 12 • Segunda-feira

13h00 ALMOÇO +60

Oferecido aos maiores de 60 anos Animação: Ginástica geriátrica do CRG

Dia 13 • Terça-feira

21h30 Demonstração de

21h00 Colóquio sobre

CONCERTINAS

SAÚDE

Com a Escola de Concertinas do rancho Rosas do Lena, da Rebolaria. Se tem uma concertina, traga-a e junte-se à festa!

Dinamização: Policlínica D. Nuno

Dia 15 • Quinta-feira

Dia 14 • Quarta-feira

21h30 Concerto

21h00 Colóquio sobre Desporto

“TERTÚLIA QUARTET”

Com a participação da ATLETA OLÍMPICA

Um quarteto de clarinetes com muito swing, jazz e sonoridades irreverentes para uma noite que promete ser bem animada!

de badminton

Telma Santos Dia 16 • Sexta-feira 21h30 Desfile

MODA GOLPILHEIRA 2012 Fátima Cruz Criações

Dia 17 • Sábado

4.º TT Nocturno “ANJOS SOBRE RODAS”

19h00 - Concentração e inscrições 19h30 - Jantar no Restaurante do CRG, seguindo-se o passeio TT

21h00 CINEMA infantil

No CRG, filme e surpresas para os mais novos...

Dia 18 • Domingo • DIA DA FREGUESIA • . divulgação .

10h30 PASSEIO Pedestre “Golpilheira em Movimento” 13h00 ALMOÇO e tarde de CONVÍVIO no largo da Junta 17h00 MISSA de Defuntos e romagem ao cemitério Organização: Junta de Freguesia, Centro Recreativo, Comissões das Igrejas da Golpilheira e S. Bento, Jardim-de-Infância, Escola do 1.º Ciclo

APOIOS

Porco no e caldo verd speto, e, petisco bebidas, fi s, lhós, café da avó, doce, feirin ha de pro du regionais, e muito m tos ais...

Animação

TUNA TROVA NTINA do IPL

Rosas do Lena


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