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Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XVIII | Edição 199 | Janeiro de 2014
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P. 4 | Futsal feminino
P. 12 | Revista
P. 14 e 15 | Entrevista
Golpilheira recebeu o ano 2014 em festa familiar
Golpilheira arranca primeira derrota ao benfica
Contamos como foi A vida da golpilheira em 2013
J. Rosa G. “instalou” os painéis de S. Vicente no Mosteiro
Fotos: LMFerraz
P. 3 | Passagem de ano
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Jornal da Golpilheira
. abertura .
Janeiro de 2014
.visita cultural.
.editorial.
Luís Miguel Ferraz Director
Curiosidades e Mistérios no Mosteiro de Santa Maria da Vitória (VII)
Vida, história e arte
Cá estamos no início de mais um novo ano, recheado de boas notícias. Ainda no rescaldo do Natal a da passagem para 2014, não podíamos deixar de trazer aos leitores a reportagem desses momentos festivos que marcaram o passado recente da nossa freguesia. Foram ocasiões de convívio e confraternização que, com certeza, estreitaram mais os laços de união e amizade entre nós, o que é meio caminho andado para que a vida nos corra bem. Uma dessas festas, vivida com grande entusiasmo pelos numerosos adeptos, foi a vitória da Golpilheira sobre o Benfica em futsal feminino. Histórico. Por falar em vida, deixamos o convite a uma visita rápida pelos principais factos e acontecimentos que marcaram o decorrer de 2013, na nossa habitual revista do ano que findou. E, por falar em história, confira a entrevista ao autor da instalação “Milagre – Elogio aos Painéis de Nuno Gonçalves”, patente no Mosteiro da Batalha até Setembro. Uma interessante perspectiva de como a arte se pode cruzar com os intemporais valores que são a base e o segredo da vida presente. Tudo relacionado, portanto. Um bom ano 2014 a todos! pub
Não podemos esquecer que a primeira natureza do Mosteiro é a religiosa, da qual nunca poderemos prescindir. Construído em honra e em agradecimento a Nossa Senhora, sob a invocação da Vitória (há centenas de invocações da Virgem), foi convento da Ordem Dominicana desde Abril de 1388, mal tinham principiado as suas obras, tendo-se os primeiros frades instalado nas casas da Quinta do Pinhal, propriedade que el-rei D. João I adquirira a Maria Meira e a seu filho Egas Coelho, sinal da ocupação medieval daquele sítio no vale do Lena – e outros marcos medievais da ocupação são a Golpilheira e as salinas das Brancas/ Centas –, até 1834, ano da expulsão das Ordens Religiosas. É hoje a igreja principal do povo da paróquia batalhense, o que nos torna os guardiães desta sua natureza e, como tal, também participantes na sua protecção e na sua conservação. Ao fundo das três sumptuosas naves está o transepto, espécie de nave transversal que separa as outras naves das capelas da cabeceira da igreja. Para o transepto pode entrar-se directamente pela porta lateral na fachada sul do monumento e no interior, por cima desta porta, está a imagem da Padroeira, que creio ser ainda a primitiva. No outro topo do transepto foi nos anos quarenta do século XX colocada uma imagem de Nossa Senhora, sob a invocação das Dores, que já existiria no Mosteiro, tendo a sua colocação e a construção do baldaquino que cobre a cabeça da imagem sido trabalho do artistacanteiro mestre José Ramos Jorge Ribeiro, pertencente a uma notável família de canteiros batalhenses.
Aumento de preço do seu jornal É sempre uma decisão difícil de tomar. Gostaríamos mesmo de poder oferecer o jornal a toda a gente. Mas, infelizmente, o aumento constante dos custos e a re-
dução de receitas de publicidade obrigam-nos a ter de ajustar este ano o preço das assinaturas, o que já não acontecia há dois anos. É de referir que não contamos com
Nesse mesmo topo estava o altar de Jesus, com um grande retábulo com quadros a óleo que desde finais dos anos 30 ou princípios de 40 está no Convento das Trinas, no Rato, em Lisboa. Todas as cinco capelas absidais tinham altares com retábulos que os invasores napoleónicos, na terceira invasão em 1810/1811, partiram e incendiaram. Do que se salvou, o único que ficou inteiro foi o da capela de S. Miguel ou dos Sousas (por aí estar o túmulo do 2.º conde de Miranda do Corvo, daquele apelido, e ter estado ainda outro túmulo da mesma família que foi trasladado para as Capelas Imperfeitas). É esse altar de mármore e encontra-se presentemente na nossa igreja matriz. Trata-se duma preciosa obra de arte e é o que resta na Batalhas dos altares da cabeceira do Mosteiro. O altar e respectivo retábulo do Santíssimo Sacramento, que estava na segunda capela a contar da sacristia, foi levado para a igreja de São Martinho da Covilhã e outro para um dos colégios da Casa Pia. Na capela mor, como se vê na fotografia que reproduzo, esteve o túmulo de el-Rei D. Duarte e de sua mulher D. Leonor. O Rei faleceu em Setembro de 1438 e a Rainha em 1445. Em 1940, o túmulo foi trasladado para as Capelas Imperfeitas, panteão que D. Duarte mandara construir a mestre Huguet. Tanto o Rei como o Mestre, ambos falecidos em 1438, só assistiram ao início da obra, começada em 1436 ou 1437. Nos meus nove anos de idade, tive o privilégio de ver a abertura do túmulo, no dia 10 de Julho de 1940. O respectivo auto da abertura teve a assinatura do arquitecto Baltazar de Castro, que representava os
qualquer apoio do Estado, pelo que temos de pagar integralmente o envio pelos CTT. Assim, para este ano de 2014, o preço de capa passa a ser de 1 euro e a assinatura anual passa
directores-gerais dos Edifícios e Monumentos Nacionais e da Fazenda Pública, do meu pai, então presidente da Câmara da Batalha e conservador do Registo Civil, e do Dr. José Maria Pereira Gens, delegado de Saúde no nosso concelho. Entre a capela mor e a capela de S. Miguel ou dos Sousas, esta junto à porta lateral (é a capela que tem um túmulo de mármore assente em leões), está a capela da Senhora do Pranto ou Senhora da Piedade, estando aos pés do altar uma imagem do Senhor Morto, que sai nas procissões da Semana Santa. Nesta capela manteve-se durante séculos, de 1499 a 1901, a tumba de el-Rei D. João II. Junto à sacristia, fica a capela de Santa Bárbara, que hoje guarda o sacrário do Santíssimo Sacramento.
para 10 euros no envio nacional, 15 euros para a Europa e 20 euros para o resto do mundo. Ainda assim, estamos a praticar preços abaixo da maioria dos jornais similares.
Do antigo altar só ficou na Batalha o sacrário. Onde agora está o altar do Sagrado Coração de Jesus era aí o altar do Santíssimo. Até para o mês que vem, se Deus quiser. José Travaços Santos Obras de apoio
“Historia de Portugal” do Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão; “D. Afonso V” do Professor Doutor Saul António Gomes (col. Círculo de Leitores); “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira”; “D. João I” da Professora Doutora Maria Helena da Cruz Coelho (col. Círculo de Leitores); “Santa Maria da Vitória – Batalha” do Dr. Sérgio Guimarães de Andrade: “Monumentos de Portugal – Mosteiro da Batalha” do Professor Doutor Vergílio Correia (Vol. I e II).
Caro assinante, pedimos que compreenda a necessidade desta decisão e agradecemos a confiança e a fidelidade que tem dedicado a este jornal, que é seu. O director
>> Foto-reportagem em www.jornaldagolpilheira.pt
Jornal da Golpilheira
. destaque . . reportagem
Janeiro de 2014
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Cerca de 250 pessoas na passagem de ano Já há muito tempo que não se organizava qualquer festa de passagem de ano na Golpilheira. Numa conversa casual, alguns amigos combinaram juntar-se no salão da igreja para passar essa noite em conjunto. A ideia rapidamente se espalhou e foi ganhando interessados. Apesar de estarmos já a meados de Novembro, decidiu-se então fazer a proposta às comissões das igrejas da Golpilheira e de S. Bento para se juntarem na organização de um jantar de passagem de ano aberta a toda a comunidade, cujos responsáveis aceitaram o desafio. Fez-se o anúncio, colocaram-se bilhetes à venda e a resposta foi surpreendente, com cerca de 250 pessoas a marcarem presença. Como a decisão foi muito em cima da data, só al-
guns elementos da Comissão da Golpilheira estiveram disponíveis para a organização, mas tudo correu muito bem. Foi um jantar farto, onde não faltou bacalhau e galo com abundância, doces, petiscos e bebidas variadas. Houve um DJ voluntário, o jovem Hugo Levita, que acompanhava a namorada golpilheirense e na hora se ofereceu para se sacrificar por este serviço que pôs toda a gente a cantar e dançar pela noite fora. Houve um insuflável para os mais pequenos. Houve uma fogueira para aquecer a noite, que até estava muito agradável. E, à meia-noite, saltaram as rolhas do champanhe, brilharam os beijos e abraços de ano novo, e rebentou um monumental fogo de artifício, gentilmen-
LMF
Golpilheira recebeu 2014 em festa
Já de madrugada
te oferecido pela empresa Brincafestas. O saldo… No final, o contentamento era geral, com muita gente a dizer de imediato que deveria repetir-se no próximo ano. Foi uma festa sem grandes luxos, mas em
ambiente familiar de saudável convívio entre vizinhos e amigos, alguns dos quais ficariam sozinhos em casa se não fosse esta oportunidade. Uma vez que era novidade e, ao início, era para ser apenas um encontro de amigos, o preço estabelecido era baixo, apenas 12 euros por
adulto e 6 por criança dos 6 aos 14 anos, para além de algumas ofertas a pessoas mais carenciadas. Mas, ainda assim, a iniciativa foi positiva também economicamente. A venda de bilhetes rendeu 2.230 euros, o bar teve um lucro de 140 euros e o “Pote por uma causa”, onde se re-
colheram alguns donativos, juntou 120,86 euros, sendo a receita total de 2.490,86 euros. Gastou-se em alimentos, bebidas, gás, insuflável e outros materiais um total de 1.815 euros, pelo que o saldo foi positivo em 675,86 euros. Foi bom, mas, caso se repita, terá de prever-se um programa de animação mais profissional e um ainda melhor serviço a todos, bem como um resultado mais volumoso para ajudar as obras da igreja, que estão prestes a começar. Resta dar os parabéns aos que contribuíram para esta bonita festa, sobretudo, às incansáveis cozinheiras que fizeram com que tudo estivesse ao melhor nível de qualidade e quantidade. Comissão da Igreja da Golpilheira
< “As Lavadeiras do Vale do Lena” organizam II Festival de Sopas
Rancho da Golpilheira tem nova direcção
Foi eleita no passado dia 30 de Novembro de 2013 a direcção do rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena” do Centro Recreativo da Golpilheira, para o biénio de 2013-2015. Está assim constituída: Presidente - Manuel Rito Ferraz; Vice-presidente - Joaquim da Silva Henriques; Secretária - Lígia Margarida Monteiro Ferraz; Tesoureira - Maria Celeste Pereira Monteiro Carreira; Vogais - André Filipe Monteiro Pereira, Maria Luísa Calado Cunha e Diana Oliveiras Pedreiras.
Convívio dos nascidos em 1962 No passado dia 27 de Dezembro de 2013, os naturais da Golpilheira nascidos em 1962 realizaram um jantar convívio no Restaurante Etnográfico do CRG. Este evento já se realiza anualmente há vários anos, havendo mesmo quem faça uma acta alusiva ao dia e tira-se sempre uma foto de grupo com os que podem estar presentes, para mais tarde recordar. | Joaquim Ferraz
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. desporto .
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Jornal da Golpilheira Janeiro de 2014
Equipas do CRG Futebol 7 • Benjamins “A” • 1º. Torneio Distrital
Futebol 11 • Veteranos
11-01 – Rio Maior – 1/Golpilheira – 2 25-01 – Golpilheira – 2/Nelas – 4 Próximos Jogos 08-02 – (Alqueidão da Serra) – Alqueidão da Serra/Golpilheira 22-02 – (Batalha) – Golpilheira/Mafra
Futsal Infantis - Campeonato Distrital - 1.ª fase 22-12 – Amarense – 7/Golpilheira – 0 05-01 – Golpilheira – 10/Pocariça – 4 12-01 – Quinta do Sobrado 7/Golpilheira – 3 19-01 – Golpilheira – 11/Martingança – 2 25-01 – Telheiro – 9/Golpilheira – 2 Próximos Jogos 02-02 – 11h30 – (Golpilheira) – Golpilheira/Arnal
Futsal – Iniciados
21-12 – Golpilheira – 1/Serro Ventosos – 4 04-01 – Mirense – 1/Golpilheira – 1 11-01 – Golpilheira – 0/Juncalense – 5 18-01 – Golpilheira – 4/D. Fuas – 0 Próximos Jogos 09-02 – 11h30 – (Quinta do Sobrado) – Q. Sobrado/Golpilheira
Futsal Juniores Femininos • Torneio de abertura II
22-12 – Golpilheira – 1/Louriçal – 1 28-12 – Portomosense – 0/Golpilheira – 6 05-01 – Golpilheira – 2/Academia da Caranguejeira – 3 10-01 – Louriçal – 4/Golpilheira – 0 - Taça Distrital – 1ª. Eliminatória 18-01 – Golpilheira – 4/Núcleo do Sporting de Pombal – 2 24-01 – Golpilheira – 9/Portomosense – 1 Próximos Jogos 02-02 – 15h00 – (Mira de Aire) – Mirense/Golpilheira 08-02 – 18h30 – (Golpilheira) – Golpilheira/Centro Desp. De Fátima 15-02 – 19h30 – (Ribafria) – Ribafria/Golpilheira 23-02 – 15h00 – (Golpilheira) – Golpilheira/Vieirense
Futsal Seniores Femininos • Campeonato Nacional 28-12 – Golpilheira – 0/Quinta dos Lombos – 3 04-01 – Louriçal – 2/Golpilheira – 2 11-01 – Golpilheira – 3/Benfica – 2 18-01 – Golpilheira – 1/Mogege – 5 Taça de Portugal 25-01 – Paderne – 1/Golpilheira – 6 Próximos Jogos do Campeonato Nacional 01-02 – 18h30 – (Golpilheira) - Golpilheira/Ourenta 08-02 – 16h00 – (Golpilheira) – Golpilheira/Estrelas de Feijó 15-02 – 16h00 – (Fátima) – C. Desportivo Fátima/Golpilheira
LMF | Momento do 3.º golo da Golpilheira
21-12 - União da Serra 14/Golpilheira – 0 2º. Torneio Distrital de Escolas 18-01 – Santo Amaro – 4/Golpilheira – 0 25-01 – Golpilheira – 1/Maceirinha – 7 Próximos Jogos 08-02 – 11h00 – (Barrocas) – Golpilheira/União da Serra 15-02 – 09h30 – (Pousos) - Grap/Pousos “B”/Golpilheira 22-02 – 11h00 – (Barrocas) – Golpilheira/Marrazes
Campeonato Nacional de Futsal Feminino
Golpilheira arranca primeira derrota ao Benfica (3-2) Nem todos os jogos correm bem, mesmo quando as equipas são de topo. A Golpilheira registou um período algo vacilante, cedendo pontos perante a Quinta dos Lombos e o Louriçal, e permitindo que a equipa de Mogege a afastasse da Taça de Portugal. Mas foi neste mesmo período que fez o grande jogo desta época, obrigando à primeira derrota a equipa do Benfica, que está em primeiro e não tinha ainda perdido qualquer jogo. Mas vamos aos relatos. Golpilheira – 0 Quinta dos Lombos – 3 O encontro disputado no Pavilhão da Golpilheira no dia 28 de Dezembro foi o primeiro da segunda volta. Estávamos perante as actuais campeãs nacionais. Na primeira volta, conseguimos vencê-las no seu reduto por 1-0. Foi um início de campeonato muito prometedor para a nossa equipa, o que perspectivava o bom desempenho que tem vindo a acontecer: no final da primeira volta, estávamos em segundo lugar, apenas atrás do Benfica. Como ficou demonstrado no primeiro jogo, é uma equipa ao nosso alcance. No entanto, no jogo em casa, várias coisas não correram bem. A nossa equipa entrou apática e desconcentrada, aproveitando as adversárias para marcar dois golos quase de rajada, ficando a partir daqui a nossa tarefa mais dificultada. Aos poucos e poucos, fomos equilibrando o jogo. No entanto, foi a equipa adversária a marcar o terceiro golo, com o qual terminou a primeira parte.
Em futsal, uma desvantagem de três golos é possível de anular. Mas não era neste dia, embora no segundo tempo a nossa equipa estivesse muito melhor, não marcando um ou dois golos por mera infelicidade. Há dias assim. Há que continuar a trabalhar. Os frutos com certeza virão. Louriçal – 2 Golpilheira – 2 No desafio disputado no dia 4 de Janeiro, apesar da nossa vitória na primeira volta por 5-2, sabíamos que era uma deslocação com algum risco. Segundo testemunhos recolhidos junto de quem assistiu, as coisas não nos correram bem. Estivemos a perder pela diferença mínima muito tempo, apesar de várias oportunidades de golo criadas e não concretizadas. De tanta insistência, lá conseguimos empatar. Mas, no segundo tempo, o Louriçal voltou a adiantar-se no marcador. Mais uma vez fomos à procura do empate, que viemos a conseguir a poucos minutos do final. Ainda antes do apito final, tivemos uma excelente oportunidade de fazer o golo da vitória, mas não fomos eficazes. Pelo menos há duas coisas boas a retirar deste jogo: não perdemos; duas vezes em desvantagem, duas vezes conseguimos anulá-la. Melhores dias hão-de vir. Golpilheira – 3 Benfica – 2 Quanto ao encontro disputado no dia 11 de Janeiro, no Pavilhão da Golpilheira, era um dos mais difíceis da época. No jogo da primei-
ra volta, apenas por mera infelicidade perdemos no Pavilhão da Luz, por 3-2, a 4 segundos do final do jogo. Nesta segunda volta, com muito público a apoiar a nossa equipa, esta sentiuse galvanizada e jogou de igual para igual, aliás como o tinha feito na Luz. A Golpilheira jogou muito coesa e concentrada, com uma entreajuda extraordinária. Criámos várias situações de golo, às quais se opôs com valentia a guarda-redes contrária. Na nossa baliza, quando foi colocada à prova, Joana Lara correspondeu com grande eficácia. O golo adivinhava-se, mais tarde ou mais cedo. Numa excelente jogada, Licas, na cara da guarda-redes, não perdoou. Foi o delírio no pavilhão, que pela primeira vez recebeu uma verdadeira enchente, com várias dezenas de pessoas a não conseguirem já um dos 180 lugares sentados das bancadas. No recomeço, constatou-se um Benfica mais atrevido, mas com dificuldade em marcar. Até que veio a ajuda de um livre muito duvidoso, que originou o empate. E como um mal nunca vem só, pouco depois o Benfica obteve o segundo golo. Deve ter passado pelo subconsciente das nossas atletas o terrível jogo na Luz, mas a resposta foi uma maior união à procura do empate. A pressão era tanta que foi com naturalidade que surgiu o excelente golo de Ana Carolina. A equipa não estava satisfeita e mostrava querer a vitória, que veio a conseguir, mais uma
vez por Ana Carolina. Foi uma vitória do querer, da garra e da concentração, numa grande partida de futsal. No final, a simbiose com o público em festa foi total e bonita de se viver. TAÇA Golpilheira -1 Mogege – 5 O jogo para a Taça de Portugal, disputado no dia 18 de Janeiro, decorreu no Pavilhão Municipal da Batalha, por interdição do Pavilhão da Golpilheira. Depois dum jogo espectacular contra o Benfica, parecia que a equipa não era a mesma. Não se justifica uma equipa como a nossa sofrer três golos em seis minutos. Mas foi o que aconteceu neste jogo. A partir daqui conseguimos equilibrar as coisas e reduzimos para 1-3. Criámos oportunidades por duas vezes, mas não conseguimos marcar.Com o jogo já perto do intervalo e com cinco faltas, fizemos uma falta a um segundo do apito final. Desta falta resultou o quarto golo. No segundo tempo conseguimos controlar o jogo. A doze minutos do final, Teresa Jordão coloca em campo a guarda-redes volante. Criámos mais uma vez várias oportunidades de golo, inclusivamente com uma bola à barra e outra ao poste. Mas, com esta táctica de jogo, a nossa equipa expôsse um pouco mais aos remates de longe do Mogege e foi numa situação destas que obtiveram o quinto golo. E assim se ditou a eliminação da Golpilheira desta competição. Manuel Carreira Rito
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entrevista . . desporto . .sociedade
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Tradições a renascer…
Era uma tradição ancestral, com grande manifestação na nossa região estremenha, juntarem-se grupos no início do ano, a cantar os Reis ou as Janeiras pelos povoados. Num cariz mais religioso, são cantares que expressam a união ao espírito de Natal que estava a terminar, com versos populares a saudar o Menino, tal como os Magos fizeram no seu nascimento. Já num registo mais “profano”, as Janeiras eram também a saudação ao ano que começa e um motivo de visitar e conviver com os vizinhos, a quem se pediam as sobras das mesas natalícias. Com o passar dos anos, a tradição foi esmorecendo e quase desapareceu na nossa região, apenas lembrada por alguns agrupamentos folclóricos e outros que iam teimando em não deixar morrer os costumes antigos. Um deles foi o Grupo de Cantares do Planalto de São Mamede, que há alguns anos tem mantido o hábito de cantar as Janeiras pelos 29 lugares da sua freguesia, estendendo-se entretanto a outros locais do concelho. Este ano, os seus cerca de 40 elementos voltaram a cumprir a tradição, cuja receita – pois agora é mais usual as pessoas darem dinheiro em vez de comida – é convertida em cabazes de alimentos que distribuem às famílias carenciadas de S. Mamede.
Inaugurado em Julho de 2013
Já (não) chove no pavilhão Foi com surpresa que os atletas e outros utilizadores do novo Pavilhão Desportivo Municipal da Golpilheira, inaugurado a 13 de Julho de 2013, verificaram algumas infiltrações de água neste equipamento, assim que surgiram as primeiras chuvas. O problema revelou-se de alguma gravidade, ao ponto de ter sido decretada a interdição do recinto por um período de 10 dias, por edital do Município da Batalha, no passado dia 17 de Janeiro, alegando não estarem “reunidas as condições de segurança e salubridade para os utilizadores, em particular dos mais jovens atletas”. CRG protesta O Centro Recreativo da Golpilheira manifestou, entretanto, o seu desagrado pela solução adoptada. Em declarações ao Jornal da Golpilheira, a Secção de Futsal refere que “tinha quatro jogos marcados para os dias 18 e 19 de Janeiro para este pavilhão, um deles a eliminatória da Taça de Portugal de Futsal Feminino Sénior com a Associação Rede Jovem de Mogege, e foi má a altura escolhida para a intervenção”. Considerando que “a alteração do local dos jogos em
cima da hora criou um clima de muita ansiedade e preocupações aos responsáveis por esta secção, com influência no rendimento das equipas”, o CRG defende que “já se sabia há muito tempo que havia infiltrações e estas foram reparadas muito rapidamente, pelo que não havia necessidade de uma interdição tão prolongada”. Considera ainda que “a situação deveria ter sido analisada com mais sensibilidade e em diálogo com as equipas, de modo a evitar estes constrangimentos”. Câmara defende análise à obra Segundo uma nota da autarquia, esta foi uma decisão tomada por unanimidade, com a constituição de uma “comissão de análise aos defeitos estruturais identificados”, constituída pelo vice-presidente da Câmara, Carlos Henriques, o vereador Carlos Repolho e três técnicos em representação do Município, do empreiteiro e da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria. O objectivo foi “uma análise imediata das deficiências que condicionam a utilização desportiva daquele equipamento, designadamente ao nível da cobertura que regista in-
filtrações de água que prejudicam o bom funcionamento, inclusive no uso dos balneários”. A Câmara sublinhou, ainda, “a disponibilidade e empenho colocados pelo empreiteiro e demais responsáveis pela execução e fiscalização da obra, que desde o passado mês de Dezembro procuram as soluções que permitam repor o bom funcionamento do equipamento, sem restrições ao uso desportivo e acesso público”. Quanto aos condicionalismos apontados, Paulo Batista Santos, presidente da autarquia, lamenta “as dificuldades causadas à programação desportiva de alguns clubes e associações do concelho da Batalha” e assegura que os serviços municipais fizeram tudo “no sentido de salvaguardar o interesse público, garantindo junto dos responsáveis a necessária rectificação das deficiências, bem como diligenciando para que a reabertura do pavilhão seja possível nos próximos dias”. Em cima do fecho desta edição, chegou a notícia de que isso se confirmou, com a abertura do pavilhão alguns dias antes do prazo de 10 dias inicialmente previsto. Luís Miguel Ferraz
LMF
LMF | No dia da inauguração
Cada vez mais grupos a cantar as Janeiras
Mas nos últimos dois ou três anos, outros grupos têm percebido que esta é uma boa tradição para angariar receitas para as suas actividades. É o caso do Agrupamento de Escuteiros da Batalha, que este ano mobilizou os seus elementos em grupos espalhados por todo o concelho da Batalha, durante todo o mês de Janeiro. É o caso também de alguns grupos informais, como os alunos que procuram financiamento para as viagens de finalistas (foto acima). Independentemente das finalidades, umas mais solidárias, outras menos, é de saudar este dinamismo de renascimento da tradição, onde se envolvem muitos jovens, o que vem alegrar a memória dos mais antigos e mostrar usos tradicionais aos mais novos. LMF
Cenários de Inverno
Cheias no Lena e no Lis
Rio Lena transbordou no Paúl
O ano de 2014 começou com chuva intensa, motivando que as águas do rio Lena transbordassem as margens e inundassem os campos agrícolas. Talvez uma limpeza destas margens e do leito do rio evitasse este transbordo. No entanto, nem tudo é mau, uma vez que as águas, passando pelos campos de cultivo, efectuam a sua fertilização. Visitámos também as nascentes do rio Lis, que estavam muito fortes. Em pouco espaço, debitavam muita água no leito do rio, imprimindo-lhe uma grande velocidade. É um momento da natureza que vale a pena ser apreciado. MCR
Nascente do Lis
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. Natal . foto-reportagem .
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Jornal da Golpilheira Janeiro de 2014
Agradecimento de Boas-Festas O Jornal da Golpilheira agradece a todas as entidades, empresas e pessoas que nos fizeram chegar os seus votos de boas-festas, por correio normal ou electrónico. Para todos, extensivo a todos os respectivos responsáveis e colaboradores, fica o nosso voto de que ano 2014 seja marcado mais pelos sucessos do que pelas eventuais sombras da crise. Pedindo desculpa por alguma omissão não deliberada, aqui fica a lista: [dp]Soluções; 2wPM Consulting; 4BEST - New Media Studios; A Previdência Portuguesa; A. Carlos Jordão; Agência de Fátima da CGD; Agência Zenit; Agrupamento de Escolas da Batalha; Alfaloc; All Sales; Américo Oliveira; AMO Portugal – Associação Mãos à Obra Portugal; António Lucas; António Manuel; António Pires; APCMC; Aprofer; Armalar; Arte Plural; Assembleia Municipal da Batalha; Associação de Imprensa de Inspiração Cristã; Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas da Batalha; Associação Portuguesa de Famílias Numerosas; Associação Teatro Construção; Bertrand Editora; Bicafé Cápsulas; Bombeiros para sempre; Câmara Municipal da Batalha; Câmara Municipal da Marinha Grande; Câmara Municipal de Alvaiázere; Câmara Municipal de Leiria; Câmara Municipal de Porto de Mós; Cap Magellan; Casa-Museu - Centro Cultural João Soares; CCIC - Câmara de Comércio e Indústria do Centro; CEC - Conselho Empresarial do Centro; Cecília Gomes; Centro Comunitário da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha; Centro de Estudos de Cultura, História, Artes e Património; Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição; Centrozero; CIMRL - Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria; Colónia Balnear da Cáritas de Leiria; Comissão Política de Leiria do PSD; Comunidade Cristo de Betânea; Concelhia de Pedrógão Grande do Partido Socialista; Conta Rotações; Dora Felizardo; eiC Formação; Escola Profissional de Decoração Artística de Bolos Isto Faz-Se; ExpoSalão; Federação Distrital de Leiria da Juventude Socialista; Fernando Custódio Borges; Folheto Edições & Design; Fundação Ajuda à Igreja que Sofre; Funerária Santos & Matias; Gabinete de Informação e Comunicação da Diocese de Leiria-Fátima; Gestão Plus; Goweb News; Graça Maria Henriques Pereira; Gráfica Diário do Minho; Grupo Media Glam; Grupo Parlamentar «Os Verdes»; Grupo Planeta; Guerra & Paz Editora; Helen Doron Lumiar; Helena Vicente; Hotel Jardim; Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes; Instituto Nacional de Estatística; J. Neves Vicente; Jardim Botânico da Universidade de Coimbra; JC Ferraz - Mediação de Seguros; João Monteiro da Felícia; Jornal das Caldas; Jornal de Alcobaça; Jornal de Óbidos; Jornal Vilacondense; José António Ferreira; José Eduardo Henriques; Leonor Gomes; Lewis Portugal; Logitravel; Maria da Luz Franco Monteiro Moreira; Maria dos Anjos Cardoso; Marinha Portuguesa; Mário Carvalho; Médicos do Mundo; Miguel Ângelo Portela da Silva Caetano; Mosteiro de Santa Maria da Vitória - Batalha; Museu da Comunidade Concelhia da Batalha; NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria; Nissan; Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes; Núcleo Distrital de Leiria da EAPN Portugal / Rede Europeia Anti-Pobreza; Oeste Global; Oikos; P. Américo Ferreira; P. Armindo Janeiro; Partido Socialista; Passos e Compassos; Paula Cordeiro; Paulo Bagagem; Paulo Batista Santos; Paulo Lameiro; Paulus Editora; Pedro Pimpão; Pedro Santos de Oliveira; Pergaminho; PMConsultores; Prélis; Primis Clínica; Progresso e Vida – Gráfica Almondina; Quintal Vitis; Rancho Folclórico Rosas do Lena; Reciclanarium; Recuperação de Dados; Residencial Mar e Sol; Reynaers; Rilop; Rogério Silva; Rui Borges Cunha; SAMP - Sociedade Artística Musical dos Pousos; Signa Brindes; Sistema4; Sofia Santos; Teatro José Lúcio da Silva; Textiverso Editora; Turismo Centro de Portugal; Turistrela; Turiworld; Uau; União das Associações de Antigos Alunos dos Seminários Portugueses; União das Mutualidades Portuguesas; União de Freguesias de Souto da Carpalhosa e Ortigosa; Valkiria’s; Vanessa Silva & David Antunes; WeLink; Werk; XXL Refill Leiria. Agradecemos ainda, de forma especial, aos anunciantes que escolheram a nossa edição de Natal para os seus votos de boas-festas aos clientes e amigos e a todos os que nos acompanharam noutras edições e permitiram o financiamento deste projecto durante o ano de 2013, bem como a todos os assinantes e leitores que permaneceram fiéis a este seu Jornal. Para todos, muitas felicidades pessoais e profissionais em 2014! A EQUIPA DO JORNAL DA GOLPILHEIRA
No dia 17 de Dezembro
Festa de Natal das escolas Realizou-se no dia 17 de Dezembro a festa de Natal dos meninos do Jardimde-Infância e da Escola do 1.º Ciclo da Golpilheira. Foi uma festa quase toda feita pelas crianças e para as crianças. Claro que não podemos esquecer o trabalho dos professores que os ensaiaram. De realçar também o papel dos pais e encarregados de educação que participaram na organização e garantiram prendas para todos... Foto-reportagem: LMFerraz
Passeio de BTT foi um sucesso de solidariedade
Natal na Batalha teve mais brilho A iniciativa “O Natal na Batalha tem mais brilho”, promovida pelos comerciantes da vila heróica, somou mais um sucesso este ano. Para além de garantir uma animação mais vasta e regular do comércio natalício batalhense, que atraiu também mais clientes e visitantes, foram diversas as actividades para miúdos e graúdos com uma boa resposta de participação. Partilhamos com os leitores o testemunho enviado pelos participantes numa dessas acções, pioneira em
2013, um passeio de BTT com o nome da campanha e um objectivo solidário, realizado no dia 15 de Dezembro: “Esta organização teve como objectivo a solidariedade para com os mais pequenos. E assim, em conjunto com várias entidades e pessoas, foi possível recolher muita roupa, bens alimentares e brinquedos, que foram entregues na Loja Social da Batalha e ajudaram a fazer sorrir aquelas crianças que mais precisam. É com muita alegria
que dizemos obrigado a todos os participantes pela vossa presença. É bom saber que fizemos as crianças mais felizes e o retorno é o sorriso delas e da felicidade que vão ter neste Natal. Agradecemos o apoio dado pelas entidades Câmara Municipal, Bombeiros Voluntários, GNR, Associação Recreativa Batalhense, NASA; Skydoi, Gregor Events, Serilena, Leiribike, O Transmontano, e a todos os lojistas da Batalha, bem como aos voluntários, participantes e aos não par-
ticipantes que também quiseram contribuir para esta valiosa ajuda. Mais um grande evento de BTT na vila da Batalha, com o sucesso merecido e a prova de que o associativismo e cooperativismo é possível com a boa vontade e participação de todos.” Resta-nos dizer: bemhajam todos! E que para o ano a iniciativa natalícia dos comerciantes, com estas e outras actividades, regresse ainda com mais força. LMF
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Jornal da Golpilheira
. Natal . foto-reportagem .
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No dia 20 de Dezembro
Festa de Natal do CRG
LMF
Realizou-se no dia 20 de Dezembro, no salão de festas da colectividade, a tradicional festa de Natal oferecida pelo Centro Recreativo da Golpilheira a todas as crianças da freguesia. Na animação participaram os alunos da Escolas de Música e Dança da associação, muito aplaudidos pelo numeroso público. No final, não faltou a distribuição de lembranças a todas as crianças, assim como aos professores. Foto-reportagem: LMFerraz
Vandalismos de Natal
As bolas desaparecidas Todos sabemos que muita gente, miúdos e graúdos, gosta de estragar, destruir, roubar. Por isso, não é seguro deixar os nossos bens na rua, à mão de semear. A Comissão da Igreja da Golpilheira pensou nisso quando decidiu colocar uma grande árvore de Natal junto à igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos e gastou algum dinheiro em decorações, para que fosse mais um elemento a embelezar a nossa freguesia nesta quadra. Até porque, pelo que vimos, já são poucas as pessoas que se dedicam a colocar uma luzes ou outro sinal nas suas casas, como era bonito hábito de outros tempos. Mas também pensou que, por estar identificada com a Igreja e por ser Natal, toda a gente respeitaria e nada iria desaparecer. Erro nosso. Alguém tinha falta de bolas e tratou de roubar todas as que conseguiu apanhar. Sobraram as que estavam mais altas, talvez pela preguiça do larápio em ir buscar um escadote. Temos pena. No próximo Natal, lá teremos de gastar mais uns euros, a não ser que já não estejam a ser precisas a quem as levou. Até porque, como eram bolas das grandes, enormes, desconfiamos que quem as levou não tenha suporte para as colocar. Nesse caso, basta deixá-las na igreja de novo e nós agradeceremos. A Comissão da Igreja da Golpilheira pub
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. eclesial .
Jornal da Golpilheira Janeiro de 2014
“Deus confiou aos sacerdotes a bênção de serem portadores da beleza revolucionária da sua ternura e da sua paz, ao serviço do povo e para a salvação do mundo”. Assim começou D. António Marto a sua homilia, na Missa em que mais de duas mil pessoas se uniram em despedida ao padre Albino Carreira, enchendo por completo o pavilhão Ana Sonsa, em Minde, no primeiro dia deste ano de 2014. Muitos deles vieram de todo o concelho da Batalha, de onde era natural, e especificamente da Golpilheira, onde tinha muitos amigos e pessoas reconhecidas pela sua ajuda, simpatia e bondade. E foi essa a sua marca. “O padre Albino foi exemplo de quem soube acolher e levar a todos esta ternura de Deus, sobretudo aos marginalizados das periferias humanas, aos mais necessitados de perdão, de presença sincera, de conforto e de esperança”, continuou o Bispo, lembrando a sua capacidade de “curar as feridas com o calor da esperança e a alegria do Evangelho”. Por isso era “estimado e amado pelo seu povo, como prova esta coroa de corações que aqui se reuniu para o abraçar”, referiu D. António, partilhando com os presentes algumas palavras do testamento espiritual do padre Albino, como estes: “Peço que surjam novos sacerdotes na minha terra e nesta diocese, que façam mais e melhor do eu”. A esse propósito, o Bispo diocesano apelou à escuta e acolhimento deste apelo, afirmando que “não é lícito entregar ao Bispo a responsabilidade de termos mais sacerdotes”, pois “Deus continua a chamar e somos todos responsáveis por ajudar a sua voz a chegar ao coração dos jovens”. E terminou: “Caro padre Albino, hoje não podemos dizer-te feliz ano novo, mas podemos dizer-te feliz eternidade junto de Deus!”. Nota biográfica Albino da Luz Carreira nasceu em São Mamede, concelho da Batalha, a 6 de Junho de 1938, filho de Joaquim da Conceição Carreira e de Maria da Luz. Entrou para o Seminário Diocesano de Leiria em 1951 e terminou o curso de teologia no ano de 1964. Foi ordenado sacerdote neste mesmo ano, no dia 15 de Agosto, na Sé de Leiria, pelo bispo D. João Pereira Venâncio. Fez quatro cursos superiores (Pastoral, Psicologia, Ciências Etnológicas e Antropológicas e Estudos Portugueses), foi coadjutor do pároco do Souto da Carpalhosa e auxiliar do dos Pousos, leccionou no Seminário e noutras escolas, foi director espiritual do Seminário, director da pastoral das vocações, capelão das prisões de Leiria, assistente da Cáritas Diocesana de Leiria, da pastoral dos ciganos e diversos movimentos e obras eclesiais. Muito do seu tempo foi dedicado ao atendimento a pessoas e famílias que o procuravam e nele encontravam alívio e conselho para a resolução dos seus problemas e sofrimentos, o que o tornou muito querido por centenas de diocesanos e não só. Era pároco de Minde desde 2004, onde uma doença súbita o acometeu no dia de Natal de 2013, vindo a falecer na manhã de 31 de Dezembro, no hospital de Abrantes. As exéquias foram celebradas em Minde, presididas pelo Bispo de Leiria-Fátima, com a participação de cerca de seis dezenas de sacerdotes e dois mil outros fiéis. Foi sepultado no cemitério do Casal Vieira, na sua paróquia natal. Luís Miguel Ferraz
Festa da Apresentação do Senhor a 2 de Fevereiro
Bênção dos Bebés na Golpilheira A festa da Apresentação de Jesus no Templo, conhecida nalguns lugares como Senhora das Candeias, celebra-se anualmente a 2 de Fevereiro, que este ano calha ao domingo. Com ela está relacionada a celebração da vida consagrada e, nos últimos anos, tem sur-
gido também a ocasião de fazer a celebração da bênção dos bebés. Na nossa paróquia vai este ano realizar-se esse ritual, para sublinhar a importância da família, conforme o tema diocesano do ano. Assim, os pais são convidados a trazer os seus filhos
até aos 3 ou 4 anos idade à celebração dominical, onde irá integrar-se um momento a eles dedicado. O mesmo se irá fazer na comunidade da Golpilheira. Assim, a celebração vai começar um quarto de hora mais cedo, às 09h15, na velha igreja do Senhor Bom
Jesus dos Aflitos, onde se acenderão as velas à Senhora da Luz e sairá a procissão rumo à igreja de Nossa Senhora de Fátima. Durante a Eucaristia haverá, depois, o momento de bênção dos meninos e suas famílias. Todos são convidados! LMF
D. António Marto no encontro vicarial a 7 de Favereiro
Amor conjugal em debate na Batalha D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, virá presidir a um encontro na nossa vigararia, no próximo dia 7 de Fevereiro, pelas 21h00, no salão paroquial da Batalha. Tal como está a acontecer em todas as nove vigararias da Diocese, o encontro terá o tema do corrente
ano pastoral, tendo como objectivo “anunciar e testemunhar o sentido cristão da afectividade, do amor e da família, apresentar o matrimónio como dom e vocação, incentivar a preparação para o sacramento e a espiritualidade conjugal e familiar”. Além da intervenção do
Bispo, o Departamento Diocesano de Pastoral Familiar fará uma apresentação do seu trabalho e haverá momentos de oração, de escuta da Palavra de Deus, de reflexão sobre o tema da família, de partilha de testemunhos por casais, de diálogo e de convívio, contando com a participação de alguns agen-
tes pastorais da vigararia. Te n d o e m c o n t a a temática, são destinatários preferenciais os casais novos e os jovens, nomeadamente, os que pertencem aos grupos paroquiais, embora a participação seja aberta a todos os interessados nesta temática.
As “aventuras” dos Escuteiros da Batalha...
Acampamento, ajuda social e Janeiras Nos dias 20 a 22 de Dezembro, o acampamento de Natal dos Exploradores do Agrupamento 194 da Batalha passou pela terra dos templários. A cidade de Tomar foi o destino para esta aventura, tendo este como heróis o Buzz e o Woody, do filme Toy Story. Este grupo de 32 elementos, acompanhados por uma equipa de animação de diversos dirigentes, puderam visitar o Convento de Cristo, o castelo e ainda explorar a cidade. Através de um jogo de mensagens marcadas no percurso, ficaram a conhecer melhor a natureza, a história, a cultura e as tradições maravilhosas que esta terra tem para oferecer. Fomos muito bem recebidos e ficámos muito agradecidos por toda a hospitalidade. Em particular, um especial obrigado à responsável do salão paroquial de Tomar, que cedeu o espaço para a dormida, e aos escuteiros do Agrupamento 44 de Tomar, que deram um
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LMF
A despedida ao padre Albino Sacerdote marcado pela ternura
apoio importante na programação das actividades. O acampamento correu muito bem, tendo sido atingidos, de forma geral, os principais objectivos: a integração dos novos elementos no grupo e a fomentação do verdadeiro espírito de Natal, tais como a solidariedade e a entreajuda. Não é fácil nos dias de hoje incutir valores como estes nos jovens, mas o escutismo e os adultos nele envolvidos têm feito um serviço e um esforço muito grande neste sentido. Fazem-no por acreditar na sua importância e no seu peso
para uma construção de uma sociedade mais justa e forte. Ou, como se costuma dizer em gerúndio escutista, “por um mundo melhor”. Ajuda à loja social No dia 27 de Dezembro, o grupo de Caminheiros da Batalha, o Clã Santo Ildefonso, aceitou a proposta de ajudar a arrumar os armazéns da Loja Social da Batalha, que mudou recentemente de lugar. Com muita alegria, boa disposição e brincadeiras à mistura, o desafio de seleccionar e expor a roupa doada à instituição foi ultrapas-
sado. Assim, conseguiram dar um grande empurrão na exposição, melhorando assim o funcionamento da loja na sua nova sede. Neste momento, este clã está a preparar-se para ir cantar as Janeiras pelas várias aldeias deste nosso concelho e desejar umas boas festas a todos os moradores. Assim sendo, iniciaram esta tradição, nada mais, nada menos do que na casa do pároco da Batalha, o padre José. Foram muito bem recebidos e levaram com eles votos de uma excelente continuação. Agrupamento 194
Jornal da Golpilheira
. cultura .
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Museu da Comunidade Concelhia da Batalha O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) recebeu as primeiras turmas de “Heróis do Museu”, provenientes do Agrupamento de Escolas da Batalha, no âmbito do projecto Observatório Museu/Escola. A acção consistiu numa visita de exploração ao Museu e na descoberta de um personagem mistério. Desvendado o Magistrado Romano, os alunos receberam os seus crachás de Heróis do Museu 2014 e um “Garrafão de Ideias Heróicas” para encher ao longo do ano lectivo. A iniciativa resulta de
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Os heróis invadem o Museu
uma colaboração entre o MCCB, a Escola e a autarquia, sendo dirigida aos alunos do 3.º ano do 1.º ciclo e tem como objectivo permitir que todas as crianças do Concelho possam tomar contacto com
o Museu, sendo-lhes incutidos hábitos culturais e a sensibilização para a preservação patrimonial, através das acções dinamizadas entre as instituições. Espera-se, com este projecto encetado no corrente ano lectivo, que os pequenos “heróis” sintam o Museu como verdadeiramente seu, transmitindo este sentimento de pertença também aos seus familiares. As actividades a desenvolver ao longo do ano são organizadas com a escola, num programa de envolvimento numa série de iniciativas e trabalhos específicos, baseados nos conceitos do
museu e no próprio programa escolar e na sua temática anual. Todos os anos, a mesma iniciativa será feita com um novo grupo de crianças da mesma classe, incluída no plano de actividades, transformando-se numa das formas mais simples e de melhor retorno do esforço das actividades de um museu, pois o seu carácter repetitivo simplifica os processos, permite melhorá-los e, sobretudo, garante o conhecimento e o envolvimento da comunidade desde os primeiros anos de vida.
“À descoberta dos sentidos” Tendo como mote as comemorações do Dia Mundial do Braille, celebrado no passado 4 de Janeiro, o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha entrou no novo ano apelando aos sentidos de todos os seus visitantes. Em duas inovadoras visitas, nos dias 25 e 26, os visitantes do Museu levaram os olhos vendados, sendo conduzidos por cegos para se deixarem surpreender através de vários estímulos sensoriais. O tacto, o olfacto, a audição e o paladar foram postos à prova em vários locais, com diver-
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Cegos foram guias do Museu
sas peças e artefactos para tocar. Foi ainda estreada a audio-descrição inédita de uma das mais emblemáticas peças do acervo. Os aromas e os sabores foram igualmente experimentados pelos visitantes e a descoberta culminou com o sentido da visão a congregar as imagens e memórias adquiridas pelos
Tradição religiosa
outros sentidos. A iniciativa contou ainda com uma original interpretação ao vivo de música e de dança, tendo a exposição do Museu como cenário. Melodium é o nome do projecto convidado, tendo por base composições originais de André Barros, coreografadas e interpretadas pela
bailarina Joana Inês Santos. Num museu distinguido internacionalmente pelo seu cuidado em matéria de inclusão e de acessibilidade e que adopta o lema “O Museu de Todos”, esta iniciativa integrou-se, assim, num programa potenciador de experiências únicas e personalizadas. Contou, nesta actividade, com a colaboração da delegação de Leiria da ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, do Instituto Politécnico de Leiria, da ADAE – Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura e de empresas locais.
Procissão do Santíssimo na Golpilheira Realizou-se no passado dia 29 de Dezembro a procissão do Santíssimo que se organiza na comunidade da Golpilheira, habitualmente, no último domingo do ano. O Santíssimo Sacramento ficou exposto e em adoração desde o final da Eucaristia da manhã até meio da tarde, altura em que se fez a procissão, culminan-
do com a bênção. Não foram muitos os participantes, quando há uns anos toda a população costumava participar nesta celebração, mas ainda é possível observar alguns exemplos dos bons costumes antigos, como as colchas penduradas nas janelas das casas durante o percurso. MCR
. museu de todos. Estação Paleolítica Acheulense António José Teixeira Geólogo/Arqueólogo
As primeiras comunidades de caçadores/recolectores da Batalha
O conjunto de peças do MCCB que este mês trazemos a este espaço são muito importantes, dado que representam a cultura material mais antiga do concelho da Batalha, deixada pelo homem pré-histórico. O concelho da Batalha, atravessado de Sul para Norte pelo rio Lena, o mais importante afluente do rio Lis, permaneceu até aos anos 80 do século XX à margem de descobertas do paleolítico inferior. A descoberta da estação arqueológica Acheulense, no lugar do Casal do Azemel, a Oeste da vila da Batalha, não só veio colmatar esta lacuna, como levou à identificação de uma das mais importantes jazidas da região (Teixeira, António – Cunha Ribeiro – 1987). Em Agosto de 1991, no fim da 4.ª campanha de escavações realizada na Estação Paleolítica do Casal do Azemel, procedemos a um reconhecimento geológico da zona envolvente da jazida, por forma a detectar e cartografar a presença de formações detríticas grosseiras susceptíveis de terem fornecido ao homem pré-histórico a matéria-prima necessária para o fabrico da sua utensilagem lítica talhada. Quando procurávamos localizar a Este da povoação da Jardoeira o afloramento cretácico cartografado na folha 27-A da Carta Geológica de Portugal, detectámos num corte, na vertente sobranceira ao vale do rio Lena, uma formação fluvial quaternária. Um reconhecimento do depósito permitiu constatar que se trata de um pequeno terraço encaixado no substrato cretácico, situando-se actualmente a uma cota de 30 metros sobre o nível das águas do rio Lena. O referido corte surge com uma espessura de 1,5 metros, apresentando na base uma cascalheira com cerca de 60 centímetros, formada por seixos de quartzito e quartzo, por vezes angulosos e de grandes dimensões, envoltos numa matriz arenosa grosseira, muito concrecionada. O quartzito dos seixos é quase sempre de grão muito fino, evidenciando excelentes condições de talhe, como se pode verificar na foto deste artigo. A sequência é em seguida representada por um nível arenoso que nalguns locais chega a atingir 1,5 metros de espessura. Frequentemente concrecionado e integrando aqui e além leitos descontínuos de pequenos seixos, este nível é seccionado no topo por um coluvião de formação recente. De referir ainda que, no seu conjunto, o depósito de terraço suporta um solo vermelho particularmente desenvolvido. A sumária limpeza do corte que então realizámos possibilitou a descoberta in situ , na base do depósito, de 24 peças talhadas. Confeccionadas na sua quase totalidade em quartzito de grão fino, já que apenas encontrámos uma lasca em quartzo, os materiais evidenciam-se globalmente bastante afectados pelo boleamento (ver foto). Nas 12 lascas recolhidas, detectaram-se sete talões corticais, três lisos e dois suprimidos. Os núcleos, em número de nove, integravam na sua maior parte peças pouco exploradas, com um reduzido número de extracções e sem preparação. Uma única peça correspondia a um núcleo com levantamentos centrípetos numa das faces e preparação periférica parcial dos respectivos panos de percussão. Uma calote de seixo com retoques marginais descontínuos e dois pequenos artefactos diversos completavam a colecção.
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Jornal da Golpilheira
. cultura . sociedade .
Janeiro de 2014
Na edição do passado mês de Dezembro do Jornal da Batalha, o director Carlos Almeida, jornalista natural da Golpilheira que tem dirigido aquele mensário nos últimos anos, anunciava o abandono da função. Assim, em Janeiro deste ano, a publicação surgiu já com o nome do novo responsável, o também jornalista Carlos Ferreira. Ao director cessante, deixamos o nosso abraço de agradecimento pelo trabalho que efectuou em prol da comunicação social do nosso concelho e pela cordialidade e colaboração que sempre pautou as nossas relações de colegas. Ao novo director, os nossos votos de todo o sucesso na mesma tarefa, na certeza de que uma comunicação social de qualidade contribui directamente para o desenvolvimento, a formação e a qualidade de vida das nossas populações. Tal como temos feito sempre, estamos ao dispor para colaborar com todos os parceiros nessa missão.
Rádio Batalha fecha
Uma notícia triste é o encerramento da Rádio Batalha, anunciado no passado dia 13 de Janeiro. Foi uma das rádios locais pioneiras, fundada em 1988, e envolveu dezenas de batalhenses ao longos dos anos, conduzindoa até ao sucesso que durante anos fez dela uma das mais ouvidas de toda a região, ostentando orgulhosamente o título de “a mais portuguesa”. Em Maio do ano passado esteve em silêncio durante algum tempo, por alegados motivos técnicos. Agora é a ausência de quórum nos órgãos sociais que dita o encerramento. Segundo veiculado na comunicação social, a difícil situação económica estará também entre as causas deste desfecho, embora os responsáveis da cooperativa refiram que estava a ser negociada. Resta esperar que a situação não seja definitiva e se encontre uma solução para a sua reabertura. Tal como dizíamos acima, uma comunicação social de qualidade torna mais forte uma população. E a rádio é um dos meios que nos enriquecia. LMF
Festa de Nossa Senhora da Esperança 2013 • Contas Finais Receitas Restaurante Bar Quermesse Café d’vó Bar caipirinha Andor Clementina Andor Luz, Lídia, Gorete e Carmo Andor Família Zé Verde Andor Júlia Patrocínios Peditório Receitas diversas Jogos
Total
12.052,00 2.093,00 1.545,00 2.155,00 2.350,00 300,00 330,00 489,00 255,00 1.200,00 1.240,00 150,00 85,00
24.244,00
Despesas Licenças EDP Fogo Restaurante Bebidas Arraial Conjuntos
318,00 132,25 700,00 6.639,32 4.915,52 1.257,99 3.800,00
Total
17.070,08
SALDO
7.173,92
Obras do Estado Novo na Batalha “Como do Velho se fez Novo – O Estado Novo e a criação da nova malha urbana e viária do Mosteiro da Batalha” é o livro da autoria do historiador Cláudio Oliveira apresentado no passado dia 19 de Janeiro, no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha. A apresentação foi feita por Pedro Redol, técnico superior do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, que sublinhou a grande importância histórica desta obra para a Batalha e para a região, sendo publicada 50 anos após a concretização desse processo urbanístico ocorrido no século XX na malha urbana da vila e que alterou, de forma radical, a configuração do espaço, do simbolismo e do próprio Mosteiro.
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Jornal da Batalha muda de director
Cláudio Oliveira apresenta livro
O livro resulta de uma tese de mestrado em Recuperação do Património Arquitectónico e Paisagístico, apresentada à Universidade de Évora. O seu ainda jovem autor, natural da Batalha, inclui na sua exaustiva investigação diversas informações e imagens inéditas, alinhadas cronologicamente de 1934 a 1974, contribuindo para ilustrar a evolução
urbanística da zona histórica da Batalha, como a chamada “célula A”, a rede viária e praças que circundam o Mosteiro, a instalação da estátua equestre de D. Nuno Álvares Pereira, entre outras intervenções efectuadas naquele período. Segundo Cláudio Oliveira, foram obras que visavam adaptar a Batalha o turismo crescente que recebia e criar grandes
espaços abertos em redor do monumento. “Havia grande vontade de destruir”, afirma, apontando que esta solução era já na altura bastante criticada por muitos técnicos e pela população. A edição é da Câmara Municipal da Batalha, cujo presidente, Paulo Batista Santos, enalteceu na ocasião a importância de mais esta obra sobre a história da comunidade batalhense, em especial “o importante contributo para se perceber, com exactidão, todo o processo de reformulação da vila da Batalha e da própria construção da Estrada Nacional 1 (hoje designada por IC2), que continua a ser um problema por resolver na actualidade”. LMF
Jovem de São Mamede expôs na Batalha
Elói Gonçalves mostrou a (sua) Berlim Elói Gonçalves, natural de freguesia de São Mamede, realizou na Galeria Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, a sua primeira exposição, de 29 de Dezembro a 12 de Janeiro, a que deu o nome de “Caderno Viário – A minha Berlim”. O jovem autor da mostra é estudante de arquitectura e encontra-se a finalizar o programa Erasmus na cidade alemã de Berlim, razão pela qual decidiu realizar uma exposição onde retratava mais de duas dezenas de edifícios daquela cidade
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Comunicação social do concelho
do Norte da Europa. De acordo com o autor, a exposição resultou da apropriação que fez da cidade e da vontade em absorver diariamente aquilo que a mesma tem para oferecer. A mostra, explica
Elói Gonçalves, “acontece num período intermédio do projecto dos estudos académicos, que terminará já em Fevereiro, quando espera ter já realizado cerca de 160 desenhos feitos à “sombra” do caloroso Inverno de Berlim.
Sobre a cidade em questão, o jovem estudante de arquitectura explica que está em constante processo de mudança. A rede de metro cresce, as gruas multiplicam-se, novos edifícios surgem e a população aumenta. É uma explosão de acontecimentos que se moldam à silhueta desta imparável cidade. O trabalho do jovem artista pode ser seguido pela internet, no endereço cadernoviario.tumblr.com. Rui Borges Cunha
Centro de Estudos e Explicações
WE.STUDY abre portas em São Mamede O WE.STUDY – Centro de Estudos e Explicações abriu as suas portas este mês, em São Mamede, junto à farmácia local. Com o objectivo de “contribuir para o desempenho e sucesso escolar dos alunos”, conta com a colaboração de uma “equipa dinâmica e empreendedora, composta por professores experientes”, que dão ex-
plicações desde o 1.º ciclo até ao ensino superior, oferecendo ainda apoio escolar até ao 2.º Ciclo. Segundo Patrícia Morgado, uma das responsáveis da equipa fundadora, o espaço vai apostar na promoção de oficinas temáticas, actividades para ocupação de tempos livres, aulas de música, desenho e pintura,
terapia da fala e psicologia educacional, entre outras vertentes. “A missão do WE.STUDY está na preparação e estímulo das competências e sentido crítico dos mais jovens, por via de diversos desafios lúdicopedagógicos, a preços competitivos que têm em conta a conjuntura económica actual”, refere.
Este novo espaço abre de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 20h00, e ao sábado, das 10h00 às 13h00. Mais informações podem ser obtidas por telemóvel (913321067 | 913605308), email (we. study.geral@gmail.com), ou no facebook (facebook.com/ we.study.geral).
Jornal da Golpilheira
. entrevista . sociedade . cultura .
Janeiro de 2014
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Clube de Coleccionadores de Pacotes de Açúcar
No Restaurante Etnográfico da Golpilheira
A Batalha passou a contar com mais uma associação no seu território, desde o passado dia 11 de Janeiro, quando foi inaugurada a sede do CLUPAC – Clube Português de Coleccionadores de Pacotes de Açúcar, na rua António Cândido da Encarnação. “A necessidade de um espaço próprio é algo que sentimos desde que o clube foi criado, em Setembro de 2002, e a Batalha foi o local que nos acolheu e onde nos sentimos bem”, afirmou na ocasião Adolfo Lopo, presidente do CLUPAC. “A centralidade nacional desta vila histórica, a disponibilidade do espaço pelo coleccionador batalhense João Santos e, mesmo, a tradição deste concelho na organização de eventos relacionados com o coleccionismo foram factores de peso para a escolha”, considerou. Cerca de meia centena de pessoas lotou o espaço na tarde inaugural, já decorado a preceito com painéis informativos, colecções especiais, prémios e outros materiais relacionados com a actividade. A todos, o presidente da Junta da Batalha, Germano Pragosa, deu as boas-vindas, convidou a “visitarem as belezas naturais e artísticas da freguesia” e prometeu o “apoio possível” para que a associação aqui desenvolva as suas actividades. E Paulo Batista Santos, presidente do Município, sublinhou a honra da Batalha em acolher a sede nacional deste clube, “cuja actividade se enquadra na tradição histórica e cultura que caracteriza a vila heróica”. Um brinde e um lanche oferecido por comerciantes batalhenses selou este momento, seguindo-se uma
O Restaurante Etnográfico da Golpilheira vai acolher uma sessão dedicada ao associativismo, organizada pelo Município, no dia 31 de Janeiro, às 19h30. Mais 226 mil euros serão distribuídos pelas cerca de 60 candidaturas apresentadas pelas associações concelhias, nesta primeira fase do Programa de Apoio ao Associativismo, tanto para actividades regulares como para o investimento. Um montante que “evidencia a importância que o executivo municipal atribui às associações e ao seu trabalho”, considera Paulo Batista Santos, presidente da autarquia. Será ainda lançado nesta ocasião o II Guia do Associativismo do Concelho da Batalha, publicação que revela a história e as principais actividades das colectividades.
CLUPAC vem adoçar a Batalha
Apoio do município ao associativismo concelhio
Duas turmas para crianças e jovens
LMF
Curso de teatro na Batalha Sessão inaugural
conferência para os coleccionadores presentes, por Carlos Brás, sobre a plataforma online “pacotada”, especificamente criada para a catalogação informática e suporte à actividade dos periglicófilos – assim se chamam estes coleccionadores de pacotes de açúcar. Clube eclético e solidário O CLUPAC foi fundado por 11 coleccionadores, que sentiram necessidade de criar um clube que juntasse todos os amantes deste passatempo e que lhes desse visibilidade e reconhecimento juntos das embaladores e da sociedade. Actualmente, conta com cerca de 500 sócios, de todas as idades, profissões e nacionalidades. Há mais de uma década que organiza, sempre num local diferente, o PortSugar – a sua iniciativa emblemática –, um encontro internacional que tem por objectivo proporcionar a troca de material e o convívio entre participantes e é já o maior da Europa no seu género. Este ano será na Batalha,
em Setembro. Mas a actividade do Clube vai muito para além disso. Um exemplo é o “CLUPAC Escolas”, um projecto na área do ensino, direccionado para crianças ente os 6 e os 10 anos, onde se realçam as potencialidades do coleccionismo no desenvolvimento dos mais jovens. Outro são as “Viagens do Açúcar”, uma exposição itinerante de colecções de pacotes de açúcar que está agora parcialmente exposta na sede. Uma das mais inesperadas frentes de acção será, sem dúvida, o “CLUPAC Solidário”, parte integrante dos Portsugar e que nos últimos anos tem abrangido quatro áreas: - “Vamos adoçar a Vida dos Outros”, com a oferta do açúcar que os participantes vão tirando dos pacotes a instituições de solidariedade social do concelho onde o encontro se realiza. - “Dar Sangue com Doçura”, organizado em parceria com os grupos de dadores de sangue locais,
da CGD e do Instituto Português do Sangue. - Uma campanha de sensibilização que todos os participantes entre os 18 e os 45 anos se inscrevam como voluntários para a doação de medula óssea, em cooperação com o CEDACE – Registo Português de Dadores de Medula Óssea. - “Reciclar com AMIzade”, a recolha de material para reciclagem, como radiografias, telemóveis antigos, tinteiros, etc., em colaboração com a AMI. Para além de tudo isto, como refere Adolfo Lopo, “nos nossos encontros procuramos também promover e valorizar a cultura e as actividades económicas locais, quer nas actividades que desenvolvemos, quer na edição dos pacotes de açúcar que promovemos para o encontro”. Assim se espera que seja na Batalha, no próximo mês de Setembro. Luís Miguel Ferraz
O Leirena Teatro – Companhia de Teatro de Leiria, em parceria com o Município e o apoio dos Bombeiros Voluntários da Batalha, vai dar início a dois cursos de teatro e expressão dramática para crianças e jovens, no quartel dos Bombeiros, de Março a Julho de 2014. Para tal, estão a aceitar inscrições dos interessados, até ao dia 28 de Fevereiro. Não haverá audições e a primeira aula será gratuita, sem compromisso, para que todos possam conhecer a aula, os exercícios e os professores, dois actores profissionais. A primeira turma será de “Oficinas de expressão dramática e teatro para crianças”, para alunos dos 6 aos 10 anos, a funcionar às segundas-feiras, em duas horas de horário pós-laboral, terminado com a apresentação final de um espectáculo para a família e amigos. A segunda turma será a “Trupe de Teatro Juvenil da Batalha”, para adolescentes e jovens dos 11 aos 18 anos, a funcionar às quartas-feiras, em três horas de horário pós-laboral, terminando com um espectáculo para a comunidade e uma digressão pelas freguesias do concelho. Informações e inscrições para 911 989 754 ou geral@leirenateatro.pt.
Uma peça de teatro para a infância
Te-Ato com “O Rei dos Elfos” O Te-Ato – Teatro de Grupo tem em cena na sua sede, em Leiria, a peça “O Rei dos Elfos”, um espectáculo para maiores de 5 anos, “que os mais novos aconselham os pais a ir assistir”, refere a divulgação do grupo. Tratase de uma adaptação do poema homónimo de Goethe, inspirada nas composições de André Barros, encenada por João Lázaro e com interpretação de Ana Ervilha, João Lázaro, Miguel Sarreira e Pedro Antunes. Está em cena até 28 de Fevereiro, às sextas-feiras às 22h00 e aos sábados às 16h00 e às 22h00. pub
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. revista .
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Contamos-lhe... a vida da Golpilheira em 2013 Janeiro “Uma vida ao serviço da cultura e da sociedade” era a grande entrevista a José Travaços Santos, enorme batalhense, que abria o ano 2013 do Jornal da Golpilheira. Por cá, dávamos conta de alguns estragos do mau tempo, abordávamos o problema da falta de qualidade nas refeições escolares e referíamos ainda o convívio dos antigos elementos da ex-Orquestra Ligeira da Golpilheira e o presépio vivo feito pelo grupo de jovens da comunidade.
Fevereiro Fevereiro foi dedicado à Quaresma. Explicámos “que tempo é este”, na teologia, na histórias e nas suas práticas. Nota ainda para o cancelamento do Carnaval da Batalha devido à chuva, para a proposta da autarquia a que os proprietários de imóveis pedissem reavaliação para efeitos de redução de IMI e para as bodas de ouro do rancho folclórico Rosas do Lena. Entretanto, o futsal feminino do CRG estava na final da taça distrital.
Março Em Março fomos fazer a reportagem acompanhando um grupo a pé a Fátima, por ocasião da peregrinação diocesana anual. Por esta altura, já havia candidatos do PSD à Câmara da batalha e à Junta da Golpilheira. Entre cerca de uma dezenas de chamadas de primeira página, o destaque para o futsal sénior feminino do CRG que trouxe para a Golpilheira o campeonato e a taça distritais, e estava de é na taça nacional.
Abril Em Abril, os destaques não foram mil, mas foram quatro. Quatro sucesso: o grupo de dança The Beat do CRG ganhou “Hip Hop School Fitness”, o Festival de sopas dos nascidos em 1973 recebeu uma enchente, o 11.º Passeio TT “Anjos sobre Rodas” mais uma vez em alta e o futsal feminino do CRG já tinha garantida a presença no 1.º campeonato nacional. Mas havia ainda uma lista de outras coisas boas que poderiam ter sido destaque neste mês.
Maio Grande notícia à cabeça: o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha ganhava o Prémio Europeu Kenneth Hudson em Bruxelas, um dos mais conceituados galardões mundiais. Destaque ia ainda para a festa paroquial da Santíssima Trindade, cujo imperador fora da Golpilheira. Ainda o convite do Bispo diocesano para a Festa da Fé, a proximidade da Feira do Livro e do Jogo e da FIABA, e a preparação do cinquentenários dos escuteiros da Batalha.
Junho Em Junho anunciava-se a inauguração do pavilhão desportivo na Golpilheira e fazia-se a reportagem alargada da FIABA e do 1.º concurso hípico do certame. Falámos ainda da Feira de ATL e da grande festa de arranque das Bodas de Ouro do Agrupamento 194 dos Escuteiros da Batalha, que foi feito num grande convívio na Golpilheira. Ainda a reportagem da Festa da Fé na diocese e o cartaz das festas do 44.º aniversário do CRG.
Julho Julho foi o mês da vitória de uma luta de décadas: foi finalmente inaugurado o pavilhão desportivo na Golpilheira, com a mensagem do presidente da Câmara a dar o tom: “É de todos e cabe a todos preservá-lo”. Ainda no desporto, a entrevista à treinadora de futsal Teresa Jordão, que conseguira colocar a Golpilheira no primeiro campeonato nacional da modalidade. E os cartazes das festas da Golpilheira, Batalha e S. Bento.
Agosto As festas da Batalha duraram quase uma semana e mereceram o nosso destaque na edição de Agosto, com a componente cultural, histórica e também recreativa devidamente ilustradas. Fizemos a visita ao acampamento que juntou na Batalha mais de dois mil escuteiros e sublinhámos a vitória dos veteranos da Golpilheira sobre o Benfica, no 1.º aniversário da casa do Benfica na Batalha. Não faltaram as duas foto-reportagens das festas cá da terra.
Setembro Em Setembro tínhamos as autárquicas à porta e fomos entrevistar todos os candidatos à Câmara Municipal da Batalha e à Junta de Freguesia da Golpilheira. Claro que não podia faltar a referência ao regresso às aulas e às contas que normalmente fazemos ao número de alunos existentes na freguesia, infelizmente, quase sempre a descer nos últimos anos. A sublinhar também a magnífica exposição de Cruzeiro Seixas na Batalha.
Outubro Os órgãos autárquicos eleitos já tinham tomado posse e nós fomos ver como correu e o que se disse nesse arranque de ciclo político local, em que o PSD conseguiu manter a maioria em todas as frentes. Neste mês de Outubro, em que passaram os nossos 17 anos de publicação, apresentávamos o cartaz da 20.ª edição da Semana Cultural da Golpilheira, com novo figurino espalhado por dois fins-de-semana, a tentar cativar o público.
Novembro Afinal, “foi bonito, mas podíamos ser mais”, dizia-se a propósito da reportagem à 20.ª Semana Cultural, em Novembro. De olhos postos no futuro, revelámos o orçamento de 9,6 milhões da Câmara, com a aposta no social e no emprego e 30 mil euros destinado a um projecto dos cidadãos. Novidade era a criação da figura do provedor do cidadão, com a escolha a recair sobre Francisco Frazão. À porta estava mais uma campanha da Natal na Batalha.
Dezembro E o ano fechou em festa, com o arranque das comemorações dos 30 anos de classificação pela UNESCO do Mosteiro de Santa Maria da Vitória como Património Mundial da Humanidade, tema que vai regressar por certo várias vezes em 2014. As mensagens e festas de Natal também lá estiveram… e falámos também nas freguesias do Concelho, como aconteceu diversas vezes ao longo do ano. Por fim, o anúncio da passagem de ano na Golpilheira.
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. infantil .
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10 desejos para pais em 2014
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Jardim-de-Infância da Golpilheira
Os tradicionais desejos de Ano Novo, em meados de Janeiro, por vezes já estão esquecidos. Propomos 10 grandes ideias para 2014 que deve realizar, ao longo do ano, com o seu filho: 1 - Diga mais vezes “Sim”: se for para passar o tempo e fazerem coisas juntos. 2 - Diga mais vezes “Não”: a eu quero, a eu preciso, a toda a gente tem, a toda a gente faz isso. 3 - Preocupe-se menos: com as coisas pequenas ou grandes, que só por serem de fora são melhores. As coisas verdadeiramente extraordinárias estão junto de si, do seu filho e da sua família. 4 - Ouça mais, fale menos: pergunte “o que é que pensas? O que é que estás a sentir? Diz-me o que é que fizeste hoje de bom.” 5 - Negoceie menos; explique mais: os filhos merecem saber o que nos leva a tomar uma decisão ou a que faça uma coisa. Mas não devemos ser parceiros iguais na mesa da negociação. Nós somos os pais! 6 - Leia um pouco mais: para o seu filho, com o seu filho e na frente do seu filho - livros, revistas, jornais ou simples palavras. 7 - Escreva um pouco mais: de palavras de Amor, de reconhecimento, de incentivo e palavras que dão valor às coisas da vida. 8 - Espere um pouco mais: de bom comportamento, de responsabilidade, de boas maneiras, de gentileza e toda a bondade que está dentro do coração do seu filho. 9 - Espere um pouco menos: de dias cheios de actividades programadas e constantes para o seu filho. Abrande, está a queres que o seu filho saiba muitas coisas e faça tudo rápido de mais. O seu filho precisa de andar mais devagar, ao seu passo, para crescer bem. 10 - Ligue-se mais: com a família, os amigos, a comunidade, com os que precisam e têm menos. Partilhe. Viva e respeite a natureza. Feliz Ano Novo!
Retirado de “Mundos de Vida”
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>> Foto-reportagem em www.jornaldagolpilheira.pt
. arte . entrevista .
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Na Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha até Setembro
“Milagre – Elogio aos Painéis de Nuno Gonçalves” No âmbito das comemorações dos 30 anos de classificação do Mosteiro da Batalha como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, foi inaugurada a 14 de Dezembro passado uma instalação artística na Capela do Fundador, intitulada “Milagre – Elogio aos Painéis de Nuno Gonçalves”, da autoria de J. Rosa G. Considerados por muitos como
a obra prima da arte portuguesa, esta pintura a óleo e têmpera sobre madeira, do século XV, composta por seis painéis, é atribuída ao pintor português Nuno Gonçalves. Vulgarmente conhecidos por “Painéis de São Vicente de Fora”, têm suscitado distintas e controversas interpretações. De acordo com alguns investigadores, trata-se de um retrato colectivo, representan-
do toda a sociedade portuguesa da época – o clero, a nobreza e o povo. Esta mostra individualiza em reproduções fotográficas impressas sobre tela os 60 rostos que figuram nos painéis, procurando evocar esse momento único, antes vivido pelo pintor, de intimidade com cada uma das pessoas retratadas. O autor pretende “reforçar a grandeza desta obra maior da cul-
tura universal – que prenuncia o Renascimento europeu e afirma o Humanismo português –, para encontrar, em cada rosto despido, um arquétipo psicológico e o apoteótico sentido da sua expressividade”. A exposição apresenta ainda textos, gráficos cronológicos, um espelho e uma sequência de vídeo, intitulada “Um Minuto com os Painéis”, onde o prodígio daqueles
rostos é ampliado pela aura que deles emana, em 60 fotografias efectuadas com a máquina em movimento e a velocidade do obturador fixa num segundo. E, no preciso local que Almada Negreiros defendeu como o destinado para a obra, figura uma reprodução em grande formato do genial políptico.
Entrevista ao autor
“Dá-me especial satisfação reafirmar o valor do rosto e a sua dimensão sagrada” J. Rosa G. é mais conhecido como João Prates, director do Centro Português de Serigrafia (CPS), nascido em 1961, em Vale de Açor, concelho de Ponte de Sor.
la do Fundador, que amplia todo o seu sentido. Foi um trabalho extenuante, feito fora de horas livres e fins-de-semana, mas, pelos comentários que tenho recebido, valeu muito a pena.
Diz de si mesmo que gosta de “explorar o poder encantatório e intimista do formato livro, num espírito transdisciplinar mais ético que estético, onde uma pintura, um desenho ou uma fotografia apenas ambicionam atingir o estatuto de simples página”. Na entrevista escrita de que resultou esta conversa imaginária, ficamos a conhecer mais profundamente a sua obra e este trabalho em particular. Em primeiro lugar, porquê a assinatura de J. Rosa G.? Gosto imenso do meu nome João e do apelido Prates que me dão, profissionalmente, o papel de mostrar a relevância e o grande valor da arte na vida das pessoas. Orgulho-me dos mais de 500 artistas que o CPS editou ao longo destes quase 30 anos, sem a pretensão de me afirmar como artista. A assinatura J. Rosa G. resulta dos meus outros apelidos Rosa Guerra e traduz melhor a forma como gostaria que os meus projectos, essencialmente livros, viessem a público: de forma anónima. Ou seja, que fossem vistos, sem qual-
LMFerraz
Editor de mais de uma centena de livros de autor, únicos ou de tiragem reduzida, bem como de inúmeras obras de arte, destacamse no seu currículo as anteriores exposições individuais “dos livros que não se lêem”, em 2004, na Biblioteca Nacional, e “O Livro de Pan II e Outros Livros”, em 2007, no Museu da Água, para além de cerca de uma dezena de mostras colectivas.
O autor explica o seu trabalho no dia da inauguração
quer ideia preconcebida, livres do nome que lhes deu origem. Disse que os seus projectos são essencialmente livros...? Realmente, desde 1995, efectuei mais de 110 livros, únicos ou de tiragem muito reduzida e que escapam ao conceito estabelecido para o modelo livro. Podem ser livros encadernados de forma singular ou até caixas de madeira com páginas soltas. Têm habitualmente uma componente visual bastante forte. Por exemplo, o livro que apresentei em 2007, no Museu da Água em Lisboa, pesa mais de 30 quilos e tem 100 metros de comprimento, incluindo no seu conteúdo fotografia, desenho, pintura, colagem, gravura, serigrafia, poesia, citações, textos e música original. São, portanto, livros de artista… Confesso que tenho alguma dificuldade em os incluir na designação de “livros de artista”, pois
não me considero como tal. Não defendo um estilo, uma linguagem, um vocabulário. Cada projecto é distinto do anterior. Tomando por base os temas que persistem ao tempo e a dignidade de cada ser, as minhas preocupações são sempre mais éticas que estéticas. Talvez por isso, tenha escolhido o livro como modelo de actuação, onde um desenho, uma pintura, uma fotografia, um texto ou um poema apenas ambicionam atingir o estatuto de simples páginas. E essas páginas formarão um livro, este uma biblioteca e esta formará parte daquilo que realmente me interessa: o conhecimento. E com fraca glória, pois o conhecimento não é mais do que a descoberta da dimensão da nossa ignorância. A instalação que está no Mosteiro é, então, também um livro? Em certa medida, sim. Ela resulta de um acaso extraordinário, que devo registar. Aquele que con-
sidero o “príncipe do surrealismo português”, Cruzeiro Seixas, fez Setembro passado uma exposição na Batalha, em colaboração com o CPS. Na visita que fez ao Mosteiro nessa ocasião, guiada pelo seu director, Joaquim Ruivo, o jovem surrealista, na altura com 92 anos, sugeriu espontaneamente a Capela do Fundador como espaço ideal para instalar o livro “Milagre” que fiz em 2011 e que ele conhecia. Daí surgiu o convite ao Mosteiro e à autarquia para se incluir esta instalação no programa de comemorações dos 30 anos de classificação pela UNESCO. Verificámos que as características físicas do livro inicial, com folhas de papel, não se coadunavam com os atributos do espaço. Com o apoio da Epson, LisSistemas e do CPS, fiz uma nova versão, similar em dimensão, mas impressa sobre tela, que foi reformulada e especialmente adaptada para este sublime espaço sagrado da Cape-
Como é que o “Milagre” se converte em “Elogio aos Painéis de Nuno Gonçalves”? O livro foi motivado por um outro, sobre Arras, uma cidade do Norte de França, que aí me foi oferecido por um amigo artista, Luc Brevart. Ao folheá-lo, fixei a atenção no desenho de alguém que logo me recordou as duas figuras centrais dos Painéis de Nuno Gonçalves. Vim a saber tratar-se de Carlos – o Temerário, incluído num manuscrito do século XVI existente na biblioteca daquela cidade, que contém desenhos à pena copiados a partir de pinturas existentes na época. Ora, Carlos era filho de Filipe – o Bom e de Isabel de Borgonha, e esta era filha de D. João I e de Filipa de Lencastre, ou seja, irmã de D. Duarte, D. Pedro, D. Henrique, D. João e D. Fernando, todos pertencentes à Ínclita Geração, citada como fulcral nas principais versões interpretativas dos Painéis. Aquela obra já me tinha levado a diversas visitas ao Museu de Arte Antiga, exclusivamente para a ver. Achei que tinha descoberto algo importante e... não tive mais descanso! Foi uma paixão pessoal… Fiquei apanhado pela “questão dos Painéis”. Pesquisei sobre a sua iconografia e as díspares interpretações. Desenvolvi quadros cronológicos para melhor situar as personagens, sabendo a idade de cada uma, num determinado ano. Relacionei-as com os principais acontecimentos de então. Comparei fisionomias, anulei hi-
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Janeiro de 2014 póteses e sonhei alternativas. Alvitrei palpites sobre as idades dos retratados, envolvendo a família e alguns amigos. Fui percebendo que esta pintura era ainda mais extraordinária do que antes supunha. Posicionado a meados de Quatrocentos, ou pouco mais, este genial políptico foi encontrado em muito mau estado em S. Vicente de Fora, já em 1883, depois de séculos no esquecimento. Ou seja, num tempo já habituado à verosimilhança e à facilidade de tornar bidimensional a representação da realidade. Mas apresenta-se-nos tão fidedigno e “fotográfico”, que é um verdadeiro portento para a época em que foi concebido. E chegou a alguma conclusão? Abandonei a busca de qualquer interpretação, para abordar outra leitura de louvor ao artista, ao genial pintor. Nuno Gonçalves tem um lugar singularíssimo na história universal da pintura. Aquelas personagens não são figurantes, quase na totalidade são pessoas reais, autênticas, que o pintor nos dá a conhecer sem idealização e com objectividade. E isso é único, até então, na história da pintura. Essa capacidade pictórica de retratar o mistério do real, exibindo-o em tantos rostos naturais, num catálogo psicológico com distintas personalidades. Este sublime políptico pré-anuncia o Renascimento europeu e afirma o Humanismo português, numa época de ouro para Portugal. O retrato é emancipado e a identidade do retratado traduz o seu reconhecimento enquanto indivíduo. Chegámos a um ponto fundamental para a minha abordagem: nos Painéis, cada rosto impõe-se com igual valor hierárquico. Daí esta proposta de “desdobragem iconográfica”… Exactamente. Ao individualizar cada rosto, procuro evocar o singular momento, antes vivido pelo pintor Nuno Gonçalves, de intimidade com o rosto de cada
uma das pessoas retratadas, enquanto os pintava. A partir de fotografias de alta resolução, usei a edição digital para isolar, tirar brilhos e rectificar imperfeições de imagem, sem adulterar a pintura, tal qual se encontra actualmente. Procurei, assim, reforçar a grandeza desta obra maior da cultura universal, para encontrar, em cada rosto despido e sem adereços, um arquétipo psicológico e todo o sentido da sua expressividade. A contemplação dos seis painéis tem linhas de força visuais que impedem essa leitura, rosto a rosto, ser a ser. E encontrou rostos conhecidos? Confesso que ainda estou surpreendido pela casualidade de a mostra acontecer neste local que amplia em muito as suas significações. Nesta Capela do Fundador estão sepultados o Regente D. Pedro e sua mulher Isabel de Urgel, D. Henrique mestre da Ordem de Cristo, o Infante D. João mestre da Ordem de Santiago e sua esposa D. Isabel, e D. Fernando mestre da Ordem de Avis. E ainda os reis D. Afonso V e seu filho D. João II. Ora, as interpretações mais consistentes e fundamentadas da identificação dos retratados nos Painéis (há outras delirantes!) apontam grande parte dos citados como estando ali representados. O que implica que a instalação, mais de 500 anos depois, revela o rosto individualizado daquelas figuras maiores da nossa história, cujos restos mortais ali jazem. E de muitos outros, seus contemporâneos, que seguramente passaram pelo Mosteiro da Batalha. Já agora… porquê o foco no rosto e não as roupas, na postura, os nos adereços? Pessoalmente, num tempo particularmente concentrado nas virtudes do corpo, dá-me especial satisfação reafirmar o valor do rosto e a sua dimensão sagrada, podendo mostrá-lo aos meus semelhantes. Parti do trabalho de um filósofo que muito admiro, Emma-
nuel Levinas, para efectuar esta abordagem pessoal. Ele lembra que não nos é possível visualizar directamente o nosso próprio rosto – o que vemos é a sua imagem invertida num espelho, na televisão, ou numa fotografia. O nosso rosto é, por natureza, um rosto para os outros e não para nós mesmos. Ao nascer, convertemonos em vida, trazendo garantida a morte do corpo, a data incógnita. A compreensão da evidência da nossa finitude, mais do que qualquer ilusão de eternidade, conduz ao entendimento da vida como um acto supremo e sagrado, onde o nosso rosto é um lugar de dádiva aos outros. É por isso que está lá um espelho, para vermos o nosso próprio rosto? Há uma dualidade no simbolismo do espelho: tanto pode ser narcísico e auto-centrado, representando as nossas ilusões (aquilo que vemos é sempre uma imagem invertida do real), como pode conter esta particular característica criativa da espécie humana: a capacidade de sonhar e de exercer a prodigiosa imaginação (veja-se “Alice do Outro Lado do Espelho”). Da nossa história colectiva, a Capela do Fundador contém o melhor, a génese das Descobertas, e o pior, como Fez ou Alfarrobeira. Talvez o espelho estabeleça essa metáfora acerca das nossas verdades e, necessariamente, das nossas dúvidas. Pois já o sabemos: cada época vai tendo as suas certezas que, inevitável e maioritariamente, virão a tombar no esquecimento. Sendo reflector, o espelho tanto nos servirá para reflectir a imagem ilusória do nosso eu, como para cada um reflectir acerca dos nossos anseios colectivos. E que papel desempenha no processo o vídeo “Um Minuto com os Painéis”? Na sequência de vídeo, provoquei o confronto íntimo de um segundo do nosso tempo, ou seja, com a máquina fotográfica com velocidade fixa em um segundo,
fiz uma nova imagem de cada uma das 60 figuras representadas. Cada rosto surgiu então já diferente, simbólico de todos os rostos, deste então até à actualidade. Aqueles já somos nós. Uma luz irradiada que se multiplicou e irá multiplicar, de geração em geração, na transfiguração de cada rosto no imediatamente seguinte. Devemos a nossa existência a todos aqueles que nos antecederam. Trivial. Acha que a geração actual entende essa mensagem e tem essa vivência? Embora tenha dúvidas, espero que sim! Vivemos um tempo de apelo egocêntrico, com a perda do sentido colectivo e do reconhecimento do outro. Vivemos como se fossemos eternos, consumindo muitas vezes a vida – ou não fossemos tratados como consumidores – com a fresca ilusão da novidade e da eternidade. Do ponto de vista histórico e cronológico da humanidade, somos uma sucessão de gerações, onde a que vem é mais velha que a anterior. O passado foi mais jovem do que o presente e o futuro terá ainda mais idade. Quero dizer, os meus filhos são mais velhos do que eu, apesar de terem menos anos de vida. Com este facto, é uma obrigação da actual geração mais nova criar, inventar, descobrir, aperfeiçoar e passar os melhores valores do seu tempo à geração mais velha, que virá a seguir. Acredito na inteligência no processo evolutivo da espécie. Num conceito de problemas globais, onde as acções de uns afectam as todos, é-me difícil conceber uma ideia de futuro baseada na anulação do outro e na primária dualidade do bem e do mal, onde ambos exibem o pior que a espécie inventou: o objecto arma. Nesta instalação, os seres ali representados foram mais novos que nós. Ou seja, estou a falar da nossa juventude, enquanto entidade colectiva. Proclamando sempre o contemporâneo como o novo, desprezamos épocas e cortamos conexões. Por exemplo, como
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pode esta obra ter sido abandonada durante séculos para vir a ser encontrada a servir de plataforma de andaimes? Foi um verdadeiro “milagre” ter sido encontrada… Foram séculos de desprezo e desconhecimento. Aprendemos algo? Espero bem que sim. Os Painéis de Nuno Gonçalves emancipam o indivíduo sem a perda do sentido colectivo. A autêntica obra de arte parte do particular para atingir o universal. Fazer andar um incapacitado é, com certeza, um milagre, só que circunscrito à sua diminuta singularidade. As grandes criações artísticas – abrangendo todas as disciplinas, nas artes visuais, na escultura, na arquitectura, na música, na literatura ou na poesia –, os textos fundadores, as descobertas construtoras e as ideias perenes são, para mim, os nossos legítimos milagres: perpetuam a dimensão sagrada e a nobreza da espécie humana. Os Painéis de Nuno Gonçalves são, em si, um milagre, uma manifestação de triunfo da arte sobre o tempo. No contexto actual, esse triunfo da arte e da nobreza humana podem ser a sua mensagem final aos que visitam este trabalho? Sem dúvida. No momento angustiante que vivemos, todos contamos e todos somos importantes. Só que uns têm de induzir e elevar os outros para um modelo social que, infelizmente, tem sido nivelado por muito baixo. Vai para os primeiros, todos aqueles que têm responsabilidades públicas ou privadas no País, a minha sugestão: leitura da Mensagem de Fernando Pessoa, uma visita informada à Capela do Fundador, independente desta instalação, e uma ida ao Museu de Arte Antiga, para olhar e ver os Painéis de Nuno Gonçalves. Que reflictam e possam transmitir grandeza aos demais. Luís Miguel Ferraz pub
CONSTRUÇÕES
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Situação financeira bastante positiva em 2013
Em representação autárquica
Presidente da Câmara da Batalha eleito para cargos supra-municipais
Câmara da Batalha paga a 9 dias O executivo municipal da Batalha apresentou, no passado dia 6 de janeiro, os principais indicadores de desempenho financeiro e de actividade relativos ao ano 2013, considerando que “demonstram a aplicação de todas as regras e princípios inerentes ao regime jurídico da administração local actualmente em vigor, consignados nos limites legais de afectação do endividamento municipal, das normas de equilíbrio orçamental, da determinação dos fundos
Associação de Informática da Região Centro
O presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos, foi eleito vogal do conselho directivo da AIRC – Associação de Informática da Região Centro, com sede em Coimbra. Este organismo, que tem como missão prestar serviços e fornecer soluções informáticas de qualidade para a administração local de todo o País, intervém ainda na instalação e integração de sistemas de redes em processos técnicos altamente especializados. Para além de Paulo Batista, foram eleitos, como presidente deste organismo, o presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, Nuno Moita da Costa, e, para a Mesa da Assembleia, o presidente do Município da Guarda, Álvaro Amaro.
líquido (apenas cerca de 506 mil euros), tendo transitado o ano com cerca de 1,5 milhões de euros em disponibilidades de tesouraria”. No final do exercício, “a dívida a curto prazo a fornecedores apontava para o valor mais baixo dos últimos anos”, cifrando-se em menos de 165 mil euros, “não existindo qualquer dívida cujo prazo de pagamentos exceda os 90 dias”. E o prazo médio de pagamento era de apenas nove dias. Para Paulo Batista Santos,
presidente da autarquia, “esta informação concretiza, entre outros, dois objectivos que consideramos essenciais à gestão pública: rigor e transparência”. Rigor centrado “na racionalização e no controlo das despesas como factores essenciais para a qualidade gestão pública” e transparência como “bom aliado da aproximação e controlo pelos munícipes das decisões municipais”.
Reforço de segurança em S. Mamede
Câmara da Batalha oferece viatura à GNR
LMFerraz
Comité das Regiões
Também desde o passado mês de Dezembro, o presidente da Câmara da Batalha integra a nova representação portuguesa no Comité das Regiões, como membro suplente, em resultado da aprovação pelo Conselho de Ministros, sob proposta da Associação Nacional de Municípios. Integram este comité os presidentes dos governos regionais dos Açores e da Madeira e ainda os presidentes das câmaras de Lisboa, Aveiro, Baião, Guarda, Viana do Castelo, Sintra, Maia, Évora, Mangualde e Vila Real de Santo António.
disponíveis, do cálculo do prazo médio de pagamentos e das normas impostas pelo Orçamento do Estado quanto à redução do número de trabalhadores”. Estes resultados “são globalmente bastante favoráveis” e os indicadores financeiros “evidenciam uma evolução positiva face aos anos anteriores”, adianta uma nota da autarquia, referindo que a 31 de Dezembro de 2013, “o Município da Batalha registou melhorias consideráveis ao nível do endividamento
Para reforçar a segurança no concelho da Batalha, em especial na freguesia de São Mamede, onde se registou ultimamente o aumento de assaltos a habitações e viaturas, o Município da Batalha decidiu apoiar a GNR com a aquisição de uma nova viatura. Esta é, segundo nota da autarquia, uma forma de “contribuir de forma concreta para a prestação de serviços e apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade”, em parceria com entidades da administra-
ção central. O novo veículo “contribuirá para melhorar as condições de segurança em todo o concelho da Batalha, em particular junto das camadas da população mais vulneráveis como os idosos”, considera o presidente Paulo Batista Santos. Para além de “contribuir de forma activa para a resolução dos problemas”, a autarquia da Batalha insiste também no reforço de meios por parte do Governo. Nessa linha, em reunião com o secretário de Estado adjunto do ministro da Administração
Interna, no passado dia 30 de Dezembro, a Câmara solicitou o aumento de militares no Posto Territorial da Batalha da GNR, proposta que “mereceu grande acolhimento”. Tendo em conta a importância deste assunto, o presidente da autarquia anunciou que irá convocar o Conselho Municipal de Segurança, para avaliar esta decisão e “proceder à análise de outras medidas que conduzam a melhorias na prevenção e no combate à criminalidade no concelho”.
Município promete “acção de grande envergadura” pelo concelho
GNR vai controlar limpeza de terrenos e praga do nemátodo O Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (GIPS) da GNR de Alcaria, em Porto de Mós, vai realizar, no início deste ano, acções de fiscalização dos espaços rurais nas freguesias do concelho da Batalha, de modo a identificar e a sensibilizar os proprietários dos espaços rurais para a aplicação das medidas preventivas de defesa da floresta contra incêndios, que obriga a proceder à gestão de combustíveis numa faixa de 50 metros em redor das edificações, reduzindo a densidade arbórea e a vegetação existente. A acção, “de grande envergadura e pioneira a nível nacional”, anuncia o Municí-
pio da Batalha, vai mobilizar os militares afectos à base de Alcaria, pretendendo-se que, através do contacto estabelecido com os proprietários, sejam aplicadas as medidas constantes do referido diploma legal, assim como na identificação de outras infracções graves e sensíveis para o ambiente, nomeadamente, no que concerne ao abandono de resíduos perigosos, pneus, veículos em fim de vida, ou a falta de resguardo em poços e outras aberturas no solo. Para Paulo Batista Santos, presidente da autarquia, esta acção “reveste-se de grande importância para o cumprimento da legislação em vigor,
atendendo ao facto de estarmos a falar de matérias de grande sensibilidade para o ambiente e para a protecção das pessoas e dos bens”. Também com competências atribuídas em matéria de fiscalização da praga do nemátodo da madeira do pinheiro, os militares da GNR procederão, em simultâneo, à fiscalização dos terrenos e espaços florestais que apresentem sinais de contaminação da referida maleita, com graves consequências para a floresta e para a economia local. Atendendo à importância desta matéria, e dado que nalgumas zonas do concelho foram detectadas já contaminações
com o nemátodo, ainda que em situação controlada, a autarquia vai realizar nas juntas de freguesia diversas acções de sensibilização, com o intuito de facultar esclarecimentos e informações sobre quais os procedimentos a adoptar em caso de contaminação. Refere Paulo Batista Santos que a articulação da GNR com o Município da Batalha quanto a esta acção de fiscalização e sensibilização “assume particular importância para as populações, destacando-se o papel de sensibilização e de informação útil às populações que a Guarda Nacional Republicana conserva”.
Sessões de esclarecimento nas freguesias
Nemátodo do Pinheiro O Município da Batalha está empenhado na divulgação e sensibilização da população para a doença do Nemátodo da Madeira do Pinheiro (doença da murchidão do pinheiro), alertando os proprietários florestais para a necessidade de proceder ao abate dos pinheiros bravos infectados, bem como a eliminação de todos os resíduos. O Nemátodo é uma doença que se propaga rapidamente de árvore em árvore, no período de Abril a Outubro, através de um insecto vector e leva à morte da árvore em pouco tempo. Assim, nas juntas de freguesia onde existem manchas florestais passíveis de infecção, vão decorrer sessões de esclarecimento durante o mês de Fevereiro, sempre às 21h00: Reguengo do Fetal no dia 7, São Mamede no dia 14 e Batalha no dia 21.
>> Foto-reportagem em www.jornaldagolpilheira.pt
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entrevista . . sociedade .. economia
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SimLis, Valorlis, Centro Escolar de São Mamede e Museu
Deputados municipais em “visita ao terreno” Apostados em conhecer mais em pormenor a realidade da gestão autárquica, os membros da Assembleia Municipal da Batalha realizaram, no passado dia 18 de Janeiro, uma visita a algumas das mais importantes infra-estruturas multi-municipais e equipamentos concelhios.
LMFerraz
SimLis O dia começou na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Coimbrão, uma das maiores do País. É uma das nove detidas pela SimLis, empresa constituída em 1999 com a concessão para exploração e gestão do Sistema Multi-municipal de Saneamento do Lis por um período de 30 anos e da qual depende em grande parte a resolução dos problemas de poluição das bacias do rio Lis, Lena e Ribeira de Seiça, bem como a revalorização ambiental da região. Com uma área de intervenção de 1.208 km² e ao serviço de 370 mil habitantes, integrando os Municípios de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém e Porto de Mós, esta ETAR está preparada para tratar 21 milhões de metros cúbicos de efluentes por ano. Para além dos referidos municípios, conta com a parceira da empresa Águas de Portugal, que detém 51% do capital social da empresa. Contando no local com o acompanhamento da administradora do sistema, Filipa Alves, e outros técnicos da SimLis, os deputados batalhenses ficaram conhecer melhor o seu funcionamento e alguns problemas com que se debate. Um deles, a impossibilidade
os interesses das suas populações”, defende. É que também isso e a alteração das políticas de investimento e remuneração dos accionistas, bem como dos processos de regulação da ERSAR, poderão vir a ter reflexo futuro na tarifa a aplicar aos municípios.
O grupo na Valorlis
prática de tratamento de efluente suinícolas, um dos maiores problemas ambientais da região, dependente da existência de tratamento prévio por uma ETAR específica. Outro problema é o elevado custo do tratamento de nível terciário aqui efectuado, com exigências de qualidade cada vez mais apertadas pela legislação, o que vai repercutir-se num agravamento substancial das tarifas a pagar pelos municípios. “Obrigam-nos a andar de Ferrari, quando nem dinheiro temos para um FIAT”, disse muita vez António Lucas, ex-presidente da autarquia e agora presidente da Assembleia Municipal. E a verdade é que os tarifários registaram um aumento de 60%, entre 2009 e 2013, com um peso enorme nas contas municipais. No caso da Batalha, já passa de um milhão de euros por ano. É por isso que se tem vindo a negociar nos últimos anos a descida deste valor, um trabalho que está a ser assumido como priori-
tário pelo actual executivo, como afirmou Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha, que acompanhou a visita. E é também por isso que todos os cidadãos deveriam ter noção do preço de cada metro cúbico enviado para os emissários, para evitarem erros como a canalização de águas da chuva para a rede de esgotos… Valorlis Dos líquidos para os sólidos, foi a vez de visitar a Valorlis, criada em 1996, com participação maioritária da Empresa Geral de Fomento (EGF) e dos mesmo municípios mais o de Pombal. Aqui se faz a valorização e tratamento do lixo urbano, com concessão por 25 anos, de uma área de 2.157 km2 e população estimada em 317 mil habitantes. A sede é no aterro da Barosa e tem como equipamentos auxiliares três estações de transferência, uma delas nas Alcanadas, um eficiente sistema de separação
de materiais para reciclagem e uma moderna unidade de triagem. Como explicou Miguel Aranda, administrador delegado, a recolha selectiva, triagem, valorização e tratamento dos resíduos sólidos cumpre as melhores regras de qualidade e permitiu uma mudança radical no ambiente da região, com o encerramento de todas as lixeiras e a garantia de processos de reutilização máxima de reciclados e aproveitamento exaustivo de resíduos orgânicos para produção de composto, gás natural e, até, electricidade. Para aqui vão 240 mil euros anuais do orçamento da Batalha. Um custo eficiente, garante o presidente da autarquia, cuja principal preocupação é agora a discussão da alienação da EGF por parte do Estado, que poderá levar a maioria do capital desta empresa para os privados. “O paradigma vai mudar e os municípios envolvidos têm de ter, necessariamente, um papel interventor, que salvaguarde
Centro Escolar de São Mamede Museu da Comunidade Concelhia da Batalha Estava prevista a vinda ao Pavilhão Desportivo Municipal da Golpilheira, mas dado estar em curso uma reparação neste equipamento, tal não foi possível. Assim, seguiu-se um almoço no Reguengo e a visita ao novo Centro Escolar de São Mamede, moderno equipamento educativo inaugurado em Outubro de 2012 e que oferece excelentes condições à comunidade educativa daquela freguesia. Por fim, os deputados estiveram no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, equipamento cultural de excelência, premiado como o Melhor Museu Português em 2012 pela APOM – Associação Portuguesa de Museologia e vencedor do conceituado Prémio Kenneth Hudson, atribuído em Maio de 2013, no Fórum Europeu dos Museus, na Bélgica. No final, António Lucas, promotor da iniciativa, estava satisfeito com a jornada, considerando que veio “contribuir para um melhor conhecimento dos projectos no terreno, habilitando e maximizando o conhecimento dos deputados municipais para a tomada de decisões mais sustentáveis”. Luís Miguel Ferraz
Aniversário com nova página e facebook
DR
Óptica Cunha Fonseca comemora 75 anos em Leiria Foi há 75 anos que Leiria viu nascer uma marca que iria fazer parte da sua história e mais tarde chegaria também à Batalha. Falamos da Óptica Cunha Fonseca, a mais antiga de Leiria, que afirma o segredo da sua longevidade nos valores do “trabalho, persistência, rigor, pesquisa e entrega”. “Satisfação do cliente e atendimento personalizado têm sido as premissas orientadoras da actividade”, referem os responsáveis, considerando que “pelo caminho ficaram
muitos desafios, apostas, investimentos e conquistas, com uma equipa altamente especializada a oferecer um variado leque de serviços, num apoio permanente, onde se inclui o diagnóstico de problemas de visão, a prescrição de óculos e lentes de contacto, e até mesmo a montagem e assistência técnica”. A sua reputação viria a ser atestada pela participação no Grupo Institutoptico, constituído por uma rede de 180 ópticas de referência a nível nacional.
Aos 75 anos, a Óptica Cunha Fonseca pretende “continuar a olhar o futuro com positivismo e confiança”, pelo que apresentou neste aniversário um sítio renovado na internet (opticacunhafonseca.com) e uma página no facebook, visando “uma ainda maior proximidade com o seu público”. Esta presença online funciona “como espelho da própria loja, onde pode encontrar as melhores marcas e todo o tipo de artigos direccionados para a saúde e estética ocular,
nomeadamente, armações e óculos de sol, lentes oftálmicas, lentes de contacto graduadas ou cosméticas e respectivos produtos de manutenção, ajudas oculares (monóculos, telescópios e lupas) e produtos de correcção visual, sempre de acordo com as tendências mais actuais”, para além de poder marcar consultas ou agendar rastreios gratuitos. No facebook constarão todas as novidades em primeira mão.
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Jornal da Golpilheira
. temas .
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. combatentes .
. saúde .
Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes
Partiu um HOMEM! – Requiem aeternam para a sua alma! cado, era a simplicidade em pessoa, jamais se pondo em “bicos de pés”, perante quem quer que fosse! E se a sua carreira militar foi um êxito, pois, partindo do zero, chegou ao topo que as leis de então lhe permitiam, após a sua saída integrou-se completamente no seio da sociedade civil e, quiçá, foi aqui que demonstrou, se tal ainda fosse necessário, que era um cidadão de corpo inteiro, preocupado com a sociedade em geral e com os semelhantes que o rodeavam, em particular! Recordemos, apenas para avivar memórias, que terá começado a sua actividade cívica presidindo à direcção da colectividade da localidade onde residia e nunca mais parou, pois, de “per si” ou em simultâneo, esteve anos integrado numa outra colectividade batallhense; era militante da Oikos (Associação de Defesa do Ambiente da Região de Leiria); pertenceu e fez trabalho de vulto nos Rotários; a sua intensa actividade na Santa Casa da Misericórdia da Batalha é sobejamente conhecida; em dois períodos distintos, foi Presidente, durante 12 anos, do Núcleo de Combatentes da Batalha. Cheio de idealismo, interessouse também pela política, onde, não abdicando dos seus princípios democráticos, não enveredou pelo caminho mais fácil, que lhe poderia ter dado ainda maior projecção e recompensa do que aquela que granjeou, como vereador da oposição na nossa autarquia. Finalmente, apesar da sua já provecta idade, foi aluno na Universidade Sénior de Porto de Mós! Se currículos como este não estão ao alcance de qualquer um, acresce ainda que talvez a sua maior qualidade tenha sido uma outra, a que raro se faz a devida justiça, talvez por só conhecida de quem lhe era mais próximo: foi, durante toda a sua vida de adulto, um exemplar e extremoso chefe de família! A sua preocupação com o seu agregado, designadamente filhos e
Ana Maria Henriques Enfermeira
MCR
No dia 1 de Janeiro, estávamos a dar a última revisão a um outro artigo a publicar este mês, quando, ainda antes do meio-dia, fomos contactados telefonicamente a darem-nos conta do falecimento do tenentecoronel António de Sousa Simões! Soubéramos, no dia 28 de Dezembro, que na véspera ele se sentira mal na sua residência e fora transportado ao Hospital de Leiria, mas que o AVC que o terá acometido não se revestiria de gravidade extrema, pois apenas o cérebro não estaria ainda a funcionar em pleno. No domingo, 29, estivemos todo o dia ausentes da região e só no dia seguinte voltámos a ter notícias dele, sendo o facto mais notório a circunstância de não poder ter visitas, para além dos seus descendentes, mas ainda assim interpretámos o pormenor mais como uma precaução de que um sintoma de agravamento da doença. Porém, no dia 31, as informações que nos chegaram foram já bastante mais desanimadoras e no dia seguinte deu-se o desenlace final e fatal! A imensa multidão que, dois dias depois, acompanhou o corpo à sua derradeira morada, terá dado uma pequena ideia, mas só a quem não o conhecesse, da grandeza e do carácter deste homem, todavia, sem nunca fazer alarde desses atributos, como costuma ser, aliás, apanágio dos justos. O autor destas linhas só teve o privilégio de conhecer pessoalmente o “TC Simões” há cerca de duas décadas. Ainda assim, tempo mais do que suficiente para, desde o primeiro momento, se ter criado uma mútua corrente de simpatia e amizade, que se foi cimentando e perdurou até à sua partida. E não se pense que essa empatia era devida à circunstância de ambos terem sido militares de carreira! Nada disso! Simplesmente, este HOMEM, a quem a posição socioprofissional nunca subiu à cabeça, sempre afável, apaziguador e edu-
António Simões na inauguração do talhão dos Combatentes no cemitério da Golpilheira, em 24-06-2006
netos, era constante e nem os brutais revezes que a vida nos últimos anos lhe foi pregando foram suficientes para lhe quebrar o ânimo e o afastar desse autêntico sacerdócio que era velar pelos seus! O senhor António Simões era um Homem perfeito e sem invejosos à sua volta? Não seremos nós a fazer tal afirmação! – Lembraremos apenas que perfeito foi Aquele que viveu há dois mil anos, mas inimigos não lhe faltaram, ao ponto de o conduzirem à morte! “COMANDANTE, é com o maior respeito e admiração que este seu camarada e amigo e todos os combatentes que o conheceram, temos a certeza, o cumprimentam, em perfeita continência”! À enlutada família do nosso malogrado amigo e ilustre camarada, tenente-coronel António de Sousa Simões, a direcção do Núcleo de Combatentes da Batalha renova o seu profundo pesar pela insubstituível perda do seu patriarca. Feliz 2014 para todos os batalhenses!
Organização dos cuidados de saúde em Portugal
Durante este ano, irei tentar descrever alguns dos serviços prestados no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o modo como estes devem ser utilizados pelos utentes. O objectivo destes esclarecimentos é desmistificar e facilitar o acesso e o entendimento destes serviços que estão ao nosso dispor. O Centro de Saúde é a porta de entrada preferencial no SNS. Todos as pessoas residentes em Portugal têm o direito a assistência médica e à atribuição de um médico de família. O Serviço de Urgências é o local onde devemos recorrer para beneficiar de assistência hospitalar, em casos de doença com necessidade de tratamento imediato, sendo também um local a recorrer quando o Centro de Saúde não pode dar resposta. O encaminhamento para o Serviço de Urgência deverá ser realizado pelo médico de família ou pela equipa de emergência médica, que trabalha na rua e é chamada para resolver e encaminhar casos de doenças muito graves de carácter emergente. As consultas de especialidade são adequadas quando o médico de família entende que precisa de outra opinião para resolver algum problema de saúde mais específico. Também surgem no seguimento de internamentos e acompanhamento de alguns casos. Muitas destas consultas de especialidades são complementadas por consultas de enfermagem ou outros profissionais de saúde que, em conjunto com a consulta médica, reúnem informação e estabelecem estratégias de tratamento em conjunto. Seja em contexto de urgência, internamento, ou consultas, são realizados muitos exames auxiliares de diagnóstico por vários profissionais diferentes e em vários locais diferentes, quer no hospital quer em laboratórios externos. Quando um caso de doença necessita de vigilância 24h por dia e de medicação específica, a solução é o internamento hospitalar. Muitos profissionais diferentes estarão perto dos utentes de modo a manter uma monitorização da saúde do utente e da optimização do seu tratamento. O Hospital de Dia é um modo de aplicar tratamentos e manter a vigilância de perto, mas sem o incómodo do utente estar internado: pode assim ir de manhã ao hospital, obter o tratamento adequado e voltar para a sua casa. Outra estratégia para agilizar os cuidados de saúde é a cirurgia de ambulatório, em que o utente recebe o seu tratamento cirúrgico e vai para casa no mesmo dia, com a garantia de que alguém (familiar) estará presente para auxiliar o utente e com uma vigilância telefónica posterior pela equipa cirúrgica e no Centro de Saúde. Existem também outras unidades de internamento onde os utentes que já não têm indicação para ficarem internados, mas ainda necessitam de alguns cuidados específicos. As Unidade de Cuidados Continuados são um bom exemplo disto. Assim, como podemos verificar, existem muitos recursos no nosso SNS e o importante é conhecer detalhadamente para assim podermos usufruir deles.
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. CHNSC .
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Espaço da responsabilidade do Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição Da Santa Casa da Misericórdia da Batalha
Fotos: CHNSC
Festa de Natal
Estimulação multi-sensorial Estar internado origina sempre um desequilíbrio e um enorme sofrimento humano, sobretudo quando o seu mundo se encontra limitado a uma cama. A pessoa fragilizada, deixada a ela própria, desliza rapidamente na tristeza, desorganização mental e na confusão. Esta tomada de consciência leva-nos sobretudo a dar mais importância aos nossos gestos quotidianos e a nos darmos conta de que as nossas intervenções de cuidados podem agir como reconhecimento no outro, leva-nos também a ver que as acções, muito frequentemente efectuadas de maneira mecânica, constituem ao mesmo tempo estímulos para a mudança e para o desenvolvimento humano. Assim, os cuidados efectuados devem incentivar e participar na progressão do doente para o equilíbrio psicológico, para a conservação das suas capacidades humanas, para um maior bem-estar e mesmo, quando é possível, para um retorno à saúde. É encantador constatar como gestos tão banais como o contacto pelo toque carinhoso, o sorriso empático, o olhar afectuoso, as palavras amistosas podem transmitir segurança, reconforto, a esperança, encorajar e reflectir, ao mesmo tempo, o reconhecimento do valor humano e dignidade. O nosso comportamento pode ser a estimulação para se querer curar ou para continuar presente no mundo. Ao longo da vida aprendemos a interpretar e a responder às informações recebidas através de todo o tipo de estímulos, sendo que a nossa vida passa a ser organizada em função desses mesmos estímulos. Mas o que é que nos acontece quando não é possível responder adequadamente aos estímulos que nos rodeiam, porque se perderam competências devido a algum tipo de acidente, doença, incapacidade ou liberdade? O nosso cérebro inicia um percurso para a desorganização emocional e cognitiva, para o cerco fechado da dignidade humana. Desde o dia 8 de Dezembro, iniciámos no CHNSC a estimulação multi-sensorial, dedicado ao cuidado dos doentes com deficits cognitivos, comportamentais ou físico-funcionais, considerando, como é habito nosso, a importância de um tratamento focado na dignidade humana, afectividade e humanidade. Pela estimulação dos sentidos, o ambiente de estimulação sensorial, especificamente planeado dentro dos quartos, oferece estímulos sensoriais controlados, com uma componente activa – explorar – e uma passiva – relaxar. O ambiente está especificamente equipado com vista a transmissão de um sentimento agradável de processos de auto-regulação, segurança e tranquilidade. Podemos limitar o estado de desconforto físico e dor, aliviar a tensão emocional, reduzir a insegurança e, ao mesmo tempo, tornar a pessoa participante na descoberta de um mundo de luzes, sons, cheiros, sentimentos e emoções, proporcionado uma melhor qualidade de vida, dentro das suas limitações, optimizando recursos e potencialidades até ao final da vida. No final de cada sessão foi visível a satisfação de todos!
Natal, tempo de Paz e Amor Natal, envolve-se o coração Natal é sermos o calor Que faz feliz cada irmão. O Natal, época de grande valor pessoal e familiar, o reviver de histórias e vivências pessoais, cada um lhe dá o seu valor e uma maior ou menor importância, mas ninguém lhe é indiferente. Este foi, sem dúvida, para os nossos utentes um Natal diferente de todos os outros, carregado de sentimentos de maior ou menor esperança, mas com a certeza da necessidade de muito amor, carinho e dedicação. A Unidade de Cuidados Continuados da Batalha quis, assim, potenciar e participar numa celebração partilhada desta época natalícia, entre utentes, familiares, colaboradores e voluntários. No dia 20 de Dezembro, os utentes quiseram presentear as suas famílias com a representação da história do nascimento de Jesus. Nela houve espaço para a visita de algumas personagens históricas, que animaram esta inovadora e única representação do Natal, solução encontrada para a participação activa dum maior número de utentes. O Voluntariado, associando-se a mais uma das nossas actividades, elaborou e ofereceu alguns trabalhos alusivos ao Natal, que nesta tarde foram leiloados. Depois deste momento, foi vez de recuperar energias através de um lanche partilhado. Por fim, cada utente ofereceu ao seu familiar um pequeno presente por ele realizado. Chegou o Pai Natal (um utente), no seu trenó (cadeirão), trazendo no saco uma lembrança para os funcionários (oferta de um familiar anónimo), acrescido ainda dum agradecimento público por parte de um familiar em representação dos outros, pela qualidade e humanização dos nossos cuidados. No final da festa era visível a satisfação dos utentes e dos seus familiares. Fez-se Natal nesta tarde na Unidade de Cuidados Continuados da Batalha. Obrigado a todos os que de alguma forma participaram nesta tarde inesquecível…
Dia de Reis Vamos cantar as janeiras, Vamos cantar as janeiras, Por estes caminhos vamos Às raparigas solteiras. No dia 6 de Janeiro, é celebrado o Dia de Reis em todo o mundo e a Unidade de Cuidados Continuados não quis deixar passar esta data festiva e também os utentes a celebraram cantando as janeiras em todo o centro hospitalar. Todos os participantes colocaram as suas coroas e cantaram as janeiras para outros utentes externos do nosso centro. Os locais animados foram a sala de espera das consultas e a sala de espera da fisioterapia. Os utentes que estavam presentes nestas salas ficaram surpreendidos e todos gostaram muito desta singela surpresa. No final da festa, já na Unidade de Cuidados Continuados, os colaboradores (enfermagem, auxiliares de acção médica e estagiárias) ainda tiveram o privilégio de ouvir as janeiras cantadas pelos utentes. Como não poderia deixar de ser, todos tiveram direito a uma fatia de bolo-rei. Assim foi celebrado o Dia de Reis no Centro Hospitalar Nossa Senhora da Encarnação, com muita animação.
Rastreios gratuitos na Batalha
Prevenção de AVC No segundo domingo de cada mês, com início já no dia 9 de Fevereiro, sempre entre as 09h00 e as 13h00, a sala de formação dos balneários da zona desportiva da Batalha passa a acolher sessões de rastreio médico gratuito. Dirigida à população concelhia com mais de 50 anos, a iniciativa é da Associação Portuguesa de Acidentes Vasculares Cerebrais, com o apoio do Município da Batalha, e pretende informar e esclarecer toda a comunidade para os principais sintomas do AVC, uma das principais causas de morte e de incapacidade em Portugal. Os rastreios à população serão efectuados por uma equipa de profissionais competentes que, entre outros indicadores, controlarão o peso, a tensão arterial, a glicemia, o colesterol e os triglicerídeos.
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Jornal da Golpilheira
. sugestões de leitura .
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. livros. . Paulus Editora . www.paulus.pt
Paulus Editora renova imagem na internet A Paulus Editora apresentou recentemente o seu novo sítio, com um de sign moderno e de fácil navegação, numa imagem totalmente renovada e com funcionalidades acrescidas. Conscientes dos avanços das tecnologias digitais e das formas diversificadas como hoje os utilizadores acedem à internet, uma das principais preocupações da editora foi poder proporcionar ao utilizador uma boa experiência de navegação independentemente do dispositivo de acesso. A aposta num design responsivo, que adapta o que é mostrado consoante o dispositivo de acesso, pretende assim oferecer o melhor a cada um dos visitantes. A Loja Virtual continua a ser uma grande aposta da editora e também aqui a experiência de compra foi simplificada. A grande novidade da loja online é a oferta dos portes de envio em todas as encomendas nacionais e a disponibilização de novas formas de pagamento. Os detentores do Cartão Paulus irão também ver a sua experiência online enriquecida. O novo site tem uma área onde os detentores deste cartão podem consultar a rede de parceiros onde podem usufruir dos descontos. Por outro lado os descontos de aderente e de aniversário serão reconhecidos automaticamente pela loja virtual. O site mantém informação sobre as publicações da editora, assim como programa de rádio, rede de livrarias, pontos de venda oficiais, notícias e agenda de eventos. Uma das novidades de lançamento é a secção “Minuto Youcat”. Neste espaço todas as semanas uma pergunta do YOUCAT (Catecismo Jovem) dará origem a um vídeo de resposta. O vídeo de estreia responde à pergunta “O que é a Fé?” e já pode ser visto em www.paulus.pt.
Algarvia - Apontamentos para a sua História Adélio Amaro Junta de Freguesia de Algarvia e Folheto
Com texto de apresentação de Mota Amaral, ex-presidente da Assembleia da República e dos Açores, e com prefácio do presidente do Município do Nordeste, José Carlos Carreiro, esta é uma obra de grande fôlego do leiriense Adélio Amaro sobre a freguesia açorerana de Algarvia, onde tem ascendentes familiares. São 864 páginas sobre a história daquela terra, entre os séculos XV a XXI, com 958 fotografias desde o início do século XX, dezenas de documentos, 41 capítulos, 345 temas e 631 notas de rodapé. Aqui se encontra tudo, desde o topónimo, génese e localização, passando pela população, ermidas, padroeiros, padres, festas, monumentos e património imaterial, até aos acontecimentos mais marcantes, como é exemplo a documentação da queda naquela freguesia de um avião da Air France, em 1949.
Nos Caminhos de um Reino Matriz - Viagem de um Português por Terras do Antigo Reino de Leão
Joaquim M. Palma Palimage | Terra Ocre Edições Saint-Exupéry escreveu um dia que viajar é aprender uma nova linguagem, e assim se passou, pensa o viajante, na sua demorada e peninsular jornada. Mas essa nova linguagem, que só se colhe nas viagens, é, a seu ver, muito pouco verbal. No caso presente, tentou-se que as palavras sobreviventes se aconchegassem com alguma harmonia no corpo de cada página; a outra dimensão, a que não se serve do alfabeto, talvez esteja oculta no espaço visualmente vazio e silencioso das entrelinhas – e é de difícil acesso para quem não passou pela experimentação directa daquilo que é sumariamente relatado. Contudo, para dar continuidade à beleza que há no mistério inesgotável da vida, e em nome da íntima alegria provocada pelo seu potencial vislumbre, decerto que haverá sempre por aí alguns excelentes leitores de entrelinhas.
As palavras da Palavra - Dicas sobre as parábolas de Jesus P. Gonçalo Portocarrero de Almada e Zita Seabra Aletheia Editores
Uma entrevista de Zita Seabra ao padre Gonçalo Portocarrero de Almada sobre as parábolas de Jesus, pequenas histórias do Novo Testamento, espaços de liberdade, de livre interpretação, que não são factos, são histórias, em alguns casos poéticas, noutros cheias de humor, algumas com rasteiras ao nosso pensamento. São histórias, que partindo da vida real, permitem uma liberdade imensa de interpretação e que suscitam um diálogo animado entre os dois autores que em 2012 assinaram a obra “Auto-de-Fé – A Igreja na Inquisição da Opinião Pública”, na qual estrearam com sucesso o formato de livro-entrevista improvável. A par da entrevista, as parábolas são acompanhadas por notas exegéticas do biblista padre Geraldo Morujão.
Leiria - Subsídios para a História da sua Diocese Afonso Zúquete Folheto
Esta é a 2.ª edição de uma obra de referência há muito esgotada. Justificando esta reedição, Eduardo Zúquete, filho do autor, escreve no prefácio: “Aproximando-se 2017, data na qual se irá comemorar o centenário das primeiras aparições, entendi meu dever publicar uma segunda edição dos Subsídios, por mim integralmente custeada, porque julgo que, deste modo, estou a dar seguimento ao espírito que, setenta anos atrás, animou meu Pai - dar a conhecer, de forma duradoura, a sua Terra e as suas Gentes - mau grado o facto de o autor continuar a ser ignorado pela Cidade, que amou, e pela Diocese, que historiou”. Neste livro encontrará as origens e fundação do bispado de Leiria, as freguesias, dignidades e benefícios, Constituições e Seminário, a extinção da Diocese e sua restauração, Fátima, as Sés, os Bispos, os conventos e igrejas de Leiria.
À procura de um lugar na Europa: o território e o património nos discursos sobre Leiria e as suas regiões Fernando Magalhães Instituto Politécnico de Leiria
Este livro, elaborado com base num estudo sobre a região de Leiria, pretende contribuir para a análise e divulgação de processos de transformação de espaços em lugares. Trata de analisar as complexas dinâmicas perpetradas por lideres e autores regionalistas com a finalidade de legitimarem cultural e politicamente territórios específicos. Trabalho de campo e entrevistas a personalidades permitiram isolar dois eixos estruturantes nos discursos desses líderes: território e património. Recorrendo tanto ao registo oral como ao escrito, os autores regionais circunscrevem espaços identitários e reclamam agora uma transferência de sentimentos de pertença a favor da região.
Casas Rurais na Alta Estremadura
Inferno no Vaticano
Angola - O Nascimento de uma Nação Vol. II Maria Do Carmo Piçarra Guerra & Paz
V Antologia de poetas lusófonos
A força da luta pela Liberdade Alda Maria Fernandes Folheto
Fotografia: Joana Soares Texto: Ana Saraiva Desenho: João Roda CEPAE
Há um morto nas catacumbas do Vaticano. Francesco Barocci, curador do Tesouro, é encontrado sem vida na Sala das Relíquias. Foi assassinado: chuparam-lhe o sangue. Há bispos e cardeais em pânico. Um português, o inspector Luís Borges, e uma simbologista, a escaldante Valeria Del Bosque, encarregam-se da investigação. Um tesouro que todos conhecem e todos querem esconder, uma conspiração que ameaça o Papa, uma sociedade secreta que semeia as igrejas de cadáveres. São estes os mistérios que o inspector e a simbologista têm de decifrar. Uma batalha cruel, florentina, com mais ouro e sexo do que incenso e mirra.
Segundo volume de uma trilogia, “O Cinema da Libertação” é mais um contributo para olhar como o cinema fixou o nascimento de uma nação, Angola. Depois de uma panorâmica integradora de múltiplos pontos de vista: o da propaganda do Estado Novo; o da ficção portuguesa feita em Angola; o dos filmes sobre o progresso económico; o da Diamang; e, finalmente, o dos filmes científicos e etnográficos, este segundo capítulo desvenda o olhar corte-de-navalha surgido da luta pela independência de Angola. Cineclubismo, militância e vontade de cinema em textos que fazem história.
A Folheto Edições publicou em 2013, pela quinta vez, uma Antologia de Poetas Lusófonos, com a participação de 147 poetas, oriundos de 15 países. E está já a preparar a próxima. No prefácio deste V volume, o coordenado editorial, Adélio Amaro, refere que “é como uma esbelta e simples trança de uma criança, onde poetas dos vários cantos do mundo vão entrelaçando a estrofe, a rima ou quadra transmitindo ideias, pensamentos, desejos, esperança e sonhos. É uma Antologia com poemas simples e outros mais eruditos, mas todos eles com mensagem, seja ela de amor, de tristeza, de angústia ou de experiência de vida.
Este livro, sendo um romance, contém personagens inseridas na sociedade de então e, embora sejam fictícias e a minha imaginação como escritora esteja presente no momento da sua criação, movimentam-se e agem perante as circunstâncias como aconteceu na vida real a muitos homens e mulheres naquela altura. (…) Quero realçar também que se desenganem alguns senhores que pensam que é possível voltar àquela sociedade de repressão e obscurantismo porque a história nunca se repete. (…) Temos o dever de contar como foi, o que custou conquistar a liberdade e não deixar fechar as portas que Abril abriu”. – A autora.
Esta é uma obra fantástica que junta fotografia, texto e ilustração para desvendar os segredos e a beleza das casas típicas da região onde nos inserimos. “No mundo rural toda a casa é um mundo. A casa rural é também, nesse sentido, a súmula documental de toda uma vivência humana extraordinariamente rica e enriquecedora. (…) Esta obra é antes de mais um olhar reflexivo, de quase contemplação, sobre esse património de uma determinada região, que continuando a degradar-se e a desaparecer com incómoda visibilidade, também nos oferece exemplos felizes de estudo, manutenção e recuperação”, refere Joaquim Ruivo no prefácio.
Flávio Capuleto Guerra & Paz | Clube Livro SIC
AAVV Folheto
Jornal da Golpilheira
. temas .
Janeiro de 2014
. mãosnamassa.
. vinha .
José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário (Insc. 0755 O.E.T)
Castas Brancas aptas para a Península de Setúbal
A Península de Setúbal é excelente para a produção de vinhos. Não foi por acaso que, no ano de 2012, a cidade de Palmela foi a cidade europeia do vinho. As castas brancas aptas para esta região são: Alicante-Branco, Almafra, Almenhaca, Alvadurão, Alvar, Alvarelhão-Branco, Alvarinho, Antão Vaz, Arinto (Pedernã), Arinto-do-Interior, Arns-Burguer, Avesso, Azal, Babosa, Barcelo, Bastardo-Branco, Batoca, Beba, Bical, Boal-Barreiro, Boal-Branco, Boal-Espinho, Branco-Desconhecido, Branco-Especial, Branco-Gouvães, Branco-Guimarães, Branco-João, Branda, Budelho, Cainho, Caracol, Caramela, Carão-de-Moça, Carrasquenho, Carrega-Branco, Cascal, Castelão-Branco, Castelo-Branco, Cerceal-Branco, Cercial, Chardonnay, Chasselas, Chasselas-Sabor, Chasselas-Salsa, Chenin, Côdega-de-Larinho, Colombard, Cornichon, Corval, Crato-Espanhol, Dedo-de-Dama, Diagalves, Dona-Branca, Dona-Joaquina, Donzelinho-Branco, Dorinto, Encruzado, Esganinho, Esganoso, Estreito-Macio, Fernão-Pires (Maria Gomes), Folgasão, Folha-de-Figueira, Fonte-Cal, Galego-Dourado, Gigante, Godelho, Gouveio, Gouveio-Estimado, Gouveio-Real, Granho, Jacquere, Jampal, Lameiro, Larião, Leira, Lilás, Loureiro, Luzidio, Malvasia, Malvasia-Bianca, Malvasia-Branca, Malvasia-Branca-de-São-Jorge, Malvasia-Cândida, Malvasia-Fina, Malvasia-Parda, Malvasia-Rei, Malvasia-Romana, Manteúdo, Molinha, Moscadet, Moscatel-Galego-Branco, Moscatel-Graúdo, Moscatel-Nunes, Mourisco-Branco, Muller-Thurgau, Pé-Comprido, Perigo, Perrum, Pinheira-Branca, Pinot-Blanc, Pintosa, Praça, Promissão, Rabigato, Rabigato-Franco, Rabigato-Moreno, Rabo-de-Ovelha, Ratinho, Riesling, Roupeiro-Branco, Sabro, Samarrinho, Santoal, São-Mamede, Sarigo, Sauvignon, Semilão, Semillon, Sercial (Esgana-Cão), Síria (Roupeiro), Tália, Tamarez, Terrantez, Terrantez-da-Terceira, Terrantez-do-Pico, Touriga-Branca, Trajadura, Trincadeira-Branca, Trincadeira-das-Pratas, Uva-Cão, Uva-Cavaco, Uva-Salsa, Valente, Valveirinho, Vencedor, Verdelho, Verdial-Branco, Viognier, Viosinho e Vital. Não esqueça, caro leitor, que a casta ex libris de Setúbal é a Moscatel de Alexandria, ou Moscatel de Setúbal. Brevemente iremos escrever sobre esta casta nobre, produtora do famoso vinho generoso com o mesmo nome.
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. solidariedade. Pão para as crianças do padre João
Sofia Ferraz
Bifes recheados
Ingredientes 4 bifes de vaca (ou peru) 4 fatias de fiambre 4 fatias de queijo 1 cenoura média 100 ml de vinho branco ou cerveja 1 colher de sopa de manteiga 1 limão (sumo) Sal e pimenta e ervas aromáticas q.b. Preparação Descasque a cenoura e rale-a. Sobre cada bife coloque uma fatia de fiambre, uma fatia de queijo e um pouco de cenoura ralada. Enrole e prenda com ajuda de um palito. Coloque os bifes num tabuleiro e regue-os com o vinho e o sumo de limão. Tempere com sal pimenta e ervas aromáticas a gosto (pe. ervas de provence). Coloque a manteiga em pedaços sobre os bifes e leve-os ao forno, pré aquecido, durante 20 minutos. Sirva com batatas fritas em palitos e salada de alface. Bom apetite!
Campanha de solidariedade O padre João Monteiro da Felícia, missionário da Consolata natural da Golpilheira, está em missão no Brasil, onde oferece o seu amor a Jesus Cristo no serviço aos mais desfavorecidos. Aqueles que, ainda antes da fé, precisam de pão para a boca. Desde 2006, o Jornal da Golpilheira tem uma campanha permanente. Neste momento, é para as 3 casas de acolhimento a crianças e jovens com Sida na sua paróquia, em S. Paulo.
Desde 2006, já enviámos um total de 9.697 euros! Este mês recebemos 310 euros: - Anónimo - 10 euros - Vítor Martins (Dez. e Jan.) - 300 euros
Colabore! Seja solidário... Contacte:
• CRG - R. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA • Pe. José Gonçalves (Pároco da Batalha) • António Monteiro Rosa (Casal Mil Homens)
...e poupe nos impostos!
Os Missionários passam recibo da sua oferta, que poderá deduzir no IRS. Basta que junte ao donativo o seu nome, morada e o n.º de contribuinte.
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Jornal da Golpilheira
. obituário . poesia .
Janeiro de 2014 Agradecimento
.poesia. José Monteiro de Sousa N. 30-04-1925 F. 05-12-2013 Vale Gracioso – Batalha
Seus filhos Maria da Conceição, Afonso, Manuel, Lino e Isabel Lopes Monteiro de Sousa, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado.
Agradecimento
Universalidade de Portugal Não sei se Portugal pode cumprir outra missão, servir outro ideal, não ser ibérico nem europeu mas, sim, universal. Não teve naquela idade da busca dos mundos a haver, nenhum outro motivo, outra intenção, senão fundar na universalidade a sua razão de ser. José Travaços Santos
O valor da coragem Palavras sentidas à minha volta era o que eu transmitia, mas quando é a nós a revolta nasce em cada dia.
Em demanda do Graal A minha busca é em vão porque só os puros o encontrarão. Mas convenço-me que a própria demanda, milenar exercício de fé em Cristo, e já em si a salvação. E insisto. José Travaços Santos
Agradecimento
Seus filhos António, Maria Emília, Manuel, Maria Madalena, Maria Olinda, Pedro e Maria de Lurdes Pereira de Sousa, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado.
Agradecimento
A todos deixava uma mensagem, sentia dentro mim essa felicidade, hoje quero ser forte e ter coragem, embora sejam momentos de ansiedade. Espero ganhar coragem, É a hora de analisar quem é meu amigo cada palavra neste momento é mensagem e também me serve de abrigo. José António Carreira Santos
Alfredo Monteiro Henriques
N. 14-03-1924 F. 30-12-2013 Natural de Golpilheira Residia em Santo Antão – Batalha
N. 12-12-1926 F. 17-12-2013 Cividade – Golpilheira
É uma luta vazia, que se torna em ansiedade e tristeza, é uma dolorosa angústia muito fria, até saber a verdadeira certeza.
Agradecimento
António Ferreira Carvalho
António Pereira de Sousa
Passa na vida a ser uma aprendizagem, cada momento de ansiedade e sofrer é o ter que saber viver e aprender a olhar o futuro com coragem.
N. 01-03-1927 F. 14-01-2014 Natural e Residente: Golpilheira Sepultado no Cemitério de Golpilheira
Sua esposa Alzira Sousa Oliveira, filhos Maria Isabel, Fernando e António Sousa Carvalho, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado.
Sua esposa, filha, genro, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se incorporaram no seu funeral ou que de algum modo manifestaram o seu apoio e carinho neste momento difícil. Um agradecimento especial ao Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição (Brancas), por todo o carinho e apoio que prestaram ao nosso familiar. Um agradecimento ao Dr. Jorge Miguéis e sua equipa da HUC, serviço de otorrino. A todos, o nosso muito obrigado.
Agradecimento
Francisco Ferreira Jorge N. 27-10-1956 F. 29-12-2013 Natural de Golpilheira Residia em Vale Gracioso
Sua esposa Maria Emília Pereira Sousa Jorge, filhos Edgar e Claúdia Sousa Jorge e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado.
Agradecimento
José Henriques Ferraz
Maria Teixeira Simões
N. 16-04-1923 F. 30-12-2013 Natural e residente em Golpilheira Seus filhos Maria Júlia, Maria do Rosário, Manuel, Maria de Lurdes e Joaquim Almeida Ferraz, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado.
N. 05-03-1926 F. 14-01-2014 Natural de : Leiria Residente: Casal Mil Homens Sepultada no Cemitério de Golpilheira
Seus filhos netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.
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Agência Funerária Santos & Matias, L.da SERVIÇOS
FÚNEBRES
Brancas (Residência e Armazém) – 244 765764 Batalha (Escritório) - 244 768685 fune_santosematias@sapo.pt • 96 702 7733
Obituário
Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.
Jornal da Golpilheira
. a fechar .
Janeiro de 2014
Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Extensão de Saúde da Golpilheira Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Posto de Turismo da Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória EDP - Avarias (24 horas) Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Rádio Batalha Centro Recreativo da Golpilheira
244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 766 836 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 765 180 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 800 506 506 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 769 720 244 768 568
Deve ter sido muito animado isso da passagem de ano no salão da igreja... deve, deve...
Tens dúvidas?! Olha aí para baixo para essas fotos do mês!
É só para saberes o que perdeste... e podes ir ver todas na net em http://goo.gl/wF139o
?#@*&% “$(=?#@!...
Fim de ano II . fotos do mês. LMFerraz
Ficha Técnica
Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Catarina Bagagem, Célia Capitão, Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Filomena Meneses (assinaturas), Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Pedro Jerónimo, Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . Tel. 253303170 Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Blog: www.jgolpilheira.blogspot.pt Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt
Recordar é viver …
Assinatura anual
Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros
Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA
Cantar as “Almas Santas” é uma tradição enraizada no nosso povo. São cantos da Quaresma, que não está muito longe, que levam de porta em porta dois grupos de rapazes a cantar ao desafio. | MCR
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. divulgação .
Jornal da Golpilheira Janeiro de 2014
Não ande por aí aos tombos... Jornal da Golpilheira e Escola de Condução Maceira promovem...
Já conhece as alterações ao código da estrada de 2014...
?!
Sessão de esclarecimento sobre o “novo” Código da Estrada Centro Recreativo da Golpilheira 29 Janeiro 2014 Quarta-feira 21h15 Entrada gratuita!
Esclarecimento e debate sobre as alterações ao Código da Estrada que entraram em vigor em Janeiro deste ano 2014. O formador profissional Fernando Ferreira explica as principais mudanças nas regras, os novos sinais e outras novidades sobre as quais a maioria dos condutores revela grandes dúvidas ou desconhecimento completo.
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Adelino Bastos
Licença de Exploração Industrial N.º 50/2010 SEDE: TRV. DO AREEIRO, 225 • ZONA IND. JARDOEIRA • 2440-373BATALHA FILIAL: CASAL DE MIL HOMENS • 2440-231 GOLPILHEIRA TELS: 244 768 766 • 917 504 646
• Oficina de reparações gerais • Testes computorizados a motores • Serviços de ar condicionado