2410 Jornal da Golpilheira Outubro 2014

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P. 7, 8 e 9 | Reportagem e entrevista

Maestro Mário Costa homenageado

Coro Infantil e Juvenil voltou à vida por um dia

LMFerraz

P. 3 | 1954, 1962, 1971

Convívios por anos de nascimento

P. 3 e 24 | 15 de Novembro

Bebés com Música na Junta de Freguesia

P. 5 | Ministro inaugurou

Balcão traz serviços aos batalhenses

P. 14 | “Coração golpilheirense”

Telma Santos rumo aos Olímpicos 2016

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. abertura . história .

Luís Miguel Ferraz Director

18 anos, o primeiro sem Semana Cultural

Completamos este mês os 18 anos da fundação do Jornal da Golpilheira. Não há muito a dizer. Tudo tem sido dito mês após mês, ano após ano, em cada destaque de edição, em cada reportagem feita, em cada registo fotográfico publicado, em cada breve que teve um cantinho reservado nas nossas páginas. Falámos de vida, sobretudo. Da vida que faz crescer esta pequena freguesia, nas suas iniciativas culturais, sociais, políticas, religiosas, humanas. E também da vida em redor, do Concelho e além dele, onde os golpilheirenses estão presentes, trabalham, dinamizam iniciativas e compartilham experiências. Basta espreitar esta edição para ter uma noção do que falamos. Neste 18.º aniversário, não damos uma notícia que gostaríamos de poder dar. Desde a nossa fundação, todos os meses de Outubro publicámos o cartaz ou a reportagem da Semana Cultural da Golpilheira. Mais velha do que nós, faria este ano a 21.ª edição. Ou fará... não sabemos, pois até ao fecho desta edição a direcção do Centro Recreativo não tinha tomado uma decisão sobre o assunto, a Junta de Freguesia também não e, portanto, tudo poderá acontecer. Fruto do cansaço e das incompreensões, da fraca adesão da população e, talvez, da inércia, este será o primeiro ano em que não teremos Semana Cultural para noticiar. Oxalá assim não seja. Seria a nossa melhor prenda de aniversário. Só mais uma coisa: obrigado aos nossos assinantes e anunciantes, que nos apoiaram para chegar até aqui. Sem eles, não seria só a Semana Cultural a desaparecer... divulgação/apoio

Outubro de 2014

.história. Outros valores do património histórico da freguesia da Golpilheira (III) Observemos agora a ermida do Senhor dos Aflitos, que teve antes a invocação de Jesus, conforme o diz “O Couseiro”. Quando mudou de invocação (ou orago) não o sei, mas no século XVII era a que tinha e, em 1721, é nomeada como do Bom Jesus, di-lo o notável historiador professor doutor Saul António Gomes na preciosa obra “Golpilheira Medieval”, editada pelo nosso Jornal. Trata-se de um templo pequeno, mas muito harmonioso, de linhas exteriores sóbrias, porém com uma capela-mor que curiosamente inscreve elementos manuelinos na sua abóbada e renascentistas no formoso arco que lhe dá acesso, o que me faz pensar que a actual capela-mor substituiu uma primitiva que viria do terceiro quartel do século XV. No fecho da presente abóbada, onde entroncam quatro nervuras de calcário, está a Cruz de Cristo. Esta capela-mor é, por si, um monumento precioso que tem, com certeza, ligação ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória pelo seu construtor, que não sei quem foi, mas que tudo leva a crer ter sido um dos obreiros do Mosteiro, pela pedra empregada, o calcário, tão característica da nossa região e que enobrece qualquer construção que o utilize (como são lindas e distintivas as varandas onde se emprega, sobretudo nas colunas, e as portas e janelas com padieiras, ombreiras, arrebates e peitoris, senão aventais, nele feitos!) e pela arte e pelo estilo escolhidos. Mas se não se sabe quem foi o mestre que dirigiu a construção, é possível saber agora quem mandou erguer o templo, pelo que o pro-

JTS

.editorial.

18 anos • Jornal da Golpilheira

Fotografia provavelmente tirada na década de 60 do século XX por Jaime Costa. O elegante altar de calcário, o sacrário de madeira e o armário e nichos com imagens que serão referidas na relação transcrita. À direita descortina-se um nicho, de recorte manuelino, e uma pequena base de calcário para as galhetas das Missas.

fessor Saul António Gomes averiguou e publicou na obra “Golpilheira Medieval” e que contraria o que diz “O Couseiro”, que não se teria baseado em qualquer documento mas em informação verbal obtida mais de 150 anos depois: “Importa, aqui, valorizar o caso de João Afonso, aparelhador (mestre ou encarregado de canteiros, pedreiros, etc.), e de sua mulher, Catarina Pires. Foram eles que fizeram edificar a conhecida Capela de Jesus, na aldeia, cerca de 1474, ano em que instituíram oficialmente e a dotaram com algum património”. Não foi, portanto, o antigo escrivão da chancelaria do Reino, Pedro Gomes, conforme refere “O Couseiro”.

Sendo o aparelhador João Afonso oficial destes ofícios da pedra, não poderia ter sido ele, também, o mestre da edificação? No engano de “O Couseiro” eu já teria caído, se não fosse o meu prezado amigo e dinâmico director deste Jornal, dr. Luís Miguel Ferraz, ter-me chamado a tempo a atenção para a correcção feita pelo professor Saul António Gomes. Ora, naquela relação registada em 6 de Junho de 1931 e elaborada às ordens da Comissão Central de Execução da Lei da Separação, do Ministério da Justiça, de que no número anterior dei conta no respeitante à ermida de S. Bento da Cividade, inscrevem-se os seguintes bens da ermida

do Senhor dos Aflitos: “Imóveis = Capela do Senhor dos Aflitos: “No lugar da Golpilheira, a confinar do norte com rua pública, do sul com largo público, do nascente com Pedro Monteiro e do poente com estrada pública. “Com os seguintes móveis: “Uma imagem de São João Evangelista, de pedra. Uma imagem de Nossa Senhora das Angústias, de pedra. Uma imagem de Santo António, de pedra. Uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Imagem de S. José. Um crucifixo grande, de pedra. Um paramento de damasco (?) de seda branca. Um paramento de seda roxa. Um paramento de seda encarnada. Varias toalhas de linho para altar. Três véus de seda. Um frontal de damasco de seda branca. Um pálio pequeno e respectivas varas. Um cálice de metal branco. Uma caldeirinha de metal amarelo. Um sacrário de madeira. Quatro sacras (pequenos quadros com orações). Um Missal. Uma campainha de metal. Algumas jarras e alguns castiçais. Uma lâmpada de metal amarelo. Um confessionário de pinho. Um púlpito de madeira junto à parede. Um andor de madeira pintada. Uma lâmpada de metal niquelado - nova. Seis castiçais de madeira dourada e respectivo crucifixo. Quarenta opas (capas sem mangas) de pano encarnado. Dois ciriais (lanternas que acompanham o Crucifixo nas procissões ou tocheiros nos círios, daí o nome: ciriais) de madeira dourada e respectivo crucifixo”. José Travaços Santos

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Jornal da Golpilheira • 18 anos

. sociedade .

Outubro de 2014

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Golpilheira em confraternização

Senhor Bom Jesus dos Aflitos

Encontro dos nascidos em 1954

A comissão de festas em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos de 2014 promoveu, no passado dia 5 de Outubro, no salão da igreja da Golpilheira, um convívio entre todas as pessoas que de alguma maneira colaboraram nestes grandiosos festejos. A mesa esteve sempre farta e também não faltaram bebidas de todas as qualidades. Foi uma tarde bem passada, onde se contaram muitas peripécias da infância e juventude, assim como de alguns episódios engraçados que também acontecem no decorrer dos festejos. | MCR

MCR

cebemos do José Jordão da Cruz uma mensagem a justificar a ausência por compro-

missos inadiáveis, mas que está sempre presente na sua amizade com este grupo de

“sessentões”, a quem envia um grande abraço. Manuel Rito Ferraz

Espectáculo passa pela Golpilheira

“Bebés com Música”

Durante 45 minutos, as famílias são convidadas a recriar um dia inteiro, desde o acordar até o anoitecer, repleto de canções, jogos e danças. Esta é a proposta da D’orfeu – Associação Cultural, no espectáculo “Bebés com Música”, que vai visitar a Golpilheira, na Junta de Freguesia, no próximo dia 15 de Novembro, às 16h00. Esta é uma iniciativa, de grande interatividade, destinada a bebés e a crianças dos 0 aos 4 anos. Pretende estimular nas crianças o contacto com diversos instrumentos musicais, numa viagem que percorre os sons, os materiais, as formas dos instrumentos e algumas danças. Graças a um repertório de músicas infantis e a um baralho de cartas, o divertimento está garantido! Os miúdos tornam-se músicos com a ajuda dos graúdos. Esta actividade lúdica, que tanto embala os mais irrequietos como dá vida aos mais tímidos, consciencializa os mais pequenos da diversão que pode ser aprender. “Bebés com Música” vai estar também na Biblioteca Municipal José Travaços dos Santos, na Batalha, no dia 13 Dezembro, às 16h00. As inscrições são gratuitas. Info: biblioteca@cm-batalha.pt

DR

Tal como vem sendo hábito, decorreu no passado dia 18 de Outubro o encontro anual dos naturais da Golpilheira nascidos em 1962, que completam 52 primaveras até ao fim do ano. Reunimos, jantámos e confraternizámos no Centro Recreativo da Golpilheira, com todos os presentes. Esperamos poder contar com mais presenças nos próximos encontros. Até lá, grande abraço a todos. Joaquim Ferraz

MCR

Encontro dos nascidos em 1962

Desde o Senhor dos Aflitos de 2011 que estava prometido, ano em que esses “quarentões” foram a comissão de festas, mas vários imprevistos foram adiando o encontro. Finalmente, no passado dia 18 de Outubro, voltaram a juntar-se os nascidos e residentes na Golpilheira do ano de 1971, com os respectivos maridos e esposas. No interessante espaço do Sport Operário Marinhense, houve jantar,

LMF

Encontro dos nascidos em 1971

muitas gargalhadas e animação à volta do karaoke e também muitas memórias

partilhadas, algumas delas ainda bem vivas da fantástica amizade reforçada na

organização dos festejos do padroeiro da freguesia. LMF

DR

Os golpilheirenses nascidos em 1954 juntaram-se no dia 25 de Outubro num almoço de convívio, no Restaurante Etnográfico do CR Golpilheira. No final do almoço, que decorreu muito bem, fizemos uma visita a três cemitérios, para prestar uma pequena homenagem aos nossos colegas já falecidos. Colocámos na campa de cada um deles um ramo de flores. Na Barreira, visitámos o António João Filipe. Na Golpilheira, o José Monteiro Lopes e o Raul Videira. Na Batalha, o Manuel Pedro. A todos recordamos com muitas saudades. Re-

Convívio de festeiros de 2014

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. sociedade .

18 anos • Jornal da Golpilheira Outubro de 2014

Associações com metade do IMI Já referimos nas últimas edições algumas alterações que a Câmara da Batalha aprovou relativamente ao Imposto Municipal sobre Imóveis. Uma dessas alterações, que vem desagravar o peso deste impostos sobre as pessoas e famílias proprietárias de imóveis, é a redução para a taxa mínima de 0,30% permitida por lei. Outra importante medida, neste caso para as associações sociais, de cultura, desporto e recreio do nosso concelho, é a redução deste imposto em 50% do seu valor final. Assim, serão mais de uma dezena de imóveis propriedade de associações a beneficiar deste desconto, motivado pelo “papel de grande relevo atribuído ao associativismo, como factor de desenvolvimento concelhio, caracterizando-se pela prática de valores como a solidariedade e a cidadania”, adianto o Município na justificação já enviada à Administração Tributária. A decisão vem na mesma linha de apoio ao associativismo da autarquia, que desde 2010 já oferecia também um seguro de acidentes pessoais aos dirigentes associativos e várias dezenas de voluntários que prestam serviço não remunerado nestas instituições. O presidente do executivo, Paulo Santos, reforça: “o tecido associativo, constituído por mais de 40 associações e colectividades, constitui um referencial para os mais novos e cumpre uma missão insubstituível nas áreas da cultura, do desporto, do recreio e no âmbito social”. Refira-se que as instituições que têm o estatuto de Utilidade Pública, como é o caso das IPSS e do Centro Recreativo da Golpilheira, não são abrangidos, uma vez que já são totalmente isentos de IMI pela sua natureza.

Congresso Internacional

“Educação, Ambiente e Desenvolvimento” As sociedades contemporâneas, os modelos de desenvolvimento em curso e os problemas deles resultantes, carecem de reflexão aprofundada face ao desígnio de uma sustentabilidade almejada. Neste contexto, o Instituto Politécnico de Leiria vai realizar, nos dias 13 a 15 de Novembro, I Congresso Internacional “Educação, Ambiente e Desenvolvimento” (I CIEAD). Os objectivos da iniciativa são: “fomentar a discussão e divulgação de metodologias utilizadas e estudos científicos relacionados com os temas propostos; apresentar e reflectir sobre práticas consideradas relevantes na perspectiva da sustentabilidade das sociedades contemporâneas; promover a cooperação entre entidades públicas e privadas na definição de novos modelos de desenvolvimento; sensibilizar e incentivar todos os agentes (poderes central, regional e local, agentes económicos, ONG, docentes, discentes e população em geral) para as temáticas em análise e sua relevância estratégica, económica, social e ambiental. Os destinatários são professores, investigadores, estudantes dos diferentes níveis de ensino, técnicos de instituições e associações e público em geral. O congresso encontra-se em processo de acreditação como curso de formação contínua de professores.

Secretário de Estado confia que virão “boas notícias”

Empresas da Batalha elogiadas O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira, esteve de visita ao concelho da Batalha, no passado dia 26 de Setembro. A visita iniciou numa das empresas de sucesso, instalada na Jardoeira, a EROFIO, na companhia do presidente do Município da Batalha, Paulo Batista Santos, sendo recebidos pelos gerentes Manuel Novo e Margarida Novo, acompanhados pelas suas filhas, que garantem o futuro já risonho deste grande grupo. Toda a comitiva teve oportunidade de observar a alta tecnologia, tanto na produção de moldes, como na produção de peças de plástico, várias com mais de um componente. Manuel Novo estava aqui como peixe na água. Parava por breves instantes aqui e ali e explicava o funcionamento das máquinas, assim como algumas particularidades dos diversos moldes. Estava na sua praia e era tal o entusiasmo que colocava nas suas explicações que prendia a atenção de todos. O secretário de Estado colocava-lhe algumas perguntas, às quais respondia de imediato, conhecedor que é de todo o processo de funcionamento da sua empresa. Explicava com entusiasmo e com brilho nos olhos, transmitindo aos presentes que o seu sonho transformou-se em realidade e estava ali a ser contemplado e admirado pelos visitantes. Deu para perceber que naqueles 15.500 m2 de área coberta está muito trabalho e muita dedicação. Muitos trabalhadores jovens e qualificados, aliados à tecnologia de ponta e à astúcia dos seus grandes obreiros, fazem com que esta empresa tenha sucesso e futuro.

MCR

Menos imposto sobre imóveis

No final, fomos convidados a tomar lugar no agradável auditório, onde Manuel Novo esmiuçou a evolução da empresa ao longo dos anos, os seus produtos, a sua comercialização e os seus objectivos. No ano de 2012, teve uma facturação global a rondar os 15 milhões de euros, estando ao seu serviço 122 empregados. Neste momento, são mais de 180, com tendências a crescer. Da facturação deste grupo, 94% é para exportação. Os projectos deste empresário irão continuar, uma vez que a audácia, perspicácia e visão de futuro estão nos seus genes. É de empresários desta estirpe que o nosso país precisa. Tenho a certeza de que o secretário de Estado saiu daqui impressionado com o que viu e ouviu. Seguiu-se um almoço no Hotel Villa Batalha, com representantes de algumas instituições e empresas da região. Paulo Santos aproveitou para referir que empenhado em manter as contas do Município equilibradas, mas com ambição de puxar pelos vários sectores do concelho, em parcerias com os empresários, “gente muito trabalhadora, habituada a crescer a pulso, com inteligência e estratégia”. O apoio à actividade económica é uma das prioridades, garantiu o presidente

da autarquia, sobretudo “em disponibilizar mais espaços para a instalação de novas indústrias, que criarão mais emprego e mais riqueza”. Também nesse sentido, promoveu a descida do IMI para a taxa mínima de 0,30% e criou a Área de Reabilitação Urbana com diversos benefícios fiscais, tendo vista “fazer deste Concelho um dos mais competitivos do País”. Em paralelo, quer “criar condições para fixar as pessoas, com uma boa política de ordenamento do território”, que passa pela localização estratégica das várias actividades económicas, pela redução de zonas de urbanização e incentivo à construção nas já existentes. Por fim, deixou “uma palavra de estímulo e esperança a todos os empresários para que criem parcerias, dentro e fora de portas”, prometendo que “o Município será sempre um agente facilitador e amigo das empresas” e o Estado considerado “um parceiro estratégico”. Interveio também Artur Pereira, em representação da AICEP, reconhecendo que “o comportamento económico, nesta altura, não é o mais favorável”, mas é também nestas alturas que surgem grandes oportunidades. “As exportações representam mais de 40%

do PIB e em 2008 eram de apenas 28% do PIB”, uma melhoria “a que não está alheia a maior competitividade das nossas empresas” nas exportações. Há já 40 mil empresas a aproveitar as oportunidades de negócio no estrangeiros, muitas delas fora da Europa, e a AICEP “quer ser interlocutora para a internacionalização das que nos apresentem os seus projectos”, nomeadamente, através da organização de visitas ao estrangeiro e acolhimento a empresários doutros países em Portugal. “O caminho não é fácil, mas é possível”, concluiu. Por fim, o secretário de Estado agradeceu a oportunidade desta interessante visita, que encara como “demonstração de que o Governo quer estar presente com aqueles que constroem o País”. Luís Campos Ferreira afirmou que viu o “fruto do que é o empenho, o suor, a insistência e a persistência dos empresários”, aqueles que dão os primeiros passos, no aspecto social e económico, que arriscam na construção das empresas e no seu desenvolvimento constante. “É de realçar o esforço daqueles que, apesar de grandes dificuldades, nunca desistem” e o País deve agradecer-lhes todo o trabalho e dedicação, pois “as empresas são as pessoas”. O governante reconheceu que “a carga fiscal é muito dura e não há ninguém que a imponha por gosto”, terminando com a nota optimista de que “num futuro mais ou menos curto vamos ter boas notícias”. O dia continuou com a comitiva a deslocar-se a outra empresa de sucesso do nosso concelho, a Fassa Bartolo, que não tivemos possibilidade de acompanhar. Manuel Carreira Rito

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Jornal da Golpilheira • 18 anos

entrevista . . .sociedade

Outubro de 2014

Ministro inaugurou “Espaço do Cidadão” e apontou ao futuro O anunciado Espaço do Cidadão, a funcionar na Câmara da Batalha foi oficialmente inaugurado no passado dia 14, numa cerimónia que contou com a presença do ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, e diversas entidades oficiais. O vereador Carlos Agostinho serviu de “cobaia” para testar um dos serviços ali disponibilizados, tarefa concluída com êxito e rapidez. Na ocasião, o presidente do Município, Paulo Batista Santos, referiu que esta nova valência significa “o interesse do executivo em facilitar o atendimentos dos seus munícipes”. Depois, aproveitando a presença do governante, sublinhou a importância do próximo quadro comunitário de apoio para as autarquias, o sector privado e o social, cujos 25 mil milhões de euros podem vir a ser “a locomotiva

MCR

Serviços mais próximos dos batalhenses

de mudança”, apoiando em particular os territórios de baixa densidade e também a economia. “Esta é a última oportunidade de aceder aos fundos comunitários para desenvolver novos projectos e consolidar existentes, pelo que, na qualidade de autarcas, não a podemos desperdiçar”, considerou. Na sua intervenção, o ministro começou por elogiar o projecto-piloto do Espaço do Cidadão, sendo a Batalha um dos 20 onde já está instalado e havendo mais de uma centena em vias de a ter este servi-

ço, “que permite tratar de cerca de 80 assuntos com eficácia e rapidez, evitando deslocações e congestionamento dos serviços centrais”. As parcerias com os municípios são importantes, pois estão mais próximos do cidadão, sendo o próximo objectivo “prestar também este serviço na vertente móvel”. Esta é uma “nova mentalidade na racionalização do serviço da administração pública, em que os interesses de cada cidadão estão no centro das nossas decisões”, frisou Poiares Maduro. Quanto ao novo qua-

dro de financiamento europeu Portugal 20/20, o governante informou que “a competividade e a internacionalização da economia vão receber a grande fatia de cerca de 10 mil milhões de euros (40%), procurando “inverter um ciclo de mais de 15 anos sem crescimento económico, marcado pelo aumento do endividamento e pela estagnação económica, que nos levaram à bancarrota”. Nessa linha, terminou com um apelo: “Temos todos de trabalhar e remar para o mesmo lado, aproveitando até ao cêntimo este último apoio. É agora, ou nunca. Se não avançarmos, ficaremos irremediavelmente para trás. O combate ao défice demográfico, o combate à exclusão social e ao insucesso escolar devem ser a nossa grande prioridade”. Manuel Carreira Rito

Liga dos Combatentes faz memória Decorreram no passado dia 18 de Outubro, por todo o País, as cerimónias evocativas do centenário do início da I Grande Guerra (1914-1918) e de homenagem aos que aí perderam a vida. Também as autarquias locais, o Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes e o Regimento de Artilharia 4 de Leiria se associaram a este acto de memória nos três locais do concelho onde existem monumentos de homenagem aos que participaram neste conflito, em África (Angola e Moçambique) e em França. Assim, nas freguesias da Batalha, Reguengo do Fetal (junto ao cemitério) e São Mamede (no largo fronteiro à casa

MCR

Centenário da I Grande Guerra

do Povo/Junta de Freguesia), tiveram lugar estas cerimónias, com o mesmo programa. Acompanhámos a sessão na Batalha, na Sala do Capítulo do Mosteiro, junto ao túmulo dos “Soldados Desconhecidos”. Come-

çou com a colocação da força militar em parada e a deposição de flores, pelo presidente do Município da Batalha, que presidiu às cerimónias. Seguiu-se a homenagem aos mortos em combate, pelo capelão do Exército, a leitura da men-

sagem do presidente da Liga dos Combatentes, a leitura da mensagem de do Comandante Supremo das Forças Armadas, o descerramento da placa alusiva ao evento e o toque do Hino da Liga dos Combatentes. Estas cerimónias decorram num ambiente de muito respeito, onde o silêncio imperou. Foi enaltecida por todos os intervenientes a bravura com que os soldados portugueses se bateram nos campos de batalha, em situações extremamente difíceis. De facto, os soldados que tombaram em combate merecem todo o nosso respeito e admiração. MCR

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PSD da Batalha em festa dos seus 40 anos

Convívio do 1.º ano de mandato

O PSD da Batalha organizou, no dia 17 de Outubro, um jantar comemorativo do 1.º aniversário do mandato autárquico, tendo também como objectivo assinalar os 40 anos do partido e da democracia em Portugal. Cerca de quatro centenas de convivas participaram no evento, que contou com a presença de Luís Marques Mendes, comentador político e ex-presidente do PSD, bem com dos governantes Sérgio Monteiro e Teresa Morais. Segundo Paulo Batista Santos, presidente da autarquia, esta foi uma ocasião para agradecer o contributo de todos “para o projecto de desenvolvimento que ambicionamos para a Batalha, centrado na dinamização do tecido económico e na criação de emprego, sem esquecer a responsabilidade social que deve alicerçar a gestão local”. Mas, refere o presidente, mais importante é o foco no futuro, pelo que anunciou a intenção de “aproveitar o novo ciclo de programação dos fundos europeus 2014-2020, que abre boas perspectivas para a aposta em iniciativas que fomentem a inovação, competitividade e empreendedorismo nos domínios estratégicos para o desenvolvimento socioeconómico do concelho”. “Temos um sonho para a nossa terra que partilhamos com entusiasmo e onde os cidadãos são o centro das políticas públicas e da acção da autarquia”, enfatizou.

Para boa conduta dos colaboradores

Batalha aprova Código de Ética

Por ocasião da passagem de um ano após as eleições autárquicas, o executivo municipal aprovou um “Código de Ética e da Actuação dos Colaboradores” (CEAC), apresentado como a concretização de “mais um passo no objectivo do reforço da transparência e eficácia no atendimento dos cidadãos”, adianta nota do Município. As medidas visam reforçar a adopção de boas práticas administrativas e o incremento da qualidade, tendo por inspiração o Código Europeu da Boa Conduta Administrativa, da responsabilidade do Provedor de Justiça Europeu. “Ser dedicado aos princípios do poder local eficaz e democrático, servido por gestores públicos responsáveis, e acreditar que a gestão profissional é essencial para a concretização deste objectivo, cumprindo escrupulosamente as suas funções”, é o primeiro dos princípios consignados no CEAC, que inclui ainda princípios como “tratar de forma justa e imparcial todos os cidadãos, actuando segundo rigorosos princípios de neutralidade”, ou ainda “proceder sempre a uma afectação rigorosa dos recursos disponíveis, evitando o desperdício”. O presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, afirma que “a boa conduta administrativa é uma opção constante desde a minha tomada de posse, em Outubro de 2013, e tenho constatado uma mudança progressiva do enfoque dos serviços municipais e dos seus funcionários, os quais passaram a colocar o cidadão bem no centro das suas actividades e da sua missão”. É para reforçar esse espírito que surge o documento agora aprovado e que é aplicado a todos os colaboradores da Câmara Municipal, incluindo os do sector empresarial local (Iserbatalha), vinculando também o presidente, os vereadores e os membros do Gabinete de Apoio à Presidência. pub

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18 anos • Jornal da Golpilheira Outubro de 2014

Festa de Nossa Senhora do Fetal Mais de oito mil pessoas terão participado na procissão do último dia dos festejos em honra de Nossa Senhora do Fetal, no passado dia 4 de Outubro. Os números adiantados pela organização são a prova de que vale a pena investir na preservação e melhoria das tradições religiosas e populares das nossas aldeias, que continuam a ter significado e a atrair muitos fiéis nos nosso dias. O tempo ameno ajudou à concentração e bem podemos dizer que foi uma noite brilhante, apesar da iluminação pública desligada. Mais de 15 mil cascas de caracóis cumpriram a função, transformadas em candeias alimentadas azeite. Pelos parapeitos, trepando as paredes, alinhados em belos efeitos decorativos, espalhados pelos vales vizinhos em frases de boas-vindas e louvores à Padroeira, os caracóis luminosos são a grande atracção dos curiosos. Mas a festa tem o seu coração na devo-

ção a Nossa Senhora, que traz muitos fiéis ao Santuário do Reguengo do Fetal, onde milagres antigos trouxeram fama ao povoado. A procissão encheu as ruas, levando o andor de volta ao Santuário, depois de no sábado anterior ter descido à igreja paroquial e ali ter passado a semana de oração e festa. A paróquia conta com a colaboração da Junta de Freguesia nos festejos, o que é também um sinal positivo de colaboração entre instituições locais para que a fé e a cultura andem de mãos dadas e as iniciativas comuns resultem com mais qualidade e maior envolvimento comunitário. Desde as crianças do jardim “O trevo” aos idosos do Lar do Centro Paroquial de Assistência, é evidente o envolvimento de todas as pessoas e famílias da freguesia naquela festa, o que ajuda a tornar ainda mais vivo o brilho do que se viveu naquelas noites. LMF

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Noite brilhante no Reguengo recebeu enchente

Novo ano pastoral

LMFerraz

Escuteiros da Batalha voltam à actividade Com o início de mais um ano pastoral, o Agrupamento de Escuteiros 194 Batalha está de regresso a mais um ano de actividades e aventuras. No passado dia 18 de Outubro reuniram-se as “tropas”, com acolhimento a novos membros e a passagem de alguns para as secções a que a idade obriga. Viram-se algumas lágrimas de saudade pelos colegas que se deixam, mas também de alegria por mais um passo que se dá no crescimento dentro deste movimento católico. Enquanto os escuteiros realizavam um

“raid” pela vila, os pais reuniram-se para tomar conhecimento dos planos para este ano. Como sempre, a aposta no crescimento humano, técnico e espiritual é o pano de fundo para as diversas iniciativas que vão marcar mais um ano de escutismo. Para a posteridade fica a foto de conjunto, a testemunhar a vontade de serem cada vez mais unidos e dinâmicos na comunidade cristã onde se inserem. Mais fotos podem ser vistas nas galerias fotográficas, a partir do sítio www.jornaldagolpilheira.pt. LMF

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“As Lavadeiras do Vale do Lena”

Rancho animou investigadores

DR

O rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena” do Centro Recreativo da Golpilheira animou, no passado dia 12 de Setembro, um jantar de convívio entre professores de vários países, da área da investigação. O evento decorreu na Quinta do Fidalgo, na Batalha. O convite foi feito pelo nosso conterrâneo Carlos Ferreira, professor do Instituto Politécnico de Leiria, que também aceitou o nosso habitual desafio ao público de dançar o “Velho tonto”. Recordamos que os ensaios do rancho realizam-se à sexta-feira, às 21h30, no Centro Recreativo. Venha dançar connosco! Esperamos por si! A direcção


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Maestro Mário Costa homenageado por antigos coralistas

Ver entrevista nas páginas seguintes >>

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Coro Infantil e Juvenil da Golpilheira voltou à vida por um dia

sinal evidente de que “quem sabe nunca esquece”. Foi uma celebração muito rica, com a igreja cheia, também porque nesse dia iniciavam os trabalhos da catequese, tendo sido acolhidas de forma especial as crianças que agora começam no primeiro ano. Uma das intenções da organização, a actual direcção do coro, que apesar de já não existir há alguns anos só após este convívio irá ser formalmente extinto, era homenagear o seu fundador Mário Costa. Assim, no final da Missa, foi-lhe oferecida uma tela com a sua imagem e dirigidas algumas palavras de gratidão, pela educação musical e também humana que deu a todos os que com ele trabalharam. “Esta homenagem não é apenas merecida, é mais do que devida; a vida do senhor Mário foi sempre de total entrega aos outros, de trabalho voluntário pelo saudável crescimento musical

Missa e romagem ao cemitério Para fazer as coisas “a preceito”, o coro voltou a juntar-se em dois ensaios para animar a liturgia da Missa desse dia. Escolhidos os cânticos do antigo reportório, não foi preciso mais para que no domingo cerca de 70 vozes cantassem afinadas e no ritmo certo, mostrando como o trabalho feito no passado está lá como uma semente pronta a germinar. Uma surpresa, decidida em cima da hora de começar a celebração, foi colocar o senhor Mário a dirigir o canto de entrada. O entrosamento entre o maestro e os cantores foi perfeito,

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“Foi fantástico.” “É espectacular voltar a encontrar amigos de infância que já não via há tanto tempo.” “Soube tão bem voltar a cantar neste coro”. “Que boa ideia esta de voltarmos a conviver com o senhor Mário”. Frases como estas foram as que mais se ouviram no passado dia 12 de Outubro, em que se reuniram em convívio cerca de centena e meia dos mais de duzentos elementos que passaram pelo antigo Coro Infantil e Juvenil da Golpilheira, fundado em 1982 por Mário Costa e por ele dirigido durante mais de 30 anos. Podemos dizer que quase todos os “meninos e meninas” da freguesia entre os 20 e os 45 anos de idade por ali passaram, sobretudo os mais velhos, de uma época em pouco mais ofertas culturais e de entretenimento existiam por cá.

e espiritual das crianças, jovens e adultos, de amor e dedicação à Igreja e à comunidade”, afirmou alguém em nome de todos. Após a celebração, fez-se uma romagem ao cemitério, para uma singela homenagem a alguns membros do coro falecidos na juventude, bem como à esposa de Mário Costa, ali sepultada umas semanas antes. Apesar da chuva, todos marcaram presença, vivendo com especial emoção este momento e rezando junto de cada um para que Deus os tenha junto de Si. Almoço e tarde de convívio No Centro Recreativo da Golpilheira, o almoço foi muito mais do que uma refeição. Houve fotografias e projecção de imagens, para recordar belas memórias. Houve muitas histórias a circular nas conversas entre todos. Houve músicas que se recordaram em alta voz. Houve reencontros de amigos

que já não tinham notícias uns dos outros há meses ou anos. E houve palavras de gratidão pela iniciativa e, novamente, pela dedicação do senhor Mário, que a todos marcou de forma indelével. Carlos Santos, presidente da Junta de Freguesia, fez questão de lembrar isso mesmo e de renovar o voto de louvor atribuído ao senhor Mário há meia dúzia de anos, por serviços culturais relevantes à comunidade, agora devidamente emoldurado num quadro de honra. Também o presidente do Município da Batalha, Paulo Batista Santos, marcou presença e quis sublinhar a admiração que tem por este golpilheirense e pelo “trabalho notável que teve na formação de tantas gerações, no nosso concelho e não só”. Cumprimentando e dando os parabéns a Mário Costa, seus filhos e neta, o autarca frisou que “deixa um legado imaterial importantíssimo à comunidade”

e resumiu a sua caracterização na expressão “é verdadeiramente um homem bom, um exemplo de cidadania para todos nós”. O maestro entre amigos No seu jeito simples, humilde e quase “tímido”, Mário Costa agradeceu as palavras que lhe foram dirigidas, disse que sempre fez tudo para dar o melhor de si e que a maior recompensa era “ver aqui tantas pessoas unidas, alegres e que são meus amigos, bem como outros que não puderam vir e me enviaram cumprimentos”. No final de uma tarde que ficará no coração dos presentes, era hora de juntar todos para a foto de grupo. Mais uma ocasião para cantarem a plenos pulmões algumas músicas emblemáticas deste coro que é parte do currículo das boas memórias de tanta gente. A notícia terminava bem com esta frase. Mas há mais. Muitos manifestaram o desejo de repetir o evento para o próximo ano, pelo que a história poderá continuar... E há outro registo digno de nota: a partir desta experiência, houve meia dúzia de pessoas que quiseram voltar a cantar e vieram reforçar o habitual coro litúrgico da Golpilheira. Todos foram convidados na ocasião e poderá acontecer virem mais alguns. É caso para dizer: o Coro Infantil e Juvenil da Golpilheira não morreu... Luís Miguel Ferraz


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Entrevista a Mário Costa

Uma vida de doação à comunidade Que tipo de formação teve aí? Tive a formação própria do primeiro ao quarto ano. Aprendi latim, francês, matemática, português, música...

Mário Costa nasceu a 8 de Dezembro de 1933, na Golpilheira. Ao longo de meio século, assumiu uma constante dedicação à comunidade, sobretudo na condução de corais litúrgicos. Os mais velhos e os mais novos conhecem-no por “senhor Mário”. O tratamento distinto reflecte, tanto a admiração, quanto a proximidade que criou junto dos que reconhecem na sua pessoa uma figura ímpar. Entrega, integridade e dinamismo são apenas algumas das palavras de que se serve quem o caracteriza. Para conhecer o seu percurso de vida, reconhecido a nível regional, fomos conversar com ele.

Foi lá que começou a aprender música... Foi. O meu professor era o D. João Pereira Venâncio, que depois foi Bispo da Diocese. Na altura, era vice-reitor do Seminário. Eles viram que eu tinha boa voz e chamaram-me para o coro do Seminário e foi assim que aprendi música. Esse gosto e aptidão para a música já vinha de família? Acho que não… Nem o meu pai nem a minha mãe cantavam, os meus filhos também não são muito de cantar. (risos)

Entrevista e fotos de Diogo Carvalho Alves

O “senhor Mário” recebeu-nos em sua casa, num escritório que reserva para lembranças que foi guardando ao longo dos 80 anos de vida. Uma máquina de escrever e objectos de outros tempos apropriam-se do espaço. Inúmeras pastas perfilam-se em prateleiras, ao ponto de cobrir as paredes por completo. A acomodação do espaço evidencia um cuidado diligente e criterioso. Os dias são curtos para reorganizar todo este espólio, mesmo assim é a isso que dedica actualmente a maior parte do seu tempo. A gestão criteriosa e metódica é resultado de uma vida profissional de quase 40 anos como empregado de escritório. Enquanto nos conta o seu passado, vai folheando documentos que comprovam o que vai contando.

Maria Monteiro Costa. Ele morava no Picoto e ela na Amadora.

Qual a sua data de nascimento? O meu nascimento está registado no dia 10 de Dezembro de 1933, mas nasci no dia 8 de Dezembro. O meu pai não me registou logo…

Foi uma decisão sua? Sim, era minha intenção seguir o percurso do Seminário. Entrei lá em 1951, que era o Ano Santo, mas saí em 1954, no Ano Mariano. Entraram 30 alunos comigo para o Seminário Menor da Diocese de Leiria, que funcionava em Fátima, e desses foram ordenados seis padres.

Quantos irmãos teve? Tive 5 irmãos. Eu sou a seguir ao mais velho. Já faleceram dois: o Adelino Monteiro Costa e a Isabel

Como era a sua família? A minha avó, a minha mãe e o meu pai eram muito ligados à Igreja. Iam todos os domingos à Missa e eu também ia com eles. Quando era mais novo, o que pensava seguir na vida? Não fazia ideia… Só quando fiz o exame da quarta classe, tinha uns 12 anos, é que fui trabalhar com o meu pai como carpinteiro. Tanto eu como os meus irmãos aprendemos a carpintaria com o meu pai e trabalhávamos com ele. Depois, em 1951, entrei para o Seminário.

Lembra-se de algum? Por exemplo, o padre Albino, que faleceu há pouco tempo. Recorda algum momento marcante desse tempo de Seminário? Em 1954, ajudei a trazer os restos mortais do beato Francisco Marto do cemitério de Fátima para a Basílica na Cova da Iria. Eu e os outros seminaristas fomos encarregues de transportar a urna. Na altura, não percebemos todo o valor do que estávamos a fazer, mas hoje sinto-me muito orgulhoso de ter participado nesta transladação do Francisco, que hoje é beato.

A aposta na música litúrgica continuou, depois de sair do seminário… Sim, quando saí, depois de cumprir o serviço militar obrigatório, comecei a dar ensaios cá fora. Como foi esse tempo da tropa? Como eu tinha o quarto ano do seminário, fui para soldado miliciano, que não era uma recruta normal. Eram instruendos iam a Tavira tirar o curso de sargento e que depois vinham para os quartéis dar instrução. Entrei na tropa em 1955, quando foi inaugurado o Quartel 7 em Leiria, e saí 27 meses depois. Mesmo quando estava em Tavira, fiz parte do coro litúrgico de uma igreja. Depois, vim para Leiria novamente e ajudei, ao mesmo tempo, o padre Gonçalves na

Lamiré - uma imagem de marca O lamiré é um dos objectos característicos que sempre acompanhou Mário Costa. Quem o conheceu na sua lide musical, lembrase de, antes de iniciar a regência, ele ir buscar ao lamiré o tom que dava ao coro. “É uma espécie de realejo, que tem as notas de dó a dó, com os sustenidos, que servia para eu me guiar no tom que queria”. Este objecto ainda hoje é solicitado para ser usado durante a Semana Santa da paróquia, como guia para entoar o canto da Hora de Noa.

“Coisas” do senhor Mário • Instrumento - “Gosto muito de ouvir órgão” • Viagem - “Recordo uma viagem que fiz a Elvas” • Prato - “Bacalhau assado e carne de porco à alentejana” • Leituras - “Leio o jornal Presente, da diocese, e o Jornal da Golpilheira” • Futebol - “Sou do Sporting” • Televisão - “Vejo os noticiários” • Rádio - “Ouço a recitação do Terço na Rádio Renascença” • Tempos livres - “Arrumo o meu espólio e amanho a horta”

Batalha, dando apoio nas cerimónias e no coro. Aprendeu a tocar algum instrumento? Não, nunca tive jeito para instrumentos. Andava sempre com um lamiré, para dar os tons. Depois do serviço militar, que fez? Fui para empregado de escritório, para a Serração de Madeiras da Batalha, em 1957. Um ano depois, entrei noutra firma, a cerâmica Carlos Joaquim Leirião, onde trabalhei 37 anos, também como empregado de escritório. O que fazia concretamente? Era responsável por toda a contabilidade da firma. Depois de vir do emprego, ainda tratava da contabilidade de algumas pessoas da terra, o que continuei a fazer mesmo depois da reforma. Para além disto, ainda fazia serviços como fotógrafo, sobretudo aos fins de semana, em casamentos. Cheguei a ter uma credencial para poder tirar fotografias no Santuário de Fátima. Além de todo esse trabalho, constituiu família... Sim. Casei em 1959 e em 2009 fiz as bodas de ouro. Tive os meus dois filhos, a Isabel e o Mário. Durante todo este tempo, a música esteve sempre presente na sua vida…

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Jornal da Golpilheira • 18 anos

. destaque . diversas .

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Casa do Benfica da Batalha

Convocatória

Eram domingos muito ocupados... Tinha a Missa na Golpilheira às 09h30, na Batalha às 11h00 e, no verão, ainda ia à Nazaré, onde assumia os ensaios do coro litúrgico da Missa das 18h00. Durante a semana, havia os ensaios e a participação no coro da Sé de Leiria, aos sábados, com o padre Carlos Silva, que cheguei a substituir como regente em algumas Missas. Como se preparava para toda esta responsabilidade? Durante 20 anos, fui ao Encontro Nacional de Liturgia, em Fátima, de onde trazia músicas. Depois, batia as letras à máquina e dava aos coros que ensaiava, para can-

tarmos nas Missas. Os ensaios com o padre Carlos Silva, no coro da Sé, eram também um momento de aprendizagem. Havia depois os livros publicados pela Diocese: Cantemos Todos e Assembleia Viva. Este último, também ajudei a compor. Falou há pouco no Coro Infantil. Como surgiu a ideia de criar um coral de crianças na Golpilheira? No início dos anos 80 havia na Golpilheira muitas crianças e não havia actividades para as ocupar. Agora há rancho, escola de música, futebol e outras actividades, mas naquele tempo não tinham nada com que se entreter. Como os costumes da terra são, tradicionalmente, religiosos, lembrei-me de juntar algumas crianças dos 7 aos 12 anos e formar um coro. Teve a sua primeira actuação na igreja da Golpilheira, no dia 1 de Novembro de 1982, dia de Todos os Santos e “dia do bolinho”. A partir daí, houve vários ensaios e começámos a ser convidados para cantar em casamentos, festas, aniversários, lares e encontros de coros em várias localidades. O Coro Infantil e Juvenil foi um

Exposição de carros antigos em Leiria

Como ocupa o seu tempo agora? Dedico-me a colocar em ordem as coisas que fui juntando ao longo da vida. Gosto também de amanhar o quintal. Apesar de já não coordenar, o “senhor Mário” continua a colaborar com o coro da terra sempre que necessário. “Agora a minha voz já não é a mesma”, solta em jeito de desabafo. O lamento não parece afinado com o testemunho que nos deu, mas o que diz de seguida atesta o tom de empenho e entrega com que pautou a sua vida: “As pessoas têm muita consideração para comigo e eu para com elas; ainda hoje me dizem que aprenderam muito comigo”. O reconhecimento pelo trabalho de Mário Costa não é apenas demonstrado pessoalmente, tendo já sido condecorado ao nível institucional pelo Município da Batalha e pela Junta de Freguesia da Golpilheira, pelos serviços prestados no âmbito da cultura. A voz de quem se dedica aos outros é assim, não se perde, recria-se e transforma-se nas vozes de outros, as mesmas que hoje agradecem o trabalho de quem se deu.

Esteve patente estádio Magalhães Pessoa, em Leiria, nos dias 26 a 28 de Setembro, uma grandiosa exposição de carros antigos. Tanto no exterior como no interior do espaço, eram muitos, bem restaurados e conservados os veículos históricos. Muitos deles, são autênticas jóias, muito bem guardados pelos seus proprietários. Também lá vimos alguns da Golpilheira. Estiveram expostos carros desde os anos 20 até aos nossos dias e receberam muitos milhares de visitantes. | MCR

MCR

Voltamos ao tema da música... Foi a minha vida. Fui responsável pelo coro da Batalha durante 50 anos, além de ir à Azoia, Pocariça, Maceira e Vale do Horto orientar os ensaios. Quando o Santuário da Nazaré fez 800 anos, fui o responsável pela liturgia daquela festa. Aqui na Golpilheira, coordenei o coro durante 55 anos. Desde 2010, é o Miguel Ferraz e a Marta Frazão que o dinamizam, que, por sinal, andaram no Coro Infantil e Juvenil que eu fundei.

espaço comum para diferentes gerações... Comecei com meia dúzia de crianças e, com o tempo, fomos crescendo. Chegámos a ter no ensaio 70 elementos ao mesmo tempo. Se eu queria ensaiar, tinha de ser logo no início, porque se fosse fazer uma outra coisa qualquer antes do ensaio, já não tinha hipótese. Depois, decidi dividir o coro em grupos, onde um responsável marcava a presença de cada elemento e eu depois, em casa, confirmava o mapa. No final dos ensaios, fazíamos jogos. Desde 1982 a 2003, passaram pelo coro 205 elementos, com idades entre os 7 e os 14 anos, que ali estiveram cinco ou seis meses alguns e outros oito anos.

De acordo com o artigo 22.º dos Estatutos da Casa do Sport Lisboa e Benfica na Batalha, convoco os Exmos. associados desta associação para uma assembleia geral ordinária, a realizar no dia 7 de Novembro de 2014 (sexta-feira), pelas 21h00, na sede, sita na rua D. Filipa de Lencastre – Lote 4 – Célula B, freguesia e concelho da Batalha, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Aprovação para o modelo de remuneração 2. Data limite para pagamento de quotas em atraso 3. Modelo de contacto com os sócios com quotas em atraso 4. Apresentação do novo cartão de sócio da Casa do Benfica 5. Outros assuntos Caso não estejam presentes, à hora marcada, a maioria dos sócios efectivos no pleno gozo dos seus direitos, a Assembleia funcionará, meia hora depois (21h30), com qualquer número de sócios. Batalha, 17 de Outubro de 2014 O presidente da Assembleia Geral Germano Santos Pragosa

Golpilheirenses presentes

Sarau cultural em Mira de Aire Vai decorrer no próximo dia 31 de Outubro, na Casa de Cultura de Mira de Aire, a partir das 21h00, um sarau com música popular, poesia, teatro, canção lírica, ballet, concertina e acordeão, fado e muitas outras surpresas. A organização é dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire e contará com a participação de três golpilheirenses, nomeadamente, Lena Pimparel na apresentação, Gracinda Rito num monólogo teatral e Telmo Bento a cantar o fado. A entrada é gratuita. pub

CONSTRUÇÕES


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18 anos • Jornal da Golpilheira

. cultura .

Outubro de 2014

. museu de todos. Ana Moderno e Emilie Baptista Equipa do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Peça do mês - Auto de inauguração da estátua equestre de D. Nuno Álvares Pereira Borges, e pelo ministro das Obras Públicas, José Albino Machado Vaz. O auto, datado de 27 de Abril de 1968, dia da inauguração da estátua, apresenta todas as individualidades presentes nesta inauguração, destacando-se o então Presidente da República, almirante Américo Tomás, o presidente do Conselho, António de Oliveira Salazar, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Borges, entre outras personalidades. O auto de inauguração contempla ainda as características da obra estatuária, realizada pelo escultor Leopoldo de Almeida, que utilizou “dezoito toneladas de bronze (fundidas na oficina de Bernardino Inácio Leite em Gulpilhares, Vila Nova de Gaia), das quais cerca de seis toneladas foram oferecidas pelo Ministério do Exército que quis, desta forma, assim comparticipar na factura do mesmo monumento”. O plinto da estátua é da autoria do arquitecto

No início de Dezembro, em Santo Antão

Festival de Bandas de Garagem Vai decorrer nos dias 5 a 7 de Dezembro, na União Cultural e Recreativa de Santo Antão o Festival de Bandas de Garagem da Batalha. Segundo a página de facebook da organização, “tem como grande objectivo a divulgação de novos projectos musicais de bandas desconhecidas ao publico em geral”. Anuncia-se, ainda, um prémio de 500 euros a distribuir pelas três banda vencedora, diversos prémios ao longo do festival e lembranças para todos os grupos participantes. Poderão participar todas as bandas sem contratos discográficos, com preferência pelas que apresentem trabalhos originais. Nas três noites do festival haverá animação com DJ convidados.

Jorge Segurado. Inicialmente destinada à cidade de Lisboa, a construção da estátua equestre foi mandada executar pela câmara daquela cidade, em 1966. Contudo, a polémica associada em torno da sua localização levou à intervenção de Salazar que, na sequência da sua visita à Batalha em Agosto de 1966, interpela o sub-secretário de Estado das Obras Públicas, engenheiro Rebelo Pinto, nos seguintes termos: “Eu achava que talvez na Batalha ficasse bem a estátua de Nun’Álvares Pereira que, como sabe, está destinada (…) a ser colocada na Praça da Figueira, naturalmente cercada de automóveis, como está a de D. José no Terreiro do Paço”. (Órfão, pág. 13). Após a tomada de decisão e terminada a obra, realizou-se, segundo o jornal Diário Popular de 27 de Abril de 1968, nesse mesmo dia “a solene e espectacular cerimónia de inauguração da estátua de D. Nuno

Álvares Pereira junto do Mosteiro da Batalha”. No mesmo jornal, encontramse descriminados os diversos momentos solenes da cerimónia, desde a chegada das mais altas individualidades até aos seus próprios discursos, onde destacamos um excerto do discurso de Américo Tomás: “Começo pela afirmação de que a estátua equestre de D. Nuno Álvares Pereira representará o guardião perpétuo daquele que foi seu companheiro de armas, seu amigo, seu rei, Mestre de Avis e fundador deste Mosteiro de Santa Maria da Vitória (…). Nenhum outro local teria o simbolismo deste e, por isso, a Nação (…) agradece ao Município de Lisboa (…) a preciosa dádiva e a generosa compreensão”. Fontes: - Catálogo do MCCB, 2011 - Júlio Órfão, “Mosteiro da Batalha. Outra maneira de o conhecer!...”, CEPAE, 2008. Fotos: MCCB

Durante a segunda metade do século XIX, o municipalismo e o poder local desenvolveram um difícil e longo processo de afirmação. Na Batalha, a luta pela recuperação do Concelho iria promover o sentido de identidade e afirmar o seu desenvolvimento económico, cultural e sócio-político. Daria ainda aos seus responsáveis a oportunidade de se associarem a uma causa e comprovar a força e o poder de uma comunidade. No Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) encontram-se diversos objectos e documentos associados a esta luta pelo poder local e a administração soberana do concelho. Salientamos, neste âmbito, os interessantes códigos de posturas de polícia de cabras e o Auto de Inauguração da Estátua de D. Nuno Álvares Pereira, este último um documento em folha A3 lacrado, assinado pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, general António Vitorino

APP inclusiva inédita nasce em Leiria

“O Pequeno Trevo” Única e inovadora, em língua portuguesa, “O Pequeno Trevo” é uma nova aplicação para dispositivos móveis produzida pela empresa Bons Exemplos para a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Leiria. Está disponível na App Store e brevemente na Google Play, com um custo final de 3,59 euros.

Trata-se de um livro inclusivo que conta, num único suporte, a história infantil em diversos formatos adaptados a diferentes necessidades de leitura: áudio-livro, vídeo-livro com Língua Gestual Portuguesa, linguagem em Símbolos Pictográficos para a Comunicação, ilustração táctil com áudio-descrição, sistema

braille e livro digital. Esta App veio recuperar a história original de “O Pequeno Trevo”, aproveitando o trabalho desenvolvido no âmbito do PLIP (Projecto Leitura Inclusiva Partilhada), desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Leiria. O livro original é de 2005, tem textos de Ana Cristina Luz e ilustrações de Mar-

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. entrevista . cultura .

Outubro de 2014

Visita guiada por Virgolino Jorge

No Mosteiro da Batalha

DR

Abastecimento de água ao Mosteiro O Mosteiro de Santa Maria da Vitória está a organizar uma visita especial ao monumento, mostrando como era feito ali o primitivo abastecimento de água. Virgolino Ferreira Jorge estudou o assunto e é o cicerone da iniciativa, cuja primeira sessão decorreu no dia 25 de Outubro, com vagas esgotadas, tal como estão também já esgotadas as inscrições para as de 1 e de 15 de Novembro. Assim, após disponibilização do guia, o Mosteiro anunciou já que estão previstas novas edições em Abril do próximo ano. Segundo este especia-

lista, “um mosteiro medieval, para funcionar em condições higio-sanitárias adequadas, carecia de uma infra-estrutura hidráulica sólida e tecnicamente efi-

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ciente, desde a captação de águas subterrâneas, seu transporte por gravidade, armazenamento e distribuição pelo interior do mosteiro, até à evacuação normal

dos efluentes domésticos e pluviais. As comunidades religiosas necessitavam de sistemas de abastecimento de água corrente para a cozinha, para beber, para a sua higiene corporal (abluções, barbear, tonsurar, etc.), para o saneamento das latrinas e, ainda, para usos agrícolas (irrigação dos jardins e pomares) e actividades industriais (accionamento de noras, moinhos, forjas, etc.)”. É isso que os interessados poderão observar no local, inscrevendo-se para diretor@mbatalha.dgpc.pt ou 244765497.

Ciclo de concertos em família

A igreja do Mosteiro de Santa Maria da Vitória vai acolher, no próximo dia 2 de Novembro, às 16h00, uma das sessões do Ciclo de Concertos em Família promovido pelo Ensemble de Metais da Filarmónica das Chãs. Será um concerto com comentários musicais, para a compreensão do contexto histórico e musical em que o reportório foi escrito. Uma viagem no tempo até aos dias de hoje, com obras de figuras marcantes da história da música, como Palestrina, Haendel, Bruckner, Mahler e John Rutter.

O Nariz na Batalha

“Contos Paralelos”

O grupo de teatro “O Nariz” apresenta “Contos Paralelos”, a 29 de Outubro, às 21h30, no auditório municipal da Batalha. O espectáculo, em forma de sessão de contos aberto a todos os interessados, tem como mote a valorização crescente das histórias antigas, que recriam seres e situações diversas da vida e do quotidiano. A entrada é livre, sendo a sessão dirigida a maiores de 16 anos. pub

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18 anos • Jornal da Golpilheira Outubro de 2014

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Mosteiro

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04-10 – Golpilheira - 1/Jolas – Figueiró dos Vinhos - 4 18-10 – Monte Real – 4/Golpilheira - 1 Próximos Jogos 01-11 – Golpilheira/Mirense 08-11 – Vilanovense/Golpilheira

Campeonato Distrital de Iniciados Masculinos – Série B 01-11, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Telheiro 16-11, 15h00 (Q. Sobrado) – Quinta do Sobrado/Golpilheira 22-11, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Amarense “B”

Campeonato Distrital de Juvenis Masculinos

04-10 – Golpilheira – 0/Núcleo do Sporting de Leiria – 6 11-10 – Amarense – 6/Golpilheira – 1 18-10 – Golpilheira - 1/Arnal - 6 19-10 – Golpilheira - 5/Telheiro - 0 (Taça Distrital – Pré Eliminatória) Próximos Jogos 01-11, 17h00 (Telheiro) – Telheiro/Golpilheira 08-11, 19h00 (Pav. Correia Mateus) – N. Sporting Leiria/Golpilheira 15-11, 16h00 Golpilheira/Amarense 23-11, 15h00 (Maceira Lis) – Arnal/Golpilheira

Campeonato Distrital de Juniores Femininos 24-10 - Ilha – 0/Golpilheira – 12 Próximos Jogos 08-11, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Vieirense 22-11, 19h00 (Louriçal) – Louriçal/Golpilheira

Futsal Seniores Femininos • Campeonato Nacional

Primeira Fase – Zona – Sul 27-09 – Golpilheira – 2/Louriçal – 1 04-10 – Arneiros – 0/Golpilheira – 4 11-10 – Golpilheira – 1/Ourentã – 2 25-10 – Quinta dos Lombos - 0/Golpilheira - 2 Próximos Jogos 09-11, 18h00 (Porto Salvo) - Leões de Porto Salvo/Golpilheira 15-11, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Benfica 22-11, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Vidais

Na zona desportiva

“Dia do Desporto” na Batalha O Atlético Clube da Batalha vai promover, no dia 2 de Novembro, das 09h30 às 18h00, um “ Dia do Desporto”, que visa proporcionar aos jovens e adultos a possibilidade de conhecerem um pouco mais o desporto que se pratica no concelho. Os interessados poderão experimentar, praticar, conhecer as regras de jogo e as experiências de quem domina as diversas modalidades. divulgação

Telma Santos soma vitórias rumo aos Jogos Olímpicos Rio 2016 Tinha oito anos de idade quando começou a jogar badmínton, na sua terra natal, Peniche. Influenciada pelo tio, Fernando Silva, que representou Portugal nos Olímpicos de Barcelona, em 1992, nunca mais parou a começou a somar sucessos desde pequena. Mais de 40 vezes campeã nacional, incluindo a revalidação este ano (desde 2000 foi 12 vezes campeã absoluta), Telma Santos é a atleta com mais títulos nacionais em singulares senhoras, várias vezes também campeã ibérica. Já conquistou mais de 500 taças e medalhas, entre as quais as de bronze e prata nos Europeus de Equipas Mistas, e um dos momentos altos da carreira foi a participação nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, onde conseguiu a proeza histórica de ser a primeira portuguesa a vencer uma prova olímpica na modalidade. A atleta da selecção nacional foi recentemente

DR

Futebol 11 • Veteranos

Badmínton com “coração golpilheirense”

forçada a uma paragem de vários meses por lesão, mas voltou na máxima força. A comprová-lo está a vitória no Open da Colômbia, no passado dia 28 de Setembro, vencendo na final a peruana Daniela Macias. Curiosamente, nesse mesmo dia, o seu tio Fernando Silva sagrava-se Campeão Europeu de Veteranos (+40), conquistando a medalha de ouro na final frente ao espanhol Mário Carulla. Voltando à Telma, a mais recente vitória foi em Israel, no Open de Kibutz Hatzor, que tinha ganho também

em 2013, título que revalidou numa final contra a croata Dorotea Sutara, no passado dia 25 de Outubro. A meta da atleta é a preparação para os Jogos Olímpicos do Rio, Brasil, em 2016. Tendo em vista esse objectivo, decidiu recentemente aceitar o convite para representar o Vendsyssel, equipa da Dinamarca, onde espera encontrar melhores condições e competição com maior nível de exigência. Obrigará a deslocações àquele país para estágios e competição, mas continuará os treinos em Portugal. “Não

vai ser nada fácil esta segunda qualificação para os olímpicos, pois exige uma grande condição física e psicológica, mas estou a lutar por isso com muita confiança”, referiu ela recentemente ao Jornal da Golpilheira. E como conseguimos chegar à conversa com ela? Muito fácil. É que a atleta tem “coração golpilheirense”, sendo um adepta incondicional da equipa de futsal feminino do CRG, também campeã nacional da última época. Assim, vem muitas vezes à Golpilheira e acompanha regularmente a equipa de máquina de filmar na mão, assumindo a tarefa de registar em vídeo os jogos e gerir o blog da equipa. Assim, é com muita alegria que registamos as vitórias desta “filha adoptiva” da Golpilheira e acompanharemos com toda a emoção a sua sempre brilhante carreira. LMF

Veteranos do CRG

Mais um jogo ganho na 3.ª parte Monte Real – 4 Golpilheira - 1 Realizou-se no passado dia 18 de Outubro, no campo de jogos de Monte Real, um jogo entre a equipa da casa e os veteranos do CRG. Antes do início, realizou-se um minuto de silêncio em memória de dois falecidos recentemente, Fernando Beliz, roupeiro de longa data daquele clube, e Elvira Patrício, mãe de Carlos Patrício, um dos fundadores da nossa equipa. Mal começou o jogo e já estávamos a perder. Ficámos atordoados com este golo e até aos 15 minutos da primeira parte, já estávamos a perder por 3-0. A partir daqui, o jogo equilibrouse e até tivemos algumas oportunidades de golo. No entanto, como é normal, os

parte. Os nossos colegas de Monte Real cedo se deram por vencidos e começaram, um a um, a abandonar o recinto de jogo. Jantar farto e muito bom.

MCR

Equipas do CRG

nossos jogadores acertam com mais facilidade nos postes do que na redes. O intervalo chegou. No reinicio, contra a corrente de jogo, foi o Monte Real a aumentar a vantagem. Como também é costume, a nossa equipa nunca baixa os braços. Mais oportunidades falhadas. Mais uma bola no poste. No entanto, o golo havia de surgir, numa insistência pelo flanco

direito, Ramalhete, a meias com um defesa contrário, marcou o nosso golo de honra. Até final, o resultado não se alterou. De salientar que a equipa de arbitragem foi chefiada por uma mulher, que não ficou nada mal na fotografia e fez ver a muitos homens como é que se apita. Também como é apanágio desta equipa, mais uma vez vencemos na terceira

Nova direcção Foi eleita, recentemente, a direcção que vai gerir os destinos da equipa de veteranos durante o próximo ano, que é composta pelos seguintes elementos: Director – Manuel Rito; ViceDirector – Joaquim Vieira; 1.º Secretário - Joaquim Cunha 2.º Secretário – João Henriques Tesoureiro – Virgílio Lucas Vogal – Luís José Treinadores: Jorge Rito, Miguel Monteiro e Paulo Rito Capitães de equipa: Virgílio Lucas Vítor Cruz e Mário Costa Massagista: António Lucas

MCR


Jornal da Golpilheira • 18 anos

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. desporto . do leitor .

Outubro de 2014

. opinião .

Campeonato Nacional de Futsal Feminino

Arranque magnífico e um tropeço Golpilheira – 2 Louriçal – 1 Este é um “derby” regional, no qual a nossa equipa sente mais dificuldades em casa do que fora. Foi disputado no Pavilhão da Golpilheira, no dia 27 de Setembro. Foi assim na época passada e nesta também se repetiu o mesmo resultado. Apesar da entrega das nossas atletas, a primeira parte foi fraca, contribuindo para isso o elevado número de passes errados. Não foram muitas as oportunidades de golo e o resultado nulo ao intervalo não surpreendeu. Esperava-se que o intervalo fosse bom conselheiro. No entanto, não foi isso que sucedeu, já que foi a equipa forasteira que se adiantou no marcador. As nossas atletas sentiram este golo e ficaram um pouco desnorteadas. Era mais com o coração do que com a cabeça que procuravam dar a volta ao marcador. Mercê duma falta à entrada da área da equipa visitante, Irina transformou-o em golo. Com o empate, a nossa equipa animou e foi uma vez mais Irina a marcar o golo da vitória. Estávamos perto do final e o Louriçal, como lhe competia, tentou pelo menos chegar à igualdade. Não permitiu a nossa equipa, que assim somou mais três pontos. O nosso público, nos momentos difíceis, soube sempre apoiar a nossa equipa, contribuindo também para a reviravolta no resultado. Arneiros – 0 Golpilheira – 4 Este encontro foi disputado no Pavilhão de Torres Vedras, no dia 4 de Outubro. Estivemos perante uma equipa que vinha de duas derrotas seguidas e sem nenhum golo marcado. Apesar disso, não se adivinhava um jogo fácil. Com uma postura muito defensiva, foi causando algumas dificuldades à nossa equipa. As nossas jogadoras ainda denotam alguma falta de entrosamento, falhando muitos passes, que à partida até parecem fáceis de executar. Tenho a certeza de que Teresa Jordão está atenta a esta situação e a melhoria da equipa irá acontecer nos próximos jogos. Faltam também

os remates espontâneos de meia distância e temos atletas para eles, que muitas vezes, com as defesas muito fechadas, são a única solução para marcar golos. As tradicionais jogadas ao segundo poste, que normalmente dão golo, até esta altura, não estão a acontecer. Mas voltando ao jogo, o nosso domínio nunca esteve em causa, mas os golos tardaram a acontecer. O primeiro surgiu a poucos minutos do intervalo, o que ajudou a desbloquear o jogo. Este golo foi obtido com a colaboração duma atleta da equipa da casa. O mais difícil estava feito. A seguir, apareceu a inspiração de Tita, que ainda antes do intervalo marcou mais dois golos. Saímos para intervalo, com o resultado confortável de 0-3. No segundo tempo, o ritmo do jogo foi o mesmo. A equipa dos Arneiros defendia como podia, para sofrer o menor número de golos. O nosso quarto golo apenas apareceu a dois minutos do final, também por Tita. A nossa equipa teve o tradicional apoio dos nossos fieis adeptos, com Dalila, com a sua voz característica e os seus cânticos, animando a bancada, transmitindo uma mensagem importante para toda a equipa. Golpilheira – 1 Ourentã – 2 Este encontro foi disputado no Pavilhão da Golpilheira, no dia 11 de Outubro. Defrontámos uma equipa acessível, mas que devido à conjugação de diversos factores nos conseguiu vencer. Começámos por controlar o jogo, criando algumas boas oportunidades. No entanto, a ineficácia das nossas jogadoras foi excessiva, assim como a eficácia da guarda-redes contrária. No primeiro remate que fizeram à nossa baliza, marcaram o seu primeiro golo. Cem por cento de eficácia, contra zero da nossa equipa. Em desvantagem, competia-nos ir à procura do golo. Conseguimos empatar, por Irina, depois de uma excelente abertura de Carolina Silva. Sentiu-se que, a partir daqui, a nossa equipa tinha condições para chegar à vitória,

que estava ao nosso alcance. O desperdício de oportunidades de golo sucedia-se em catadupa. Na gíria futebolística, diz-se muitas vezes que quem não marca sofre. Esta profecia confirmou-se. Sem o justificar, a equipa visitante chegou ao segundo golo, que ditou o resultado final. Com este resultado chegámos ao intervalo, apesar da Ourentã ter desperdiçado uma boa oportunidade para marcar, na sequência dum livre de dez metros. Joana Lara opôs-se à sua marcadora com valentia, evitando assim males maiores. Tínhamos toda a segunda parte para dar a volta ao jogo. O nosso domínio acentuou-se, mas o golo da tranquilidade não havia meio de aparecer, apesar das tantas e tantas oportunidades criadas. Na ânsia de marcar, perdemos a posse de bola, permitindo a uma jogadora da Ourentã surgir na cara de Joana Lara. Esta, destemida, saiu dos postes e defendeu. O tempo passava e o golo do empate não surgia. O nervosismo e a ansiedade foram-se apoderando das nossas jogadoras. A cinco minutos do final, Teresa Jordão utilizou a última arma que tinha à sua disposição: lançou Jéssica Pedreira como guarda-redes volante, criando superioridade numérica, mas assumindo também os riscos desta táctica. Nem com esta situação conseguimos marcar. Beneficiámos de um livre directo, mas nem esta oportunidade conseguimos concretizar. Esta foi uma “noite não”, que esperamos não se repetir. Melhores dias virão e as vitórias vão voltar. Não há que esmorecer. Mas devese analisar e corrigir o que esteve mal. O primeiro objectivo é passar esta fase de apuramento, para depois defender o título nacional. No entanto, com muito respeito pela equipa da Ourentã, para revalidar o título, não podemos perder encontros como este. O nosso público foi extraordinário no apoio à equipa. Quinta dos Lombos – 0 Golpilheira – 2 O encontro disputado no dia 24

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de Outubro, no Pavilhão da Quinta dos Lombos, em Carcavelos, vinha depois deste desaire da nossa equipa frente à equipa da Ourentã. Era um teste importante para quem duvidasse do valor da nossa equipa. Por vezes, é com a derrota, em algumas batalhas, que se corrigem erros para ganhar as guerras. Teresa Jordão preparou bem a estratégia para trazer um resultado positivo da casa de um adversário sempre difícil. A nossa equipa encaixa melhor com adversários que também procurem o golo, do que com aquelas que se fecham muito na sua defesa, explorando apenas o contra ataque. A primeira parte foi equilibrada, com poucas oportunidades de golo para ambas as equipas. E quando estas surgiram, lá estavam as guarda- redes para resolver. O segundo tempo foi bastante diferente. A partir dos cinco minutos, começámos a mandar no jogo, criando algumas oportunidades de golo. Numa delas, Inês enviou uma bola à trave. O golo adivinhava-se a qualquer momento. Num livre muitas vezes ensaiado, depois da bola ter passado por duas jogadoras, o que baralhou a defesa contrária, Irina, com um potente e bem colocado remate, de pé esquerdo, abriu o activo. A ganhar por um zero, continuámos a pressionar a equipa da Quinta dos Lombos, que raramente construía jogadas de perigo. Quando conseguiam rematar, lá estava Verónica, que defendeu a nossa baliza com unhas e dentes. Fomos à procura do segundo golo. Numa excelente jogada, Raquel, com um toque subtil, conseguiu-o. Mas a nossa equipa não estava satisfeita e queria o terceiro, que por muito pouco não aconteceu. Por aquilo que trabalhou, a nossa equipa, mereceu este resultado. Todas as atletas foram duma entrega total, e uma vez mais demonstrámos que “o campeão não morreu”. Após uma paragem no próximo fim-desemana, virá mais uma deslocação difícil, no dia 9 de Novembro, a Porto Salvo, contra a equipa local. Carrega “Golpilhas”. Manuel Carreira Rito

CRG na selecção nacional

Selecção da AFL Sub-20

As nossas atletas Liliana Salema (Licas) e Patrícia Rino (Tita) foram convocadas pelo seleccionador nacional, Luís Conceição, para o estágio que decorreu em Rio Maior, de 19 a 22 de Outubro. Licas já é internacional, enquanto Tita foi convocada pela primeira vez. A nossa selecção, antes de participar no torneio mundial, vai efectuar dois jogos de preparação com a equipa da Ucrânia. A ambas desejamos a melhor sorte.

A selecção da Associação de Futebol de Leiria conseguiu apurar-se para a fase final do Torneio Inter-Associações. Integram esta selecção as nossas jogadoras Fabiana, Filipa Fonseca, Ana Pedro e Rita Ferraz, bem como a nossa treinadora Teresa Jordão. A fase de apuramento teve lugar em Évora, nos passados dias 17 a 19 de Outubro. Os resultados dos três jogos foram os seguintes: Leiria – 2/Setúbal – 1; Leiria – 2/Portalegre – 0; Leiria – 4/Algarve – 1. A fase final vai realizar-se nos dias 1 e 2 de Novembro, na Nazaré. Dia 1: 10h00 Porto/Lisboa; 12h00 - Leiria/Vila Real. Dia 2: 10h00 - Jogo 3.º/4.º lugar; 12h00 - Final.

José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário (Insc. 0755 O.E.T)

Os jardins da Vila Heróica Esclarecimento

No mês passado, estive presente numa reunião de exportação promovida pelo ICEP, a primeira etapa do Roadshow Portugal Global, para os mercados do Japão e Polónia, nas instalações do NERLEI, em Leiria. Aí encontrei o presidente da Câmara da Batalha, com quem conversei sobre o artigo que escrevi na última edição do nosso jornal, acerca do desleixo dos jardins defronte das Capelas Imperfeitas. Tive oportunidade de ser por ele esclarecido que há um contencioso com o construtor que fez as obras de melhoria naquela zona, daí o estado lastimável daquele jardim. Assim, apresento as minhas desculpas ao executivo da Câmara Municipal e ao líder do partido da oposição, pelas observações que fiz no referido artigo.

José Travaços Santos

Tendo participado, a convite do engenheiro técnico agrário Arménio Vasconcelos, em Figueiró dos Vinhos, num evento cultural promovido pela Academia Literária de Artes Lusófonas (ACLA), foi com muito agrado que o ouvi pronunciar o nome do nosso amigo e conterrâneo José Travaços Santos, com palavras de muito apreço por este homem da cultura natural do nosso concelho. Foi ali também entregue uma distinção a Adélio Amaro, na presença de muitos convidados, nomeadamente, sócios e colaboradores da ACLA, espanhóis e brasileiros. Já me inscrevi também como sócio.


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18 anos • Jornal da Golpilheira

. temas .

Outubro de 2014

. o frente a frente comunicacional .

. economia .

. combatentes . Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

A origem do “Cristo das Trincheiras” (I) O marketing relacional e a mediação de conflitos

Andreia Rodrigues Mestre em Marketing Relacional

O marketing é considerado de grande importância para qualquer sector empresarial nos dias que correm, pois pretende, por via da satisfação e fidelização dos clientes, que as organizações obtenham um melhor desempenho. A gestão das relações é, assim, considerada essencial pelo marketing relacional. Deste modo, a orientação para o cliente é fundamental, pois é um elemento chave para as organizações, encontrando-se no centro das decisões estratégicas. Para isso, é importante as empresas apostarem nas relações a longo prazo, na confiança e nos benefícios mútuos, para que sejam criadas relações onde os intervenientes obtenham vantagens recíprocas. Um dos factores que contribuem para os bons resultados já referenciados é a existência de uma comunicação eficaz entre as organizações e os diversos públicos-alvo. Pode-se, ainda, afirmar que o facto de se viver num ambiente bastante competitivo entre as empresas torna ainda mais relevante a comunicação para o cliente. Assim, actualmente é cada vez mais importante o desenvolvimento de uma comunicação clara e objectiva, que permita a criação de situações de ganho-mútuo. É neste enquadramento que se pode falar no marketing relacional e na mediação de conflitos, pois apostam na negociação e na comunicação como forma de criar relações win-win, ou seja, relações ganha-ganha. Este tipo de relações tem o intuito de os participantes no processo de comunicação saírem satisfeitos. É, assim, fundamental que exista negociação e cooperação, de modo a permitir a criação e manutenção de relações futuras entre os intervenientes. Além disso, por um lado, aborda-se este tema com o objectivo de se apresentar a comunicação numa óptica win-win (ganha-ganha) e de se visualizarem os pontos em comum que o marketing relacional e a mediação de conflitos possuem entre si. Por outro lado, este tema é importante porque no nosso país há um desconhecimento sobre a área da mediação de conflitos, como uma alternativa aos tribunais, e sobre os tipos de mediação existentes, como é o caso da mediação resolutiva e da mediação preventiva. Para uma melhor compreensão, veremos em próximas edições os conceitos de marketing relacional, de mediação resolutiva e de mediação preventiva, assim como as suas vantagens e objectivos. Palavras-chave do tema: comunicação; marketing relacional; mediação de conflitos; negociação e relações win-win.

Cristina Agostinho Docente Ens. Superior

O IRS e as despesas de Educação

Uma surpresa surge na proposta de lei do IRS e volta a baralhar as contas do imposto a pagar em 2015. Para além das deduções das despesas gerais familiares e dos gastos de saúde, a reforma do IRS vai, afinal, ter em conta as despesas de educação de forma autónoma, através de um abatimento ao rendimento líquido até 2.250 euros por declaração de IRS. A lei que ainda se encontra em vigor prevê que as despesas de educação possam ser dedutíveis à colecta do IRS, ou seja, depois de já ter sido determinada a taxa de imposto a que o contribuinte está sujeito. Agora, o Governo cria um abatimento ao rendimento líquido, ou seja, ainda antes da determinação da taxa de imposto a que cada contribuinte está sujeito. No entanto, esta utilização de 1.100 euros por cada sujeito passivo ou dependente está limitada a um máximo de 2.250 euros por declaração de rendimento. “No apuramento do rendimento colectável dos sujeitos passivos residentes em território português, à totalidade dos rendimentos líquidos apurados nos termos das secções anteriores são dedutíveis as despesas de educação e formação do sujeito passivo e dos seus dependentes, até ao limite de 1.100 euros por cada sujeito passivo ou dependente.” O documento especifica que se consideram despesas de educação os encargos com o pagamento de creches, jardins-de-infância, lactários, escolas, estabelecimentos de ensino e outros serviços de educação, bem como as despesas com manuais e livros escolares. Por outro lado, fica ainda estabelecido que as despesas de educação e formação suportadas só são dedutíveis se forem prestadas por estabelecimentos de ensino integrados no sistema nacional de educação ou reconhecidos como tendo fins análogos pelos ministérios competentes, ou por entidades reconhecidas pelos ministérios que tutelam a área da formação profissional. Uma outra medida da reforma do IRS passa pelo alargamento dos vales de educação para os filhos até aos 25 anos (actualmente até aos 7 anos). A ideia do Governo é que estes títulos, isentos de IRS e dos descontos para a Segurança Social, possam ser atribuídos pelas empresas aos trabalhadores para o pagamento de escolas, serviços de educação, propinas de universidades e despesas com manuais escolares. Fontes: www.publico.pt e www.dn.pt

No artigo de hoje e do próximo mês, iremos dar-vos conta de um episódio, no mínimo enternecedor, que, embora ligado à nossa participação na Grande Guerra de 1914-1918, em França, não será devidamente conhecido, mesmo por quem mais se interessa por estes episódios da nossa história militar e pátria. Os combatentes, os batalhenses e os portugueses em geral, que eventualmente já tenham visitado, no interior do Mosteiro da Batalha, a Sala do Capítulo e o Museu do Combatente, terão admirado, no primeiro destes dois locais, fixa na parede de fundo, uma grande cruz em madeira, com um Cristo moldado em tamanho natural, mas tremendamente mutilado, designadamente as pernas (faltam-lhe as duas, dos joelhos para baixo) e do membro superior direito, ao nível da mão e do pulso. No Museu existe uma foto em tamanho quase natural, também do mesmo Cristo, mas já com as referidas mutilações, em fundo de “terra de ninguém”, mais concretamente, dos campos de batalha da Flandres, após a épica batalha de La Lys, como sabemos, de triste memória para os combatentes portugueses que nela participaram. A história que genericamente conhecemos deste Cristo crucificado e da sua vinda para Portugal é que, aquando da chegada das nossas tropas àquela região da Flandres, ele estaria ainda erecto entre as localidades de Lacouture e NeuveChapelle, embora estas povoações já estivessem quase reduzidas a escombros; que as mutilações foram provocadas pelo ataque alemão, no dia 9 de Abril de 1918, durante a batalha de La Lys (que também fez desaparecer do mapa NeuveChapelle); que as tropas portuguesas, apesar de quase dizimadas nessa batalha, quando recuaram para o sector aliado, trouxeram consigo o Cristo já mutilado; e que, finalmente, em 1958, após contactos entre os governos português e francês, o Cristo veio para Portugal, tendo sido colocado na Sala do Capítulo, no dia 9 de Abril desse ano, onde tem estado exposto até hoje. Poderemos aqui questionar o que terá levado uns quantos soldados portugueses a carrearem com o Cristo, já mutilado, enquanto, ainda sob fogo inimigo, recuavam desordenadamente para a retaguarda, em busca de protecção junto de outras forças aliadas. Mas a resposta não será difícil, se nos lembrarmos de que em 1917 já se tinha dado a batalha de Neuve-Chapelle e, quando os soldados portugueses chegaram à zona, o Calvário, tal como aquelas povoações, já tinham sido severamente bombardeados, mas a cruz e o Cristo, como que por milagre, ainda se mantinham de pé! Ora, um cenário destes, para os filhos dum povo genuinamente católico e temente a Deus, terá sido como que um sinal dos céus, sendo perfeitamente natural que, ainda perante a sua inumana existência nas trincheiras, os nossos soldados tenham pedido a protecção divina, simbolizada por aquele Cristo crucificado. Recordados estes episódios, da maioria conhecidos, fica, no entanto, por esclarecer, quando e por quem foi erigido aquele Cristo Crucificado, ali, naquele local, onde, por coincidência ou não, foi bivacar, em 1917, o grosso do Corpo Expedicionário Português (CEP), incumbido da missão de defesa daquela região das investidas das tropas alemãs. Provavelmente, este pormenor não se revestiria de grande interesse, a não ser para um ou outro “coca-bichinhos”, porque o mais importante foi que aquele Cristo estava no sector das tropas portuguesas, as quais o terão elegido seu protector e que, finalmente, em 1958, ele veio para Portugal. Até que, muito recentemente, e sem que nada tivéssemos feito para isso, nos foi desvendado esse “mistério”, ou seja, fortuitamente, ficámos a saber quando e por quem aquele Cristo foi erigido no local onde as nossas tropas com ele se depararam, quando chegaram àquela região da Flandres. O enigma esclarece-se com meia dúzia de palavras: em 1877, duas famílias parentais francesas ali residentes, os Bocquet e os Plouviez, construiram um Calvário, onde pontificava o Cristo crucificado, no ângulo da rua do Bois (pequeno bosque) e rua Jacquet. Após as vicissitudes ocorridas durante a guerra e já relatadas, inclusive a importância que o Cristo teve para as tropas portuguesas, finalmente a paz voltou. O senhor Louis Bocquet sobreviveu, voltou a tomar posse dos seus haveres, inclusive do Cristo mutilado onde os nossos combatentes o deixaram, quiçá, pesarosos por não o terem podido trazer com eles. Aquele proprietário recolheu-o e preservou-o como estava, até que, em 1957, o governo português, por intermédio do francês, pede aos seus descendentes a doação desta relíquia, ao que aqueles anuíram. Assim, no ano seguinte, o “Cristo das Trincheiras” deixa Neuve-Chapelle para se instalar na Sala do Capítulo do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Da forma como tivemos acesso a tão preciosa informação, dar-vos-emos conta no próximo artigo.


Jornal da Golpilheira • 18 anos

. temas .

Outubro de 2014

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. saúde .

Ana Maria Henriques Enfermeira

Cirurgia de ambulatório A cirurgia de ambulatório é um serviço que existe em alguns hospitais e que oferece tratamentos cirúrgicos sem necessidade de internamento. Este serviço existe já há alguns anos em Portugal e tem vindo a aumentar a sua oferta e a diminuir as listas de espera para cirurgias e os custos totais destes procedi-

mentos. Para este serviço são encaminhados doentes que necessitem de alguma intervenção não urgente e que não requeiram um internamento hospitalar. Exemplos muito frequentes são as cirurgias para excisão de quistos ou para algumas cirurgias ao nariz e garganta, sendo principalmente úteis em cirurgias pediátricas. É necessário cumprir vários requisitos, como uma distância máxima da residência ao hospital, acompanhamento ininterrupto, entre outros. Após uma consulta com o cirurgião que identifica a sua necessidade, é explicado o procedimento, confirmadas as condições para a cirurgia de ambulatório e prescritos exames médicos pré-cirúrgicos, por exemplo, electrocardiograma (ECG), radiografia (Rx), análises ao sangue e urina. Depois, é

marcada uma consulta com o anestesista para verificar o estado de saúde e a capacidade do doente em lidar com a anestesia. A equipa de enfermagem tem também um papel preponderante na preparação do doente, sendo numa consulta explicados todos os procedimentos que terão de ser realizados em casa antes da cirurgia e também todos os cuidados que devem ser prestados pelo cuidador após a cirurgia. O doente e o acompanhante têm de frequentar estas várias consultas pré-cirúrgicas e assinar um termo de responsabilidade, depois de compreender todas os pontos-chave e de ver esclarecidas todas as dúvidas. Com todos estes preceitos cumpridos, pode ser marcada a cirurgia e, com os cuidados pré-cirúrgicos realizados em casa, o doente deve dirigir-se ao serviço de cirurgia de ambulatório no

dia previsto, acompanhado pela mesma pessoa que o acompanhou durante a preparação. Após a entrada no bloco operatório, a equipa de enfermagem recebe e prepara o doente, o anestesista coloca-o a “dormir” e o cirurgião faz a cirurgia que estava programada. Depois de terminado o procedimento, o doente irá acordar já numa sala de recobro, podendo ou não o seu cuidador estar presente e, após recuperação total da consciência e das suas necessidades básicas de urinar e comer, poderá sair do serviço após confirmação dada pelo cirurgião, anestesista e equipa de enfermagem. Durante a preparação para a alta, são transmitidas várias informações, sendo as mais importantes: a proibição do doente sair de casa durante o primeiro dia (pelo menos); a obrigatoriedade de estar acompanhado as

primeiras 24 horas (pelo menos); e a indicação para se dirigir ao serviço de cirurgia de ambulatório, ou ao serviço de urgência após o fecho do primeiro, acompanhado pela carta de alta, sempre que surgir algum sinal ou sintoma diferente (a febre é um dos principais). Dependendo da cirurgia, a equipa de enfermagem irá realizar consultas telefónicas para avaliar o estado de saúde do doente e serão sempre marcadas

consultas de seguimento pelo cirurgião. Este serviço tem mostrado muito valor e muitas vantagens, entre elas, a melhoria da qualidade, uma recuperação pós-operatória em ambiente familiar mais rápida do que a efectuada num internamento, uma redução das listas de espera cirúrgica, redução do “stress”, menos complicações pósoperatórias e menos despesas em saúde. pub

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. do leitor

.

infantil .

18 anos • Jornal da Golpilheira Outubro de 2014

. opinião .

3.º ano do 1.º Ciclo

Mosteiro de Santa Maria da Vitória

“Não caiu... Não cairá”

DR

LMFerraz

Num dos recentes programas, ditos culturais, foi exibido no Mosteiro da Batalha um espectáculo de teatro versando a lenda da queda da Capela do Fundador. Esta lenda, e por isso mesmo, é motivo de falta de veracidade, porque parece que no ano de 1402 Mestre Afonso Domingues já não existiria fisicamente entre os vivos. Mas o que me leva a fazer este pequeno escrito é para perguntar, a quem mais sabe do que eu, o seguinte: por onde seria a entrada principal das Capelas Imperfeitas? Os historiadores, o senhor director do Mosteiro poderão, se quiserem, desfazer este problema existencial que me atormenta? Tenho percorrido desde a minha juventude as belas Capelas Imperfeitas, ou Incompletas, e não encontro parede ou qualquer sinal ou indício que me permita dizer “foi por aqui, era para ser por ali”. E isto leva-me ao título da minha escrita, que no fim será como uma charada: o “cairá...” seria relacionado com o prolongamento da nave central do Mosteiro? Um curioso. António A. S Pereira Grosso


Jornal da Golpilheira • 18 anos

. infantil .

Outubro de 2014

Olá a todos!

Cá estamos nós outra vez, cheios de energia e muita alegria, por regressar à escola! Como podem ver, temos trabalhado muito e brincado bastante. Falámos do Outono, das novidades que ele trouxe e também da alimentação, para sermos saudáveis e felizes. Agora, estamos a preparar o Bolinho e iremos bater à vossa porta! :) ...Ó tia, dá bolinho?... Que eu dou um beijinho! Bom Bolinho para todos!

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Jardim-de-Infância da Golpilheira

Desapareceu a tartaruga Joana!!!

Desapareceu, no último fim-de-semana de Outubro, a tartaruga Joana, do Jardim Infantil da Golpilheira. Tinha 20 anos e foi oferecida ao Jardim há dois anos e meio. Era um bem da comunidade, que as crianças adoravam, respeitavam e tratavam com carinho. Se alguém a levou por brincadeira ou quem souber onde possa estar, agradecemos a informação. Os meninos e as meninas do Jardim estão muito tristes... vamos dar-lhes a alegria de voltar a ter a companhia da sua Joana!


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18 anos • Jornal da Golpilheira

. sugestões de leitura .

Outubro de 2014

. Espiritualidade .

Paulus Editora

Francisco, de Roma a Jerusalém Do outro lado da rua - 25 anos, 25 vidas Marta Atalaya

Comunidade Vida e Paz Para marcar os 25 anos da Comunidade Vida e Paz, surge este livro de testemunhos de pessoas que marcaram a história daquela instituição de solidariedade social nacionalmente reconhecida pela actividade junto dos sem-abrigo e das populações mais carenciadas da cidade. Ainda em Junho deste o presidente da República a condecorou com o título de membro honorário da Ordem da Liberdade, pelos “serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e à causa da liberdade”. Neste livro, com o subtítulo “25 anos, 25 vidas”, a jornalista Marta Atalaya entrevistou 25 pessoas, cujas vidas foram marcadas pelo apoio que receberam desta organização ligada ao Patriarcado de Lisboa. Diz, precisamente, o Patriarca D. Manuel Clemente, que a obra “tem em cada página a carne e a alma de gente concretíssima e o local definido das vidas vividas, sofridas e retomadas”.

Credo do povo de Deus Papa Paulo VI

No encerramento do Ano da Fé de 1968, o Papa Paulo VI proferiu uma profissão de fé, segundo o próprio pontífice «suficientemente explícita e completa para satisfazer, de maneira adequada, à necessidade de luz que angustia tantos fiéis e todos aqueles que no mundo buscam a Verdade, seja qual for o grupo espiritual a que pertençam». Por ocasião da beatificação de Paulo VI, queremos recordar esta belíssima profissão de fé.

O que é o paraíso? Angelo Amato

Uma reflexão sobre as principais questões relacionadas com o paraíso, tais como as imagens, a linguagem, a influência da cultura, a tradição, a liturgia, etc. Procura contribuir para esclarecer as dúvidas sobre este elemento essencial da nossa fé.

Henrique Cymerman e Jorge Reis-Sá

Rezar, cantar e crescer

Thereza e João Ameal Livro/CD É já o quarto livro que Thereza Ameal dedica aos mais novos e o terceiro de uma mesma colecção infantil. Mas este tem a novidade de incluir um CD com músicas criadas pelo filho. João Maria Ameal e a banda Fogo Posto já tinham colaborado no livro anterior “1/3 Oração Jovem”, mais vocacionado para a juventude e para o público adulto. “Eram músicas diferentes, baladas, rock”, para ajudar a rezar o Terço. Neste, explica Thereza Ameal, “as músicas são diferentes, nalguns casos a letra é a mesma das orações que eu escrevi, noutros foi o João Maria que escreveu as letras para ajudar a tornar isto tudo mais dinâmico”. A receita do livro anterior é, assim, repetida, até porque Thereza Ameal não tem dúvidas - a música ajuda a evangelizar: “é uma linguagem que é muito fácil, para os pais e para os catequistas, torna muito mais simples fazer as crianças participarem”. Cada oração “tem sempre uma pequena dinâmica, para mostrar que rezar, ser cristão, não é só dizer palavras, é ter um tipo de vida, seguir Jesus com acções”.

Guerra e Paz|Clube do Livro SIC O papa escolheu a Terra Santa como primeira visita pastoral, mas tudo parecia indicar que tal não fosse possível. Henrique Cymerman, que o próprio Francisco apelidou de «anjo da paz», foi decisivo a desbloquear alguns problemas e a visita aconteceu. O jornalista da SIC e o escritor Jorge Reis-Sá acompanharam Francisco nos três dias de peregrinação e estiveram com ele no Vaticano. Desses encontros e dessa viagem nasceu este livro. Com o conhecimento e a bênção do próprio papa, o livro segue o percurso de Francisco na Terra Santa. Vamos, pois, ser peregrinos ao seu lado: quando pousa a mão no muro das lamentações, estamos lá; quando reza na margem do rio Jordão, estamos lá; quando cruza as fronteiras, quando foge ao protocolo e pára no muro em Belém, estamos lá; quando beija a mão dos sobreviventes do Holocausto, quando vai até ao campo de refugiados, quando finalmente consegue realizar a «Invocação pela Paz», no regresso a Roma — nós estamos sempre com ele. Com fotografias e reproduções de documentos inéditos, as homilias e os discursos do papa, os testemunhos exclusivos dos que com ele viajaram e dos seus dois grandes amigos, Alicia Barrios e Abraham Skorka. Esta é uma viagem pela paz. Uma história escrita, lado a lado, por um judeu e por um católico, cujos caminhos se cruzaram ao encontrar Francisco. O mais importante relato vivo do acontecimento que só foi possível pela mão daquele que melhor encarna as palavras de Santa Catarina de Sena: «o doce Cristo na Terra».

Infiltrado Jeff Abbott Asa | Leya

Corações ao alto - Introdução à liturgia da Igreja José Manuel Cordeiro

A Liturgia é a primeira e a grande escola permanente da fé e da vida espiritual, porque aí a Igreja celebra sempre o mesmo e único mistério de Cristo. Educar à participação em ordem a uma experiência viva no Mistério de Cristo e da Igreja é um enorme desafio. Este é um contributo singelo à pastoral e à espiritualidade litúrgicas apresentado de modo mais familiar e divulgativo. Gostaria que fosse também um humilde auxílio para dar cumprimento ao refrão do Movimento Litúrgico: «Levar a Liturgia ao povo e trazer o povo à Liturgia.»

Na cozinha com os santos - Receitas do Céu e da Terra

Pobre para os pobres - A missão da Igreja Andrea Ciucci Gerhard Müller

Este livro apresenta as reflexões do cardeal Müller sobre o tema da pobreza em relação à missão evangelizadora e libertadora da Igreja Católica. O cardeal, actual prefeito da Congregação para Doutrina da Fé, propõe uma reflexão sobre a pobreza independente de ideologias e extremamente enraizada no Evangelho e na doutrina social da Igreja. Prefácio escrito pelo Papa Francisco e contributos dos teólogos Gustavo Gutiérrez e Josef Sayer.

Paulo Sartor

As receitas que marcaram a vida dos santos ou que nelas se inspiraram: desde as quiches de camarão que uma amiga preparava para São Francisco até ao doce preferido por São João Paulo II, desde os guisados do padre Pio de Pietrelcina até às polentas para São João XXIII. Sessenta modos de descobrir (e apreciar) os aromas e os sabores que acompanharam os santos e os beatos mais amados.

Quando o melhor cliente – e amigo – de Sam é assassinado à porta do seu bar de Miami, ele decide procurar justiça. Determinado a descobrir a ligação entre a morte do amigo e uma bela e misteriosa desconhecida, Sam infiltra-se no seio dos Varela, uma das famílias mais importantes e perigosas de Miami. Ali desempenha um papel onde um movimento errado significa a morte, enfrentando um poderoso e instável magnata que tenciona dividir o seu império empresarial entre os três filhos, todos eles muito diferentes e com os seus próprios segredos assassinos. Sam é implacavelmente arrastado para o drama intenso da família, recordando-se de forma dolorosa das suas próprias relações destroçadas como filho, irmão, pai e marido. E justamente quando acha que compreende por que motivo a família está a auto-destruir-se e se prepara para desmascarar o assassino, descobre um segredo mortal tão chocante que os Varela não podem deixá-lo partir com vida...

A Fórmula da Saudade Daniel Oliveira

Oficina do Livro | Leya A conhecida apresentadora de televisão Camila Vaz vê-se obrigada a fugir de Portugal para atenuar o escândalo provocado pelo lançamento do livro “A Persistência da Memória”. Quando finalmente decide reaparecer em público, recebe um jornalista num hotel do Rio de Janeiro, no último dia do ano – e rapidamente o encontro se torna um espaço de confissão e sedução, despertando sentimentos e memórias de ambos há muito perdidos no tempo. A conversa entre os dois trará à superfície a paixão e o ciúme, a inocência e a perversão, a fé e o sexo, levando a que o entrevistador recorde a bela história de amor que lhe corre no sangue – a dos seus avós, Zulmira e Joaquim, que se conhecem na Lisboa dos anos 1950, até que o jovem oficial é enviado para as colónias portuguesas na Índia, onde a tensão social fará com que a sua missão termine em tragédia. O que sucede depois de acontecer o pior? Será possível condensar a saudade numa fórmula universal que descodifique o amor, a morte, a vida? E como é que uma conversa entre um homem e uma mulher se pode tornar uma viagem ao íntimo da alma humana?

Comer Saúde

Dr. Michel Lallement Guerra e Paz|Clube do Livro SIC O que têm em comum o cancro, o Alzheimer, a diabetes, a fibromialgia, a artrose, a osteoporose e a obesidade? Resposta: além de estarem a afectar cada vez mais pessoas, estas e outras doenças têm origem numa inflamação crónica das nossas células, cujas causas estão muitas vezes associadas ao consumo de alimentos tóxicos e a intolerâncias alimentares. Em “Comer Saúde”, o Dr. Michel Lallement, cirurgião oncológico com mais de vinte anos de experiência, explica e mostra-nos como funcionam na prática os mecanismos por meio dos quais intoxicamos o nosso organismo com uma alimentação inadequada e ensina-nos a escolher o que comemos, invertendo o caminho que nos pode levar ao encontro de algumas das piores doenças dos nossos dias. Mais do que uma dieta ou receitas, este livro oferece ferramentas e conhecimento para que cada um de nós possa ser o seu próprio nutricionista, conseguindo assim prevenir e combater as doenças que mais afectam a população mundial.

A Minha Professora é a Melhor do Mundo

M.ª João Lopo de Carvalho Ilust.: Helena Nogueira Oficina do Livro | Leya A carteira da primeira fila, quase coladinha à professora, não era o sítio preferido do Gil... Mas a Inês gostava de o ter por perto e ensinou-o a ver a matéria com outros olhos. Uns olhos que encontravam tesouros escondidos e seres mágicos dentro da mala da professora. E para que serviriam? Junta-te ao Gil e à Inês... e com eles descobrirás também um tesouro!


Jornal da Golpilheira • 18 anos

. entrevista . . sugestões de leitura e de música . solidariedade

21

Outubro de 2014

. solidariedade . Peditório contra o cancro A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) vai realizar o seu peditório nacional entre os dias 31 de Outubro e 3 de Novembro, sendo esta uma das mais importantes acções de angariação de fundos que permite à instituição dar continuidade aos diversos projectos que tem vindo a desenvolver.

A Virgem

Tempestade Celestino Guerra e Paz Editores Catarina é muito bonita, religiosa, educada, obediente, bondosa. Não há em toda a cidade do Lobito nenhuma moça que cante como ela. E é virgem. Talvez demasiado virgem. Catarina é a mulher que todo o homem quer ter. Pretendente à mão de Catarina, o maestro Martins da Silva Caquarta é o homem que nenhum homem quer ser. Esqueça os tempos coloniais e as guerrilhas de outrora, “A Virgem” é um romance sobre a vida em Angola como ela é HOJE. Fácil de ler, com uma escrita fluída e agradável, olha com ternura para as personagens e para a cidade do Lobito, retratando o quotidiano angolano com verdade e muita frescura. Um romance divertido e animado que arranca boas e sonoras gargalhadas.

CD

Hora H – Viagem a Portugal Pequenino M.ª João Lopo de Carvalho Ilust.: Miguel Gabriel Oficina do Livro | Leya O Hugo Saturninho é um rapaz de 11 anos, curioso e aventureiro. Utilizando o “tempómetro” do pai, embarca na primeira viagem ao tempo passado. Tem uma missão: recuperar um anel com poderes que pertencia aos seus antepassados da família Saturninho e que ficou algures perdido na História. Só não se sabe em que tempo nem onde… Nesta segunda aventura, o Hugo participa cheio de orgulho no nascimento de Portugal. Irá passar momentos incríveis, com muitas descobertas e encontros inesquecíveis, como o que teve com D. Afonso Henriques, o nosso primeiro rei. Mas… será que o Hugo vai conseguir voltar para sua casa - no século XXI - na Hora H?

Sapatinhos de Chocolate

Batalha ajuda Cabo Verde

Trisha Ashley

A organização não governamental para o desenvolvimento Santa Maria da Vitória, com sede na Batalha, com o apoio da autarquia e de diversas empresas da região, expediu este mês para a ilha Brava, em Cabo-Verde, mais de 68 mil euros em ajuda humanitária. Os bens enviados incluem materiais de construção, madeiras, sanitários, roupa, calçado, colchões, materiais para bebés e ainda mais de mil livros escolares, entre outros produtos. Esta organização não governamental batalhense já concretizou dezenas de missões humanitárias em países como a Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola e Timor-Leste, mas é Cabo-Verde o seu destino mais frequente, onde já instalaram uma rádio e construiram uma escola básica.

Quinta Essência | Leya Esqueça os Jimmy Choos, Sapatinhos de Chocolate é o único acessório de que vai precisar na próxima estação... Tansy sonhava com um belo futuro junto de Justin. Mas quando uma revelação inesperada a faz confrontar a amarga verdade sobre o homem que ama, decide deixar imediatamente Londres e regressar à pequena aldeia de Sticklepond. As doces atenções da carinhosa tia Nan e a amizade de Bella são um bálsamo para o seu coração destroçado. Com um entusiasmo que já não pensava ter, Tansy lança-se na realização de um projecto há muito desejado. Assim nasce a Cinderella’s Slippers, uma loja de sapatos realmente muito especial. Se ao menos a sua vida amorosa a fizesse tão feliz!

Jantar “Juntos pela Liberdade”

Sugestões musicais Promoção: Paula Cordeiro - Assessoria e Comunicação • paulacordeiro.press@gmail.com

Diário

Ana Barroso

Desde muito cedo, Ana Barroso viveu imersa num ambiente musical, numa família que cantava, compunha, escrevia e ouvia sons dos quatro cantos do mundo. Estudou música desde os 7 anos, mas a vida levou-a por outros rumos profissionais. Até que, há 3 anos, decidiu consagrar-se a esse amor primeiro, a escrita, a composição e o canto! Lançou este seu primeiro CD, com o apoio da Antena 1, no início deste mês, com temas que falam da vida, das experiências, das dúvidas e do seu olhar sobre o mundo. São canções muito pessoais mas contam histórias com que qualquer pessoa identificar-se, fazendo-as suas. Cada nota, cada som, é a expressão simples de alguém que toma o segue o seu rumo, numa viagem de descoberta, fora e dentro de si. As suas influências vão da música tradicional portuguesa e árabe aos sons do Brasil e África, tendo como pano de fundo a paixão pelo jazz e a música clássica. Conta com a colaboração de consagrados músicos, como José Peixoto (direcção musical e guitarra), Bernardo Couto (guitarra portuguesa), Vicky Marques (percussão), Carlos Barretto (contrabaixo).

A um passo da felicidade

Life is waiting for you

Este é um projecto musical sediado em Sintra, com músicos de várias zonas do país. Neste “A um passo da felicidade”, com apoio da RDS Rádio, apresenta as suas canções. De amor, porque a vida é amor. De luta e indignação, porque o mundo à nossa volta está longe de ser justo. De esperança, porque há gente a amar e a lutar por um mundo melhor. Em português, porque é a nossa língua, a nossa cultura, a nossa identidade colectiva. Canções de pop/rock, bluesy, nova canção portuguesa, porque a música não tem fronteiras. Canções com gente viva a tocar, com gente viva a ouvir, de dar e receber. São eles: Gabriel Costa – baixo; Jaime Oliveira – teclas; João Nunes – guitarras; Jorge Camacho – clarinete; José Carlos Almada – guitarra; Paleka – bateria; Pandora – voz. Participam: Ana Cláudia Serrão – violoncelo; Louisa Rocha – violino; Pedro Henriques – guitarra portuguesa; Coro Gospel de Lisboa. Juntos, propõem uma viagem ao maravilhoso desconhecido, ao outro, ao encontro, à descoberta.

Com apoio da Antena 1, este é o terceiro álbum de uma das mais reconhecidas bandas nacionais além-fronteiras. Imagine-se nos jardins de um qualquer casino no mundo, em plena noite quente de Verão, onde a luz da lua e do jogo se misturam… um personagem num guião semelhante ao de um dos vários filmes de James Bond. Ao fundo, ouve-se uma orquestra e o groove de sons combinados com uma clara e extraordinária voz feminina… irreverente, sexy ou melancólica. A verdade é que se sente transportado para Hollywood nos anos 50 e 60. Essa requintada e perfeita banda sonora tem um nome: The Casino Royal, cuja música é uma mistura de fado, ritmos electrónicos e humores, servidos “à la James Bond”. A banda composta por Pedro Janela (composição, produção, teclado), Mafalda Portela (voz), Mauro Ribeiro (guitarra), Ricardo Ribeiro (percussão) e Miguel Duarte (baixo). O single que dá nome ao álbum tem Sílvia Rizzo e o Coimbra Gospel Choir como convidados especiais. Você pode ser o outro personagem deste filme...

Pecado Original

The Casino Royal

And Now...You Owan

Frank Zappa disse um dia: “Existem mais canções de amor do que qualquer outro tipo. Se as pessoas se deixassem influenciar pelas canções, amar-se-iam mais e melhor”. A prová-lo há bandas como os Owan, que nos envolvem verdadeiramente nesse espírito. Danniel Boone, compositor, letrista e a voz do grupo, chegou a considerar a música uma maldição com a qual lutou para se libertar, Mas em finais de 2011 “hipotecou” medos e angustias e, com a única certeza de que não iria desistir, começou a compor este CD, que foi apresentado em Lisboa no dia 23 de Maio de 2014 no Teatro da Luz. São temas escritos com a alma, com história... Alguns são mensagens intemporais que através da música deixa aos seus filhos, garantindo a sua presença junto deles na eternidade... Ouvir “And Now..You” é a certeza de um “prazer” redobrado a cada “malha”, de “mergulhar” na sua mensagem e de viajar “numa estrada” que sabemos reflectida na vida de cada um de nós!

A Associação de Visitadores dos Estabelecimentos Prisionais de Leiria “Os Samaritanos” está a promover um jantar solidário, no próximo dia 7 de novembro, às 20h00, na Aldeia de Santo Antão. Com o mote “Juntos pela Liberdade”, a iniciativa visa angariar fundos para a construção de uma capela na Prisão-Escola de Leiria, já que a igreja ali existente ficou inoperacional e não existe um espaço onde possa ser celebrada a Eucaristia com os reclusos que a desejam. Os interessados podem solicitar bilhetes para o número 918 703 005 (Joaquim Carrasqueiro) ou 919 338 382 (Ana Matos).

Pão para as crianças do padre João Campanha de solidariedade

O padre João Monteiro da Felícia, missionário da Consolata natural da Golpilheira, está em missão no Brasil, onde oferece o seu amor a Jesus Cristo no serviço aos mais desfavorecidos. Aqueles que, ainda antes da fé, precisam de pão para a boca. Desde 2006, o Jornal da Golpilheira tem uma campanha permanente. Neste momento, está de regresso à paróquia de Jaguarari, onde precisa de distribuir mensalmente cestas básicas de alimentos para ajudar famílias a sobreviver. Quem desejar telefonar ao padre João, o número é o 00 55 074 36192696.

Este mês de Outubro recebemos: - Vítor Martins - 150 euros - João Novo (Faniqueira) - 100 euros - António Rosa - 40 euros • Total deste ano: 1.650 euros

Colabore! Seja solidário... Contacte:

• CRG - R. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA • Pe. José Gonçalves (Pároco da Batalha) • António Mont. Rosa (Casal Mil Homens)

...e poupe nos impostos!

Os Missionários passam recibo, que poderá deduzir no IRS. Basta que junte o seu nome, morada e o n.º de contribuinte.


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18 anos • Jornal da Golpilheira

. do leitor . poesia . obituário .

Outubro de 2014

. reflexo . A imprensa “diabólica”

. mãos namassa.

Sofia Ferraz

Bolinhos de Batata

Ingredientes: 3 kg de farinha 2,250 kg de açúcar 4 kg de batatas cozidas e sem pele 1 pacote de natas 125 gr de manteiga 6 limões (raspa) 4 ovos 20 gr de fermento de padeiro Frutos secos a gosto (passas, nozes e pinhões…) e ovos, óleo, água e sal q.b. Preparação: Coza as batatas com pele e após cozidas pele-as e reduza-as a puré. Reserve. Coloque a farinha no fundo de uma bacia grande, abra um buraco ao meio onde coloca o fermento de padeiro, previamente dissolvido em agua fria com uma pitada de sal. Volte a fechar o buraco. Por cima da farinha, coloque os restantes ingredientes, incluindo o puré e excepto os frutos secos. Entretanto, prepare um recipiente com água morna. É chegada a altura de meter as mãos na massa! Vá misturando todos os ingredientes e acrescentando água até formar uma massa homogénea. Por fim, coloque os frutos secos em quantidade e variedade desejada. Se pretender pode reservar massa por 30 a 60 minutos. Com as mãos envolvidas em farinha, forme bolas que dispõe em cima da uma mesa ou tabuleiros previamente polvilhados com farinha. Numa tigela, bata com um garfo 1 a 2 ovos com os quais vai pincelar os bolos apenas na parte superior. Leve os bolos ao forno em tabuleiros próprios ou no chão do próprio forno (a lenha), até ficarem corados a gosto (o tempo de cozedura varia do tipo de forno - lenha ou convencional e do seu aquecimento). Quando os bolos estiverem cozidos, retireos do forno, limpe a farinha de está no lastro do bolo e com um pano com um pouco de óleo limpe a parte superior do bolo. Acompanhe com um “café da avó”! Bom apetite!

Manuel Carreira Rito Director Adjunto Cada vez mais me apercebo de que, no que toca à informação escrita, radiofónica, televisiva e noutros meios tão em voga, o que mais se destaca são as notícias do negativismo e do pessimismo. Todos nós sabemos que o nosso Portugal não está bem. As pessoas em geral estão desanimadas. Os empresários estão desmotivados. Claro que é um cenário negro, mas penso que não ajuda estar sempre a bater na mesma tecla. Apenas se dá relevo às notícias negativas. Concordo que estas não devem ser ocultadas. No entanto, faço a seguinte pergunta: será que neste País, a cada segundo, minuto, hora, dia, semana, meses e anos, não se façam coisas boas, ou muito boas? Onde estão os jornais, a televisão, a rádio e outros meios de comunicação, quando milhares de voluntários deste querido Portugal trabalham, a troco de nada, nos hospitais, centros de dia, lares e outras instituições, a apoiarem os que mais precisam? Quando é que estes meios de comunicação social visitam as colectividades, associações, clubes, ranchos folclóricos e outras organizações sociais, onde tantos dirigentes, também a troco de nada, fazem da sua vida associativa um autêntico sacerdócio? Eu posso afirmar isto, porque sei o que estou a escrever. São estas organizações que nas nossas aldeias, vilas e cidades complementam um serviço que em grande parte compete ao Estado. São estas associações que promovem a cultura, o desporto, o recreio e que preservam os usos e costumes do nosso povo, não deixando perder a nossa identidade, de séculos de existência. Também no desporto, muitas crianças aprendem, não só as diversas modalidades, mas também a serem disciplinados, educados e encaminhados para uma vida mais saudável. São os ranchos folclóricos que a muito custo, mercê da teimosia dos seus dirigentes, ensaiadores, cantadores, dançarinos e músicos, continuam a calcorrear o nosso Portugal, incluindo as ilhas, e também o estrangeiro, a espalhar a magia das nossas gentes. É de realçar que muito destes grupos folclóricos são constituídos por muitos jovens, o que garante o futuro da

preservação da nossa cultura. Em tudo isto que se faz bem, pode haver situações anormais, que podem ser notícia. No entanto, se 99% do trabalho é bom e 1% é mau, as notícias apenas falam que é mau e esquecem tudo o resto. Eu interrogo-me: porquê? Não devia haver um equilíbrio entre a divulgação das más e das boas notícias? Na nossa aldeia, que é uma pequena freguesia, prospera o Centro Recreativo da Golpilheira, como núcleo da cultura, desporto e do recreio. A par, temos o Restaurante Etnográfico, que para além das refeições normais fornece um centro escolar e duas escolas do ensino básico. São mais de 300 refeições diárias. Numa determinada altura, uma funcionária duma destas escolas detectou uma ou duas formigas num prato de sopa. Com todo o seu zelo, comunicou esta situação à agência Lusa. Esta, com a celeridade que lhe é reconhecida, colocou a circular esta informação. Não tardou muito, uma equipa da televisão visitou a nossa colectividade. No meio de milhares de refeições, uma formiga na sopa não dá boa imagem, mas não é assim tão grave. Até porque ninguém podia garantir que essa formiga não estivesse na própria escola. Esta mesma televisão já tinha sido convidada muitas vezes para vir fazer uma reportagem sobre as diversas actividades que movimentam semanalmente centenas de pessoas. Foram convidadas as várias estações de televisão para divulgarem também os eventos culturais, festivais de folclore, festas de encerramento das escolas de música e dança, e nunca se dignaram estar presentes... Ainda há pouco tempo, foram apanhados dois reformados que ocupavam algum do seu tempo livre a apanhar pássaros. Foram tratados por alguma imprensa regional com sensacionalismo, quase como criminosos. Na época 2013/2014, a nossa equipa de Futsal Sénior Feminino foi, com muito mérito, campeã nacional, a primeira campeã nacional na história do futsal feminino. A imprensa em geral, incluindo a própria televisão, ignorou este feito. Valeu-nos termos uma arma muito forte à nossa disposição, o Jornal da Golpilheira, onde se fez uma edição especial para dar relevo a este feito histórico. Se fosse uma das equipas chamadas “grandes”, teria sido notícia na televisão e jornais nacionais. Foi a Golpilheira, não teve direito a nada. Fica a pergunta: onde está a coerência dos meios de comunicação regional e nacional?

.poesia. A união faz a iluminação (Reguengo do Fetal)

Linda é a tradição, Os caracóis e o seu valor Iluminam a procissão Cheia de carinho e amor. Reguengo Fetal fica às escuras, É uma noite linda para recordar São bons momentos de ternuras Com belos desenhos a ornamentar. Sem luz, A multidão caminha pela aldeia Os caracóis iluminam a cruz E muito mais vê quem passeia. Decerto milhares se deliciaram, Na mente e no coração E aos que acompanharam Louvam a bela tradição. No final, o lindo fogo de artifício, Para nos brindar É digno e valioso ofício Que me dá gosto apreciar. Reguengo Fetal é freguesia De uma cultura valiosa Deu momentos de grande alegria Com muito trabalho, mas fica orgulhosa. Apreciei a vossa coragem E as oferendas tão deliciosas Linda estava a vossa mensagem No monte liam-se palavras carinhosas. Uma aldeia semeando verdadeiro amor, Que nos faz de novo voltar à tradição Os caracóis brilham com valor E na caminhada da procissão linda iluminação. Bem-hajam pela vossa união, sinceros parabéns! José António Carreira Santos, 5-10-2014

.obituário. Agradecimento

Elvira Henriques Patrício

N. 09-12-1940 F. 18-10-2014 Natural e residente na Golpilheira Seu marido, filhos, genro, noras, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.

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Agência Funerária Santos & Matias, L.da SERVIÇOS

FÚNEBRES

Brancas (Residência e Armazém) –  244 765764 Batalha (Escritório) -  244 768685 fune_santosematias@sapo.pt • 96 702 7733

Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.


Jornal da Golpilheira • 18 anos

. a fechar .

Outubro de 2014

Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Extensão de Saúde da Golpilheira Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Posto de Turismo da Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória EDP - Avarias (24 horas) Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Rádio Batalha Centro Recreativo da Golpilheira

244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 766 836 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 765 180 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 800 506 506 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 769 720 244 768 568

Então, ó pá! As aulas já começaram há um mês e meio... que desculpa é que tens agora para andar aqui na boa-vai-ela?!

Ó ‘vô, fonix! Tás sempre a flipar, cota! Inda há stores que não há, man! Teiquinizi! Tipo, relax! Mas é fixe, se o teu netinho fizesse um teste agora tinha 20, pá! A matéria tá bué fácil de decorar...

Se bem percebi o inglês do gajo... o puto só pode estar a mentir! Um mês e meio e ainda não tem alguns professores?! Isto não é a África, pá... O velhote ficou a bater mal... lol !

Lol 2 .fotos do mês. LMFerraz 1

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Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Catarina Bagagem, Célia Capitão, Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Filomena Meneses (assinaturas), Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . Tel. 253303170 Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Blog: www.jgolpilheira.blogspot.pt Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt

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Voltamos aos artistas Depois de uma ronda por outras paragens, eis-nos de volta aos artistas da nossa terra. Pensam que são poucos. Digo-vos que são às paletes. Ora vamos lá revelar estes talentos escondidos: 1. Por muito que a Cila cantasse o fado, o Miguel já só ouvia mesmo de muito perto. 2. Lisete, Isabel, Cila, Cristina e Carlos em coro a 5 vozes. 3. Cristina, Paula e Leonor, um trio também a 5 vozes (garanto que os copos e as garrafas não tiveram nada a ver com isto). 4. Cila (estava em todas) e Isabel numa balada e o Moleirinho (lembram-se dele? Esteve em altas!) a fazer a coreografia.

Assinatura anual

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Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

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Recordar é viver … Almoço dos idosos – Esta é uma fotografia que ilustra o convívio existente entre os intervenientes, no tradicional almoço integrado na Semana Cultural organizada pelo Centro Recreativo da Golpilheira, normalmente no mês de Novembro de cada ano. Não consigo identificar com rigor o ano, mas posso dizer, que foi numa das primeiras edições. MCR


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Solidez. Responsabilidade. Eficácia. Proximidade. Simpatia. Amizade. São apenas algumas das características do banco da (nossa) terra.

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