2411 Jornal da Golpilheira Novembro 2014

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Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XIX | Edição 209 | Novembro de 2014

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P. 5 e 11 | Página infantil

Escolas mantiveram vivas as tradições do Bolinho e do S. Martinho

P. 3 | Câmara apresenta orçamento de 10,3 milhões para 2015, com notas de “rigor” e “crescimento inteligente”

Reactivação da Extensão de Saúde da Golpilheira nas Grandes Opções do Plano P. 6 | Mais uma campanha comercial

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. abertura . história .

Jornal da Golpilheira Novembro de 2014

.história.

.editorial.

O rio que nos corre aos pés Quem vive nas Brancas, na Batalha ou na Golpilheira pode dizer que o Lena lhes corre aos pés. E corre. Com um percurso de cerca de vinte e cinco quilómetros desde a nascente a dois passos de Porto de Mós até desaguar no rio Lis, às portas de Leiria, não obstante não passar dum pequeno curso de água, tem sido o factor da prosperidade do vale que tem o seu nome. Em tempos que já lá vão, tinha um caudal que corria o ano inteiro, mais fraco no Verão, é certo, mas com água suficiente, ao contrário de agora, para manter viçosos os campos marginais e para em pleno Estio proporcionar às gerações de então as autênticas piscinas que eram os seus pegos. Durante séculos e séculos, este rio, além de regar o vale, também alimentava doutra forma as populações, que por aqui se foram estabelecendo, fornecendo-lhes barbos, bogas e enguias e tenho notícia de que, na década de 20 do século XX, aqui foi apanhada, nas proximidades da Ponte do Almagra (almagre ou almagro, que é uma argila avermelhada e daí adveio este topónimo golpilheirense), uma lampreia (!). Entre outros seres viventes, hoje dele quase desaparecidos, havia os pequenos camarões de água doce, uns minúsculos cágados e as lontras. Há perto de 5 anos, em Janeiro, por altura duma enchente,

Luís Miguel Ferraz Director

Sem Semana Cultural, mas com prenda no sapatinho Breves palavras, a apresentar esta edição já a cheirar a Natal. Pela negativa, a não-notícia da Semana Cultural que, depois de 20 anos consecutivos, não se realizará este ano. Ficamos mais pobres, mesmo que não nos apercebamos disso. Porque a riqueza não se faz só, nem principalmente, de euros. Pela positiva, o anúncio da inclusão no orçamento camarário do regresso de vida ao edifício da Extensão de Saúde da Golpilheira. Não será o mesmo que era, mas prometem-se alguns serviços relacionados com a saúde, sobretudo para o mais idosos. É uma boa prenda no sapatinho. Ficamos mais ricos.

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ainda vi uma lontra, que deve ter vindo do Lis, junto à ponte da avenida dos Descobrimentos, ao pé do local onde desemboca o ribeiro da Calvaria (ou do Cano). É curioso o que se disse sobre o Lena, em 1758, o pároco batalhense padre Paulino da Silva Carvalho, em resposta àquele inquérito paroquial feito para se saber quais tinham sido os efeitos do tremendo terramoto de 1755 na nossa paróquia e nas paróquias de todo o Reino. “O principal rio que atravessa a Freguesia, diz o pároco, e divide o termo da dita vila (Batalha) do de Leiria (nessa altura era pequeníssimo o território do nosso concelho, ainda estando incluídas no concelho de Leiria as terras para leste do rio), se chama ou dizem que se

chamava antigamente Lena, nasce no termo de Porto de Mós (sobre os vários nomes do nosso rio falarei a seguir). “Não é arrebatado, no Inverno é caudaloso e corre todo o ano. “Entram nele os dois regatos ou ribeiros que vêm da fonte da Calvaria, que está no termo desta vila, e da Fonte dos Vales do termo de Porto de Mós, os quais têm nascente e curso continuado em todo o ano e se lhe juntam depois de atravessar a vila e passarem por baixo da ponte chamada da praga (que eu creio ser a ponte que estava a curta distancia da Igreja Matriz). “Não é navegável nem capaz de embarcações. “É de curso quieto por vir sempre por uma ribeira plana.

“Corre de sul para norte. “Cria barbos e bogas. “O tempo mais próprio da pesca é o tempo em que não há curtimento de linhos, porque este lhe fazem muitos danos (poluição no século XVIII). “A pescaria é livre porque o rio só tem senhorio pelo que respeita a engenhos, porque deles pagam foro no distrito (não tem a conotação com o distrito do nosso tempo) de Porto de Mós a Casa de Bragança, e, logo que entra no termo desta vila e no da cidade de Leiria, à Sereníssima Casa do Infantado. “As suas margens cultivam-se e em algumas partes tem árvores silvestres. “Não se sabe de virtude particular das suas águas. “Hoje conserva o nome de rio de Porto de Mós e nas enchentes do Inverno alguns lhe chamam o alcaide de Porto de Mós e passando desta vila lhe chamam o rio da Batalha e antigamente apelidado de Lena (isto será referido no próximo número). “Vai entrar em outro rio, que atravessa Leiria, chamado Lis e entra nele por baixo da ponte das Mestras antes de chegar ao lugar da Barosa. “Não tem cachoeiras mas sim represas e açudes necessários para os engenhos (...)”. Continuarei no próximo mês, se Deus quiser. José Travaços Santos

Classificação anunciada pelo Conselho de Ministros

Sé de Leiria é “monumento nacional” solene feita em 1791. Depois de um longo processo de análise pelas várias entidades, do IGESPAR à Direcção Regional de Cultura do Centro e ao Ministério da Cultura, foi confirmada “a importância histórica e artística do conjunto em estudo, considerando o paradigma da arquitectura religiosa maneirista em Portugal”,

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O Conselho de Ministros anunciou, no passado dia 23 de Outubro, a aprovação da classificação da Sé de Leiria como monumento nacional. O pedido de classificação da Sé e sua torre sineira foi remetido pelo Cabido da Catedral ao IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico a 27 de Julho de 2010, apresentando o conjunto edificado na malha urbana da cidade, em pedra calcária, como “um bom exemplar da arquitectura maneirista em Portugal”. O documento lembrava que “com as sés de Mirando do Douro e de Portalegre, a Sé de Leiria foi mandada edificar, no contexto da reforma do mapa das dioceses portuguesas, por determinação de D. João III”, sendo a primeira pedra colocada em 1559 e a sagração

atribuindo a classificação de monumento nacional à “Sé de Leiria, incluindo o claustro, o adro envolvente e a torre sineira localizada a noroeste da Sé”. Foi o “corolário da exposição que fizemos e das diligências que fomos tomando para que a Sé recebesse o reconhecimento da sua importância patrimonial no nosso

país, pelo que não posso deixar de me regozijar e de manifestar muito contentamento com esta decisão”, referiu o cónego Luciano Cristino, que tinha assinado o pedido de classificação há quatro anos. Quem manifestou também o seu contentamento foi o presidente do Município de Leiria, Raul Castro, considerando ser um “motivo de orgulho” para a cidade e para o concelho. Já Marco Daniel Duarte, director do Departamento do Património Cultural da Diocese, em entrevista ao jornal Presente Leiria-Fátima, considerou que este “é o reconhecimento institucional do que a comunidade científica já tem vindo a dizer há muito tempo: o edifício da catedral da Leiria é um templo notável, construído segundo a tratadística da sua época e

que chega até nós com uma clareza de linguagem e uma monumentalidade que espelha um dos períodos mais ricos da história da arte e da cultura portuguesas: o humanismo vivido ao tempo de D. João III que cria a diocese de Leiria e transforma o lugar numa verdadeira cidade”. Segundo este especialista, o edifício tem sido “cuidado de uma forma muito esmerada” e está “em belíssimo estado de conservação”. Quanto à classificação, “as maisvalias são sobretudo em torno da ideia de identidade: a igreja que somos, também a partir do património que edificámos e que continuaremos a edificar, é motivo de interesse para a comunidade científica e para todos os que apreciam a beleza que, segundo afirmam os cristãos, é sempre manifestação de Deus”.


Jornal da Golpilheira

. sociedade .

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Câmara com “rigor” e “crescimento inteligente”

“Um orçamento de rigor e de aposta no crescimento inteligente” é como Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha, classifica o documento que orientará a acção do Município no próximo ano. Aprovado por unanimidade pelo executivo e com uma abstenção pela Assembleia Municipal, o documento apresenta um valor global de 10,3 milhões de euros, o que significa um aumento de cerca de 630 mil euros relativamente ao ano anterior. A variação “é sobretudo influenciada pelo ligeiro crescimento da receita de impostos directos, em resultado das previsões de crescimento da economia e medidas fiscais com impacto no exercício, bem como em consequência da evolução positiva da receita relativa à venda de bens e serviços correntes”, esclarece uma nota da autarquia. Em termos gerais, verifica-se um crescimento de 6,03% nas receitas correntes e um aumento de 8,78% nas receitas de capital. Do lado das despesas correntes, o crescimento é menos significativo, assumindo-se uma variação percentual de apenas 5,05% e as despesas de capital com um aumento de 12,35%, comparativamente a 2014. Assim, a previsão de crescimento orçamental do lado das receitas é maioritariamente orientada, no lado da despesa, para investimento, “com o intuito de fortalecer a estratégia de crescimento sustentável preconizada pelo Município da Batalha”. Mais uma vez, é evidente o enorme peso nas despesas da recolha e tratamento de efluentes pela Simlis (quase 1,2 milhões de euros) e da recolha e tratamento de lixos pela Valorlis e Suma

(mais de 818 mil euros), com um aumento previsto de cerca de 5%. Nesta rubrica, nota positiva para a redução de juros e outros encargos, mercê da baixa das taxas e do endividamento municipal, apresentando uma diminuição de 103 mil euros em 2015. Investimentos de vulto, mas com rigor Segundo a Câmara, “o orçamento prossegue uma estratégia de consolidação das finanças do município, por via da contenção da despesa e optimização dos recursos disponíveis, visando ainda o crescimento, através da manutenção de políticas de desenvolvimento sustentável, considerando as actuais condicionantes económicofinanceiras do País e da Europa”. Diz o presidente da autarquia que há uma preocupação com “a manutenção dos níveis mínimos do endividamento, capazes de garantir uma tesouraria saudável, prazos médios de pagamento reduzidos e fundos disponíveis positivos em cumprimento com as novas regras da lei dos compromissos e dos pagamentos em atraso”. Ainda assim, regista-se o crescimento do investimento em 23%, mais 333 mil euros do que em 2014. Diz também o presidente que “vivemos tempos em que é importante semear para capacitar o Município dos meios necessários para abordar com sucesso o novo ciclo de fundos europeus, no quadro Portugal 2020, que começará a ser executado no próximo ano e será um desafio e uma oportunidade para os próximos tempos que pretendemos abraçar com uma renovada ambição para o Município”. No que concerne às prioridades de investimento, destacam-se os projectos enquadrados na reprogramação do QREN, “com o objectivo de captação de taxas de financiamento na ordem dos 85%, que garantam a viabilização dos mesmos e o equilíbrio do orçamen-

to, bem como uma forte aposta na abordagem local ao novo ciclo de fundos europeus Portugal 2020”. Grandes opções Nessa linha, os projectosâncora nas Grandes Opções do Plano para 2015 apresentam-se com perspectivas de contratos de financiamento comunitário assegurados, como a “Valorização Ambiental Margem Nascente do Rio Lena – Parque Ecológico e Parque de Estacionamento Periférico de Apoio Intermodal” e o “Eixo Circular Rio Lena e Parque de Autocarros de apoio Centro Histórico e Turístico da Vila da Batalha”, com um custo total estimado perto de 1,2 milhões de euros. A requalificação urbanística da zona envolvente ao Mosteiro de Santa Maria Vitória, junto ao IC2 e a criação do novo parque de eventos, na zona do antigo campo de futebol, são projectos que representam um investimento superior a 2 milhões de euros e que “contribuirão decisivamente para a regeneração urbana e ambiental da Batalha, para além do primeiro procurar dar uma resposta aos graves problemas ambientais que afectam o Mosteiro da Batalha”, anota a autarquia. Duas outras propostas municipais para candidatura ao Portugal 2020 são a construção da Casa da Juventude – Unidade de Apoio à Rede Europeia do Conhecimento para a Juventude e a criação do Centro de Apoio à Rede Europeia de Investigadores (FABLAB), com um valor a rondar 1 milhão de euros cada. Paulo Batista tem referido em múltiplas intervenções a sua preocupação com as questões da coesão social. Neste orçamento, surgem também algumas indicações para o reforço das políticas sociais de apoio às famílias, aos idosos, às pessoas portadoras de deficiência e às instituições de solidariedade social. Luís Miguel Ferraz

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Orçamento de 10,3 milhões

Reactivação da Extensão de Saúde da Golpilheira aparece nas Grandes Opções do Plano para 2015 Não se poderão isolar os valores referentes a despesa, receita ou investimento em cada freguesia, dado que em muitas rubricas é todo o concelho que está em causa e é impossível fazer essa diferenciação. Por exemplo, na grande despesa de 2 milhões de euros para tratamento de esgotos e lixos, tendo em conta que a Golpilheira tem cerca de 10% da população do Concelho, poderíamos considerar que 200 mil euros representam o custo a atribuir à população desta freguesia. Mas o exercício é arriscado e não se pode fazer deste modo linear, pois há diversas condicionantes da equação, como a densidade populacional, a impermeabilização e o tipo de solos, a idade das redes de saneamento, entre muitas outras. Por outro lado, a melhoria da rede viária ou a construção de infraestruturas numa determinada freguesia não pode ser contabilizada apenas para a sua população, já que serão todos os munícipes a poder, em princípio, usufruir delas. Podemos dar o exemplo do Pavilhão da Golpilheira, que é usado por equipas de várias freguesias, tal como todas as outras estruturas desportivas, culturais ou sociais de fora da freguesia são usadas pelos golpilheirenses. Ainda assim, não resistimos a procurar investimentos consignados nas Grandes Opções do Plano para a Golpilheira. Em jeito de curiosidade e porque, afinal, esses serão sempre mais directamente beneficiadores da nossa qualidade de vida, aqui os apresentamos. Foi aí que encontrámos uma novidade a anunciar: a reactivação da Extensão de Saúde da Golpilheira, a converter em “Unidade de Dia e de Promoção da Autonomia”. Mesmo sem mais pormenores, para já, é uma boa notícia. Para tal, surge indicada em 2015 uma despesa de 23 mil euros para obras de adaptação e outra de 15.900 para o funcionamento. Também uma verba de 26 mil euros é definida para a requalificação da rede viária e pedonal na nossa freguesia, concretamente para a beneficiação da Rua do Freixo. Na mesma rubrica aparecem já indicados para 2016 os valores de 38 mil euros para a Rua Padre José Carreira Frazão e de 16 mil euros para a Rua dos Romanos. Para outras melhorias em arruamentos, passeios e valetas na Golpilheira apresenta-se uma verba de 10 mil euros em 2015, estando apenas metade do valor com financiamento definido. Além disso, surgem como compensação pela delegação de competências à Junta de Freguesia os valores de 7.014 euros para despesas de investimento e 1.800 euros para despesas de funcionamento. Por fim, de referir o valor de 145.322 euros para o protocolo de fornecimento de refeições pelo Centro Recreativo da Golpilheira às escolas do pré-escolar e do 1.º Ciclo na freguesia e algumas fora dela. pub

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Jornal da Golpilheira

. sociedade .

Novembro de 2014

Censos da Freguesia da Golpilheira

População está a diminuir No ano de 2001, foi efectuado o censo da população da Golpilheira, cujos dados apurados foram os seguintes: total da população 1603 pessoas, sendo 782 homens e 821 mulheres. Esta população estava inserida em 572 famílias. Em 2011 repetiu-se o censo e os resultados foram os seguintes: total da população 1528 pessoas, sendo 733 homens e 795 mulheres. Esta população estava enquadrada em 568 famílias. Estes dados não auguram nada de bom para a nossa freguesia. Em 10 anos (2001-2011), a população decresceu em 75 pessoas (49 homens e 26 mulheres). O decréscimo nas famílias foi de quatro. Esta diminuição da população reside principalmente num factor: a Golpilheira não consegue fixar os seus jovens casais, em grande parte devido à falta de alojamento. Há vinte, trinta anos, quem possuía um terreno tinha meio caminho andado para construir uma habitação. Atendendo às actuais dificuldades financeiras, à instabilidade no emprego, ao actual PDM, torna quase impossível a construção de casas novas. Os apartamentos existentes estão quase todos ocupados. Por estes motivos, os novos casais optam por ir habitar para apartamentos ou vivendas, na sua maioria arrendadas, na Batalha e zonas limítrofes. Dada esta situação, no futuro haverá poucos nascimentos e, devido ao envelhecimento da nossa população, não será de admirar que daqui a 20 anos tenhamos menos 200 habitantes do que em 2011, segundo as minhas previsões. A desertificação não vai continuar a ser apenas no interior, como também vai afectar o litoral, o que é muito preocupante. MCR

CRG e Restaurante Etnográfico

Pintura exterior da sede

Reflexão sobre a nossa colectividade

O passado, o presente e o futuro A Golpilheira é uma pequena freguesia, com pouco mais de 1.500 habitantes, mas muito dinâmica. No epicentro desta grande dinâmica está o Centro Recreativo. A meados de Julho de cada ano, organiza os festejos da passagem de mais um aniversário. No ano de 2015, vamos comemorar o 46.º aniversário. Esta é a primeira de três festas que têm lugar num curto espaço de tempo, na nossa terra. As outras duas, não menos importantes, estão ligadas à Igreja: a segunda realiza-se nos princípios de Agosto, tendo como padroeiro o Senhor Bom Jesus dos Aflitos: a terceira, no final desse mês, realiza-se em São Bento, em honra de Nossa Senhora da Esperança. No último dia de cada uma destas duas festas, procedese à entrega da Bandeira à Comissão de Festas para o ano seguinte. Para o ano de 2015, já estão encontradas, de forma voluntária, as duas comissões.

MCR

A pintura exterior da sede do CRG e do Restaurante Etnográfico foi efectuada nos finais de Outubro, princípios de Novembro, pela empresa Mário de Sousa Videira. Fizeram-se também algumas pequenas reparações na chaminé, empena do lado poente e algumas fendas nas paredes. As paredes forradas a pedra e tijoleira foram impermeabilizadas. Os edifícios, para além de mais bonitos, ficaram mais alegres. | MCR

No almoço de convívio dos antigos elementos do Coro Infantil e Juvenil da Golpilheira, realizado no CRG, no passado dia 12 de Outubro, estavam presentes mais de 150 pessoas, a maioria delas entre os 30 e os 40 anos. O presidente da colectividade, Belarmino Almeida, lançou ao grupo o desafio de alguém se oferecer para assumir a organização dos festejos do 46.º aniversário do CRG. Insistiu, mas ninguém se ofereceu. Ouvi até alguém a dizer “festas do Centro nunca”. Ora, esta afirmação deixou-me muito triste. Estas pessoas e outras esquecemse de que a nossa associação foi, é e continuará a ser o baluarte do desenvolvimento do desporto, cultura, recreio e acção social da nossa freguesia. Esquecem-se que, actualmente, nas diversas actividades, movimenta semanalmente mais de 300 pessoas, entre adultos, jovens e crianças. Muitas das pessoas presentes neste almoço têm familiares incluídos neste número. Fico ainda mais triste porque as mesmas se servem do Clube e nunca estão disponíveis para o servir. Continuo a não perceber por que não se revêm nesta casa, que muito tem proporcionado à população da Golpilheira e zonas limítrofes. Não compreendo por que não se identificam com a nossa colectividade, onde muitos aprenderam algo como a cultura, o desporto, métodos de trabalho, disciplina, etc. A nossa associação é uma referência para a freguesia, concelho e distrito. Quem a visita fica extremamente admirado com a nossa realidade. Ao longo dos anos, muitas foram as pessoas, infelizmente algumas já não pertencem ao

mundo dos vivos, que se sacrificaram para a construção desta grande associação, que teve o seu gérmen num televisor. É pena que os seus descendentes não sigam as suas pisadas, honrando assim o seu passado. É lamentável que as pessoas só valorizem as coisas no fim de elas acabarem. Aqui, refiro-me concretamente à Semana Cultural, com as respectivas actividades associadas, que este ano não se irá realizar. Os que mais precisavam delas são os que menos podem fazer. Refiro-me ao tradicional almoço dos idosos. Para organizar o primeiro, que se chamou 1.º Encontro dos Jovens da 3.ª Idade, foi preciso andar de porta em porta. O hábito estava encontrado. Espero que este interregno não venha afectar encontros futuros. Era a única oportunidade de muitos se reverem, poderem conversar, matar saudades e, como podemos confirmar pelo arquivo de fotografias que temos dos outros anos, verem-se pela última vez. É uma situação muito triste para mim, que as acompanho desde o seu início há 19 anos. Este é um mau pronúncio. Queira Deus que me engane e que outras actividades e iniciativas também não cheguem ao fim. Será muito mau, pois o que termina dificilmente recomeçará. Vou dar alguns exemplos, uns mais antigos e outros mais recentes: o Grupo Coral da Golpilheira, que no final dos anos 70 e princípios de 80 muito prestigiou o nosso clube, chegando a actuar no palco do Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria; a Orquestra Ligeira do CRG, que teve um nível bastante elevado, actuando em sítios como a FIABA,

as Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha, etc.; o Coro Infantil e Juvenil da Golpilheira, que muito dignificou a nossa terra; o Futebol de II, depois de termos sido campeões distritais na época de 1997/1998; o atletismo, que tantas taças e alegrias trouxe aos golpilheirenses... Não há dúvida de que outras foram surgindo: o futsal formação, os veteranos de futebol, a ginástica, a dança. De qualquer maneira, o vazio deixado por aquelas não mais foi colmatado. Espero que o futuro seja mais risonho e que aquelas que estão em maior dificuldade as superem, para bem da nossa associação. Tem de haver um maior empenho das gentes da nossa freguesia em geral e dos nossos associados em particular. A construção, a manutenção e o crescimento de qualquer associação ou cooperativa não se faz “à mesa do café”, onde normalmente se destrói. Aponta-se o que está menos bem, muitas vezes sem razão, porque desconhecem a organização do clube e todo o trabalho de bastidores que é necessário fazer, para que a máquina funcione. Estes nunca dão soluções e não dão qualquer valor a todas as coisas boas que ali se fazem. O ditado é antigo, mas a sabedoria dos velhos assenta aqui perfeitamente: “Santos da terra não fazem milagres”. E eu acrescento: “Já que não querem colaborar, que não destruam aquilo que custou a fazer ao longo de décadas, por pessoas com princípios que legaram parte da sua vida à volta de um projecto em que sempre acreditaram”. Esse projecto chama-se Centro Recreativo da Golpilheira. Manuel Carreira Rito

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Jornal da Golpilheira

entrevista . . .sociedade

Novembro de 2014

Faina agrícola

Para evitar enchentes

Longe vão os tempos em que o milho era apanhado e transportado durante o dia para as eiras em carros de bois, tractores e outros meios de transporte. Depois, à noite, realizavam-se as descamisadas, no final das quais não faltava o “mata-bicho” e o bailarico. A seguir, esgravelhava-se ou escarolava-se e colocava-se o milho a secar nas eiras. Só depois destas operações é que era armazenado. Hoje, todo este trabalho foi substituído por uma máquina, que corta os pés do milho, descamisa e esgrave-

Estamos a aproximarnos a passos largos do Inverno. A chuva está aí e parece que quer ficar. Para evitar alguns problemas, como os acontecidos nas cheias do ano passado, o Município da Batalha adjudicou a limpeza do rio Lena, nas zonas perto das pontes, no nosso concelho. No global, foram 25 mil euros afectados ao desenvolvimento de um plano municipal de prevenção de situações de risco de cheias, para além dos meios próprios que foram envolvidos nesta operação, estendida por duas semanas. O presidente, Paulo Batista Santos, justifica que “cabe aos municípios um papel preponderante em antecipar riscos de cheias, acção

lha o milho. Depois destas tarefas executadas, despeja o milho para um meio de transporte, para se proceder

à secagem e armazenamento. O que mudou em menos de meio século... MCR

O Dia do Bolinho

MCR

Limpeza do rio Lena

MCR

Apanha do milho

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que procuramos realizar em parceria com o organismo dotado de competência própria para a gestão dos recursos hídricos, mas agindo sempre orientados pelas nossas competências no quadro da protecção civil”. Da ponte do Crasto até à ponte do Casal de

Mil Homens, estes trabalhos estiveram a cargo da empresa CCB – Construções Cesário Batista, Lda. Esta limpeza foi efectuada a montante e a jusante de cada ponte, facilitando assim a passagem da água. MCR

Tradição vai-se mantendo Tradição cumprida

mas, que depois comiam com grande satisfação. Mas foi no domingo, dia 2 de Novembro, que as crianças, aos magotes, percorreram as ruas da nossa freguesia. Este, para já, é um sinal de que esta tradição não acabará. Aqui, as escolas, dinamizadas pelos

seus professores e auxiliares, têm um papel preponderante. Que não desistam de transmitir esta bonita tradição, tão ao gosto das nossas crianças. MCR

O mês de Novembro, para além de lembrar o bolinho, também não pode esquecer as castanhas, o vinho novo e a água-pé. Os magustos ou castanhadas são apanágio do dia 11 de Novembro, dia de São Martinho. Dando seguimento ao velho ditado, “no dia de São Martinho vai à adega e prova o vinho”. Mas a prova destas bebidas é apenas para os adultos, embora não possa ser para todos, porque alguns têm “mau vinho”. Neste pequeno texto, vou resumir em poucas letras a “castanhada” realizada no espaço exterior do Jardim de Infância da Golpilheira. Participaram os alunos deste jardim, assim

MCR

O S. Martinho das escolas

MCR

O dia 1 de Novembro é o Dia de Todos os Santos e tradicionalmente também chamado Dia do Bolinho. Por razões que eu não entendo, este feriado religioso, dia santo de guarda, foi abolido, por um período de cinco anos. Este ano, o dia 1 de Novembro foi a um sábado. No entanto, a tradição do Dia do Bolinho, na nossa aldeia, e penso que nas diversas localidades do nosso Portugal, manteve-se. Começou na sexta-feira, com as crianças do Jardim de Infância e da Escola do Ensino Básico, acompanhadas pelos seus professores e auxiliares, a percorrerem algumas casas da nossa aldeia. Ouviu-se o tradicional “grito de guerra”: “Ó Tia dá Bolinho?”. Não havia bolinho, mas nas suas bonitas sacolas eram colocadas algumas gulosei-

como os alunos da Escola do Ensino Básico, seus professores e auxiliares. Foram colocadas as castanhas num terreiro, cobertas de caruma e pinhocas. Depois, foi acender a fogueira e deixar arder, até assar devidamen-

te as castanhas. Os mais atrevidos e destemidos começaram a descascá-las ainda quentes e a degustálas. Estavam muito boas. Todos comeram e ainda sobraram castanhas. MCR pub


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. sociedade .

Jornal da Golpilheira Novembro de 2014

Mais uma campanha em preparação

Jovens da Batalha organizam

Rodízio de Sopas para a Cáritas

Compras de Natal na Batalha

O grupo de jovens “P’ra Sempre”, da paróquia da Batalha, vai organizar um almoço solidário para ajudar a Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima. Será um rodízio de sopas, no dia 7 de Dezembro, às 12h30, no Centro Paroquial, sendo o preço livre.

“O Natal na Batalha tem mais brilho” está de volta. A ideia nasceu há alguns anos, a partir da iniciativa dos comerciantes e outros empresários da vila da Batalha, que se uniram para a organização de um projecto promocional comum na quadra natalícia. Contando com o apoio da Câmara Municipal, a iniciativa visa dar um brilho especial à animação da vila e, como é óbvio, atrair os consumidores e o turismo. Para além do factor positivo de gerar união entre lojistas, é também um motivo acrescido para os habitantes do concelho e zonas limítrofes apoiarem o comércio tradicional dos seus conterrâneos. Esta é também uma causa solidária, tendo em conta que são eles que vão mantendo, alguns a muito custo, algum dinamismo empresarial e, mesmo, a criação de preciosos postos de trabalho. Por isso, compras de Natal... é na Batalha. A “Casa do Pai Natal” estará instalada em permanência na Praça do Município e insufláveis gratuitos nas Praças Mouzinho de Albuquerque, Município, D. João I e Rua Filipa Lencastre. Além disso, há um programa de animação, que poderá ainda sofrer alterações e poderá ser consultado em www.cm-batalha.pt.

Nova associação batalhense

Arte Sem Fim mostra “Contemplari” A Associação Arte Sem Fim é uma nova proposta associativa nascida na Batalha, reunindo artistas e autores de diversas áreas, com o objectivo comum de promover o desenvolvimento cultural e social do Concelho. Os interessado num primeiro contacto poderão aproveita a exposição colectiva “Contemplari”, que decorrerá no domingo, dia 7 de Dezembro, entre as 09h00 e 19h00, no Largo da Vitória, na vila da Batalha.

Actualização de sócios

Casa do Benfica da Batalha A direcção da Casa do Benfica da Batalha alerta todos os sócios que terão de proceder à actualização da ficha de sócio, visto que todos os cartões irão ser substituídos. Deverão ainda entregar uma cópia do BI ou CC. A direcção apela ainda à regularização das suas quotas, no caso de ainda o não terem feito, o mais tardar até ao dia 31 de Março de 2015, como definido na Assembleia Geral do passado dia 7 de Novembro.

Em Santo Antão

Festival de Bandas de Garagem Vai decorrer nos dias 5 a 7 de Dezembro, na União Cultural e Recreativa de Santo Antão, o Festival de Bandas de Garagem da Batalha. Segundo a página de facebook da organização, “tem como grande objectivo a divulgação de novos projectos musicais de bandas desconhecidas ao publico em geral”. Anuncia-se, ainda, um prémio de 500 euros a distribuir pelas bandas vencedoras, diversos prémios ao longo do festival e lembranças para todos os grupos participantes. Poderão participar todas as bandas sem contratos discográficos, com preferência pelas que apresentem trabalhos originais. Nas três noites do festival haverá animação com DJ convidados.

Programa Dia 6

11h00-13h00 / 14h00-17h00 | Chegada do Pai Natal com Princesas, Desfile de Bonecos Disney e Pinturas Faciais pela Vila

Dia 7

11h00-13h00 / 14h00-17h00 | Chegada do Pai Natal com Princesas e Malabaris-

Centro de Interpretação Batalha de Aljubarrota

Natal com animação em S. Jorge

Dia 8

11h00-13h00 / 14h00-17h00 | Fotógrafo “Jean Pierre” e Malabaristas pela Vila 14h00 - Reiki em Família - Rua Filipa de Lencastre

Dia 13

castre) e PapaStresse (Praça Mouzinho Albuquerque e D. João I) 14h00 -15h00 | Atuação dos grupo “O Penedo” e “Duo 2 C´S” na Praça D. João I 14h30 | Sessão de Cinema Infantil | AVIÕES 2 | Auditório Municipal 15h00 | Concerto de Natal com ANDRÉ SARDET | Pavilhão Gimnodesportivo (Entrada Gratuita)

Dia 20

11h00-13h00 / 14h00-17h00 | Desfile do Pai Natal com Princesas, Momentos de Magia e Pinturas Faciais pela Vila

11h00-13h00 / 14h00-17h00 | Desfile de Bonecos Disney, Pinturas Faciais e grupos de concertinas pela Vila 10h00 | Ioga do Riso | Rua D. Filipa de Lencastre 19h30 | Concerto de Natal pelo Conservatório de Ourém/Fátima | Igreja do Mosteiro

Dia 21

11h00-13h00 / 14h00-17h00 | Desfile do Pai Natal com Princesas 09h00 | II Passeio Solidário de BTT “O Natal na Batalha tem mais Brilho” 14h00 | Animação pelos Ginásio 02 (Praça do Município e Rua Filipa de Len-

15h00 |Prova de Atletismo “São Silvestre” | Vila da Batalha

Dia 14

14h00 | Animação Grupo Tocandar pela Vila 14h00 | HIP HOP – C.R.Golpilheira| Rua Filipa de Lencastre e Praça D. João I 14h30 | Sessão de Cinema Infantil | O Tempo dos Dinossauros: O Filme 3D | Auditório Municipal

Dia 27 Dia 28

14h30 | Sessão de Cinema Infantil | MR. PEABODY E SHERMAN | Auditório Municipal

André Sardet em concerto na Batalha

Festa de Natal das escolas

Olhares.com/scarface

No mês de Dezembro, o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota (CIBA) tem outras batalhas: presentes, férias e decorações de Natal. Uma coroa de natal pode ser um presente? Rolhas de cortiça poderão transforma-se em renas e decorar a árvore de natal? E uma lata de leite pode ser um embrulho para enviar um presente? No dia 6 de Dezembro, das 14h30 às 17h30, poderá testar a versatilidade dos materiais e a sua criatividade, numa oficina de criação de “bugigangas”. Podem participar crianças e adultos. Como seria o Natal na Idade Média? O que terá oferecido D. João I a Nuno Álvares Pereira do Natal de 1385? Nos dias 17, 18 e 19 de Dezembro, das 09h00 às 18h00, há férias de natal no campo de batalha para os mais pequenos, com partilha de saberes e sabores da Batalha de Aljubarrota. Além disso, prolongam-se para todos os dias de 16 de Dezembro a 4 de Janeiro as habituais visitas ao campo e oficinas criativas para famílias que costumam realizar-se aos fins-de-semana. Motivos de sobra para um visita ao campo militar de S. Jorge na quadra natalícia.

tas | Exposição Artística “Contemplari” | Frente ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória 14h00 - 15h00 | Atuação dos grupos de Música “O Penedo” e Duo 2 C´S | Praça M. Albuquerque 14h30 | Sessão de Cinema Infantil | TURBO | Auditório Municipal

Numa organização da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas da Batalha, tem lugar no pavilhão gimnodesportivo da vila, no dia 14 de Dezembro, domingo, a partir das 15h00, um magnífico concerto com o conceituado músico André Sardet. O espectáculo integra-se na Festa de Natal do Agrupamento de Escolas e, para além da participação de André Sardet, contará ainda com outros momentos de animação a cargo dos alunos do agrupamento bem como da Academia B. Ballet. A entrada é gratuita e haverá muitas surpresas para alunos, pais e toda a comunidade que queira fazer festa com eles.


Jornal da Golpilheira

. cultura .

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Novembro de 2014

Ainda as jornadas internacionais

Conservação do património

Cooperação entre IPL e Mosteiro da Batalha

Memórias do carvão No nosso jornal de Setembro falámos das jornadas internacionais “Memórias do Carvão”, realizadas nos dias 11 a 13 desse mês, com o apoio dos municípios da Batalha e Porto de Mós. Prometemos voltar ao assunto e cá estamos. O mentor destas jornadas foi José Brandão, que reuniu uma equipa de diversos investigadores e estudiosos do tema, que nos deram uma panorâmica sobre a importância do carvão no desenvolvimento industrial do nosso país, desde meados do século XIX a meados do século XX, portanto durante mais de cem anos. A recepção aos convidados, oradores, investigadores e jornalistas foi realizada no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB), onde foi entregue alguma documentação. A sessão de boas vindas esteve a cargo de Ana Mercedes Stoffel, uma das dinamizadoras da organização e concepção deste museu. Salientou a elevadíssima participação da população do concelho da Batalha no recheio do espaço, sendo de particulares 70% das peças expostas. Foi concebido desde início com o objectivo da participação de toda a gente que se identificasse com este projecto e para toda a gente que o visita. Tem boas acessibilidades e uma grande inovação: está preparado para ser apreciado por invisuais. No início de cada visita, é distribuído um sensor que, apontado a alguns locais, nos descreve e explica o que estamos a ver. Aqui, o conteúdo é idêntico para toda a gente. Pode encontrar-se a história da Batalha e a sua evolução através dos tempos. Figuras geológicas e ossos de dinossauro são algumas das peças que aqui podemos observar. Mas não há dúvida de que a grande atracção é a estátua de um magistrado romano, encontrada na antiga cidade de Collippo. Com base em dados científicos, ficamos a perceber a evolução do cérebro humano do primeiro habitante da Batalha. É também uma possibilidade apreciar a fisionomia do Homo Herectus e sua evolução até aos romanos, que habitaram esta zona. Estas são as peças que melhor explicam as origens desta comunidade. Há localidades no nosso concelho mais antigas

do que a própria vila. Há dados que nos indicam que a Batalha não existia antes da construção do esplendoroso Mosteiro da Batalha. Foi a partir daqui que ela se desenvolveu. A água, o fogo, a terra e o ar (com as suas partes boas e más) também podem ser observados. Também se pode verificar, através de vários documentos e objectos, a importância do poder político e religioso. O século XX passou muito depressa. A evolução em relação ao passado pode dizer-se que foi um relâmpago no desenvolvimento Humano. Tudo isto é evidente através de documentos e objectos. De futuro, é necessário, que o conteúdo do Museu cresça, para que se conte também a História Contemporânea. De seguida, dirigimo-nos para o auditório municipal, para a sessão de abertura em que intervieram Maria Fernanda Rollo, do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, João Salgueiro e Paulo Batista, presidentes dos municípios de Porto de Mós e Batalha, respectivamente, Maria de Fátima Nunes, do Centro de Estudos de História e Filosofia e Ciência da Universidade de Évora, e José Brandão, da Comissão Organizadora. A primeira intervenção foi de José Brandão, que justificou a organização destas jornadas por ainda não ter tido a visibilidade que merece a importância do carvão em Portugal, até à 2.ª Guerra Mundial. Aqui, nos concelhos da Batalha e de Porto de Mós, as minas tiveram uma importância muito grande. Empregou muita gente, tanto nas minas com na construção das linhas de comboio para escoar o carvão. De facto, foram construídos cerca de 30 km de linha férrea, entre a Bezerra e a Martingança. Há a realçar que romper a Serra de Aire foi um trabalho árduo, já que naquela altura ainda não havia máquinas. Durante um largo período de tempo, trabalharam nestas obras mais de 200 operários por dia. A construção da linha, empreendimento arrojado para a época, esteve a cargo da Empresa Mineira do Lena. O destino do carvão era para os fornos da cimenteira da Maceira Liz, locomotivas da CP, Central Eléctrica de Porto de Mós e para outros destinos fora da região.

No entanto, a vinda de combustíveis mais baratos, o esgotamento das minas e a perda de qualidade do carvão motivaram o encerramento precoce destas. A ligação com as indústrias da região, que utilizavam este combustível, foi muito importante, atingindo assim o seu auge. O organizador sublinhou ainda a participação estreita e cordial entre os dois centros das Universidade de Évora e Nova de Lisboa, em conjunto com os municípios, para este jornada de estudo sobre o património mineiro, agradecendo a colaboração do MCCB e dos alunos de pós-graduação pelos trabalhos científicos a apresentar. Um último agradecimento foi para a última geração dos mineiros das minas das Barrojeiras (Alcanadas/Batalha), Bezerra (Porto de Mós) e Couto Mineiro do Espadanal (Rio Maior). Manuel Carreira Rito

O Rancho das Carvoeiras Dando seguimento à recolha que estou a efectuar a um dos últimos mineiros ainda vivos da Mina das Barrojeiras, nas Alcanadas, António do Rosário Batista, abaixo escrevo mais alguns versos ditados por ele, relacionados com a parte lúdica e cultural do carvão. Trago ao palco com grande satisfação Os versos que por nós foram rimados P’ra mostrarmos que as filhas do carvão Se quiserem também sabem cantar fado. Trabalhamos com vontade e alegria Que o trabalho é bem pago e dá-nos pão Nas horas vagas estudamos poesia Por brinquedo, por amor ou distracção. Ao romper da bela aurora Cantam versos dedicados às Barrojeiras Inspirados pelos lindos caracóis Das cabeças das simpáticas mineiras. De manhã cedo vou à fonte e ouço sempre Os queixumes de infelizes namorados Os passarinhos ouvem quase como a gente E se quiserem também sabem cantar fado.

O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e o Mosteiro da Batalha celebraram recentemente um protocolo de cooperação na área da reabilitação e conservação do património edificado, onde se comprometem disponibilizar as suas instalações e equipamentos para promover a troca de informação científica e técnica, na realização de acções conjuntas, actividades de carácter técnico-científico e de investigação, ensino, seminários, oficinas, formação de recursos humanos, visitas de estudo e outras iniciativas públicas. Neste acordo, o IPL colabora ainda na realização de estágios no âmbito das suas formações, em áreas e números a fixar anualmente para o ano lectivo seguinte. Na área da investigação técnica e científica estão a ser desenvolvidas duas teses de mestrado em Engenharia Civil na ESTG/IPL, que têm como objecto de estudo o Mosteiro da Batalha e a sua preservação. O levantamento e diagnóstico das patologias do Mosteiro e trabalhos relacionados com a caracterização do comportamento estrutural do monumento são outros exemplos de contributos técnicos para a futura manutenção e/ou reabilitação deste edifício secular. A produção de um guião do Mosteiro da Batalha em braille pelo Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) do IPL é um exemplo do trabalho já desenvolvido na área da acessibilidade. No futuro estão ainda previstos projectos relacionados com o serviço que o mosteiro oferece à comunidade. O protocolo foi assinado no âmbito da oficina “Caracterização do Património edificado: conhecer para intervir”, realizada no dia 29 de Outubro, no Mosteiro da Batalha. Esta iniciativa reuniu estudantes, engenheiros, arquitectos e outros profissionais da área, na apresentação de técnicas não intrusivas de caracterização e inspecção dos edifícios e monumentos.

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CONSTRUÇÕES


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Jornal da Golpilheira

. sociedade .

Novembro de 2014

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Batalha

Subsídio de 90 mil euros e louvor a Fernando Oliveira

Nos termos dos arts.º 37.º e 41.º dos Estatutos da Associação, convocam-se todos os associados desta associação para a Assembleia Geral Ordinária que terá lugar no dia 5 de Dezembro, sexta-feira, pelas 20h30, no Quartel, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto Primeiro: Apresentação, discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento para 2015; Ponto Segundo: Outros assuntos de interesse para a Instituição. Caso à hora marcada não esteja presente a maioria dos associados, a Assembleia realizar-se-á meia hora mais tarde (21h00), em segunda convocação, com os associados presentes, nos termos do n.º 1 do art. 42.º dos Estatutos da Associação. Nota: Todos os documentos referentes à Ordem de Trabalhos e que serão apreciados poderão ser consultados na página da internet da Associação (www. bv-batalha.pt

A Câmara Municipal aprovou um protocolo de colaboração com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Batalha, no passado dia 24 de Novembro, consignando um apoio total de 90 mil euros para o período de ano de 2014. O montante em causa reconhece “o notável serviço público prestado à comunidade, quer através do combate aos incêndios, quer mediante acções humanitárias de transporte de sinistrados, doentes, salvamentos, entre outros”. Reconhecendo que, para o cumprimento destas actividades, “os

Convocatória

Estudo divulgado pela Marktest

Batalha entre os 13 concelhos com mais emprego Segundo um estudo da empresa Marktest, o concelho da Batalha está os 13 com maior percentagem de empregados em todo o País. Os números oficiais do Instituto do Emprego e Formação Profissional corroboram esta indicação, referindo que a inscrição de 533 desempregados no passado mês de Setembro, o que representa, em termos absolutos, uma das taxas de desemprego mais reduzidas do distrito de Leiria e de toda a região Centro do País. Segundo nota da autarquia, “na comparação homóloga com o mesmo mês de 2013, verifica-se no concelho uma redução de 107 desempregados, o que evidencia a enorme dinâmica empresarial, registando-se, só em Setembro último, 51 ofertas de trabalho disponibilizadas pelas empresas da Batalha”. Para Paulo Batista dos Santos, presidente da autarquia, estes dados “demonstram bem a forte dinâmica empresarial dos empresários deste concelho e de toda a sua capacidade para superar as enormes dificuldades sentidas nos últimos anos”. Apesar dos baixos valores do desemprego na Batalha, Paulo Santos aponta que “o Município da Batalha continuará fortemente empenhado em contribuir para a empregabilidade, nomeadamente, dos jovens e dos desempregados de longa duração”, estando a “prestar todo o apoio aos empresários do concelho e a desenvolver projectos que favoreçam o empreendedorismo”. Registe-se que o executivo municipal aprovou recentemente um conjunto de medidas a que designou de “Pacote de Redução Fiscal” que preconiza uma redução da carga fiscal para as famílias e empresas, já a partir de 2015, “o que representa um passo decisivo para o reforço da competitividade do Município da Batalha e um forte estímulo ao investimento”.

Município da Batalha apoia Bombeiros equipamentos dos bombeiros estão sujeitos a um desgaste constante, sobretudo no que respeita ao material circulante”, a autarquia destina 60 mil euros para comparticipação nas despesas de funcionamento da corporação, sendo so 30 mil euros restantes destinados à aquisição de equipamentos de apoio às missões de protecção civil e socorro das populações. Em declarações enviadas à imprensa, o presidente da edilidade, Paulo Batista Santos, afirma que “os bombeiros são a principal instituição humanitária da Batalha” e merecem o seu apreço

“pelo que significam e pelo seu trabalho ao serviço do município, das empresas e das pessoas do Concelho”. Voto de Louvor a Fernando Oliveira A Câmara aprovou também um Voto Louvor a Fernando José Lopes Oliveira, que exerceu as funções de Comandante dos Bombeiros Voluntários da Batalha até ao passado mês de Outubro, pela “sua entrega à causa dos Soldados da Paz”. O texto do louvor reconhece “o seu empenhamento, elevado sentido de responsabilidade e profissionalismo com que sempre desempenhou as

funções que lhe foram confiadas”, bem como a “prontidão, rigor e bom senso” com que coordenou a corporação e “o espírito de missão e serviço à comunidade, sempre que estava em causa a qualidade e eficiência do serviço a prestar à população”. Fernando Oliveira está ligado aos Bombeiros da Batalha desde 1979, tendo exercido funções de adjunto do Comando até Abril de 1989 e assumido funções de comandante do corpo activo de bombeiros em Junho de 2007. O Voto de Louvor foi também aprovado na última Assembleia Municipal.

Águas do Lena quer mais 15% a 24% em 2015

Câmara não aceita aumentos

A Câmara Municipal da Batalha deliberou, por unanimidade, solicitar a intervenção da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) para mediar o acordo relativo à fixação de um novo tarifário para o serviço de água a praticar pela Águas do Lena, por não aceitar os aumentos preconizados pela empresa detentora da concessão da exploração e gestão do sistema de captação, tratamento e distribuição de água para consumo do concelho da Batalha. Trata-se de um recurso de mediação previsto nos estatutos da ERSAR e que pode ser accionado para a resolução de conflitos, neste caso justificado pela autarquia da Batalha “considerar injustificável um aumento acima dos 15% para as famílias, em média para os consumos até 15 m3, bem como um agravamento do custo

da água para as empresas e outras entidades superior a 24%, em média para consumos até 50 m3” e ainda da “actualização extraordinária dos preços da água em cerca de 7%” para 2016. Em nota enviada à imprensa, o presidente da Câmara reconhece que “a empresa concessionária assegura um serviço de qualidade e em colaboração com o município, o concelho da Batalha tem uma qualidade de água acima da média nacional, como comprova a atribuição recente pela ERSAR do selo de qualidade exemplar da água para consumo humano 2014, mas é necessário optimizar a concessão sem penalizar os consumidores, sejam as famílias ou as empresas”. Paulo Batista Santos refere ainda que “no último ano, o Município da Batalha tem encetado várias iniciativas de negociação com a concessioná-

ria, primeiro no sentido do reequilíbrio do contrato de concessão, considerando uma efectiva partilha de riscos e benefícios entre ambos, procurando também fazer reflectir as conclusões da auditoria do Tribunal do Contas à Regulação de PPP no Sector das Águas, o que foi conseguido em diálogo e com a colaboração da empresa Águas do Lena”. Assim, a Câmara Municipal da Batalha preconiza um serviço de qualidade no abastecimento de água e pretende a inclusão de critérios sociais no cálculo para a formação de tarifários, pelo que “admite alguma progressão no custo da água”, mas defende que “a concessionária não pode querer recuperar nos últimos 5 anos que restam os prejuízos acumulados desde o início da concessão em 1997, que são resultantes de opções e riscos assumidos pela em-

presa e que não devem ser reflectidos na factura dos consumidores”. No decurso das negociações, a Câmara Municipal tem vindo a defender o objectivo de adequação do sistema tarifário aos preceitos da lei vigente, designadamente através da criação de tarifas sociais, rejeitando, todavia, as propostas da empresa que configuram um novo processo de reequilíbrio económico da concessão, uma vez que há menos de quatro anos, em Dezembro de 2010, o contrato foi objecto de um aditamento que prolongou por mais oito anos e melhorou significativamente as condições financeiras. Caso não haja acordo desta vez, os tarifários para 2015 serão actualizados apenas em função da previsão do Índice de Preços no Consumidor (IPC) previsto para 2014, abaixo dos 0,5%.

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Jornal da Golpilheira

entrevista . . .sociedade

Novembro de 2014

. ambiente .

Câmara reclama indemnização

DR

Descargas ilegais na rede pública de saneamento No final do passado mês de Outubro, a Câmara Municipal da Batalha formalizou uma queixa junto da empresa responsável pelo Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis – SIMLIS, relativa ao registo de descargas ilegais de efluentes por empresas privadas em caixa do emissário que é contabilizado e facturado ao Município da Batalha, na zona da Calvaria de Baixo, no limite do concelho da Batalha com o de Porto de Mós. Trata-se de uma prática não autorizada e lesiva financeiramente para a autarquia batalhense, uma vez que todo o caudal introduzido no emissário afecto a este concelho é incluído na factura de caudais imputada ao Município da Batalha, para além das consequências ambientais, uma vez que não é possível apurar qual a natu-

reza do resíduo colocado na rede pública de saneamento de águas residuais. A empresa SIMLIS, responsável pelo tratamento de esgotos nos municípios de Leiria, Marinha Grande, Porto de Mós, Batalha e Ourém, já confirmou que se trata de um procedimento não autorizado e terá já

iniciado um inquérito no sentido de apurar responsabilidades. Pretende-se, de acordo com nota da autarquia, “o rápido apuramento dos factos e medidas enérgicas contra os eventuais prevaricadores, bem como a justa compensação para o erário público municipal, não excluindo a possibilidade de pedir a intervenção do Ministério Público para assegurar que estes procedimentos ilegais não ficarão impunes e não se repetirão”. O presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, reforça que “estes procedimentos são inaceitáveis e prejudicam gravemente o Município da Batalha, que nos últimos cinco anos duplicou a factura de saneamento, prevendo-se para 2015 um encargo superior a 1,1 milhões de euros, valor que é suportado pelos munícipes”.

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Manuel Carreira Rito Director Adjunto

Poluição – 2 O alerta feito pelos meios de comunicação social continua a ser letra morta. Não será este flagelo o causador de tantas doenças do nosso tempo? Continuando o seu desenvolvimento sem qualquer obstáculo, não poderá a curto, médio ou longo prazo originar uma peste que dizimará milhões de pessoas, colocando em causa a vida no planeta? A luta pela sobrevivência é uma realidade. Quanto maior for o avanço da técnica, maior será este problema. As experiências, explosões e centrais nucleares também são responsá-

veis por tão graves problemas. No Japão, passados quase 70 anos depois do lançamento das duas primeiras bombas atómicas, ainda se registam muitos problemas originados por elas. Apesar da guerra fria ter “terminado”, há novos países emergentes, com alguns líderes radicais, que podem pôr em causa toda a coexistência pacifica. Se não forem tomadas providências, a vida marinha pode acabar, já que o mar continua a ser um autêntico depósito de toda a espécie de detritos. São casos para meditar. Ao lançar os químicos à terra para matar plantas e insectos nocivos, está a contaminar-se a água dos rios e, por consequência, dos mares. Os insectos intoxicados vão alimentar as aves, provocando-lhes a morte. Aqui, o círculo vicioso começa a desenvolver-se. Cada vez mais, os micróbios resistem com eficácia aos pesticidas, que por sua vez contribuem

para o envenenamento do ambiente. A mineração a céu aberto contamina as águas subterrâneas e, por consequência, os cursos de água, com minerais nocivos e corrosivos. As pás das escavadoras despedaçam os solos originais e expõem-nos à acção de inúmeras substâncias minerais. Muitas leis, em certos países, exigem que as empresas de mineração eliminem essas substâncias. Se não o fizerem, as chuvas dissolverão os sais tóxicos e irão poluir as águas. A vida aquática morre e as indústrias e casas particulares vão precisar de filtros para purificar e poderem utilizar a água. Além desta poluição material, há também a mental. Os homens estão diariamente a ser metralhados, por palavras, ideias, notícias, etc. Hoje uma coisa, amanhã outra, mas contada de uma outra forma. Temos de começar a reciclar o lixo e ficar na nossa mente apenas com aquilo que é bom. pub

Zelamos pela sua segurança


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. coleccionável . concurso .

Jornal da Golpilheira Novembro de 2014

Esta cronologia será publicada em 4 páginas deste coleccionável. No final, poderá uni-las num único painel de tamanho A3.

Apoios Para o POR

J. Rosa G.

Livro

a pa r t i r d a

I n s ta l a ç ã o

pat e n t e n o

Mosteiro

da

B ata l h a (D e z .2013/O u t .2014)

I D E N T I D A D E S E c o d o s P a i n é i s d e N u n o G o n ç a lv e s n o Portugal Contemporâneo

Pág. 10

Temos obras de arte de conceituados autores portugueses para oferecer

...mais de 1500 euros em prémios!

I Concurso Cultural “Identidades” - 2014 1. Tema e objecto O tema do concurso é “Identidades no Portugal Contemporâneo”, a desenvolver numa leitura literária ou plástica do que é, hoje, ser português. Embora de desenvolvimento livre, deverá conter obrigatoriamente alguma referência à história, património ou cultura do concelho da Batalha, mesmo que esse não seja o objecto principal. 2. Promotores O concurso “Identidades” é promovido pelo Jornal da Golpilheira, com o apoio do Centro Português de Serigrafia, da Câmara Municipal da Batalha e do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. 3. Objectivos 3.1. O primeiro objectivo do concurso é promover a criatividade e a reflexão artística à volta do tema da identidade nacional. 3.2. Em segundo lugar, visa acompanhar e desenvolver o projecto conceptual “Identidades - Eco dos Painéis de Nuno Gonçalves no Portugal Contemporâneo”, desenvolvido por J. Rosa G. em exclusivo para o Jornal da Golpilheira, na sequência da instalação “Milagre – Elogio

aos Painéis de Nuno Gonçalves”, patente na Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha entre Dezembro de 2013 e Outubro de 2014. 3.3. Finalmente, pretende assinalar os 30 anos da classificação do Mosteiro de Santa Maria da Vitória como Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, em 9 de Dezembro de 1983. 4. Modalidades 4.1. Os trabalhos poderão ser apresentados em prosa, poesia, pintura, desenho, escultura, fotografia, filme, ou qualquer outra arte gráfica ou plástica. 4.2. Os trabalhos deverão ser originais e inéditos, ainda que não tenham sido realizados especificamente para este concurso. 4.3. Não há limitação de idades, de número de trabalhos ou modalidades para cada candidato. 5. Apresentação de trabalhos 5.1. O prazo de apresentação de trabalhos decorre entre 1 de Maio e 31 de Dezembro de 2014. 5.2. Os trabalhos deverão ser entregues por correio: Concurso “Identidades” – Centro Recreativo da Golpilheira – Est. Baçairo, 856 –

2440-234 Golpilheira. 5.3. Em caso de grande volume (ex: escultura ou quadro), poderá ser entregue em mão no mesmo endereço, desde que não o seja pelo autor que posteriormente vier a ser identificado. 5.4. Permite-se, ainda, o envio em formato digital dos trabalhos que possam ser assim remetidos, para geral@jornaldagolpilheira.pt, a partir de um endereço de email cujo autor não seja identificável. 5.5. Todos os trabalhos deverão ser identificados sob pseudónimo e acompanhados de um envelope fechado, contendo no exterior o nome da obra e o pseudónimo e, no interior, o nome, morada, telefone, email e fotografia do autor. No caso de envio por email, o mesmo envelope deverá ser enviado por correio, apenas com identificação exterior da obra e do pseudónimo. 6. Avaliação e prémios 6.1. Os trabalhos serão avaliados por um júri de cinco pessoas, presidido pelo convidado José Travaços Santos e com um representante de cada uma das entidades: Jornal da Golpilheira, Centro Português de Serigra-

fia, Câmara da Batalha e Mosteiro de Santa Maria da Vitória. 6.2. A atribuição dos prémios será decidida por maioria de votos, reservando-se ao júri o direito de os não atribuir, se a qualidade dos trabalhos assim o justificar. 7. Prémios 7.1. Os prémios são constituídos por cinco serigrafias e gravuras dos conceituados artistas portugueses Laura Cesana, Silva Palmeira, Cruzeiro Seixas, Miguel Barbosa e Domingos Mateus, num valor total global de aproximadamente 1.500 euros. 7.2. O Jornal da Golpilheira oferecerá uma assinatura anual aos autores dos 15 melhores trabalhos seleccionados pelo júri. 7.3. Poderão vir a ser considerados outros prémios para uma categoria infantil ou juvenil, caso haja participação que o justifique. 8. Divulgação dos premiados 8.1. A divulgação dos premiados será feita na edição de Outubro do Jornal da Golpilheira, salvo por absoluta impossibilidade de avaliação pelo júri, indicando-se nova data nessa edição. 8.2. A entrega dos prémios será feita

em sessão pública, com exposição dos trabalhos premiados e outros a seleccionar pelo júri, em data e local a anunciar no mesmo acto de publicação de premiados. 9. Propriedade dos trabalhos 9.1. A propriedade dos trabalhos a concurso ficará para o Jornal da Golpilheira, que se reserva o direito de os publicar, difundir e expor publicamente, embora sempre com identificação do seu autor. 9.2. Ainda assim, os autores serão livres, após divulgação dos premiados, de publicar ou usar os seus trabalhos para qualquer fim que desejem. 10. Termo 10.1. Os casos omissos e as dúvidas de interpretação deste regulamento serão resolvidas pelo júri, sem possibilidade de recurso pelos concorrentes, também em relação aos prémios atribuídos. 10.2. A candidatura ao concurso pressupõe a aceitação de todos os pontos deste regulamento.


Jornal da Golpilheira

. infantil .

Novembro de 2014

Olá a todos!

Cá estamos nós com os nossos trabalhinhos. Este mês foi marcado pelo Bolinho e pelo S. Martinho que comemorámos em conjunto com o 1.º Ciclo. Foi tudo muito divertido!! Agora já nos preparamos para o Natal, que é um mês muito especial. Até breve!

Jardim-de-Infância da Golpilheira

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. desporto .

Jornal da Golpilheira Novembro de 2014

Futebol 11 • Veteranos

01-11 – Golpilheira – 0/Mirense – 6 08-11 – Vilanovense - 1/Golpilheira – 1 Próximos Jogos 06-12, 18h00 (Batalha) – Golpilheira/Alcácer do Sal 14-12 – Festa de Natal no CR Golpilheira

FUTSAL Campeonato Distrital de Infantis

15-11 – Telheiro – 5/Golpilheira – 1 23-11 – Golpilheira – 12/GRAP Pousos – 2 Próximos Jogos 30-11, 15h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Pocariça 06-12, 11h00 (Casal Marra) – Amarense/Golpilheira 14-12, 15h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Barreiros

Campeonato Distrital de Iniciados Masculinos – Série B 01-11 – Golpilheira – 5/Telheiro – 2 08-11 – N. Sporting Pombal – 6/Golpilheira – 2 (Taça Distrital) 16-11 – Quinta do Sobrado – 2/Golpilheira – 0 22-11 – Golpilheira – 4/Amarense B – 1 Próximos Jogos 29-11, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Atlético C. Leiria 06-12, 15h00 (Correia Mateus) – N. Sporting Leiria/Golpilheira 21-12, 17h00 (Telheiro) – Telheiro/Golpilheira

Campeonato Distrital de Juvenis Masculinos 01-11 – Telheiro – 4/Golpilheira – 2 08-11 – Núcleo Sporting Leiria – 5/Golpilheira – 2 09-11 – Mirense – 2/Golpilheira – 4 (Taça Distrital) 15-11 – Golpilheira - 3/Amarense – 6 23-11 – Arnal – 2/Golpilheira – 2 Próximos Jogos 06-12, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Telheiro

Campeonato Distrital de Juniores Femininos

22-11 – Louriçal – 1/Golpilheira – 8 Próximos Jogos 30-11, 17h30 (Golpilheira) - Golpilheira /Ribeira do Sirol 06-12, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Vieirense 14-12, 17h00 (Caranguejeira) – Acad. Caranguejeira/Golpilheira 21-12, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/N. Sporting de Pombal

Futsal Seniores Femininos • Campeonato Nacional Primeira Fase – Zona – Sul 08-11 – Leões de Porto Salvo – 1/Golpilheira – 2 15-11 – Golpilheira – 2/Benfica – 5 22-11 – Golpilheira – 4/Vidais – 0 Próximos Jogos 20-12, 18h30 (Louriçal) – Louriçal/Golpilheira

divulgação

Veteranos Futebol do CRG

Encontros sempre animados Golpilheira – 0 Mirense – 6 Realizou-se no dia 1 de Novembro, no campo de jogos da Batalha, o encontro entre os veteranos de futebol do CR Golpilheira e os do Mirense. Estes desafios têm três partes. A primeira e a segunda, no campo, e a terceira à mesa do restaurante. O jogo foi bastante equilibrado, disputado em largos períodos sobre a zona do meio campo, sem grandes oportunidades de golo. No entanto, antes do intervalo, o Mirense marcou o seu primeiro golo. Na segunda parte é que foram elas. Elas não, eles, os golos. Eles pareciam ciclistas e nós a vêlos passar. Marcaram mais cinco golos e nós ficámos em branco. Resta informar que, apesar destes seis golos, o nosso guarda-redes Cesário foi o melhor jogador. Depois do merecido banho, lá estava o Barroca de minis e torresmos na mão, a distribuí-los a todos os que tinham sede. A seguir a este aperitivo, fomos para o Restaurante Etnográfico do CRG. Aqui, estávamos realmente em casa. Conhecemos muito bem o rectângulo de jogo e começámos a atacar logo no primeiro minuto. O bacalhau assado com batatas a murro estava uma delícia, assim como as entradas e a sopa. O vinho e a cerveja não tinham espinhas. Aqui ganhámos, aliás, em casa ou fora, a terceira parte é sempre nossa. Não

MCR

Equipas do CRG

temos adversários à altura. Já depois de muito comer, beber e conversar, chegou-se a altura da entrega de lembranças à equipa adversária, mas amiga, assim como o agradecimento a todos. Ainda houve tempo para visitarmos as nossas instalações e bebermos uma sossegada “água” no bar da nossa colectividade. Vilanovense – 1 Golpilheira – 1 No dia 8 de Novembro, deslocou-se a nossa equipa de veteranos a Vila Nova de São Pedro, para um encontro com a equipa de veteranos desta localidade. Estiveram frente a frente duas equipas que não se conheciam e o jogo começou com muitas cautelas de ambas as partes. Quando uma

equipa subia, a outra equipa vinha defender. Perante este desenrolar do encontro, não foi de estranhar que ao intervalo se verificasse um empate a zero. No segundo tempo, as equipas foram à procura do golo. Numa jogada feliz, a equipa da casa inaugurou o marcador. Em desvantagem, o nosso treinador procedeu a algumas alterações tácticas. Colocou a equipa mais ofensiva, para ir pelo menos à procura do empate. Esta alteração era uma faca de dois gumes, uma vez que a nossa defesa ficou mais desguarnecida. De tanto arriscar e já muito perto do final do jogo, Pascoal, com um grande remate de fora da área, empatou o jogo, colocando assim alguma justiça no marcador. Daqui até final

não houve mais qualquer golo. Este resultado ajustase ao trabalho que ambas as equipas desenvolveram. Depois do banho, o bar do campo ainda estava aberto e como a sede era muita não foi difícil beber uma minis. Seguiu-se o jantar, na sede do Vilanovense. Com uma mesa de entradas bem recheada, estavam criadas as condições para uma boa refeição. O vinho era bom e da região. Estava difícil sentarmo-nos à mesa, dada a qualidade e quantidade da mesa de entradas. Essa altura chegou, com a sopa que estava muito boa, assim como o segundo prato. Muito se conversou, comeu e bebeu. O convívio foi a nota dominante, implicando a criação de novos amigos. MCR

Batalhabikers organizam

Atlético Clube Batalha

Mais um grande evento de BTT irá animar a vila da Batalha, no dia 14 de Dezembro. Organizado pela equipa Batalhabikers e em parceira com outras associações, o 2.º Passeio BTT “O Natal Na Batalha Tem Mais Brilho” terá dois percursos, um com cerca de 16 km e outro com cerca de 35 km, ambos de categoria fácil. Como no ano passado, a inscrição incluiu a participação numa causa solidária, seguro, reforço e banhos. Assim, o pagamento será com bens alimentares, roupas de adulto ou criança ou brinquedos, que serão entregues a instituições e famílias carenciadas a definir com a Câmara Municipal da Batalha. Para garantir a presença, deverá ser feita uma pré-inscrição (consultar evento no facebook), pois será limitada a 200 participantes.

Será no dia 27 de Dezembro a 2.ª edição da Corrida e Caminhada de S. Silvestre da Batalha, organizada pelo Atlético Clube. A versão de corrida terá 10 km e a de caminhada 6 km, com percurso fácil. O ponto de partida será na rua Nossa Senhora do Caminho, a partir das 15h00. As inscrições devem efectuar-se para o email atleticoclubebatalha@live.com.pt, no sítio www. trilhoperdido.com, ou nas Corridas D’Avis, todas as quintas-feiras, às 20h30, junto ao Mosteiro. Se for feita antecipadamente, será mais barata a inscrição.

2.º Passeio BTT “O Natal Na Batalha Tem Mais Brilho”

Corrida e caminhada de S. Silvestre


Jornal da Golpilheira

. desporto .

Novembro de 2014

Campeonato Nacional de Futsal Feminino

Jogo atribulado com o Benfica Golpilheira – 2 Benfica – 5 Realizou-se no passado dia 15 de Novembro, no Pavilhão da Golpilheira, a 7.ª e última jornada da primeira volta desta fase de apuramento. Estiveram frente a frente o primeiro (Benfica) e o segundo (Golpilheira) classificados, separados apenas por um ponto. Nos dois jogos da época em casa, tínhamos levado a melhor, com duas excelentes vitórias. Este encontro era aguardado com bastante expectativa. O público que esteve presente dentro e fora do pavilhão assistiu a um bom jogo de promoção do futsal feminino, demonstrando que este desporto não é só para homens. As equipas encaixaram bem uma na outra. O jogo era de parada e resposta e as primeiras oportunidades de golo foram para as Golpilhas, mas Jéssica Pedreiras e Inês, ambas isoladas, não conseguiram marcar. O Benfica também criou algumas oportunidades, mas Verónica conseguiu manter

a nossa baliza inviolável até ao intervalo. Aliás, as duas melhores jogadoras em campo, na primeira parte, foram as duas guarda-redes. No segundo tempo, entrámos muito bem e só recorrendo à falta é que as atletas do Benfica conseguiam parar as nossas jogadoras. Aos seis minutos, já o Benfica tinha atingido a quinta falta e nós apenas uma. A partir daqui, qualquer falta praticada pela equipa forasteira seria punida com um livre de dez metros. Mas foi nesta altura que, num excelente pontapé, o Benfica se colou em vantagem no marcador. A nossa equipa não vacilou e foi à procura do empate. Mas, como um azar nunca vem só, Carolina Silva, depois de ter sofrido uma pancada no joelho, saiu lesionada e não voltou mais ao jogo. Numa jogada de ataque, Tita foi nitidamente ceifada por uma adversária, mas o árbitro nada marcou. A jogada continuou e o Benfica marcou o segundo golo, com a nossa jogado-

ra no chão a contorcer-se de dores. Deveria ter sido assinalada falta, que seria a sexta do Benfica, punida com um livre de dez metros. Ninguém pode garantir que seria golo, mas não tinha acontecido o segundo do Benfica. A partir daqui a tarefa era mais difícil. Sofremos pouco depois o 3-0. Teresa Jordão lançou Jéssica Pedreiras como guardaredes volante e ainda conseguimos reduzir, por Licas. Mas esta é uma situação que também expõe muito a nossa baliza. Uma perda de bola, é meio caminho para sofrermos mais golos. Foi o que aconteceu, marcando o Benfica mais dois golos. Já perto do final, ainda conseguimos reduzir para 2-5, por Raquel Amarante. Em resumo, a vitória do Benfica não está em causa, foi melhor do que nós. Mas a diferença de golos não traduz o que se passou dentro do Pavilhão, até à altura em que estávamos a jogar de igual para igual. Um factor que o condicionou foi a acção do árbitro principal,

claramente influenciado pelo treinador do Benfica. É normal, depois da quinta falta, os árbitros terem muitas dificuldades em marcar a sexta e outras a seguir. Mas estes intervenientes no jogo não deveriam hesitar em marcar, quer seja a primeira ou a décima falta, seja contra o Benfica ou contra o “Cascalheira”. A verdade é que, nos primeiros 6 minutos da segunda parte foram assinaladas seis faltas ao Benfica e não foi marcada mais nenhuma nos restantes 14 minutos, apesar de elas terem existido várias vezes! Estranhamente, no mesmo período, foram marcadas mais cinco faltas à Golpilheira, vindo o Benfica a beneficiar de um livre de dez metros, que não deu golo. É lamentável que as camisolas ainda continuem a pesar muito, pelo menos aos olhos dos árbitros. Nada está perdido. Continuamos em segundo lugar. O objectivo é ficar entre os quatro primeiros, para discutirmos mais uma vez o título. | MRC

Foto-reportagem

“Dia do Desporto” animou a Batalha Um verdadeiro “Dia do Desporto”, o passado 2 de Novembro, na zona desportiva da Batalha. Organizado pelo Atlético Clube da Batalha, o evento pro-

porcionou a crianças, jovens e adultos a possibilidade de conhecerem um pouco melhor o desporto que se pratica no concelho e experimentarem as modalida-

de que estiveram na mostra dinâmica. Muitas centenas de pessoas passaram pelo espaço e aproveitaram um dia de clima agradável e muita animação. Desatacamos a

participação das classes de hip-hop do Centro Recreativo da Golpilheira. Confira tudo na nossa reportagem fotográfica, em www.jornaldagolpilheira.pt.

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“Saber treinar aprende-se”

Abandono precoce da prática desportiva Integrado numa acção de formação para treinadores de futebol e futsal, decorreu no passado dia 3 de Outubro, no auditório da ESECS/Leiria, a abordagem ao tema do abandono precoce da prática desportiva. O primeiro orador foi Luís Paulo Baptista, psicólogo do desporto. Explicou que a participação maciça de jovens nestas modalidades verifica-se entre os 10 a 13 anos. A partir daqui, até aos 18 anos, vai baixando progressivamente. Quando se interrompe este desporto, dificilmente o jovem volta. Porque é que as crianças abandonam? Esta situação tem uma explicação. Tem a ver com o motivo que leva as crianças à prática desportiva. Entre o motivo e o objectivo, há o comportamento, que pode ser de satisfação ou de frustração. A motivação tem o poder de influenciar. Enquanto as crianças estiverem motivadas, vão continuar lá e não desistem. A motivação, normalmente, depende de factores pessoais, necessidades, interesses, objectivos, personalidade, factores situacionais, estilo de liderança, prestigio do grupo e sucesso do grupo. E, nestas situações, há crianças mais difíceis de motivar, porque os seus objectivos são diferentes. A liderança influencia a motivação. Há dois tipos de motivos: motivação intrínseca – fazer o que gostava de fazer; motivação extrínseca – pelos ganhos que obtemos com isso. Deve saber-se os principais motivos por que os jovens praticam desporto. Tentar saber porque estão na equipa: aprender novas habilidades/auto superação; tentar ser melhor jogador; querer jogar melhor. A equipa que integra quer ganhar e ele também quer ganhar. Com o passar do tempo, acompanhar com o desafio competitivo. Para além da sua actividade desportiva, os jovens devem também ocupar saudavelmente os outros tempos livres, onde podem encontrar outros amigos. O treinador deve orientar os treinos em função de tudo o que atrás foi escrito. Para isso, deve utilizar a sua estratégia para assim motivar os jovens: exercícios eficientes com demonstrações correctas; dar retorno no momento; utilizar o esforço como forma de motivação; criar novos desafios com crescente dificuldade; desafio competitivo; permitir que compitam entre si; organização de encontros sociais. Há alguns erros que normalmente são cometidos pelos treinadores, “professores” no seu processo pedagógico: fragmentação de conteúdos; repetições obsessivas de gestos técnicos; colocar de parte os menos dotados. Os motivos mais frequentes para o abandono desportivo são: pressão excessiva exercida pelos pais e treinadores; falta de apoio Familiar; dificuldades nos estudos; conflito com outras actividades; inabilidade; fracassos constantes; insucessos frequentes; lesões; críticas constantes por quem lidera o grupo; não gostar do treinador; mau ambiente no grupo; mau relacionamento dos colegas entre si; interesse na satisfação e não no rendimento; a criança não se sentir útil à equipa; falta de infra-estruturas do clube que representa; questões financeiras. Ainda há o abandono por motivos como: esgotamento; stress provocado pela competição; a exigência do treinador ser imensa; ter de ganhar a todo o custo; falta de diversão. Para evitar algumas destas situações, antes de cada época desportiva, deve efectuar-se uma reunião com os pais ou encarregados de educação das crianças. Repetir estas reuniões sempre que seja necessário. Tentar ganhar a família deve ser também um objectivo do treinador. Não aceitar inscrições de atletas sem a presença dos pais. (Continua na próxima edição) Manuel Carreira Rito


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Jornal da Golpilheira

. temas .

Novembro de 2014

. o frente a frente comunicacional .

. economia .

. combatentes . Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

A origem do “Cristo das Trincheiras” (2)

Andreia Rodrigues Mestre em Marketing Relacional

A comunicação para uma acção cooperativa

A abordagem win-win (ganha-ganha) surge ligada à negociação, visando vantagens para todos os intervenientes envolvidos. Negociação é, então, uma forma de interacção social, cujo processo envolve dois ou mais intervenientes que têm em vista resolver um conflito. Ao ser orientada para uma óptica winwin, pretende conquistar uma abordagem mais colaborativa, com a finalidade de serem criados resultados positivos e de se manterem relações fortificadas entre os intervenientes. Surge, neste sentido, associada à estratégia de cooperação, utilizada nas relações a longo prazo, para a obtenção de um melhor desempenho. Assim, neste tipo de negociação, para existir cooperação pressupõe-se que exista uma comunicação clara e que não se recorra a ameaças para chegar a um fim, com o objectivo de se obterem ganhos-mútuos. A gestão das relações numa vertente win-win não é a única perspectiva existente. De facto, há situações em que a gestão das relações é feita ou numa óptica win-lose, em que um interveniente ganha e o outro perde, ou numa óptica lose-lose, em que ambos perdem. Contudo, é na gestão win-win que as abordagens de resolução de conflitos são usualmente sugeridas, como é o caso da ética de negócios, da negociação, da resolução de conflitos e das estratégias cooperativas, visto que uma solução deste tipo concilia os interesses das partes, com o objectivo de se obterem benefícios. Baseando-se o marketing relacional na ideia central de um acordo por meio de um benefício mútuo, então poder-se-á afirmar que as relações de marketing possuem uma relação benéfica se as partes trabalharem em grupo para formarem alianças e assim serem criadas relações win-win, tanto para a empresa como para o cliente. Deste modo, existe claramente uma ligação entre o marketing relacional e a óptica win-win. Da mesma forma, na mediação de conflitos pretende-se que a negociação seja realizada de boa-fé, tendo em conta a honestidade das partes. Pretende, por isso, criar estratégias win-win, com o objectivo final de o relacionamento entre as partes envolvidas no processo ser melhorado, levando à diminuição dos conflitos e à satisfação destas. Agora que visualizámos o papel da negociação, torna-se possível analisar, na próxima edição, o conceito de marketing relacional, os seus objectivos e as suas vantagens.

Cristina Agostinho Mestre em Gestão Empresarial e Empresária de Estética e Saúde

Cooperação empresarial: estratégias de gestão da nova economia

Em termos económico-sociais, vivemos num processo de globalização e de formação de uma economia à escala planetária caracterizada por uma aceleração progressiva e criação de novas realidades: nos últimos 50 anos a produção mundial aumentou 6 vezes, o comércio internacional 18 vezes e os movimentos internacionais de capitais 27 vezes. A competição global acrescida à imparável mudança tecnológica favorece organizações ligeiras, rápidas e flexíveis. Uma empresa não pode ser apenas um edifício fechado em si mesmo, tem de ser cada vez mais uma estrutura ligada aos mercados e a outras empresas, aberta sobre a sociedade, percebendo e identificando as suas oportunidades. Atentas a este fenómeno, as empresas dinâmicas adoptam estratégias de cooperação, não só nas áreas críticas da investigação e desenvolvimento, como nas de produção e vendas. Esta nova postura é válida para todas as empresas, das transnacionais às PME (pequenas e médias empresas), sendo particularmente relevante para estas. Assim, por cooperação empresarial entende-se toda a associação de forças que institui relações privilegiadas entre empresas, baseada na reciprocidade de vantagens, na concertação sistemática e procura conjunta de inovações que possam contribuir para atingir um objectivo comum de carácter geral ou específico, isto é, permite partilhar recursos e competências, reduzir riscos e facilitar a realização de projectos comuns, com o fim de atingir um objectivo pré-estabelecido. A cooperação pode atingir um alcance ainda mais vasto, muito além da simples cooperação entre duas ou mais empresas, na medida em que permite concretizar vários objectivos (comerciais, tecnológicos e financeiros, etc.) e integrar intervenientes de dimensões diversas (PME e grandes empresas) e de âmbitos diferenciados (universidades, centros de investigação, associações empresariais, organismos públicos, entidades financeiras…) e pode ainda aplicar-se a múltiplas actividades e sectores económicos directa ou indirectamente relacionados (indústria, comércio, ensino...). No limite, a cooperação pode envolver um vasto tipo de actores com competências diversas, mas que concorrem para objectivos económicos sociais e partilhados. Da adversidade e da competitividade desenfreada resultante das condições económicas difíceis resultou a procura de novas vias organizacionais. O modelo de cooperação empresarial, apesar de não ser isento de alguns ajustamentos, poder-se-á contrapor a outros, ao assentar nos princípios associativos, na valorização da parceria social, no aprofundamento da democracia e no fortalecimento da sociedade civil e coesão social.

No artigo anterior, historiámos a saga relacionada com o Cristo das Trincheiras, designadamente, desde que as nossas tropas com Ele se depararam quando chegaram à Flandres; a importância que teve para os nossos combatentes, durante a odisseia que tiveram de suportar nas trincheiras; as mutilações que sofreu na batalha do Lys; a forma como veio para Portugal e, finalmente, desvendámos também quais as famílias responsáveis pela sua existência. Por falta de espaço, apenas não revelámos como este último pormenor chegou ao nosso conhecimento, dado o mesmo não ser público, coisa que iremos fazer agora. Anotem. Nos primeiros dias de Setembro pretérito, fomos contactados pelo Sr. Dr. Joaquim Ruivo, Exmo. Director do Mosteiro da Batalha, informando-nos ter recebido um email de uma família francesa, que se identificava como descendente dos antigos proprietários do Cristo das Trincheiras. Aquelas pessoas projectavam uma visita por diversos locais de Portugal, incluindo a Batalha e o seu Mosteiro, onde supunham que ainda estaria o Cristo das Trincheiras, o qual, em 1958, através do governo francês, os seus avós haviam doado a Portugal, e agora muito gostariam de rever. Esta notícia interessava-nos particularmente, dado ser a Liga dos Combatentes, via Núcleo da Batalha, a responsável pela preservação e manutenção de todos os ícones existentes na Sala do Capítulo, incluindo o Cristo das Trincheiras, pelo que a mesma foi retransmitida ao Sr. Presidente da DC/LC, Exmo. General Joaquim Chito Rodrigues, que desde logo passou também a acompanhar todo o processo. Mantiveram-se os contactos entre as partes; a visita à Batalha ficou aprazada para 22 de Setembro, dia em que os dois casais que nos visitaram – uma irmã, Gerardine, e um irmão, Bernard (bisnetos dos primitivos proprietários e netos dos dadores), acompanhados dos respectivos cônjuges – tinham, pelas 10h00 desse dia, à sua espera, na frontaria do Mosteiro, o Director deste e o Presidente da Liga dos Combatentes, bem como quatro elementos do Núcleo da Batalha. A visita a todo o interior e exterior do Mosteiro, com dois “cicerones” especiais, com destaque para o Dr. Joaquim Ruivo, um erudito notável, pelo menos em tudo o que diz respeito ao monumento, foi minuciosa e durou toda a manhã, tendo-se os visitantes emocionado mais do que uma vez, em especial na Sala do Capítulo, perante o Cristo das Trincheiras, onde a sua comoção foi notória, mas também pela recepção que lhes foi prestada e que culminou à mesa dum restaurante da nossa vila. Não temos dúvidas de que regressaram ao seu país encantados, com vontade de voltarem e apostados em divulgar aos seus conterrâneos, quer a nossa hospitalidade, quer as belezas da Batalha, naturalmente, com relevo para o nosso imponente Mosteiro e todos os seus recantos e ímpares encantos. Para a posteridade, foram tiradas várias fotos, que poderão ser vistas no Núcleo, e algumas também no site da Liga dos Combatentes, por quem estiver interessado. Pode também ser consultado no Núcleo o ramo genealógico da família Bocquet, co-proprietária inicial do Cristo das Trincheiras, até aos irmãos Gerardine e Bernard, que em 22 de Setembro nos visitaram. Finalizaremos este artigo, reportando-vos mais três breves notícias. 1.ª – Decorreram, com a dignidade e solenidade previstas, as cerimónias evocativas do centenário do início da 1.ª Guerra Mundial que, na tarde de 18 de Outubro, se realizaram na Batalha (Sala do Capítulo), no Reguengo do Fetal e em São Mamede. Para além de convidados, nestas três cerimónias estiveram sempre presentes alguns indefectíveis combatentes, a quem agradecemos a disponibilidade e fidelidade aos nossos ideais. 2.ª – À medida que a idade avança, vão “partindo”, cada vez mais amiúde, alguns dos nossos sócios, camaradas e amigos combatentes. Não é possível lembrarmos nestes artigos todos eles, mas temos conseguido abrir uma excepção para os que foram dirigentes do Núcleo. É o que hoje voltamos a fazer, para invocarmos o já nosso saudoso amigo e camarada combatente Cláudio Pereira da Silva, que nos deixou no dia 21 de Outubro passado. Para quem não saiba ou já não se lembre, recordamos apenas que, para além de todas as suas excepcionais qualidades humanas e de carácter, era ainda um homem extremamente solidário e defensor de causas justas como, entre outras, o ter sido dirigente do nosso Núcleo por mais de 27 anos (provavelmente, um recorde nacional!), entre os quase 48 que já levava como nosso associado! À família enlutada, renovamos os nossos sinceros votos de pesar, por esta sua insubstituível perda. 3.ª – Em 14 de Dezembro próximo, voltaremos a estar presentes em mais uma Festa de Natal, desta vez em Peniche, juntamente com mais seis Núcleos da Região. Mesmo não sendo nosso associado, se foi combatente e estiver interessado em saber como é, venha informar-se connosco.


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. temas .

Novembro de 2014

. saúde .

Ana Maria Henriques Enfermeira

Cuidados continuados

O objectivo dos cuidados continuados integrados é prestar cuidados de saúde e apoio social a pessoas em situação de dependência, independentemente da sua idade, ajudando a pessoa a recuperar ou manter a sua autonomia e maximizar a sua qualidade de vida. Existe uma rede de cuidados continuados criada e gerida por vários ministérios que integram vários estabelecimen-

tos (públicos e privados), de modo a articular e agilizar esta prestação de serviços. São várias as unidades que respondem a diferentes necessidades, mas a atribuição de um ligar a um doente depende da avaliação da equipa de saúde e, dentro de certos limites, da decisão do doente e sua família. Estas unidades recebem doentes com dependência funcional temporária (por estar a recuperar duma doença, cirurgia, etc.), dependência funcional prolongada; idosos com critérios de fragilidade (dependência e doença); incapacidade grave, com forte impacto psicológico ou social ou com doença severa, em fase avançada ou terminal. Para poderem ter acesso a estas unidades, os doentes ou as suas famílias devem falar com o médico assistente (hospitalar ou do centro de saúde) ou a equipa de enfermagem. Depois, o caso será avaliado pelo serviço de assistência social e/ou pela equipa de gestão de altas, para assim definir o destino

mais adequado ao doente. O doente pode ser encaminhado para uma unidade de convalescença, unidade de média duração e reabilitação, unidade de longa duração e manutenção, unidade de cuidados paliativos, centros de dia ou prestação de cuidados domiciliários. As unidades de convalescença são frequentadas por doentes que estiveram internados num hospital devido a uma situação de doença súbita ou ao agravamento duma doença ou deficiência crónica, que já não tenham necessidade de internamento, mas sim de cuidados de saúde que não possam ser prestados no domicílio. Têm uma duração máxima de 30 dias e assegura cuidados de saúde prestados por uma equipa permanente, realização de alguns exames auxiliares de diagnóstico, prescrição e administração de medicamentos, cuidados de fisioterapia e apoio psicológico e social. As unidades de média duração e reabilitação são

adequadas para pessoas que perderam temporariamente a sua autonomia, mas que podem recuperá-la e que necessitem de cuidados de saúde, apoio social e reabilitação que não podem ser prestados no domicílio. Assegura internamentos que durem entre 30 e 90 dias seguidos e as mesmas valências de uma unidade de convalescência, mas com maior foco na reabilitação. As unidades de longa duração recebem pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência e graus de complexidade, que não reúnam condições para serem cuidadas em casa ou na instituição ou estabelecimento onde residem. Presta apoio social e cuidados de saúde de manutenção que previnam e retardem o agravamento da situação de dependência, favorecendo o conforto e a qualidade de vida. Para internamentos de mais de 90 dias seguidos ou internamentos com menos de 90 dias (máximo 90 dias por ano) quando há necessidade de descanso do principal cuidador. Para as unidades de cuidados paliativos são encaminhados os doentes em situação clínica complexa e de sofrimento, devido a uma doença severa e/ou avançada, incurável e progressiva. Não há um período limite de internamento. Esta rede de cuidados está a crescer e a aumentar a sua preciosa oferta em todo o País, mas existem diferenças regionais muito grandes, variando muito a oferta e os critérios de inclusão em cada instituição. O médico assistente, a equipa de enfermagem e o assistente social são os profissionais de saúde mais aptos para esclarecer quaisquer dúvidas sobre as possibilidades de integrar um doente na rede de cuidados continuados. Esta e mais informação está disponível no guia prático da rede de cuidados continuados integrados.

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Testemunho pessoal

A Doença Bipolar Este é um tema que eu abordo com naturalidade, uma vez que esta doença me afecta há mais de vinte anos. O diagnóstico a tempo e horas evita momentos de grande angústia, onde nem a luz ao fundo do túnel se vê. É uma doença silenciosa, sem dor, mas que afecta a nossa mente, a ponto de deixarmos de ter o gosto pela vida. Esta doença tem duas fases: maníaca (grande euforia, gastos descontrolados, agressividade, dormir poucas horas) e depressiva (isolamento, pensamentos negativos, deixar de frequentar os locais onde nos sentimos bem, conversar muito pouco, tanto com familiares como com amigos, refugiar-se na cama, instabilidade no sono, encarar a vida como não tendo sentido, grande tristeza, desleixe pessoal). Estes são, portanto, alguns sinais e alertas que nos obrigam a solicitar de imediato ajuda, em primeiro lugar, do nosso médico de família. Para vencermos esta doença, é preciso ter muita força de vontade, ajuda dos nossos familiares e do nosso médico, assim como a toma a tempo e horas dos medicamentos que nos são prescritos. Demorei muito tempo a conviver com esta doença. Eu costumo dizer que ela é um inimigo que me acompanha diariamente, mas tenho de ter uma coexistência pacífica com ela. É o que procuro fazer. No entanto, há períodos em que ela acorda e me dá muito trabalho. Se não conseguir dominá-la, tenho de recorrer a outros meios que tenham eficácia. Não tenho vergonha nenhuma de informar que já estive internado por duas vezes no quarto piso do Hospital de Santo André, em Leiria. Foi nos anos de 2000 e de 2011. Foram momento muito difíceis, mas consegui ultrapassálos, com a ajuda dos médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar, família e amigos. Quando estou numa fase mais depressiva, penso sempre numa coisa: já passei por momentos muito complicados e consegui superá-los, por isso tenho esperança de conseguir superar mais estes obstáculos. Nunca se deixe afundar no labirinto desta doença, pois num momento de desespero pode ser tentado a cometer alguma loucura. Numa situação destas, peça ajuda a quem estiver mais perto de si. A vida, a nossa vida, é muito importante, e não podemos tomar qualquer decisão sobre ela. Lembrei-me de escrever sobre este tema, porque esta é uma doença muito incompreendida, por vezes até pelos nossos familiares. Causa muito sofrimento a quem a tem e às pessoas que lidam mais de perto consigo. Tenho um dossier do meu último internamento, donde transcrevo alguns pensamentos que escrevi naquela altura. Um deles é o seguinte: “Nunca desistas de lutar. A seguir ao Inverno vem a Primavera. Ser persistente. Contrariar aquilo que nos está a perturbar. Procurar fazer bem, mas com alguma cadência e sem pressas. Fazer exercício físico”. No dia da tolerância, que é em 16 de Novembro, transcrevi o seguinte pensamento: “A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensamos todos da mesma maneira, já que nunca vemos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos” – Gandhi, Mohandas. A minha última mensagem, que escrevi antes de sair do internamento de 2011, foi a seguinte: “A minha intolerância é mais vezes com a minha família, com a qual devia ser mais tolerante, até porque são as pessoas que vivem comigo. Tomo o compromisso de, a partir de agora, ser mais tolerante”. Leiria, 17 de Novembro de 2011. Nunca desistas de viver. Manuel Carreira Rito pub

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Jornal da Golpilheira

. sugestões de leitura .

Novembro de 2014

Paulo VI e Portugal (O primeiro Papa a visitar Portugal) José Carvalho

O Tribunal é o Réu – As questões do divórcio Daniel Sampaio

Fonte da Palavra

Editorial Caminho / Leya

Conheça os pormenores da histórica visita do primeiro Papa em Portugal, em 1967. Descubra o que disse o beato Paulo VI em Fátima para o mundo ouvir. Saiba as tensões existentes entre ele e Salazar. A alegria dos portugueses pela visita do Papa. A especial devoção do Papa Montini por Nossa Senhora. Em 232 páginas de texto e dezenas de fotografias (algumas inéditas), o investigador José Carvalho contalhe como foi a apresenta vasta documentação integral desses discursos e momentos. O livro conta com apresentação de D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação Para as Causas dos Santos, textos evocativos do cónego Rui Osório e do politólogo Carlos Melo Bento, e prefácio do professor João César das Neves. Poderá adquiri-lo com desconto a partir do próprio autor, por 13 euros com portes grátis. Pedidos e informações para

Acaba de chegar às bancas mais uma obra deste conceituado autor, desta vez para abordar o tema do divórcio e o papel do tribunal que, muitas vezes, potencia o conflito do casal. Numa primeira, analisa-se o caminho seguido por um casal em contacto com o sistema judicial: fala-se do ambiente do tribunal, do papel dos juízes, procuradores e advogados, do atraso e da qualidade das decisões que frequentemente colocam em risco as crianças e as suas relações com os pais. E fazem-se algumas propostas, com o objectivo principal de preservar o bem-estar dos filhos. A segunda parte conta como a história de amor de um jovem casal caminhou para um divórcio difícil, em que muitas das situações referenciadas na primeira parte do livro foram vividas com angústia e dor. Sendo uma história ficcionada, a sua semelhança com a realidade não é coincidência, já que foi construída a partir de relatos de vários casais que viveram divórcios traumáticos.

Os nossos campeões

Última Palavra: Mãe

Predicado / Guerra & Paz

Guerra & Paz|Clube do Livro SIC

Chega este mês ao mercado o primeiro livro da Predicado, a nova chancela da Guerra e Paz Editores que irá apresentar livros em parceria entidades de referência. Neste caso, trata-se da Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP), instituição de solidariedade social de Miranda do Corvo. Uma percentagem muito significativa dos colaboradores da ADFP é portadora de deficiência ou de doença crónica incapacitante. Em 151 páginas, “Os Nossos Campeões” relata 24 histórias reais de pessoas que nos ensinam o valor da vida, exemplos de tenacidade e persistência: gente que não desiste nem vira a cara às dificuldades. Pessoas capazes de criar um projecto de vida feliz, enfrentando as dificuldades que lhes surgiram na vida. Vale a pena ler este livro de elogio à liberdade individual, à capacidade de (re)construir o futuro e vencer o fado.

Este é o livro que nos leva de volta a casa, aos braços da nossa Mãe. A Mãe está sentada com o mar diante dos olhos… É a Mãe de José Jorge Letria quem tem o mar diante dos olhos, mas podia ser a nossa Mãe. Este é o livro que cada um de nós queria ter escrito à sua própria Mãe. Um livro confessional, um livro de amor, o amor que, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, podemos negar a outros, mas não negamos a essa figura, à Mãe que, generosa, nos deu o sopro da vida. José Jorge Letria escreveu uma obra intensa sobre a sua Mãe, com episódios reais fortemente emotivos. Este é um livro comovente, tão verdadeiro como os momentos únicos, de choro ou de riso que, entre mãe e filho, tecem o laço mais forte das nossas vidas.

Fundação ADFP

José Jorge Letria

Ano da Vida Consagrada

Guia para orações e reflexão Irmãs Discípulas do Divino Mestre

Este livro procura acolher de uma maneira concreta e prática o convite do Papa Francisco para reflectirmos sobre a Vida Consagrada e rezarmos com e pelos consagrados no ano que lhes é especialmente dedicado. Propomos 15 roteiros elaborados pelas Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre a partir do método Verdade, Caminho e Vida. Em cada encontro, meditamos sobre um tema específico, com a proposta de um sinal e de uma figura bíblica inspiradora, uma leitura bíblica e um texto do magistério. É uma forma de vivermos em comunhão e oração este momento especial da vida de toda a Igreja.

A Bruxa Cartuxa nas Pistas da Neve

ASA / Leya

Caminho / Leya

Está de volta a série juvenil de culto iniciada há mais de vinte anos! Tendo já cativado mais de um milhão e meio de leitores, de várias idades e diferentes gerações, a colecção Triângulo Jota, criada pelo escritor Álvaro Magalhães, regressa agora com um grafismo renovado pela mão do ilustrador e designer João Maio Pinto. Às histórias já conhecidas virão juntar-se novas aventuras, que o autor promete manter fiéis às características que fizeram e fazem desta uma série verdadeiramente única: os seus enredos complexos e surpreendentes, integrando elementos sobrenaturais, míticos e fantásticos!

A Bruxa Cartuxa e o Primo Eco resolveram ir passar férias na neve. Partiram entusiasmadíssimos com a ideia de descansarem e de se divertirem. Mas quando aterraram na montanha, oh!, não! Estava lá a irmã mais nova da Cartuxa que tem um feitio infernal. Pouco depois já todos se tinham envolvido na maior das confusões. No final... “que surpresa!”.

Colecção Triângulo Jota Álvaro Magalhães Ilust. João Maio Pinto

Ana Maria Magalhães Isabel Alçada Ilust. Carlos Marques

A História da Lebre e da Tartaruga Edição com realidade aumentada Jean de la Fontaine • Gailivro / Leya

Chega este mês às livrarias uma nova versão da famosa fábula de La Fontaine, A Lebre e a Tartaruga, contada com recurso a realidade aumentada. Trata-se duma edição em parceria com a Augmented Reality Publisher e com a Samsung, com suporte 3D e áudio para tablets e smartphones. Este será o primeiro de uma colecção de dez livros baseados nas fábulas do autor. O novo livro ganha vida com recurso a uma App, através da qual os jovens leitores podem interagir com ele. De fácil utilização, bastará apontar a câmara do dispositivo móvel para as páginas do livro e assistir às cenas animadas em 3D, enquanto se ouve a narração da história no idioma seleccionado – neste caso as histórias estão disponíveis em português e inglês.

josecarvalho79@gmail.com ou 918 316 597.

. Espiritualidade .

O Clube dos Imortais

Paulus Editora Amor, silêncios e tempestades

67 reflexões José Luís Nunes Martins

Amor, silêncios e tempestades é um livro que procura a simplicidade. José Luís Nunes Martins escreve todas as semanas no jornal i. Aqui apresenta 67 reflexões, todas com ilustrações originais. Reflexões profundas acerca das questões fundamentais da existência humana. Sem complicações. Cada texto é um desafio concreto ao pensamento sobre a existência concreta e pessoal de cada um. O amor, a morte, o sofrimento e a esperança, são alguns dos pontos essenciais a que o autor retorna várias vezes, enriquecendo e provocando sempre o pensamento de quem lê.

Novena de Natal com o Papa Francisco Darlei Zanon (org.)

Novena de Natal elaborada a partir dos discursos e homilias do Papa Francisco. Em cada dia há uma saudação, uma meditação do Papa, uma leitura bíblica, uma reflexão e orações. Uma excelente forma de nos preparamos para o Natal, meditando o mistério da encarnação a partir de textos do Papa.

Papa Francisco fala aos consagrados Francisco

Este livro apresenta diversas mensagens inspiradoras do Papa Francisco sobre a Vida Consagrada, aqui especialmente reunidas para preparar o Ano da Vida Consagrada. Com uma página inicial para escrever a sua dedicatória, pode ser uma prendinha simples e bela de Natal!

É Natal!

Darlei Zanon (org.)

Este livro apresenta uma série de mensagem natalícias com imagens clássicas inspiradoras. Com uma página inicial para escrever a sua dedicatória, pode ser uma prendinha simples e bela de Natal!

Perscrutai

Aos consagrados e consagradas no caminho dos sinais de Deus Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica

Livro que apresenta a segunda carta ligada ao Ano da Vida Consagrada, na continuidade de “Alegrai-vos”. Trata-se do documento oficial para melhor viver este ano especial pedido pelo Papa Francisco.


Jornal da Golpilheira

. entrevista . temas .

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Lançamento de livros

Arquivos de família: memórias habitadas O investigador leiriense Ricardo Charters d’Azevedo irá apresentar, a 10 de Dezembro, às 18h00, no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa, o seu mais recente livro, “Arquivos de família: memórias habitadas. Guia para a salvaguarda e estudo de um património em risco”. Para além desta versão em papel, a obra está disponível em versão digital (e-book), de consulta livre, no site do Instituto de Estudos Medievais.

Pedreiras: A sua história e outras histórias No dia 20 de Dezembro, será a vez do jornalista e investigador local Armindo Vieira apresentar a sua obra “Pedreiras: A sua história e outras histórias”. Será às 15h00, na freguesia de que fala o livro.

Rui Sousa vence Prémio PAULUS Rui Manuel Gomes Sousa, da Universidade Católica de Braga, é o vencedor do Prémio PAULUS de Edição 2014. A dissertação A Igreja é Corpo de Cristo – Para um estudo da eclesiologia paulina, orientada pelo professor João Duque e defendida em 2012, foi a escolhida pelo júri entre 31 candidatas ao Prémio. Natural de Macieira de Rates, Barcelos, tem 25 anos e foi ordenado presbítero em Julho deste ano. O livro será apresentado a 10 de Dezembro, em Braga. Para o Professor João Lourenço, diretor da Faculdade de Teologia da UCP e um dos seis membros do júri, “tratase de um trabalho muito bem elaborado, profundamente teológico, com um tema clássico da Eclesiologia, bem documentado e sustentado teologicamente”. Também membro do júri, D. Pio Alves, refere que “desde o título às conclusões, o autor é exemplarmente fiel ao trabalho que promete e que vai desenvolvendo com notável rigor e clareza metodológica. O texto bíblico, nas abordagens introdutórias e na análise central, são, de facto, o centro de atenção que governa o discurso”. Segundo o bispo auxiliar do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicação, o autor “utiliza, com propriedade e maturidade, adequada linguagem teológica”. Rui Sousa recebeu a notícia com “grande surpresa” e afirma que o prémio serve para o colocar “mais ao serviço da Igreja”, defendendo que “seria óptimo que mais pessoas tivessem acesso a estes temas e se sentissem desafiados a aprofundar a fé a partir da sua consciência crente”. O Prémio PAULUS é uma iniciativa do Instituto Missionário Pia Sociedade de São Paulo, que é proprietário da editora, e tem como objectivo promover a reflexão teológicocristã nacional, incentivar os estudantes no trabalho de pesquisa e lançar novos autores.

. vinha .

José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário (Insc. 0755 O.E.T)

Touriga Fêmea ou Tinta Brasileira Esta casta de uvas tintas, com o nome de Tinta Brasileira é uma casta autóctone do Douro, não se sabe de onde lhe vem o nome, pois também é conhecida mas, pouco, de Touriga Fêmea. Há agricultores que a cultivam e, ultimamente, tem vindo a aumentar o número de vinhas seleccionadas pelos serviços do Ministério da Agricultura, no sentido de

se colher material vegetativo (varas) para a clonagem, vulgo enxertia. A Quintalvitis, este ano, forneceu cerca de 2.000 enxertos prontos de Touriga Brasileira para a zona de Mezão Frio, concelho fronteiriço com Peso da Régua. É uma casta bastante resistente a doenças. Faz vinhos com cor, boa combinação com a casta tinta Francisca, uma casta também autóctone do Douro. As adegas de prestigio do Douro estão a utilizar esta casta cada vez mais, nomeadamente, como monocasta.

Parceria une saúde, moda e solidariedade

Sharon Stone é embaixadora da óptica Alain Afflelou

Nos próximos três anos, Sharon Stone será a representante oficial da marca Alain Afflelou. Assim está definido no acordo de colaboração entre a actriz e a cadeia óptica líder na Europa. “Não é apenas uma actriz reconhecida em todo o mundo e muito popular entre o público, se não também, uma mulher envoldia em muitas causas humanitárias”, assinala a empresa. O primeiro passo será uma campanha protagonizada por Sharon Stone, dirigida pelo cineasta francês Luc Besson, apostada na moda que a marca quer sublinhar e que irá para o ar em vários países europeus, em Fevereiro de 2015. Em contrapartida, a Alain Afflelou irá associar-se à actividade solidária da actriz pela investigação contra a SIDA, mediante uma contribuição anual à associação amfAR, por ela representada.

.desenhos que falam.

Texto e ilustração: Susana Jordão

Um país que se mantém na rota do saco cheio Será que o Pai Natal este ano vem a Portugal? Será que este cantinho em que tantos desacreditam, de notícias desmedidas e extrapoladas, ainda está na sua rota de saco cheio? Ou será que o Pai Natal este ano não vem a Portugal por faltarem os tostões suíços? Será que o Pai Natal vem só quando temos os bolsos cheios? Ou talvez ele esteja sempre cá por o sermos também? Porque deixam de sonhar com aquela personagem inventada, mas se deixam prender a outros e infindáveis seres superiores que nos regem e regulam? Assim como (alguns) acreditam que (Ele) está um pedacinho em todos nós, porque não pensar que o Pai Natal existe também cá dentro? Porque não deixamos as teorias bem desenhadas e encontramos dentro de nós este senhor de barbas brancas que se manifesta tanto e tão bem uma vez por ano? Já pensaram que “portar mal” é sinónimo de “pecar” e a absolvição nos é dada por quem acreditamos? O Natal NÃO é efectivamente todos os dias, mas o senhor de barba branca existe! O Natal é UM e UM SÓ dia. É o espírito, a família e a partilha. O quentinho e a tradição. O Natal é o dia para se celebrar o que somos nos restantes dias e camuflar o que não queremos ser e tantas vezes devaneia. O Natal é também os presentes em forma de lembrança. Como os aniversários onde celebramos sem nunca criticar o consumismo. Não escondam as lembranças pequeninas que partilham e que valem pelo sorriso que sucede o barulho do desembrulho. Não se martirizem por controladamente gastarem um bocadinho mais para esse dia e terem um bocadinho menos para coisas menos importantes que se seguem. Celebrem o Natal e distribuam lembranças pelos vossos, pelos próximos, pelos distantes, por todos os que convosco constroem este dia. O Natal é mais que um motivo, é um propósito para festejarmos o nosso mundo e o aumentarmos desmesuradamente. Não se escondam por este Natal serem felizes!


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Jornal da Golpilheira

. pela região . poesia . solidariedade .

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No Te-Ato

Gôda vem a Leiria Produzido pela ‘dobrar, Gôda é um espectáculo criado a partir da linguagem da máscara, da comédia e do cinema mudo. Retrata a história de uma velha mulher solitária, que vive entre as quatro paredes da sua antiga casa com a sua mosca de estimação. Um dia, é surpreendida por um acontecimento inesperado, quando as suas recordações mais antigas invadem a casa... O espectáculo propõe uma reflexão acerca das memórias que guardamos no corpo sem ocupar espaço, que nos preenchem como mapas da nossa vida; e sobre o tempo de que somos feitos: o tempo da Infância e o tempo da Velhice – dois momentos que se aproximam e afastam. Estará na sala do Te-Ato, em Leiria, nos dias 3 a 4 de Dezembro, às 10h30 e 15h00 para grupos escolares e às 19h30 para o público em geral, que terá ainda uma sessão no sábado 6, às 21h30, e outra no domingo 7, às 17h00. Reservas para 966240424 ou producao@dobrar.com.

Ajuda os bombeiros locais

Cultura em Mira de Aire Teve lugar no passado dia 31 de Outubro, na Casa da Cultura de Mira de Aire, organizado pelos Bombeiros Voluntários desta vila, um grande sarau cultural, recheado de música popular, poesia, monólogos teatrais, canção lírica, ballet, concertina, acordeão, fado, música pop e canção. Foi apresentado pela nossa conterrânea Lena Pimparel e Armando Francisco. Teve ainda a colaboração de José Castro, Carlos Menezes, Junta de Freguesia de Mira de Aire, Diarte Dance e ainda de muitos artistas que se disponibilizaram para este evento. Foi um serão que demorou algumas horas, mas devido à sua diversidade não cansou o numeroso público presente. Para além de Lena Pimparel, também colaboraram neste espectáculo os golpilheirenses Filipe Fernandes, na concertina, harmónio e monólogo, e Gracinda Rito, com a peça de teatro “O Barnabé”, que muito agradou ao público presente. É de louvar a colaboração de todos os intervenientes para ajudar a angariar fundos para esta prestigiada organização humanitária, que presta bastantes serviços à comunidade. Hoje foi em Mira de Aire, amanhã poderá ser noutro lugar. Bem hajam a todos. MCR

Dia 6, Leiria será um dos palcos

Pão para as crianças do padre João

“Festival 6 continentes” em todo o mundo No dia 6 de Dezembro, um pouco por todo o mundo, decorrerá o “Festival 6 Continentes”, que se afirma como o maior Festival Internacional da Música Lusófona a nível mundial. Estão já confirmadas mais de 60 cidades participantes, em países como Portugal, Brasil, Inglaterra, África do Sul, Índia, Japão, Timor Leste, Espanha, Luxemburgo, Bruxelas, entre muitos outros. O MIMO, junto à PSP de Leiria, será uma dos palcos do evento, pela mão da “Alternativa Music”, cujo fundador é o conhecido rapper XL, em parceria com a Câmara Municipal de Leiria e a Associação Fazer Avançar. Com início previsto para as 15h00 e termino às 18h00, e com um valor simbólico de entrada de 1,50 euros, naquela tarde pretende dar-se a conhecer um pouco da cultura lusófona, com danças tradicionais e música e amostra gastronómica. Actuarão nove grupos, entre os quais alguns músicos e dançarinos de Leiria, sendo o cabeça de cartaz o cantor Egui Renner, um santomense radicado em Portugal. Para além de promover os laços sociais, culturais e comerciais entre as comunidades participantes, o festival é igualmente um evento com consciência social, na medida em que em cada edição anual será dada visibilidade a umas das causas mais prementes no universo lusófono.

.poesia. Natal de 2014 O Menino Jesus vai este ano, no Seu Natal, chegar atrasado a cada lar, porque tem um encontro marcado, especial, com Malala Yousafzai. Lembram-se? Aquela menina oriental que proclamou, sem medo dos fundamentalismos cuja crueldade dolorosamente experimentou, que é preciso expulsar a ignorância e acabar de vez com a violência e a intolerância, proporcionando, aos meninos desafortunados de todo o Planeta, a mansidão da Paz e a luz da Ciência, dando-lhes como ferramentas um caderno e uma caneta. Como poderia Jesus deixar de visitar, no Seu Natal, Malala Yousafzai que, sendo muçulmana, não conhecendo o ideário cristão e nada sabendo do seu catecismo, deu ao Mundo a mais explícita lição sobre a essência do Cristianismo? José Travaços Santos

Campanha de solidariedade

O padre João Monteiro da Felícia, missionário da Consolata natural da Golpilheira, está em missão no Brasil, onde oferece o seu amor a Jesus Cristo no serviço aos mais desfavorecidos. Aqueles que, ainda antes da fé, precisam de pão para a boca. Desde 2006, o Jornal da Golpilheira tem uma campanha permanente. Quem desejar telefonar ao padre João, o número é o 00 55 074 36192696.

Este mês de Novembro recebemos: - Vítor Martins - 150 euros • Total deste ano: 1.800 euros

Colabore! Seja solidário... Contacte:

• CRG - R. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA • Pe. José Gonçalves (Pároco da Batalha) • António Mont. Rosa (Casal Mil Homens)

...e poupe nos impostos!

Os Missionários passam recibo, que poderá deduzir no IRS. Basta que junte o seu nome, morada e o n.º de contribuinte.

Os amigos recordam o sessentário com alegria A equipa dos sessenta Esse dia jamais será esquecido No meio de tantas tribulações Esse dia foi convivente e divertido. Sessentário, dia de emoção e alegria Naquele dia, foi como se fossemos à praia! Assentadas na areia dizendo nossas chalaças E os colegas contando as suas farsas. O sacrifício da vida é sentido Tudo corre como o tempo Não lembramos tristeza perdida É como se andássemos à deriva A passear com ajuda do vento. Ao escrever fiz um poema Sobre o carinho, o amor e amizade Não sentimos orgulho nem vaidade Este dia é inesquecível, deixa saudades. Esse dia fez relembrar os amigos falecidos Acredito que há um mistério Fomos levar um ramo de flores Aqueles que se encontram sepultados Em vários cemitérios. O destino Deus nos dá Em memória é bom conservar Tudo isto é próprio da vida O afecto sincero faz recordar. Cremilde Monteiro

Como vai o nosso país Meu povo bom dia, A política já está na conquista Não vejo entusiasmo nem alegria Nem sequer mudança à vista. Minha análise feita, Com um sincero sorriso Minha pessoa não aceita E julgo não seja preciso. Tanto tempo enganado, Promessas sem nenhum resultado O refilar é liberdade de educado O resultado não é o parar ou calado. São todos amigos fora a politiquice, Não há tempo para analisar É sempre a mesma aldrabice É preciso ser consciente no votar. Com ansiedade vamos aprender a lição, Porque de resto apenas é de lastimar Continuará sempre viva a traição E o povo revoltado continua a lutar. Não queremos só ver rostos, Estamos fartos de viver ilusões São lamentáveis os desgostos Que sangram nos nossos corações. É tempo de viver o tempo, Porque quem trabalha tem vidas precárias E olha a carteira vazia e só vento Está na hora de se ter as coisas mais necessárias. Estamos farto de tanta léria, As promessas não dão de comer Apenas têm tirado e causado miséria A saúde está uma tristeza. Conclusão: morrer. 12-09-2014 José António Carreira Santos

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Agência Funerária Santos & Matias, L.da SERVIÇOS

FÚNEBRES

Brancas (Residência e Armazém) –  244 765764 Batalha (Escritório) -  244 768685 fune_santosematias@sapo.pt • 96 702 7733

Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.


Jornal da Golpilheira

. a fechar .

Novembro de 2014

Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Extensão de Saúde da Golpilheira Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Posto de Turismo da Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória EDP - Avarias (24 horas) Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Rádio Batalha Centro Recreativo da Golpilheira

244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 766 836 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 765 180 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 800 506 506 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 769 720 244 768 568

Finalmente alguém com coragem neste país! Finalmente a justiça a funcionar! Finalmente o fim da impunidade dos políticos! Finalmente...

Realmente... é uma vergonha esta justiça de circo! É uma vergonha o espalhafato dos jornalistas! É uma vergonha a falta de respeito por um exprimeiro-ministro! É uma vergonha...

Finalmente .fotos do mês. MCR 1

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1. Na Golpilheira também há fenómenos Há uns anos, foi uma abóbora gigante num quintal do Casal de Mil Homens. Agora é uma couve de horto, no quintal do Virgílio Lucas, no Salgueiral, com mais de três metros de altura. Para apanhar as folhas, só com uma escada. Pela foto, podem confirmar que é verdade. Ao pé dela, o seu dono e o neto Rafael parecem dois anões.

Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Catarina Bagagem, Célia Capitão, Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Filomena Meneses (assinaturas), Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . Tel. 253303170 Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Blog: www.jgolpilheira.blogspot.pt Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt

Achas?... olha aqui o que dizem os comentadores nestes jornais!

2. Pergunta para queijinho... Que estarão os dois professores da nossa Escola do Paço a comentar com tanta atenção no Jornal da Golpilheira?...

Recordar é viver …

Assinatura anual

Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros

Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

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1.º Encontro dos Jovens da 3.ª Idade. Mês de Abril de 1995. Almoço no salão de festas do Centro Recreativo da Golpilheira, onde houve animação por parte das crianças da Escola do Ensino Básico. Esta é a turma da 1.ª Classe agora 1.º Ano. Hoje já são homens e mulheres na casa dos 25 anos. A pouco e pouco, para lá caminha… MCR


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. divulgação . pub .

Jornal da Golpilheira Novembro de 2014

Adelino Bastos

Licença de Exploração Industrial N.º 50/2010 SEDE: TRV. DO AREEIRO, 225 • ZONA IND. JARDOEIRA • 2440-373BATALHA FILIAL: CASAL DE MIL HOMENS • 2440-231 GOLPILHEIRA TELS: 244 768 766 • 917 504 646

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