2412 Jornal da Golpilheira Dezembro 2014 by Jornal da Golpilheira

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Caixa da Batalha

O Banco da (nossa) terra.

A todos os leitores, Santo Natal e Feliz Ano 2015!

www.jornaldagolpilheira.pt

Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XIX | Edição 210 | Dezembro de 2014

P. 2 e 32 | Fundos para a igreja

CA Seguros | CA Consult | CA Gest R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279

P. 3 a 6 | Natal

Passagem de ano volta a ser festa na Golpilheira

Festas, convívios, reflexões no contexto de um nascimento

P. 8 | Serviços em perspectiva

Dia da Misericórdia da Batalha com novidades P. 8 | Fins culturais e filantrópicos

Crédito Agrícola da Batalha cria fundação

P. 9 | Câmara apresenta projecto

Tirar o trânsito da frente do Mosteiro é urgente P. 11 | Agrupamento da Batalha

Escola entrega diplomas e prémios aos ex-12.º ano e regista bons índices na classificação nacional P. 12 | “Neste vale de lágrimas”

“Cristo das Trincheiras” do Mosteiro para Fátima P. 13 | Memorial do Holocausto

Padre leiriense declarado “Justo entre as Nações” Museu da Comunidade rende mais um prémio

LMFerraz

P. 15 | “Concelho mais acessível”

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Feliz Natal e Óptimo Ano Novo

Desejamos a todos

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. abertura . história .

Dezembro de 2014

.história.

.editorial.

Luís Miguel Ferraz Director

Jornal da Golpilheira

Como se isto fosse um carro

Mais uma edição de Natal, onde procuramos apontar os faróis ao positivo e à esperança. Porque travagens, acidentes e derrapagens já todos conhecem por outras vias, a maioria com vítimas aumentadas pela exploração mórbida da curiosidade alheia. Dispensamos, mesmo sabendo o risco de desapontar algum leitor ávido de mais umas linhas sobre a desgraça que por aí grassa. No final de um ano de depósitos vazios e em constante marcha-atrás, em que quase se esgotou a palavra “crise”, em que descremos de pessoas e instituições em que era suposto confiarmos, em que os horizontes sombrios teimam em adensar-se no pára-brisas, é importante ter janelas e portas abertas à possibilidade do amanhã. A esperança e a fé terão de continuar a ser o motor da construção do futuro que se deseja mais humano, justo e, consequentemente, mais feliz. Falta a outra virtude, a caridade. Essa terá de ser o óleo que lubrifica o rolar quotidiano. Nesse sentido, é importante não a deixarmos em ponto-morto, após as fugazes campanhas natalícias de comércio solidário. Porque a caridade não é dar esmolas, mas amar a cada momento quem nos acompanha no caminho ou, mesmo, quem segue em contra-mão. Isto poderá parecer “moralista”, mas, olhando as entrelinhas desta edição, facilmente aparece concretizado. Além disso, escrevemos sobre os valores em que acreditamos e queremos viver. E isso, nos dias que correm, começa a fazer falta como a gasolina para a combustão. Aos leitores, um Santo Natal e bom arranque neste novo 2015!

O rio que nos corre aos pés - 2 Continuo a transcrever as respostas do pároco da Batalha, em Maio de 1758, padre Paulino da Silva Carvalho, ao inquérito sobre os efeitos do terramoto de 1755, na área da paróquia que hoje engloba as freguesias civis da Batalha e da Golpilheira. Esta parte do inquérito refere-se exclusivamente ao nosso rio: ( ... ) Tem uma ponte pequena de cantaria dentro da vila por onde passa a água que vem dos ribeiros declarados no item terceiro (ribeiro da Calvaria ou do Cano e ribeiro da Maria Linha ou Marilinha, o primeiro como o nome indica com nascente na Calvaria e o segundo na Fonte dos Vales junto a S. Jorge), e uma ponte grande de cantaria de dois arcos na saída desta vila (Ponte Nova) e entra logo no termo de Leiria (como disse, o concelho da Batalha ainda não abrangia as terras para leste do rio Lena); por cima desta vila uma ponte de pau, serventia de povos circunvizinhos, que ficam da parte do nascente. Tem moinhos e lagares de azeite como já se disse, não só o dito rio mas também os ribeiros da Calvaria e Fonte dos Vales; foreiros: a Sereníssima Casa do Infantado, que estão no termo desta vila e no termo da cidade de Leiria. Não consta que em tempo algum do rio ou dos ditos ribeiros se tirasse ouro das suas áreas, mas sim no sítio do Furadouro está um ribeiro por um vale abaixo que divide esta freguesia da Batalha da freguesia da Barreira, que corre de entre sul e nascente e se mete ao poente no rio que vai desta vila; tem algumas fontinhas aos lados e por onde corre alguns brejos donde remanesça (fique) água, que no Verão secam e não corre água e no Inverno dos outeiros toma águas com abundância e nas partes onde está represa se têm achado fagulhas e grãozinhos pequenos de ouro por muitas e frequentes vezes, a cuja diligência vêm gandaeiros (neste caso espeMCR

cífico: pesquisadores de ouro) das partes da vila de Pombal. Os povos usam livremente das águas para as suas culturas na forma da Lei, sem pagarem pensão alguma. Desde o seu nascimento até findar este termo (no caso: território do concelho da Batalha) em que gasta légua e meia e só passa junto a Porto de Mós e desta vila da Batalha. Não há outra cousa notável que se possa referir. Ora, o leitor devia ter reparado que o pároco batalhense, com certeza a pessoa mais bem informada para responder a um inquérito deste género, disse logo na primeira resposta que o nosso rio “se chama ou dizem que se chamava antigamente Lena” e, mais adiante, que “hoje conserva o nome de rio de Porto de Mós e nas enchentes de Inverno alguns lhe chamam o alcaide de Porto de Mós e passando desta vila lhe chamam o rio da Batalha, e antigamente apelidado de Lena”. Então, o rio Lena não se chamou sempre assim? Na realidade, teve outros nomes como Alpentende ou Alpententis, Leirena ou Heirena, além dos que o pároco batalhense indica em 1758. Logo no primeiro documento, datado de 1142, que o Professor Doutor Saul António

Gomes regista e estuda em “Go1pilheira Medieval – Documentos Históricos”, obra preciosa, repito, de que poucas terras se podem gabar, documento em latim do nosso primeiro Rei, se referem as potamónimos (nomes de rios) Leirena e Heirena (Leirenam e Heirenam) um deles designando o actual Lena e o outro o actual Lis. Leirena e Heirena deram origem a diversos estudos, um deles “Onomástica Leirenense Lis e Lena”, do saudoso historiador Dr. Luciano Justo Ramos, publicado em 1968 como separata da “Revista de Portugal – Série A: língua Portuguesa – vol. XXXIII – Lisboa”, em que a autor analisa as opiniões de diversos estudiosos sobre a designação medieval dos dois rios, porém tão opostas que se fica sem saber se o Lena era, então, o Heirena ou o Leirena, optando o autor por Leirena para o Lena e Heirena para o Lis, ao contrário, por exemplo, do historiador Dr. Rui Azevedo, que ele cita. E Alpentende? São inúmeros os documentos, a partir de 1217, que o Professor Saul António Gomes desencantou dos Arquivos, num trabalho sério, inteligente, incansável, de longos anos, em que há referências a Alpentende como reguengo, casal, ribeira (margens dum curso de água), quinta, aqui pelas terras da Golpilheira, parecendo-me que o rio, em determinada época e em determinado troço do seu percurso, recebeu o nome dum topónimo local, à semelhança do que aconteceu com rio de Porto de Mós, rio do Alcaide de Porto de Mós, rio da Batalha... Lena, à semelhança de Lis, segundo a opinião do Dr. Luciano Justo Ramos, só passou a ser designação do nosso rio no século XVI, por influência do poeta leiriense Rodrigues Lobo. Mas isso é outra historia. Bom Natal, caros leitores. José Travaços Santos

Fundos revertem para obras na igreja

LMF

Passagem de ano vai voltar a ser festa na Golpilheira A Comissão da Igreja da Golpilheira vai organizar de novo uma festa de passagem de ano no salão da igreja. Este ano, conta com a colaboração do grupo FA(X) – Famílias Amigas em Cristo e do Restaurante Etnográfico da Golpilheira. A noite começará pelas 20h00 com um jantar, que inclui aperitivos, entradas, sopa de peixe ou caldo verde, dois pratos de bacalhau à Ti Júlia e lombo no forno, bebidas, sobremesas e café. Durante a noite haverá fogueira, animação musical por um DJ convidado e funcionará um bar e uma mesa de

doces e petiscos. À meia noite será servido champanhe e haverá fogo de artifício. Os preços serão de 22 euros por adulto, 12 euros por criança dos 6 aos 12 (inclusive) e grátis para crianças até aos 5 anos. Os lucros revertem para as futuras obras da igreja, cujo processo está em fase de concurso Houve necessidade de um aumento em relação ao ano passado, já que tiveram de se contratar serviços externos, mas continua a preocupação em manter um preço acessível, muito longe dos praticados em qualquer restaurante nesta noite. Isto porque o principal

objectivo será proporcionar a toda a população a possibilidade de ter onde passar uma noite em convívio e comunidade. Por isso, a Comissão informa que ninguém deverá deixar de participar por motivos económicos, estando aberta a uma conversa sobre o assunto com quem o desejar. Os interessados devem adquirir os bilhetes até ao dia 28 deste mês, no Centro Recreativo, no Café S. Bento ou no escritório J. C. Ferraz Seguros. Informa-se que não se aceitarão inscrições depois daquela data. LMF

Jornal da Golpilheira

. natal .

Dezembro de 2014

Festa de Natal do Jardim-de-Infância e da Escola do 1.º Ciclo da Golpilheira

Muita animação natalícia na partida para férias Motivos de alegria não faltam nesta festa de final do primeiro período lectivo. Não bastasse a chegada das férias e a perspectiva dos dias longos à lareira, com mais tempo passado no ambiente familiar e na diversão caseira, adivinha-se, ainda, a chegada do Natal e das festas que ele traz consigo. Por isso, não podia ter sido mais animada esta festa natalícia, promovida pelos alunos, professores e auxiliares do Jardim-de-Infância e da Escola do 1.º Ciclo da Golpilheira, com a colaboração de alguns pais (mães, a bem dizer). O palco foi todo deles, com cantigas, danças, coreografias, poemas e teatro, onde não faltou o presépios

e o Menino Jesus. Não faltou também a figura comercial da quadra, o pai-natal, que é sempre recebido com a gritaria de quem adivinha mais umas prendas no saco. Depois de muitos aplausos dos pais babados e de muitos amigos que encheram o salão, o agradecimento aos professores pela dedicação escolar e na preparação da festa. E tudo terminou à volta das filhós e do café da avó, para aquecer o coração do convívio entre todos. Ficam algumas imagens, podendo muitas mais serem vistas nas galerias fotográficas do Jornal da Golpilheira, a partir do endereço www. jornaldagolpilheira.pt. Texto e fotos: LMF

As mães

Professores, educadoras e auxiliares

Jardim

Escola

Jardim

Escola

Jornal da Golpilheira

. natal .

Dezembro de 2014

Associação de Pais da Batalha organizou festa

LMF

André Sardet maravilhou o Natal Programa até ao final de Dezembro

Natal na Batalha tem mais brilho Tal como noticiámos no mês passado, a vila da Batalha tem um brilho especial por esta altura do Natal, mercê da iniciativa de um grupo alargado de mais de 60 comerciantes e empresários locais, com o apoio da autarquia e outras instituições concelhias. “O Natal na Batalha tem mais brilho” vai continuar até final do mês com um programa diversificado de acções, descontos e promoções, com o intuito de dinamizar o comércio tradicional. “O facto de ter sido possível envolver tão significativo número de comerciantes e de instituições locais, é um forte estímulo para darmos continuidade a este tipo de parcerias que valorizam a economia local e qualificam o espaço público”, refere o presidente da autarquia. Programa dos próximos dias: Dia 20

11h00-13h00 / 14h00-17h00 | Desfile do Pai Natal com Princesas, Momentos de Magia e Pinturas Faciais pela Vila Dia 21

15h00 |Prova de Atletismo “São Silvestre” | Vila da Batalha Dia 28

14h30 | Cinema Infantil | Mr. Peabody e Sherman | Auditório

As bancadas encheram por completo e muitas dezenas ocuparam o recinto de jogo. Mas não é de desporto que falamos, é sim da festa de Natal organizada pela Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas da Batalha, em colaboração com a Escola e o Município, no dia 14 de Dezembro. Cá fora, os pais animavam uma tenda de doces e bebidas, para ajudar a aquecer a tarde fria. À entrada do pavilhão, a oferta de balões e chocolates adoçava o apetite para a festa. Lá dentro, a Escola de Dança B.Balet abria o espectáculo com belas coreografias de várias classes. Depois, foi a vez de diversas turmas da Escola mostrarem os seus dotes vocais e instrumentais na execução de músicas natalícias e outras. Finalmente, chegou o convidado especial da sessão. André Sardet subiu ao palco e cativou de imediato miúdos e graúdos, que entoaram em coro os seus êxitos mais populares. Mostrando-se à-vontade com a pequenada, teve direito

a uma verdadeira invasão de palco, mas nem por isso se mostrou desconfortável, inserindo as crianças na sua actuação como se a situação tivesse sido combinada. Um final muito feliz, já ao cair da noite, mesmo a tempo de ainda se apreciar o fogo de artifício trazido pela Pirotecnia Batalhense. Texto e fotos: LMF

Escola B.Balet

Vista geral, durante a actuação de um dos corais da escola

“As Lavadeiras do Vale do Lena”

No Mosteiro da Batalha

Almoço de Natal do Rancho Recreativo da Golpilheira. Estiveram presentes a maioria dos elementos do grupo, assim como alguns familiares. É uma iniciativa que nos apraz registar, já que demonstra a sensi-

Grande concerto de Natal

bilidade dos seus directores, em reforçar os laços de amizade, numa quadra tão importante deste mês. MCR

Um grande concerto de Natal encheu a igreja do Mosteiro da Batalha, no passado dia 13 de Dezembro, pelo Conservatório de Música de Ourém e Fátima. Apresentaram-se cerca de

MCR

Realizou-se no passado dia 8 de Dezembro, no nosso Restaurante Etnográfico, o tradicional almoço de Natal do rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena” do Centro

O músico cercado pelos miúdos

900 alunos de várias classes, em formações de Coros Juvenis, Coros Mistos, Coro de Câmara, Orquestra de Guitarras e Orquestra Clássica. Obras de Offenbach, Puccini, Strauss e Fauré

fizeram vibrar o numeroso público, num reportório maioritariamente erudito e de melodias tradicionais de Natal com arranjos para orquestra e coro.

Jornal da Golpilheira

. entrevista . natal .

Dezembro de 2014

Mensagem do Bispo Diocesano

Natal de Fraternidade e de Paz a expressão da nossa expectativa de que Deus se aproxime de nós, mas também a acção de graças Àquele que decidiu partilhar a nossa condição humana na pobreza e na simplicidade”(Bento XVI). O Deus que contemplamos no presépio é o Deus Amor. Ele veio para nós, para ficar connosco. No meio do bulício e das distracções da quadra natalícia, encontramos um pouco de tempo para saborear e acolher este mistério? Deixamos Deus entrar na nossa vida? Uma nova fraternidade A representação do presépio põe ainda diante de nós uma outra valência e vivência muito bela do Natal de Cristo: celebra-se um nascimento que nos faz irmãos. Ao redor do Deus-

Menino encontram-se os pobres e os humildes pastores bem como os sábios que são os magos. Fazendose homem como nós, Jesus Cristo une-se a cada homem e cria uma comunidade de irmãos para sempre, uma nova fraternidade. O Natal é a festa de uma grande família que não conhece fronteiras de espaço nem de tempo, uma família sempre a construir, tantos são os muros de divisão que separam os homens e os povos uns dos outros. O nascimento de Cristo é um acontecimento gerador de uma nova cultura do encontro, do acolhimento e da comunhão que experimentamos na (re)união das famílias ou nas ceias de Natal de várias instituições, num espírito de alegria que transborda. O sonho de Deus é tor-

. análise . Natal sem Natal ou sem o Menino Jesus Em Nantes, França, um tribunal aceitou a petição da Federação Nacional do Livre Pensamento e proibiu um presépio na municipalidade por contrariar a laicidade prescrita por lei. Em Béziers, no sul da França, o prefeito, nomeado pelo governo, proibiu um outro presépio nos Paços do Concelho, mas o presidente da câmara não acatou a ordem e o caso está em tribunal. Em Melun, nos arredores de Paris, a municipalidade, que organiza um presépio há dez anos, esperava também uma decisão judicial. Jean Baubérot, um sociólogo reputado, explicou à imprensa que, devido ao Islão, as leis da laicidade são aplicadas em França de modo cada vez mais agressivo: para proibir a “burka” ou o “tchador”, o Estado francês acha que tem que proibir o Natal. Baubérot considera não haver resposta possível à laicidade: “o clima anti-islâmico está a causar um ataque às outras religiões”. Nos últimos anos, jovens franceses muçulmanos reforçam a afirmação da sua identidade religiosa, devido

à incapacidade francesa de lhes garantir a prometida integração social e simbólica – e esta responde procurando proibi-los de afirmarem um Islão socialmente identitário. É verdade que o “establishment” francês não reage ao endurecimento da laicização. Nem por isso Le Parisien Libéré, um jornal popular, deixou de titular: “Poupemnos uma guerra do Natal”; em tom provocador, sugeriu que o Estado proibisse o Natal. Por outro lado, o Front National parece ensaiar uma guerra religiosa, classificando as proibições de “secularismo estúpido e cego”. É interessante verificar que os católicos franceses são indirectamente a favor da proibição do Natal em lugares públicos: são eles quem defende em maior número a proibição de afirmação religiosa em público: por reflexo anti-islâmico? por receio de uma guerra religiosa? Em Inglaterra ocorre um movimento comparável. O caso mais badalado é Stokeon-Trent, cuja vereação decidiu substituir o Festival de Natal pelo Festival de Inver-

no. Os vereadores “piraram completamente”, comentou ontem The Independent, para quem o Natal é uma festa de todos, incluindo as Igrejas cristãs. O jornal pergunta quem se sente ofendido pela comemoração do Natal. Os muçulmanos britânicos, por meio do seu órgão oficial, o Muslim Council of Great Britain, declararam-se a favor da comemoração do Natal. Stoke não é um caso isolado; aquele jornal relata que em 182 cartões de boas festas enviados por entidades locais britânicas, apenas um mencionava o nascimento de Cristo. Só um terço das escolas comemora o Natal. O jornal acusa disso o “politicamente correto”. Em Portugal, a palavra Natal continua a ser usada mas o conteúdo cristão parece ter desaparecido. Nas comemorações do Terreiro do Paço, o mais semelhante ao cristianismo é a árvore de Natal. É o Natal sem o Menino Jesus. Luís Salgado de Matos, in estadoeigreja.wordpress.com (14.10.2014)

nar a humanidade uma só família que viva em fraternidade e em paz! Não há Natal sem solidariedade O acolhimento do outro é também o acolhimento de Cristo! Não podemos pois viver o autêntico Natal sem sairmos de nós mesmos e ir ao encontro dos irmãos mais necessitados e sofredores. Não há Natal sem solidariedade. São necessários gestos concretos e não só palavras sonoras. Estou disposto a um estilo de vida mais sóbrio e solidário, mesmo renunciando a algo legítimo, para partilhar com quem mais precisa? Um modo concreto de expressar esta solidariedade é-nos oferecida pela iniciativa da Cáritas “Um Milhão de Estrelas – Um Gesto pela

LMF

Natal de Cristo: Deus próximo e solidário A festa do Natal convida-nos a viver sempre de novo, em cada ano, o mistério de graça e de misericórdia que é o nascimento de Jesus, o Salvador. A linguagem que nos fala e aproxima deste mistério no modo mais belo e acessível é a dos símbolos: fala aos olhos, à mente e ao coração, à própria imaginação. O símbolo mais característico é sem dúvida o presépio, rico de significado espiritual e humano. Ele representa plasticamente a novidade e a extraordinária beleza e alegria do mistério de Deus que se fez homem e veio habitar entre nós: a sua apresentação na ternura encantadora e desarmada dum menino que vem à luz do mundo. De facto, “o presépio é

Paz”, que já tem uma tradição de doze anos. As pessoas e as famílias são convidadas a adquirirem uma vela, pelo preço de um euro, para a acenderem na noite de Natal. 65% do produto final será para projectos sociais das dioceses particularmente voltados para a pobreza infantil e 35% para ajudar as crianças que estão em cam-

pos de refugiados no Médio Oriente. A todos os diocesanos, às famílias e, em particular, aos doentes e a todos os que sofrem, envio os meus cordiais votos de Santo e Fraterno Natal e Feliz Ano de 2015! † António Marto, Bispo de Leiria-Fátima

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. natal .

Jornal da Golpilheira Dezembro de 2014

Leituras de Natal

Nascimento

Natal significa nascimento. Por isso, abordamos o tema nesta página, publicando um conjunto de textos baseados em comunicados da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas durante este ano de 2014

Claro que a família só podia estar a atravessar uma profunda crise neste nosso mundo ocidental ávido de controlo, utilitário e politicamente correcto. Embarcar numa coisa dessas é, em boa verdade, uma completa insanidade. Para começar, confiar noutra pessoa e entregar-se a ela totalmente. Confiar? Que grande burrice. Entregar-se? Só com muitas seguranças a toda a volta, e mesmo assim com grandes reservas. Filhos? Sabemos lá o que vem por aí… Choros, birras, fraldas? Horas de mamada? Que prisão! Dois filhos? Ai, isso é a duplicação daquele esforço que nem é bom lembrar… Mais uma cadeirinha, mais choros e birras e noites sem dormir, e fraldas e dentes a romper do mais velho, que grande barafunda… Três? Uiii, uiii, a avó torce o nariz, “eles é que sabem”, em tom reprovador, “que isto da vida não está

Família ou a arte dos equilíbrios

para filhos…” Aí o caldo já se entornou completamente. Ao terceiro já ninguém liga, “eles são doidos, vivam lá com a doidice deles”… Quarto. Bom, a partir daqui está declarada publicamente a loucura daquela malta. Passam a sofrer externamente do preconceito “de quem não sabe o que anda a fazer na vida, coitados…” E aí por diante. “Quantos são eles? Nem sei…” Dentro daquelas portas, aparentemente nenhuma peça do puzzle encaixa.

Mas o certo é que há puzzle. Ninguém é o centro, o centro está sempre fora, num qualquer “outro”: nos dilúvios da adolescente, nas travessuras do terceiro, na timidez do do meio, nas preocupações dos testes, nas saídas do mais velho, sei lá em quantas coisas mais. Chegar a casa e calçar as pantufas é fantasia. Os dias estão cheios de heroicidades banais, como adiar a palermice de ficar a olhar para a televisão sem a ver para ir mandar umas boladas com

os filhos, ou apenas estudar com eles, ou fazer umas criações culinárias. A família leva-nos a alma, mas só aí ficamos maiores. Ter família é dizer adeus à rotina confortável, às previsões, à ilusão da perfeição – porque o amor mostra-nos que nunca damos o suficiente, nunca estamos suficientemente à altura, nunca somos suficientemente amantes. Muitos se perguntarão: “Mas por que é que eles têm filhos?” As respostas podem ser inúmeras, mas em todas elas deve haver essa lógica invertida da realidade, como o barco do “Pirata das Caraíbas” que se vira e encontra um mundo novo. É ter um eixo que não é substituível, é ter o coração cheio do único que é preciso, é viver de amor. Por isso e por muito mais, parabéns a todas, queridas Famílias! Dina Matos Ferreira

Portugueses favoráveis ao trabalho a tempo parcial A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) solicitou ao ministro da Solidariedade, do Emprego e da Segurança Social uma audiência para entregar um estudo, realizado pela Netsonda, sobre o trabalho a tempo parcial. A realização deste estudo foi motivada pelo anúncio, pelo Governo, da intenção de instituir o trabalho a tempo parcial com compensação remuneratória, através de verbas comunitárias, e os resultados apontam para a ampla concordância da sociedade portuguesa em relação à medida. De facto, no território nacional, 61% dos inquiridos mostrou-se “agradado” com a medida, e 70% destes declararam que adeririam a ela. Nas famílias com três ou mais filhos, a favorabilidade é de 92% e a possibilidade da adesão é afirmada por 88% dos inquiridos. O trabalho a tempo par-

cial é visto na sociedade portuguesa como um meio para um melhor exercício da maternidade/paternidade (88% dos inquiridos), um aumento da qualidade de vida (85%) e um aumento da produtividade (63%), com a melhoria dos níveis de motivação. Dos inquiridos que adeririam a esta medida, 52% aceitaria uma redução no salário. A preferência pelo número de horas a reduzir seriam duas horas (45% dos inquiridos), até os filhos completarem 12 anos (40% dos inquiridos). As mulheres manifestam-se mais adeptas desta medida do que os homens, quer no caso de não terem filhos ou terem um ou dois filhos (75% mulheres vs. 65% homens), como nas famílias com três ou mais filhos (93% mulheres vs. 79% homens). Para além disso, as mulheres estão mais dispostas

do que os homens a aceitarem uma redução de salário, no caso de famílias com três ou mais filhos (51% mulheres vs. 43% homens). Para o sucesso da medida, os inquiridos mencionam a existência de filhos com necessidades especiais como um factor de relevância acrescida na aplicação da medida (88%), bem como a garantia de que o benefício não possa ser utilizado para receber a compensação e trabalhar noutro local (75%). Foram ainda referidos como factores críticos do sucesso da medida a idade e o número de filhos, para a aferição das horas que seja possível reduzir. Estes indicadores aparecem pontuados como mais relevância nas famílias com três ou mais filhos. Os inquiridos consideram que devem acautelados alguns riscos, como o despedimento (referido por

48%), a estagnação na carreira (referido por 36%) e a discriminação no trabalho (referido por 34%). O estudo foi realizado pela Netsonda entre 9 e 21 de Outubro de 2013 com um duplo público-alvo: a população portuguesa (304 entrevistas do Painel Netsonda) e 1031 entrevistas aos associados da APFN. Existe convergência entre os dois públicos em todos os indicadores analisados. As famílias com mais filhos são mais preponderantes na valorização da medida quanto às consequências da melhoria do exercício da maternidade/paternidade e da qualidade de vida, e o Painel Netsonda mostra-se mais preponderante na possibilidade de ter mais filhos em consequência do incentivo ao trabalho a tempo parcial. O estudo completo está disponível online, em www. apfn.com.pt

Leitura dos dados do INE

Aumentar natalidade é possível A partir dos dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em Julho passado, a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), afirma que é possível duplicar o aumento do número de nascimentos em Portugal nos próximos três anos. Referem aqueles dados que “cerca de 21% das mulheres e homens em idade fértil pensam ter um filho nos próximos três anos”. Uma vez que em 2013 existiam 2.259.353 mulheres e 2.522.419 homens em idade fértil em Portugal, se aquele desejo se cumprisse, significaria cerca de 500 mil nascimentos nestes três ano, numa média de 165 mil por ano. E isso é “o dobro do actual número anual de nascimentos”. Segundo a Associação, ficam a faltar “políticas públicas adequadas às necessidades das famílias que querem ter filhos” para que decidissem cumprir o desejo manifestado, o que significaria “atingir o índice de fecundidade de 2,1 e assegurar o retorno à sustentabilidade demográfica”. No mesmo inquérito, revelava-se que “o número desejado de filhos é de 2,31 filhos por casal”, embora a média real seja de 1,03. Mais uma vez, espera-se que “possam ser criadas condições para que esta intenção dos portugueses se revele possível”, defende a APFN.

Dupla injustiça no IMI A Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN) emitiu este mês um comunicado em que considera “correctos, à partida, os pressupostos que levaram às alterações introduzidas em sede de Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI), nomeadamente a consideração do número de pessoas a viver numa casa para o cálculo do IMI a pagar e a delegação desta competência para as autarquias”. No entanto, a Associação aponta como “inadequada” a forma como esta delegação de competências é feita, por não dar às autarquias a liberdade de escolha de um modelo, “antes lhes apresenta um modelo fechado para aplicação: diminuição de 10% de IMI para quem tem um filho; 15% para quem tem dois filhos e 20% para quem tem três ou mais filhos”. Segundo a APFN, como a medida afecta os orçamentos dos municípios, muitos deles que adeririam ao princípio com modulações diferentes, poderão não aderir de todo ao modelo dada a sua configuração fechada, mantendo a discriminação negativa relativamente às famílias com filhos nos seus municípios. Outra “injustiça grave” apontada é não se considerarem os filhos a partir do 3.º para o cálculo de imposto, “como se uma família de nove pessoas pudesse viver no mesmo espaço e com a mesma qualidade do que uma família com cinco pessoas”. Esta será mais uma forma de penalizar as famílias com mais filhos e de reduzir a liberdade aos casais desejariam tê-los. “Num país onde a taxa de natalidade é a menor da Europa e não chega a 1,2 filhos por mulher, o impacto resultante da consideração de todos os filhos (a partir do terceiro) para fins de imposto seria diminuto e daria ao País um sinal muito positivo”, conclui a APFN.

Mudança positiva no IRS Já quando ao IRS, a APFN afirma que a recente reforma “constitui um passo histórico no sentido de uma maior justiça fiscal ao considerar o número de dependentes para cálculo do imposto a pagar”. A medida reuniu consenso entre todos os partidos e é apelidada pela associação como “um sinal civilizacional muito positivo para o País”.

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Caixa da Batalha O Banco da (nossa) terra Deseja aos seus Clientes e Associados Santo Natal e Pr贸spero Ano Novo!

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. sociedade .

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Novos serviços em perspectiva

Fins culturais, sociais e filantrópicos

Crédito Agrícola cria fundação A assembleia geral da Caixa de Crédito Agrícola da Batalha esteve reunida, no passado dia 14 de Dezembro, para análise e votação do Orçamento e Plano de Actividades para 2015, documentos que foram aprovados por unanimidade pelos cerca de trinta sócios presentes. A novidade desta sessão foi a aprovação da criação de uma fundação pela Caixa da Batalha, com o nome proposto de Fundação Santa Maria da Vitória. Os seus fins serão “promover o mutualismo e actividades culturais, artísticas e filantrópicas”. Segundo Afonso Marto, presidente da administração, trata-se de uma forma de “regular e enquadrar a política social da instituição, que nos últimos anos tem vindo a apoiar de forma significativa diversas entidades e iniciativas de âmbito social e cultural”. Assim, através de uma fundação, “estes apoios passarão a ter uma regulamentação própria, com alguns benefícios fiscais inerentes e de uma forma organizada”. Por outro lado, “pretende-se devolver à população alguma riqueza que tem ajudado a Caixa a crescer e a consolidar-se ao longo dos anos”, refere o administrador, sem apontar projectos em concreto, mas definindo como prioridade “oferecer ao Concelho aquilo que mais precisar, nomeadamente, em termos de respostas sociais para os mais idosos e desfavorecidos”. Ainda sem estatutos definidos, pois o processo só agora irá avançar e levará alguns meses ou anos para a legalização, mas ficaram já apontados os seus fins sociais, bem como a dependência da Caixa Agrícola na futura gestão, cuja administração não será remunerada. LMF

Relatório de contas

Festa São Bento 2014 Receitas Restauração e bares Andores Peditório de rua (festeiros) Patrocínios Venda de artigos Peditório da Missa Jogos tradicionais Encerramento mês Maria Jogos e Diversos Festival das Sopas Despesas Animação e bandas Bares 1 e 2 Diversos Restaurante e café da avó Decoração Fogo de artifício Luz, seguro, licenças Jantar Convívio

Resumo

20.068,78 685,00 2.143,00 3.086,00 403,00 124,94 87,00 197,11 614,94 1.010,22 4.840,00 2.902,37 164,07 6.449,74 1.172,43 750,00 526,40 250,00

Receitas 28.419,99 Despesas 17.055,01 Saldo 11.364,98 A Comissão de Festas em honra de Nossa Senhora da Esperança “As Mulheres” de 2014 agradece a todos os que colaboraram e participaram nos festejos, que muito contribuíram para o sucesso dos mesmos.

Teve lugar no passado dia 8 de Dezembro, solenidade de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, uma celebração que envolveu algumas centenas de colaboradores e utentes dos vários serviços da instituição. A mais representativa é o Centro Hospitalar que tem o nome da Padroeira, nas Brancas, de onde vieram os doentes com maior mobilidade, os seus familiares e amigos e os médicos, enfermeiros, administrativos, pessoal auxiliar e voluntários. Este já tradicional Dia da Misericórdia da Batalha começou com a Missa no Mosteiro de Batalha, no final da qual foi benzida uma nova viatura adaptada a pessoas com mobilidade reduzida. Seguiu-se um almoço de convívio no salão do Centro Paroquial da Batalha, com cerca de duzentos participantes e uma tarde de convívio. Houve musica e teatro e a apresentação da actividade deste centro hospitalar, onde se puderam ver de uma forma harmoniosa os tratamentos, o convívio e as vivências dos doentes ali internados. Por fim, foi a vez da intervenção de alguns oradores de peso: Carlos Monteiro, provedor da

Misericórdia da Batalha, António Lucas, presidente da Mesa da Assembleia Geral, Paulo Batista Santos, presidente do Município, e o convidado monsenhor Luciano Guerra, ex-reitor do Santuário de Fátima. Para além do historial da Misericórdia da Batalha, falaram sobre o seu espírito e a sua vocação, que dista do início do século XV, com as devidas adaptações até aos nossos dias, até porque as carências de hoje são outras. Todos foram unânimes na afirmação da importância desta unidade hospitalar, que tem o apoio incondicional da autarquia local. Foram anunciados alguns novos serviços em perspectiva, destinados aos mais carenciados, sendo de sublinhar o protocolo para a constituição de uma “casa de abrigo de emergência” na vila (ver notícia). O provedor apresentou ainda a nova página da internet, www.centrohospitalarbatalha.com, recentemente remodelada e que visa uma melhor informação e apresentação da instituição. Estão de parabéns todos os que contribuem para o bem estar daqueles que estão mais debilitados e merecem uma vida digna. Manuel Carreira Rito

MCR

LMF

Dia da Misericórdia da Batalha

Colaboradores fizeram teatro

História Corria o último quartel do ano de 1427 e, em frente à porta principal do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, ainda em construção, reunia-se um grupo de “construtores” daquele admirável monumento para lançar os alicerces profundos e sólidos de uma outra obra também admirável: a Confraria de Santa Maria da Vitoria da Batalha. Naquele dia, perante tão sólida e perene testemunha, lia-se o compromisso e os confrades presentes, “havendo-o por bom”, aprovaram-no para que se constituísse em lei para os presentes e futuros confrades e “para sempre”. A Confraria de Santa Maria da Vitória da Batalha viria, por carta d’el Rei D. João V, em 2 de Agosto de 1714, a ser constituída em Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha. Já lá vão, então, quase seis séculos que esta instituição vem servindo o concelho pelas obras de Misericórdia expressas no antigo compromisso. É nossa obrigação conservar, manter viva e tudo fazer para deixar em legado às gerações vindouras esta obra edificada por aqueles que construiram também o mais belo monumento do nosso país. Não deveria cada batalhense ou habitante da Batalha constituir-se em irmão da Misericórdia e comprometer-se na continuidade da instituição, como o fizeram outrora arquitectos, artífices e mesteirais, numa prova de generosidade e caridade cristãs tão gratas ao nosso povo?... In Ecos do Domingo de 30/11/2014

Misericórdia irá gerir o projecto

Batalha terá “abrigo de emergência” A Santa Casa da Misericórdia da Batalha assinou um protocolo com a Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade para a viabilização de uma “casa de abrigo de emergência”, no passado dia 5 de Dezembro. O projecto insere-se no âmbito do Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género, tutelado por Teresa Morais, terá como finalidade a “ins-

talação de uma estrutura local de apoio de emergência e acompanhamento das mulheres vítimas de violência doméstica no momento da saída das suas casas e da integração na rede de protecção”. Segundo Carlos Monteiro, provedor da Misericórdia da Batalha, “é um passo importante no nosso Concelho para a prevenção e combate ao flagelo da violência doméstica, mas

também para uma resposta social mais rápida e eficaz no alojamento de quem ficar privado de habitação por alguma infelicidade inesperada”. Para a sua implementação, a Misericórdia receberá uma comparticipação até 90 mil euros anuais. A casa nascerá nas antigas instalações da Segurança Social da Batalha, que serão recuperadas para o efeito. A Câmara da Batalha já se associou a esta inicia-

tiva, financiando as obras necessárias, estimadas em 25 mil euros, bem como pela disponibilização de recursos humanos e logísticos do Gabinete de Apoio Social Municipal. “É uma área estratégica que agora conhece uma resposta concreta, em benefício das vítimas de violência doméstica”, afirma Paulo Santos, presidente da autarquia.

Jornal da Golpilheira

. entrevista . sociedade . cultura .

Dezembro de 2014

Câmara pede urgência e apresenta projecto

Tirar o trânsito da frente do Mosteiro da Batalha

Assunto vai ao parlamento Entretanto, no passado dia 10 de Dezembro, o assunto chegou, de novo, à Assembleia da República. Dois projectos de resolução

foram a debate e votação. Um apresentado pelo BE, pedindo ao Governo que “apresente no prazo de 60 dias um projecto de reabilitação do Mosteiro da Batalha” e “proceda à isenção de portagens na Variante da Batalha por forma a diminuir o tráfego junto ao Mosteiro”. Outro apresentado pelo PSD, pedindo que a EP “diligencie os maiores esforços no sentido de finalizar os projectos necessários para a concretização de medidas que minimizem os impactos ambientais do ruído, trepidação e gases poluentes gerados pelo excesso de tráfego no troço do IC2/ EN1 de veículos sobre o Mosteiro da Batalha, especificamente pela redução da faixa de rodagem e implementação de cortina arbórea de protecção ao Monumento” e que “no quadro do próximo ciclo de fundos comunitários (Por-

tugal 2020) sejam consignados instrumentos de apoio, por via da definição de uma Intervenção Territorial Integrada (ITI) para os Monumentos e Sítios Património da Humanidade, ou no âmbito dos Programas Operacionais Regionais para a Cultura, sejam consideradas prioritárias acções de valorização, salvaguarda e preservação do Património”. Ambos foram aprovados. Resta aguardar pelos resultados práticos. Crítica à EP por negar acesso ao IC9 em S. Mamede Na mesma reunião com EP – Estradas de Portugal, a Câmara da Batalha defendeu o regresso do projecto de ligação da EN 356 ao IC9, na zona de São Mamede, uma reclamação antiga para resolver a necessidade de uma saída para Fátima e o nó da A1 pelos auto-

Imagens e fotos do projecto da CMB

A Câmara Municipal da Batalha está a apontar baterias ao problema do trânsito em frente ao Mosteiro da Batalha e actuar em várias linhas para o resolver. Foi nessa linha uma reunião que promoveu no final do mês passado com a EP – Estradas de Portugal, a AELO - Autoestradas do Litoral Oeste (subconcessionária das vias A19, IC9 e IC36) e a LOC – Litoral Oeste Construtores, para analisar a conservação das vias concessionadas e tentar a “viabilização de um estudo prévio que o Município desenvolveu para implementação de medidas que minimizassem os impactos ambientais registados sobre o Mosteiro da Batalha, em resultado do tráfego rodoviário na EN 1”. Um projecto que aponta para criação de uma vedação arbórea da estrada e a definição de “ambientes rodoviários adequados”, tendo como principal objectivo a diminuição dos impactos do ruído. Para a sua concretização e possível inclusão nas prioridades do Programa Operacional da Região Centro (Centro 2020), o Município “reclamou a maior urgência na resposta por parte da EP, entidade responsável pela gestão da via”.

mobilistas que se deslocam da zona da Batalha e Porto de Mós. Além de recursos próprios, o Município pretende incluir o financiamento nos projectos a submeter aos Fundos Europeus, já que se garantiria a ligação a uma área de localização empresarial, conforme às prioridades do programa Centro 2020. “Para a Câmara da Batalha são incompreensíveis as resistências expressas pela direcção do Departamento de Gestão Contratos de Concessão da EP, alegadamente justificadas na necessidade de proteger os acordos em curso com a sub-concessionária AELO”, refere um comunicado entretanto emitido pela autarquia. No documento,

o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, acusa esta posição de “apenas proteger os interesses da sub-concessionária, uma vez que se pretende colocar mais tráfego naquela subconcessão e consequentemente gerar mais receita para o Estado”. O Município lembra que a concessão do Litoral Oeste representa encargos líquidos para o Estado de mais de 45 milhões de euros apenas no 1.º semestre de 2014, “sendo, aliás, a concessão com maior peso relativo (15%) nos encargos com as PPP rodoviárias, ou seja, é a mais deficitária e mais pesada para os cofres do Estado”.

Mostra da Arte Sem Fim Olhar para o Mosteiro pode parecer sempre o mesmo para quem o faz centenas ou milhares de vezes. Não podendo mudar-se o monumento, pode diversificarse a perspectiva ou... o lugar onde nos sentamos. Foi essa a aposta da nova associação batalhense Arte Sem Fim com a mostra intitulada “Contemplari”. Várias dezenas de

cadeiras feitas ou decoradas das mais variadas formas podiam observar-se frente ao Mosteiro e nelas o observador podia sentar-se e... contemplar ambos: o monumento e a própria cadeira. Este patente a originalidade da ideia e das obras em exposição. Veja a foto-reportagem nas galerias fotográficas de www. jornaldagolpilheira.pt.

LMF

“Contemplari” o Mosteiro

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Jornal da Golpilheira Dezembro de 2014

Foto: Rui Gouveia

A Junta e a Assembleia de Freguesia da Golpilheira desejam a todos um Santo e Feliz Natal e um 2015 cheio de prosperidade...

Junta de Freguesia da Batalha Nesta quadra de alegria, paz e amor, desejamos a todos festas muito felizes!

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Jornal da Golpilheira

. educação .

Dezembro de 2014

Agrupamento de Escolas da Batalha

Divulgação das Escolas revela bons indicadores

Batalha é a melhor pública em Física e Química

AEB

Diplomas e prémios de mérito aos antigos alunos do 12.º ano Decorreu, no passado dia 12 de Dezembro, a cerimónia de entrega de diplomas, certificados e prémios de mérito aos alunos que concluíram o 12.º ano em 2013-2014. Num espaço muito bem preenchido por ex-alunos e encarregados de educação, a cerimónia começou por destacar os 10 alunos que foram indicados para receberem certificados de mérito. Logo a seguir, o Agrupamento homenageou os alunos que foram indicados para o prémio de mérito e o melhor aluno do Ensino Profissional. Assim, os alunos Ana Carolina Silva e Mário Vala, que obtiveram a melhor média do 12.º ano, receberam algu-

Grupo dos alunos presentes

mas ofertas de editoras e um cheque no valor de 250 euros cada. Um deles foi oferta da Caixa de Crédito Agrícola da Batalha, entregue por Afonso Marto, presidente do Conselho de Administração daquela instituição.

O prémio para melhor aluno do Ensino Profissional, também no valor de 250 euros, foi entregue ao antigo aluno Ricardo Bárbara. Por fim, foram chamados os cerca de uma centena de alunos que concluíram

O Agrupamento de Escolas da Batalha voltou a destacar-se na classificação das escolas públicas e privadas, publicada no final de Novembro. De facto, na categoria de ensino secundário, obteve a 41.ª posição nacional, sendo a 2.ª melhor do distrito de Leiria entre 621 estabelecimentos de ensino. Também de registar é a Secundária da Batalha ter registado a melhor posição nacional na disciplina de Física e Química entre os estabelecimentos públicos, sendo a 20.ª na classificação geral de públicos e privados. Em declarações à imprensa, o director do Agrupamento, Luís Novais, considera que estes resultados se devem a diversos factores, desde o empenho dos alunos ao acompanhamento cuidado de professores e pais, bem como a algumas iniciativas como “a criação de uma sala de estudo a Português e Matemática no 9.º ano” ou ainda “os chamados grupos de homogeneidade a Português, Matemática e Inglês, nos 2.º e 3.º ciclos”. Também a Câmara da Batalha se congratulou com esta classificação, por “evidenciar o trabalho de excelência que vem sendo executado pela direcção, corpo docente, associação de pais e demais comunidade educativa em prol de um projecto educativo sólido e que qualifica o Concelho da Batalha”, afirma o presidente Paulo Santos.

o 12.º ano no passado ano lectivo, organizados pelas antigas turmas. A cada um foi entregue o respectivo diploma do Nível Secundário de Educação. No final, a “foto de família” foi registada para a posteridade. Realce-se que estes alunos, agora distinguidos, foram responsáveis pelos excelentes resultados obtidos pelo Agrupamento de Escolas da Batalha na classificação das escolas no nível Secundário, que o colocaram como a 5.ª melhor escola pública a nível nacional e, mais uma vez, a escola com melhores resultados na área de Leiria, Fátima e Porto de Mós.

APCOI lança 4.ª edição Depois do sucesso das três edições anteriores, que envolveram a participação de 136.205 alunos, a APCOI - Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil voltou a lançar o desafio às escolas de todos os distritos de Portugal continental e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira para continuarem a prevenir a obesidade infantil e as restantes doenças associadas, no ano lectivo 2014-2015. Já aderiram escolas de 161 dos 308 concelhos portugueses a esta 4.ª edição do projecto “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável”, que inclui um programa

educativo de intervenção motivacional, com o objectivo de aumentar o consumo diário de fruta nas crianças até aos 10 anos. Mário Silva, fundador e presidente da APCOI refere que “está a superar todas as expectativas da organização, quanto ao envolvimento dos professores, dos educadores e das diversas autarquias que este ano lectivo se associaram novamente a esta iniciativa.” De facto, são já 57 as juntas de freguesia, câmaras municipais e os dois governos regionais que se envolvem directamente na implementação e coordenação do projecto nos jardins

de infância e escolas de ensino básico de 1.º ciclo. Uma parceria fundamental para a meta de “chegar a todas as escolas do País”, adianta Mário Silva. O presidente da APCOI aponta um estudo da associação onde se verifica que, “numa amostra de 18.374 alunos, 73,5% das crianças portuguesas não ingeriam a quantidade de fruta recomendada diariamente antes de participarem no projeto da APCOI”, situação que considera “alarmante”. Entre as crianças já abrangidas pelo projecto, “quatro em cada dez aumentaram o consumo diário de fruta em apenas 12 semanas” e

“cerca de 42% comem agora mais fruta”. A dietista Rita Loureiro, investigadora da Associação e coordenadora do “Heróis da Fruta”, acrescenta que: “educar para a saúde consiste em dotar as crianças de conhecimentos, atitudes e valores que as ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e mental, bem como a saúde dos que as rodeiam, conferindo-lhes assim um papel interventivo”. Nesse âmbito, “a prevenção é sempre o melhor remédio”, pelo que se torna fundamental “ensinar às crianças importantes lições sobre

Agência Zero Fotografia

Projeto “Heróis da Fruta”

alimentação saudável, para combater a obesidade infantil e as restantes doenças associadas”. A fruta desempenha um papel essencial neste processo, já que ”tem nutrientes insubstituíveis” para o bom funcionamento dos intestinos, o aumento das defesas do organismo

e melhoria dos níveis de energia, de concentração e aprendizagem”. Recorde-se que a Organização Mundial de Saúde recomenda que se ingiram pelo menos três porções de fruta por dia. Mais info: www.apcoi.pt e www.heroisdafruta.com

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Jornal da Golpilheira Dezembro de 2014

“Neste vale de lágrimas”: Evocação da Aparição de Agosto e da I Guerra

“Cristo das Trincheiras” do Mosteiro da Batalha está em exposição no Santuário de Fátima

A exposição No Convivium de Santo Agostinho, por debaixo da Basílica da Santíssima Trindade, mora a guerra e a paz, o desespero e a esperança, a Senhora que apareceu na Cova da Iria e o Cristo que “apareceu” nas trincheiras da Flandres. Num percurso de sombras e luzes, de ruídos e silêncios, de dores e promessas, a oração do Rosário, um dos centros da Mensagem de Fátima, apresenta-se como caminho e resposta para libertar a humanidade de todos os males. Esta é uma das formas que o Santuário privilegia para fazer

passar a mensagem de cada ano pastoral. Porque, embora não sendo o “específico” dos santuários, “estes têm sido e continuam a ser centros de cultura de inegável importância”, lembrou o reitor, padre Carlos Cabecinhas, na abertura da exposição. E agradeceu às várias pessoas e instituições que trabalharam nesta mostra e contribuíram pelo empréstimo para que ali se reunisse um vasto e valioso espólio museológico, histórico e artístico. Marco Daniel Duarte, comissário da exposiA imagem em exposição ção e director do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário, foi o cicerone da primeira visita, conduzindo um 13 os Pastorinhos estavam “em grupo de três a quatro centenas de viagem ou na prisão”, levados da pessoas pela leitura iconográfica e Cova da Iria para Ourém, gorando documental da Aparição de Agosto assim as expectativas dos milhares de 1917, do contexto da I Grande de pessoas que ali se preparavam Guerra, de cujo início se assinala para testemunhar a visão sobrenaeste ano o centenário, e dos confli- tural. É todo esse cenário que se tos internos que marcavam o País recria, a acompanhar o relato dos naqueles tempos, tal como da via acontecimentos desses dias. para a paz que a Senhora do RosáAs atribulações vividas pelos rio veio oferecer ao mundo ferido. Videntes servem de “metáfora”, explicou Marco Daniel, para um segundo núcleo – “gemendo e Guiados pela Salve Rainha As palavras da Salve Rainha chorando” –, em que se revelam foram o fio condutor para esta “os lugares do conflito ao tempo mostra. Num primeiro núcleo – “E das Aparições”. Num primeiro depois deste desterro” – a história quadro, os horrores da I Grande atribulada da quarta aparição de Guerra, onde aparece como “símNossa Senhora em Fátima, no dia bolo maior” a referida imagem do 19, nos Valinhos, porque ao dia “Cristo das Trincheiras”, mutilado LMF

O “Cristo das Trincheiras” que se encontra desde 1958 junto ao Túmulo do Soldado Desconhecido, na Sala do Capítulo do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, é uma das peças centrais da exposição “Neste vale de lágrimas”, inaugurada no dia 29 de Novembro, no Santuário de Fátima. Trata-se de uma imagem de Cristo crucificado de grande volume e bastante mutilada, encontrada por soldados portugueses nas trincheiras da Flandres, que considerada uma das peças emblemáticas da participação de Portugal na I Grande Guerra. A sua vinda para o Santuário foi possível graças à disponibilização por parte da Liga dos Combatentes, proprietária da obra. Será a primeira vez que deixará o Mosteiro da Batalha, visando “a criação de momentos excepcionais, que permitirão o conhecimento e o prazer espiritual de milhões de peregrinos e de combatentes”.

tal como foi encontrado pelos soldados portugueses em pleno campo de Batalha, na Flandres. Surge aqui sobre uma parede vermelha onde se inscrevem os nomes dos soldados portugueses mortos na guerra e ladeado por muitos outros objectos, documentos e obras de arte que remetem para o sofrimento provocado por esse “massacre inútil” – palavras do Papa de então, Bento XV. Mas também em Portugal se vivia em “convulsão”, como mostra o segundo quadro desta parte, remetendo para o conflito entre a República e a religião. A Capelinha das Aparições dinamitada é uma das imagens mais fortes desse contexto. “Rogai por nós, Santa Mãe de Deus” – de novo, palavras da Salve Rainha ilustram o último núcleo, em que se apresenta a “oração do Rosário como caminho para a paz”, tal como pedido por Nossa Senhora. Os terços dos Videntes, dos vários Papas ou dos peregrinos anónimos, a meditação dos mistérios do Rosário, relíquias como o “porta-paz” do Convento do Espinheiro marcam este final expositivo. “Não basta ficar com olhos cheios de lágrimas, gemendo e chorando, mas precisamos de usar a pedagogia da mensagem de Fátima como caminho para a paz”, conclui Marco Daniel Duarte.

Da guerra à paz No final, usou da palavra o general Chito Rodrigues, presidente da Liga dos Combatentes, sublinhando a importância da parceria com o Santuário de Fátima para este “momento excepcional”, um dos principais no contexto das comemorações de memória no centenário da I Guerra Mundial, “o encontro de Nossa Senhora de Fátima com o Cristo das Trincheiras”. Até por serem, provavelmente, as duas principais referências para as orações e manifestações de fé dos soldados portugueses, em diversos campos de batalha ao longo da história, “em momentos de extrema dificuldade no apelo à vida e à paz”. Também o Bispo de Leiria-Fátima considerou que “neste Cristo das Trincheiras, ferido e mutilado, vemos o homem das dores, símbolo do sofrimento de toda a humanidade, também nos nossos dias”, mas de cujo “lado aberto deixa correr o sangue do seu amor, deixando a mensagem de que o amor é mais forte do que o ódio e de que é possível construir a paz”. Felicitando a “excelência formal e substancial desta exposição”, D. António Marto deixou o voto de que todos os peregrinos possam experimentar através dela “um momento forte da sua peregrinação a Fátima, uma peregrinação interior de onde recebam o impulso para viverem e testemunharem a bemaventurança da paz”. Luís Miguel Ferraz

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Dezembro de 2014

Yad Vashem – Memorial do Holocausto de Jerusalém

Padre leiriense Joaquim Carreira declarado “Justo entre as Nações” Por ter arriscado a sua vida para salvar judeus durante a II Guerra Mundial, o padre Joaquim Carreira recebeu o título de “Justo entre as Nações” pelo Yad Vashem, o Memorial do Holocausto de Jerusalém. A atribuição ocorreu a 4 de Setembro passado, mas só agora foi dada a conhecer, segundo revela António Marujo no blogue religionline.blogspot. pt. Terá sido, aliás, um trabalho de investigação deste jornalista no jornal Público de 23 de Dezembro de 2012 que despertou a atenção do Departamento dos Justos do Yad Vashem para a figura e a acção do padre Joaquim Carreira e que levou a esta distinção. Nascido no lugar do Souto de Cima, paróquia da Caranguejeira, a 8 de Setembro de 1908, este sacerdote leiriense viveu grande parte da sua vida em Roma, onde desempenhou diversos cargos na Igreja, um dos quais o de reitor do Colégio Pontifício Português. Foi nessa condição que ali aco-

lheu e escondeu dezenas de refugiados perseguidos pelo nazismo, alguns deles judeus, salvando-os assim da morte. Esse seria, aliás, o seu destino mais do que certo, caso essa situação fosse descoberta. O prémio está reservado, precisamente, aos nãojudeus que arriscaram a vida para salvar judeus da perseguição nazi e já tinha sido atribuído a 25.271 pessoas, até Janeiro deste ano, sendo três deles portugueses: Aristides de Sousa Mendes,

Carlos Sampayo Garrido e José Brito Mendes. As pessoas declaradas “Justo entre as Nações” são distinguidas com uma medalha e um certificado de honra, os seus nomes são inscritos no mural de honra do Jardim dos Justos do Memorial do Holocausto de Jerusalém e é-lhes, ainda, concedida a cidadania de Israel, mesmo que seja a título póstumo, como é o caso do padre Carreira. Segundo a mesma fonte, a entrega do diploma aos familiares do padre Joaquim Carreira deverá ocorrer na primavera ou verão de 2015, na Embaixada de Israel em Lisboa. Um reconhecimento merecido Também sacerdote, João Mónico, sobrinho e biógrafo do padre Joaquim Carreira, reagiu com surpresa a esta notícia. Mas sublinhou que se trata de um louvor merecido e que “esta distinção significa o reconhecimento do trabalho, percurso e atitude caritativa de risco”,

afirmou à televisão SIC. Na mesma linha vai o nosso colaborador Travaços Santos, que investigou a história do padre Carreira e considera ser “até mais admirável a sua acção do que a do cônsul Aristides de Sousa Mendes, ainda que este possa ter salvo mais pessoas e seja mais conhecido por isso, mas correndo, com certeza, menos perigos”. Em declarações ao jornal Presente, referiu que “é pena não ser mais divulgada a história deste sacerdote leiriense, pois foi uma figura de relevo na história eclesiástica do seu tempo e um verdadeiro herói, ao salvar dezenas de vidas com o risco efectivo de perder a sua”. No portal da Diocese (www.leiria-fatima.pt) poderá encontrar ligações para o referido trabalho de António Marujo e para a notícias das comemorações do centenário de monsenhor Joaquim Carreira, promovidas pela diocese de Leiria-Fátima, em Setembro de 2008. LMF

Ano da Vida Consagrada Desde o passado dia 30 de Novembro até ao dia 2 de Fevereiro de 2016, a Igreja Católica estará a viver um Ano da Vida Consagrada, com o tema “A Vida Consagrada na Igreja hoje: Evangelho, Profecia, Esperança”. A convocação foi feita pelo Papa Francisco e pretende “dar a conhecer melhor esta vocação específica e as variadas formas em que se realiza, iluminar as suas diversas dimensões, descobrir a sua beleza e realçar a sua importância e necessidade para a vida da Igreja e do mundo”. A este propósito, o Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, publicou a Nota Pastoral “Profetas e semeadores de esperança”, como contributo para uma vivência mais intensa deste ano na Diocese. Poderá ser consultada na página www.leiria-fatima.pt. Segundo o anuário católico, existem no nosso país 138 institutos diferentes de vida apostólica, 796 comunidades, 6.117 membros e 419 jovens em formação. Estão presentes em diferentes áreas, como a evangelização, missão, em Portugal e no estrangeiro, ou nos campos da educação, saúde e área social. O anuário diocesano refere a existência em Leiria-Fátima de 79 comunidades religiosas, 4 seculares, 3 sociedades de vida apostólica e 2 associações de fiéis com vida comunitária, com um total de 721 membros e 45 jovens em formação.

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Bispo diocesano publica Nota Pastoral

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Ana Moderno e Emilie Baptista Equipa do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Breves apontamentos sobre a Imprensa do Concelho da Batalha Jornais. Revestem os quiosques de letras e de notícias; acompanham os momentos do café. No seu papel fino lêem-se as gordas e as magras. Dos mais sensacionalistas aos mais politizados, dos que noticiam o desporto aos que dão números da bolsa de valores, há-os para todos os públicos. E há-os também em suporte digital, graças ao milagre da internet e ao fácil e rápido acesso à informação. Mas isso é hoje. Quando Gutenberg inventou a impressão, no século XV, estaria longe de imaginar onde a evolução deste mecanismo de escrita iria chegar. Provavelmente também não imaginaria que no concelho da Batalha se produziriam 10 títulos de jornais durante um século. A imprensa periódica regional difundiu-se sobretudo durante o século XIX, no impulso da Revolução Liberal. A Batalha regista o aparecimento do primeiro jornal concelhio em 1909, com a edição de “A Batalha Nova”, em 31 de Outubro. Era um quinzenário independente fundado com o objectivo de regenerar a vila da Batalha. “Ecos do Lena” foi o jornal que se seguiu. O quinzenário, dirigido por João Travassos dos Santos, surgiu em Julho de 1918, no final da I Guerra Mundial, com uma ideologia marcadamente republicana. Sobreviveu até 6 de Julho de 1921. Da zona serrana, a publicação panfletária semanal “O Povo Mártir de São Mamede” foi criada em Dezembro de 1922, sendo o título dirigido por Emílio Ribeiro. O periódico surgiu no auge da “guerra dos baldios” entre as vizinhas freguesias de São Mamede e Reguengo do Fetal. Tinha por lema “dizer a Verdade. Doa a quem doer. O brado do oprimido há-de ter a sua hora”. Em 5 de Maio de 1946, o “Defensor Batalhense”,

cujo director era António do Vale, assumia-se como “Noticioso e de Informação”, tendo sido visado pela censura, como era exigido pelo Estado Novo. De registar também, nesta pequena resenha, as publicações paroquiais, vincadamente religiosas. Em Novembro de 1964, a Paróquia de São Mamede edita “Voz da Minha Terra”, cuja redacção estava a cargo do pároco local. Da mesma

paróquia se editou o boletim “O Caminheiro” (mais tarde apenas “Caminheiro”), um órgão informativo para com os paroquianos. A primeira publicação data de Setembro de 1969, mantendo-se até à actualidade. Em 1971, iniciava-se uma série de oito números do “Boletim Informativo do Centro Paroquial da Batalha”. No dia de todos-os-santos de 1965, foi lançado “O Jornal do Reguengo”, diri-

gido por Manuel Poças das Neves (MAPONE), contribuindo, até 1968, “para a dignificação da freguesia”. O jornal de maior longevidade na história da imprensa do concelho nascia em Julho de 1980. O mensário “Jornal da Batalha” mantém-se actualmente, sendo aberto, pluralista e de independência ideológica. Dirige-o, presentemente, Carlos Ferreira. “Das Duasuma” é mais um jornal que merece registo. Surgiu em 1996, sob a direcção de Luís Miguel Ferraz e Adélio Amaro. Com sede na Golpilheira, procurou valorizar e promover, ao longo de quatro anos, duas freguesias limítrofes de concelhos distintos: Barreira, de Leiria, e Golpilheira, da Batalha. Terminamos esta rápida mas interessante viagem pela imprensa batalhense com a referência ao jornal que nos cede este gentil espaço. Dirigido por Luís Miguel Ferraz, o mensário “Jornal da Golpilheira” nasceu em 2001, na continuação do “Das Duasuma”, mas já só para esta freguesia do concelho da Batalha. Tal como o anterior, o periódico, cuja propriedade é do Centro Recreativo da Golpilheira, procura ser voz da população numa linha editorial positiva de salvaguarda do interesse colectivo. A equipa do MCCB convida, desta forma, os leitores a visitar o espaço que o Museu dedica à imprensa e à comunicação, deixando ainda como sugestão, a visita ao endereço esseesse.wix. com/exposicao criado pelo jornalista Carlos Almeida, no âmbito da exposição realizada em 2009 na Galeria Mouzinho de Albuquerque e intitulada “Cem anos de Imprensa no Concelho da Batalha – 1909-2009”. Como nota à margem desta crónica, comunicamos a recente Menção Honrosa recebida pelo Instituto Nacional de Reabilitação como distinção da acessibilidade que o museu disponibiliza a todos os públicos. Fonte: Cem anos de Imprensa no Concelho da Batalha – 19092009, edição produzida no âmbito da exposição com o mesmo nome, patente na Galeria Mouzinho de Albuquerque de 6 a 28 de Março, 2009.

Dezembro de 2014

Presidente do Município exibe o diploma

Museu da Batalha

Mais um prémio Depois de vários prémio nacionais e internacional, o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) acaba de receber mais uma Menção Honrosa no âmbito da entrega da primeira edição dos Prémios “Concelho Mais Acessível”, numa iniciativa do Instituto Nacional para a Reabilitação. Os elementos do júri justificaram o prémio com “a preocupação central que o Museu atribui às pessoas com deficiência, bem como à diversidade de ajudas técnicas e de meios alternativos de interpretação dos conteúdos que este equipamento cultural disponibiliza a todos os cidadãos”. E vem “corroborar o excelente trabalho ali desenvolvido no domínio da inclusão, o que representa um excelente exemplo concelhio no âmbito das acessibilidades”, considera Paulo Santos, presidente da autarquia. Investigação internacional Entretanto, a Câmara Municipal anunciou que o MCCB irá receber em 2015 uma equipa de investigação internacional, liderada pela Universidade de Westminster, uma das mais prestigiadas a nível mundial. Os investigadores “realizarão um estudo presencial de avaliação de algumas soluções acessíveis instaladas no museu, com especial enfoque para a área da disseminação de conteúdos junto da população com deficiência”.

Filipa Silva Solicitadora

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Jornal da Golpilheira

Verso da contracapa

Dezembro de 2014

I Concurso Cultural

“Identidades” - 2014

Contracapa

1. Tema e objecto O tema do concurso é “Identidades no Portugal Contemporâneo”, a desenvolver numa leitura literária ou plástica do que é, hoje, ser português. Embora de desenvolvimento livre, deverá conter obrigatoriamente alguma referência à história, património ou cultura do concelho da Batalha, mesmo que esse não seja o objecto principal. 2. Promotores O concurso “Identidades” é promovido pelo Jornal da Golpilheira, com o apoio do Centro Português de Serigrafia, da Câmara Municipal da Batalha e do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. 3. Objectivos 3.1. O primeiro objectivo do concurso é promover a criatividade e a reflexão artística à volta do tema da identidade nacional. 3.2. Em segundo lugar, visa acompanhar e desenvolver o projecto conceptual “Identidades - Eco dos Painéis de Nuno Gonçalves no Portugal Contemporâneo”, desenvolvido por J. Rosa G. em exclusivo para o Jornal da Golpilheira, na sequência da instalação

“Milagre – Elogio aos Painéis de Nuno Gonçalves”, patente na Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha entre Dezembro de 2013 e Outubro de 2014. 3.3. Finalmente, pretende assinalar os 30 anos da classificação do Mosteiro de Santa Maria da Vitória como Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, em 9 de Dezembro de 1983. 4. Modalidades 4.1. Os trabalhos poderão ser apresentados em prosa, poesia, pintura, desenho, escultura, fotografia, filme, ou qualquer outra arte gráfica ou plástica. 4.2. Os trabalhos deverão ser originais e inéditos, ainda que não tenham sido realizados especificamente para este concurso. 4.3. Não há limitação de idades, de número de trabalhos ou modalidades para cada candidato. 5. Apresentação de trabalhos 5.1. O prazo de apresentação de trabalhos decorre entre 1 de Maio e 31 de Dezembro de 2014. 5.2. Os trabalhos deverão ser entregues por correio: Concurso “Identidades” – Centro Recreativo da Golpilheira –

Est. Baçairo, 856 – 2440-234 Golpilheira. 5.3. Em caso de grande volume (ex: escultura ou quadro), poderá ser entregue em mão no mesmo endereço, desde que não o seja pelo autor que posteriormente vier a ser identificado. 5.4. Permite-se, ainda, o envio em formato digital dos trabalhos que possam ser assim remetidos, para geral@jornaldagolpilheira.pt, a partir de um endereço de email cujo autor não seja identificável. 5.5. Todos os trabalhos deverão ser identificados sob pseudónimo e acompanhados de um envelope fechado, contendo no exterior o nome da obra e o pseudónimo e, no interior, o nome, morada, telefone, email e fotografia do autor. No caso de envio por email, o mesmo envelope deverá ser enviado por correio, apenas com identificação exterior da obra e do pseudónimo. 6. Avaliação e prémios 6.1. Os trabalhos serão avaliados por um júri de cinco pessoas, presidido pelo convidado José Travaços Santos e com um

por absoluta impossibilidade de avaliação pelo júri, indicandose nova data nessa edição. 8.2. A entrega dos prémios será feita em sessão pública, com exposição dos trabalhos premiados e outros a seleccionar pelo júri, em data e local a anunciar no mesmo acto de publicação de premiados. 9. Propriedade dos trabalhos 9.1. A propriedade dos trabalhos a concurso ficará para o Jornal da Golpilheira, que se reserva o direito de os publicar, difundir e expor publicamente, embora sempre com identificação do seu autor. 9.2. Ainda assim, os autores serão livres, após divulgação dos premiados, de publicar ou usar os seus trabalhos para qualquer fim que desejem. 10. Termo 10.1. Os casos omissos e as dúvidas de interpretação deste regulamento serão resolvidas pelo júri, sem possibilidade de recurso pelos concorrentes, também em relação aos prémios atribuídos. 10.2. A candidatura ao concurso pressupõe a aceitação de todos os pontos deste regulamento.

representante de cada uma das entidades: Jornal da Golpilheira, Centro Português de Serigrafia, Câmara da Batalha e Mosteiro de Santa Maria da Vitória. 6.2. A atribuição dos prémios será decidida por maioria de votos, reservando-se ao júri o direito de os não atribuir, se a qualidade dos trabalhos assim o justificar. 7. Prémios 7.1. Os prémios são constituídos por cinco serigrafias e gravuras dos conceituados artistas portugueses Laura Cesana, Silva Palmeira, Cruzeiro Seixas, Miguel Barbosa e Domingos Mateus, num valor total global de aproximadamente 1.500 euros. 7.2. O Jornal da Golpilheira oferecerá uma assinatura anual aos autores dos 15 melhores trabalhos seleccionados pelo júri. 7.3. Poderão vir a ser considerados outros prémios para uma categoria infantil ou juvenil, caso haja participação que o justifique. 8. Divulgação dos premiados 8.1. A divulgação dos premiados será feita na edição de Outubro do Jornal da Golpilheira, salvo

I D E N T I D A D E S E c o d o s P a i n é i s d e N u n o G o n ç a lv e s no Portugal Contemporâneo

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Dezembro de 2014

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Jornal da Golpilheira Dezembro de 2014

Equipas do CRG Futebol 11 • Veteranos

06-12 – Alcácer do Sal – 0/Golpilheira – 2 Próximos Jogos 17-01 (Batalha) – Golpilheira/Caneças

FUTSAL Campeonato Distrital de Infantis

MCR

30-11 – Golpilheira – 4/Pocariça – 5 06-12 – Amarense – 7/Golpilheira – 3 14-12 – Golpilheira – 6/Barreiros – 3 Próximos Jogos 11-01, 15h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Telheiro 18-01, 17h00 (Pousos) – GRAP – Pousos/Golpilheira 31-01, 15h00( Pocariça) – Pocariça/Golpilheira

Grupo das duas equipas

Veteranos do CRG

Campeonato Distrital de Iniciados Masculinos – Série B 29-11 – Golpilheira – 0/Atlético C. Leiria – 2 06-12 – Núcleo Sport. Leiria – 6/Golpilheira – 3 Próximos Jogos 21-12, 17h00 (Telheiro) – Telheiro/Golpilheira 10-01, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Quinta do Sobrado 18-01, 11h00 (Casal Marra) – Amarense – B/Golpilheira 31-01, 15h00 (Marrazes) – Atlético C. Leiria/Golpilheira

Campeonato Distrital de Juvenis Masculinos 06-12 – Golpilheira – 3/Telheiro – 1 Taça Distrital 14-12 – Serro Ventoso – 8/Golpilheira – 1

Campeonato Distrital de Juniores Femininos

30-11 – Golpilheira – 10/Ribeira do Sirol – 0 06-12 – Golpilheira – 12/Vieirense – 0 14-12 – Academia Caranguejeira – 1/Golpilheira – 1 Próximos Jogos 21-12, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Núcleo Sport. Pombal 11-01, 17h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Ilha 17-01, 17h00 (Vieira de Leiria) – Vieirense/Golpilheira

Futsal Seniores Femininos • Campeonato Nacional

Primeira Fase – Zona – Sul Próximos Jogos 20-12 – 18h30 – (Louriçal) – Louriçal/Golpilheira 03-01 – 18h30 – (Golpilheira) – Golpilheira/Arneiros 10-01 – 19h00 – (Cantanhede) – Ourenta/Golpilheira 24-01 – 18h30 – (Golpilheira) – Golpilheira/Quinta dos Lombos 31-01 – 18h30 – (Golpilheira) – Golpilheira/Leões de Porto Salvo

Visita a terras do Sado nossos amigos. A primeira pergunta que fizeram foi se o “jovem do mini” não tinha vindo (trata-se do nosso veterano Cunha, um ex-libris da equipa). Explicámos que por motivos profissionais, com muita pena dele, não podia estar presente. De ambos os lados não eram muitos atletas. Mas, como se diz na gíria, “poucos mas bons”. O aniversariante recebeu como prenda ser capitão de equipa. O jogo foi sempre bem disputado, muito sobre o meio campo, pelo que na primeira parte não surgiram grandes oportunidades de golo e, ao intervalo, o nulo que se verificava traduzia

A nossa equipa de veteranos deslocou-se, no passado dia 6 de Dezembro, a Alcácer do Sal. Este encontro estava marcado para o Campo da Batalha, mas a equipa de Alcácer solicitou a troca do jogo e, como é apanágio dos veteranos, só por uma razão muito excepcional não seria atendido esse pedido. Mobilizámos ar nossas “tropas” e lá fomos, nas carrinhas do CRG, passando ainda por uma esplanada junto ao Sado, onde o aniversariante Tiago fez questão de pagar uma “água” a todos. Depois deste “concerta peitos”, lá fomos direitinhos ao campo sintético do Alcácer do Sal, onde nos esperavam os

o equilíbrio. No segundo tempo, fomos um pouco mais matreiros. Demos mais bola ao nosso adversário e aproveitámos muito bem o contra-ataque, fazendo dois golos por intermédio de João Prior. O primeiro, num excelente remate cruzado, de fora da área. O segundo, um excelente chapéu ao guarda-redes, que ficou pregado ao relvado, a vê-la passar. A partir de uma determinada altura, todos jogávamos para o Tiago, para ver se ele marcava um golo, mas não conseguiu, devido à marcação cerrada que teve da defesa contrária. A equipa de arbitragem era da casa, mas efectuou um trabalho isento.

No final, os tradicionais cumprimentos e a viagem, curta, para o restaurante. A refeição foi generosa, desde as entradas, à sopa e ao segundo. As bebidas também foram do agrado de todos. Como era o dia do Tiago, o sorteio da garrafa calhou-lhe. Houve bolo de aniversário oferecido pelos veteranos de Alcácer do Sal e os “parabéns a você”. E foi neste ambiente fraterno de convívio e amizade que terminou a nossa deslocação a terras do Sado. A segunda parte está marcada para o dia 13 de Junho de 2015, data do nosso Torneio Amizade. MCR

Realizou-se no dia 14 de Dezembro, no salão de festas do CRG, a tradicional Festa de Natal da equipa de veteranos do CRG. Estiveram presentes a maioria dos atletas, acompanhados das respectivas famílias e alguns amigos. Toda a refeição, confeccionada pelo Restaurante Etnográfico do CRG, estava muito bem servida e foi do agrado de todos. Tivemos animação musical a cargo do nosso conterrâneo Mário Bento

(teclista) e João Pedro Calado (vocalista). A direcção esforçou-se para que tudo corresse bem e penso que o conseguiu. Os mais pequeninos, como não podia deixar de ser, tiveram um espaço de diversão, um insuflável, trazido pelo nosso amigo Tiago. Na animação musical, houve alguns voluntários que subiram ao palco, cantaram e dançaram, proporcionando momentos hilariantes. Não faltaram lembranças para

os mais velhos, crianças e jovens. A entrega das prendas aos mais pequenos esteve a cargo do nosso amigo Cunha, cujo trajo de Pai Natal lhe assentou muito bem. Foi uma tarde bem passada, que demonstrou que as famílias, por estas ocasiões, ainda se conseguem juntar. Em nome da direcção dos veteranos, o presidente agradeceu a presença de todos e desejou um Feliz Natal, com muita saúde, paz, amor e a graça de Deus.

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Dezembro de 2014

24 Horas Vila Fronteira

Cesário Santos soma sucessos ou 05h00 da manhã, a prova entra na fase mais dura, pois junta-se o cansaço às dores, e são eles que me dão força para continuar. Este ano, devido à pista estar difícil, aconteceu um episódio engraçado: os espelhos retrovisores e o vidro da frente embaciaram totalmente, o aquecimento deixou de funcionar e, para evitar uma ida às boxes, parei ao pé deles e pedi para me limparem os vidros e espelhos. Brutal... pareciam uma equipa profissional. O meu muito obrigado a todos eles.

Como correu a prova este ano? Podemos dizer que correu bem, visto termos ficado em 24.º da grelha geral entre 101 carros. Tendo em conta que a prova se divide em classes, conforme a motorização, aparecemos na grelha da nossa classe em 6.º lugar, entre 30 concorrentes. O nosso carro nunca esteve na box por motivos de avaria, somente para troca de pilotos e abastecimento de combustível, nunca sendo rebocado. Devido ao mau tempo que se fez sentir até sexta-feira, como estava o percurso? Nos seis anos em que estive presente, o percurso exige sempre uma condução diferente. Este ano, devido às chuvas que se fizeram sentir nos dias anteriores, logo nos treinos cronometrados fiquei bastante surpreendido, pois costumamos passar em três ribeiras e estavam fechadas. Tinha um trajecto diferente, para fugir a tanta água que por lá passava, havendo carros

A prova de todo-o-terreno 24 Horas Vila Fronteira decorreu nos passados dias 28 a 30 de Novembro. Pela 6.ª vez consecutiva, Cesário Santos fez parte da equipa M&B Racing/Bomcar nas, este ano pela 1.ª vez aos comandos da equipa do carro n.º 51. Fomos conversar com ele sobre esta experiência.

Cesário e o seu veículo

que não suportavam tanta pressão do caudal. Tive logo a noção de que não iria ser uma prova fácil e rápida. Falando de coisas melhores, qual a sensação de ser piloto chefe de equipa? Em primeiro lugar, fico feliz por me confiarem esse cargo, que vejo como um reconhecimento do meu bom desempenho nestes anos em que participei. Por outro lado, é um grande sentido de responsabilidade, visto que fui com mais três pilotos que não conhecia pessoalmente, um deles já campeão nacional de quad’s (moto 4), Nelson Caxias, outro já participante de épocas passadas noutras equipas, Sérgio Bandeira, e um estreante na prova, Mário Rato. Sabendo que a Equipa M&B

Racing/Bomcar tinha três carros em competição na mesma classe, como geriram a competição? Essa é a parte mais engraçada da história, pois todos nós (mecânicos, pilotos, todo o staff) brincámos, dias antes, uns com os outros sobre os lugares a conquistar. Todos queremos ficar em 1.º e até fazemos apostas. Mas lá dentro é difícil deixar passar em tom de brincadeira e todos queremos ganhar. Como se classificaram os outros dois? O carro n.º 55 ficou em 33.º e o n.º 56 em 49.º lugar. Portanto, ganhámos a aposta... Estiveram lá pessoas da Golpilheira e outros conhecidos a apoiar. Qual a sensação? É uma sensação única! Quando se chega às 04h00

Uma palavra final... Quero aproveitar a oportunidade, uma vez mais, para agradecer a dois patrocinadores que desde o 1.º ano me acompanham, Calhau Pneus e ITVM, bem como ao meu novo patrocinador RP Moldes, aos meus amigos Mário Duarte e Sérgio Brites (M&B Racing) e à Bomcar pela oportunidade que me tem dado de participar, pois é uma coisa que adoro fazer. Não deixando para trás toda a equipa de mecânicos, pois sem a experiência, sabedoria e dedicação deles não seria possível chegar ao fim com esta classificação. A todos eles e aos leitores do Jornal da Golpilheira, um bom Natal e um bom ano de 2015. E para o ano lá estaremos, se Deus quiser... LMF

Atlético Clube Batalha

Corrida e caminhada de S. Silvestre Será no dia 27 de Dezembro a 2.ª edição da Corrida e Caminhada de S. Silvestre da Batalha, organizada pelo Atlético Clube. A versão de corrida terá 10 km e a de caminhada 6 km, com percurso fácil. O ponto de partida será na rua Nossa Senhora do Caminho, a partir das 15h00. As inscrições devem efectuar-se para o email atleticoclubebatalha@live.com.pt, no sítio www.trilhoperdido.com, ou nas Corridas D’Avis, todas as quintas-feiras, às 20h30, junto ao Mosteiro. Se for feita antecipadamente, será mais barata a inscrição. divulgação

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. o frente a frente comunicacional .

. combatentes . Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Não há duas sem três: ainda o Cristo das Trincheiras! Andreia Rodrigues Mestre em Marketing Relacional

O marketing relacional O marketing relacional ambiciona estabelecer, manter e melhorar as relações com os clientes e outros parceiros, com lucro, para que os objectivos das partes envolvidas sejam alcançados. Pretende, também, atrair clientes e cumprir as promessas estabelecidas, sendo estas o factor-chave para manter e reforçar uma relação com o cliente. É, assim, praticado um marketing individualizado e são adoptados processos de customização em massa, que melhoram as relações entre os clientes e os marketeers. Neste contexto, é possível afirmar que o marketing relacional pretende desenvolver relações a longo prazo com os clientes, com o intuito de existirem relações win-win (ganha-ganha). Esta vertente do marketing tem como objectivos manter, atrair e melhorar as relações com os clientes, com a finalidade de os objectivos serem atingidos, tornando-se, por isso, essencial cumprir as promessas. Pretende, também, reter clientes, aumentar a produtividade e alcançar a eficiência e a eficácia. A sua prática conduz, ainda, à construção de relações a longo prazo, levando a empresa a apostar no encantamento do cliente. A sua aplicação leva à obtenção de satisfação, de lealdade, de fidelidade e à criação de benefícios mútuos com os clientes e as partes envolvidas durante o processo de relação. A existência deste tipo de relações permite, por isso, a criação de valor com o cliente, levando à existência de respeito e de comunicação entre ambos. Já as suas vantagens são a confiança, a lealdade e a satisfação porque possuem um impacto positivo no cliente, influenciando o compromisso, a fidelidade e o passa-palavra*. Pretende, ainda, incentivar a cooperação e evitar conflitos, sendo a cooperação mútua igualmente vista como uma vantagem, pois possibilita a criação de valor, originando uma aposta na relação que providenciará o aumento do campo económico e um serviço mais rápido e individualizado. Em suma, a adopção do marketing relacional permite que os negócios de uma empresa melhorem, devido às trocas relacionais efectuadas e à adopção de relações estratégicas que permitam o alcance de vantagens competitivas. A vertente relacional aposta, também, numa orientação para o mercado, permitindo um efeito positivo, ao nível do desempenho de negócios, quer a curto quer a longo prazo. Na próxima edição visualizaremos a primeira parte da mediação de conflitos, o enquadramento geral. *Nota: Passa-palavra é considerada a técnica de comunicação de maior importância, porque possui bastante influência nas decisões de compra, podendo manifestar-se de forma positiva ou negativa. Passa-palavra vem da expressão inglesa word-of-mouth ou WOM.

Nos dois artigos anteriores, contámos a história do “Cristo das Trincheiras”, desde o seu “nascimento”, em França, em 1877, passando pela sua vinda para a Sala do Capítulo em 1958, até aos nossos dias e pensávamos ter esgotado o tema. Afinal, surgiu um novo pretexto para voltamos ao assunto, consubstanciado no facto de, entretanto, termos sido contactados por alguém relacionado com o Santuário de Fátima, indagando da possibilidade deste nosso ícone vir a ser exposto temporariamente numa exposição, naquele emblemático local de culto e de peregrinação! Informámos que o poder decisório seria da Direcção Central (DC) e não do Núcleo, acrescentando, todavia, que, em nosso entender, dificilmente tal pretensão seria satisfeita, pelo menos por três razões: - Por termos a noção (desde quase dois anos antes, quando encomendámos trabalhos de beneficiação e preservação, durante 6 meses de serões e após três técnicos, que foram desistindo, sucessivamente…), que o conjunto da estrutura apresentava várias debilidades que desaconselhariam à sua remoção; - Por a Sala do Capítulo ser um local extremamente húmido (nos meses de inverno vê-se a água correr, paredes abaixo) e temermos que, ao tentar removê-lo deste seu habitat, pelo menos a cruz, por ser de madeira e ser a mesma que veio de França (há 56 anos), não resistisse ao manuseamento; - E ainda por o lugar natural do Cristo ser ali, na Sala do Capítulo, pois quando veio para Portugal o seu destino era esse e ali permanecia desde 1958. Deste diálogo telefónico demos conhecimento à DC e o responsável que nos atendeu também nos pareceu céptico, face a essa possível mudança. Mas, o homem põe e “Cristo” dispõe… Um mês e tal depois, contactou-nos a DC, dandonos conta de que, após várias negociações, em que todos os pormenores e riscos haviam sido devidamente estudados e acautelados, acabara por aceder à petição do Santuário e o Cristo das Trincheiras iria mesmo ser removido temporariamente da Sala do Capítulo, no final do mês de Novembro. Assim, após estudos por técnicos especializados, em particular incidindo sobre o estado em que se encontraria a cruz e o Cristo, no dia 27 de Novembro, a partir das 14 horas, a Sala do Capítulo foi encerrada a visitas e deu-se início à montagem das estruturas adequadas, tendo-se concluído o processo de retirada do conjunto ao fim da manhã do dia 28.

Obviamente, fomos acompanhando todas as tarefas – tal como a DC, donde, no dia 28, se deslocaram dois membros da sua direcção para o efeito – e devemos confessar que a nossa apreensão se começou a dissipar desde a primeira hora, ao constatarmos os equipamentos utilizados para a operação ser levada a cabo, bem como os cuidados que na mesma eram postos, por todos os intervenientes. Felizmente, tudo decorreu sem qualquer contratempo, para além de que o Santuário se esmerou em todos os pormenores, ao ponto de ter mandado construir um réplica perfeita em madeira (para afixar no sítio original), com os mesmos recortes e a duas dimensões, e este pormenor é de tal modo significativo que, este “Cristo”, se visto de frente e em especial por quem não tenha conhecimento da troca, dificilmente se aperceberá desta! – Visitem o local e verão… Complementamos este relato com a informação de que, em 29 de Novembro, estivemos presentes em Fátima, na inauguração da exposição onde o “nosso” Cristo vai permanecer durante cerca de um ano e sobre este evento devemos ainda transmitir-vos o seguinte: - Saímos da exposição rendidos ao conjunto do seu espólio, às temáticas a que diz respeito e à forma como está esquematizada, bem como com o firme propósito de lá voltarmos em dia de menor afluência, para melhor a podermos fruir, como merece; - O Cristo das Trincheiras ocupa um lugar da maior proeminência no conjunto desta vasta e muito bem conseguida exposição, e deixámos de ter quaisquer dúvidas de que, quando regressar ao nosso seio, virá, pelo menos, tão preservado como quando daqui foi; - Esta exposição, com a designação de “Neste vale de lágrimas”, sendo evocativa da aparição de Agosto de 1917, não tem a ver só com este acontecimento, mas também com os conturbados acontecimentos que então se desenrolavam em Portugal, na Europa e no Mundo; - Patente ao público no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade, a exposição é de entrada livre e está aberta todos os dias da semana, das 09h00 às 19h00. Aconselhamos vivamente uma visita à mesma, seja por combatentes, seja por gente mais ou menos crente ou mais ou menos culta, pois estamos convictos de que todos os que o fizerem não darão por desperdiçado o tempo da visita. Bom Natal e óptimo Ano Novo a todos os nossos associados, seus familiares e amigos, bem como a todos os leitores, em geral.

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Apresentamos a todos os votos de Abençoado Natal e feliz Ano de 2015!

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Jornal da Golpilheira

. temas .

Dezembro de 2014

. economia .

Cristina Agostinho Mestre em Gestão Empresarial e Empresária de Estética e Saúde “Queridos Eurodeputados, chegou a hora de construirmos juntos a Europa que gira, não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; a Europa que abraça com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente. Chegou o momento de abandonar a ideia de uma Europa temerosa e fechada sobre si mesma para suscitar e promover a Europa protagonista, portadora de ciência, de arte, de música, de valores humanos e também de fé. A Europa que contempla o céu e persegue ideais; a Europa que assiste, defende e tutela o homem; a Europa que caminha na terra segura e firme, precioso ponto de referência para toda a humanidade!” Esta foi a principal exortação que, no passado dia 25 de Novembro, o Papa Francisco proferiu em Estrasburgo (França) para o Parlamento Europeu. Com uma mensagem de esperança e ânimo, começou sua alocução desenhando a situação actual da

Mensagem do Papa Francisco ao Parlamento Europeu União Europeia, com seus problemas e tentativas de soluções, indicando que na actualidade “a uma União mais alargada, mais influente, parece contrapor-se a imagem duma Europa um pouco envelhecida e empachada, que tende a sentir-se menos protagonista num contexto que frequentemente a olha com indiferença, desconfiança e, por vezes, com suspeita”. Continuou, relembrando que na motivação dos países fundadores da União Europeia estava o desejo de um futuro assente na capacidade de trabalharem juntos para superar as fronteiras, promover a paz e a comunhão entre todos os povos do Continente. No centro deste ambicioso projecto político, esteve sempre a confiança no homem, não tanto como cidadão ou como sujeito económico, mas no homem como pessoa dotada de uma dignidade transcendente. Do mesmo modo, assinalou que aos legisladores compete a tarefa de preservar e fazer crescer a identidade europeia, para que os cidadãos reencontrem confiança

nas instituições da União e no projecto de paz e amizade que é o seu fundamento. Explicando que, “quanto mais aumenta o poder dos homens, tanto mais cresce a sua responsabilidade, pessoal e comunitária”, o Pontífice pediu ainda aos membros do parlamento para trabalharem para que o continente recupere sua identidade cristã. Citando um autor anónimo do século II, que escrevera “os cristãos são no mundo o que a alma é para o corpo”, o Papa afirmou que “a tarefa da alma é sustentar o corpo, ser a sua consciência e memória histórica, e que há uma história bi-milenária que liga a Europa e o cristianismo”. Prosseguiu desafiando a uma continuidade de trabalho, focando que a EU tem “uma história não livre de conflitos e erros, mas sempre animada pelo desejo de construir o bem. Vemo-lo na beleza das nossas cidades e, mais ainda, na beleza das múltiplas obras de caridade e de construção comum que constelam o Continente. Esta história ainda está, em grande parte, por escrever. Ela é o nosso presente e também o nosso futuro. É a nossa identidade. A Europa tem uma necessidade imensa de redescobrir o seu rosto para crescer, segundo o espírito dos seus países fundadores, na paz e na concórdia”. Se procuramos um tema digno de reflexão para o início de um ano novo, certamente encontramos neste discurso motivação para superarmos cada um e em união os actuais desafios da União Europeia na sua globalidade.

. saúde .

Ana Maria Henriques Enfermeira

Serviço Nacional de saúde

O serviço nacional de saúde é universal e tendencialmente gratuito, assim todos os cidadãos têm direito a usufruir dos melhores cuidados de saúde disponíveis. Quer seja no centro de saúde, no serviço de urgência ou mesmo quando está envolvido o Instituto Nacional de Emergência Médica, todos os utentes têm o direito a serem atendidos e acompanhados, tendo também o dever de escolher o serviço adequado para sua a situação de saúde/doença. Para poder escolher o serviço mais adequado e para utilizar de maneira mais acertada os recursos disponíveis, é preciso conhecer todas as possibilidades. Mais importante ainda é saber onde se dirigir para esclarecer dúvidas e procurar ajuda. A porta de entrada para o serviço nacional de saúde é, e deve ser sempre, o centro de saúde. É nesta unidade que os problemas devem ser expostos para a solução ser encontrada ou ser feito o encaminhamento adequado. No entanto, além de ser a porta de entrada, é também o ponto de ligação. É essencial para o médico de família, especialista em medicina geral e familiar, receber informações de outros intervenientes na gestão da saúde do utente, outros especialistas, enfermeiros, assistentes sociais ou outros técnicos de saúde. Deste modo podem ser tomadas decisões em conjunto com o utente, tendo toda a informação disponível. Neste ponto é também fundamental o papel do utente, visto que é a ele que cabe a transmissão da maior parte da informação. Assim, para que todos os serviços funcionem bem e prestem os melhores cuidados, é necessário que os doentes tenham informação escrita sobre os medicamentos que tomam, exames anteriores e relatórios de outros médicos, etc. Nenhuma informação deve ser perdida ou esquecida, para que o serviço nacional de saúde funcione bem e o utente receba os melhores cuidados de saúde disponíveis.

Iniciativa “Vamos ser Pais”

Bebé Vida: Leiria A Bebé Vida, banco de tecidos e células 100% português, apoia a iniciativa “Vamos ser Pais”, organizada pela Barrigas de Amor e dirigida a todos os futuros papás e mamãs, estando a passar desde setembro por cinco cidades do país. O último destino será Leiria, no próximo dia 10 de janeiro. Nesta ação estão presentes oradores do Laboratório Bebé Vida, abordando o tema da criopreservação e explicando todo o processo, bem como vantagens e mais-valias desta técnica que permite conservar/preservar as células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical. Para além deste tema, os participantes também terão a oportunidade de aprender mais sobre outras temáticas, como o sono do bebé, a amamentação, a nutrição para grávidas e bebés, a segurança infantil, os cuidados ao bebé e a sexualidade pré e pós parto. As inscrições são gratuitas e limitadas. pub

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Jornal da Golpilheira

. temas .

Dezembro de 2014 pub

Os anunciantes desta e de todas as edições do ano são aqueles que permitem que o Jornal da Golpilheira continue a celebrar “natais”. A eles o nosso obrigado!

.desenhos que falam.

Texto e ilustração: Susana Jordão

Neste Natal, visite-os nas suas compras.

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Dias finais mudam unidades (Dia 31) A noite de ano novo não é igual às outras, nesta dormimos menos e sonhamos mais. Crescemos pela imitação e somos desde cedo levados a festejar uma noite significativamente especial, decidida pelo alinhamento das estrelas e pelo movimento do que procuramos tão alto e tão longe. Aguardamos uma hora incontornavelmente próxima que parece não chegar. Escolhemos como e

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com quem gastar os últimos cartuchos de um tempo realisticamente tão fugaz. ...(Dia 1) Vivemos os novos primeiros segundos envolvidos em cumprimentos e promessas. Trocamos de rituais como se procurássemos a resolução instantânea do que correu mal e queremos agora corrigir. Mudamos na esperança que seja a inédita e lendária fórmula mágica. Desacreditamos do que construímos por pensar no que desco-

nhecemos. Planeamos e sonhamos. Paramos e pensamos. Olhamos para o que fomos e reflectimos sobre o que queremos agora ser, agarrados a uma aguardada mudança de ano, que temporariamente nos enche e preenche de verde. Avançamos apenas uma casa nas unidades, mas crescemos aos milhares. Ganhamos uma vida, saltamos casas com destino a um novo mundo. Como um jogo da glória em que

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não precisamos de lançar os dados, encarnamos apenas um peão feliz. ...(Dia 2) Arrumamos e voltamos. Guardamos no avesso mais uma alegre passagem e conscientemente perdemos-lhe a ponta. Acordamos subitamente a capacidade de transformar a singularidade de cada dia numa confortável igualdade, até ao próximo trinta de mais um décimo segundo mês. ...(Dia após dia.) Rasgamos calendários pacientemente, como se consumíssemos desmesuradamente o que criticamos apressar. Sem festejos efusivos, porque não transformamos todos os trintas nos décimos segundos do escalão superior? Para parar e pensar. No que fomos e no que queremos ser, desvinculados de uma obrigatória anuidade. Comecemos por, no próximo ano, aproveitar o que dormimos para sonharmos o que precisamos.

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Jornal da Golpilheira

. temas .

Dezembro de 2014

. vinha .

José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário (Insc. 0755 O.E.T)

Casta Donzelinho

Esta é uma casta autóctone do Douro e Trás-os-Montes, com uma área muito reduzida de plantação. Talvez por não se conhecer nenhuma selecção clonal, nós na Quintal Vitis não conhecemos nenhuma vinha seleccionada pelos serviços oficiais certificada para se colher material vegetativo (garfos). Nem tão pouco nos apercebemos que nas reestruturações de vinhas, através ou não do programa europeu Vitis, haja agricultores interessados. Do que conhecemos desta casta, os cachos são pequenos, assim como os seus bagos. Do que temos falado com agricultores, a sua produção será irregular, mas como é uma casta robusta, se melhorada geneticamente, pensamos nós, poderá ter muito interesse económico no futuro. Será mais uma casta autóctone, que poderá fazer a diferença, comparativamente a castas internacionais. Cada vez mais o consumidor procura saber e provar vinhos de castas ancestrais. Claro que será sempre uma casta como tantas outras do nosso património genético, para nichos de mercado.. daí também a sua valorização Devido ao seu porte semi-erecto, é uma casta que apresenta alguma dificuldade no que diz respeito à condução dos sarmentos, aconselhando-se a poda segundo o sistema Guyot simples. Aconselha-se a sua utilização em solos graníticos ou xistosos. No que diz respeito aos mostos, possuem um grau alcoólico provável baixo (por volta dos 11%vol) e uma acidez natural elevada que apresenta valores entre os 6 e os 8g/L. Os vinhos produzidos a partir desta casta possuem normalmente uma tonalidade citrina, não apresentando sensibilidade à oxidação, possuindo uma elevada longevidade. Os aromas característicos desta casta não foram ainda estudados, contudo os vinhos provenientes de Donzelinho Branco são frutados, frescos e vivos apresentando uma elevada riqueza em acidez (Böhm 2007).

Apresentamos estas três fotos, visto haver as casta Donzelinho branco e tinto.

. ambiente .

Balanço da campanha rodoviária

“Sécur’été 2014”

Manuel Carreira Rito Director Adjunto

Poluição – 3

Engenheiros, construtores e urbanistas estão a começar a reconhecer que a pequena folha verde é o meio da Natureza, capaz de preservar o ambiente. As folhas das árvores inspiram o dióxido de carbono e outros gases nocivos e devolvem-nos à atmosfera como oxigénio. As partículas de fuligem são também captadas por estas folhas, que fazem de filtro, impedindo que esta fuligem sature o ar. Além disto, as árvores também ajudam a diminuir o barulho. Por esta razão, os ambientalistas preconizam a plantação de árvores e arbustos, nomeadamente, juntos das auto-estradas, perto de aeroportos e indústrias, e em áreas residenciais. Cinturões verdes de árvores, sebes, arbustos, gramas, trepadeiras, plantadas em áreas de muito movimento, em alguns casos diminuem a poluição sonora, do tráfego intenso, estimado em cerca de 60%. Mas isto é pouco, muito pouco. O homem tem de fazer mais para que a vida na Terra possa ter continuidade. Chegámos a um ponto em que a poluição tem de regredir. Os rios, o ar e os mares não podem continuar a ser aterros de poluentes. As grandes florestas não podem continuar a ser dizimadas, sob pena de hipotecarmos a vida das futuras gerações. Com o descontrole da poluição, a capacidade de sobrevivência do nosso Planeta está nos limites. Será que a poluição é uma consequência inevitável do progresso? Creio que não, pois o progresso também permite lutar contra este flagelo. Vamos salvar a Terra, para que as gerações vindouras possam desfrutar dela e com qualidade.

O balanço da edição 2014 da campanha “Sécur’été” é claramente positivo. Ao longo da jornada, contactámos com milhares de portugueses residentes no estrangeiro que vieram a Portugal de férias este Verão. De modo geral, fomos muito bem recebidos pelo público, que se mostrou receptivo ao material informativo que foi distribuído. De salientar, o impacto das acções desenvolvidas à saída das discotecas. Muitos jovens reconheceram a utilidade da nossa presença e da distribuição de alcoolímetros, que permitiram desincentivar alguns condutores alcoolizados de pegar no volante nessa noite. Importa ainda destacar que a maior parte das pessoas que iam conduzir e que aceitaram soprar no balão tinham uma taxa de álcool no sangue superior à legalmente autorizada! O que comprova que as campanhas de segurança rodoviária continuam a ser necessárias para alterar comportamentos ao volante. A novidade da pulseira distribuída à chegada à discoteca também funcionou na perfeição e é para repetir. De realçar: esta é a única campanha realizada por luso-descendentes e dirigida aos portugueses e luso-descendentes, residentes fora de Portugal. Por outro lado, o público com o qual contactamos abrange não só os emigrantes e luso-descendentes provenientes de França, mas também da Suíça, do Luxemburgo, Bélgica, bem como residentes em Portugal! Destaquemos ainda as parcerias conseguidas este ano ao nível da comunicação social local e regional (uma das quais o Jornal da Golpilheira), que resultaram não só numa maior visibilidade da campanha como permitiram abranger um público mais vasto, não só os emigrantes e luso-descendentes que estão de férias, mas inclusive os portugueses residentes nessas regiões.

Positivo é também o facto de termos podido contar este ano com os nossos parceiros, novos ou não, (concessionárias de auto-estradas, seguradores, marcas automóveis, companhias de aluguer...) que vieram consolidar a campanha e sustentar a rede de contactos através da qual a campanha tem vindo a ganhar maior peso e dimensão, de ano para ano.

Caminho que ainda falta percorrer...

No futuro, gostaríamos de desenvolver ainda mais acções e de conseguir uma presença mais extensa, tanto nas estradas e fronteiras, como à porta das discotecas. A nossa meta é desenvolver acções de sensibilização, não só na ida de férias, como no percurso de regresso, de modo a reforçar a prevenção dos acidentes devido à fadiga e sonolência, frequentes nas viagens longas. Para isso, seria necessário um financiamento mais importante, que passa por conseguir envolver entidades privadas que não se têm mostrado interessadas no nosso público-alvo (por exemplo, empresas ligadas à telefonia móvel ou às gasolineiras) e entidades da sociedade civil, que não possuem recursos suficientes para se associar a este tipo de acções. Também ao nível europeu, não tem sido possível conseguir apoios financeiros, apesar de esta ser uma campanha transfronteiriça, que abrange três países (França, Espanha e Portugal), factor que não nos tem facultado o acesso a financiamentos de entidades europeias. Por último, pretendemos mobilizar entidades espanholas, e desenvolver acções mais consistentes em território espanhol. Contudo, os recursos humanos e materiais da associação não têm sido suficientes para desenvolvermos este campo. Na próxima edição publicaremos algumas novidades em preparação para 2015.

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Jornal da Golpilheira

. sugestões de leitura .

Dezembro de 2014

. Espiritualidade .

Paulus Editora

Íris Científica 2 António Piedade

A Igreja é corpo de Cristo Para um estudo de eclesiologia paulina

Rui Manuel Gomes Sousa Este livro apresenta a dissertação vencedora do Prémio Paulus de Edição 2014. Trata-se de um estudo bíblico em ordem ao conhecimento mais aprofundado da eclesiologia de São Paulo: a Igreja como corpo de Cristo. Para isso, o autor aborda também, ordenadamente e como suporte, elementos paulinos de uma antropologia e cristologia. Para o Professor João Lourenço, director da Faculdade de Teologia da UCP e um dos seis membros do júri, “trata-se de um trabalho muito bem elaborado, profundamente teológico, com um tema clássico da Eclesiologia, bem documentado e sustentado teologicamente”. Também membro do júri, D. Pio Alves, refere que “desde o título às conclusões, o autor é exemplarmente fiel ao trabalho que promete e que vai desenvolvendo com notável rigor e clareza metodológica”.

Quando ele nos abre as escrituras Domingo após Domingo Uma leitura bíblica do Leccionário - Ano B António Couto O novo livro de D. António Couto, bispo de Lamego e Presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, oferece uma viagem e uma visita guiada pelos textos bíblicos dos domingos, solenidades e festas ao longo do Ano B. O estilo é o de sempre. A substância é bíblica e litúrgica, com tempero teológico, literário, simbólico, cultural, histórico, arqueológico. O autor refere que “o escreveu com gosto, pensando em todos aqueles que gostam de saborear os textos bíblicos que a Liturgia nos oferece”.

O Angolano Que Comprou Lisboa (por Metade do Preço) Kalaf Epalanga Caminho | Leya Pior do que não ter dinheiro é não ter esquema para remediar a situação. Este livro é uma selecção de textos publicados no jornal Público e no portal Rede Angola por Kalaf Epalanga. O autor apresenta-o assim: “Reparem, a seguir a Luanda, o lugar onde todas as idiossincrasias deste povo ganham maior visibilidade é Lisboa. Daí, mesmo que eu quisesse, é impossível ficar imune a essa banga, basta alguém identificar-me o sotaque (ou a ausência dele). A verdade é que a vaidade angolana já se tornou monumento de fama internacional. Uma atracção turística ambulante, que onde quer que estejam angolanos, uma multidão de curiosos aparece para tirar fotografias, entregar currículos ou propor negócio, como me aconteceu recentemente. Quando terminava o meu almoço, sai da cozinha o proprietário e propõe-me que lhe compre o restaurante, com todo o recheio, licenças, cozinheiros e empregados de mesa incluídos. E eu, do alto da minha vaidade, tão afectado pela crise financeira em Portugal quanto o pobre senhor, lanço-lhe a pergunta: Quanto é que custa?”.

Compêndio da Vida consagrada

Documentos pós-conciliares do Magistério sobre a Vida Consagrada Santa Sé Este livro reúne todos os documentos pós-conciliares dos Papas e da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica referentes ao tema da Vida Consagrada. Uma verdadeira biblioteca essencial para todos os religiosos e religiosas e para todos os católicos especialmente neste Ano da Vida Consagrada.

O que é o tempo? Qual é a rocha mais antiga da Terra? Quando e onde é que se formou o Sol? Que mensagens recebemos do espaço? O que são os vírus e qual sua história? O que são bactérias resistentes? Quando é que os coelhos foram domesticados? Há rãs que congelam? Como é que era o cérebro de Einstein? As lágrimas são sempre iguais? Estas e muitas outras perguntas encontram resposta no novo livro “Íris Científica 2”, uma obra que resulta da investigação de António Piedade, bioquímico e comunicador de ciência que é também um escritor de excelência. Aqui se reúne uma trintena de textos que viajam por diversas disciplinas da ciência: biologia, bioquímica, química, física, geologia, astronomia e história da ciência. Os textos estão impregnados de uma abordagem interdisciplinar, o que no geral defende a tese de a cultura científica ser só uma!

Pedreiras – A sua história e outras histórias Armindo Vieira

Junta de Freg. das Pedreiras Esta obra do jornalista Armindo Vieiria resume a história da sua freguesia, as Pedreiras, com particular destaque para as indústrias da pedra e do barro, principais fontes de rendimento, para além de falar um pouco do património construído e cultural. Conta ainda com pequenas biografias das associações e instituições ali sedeadas, sendo que também se podem analisar os feitos de todos os presidentes de junta que, ao longo de 90 anos dirigiram os destinos da freguesia. Alguns factos da vida local também não foram esquecidos, assim como os sacerdotes que por lá passaram. Histórias de vida de algumas pessoas, famílias numerosas e pequenas curiosidades também se encontram nesta publicação, completando assim a história das Pedreiras.

Francisco, de Roma a Jerusalém

Henrique Cymerman Jorge Reis-Sá Guerra & Paz / Nagrela No próximo mês de Janeiro, a obra “Francisco, de Roma a Jerusalém” será editada em Espanha, no que a editora portuguesa Guerra e Paz espera serem “os primeiros passos” para a internacionalização desta obra que apresenta “um encontro de interesse universal”. O livro entrou nas livrarias portuguesas em Outubro e teve um excelente acolhimento por parte dos leitores, com entrada directa para o primeiro lugar no Top Nacional de Não Ficção apurado pela GfK, na semana de 13 a 19 de Outubro. Foi o livro mais vendido em Portugal durante duas semanas, tendo-se mantido no Top 10 por cinco semanas consecutivas. Um êxito que chega agora a Espanha através da Nagrela Editores.

Portugal precisa de um salvador Joaquim Santos

Ilustração: Sandrine Vieira Trata-se da história de um pastor que vive na Serra da Estrela e um dia é visitado por um grupo de turistas que apreciam imenso o seu modelo de vida, a simplicidade e os valores que nutria. É este pastor que vem à cidade e visita a Assembleia da República, transmitindo que é urgente a mudança, especialmente a interior. A partir daí, tudo pode verdadeiramente mudar.

Quilate de sentimentos Joaquim Santos

Ilustração: Sandrine Vieira

Como Sobreviver a Portugal continuando a ser Português Gabriel Magalhães Planeta Numa altura em que a troca de ideias se espartilha em um ou dois modelos oficiais de debate, Gabriel Magalhães expõe ideias com uma clareza, um desassombro e uma serenidade que nos faz acreditar que a liberdade de pensamento e opinião ainda existe e é praticável. Este livro é um ensaio, no qual se reflecte sobre os actuais dramas da situação nacional, numa perspectiva que é, simultaneamente, crítica e optimista. Não se trata de um trabalho académico. Pelo contrario, o texto vivera numa certa leveza, que não impede uma intenção de profundidade. Partindo da noção de Confúcio de “Caminho do Meio”, explicar-se-á que Portugal foi uma grande nação do fim da Idade Média, porventura a mais brilhante que a Europa teve nesse período.

Ethel – Amanhã em Lisboa Cesário Borga Planeta Em plena guerra, em 1941, uma jovem foge de Lisboa. Vinte anos depois, uma bela mulher chega a Lisboa decidida a acertar contas a perda irreparável de um amor. Entre esta fuga e esta chegada, esta é uma história de amor entre uma judia e um traficante de volfrâmio que começa em Canfranc, a famosa estação ferroviária nos Pirenéus por onde refugiados judeus, espiões, intelectuais, artistas e escritores banidos tentam a fuga. Regressar a Lisboa é para Ethel, holandesa judia de 18 anos, um perigoso e arriscado passo para um amanhã cintilante de liberdade e para uma existência feliz ao lado da paixão de uma vida: Edgar. Mas em Lisboa, os alemães e os negociantes fiéis ao regime fazem-nos regressar à condição de fugitivos.

A Casa Azul

Vila Algarve

Planeta

Cláudia Clemente

Um condomínio, no Porto, que deveria guardar nas suas raízes a memória de uma casa e os fantasmas dos habitantes e das grandes árvores que daí foram arrancados. Uma mulher que se foi tornando um fantasma de si mesma. Duas irmãs gémeas que não sabem da existência uma da outra. Um português que vê o seu cinema arder e quase arde com ele. Um agente da PIDE que segue, nos anos 60, os movimentos na Casa Azul. Um dossier que escapa às chamas e uma herança de cartas nunca lidas. Uma mãe internada num lar e obrigada a vender essa casa, após uma tentativa de suicídio. Uma história de amor e paixão que não pode morrer, porque nasceu em Paris. Quatro personagens que precisam de encontrar-se.

Um texto que toca pela sua narrativa dramática, ao estilo Florbela Espanca, num desamor profundo mas também numa valorização da vida, das pessoas, de tudo o que se fez mas também do muito que se poderia ter realizado. Uma leitura atenta e próxima pode transmitir uma forte introspecção, uma viagem às profundezas do Ser.

Francisco Duarte Azevedo Esta é a história de um português retornado com a descolonização que regressa à cidade onde viveu a infância e juventude – Maputo. Na alterada geografia, poucos marcos se mantêm: uma amizade, os fantasmas que lhe povoam a solidão, e a Vila Algarve. Procurando um lugar incerto na vastíssima cidade, entre o bar do Esperança e a morada do seu desespero, só o amigo de infância – narrador desta história – e a sua doce Fathma surgem a Dória como refúgio, família e ninho. De resto, todas as memórias de quem ainda luta pela verdade convergem para a Vila Algarve, a sede da PIDE onde foram interrogados, torturados e mortos muitos opositores ao regime e muitos intelectuais e artistas moçambicanos. É tempo de confrontar os fantasmas...

Dispersos sentimentos Joaquim Santos

Ilustração: Rui Martins Como o próprio título refere, trata-se de uma compilação de poesia, com diversos temas, uns próximos da sua realidade e outros de pura ficção do seu imaginário. Um pequeno compêndio de estado de alma, próprio de quem vê e lê a vida com todos os sentidos humanos.

Jornal da Golpilheira

. entrevista . diversos .

Dezembro de 2014

. mãos namassa.

Sofia Ferraz

Bacalhau com batatas a murro em cama de grelos

Ingredientes: 1 molho de grelos ou couves 3 postas altas bacalhau demolhado 3 cebolas grandes 5 dentes de alho Azeite 1 broa de milho pequena Salsa Batatas pequeninas novas Preparação: Comece por lavar bem as batatinhas, com pele, envolva-as em papel vegetal e de seguida em papel de alumínio e leve a assar. Após estarem assadas dê-lhe um murro e reserve. Coza o bacalhau durante uns 10 minutos (depende da grossura das postas). Limpe-o de peles e espinhas. Entretanto coza os grelos em água temperada com sal. Quando cozidos a gosto retire-os e escora a água. Numa taça, esfarele a broa e junte-lhe um alho e a salsa os dois bem picados e regue com um pouco de azeite. Reserve. Junte, num tacho, as cebolas e 3 dentes de alho, ambos cortados às rodelas, regue com azeite e deixe refogar, retirando posteriormente por forma a ficar apenas o azeite. Nesse mesmo azeite, aloure 1 dente de alho picado e junte os grelos para saltear um pouco. Num tabuleiro de ir ao forno coloque os grelos, de seguida as batatas a murro, o bacalhau a cebola e por fim a broa. Leve ao forno durante 15 minutos ou até a broa estar dourada. Votos de um feliz Natal e um 2015 cheio de Saúde, Paz, Alegria e Amor!

.poesia.

Pão para as crianças do padre João

Natal (s)em Família Seguia lentamente pela rua. A chuva que em seu corpo já sentia brilhava levemente à luz da lua na noite fria e calma de invernia.

As minhas letras Tantas já escritas E outras tantas por escrever Quantas frases aflitas Sem ninguém as ler.

Campanha de solidariedade

Entregue p‘lo destino à indignidade, pedinte e velho que era, não merecia um olhar sequer da gente da cidade uns restos de comida... ou de alegria!

Escrevo num desabafar E se alguém as ler Talvez analise ou fique a pensar No que eu queira dizer.

O padre João Monteiro da Felícia, missionário da Consolata natural da Golpilheira, está em missão no Brasil, onde oferece o seu amor a Jesus Cristo no serviço aos mais desfavorecidos. Aqueles que, ainda antes da fé, precisam de pão para a boca. Desde 2006, o Jornal da Golpilheira tem uma campanha permanente. Quem desejar telefonar ao padre João, o número é o 00 55 074 36192696.

No mesmo rumo incerto um rapazote daqueles sem família nem morada retira dois pãezitos dum caixote e com eles o convida à consoada.

Letras nascidas do pensamento Escritas com muito sentimento Que são pedaços de alimento De uma vida sem fingimento. Vagueiam em nuvens de temporal Em cada momento uma ocasião As letras um sentido desigual Como também o valor de opinião.

Este mês de Dezembro recebemos:

Seguiram rua abaixo lado a lado, sorriso menos triste e invernal... dum gesto simples, dum pão partilhado nascera uma amizade e foi Natal! LMF (vencedor Concurso de Natal APFN 2014)

Deixa escrever à minha maneira O que sei e com pura lealdade O realismo de cada asneira Mas com muita dignidade. Os olhos choram de saudade Nas letras que deixo gravado Com verdade e tranquilidade Deixo assim letras do próprio fado. António José Carreira Santos

Natal é a estrela do oriente Natal ilumina toda a terra Natal, o sol reflecte esse lindo dia Natal, desperta um hino de louvor Com uma música faz bela melodia. Nesta altura do Natal Alguns são tristonhos em cada olhar Natal faz sorrir muitas crianças Natal é verdadeiramente para amar. O futuro é muito incerto No mundo estão fartos de incertezas Natal alegra os corações enfraquecidos Natal dá vida esperança e beleza. A estrela do oriente ilumina o ser humano Alguns jovens não chegam a entender Se houver Natal de amor e fraternidade Assim a paz no mundo virá renascer. Cremilde Monteiro

- Vítor Martins - 150 euros - Francisco Freitas - 120 euros - Maria Olinda C. Pereira - 20 euros - Luís Miguel Ferraz - 50 euros - Anónimo - 100 euros - Maria Teresa Grosso Silva - 100 euros • Total deste ano: 2.340 euros.

Colabore! Seja solidário...

Jesus

Contacte:

• CRG - R. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA • Pe. José Gonçalves (Pároco da Batalha) • António Mont. Rosa (Casal Mil Homens)

Renasce todos os anos no meu coração este Deus meigo e fraterno. E todos os anos o julgo e condeno à minha dimensão. Jesus, como Te recebo e albergo se no templo que concebo só cabe um deus pagão? José Travaços Santos

...e poupe nos impostos!

Os Missionários passam recibo, que poderá deduzir no IRS. Basta que junte o seu nome, morada e o n.º de contribuinte.

.obituário. Agradecimento

Natal 1995

Adriano da Silva Marques

Evoco o Verbo nestas palavras banais que em banalidades esgoto no uso do dia-a-dia.

N. 04-05-1968 F. 13-12-2014 Casais dos Ledos – Batalha Sua esposa, filhos, pais, sogros, irmão, cunhada e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem com agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”

O Verbo feito carne sujeita ao sofrimento da morte ao nascimento de todos os mortais. Eternidade no finito inserta, Absoluto que se relativiza por mor do relativo, se reduz e se cativa, e, cativo, o liberta. José Travaços Santos

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Agência Funerária Santos & Matias, L.da SERVIÇOS

FÚNEBRES

Brancas (Residência e Armazém) –  244 765764 Batalha (Escritório) -  244 768685 fune_santosematias@sapo.pt • 96 702 7733 Tel./Fax: 244 768 353 Telm.: 918 700 998

Comércio de Mobiliário e Carpintaria

Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

Deseja a todos Festas Felizes!

Festas Felizes! Estrada dos Forneiros, 4 • Rebolaria • 2440-075 BATALHA

Santo Antão • BATALHA • Tel. 244 765 742 • Tlm. 914 038 603

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Jornal da Golpilheira Dezembro de 2014

Jornal da Golpilheira

. a fechar .

Dezembro de 2014

Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Extensão de Saúde da Golpilheira Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Posto de Turismo da Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória EDP - Avarias (24 horas) Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Rádio Batalha Centro Recreativo da Golpilheira

244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 766 836 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 765 180 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 800 506 506 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 769 720 244 768 568

Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Catarina Bagagem, Célia Capitão, Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Filomena Meneses (assinaturas), Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . Tel. 253303170 Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Blog: www.jgolpilheira.blogspot.pt Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt

Bem... mais um ano a acabar... é hora de fazer desejos para o futuro, de mudança e desenvolvimento, de mais rendimentos e menos impostos, de uma vida mais digna e desafogada!

Então e qual é o teu desejo?... Tens alguma solução para isso se realizar em 2015?

Muito simples: desejo que 2015 seja como 2010!

Futuro atrás .fotos do mês. LMF 1

Cenas...

1. Mães-natais (muito) felizes. Desconhecemos se havia garrafas nos bastidores... 2. As coreografias dos meninos da escola foram perfeitas! Mas... descobrimos a cábula... 3. Por fim, um par insuspeito, Pedro Meneses e Lena Pimparel. O que os une? Um passatempo a meias: ele começa as palavras cruzadas, ela acaba (o mudo apenas dá palpites de longe...).

Recordar é viver …

Assinatura anual

Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros

Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

Na festa de Natal do CRG de 1997 também houve teatro, mas feito pelas actrizes mais adultas. Faz sentir saudade pelos tempos em que havia grupo de teatro na colectividade, não faz? Era um bom propósito para 2015, estas “meninas” e muitos outros artistas daqueles tempos voltarem a juntar-se para nos surpreenderem um dia destes com uma representação teatral... | LMF

. divulgação .

Jornal da Golpilheira Dezembro de 2014

PASSAGEM DE ANO NO SALÃO DA IGREJA DA

GOLPILHEIRA 2014-2015

31 Dezembro 2014 • A partir das 20h00

r a t n a J l a c i s u M o ã ç a m i n A a r i e u Fog o i c í f i rt a e d Fogo e h n a p Cham esas! r p r u s ...e

Vamos fazer a festa juntos! Compre já o seu bilhete!

só até ao dia 28 de Dezembro!

Preços: Adulto - 22 € 6-12 anos - 12 € 0-5 anos - grátis

À venda em: - Bar do Centro Recreativo - Café S. Bento - J. C. Ferraz Seguros

Jantar (entradas, sopas, bacalhau e lombo, bebidas), doces, petiscos e champanhe (Não deixe de vir por motivos económicos: fale com a comissão)

Os lucros revertem para as futuras obras na igreja da Golpilheira Organização: Comissão da Igreja da Golpilheira / Grupo FA(X) - Famílias Amigas em Cristo Parceria/Serviço: Restaurante Etnográfico da Golpilheira