obras na igreja em setembro . ! 0 s 0 a 2telh P. 3 | Comunidade Eclesial da Golpilheira
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Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XIX | Edição 218 | Agosto de 2015
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P. 2 | Convocatória
Assembleia geral do Centro Recreativo P. 12 | Sindicato trava e Assembleia Municipal destrava
Educação às voltas P. 16 e 17 | História
O Visconde da Azenha e o Morgado da Golpilheira Últ. | Em São Bento
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Festa Sr.ª da Esperança
P. 4 | Festa da Golpilheira
Comunidade honrou o Padroeiro LMFerraz
P. 6 a 13 | Grande reportagem das festas da Batalha
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. abertura . história .
Agosto de 2015
.história.
.editorial.
Luís Miguel Ferraz Director
Jornal da Golpilheira
Cooperativismo, alicerce da democracia económica e social (III) Pulso
Em 1385, há 630 anos, uma invasão castelhana ameaçava a independência nacional. O rei D. João I e o seu Condestável D. Nuno sabiam que era o “tudo ou nada”, que aquela era a “hora da verdade”, que o ataque inimigo era o derradeiro “tomar o pulso” à Nação. Por isso, mobilizaram todos os portugueses para darem o melhor de si e, mesmo com um exército menos numeroso, nunca duvidaram da vitória. E para maior certeza ainda, o rei invocou a ajuda de Nossa Senhora e prometeu-lhe um mosteiro à altura do acontecimento. O resto da História foi escrita no dia 14 de Agosto e já todos conhecemos dos livros e do facto de hoje falarmos português e não espanhol. Ao longo dos tempos, diversas outras crises e problemas “tomaram o pulso” a este povo. Por exemplo: Trinta anos depois, em 1415, há seis séculos certinhos, também neste mês de Agosto (dia 22), o mesmo rei e seus Infantes, com o Santo Condestável, comandaram um exército que tomou Ceuta aos mouros, no Norte de África. Foi o passo pioneiro da grande aventura da expansão europeia, que fez deste pequeno país uma grande potência daquela época. Ainda hoje, outras crises e conquistas nos vão “tomando o pulso” e mostrando do que somos feitos... tanto a nível nacional, como local. Outro exemplo: a comunidade da Golpilheira decidiu, neste mês de Agosto, avançar com as obras de requalificação da sua igreja. Também parecemos um pequeno “exército” para a grande empreitada. Só a mobilização de todos garantirá a vitória e a reconstrução deste templo, também ele dedicado a Nossa Senhora, que há-de ajudar. Chegou a “hora da verdade” e do “tudo ou nada”. Esta comunidade já o mostrou muitas vezes... esta será só mais uma página da nossa História onde queremos mostrar que “tivemos pulso”.
A campanha eleitoral, que se aproxima, será uma boa altura para perguntar aos partidos o que têm programado no respeitante à divulgação e ao apoio ao Cooperativismo. Porém, tem de reafirmar-se o carácter absolutamente apartidário do sistema, não sendo nunca desejada nem admissível a ligação a qualquer partido político ou a intromissão de qualquer partido na vida das cooperativas. Então, o que se espera dos partidos? Apenas isto: a defesa da total liberdade cooperativa, a sua libertação das peias burocráticas quer na formação quer no funcionamento das cooperativas, a sua beneficiação no sistema tributário e, sobretudo, a divulgação e o ensino do Associativismo e do Cooperativismo nas Escolas. Como disse o Dr. António Sérgio, “o Cooperativismo é de iniciativa popular em tudo. Todo ele é edificado pela actividade dos cidadãos”. Sendo um exercício de solidariedade e de generosidade, exige a todos nós uma verdadeira revolução interior, contra a nossa propensão para o individualismo, o egoísmo e o comodismo. Participação colectiva numa obra comum e em prol do bem comum, a preparação para a prática cooperativa tem de contemplar esta revolução íntima, o que vem plenamente ao encontro da nossa formação cristã. Se há sistema económico e social que melhor se coadune com o Cristianismo, aliás como se vê nas Encíclicas Sociais da Igreja, é o cooperativo.
MCR
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As cooperativas revestem-se de muitas formas, podendo dizer-se que toda a actividade económica, social e cultural, é susceptível de cooperativização. Escreveu K. H. Campell que “a cooperação pode revestir uma variedade quase infinita de formas, mas todas elas exigem que o indivíduo faça um esforço para que sejam alcançados os objectivos de todo o grupo”. Entre outras, existem cooperativas de consumo: lojas de todos os ramos do comércio que servem apenas os cooperadores seus sócios; cooperativas de produção: fábricas, companhias de pesca, quintas cooperativas, que pertencem a quem nelas trabalha; cooperativistas agrícolas e de aquisição das alfaias, ferramentas, fertilizantes, pesticidas, etc.; cooperativas de máquinas, fruteiras, adegas e lagares cooperativos, por exemplo; divulgação/apoio
Centro Recreativo da Golpilheira
Assembleia Geral ordinária Convocatória
Música e dança no CRG
Ano lectivo arranca em Setembro O ano lectivo da Escola de Música e Dança do Centro Recreativo da Golpilheira tem início no dia 14 de Setembro. Os interessados deverão efectuar a sua inscrição no bar da colectividade ou através do e-mail crgolpilheira@sapo.pt. No dia 10 de Setembro, às 21h00, haverá reunião de pais para a marcação de horários com os professores de música. Também a 10 de Setembro começam as aulas de Ginástica de Manutenção (Aeróbica, Step, GAP, Localizada e Zumba), a funcionar às segundas e quartas-feiras, às 20h15.
No dia 25 de Setembro de 2015, pelas 20h30, reúne-se a Assembleia Geral Ordinária, pelo que convoco todos os sócios a assistirem à reunião com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Relatório da Direcção, Contas do Exercício de 2014 e Parecer do Conselho Fiscal. 2. Outros assuntos de interesse para a Colectividade. Nos termos dos estatutos, não comparecendo a maioria dos associados à hora marcada, será a reunião efectuada às 21h30 do mesmo dia, com qualquer número de sócios, não podendo os restantes discordar daquilo que foi deliberado. Dada a importância da reunião, agradecemos a comparência de V/ Ex.as, o vice-presidente da Mesa da Assembleia, Carlos Agostinho Costa Monteiro
cooperativas de crédito: Caixas de Crédito Mútuo ou bancos cooperativos; cooperativas de seguros; cooperativas de instrução e cultura: escolas que pertencem a quem as frequenta (na Benedita, Alcobaça, há um exemplo deste tipo de cooperativa); cooperativas de serviços: transportes e outros. Na Batalha, temos três destes modelos: a Caixa de Crédito Agrícola, a Adega Cooperativa e a Cooperativa Agrícola. Da nossa Caixa, instituição de enorme prestígio em todo o País, de que foi grande obreiro o batalhense João Afonso Marto Ramos, de saudosa memória, reproduz-se uma imagem, a ilustrar este breve apontamento. No próximo número referirei a legislação que se aplica à constituição das cooperativas.
José Travaços Santos
Jornal da Golpilheira
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. actualidade .
Agosto de 2015
Comunidade Eclesial da Golpilheira
Obras na igreja começam em Setembro Conforme publicámos na última edição, foi apresentado numa assembleia da comunidade cristã da Golpilheira, no dia 27 de Julho, o plano de acção para a requalificação da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, o centro de culto da freguesia. Em simultâneo, foi debatida a sugestão de algumas medidas que visam promover uma melhor celebração e vivência da fé e uma identidade mais vincada desta comunidade cristã.
As obras Como referido na ocasião, constatando-se a necessidade e urgência da substituição do telhado da igreja, a Comissão considerou oportuno elaborar um projecto de obras que visa, igualmente, dotar o templo de melhores condições de conforto, iluminação, estética e adequação às normas litúrgicas em vigor. Será uma intervenção de fundo que visa preparar esta igreja para o futuro, como lugar aprazível e convidativo à celebração da fé.
Entretanto, depois da aprovação do projecto pela Diocese de Leiria-Fátima e concluído o processo de consulta e negociação com diversas empresas, foi adjudicada a empreitada à empresa Arlindo Lopes Dias, Unipessoal, Lda., do Olival, Ourém, pelo valor global de 267.917,67 euros. Há ainda uma verba de 12.000 euros para iluminação e, se forem angariados fundos suficientes, poderá ainda acrescer outro tanto para a climatização. O contrato será formalmente assinado perante toda a comunidade, na Missa dominical do dia 13 de Setembro, começando as obras no dia seguinte. Nesse domingo e durante os 210 dias previstos para execução dos trabalhos, a Eucaristia e outros actos de culto serão realizados no salão da igreja, devidamente preparado para o efeito. A Comissão convida todos os que possam ajudar ao trabalho de remoção de bancos e outros materiais do interior da igreja, bem como arranjo do novo espaço, para se juntarem no local, nos sábados 5 e 12 de Setembro, a partir das 09h00. Entretanto, toda a população é também convidada a colaborar para se garantir a verba necessária a esta intervenção,
sem necessidade de recorrer à banca. O apelo é feito a quem queira fazer donativos e também a quem possa fazer o empréstimo de alguma quantia, a título pessoal, devendo para o efeito contactar algum dos membros da comissão.
Comunidade Eclesial Este sentido de comunidade é essencial para que a obra se faça, pois só uma Igreja viva feita de cristãos unidos justifica que se melhorem as condições da igreja feita de tijolos. Nesse sentido, foi também preparado um plano para reforçar o sentido de comunidade e da organização do povo cristão da Golpilheira, que já mantém uma vivência cristã regular, com Missa dominical, duas festividades anuais de relevo e outros actos de culto esporádicos, centro de catequese organizado e diversas infra-estruturas ao seu serviço. Não queremos ser paróquia, mas podemos promover uma comunidade pastoral organizada, com condições e estruturas para uma maior unidade e identidade, tendo sempre em vista o crescimento da vida cristã dos seus membros. Essa entidade organizada, dentro da paróquia da Batalha, assumirá o nome de Comunidade Eclesial da Golpilheira (CEG). Para esse trabalho, será constituída uma Comissão Administrativa e Pasto-
ral (CAP), presidida pelo pároco e com características e funções idênticas às das comissões das igrejas. Será integrada pelas duas comissões existentes actualmente na freguesia e reforçada com algumas pessoas para isso convidadas, assumindo a gestão do património e a organização de toda a actividade pastoral, como celebrações litúrgicas e outros eventos religiosos, catequese e acção social. A CAP tomará posse na Missa das 09h30, no domingo 11 de Outubro, dia em que se dará início ao ano pastoral da CEG, com especial destaque para o arranque da catequese. Será um dia de festa, com uma celebração mariana à tarde com todas as crianças da catequese, seguida de uma merenda de convívio. Na próxima edição daremos mais pormenores. A Comissão acredita que estas iniciativas irão ajudar a uma vivência da fé mais consciente e participada por todos, procurando que Deus esteja mais presente na vida de todos e, em consequência, que haja mais harmonia e qualidade de vida nesta terra que se afirma maioritariamente cristã. Sabendo que da união nasce a força, reforça-se o convite à colaboração de todos, pois a casa de Deus é a casa onde todos são bem-vindos como irmãos, nas suas diferenças e complementaridades. LMF
CAMPANHA
divulgação/apoio
200 telhas!
Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorer à banca... São precisos cerca de 200 mil euros. Temos 200 telhas que vão sair do velho telhado para trocar por 1.000 euros cada, em forma de donativo ou de empréstimo. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Muitas destas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha levará uma dedicatória desta campanha.
Colabore para a construção desta obra comum da Comunidade Eclesial da Golpilheira!
Precisamos da sua ajuda!
Se não pode disponibilizar mil euros e quer fazer outro donativo ou empréstimo, a sua ajuda será bem-vinda e terá uma lembrança. Mas... o mais importante será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um!
A partir do dia 13 de Setembro, a Missa será no salão da igreja. Aí serão afixadas as contas da obra e a lista dos “compradores” de telhas, bem como de outros beneméritos, que poderão pedir anonimato.
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. reportagem .
Jornal da Golpilheira Agosto de 2015
Festa em Honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos
nhados pela banda, que vai executando peças de cariz religioso. A bandeira fica nesta igreja até ao final do dia de segunda-feira, altura em que vai ao palco do arraial, para a despedida e a entrega à comissão de festas do próximo ano. Essa noite foi daquelas de recinto cheio, com Vítor & Gaby a aquecerem o ambiente com música de baile e depois com o grupo Apartirtudo a fazer jus ao nome. Um grande concerto, a passear pelos clássicos nacionais e internacionais, com uns saltinhos a alguns êxitos mais recentes. Começou com um “pop arro-
calhado” que colocou o público a vibrar e deixou tudo aos saltos no rock mais pesado. Até perto das 02h00, poucos foram os que arredaram pé.
Segunda-feira As tradições voltaram na segunda-feira, com Missa por intenção dos festeiros e, depois, os jogos populares. Perde-se no tempo a memória de quantos andaram a tentar ganhar pintos ao enfiar a argola na cana e ao murro em potes de barro. Para além dos prémios, a “corrida de frangos” e “quebra de panelas” dão, também, um bom espectáculo que muitas dezenas de curiosos não querem perder. E a última noite foi animada pelo teclista FokaEnergie. Tudo tem um fim, mas no caso destas festas o fim é um dos momentos mais aguardados. A corrida de cântaros começou por ser um concurso de habilidade e equilibrismo. Durava longos minutos, nos tempos em que as senhoras costumavam ir à fonte de cântaro à cabeça. Agora, que a água sai das torneiras, as meninas já nem sabem o que é um
cântaro (às tantas pensam que foi uma invenção propositada para este divertido jogo). A verdade é que, mesmo quebrando a regra de não levar as mãos ao pote, é ele que acaba quebrado em escassos segundos. As meninas de 40 lá terão outras habilidades, mas para isto de cântaros não foram feitas. Dizíamos que isto começou por ser uma prova. Actualmente, é mais uma forma de celebrar em grande o final de três dias de muitos trabalhos. À falta de champanhe, serve a água dos cântaros, ou mesmo da pia onde são cheios. Uns anos mais molhados
LMF
LMF
Domingo Mas o momento alto da festa é a Missa de domingo, seguida de procissão pelas ruas em redor das duas igrejas centrais da freguesia. Depois da recolha de ofertas, com a banda os “Clássicos de Pataias” a dar a volta pelos vários lugares, a celebração foi muito participada e bem organizada, num sinal de devoção que anima os cristãos desta comunidade. Após o almoço, é já tradição a banda fazer um pequeno baile, aproveitado para o convívio dos presentes, com destaque para o pessoal da cozinha. E tradição desta tarde é também a saudação ao Padroeiro, com os membros da comissão de festas – os quarentões do ano – a juntarem-se em torno da bandeira, na igreja de Nossa Senhora de Fátima. Depois, transportam o estandarte para a igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, sempre acompa-
LMF
Após alguns meses de preparação e uma semana de maior azáfama na construção do arraial, tudo estava a postos para mais uma festa em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, padroeiro principal da Comunidade Eclesial da Golpilheira, no passado dia 1 de Agosto. A afluência ao jantar de abertura foi das mais numerosas dos últimos anos e o ambiente da noite foi de verdadeira alegria, com animação pelo duo Zé Café e Guida.
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do que outros, podemos dizer que desta vez foi “de caixão à cova”… foi tudo ao banho dentro da pia, que pareciam pintainho(a)s. Como Cleópatra se banhava em leite para manter a frescura dos anos, também as quarentonas decidiram (ou alguém decidiu por elas) ir reforçar a sua beleza no preciso líquido. Alguém devia ter avisado que aquilo não era leite, mas água com cal. Um defeito a corrigir para o ano. Mas a verdade é que o efeito resultou… saíram de lá lindas! Depois do banho, lá subiram ao palco a agradecer a ajuda que tantos e tantos voluntários deram para que estas festas fossem um sucesso. Sortearam uma rifas e entregaram a bandeira à Comissão da Igreja, que pediu uma calorosa salva de palmas para este magnífico grupo de festeiros. Por sua vez, a Comissão entregou a bandeira aos nascidos em 1976, que irão assumir a tarefa de organizar o festejo nos dias 30 de Julho a 1 de Agosto de 2016. Pediram a ajuda de todos os que costumam ajudar e sorriam ao olhar os colegas ensopados, a adivinhar o seu destino no próximo ano. Um espectacular fogo-deartifício selou o momento em grande. Ainda houve música por mais uma hora e muita loiça para lavar. Mas isso já se sabe que quem quer festa… Luís Miguel Ferraz
Jornal da Golpilheira
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. entrevista . sociedade . cultura .
Agosto de 2015
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Golpilheira no Festival de Torrão do Lameiro – Ovar
Convívio no Salgueiral MCR
Integrado nas Festas da Sardinha, decorreu no dia 26 de Julho o festival de folclore organizado em parceria por dois dos grupos do concelho de Ovar, “As Varinas de Ovar” e “As Morenitas de Torrão da Lameira”, representantes da região Vareira. Além destes agrupamentos, estiveram presentes o rancho “As Lavadeiras do Vale do Lena” do Centro Recreativo da Golpilheira (Alta Estremadura) e o Rancho Folclórico Salvador do Monte (Amarante, Douro Litoral). Antes do início, teve lugar a habitual troca de lembranças, com a presença em palco dos representantes da União de Freguesias e da Câmara Municipal de Ovar, da Federação do Folclore Português e dos ranchos organizadores. Nas suas breves e objectivas intervenções, foi comum salientarem o bom ambiente que se vive entre os grupos folclóricos do concelho de Ovar, conforme ficou patenteado nesta organização conjunta. Apesar de, por vezes, existirem algumas
MCR
Folclore na Praia dos Marretas
divergências, elas ultrapassamse e esquecem-se nestas alturas. Não é todos os dias que se realiza um festival de folclore com um palco na areia, tendo como pano de fundo o azul da imensidão do mar. Todos os grupos intervenientes representaram nesta Praia dos Marretas, com grande sensibilidade, alegria e naturalidade, as danças, cantares, usos e costumes de cada uma das suas regiões de origem. No final, realizou-se um convívio entre os elementos de todos
os grupos presentes. A ementa, como não podia deixar de ser, foi a saborosa sardinha assada com broa, acompanhada por bom vinho e outras bebidas. São dias como estes que alimentam e catalisam todos aqueles que amam o folclore, para continuarem a preservar os usos e costumes dos nossos antepassados, defendendo assim a nossa identidade, que é única. Parabéns aos organizadores. Manuel Carreira Rito
Festas de A-do-Barbas
Silvino Ferreira Carreira, vulgo Silvino Lucas, natural do Salgueiral, Golpilheira, 66 anos de idade, é emigrante em França há 43 anos. Teve uma ideia brilhante: devido à sua condição de emigrante há mais de quatro décadas, sentiu necessidade de juntar todos os seus vizinhos do Salgueiral, uma vez que há muitos que praticamente não conhece ou conhece mal. Este convívio teve lugar no dia 9 de Agosto, junto à sua habitação, e foi um sucesso. Conseguiu juntar quase todos, faltando apenas dois ou três, que por motivos pessoais não puderam estar presentes. Reuniram-se nesta tarde agradável pais, filhos e até netos, para grande alegria do Silvino e família. Esta foi também uma forma de aproximar mais as pessoas que vivem neste lugar, ajudando a ultrapassar as pequenas quezílias ou mal entendidos que por vezes podem surgir. À mesa nada faltou, desde a comida e bebida, entradas e sobremesas. Este evento demorou cerca de um mês a preparar, uma vez que fez os convites porta a porta. Entusiasmados com esta iniciativa, já pensam em fazer novo convívio para o ano. Ele ofereceu o espaço para o futuro ou futuros convívios, assim como a sua colaboração. Era bom que esta ideia servisse de exemplo para outros lugares. Tenho a certeza de que ia criar mais paz, harmonia e diálogo entre todos os vizinhos. Da nossa parte, cá estamos para dar notícias de novos eventos. MCR
DR
A propósito da festa de A-doBarbas, que decorreu de 22 a 27 de Julho, estivemos à conversa com dois dos conceituados artistas que por lá passaram. David Antunes, músico da Midnight Band, é natural de Santarém e diz ter como pilar a sua família, quer na vida pessoal quer na vida artística. Os seus amigos dizem ser um gran-
de companheiro e um excelente der humano. No dia 31 de Julho, lançou mais um original, com o título “Não vai acontecer”, no programa televisivo “5 para a meia-noite”, do qual faz parte desde o início. Na festa de Ado-Barbas, o David esteve sempre divertido, muito acolhedor e colaborador, bem como todos os elementos da banda, aos quais
agradeço esta oportunidade. A sua actuação teve muito sucesso e muitos aplausos de centenas de espectadores. FF é o nome artístico de Fernando Fernandes, no qual tem muito orgulho, pois se repete há três gerações: o avô, o pai e ele. Diz entregar-se em absoluto àquilo que faz (teatro, composição, tv e canto), quer seja em Portugal, ou até mesmo no estrangeiro, agarrado sempre às suas raízes. O seu último trabalho discográfico e a solo “SAFFRA” (SAFRA – colheita; FF – nome), sendo a sua primeira colheita como cantor/compositor, fundindo a música tradicional com o fado. Nesta nossa conversa, esteve sempre muito prestável e feliz, ao qual agradeço, seguindose a sua actuação na festa com os seus amigos The Midnight Band e Vanessa. Lena Ribeiro
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À conversa com David Antunes e FF
Sardinhada no Paço Organizada e dinamizada por alguns moradores e nascidos naquela pequena localidade da nossa freguesia, teve lugar no passado dia 14 de Agosto, junto à nossa querida Escola do Paço, uma sardinhada de convívio. O objectivo é continuar a tradição iniciada pela saudosa Elvira Patrício, juntando velhos e novos a convivem com entusiasmo. Para além das sardinhas, havias outros petiscos, como tirinhas e morcelas. Quanto às bebidas, havia para todos os gostos, e nunca faltaram, quer em garrafas quer em garrafões. Foi um serão bem passado, onde não faltaram as belas histórias da nossa meninice. MCR
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. sociedade . cultura .
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Jornal da Golpilheira Agosto de 2015
Semana repleta de animação
Grande reportagem
Festas da De entre a vasta programação das festas da Batalha deste ano, que foi da história e do municipalismo ao desporto, são sempre os grandes serões o grande atractivo do cartaz. A edição de 2015 cumpriu as melhores tradições, com grandes massas humanas a encher o recinto do antigo campo de futebol, agora transformado em espaço de festa. Terão sido cerca de 50 mil pessoas a passar pela Batalha nestes dias, segundo números adiantados pela autarquia, promotora do evento. De referir, também, a Gala Internacional de Folclore da Batalha, promovida pelo rancho Rosas do Lena, que no sábado anterior abriu caminho a esta semana festiva, no largo do Condestável (ver pág. 7). Quanto ao concertos, além dos cabeças-de-cartaz (ver pág. 11), houve outros responsáveis pela animação musical, como os
grupos de baile convidados para iniciar cada uma das noites – Zé Café e Guida, Célia e Luís, Licínio e Leonel e Banda PT – e os DJ que passaram pela tenda de dança a fechá-las – Joana Perez e Miguel Rendeiro, Pedro Diaz e No Maka, Nuno Fernandez e Pedro Cazanova. Pelas ruas andou também animação medieval, com representação de quadro bélicos relacionados com a batalha de Aljubarrota, sobretudo em volta do Mosteiro, nos dias 14 a 16. Neste último dia, realizou-se o encontro anual de emigrantes, que “pretende homenagear a diáspora batalhense e promover um contacto estreito com a comunidade emigrante radicada em diversos países” (ver pág. 9). Com esse propósito se juntaram cerca de três centenas de participantes num almoço oferecido pela autarquia nas tasquinhas
LMFerraz
Batalha
do recinto. Orientadas por diversas associações concelhias, estas bancas de comes-e-bebes não tiveram mãos a medir para saciar todos os que ali procuraram um reforço para a folia. Na zona desportiva anexa, esteve patente uma exposição de actividades económicas e foi montada uma área de recreio com carros-de-choque e outros equipamentos de diversão para miúdos e graúdos. Por falar em desporto, também este foi promovido, com um campeonato de xadrez, a VIII
Prova de Atletismo “Batalha Jovem” e o Grande Prémio Mestre de Avis, os torneios de futebol entre freguesias – o masculino “São Nuno de Santa Maria” e o feminino “D. Filipa de Lencastre” (ver págs. 12 e 13). O momento mais solene foi o das comemorações do Dia do Município, 14 de Agosto, que contou com a presença do ministro da Defesa e de diversas entidades locais e nacionais e onde foi apresentado o novo livro “O mosteiro de Santa Maria da Vitória no século XVI – As Capelas
Imperfeitas e o Renascimento em Portugal” (ver pág. 8). No mesmo dia, o ministro presidiu à inauguração do centro de interpretação da Primeira Posição da Batalha de Aljubarrota (ver pág. 7). No nosso sítio na internet, em www.jornaldagolpilheira. pt, poderá ainda ver uma vasta selecção de fotografias do ambiente geral destes dias... que terminaram com um colossal fogo-de-artifício pela Pirotecnia Batalhense. Luís Miguel Ferraz
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Grande reportagem
Agosto de 2015
Organizada pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, com o apoio da Câmara Municipal, decorreu no passado dia 8 de Agosto a 30.ª edição da Gala Internacional de Folclore da Batalha. Para além do rancho anfitrião, representante da Alta Estremadura, participaram os seguintes agrupamentos: Grupo Folclórico “Kand já Kabid” – Estónia; Rancho Folclórico São Bartolomeu de Messines – Algarve; Grupo Folclórico e Etnográfico de São Pedro de Paus – Douro; Grupo Folclórico “Ballet el Trebol” – Argentina; Grupo Folclórico da Região do Vouga – Beira Litoral; Grupo Folclórico “RDZPIT” – Polónia. Todos foram recebidos numa sessão solene, na Câmara Municipal da Batalha, com a presença do presidente e alguns vereadores do executivo, que a todos entregaram lembranças desta passagem pela Batalha. Depois, juntaram-se na sede do rancho da Rebolaria, num animado jan-
tar de convívio. A gala teve como cenário um local único e de grande simbolismo nacional, o grandioso Mosteiro de Santa Maria da Vitória, vulgo Mosteiro da Batalha, e a estátua de D. Nuno Álvares Pereira, santo e digníssimo Condestável e grande comandante das tropas portuguesas na Batalha de Aljubarrota, em 14 de Agosto de 1385. O rancho Rosas do Lena abriu o serão com um espectáculo etnográfico intitulado “A Batalha a Cantar e a Dançar da Quaresma a Santo António”: começou com a recriação dos cânticos da Quaresma, continuou com o desfile de ofertas da Santíssima Trindade, o Círio a Santo António, denominado de “Encamisada”, e o casamento tradicional. Foi um espectáculo deslumbrante, que deliciou as largas centenas de espectadores presentes. Depois, todos os grupos mostraram as danças e cantares dos respectivos países e regiões, num espectáculo que
Batalha
LMFerraz
XXX Gala Internacional da Folclore
Festas da
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encheu de brilho e cor a noite fresca. Está de parabéns o Rosas do Lena, por mais esta brilhante noite de folclore nacional e internacional. Para todos os que, de alguma forma, colaboraram para que este evento fosse possível, vão os nossos sinceros pa-
rabéns e reconhecimento pelo esforço e empenho em prol desta nobre causa que é o Folclore. Proporcionar guarida a três grupos vindos do estrangeiro, montando toda a logística necessária, receber e bem, mais três grupos nacionais, não foi tarefa fácil. No entanto, todos estes e estas
colaboradoras devem sentir-se realizados e recompensados pelo trabalho realizado, novas amizades criadas e outras cimentadas, e excelente espectáculo que nos proporcionaram gratuitamente. Manuel Carreira Rito
Ministro da Defesa Nacional na inauguração oficial Por ocasião da vinda à Batalha para a sessão solene do Dia do Município, o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco presidiu à inauguração oficial do edifício da Primeira Posição da Batalha de Aljubarrota, localizado junto à Ponte da Boutaca, com vista privilegiada sobre o Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Na ocasião, o ministro atribuiu à Fundação Batalha de Aljubarrota (FBA), na pessoa do seu presidente, Alexandre Patrício Gouveia, a Medalha da Defesa Nacional, pelo serviço de valorização e dignificação de “uma parte do património cultural associada aos principais campos de batalha existentes em Portugal: Atoleiros (1384), Trancoso (1385), Aljubarrota (1385), Linhas de Elvas (1659), Ameixial (1663) e Montes Claros (1665)”. Lembrando a importância crescente do turismo militar na actualidade, Aguiar-Branco elogiou este tipo de equipamentos como
“potenciador do conhecimento da história e do património a ela associado, como a arquitectura, os costumes, o vestuário ou a gastronomia”. Considerando este como “um dia memorável” e “uma honra para todos os portugueses”, o homenageado manifestou em comunicado o seu orgulho por “sermos reconhecidos pela valorização histórica que prestamos, atribuindo a esta batalha o peso que merece na história do País”. Já na recepção à comitiva inaugural, havia frisado a preocupação da FBA em proteger as paisagens históricas e manter estes espaços abertos a novas investigações e estudos, sublinhando a importância dos apoios estatais e privados que tem recebido para este trabalho. “É também uma aposta na preservação e transmissão às novas gerações dos valores daquela época histórica, como a coragem, a primazia do interesse colectivo e a glória de Deus”, concluiu.
LMFerraz
Centro da Primeira Posição da Batalha de Aljubarrota
Apresentação do centro Ligado tematicamente ao Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota (CIBA), no Campo Militar de São Jorge, este edifício foi idealizado e construído pela Fundação Batalha de Aljubarrota (FBA), apresentando o primeiro local escolhido por Nuno Álvares Pereira para travar o avanço do exército castelhano na contenda de 1385. De acordo com os relatos históricos, o Condestável terá considerado,
no dia da batalha, aquela localização pouco favorável ao conflito, tendo então deslocado o exército português para uma segunda posição, mais para sul. Na visita guiada que se seguiu à inauguração, João Mareco, director do CIBA, referia que “é importante mostrar a nossa história, ressalvando os pontos em que os portugueses mais se destacaram, com o maior realismo possível, tendo em conta todas as ferramentas de que
dispomos a nível tecnológico e que permitem um conhecimento aprofundado sobre a temática”. Assim, “este local remete-nos para um plano mais esotérico e contemplativo daquele momento e mostra, num espectáculo multimédia, a grande construção evocativa do Rei de Portugal, D. João I, em agradecimento à vitória na batalha, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, numa retrospectiva ‘acelerada’, para que o espectador entenda os momentos principais daquela construção, obra-prima da arte gótica em Portugal”. Dispondo de serviços educativos com um programa variado, dirigido a escolas e a outros grupos ou visitantes individuais, a Primeira Posição Portuguesa na Batalha de Aljubarrota está aberta de quarta-feira a domingo, das 11h30 às 17h00, com um custo de entrada de três euros (metade para jovens, estudantes e seniores). LMF
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Agosto de 2015
Batalha Ministro Aguiar-Branco presidiu ao Dia do Município
Presidente da Câmara recebeu Medalha da Defesa Nacional cionais qualidades humanas e de trabalho, com uma longa carreira ligada às associações humanitárias”. Na cerimónia foram ainda atribuídas medalhas de assiduidade e bons serviços aos colaboradores do Município aposentados no último ano.
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Na manhã do dia em que se assinalaram os 630 anos sobre a histórica vitória portuguesa na batalha de Aljubarrota, em gesto solene de gratidão, uma coroa de flores foi depositada aos pés de D. João I, no túmulo da capela do Fundador do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Na tarde deste mesmo 14 de Agosto, feriado municipal da Batalha, uma sessão solene assinalou a efeméride e lembrou que “este local onde se venceu uma das maiores crises da nacionalidade deve ser exemplo de coragem e tenacidade para ultrapassar actuais problemas e obstáculos”, como referiu na ocasião o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco. Presidindo à sessão solene onde marcaram também presença Teresa Morais, secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, e alguns deputados da Nação, o governante apontou como ambição nacional “passar do deficit baixo para uma situação de superavit”, como “garantia de soberania semelhante à conquistaram os heróis de Aljubarrota”. Lembrando o “choque de realidade” que foi a intervenção da “troika” no nosso país, o ministro defendeu que “não podemos voltar a atrás” e é necessário apostar “numa estratégia de longo prazo, que supere as tácticas momentâneas que nos conduzem à insegurança de tempos de euforia e tempos de depressão”. Rigor, disciplina e persistência foram palavras que retirou da história celebrada no Mosteiro, como “segredo para a confiança que não pode existir por decreto, mas se constrói com esforço”.
Perante as cerca de duas centenas de pessoas presentes nas Capelas Imperfeitas, entre as quais representantes das várias entidades civis, militares e religiosas da região, Aguiar-Branco terminou a sua intervenção com a entrega da Medalha da Defesa Nacional – 1.ª Classe ao presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos. Trata-se de uma distinção aos que “no âmbito técnico-profissional, revelem elevada competência, extraordinário desempenho e relevantes qualidades pessoais, contribuindo significativamente para a eficiência, prestígio e cumprimento da missão do Ministério da Defesa Nacional”, condição que o homenageado “cumpriu enquanto deputado e enquanto autarca”, adiantou o ministro. Medalhas de mérito Mas esta não foi a primeira
distinção da tarde. Antes, já o presidente da autarquia havia entregue também as medalhas de Mérito Municipal, a primeira das quais a Isabel Damasceno, expresidente da Câmara Municipal de Leiria e vogal executiva do Programa Operacional Regional do Centro – “Mais Centro”, pelo “excelente trabalho desenvolvido no âmbito deste Programa e apoio inestimável sempre prestado ao concelho da Batalha”. Outra medalha foi para o sargento-ajudante Rui Teixeira, comandante da Base de Reserva de Alcaria, do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da Guarda Nacional Republicana, “devido ao trabalho de sensibilização que vem sendo desenvolvido no cumprimento das obrigações de limpeza florestal nas imediações das habitações no concelho, resultando num decréscimo significativo do risco
de incêndios”. Em reconhecimento pelo “trabalho desenvolvido ao longo de décadas na produção de flores, apostando continuamente na inovação”, também o responsável da Horto-Florícola de Santo Antão, António da Silva Jordão, foi agraciado na cerimónia. Igualmente distinguidos foram o artista plástico e jovem empresário Bruno Gaspar, pelo “empreendedorismo, acção solidária e promoção do concelho e da região”, e a Associação Portuguesa de Deficientes – Delegação Distrital de Leiria, “pela sua acção solidária e os sucessivos campeonatos conquistados na modalidade de basquetebol em cadeira de rodas”. Finalmente, uma medalha a título póstumo para Cláudio Pereira da Silva, “um batalhense de inquestionável integridade, carácter e possuidor de excep-
Presidente “partilha” méritos Na intervenção de abertura da sessão, Paulo Batista aproveitou para “prestar contas” do seu exercício do último ano, sublinhando algumas “promessas cumpridas” como a definição de uma zona urbana na vila com condições privilegiadas para a sua futura requalificação, a aprovação do PDM revisto, a criação do espaço do cidadão, a redução de impostos locais, o reforço do apoio às empresas, o assumir de novas competências na área da gestão do parque escolar, a aposta em respostas sociais mais eficazes a idosos e vítimas de violência doméstica, o apoio à preservação ambiental e às associações culturais e desportivas da vila. “Estas conquistas só foram possíveis com a parceira e colaboração de muitas pessoas e entidades”, referiu o presidente, citando entidades como a Segurança Social, o Instituto do Emprego e Formação Profissional, alguns serviços do Governo, a GNR, as IPSS concelhias e “os vereadores e colaboradores da autarquia que não poupam esforços para um desempenho exemplar”. Só com essas sinergia se pode “encarar o futuro com a confiança e a determinação que temos na resolução dos problemas que enfrentamos”, concluiu. Luís Miguel Ferraz
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“O mosteiro de Santa Maria da Vitória no século XVI” Um segundo momento da sessão solene do Dia do Município, a 14 de Agosto, foi a apresentação do livro “O mosteiro de Santa Maria da Vitória no século XVI - As Capelas Imperfeitas e o Renascimento em Portugal”, da autoria do historiador de arte António Luís Ferreira. A apresentação esteve a cargo de Vitor Serrão, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que assina o prefácio e colaborou na investigação do autor. Segundo ele, “este é um estudo inovador e fundamental para a compreensão de um dos períodos menos estudados do monumento, o das intervenções construtivas planeadas no reinado de D. João III, no segundo quartel do século XVI”. O monumento tem, assim, mais uma obra a ele dedicada, essencial para quem deseja conhecer mais e melhor a sua história, arquitectura e arte. No caso em apreço, com especial incidência nas Capelas Imperfeitas e a sua varanda real, resultado do trabalho dos arquitectos quinhentistas João de Castilho e Miguel Arruda. De referir ainda os desenhos do autor e as fotografias de Miguel Saavedra, que muito enriquecem e ajudam à compreensão da exposição textual, na sua essência resultado da tese de mestrado defendida pelo autor em 2014. Na ocasião, António Luís Ferreira apresentou uma síntese do seu estudo e agradeceu aos que nele colaboraram, com especial referência ao falecido historiador Jorge Estrela, responsável pela descoberta e estudo dos grafitos nas paredes e coberturas do Mosteiro. Quanto ao seu conteúdo, sublinhou a importância da janela da referida varanda, “com o seu exuberante entablamento, um registo maneirista precoce no ambiente artístico nacional, então dominado pela persistência do já esgotado modo manuelino”. Essa obra de arte, “resultado de uma espécie de laboratório de novas técnicas e estéticas” dos referidos construtores, foi “absolutamente determinante na definição dos caminhos do Renascimento em Portugal, confirmando o pioneirismo de sempre de profícua fábrica de Santa Maria da Vitória”, conclui o autor. Numa palavra final, o presidente da autarquia sublinhou o rigor e qualidade da obra, “que a comissão de análise de publicações do município não teve qualquer dúvida em editar”. LMF
Convívio anual dos emigrantes Cumprindo a tradição das Festas da Batalha, que vem de há longos anos, realizou-se mais um convívio anual dos emigrantes do concelho da Batalha, este ano nas tasquinhas instaladas no recinto das festas. Foi uma feliz ideia transportar para aqui este convívio, colocando mais proximidade entre todos. Estiveram presentes muitos emigrantes do nosso concelho, que um dia tiveram de abandonar as nossas aldeias à procura de melhor vida no estrangeiro, alguns deles há várias décadas. Muitos estiveram acompanhados pelos seus filhos e netos. Felizes por estarem ali a conviver com outros, que em muitos casos apenas se revêem de ano a ano, por esta altura. Matar saudades e colocar “a escrita em dia” é o mote
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Batalha
MCR
Novo livro aborda as Capelas Imperfeitas e o Renascimento em Portugal
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desta iniciativa do Município da Batalha, para além, claro está, de afiar os garfos e as facas para aconchegar o estômago. O executivo do Município da Batalha, chefiado pelo seu presidente, Paulo Batista, esteve pre-
sente em peso. Neste encontro, houve ainda lugar à distribuição de uma lembrança a cada um dos nossos conterrâneos emigrantes. Manuel Carreira Rito
Fundos comunitários para o património
CEPAE defende financiamento a monumentos locais Em recente visita de uma comitiva regional à Comissão Europeia, em Bruxelas, sob a coordenação da ADAE – Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura, o CEPAE – Centro do Património da Estremadura prestou particular atenção às sessões de trabalho sobre as políticas e estratégias do plano de Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) do Programa Operacional Regional do Centro para o património natural e cultural. O eixo prioritário de intervenção – Afirmar a sustentabilidade dos territórios (Conservar) – “canaliza em exclusivo, ou principalmente, o apoio financeiro para o Património da Hu-
manidade, deixando de lado a possibilidade de candidatura de imóveis/monumentos de Interesse Público e de Interesse Municipal”, refere em comunicado a direcção do CEPAE. Embora concordando com essa prioridade, o CEPAE considera que “a elegibilidade dos programas de financiamento não se deve confinar às categorias supra-expostas, mas antes incluir as categorias de bens culturais imóveis de Interesse Público e de Interesse Municipal, respeitando obviamente a hierarquia de classificação em sede de apreciação de candidaturas”. Defendendo que o normativo previsto é “potencialmente lesivo para a sustentabilidade e coesão
dos territórios, na medida em que compromete intenções de valorização patrimonial que são fundamentais para o desenvolvimento local das comunidades”, a nota do CEPAE apela à sua correcção, lembrando que “a construção e afirmação identitária e, consequentemente, a coesão social, passa necessariamente pela valorização do património cultural local e regional”. Para esta instituição, “a capacitação de oportunidades económicas potenciadas pelo turismo” também é alimentada pelo património de Interesse Público e de Interesse Municipal, “quando devidamente enquadrado e complementar à visita de monumentos de valor patrimonial superior”. pub
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Batalha
Os quatro grandes concertos
frenético Rouxinol passa do fado ao reggae ou ao rock como quem troca de camisa, sem deixar a postura de quem não tira o casaco da seriedade. O boneco resulta e a assis-
tência correspondeu, num animado serão em que os “Cães de Loiça” – um dos êxitos mais conhecidos do artista e título do seu álbum – foram a “cerveja no topo do bolo”.
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te identificam a banda, a rondar o hip-hop e o soul, foram conduzidas pelos vocalistas Demo e New Max, acompanhados pela fantástica Jaguar Band. Os
pulos e as “mãos no ar” foram a tónica do concerto, numa correspondência à interacção que os músicos conseguiram criar com os espectadores.
da artista. Mariza afirma-se “cantadeira de fados” e, de facto, não é uma fadista tradicional, desde a imagem à forma como trabalha as canções. É o rosto mais mediático de uma “nova geração” que trouxe o fado ao grande público e mostrou todas as potencialidades rítmicas e melódicas dessa expressão da alma musical portuguesa que foi distinguida como património imaterial da humanidade. Nesta noite, houve de tudo: momentos comoventes, como aquele
em que cantou “O tempo não pára” com o seu filho Martim ao colo, momentos divertidos, como quando emendou o “colha a rosa branca, ponha a rosa ao peito” e outras letras mal decoradas pelo público, momentos de dança e aplauso, como o do “É ou não é” ou o da “Feira de Castro”, momentos intensos, como o do “Meu Fado Meu”, e momentos de tocar o coração e as mãos dos presentes, como quando desceu do palco para cantar olhos nos olhos “Ó gente da minha terra”.
Mariza
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Marco Paulo Foi um recinto cheio que recebeu Marco Paulo na noite de 15 de Agosto. É um nome grande da canção nacional e, aos 70 anos, continua a arrastar multidões. Umas dez mil pessoas terão vindo à Batalha e mantiveram-se coladas aos grandes sucessos do artista, apesar de uma ligeira desistência de quem se deixou vencer pela chuva que apareceu por alguns instantes. O artista apresentou-se com alguns problemas vocais, que justificou ao público, mas, em
É uma das bandas do momento do panorama musical nacional e veio de Leça da Palmeira à Batalha mostrar o porquê do seu sucesso, no dia 14 de Agosto. Numa assistência maioritariamente jovem, os seus êxitos foram cantados a plenos pulmões pelo público, que compunha grande parte do recinto. A viagem pelas sonoridades que imediatamen-
visível esforço, conseguiu levar o barco a bom porto, em quase duas horas de espectáculo. “Continua uma grande voz, que dá gosto ouvir”, comentava-se pelo recinto, onde gente de todas as idades repetia as le-
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tras que têm acompanhado gerações de romances e emoções. Momento alto, a música dedicada a Nossa Senhora, com um coro de milhares de vozes a chegar bem alto ao Mosteiro a ela dedicado.
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Dispensa apresentações, esta fadista que muitos consideram a sucessora de Amália e que lhe tem imitado o sucesso pelo mundo. Dona de uma voz única, figura marcante e capacidade de cativar a audiência ao primeiro som, Mariza fez o fecho de ouro das festas da Batalha, no dia 16 de Agosto. Cerca de 12 mil pessoas lotaram por completo o espaço do antigo campo de futebol da vila, segundo números adiantados pela autarquia, e nem alguns pingos de chuva afastaram viv’alma. Puderam, assim, vibrar com um magnífico concerto, ora num absoluto silêncio embalado pela voz límpida da cantora, ora num melodioso coro de refrões repetidos, ora numa onda de saltos e aplausos, ao ritmo das solicitações
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A abrir, a 13 de Agosto, humor e a boa disposição de Rouxinol Faduncho, personagem criada por Marco Horário, humorista natural da Vieira de Leiria que conquistou um merecido lugar entre as estrelas da TV. As interpretações muito “livres” de letras e músicas levaram o numeroso público a cantar, aplaudir e largar algumas gargalhadas pelo meio. O
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Sindicato trava e Assembleia Municipal destrava
Atletismo nas festas da Batalha
da eficácia da deliberação da AM. O tribunal acolheu esse requerimento cautelar, que implicaria a suspensão do processo em curso. Assembleia volta a aprovar A lei determina, no entanto, que a ordem poderá não ser cumprida se, no prazo de 15 dias, for apresentada pela AM uma “resolução fundamentada” demonstrativa de que tal suspensão seria “gravemente prejudicial para o interesse público”. Nesse sentido, foi convocada uma sessão extraordinária deste órgão autárquico para o passado dia 4 de Agosto, onde, mais uma vez, foi aprovada por maioria, com o voto contra do deputado do PCP, a resolução fundamentada que suspende a referida providência cautelar. Vários deputados manifestaram, nessa sessão, a sua estupefacção pela iniciativa do sindicato dos professores, quando o protocolo em causa não tem qualquer implicação com os profissionais desse sector, além de ter sido interposta a providência, não para anulação do contrato, mas sim de uma decisão da AM tomada no âmbito das suas competências e no cumprimento de todos os requisitos legais. A principal justificação para a sua tomada de posição foi, no entanto, o facto de ser manifestamente do interesse público a continuidade do processo sem quaisquer entraves, pois estava em causa a preparação próxima do novo ano lectivo. Com tantas matérias dependentes da execução do novo quadro de competências, seria impossível garantir o arranque regular do ano lectivo, afectando directamente cerca de dois mil alunos e mais de três centenas de colaboradores das 13 escolas do Agrupa-
No âmbito das Festas da Batalha 2015, o dia 15 de Agosto foi de atletismo, com a realização da VIII edição da corrida “Batalha Jovem” e do Grande Prémio de Atletismo “Mestre de Avis”. Esta última prova partiu de São Jorge, junto à capela evocativa da Batalha Real, e tinha a meta instalada junto ao Mosteiro da Batalha, na praça Mouzinho de Albuquerque. Teve a participação de quase três centenas de atletas, representando equipas, associações, grupos e outros individualmente.
mento, além de milhares pais, prestadores de serviços e outras entidades ligadas ao sector. Uma das consequências que esta pausa já teria causado, segundo informação prestada pelo presidente da edilidade, era a do atraso no processamento de salários e no processo de mobilidade interna já em curso, com impacto no pessoal não docente que foi transferido para o Município. Em causa estaria também a atempada programação de recursos para a limpeza e manutenção das escolas, transportes, refeições e acção social escolar. A principal das acções programadas é uma intervenção de fundo na escola sede do Agrupamento, num investimento global de cerca de 2,8 milhões de euros e com comparticipação de fundos comunitários do FEDER a rondar os 2,4 milhões, só possível se for competência do Município a gestão das infra-estruturas escolas, conforme determina o referido contrato de descentralização de competências. No final do debate sobre este assunto e todas as consequências já verificadas, os deputados mandataram a Câmara Municipal para realizar o exaustivo apuramento dos prejuízos causados por esta acção do sindicato, tais como os custos da convocação da Assembleia, atrasos na contratação do pessoal de apoio à escola, organização dos transportes e refeições escolares. Esse relatório deverá ser apresentado na próxima AM, que ponderará a instauração de um eventual processo de pedido de indemnização ao sindicato e a sua divulgação junto do Agrupamento de Escolas, da Associação de Pais e da população em geral.
Primeiros classificados, por escalão: Seniores Femininos: Emília Kumós – Juventude Vidigalense Seniores Masculinos: Filipe Rosa – Casa do Benfica de Abrantes Juniores Femininas: Marta Calado – Casa do Benfica de Abrantes Juniores Masculinos: Luís Albino – Casa do Benfica de Abrantes Veteranas F35: Fátima Silva – C.D. Póvoa Veteranos M35: Luís Rações – Clube Atletismo Odimarq Veteranos M40: Messias Dias – Grupo D. 3 Santos Populares Veteranos M45: João Vaz – Centro Cultural Desportivo “O Alvitejo” Veteranos M50: Tozé Velha – Grupo D. 3 Santos Populares Veteranos M55: Silvestre Gomes – Boavista do Pico – Açores Vencedores por equipas 1.º – Casa do Benfica de Abrantes – 18 pontos 2.º – Grupo D. 3 Santos Populares – 30 pontos 3.º – Boavista do Pico (Açores) – 50 pontos
77.ª Volta a Portugal em Bicicleta
Prova rainha passou em Leiria Leiria foi palco da chegada da penúltima etapa da Volta a Portugal em Bicicleta deste ano. Um contra-relógio individual, com partida a realizar-se da Praia do Pedrógão e meta instalada perto da Fonte Luminosa, junto ao Jardim Luís de Camões, assim como toda a máquina publicitária e logística. Esta é, sem dúvida, a maior prova velocipédica a nível nacional, que proporciona um grande espectáculo pelos locais por onde passa. A presenciar esta chegada estavam
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Tal como noticiámos na edição de Abril, o executivo municipal da Batalha decidiu por unanimidade avançar com o processo de descentralização de competências na área da educação, ao abrigo do programa governamental “Aproximar Educação”, medida que foi aprovada por maioria, com apenas um voto contra do deputado do PCP, na Assembleia Municipal (AM) de 24 de Abril. Depois analisado e concertado com o Agrupamento de Escolas da Batalha, o contrato foi celebrado a 18 de Maio entre o Município, o Ministério da Educação e a Presidência do Conselho de Ministros, visando essencialmente o assumir de responsabilidade na gestão dos equipamentos escolares e do pessoal não docente. Segundo declarações do presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, na ocasião, “o objectivo genérico é melhorar as condições para o sucesso dos alunos, tornando mais próxima, célere e eficaz a gestão do parque escolar e garantindo a sua maior ligação às empresas e à comunidade em geral”. Desde o início do processo, ouviram-se algumas vozes discordantes, vindas, sobretudo, do Sindicato dos Professores da Região Centro, alegando intromissão da autarquia no programa lectivo e na actividade dos docentes, apesar de a Câmara ter esclarecido reiteradamente que essas matérias estavam fora do âmbito do contrato estabelecido com o Governo. No passado dia 16 de Julho, o referido sindicato entrou mesmo com uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, contra o Município da Batalha e diversos outros que assinaram o mesmo tipo de contratos, pedido a suspensão
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Grande Prémio “Mestre de Avis”
Às voltas com a educação
largos milhares de pessoas, que depois de conseguirem os seus brindes, se colocaram junto às grades de protecção para poderem ver de perto e aplaudir os seus ídolos, os verdadeiros heróis da estrada. Considerada pelos especialistas como a etapa que ia definir o vencedor da volta deste ano, os seus prognósticos não falharam. O camisola-amarela, o galego Gustavo Veloso/ W52, venceu esta etapa, com a vantagem de 26 segundos para o segundo classificado, o português José Gonçalves/CJR, au-
mentando assim a vantagem na classificação geral para 2,21 minutos, em relação ao também português Joni Brandão/EFP. Excelente propaganda para esta modalidade, tão querida do povo da nossa região, que como referimos compareceu em massa. Com apenas uma etapa para cumprir, a da consagração, não foi difícil a Gustavo Veloso, apoiado por uma excelente equipa, vencer pela segunda vez a Volta a Portugal em Bicicleta, aos 35 anos. MCR
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VII Torneio “São Nuno de Santa Maria”
Equipas do CRG
Homens da Batalha mais fortes
Futebol 11 • Veteranos
26-09-15 – Batalha – Golpilheira/Tremês 17-10-15 – Albergaria dos Doze – Arcuda/Golpilheira 24-10-15 – Batalha – Golpilheira/Alqueidão da Serra 31-10-15 – Lisboa – Casa do Pessoal Câmara de Lisboa/Golpilheira
FUTSAL Seniores Femininos • Campeonato Nacional - 1.ª fase 12-09-15 – Golpilheira – Golpilheira/Quinta dos Lombos 19-09-15 – Lisboa – Benfica/Golpilheira 26-09-15 – Póvoa/Lisboa – Povoense/Golpilheira 03-10-15 – Golpilheira – Golpilheira/Louriçal 10-10-15 – Porto Salvo – Leões Porto Salvo/Golpilheira MCR
Integrado nas Festas da Batalha de 2015, decorreu no dia 15 de Agosto a 7.ª edição do torneio de futebol de 11 “São Nuno de Santa Maria”, disputado pelas quatro freguesias do concelho da Batalha. Os jogos realizaram-se no campo sintético da vila, com os seguintes resultados: Batalha – 1 / Golpilheira – 0; Reguengo do Fetal – 0 / São Mamede – 3; apuramento 3.º e 4.º lugares - Reguengo – 3 / Golpilheira – 0; apuramento 1.º e 2.º lugares - Batalha – 2 / São Mamede – 1. Este ano, o torneio realizou-se, pela primeira vez, num só dia: dois jogos da parte da manhã, almoço
nas tasquinhas das festas, patrocinado pelo Município da Batalha, e jogos de apuramento das classificações da parte da tarde. Esta experiência não foi a melhor para a nossa equipa,
pois estava muito calor e o pessoal bebeu desproporcionalmente para aquilo que comeu. É aconselhável que volte à forma inicial... A freguesia da Batalha foi uma justa vencedora,
uma vez que foi a equipa mais homogénea e equilibrada. Mas, no final, foram distribuídos troféus a todas as equipas, incluindo as de arbitragem. MCR
Torneio “D. Filipa de Lencastre”
MCR
Meninas da Golpilheira mais fortes Integrado nas Festas da Batalha de 2015, decorreu no dia 16 de Agosto, no sintético pequeno do complexo desportivo da Batalha, o torneio de futebol de 5 feminino “D. Filipa de Lencastre”. Os resultados foram os seguintes: Golpilheira – 8 / Fundo Trabalhadores da Câmara Municipal da Batalha – 0; Batalha – 5 / Reguengo do Fetal – 2; apuramento 3.º e 4.º lugares - Reguengo do Fetal – 4 / Fundo Trabalhadores CMB – 1; apuramento 1.º e 2.º lugares - Golpilheira – 7 / Batalha – 0. Todos os jogos foram disputados da parte da manhã. Contrastando com a equipa masculina representante da freguesia da Golpilheira, que sofreu quatro golos e não marcou
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nenhum, as nossas “meninas” marcaram 15 e não sofreram qualquer golo. A freguesia da Golpilheira foi uma justa vencedora, já que demons-
trou ter escola nesta modalidade. No final, foram distribuídos os troféus, incluindo à equipa de arbitragem. Depois, seguiuse o almoço de convívio,
nas tasquinhas da festa, patrocinado também pelo Município da Batalha. MCR
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Época desportiva de 2015/2016
Equipas começam o trabalho Na próxima época desportiva, temos inscritas quatro equipas: Campeonato Nacional de Futsal Seniores Femininos, Campeonato Distrital de Futsal Juniores Femininos, Campeonato Distrital de Futsal Iniciados Masculinos, Campeonato Distrital de Futsal Juvenis Masculinos. Para além destas, temos a equipa de Veteranos Futebol de II, com o calendário já elaborado. A primeira equipa a entrar em acção é a de Futsal Seniores Femininos, cujo Campeonato Nacional – 1.ª Fase começa no dia 12 do próximo mês de Setembro. Os treinos iniciaram-se na passada terça-feira, dia 18, com vista à preparação para a dura época que está à porta. A este propósito, estivemos à conversa com Teresa Jordão, treinadora das equipas de futsal feminino: Para esta época, há alguma entrada de atletas para a equipa sénior? Até ao momento não. E saídas? Apenas uma, da Maria Jerónimo. Vai haver integração de algumas atletas juniores? Para já, entrarão a Fabiana e a Diana. Com o decorrer do campeonato, caso seja necessário, poderá haver a integração de mais atletas juniores. De registar que estas atletas também irão disputar o Campeonato Distrital de Juniores. Neste momento, qual é o principal objectivo? Garantir a classificação até ao 4.º lugar na 1.ª fase do Campeonato Nacional de Futsal Feminino, na Zona Sul. Há alguns jogos de pré-época marcados? No próximo dia 23 de Agosto, domingo, vamos efectuar um jogo de treino com a equipa do Povoense, no Pavilhão Gimnodesportivo do Entroncamento. Quando é o jogo de apresentação aos nossos sócios? Em princípio, será no dia 30 de Agosto, também um domingo, no Pavilhão Desportivo da Golpilheira, com equipa e hora a designar. O Jornal da Golpilheira deseja a melhor sorte à nossa equipa para a próxima época, apelando desde já ao apoio dos sócios e simpatizantes do CR Golpilheira, em todos os jogos. Manuel Carreira Rito
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Agosto de 2015
. suspiros .
. combatentes . Coluna da responsabilidade
Por Luísa M. Monteiro
do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes
PEDEM-ME QUE ESCREVA COMO DA ÚLTIMA VEZ
Vila da Batalha – 515 anos!
pedem-me que escreva como da última vez, — se escrever como escrevi eu não consigo mais. escrever é uma ação complexa, completa, diversa do eu e das vontades que em mim residem. tenho de estar toda dentro de mim para conseguir escrever, poema, amor, desilusão, esperança - em ti que não vieste -, ondas de um mar bravio, cigarras em cantos no estio, para tudo isso eu preciso de olhar os meus olhos internos, ver quem sou por inteiro, rodopiar sobre mim mesma como quem veste pela primeira vez um vestido a um espelho, só depois enfim poderei escrever. só depois então poderei olhar para os meus olhos de fora, e olhar os olhos dos que na rua vagueiam como eu por dentro, só depois de me ver por inteiro, por sobre as minhas entranhas, por sobre a minha alma, poderei tranquila sentar-me à janela e olhar quem vem com a minúcia devida, dar a ler em voz alta tudo aquilo que saiu — daqui — com a verdade. hoje não consigo. não consigo olhar mais para mim, encontro-me demasiado turva dos meus pensamentos, das minhas ideias e afincos, demasiado presa a um passado que não quero dar a ver. tenho de deixar o tempo andar, sentir-me limpa de novo desarmar-me, desenvencilhar-me de mochilas que me carregam, me sobrepovoam as costas, passados que me fazem peso e me prendem, não me deixam andar em vontade olhar em frente ser eu mesma. quando estiver livre e solta, ligada ao futuro, falarei. pode ser amanhã o meu futuro, mas pediram-me as palavras hoje para hoje, e hoje é impossível, que sou passado. eu hoje não quero o passado, quero dormir.
.desenhos que falam.
Como sabemos, habitualmente é em Agosto que a maioria dos portugueses (os que têm meios para isso…) “vão a banhos”, incluindo a classe política, o que não será bem o caso deste ano, porque as eleições legislativas estão à porta (4 de Outubro) e daí que nem neste mês iremos deixar de ser “massacrados” com slogans e promessas de toda a ordem. Embora tenhamos a íntima convicção de que, mais uma vez, as não irão cumprir, tal não evitará que a maioria de nós vá votar nos mesmos que, de há 40 anos a esta parte, ainda não se cansaram de nos ir iludindo… (se não somos masoquistas, não andamos longe…). Mas o que acabámos de escrever foi apenas um prólogo, porque hoje não queremos falar de política, tal como não iremos falar propriamente dos combatentes nem da nossa Liga, pois também estes merecerão uma folga… Vamos falar, sim, da Batalha e respectivo concelho. Como sabemos, a génese da nossa vila está na batalha de Aljubarrota, ocorrida em 14 de Agosto de 1385, em São Jorge e, porque as tropas anglo-portuguesas, sob o comando de D. Nuno Álvares Pereira e D. João I, saíram vencedoras, este, para glorificar o feito, mandou construir o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, à sombra do qual um novo povoado se começou a formar e foi crescendo. E cresceu de tal modo que, cerca de 115 anos depois – 18 de Março de 1500 – D. Manuel I lhe concedeu a “carta da Vila”, elevando assim o povoado da Batalha à categoria de Vila e de Concelho, destacando este das fronteiras de Leiria. Ora, havendo duas datas marcantes na história da Batalha – 18 de Março e 14 de Agosto – é lógico que uma delas – neste caso a segunda – tenha sido escolhida para o respectivo feriado municipal. Mas o município não se limita apenas a comemorar este dia, à semelhança do que faz a maioria dos restantes. No caso da Batalha, os festejos na Vila vão bastante mais longe, pois prolongam-se por três ou quatro dias,
Texto e ilustração: Susana Jordão
Fraco aperto sufocante Quando não existe folgo, resta-nos o aperto. Fica a fraqueza. A fuga disparatada de um chão invisível para onde caem as certezas que outrora forçosamente interiorizámos. As regras inatas e assumidas, rosto de educação respeitá-
antes e/ou depois de 14 de Agosto, habitualmente tentando aproveitar o fimde-semana mais próximo. Desconhecemos desde quando vem esta tradição de se fazer uma festa na Vila, de vários dias, aproveitando esta efeméride. O que sabemos é que pelo menos na nossa meninice e adolescência elas já existiam e faziam as delícias da população concelhia que, nesta data, fazia para aqui autênticas romarias. Na Batalha realizam-se outras festas ao longo do ano, mas estas, ligadas ao feriado municipal, é que são consideradas as autênticas “festas da Batalha”. Este ano não se fugiu à regra e todos os batalhenses, bem como quantos forasteiros – e são sempre muitos – nos visitaram entre 13 e 16 deste mês, desfrutaram, por certo, das principais festas anuais da Vila, este ano também com um cartaz artístico diversificado, que terá satisfeito o gosto musical da maioria. Isto para além dos restantes eventos programados, que são sempre do agrado geral. É claro que os tempos vão mudando e as festas de agora já pouco têm a ver com as da nossa juventude, pois, saudosismos à parte, é para nós ponto assente que, pelo menos, nas décadas de 50 e 60, estas festas eram o maior evento cultural da nossa região. Mas é natural que entretanto tenham perdido parte desse protagonismo porque, felizmente para a comunidade, nos nossos dias, são frequentes as manifestações culturais, musicais e outras, que a Batalha põe à disposição dos seus munícipes. Como quer que seja, e como acima já dissemos, as verdadeiras “festas da Batalha” ainda são aquelas que se realizam em Agosto e, por isso, parabéns à Edilidade, que continua a proporcionar essa alegria aos batalhenses e também parabéns à Batalha por neste ano de 2015 estar a comemorar 515 anos de “independência”.
vel. Vimos um futuro claro, límpido, que continuamente ansiamos sem nunca o desejar. Abdicamos do caminho por não pensarmos nele. A mecânica eleva-nos sobre etapas vitais e foca-nos, forçosamente, naquele novo início que
aceitamos como repetido ponto de partida. Esquecemo-nos que o tele-transporte ficou imóvel no “Regresso ao Futuro” e que para lá chegar é preciso, tão só, ir. Ir. Percorrer caminho. Acreditar ferozmente que lá chegaremos.
Lá. Talvez não a esse lugar que hoje esperamos, mas outro, que proporcionalmente mudará connosco. Progressivo e, por vezes, intelectualmente despercebido. Porque nos embrulhamos nos dias certos e perfeitamente oleados, dos que não planeámos mas automaticamente vivemos. Lutamos de forma ineficaz sem parar para entender o não sucesso, atribuindo-o irreflectidamente a uma classe social a que julgamos inatamente pertencer, por mais uma vez entregarmos a nossa teórica liberdade a uma ditadura económica triunfalmente disfarçada de democracia elegível. Mas a óbvia verdade continua culturalmente bem instruída: não existem classes sociais de luta ou perseverança, de modo de estar e de viver. A atribuição social é somente um aparente ilusionismo, fruto de meros factores económicos. A diferença está na
capacidade de, mesmo sem nos terem perguntado se esse é o princípio pelo qual nos queremos reger, conseguirmos enturmar-nos em valores emocionalmente ricos, geradores do que nos é, insatisfatoriamente suficiente. Tudo não passa de rótulos necessários a classificações meramente estatísticas, importantes para quem democraticamente nos molda “com jeitinho”. Já foi tempo em que passámos entre os pingos da chuva, crentes politicamente sem nos importar. Não há lados para quem fica ou para quem sai. Não há partidos emocionais. Há respeito pela justificação da escolha. Pelo caminho e pela dor. A dor aceitável, sufocante e o medo da sua eterna permanência. Sem folgo, resta o aperto, fica a fraqueza.
Jornal da Golpilheira
. temas .
Agosto de 2015
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. reflexo .
. saúde .
Mensagem para os nossos emigrantes Ana Maria Henriques Enfermeira
Manuel Carreira Rito
Urologia
Director Adjunto
Mais conhecida por ser a especialidade dos homens, os médicos urologistas são quem cuida de todo o trato urinário, isto é, dos órgãos do nosso corpo que são responsáveis pela urina. Sendo verdade que a maioria dos doentes acompanhados por estes médicos são homens, as mulheres também podem apresentar problemas que serão solucionados por estes especialistas. Uma grande parte da actividade destes especialistas decorre nas consultas externas. Aqui são acompanhados os doentes que foram referenciados pelo médico de família ou que recorrem à urgência e que têm problemas da próstata, cálculos renais (pedras no rim), alterações anatómicas, impotência sexual, infecções variadas, problemas testiculares ou do pénis, entre muitos outros. Dependendo do hospital, podem também ser acompanhados problemas oncológicos. Muitos destes doentes estão em seguimento antes e depois de uma cirurgia, outra área de intervenção destes especialistas. No bloco operatório, os urologistas fazem intervenções ao trato genito-urinário (rins, bexiga, canais que os ligam entre si e ao exterior, próstata, etc.). Muitas vezes são realizadas cirurgias em parceria com outras especialidades, como ginecologia ou cirurgia geral. Dependendo dos hospitais, mais uma vez, podem ser também realizadas operações para retirar tumores. Os doentes que aguardam ou que já foram ao bloco operatório ficam no internamento, onde são acompanhados por estes médicos especialistas em urologia e pelo resto da equipa de saúde. No internamento também são vigiados doentes que, após uma urgência, ficaram sob tratamento médico. Por exemplo, os doentes com cálculos renais vão ao serviço de urgência por dor e dificuldade em urinar, podem ficar internados com medicação para ajudar a saída do cálculo e para as dores, podem fazer tratamentos menos invasivos, como “ondas de choque” que destroem o cálculo, ou serem operados para retirar os cálculos. Além destas intervenções, os urologistas também realizam / colaboram na realização de exames auxiliares de diagnóstico que consistem, principalmente, em ver todos os canais de saída da urina, podendo descobrir malformações, inexistência de alguns constituintes ou mesmo algo a obstruir a passagem. Colaboram também na vigilância de doentes internados noutros serviços com problemas urinários, sendo essencial a sua colaboração para colocar alguns catéteres urinários (algálias para retirar a urina da bexiga). Além de todas estas actividades, os especialistas em urologia também observam o doente na urgência, avaliando casos que necessitam de intervenção imediata, vigilância em internamento ou medicando e aconselhando vigilância com o médico de família. Infecções variadas, cálculos renais, dificuldade em urinar (ou alterações no acto de urinar) são as mais comuns, mas traumatismos, massas ou dor no pénis ou testículos / escroto também são frequentes. Apesar de ser vista como a especialidade dos homens, estes especialistas avaliam, medicam, operam e acompanham homens e mulheres com problemas urológicos e genitais e exercem uma actividade integrada com outras especialidades, como nefrologia, ginecologia, entre outros.
A nossa freguesia tem filhos seus espalhados por diversos cantos do mundo. Nas décadas de 40 e 50, alguns partiram para o Brasil e outros países da América do Sul. Nas décadas de 60 e 70, outros procuraram uma vida melhor em diversos países da Europa, Estados Unidos e Canadá. A emigração para a Europa é muito diferente daquela para as Américas do Sul e do Norte. A Europa fica mais perto, tornando as visitas ao nosso país, para matar saudades, com mais assiduidade. Já aquelas para as Américas, devido à distância e custos das viagens, condicionam mais as visitas, que por vezes se prolongam por vários anos. No entanto, é sempre com grande alegria e satisfação que os nossos emigrantes nos visitam, principalmente nestes meses de verão. Muitos deles, acompanhados
pelas suas esposas, filhos e até netos. A ligação à nossa Pátria é um sentimento único, que felizmente os portugueses continuam a preservar. É por isso que lá longe se organizam em colectividades e associações, desenvolvendo um trabalho notável, que ajuda a atenuar as saudades do País que os viu nascer. É com rasgados sorrisos que chegam, para matar saudades, em alguns dias, aquelas que armazenaram durante vários anos. É com grande alegria que os revemos, juntos dos seus familiares, especialmente nas festas da nossa bonita aldeia. Depois, é com certa nostalgia que regressam aos países que os acolheram, sempre com a esperança e vontade de voltar o mais breve possível. Pela minha parte, cá estou para os receber de braços abertos.
“Perturbação de Uso da Internet”
Vício das tecnologias vira doença As tecnologias de informação estão a dominar a vida das pessoas em todo o mundo e a sua utilização está a tornar-se um vício, uma situação que está a levar a Associação Americana de Psiquiatria a ponderar introduzir a Perturbação de Uso da Internet no próximo manual de Perturbações Mentais. Sobre esta matéria, o Hospital Lusíadas Lisboa emitiu um comunicado onde refere que “a maior parte das pessoas, mes-
mo que faça uso da tecnologia durante horas excessivas, ainda não o entende como uma adição, até porque é um vício muito aceite e integrado na nossa sociedade”. Alexandra Rosa, psicóloga naquele hospital adianta que, “ao contrário do que se poderia pensar, os telefones ou as agendas electrónicas são prejudiciais à nossa memória. Os alertas são apenas uma lembrança do momento. Digo sempre aos meus pacientes para não deitarem fora a velha agenda de papel e para comprarem uma todos os anos. A visualização e o treino de outros aspectos da memória são muito importantes, até porque a tecnologia também falha”. Um dos argumentos utilizados pela Associação Americana de Psiquiatria para a intro-
dução desta nova patologia na próxima revisão do seu manual é o facto de as alterações verificadas nas ligações neuronais que ocorrem nos centros de atenção, controlo e processamento de emoções serem semelhantes às presentes em dependentes de droga. Na China, já há clínicas de tratamento para pessoas que se vejam nesta situação de dependência e, na Coreia do Sul, o fenómeno está classificado como uma crise de saúde pública. “O facto de ainda não termos chegado aos níveis da China ou da Coreia do Sul tem a ver com aspectos culturais e com o nosso clima, entre outros factores. Cultivamos o gosto pelo convívio pessoal. Em países em que se vive de forma mais isolada, pode atingir-se essa proporção na ordem da patologia”, conclui Alexandra Rosa. pub
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Consultas de Segunda-Feira a Sábado
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Jornal da Golpilheira
. sugestões de leitura . história .
Agosto de 2015
Câmara apresenta livro
Relatório sobre prevenção de incêndios
“Relatório: Essencial dos Resultados dos últimos anos: 2013-2015 GNR – GIPS – BRESALCARIA” é o título do livro que será apresentado no próximo dia 27 de Agosto, às 11h00, no auditório municipal da Batalha. Trata-se de uma obra que apresenta o resultado do trabalho de prevenção de incêndios e identificação de irregularidades na limpeza de espaços urbanos e rurais, levada a cabo pelo Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da Guarda Nacional Republicana, da base de Alcaria. A obra é da autoria de Mário Pereira Januário e a sessão contará com a presença do comandante-geral da GNR, tenentegeneral Manuel Mateus Costa da Silva Couto.
Alguém está a esconder alguma coisa
– O que aconteceu ao Voo 370 da Malaysia Airlines?
Richard Belzer, George Noory e David Wayne Oficina do Livro | Leya Este é um daqueles casos em que a realidade ultrapassa a ficção. No dia 8 de Março de 2014, um avião da Malaysia Airlines, com 239 pessoas a bordo, desapareceu durante um voo entre Kuala Lumpur e Pequim. O Boeing 777 nunca chegou ao destino. Porquê? Caiu? Onde? Ninguém sabe. Ou, se sabe, não diz. Sucederam-se as teorias acerca do que teria acontecido, mas cada uma delas levantava ainda mais questões. O avião caiu no mar – então e não há destroços? Foi abatido por um míssil – e ninguém deu por nada? Houve uma emergência e os sistemas de comunicação falharam – e falharam todos, ao mesmo tempo? Num mundo cada vez mais monitorizado, em que é difícil a um simples cidadão passar despercebido, um avião destes desaparece dos ecrãs do radar e ninguém no planeta sabe nada acerca do assunto? A única coisa que se sabe é que já passou muito tempo e todas as perguntas continuam sem resposta. A começar pela mais desconcertante: onde está o avião? Este livro é sobre tudo aquilo que não bate certo nesta história.
.história.
Paulus Editora
. Espiritualidade .
“Feira de Verão” Até final de Agosto, ainda pode aproveitar a “Feira de Verão” das livrarias Paulus (Lisboa, Fátima, Covilhã, Ponta Delgada, Tomar) ou do sítio da internet www.paulus.pt. Anualmente, a editora promove descontos consideráveis por esta altura de férias, proporcionando a toda a família “leituras de qualidade e que comunicam valores, a preços imbatíveis”. São títulos para todos os gostos e para todas as idades a 1, 2 e 5 euros, bem como descontos de 50 % em muitas colecções, sempre com oferta dos portes de correio para todas as encomendas nacionais. As dezenas de títulos que a campanha abarca destinam-se a todos os públicos e abordam temas que vão da família, à igreja, passando pela catequese, espiritualidade, infantil, entre muitos outros.
Só Se Ama Uma Vez Johanna Lindsey ASA | Leya Regina Ashton já recusou tantos pretendentes que a alta-sociedade londrina a considera uma “snobe” sem coração. Não podiam estar mais enganados. Órfã desde cedo, Regina é a sobrinha superprotegida de Lord Edward e Lady Charlotte Malory, a quem é muito difícil agradar. Aos olhos dos tios, nenhum dos jovens candidatos é suficientemente bom. Cansada de tão infrutífera busca, a jovem sai de casa numa noite escura, decidida a informá-los de que não pensa casar... nunca! Mas o seu plano coloca-a no sítio errado à hora errada, e é raptada por engano. A sua ira perante a arrogância do raptor, Nicholas Eden, vai inesperadamente dar lugar a sentimentos contraditórios de paixão e vergonha. Aquela noite não mais lhe sairá da cabeça. O Visconde Nicholas Eden também tinha um plano: dar uma lição à sua amante descontente, raptando-a ao abrigo da noite. Não contava enganar-se na pessoa e arruinar a reputação de uma menina de família. Mas agora, movido pelo desejo mais desenfreado que alguma vez sentiu, é a custo que reconhece que nunca poderá casar com Regina, apesar do escândalo que paira sobre eles. Implacável, é o destino que os uniu a afastá-los irremediavelmente...
Miguel Portela Investigador
O Visconde da Azenha e o Morgado da Golpilheira
Bernardo Correia de Morais e Castro, filho segundo de Martinho Correia de Morais Sá e Castro e de sua esposa D. Gracia Xavier de Almada Leite Machado de Almada, neto paterno de Bernardo de Morais Madureira de Almada e de D. Maria Josefa Correia de Castro e materno de Inácio Leite Pereira de Almada e de D. Catarina Flávia Machada de Mello e Castro, nasceu em 30 de outubro de 1803, tendo sido batizado na Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães em 7 de novembro desse ano pelo Reverendo Manuel de Gusmão (Doc. 1). Seu pai, Martinho Correia de Morais Sá e Castro, Capitão de Cavalos do Regimento de Chaves, natural de S. João de Tarouca, foi o primeiro Visconde da Azenha, tendo sido agraciado com esse título em 1823 (Gazeta de Lisboa, n.º 157, datada de 5 de julho de 1823, p. 1185, Ministério dos Negócios do Reino, Despachos publicados no dia 3 de julho de 1823. Arquivo Municipal Alfredo Pimenta (A.M.A.P.), Livro de Batismos da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira (Guimarães), P-374, 1808, fl. 24). Bernardo Correia de Morais e Castro foi o segundo Visconde da Azenha, tendo sido «Coronel de Voluntarios Realistas desta villa de Guimaraens, e Commendador da Ordem de Christo, Condecorado com a Medalha Heroica Fidelidade Transmontana, e Real Effigie de Sua Magestade o Senhor Dom Miguel Primeiro, com a Ordem de Flor de Liz, e Cavalleiro da Milicia de Ouro» (Doc. 2). Casou em 29 de setembro de 1830 na Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães com Dona Maria Custódia de Sousa Vasconcellos e Gouveia Coutinho, de São Pedro de Freixo de Numão, filha legítima de José Inácio Pais Pinto de Sousa e Vasconcellos, Fidalgo da Casa Real, e de Dona Maria Benedita de Gouveia Coutinho Almeida e Vasconcellos (Doc. 2). No século XIX, a Golpilheira era caracterizada por uma economia agrária tradicional, tal como a maioria das freguesias e concelhos limítrofes, onde a posse de bens determinava a relevância e o lugar do indivíduo na sociedade, fazendo com que a terra e a sua organização social constituíssem agentes determinantes de produção e de renovação económica, social e política. Nessa época, justamente em 18 de fevereiro de 1842, sabemos que o Visconde da Azenha assegurava, numa escritura pública lavrada nessa data, que havia arrendado os bens que compunham o Morgado da Golpilheira, dos
quais era pleno senhor e administrador, ao marido de Luísa de Jesus, e que, justamente nessa data, sendo esta viúva, lhe arrendava os mesmos «com todas suas pertenças serventias activas passivas e logradouros» pelo período de dez anos (Doc. 3). Sabemos, através desta escritura, que se arrendaram todos «os sobredictos bens, e todos os pertençes do dicto Morgado, citos no destricto da Golpilheira, pelo persizo tempo de dez annos», com início a 1 de janeiro de 1842 e findando a trinta e um de dezembro 1851, pelo valor de «renda e penção em cada um anno trinta e tres mil e seiscentos reis», sendo «paga em duas prestações, a primeira no principio de cada um anno que será metade da renda, e a segunda, resto da renda pelo dia de Sam Miguel de cada um anno». Bernardo Correia de Morais e Castro veio a falecer em 21 de dezembro de 1869 na Casa do Arco da Rua de Santa Maria, em Guimarães, tendo sido sepultado na Igreja de São Francisco dessa cidade (Doc. 4). A Golpilheira ficou para sempre associada à Casa dos Viscondes e Condes da Azenha como Morgadio da Golpilheira, demonstrando ser uma terra apetecível, com enormes potencialidades agrícolas e demonstrando ser uma apreciável fonte de rendimentos para todos aqueles que acreditaram e continuam a acreditar na riqueza e nas gentes desta região.
Documento 1 1803, novembro, 7, Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães - Registo de batismo de Bernardo Correa de Morais e Castro. A.M.A.P., Livro de Batismos da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira (Guimarães), P-374, 1803, fls. 6v.-7. [fl.6v.] (lateralmente e do lado direito está escrito «Nasceo a 30 de outubro de 1803 em o Campo da Feira. (a) Ferreira»). Aos sete de novembro de mil oitocentos e tres nesta Insigne e Real Collegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães de minha licença baptizou e pôs os Santos Oleos o Reverendo Conego Magistral Manoel de Gusmão a Bernardo primeiro filho deste nome e segundo do primeiro matrimonio do Illustrissimo Martinho Correa de Moraes Sa e Castro, baptizado em S. João de Tarouca e de sua molher Illustrissima D. Gracia Xavier de Almada Leite Machado, baptizada na freguesia de S. Tome de Vitarães comarca do Porto; neto paterno de Bernardo de Moraes
Madureira de Almada e D. Maria Josefa Correa de Castro; materno do Illustrissimo Inacio Leite Pereira de Almada e da Illustrissina D. Catherina Flavia Machada de Mello e Castro. Forão padrinhos o Illustrissimo e Reverendissimo Fr. Joze de Moares Esmoler Mor, tio do pai do baptizado, levando por alvara de procuração por elle o // [fl. 7] Illustrissimo Joze Leitão Pereira de Almada, tio do baptizado e a Illustrissima D. Gracia Pereira de Castro e Lira, bisavó do baptizado, pela qual tocou com procuração o Illustrissimo Lopo Correa de Sa e Castro. Do que para constar fiz este termo que assignei dia e era ut supra, Insigne Collegiada de Guimarães. (a) O Cónego Cura Vicente Ferreira.
Documento 2 1830, setembro, 29, Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães - Registo de casamento de Bernardo Correa de Morais e Castro com Maria Custódia de Sousa Vasconcellos e Gouveia Coutinho. A.M.A.P., Livro de Casamentos da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira (Guimarães), P-391, 1830, fls. 52v.-53. [fl.52v.] O Illustrissimo Bernardo Correa de Moraes e Castro e a Illustrissima Dona Maria Custodia de Souza Vasconcellos e Gouvea Coutinho. Aos vinte e nove dias do mez de setembro de mil oitocentos e trinta annos por especial comissão do Illustrissimo e Reverendissimo Senhor Vigario Capitular deste Arcebispado Primaz, e precedendo despença do mesmo senhor de todos os proclamos e certidoens do estillo, e não havendo inconveniente, nem impedimento algum, e guardada a forma do Sagrado Concilio Tridentino, e Constituiçõens deste Arcebispado, assistio o Reverendo Miguel Joaquim de Sá, Abbade de São Miguel das Caldas na sua Egreja ao matrimonio que em sua presença, e das testemunhas abaixo nomeadas celebrarão por palavras de presente o Illustrissimo e Excellentissimo Bernardo Correa de Moraes, e Castro, segundo Visconde da Azenha, Coronel de Voluntarios Realistas desta villa de Guimaraens, e Commendador da Ordem de Christo, Condecorado com a Medalha Heroica Fidelidade Transmontana, e Real Effigie de Sua Magestade o Senhor Dom Miguel Primeiro, com a Ordem de Flor de Liz, e Cavalleiro da Milicia de Ouro, natural e baptizado neste freguezia de Nossa Senhora da Oliveira, filho legitimo do Illustrissimo e Excellentissimo Martinho Correa de Moraes e Castro, Primeiro Visconde da Azenha, Marechal de Campo, Comendador das Ordens de Christo, e Torre Espada, e Condecorado com
Jornal da Golpilheira
. entrevista . história .
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Agosto de 2015
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira em Guimarães segundo uma fotografia de Jean Laurent, in O Occidente: Revista Illustrada de Portugal e do Extrangeiro, Lisboa, 15.º Ano, Volume XV, n.º 469 datada de 1 de janeiro de 1892 Lisboa.
as medalhas da Heroica Fidelidade Transmontana, e Real Effigie de Sua Magestade o Senhor Dom Miguel Primeiro, e natural da villa de Tarouca, Commarca e Bispado de Lamego e da Excellentissima Dona Grácia Xavier Leite Pereira de Almada, Primeira Viscondessa da Azenha e Dama da Real Ordem de Santa Izabel, natural desta freguezia de Nossa Senhora da Oliveira com a Excellentisima Dona Maria Custodia de Souza Vasconcellos e Goveia Coutinho, nascida e baptizada na freguezia de São Pedro da Villa de Freixo de Numão, Commarca de Trancoso, Bispado de Lamego, filha legitima do Excellentissimo Joze Ignacio Pais Pinto de Sousa e Vasconcellos, Professo na Ordem de Christo Fidalgo da Caza Real e Caza do Porto, natural da freguezia de São Lourenço de Souza, termo de Villarinho da Castanheira, Commarca de Moncorvo e Arcebispado de Braga, e de sua mulher e Excellentissima // [fl. 53] Excellentissima Dona Maria Benedita de Goveia Coutinho Almeida e Vasconcellos, natural da villa de Fonte Arcada, Commarca de Trancoso, Bispado de Lamego, receberão as Bençãos: forão padrinhos o Illustrissimo Vicente Machado de Mello Pinheiro, e sua mulher a Excellentissima Dona Carlota Correa Leite de Almada Moraes e Castro irmã do Excellentissimo contraente e forão testemunhas o Excellentissimo João Pacheco Pereira, Mosso Fidalgo com exercicio na Caza Real Comendador, e Alcaide Mor da villa de Rei, e Senhor Donatario da villa de Vellozo, e condecorado com a Real Effigie; o Excellentissimo João Gaudencio Torres Dezembargador do Senado, Provedor da Saude, Commendador da Ordem de Christo e do Conselho de Sua Magestade, e o Illustrissimo Fortunato Cardozo de Menezes Barreto, Coronel Aggregado de Voluntarios Realistas desta villa, Professo na Ordem de Christo, he que o mesmo dito
Reverendo Abbade escreveo em seu respeito livre e competente termo, por todos assigando, cuja copia me remeto na conformidade da determinação do mesmo Senhor Vigario Capitular certificando-me de todo o referido neste assento que della extrahi; e em fé de verdade me assigno. Insigne e Real Collegiada de Guimaraens tres de outubro de mil oitocentos e trinta.O Conego Cura José Joaquim d’Abreu
Documento 3 1842, fevereiro, 18, Batalha - Escritura de arrendamento dos bens do Visconde d’Azenha, por tempo de dez anos, a Luísa de Jesus, viúva, da Golpilheira. Arquivo Distrital de Leiria, Livro Notarial da Batalha, Dep. V-33-E-3, fls. 162v.-163v. [fl.162v.] Escritura de arrendamento pelo tempo de dez annos dos bens do Excellentissimo Visconde d’Azenha que estão no destricto da Golpilheira a Luiza de Jezus viuva do mesmo logar deste julgado. Saibão quantos este publico instromento de arrendamento pelo tempo certo de dez annos cumpridos e acabados e mais não, virem que sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil oitocentos quarenta e dois aos dezoito dias do mez de fevereiro do dicto anno nesta villa de Nossa Senhora da Victoria da Batalha e meo escriptorio, forão presentes de uma parte o Illustrissimo Joaquim de Salles Simões Carreira solteiro e de maior idade morador n’esta villa em casa de seos pais em nome e como procurador substabellecido do Excellentissimo Visconde d’Azenha Bernardo Correa de Moraes e Castro, residente em Guimaraes, e que me fez
certo pelo procuração que lhe foi substabellecida a qual me foi apresentada e ao diante será copiada; e de outra parte o estava tambem prezente Luiza de Jezus, viuva, pessoas conhecidas de mim tabellião e das testemunhas ao diante nomeadas e assignadas que dou minha fé serem os proprios e logo na prezença das mesmas pelo primeiro outorgante me foi pedido que seo constituinte e sobredicto Excellentissimo Visconde d’Azenha entre os bens que compõem seo Morgado de que he administrador bem assim o he tambem de algumas propriedades no destricto da Golpilheira, pertença do mesmo Morgado os quaes á annos tem trazido como rendeiro o marido da segunda outorgante e esta depois de seo falecimento, e da mesma sorte que os tem trazido com todas suas pertenças serventias activas passivas e logradouros que em direito lhe pertencem pelos poderes que lhe são conferidos na sua procuração, pela prezente escriptura e na milhor forma de direito em nome de seo constituinte, arrenda os sobredictos bens, e todos os pertençes do dicto Morgado, citos no destricto da Golpilheira, pelo persizo tempo de dez annos, que tiveram no principio no dia primeiro de janeiro do corrente anno e acabarão no dia trinta e um de dezembro do anno futuro de mil oitocentos cincoenta e um com as clauzulas e condições seguintes: Que ella inclina rendeira será obrigada a pagar ao sobredicto administrador, Excellentissimo Visconde seo constituinte ou seos sucessores de renda e penção em cada um anno trinta e tres mil e seiscentos reis metal moeda corrente neste reino, paga em duas prestações, a primeira no principio de cada um anno que será metade da renda, e a segunda, resto da renda pelo dia de Sam Miguel de cada um anno, andando metade sempre adiantada sem falta ou deminuição alguma sem que para deixar de pagar possa em tempo algum alegar esterillidades annos infructiferos seccos ou inundações por que com // [fl. 163] contudo quanto acontecer possa sempre o dicto pagamento será prompto o effectivo durante o arrendamento: Que será obrigado a bem amanhar as dictas propriedades arrendadas de forma que não vão em diminuição, e sempre haja quem por ellas dê a mesma renda e por esta forma ha em nome de seo constituintes este arrendamento por feito e acabado e o prometta por si depor pelos bens e rendas do mesmo cuja procuração e substabellecimento he do teor seguinte = Logar de sello = Credito Publico quarenta reis = Publica forma = O Visconde d’Azenha, Bernardo Correa de Moraes e Castro, Commendador das Ordens de Christo e de Melicia de Ouro, etcetra pelos presentes constituo meo procurador bastante com faculdade de substabellecer, do Illustrissimo Senhor Pedro de Souza Guedes Aguiar d’esta villa, para que possa em meo nome contractar o arrendamento do meo Morgado e pertenças da Gopilheira pelo preço e annos que ajustar e com as clauzulas e condições que lhe parecer isso necessarias, cobrar e receber o imposto das rendas, ou adianta ou seo vencimento, marcando épocas, passados competentes recibos assignar onde convier e em tudo obrar com geral e livre administração: para o que lhe concedo amplos poderes, e todo haverei por forma por meos bens e rendas = Guimaraes vinte cinco de septembro de mil oitocentos quarenta e um = Visconde da Azenha = Reconhecimento = Reconheço a assignatura supra do Excellentissimo Visconde da Azenha Guimaraes vinte e seis de septembro de mil oitocentos quarenta e um annos = Signal Publico = Em testemunho de verdade, o tabellião = Nicoláo Teixeira de Abreo = Não continha mais em a dicta procuração, que eu Jozé Maria Lopes de Carvalho tabellião de Nottas n’esta villa de Guimaraes bem e fielmente fis extrair em publica forma e em poder do appresentante que
a recebeo com a qual esta conferi e concertei e vai na verdade = Guimaraes vinte nove de fevereiro de mil oitocentos quarenta e dois, e eu Jozé Maria Lopes de Carvalho tabellião publico de nottas o subescrevi = Signal Publico = Em testemunho de verdade Jozé Maria Lopes de Carvalho = Concertado comigo tabellião Antonio Joaquim Pedro = Substabellecimento = Substabeleço aos poderes d’esta no Senhor Joaquim de Salles Simoes Carreira da freguesia e villa da Batalha, tão somente para em nome de mim e seo constituinte contractar o arrendamento, o arrendamento a que a mesma procuração se refere, pelo tempo somente de dez annos, e pela quantia de trinta tres mil seiscentos reis metal em cada anno, sendo metade desta paga, logo no principio de cada anno e a outra metade no dia de Sam Miguel, por que só com estas condições e declarações e auctoria = Guimaraes, trinta e um de janeiro de mil oitocentos quarenta e dois = Pedro de Sousa Guedes Aguiar = Reconhecimento = Reconheço a letra e assignatura do substabellecimento supra e retro Guimaraes trinta e um de janeiro de mil oitocentos e quarenta e dois = Signal Publico = Em testemunho de verdade = O tabellião = Joze Maria Lopes de Carvalho = E não se continha mais na dita procuração e substabellecimento que o que dicto fica que aqui copiei fielmente e o proprio me reporto na mão do appresentante que a tornou a receber e assignou. E por a segunda outorgante foi dicto que aceitei este arrendamento como nelle se contem e ao cumprimento de suas condições tambem obriga seos presentes e foturos e no mais bem parado delles, em fé e testemunho de verdade assim o disserão outorgarão pedirão e acceitarão e eu tabellião por quem tocar ausente e forão a tudo testemunhas presentes que com os outorgantes // [fl. 163v.] outorgantes assignarão, o Illustrissimo João Rodrigues Antunes casado e morador no Casal da Faniqueira, e Manoel Govea alfaiate d’esta villa assignando esta de cruz por não saber escrever depois de lida na presença de todos por mim tabellião Antonio Maria de Sousa Sampaio que o escrevi e assignei. (a) Luiza de Jezus (a) Antonio Maria de Sousa Sampaio Como procurador recebi a procuração (a) Joaquim de Salles Simões Carreira (b) Da testemunha Manoel + Govea (a) João Rodrigues Antunes
Documento 4 1869, dezembro, 21, Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães - Registo de óbito de Bernardo Correa de Morais e Castro. A.M.A.P., Livro de Óbitos da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira (Guimarães), P-401, 1869, fl. 36. [fl.36] Aos vinte e um dias do mez de dezembro de anno de mil oitocentos e sessenta e nove pelas cinco horas da tarde e na caza do Arco da Rua de Santa Maria desta freguezia de Nossa Senhora da Oliveira desta Cidade de Guimarães, concelho da mesma, Arcebispado de Braga, falleceo com todos os Sacramentos da Sancta Madre Igreja um individuo do sexo masculinho por nome Excellentissimo Bernardo Correa de Moraes e Castro, Conde de Azenha, filho do Excellentissimo Martinho Correa de Moraes e Castro e da Excellentissima Dona Gracia Leite de Almada Machado e Mello Viscondes do mesmo titulo, e foi sepultado na Igreja de São Francisco desta cidade no dia vinte e dous pelas duas horas e meia da tarde digo vinte e dous do dito mes, fes testamento e deixou filhos. E para constar fiz este assento em duplicado que assigno. Era ut supra.
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Jornal da Golpilheira
. temas . poesia .
Agosto de 2015
. solidariedade . Pão para as crianças do padre João Campanha de solidariedade
O padre João Monteiro da Felícia, missionário da Consolata natural da Golpilheira, está em missão no Brasil, onde oferece o seu amor a Jesus Cristo no serviço aos mais desfavorecidos. Aqueles que, ainda antes da fé, precisam de pão para a boca. Desde 2006, o Jornal da Golpilheira tem uma campanha permanente. Quem desejar telefonar ao padre João, o número é o 00 55 074 36192696. Este mês de Agosto não houve ofertas... • Total deste ano: 850 euros.
Colabore! Seja solidário... Contacte:
• CRG - R. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA • Pe. José Gonçalves (Pároco da Batalha) • António Mont. Rosa (Casal Mil Homens)
...e poupe nos impostos! Os Missionários passam recibo, que poderá deduzir no IRS. Basta que junte o seu nome, morada e o n.º de contribuinte.
.obituário. Agradecimento
António de Jesus Vieira Bico Sachos – Golpilheira N. 03 – 11 – 1954 F. 19 – 08 – 2015
Seus filhos Paulo Jorge Pedroso Vieira e Norberto Pedroso Vieira, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até a última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado.
Carta do Brasil
O trabalho missionário Acabei de ver na internet do Jornal da Golpilheira a bonita festa do Senhor dos Aflitos, com muitas fotos e lindas. Parabéns à comunidade local que aceitou participar dos festejos civis e religiosos. Parabéns à comissão, que trabalhou muito e bem. Parabéns ao fotógrafo que nos deixou por dentro de tudo. Parabéns ao padre José, nosso pároco. Quando todos trabalham bem e para o mesmo objectivo, é como uma guitarra bem afinada, só pode dar som excelente. Confesso que senti saudades da minha gente e da minha terra, mas fico contente ao saber que vivem a mesma fé que eu vivo e transmito aqui aos meus cristãos da cidade de Jaguarari, cidade rural. Tenho 75 comunidades, pois a paróquia foi dividida em duas neste ano. Constituímos 12 núcleos para atender melhor, especialmente na formação. Celebramos em todas as comunidades pelo menos uma vez por mês, uma vez por semana ou mais nas maiores. Em todas temos a equipa de coordenação e equipa administrativa, catequese, dízimo e liturgia, além do canto e de algumas pastorais, movimentos e associações. Somos quatro missionários de diferentes países: Congo, Etiópia, Kénia e Portugal. Na paróquia temos duas Missas dominicais e todos os dias da semana. Temos um programa na rádio local de meia hora, às 07h00 da manhã, chamado “Kairós”. Eu atendo todos os dias na paróquia, em especial às sextas-feiras, quando fico o dia todo. A segundas-feira é o nosso dia livre. Na terçafeira temos o grupo de oração carismático, com a igreja sempre cheia. Na quarta-feira a escola da fé, que fundei este ano, onde temos formação como se fosse um ano lectivo. Na quinta-feira a adoração ao Santíssimo. No sábado o Terço dos homens. Ao longo da semana, todas as noites reuniões com os vários sectores, etc. Temos um centro de cultura para as acções sociais, a pastoral da criança e ajuda a crianças e famílias carentes. Como podem ver, trabalho não falta e até os cabelos vão caindo... Vejo que em alguns meses não há ofertas no Jornal para as “crianças do padre João”. É uma iniciativa que tem salvo muitas crianças... é para partilha da vida de evangelização neste país que é um continente pelo seu tamanho e que se chama Brasil. Riquíssimo, mas são pouquíssimos que têm tudo... muitíssima gente vive na miséria, com 40 milhões que não sabem ler e 30 milhões de doentes crónicos. Eu dou a minha pequena colaboração no anúncio da Boa Nova de Jesus. Fico aguardando as vossas ofertas e as notícias do nosso Jornal! Um abraço do vosso missionário na Bahia,
P. João Monteiro da Felícia
ALUGA-SE
Moradia T2 c/cozinha equipada no Centro da GOLPILHEIRA Cont. 244 768 320 / 961 975 637
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Agência Funerária Santos & Matias, L.da SERVIÇOS
FÚNEBRES
Brancas (Residência e Armazém) – 244 765764 Batalha (Escritório) - 244 768685 fune_santosematias@sapo.pt • 96 702 7733
Obituário
Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.
Segurança rodoviária
Cap Magellan nas estradas Desde 2003 que a Cap Magellan acompanha os automobilistas nas estradas em direcção a Portugal, recebendo-os nas fronteiras de Vilar Formoso, Valença e Vila Verde da Raia, em colaboração com a GNR. Tanto no Norte como no Centro do País, passando também por Lisboa, a equipa desta associação de luso-descendentes percorreu mais de 6.000 quilómetros para informar sobre o código da estrada, alertar sobre os perigos daí decorridos e sobre as precauções a ter, distribuir material informativo (guias de Verão, folhetos, testes de álcool, medidores de pressão dos pneus, medidores dos tempos de reacção, canetas, porta-chaves, bebidas refrigerantes sem álcool…). Em Viana do Castelo, Fafe, Chaves, Bragança, Mirandela, Braga, Figueira de Castelo Rodrigo, Almeida, Aveiro, Figueira da Foz, Coimbra, Fátima, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Vieira de Leiria, Pedrógão, São Pedro de Moel... foi difícil não se cruzar com alguns das dezenas de voluntários da operação. Se não os viu numa das áreas de serviço portuguesas, em França ou Espanha, ou nas fronteiras, encontraram-nos certamente em lugares turísticos como em muitas praias… Pela primeira vez, ocorreu à margem da campanha de segurança rodoviária em Vilar Formoso, um encontro entre jovens portugueses e jovens luso-descendentes, em parceria com a Câmara Municipal de Almeida e com a Federação de Associações Juvenis do Distrito da Guarda (FAJDG). O objectivo era trocar experiências e dissipar os preconceitos existentes entre os “portugueses de lá e os portugueses de cá”. Além de muitos jovens emigrantes e locais, participaram no encontro Carlos Gonçalves e Paulo Pisco, deputados pelo círculo Europa, Baptista Ribeiro, presidente da Câmara de Almeida, Samuel Vilela, do Conselho Nacional da Juventude, João Alexandre, da FAJDG, e Luísa Semedo, presidente da Coordenação das Colectividades Portuguesas de França. E porque férias também rima com diversão nocturna, estiveram à saída de várias discotecas, nomeadamente na Praça da Música de Fafe, na Triunfo e na BB Club – Biblioteca Bar de Chaves, na Palace Kiay de Pombal e numa noite muito especial no “Leiria Dancefloor”, no Estádio de Leiria, além da acção de lançamento da campanha, no dia 3 de Julho, na discoteca Mikado em Paris. Estiveram ainda nos programas “Verão Total” da RTP, em directo de Bragança, no dia 30 de Julho, e de Leiria, a 8 de Agosto, sendo o apresentador José Carlos Malato o padrinho da iniciativa nos últimos anos. Isto, além de outras reportagens divulgadas nas várias televisões generalistas e nas rádios e jornais parceiros do evento, como é o caso do Jornal da Golpilheira. Apesar de “as estradas conheceram novamente acidentes trágicos, o que só nos motiva a continuar sempre”, a avaliação geral é positiva, pelo que a associação anunciou que “esta campanha continuará de ano para ano, porque as acções a favor da nossa segurança a todos nunca são demais”.
Jornal da Golpilheira
. a fechar .
Agosto de 2015
Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)
112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506
Então parece que é desta que a nossa igreja vai mesmo entrar em obras...
Também me parece! Então, não te esqueças da conversa que tivemos aqui no mês passado: eles têm lá uma telha à tua espera...
1 telha .fotos do mês. DR / LMF Festas da Batalha O senhor presidente da Câmara é atleta proveniente da formação da escola de veteranos do CRG. Mas no torneio de São Nuno traiu estas raízes pelas da sua naturalidade, levando assim a vitória para a equipa da Batalha. Os nossos atletas fizeram questão de lhje oferecer uma foto, para não se esquecer onde pertence...
Ficha Técnica
Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Catarina Bagagem, Célia Capitão, Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Filomena Meneses (assinaturas), Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . Tel. 253303170 Tiragem desta edição . 1300 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt
Já me fui informar e... sim senhor, uma bela obra! Parece-me que desta vez vamos mesmo ter uma igreja como merecemos, bonita e confortável, que até vai dar gosto lá ir...
Festas da Golpilheira Um jogo bem diferente foi este do lançamento das meninas à pia, nas festas da Golpilheira. Do ponto de vista do espectador, ganharam os homens...
Recordar é viver …
Assinatura anual
Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros
Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA
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28-04-1996. VI Feirinha Popular, organizada pelo Coro Infantil e Juvenil Litúrgico da Golpilheira, sob a batuta do seu ensaiador, Mário Costa. O objectivo era a angariação de fundos para este grupo coral misto. Esta Feirinha realizou-se no terreno onde hoje está construída a Extensão de Saúde, que infelizmente continua às moscas...
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. actualidade .
Jornal da Golpilheira Agosto de 2015
Em honra da Senhora da Esperança
Festa em São Bento
Será no último fim-de-semana deste mês a festa que volta a envolver a Comunidade Eclesial da Golpilheira, desta feita em S. Bento, em honra de Nossa Senhora da Esperança. Os festeiros são os cinquentões deste ano, naturais ou residentes na freguesia, nascidos em 1965. Mais uma vez, promete-se muita animação e alegria, além da devoção mariana que marca o centro destes festejos anuais. Nesse sentido, haverá uma celebração a Nossa Senhora logo no primeiro dia, às 19h00. A Missa solene do domingo será no adro, às 12h00, seguida de procissão pelas ruas envolventes, com a “Banda do Xartinho”. No último dia haverá também Missa, às 18h00. Quanto ao arraial, funcionarão os habituais bares, café da avó, restaurante, quermesse e vários jogos, com destaque para a corrida de frangos e quebra de panelas, na segunda-feira, às 18h30. Os grupos convidados para animar as noites serão, respectivamente, a Banda Kroll, os Klimax Music e o duo Zé Café e Guida.
Cobrança de Assinaturas
Caro assinante, este ano tivemos alguma dificuldade em efectuar o serviço de cobrança porta-a-porta. Um colaborador fez uma volta pela freguesia, mas não foi possível encontrar toda a gente, pelo que continuam algumas assinaturas em atraso. Se for o seu caso, agradecemos que pague no Centro Recreativo ou contacte connosco. Verifique na etiqueta do jornal qual o ano indicado em “PAGO”. Como sabe, a assinatura deverá ser paga antecipadamente, no início de cada ano. Agradecemos esse cuidado, pois evita-nos as despesas adicionais do serviço de cobrança. O nosso muito obrigado! pub