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P. 2 e 20 | Para as obras da igreja
Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XX | Edição 221 | Novembro de 2015
P. 5 | Veja todo o programa
Passagem de ano na Comércio tradicional: Golpilheira organizada “O Natal na Batalha por Comunidade Cristã tem mais brilho”
P. 6 | Orçamento municipal
10,5 milhões de euros para 2016 e mais de 29 milhões até 2020
P. 7 | Lar de Idosos vai avançar
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P. 14 | Coluna dos Combatentes
Dia da Misericórdia: “Cristo das Trincheiras” Irmãos convidados a volta à Sala do Capítulo renovar o compromisso do Mosteiro da Batalha
P. 8, 9 e 11 | 21.ª edição da Semana Cultural da Golpilheira
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. abertura . história .
Luís Miguel Ferraz Director
O espírito de comunidade como legado A 21.ª edição da Semana Cultural da Golpilheira, depois de um ano de interregno, volta a concentrar as nossas atenções neste mês de Novembro. Mais do que a sofisticação dos programas, estas propostas servem, sobretudo, como oportunidades de vivência do espírito comunitário que anima e traduz a identidade de uma localidade. É, por isso, o único aspecto a lamentar a ausência de muitos dos que aqui nasceram, vivem e trabalham. Sublinhamos a resiliência dos que não desistem de as organizar e de nelas participar. É o melhor legado que poderão deixar às gerações futuras, tal como foi o dos antepassados que nos deixaram as condições que hoje temos no associativismo, na comunidade cristã, na freguesia civil e neste amor à terra que nos caracteriza. Saibamos merecer e honrar essa tradição. divulgação/apoio
Novembro de 2015
.história.
Cooperativismo, alicerce da democracia económica e social (V) Depois do intervalo do mês passado, termino neste número estes breves apontamentos sobre o Cooperativismo, que tiveram como finalidade chamar a atenção dos leitores para a importância e para a utilidade deste sistema. Transcrevo, agora, a parte final do artigo 3.º do Código Cooperativo que, repito, está à disposição de todos na internet, que contém os princípios cooperativos, cujo conhecimento é essencial para se saber o que são, para que servem e como funcionam as cooperativas. 5.º princípio – Educação, formação e informação. – As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos, dos dirigentes e dos trabalhadores, de modo que possam contribuir eficazmente para o desenvolvimento das suas cooperativas. Elas devem informar o grande público, particularmente, os jovens e os dirigentes de opinião sobre a natureza e as vantagens da cooperação; 6.º princípio – Intercooperação. – As cooperativas servem os seus membros mais eficazmente e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto através de estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais; 7.º princípio – Interesse pela comunidade. – As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentável das suas comunidades, através de políticas aprovadas pelos membros. O artigo 4.º do Código regista os ramos que o sector cooperativo compreende, e que são todos os da acti-
DR
.editorial.
Jornal da Golpilheira
A Adega Cooperativa da Batalha é o exemplo de uma cooperativa de produção e de distribuição, bem organizada e bem gerida, com produtos de qualidade e uma inteligente mercadologia. Uma cooperativa de êxito, que se tem afirmado ao longo dos anos não obstante o acentuado declínio da vinha na nossa região.
vidade humana, o artigo 10-º a forma de constituição, o 11.º a assembleia de fundadores, o 15.º o conteúdo dos estatutos, o 31.º elucida-nos sobre os cooperadores e o 39.º sobre os órgãos das cooperativas que são, evidentemente, a assembleia geral, a direcção e o conselho fiscal. Só no artigo 94 se completa o códigoHoje, mais do que nunca, dado o desenvolvimento do exercício administrativo, as suas novas regras e os seus novos meios técnicos, torna--se necessário que os conselhos fiscais sejam compostos por especialistas na matéria para uma avaliação fundamentada dos actos da direcção. Além disso, conselhos fiscais e mesas das assembleias gerais não se podem limitar a uma apreciação anual daquele exercício. Têm o direito e o
dever de, ao longo do ano, acompanharem e fiscalizarem a actividade directiva e de, inclusivamente, nela colaborarem construtivamente. Isto nas cooperativas como em qualquer associação civil. Porém, e repito o que dizia o Dr. António Sérgio: “O que primeiro interessa não é que existam cooperativas: é sim que haja espírito cooperativo”. E este espírito não será difícil de fomentar num Povo como o Português, cuja formação foi alicerçada nos princípios cristãos em que sobressaem a solidariedade, a fraternidade, a igualdade e a capacidade do trabalho comum e em prol do comum. O grande mal do nosso tempo está sobretudo no individualismo e no egoísmo e na crença de que tudo
os governos, deste ou daquele partido, resolverão a nosso contento, esperança sempre vã, sem o incómodo da nossa intervenção e da nossa participação activa e positiva na vida social e económica. Intervenção e participação só possíveis através do associativismo popular e, essencialmente, das cooperativas. A educação associativista, social, cívica e, sem dúvida, moral, é imprescindível para que as novas gerações conheçam os princípios que presidiram à formação do seu Povo e os desenvolvam nas práticas sociais e económicas. Que importante papel a desempenhar têm as nossas Escolas de todos os graus do Ensino!
José Travaços Santos
Fundos revertem para obras na igreja
Passagem de ano na Golpilheira O Conselho Administrativo e Pastoral da Comunidade Cristã da Golpilheira vai organizar de novo uma festa de passagem de ano na nossa freguesia. Como o salão do Senhor dos Aflitos está a servir de igreja, a festa será este ano no salão de São Bento. Como o espaço é menor, as inscrições serão limitadas às primeiras 200 pessoas que se inscreverem. A noite começará pelas 19h30 com um jantar, que inclui aperitivos, entradas, sopas, dois pratos de bacalhau e bifinhos, bebidas, sobremesas e café. Durante a noite haverá fogueira,
animação musical por um organista convidado e funcionará um bar e uma mesa de doces e petiscos. À meia-noite será servido champanhe e haverá fogo de artifício. Os preços manter- se -ão iguais aos do ano passado: 22 euros por adulto, 12 euros por criança dos 6 aos 12 (inclusive) e grátis para crianças até aos 5 anos. Os lucros revertem para as obras que estão a decorrer na igreja de Nossa Senhora de Fátima. Continua a registar-se a preocupação em manter um preço acessível, muito longe dos praticados em qualquer restau-
rante nesta noite, pois o principal objectivo será proporcionar a toda a população a possibilidade de ter onde passar uma noite em convívio e comunidade. Por isso, ninguém deverá deixar de participar por motivos económicos, podendo conversar sobre o assunto com a organização. Os interessados devem adquirir os bilhetes até ao final do domingo 27 de Dezembro, no Centro Recreativo, no Café S. Bento ou no escritório J. C. Ferraz Seguros. Informa-se que não se aceitarão inscrições depois daquela data. LMF
Jornal da Golpilheira
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. actualidade .
Novembro de 2015
CAMPANHA Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Temos 100 mil euros, são precisos mais 200 mil. Temos 200 telhas que vão sair do velho telhado para trocar por 1.000 euros cada, em forma de donativo ou de empréstimo. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha.
Como é óbvio, além desta campanha, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o respectivo recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda - grande ou pequena - será bem-vinda e terá uma lembrança.
Porque... a melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um!
Donativos e empréstimos recebidos (objectivo: 200 mil euros)
NOME
Donativos
Empréstimo Campanha OUTROS Telhas Anónimo 1.000,00 € Pe. Manuel Antunes 60,00 € Fernando Piedade Rino 1.000,00 € Anónimo 200,00 € Silvina Pessoa 100,00 € Nelson Carreira Gomes 1.000,00 € Armindo Carreira Monteiro 1.000,00 € Luís Miguel Ferraz 1.000,00 € Cesário Batista Santos 1.000,00 € José Carlos Reis Ferraz 1.000,00 € Anónimo 2.000,00 € Artur Jorge Monteiro 1.000,00 € Licínio Monteiro 1.000,00 € Pe. José Ferreira Gonçalves 1.000,00 € Luís Sousa Guerra 1.000,00 € Luísa Moreira 1.000,00 € António Rito Ferraz 1.000,00 € Carlos Monteiro Santos 1.000,00 € Carlos Agostinho Monteiro 1.000,00 € Joaquim Lucas Ferreira 1.000,00 € Maria Irene M. Coelho Pereira 1.000,00 € Artur Jesus Monteiro 1.000,00 € Fernando Monteiro Bagagem 1.000,00 € Maria da Purificação Bagagem 1.000,00 € António Lúcio Monteiro Bagagem 1.000,00 € Afonso Pequeno 1.000,00 € Totais
22.000,00 € 360,00 €
2.000,00 €
Total global
24.360,00 €
Contactos:
de telhas. duas dezenasna Missa do de a rc ce os Já vendem meira a ser entregue, Esta foi a pri 5 de Outubro! passado dia 2
igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Transferência Bancária - NIB: 0045 5080 4015 2316 6922 2
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Colabore para a construção desta obra comum da Comunidade Cristã da Golpilheira!
Precisamos da sua ajuda!
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200 telhas! Comissão dos Nascidos em 1975
Adiafa e contas da Festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos 2015 A Comissão de Festas do Senhor Bom Jesus dos Aflitos de 2015, constituída pelos nascidos em 1975, realizou um lanche de “adiafa” no passado dia 8 de Novembro. Cerca de uma centena de pessoas que colaboraram nos festejos participaram neste convívio oferecido pela comissão em sinal de gratidão pela ajuda prestada por todos. Na Missa desse dia apresentaram as contas da festa:
Festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos 2015 • Contas Finais Entradas / Recebimentos
Donativos Festeiros - Casal Benzedor Festeiros - Cividade Festeiros - Casal de Mil Homens Festeiros - Golpilheira e Paço Festeiros - Bico Sachos e Hortas Festeiros / Andores - Cova do Picoto Festeiros - Salgueiral Andor - Helena Nunes Andor - Primas Gracinda Luísa, Lurdes e Cristina Andor - Família “Catorze” Donativos anónimos e ofertórios Patrocínios Arraial Restaurante Bares Café da Avó Quermesse Jogos de arraial Rifas Outros eventos Festival das Sopas TOTAL DE RECEITAS
311,20 215,00 249,30 535,00 245,00 387,00 457,00 205.00 320,00 230.00 1.376,90 3.643,95 14.535,50 5.441,00 2.835,00 1818,78 128,00 920 1.412,60 35.266,23
DESPESAS
Divulgação e impressões Cartazes Programa T-shirts Rifas Arraial Materiais e ferramentas Electricidade Seguros e licenças Jogos, prémios e animação Fogo de Artifício Animação musical Filarmónica Zé Café e Guida Apartirtudo e Duo Gabi e Vítor Fokaenergy Produções Marcos Faustino Restaurante e bares Frangos e Carnes Bebidas e vinhos Mercearias, pão e diversos Gás e carvão Outros - Adiafa TOTAL DE DESPESAS
173,80 310,50 122,54 397,91 519,79 363,94 49,99 1.875,75 550,00 450,00 2.000,00 400.00 620.00 3,458,12 5.482,09 1.961,54 508.00 314,01 19.557,98
SALDO 15.708,25
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Jornal da Golpilheira
. cultura .
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. museu de todos.
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência O Município da Batalha, através do Museu da Comunidade Concelhia, junta-se às comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência com um programa de actividades a ter lugar no dia 6 de Dezembro, domingo, durante todo o dia. A iniciativa visa fomentar o protagonismo deste público no âmbito cultural e sensibilizar a comunidade para os temas da acessibilidade e inclusão. Das actividades sugeridas, sublinhamos o almoço às escuras, que convida à descoberta dos sabores de um menu que o restaurante Vintage, na Batalha, preparou especialmente para a comemoração. Destacamos ainda a actividade “Convivendo com o Silêncio”, uma dinâmica que convida os participantes a comunicar sem utilizar
Peça do mês:
Prato da Cantina Escolar da Batalha
a linguagem verbal oral. A visita consta em dividir o museu em estações que explorem a comunicação através das mãos, gestos, emoções e outros recursos, podendo os visitantes aprender alguns sinais da Língua Gestual Portuguesa (LGP). O dia termina com uma performance muito
especial, que terá como protagonistas parceiros de associações de pessoas com deficiência, num espectáculo que mostrará revelações artísticas na área da dança e da poesia. O programa será o seguinte: 11h00 – Réplica acessível - Oficina de texturas em que os participantes fa-
rão uma reprodução táctil de uma peça do Museu, utilizando materiais com diferentes texturas. Participação gratuita e sujeita a inscrição 11h30 – Visita do Mês, com o tema “Inclusão”. Preço de entrada no Museu. 13h00 – “Almoço às escuras” no Restaurante Vintage. Preço: 15 euros (desconto de 50% para crianças dos 5 aos 8 anos; grátis para crianças até 4 anos) 14h00-18h00 – Exibição de curtas-metragens sobre deficiência e inclusão. 18h00 - Convivendo com o silêncio - Actividade de sensibilização para a surdez, gratuita mas sujeita a inscrição. 19h00 - Nada sobre nós, sem nós – Performance inclusiva, com participação livre e gratuita.
Mosteiro da Batalha
Solidariedade de Pedra e Bronze
DR
A história e evolução do Ensino em Portugal regista marcos fundamentais que nos permitem compreender a Escola e a Educação dos dias de hoje. No início do século XX, a República trouxe uma significativa reforma na instrução pública, que incluiu a reorganização da escola primária e a renovação na formação dos professores. A Batalha seria beneficiária, como as restantes regiões portuguesas, da expansão da Educação para todos. Com o Estado Novo, no mesmo século, o sistema educativo português evoluiu significativamente, sendo marcado pela doutrina do regime ditatorial em que a filantropia apoiava a actividade escolar. Em 1954, António Oliveira Zúquete cedeu um espaço para instalação de uma Cantina Escolar. O comendador Pedro Monteiro Queiroz, radicado no Brasil, apoiou as obras da cantina e enviava frequentemente verbas financeiras para alimentar, vestir e calçar as crianças mais pobres da Batalha. O prato que se reproduz na imagem, em porcelana, fazia parte da louça utilizada na Cantina Escolar. No centro, destaca-se o desenho do Mosteiro da Batalha, encimado, no rebordo, com a inscrição “Cantina Escolar da Batalha”, ambos em cor azul. A peça não é exclusiva, preservando o Museu outros pratos semelhantes, mas simboliza a importância da filantropia e da sensibilidade dos professores da época para com as crianças mais carenciadas. Na primeira exposição de média duração do MCCB, esta e outras peças da Cantina Escolar estiveram expostas, numa alusão ao Ensino da Batalha, resultando a mostra de um processo de investigação participada. O prato incorpora agora a exposição permanente do MCCB, numa nova vitrine que dedicamos à Educação. Convidamos os leitores do Jornal da Golpilheira a conhecer, para além da nova exposição de média duração alusiva à exploração mineira (inaugurada este ano), a reformulação da exposição permanente, concretamente na interpretação do final do século XIX e início do século XX. Recordamos que todos os primeiros domingos do mês, às 11h30, o MCCB leva a efeito uma visita guiada para todos os interessados em conhecer melhor o Museu.
DR
Experiências “radicais” no Museu
Ana Moderno e Emilie Baptista Equipa do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha
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CONSTRUÇÕES
A “Solidariedade de Pedra e Bronze” é uma iniciativa destinada aos utentes de instituições dedicadas à protecção e ensino de pessoas com deficiência, que de uma forma interactiva explora a correlação entre a cultura e o património, português e além-fronteiras, aliando o exotismo da música tradicional balinesa de gamelão Gong Kebyar à importância arquitectóni-
ca e histórica do Mosteiro. Engloba uma visita guiada ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, um concerto intimista de gamelão Gong Kebyar, uma exposição verbal informativa acerca de aspectos genéricos de música de gamelão Gong Kebyar, uma sessão interactiva de experiência interpretativa e um pequeno lanche de convívio. A próxima edição terá lugar no dia 3 de Dezem-
bro, a partir das 10h00 – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência – e resulta da organização conjunta levada a cabo pelo Mosteiro de Santa Maria da Vitória e o grupo de gamelão Bateria. A participação é gratuita e a iniciativa está aberta a todas as instituições dedicadas a pessoas com deficiência, mediante inscrição prévia.
Jornal da Golpilheira
entrevista . . .divulgação
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Animação infantil, música e actividades solidárias
O brilho do Natal na Batalha O “slogan” veio para ficar e mais uma vez anima o espírito natalício da vila da Batalha, este ano com um dos programas mais recheados dos últimos ano e a parceria da ACILIS – Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós, que se traduzirá em diversas actividades de animação, música e desporto a realizar em toda a Vila. Assim, de 27 de Novembro a 27 de Dezembro, “O Natal na Batalha tem mais brilho”, um programa que nasceu da iniciativa do comércio tradicional local e que concretiza a união entre os comerciantes e prestadores de serviços da vila. Destacamos este ano a campanha solidária “Uma
Batalha ... Uma missão solidária”, que consistirá na angariação de bens para a população carenciada de Vila-Flor, localizada em Quinhamel, na Guiné – Bissau. Pretende-se juntar roupas nos estabelecimentos comerciais, que serão depois enviadas para aquele país africano, com o apoio da Organização Não Governamental de Santa Maria da Vitória. No entender de Paulo Batista Santos, presidente da Câmara, este programa de dinamização do comércio “é uma prova evidente do forte envolvimento dos comerciantes da Vila nesta acção, através do seu esforço e comparticipação financeira, auxiliando o Município a tornar a qua-
dra natalícia como mais um ponto de atracção”. Lino Ferreira, presidente da ACILIS, sublinha que este programa “evidencia uma boa estratégia de vitalização do comércio tradicional numa quadra festiva que representa grande importância para os lojistas”. A sessão contou com um momento musical em que foi apresentada ao vivo a música “O Natal na Batalha”, composta e orquestrada por Tiago Borges, que assumirá o papel de “hino” de toda a campanha, a lançar formalmente no dia 6 de Dezembro. Publicamos o programa integral nesta página, podendo outros desenvolvimentos ser consultados em www.cm-batalha.pt.
Centro Recreativo da Golpilheira 18 de Dezembro 21h00 Participação das escolas de Música e Dança do CRG
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Jornal da Golpilheira
. sociedade . educação .
Novembro de 2015
Orçamento de 10,5 milhões de euros aprovado
Alunos do pré-escolar tornaram-se cozinheiros No âmbito da comemoração do dia mundial da alimentação, os alunos do Pré-escolar do Colégio de São Mamede desenvolveram várias actividades subordinadas ao tema da alimentação, visando divulgar e explorar aspectos sensoriais de vários alimentos saudáveis, com vista à promoção do seu consumo. De entre as actividades realizadas, puderam explorar histórias e canções, realizar um atelier de cozinha intitulado “Eu cozinho para ti!”, que envolveu a confecção de salada de fruta, para a sobremesa do almoço, e visitar a Escola Profissional de Hotelaria de Fátima Houve ainda lugar para a actividade “Chefes a rigor!”, que teve como objectivo confeccionar pão com chouriço para o lanche da tarde. Este lanche teve a particularidade, não só de ser servido no refeitório devidamente decorado e transformado num verdadeiro restaurante, como também de ser servido às crianças mais novas, que se vestiram a rigor para o evento, pelas crianças finalistas caracterizadas de chefes de sala.
Cerca de 200 mil euros de investimento
Novo autocarro escolar
A Câmara Municipal da Batalha adquiriu um novo autocarro para garantir o transporte escolar ainda no decurso do presente ano lectivo. A nova viatura substitui a anterior que, por ter mais de 16 anos de vida, não podia legalmente ser usada para este serviço. O novo autocarro, que representa um investimento de cerca de 200 mil euros suportados integralmente pelo Município, assegurará o transporte escolar, primordialmente, estando também à disposição dos munícipes, detendo uma lotação de 55 passageiros mais motorista e guia. A nova viatura dispõe de diversas comodidades para os passageiros, apresentando ainda elevados padrões de segurança rodoviária. A Câmara da Batalha deliberou, ainda, vender em hasta pública vários equipamentos obsoletos e também o autocarro que agora é substituído, “optimizando assim a adequada gestão e renovação dos equipamentosa”, refere nota do município.
do território do Concelho, onde o Turismo, o Património e a Investigação terão uma maior expressão, com natural destaque nas acções de valorização e protecção do Mosteiro da Batalha, Património da Humanidade”, referiu o presidente da autarquia. Paulo Santos explicou ainda que sector da Acção Social continua a merecer especial atenção do executivo, com mais verbas do que as do exercício anterior, apontando como exemplo os projectos da Academia Sénior e da Teleassistência Domiciliária a Idosos. Também as
áreas cultural e desportiva registam um reforço do investimento previsto no Programa Municipal de Apoio ao Associativismo.
DR
Colégio de São Mamede
de localização de empresarial na Batalha e São Mamede”, considerou o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos. Os deputados municipais não apresentaram qualquer reserva ao documento, tal como às Grandes Opções do Plano para os anos seguintes. Nesse âmbito, surge a previsão de investimentos na ordem dos 29 milhões de euros nos próximos quatro anos, a enquadrar nos objectivos dos fundos europeus acordados no âmbito do programa “Portugal 2020”. Serão “uma aposta na qualificação e competitividade
A Assembleia Municipal da Batalha aprovou, por unanimidade, o orçamento apresentado pelo executivo municipal para 2016, no valor de 10,5 milhões de euros, verba idêntica à do ano anterior. “As grandes prioridades de investimento têm a ver com a Educação, através da requalificação dos equipamentos escolares e novos projectos formativos, a modernização administrativa, o apoio social e a valorização ambiental, sobretudo em intervenções de regeneração urbana nas sedes das freguesias, e a requalificação das áreas
Protocolo entre o Município e Orfeão de Leiria
Ensino artístico assegurado O Município da Batalha e o Orfeão de Leiria subscreveram um protocolo que garante a continuidade do Curso Básico de Música aos alunos matriculados no ano lectivo 2015/2016, reforçando assim o Ensino Artístico Especializado, em regime articulado, no Agrupamento de Escolas da Batalha. Recorde-se que, com o ajustamento verificado no financiamento atribuído ao Orfeão de Leiria pelo Ministério da Educação e Ciência, estava em risco a garantia da continuidade do ensino artístico aos alunos inscritos no Agrupamento de Escolas da Batalha, que compreende as componentes da Formação
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Batalha prevê investir 29 milhões
Musical e de Instrumento. O protocolo prevê um investimento inicial de 26,8 mil euros por parte da autarquia, a ajustar em função do valor final do financiamento do Ministério da Educação e Ciência ao Ensino Artístico Especializado e consignado à formação artística para o Conservatório de Artes
de Leiria. Em nota à comunicação social, o Município da Batalha refere que vai ainda “reforçar a colaboração com a Escola de Música do Orfeão de Leiria – EMOL em novos projectos extracurriculares que promovam junto da população em idade escolar o gosto pela música, permitindo
o desenvolvimento de capacidades, uma vez que a música na educação é de fundamental importância para o enriquecimento social”. Enquadrando esta decisão no âmbito das competências descentralizadas recebidas pelo Município na área da Educação, o presidente, Paulo Batista Santos, defende “a educação musical e as artes como factor de desenvolvimento social e até económico, bem como áreas fundamentais para a formação integral dos alunos, pelo que iremos continuar a colaborar com o Orfeão de Leiria em novos projectos”.
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. entrevista . igreja .
Novembro de 2015
Lar de idosos apresentado no Dia da Misericórdia
Vigararia da Batalha
Formação de adultos e preparação para o Crisma
Irmãos renovam compromisso da Misericórdia, no Centro Comunitário ou no Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição. O Papa Francisco apresentou este Jubileu Extraordinário do Ano Santo da Misericórdia, com o tema “Sede misericordiosos como o Pai”, como um modo de a Igreja “tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia”. Segundo o provedor da Santa Casa da Batalha, Carlos Monteiro,
“este é um apelo ao qual a nossa Irmandade não pode ficar alheia, em que somos chamados a fixar o olhar na misericórdia e a vivê-la mais intensamente, testemunhando eficazmente a nossa crença, empreendedores de uma Misericórdia da Batalha que procure sempre servir os mais desprotegidos, inspirada na Misericórdia de Deus”.
Novo Lar de Idosos No mesmo dia será
Parceria com Junta de Freguesia
Escuteiros limpam a Batalha
Sacerdote batalhense
Bajouca homenagea o padre Abel A paróquia da Bajouca vai organizar, no próximo dia 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição, uma homenagem ao padre Abel Santos, natural da Batalha, que teve de deixar a paroquialidade daquela comunidade recentemente, por motivos de saúde. Completam-se, naquele dia, 18 anos da sua entrada nesta paróquia. A efeméride motivou a decisão do Conselho Pasto-
As paróquias da vigararia da Batalha vão propor um percurso catequético para os jovens e adultos, a partir dos 18 anos, que desejem ter um espaço de aprofundamento da fé, ou que queiram fazer deste percurso a preparação para a celebração dos sacramentos. Será a oportunidade para quem desejar prepararse para receber o Crisma. Os encontros vão ter início em Janeiro de 2016 e as inscrições devem fazer-se no cartório paroquial.
apresentado o projecto de uma Estrutura Residencial Para Idosos , normalmente designada por “lar”. Ficará situada junto ao Hospital de Nossa Senhora da Conceição, nas Brancas. Pretende-se que seja “um equipamento social que acolha com dignidade e proporcione bem-estar e tratamento com desvelo e carinho aos mais idosos que precisem de um espaço de residência”.
DR
A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha vai celebrar o seu dia a 8 de Dezembro, solenidade da Imaculada Conceição, data escolhida pelo Santo Padre para o início do Ano Santo da Misericórdia. O momento mais importante do dia será a celebração da Santa Missa, às 11h00, no Mosteiro da Batalha, estando a ser enviado um convite a todos os irmãos para que participem e se associem ao momento de renovação do compromisso. Para esse efeito, está ser enviada a todos uma pagela com o texto da oração que deverá ser lida em voz alta por todos os presentes. Após a Missa, haverá um almoço de confraternização no salão dos Bombeiros Voluntários da Batalha, estando os bilhetes (10 euros) à venda pelo Andadores, na sede
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ral Paroquial de organizar “uma singela homenagem ao nosso querido padre Abel, pela marca de fé, de amizade e de simplicidade que deixou como pastor desta comunidade”, refere Arménio Pedrosa. O programa começará com a Missa, pelas 12h00, concelebrada por todos os sacerdotes que pretendam associar-se, seguindo-se um almoço de convívio no salão paroquial. Pelas
14h30, far-se-á a sessão solene em honra do homenageado. A organização prevê “grande adesão para o almoço”, pelo que pede a inscrição dos interessados, até ao dia 30 de Novembro, para 911976893 (Paulo) ou 917 823 556 (Nelson). Pede-se a colaboração de 10 euros por adulto e comparticipação livre no caso de crianças menores de 12 anos.
Por iniciativa dos Escuteiros da Batalha, com a colaboração da Freguesia da Batalha, a secção de Caminheiros deste Agrupamento leva à prática uma acção de trabalho, que consiste na limpeza, manutenção e embelezamento de boa parte da Freguesia. Assim, foi possível dar seguimento aos trabalhos com a limpeza e pintura da fonte e lavadouro no lugar dos Pinheiros desta Freguesia, bem como outras que se irão seguir. A Junta de Freguesia da Batalha congratula-se com esta iniciativa, dando o seu total apoio, disponibilizando carro, ferramentas, bem como assumindo todas as despesas na aquisição de materiais inerentes a um bom desempenho no trabalho a realizar. De facto, foi com muito agrado que recebemos esta nobre iniciativa dos nossos Escuteiros. Trabalhar para o bem comum no embelezamento e limpeza do espaço público é uma obrigação de todos. Um bemhaja ao Agrupamento 194 dos Escuteiros da Batalha, e que Deus os ajude. O Presidente da Freguesia da Batalha, Germano Santos Pragosa pub
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. reportagem .
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21.ª edição da Semana Cultural da Golpilheira
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Colóquio de Saúde
LMFerraz
Castanhada de São Martinho
MCRito
Almoço de idosos
MCRito
Dois fins-de-semana de convívio comunitário
Cinema infantil
Depois de uma pausa em 2014, voltou este ano a Semana Cultural da Golpilheira, na sua 21.ª edição. Na verdade, foram dois fins-de-semana culturais. Melhor dizendo, dois finsde-semana recreativos, com pinceladas de cultura. Não interessa. O importante é que se motive o associativismo, o encontro e convívio entre as pessoas. E, sim, aprende-se sempre qualquer coisinha. Saúde Abriu no dia 21 com um colóquio sobre saúde, ou “alimentação saudável”, que é o mesmo. A nutricionista da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, Diana Ferreira, veio revelar segredos para evitar males maiores ao peso da idade e aos erros à
mesa. Disse que os doentes não precisam de alimentação especial, as pessoas saudáveis é que devem ter alimentação como se estivessem doentes, para evitarem vir a está-lo. Não é preciso estalo, apenas a receita de sempre: pouco açúcar, menos sal, tudo com peso e medida, mais peixe do que carne, mas pode ser um pouco de tudo e um erro por semana não faz mal. Um copo de vinho ao almoço e outro ao jantar – meio para as mulheres – até pode fazer bem. “Toda a gente sabe”, dizem alguns. Talvez por isso apenas umas 20 pessoas vieram ouvir. Foi pena, até porque cada vez que se ouve, parece que é a primeira, de tão esquecido que é logo a seguir. “Saber, sabemos, o pior é fazer”,
dizem outros. Pois é. Só quando vêm a diabetes, a hipertensão, o colesterol ou – pior – um cancro, é que corremos ao nutricionista, ao biológico e à macrobiótica, e fazemos listas do que se pode ou não comer, como aquelas do supermercado que custam tanto a cumprir, porque as prateleiras das guloseimas e das batatas fritas estão mesmo ao nível dos olhos (que diz o ditado que também comem, mas é mentira: mandam a boca comer). Poucos, mas bons, o serão “valeu a pena pelos que vieram”, disseram alguns dos que estavam. Castanhada no Castanhal Dava o Sporting-Benfica e a noite de sábado estava fria no Carvalhal,
como em toda a parte na freguesia. O empate levou a coisa ao prolongamento e o povo demorava a aparecer. Só quando os ânimos aqueceram com a vitória dos verdes a deixarem os outros da cor da raiva é que o cenário começou a compor-se. Uns beberam para festejar, outros para esquecer, as carnes vermelhas assadas na brasa iam desaparecendo, enquanto a água-pé ia ajudando a ensopar as castanhas, quentes e boas como é da praxe e os habitantes vizinhos garantiram. Mesmo sem igreja, o adro estava iluminado e as conversas começaram ao tom dos penáltis não assinalados, vários para cada lado, os jogadores que correram ou dormiram em campo, os treinadores
que viram casacas ou não fazem jus ao nome que ostentam, acabando no normal “não quero saber nada disso, que eles é que o ganham todo”. E mais um copo… Vestidos a rigor, os tocadores e dançarinos do rancho “As Lavadeiras do Vale do Lena”, já fartos de tiritar de frio à espera da audiência desportiva, lá puderam tomar conta da estrada e animar a festa a preceito. Vozes quentes e rodopio de braços no ar, o calor inundou o ambiente e também quem assistia foi à roda do baile, compondo-se a noite com um bom convívio à boa moda das nossas gentes. Jovens +60 Tradição interrompida, o almoço oferecido pela
colectividade aos maiores de 60 anos é dos momentos que conta com participação garantida. Assim foi, mais uma vez, para umas duas centenas. Abraços e beijinhos entre velhos amigos, olhos que não se cruzavam há meses, alguns que vêm de outras paragens matar saudades dos colegas de infância de outros tempos. O carinho na voz, o riso espontâneo e sem complexos pela falta de dentes, a história que se conta em memórias do tempo que já lá vai e que “não tem nada a ver” com este de agora. “Para pior”, dizem uns, “nem quero ouvir falar dele”, remendam outros. Mais risos, mais histórias, menos dentes. Tudo corre pelo salão com a alegre azáfama que acompanha
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Jornal da Golpilheira
. cultura .
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Moda Golpilheira 2015 - As modelos e a estilista (ao centro)
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Recinto do Dia da Freguesia
Nuno Henriques
Passeio pedestre pelas paisagens locais
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Novembro de 2015
Romagem ao cemitério a encerrar
as terrinas fumegantes e as travessas do “segundo” que são por todos elogiadas. Como em almoço que se preze, há discursos com a sobremesa, há o vereador Carlos Agostinho a representar a Câmara Municipal e o presidente Carlos Santos, da Junta de Freguesia. Há louvor à iniciativa, que serve para agradecer aos jovens de eras antigas o que trabalharam para nos deixar este presente, há a promessa de carinho e de cuidado que lhes devemos e há, sobretudo, a vontade de que continuem entre nós a dar o que têm de melhor, a sabedoria acumulada pelos anos e o amor maior de pais e avós de todos nós. Houve também a Melita a cantar e a animação que os próprios comensais
se encarregam de fazer, entre canções, anedotas e contos que a memória vai mantendo vivos. No final, um único desejo: “que para o ano haja mais e eu veja”. Cinema infantil Depois do mais velhos, foi a vez dos pequenitos se juntarem. Foi sexta-feira, dia 27, a noite de cinema infantil, com direito a pipocas e os Mínimos a rodarem na parede que fez de ecrã gigante. O filme foi muito divertido, mas não vamos contar a história. Para a história fica mais uma enchente de miúdos, que é sempre uma alegria de ver. Houve alguns graúdos à mistura, claro está, mas deu para todos, que o ecrã era mesmo gigante.
Moda Golpilheira 2015 No sábado, foi também gigante a passagem de modelos de mais uma “Moda Golpilheira”, uma apresentação de cor, música, beleza e “glamour”, como dizem os franceses. Foi mais uma apresentação das propostas da estilista golpilheirense Fátima Cruz para este Inverno que teima a vir e para outras estações que já todos desejam. Pela passadeira, dez meninas, quase todas da Golpilheira, passaram por cinco vezes. Desde as roupas mais desportivas e casuais aos modelos informais e para ocasião de festa de dia e de noite, a estilista mostra como há sempre uma solução para se apresentar com beleza, elegância e muita sensualidade. E não, não é preci-
so gastar muito dinheiro, como poderá comprovar numa visita a um dos espaços “FC IN”. O espectáculo foi bonito e enriquecido pela participação do músico Pedro Morais, que passeou o seu saxofone na abertura, nas mudanças de desfile e no encerramento do certame. Um apontamento musical de grande nível, a tornar a noite ainda mais brilhante. No final, a estilista agradeceu às modelos que se comportaram como profissionais, aos colaboradores nesta produção e a todo o público presente, que presenteou com vales de desconto nas suas lojas. Um lamento nas entrelinhas por não ver a sala com mais pessoas. Estava composto o espaço, mas, de facto, foi pena não ter
havido mais participação neste evento, um dos mais emblemáticos da nossa Semana Cultural (ver fotoreportagem na página 11). Dia da Freguesia O encerramento, no domingo, foi dedicado à Freguesia. Um dia que envolveu toda a população e suas forças vivas, desde a colectividade à Junta, à Comunidade Cristã e às escolas. Um passeio pedestre abriu o apetite para o almoço no largo da autarquia, onde não faltaram todos os ingredientes para a degustação dos mais exigentes e as compras de um típico mercado rural. E porque os que já partiram não deixam nunca de fazer parte da comunidade, a tarde terminou com Missa pelos defuntos
e romagem ao cemitério, para a oração e homenagem religiosa aos antepassados, muitos deles activos participantes das 20 semanas culturais anteriores. Em jeito de balanço, podemos dizer que muitas coisas poderiam ter sido melhores, a começar pela participação da população. Mas, a cima de tudo, foi bom regressar o evento que deixou saudades em muitos dos que não faltam e é uma boa ocasião para o encontro e a festa que anualmente se oferece por alturas do São Martinho. Deverá, portanto, insistirse na sua realização e, se possível, melhorar o figurino. Numa palavra, como dizia o Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”. Luís Miguel Ferraz pub
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Jornal da Golpilheira Novembro de 2015
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. reportagem .
Novembro de 2015
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Foto-reportagem
Moda Golpilheira 2015 Partilhamos com os leitores algumas das bonitas imagens registadas no desfile de moda da 21.ª Semana Cultural (ver notícia completa nas páginas 8 e 9). Para ver toda a foto-reportagem, consulte www.jornaldagolpilheira.pt
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Jornal da Golpilheira
. desporto .
Novembro de 2015
Equipas do CRG Futebol 11 Veteranos
31-10 – Casa D Pessoal da C. M. Lisboa – 2/Golpilheira – 1 07-11 – Golpilheira – 1/Vilarense – 1 21-11 – Caxarias – 3/Golpilheira - 2 Próximos Jogos 09-01, 18h00 (Batalha) – Golpilheira/Arcuda de Albergaria dos Doze
FUTSAL
Campeonato Nacional de Seniores Femininos 31-10 – Quinta dos Lombos – 1/Golpilheira – 5 07-11 – Golpilheira – 2/Benfica – 3 Próximos Jogos 05-12 – 18h30 – Golpilheira/Povoense 12-12 – 19h00 – Louriçal/Golpilheira 19-12 – 18h30 – Golpilheira/Leões de Porto Salvo
Campeonato Distrital de Juniores Femininos
01-11 – Golpilheira – 7/Louriçal – 0 08-11 – Golpilheira – 9/Vidais – 0 13-11 – Núcleo Sport. Pombal – 0/Golpilheira – 9 21-11 – Golpilheira – 21/Ilha – 0 28-11 – Vieirense – 1/Golpilheira – 9 Próximos Jogos 06-12 – 16h00 (Caranguejeira) – Academia Carang./Golpilheira 08-12 – 18h00 (Caldas da Rainha) – Vidais/Golpilheira – Taça 13-12 – 17h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Ribeira do Sirol 19-12 – 16h00 (Louriçal) – Louriçal/Golpilheira
Campeonato Distrital de Juvenis Masculinos 30-10 – Serro Ventoso – 9/Golpilheira – 0 07-11 – Telheiro – 1/Golpilheira – 3 14-11 – Golpilheira – 3/Arnal – 4 21-11 – Golpilheira – 0/Núcleo Sport. Leiria – 1 28-11 – Golpilheira – 1/Serro Ventoso – 5
Campeonato Distrital de Iniciados Masculinos
01-11 - Golpilheira – 3/Barreiros – 5 08-11 - Telheiro – 3/Golpilheira – 2 15-11 – Golpilheira – 2/Ribeira do Sirol – 6 29-11 – Golpilheira – 2/Atlético C. Leiria – 3 Próximos Jogos 13-12 – 15h30 (Golpilheira) – Golpilheira/ Núcleo Sport. Leiria 19-12 – 15h00 (Barreiros) –Barreiros/Golpilheira
Equipas do CrG
Batalhabikers organizam
Até final deste mês de Novembro, o desempenho das nossas equipas, na sua generalidade, está um pouco aquém das suas possibilidades. No que toca à equipa de Veteranos, o objectivo principal não são os resultados desportivos, uma vez que o espírito dos Veteranos não é esse. O principal é a conquista de novos amigos e a dignificação da nossa colectividade. Até este momento, apenas temos um empate, perdendo os outros encontros pela diferença mínima. No que toca às equipas de Futsal, Iniciados e Juvenis Masculinos, o empenho de todos tem sido bom, conseguindo alguns resultados positivos. Não tem sido por falta de dedicação que os resultados não têm aparecido. Esperamos por melhores dias, nos confrontos que se seguem. A equipa de Futsal Júnior Feminino, até este momento, está a ter um percurso imaculado: 7 jogos, 7 vitórias, 79 golos marcados e apenas 1 sofrido. Lidera este campeonato com todo o mérito. É uma equipa bastante coesa, com algumas atletas que, mais ano menos ano, estarão na equipa Sénior, se continuarem a trabalhar como até aqui. A nossa equipa de Futsal Sénior Feminino está neste momento em 5.º lugar, a um ponto do 4.º, lugar este que lhe dará acesso à disputa de Campeão Nacional, assegurando ainda para a época 2016/2017 a disputa da primeira fase do escalão maior de Futsal Feminino. Faltam cinco jogos para acabar esta primeira fase. O primeiro é já no dia 5 de Dezembro, com o Povoense. Para conseguirmos os nossos objectivos, temos de começar por vencer este jogo. Só dependemos de nós para garantir o 4.º lugar. A tarefa não vai ser fácil, mas é possível. Por aquilo que o nosso grupo trabalha, merece seguir em frente. Vamos todos apoiar as nossas equipas. Manuel Carreira Rito
Na Batalha, dia 13 de Dezembro, com organização Batalhabikers, vai realizar-se um passeio de BTT solidário. Terá dois percursos, um fácil de 16km e outro médio/fácil de 35km. A inscrição será limitada a 250 participantes e obrigatória, para efeitos de seguros e alimentação. O que se pede é que os atletas tragam bens alimentares, roupas de criança e adulto e brinquedos. Em troca, recebem reforço alimentar, seguro, dorsal e lavagem de bikes, com almoço de sopa e porco no espeto, tudo a preços baixos e com destino à solidariedade. Os interessados poderão consultar mais pormenores no facebook dos Batalhabikers.
Balanço desportivo
BTT solidário no Natal
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Zelamos pela sua segurança!
Jornal da Golpilheira Novembro de 2015
Olá a todos!
Cá estamos mais uma vez para vos mostrar alguns dos nossos trabalhos e actividades. Este foi o mês do Bolinho e do São Martinho e como podem ver fizemos coisas muito divertidas. Fiquem bem e até à próxima!
. entrevista . página infantil .
Jardim-de-Infância da Golpilheira
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Jornal da Golpilheira
. temas .
Novembro de 2015
. suspiros .
. combatentes .
fosse muito mais arrojada
E o (nosso) Cristo voltou!
Por Luísa M. Monteiro
fosse muito mais arrojada tenho disso fina certeza eu iria a todo o lado, tanto que subiria!, a montanha sei-a alta custa apenas começar mas em bem chegando ao topo, mãos em pala sobre a testa, tanta gente eu veria cá em baixo pequenina, tanto eu poderia com meus novos olhos vistos, todas as palavras transditas, dar finalmente um grito olhem pra mim aqui estou, faria uma volta e que pose. mas vence-me a timidez, não arredo do mesmo sítio, os mais valentes corajosos ___ são aqueles de fraca vergonha, nesses acho que nada invejo, desses não trato eu ____ os corajosos! os valentes!, eles mesmos, ei-los hirtos lá em cima, tão bem guiam a fila!, ainda me estico cá de trás, dou uns altos pulos, salto, dou uns gritos uns safanões, ponho-me em bico dos pés, mas eles atarefados olhos postos no seu futuro pouco olham para o lado __ coitados! também eles estão empenhados em bem chegados ao cimo tudo quererem pra não descer, lutam com armas e dentes bem os vejo cá de baixo, parece-me estreito o cume, e são surdos, não me ouvem, são cegos. olhem pra mim. esbracejo, e de nada me vale gritar
Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes
Se os nossos leitores ainda estão lembrados, no artigo de Dezembro de 2014 dávamos notícia de que o nosso “Cristo das Trincheiras” havia sido, no dia 28 de Novembro desse ano, removido da Sala do Capítulo do Mosteiro da Batalha, para ir fazer parte da exposição “NESTE VALE DE LÁGRIMAS”, instalada na galeria subterrânea da Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima. Como previsto, em 31 de Outubro pretérito, a referida exposição foi encerrada e o “Cristo das Trincheiras”, qual filho pródigo, regressou ao seu lar de sempre em Portugal (desde 1958): a Sala do Capítulo do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, ou seja, o Mosteiro da Batalha. O regresso ocorreu no dia 3 do corrente e originou uma complexa, melindrosa e demorada operação técnica, que praticamente se prolongou por todo aquele dia. Com a Sala do Capítulo encerrada a visitantes, acompanhámos de perto a operação e, como já tinha acontecido aquando da sua retirada para a exposição de Fátima, os responsáveis do Santuário não se pouparam a qualquer restrição para que tudo decorresse sem o mínimo incidente. Recordemos que ainda antes da ida do ícone para Fátima, logo que
a notícia começou a circular, foram muitas as vozes que se levantaram contra tal possibilidade, algumas até de altos responsáveis locais, mas também de gente anónima, com realce para alguns combatentes que, à semelhança do que haviam feito os seus camaradas que combateram na Flandres, em 1917-18, há muito adoptaram o “Cristo das Trincheiras” como seu “anjo da guarda”. Até nós, numa fase inicial, ficámos apreensivos com tal perspectiva, inclusive por considerarmos muito precários e débeis, quer a cruz, quer o “corpo”; este já por demais mutilado, opiniões que chegámos a expressar, até publicamente. Todavia, perante a decisão superior de remover o conjunto temporariamente para Fátima e face às garantias que nos foram sendo transmitidas acerca da forma minuciosamente planeada e segura como a mudança iria ser feita, e que tivemos oportunidade de constatar, por também termos acompanhado toda a operação de remoção, fomos ficando cada vez mais descansados. Mais do que isso, acabámos por concordar que a decisão se consubstanciou numa óptima operação de “marketing” (perdoe-se-nos a heresia da palavra utilizada), uma vez que, tendo tudo corrido bem,
.desenhos que falam.
as entidades envolvidas terão ficado a ganhar com a mesma. O Santuário de Fátima, porque viu exponencialmente enriquecido o espólio da sua, já de si, proeminente exposição, e a Liga dos Combatentes que, anuindo ao pedido, também terá marcado pontos valiosos na divulgação da existência e significado do “Cristo das Trincheiras”, designadamente, perante os milhares de visitantes da exposição, muitos dos quais, se nunca tinham passado pela Sala do Capítulo do nosso Mosteiro, quiçá, terão ficado com vontade de o fazer e de passar a palavra. Mudando de tema e aproveitando o espaço que ainda nos resta, passamos a fazer uma curta incursão pela política que, embora não fazendo parte da génese destes nosso artigos, talvez hoje se justifique, face aos resultados das eleições legislativas, ocorridas em 4 de Outubro passado. Na data em que escrevemos este artigo (4 de Novembro) ainda ninguém sabe se o governo empossado pelo Sr. Presidente da República, em 30 Outubro, irá ter vida curta ou longa, dado não dispor de maioria absoluta na Assembleia da República. Face a esta incerteza, perfilam-se outros cenários que vão sendo objecto, em toda a comunicação social,
Texto e ilustração: Susana Jordão E é esse interior, esse mundo cor de céu, que por ser tão nosso, assume tal proporção que não cabe mais em nós. Porque o egoísmo, a segurança e a estabilidade, a vida e o sonho, estão para além do visualmente atingível. O nosso umbigo está na ponta da vela que dobra o horizonte. Está longe. Um longe cujo epicentro mora dentro de nós. E é esse epicentro que nos mantém vivos, que estremece quando nos redescobrimos e assumimos livremente que o mundo tem um lugar para nós.
(resta dizer que esta minha timidez dá-me apenas para os berros, jamais pra me pôr a andar)
Epicentro Viajamos ao longo do tempo e pelo tempo constantemente viajamos à procura da fuga ao preconceito, tentando incessantemente um encaixe matemático num mundo policromático que nos cabe no umbigo. Inconscientemente empurramos o nosso olhar no sentido descendente e caminhamos sobre um traçado desenhado pelos outros que nos moldam. Um caminho de segurança e igualdade, de futuro
das mais variadas, partidarizadas e até desvairadas opiniões, o que só tem servido para lançar tremendas confusões nas mentes da maioria dos portugueses, em especial daquela gente simples que não consegue compreender os meandros da política, nem das sinuosas mentes que vão expelindo tão complexas opiniões, ao ponto de chegarmos a pensar que até os seus autores já terão dificuldade em se desenredarem da própria e intrincada teia que vão tecendo. Para bem de todos nós, esperamos que, no mais curto espaço de tempo, tudo isto se clarifique, antes que os danos desta incerteza nos causem, e ao nosso país, danos irreversíveis.
definido pelo senso comum de uma educação castradora. Arrumamos no bolso de trás o que somos e sentamo-nos à espera, pressionando e esmagando o melhor de nós. Damos a mão e apertamos como se a segurança e a estabilidade dependessem da quantidade de “newtons” dada pela multiplicação entre a massa e a aceleração. Investimos projectos de vida sem intenção de vivê-los. Amarramo-nos brutalmente à nossa
imagem exterior e à facilidade que a aparência das nossas próprias decisões assume. Amadurecemos e refugiam-nos numa maturidade comprometida. Esquecemo-nos do eu. O eu que por direito e sem forçada conquista deveria assumir sempre o lugar mais alto do próprio pódio. O eu que etimologicamente quando utilizado como prefixo exprime a noção de bem, o nosso próprio bem. Um bem que nos remete ciclicamente para dentro de nós.
E acontece que a certa altura sentimos um desdobramento desse epicentro que se auto-teletransporta para um lugar que descobrimos ser um prolongamento do nosso eu. Um lugar mágico que redobra os tremores e os apelida de arrepios. Um lugar cujo único caminho se encontra bem dentro de um enigmático olhar. Um abrigo que se sente e se fecha num abraço apertado e selado por um beijo cego.
Jornal da Golpilheira
. temas . eclesial .
Novembro de 2015
Ana Maria Henriques Médica Interna
Saúde pública
Uma das especialidades médicas menos conhecida é a saúde pública, no entanto muitas são as ocasiões em que este médico é chamado a intervir. Se toda uma aldeia adoecer, enquanto a função da maioria dos médicos é tratar das pessoas doentes, a função do especialista em saúde pública é perceber o que fez a aldeia adoecer, encontrar maneira de resolver o problema e tentar melhorar as condições da aldeia, para que não se repita. “A Saúde Pública é a ciência e a arte de promover saúde (…), com base no entendimento de que a saúde é um processo que envolve o bem-estar social, mental, espiritual e físico. A Saúde Pública intervém com base no conhecimento de que a saúde é um recurso fundamental do indivíduo, da comunidade e da sociedade como um todo e que deve ser sustentada por um forte investimento nas condições de vida que criam, mantêm e protegem a saúde.” Estes médicos e a sua equipa têm a função de elaborar e implementar planos para situações especiais, como no frio ou calor extremo, onde são aconselhados os idosos mais frágeis a não saírem de casa, ou em alturas do ano onde a frequência de gripes é muito elevada. Intervêm também em situações de casos como tuberculose, onde todas as pessoas que interagiram com o doente devem ser rastreadas. No plano mais organizacional, esta equipa de saúde tem a responsabilidade de elaborar planos de promoção de saúde, de os implementar e de os monitorizar. Programas de alimentação escolar, promoção da auto-estima, diminuição do consumo de tabaco e prevenção de doenças transmissíveis, como a SIDA, são só alguns dos planos que estão sob a gestão desta importante equipa. A vigilância epidemiológica é uma maneira complicada de falar sobre as
doenças, descrevendo quantas pessoas as têm, onde estão, quais são as “espécies”, o que têm em comum aqueles que mais adoecem, etc. Também, por outro lado, vigia a vacinação, isto é, a protecção da comunidade. As vacinas, além de evitarem muitas doenças de quem as toma, também evita doenças da comunidade, que fica protegida. Outro campo de actuação deste especialista e sua equipa é na saúde ambiental, onde são estudadas as exposições perigosas da comunidade e associadas ao possível desenvolvimento de doenças. A poluição ambiental, a exposição a radiações e o controlo da qualidade das águas das praias e piscinas são também aspectos relevantes para a saúde ambiental. Outra função deste grupo profissional é o estudo das principais causas de morte e morbilidade (grande incapacidade) do país, a sua distribuição geográfica, estabelecer relações com hábitos de vida e exposição a factores de risco, como indústrias ou explorações mineiras. Também as taxas de absentismo (falta ao trabalho/escola) por motivos de saúde são estudadas por estes médicos. De acordo com a localização geográfica, as consultas do viajante são também responsabilidade destes médicos, promovendo a diminuição do risco de sofrer de doenças em viagem e também colaborar num plano internacional de fiscalização de portos e aeroportos para limitar a entrada de doenças “tropicais”. Uma temática central no trabalho do especialista em saúde pública é o planeamento em saúde, que consiste na racionalização dos recursos escassos com vista a atingir objectivos fixados, de modo a reduzir os problemas de saúde prioritários, sendo fundamental a coordenação de esforços de todos os intervenientes neste processo que é a saúde comunitária.
Bispo diocesano publica nota pastoral
Abertura do Ano da Misericórdia dia como “amor compassivo que se manifesta perante as misérias, tribulações, fraquezas, pecado e maldade, para ir ao encontro, abraçar, cuidar, curar, libertar e perdoar”. Depois, apresenta as celebrações de “Abertura da Porta Santa”, uma no Santuário de Fátima a 8 de Dezembro e outra na Sé de Leiria a 13 de Dezembro, com o convite à participação dirigido a todos os fiéis católicos da Diocese. “A passagem pela porta santa é uma etapa de um movimento de saída de casa e de si mesmo para se pôr ao caminho em busca de Deus e de vida nova”, refere D. António Marto, sugerindo uma “peregrinação” a partir desse momento simbólico, uma caminhada que “há de significar uma mudança interior provocada pela graça de Deus e a adopção de atitudes e estilo de vida segundo o Evangelho”. E acrescenta que “a esse exercício espiritual está unido o dom da ‘indulgência jubilar’, que se estende mais para além do perdão dos pecados e se destina a sanar as feridas, o enfraquecimento e as fragilidades que ficam na pes-
“Misericordiosos como o Pai” é o título da nota pastoral de D. António Marto sobre a abertura e vivência do Ano da Misericórdia na Diocese de Leiria-Fátima. Na sequência da recente carta pastoral para o biénio 2015-2016, este é mais um documento para ajudar os fiéis a celebrar e viver este Jubileu. Na carta pastoral “Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia”, o Bispo de Leiria-Fátima indica as orientações pastorais para os próximos dois anos, tendo como fundo dois acontecimentos fundamentais: o Centenário das Aparições de Fátima e o Ano Santo da Misericórdia convocado pelo Papa Francisco para toda a Igreja. Nesta nova nota pastoral “Misericordiosos como o Pai”, o pastor diocesano visa “sublinhar alguns pontos a fim de que a celebração deste Jubileu seja para todos um verdadeiro momento de encontro com a misericórdia divina, uma experiência viva do amor misericordioso e da ternura do Pai, uma graça de renovação espiritual”. O documento começa por situar a definição de misericór-
soa como sequelas ou efeitos do pecado cometido”. Na mesma linha simbólica, o Bispo diocesano faz o convite a “cada fiel a pôr no seu programa um dia para fazer a sua peregrinação à Sé ou ao Santuário de Fátima”, que poderá ser em família, grupo, movimento, paróquia ou vigararia. Finalmente, indicam- se alguns meios que a Diocese propõe para uma vivência mais rica deste Ano da Misericórdia: uma edição do Evangelho de S. Lucas a distribuir gratuitamente pelos fiéis; um guião para o “retiro popular” durante a quaresma; a realização em grupos e comunidades da iniciativa “24 horas para o Senhor”; a celebração do sacramento da Reconciliação, com especial cuidado pelos confessores em serem “sinais da misericórdia do Pai do Céu que oferece o seu perdão aos filhos que regressam a casa”; e a acção dos serviços sócio-caritativos e quantos têm a tarefa de cuidar dos irmãos mais frágeis. Luís Miguel Ferraz
Segurança rodoviária na EN1
Balizadores na saída Batalha/Leiria
A empresa Infraestruturas de Portugal instalou cerca de duas dezenas de balizadores flexíveis na faixa de inserção na EN1/IC2, à saída da vila Batalha no sentido de Leiria. Esta operação visa “o reforço das medidas de segurança rodoviária, com o intuito de minorar o número de sinistros que o troço em causa tem registado nos últimos anos, alguns deles com vítimas mortais”, refere nota do Município da Batalha,
sublinhando que se pretende “evitar manobras de inversão de marcha dos automobilistas
que, por descuido e distracção, praticam esta manobra com alguma frequência” naquele local.
DR
. saúde .
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CLÍNICA DENTÁRIA E OSTEOPÁTICA DA BATALHA Direcção Clínica: Dr.ª ANA FREITAS • Medicina Dentária Geral • Psicoterapia e Hipnose Clinica • Osteopatia • Psicologia de Crianças e Adolescentes • Terapia da Fala • Aulas de Preparação para o Parto • Acunpuntura Médica, Estética e Tratamento da Dor Acordos: SSCGD, SAMS, Multicare, Advance Care, Associados do Montepio, WDA e outros
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Consultas de Segunda-Feira a Sábado
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Jornal da Golpilheira
. sugestões de leitura .
Novembro de 2015
Paulus Editora . Espiritualidade . O espírito do Natal
Colecção oficial para o Jubileu da Misericórdia Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização
Papa Francisco Este livro, ilustrado com iluminuras, apresenta uma série de homilias e reflexões do Papa Francisco (enquanto cardeal de Buenos Aires e já como Papa) sobre o significado, a importância e o espírito do Natal. Indispensável para preparar e viver profundamente tão bela festa.
Sacra Pagina Luís Correia de Sousa Está já acessível a todos o catálogo das bíblias portáteis do século XIII. «Sacra Pagina», de Luís Correia de Sousa, surgiu a partir da tese de pós-douramento do autor e foi apresentado durante o colóquio internacional sobre a Bíblia Medieval que decorreu na Biblioteca Nacional, em Lisboa. O autor destaca que a obra é mais do que a sua tese. «Toda a primeira parte é uma viagem iconográfica pelo mundo da Bíblia, única no mundo, que interessará a todos os que gostam de história». Para o investigador do Instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, «a mais-valia desta obra é que, numa exposição, apenas se vêem as iluminuras das páginas que estão abertas, e aqui vemos muito mais do que isso».
O Pacto das Catacumbas - A missão
dos pobres na Igreja José Antunes da Silva Xabier Pikaza Paulinas No dia 16 de Novembro de 1965, quando o Concílio Vaticano II já se aproximava do fim, 40 bispos reuniram-se nas catacumbas de Santa Domitila, em Roma, para celebrar a Eucaristia e assinar um documento em que expressavam o seu compromisso com os ideais do Concílio: viver um estilo de vida simples e exercer o seu ministério de acordo com critérios evangélicos. Este livro é o compromisso pessoal de cada um daqueles bispos, mas é também um desafio para toda a Igreja e um instrumento para aferir a sua fidelidade ao Evangelho. Tudo começara três anos antes, quando se constituiu o chamado grupo «Igreja dos pobres», na sequência do apelo radiofónico de João XXIII: «Perante os países subdesenvolvidos, a Igreja mostra-se como aquilo que ela é e quer ser: a Igreja de todos e, sobretudo, a Igreja dos pobres» (Mensagem de 11 de Setembro de 1962).
A Igreja em Diálogo com o Mundo
Filhos da dúvida...
D. João Lavrador O novo livro do bispo coadjutor de Angra recolhe um conjunto de reflexões escritas no jornal Voz Portucalense, entre maio de 2009 e Julho de 2015. Para D. João Lavrador, este livro não serve apenas de agradecimento aos que o acompanharam ao longo dos últimos anos na diocese do Porto, mas é também uma forma de se dar a conhecer aos diocesanos dos Açores, porque «o que escreve é o que é», refere. Na apresentação da obra, o novo bispo coadjutor de Angra explicou ainda o motivo de fazer muitas citações dos documentos da Igreja nos textos que escreve. Para o prelado, o importante é divulgar a palavra da Igreja, mais do que a sua própria palavra, e este é o motivo para utilizar e divulgar os documentos do magistério.
Paulo Caetano Filhos da dúvida transportanos a ideia de que a vida é uma sucessão de acontecimentos, onde em cada momento se edifica a sua história e em cada passo se constrói a eternidade. Mostra-nos que há pessoas que com o seu estilo de vida e com as naturais limitações são capazes de reiterar no fim da jornada aquilo a que se comprometeram no início. E, como consequência, verificamos que há pessoas que cometem erros por se instalarem no principal patamar da vida. Outras, sem medo, erram, porque, simplesmente, se põem a caminho! Daniel e Samuel conhecem-se desde o pouco tempo que a escola os juntou. São dois jovens muito próximos e com espírito muito determinado e confiante. Mas isso não os inibe de lidar frontalmente com a realidade e, à sua maneira, não fogem do espelho ou do confronto com as dúvidas. Pois a verdade é que nem sempre é fácil viver numa sociedade abstraída dos cânones da fé instituídos e na qual é preciso lidar diariamente com o preconceito, o isolamento e o egoísmo.
Mariana, meu amor
Vai e Põe uma Sentinela
Margarida Rebelo Pinto
Volume 4
Volume 5
Volume 6
As “parábolas da misericórdia”
Os Padres da Igreja e a Misericórdia
Os Santos e a Misericórdia
As “parábolas da misericórdia” remetem-nos para três narrações do Evangelho de Lucas: a ovelha perdida, a moeda encontrada e o filho pródigo. Na realidade, a misericórdia é abordada também em outras parábolas. São oito as parábolas de Jesus que, de ângulos diversos, tocam o tema da misericórdia no terceiro Evangelho e que neste Ano Jubilar vale a pena conhecer e aprofundar. É o que propomos fazer neste comentário sugestivo, através de uma leitura provocadora que irá não apenas ajudar a compreender o seu profundo significado mas sobretudo nos fará sentir que estas parábolas são dirigidas a cada um de nós com o convite a deixarmo-nos abraçar pela misericórdia de Deus. De facto, qualquer leitor estará envolvido nas parábolas de Jesus e reflectirá sobre elas através de uma verdade tão evidente que nos obriga a repensar sobre nós próprios e sobre as relações que tecemos cada dia.
Harper Lee
Segurar Loucos ou Empurrar Elefantes?
Aos Olhos da Rita – Como sinto e vivo a paralisia cerebral
Clube do Autor
Editoral Presença
Rui Nascimento Alves
Rita Bulhosa
No século XVII, durante a Guerra da Restauração da independência de Portugal, soror Mariana Alcoforado apaixounou-se por um oficial francês. As cartas de amor que lhe escreveu transformaram-se num símbolo da literatura romântica universal. Trezentos anos depois, Alice, uma jornalista, revisita esta história e aprende com Mariana a vencer a tristeza de um amor perdido. Mariana, meu amor é um romance dentro de um romance, uma narrativa a duas vozes de duas mulheres corajosas que, através de vivências quase opostas, conseguiram desafiar o seu destino e alcançar a paz, sem negar os seus sentimentos mais profundos.
Este é um dos mais aguardados livros do ano, considerado «uma obra de arte» pelo Chicago Tribune e bestseller em vários países. Jean Louise Finch - Scout - a inesquecível heroína de Matar a Cotovia, regressa de Nova Iorque a Maycomb, a sua cidade natal no Alabama, para visitar o pai, Atticus. Decorre o turbulento período de meados de 1950, numa nação dividida em torno das dramáticas questões raciais. É com este pano de fundo que Jean Louise descobre verdades perturbadoras acerca da sua família, da cidade e das pessoas de quem mais gosta, o que a leva a interrogar-se sobre os seus valores e princípios, e a confrontar-se com complexos problemas de ordem pessoal e política. Um livro magnífico, comovente e de grande fascínio de um dos maiores vultos da ficção contemporânea.
Editora RH
Guerra e Paz | Clube Livro SIC
Muitas organizações nacionais, apesar da adversidade dos tempos mais recentes, de um ciclo económico e social desfavorável, conseguiram manter-se viáveis, tornarse mais robustas, lançar e desenvolver novos negócios, inovar, exportar e, com tudo isso, tornar-se mais competitivas e rentáveis. Fizeramno através de uma forma diferenciada de gestão dos seus líderes, colaboradores e equipas. Estes gestores e empresas optaram por estratégias radicalmente diferentes ou focaram-se no essencial? Quais os seus segredos para atrair, reter, desenvolver, motivar, compensar e reconhecer as suas pessoas? O que podemos aprender com as suas práticas de gestão?
Seis meses depois de Rita Bulhosa nascer, os pais e os médicos descobriram que a paralisia cerebral lhe afectava os movimentos, impedindo-a de se sentar ou levantar. Hoje, quase a fazer 16 anos, Rita assume com determinação a diferença e mostra como é (sempre) possível dar a volta aos problemas que a vida nos traz. Este é um livro escrito com base nos textos que ela partilha na sua página de Facebook, onde tem milhares de seguidores. Tudo fruto de mérito pessoal. Como este livro que é, também, um livro positivo e de desmistificação de uma doença que se apresenta, à primeira vista, como um palavrão difícil de entender. Afinal, a realidade não é assim tão má. Se tivermos a postura correcta. «Este livro é uma viagem para mim, em que me deixo voar, aprendendo com as palavras, contrariando uma condição que me fez diferente. Espero que gostem desta viagem», escreve a autora.
O tema da misericórdia tem acompanhado a história dos cristãos. Um capítulo importante desta história é certamente constituído pelos Padres da Igreja, de entre os quais sobressaí de modo particular Santo Agostinho, o cantor por excelência da misericórdia divina. O presente volume quer antes de mais evidenciar como o tema da misericórdia atravessa o ensinamento destes grandes mestres dos primeiros séculos do cristianismo. Além disso, propõe também alguns dos textos mais significativos e sugestivos dos Padres da Igreja do Oriente e do Ocidente, muitas vezes pouco conhecidos pelos crentes, um verdadeiro tesouro escondido que devemos utilizar neste Ano Jubilar na catequese, na lectio e na oração, para sustentar e alimentar a nossa fé.
O Principezinho Antoine de Saint-Exupéry Guerra e Paz|Clube do Livro SIC Este é um dos livros mais amados pelos leitores de todo o mundo. À primeira vista, é um livro muito simples. Um principezinho fala com um aviador em apuros e cativa-o. Mas que mensagem nos quererá transmitir esse viajante que, vindo de um asteróide, é tão semelhante a qualquer um de nós? O principezinho é uma criança, um menino apenas, e conta histórias. Fala com rosas, fala com reis, fala com serpentes. São alegorias talvez, impregnadas da tristeza serena de quem anda à procura. Um principezinho e um aviador andam, no deserto, à procura. A busca deles é o espelho da nossa procura diária, encantada ou desencantada, de um sentido para a vida.
Entre os meios pastorais para viver o Jubileu não podia faltar um texto dedicado aos santos, a todos aqueles homens e mulheres que em cada tempo e nos diversos lugares do mundo encarnaram na sua existência o rosto da misericórdia. Eles não se limitaram a exprimir o seu testemunho através de obras de misericórdia mas, como escreve o Papa Francisco, «entraram nas profundezas da misericórdia» e por isso sentiram a urgência de exprimir essa beleza nas suas vidas de santidade. A leitura e a meditação dos seus testemunhos, recolhidos neste volume, pode ajudar a viver este Ano Jubilar na firme certeza e confiança do amor misericordioso do Pai.
Angola – O Nascimento de Uma Nação (Vol. III) O Cinema da Independência
Maria do Carmo Piçarra Jorge António Guerra e Paz É uma «cinematografia de urgência», a que fixa o nascimento de Angola. Enquanto núcleos pioneiros – Promocine, TPA e equipa Ano Zero – dão formação em cinema, as principais linhas de solidariedade internacional a traduzir-se em colaborações cinematográficas são as mantidas com Cuba e o Partido Comunista Francês. Ruy Duarte cresce, entretanto, como realizador através de um cinema da palavra, buscando uma «linha de equilíbrio» entre dois dinamismos, o de um tempo mumuíla num presente angolano. Sucede-se um longo impasse, provocado pela guerra e falta de recursos. A revitalização que se vai vivendo em certos momentos não basta para sustentar o presente desta cinematografia, de costas voltadas para a emergente produção amadora do «cinema da poeira» que sonha com uma Angollywood. Cinema angolano – um passado com o futuro sempre adiado?
Jornal da Golpilheira
. entrevista . história .
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Novembro de 2015
.história. As obras setecentistas na Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha
Miguel Portela Investigador A igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha, demolida em dezembro de 1835, evidenciou-se por ser um templo que marcou a história e vida religiosa desta comunidade durante vários séculos. Sabemos que esta igreja resultou das obras realizadas entre 1727 e 1733, que se traduziram na transformação de uma pequena ermida dedicada a Nossa Senhora do Rosário em igreja. Temos notícia deste facto através de certos registos constantes no livro setecentista de receitas e despesas pertencente à Confraria de Nossa Senhora do Rosário e que hoje se encontra depositado no Arquivo Distrital de Leiria (A.D.L., Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receitas e Despesas da Confraria do Rosário [17101739], Dep. VI-2-B-5). Identificámos, através da leitura atenta desse livro, que as eleições para juiz, tesoureiro, escrivão e mordomo desta confraria eram realizadas na sua maioria na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, sendo que algumas vezes se realizaram na ermida de Nossa Senhora do Rosário. Compreende-se assim, a existência de duas confrarias com o mesmo nome - uma na igreja de Nossa Senhora do Pópulo e outra na ermida/igreja de Nossa Senhora do Rosário a que nos reportamos -, como se confirma através do registo de uma reunião efetuada entre ambas em 12 de abril de 1712: “se ficesem huas cazas de sobrado atras da dita ermida de Nossa Senhora do Rozario sobre as cazas terreas que estão peguadas com a dita capela e sancristia per serem muito nesecarias para as fabriquas das ditas comfrarias ambas para cujo custo concorrerão i geralmente as ditas duas confrarias com as esmolas que voluntariamente se deram para a dita obra” (Ibidem, fls. 22-23v); A.D.L., Livro de Receitas e Despesas da Confraria de Nossa Senhora do Pópulo [1692-1718], Dep.VI-25-B-4, fl. 1, 132- 133v). Estas obras haviam sido executadas pelo mestre Mário de Sousa, sendo que no ano de 1712 o juiz da confraria, Manuel Craveiro da Silva, lhe entregou a quantia de 44 720 réis relativos aos gastos na dita obra (A.D.L., Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receitas e Despesas da Confraria do Rosário [1710-1739], Dep. VI-2-B-5, fl. 28v). Contudo, no ano de 1719 foi feita a entrega de 12 880 réis à confraria de Nossa Senhora do Rosário do Pópulo, dado que, conforme se assentou, “despendera este mordormo (Elias Nunes), doze mil e oitosentos e oitenta reis que deu á Confraria do Popullo pela dita os ter gasto de mais na compra que estas Confrarias fizerão dos metreais [sic] para a obra que se desvaneceo, e ao depois se venderão” (Ibidem, fl. 64v). Certificamos que entre 1710 e 1725 foram realizadas obras de conservação na então ermida do Rosário, sobretudo no ano de 1710, altura em que se despendeu a quantia de 1640 réis para um carpinteiro, que construiu uma porta nova, e 1920 réis para as respetivas ferragens (Ibidem, fl. 8); em 1716, sendo que se gastaram 4180 réis com o pedreiro e serventes que efetuaram melhorias várias na igreja (Ibidem, fl. 49v); em 1719, ano em que foram pagos 510 réis pelo conserto de uma fresta pelo vidraceiro (Ibidem, fl. 64); em 1720, quando o conserto da abóbada da sacristia custou 2860 réis (Ibidem, fl. 69); e em 1725, altura em que foram pagos 2000 réis pelas vidraças e 6300 réis pelo fornecimento de madeira e execução de novos estrados por Manuel Soares (Ibidem, fl. 83). Entre outubro de 1727 e janeiro de 1729 procederam-se a obras de remodelação que modificariam profundamente a ermida, transformando-a num magnífico
e exuberante templo setecentista. Nesse período, há registo de que se despenderam 10 800 réis com vinte moios de cal, incluindo o pagamento de 480 réis para cada um dos homens que “andaram à cal”, nomeadamente Manuel Luís e o servente João Mendes (Ibidem, fl. 102). Ficou registado o pagamento de 13 500 réis ao mestre pedreiro Francisco Ferreira, relativos a 45 dias de trabalho, e de 16 500 réis, relativos a 55 dias de trabalho, a seu filho Manuel Antunes. Apresentam-se gastos no valor de 2200 réis com 40 carradas de pedra e tijolo, sendo que foram pagos aos serventes João Andante e Inácio Rodrigo 3000 réis correspondentes a 19 dias de trabalho e 7040 réis relativos a 45 dias de trabalho, respetivamente. O registo de despesas continua: foram pagos 3120 réis ao servente Manuel Luís, correspondentes a 19 dias de trabalho; 320 réis ao servente Patriarca, por dois dias de trabalho; 160 réis ao servente Nanqué, por um dia de trabalho; 320 réis ao servente José Dias; 2180 réis ao servente Manuel Marques, relativos a 14 dias de trabalho; 960 réis ao servente Maia, por seis dias de trabalho; 2800 réis foram pagos a José Lourenço, por milheiro e meio de tijolo; Manuel Gomes das Gaeiras (Óbidos) recebeu 4950 réis por milheiro e meio de telha, incluindo 600 réis com Pedro Francisco, que a trouxe para a obra; 3000 réis foram gastos em 25 carradas de pedra comprada nas Caldas da Rainha a Maria Antónia, incluindo 1000 réis a João Henriques, pelo transporte; e 2400 réis cobriram a despesa com o carreto das 40 carradas de pedra que arrancara Manuel Antunes (Ibidem, fl. 102-103). Compreendemos que estas obras marcaram o início de uma nova fase no panorama artístico das Caldas da Rainha, com a presença de um grande número de oficiais de diversas artes que foram chamados a trabalhar, contribuindo com o seu saber e mestria para a construção deste templo. Sabemos ainda que se despenderam nesse período “com o mestre carpinteiro Manuel Gomes por fazer a obra do tecto de trinta painéis com suas molduras, tendo ajustado com o Padre Miguel Botto da Sylva em doze painéis por esta mayoria dispendeo dezasseis mil e outocentos réis”. Para além das despesas já referenciadas, gastaram-se com o frete de água e areia para a obra 4460 réis, e 1220 réis pelo transporte, a cargo de Feliz Duarte. Despenderam-se também 9600 réis com o óculo de pedra ajustado e aplicado com grade pelo canteiro Diogo da Silva, sendo pagos 4000 réis pelo trabalho da grade de ferro a Domingos do Avelar. Pagaram-se 12 500 réis pelo feitio das portas executadas pelo mestre Manuel Soares, 12 500 réis com as ferragens que fez mestre João Francisco para essa porta, 2250 réis com o mestre pedreiro Manuel Antunes e seu filho, por sete dias e meio de trabalho necessários para elaborar a cimalha da porta da igreja (Ibidem, fl. 103-103v). Entre janeiro de 1729 e janeiro de 1731 certificamos que foram apenas desembolsados 3200 réis com a vidraça para o óculo de pedra - a obra não estava ainda concluída (Ibidem, fl. 106v), pelo que entre janeiro de 1731 e julho de 1732 se registaram as seguintes despesas: 2900 réis com a madeira para os andaimes, 5290 réis com os serradores que trabalharam essa madeira, incluindo o trabalho dos carpinteiros que os armaram, 1670 réis com os carpinteiros de desmancharam esses andaimes e que consertaram os estrados da igreja e 1780 réis com dois sacos de carvão e óleo para os pintores. Nesse período foi ainda registado no livro da confraria que se “despendeo com Pedro de Almeida mestre azelegador que veyo de Lixboa a tomar a medida da igreija para o azolejo tres mil e dozentos reis”(Ibidem, fl. 111). Destacamos o facto de Pedro de Almeida, mestre ladrilhador, morador na cidade de Lisboa Ocidental, ter recebido em 23 de janeiro de 1723 uma procuração por parte da viúva do capitão Sebastião Vaz Domingos, D. Antónia de Jesus, assistente em São Mamede (Óbidos), para que pudesse ajustar a aquisição de umas
casas a Maria da Luz, viúva, moradora nessa cidade (A.D.L. Livro Notarial de Óbidos, Dep. V-90-E-34, fl. 1-1v). Entre agosto de 1732 e fevereiro de 1733 temos conhecimento de que foram pagos ao “mestre Gonsallo Afonsso do feytio de tres frestas e meter pedraria e meyo moyo de cal e sette homens de servir como se vio por sertidam jurada do mesmo mestre treze mil e quinhenttos e noventa” (A.D.L., Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receita e Despesa da Irmandade do Rosário [1710-1739], Dep. VI-2-B-5, fl. 116v). Nessa altura, foram desembolsados 8905 réis com o mestre ferreiro Manuel Brás de Cela, pela execução de três grades em ferro para as frestas da igreja; 7200 réis com o mestre vidraceiro, António Rodrigues de Miranda, por três vidraças com redes e ferros; e 3200 réis com o mestre José Luís, pelo feitio da porta travessa da igreja e pelos três caixilhos para as vidraças (Ibidem, fl. 116v). Com a obra quase terminada, foi incumbido António de Oliveira da execução de um retábulo para a capela-mor desta igreja. Assim, entre 1732 e 1733, registou-se no livro da Confraria de Nossa Senhora do Rosário, a seguinte nota: “Achou que despendera mais com catorze mil e coattrosenttos reis que se deram ao mestre emtalhador Antonio de Olivieyra da Serra delRei a contta do retabullo que esta fazendo para a capella mor e tem justo em sesentta mil reis e assim aseguranssa das ditas moedas como da dita obra tem feytto obrigasam anbonada em Joam Fialho o Velho desta villa. 14400” (Ibidem, fl. 117). Já no século XIX, concretamente a 25 de fevereiro de 1807, procedeu-se à inventariação dos bens pertencentes à Confraria de Nossa Senhora do Rosário, que, pela sua importância e riqueza documental, aqui publicamos (Doc. 1). Anos mais tarde, a 9 de janeiro de 1837, em reunião realizada entre o juiz da Confraria do Rosário, Manuel Pedro Brilhante, o escrivão José Tomás Sobral e Mello, o tesoureiro Domingos dos Santos Costa e o mordomo João Fernandes Coelho, foi decidido trasladar as imagens de Nossa Senhora do Rosário e do Senhor Morto, pertencentes a esta confraria e que se encontravam nessa data depositadas na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, para a Igreja do Espírito Santo, mas apenas quando estivessem executados os altares nesta referida igreja, a cargo da Ordem Terceira (A.D.L., Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receitas e Despesas da Confraria do Rosário [1831-1846], Dep. VI-2-B-5, fls. 13v-14). Atestamos também, na listagem de despesas da Ordem Terceira das Caldas da Rainha, compreendidas entre junho de 1836 e maio de 1837, o arranjo do altar, para nele ser colocado o Senhor Morto. Citamos um excerto dessa lauda: “Despendeo no arranjo do altar para por o Senhor Morto que noutro tempo esteve na Igreja do Rozario, e se modou para esta Igreja a 9 de março de 1837 com comsentimento e determinação dos mordomos do mesmo Rozario, em comsequencia de se ter demolido a mesma Igreja em dezembro de 1835 sendo Prezidente da Camara Joze Antonio Duarte, Antonio Rodriguez Diniz e Felipe Pinhão” (A.D.L., Livro de Receitas e Despesas da Ordem Terceira das Caldas da Rainha, Dep. VI-25-B-2, fl. 105v). Através deste testemunho, afirmamos que o processo de demolição deste templo religioso havia já sido iniciado, perdendo-se para sempre um exemplar de arquitetura religiosa setecentista que, por certo, seria nos dias de hoje fator de regozijo e valorização do património artístico e religioso das Caldas da Rainha. Documento 1
1807, fevereiro, 25, Caldas da Rainha - Inventário dos bens da Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha. A.D.L., Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receitas e Despesas da Confraria do Rosário [1782-1830], Dep. VI-2-B-5, fls. 74v-76v. [fl. 74v] A saber 1 Imagem de Nossa Senhora do Rozario com o seu
Postal ilustrado da Praça da República nas Caldas da Rainha, onde se localizava a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, demolida em dezembro de 1835. menino 1 Croa de prata da Senhora outra do menino 1 Diame de prata para a sulidade da Senhora 1 Contas de pau com crus e Padres Nosos de ouro e huma arelequia no pé da crus 1 Contas de vidrilho roxas 1 Ditas azuis com crus de prata 1 Ditas de vidro azul escuro cobradas [sic] 1 Ditas do dito brancas emfiadas em cadea de prata 1 Ditas do dito brancas emfiadas em retros 1 Reccele [sic] de ouro com seus diamantes pequenos 1 Vestido de tela lavrada de seda e prata branco e manto irmão o manto com franja de prata dourada 1 Dito azul claro de matizes e manto irmão 1 Dito de seda de raminhos e manto irmão gornecido com renda larga de prata 1 Dito de seda de matizes e manto irmão com franja de prata dourada 1 Dito de setim roxo 1 Dito e manto preto de nobreza 1 Dito de setim e manto irmão azul claro com renda de prata larga 1 Manto saia espartilho e mangas de seda lavrada 1 Dito de setim branco gornecido de renda de prata dourada 1 Dito de nobreza roxa com franja de prata lavrada 1 Dito de setim azul claro 1 Saia e mangas espartilho de setim cor de perola 1 Dito de seda branca lavrada de prata 1 Saiote de seda amarela Vestidos do Menino 2 Vestidos roxos 4 Ditos Brancos 3 Ditos de seda lavrada com renda de prata 1 Dito azul escuro lavrado de prata 1 Dito amarelo enterneçido de prata 1 Dito de seda branca inferior // [fl. 75] Imagens 1 Senhor em vulto com sua croa de espinhos lançol e veo de cobrir 1 De Nossa Senhora do Rozario pequena com seu Menino com croas de latão amarelo com seu oratorio proprio 1 De Santa Catherina com croa de prata 1 De S. Joze com seu Menino com resplandor dourado 1 De S. Francisco Xavier com resplandor de prata 1 Corsoficio [sic] de Prata em huma crus ordinaria na sancristia Cruzees 1 Cruas grande com seu tililo e cravos de ferro 1 Dita de prata para os enterros com duas mangas de damasco branco muito velhas < não iziste > 3 Ditas de bronze com seus crusufiçios [sic] dos altares Paineis 1 Painnel de Eso o Home [sic] 1 Dito de Nossa Senhora do Carmo 1 Dito de Nossa Senhora velho < não iziste > 1 Dito de S. João Nepumaseno Alfaias para o Santo Sacraficio da Misa 3 Calsis de prata dourados e colheres e o mais que lhe pertence com suas capas de tafeta emcarnado e cazas de marroquim emcarnado 4 Misais dois velhos e hum milhor uzo e hum novo 3 Cazulas roxas com suas estolas e manipolos em bom uzo 2 Ditas emcarnadas com suas estolas e manipolos em bom uzo 2 Ditas verdes com huma estola de menos em bom uzo 2 Ditas brancas de damasco e estolas e manipolos muito velhos < não iziste > 12 Alvas de Bertanha com rendas em bom uzo faltando huma 9 Cordõus < faltão dois > 12 Toalhas dos altares de Bertanha e, bom uzo 3 Ditas de pano de linho fino em uzo 6 Amitos e mais 4 são portanto 10 3 Manosterios 51 Sanguinhos 13 Corporais dobrados 16 Palas de Bertanha com renda em bom uzo 2 Bolsas roxas com seus veos 1 Dita sem veo 2 Ditas verdades e tres veos 3 Ditas brancas com seus veos em mal uzo < não izistem > // [fl. 75v] 2 Bolsas emcarnadas e só hum uzo 2 Veos brancos velhos < não izistem > 3 Ditos verdes de tafeta de cobrir os altares 3 Frontais de damasco roxo em menos mao uzo 3 Ditos verdes em bom uzo 3 Ditos emcarnados em bom uzo
1 Dito branco sem gornição em mao uzo 1 Dito de xita branca com franja emcarnada 1 Dito Branco em mao uzo < não iziste > 2 Estantes de páo 2 Toalhas de cardençia < falta huma só 1 > 2 Ditas do lavatorio Armação da Igreja 1 Sitial que consta de duas cortinas e huma sanefa de damasco emcarnado da Capela Mor em bom uzo < não iziste > 1 Pano do pulpito branco de damasco de seda com franja amarela em bom uzo 1 Palio escuro com boracos em menos mao uzo 1 Porta de cortinas do pulpito de damasco emcarnado em bom uzo 2 Cortinas e sanefa roxas com franja amarela 2 Ditas e sanefa emcarnadas em menos mao uzo 2 Ditas e sanefa lavradas de verde e franja amarela 1 Dita de damasco emcarnado muito velha 1 Dita cor de canela de damasco em meno mao uzo 2 Ditas e sanefa de xita grande 1 Pano de seda azul claro muito velho Castiçais 10 Castiçais grandes de bronze dos altares 2 Ditos pequenos de bronze 12 Ditos de estanho pequenos em mao uzo < quebrarãose 2 > 3 Alampadas de latão amarelo 1 Vazo para o lavatorio 2 Pares de galhetas de vidro Para a procição 1 Vestimenta verde com hum sinto emcarnado para S. João 1 Dita roxa com hum sinto emcarnado de Joel 4 Ditas cor de cafe de seda lavradas dos Profetas 5 Diamas para as Marias e S. João e Madanela 3 Cravos de pate dourados com sua pianha Martelo e troques de pau pintado Bronica [sic], escadinha, cluna, Filipo de papelão, huma lança, esponja com suas varas competentes // [fl. 76] 2 Esquadas de pau pintadas 12 Capas brancas da Confraria 1 Papagaio grande velho 2 Tapetes velhos 3 Sacras 2 sans e huma cobrada 1 Caxa de hostias de marfim 1 Dita de hostias de folha 1 Andor velho com seus paos em que vai a Senhora 1 Esquife em que vai o Senhor na Procição do Enterro 1 Caixão grande em que está o Senhor 1 Ferro grande de ver as sepulturas 9 Varas de galão de ouro largo e fino 10 De galão de retros e ouro de gornecer vestimentas Vara e meia de franja de retros 1 Vara de franja de retros e ouro 1 Sino com sua cadea de ferro 2 Caxones em que se guardão os frontais 1 Cofre com tres xaves Titilos 1 Livro antigo dos bens e rendas que tem a confraria 1 Dito antigo da receita e despeza e ileicons [sic] 1 Dito para se lançarem as contas da Confraria 1 Dito das contas da Confraria 1 Dito pequeno dos Irmaons da Confraria Escrituras 1 Escritura feita ao Padre João Dinis em 1736 1 Dita de Antonio Luis 1 Dita do Lenciado Manoel de Faria Aguiar 1 Dita de Manoel da Silva em 1708 1 Dita de Marsalo Joze de Coto em 1772 1 Dita de Luis Pedro de 1760 1 Dita da viuva do João Luis do Valle em 1754 1 Dita de compra do dominio util de hum foro 1 Dita de Manoel Joze de Bastos 1 Dita de Françisco de Borje 1 Testamento de Felipe Luis 1 Certidão de huma ileição 1 Sentença do Doutor Provedor das Capelas em 1736 1 Folha de aranjo que deixou Antonio Jorge 1 Inventario dos Juros e Foros da Confraria 1 Requerimento e portesto sobre a fazenda da Mexila E por não // [fl. 76v] E por não se achar mais nada pertencente a esta confraria do que se ve no dito inventario que principio a folhas quarenta e set verso e se finda digo a folhas setenta e quatro verso e se finda em setenta e seis verso fis este termo que todos comigo asignarão aos vinte e sinco de fevereiro de mil e oitocentos e sete eu Francisco dos Santos Coelho escrivão da dita Confraria o escrevi e asignei. (a) Françisco dos Santos Coelho (a) Joaquim Joze de Siqueira Pinto (a) Joze Thomas Sobral (a) O thezoureiro Francisco Joze Ventura
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Jornal da Golpilheira
. do leitor . poesia .
Novembro de 2015
Convívio dos nascidos em 1955
Parabéns a vocês!
Parabéns aos de 1955, que já contam 60 primaveras e ainda estão para as curvas. O ano de 1955 é muito especial, pelo menos para os que nele nasceram, basta ver os seus nomes. Tudo gente do melhor. As fotografias dizem tudo.
.poesia. Na brancura das tuas mãos Na Mestria do teu saber, Será difícil esquecer A dedicação e o valor De um trabalho com amor. Cheguei combalido com tanta dor, Regressei a casa com a esperança Mas as tuas mãos movidas por amor Logo fiquei aliviado é a minha lembrança.
O Henrique Bento muito descansado. A Madalena Filipe preocupada porque é que ele não come a sopa. O Luís Fernando a pensar que já pode ir aos almoços da terceira idade do Centro Recreativo da Golpilheira. O Fernando Lucas ao que parece anda muito católico, em constantes peregrinações a Fátima. A Fátima Matias sempre muito bonita (não desfazendo nas outras) e o marido o Sérgio Pardina um gentleman. A Maria da Luz é como a Toyota, veio para ficar e ficou mesmo e também trouxe o marido, o António Ferraz, que é como quem diz o “Pitoninha”. Ele é de cá mas de outro ano.
Fisioterapeuta de profissão, Entrega-se ao corpo com amor Em cada paciente entrega o coração Na alma o saber e a fé aliviam a dor. É um sinal de valor, Que faz sentir a frescura E a magia semeia amor Dando ao corpo a cura. A brancura de cada mão, É o dom que Deus te deu Terás sempre a gratidão Que o destino te concedeu. Obrigado pela tua humildade, Pela tua entrega total Trilha um caminho sem vaidade Verás a felicidade sem igual. José António Carreira Santos
O Américo lembrou os que já partiram. A esposa Alzira de olho nele. Força Américo! A Fernanda Rodrigues e o Virgílio Carreira são os culpados disto tudo. Ainda bem. O Moniz é mais novo, mas a esposa, a Piedade Lopes, é que é da nossa turma. O José Cunha já tem experiência de reformado das electricidades, mas ainda acende a lâmpada de vez em quando. Se calhar a esposa, a Maria de Lurdes Santos é que tem que carregar no interruptor. O Vítor Teixeira, o único português que vota duas vezes, pôs o país a tremer. O moço está cada vez mais escorreito, mais jeitoso. O Franclim não nasceu cá, vinha para levar a Lurdes Carreira, mas acabou por trazer a xixa e já não vai embora. Foi um jantar e um convívio muito agradável que há muito se justificava. Falou-se e recordou-se muita coisa e muitas pessoas das nossas vidas. Para os que não puderam, não souberam ou não quiseram estar presentes, iremos todos esforçar-nos para que no próximo ano isso seja possível. Como diz a canção do Zeca Afonso: “Amigo, traz outro amigo também”. Estão de parabéns o casal Fernanda e Virgílio Carreira, que foram os mentores e os organizadores do evento. O repasto teve lugar na Batalha no sábado 31 de Outubro do ano da graça de 2015, no restaurante “Burro Velho” (afinal de um conterrâneo nosso) que nos deixou muito bem impressionado pela qualidade e simpatia. A todos um Bom Ano. Luís Fernando pub
Agência Funerária Santos & Matias, L.da SERVIÇOS
FÚNEBRES
Brancas (Residência e Armazém) – 244 765764 Batalha (Escritório) - 244 768685 fune_santosematias@sapo.pt • 96 702 7733
Obituário
Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.
Vitralistas de Santa Maria da Vitória Na fragilidade do vidro gravei telas imortais e colori com arcos-íris os raios de sol que iluminam as catedrais. Dotei a luz, nos panteões reais, dos tons etéreos que se lhes adequavam mais e dei à palidez das pedras reflexos próprios das cores siderais. José Travaços Santos
Soldados Portugueses da Grande Guerra Deram-nos a guerra para remissão dos pecados alheios e alheios partimos mas cumprimos, sem hesitações nem receios, a missão que nos impunham. Deus não quis que vencêssemos a batalha apocalíptica de La Lys mas concedeu-nos a graça de ser vencidos com honra e glória e escrevermos, então, uma das páginas imperecíveis da nossa História. Partimos anónimos e anónimos regressámos, soldados desconhecidos, vencedores dos próprios medos e tibiezas, só pelos terreiros dos paços e pelas circunstâncias traídos. José Travaços Santos
Convívio dos jovens de 1963 e de 1976 Decorreram, no passado dia 28 de Novembro, no Restaurante Etnográfico do CRG, os dois jantares destes jovens nascidos em 1963 e 1976. Escusado será dizer que se tratou de dois jantares bem animados, onde com certeza, os presentes aproveitaram para colocar a conversa em dia. As traquinices da escola também não foram esquecidas. O repasto foi bom e comprometeram-se encontrar para o próximo ano. A organização dos nascidos em 1963 esteve a cargo do Mário Bento e da Guida. Os jovens de 1976, tanto quanto em sei, são aqueles que fazem parte da Comissão de Festas para os festejos de 2016 em honra de Nosso Senhor dos Aflitos e estiveram a preparar o evento. Parabéns para ambos os grupos que, deste modo, fortalecem cada vez a amizade destes jovens. | MCR
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Jornal da Golpilheira
. a fechar .
Novembro de 2015
Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)
112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506
Bem este ano voltámos a ter Semana Cultural. Foi bom, para estas coisas não morrerem e termos qualquer coisa para ajudar ao nosso desenvolvimento local...
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Olha, assim de repente... sempre te digo que o porco no espeto estava muito bom!...
Porco .fotos do mês. Samuel Ferraz Pendurada Ninguém gosta de ficar pendurado. Mas há quem o faça por gosto. Ou melhor, para entretenimento do público. Este foi apenas um dos números apresentado pelo circo que visitou a nossa colectividade e proporcionou um espectáculo muito apreciado por miúdos e graúdos, no passado dia 14 de Novembro.
Ficha Técnica
Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Catarina Bagagem, Célia Capitão, Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Filomena Meneses (assinaturas), Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . Tel. 253303170 Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt
Estou a gostar dessa tua postura cívica, sim senhor! Então e o que gostaste mais na semana cultural?
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Castanhada no CRG Decorreu no passado dia 11 de Novembro, dia de São Martinho, uma castanhada no bar da nossa colectividade. Depois da fogueira acesa, das castanhas retalhadas e temperadas, procedeu-se ao seu assamento. Os voluntários esmeraram-se e não é que as castanhas eram mesmo boas! Não faltou a tradicional água-pé, que até fez corar as senhoras que estiveram presentes. Não éramos muitos, mas cumprimos com a nossa tarefa. | MCR
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. divulgação .
Jornal da Golpilheira Novembro de 2015
PASSAGEM DE ANO 2015-2016
NO SALÃO DE SÃO BENTO
GOLPILHEIRA ) 0 3 h 9 1 ( r l a c Janta i s u M o ã ç a m i n A a r i e u Fog o i c í f i t r a e Fogo d panhe Cham esas! r p r u s ...e
Vamos fazer a festa juntos! Compre já o seu bilhete!
Só até 27 de Dezembro! Limitado a 200 pessoas!
Preços: Adulto - 22 € 6-12 anos - 12 € 0-5 anos - grátis
À venda em: - Bar do Centro Recreativo - Café S. Bento - J. C. Ferraz Seguros
Jantar (entradas, sopas, bacalhau e bifinhos, bebidas), doces, petiscos e champanhe (Não deixe de vir por motivos económicos: fale com a organização)
Os lucros revertem para as obras em curso na igreja da Golpilheira
Organização: Conselho Administrativo e Pastoral da Comunidade Cristã da Golpilheira