201601 Jornal da Golpilheira 223 - Janeiro de 2016

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Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XX | Edição 223 | Janeiro de 2016

P. 3 | Igreja de N.ª Sr.ª de Fátima

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279

P. 12 e 13 | Entrevistámos o padre Juvenaliy e...

Já fizemos o primeiro pagamento das obras

Fomos à Missa da Igreja Ortodoxa

P. 5 | 9 de Fevereiro

Golpilheira em peso no Carnaval da Batalha P. 9 | Marcelo eleito Presidente

Golpilheira com menor abstenção do Distrito P. 10 | Encontro com o Bispo

Maria é mãe e guia Página 14 | 12 meses

revista do ano

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2015 O calendário da Golpilheira de 2016!

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P. 4 |

Passagem de ano foi verdadeira festa de amigos PUB

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. abertura . história .

.editorial.

Luís Miguel Ferraz Director

Sabe bem É tão bom abrir o ano com boas notícias. Desde logo, o destaque: uma comunidade que veio de longe e se sente plenamente integrada. Gostam da terra e dos amigos, vizinhos e colegas portugueses. Receberam um padre para celebrar com eles o culto ortodoxo e a Igreja Católica abriu-lhes a porta. Assim sabe bem ser cristão! Depois, as eleições. A Golpilheira voltou a bater recordes de participação e é a freguesia com menor abstenção em todo o distrito de Leiria. Assim sabe bem ser golpilheirense! Ainda, as obra da Igreja. Estão a avançar em bom ritmo e a campanha também está a dar resultados. Mas é preciso mais... vamos todos mostrar que sabe bem ter uma igreja nova! Finalmente, mais uma prova superada na organização da passagem de ano. Foi uma noite animada e com o toque da amizade. Assim sabe bem fazer festa! Mas vêm aí mais motivos de alegria. Não paramos, sabe bem!

Jornal da Golpilheira Janeiro de 2016

.história.

Reflectir sobre o passado da nossa Nação Creio e parece-me urgente, muito urgente mesmo, que devemos pensar sobre o que somos hoje como povo. Ainda somos uma nação ou uma mera e insignificante região europeia? Ainda nos poderemos considerar independentes? Ainda teremos capacidade para nos governarmos e ainda será possível desempenharmos um papel dalguma relevância no Mundo? Há dezenas de anos que não fazemos outra coisa senão esquecer a nossa História ou, pior do que isso, renegar todos os factos e figuras que possam ser motivo de orgulho, aquele legítimo orgulho imprescindível tanto aos homens como às nações, e desaproveitar as lições do Passado. Vivemos numa enorme leviandade cívica. Politicamente, a nossa adesão aos partidos faz-me lembrar as nossas simpatias clubísticas, que não são fruto de reflexão, de análise serena, de real conhecimento das ideologias e dos programas, das intenções reais e dos propósitos sinceros. Em 21 de Agosto último, cumpriram-se seiscentos anos sobre a conquista de Ceuta, início da Expansão Portuguesa que se seguiu a par com os Descobrimentos. Poderíamos ter aproveitado a oportunidade para rever todo aquele prodigioso século XV e tentar descortinar o que nos movia então, onde fomos buscar a força que nos impelia e como fomos capazes de levar avante uma empresa universal tão bem delineada e coordenada e de tão espantosos feitos e êxitos como foi a dos Descobrimentos que, infelizmente, continua a não ser re-

zar tarefas de repercussão mundial e duma dimensão quase sobrehumana. À nossa pobreza, que ainda não conseguimos debelar, antes pelo contrário, acrescentámos no presente uma tremenda debilidade anímica, incapacitante de qualquer acção, não necessariamente tão grandiosa como os Descobrimentos, mas que fosse o bastante para nos manter orgulhosamente de pé a ser, inteligentemente, os protagonistas da nossa recuperação e da nossa elevação e corajosamente prontos para enfrentar os desafios do tempo que corre, cada vez mais ensombrado por trágicos acontecimentos que podem ser, Deus queira que não, o prelúdio dum conflito universal e apocalíptico, fim dos tempos. Nos últimos decénios, não temos sido outra coisa senão pedintes subservientes da Europa. É altura de ter vergonha que baste para arrepiarmos caminho. Sá assim teremos futuro e o orgulho de termos sido nós a projectá-lo.

José Travaços Santos

Correcção Caminhos traçados pelo Portugal quatrocentista, no cumprimento duma missão universal que abriu ao conhecimento mútuo os dois hemisférios. Gravura que, com a devida vénia, reproduzimos do volume 2 dos “Descobrimentos – 600 anos do início da Expansão Portuguesa”, do historiador Doutor José Manuel Garcia (Edição do diário “Público”).

conhecida e estimada por nós, descendentes que somos dos homens que nela andaram envolvidos. Nada disto se ensina nas Escolas e nas próprias famílias nisto não

se fala. Desaproveitamos, assim, uma memória que contém os segredos e todos os ingredientes de como um povo, pequeno e pobre, pode reali-

No artigo “Fernando Pessoa e Afonso de Albuquerque”, de José Travaços dos Santos, na página 2 da última edição, surgiram duas gralhas, na quarta coluna: onde se lê “recurso diminuitivos” deve ler-se “recursos diminutos” e, nos versos, onde se lê “sujeito às tradições dos homens” deve ler-se “sujeito às traições dos homens”. Ao autor e aos leitores, as nossas desculpas.

Agradecimento de Boas-Festas

O Jornal da Golpilheira agradece a todas as entidades, empresas e pessoas que nos fizeram chegar os seus votos de boas-festas, por correio normal ou electrónico. Para todos, extensivo aos respectivos responsáveis e colaboradores, fica o nosso voto de que ano 2016 seja marcado pelo sucesso. Pedindo desculpa por alguma omissão não deliberada, aqui fica a lista: [dp]Soluções; + Energia; 2wPM Tecnologias de informação; 4Best; AEP – Associação Empresarial de Portugal ; Agrupamento de Escolas da Batalha; Aleteia; Alfaloc ; Ambinigma; Amen.pt; AMO Portugal - Associação Mãos à Obra Portugal; ANAFS - Associação Nacional dos Alistados das Formações Sanitárias ; ANIECA; António Lucas; APFN – Associação Portuguesa de Famílias Numerosas; Areagest; Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil ; Associação Portuguesa de Osteogénese Imperfeita; Auto Jordão; Banema; Bild Corp; Bombeiros Voluntários da Batalha; Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha; Câmara Municipal da Batalha; Câmara Municipal de Alvaiázere; Câmara Municipal de Alvaiázere; Cap Magellan; CarPrime; Casa do Benfica na Batalha ; Casa-Museu * Centro Cultural João Soares; CECHAP; Cecília Gomes Solicitadora; Celeiro do Móvel; Centro de Documentação Europeia da Universidade Lusíada de Lisboa; Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota; Centro Recreativo da Golpilheira; Centro Social e Cultural da Paróquia de São Mamede; CEPAE - Centro de Património da Estremadura; Christian World Imprints; CIMRL - Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria; CitizenGO; Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria; Comunidade Cristo de Betânea; Cristóvão Ribeiro; CTT; Deco; Departamento Nacional Da Pastoral Juvenil; Diário do Minho; Diocese do Algarve; Dot2web; ediprinter; Editora RH; EDP; Escritamente; Espaço Libris; Euroindy; Exploratório - Centro Ciência Viva de Coimbra ; Fabrica Cowork; FCA Motor Village Portugal; Folheto Edições & Design; Forma Arquitectos; Fundação AIS; gal-friday publicity; Gráfica Progresso e Vida; Grafislab; Grupo Dada; Grupo Planeta; Guerra e Paz Editora; Hidrofix; Hotel Jardim; IAT - Imobiliária; ICAA; Idealista; Impresa; INE ; InforEco; Infovitae; Inovtel24 ; Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes; ISCIA; Jacarandá Editora; Jornal A Verdade; Jornal Badaladas ; Jornal de Leiria; Jornal Região de Rio Maior; José Jordão da Cruz; José Travaços Santos; José Travaços Santos; José Valentim; Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal; Keyinvoice; KWTS; Lenageste; Liga Portuguesa Contra o Cancro; Logitravel; Madalena Monge; Mãos Unidas P. Damião – Portugal; Matilde Noca; Mbit; Miguel Portela; Mosteiro de Santa Maria da Vitória ; Museu da Assembleia da República ; NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria; Netsonda; NHK; Notícias ZAP AEIOU; Núcleo Distrital de Leiria da EAPN Portugal – Rede Europeia Anti-Pobreza; Oestedigital.pt; P. Joaquim Domingos Gaspar; Pais em Rede - Núcleo do Fundão; Parsitur; Passos e Compassos; Paulinas Editora; Paulus Editora; Pedro Pimpão; Phyrius; PixelPoint; pixmania-pro; Plantar Portugal; Pneus 32; PubliAcção; Quinta Ecológica da Moita; Rancho Rosas do Lena; REDPOST; Relógio; Restaurante Pérola do Fétal; Rilop; Rogério Silva; RPN Atelier de Relojoaria; RTP; SAMP ; Sandra Hilário Pires; Scorpio; SegurodeSi; Sílvia Pereira; Sindicato dos Professores da Zona Centro; Sistema 4; Só Barroso; SoftSolutions; Somapil ; Textiverso; Triatlo AASM; Turismo Centro Portugal; UAU; União Desportiva do Oeste; UNIPRESS; Universidade Católica Portuguesa - Braga; Universidade Lusíada – Norte; Universo da Paródia; Valkiria’s; Webtoner; Yupiie. Agradecemos ainda, de forma muito especial, aos anunciantes que escolheram a nossa edição de Natal para os seus votos de boas-festas aos clientes e amigos e a todos os que nos acompanharam noutras edições e permitiram o financiamento deste projecto durante o ano de 2015, bem como a todos os assinantes e leitores que permaneceram fiéis a este seu Jornal. Para todos, muitas felicidades pessoais e profissionais em 2016! • A EQUIPA DO JORNAL DA GOLPILHEIRA


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. campanha .

Janeiro de 2016

CAMPANHA

200 telhas!

Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Temos 100 mil euros, são precisos mais 200 mil. Temos 200 telhas que vão sair do velho telhado para trocar por 1.000 euros cada, em forma de donativo ou de empréstimo. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha.

Como é óbvio, além desta campanha, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o respectivo recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda - grande ou pequena - será bem-vinda e terá uma lembrança.

Obras na igreja

Já fizemos o primeiro pagamento

Donativos e empréstimos recebidos (objectivo: 200 mil euros) Donativos

NOME

Campanha Telhas

OUTROS

Saldo 2015 Anónimo António Verde Manuel Rito Ferraz Anónimo Anónimo Jacinto P. F. Rodrigues Laura Vieira Anónimos Comissão Igreja de S. Bento

24.000,00 €

Totais

26.000,00 € 7.232,87 €

1.000,00 €

1.000,00 €

885,00 € 60,00 €

Empréstimo

Continuam em bom curso as obras na nossa Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Já tem telhado novo e muitas das estruturas metálicas do interior já estão montadas. Avança-se agora para as partes mais técnicas do interior. Veio também já a primeira factura, no valor de 82.719,68 euros! Com isso, ficou quase esvaziada a conta de poupança acumulada nos últimos anos. Graças à campanha das telhas, já se repôs um pouco, estando à volta dos 50 mil euros neste momento. Mas já não chegará para uma nova factura semelhante que estará para vir em breve. Agradecemos à Câmara Municipal, pela aprovação da candidatura de apoio remetida pela Comissão da Igreja da Golpilheira, com a atribuição de 15 mil euros para esta primeira fase da obra. Aproveitamos para agradecer ao Jornal da Batalha, que fez capa desta obra na sua edição deste mês e nos ajudou a divulgar a campanha e os objectivos desta empreitada da Comunidade Cristã da Golpilheira. Contamos na próxima edição publicar uma apresentação detalhada de todas as contas até final de 2015. Apelamos a todos os que queiram e possam a que façam os seus donativos ou nos cedam algum valor a título de empréstimo, para podermos honrar os nossos compromissos. Confiamos que – todos juntos – conseguiremos! A Comissão

2.000,00 €

500,00 € 15,00 € 127,87 € 100,00 € 545,00 € 5.000,00 €

Porque... a melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um! 2.000,00 €

Total global - 35.232,87 €

Contactos:

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igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Transferência Bancária - NIB: 0045 5080 4015 2316 6922 2

(enviar comprovativo de transferência)

Colabore para a construção desta obra comum da Comunidade Cristã da Golpilheira!

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Precisamos da sua ajuda!


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. sociedade .

Jornal da Golpilheira Janeiro de 2016

Passagem de Ano na Golpilheira

Uma verdadeira festa de amigos Está de parabéns a organização, constituída pelos quatro grupos da equipa de eventos do Conselho Administrativo e Pastoral da comunidade. Desde a cozinha ao serviço de mesa e à esmerada decoração da sala, tudo estava irrepreensível. Com este evento conseguiram, assim, dar a alegria a muita gente e ainda juntar algum dinheiro para as obras. Depois de tudo pago e registadas todas as ofertas, o saldo foi de 1.718.17 euros. Resta esperar que todos cheguemos com saúde e boa disposição ao final deste ano de 2016, que tão bem começou! LMF

Equipa organizadora

Poda das oliveiras Estamos na época das podas, tanto das vinhas como das árvores. Fomos observar o nosso amigo Henrique Bento a efectuar esta operação no olival do César, no último dia do ano. A poda é uma arte que necessita de uma aprendizagem contínua, para que o trabalho fique bem feito. Não se pode cortar de qualquer maneira, para não colocar em risco a próxima produção. Neste campo, é caso para dizer que o Henrique sabe da poda. | MCR

MCR

Muita animação de miúdos e graúdos

Fogueira foi centro de convívio

Fogueira de Passagem de Ano juntou habitantes do Picoto Apesar de não ter muitos residentes, este pequeno lugar da nossa freguesia cumpriu com esta tradição secular. Estes, em conjunto com alguns familiares e emigrantes deste lugar, mobilizaram-se. Foram ao “nosso” pinhal, carregaram uns cepos e a fogueira fez-se. Também não faltou o convívio na “Casa da Rita”, da nossa conterrânea Gorete, há muito emigrada em Inglaterra. A mesa estava farta de comida, bolos, doces e bebidas para todos os gostos. Não faltaram, também, as filhós e o café da avó. À volta da fogueira, recordaram-se com alguma nostalgia tempos antigos. Falou-se nas célebres foguei-

ras no Largo do Oiteirinho, no centro da nossa freguesia, que duravam desde a noite de Natal até ao Dia de Ano Novo. Foi um serão bem passado, em convívio, onde sobressaiu a amizade e doa

MCR

Fotos: LMFerraz

Pelo terceiro ano consecutivo, a Comunidade Cristã da Golpilheira organizou um jantar para um noite de passagem de passagem em saudável ambiente de convívio e festa. Este ano, foi no salão de São Bento, uma vez que o salão do Senhor dos Aflitos está a servir de igreja, enquanto decorrem as obras. Cerca de 150 pessoas escolheram esta proposta para a sua última noite do ano e não podiam feito melhor opção. Pelo menos, foi o que se constatou pelo testemunho dos presentes, muito satisfeitos com a ementa servida e com o ambiente vivido entre todos. Até algumas pessoas vindas de fora comentaram o bom acolhimento recebido e a bonita festa que ajudaram a fazer. Mesmo sem animadores profissionais, pois a opção foi poupar o dinheiro para as obras em curso, não faltou boa música para todos os gostos, desde o baile popular aos ritmos latinos e africanos e, claro, à boa selecção dos anos 80 e 90. Não faltou também o fogo de artifício, gentilmente oferecido pelas empresas Armando Frazão de Matos e Brincafestas, a iluminar os céus enquanto se abria o champanhe, à volta da grandiosa fogueira.

O grupo junto à fogueira

disposição que une estas pessoas oriundas, residentes e emigrantes do Picoto. É um evento para manter vivo todos os anos. Parabéns aos organizadores. MCR


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entrevista . . .sociedade

Janeiro de 2016

No domingo 9 de Fevereiro

No salão de São Bento, dia 14

Golpilheira em peso no Carnaval da Batalha No domingo 9 de Fevereiro, com início às 15h00, junto ao pavilhão multiusos, arranca mais uma edição do Desfile de Carnaval da Batalha. A organização é da autarquia, que conta receber na vila mais de 10 mil visitantes, mas os principais actores da animação serão as cerca de duas dezenas de associações e também as muitas dezenas de alunos de escolas e ATL do Concelho. Para este ano, segundo fonte da autarquia, vai manter-se a instalação de uma tenda coberta e

bancadas, tendo como objectivo garantir melhores condições para o público. Mantêm-se também os prémios para os três melhores grupos e para os três melhores carros alegóricos. A Golpilheira costuma participar com os meninos do ATL e um grupo do Centro Recreativo. Este ano, também as Comissões das Igrejas da Golpilheira e de São Bento decidiram juntar-se à festa e ajudar a enriquecer este corso com mais dois grupos. “É um cortejo popular, uma forma

divertida e saudável de brincar nesta época festiva, pelo que se justifica plenamente a participação das estruturas associativas da Igreja”, referem as comissões, explicando que “os cristãos são, por natureza, alegres e essa alegria que lhes vem da fé também pode ser testemunhada nos ambientes onde vivem e se relacionam com todos na sociedade”. Portanto, é caso para dizer que a Golpilheira vai estar lá em peso!

Almoço no “dia do amigo” A Comunidade Cristã da Golpilheira vai organizar um almoço de convívio no dia 14 de fevereiro, a data em que se comemora o Dia dos Namorados. Mas como o convite se estende a toda a comunidade, escolheu-se como mote a amizade, que a todos inclui. Este almoço do “Dia do Amigo” começa com o “brinde da amizade” e terá como ementa forte a “sopa da pedra amiga” e a “fritada de porco companheiro”. Mas não faltarão propostas como a “canja da ternura”, a “salada social”, os “doces apaixonados”, a “fruta sem pecado”, o “vinho tentação”, os “refrigerantes alegres” e a “água da saúde”, além de “carinhosas ofertas a sortear”. No salão de festas da igreja de São Bento, tudo irá concorrer para a angariação de fundos para as obras da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, que estão em curso.

Rancho folclórico promove, dia 20

IV Festival de Sopas

O rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do Centro Recreativo da Golpilheira, vai promover a 4.ª edição do seu Festival de Sopas, no próximo dia 20 de Fevereiro, a partir das 19h30. As receitas revertem para as despesas do agrupamento com trajos, deslocações e outros investimento de promoção do folclore regional.

MCR

No Centro Recreativo, dia 27

Sopas dos Escuteiros

Dança do CRG participou

“Portugal em Festa” na Batalha No dia 24 de Janeiro, o programa “Portugal em Festa”, da SIC, voltou à vila da Batalha. O cenário não podia ser mais bonito: em pano de fundo, lá estava o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido por Mosteiro da Batalha. Imponente, majestoso, marco da independência

nacional, continua a deslumbrar que o visita. O Centro Recreativo da Golpilheira marcou presença nesta festa televisiva, com uma turma de hip-hop, as “Dali Crew”, superiormente ensaiadas pelos professores Liliana Ramos e David Brás. Muito bem sincronizadas,

demonstraram em palco toda a sua aprendizagem e evolução, com muita dedicação, entrega e disciplina, incutidas pelos professores. Esta prestação veio, uma vez mais, prestigiar o trabalho sério que se faz na nossa Escola de Dança. MCR

Festa em preparação

Homenagem à professora Cândida Por iniciativa de diversos exalunos da professora Maria Cândida dos Santos Martinho, seu nome completo, de Abraveses, Viseu, vai realizar-se um festa de homenagem, no dia 21 de Maio de 2016, no salão do Centro Recreativo da Golpilheira. A professora Cândida “assentou praça” na nossa Escola do Paço, com apenas 19 anos, no

mês de Outubro do longínquo ano de 1964. Aqui leccionou durante quatro anos, tempo suficiente para marcar para sempre os alunos que tiveram a felicidade de a ter como professora O programa está a ser elaborado e será divulgado numa próxima edição. Assente está o almoço convívio, enriquecido com uma tarde de surpresas. Nesta

festa podem participar os seus ex-alunos, esposas, companheiras, filhos e netos. Para tal. os ex-alunos que se queiram inscrever, podem ligar para os seguintes elementos: Manuel Carreira Rito - 919929927; José Frazão de Matos - 911716837; Luís Fernando Cruz - 967875628 e José Jordão da Cruz - 918640222.

Os Pioneiros do Agrupamento 194 dos escuteiros da Batalha vão organizar um festival de sopas, no próximo dia 27 de fevereiro, a partir das 19h00, no Centro Recreativo da Golpilheira. Os fundos revertem para as actividades desta secção do Agrupamento, sendo a entrada a 5 euros para aquisição da taça e com direito a uma bebida. divulgação/apoio


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Jornal da Golpilheira

. sociedade . cultura .

Janeiro de 2016

Colégio de São Mamede “Trago as Tecnologias nos Bolsos”

A psicóloga clínica Ivone Patrão, coordenadora da linha de investigação sobre comportamentos online no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa, esteve no Colégio de São Mamede e partilhou com os pais e docentes alguns dados decorrentes de um estudo sobre o uso de dispositivos móveis em crianças dos 3 aos 5 anos. Cada vez mais as crianças se afastam socialmente e, por vezes, referem amigos que são apenas “parceiros” na internet. Dificuldades na escola, dificuldades de concentração, problemas de sono, dificuldades na relação social podem ser sinais de alerta. No decurso da apresentação alertou para o facto de muitos jovens apresentam sinais de dependência na internet, havendo mesmo consulta para intervenção específica, nesta área. A Investigadora sublinhou ainda a importância destes dispositivos não substituírem os abraços e o afecto.

Geronimo Stilton

DR

O rato mais famoso e aventureiro de Ratázia esteve no Colégio, à conversa com os alunos do 1.º Ciclo e do 5.º ano de escolaridade. Os alunos puderam conversar sobre as aventuras de Geronimo, cantar o seu hino e conhecer a sua página da internet. No final, houve espaço para uma acalorada sessão de autógrafos e para algumas fotografias como recordação deste encontro.

Deputada Assunção Cristas

DR

Assunção Cristas esteve à conversa com os alunos do 8.º ano do Colégio, no âmbito do projecto “Parlamento dos Jovens” e “Educação para a Cidadania”. Os alunos demonstraramse bastante empenhados e interessados, trocando ideias sobre os temas do racismo, da discriminação e do preconceito. A deputada foi muito acessível, esclarecendo os alunos sobre o funcionamento do Parlamento e sobre estes e outros temas, como a sua posição perante o aborto, a adopção de crianças por casais do mesmo sexo, ou os refugiados em Portugal e na Europa.

Formação Musical

Aulas de Piano nos Bombeiros O Quartel dos Bombeiros Voluntários da Batalha vai acolher aulas de piano, mercê de um protocolo com um professor com 20 anos de experiência, natural da Argentina mas a residir no Casal do Marra. A formação inclui aprendizagem teórica e prática, técnica pianística e leitura musical e destina-se a todas as idades. Preferencialmente, as aulas serão dadas a grupos de 5 a 6 pessoas, conforme as inscrições. Serão 20 aulas de 60 a 90 minutos, divididas por 2 módulos de 10 aulas, ao ritmo de uma aula por semana, permitindo que quem consiga avançar sozinho e queira sair o possa fazer no final do 1.º módulo. O custo será de 15 euros por mês, estando disponíveis horários das 18h00 às 21h00, às segundas, quartas e sextasfeiras, podendo cada um escolher o dia e horário mais conveniente. Poderão ainda ser encontrados outros horários, mediante agendamento com o professor. Contacto: 926 810 403 ou 966 051 250.

IV Ciclo já arrancou

Tertúlias no Museu O Ano Novo trouxe de volta as conversas temáticas ao Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB), com o IV Ciclo de Tertúlias promovido pelo Município da Batalha. Em ambiente intimista e informal, distintos oradores a orientar conversas sobre interesse historio e patrimonial para esta região, com entrada livre e gratuita a todos os interessados. Logo no dia 8 de Janeiro, Bruno Gaspar, jovem ilustrador de origem batalhense, veio partilhar a experiência do projecto “Pela Estrada Fora”, através do qual foi à descoberta da região da

Estremadura numa motorizada antiga. O criativo e fundador do cinANTROP (Festival de Cinema Etnográfico) partilhou com os presentes a aventura que lhe valeu cobertura pela estação televisiva SIC, em horário nobre. A próxima tertúlia será no dia 26 de Fevereiro, às 21h00, dedicada à Literatura, especialmente de Afonso Lopes Vieira. Doutorada em Literatura Portuguesa e docente da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, Cristina Nobre virá falar sobre alguns escritores nacionais que buscaram na Batalha inspi-

ração para as suas obras, numa conferência com o tema “Na rota dos escritores – Inspirações da Batalha”. A 18 de Março, também às 21h00, António Luís Ferreira é o convidado para falar dos percursos de dois dos mais influentes construtores do Mosteiro no século XVI, João de Castilho e Miguel de Arruda. “As Capelas Imperfeitas e o Renascimento em Portugal” é o tema desta tertúlia e título de uma obra deste historiador, que se tem debruçado sobre o tema pouco estudado da arquitectura renascentista presente nas Capelas Imperfeitas.

Apresentação de novo livro

“Contos Imperfeitos” no Mosteiro Afonso Cruz, Ana Cristina Silva, Andreia Monteiro, António Manuel Venda, Cláudia Clemente, Cristina Carvalho, Elsa Margarida Rodrigues, Fausta Cardoso Pereira, Fernando José Rodrigues, Inês Botelho, Inês Fonseca Santos, João Eduardo Ferreira, João Paulo Silva, Luís Mourão, Paulo Assim, Paulo Kellerman, Paulo Moreiras, Raquel Ochoa, Sara Monteiro, Sílvia Alves. São estes 20 autores que

assinam os textos de uma nova obra sobre o Mosteiro da Batalham, com coordenação editorial de Paulo Kellerman e João Paulo Silva. O director do monumento apresenta assim o projecto: “Convidámos 20 escritores a visitar o Mosteiro, onde passaram um fim-de-semana; olharam, perguntaram, escutaram, aprenderam, descobriram, tocaram, partilharam, sentiram. Depois,

escreveram. Vinte contos, imperfeitos na sua perfeição. Uma homenagem ao mosteiro e à grandeza de quem o ergueu, aos que sonham e aos que constroem, à imaginação e à escrita; a história e as estórias. Quantas estórias existirão dentro da história? Por agora, mais vinte.” A apresentação será no dia 6 de Fevereiro, às 16h00, no auditório do Mosteiro da Batalha.

Rancho Rosas do Lena

Oficinas mostram tradições Em 31 de Janeiro, o Rancho Folclórico Rosas do Lena vai iniciar, no Museu Etnográfico da Alta Estremadura, na Rebolaria, uma série de Oficinas de Artes e Ideias, tentando dar a conhecer várias práticas culturais do povo da paróquia da Batalha e da Alta Estremadura. As três primeiras decorrerão de 15 em 15 dias, aos domingos, das 14h30 às 17h00. No dia 31, a oficina é dedicada à ornamentação das “ofertas” da Santíssima Trindade e à confecção de doçaria tradicional; a segunda, em 14 de Fevereiro, ao uso dos instrumentos musicais tradicionais e a confecção de instrumentos de cana; a terceira, em 28 de

Fevereiro, às curas da medicina tradicional. A entrada é livre, podendo quem assistir tomar parte nas actividades programadas.

Eventos agendados Em 20 Março, às 15h00, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, o Rosas do Lena promove mais um Encontro de Coros Populares, que entoarão cânticos da Quaresma. De 2 a 10 de Abril, expõe na Galeria Municipal Mouzinho de Albuquerque, na vila da Batalha, a segunda parte de “O Museu desceu à Vila”. Em 9 de Abril, às 21h30, na sua sede, na Rebolaria, realiza o

17.º Encontro Nacional de Cantadores e de Tocadores de Instrumentos Tradicionais.


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. entrevista . Natal .

Janeiro de 2016

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Unidade de Cuidados Continuados da Batalha

DR

Boa disposição foi rainha

A época natalícia é, sem dúvida, tempo de amor, partilha e dedicação ao outro. Sendo a Unidade de Cuidados Continuados da Batalha (UCCB) uma das valências da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, não poderia de forma alguma deixar de proporcionar uma dinâmica especial aos seus utentes, que pelas vicissitudes da vida estão

institucionalizados nesta que é a época da família. Assim, no dia 12 de Dezembro, utentes, familiares e profissionais celebraram o Natal, numa festa singela, mas muito rica de sentimentos. Foram momentos únicos vividos de forma partilhada entre os presentes, num teatro de sombras chinesas, contando a história da institui-

ção, músicas de Natal e ainda um momento aberto a originalidade dos talentos ali presentes, seguido de um lanche de partilha, onde até os diabéticos tiveram direito a um docinho. Este dia especial para todos terminou com a celebração da Eucaristia, também essa animada com um toque natalício. Para encerrar esta época festiva, não esquecemos o Dia de Reis, onde os utentes tiveram a oportunidade de desenvolver os seus dotes culinários. Os nossos “mestres cozinheiros”, devidamente equipados, fizeram um pequeno bolo-rei, que comeram e partilharam ao lanche, depois de terem gasto todas as suas energias acompanhando a SAMP (projecto musical apoiado pela CMB) a animar toda a instituição com o típico “Cantar das Janeiras”. Graça Henriques

MCR

Natal no hospital...

Visita natalícia ao CRG

Centro de Apoio Social da Azoia É com alguma assiduidade que alguns utentes do Centro de Dia do Centro de Apoio Social da Azoia vêm ao bar nossa colectividade, nomeadamente, quando algum deles faz anos. Por ocasião da quadra natalícia, quiseram vir à nossa associação desejar e receber votos de boas-festas e muita saúde para todos. Aproveitaram para tomar o café e, bem dispostas, nas ternura dos seus cabelos brancos e grisalhos, do alto da sua sabedoria, acumulada na “escola da vida”, a maior deles acima dos 80 anos, mostraram-se muito conversadores, alegres e sorridentes. Entre eles, encontrava-se o nosso conterrâneo António Silva, mais conhecido por António “Palheiro”. É sempre bom rever estas enciclopédias vivas, sempre ávidas de falar e conviver, bem conduzidas pelo motorista Sérgio e apoiadas por uma colaboradora deste Centro de Social. Espero que voltem, pois é sempre um prazer contactar com eles. MCR

O Natal na Batalha

Convívio na Praça

Comerciantes “fecham” o Natal

Convívio à mesa

comércio tradicional nesta quadra. “Correu bem, trouxe muita gente, como tem acontecido nos últimos anos”, comentam alguns com quem conversámos. Mas um factor positivo que “não se vê” é o maior conhecimento e convívio entre as pessoas que trabalham regularmente no comércio e serviços daquela zona. “Andamos a correr nas nossas profissões e nem sempre

temos tempos para uma conversa, para partilharmos alegrias e preocupações”, referem os convivas, apontam que “só por isso já valia a pena”. Este jantar foi, precisamente, para cimentar esse espírito de união e amizade. “E não será o últimos este ano”, garantem. O Jornal da Golpilheira foi convidado e lá estará sempre que “necessário”. LMF

MCR

LMFerraz

Os comerciantes da Praça do Município e do Largo Infante D. Fernando, na Célula B, organizaram um jantar de convívio, no passado dia 23 de Janeiro, como forma de encerrar em festa a iniciativa “O Natal na Batalha tem mais brilho”. Esta é uma campanha natalícia que une os comerciantes, a Autarquia e a ACILIS para dinamizar a vila e motivar ao

A quadra natalícia na Batalha teve mais encanto. A iluminação, a ornamentação e o presépio estiveram deslumbrantes. A parceria entre o Município, a ACILIS e os comerciantes da Batalha resultou em cheio. Proporcionaram diversos eventos na tenda montada na praça Mouzinho de Albuquerque, sessões de cinema para as crianças e outras animações de rua. Estas iniciativas trouxeram à Vila uma enorme quantidade de visitantes, originando assim um aumento do comércio local. O fogo de artifício na noite da Passagem de Ano também foi espectacular. | MCR

Uma das rotundas da vila


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. política .

Jornal da Golpilheira Janeiro de 2016

Luísa Ferreira

.opinião.

Ana Paula Laborinho presidente do Instituto Camões

Balanço do Ano Europeu para o Desenvolvimento - 2015

Precisamos de uma Europa atenta, preocupada e consciente No início deste Ano Europeu para o Desenvolvimento, ao lembrarmos as palavras de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Agustina Bessa-Luís, perguntávamos “Que Europa e que Mundo temos?”, “Que Europa e que Mundo ambicionamos?”. Tínhamos então a expectativa e ambição de que este Ano Europeu, a decorrer em simultâneo em 28 países, com todos os seus objectivos, mensagens, iniciativas e parcerias, contribuísse para informar e sensibilizar os cidadãos relativamente às questões do desenvolvimento global, promovendo o debate público e levando a uma reflexão conjunta que incentivasse a participação directa. Na prossecução dos objectivos delineados realizaram-se inúmeras actividades, difundiram-se as mensagens por diferentes canais, desenvolveram-se e consolidaramse múltiplas parcerias, sempre

com a certeza de que este era um Ano Europeu de todos e de cada um de nós. Foi um Ano assente em parcerias, onde duas centenas de organizações trabalharam juntas para cumprir os objectivos do Programa de Trabalho Nacional, a debater, a informar, a sensibilizar e reflectir sobre os temas do desenvolvimento. Temas tão distintos como a água, a saúde ou a segurança alimentar; a educação; a igualdade de género e as liberdades políticas; ou ainda o crescimento económico; o desenvolvimento sustentável e as migrações. Todos temas relevantes e actuais, que contribuíram para que hoje acreditemos que o objectivo de promover o interesse, a participação, o pensamento crítico, informando e sensibilizando os cidadãos relativamente às políticas do desenvolvimento, tenha sido alcançado.

Podemos ver que as questões do desenvolvimento estiveram mais presentes nos meios de comunicação social e que se considera ter havido uma maior sensibilização das pessoas. Que, nas redes sociais, algumas das nossas publicações alcançaram mais de 100.000 pessoas, com centenas de comentários e partilhas. Nunca, como agora, os temas do desenvolvimento foram tão debatidos e despertaram tanto o interesse nos cidadãos europeus. Ao respondermos às nossas interrogações do início do Ano, temos que acreditar que precisamos de uma Europa atenta ao Mundo que a rodeia, uma Europa preocupada com os seus problemas locais (internos), mas também consciente do seu dever e papel na resolução dos problemas globais. Uma Europa que, com base na nova Agenda do Desenvolvimento,

defina o Desenvolvimento Global como um objectivo partilhado por todos, passando por uma actuação interligada das dimensões económica, social e ambiental, a par com uma abordagem política e de Direitos Humanos. Importa relembrar as palavras do Dr. Jorge Sampaio na sessão de abertura do Ano Europeu, «a cooperação não é uma questão de solidariedade mas de responsabilidade». A Europa do Ano Europeu para o Desenvolvimento, onde cada um de nós é um agente de transformação, um agente do desenvolvimento, na consolidação do sentimento de responsabilidade, de solidariedade, da oportunidade para em conjunto, em parceria trabalharmos para o “O nosso mundo, a nossa dignidade, o nosso futuro”.

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Zelamos pela sua segurança!


Jornal da Golpilheira

. política .

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Janeiro de 2016

Marcelo Rebelo de Sousa eleito Presidente da República à1.ª volta

Golpilheira com participação mais alta do Distrito que tinha mais hipóteses de enfrentar Marcelo. Resultados As perspectivas das sondagens e a discussão dos últimos centrou-se na dúvida sobre se Marcelo conseguiria vencer à primeira volta ou se não atingiria os necessários 50% de votos expressos. Neste segundo cenário, seria obrigado a uma segunda volta, onde a união da “esquerda” em torno no provável Sampaio da Nóvoa poderia tornar a eleição bastante renhida. Essa foi a dúvida que se manteve até ao fechar das urnas e que só o avolumar da contagem dos votos foi esclarecendo aos poucos, até que se confirmou a vitória à primeira volta, com 52%. Os discursos pós-eleitorais costumam trazer poucas novidades. Os vencidos aproveitam para sublinhar algumas perspectivas de vitória, seja o superar das sondagens ou um dos outros adversários, seja a expressão de cidadania que sai sempre vitoriosa. Neste caso, não há partidos nem coligações que possam transformar a derrota em vitória, pois a cruz é feita num nome e numa cara. Há um vencedor e nove derrotados. Talvez com sublinhado para Maria de Belém, que ficou muito distante dos objectivos mínimos da sua candidatura e nem do terceiro lugar se aproximou. Discurso do Presidente Sublinhamos apenas o disResultados eleitorais*

Globais

Arlindo Homem

Os portugueses foram chamadas a eleger o seu Presidente da República no passado dia 24 de Janeiro. Cerca de metade não foi às urnas, abdicando de manifestar a sua vontade e deixando nas mãos dos restantes a escolha sobre quem será aquele que representará a Nação e zelará pelo cumprimento da Constituição nos próximos cinco anos. Dez candidatos se apresentaram à corrida ao palácio de Belém. Todos tivemos oportunidade de acompanhar uma campanha em que os discursos e as promessas pouco variaram, tirando uma ou outra referência mais à “esquerda” ou à “direita”. A maioria distanciou-se da identificação política e afirmou uma independência baseada na missão cívica e de cidadania colocada ao serviço da Nação. A campanha terá soado à maioria dos portugueses como um concurso de mediatismo e popularidade. Nesse “campeonato”, a escolha prendia-se entre nove candidatos e Marcelo Rebelo de Sousa, ex-ministro, ex-presidente do PSD, professor catedrático e comentador político nas televisões, com larga exposição pública nos últimos anos. Entre os restantes, igualmente conhecida do público, Maria de Belém, ex-ministra e ex-presidente do PS. Também Marisa Matias, deputada europeia pelo BE, ou Edgar Silva, padre secularizado e deputado na Madeira pelo PCP. Mais do que estes dois, talvez Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, freguesia onde foi presidente de junta e que o catapultou para a fama à custa de aparições televisivas em comícios do PS e programas de entretenimento do género “Big Brother”. Os restantes, desconhecidos da maioria, excepto em círculos regionais, como o empresário Henrique Neto e o médico Cândido Ferreira em Leiria. No lote de “desconhecidos” estavam ainda os professores Paulo de Morais, Jorge Sequeira e António Sampaio da Nóvoa, o primeiro a avançar e que contou com o apoio tácito de grande parte da “máquina” do PS, considerado o

curso do novo Presidente da República, na Faculdade de Direito onde diz ter recebido tudo o que não herdou da família. “É o povo quem mais ordena e foi o povo que me elegeu”, começou por dizer Marcelo, saudando os que o apoiaram, os que “não apoiaram, mas participaram nesta eleição, num exercício de cultura democrática e participação cívica e de cidadania”, o actual e antigos presidentes da República e os “oponentes que não foram adversários”, pela “coragem com que prestigiaram a eleição, emprestando a riqueza das suas visões e a generosidade dos seus propósitos”. “Não há portugueses vencedores e vencidos, não há vencidos nestas eleições”, referiu Marcelo, repetindo o slogan “serei o Presidente de todos os portugueses”, que “a constituição consagra e a minha consciência impele”. Prometendo não abdicar do seu próprio “estilo e

Distrito de Leiria % Votos

Concelho Freguesia da Batalha da Golpilheira % Votos % Votos

convicções”, afirmou-se “livre e isento”, ao serviço de todos “sem descriminações nem distinções”. Referindo-se às duas eleições dos últimos meses, “que dividiram os portugueses”, defendeu que “é tempo de voltar a página e recriar a pacificação e económica e política”. E apontou como “marcas” que pretende deixar: “Fomentar a unidade nacional, fazendo pontes e cicatrizando feridas”; “Reforçar a coesão social, pessoal e territorial, olhando os mais pobres, carenciados, dependentes e as periferias da sociedade de que gala o Papa Francisco”; “Promover as convergências políticas, com coragem para construir consensos e refundar e refazer a cultura do compromisso nacional”, acima de quaisquer interesses partidários; “Incentivar o frutuoso entendimento entre agentes de soberania e órgãos sociais”; “Conciliar justiça social com crescimento económico e estabilidade financeira, num Freguesia da Batalha % Votos

Freguesia Freguesia do Reguengo de S. Mamede % Votos % Votos

%

Votos

Marcelo R. Sousa

52,00

2.410.892

61,07

126.494

71,17

5.553

68,77

568

66,14

2.608

69,83

736

82,92

1.641

Sampaio da Nóvoa

22,89

1.061.092

17,02

35.253

10,32

805

10,29

85

12,07

476

13,19

139

5,31

105

Marisa Matias

10,13

469.445

9,48

19.630

7,92

618

9,20

76

8,95

353

7,40

78

5,61

111

Maria de Belém

4,24

196.673

3,16

6.540

2,74

214

4,00

33

3,14

124

3,32

35

1,11

22

Edgar Silva

3,95

182.949

2,01

4.169

0,69

54

0,48

4

1,09

43

0,09

1

0,30

6

Vitorino Silva

3,28

152.068

2,97

6.142

3,28

256

3,87

32

3,45

136

2,56

27

3,08

61

Paulo de Morais

2,16

99.949

1,98

4.110

1,69

132

0,85

7

2,46

97

1,42

15

0,66

13 14

Henrique Neto

0,84

38.935

1,64

3.401

1,55

121

2,18

18

1,78

70

1,80

19

0,71

Jorge Sequeira

0,30

13.765

0,21

425

0,19

15

0,12

1

0,25

10

0,09

1

0,15

3

Cândido Ferreira

0,23

10.573

0,47

966

0,44

34

0,24

2

0,66

26

0,28

3

0,15

3

Em branco

1,24

58.696

1,55

3.298

1,68

135

1,76

15

1,94

79

1,47

16

1,22

25

Nulos

0,92

43.772

1,06

2.255

1,42

114

1,06

9

1,23

50

1,65

18

1,81

Inscritos

9.721.768

423.811

14.269

1.352

7.445

2.019

37 3.453

Votantes

48,74

4.738.809

50,18

212.683

56,42

8.051

62,87

850

54,69

4.072

53,89

1.088

59,11

2.041

Abstenção

51,26

4.982.959

49,82

211.128

43,58

6.218

37,13

502

45,31

3.373

46,11

931

40,89

1.412

* Dados MAI a 27.01.2016, quando ainda faltava apurar 7 consulados no estrangeiro.

tempo de incerteza e desânimo, mas porventura de oportunidade”, para um crescimento sustentado que não comprometa “a solidez financeira pela qual tantos portugueses se sacrificaram”. “Acredito que os próximos cinco anos não serão tempo perdido, mas de recuperação e futuro”, concluiu, frisando que este “país pequeno será sempre relevante em termos universais”, em memória dos que no passado enfrentaram crises, venceram obstáculos e deram novos mundo ao mundo. “É hora de seguir a história, a honra e a memória e arrancar para fazer futuros à medida dos nossos sonhos, é hora de fazer Portugal”, rematou o Presidente que tomará posse a 9 de Março. Eleições na Golpilheira Marcelo ganhou no Distrito de Leiria acima dos 60%, no concelho da Batalha acima dos 70% e na várias freguesias à volta destes valores. O destaque vai para São Mamede, com 82,92%, mais do que Marcelo conseguiu na sua terra natal (Celorico deulhe 81,9%). Na Golpilheira, chegou aos 68,77% e 568 votos, ficando a larga distância Sampaio da Nóvoa em segundo (10,29% e 85 votos), e Marisa Matias em terceiro (9,20% e 76 votos). Todos os outros candidatos ficaram abaixo dos 50 votos, mas todos receberam apoio, mesmo com o voto solitário em Jorge Sequeira. Uma chamada de atenção para Vitorino Silva (Tino de Rans), que ficou em 4.º no concelho da Batalha (3,28%). Menor abstenção do Distrito Continuamos a registar o facto muito positivo de sermos a freguesia com maior taxa de votantes (62,87%), bem acima das médias concelhia, distrital e nacional. A Golpilheira foi, aliás, a freguesia com a menor taxa de abstenção de todo o Distrito de Leiria (37,13%)! Significa que a consciência cívica tem sido fortalecida e somos exemplo de participação democrática. LMF


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. eclesial .

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Encontro Vicarial da Batalha

Maria é mãe e guia, “atalho” que nos conduz a Deus qualquer um de nós”. Essa foi a resposta do Agostinho à pergunta “quem é Maria para mim?”, que convidou cada um dos presentes a responder em reflexão e meditação pessoal.

Fotos: LMFerraz

Desde o exterior, um trilho iluminado por velas e decorado com plantas de grande porte acolhe os participantes. A indicação “Nos caminhos de Maria” oferece o mote do encontro e convida ao percurso até ao interior do espaço. Aceitaram o convite e encheram quase por completo o anfiteatro mais de 400 pessoas das paróquias de Aljubarrota, Batalha, Calvaria, Juncal, Pedreiras e Reguengo do Fetal. Algumas dezenas vieram da Comunidade Cristã da Golpilheira. O mesmo caminho foi percorrido por Maria ao encontro da prima Isabel, na representação cénica do episódio bíblico da Visitação. Assim começou o encontro vicarial com o Bispo diocesano, no dia 15 de Janeiro, no centro paroquial da Batalha. Tendo como pano de fundo o tema deste primeiro ano do biénio pastoral dedicado a Nossa Senhora, continuou a ser ela a “estrela” da noite. Numa apresentação multimédia comentada, foram desfilando imagens marianas veneradas nas muitas igrejas destas paróquias, com mais de duas dezenas de invocações diferentes. Pelo meio, a aclamação cantada da assembleia, acompanhando o Coro de S. Miguel, da paróquia do Juncal, e, no final, do coro litúrgico de Aljubarrota. Senhora do Ó, da Esperança, da Conceição, do Campo, dos Prazeres, dos Enfermos, da Guia, do Amparo, da Piedade, da Assunção, da Vitória, do Fetal, das Areias, da Saúde, da Graça, dos Remédios, do Carmo, do Rosário ou de Fátima, “é sempre a mesma Senhora, mãe de Deus e nossa mãe, a quem amamos como filhos queridos e queremos conhecer cada vez mais e melhor, com fé viva, entusiasmada e testemunhante”, comentou D. António Marto. Na medita-

O salão quase encheu

ção que ofereceu a propósito do tema e da apresentação, o Bispo diocesano sublinhou que “Maria merece essa nossa devoção, pois foi pela oferta da sua vida que se tornou possível o encontro íntimo e definitivo do amor de Deus com os homens”. Diálogo de amor A conversa de Jesus com sua mãe e o discípulo João, junto à cruz, foi a chave de leitura para a apresentação de Maria como “testamento” que Ele entrega a toda a humanidade. “Em João estão representados os homens de todos os tempos, também nós, a quem Nossa Senhora foi oferecida como mãe, para que a acolhamos com amor, como um bem precioso, ela que é o rosto da ternura de Deus”, disse o Bispo. Maria acompanha cada passo de Jesus na história da salvação e da Igreja nascente. Por isso, “ela é uma intercessora poderosa, mas é também a discípula fiel e perfeita, mestra e guia na fé”. Daí resultam tantas “manifestações de amor” por parte dos cristãos, seja no culto litúrgico, na Liturgia das Horas ou na “diversidade e criatividade” dos cânticos, orações e devoções da religiosidade

popular, onde o Terço tem um lugar especial como “meio precioso de contemplação, invocação e adoração a Deus”. Neste domínio, “é importante não cair nos excessos” que se vêem em algumas festas, cumprimentos de promessas ou uso de imagens e medalhas como talismãs e, “com respeito, saber educar os fiéis para uma piedade bem orientada”, defendeu o Pastor. Há que “evangelizar a piedade popular, para que seja um verdadeiro diálogo de amor com Maria e caminho para Cristo, o verdadeiro centro da fé cristã”. Atalho agradável para Deus Coube a Agostinho David, do Reguengo do Fetal, testemunhar como vive pessoalmente e em família a sua devoção a

Nossa Senhora. “Bebi-a no leite materno”, começou por afirmar, recordando o cenário de oração familiar diária na sua infância. Na adolescência, a descoberta de Jesus Cristo como “melhor amigo” ajudou-o a ultrapassar a morte de dois irmãos e vários amigos da escola num curto espaço de tempo. A procura de respostas ao porquê da dor e da morte teve resposta na ressurreição de Cristo, e a sede de O conhecer levou-o ao Seminário do Coração de Maria, ela que “estava um pouco eclipsada” nessa altura da sua vida. Foi nesse seminário de Fátima que “ela voltou ao seu lugar de atalho agradável para Deus, a mãe a quem podemos recorrer, a quem o Filho nada recusa, aquela que não sendo Deus é mais do que

Mãe em visita A terminar o encontro, D. António Marto mostrou-se muito agradado pela forma como foi preparado e pela numerosa participação e pediu que essa empenho e entusiasmo continuassem nas várias iniciativas propostas para este ano, como o retiro popular, a peregrinação diocesana e, sobretudo, a visita da Imagem Peregrina de Fátima à Diocese, em Maio próximo. Têm sido “maravilhosas” as calorosas recepções e as experiências de fé das multidões nas dioceses do País que a Imagem está a percorrer. “Como fez a Isabel, ela vem visitar-nos, faz-se peregrina connosco, traz-nos a alma do Evangelho e a consolação da ternura e da misericórdia de Deus”, frisou o Bispo, pedindo que saibamos “mostrar-nos Povo de Deus entusiasta, tenhamos brio em acolhê-la, deixemo-nos tocar e contagiemos outros para essa celebração”. Duas horas depois do início, houve ainda tempo para um breve diálogo com os presentes, em que D. António frisou a importância da transmissão da devoção mariana às novas gerações e testemunhou o seu amor a Nossa Senhora, a quem reza o Terço diariamente e que considera a “responsável” pela sua vinda para esta diocese. Um lanche partilhado, no átrio do salão, encerrou a noite que, pelas conversas dos participantes, a todos deixou de coração cheio e mais próximos da “mãe do Céu”. Luís Miguel Ferraz

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Janeiro de 2016

Comissão da Igreja de São Bento

Balanço de oito anos de mandato a cargo de Lurdes Rodrigues, que tem desempenhado estas tarefas com muito brio. Ainda bem que todas estas tradições se mantiveram, uma vez que sem os proveitos dos mesmos não teria sido possível fazer as obras. Obras de vulto Durante estes oito anos, as obras de maior vulto foram: criação de todas as condições para o bom funcionamento dos eventos, que se realizaram ou venham a realizar-se, como as festas, convívios e outros. Um investimento avultado na cozinha, churrasqueira, cave de arrumações e casa para as botijas de gás. Para a criação destas condições contribuiu a aquisição de uma câmara frigorífica, fogões, exaustão para a cozinha, churrasqueira e outros; restauração do adro da Capela, incluindo a demolição do palco de betão ali instalado, que retirava beleza a este espaço; saneamento, canalização e electrificação da Capela, adro, cozinha, churrasqueira, bar e restaurante; colocação do tecto falso no salão de festas; construção de uma casa de banho para deficientes.

MCR

A actual Comissão da Igreja de São Bento tomou posse no ano de 2008 e é composta pelos seguintes elementos: Cesário Santos, Armando Sousa, Carlos Alberto (Salazar), Albertina Silva, Cristina Lucas, Lurdes Rodrigues e Fátima Sousa. Esta última cumpriu apenas o primeiro mandato de três anos e, por motivos pessoais e profissionais, teve de deixar esta comissão, continuando no entanto a colaborar com a mesma. No próximo mês de Fevereiro, vão terminar o seu mandato. Durante estes oito anos, procuraram que as tradições se mantivessem, nomeadamente, os festejos anuais em honra de Nossa Senhora da Esperança, assumindo mesmo a sua organização num dos anos em que não houve comissão de festas. Apoiaram sempre incondicionalmente todas as comissões de festas. Para além destes festejos anuais, promoveram duas provas de motorizadas de 50cc, dois almoços convívio, duas noites de fado, um festival de sopas e ainda as tradições do Mês de Maria. A manutenção e ornamentação da Capela de São Bento têm estado

Cave de arrumações foi a última obra

Receitas Para fazer face a estas despesas, como atrás referido, socorreram-se dos lucros dos festejos anuais, de outros eventos, ajuda da população e também apoio da Câmara Municipal da Batalha, mediante a apresentação de projectos anuais. A comissão afirma-se disponível a prestar esclarecimentos sobre as obras, receitas, despesas, valores investidos, etc., a quem o pretender. A última festa teve um resultado positivo de 15.774,59 euros. “Com as últimas obras e melhorias efectuadas, tínhamos ficado

a dever ao empreiteiro cerca de 9 mil euros, ao qual muito agradecemos por ter confiado em nós desde a primeira hora”, referem. Futuro Como é do conhecimento público, temos em curso as obras de beneficiação na igreja principal da Comunidade Cristã da Golpilheira, de valor avultado. Esta comissão está empenhada em colaborar: “Visto que neste momento temos as contas regularizadas, prevendo apenas algumas despesas de menor vulto, vamos canalizar para estas obras

5 mil euros, ficando em conta com cerca de 3 mil para despesas correntes (água, luz e pequenas reparações dalguns utensílios da cozinha e churrasqueira)”. Quanto ao próximo mandato, alguns elementos vão continuar e outros não. Cesário Santos será um dos que fica, uma vez que se comprometeu no último dia das festas de 2015 e não se apresentou qualquer comissão de festas para 2016. Os que deixam esta comissão querem aproveitar esta conversa para agradecer a todas as pessoas que ao longo destes últimos oito anos, que de alguma forma, contribuíram para o sucesso do seu trabalho, como está à vista de todos, conforme as obras e outros melhoramentos realizados. Os festejos deste ano estão marcados para os dias 27 a 29 de Agosto. Cesário Santos apela ao apoio e ajuda daqueles que costumam colaborar e ainda daqueles que se queiram juntar, para mais um sucesso. Agora, mais do que nunca, é necessário continuar com estas festas anuais, cujos resultados irão ajudar a custear as obras da igreja da Golpilheira. Manuel Carreira Rito

Oração na Maceira

Crismandos da Golpilheira no Shemá do 10.º ano da Comunidade Cristã da Golpilheira, acompanhados pelas respectivas catequistas. Todos juntos, viveram “uma experiência de oração interessante e profunda, como disseram alguns dos participantes”, relata o pároco, padre Marcelo de Moraes, no jornal Presente Leiria-Fátima. DR

A equipa de Pastoral Juvenil da paróquia da Maceira realizou, no dia 23 de Janeiro, um encontro de oração “Shemá” com os jovens do 10.º ano da catequese. Esta é uma iniciativa com regularidade mensal e que faz parte do plano de formação dos crismandos da paróquia. Neste encontro de Janeiro participaram também os jovens

Oração ao estilo de Taizé pub


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Jornal da Golpilheira Janeiro de 2016

Na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

Fomos à Missa da Igreja Ortodoxa

Nascida da emigração de Leste O Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, nome oficial desta Igreja cristã, está organizado por regiões. Na Península Ibérica, existe como Arcebispado Ortodoxo de Espanha e Portugal e as comunidades do nosso país estão incluídas no Vicariato para Portugal e Galiza. A Igreja Ortodoxa em Portugal integra cristãos de diferentes nacionalidades aqui residentes, como gregos, romenos, moldavos e, sobretudo, ucranianos. Foi o surto de emigração destes países, neste início de século XXI, que suscitou a necessidade de organizar uma estrutura de apoio às suas necessidades espirituais. Assim, em 2003, “pela graça de Deus e com a bênção do Patriarca Ecuménico Bartolomeu”, foi fundada a primeira paróquia ortodoxa ucraniana, no Porto. Outras foram surgindo nos anos seguintes, em locais onde é mais numerosa a comunidade emigrante dos países de Leste que aqui vive e trabalha, estando já 15 padres residentes ao seu serviço. Um crescimento facilitado pelo acolhimento que a Igreja Católica lhes dá, permitindo que celebrem o seu culto nas igrejas locais. Na Diocese de Leiria-Fátima, esta é a única comunidade. As mais próximas situam-se em Coimbra, Mafra e Castelo Branco, esta a mais recente de todas, com alguns meses de fundação.

nhora e acreditam nas Aparições ali ocorridas. Enquanto isso, arrumam os muitos objectos que trazem para decoração do espaço celebrativo, deixando tudo como estava.

Fotos: LMFerraz

Por ocasião da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, assinalada entre 18 e 25 de Janeiro, o jornal Presente Leiria-Fátima foi conhecer a comunidade da Igreja Ortodoxa Ucraniana que está a celebrar um ano de fundação na paróquia da Batalha. Publicamos também aqui este trabalho, por ser interessante para nós, que trabalhamos e vivemos de perto com estes homens e mulheres vindos de Leste à procura de melhores condições de vida. Integraram-se bem na comunidade e são felizes connosco, agora mais ainda, que podem celebrar a sua fé com um padre fala a sua língua e tem a sua religião.

O grupo mais regular

Celebração (muito) diferente Entramos na igreja matriz da Batalha às 10h00 do domingo 17 de janeiro. Cerca de meia centenas de fiéis estão a começar uma celebração que logo se percebe ser diferente do rito católico. A língua usada é o ucraniano, pelo que pouco percebemos do que se diz, canta e faz. No final, ouviremos a explicação em português corrente, sobretudo dos mais jovens. Em jeito de preparação espiritual, a Missa começa com vários salmos cantados a várias vozes pelo pequeno coro, a duas e três vozes, acompanhados por todos os fiéis presentes. Seguemse as confissões individuais, um acto obrigatório a cada domingo para quem quer comungar nessa celebração. Continuam orações, “para agradecer a Deus os dons recebidos durante a semana, pedir a salvação e a paz para o mundo, para a Ucrânia, para Portugal, para as terras onde vivem e trabalham”. Há só uma leitura, do Evan-

Rito final

gelho, que neste domingo é o da pesca milagrosa. O ritmo litúrgico não é igual, pois celebram o Natal no dia 6 de janeiro e o ano novo no dia 14. Não há homilia, passando-se ao canto do Credo e do Pai-Nosso. E mais cânticos e orações, entre as quais, sempre, a recitação do salmo 34. A comunhão é, então, distribuída sob as duas espécies do pão e do vinho a todos os que se confessaram. São já 11h30 quando vem a homilia, actualizando a mensagem do Evangelho à prática da vida. “Temos de ser perseverantes, confiar em Deus e acreditar que Ele nos ajudar a alcançar o bem que desejamos”, resume uma das jovens que mostrou ter estado atenta, adiantando que “não podemos esperar que Ele faça tudo, mas temos de ser nós a trabalhar para o bem, como os apóstolos tiveram de lançar as redes”. Estão a celebrar um ano da primeira celebração desta recente comunidade e isso é também motivo de reflexão, ação de graças a Deus e agradecimento

ao trabalho de alguns leigos presentes, que o padre Juvenaliy vai nomeando durante a pregação em tom coloquial. No final, um a um, vêm beijar um ícone mariano e um pano com motivos cristológicos, pousados sobre uma mesa. O sacerdote mergulha um pincel em óleo sagrado e faz-lhes uma cruz na testa, após o que beijam a cruz que ele segura nas mãos durante quase toda a celebração. Então, retiram de um cesto um pequeno pedaço de pão que o próprio padre confeccionou. “É sinal de partilha de bens e de vida entre todos, de alimento e solidariedade que se leva para a vida”. Só então, o cântico final, já perto das 12h30. O fotógrafo já tinha sido notado e é apresentado como jornalista católico. Abrem-se os sorrisos de acolhimento, pedem uma foto de grupo e demoram-se nas explicações de tudo o que se passou. Falam em Fátima, onde fazem encontros nacionais, pois são muito devotos de Nossa Se-

Depois da Missa, o convívio

O convívio continua Há também o convite para um café onde continuam em convívio, um hábito que a maioria cumpre religiosamente. Falamos então com Tânia Melnykova, que veio para a Batalha há 15 anos. Sente-se bem acolhida e trata a comunidade católica como sua, até pelo trabalho desempenha há nove anos ao serviço da casa paroquial. “Estamos aqui bem, mas nunca esquecemos a nossa terra e rezamos para que tenha paz”. Mas não pensa voltar, sobretudo agora que tem cá a filha de 23 anos. Também Roman Panchuk, que veio há 14 anos para a Maceirinha trabalhar em montagens hidropónicas, não pensa em voltar. Pelo contrário, está a preparar a vinda da família, pois sente que já é em Portugal que tem amigos e estabilidade profissional. Foi o que fez Dmytro Shtogryn, empregado numa serralharia da Batalha há 14 anos. Trouxe a mulher e é aqui que se sente em casa. Todos fazem a mesma apreciação à região “bonita” em que vivem, ao excelente acolhimento e integração, à simpatia dos portugueses. Mais contentes estão agora que têm cá um padre da sua Igreja, que os acompanha e ajuda também a nível espiritual, “o que é muito importante para andarmos bem na vida”. E têm um sonho, que esperam concretizar: “fazer uma igreja nossa, para termos um espaço próprio”. Luís Miguel Ferraz


Jornal da Golpilheira

. eclesial .

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Janeiro de 2016

Entrevista ao padre Juvenaliy, responsável da comunidade

“A Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa são duas asas do mesmo pássaro”

Como surgiu a oportunidade de organizar esta comunidade? Os ucranianos que vivem na área de Leiria-Fátima pediram ao vigário da Igreja Ortodoxa

nesse dia nos seus empregos. Como é a prática religiosa regular? Além do culto aos domingos, presido a outras celebrações religiosas durante a semana, em que os nossos fiéis também marcam presença. Durante o ano, já presidi na nossa igreja a três casamentos, baptizei nove crianças e fiz um funeral. LMFerraz

Chama-se Hieromonk Juvenaliy Muliarchuk e é tratado por padre Juvenal pelos muitos amigos portugueses que já o conhecem, pelo que adoptamos também esse tratamento “aportuguesado”. Nasceu na Ucrânia há 36 anos e foi ordenado padre do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla em 2004. A 12 de agosto de 2014 chegou a Portugal, para assumir o acompanhamento de uma nova comunidade ortodoxa. O Bispo de Leiria-Fátima concedeu à comunidade ortodoxa poder celebrar o culto na igreja matriz da Batalha e a paróquia acolheu-a de braços abertos, com a primeira celebração a ocorrer a 8 de Janeiro de 2015. O padre Juvenal, que a dirige, passou a residir na casa do capelão do Mosteiro da Visitação, na Faniqueira. A conversa com as irmãs não é muita, pois nenhuma fala ucraniano e o português dele ainda dá os primeiros passos, mas “é muito simpático e parece um bom padre”, confessa a irmã Maria Clara, enquanto me conduz à casa, num anexo separado do convento. Já nos conhecemos, pois integrámos ambos uma das equipas da visita pascal aqui na Golpilheira, no ano passado, logo esse um sinal da boa integração que teve. O acolhimento à porta é caloroso e entramos numa sala com o chão cheio de sementes de trigo. O sacerdote explica que o dia anterior, 14 de janeiro, foi o primeiro do ano segundo o calendário Juliano, tendo-se cumprido uma tradição secular: “uma criança entra em casa a cantar e a espalhar sementes sobre os presentes, sinal da prosperidade e abundância de dons que se desejam para o novo ano”. Senta-se ao piano e canta com voz segura e poderosa os versos que acompanham esse ritual. A conversa continua espontaneamente em inglês.

em Portugal, o arquimandrita Philip, que lhes desse um padre para acompanhar a sua vida religiosa. Assim, fui enviado em trabalho missionário para a Batalha, para presidir ao culto e organizar a vida eclesial desta nova comunidade da Igreja Ortodoxa Ucraniana. Porquê a Batalha? Queríamos um lugar central e temos de agradecer ao Bispo D. António Marto, que nos permitiu a celebração do culto nesta igreja. Agradeço também ao padre José Gonçalves, pároco da Batalha, que sempre tem apoiado a nossa comunidade na sua implementação e desenvolvimento das suas actividades. Em concreto, além do serviço religioso na Igreja da Santa Cruz, temos usado o salão paroquial para os ensaios do nosso coro litúrgico e para encontros de formação. Quantas pessoas são actualmente? É difícil de quantificar. Por norma, temos umas 40 a 60 pessoas regulares na Missa dominical, mas é frequente aparecerem novos fiéis a cada semana. No Natal, por exemplo, estiveram cerca de 70 pessoas e na Páscoa foram mais de 200. São todas desta paróquia ou vêm de mais locais da região? A maioria dos ucranianos que participam no serviço religioso vem da Marinha Grande. Mas há quem se desloque de Leiria, Maceira, Cartaxo, Alcanena e outros locais, além, claro, da Batalha. Mas há muitas pessoas que não podem vir à Missa ao domingo, pois estão a trabalhar

Além das celebrações, tem mais alguma acção pastoral, formativa ou social? Edito semanalmente um boletim espiritual paroquial, com temas de formação espiritual e a agenda pastoral. Todos os sábados, na Marinha Grande, dou catequese a crianças ucranianas, dos 6 aos 11 anos de idade. Como sou padre e também monge, a minha primeira responsabilidade pastoral é rezar todos os dias. E ensino aos nossos paroquianos que devem arranjar tempo para a oração, todos os dias, de manhã e ao final do dia. Acha que deveria existir maior envolvimento entre as Igrejas Cristã e Ortodoxa? Bem, a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa são duas asas do mesmo pássaro, que tem um único corpo e um mesmo objectivo. Por outras palavras, posso dizer que estas duas Igrejas são como duas irmãs que um dia se separaram, por razões diversas, e há muito tempo procuram reconciliação e unidade, pois o Evangelho de Cristo é só um e o Corpo de Cristo é só um. Para terminar, como vê esta iniciativa da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos? Este é um tempo em que todo o cristão deveria pensar sobre a sua identidade, sobre quais são os seus objectivos espirituais e qual é o sentido da sua vida. Todos temos de ponderar o que fazemos para evitar o mal e os desentendimentos no mundo. Por outro lado, todos devemos contribuir para que haja mais bondade, amizade, sinceridade e amor entre as pessoas. LMF

Seminário vem à Golpilheira

“É belo ser padre!”

A iniciativa “É belo ser padre!”, promovida pelo Seminário Diocesano de Leiria, vai realizar-se na paróquia da Batalha, nos dias 28 a 31 de Janeiro. Começa pelas 19h00 de quinta-feira, precisamente na Golpilheira, com a Missa e uma vigília de oração. O sábado será preenchido com encontros para crianças e adolescentes da catequese e escuteiros: na Batalha às 09h30 para 8.º e 10.º anos e às 11h00 para 7.º e 9.º anos e na Golpilheira às 15h00 para os 7.º, 8.º e 9.º anos. Ainda na Batalha, às 17h30 haverá uma reunião com jovens e caminheiros e, às 19h00, a Eucaristia. No domingo, os padres da equipa do Seminário presidirão às Missas das 08h00 na igreja matriz e no Convento da Visitação, das 09h30 na Golpilheira e nos Casais dos Ledos, e das 11h00 no Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Ainda no domingo, haverá um encontro para a catequese do 10.º ano na Golpilheira, às 10h30, e outro para pais e catequistas na Batalha, às 15h00.

Formação para catequistas

“A beleza e a transmissão da fé” Decorre no próximo dia 26 de Fevereiro, das 21h00 às 23h00, no centro paroquial da Batalha, uma acção de formação intitulada “A beleza e a transmissão da fé”, especialmente destinada aos catequistas das paróquias desta vigararia. Trata-se de uma iniciativa conjunta do Serviço Diocesano de Catequese e do Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima, que visa “sensibilizar os catequistas para a importância do património cultural no anúncio do Evangelho e dotá-los com as ferramentas básicas de análise do património cultural para, a partir dele, transmitirem os conteúdos de que estão encarregados de transmitir”. Embora pensada para catequistas, a acção está aberta a todos os agentes pastorais que, de alguma forma, lidem com o património e queiram aprofundar conhecimentos nesta área. Além de uma componente teórica, com os temas “A beleza de Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia” e “O anúncio da fé a partir do património histórico-artístico da minha paróquia”, haverá uma parte prática, constituída por exercícios concretos pensados a partir do património cultural (material e imaterial: obras de arte, património arquivístico, livro antigo, património musical) existente em cada paróquia.

Inscrições abertas

Jornada Mundial da Juventude O Serviço Diocesano de Pastoral Juvenil da Diocese de Leiria-Fátima está a organizar uma peregrinação para a participação na Jornada Mundial da Juventude, que irá realizar-se em Cracóvia, na Polónia, de 26 a 31 de Julho. Tratase da 28.º edição do evento criado pelo Papa João Paulo II e que é o maior encontro de jovens de todo o mundo à volta do Santo Padre. Poderão participar os jovens a partir dos 16 anos (completos em 2016) e animadores de grupos. O custo total da inscrição é de 380 euros por pessoa até 31 de dezembro de 2015, passando depois a 400 euros, e inclui transporte de autocarro, refeições – excepto durante a viagem de ida e volta –, alojamento e materiais da Jornada, como t-shirts, pólos, bonés, mochilas, guiões, bandeiras, etc. Os interessados deverão contactar o Departamento da Pastoral Juvenil e Escolar, no edifício do Seminário de Leiria, ou pelos contactos disponibilizados em sdpjleiria.com.


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. revista .

Jornal da Golpilheira Janeiro de 2016

Contamos-lhe... a vida da Golpilheira em 2015 Janeiro No primeiro mês do ano, fizemos eco da festa de passagem de ano na Golpilheira, mas também do encontro vicarial da batalha com o Bispo diocesano. A atleta Daniela Cardoso, campeã nacional de marcha andava a treinar pelas estradas da freguesia e aproveitámos para uma conversa, mediada pelo seu treinador, Carlos Carmino. Uma nova estrada era ainda anunciada, a devir o trânsito da vila da Batalha para quem se desloca da Golpilheira para o lado das Brancas. E a revista do ano 2014, claro.

Abril Um carro de “pernas” para o ar fazia capa de Abril, dando conta da realização de mais uma edição do Passeio de TT “Anjos Sobre Rodas”. Foi um “capotanço” que deu adrenalina ao público e, felizmente, teve só consequências para a “saúde” do veículo. O PDM em discussão fazia também destaque. Falámos ainda do drama da perseguição religiosa, da mais um prémio para o hip-hop do CRG, da descentralização na educação concelhia, da confirmação do Papa vir a Fátima em 2017 e da Festa das Famílias da Diocese.

Julho Em Julho chegavam as festas, com o 46.º aniversário do CRG a abrir o programa, onde se destacava a sempre animada corrida de carros de rolamentos. A grande novidade, no entanto, era o anúncio do início das obras de remodelação da Igreja da Golpilheira, decidido numa “assembleia geral” da comunidade cristã da freguesia, que juntou sete dezenas de pessoas. Anunciávamos também as festas do Senhor Bom Jesus dos Aflitos na Golpilheira e as concelhias festas de Agosto na vila da Batalha.

Outubro Nem só de paredes se faz a Igreja, mas sobretudo de pessoas. Assim, em Outubro, o destaque foi para a constituição oficial da Comunidade Cristã da Golpilheira como entidade que identifica os cristãos naturais e residentes na área desta freguesia civil. Abordámos ainda as eleições legislativas que deram a vitória à coligação “Portugal à Frente”, mas sem garantia de governo (como iríamos constatar depois). Câmara da Batalha anunciava orçamento participativo e CRG retomava tradição da “Semana Cultural”

Fevereiro Em Fevereiro, fomos ao Carnaval da Batalha, recordado com uma foto do grupo do CRG que venceu o 2.º prémio do desfile. Mergulhados em água e sabão, estavam lindos no “banho”. Fomos também acompanhar os crismandos dos 10.º ano numa visita à clausura do Convento da Visitação, na Faniqueira. E dávamos conta do apuramento da equipa de futsal sénior feminino para a fase final do campeonato nacional. Foram três acontecimento marcados pela palavra “alegria”, embora por motivos diferentes.

Maio “Gosta do concelho onde vive?” era a pergunta a que respondíamos na edição de Maio, dando conta de que 88% dos batalhenses respondia que sim. Fizemos ainda a reportagem da G’anda Festa das Famílias a nível diocesano e anunciávamos mais uma edição da Fiaba e também da festa paroquial da Santíssima Trindade. A exposição dos 100 anos das minas de carvão, a operação de prevenção de fogos florestais, o I Encontro de Saúde e BemEstar da Misericórdia da Batalha eram outros temas da 1.ª página.

Agosto Mais festas em Agosto, a começar pela reportagem do Senhor Bom Jesus dos Aflitos na Golpilheira e das festas de Agosto na Batalha. As “voltas da educação” eram também assunto, com a Assembleia Municipal a “destravar” a providência cautelar pedida pelo Sindicato dos Professores do Centro contra a descentralização da gestão escolar. Mas a grande manchete era o anúncio do arranque das obras da Igreja de Nossa Senhora de Fátima no mês seguinte, com um orçamento a passar dos 300 mil euros.

Novembro “Dois fins-de-semana de convívio comunitário” reactivaram as semanas culturais que tinham sido interrompidas no ano anterior. Esta 21.º edição voltou a juntar muitos golpilheirenses, sobretudo nos dias de “festa”. O orçamento municipal definia 10,5 milhões de euros para 2016 e mais 29 milhões até 2020, ao mesmo tempo que a Misericórdia anunciava a decisão de construir um lar de idosos. Com o Natal à porta, anunciava-se também a campanha comercial e de animação que “mais brilho” traz à Batalha.

Março Em Março voltámos ao futsal feminino, mas júnior, cuja equipa venceu com todo o mérito a Taça Distrital. Também a Escola de Dança do CRG se destacou com as “Upgrade Crew” a conquistarem o 8.º lugar numa competição internacional de hip-hop, acima do meio da “tabela”. Ainda em primeira página, o convite para um pequeno-almoço de Páscoa, o avanço das obras na variante da Batalha, o encontro de emigrantes batalhenses em Paris, o concerto de Camané no Mosteiro e a Peregrinação Diocesana.

Junho O destaque de Junho foi para o 1.º Fit & Dance organizado pela Escola de Dança do CRG, que trouxe algumas dezenas de pessoas a “transpirar saúde e alegria” na colectividade. Também em destaque, o VI Torneio da Amizade organizado pela equipa de Veteranos do CRG, as reportagens ao I Encontro de Saúde e Bem-Estar da Misericórdia, à FIABA e às festas da Santíssima Trindade, uma entrevista à treinadora Teresa Jordão e o anúncio de que a Câmara da Batalha estava aberta a receber refugiados no concelho.

Setembro Já se viam a grua e os andaimes na foto que enchia a primeira página de Setembro. As obras da igreja tinham começado e era hora de mobilizar a população para a campanha “200 telhas” e para a recolha de donativos que se tornava urgente. Falámos ainda do regresso às aulas com tranquilidade, da discussão dos novos regulamentos de horários do comércio no Concelho e da festa de início da catequese, programada para o mês seguinte. Em reportagem, a festa em honra de Nossa Senhora da Esperança, em São Bento.

Dezembro As “Boas festas!” da edição de Natal mostravam-se na imagem de um dos quadros da festa das escolas, com a mensagem “Natal é amor”, que adoptámos para esta edição de Dezembro. Mais de uma dezenas de textos e eventos natalícios enchiam diversas páginas. Mas houve ainda espaço para o “ranking” das escolas, a homenagem ao ex-director do Internato de Leiria, o projecto “Like Saúde” de prevenção de dependências nas escolas, e mais uma participação de Cesário Santos nas 24 horas de TT de Fronteira.


Jornal da Golpilheira

. actualidade .

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Tradição que se mantém

Os escuteiros do Agrupamento 194 Batalha do CNE andaram a cantar as Janeiras pelo território da paróquia nalgumas noites deste mês. É uma forma de angariar fundos, mas também de conviverem e preservarem uma bonita e antiga tradição popular. Andaram também pela Golpilheira, onde pudemos constatar que cumprem bem a função: trazem boa disposição, simpatia e... vozes afinadas.

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Jornal da Golpilheira

. sociedade . economia .

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Município aprova 82 candidaturas

270 mil euros para o associativismo

Fotos: DR

Nova gerência no “Fidalgo” O Café Fidalgo, no centro da freguesia da Golpilheira, mudou recentemente de gerência. À frente do espaço está agora a empresa Pontos e Cortesias, de Nelson Figueiredo, natural da Nazaré e residente na Marinha Grande. “Foi um oportunidade que surgiu e que me pareceu interessante”, refere o gerente, que quis desde logo dinamizar o espaço com outras ofertas no âmbito da restauração e diversão nocturna. Assim, logo ao lado do café, funciona agora um novo restaurante, que serve petiscos, almoços com diárias e jantares sob reserva. Com a mesma chancela “Fidalgo” foi também recuperado o antigo bar, que oferece área de jogos e animação musical variada. Todos os dias das 18h00 às 00h00, às sextas-feiras e sábados das 18h00 às 02h00 e aos domingos das 14h00 às 00h00, está a receber já um público variado, dos mais novos aos mais maduros. A aposta na música será um dos pontos a destacar: karaoke é garantido às sextas-feiras e sábados, alguns deles com bailarinas a acompanhar a festa. Uma vez por mês haverá um espectáculo especial, com banda ao vivo ou artista convidado. Para o final de Fevereiro ou início de Março, por exemplo, está prevista uma noite de fados. “Não conhecia a Golpilheira, mas estou muito contente com o acolhimento e a simpatia da freguesia, pelo que tem sido uma experiência muito positiva, que me dá confiança no futuro”, garante Nelson Figueiredo. Tão contente está, que já adoptou o apelido “Fidalgo”na sua apresentação, sendo assim que podemos encontrá-lo no facebook, onde vão sendo divulgados os eventos do bar. A seguir...

te muito expressivo atribuído às associações evidencia bem a importância que o executivo atribui ao movimento associativo da Batalha”, por serem “uma mais valia para toda a comunidade”. Na cerimónia de outorga dos protocolos será apresentada a nova ferramenta electrónica de marcação e gestão dos equipamentos desportivos municipais, com o intuito de garantir maior facilidade e rapidez na resposta da autarquia à solicitação de recintos desportivos.

Protocolo com o Instituto Politécnico de Leiria

Batalha avança com o PARU O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) vai estudar e realizar o PARU – Plano de Acção para a Regeneração Urbana, do Município da Batalha. Para tal, foi assinado um protocolo, no passado dia 19 de Janeiro, por Nuno Mangas, presidente do IPL, e Paulo Batista, presidente da Câmara Municipal da Batalha, visando a participação de técnicos especializados da Escola e do Município. Nuno Mangas manifestou a sua satisfação pela assinatura desta parceria. Com este estudo, vão tentar que a região fique mais harmoniosa. A Batalha é uma referência para o Turismo Nacional, com o segundo monumento mais visitado em Portugal. Paulo Batista afirmou que a Batalha foi o primeiro município do País a delimitar a zona urbana e é o segundo município da região Centro a criar condições

MCR

Café, restaurante e bar

rias, bem como apoio à prática desportiva, envolvendo, só na componente desportiva, mais de 700 jovens inseridos em escalões de formação. Na óptica das candidaturas ao investimento, os projectos aprovados respeitam à aquisição de equipamentos informáticos, apetrechamento de instalações, mas também a obras de adaptação e de melhoria das instalações das colectividades. Refere Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha, que “o montan-

No decurso das candidaturas instruídas à primeira fase do Programa de Apoio ao Associativismo Concelhio, o Município da Batalha vai outorgar na próxima sexta-feira, 29 de janeiro, na Casa do Povo de Reguengo do Fetal, contratos-programa de apoio ao associativismo no valor de 270 mil euros. O montante em causa será contratualizado com 35 associações concelhias e contemplam projectos de investimento, programação de actividades culturais, recreativas e humanitá-

Momento de assinatura

para usufruir dos apoios da UE. Todo este trabalho tem de ter uma sequência lógica. “O plano de acção, com os projectos que queremos desenvolver, é um objectivo”, disse, sublinhando que “o IPL colabora connosco há vários anos, tem muita experiência nestes projectos, mormente a Norte do Distrito, tornando-os muito competitivos”. Nomeou Maria Eduarda, Ana Sargento e Ana Sofia como “técnicas mui-

to competentes, cujos estudos e projectos valorizam altamente os locais onde são executados”. Desejou ainda que a interacção entre estas técnicas e o colaboradores do Município seja uma combinação feliz. Este estudo irá ser efectuado num tempo recorde de dois meses, com “a matriz de qualidade que o IPL nos tem habituado”. MCR

CIMRL promove oficinas de formação em empreendedorismo A 3.ª edição do Programa de Empreendedorismo nas Escolas, promovido pela Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, em colaboração com os municípios associados e dinamizado pela GesEntrepreneur, vai trazer 45 professores a três oficinas de formação. Esta acção formativa vai proporcionar aos professores as ferramentas necessárias

para implementar actividades e dinâmicas educativas, associadas à temática do empreendedorismo, despertando o espírito empreendedor nos cerca de 760 alunos, integrados em 56 turmas que a CIMRL pretende abranger. As oficinas estão a decorrer nos três Centros de Formação da região: Leirimar e RCA (em Leiria) e Cerformaz (em

Ansião), funcionam em horário pós laboral e têm a duração total de 50 horas cada, repartidas por 8 sessões. As ideias de negócio que venham a resultar destas sessões, mas também todas as ideias que os alunos das restantes turmas do ensino secundário e profissional queiram apresentar, podem participar nos concursos municipais de ideias, a

realizar em cada concelho, de onde sairá o grupo de alunos representante para a final intermunicipal, a realizar no dia 18 de Março de 2016. O regulamento dos concursos de ideias municipais estará disponível nos sites dos municípios associados e as inscrições podem ser efectuadas até ao dia 3 de Fevereiro.


Jornal da Golpilheira

entrevista . .. economia

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Regras mais apertadas de controlo orçamental

Batalha projecta investimentos O executivo municipal projectou para o ano de 2016 investimentos no valor global de 5 milhões de euros, a realizar no quadro orçamental aprovado pela Assembleia Municipal e com apoio de fundos comunitários. Entre os projectos mais relevantes, contam-se a instalação da Loja do Cidadão, a criação de um Hostel na Pia do Urso, a conclusão do Plano de Pormenor da Batalha e de São Mamede, a execução do projecto de delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Reguengo do Fetal, a construção do novo Centro Educativo do Reguengo do Fetal, a requalificação da Escola Sede do Agrupamento de Escolas da Batalha e a construção da Casa da Juventude e do Centro de Investigadores. Ao nível da acção social, realça-se a construção do Centro de Acolhimento ao Peregrino, na freguesia de São Mamede, o prolongamento do programa de teleassistência de apoio a idosos e o início da Academia Sénior. Quanto ao ordenamento do território, o documento salienta a requalificação de vários acessos e ruas, entre os quais a Rua de São Bento e a Rua do Moinho, entre a Cividade e as Hortas, bem como a execução de infraestruturas complementares de realinhamento do Parque Industrial da Jardoeira. No que se refere ao saneamento, destaca-se a execução dos projectos de redes de saneamento em parceria com a concessionária Águas do Centro Li-

Coeficientes de localização alterados

Mudanças no imposto sobre imóveis

Loja do Cidadão desenhada nos Paços do Concelho

toral (Grupo Águas de Portugal), bem como outras obras de saneamento a realizar em Faniqueira, Casal do Alho e Garruchas. Por outro lado, foram reforçadas as medidas de controlo da execução orçamental para 2016, identificando-se, entre outras, medidas de racionalização de água e luz, em particular nos edifícios municipais e sistemas de rega, gestão da frota automóvel/ maquinaria municipal, reduzindo-a, bem como a redução com a factura de manutenções e combustíveis, adequando-a através de permutas e alienações e promovendo a utilização de energias limpas. Como regra orçamental, passa a vigorar a obrigatoriedade das propostas de investimento acima de 100 mil euros estarem alicerçadas num estudo de viabilidade económica. Loja do Cidadão na Câmara A Loja do Cidadão, a instalar no edifício dos Paços do Concelho, é um dos projectos em

destaque neste contexto. A candidatura enviada ao Programa Operacional Centro 2020, num valor de 620 mil euros, prevê a instalação naquele espaço, entre outros, dos serviços de Finanças e de Conservatória. O programa “Aproximar” visa o desenvolvimento de um modelo de grande disponibilidade e proximidade de serviços públicos aos cidadãos, assegurando uma maior coesão social e territorial, e garantindo um enriquecimento da diversidade e qualidade dos serviços administrativos prestados às populações, com uma Administração Pública sustentável e de proximidade, com ganhos significativos de eficácia na prestação do serviço e redução de custos de contexto que resultam da partilha de recursos. Neste sentido, a Câmara Municipal da Batalha passou a acolher em 2014 o serviço da Segurança Social e o Espaço do Cidadão.

O Município da Batalha aprovou no passado mês de Outubro uma proposta de alteração dos coeficientes de localização, utilizados para calcular o valor patrimonial dos imóveis e que serve de base ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que entrou em vigor neste mês de Janeiro e terá efeitos no imposto do ano de 2017. Os coeficientes foram revistos em baixa nos máximos para habitação, comércio e indústria, e nos mínimos para a indústria. Registou-se, no entanto, um aumento no mínimo para os serviços, mantendo-se os restantes valores. Mostramos o quadro comparativo: Período

Habitação Min.

Comércio Max.

Min.

Serviços Max.

Min.

Indústria Max.

Min.

Max.

Antes

0,55

1,00

0,50

0,90

0,45

0,90

0,50

0,70

Agora

0,55

0,95

0,50

0,85

0,50

0,90

0,45

0,65

= -10,00%

-7,14%

Variação

= -5,00%

= -5,56% 11,11%

Mais do que estes mínimos e máximos, interessa a cada um saber qual o coeficiente realmente fixado para a área onde tem os seus imóveis. No caso da freguesia da Golpilheira, é de 0,70 em praticamente todo o território, com uma faixa a subir para os 0,90 entre a Cova do Picoto e a Batalha. No grosso da área da freguesia, o valor fixado quando surgiu a lei foi de 0,60, tendo subido para 0,65 e agora está nos referidos 0,70. Para ver o seu caso concreto, consulte as Finanças ou o serviço de avaliação de imóveis da Autoridade Tributária na internet: www.e-financas. gov.pt/SIGIMI/default.jsp. Mais há outros factores que interferem no valor do IMI. A esse propósito, recordamos que a Câmara da Batalha aprovou, em 2014, a redução da taxa municipal para o mínimo legal de 0,30%, e em 2015 introduziu o chamado IMI familiar, com descontos de 10% aplicados à taxa para famílias com um, dois ou mais filhos, benefício em vigor já em 2016. As implicações dos novos valores do coeficiente de localização terão efeito automático na avaliação das Finanças relativa aos imóveis novos. Nos caso dos antigos, terá de ser o proprietário a pedir essa actualização do Valor Patrimonial Tributário dos prédios.

Projectos com financiamento comunitário

Município da Batalha recebe mais 1,5 milhões de euros O Município da Batalha foi notificado pela Entidade Gestora do Programa Operacional Regional Mais Centro da aprovação, em definitivo, de três projectos municipais que envolvem um investimento global de 1,8 milhões de euros, para uma comparticipação de FEDER de 1,5 milhões de euros, candidaturas realizadas no âmbito do designado regime de aprovação condicionada à exis-

tência de dotação disponível no Programa Operacional. Foram aprovados nesta primeira fase de candidaturas o “Eixo circular ao Rio Lena e Parque de Autocarros de apoio ao Centro Histórico e Turístico da Vila da Batalha”, “Valorização Ambiental da Margem Nascente do Rio Lena - Parque Ecológico e Parque de Estacionamento Periférico de Apoio Intermodal ao

Centro Histórico e Turístico da Vila da Batalha” e “Valorização do espaço urbano nas imediações do Centro Histórico e do Mosteiro Santa Maria da Vitória”. As obras foram concluídas física e financeiramente até ao dia 30 de Junho de 2015 e a taxa de financiamento indicativa é de 85%. Para o Presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, “é uma excelente notícia de final de ano

e um forte estímulo para novos projectos em 2016, confirmando a boa capacidade de gestão de candidaturas a fundos europeus por parte do Município da Batalha e a qualidade dos projectos realizados nas componentes de valorização ambiental e regeneração urbana, duas áreas fundamentais para a qualidade de vida dos cidadãos. A Batalha aguarda ainda a

decisão da candidatura da “Estrada de Vale de Ourém a São Mamede”, admitida no âmbito da designada segunda fase de candidaturas em regime de aprovação condicionada, no valor global de 350 mil euros, encontrando-se a empreitada já concluída e totalmente paga pelo Município.


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. desporto .

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Janeiro de 2016

Veteranos

09-01 – Golpilheira – 3/Arcuda Albergaria dos Doze – 2 16-01 – “Tricofaites” – Santarém – 3/Golpilheira – 0 Próximos Jogos 30-01 (Alqueidão da Serra) – Alqueidão da Serra/Golpilheira 13-02, 18h00 (Batalha) – Golpilheira/Casa Pessoal C. M. Lisboa 27-02, 18h00 (Batalha) – Golpilheira/Caxarias – Ourém

FUTSAL

Campeonato Nacional de Seniores Femininos

03-01 – Sporting – 4/Golpilheira – 1 09-01 – Golpilheira – 4/Ourentã – 1 16-01 – Núcleo S. Pombal - 1/Golpilheira – 4 (Taça de Portugal) Esta equipa ficou em 4.º lugar nesta primeira fase e garantiu a disputa do Campeonato da Divisão Sénior para a época 2016/2017. Vai disputar de seguida o apuramento de Campeão Nacional desta modalidade. Próximos jogos 30-01, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Santa Luzia 13-02 (Avintes) – Restauradores de Avintes/Golpilheira 20-02, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Nova Semente

Campeonato Distrital de Juniores Femininos

09-01 – Academia Caranguejeira – 0/Golpilheira – 5 (Taça) 17-01 – Vidais - 0/Golpilheira – 10 Próximos Jogos 31-01, 17h30 Golpilheira/Núcleo S. Pombal 13-02, 15h00 (Bajouca) – Ilha/Golpilheira 27-02, 15h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Vieirense

Campeonato Distrital de Juvenis Masculinos

27-12 – Golpilheira – 3/Dino Clube – 2 (Taça) 16-01 – Golpilheira - 11/Concha Azul – 0 24-01 – Pederneirense – 5/Golpilheira - 2 Próximos Jogos 30-01, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Amarense 06-02, 16h00 (Casal Marra) – Amarense/Golpilheira (¼ final Taça) 13-02, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Juncalense 20-02, 19h00 (São Martinho do Porto) – Concha Azul/Golpilheira

Campeonato Distrital de Iniciados Masculinos 10-01 – Golpilheira – 4/Telheiro – 1 16-01 – Ribeira do Sirol - 4 /Golpilheira – 3 24-01 – Golpilheira – 2/Dino Clube – 9 Próximos Jogos 14-02, 15h00 (Marrazes) – Atlético C. Leiria/Golpilheira apoio

1.ª eliminatória da taça distrital Golpilheira – 3 Dino Clube – 2 Realizou-se no dia 27 de Dezembro, no Pavilhão da Golpilheira, 1.ª eliminatória da taça distrital de futsal em juvenis masculinos. As equipas não se conheciam, pelo que as cautelas defensivas foram de ambas. Com esta táctica, não foi de admirar que o intervalo chegasse com um nulo. O segundo tempo foi mais movimentado, começando por ser mais eficaz a equipa forasteira, obtendo o seu primeiro golo. Os nossos atletas não desanimaram e foram à procura do empate. Conseguiramno, num excelente remate cruzado de Miguelito. Com

este golo, a nossa equipa cresceu e Dinis, numa excelente jogada, colocou a nossa equipa em vantagem. A perder, a equipa adversária, já perto do fim do tempo regulamentar, optou pelo guarda-redesvolante. Foram felizes, já que a poucos momentos do fim igualaram o marcador, levando a decisão para prolongamento. Para este tempo extra, a equipa do Dino Clube estava condicionada pela quinta falta, não podendo ser muito agressiva, pois à sexta eram punidos com um livre de 10 metros. Perto do final do prolongamento, conquistámos esta falta. David, chamado a converter o livre, não

LMF

Futebol 11

Futsal Juvenis Masculinos

Público é fundamental

vacilou e obteve o golo da vitória, com a consequente passagem à próxima eliminatória. Passados alguns segundos, o jogo acabou.

Vitória justa da nossa equipa, fruto dum grande empenho de todos. MCR

Futsal Júnior Feminino

Meia Final da Taça Distrital Acad. Caranguejeira – 0 Golpilheira – 5 Este encontro teve lugar no Pavilhão da Caranguejeira, no dia 10 de Janeiro. Estavam frente a frente as duas melhores equipas deste escalão, conforme prova a classificação no campeonato distrital. Com 11 jogos disputados, ambas com 10 vitórias e 1 derrota, com 30 pontos cada, mas com vantagem para a nossa equipa, pelos resultados no confronto directo. Jogava-se a Taça Distrital, uma vez que a equipa que seguir em frente tem grandes probabilidades de a conquistar. Jogo bem preparado pela nossa treinadora, Teresa Jordão, que corrigiu muito bem os erros que originaram a sua única derrota contra esta equipa, neste pavilhão. Partimos de imediato à procura do golo e, após algumas ameaças, Fabiana com um potente remate abriu o activo. A equipa da casa reagiu. No entan-

LMF

Equipas do CRG

Máquina de marcar golos

to, as nossas atletas não deram grandes hipóteses, já que defendiam muito bem, partindo depois para contra ataques rápidos. A completar esta estratégia, tínhamos na baliza a Diana, que transmite sempre muita confiança à equipa. O segundo golo era uma questão de tempo. A equipa da casa, com o seu jogo habitual, com a guardaredes sempre muito adian-

tada em missões ofensivas, foi desarmada numa destas situações por Fabiana, que com um pequeno toque enviou a bola para a baliza, entrando vagarosamente e obtendo assim o segundo golo. Com este resultado fomos para o intervalo. Tínhamos muitas opções no banco, ao contrário da nossa opositora, que começou a acusar muita fadiga. Adivinhavam-se

mais golos e eles surgiram: o terceiro por Bruna, o quarto por Margarida, depois duma brilhante jogada de Filipa, e o quinto pela inevitável Fabiana. Todas as nossas atletas tiveram um excelente desempenho. O apoio dos adeptos foi muito importante, puxando pela equipa do princípio ao fim. Parabéns para todos. MCR


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. entrevista desporto .

Janeiro de 2016

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Campeonato Nacional de Futsal Feminino C. R. Golpilheira – 2 Leões de Porto Salvo – 2 A vitória neste encontro colocava a nossa equipa, a duas jornadas do fim, no apuramento de campeão nacional. Estavam frente a frente as duas equipas melhor colocadas para atingir este objectivo. No entanto, partia com maior probabilidade de o atingir a Golpilheira, que neste momento tinha cinco pontos de avanço sobre a adversária. O único resultado que não podia acontecer era a vitória da equipa forasteira, uma vez que esta tinha um calendário mais favorável. Foi um jogo bem disputado, de parada e resposta, com a primeira grande oportunidade a pertencer aos Leões. No entanto, a partir deste sinal de alerta, a nossa equipa reagiu muito bem, começando a tomar conta do jogo. A nossa treinadora, Teresa Jordão, não podia contar com Carolina Silva, uma das jogadoras mais influentes no nosso conjunto, por motivo de lesão. No entanto, pôde contar com um novo reforço, Andreia (ex-

Vidais). Fruto das nossas jogadas de perigo, surgiu o primeiro golo, marcado pela Andreia, numa recarga oportuna. Como competia, a equipa dos Leões foi à procura do empate, desguarnecendo a sua defensiva, proporcionando diversos contra-ataques, que só por mera infelicidade não deram mais golos. No entanto, na sequência dum canto, a equipa adversária, com alguma felicidade, empatou. Com este resultado, chegamos ao intervalo. No segundo tempo, o sentido do jogo não se alterou. Na sequência dum livre, novamente numa recarga, Andreia colocou novamente a Golpilheira na frente do marcador. Era a vez dos Leões arriscarem mais. Mais uma vez com alguma felicidade, empataram o jogo. Daqui até final foi um jogo de nervos, onde brilharam as duas guarda-redes. A equipa de Porto Salvo ainda arriscou, com a guarda-redes volante, mas não deu resultado. Final do jogo e a decisão de apuramento para as duas últimas jornadas.

MCR

Caminho para o apuramento...

Equipa está confiante para a 2.ª fase

Sporting CP – 4 CR Golpilheira – 1 Realizou-se no dia 3 de Janeiro, no Pavilhão Municipal José Gouveia, em São João da Talha, o encontro da penúltima jornada da 1.ª Fase deste Campeonato. Para se apurar para a segunda fase sem depender de terceiros, a nossa equipa tinha de fazer obrigatoriamente três pontos nos dois últimos jogos. Se fosse neste, tanto melhor, para não guardar a decisão para o último. No primeiro tempo, o jogo foi muito equilibrado,

De salientar a entrega das nossas jogadoras ao jogo, mostrando sua garra. Sinal de registo, os dois golos de Andreia no seu primeiro jogo, ou seja, uma estreia muito feliz. Ainda a salientar, que a atleta Carolina Costa efectuou o último jogo pela nossa equipa, uma vez que acabou a sua licenciatura na ESTG e regressou à sua terra de origem. A ela agradecemos todo o esforço e dedicação que teve, defendendo sempre com “raça” as cores do nosso clube, durante várias épocas.

tendo no entanto sido mais feliz a equipa da casa, que obteve um golo. Na segunda parte, verificou-se uma boa reacção da nossa equipa, mas foi o Sporting a aumentar a vantagem. Não baixámos os braços e conseguimos reduzir para 2-1, por intermédio de Andreia. Continuámos à procura, pelo menos, da igualdade. Criámos algumas boas oportunidades, mas não conseguimos. Teresa Jordão, quando faltavam cerca de seis minutos, arriscou na guarda-redes volante. Não foi feliz. Aproveitou a equipa dos Leões para marcar mais dois golos. Com este resultado, a grande decisão foi adiada para o último jogo, em casa, contra a equipa de Ourentã. Golpilheira – 4 Ourentã – 1 Este jogo no Pavilhão da Golpilheira, no dia 9 de Janeiro, era uma autêntica final. Muito público nas bancadas, a maioria afecto à nossa equipa, o que muito contribuiu para o êxito. As nossas atletas entraram um pouco nervo-

sas, talvez pela carga psicológica de ter de vencer este jogo para atingirem o apuramento para 2.ª fase. Dominámos, mas a equipa adversária mostrava-se perigosa nos contra-ataques. De tanta insistência, conseguimos o nosso primeiro golo, por intermédio da Licas, na conversão duma penalidade. Com este resultado fomos para intervalo. Recomeçamos o jogo ao ataque, já que a vantagem mínima era perigosa. Andreia, com um remate potente de meia distância, obteve um excelente golo, colocando alguma justiça no marcador. Pouco tempo depois, a equipa forasteira conseguiu reduzir para dois a um. Fomos à procura de mais golos e conseguimos o terceiro, por Raquel, depois de uma bela assistência de Tita. O quarto surgiu quase ao terminar, novamente por Andreia, num remate inesperado de longe. Com este resultado, carimbámos a passagem à fase final do campeonato nacional. Força “Golpilhas”. Manuel Carreira Rito

Jantares de Natal das equipas de futsal feminino e masculino

Jantar das meninas

alguns familiares e apoiantes das duas equipas de futsal feminino da colectividade, para um jantar e convívio de Natal. Foi um serão agradável, onde não faltou a boa disposição, a tradicio-

nal troca de prendas, algumas com excelente imaginação e que provocaram momento hilariantes. No dia 16 de Janeiro, foi a vez das equipas masculinas fazerem o seu jantar

LMF

MCR

No dia 19 de Dezembro, após o encontro com os Leões de Porto Salvo, reuniram-se no salão de festas do CRG as atletas juniores e seniores, as equipas técnicas, directores, colaboradores e

Jantar dos meninos

de Natal, no Restaurante Etnográfico do CRG. Atletas iniciados e juvenis, técnicos e dirigentes, bem como alguns pais, confraternizaram e viveram um noite de convívio muito agradável.


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Jornal da Golpilheira Janeiro de 2016

Futebol de 11 Veteranos

Momento de troca de lembranças

criando algumas oportunidades de golo, que não conseguimos concretizar. Foi mais feliz a equipa dos “Tricofaites”, que através duma grande penalidade indiscutível obteve o seu segundo golo, cerca dos 35 minutos. Com este resultado desfavorável, fomos para o intervalo.

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Após o reinício do jogo, sem nada o fazer prever, os locais aumentaram o resultado para 3-0, por volta dos 45 minutos. A partir desta altura, conseguimos equilibrar o jogo, faltando apenas o golo. Cerca dos 60 minutos, o nosso colega Helder, dos “Tricofaites”, ao tentar dominar a bola, lesionouse com alguma gravidade. Marinho, que estava perto dele, pediu imediatamente que chamassem a ambulância, uma vez que se apercebeu deste acidente. Foi transportado para o Hospital, onde foi tratado e, no decorrer da terceira parte (jantar), fomos informados de que já estava em casa, embora com o pé engessado. Esta lesão que o afectou foi uma rotura de ligamentos. Com o acordo das três equipas, deu-se o jogo por terminado. Após o banho, fomos visitar o bar dos “Estrelas Ouriquenses”, para apreciar as fotos e troféus, demonstrativos da longevidade e riqueza deste clube, e ainda beber umas minis. Feito o aquecimento, deslocámo-nos para a sede dos “Tricofaites”, onde decorreu o jantar convívio. Numa sala aconchegada, repleta de lembranças e troféus retratam o seu historial ao longo de

quase 30 anos. Também se encontravam na sala vários instrumentos musicais, incluindo alguns de origem popular, os respectivos cantores e tocadores. Presumimos logo que ia ser um serão bastante animado. Sentados à mesa, fomos brindados com entradas muito saborosas, acompanhadas de diversas bebidas e com muita música portuguesa. Como estávamos na região etnofolclórica ribatejana, não faltou a demonstração do tão nobre e espectacular “Fandango”. Toda a refeição foi excelente, confeccionada pelas esposas de alguns veteranos locais. A sua sede está instalada numa antiga escola primária, onde têm um bar, uma cozinha e esta sala muito acolhedora. É de realçar que o serviço de mesa está a cargo de alguns veteranos escalados

MCR

Tricofaites (Santarém) - 3 Golpilheira – 0 Realizou-se no dia 16 de Janeiro este encontro amigável de futebol, aliás como devem ser todos os que envolvem atletas deste “escalão”. Estes jogos, normalmente, têm 80 minutos, divididos em duas partes. No campo de jogos dos “Estrelas Ouriquenses”, em Vila Chã de Ourique, este desafio decorreu dentro da normalidade, com os atletas de ambas as partes, com muita correcção e respeito uns pelos outros. O desportivismo foi a palavra de ordem. A equipa da casa mostrouse mais forte e, fruto desta supremacia, obteve o seu primeiro golo por volta dos 15 minutos de jogo. Estava difícil para a nossa equipa explanar no campo o seu jogo. À medida que o tempo decorria, fomos subindo de rendimento,

JG

Uma recepção inesquecível no Tricofaites

Fandango animou as hostes

para o efeito. Dado o ambiente que se criou entre eles e nós, estávamos ali até de madrugada, dada a empatia entre todos. É de realçar a longevidade deste clube de Veteranos, que para além do seu calendário de jogos organiza com a U. V. Almeirim o “Santeirim”, em colaboração com as forças vivas locais. Este ano, realiza-se entre 19 e 22 de Maio, em diversos campos das zonas de Santarém e Almeirim, o XXV Torneio Internacional de Futebol Veterano, com a disputa do Troféu João Chaparreiro, o mentor deste torneio anual. Neste torneio, para além das equipas portuguesas, costumam marcar presenças equipas de vários continentes. Estávamos perto da uma da manhã. Havia alguns Veteranos com compromissos no dia seguinte, pelo que tínhamos de nos despedir. Como é habitual nestes encontros de Veteranos, a equipa da casa oferece à equipa forasteira uma lembrança. Esta entrega esteve a cargo do presidente dos “Tricofaites”, José Guerra. Em primeiro lugar, começou por dirigir algumas palavras ao infortunado Helder, ao qual desejou as rápidas melhoras: “ele é um homem forte e vai ultrapassar esta situação rapidamente”. Todos os presentes aplaudiram. Depois informou que às equipas que os visitam

pela primeira vez, como foi o nosso caso, oferecem uma lembrança especial: um prato em louça, muito bonito, pintado à mão e com o emblema do clube. Entregou-a a Manuel Rito, director dos nossos Veteranos, que o mostrou a todos os presentes e agradeceu a oferta, não se esquecendo também de desejar as melhoras ao Helder, tão rápidas quanto possíveis. Aproveitou também para agradecer a forma como foram recebidos, que jamais vão esquecer, dada a riqueza da mesma em todos os aspectos. Realçou ainda que esta equipa se enquadra perfeitamente na nossa, uma vez que as mesmas têm a mesma filosofia sobre os Veteranos. Para terminar, disse esperálos com grande ansiedade, para os receberem da mesma forma. Em boa hora tivemos a felicidade de nos incluírem no seu calendário. Bem-hajam. Para completar esta reportagem, tomei a liberdade de divulgar o seguinte pensamento: “O povo, na sua sábia ignorância, mesmo correndo por gosto, ainda que não canse, quer saber porque corre! E, porque assim era, havia que definir um ideal – conjugar o futebol, gastronomia, cultura e turismo, dum jeito tão sadio quanto apaixonado, polvilhá-los com resmas de camaradagem e responsabilidade, tudo muito bem encadernado em paletes de AMIZADE, TONELADAS DE AMIZADE. Jogar a saudade, sabendo não ser saudosista, cantar vitória, sem ser pavão deslavado, conviver com a derrota, não aceitando ser derrotado, são prendas que cabem inteirinhas no perfil de um VETERANO” - João Chaparreiro. MCR


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. entrevista desporto .

Janeiro de 2016

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Marchadora de Pombal

Em Janeiro de 2015 publicámos uma reportagem e entrevista com a marchadora Daniela Cardoso, natural de Pombal e a representar o Leiria Marcha Atlética Clube. O motivo foi o facto de esta campeã nacional escolher algumas ruas da Golpilheira para treinar, na companhias do seu treinador, Carlos Carmino, director técnico da Associação Distrital de Atletismo de Leiria. Pois bem, a Daniela acaba de alcançar a marca de qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em Porto de Mós, no passado dia 23 de Janeiro, ao completar os 20 quilómetros da prova em 01h34m13s, 17 segundos abaixo do mínimo exigido pela Federação Portuguesa de Atletismo. Com os parabéns, os nossos votos de todo o sucesso nos Jogos Olímpicos. LMF

Atletismo

vem sendo tradicional. A prova decorreu bem, sem incidentes de qualquer tipo, para o que muito contribuíram as forças da GNR da Batalha e alguns voluntários. Passamos a indicar os vencedores por escalão: Júnior Feminino – Inês Santos (Núcleo Sportinguista de Torres Novas); Júnior Masculino – Ivo Madureira (Individual); Sénior Feminino – Daniela Cardoso (Leiria Marcha Atlético Clube); Sénior

O Atlético Clube da Batalha organizou mais uma Corrida de São Silveste, no dia 26 de Dezembro, numa distância de 10 quilómetros, com a participação de cerca de 600 atletas. A prova contou com o apoio do Município e da Junta de Freguesia da Batalha, da ADAL – Associação de Atletismo de Leiria e outros parceiros. O percurso incluía a passagem pela Golpilheira, como

Masculino – Wilson Conniott (Individual); Veterana F35 – Deonilde Costa (AC Vermoil); Veterano M35 – Jorge Aires (Clube de Atletismo da Barreira); Veterano M45 – Mário Caseiro (Clube Atletismo da Nazaré); Veterano M50 – Luís Guarda (GAC – Grupo de Atletismo da Caranguejeira); Veterano M55 – Licínio Vieira (Industrial Desportivo Vieirense). MCR

DR

São Silvestre da Batalha

A cortar a meta em Porto de Mós

Campeonato Nacional de Marcha de Estrada

Atletismo passa na Batalha Foram apresentadas no dia 15 de Janeiro, no Município da Batalha, duas provas do Campeonato Nacional de Marcha, a par de diversos eventos de índole desportiva e de entretenimento. A primeira prova decorreu no dia 23 deste mês em Porto de Mós, com a distância de 35 quilómetros. A segunda realiza-se na Batalha, no dia 27 de Fevereiro, na distância de 20 quilómetros. Estas provas são organizadas pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), Associação Distrital de Atletismo de Leiria (ADAL), em parceria com os municípios da Batalha e de Porto de Mós. Estiveram presentes nesta sessão de apresentação António Reis, presidente da ADAL, Jorge Vieira, presidente da FPA, Paulo Batista, presidente da Câmara da Batalha, João Salgueiro, presidente da Câmara de Porto de Mós, e Susana Feitor, atleta olímpica natural de Rio Maior,

MCR

LMF

Daniela Cardoso nos Olímpicos

Mesa da sessão

uma das maiores propulsoras desta modalidade em Portugal e madrinha destas duas provas. Paulo Batista abriu a sessão, afirmando que o Município a que preside está deveras empenhado no desenvolvimento e apoio incondicional do atletismo. Susana Feitor referiu, então, que era com muito orgulho que estava na Batalha e que este desporto é a sua “praia”, contando participar nas duas provas. Vaticinou que estas provas iam ser uma festa nacional de marcha atlética e uma boa propaganda para esta

modalidade, motivando ainda mais os jovens e os menos jovens. Jorge Vieira manifestou-se feliz com esta parceria e por o distrito de Leiria estar muito virado para o atletismo, representado por valiosos clubes, com excelentes atletas a nível nacional. Realçou que o atletismo é a única modalidade onde temos campeões olímpicos. Costuma “hibernar” três anos, após cada ciclo dos Jogos Olímpicos, depois volta em força, como está a acontecer agora, devido à motivação dos atletas em conseguirem os

resultados para estarem presente nesta grande organização. Este ano, os Olímpicos são no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Espera que estas provas a realizar nestas vilas tenham uma grande organização e sejam catalisadoras para grandes marcas. João Salgueiro sublinhou as boas relações com o Município da Batalha, também neste domínio, orgulhando-se da confiança da FPA e da ADAL nestes dois municípios para a organização de tão nobres provas. Aprecia esta modalidade, que tem pergaminhos no seu concelho, e elogiou o coração “grande e forte” de Susana Feitor, cuja carreira é recheada de muitos êxitos e prestígio para Portugal, com milhares de quilómetros nas pernas, mas que ainda luta por se apurar para os próximos Jogos Olímpicos. Ver a bandeira nacional subir o mastro e ouvir o hino nacional não está ao alcance de todos.

Esta atleta, com um ar jovem, apesar da sua constituição aparentemente “franzina”, com a sua coragem, dedicação e espírito de sacrifício, conseguiu-o. Para terminar, Paulo Batista afirmou que esta modalidade é um exemplo de tenacidade e que o Município já apoiou uma prova desta natureza em 2011, com “resultados positivos e multiplicativos”. Ter grandes atletas, grandes ídolos, que procuram nestas provas atingir marcas para concretizarem o objectivo de estarem nos Jogos Olímpicos é uma honra. Vê nesta organização um estímulo para a modalidade. As provas vão decorrer em dois grandes cenários (Batalha e Porto de Mós), locais que muito se identificam com a nossa nacionalidade. O exemplo desta parceria faz a diferença. O poder local tem capacidade e meios para apoiar o atletismo. MCR


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Jornal da Golpilheira

. temas .

Janeiro de 2016

. suspiros .

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Cristina Agostinho Mestre em Gestão Empresarial e Empresária de Estética e Saúde

duas raparigas da mesma escola duas raparigas da mesma escola, da mesma idade, aguardam o autocarro sem se verem atrás do que me aparenta serem os mesmos cartazes do circo chen, provavelmente habitam as raparigas a mesma rua, não direi serão irmãs, seria cegueira a mais, mas serão qualquer coisa de próximo, terão os mesmos gostos as mesmas amplitudes, ambas olham fixamente para o mesmo lado, para o telemóvel que possuem provavelmente estudam as mesmas funções, e sem erguerem os olhos entram no autocarro sem um toque, parecem munidas de sensores eletrónicos as raparigas, como o serão os carros do futuro que não precisarão de motorista para chegarem eficazmente ao destino, sentam-se no mesmo banco olham a mesma rua, finalmente uma diz vem chuva a outra diz pois vem, e prosseguem caminho felizes por o dia chegar ao fim ou nem tão pouco felizes por o dia chegar ao fim.

. combatentes .

.economia.

Por Luísa M. Monteiro

Ao correr da pena…

Economia e Mercados Financeiros Perspectiva global e principais factores de risco Apesar de todas as medidas de estímulo adoptadas, sobretudo no âmbito das políticas monetárias nos países desenvolvidos, o crescimento económico global desiludiu em 2015. Efectivamente, depois de um segundo semestre de 2015 em que a actividade económica global desapontou graças aos problemas e desequilíbrios em várias economias emergentes, o risco é de que o ano de 2016 seja condicionado pelos mesmos factores. A economia portuguesa deverá ter registado um ritmo de expansão aproximadamente de 1.5%, em linha com a expectativa elaborada no final de 2014 mas aquém de previsões recentes, mais optimistas. 2015 ficou marcado pelo excelente comportamento das exportações. As exportações de material de transporte, de bens industriais e de consumo registaram os contributos mais elevados num ano que ficou também marcado pela retoma das exportações de combustíveis refinados. O nosso cenário aponta para que o ritmo de expansão da actividade económica se fortaleça ao longo de 2016, projectando-se uma taxa

.desenhos que falam.

Fonte: www.bancobpi.pt

Texto e ilustração: Susana Jordão

Voto não eleitoral Num mundo tão díspar, tão diferenciado e tão incessantemente incompleto, há validez em tudo o que é devida e consistentemente argumentável. A opinião pode ser fundamentada e sustentada ou simplesmente copiada. Por osmose ou senso comum. Medo ou preconceito. Mas sempre convicta. Parecendo verdadeira, sem ter forçosamente de o ser. Actualmente o segredo está na palavra. Injustamente deixou a associação directa e intrínseca à materialidade da acção. Deixamo-nos levar por horas de debates teóricos que projectam e sustentam cores cujos valores se perderam, mantendo-se mesmo assim inquestionáveis. Deixámos até de, democracias à parte,

de crescimento do PIB de 1.8%. Este desempenho deverá assentar no contributo positivo da procura interna, embora menor que no ano transacto, e no regresso de contributos favoráveis da procura externa líquida. O principal risco reside na vertente das contas externas e dos equilíbrios com o exterior. A evolução da factura petrolífera, o andamento da procura interna, designadamente do consumo de bens duradouros, bem como a evolução da procura dirigida à economia portuguesa constituem os principais factores de risco. Num cenário mais positivo, a procura interna aumentaria estimulada pela política de rendimentos favorável, sem com isso pôr em causa o equilíbrio externo. Outros factores de risco relacionamse com o andamento das economias externas e factores de natureza política. A médio prazo, subsistem importantes constrangimentos e desafios, relacionados com a necessidade de reforçar o potencial de crescimento económico num contexto de avanços necessários na consolidação orçamental…

saber distinguir a esquerda da direita e sentirmo-nos ridicularizados por nos abstermos da duvidosa centralidade. Perderam-se valores. Desenterraram-se ideais fundadores em troca de soberania sem limites. E a nossa posição, mesmo que progressivamente fragilizada, não nos retira a carga, cada vez mais forçada, de decidir. Porque conscientemente, ou não, seja qual for a posição, o seu peso é bem maior do que a estatística matemática irrelevante de 1 em 10 milhões. E desse peso, não temos nós consciência. Sobrevalorizamos o egoísmo, acreditando que a ínfima parte do mundo que nos pertence não tem qualquer impacto,

desrespeitando Edward Lorenz e simultaneamente desacreditando que todos somos o caos de alguém, dentro da nossa perfeita singularidade. Não é em vão que nos tentamos manter certos em caminhos que conhecemos. Que seguimos passos fundos e definidos. Que conjugamos desnecessariamente o verbo arriscar no lugar do verbo viver. Mas pior é quando sobrevivemos, por opção, enclausurados em moldes seguros e tentamos à força encaixar os outros também, sem procurar a evidência de que, mesmo que caibam, nunca será lá que pertencerão. Porque não é a cor partidária ou a imagem fugaz transmitida em doze dias de campanha que pode rotular e atribuir um grau de invisibilidade inqualificável. Não é necessário esmiuçar a verdade se não nos agarrarmos a suposições convenientes. O maior desafio está na não abstenção. Está em manter cá dentro a pluralidade indissociável do voto. Em manter a promessa involuntária no olhar do mais perfeito reflexo, enquanto se vive um milagroso sonho em constante quarto crescente. É a segurança e o conforto da descoberta de que o importante é nunca esperar o sétimo dia para a celebração.

Passada a quadra natalícia e entrados em 2016, têm-se visto por aí imensos balanços sobre o desbragamento consumista dos portugueses que, de ano para ano, sem crise ou com crise, vão batendo recordes de dinheiro levantado nos multibancos e gasto um pouco em tudo quanto é estabelecimento comercial, seja de que ramo for. Não duvidamos destas notícias, mas também sabemos que, nestas “contas”, não entram cerca de dois milhões de portugueses que, quer nestes períodos festivos, quer durante o resto do ano, apenas vão sobrevivendo da caridade alheia, tal como também vamos tendo oportunidade de ler e observar, neste caso via televisões, através dos muitos movimentos solidários em crescimento, que vão conseguindo minorar as endémicas carências e até a solidão dessa imensidão de abandonados e desprotegidos da “sorte”. E aqui, escrevemos intencionalmente a palavra “sorte” entre aspas, porque, com ou sem aspas, há muita gente que a utiliza para se eximir às responsabilidades que tem na matéria… Mas isso serão contas de outro rosário, porque estávamos a falar em recordes de consumismo, pelo Natal e passagem do ano e para isso bastam oito milhões de portugueses, não necessitando daqueles outros dois milhões para nada… Sendo, no entanto, também certo que uma razoável percentagem dos gastadores destas alturas vão pelo menos passar o mês de Janeiro de cinto um bocado bem mais apertado, mas isso é um sacrifício que se faz quase de bom grado, atendendo a que o que interessa é manter as aparências e nunca se ficar atrás do vizinho, esse pavão que “não tem onde cair morto”, mas continua a fazer vida de rico!... “Onde irá o malandro buscar o dinheiro para tanto folclore?”“Deve-o aos bancos, com certeza ou então anda para aí metido nalgum esquema”… Bem, não resistimos em meter aqui estas “farpas”, porque também fazem parte intrínseca do espírito português, mais conhecido por uma certa forma de estar a que, com toda a propriedade, chamamos inveja, uma genuína característica nossa… Enfim, entrados no novo ano, será normal começarmos por fazer um balanço do que acabamos de deixar para trás, talvez até para tentarmos repetir o que de bom ele nos deu e aprendermos alguma coisa com o que de menos agradável nos aconteceu. Mas nestas coisas cada qual saberá de si, ainda que haja aspectos globais que, embora para eles não contribuamos individualmente, nem por isso deixam de nos afectar, positiva ou negativamente. E, neste pormenor, há algo que bate tudo o resto: os denominados movimentos terroristas, que dificilmente deixam alguém indiferente mesmo que, como é o nosso caso, vivamos num país onde, felizmente, essa praga ainda não chegou e esperamos que nunca chegue. Aliás, para nós, portugueses em geral e combatentes em particular, o vocábulo “terrorista” é-nos por demais conhecido, pois embora já tenham passado mais de 40 anos sobre a descolonização, ainda não esquecemos que era dessa forma que, maioritariamente, designávamos os combatentes dos grupos independentistas dos territórios africanos onde combatemos sem tréguas entre 1961 e 1974. Felizmente que, passadas quatro décadas, as feridas advindas desses tempos estão praticamente saradas e hoje há um intercâmbio permanente entre Portugal e esses territórios, em especial Angola e Moçambique. Numa primeira fase, o fluxo migratório verificou-se de lá para cá e, entre nativos africanos (a maioria com nacionalidade portuguesa, lembre-se) e os chamados retornados (um dia destes ainda havemos de dedicar um artigo a estes nossos compatriotas), a nossa população continental e insular cresceu repentinamente quase 10%. Porém, de há mais de uma década a esta parte e especialmente depois de 2011, já muitos milhares de portugueses foram governar a vida para aqueles países onde, tanto quanto sabemos e salvo raras excepções, têm sido bem recebidos, o que demonstrará já não haver grandes mágoas de parte a parte. Por hoje ficamo-nos por aqui, restando-nos desejar a todos um 2016 repleto de coisas boas.


Jornal da Golpilheira

. temas .

Janeiro de 2016

.opinião.

.vinha.

.saúde.

Batista de Matos Comendador

José Jordão Cruz Engenheiro Téc. Agrário (Insc. 0755 O.E.T)

Ana Maria Henriques Médica Interna

Portugueses de França pararam, estacaram

DR

É a continuidade, com mais ou menos influências, como tem sido costume desde há 60 anos, nas suas actividades culturais, políticas e sindicais neste país do Rei Luís XV. Os 1,5 milhões de compatriotas que aqui vivem têm ainda arraigados no corpo, no coração e na mente os efeitos da ditadura de Salazar e acólitos, escondendo-se de tudo o que seja o evoluir da sociedade de paz, de fraternidade, que tivemos a sorte de encontrar aqui. Dá-nos a impressão de que, neste capítulo, o destino é muito influente e que pouco ou nada há a fazer para o despertar da comunidade Lusa neste grande país, que nos célebres anos 1960-1970 nos acolheu com tanta solidariedade, e por vezes muito respeito, amor e compreensão. Hoje, 2015, paramos no tempo, na técnica, no amor, na solidariedade e na liberdade. Muitos milhares de compatriotas não reagem a nada de importante na conduta política do país que lhes deu trabalho, educação, respeito e liberdade. Nestas eleições regionais da actualidade, quase que poderíamos apostar que uma grande maioria iria votar naturalmente e aqueles que quiseram perder a nacionalidade portuguesa, e que “não são de lado nenhum”, recordando-se certamente dos tempos dos anos 50, 60, até 1974, em que era corrente dizer-se e era autorizado: um português valia, como diziam os antigos Pides, polícia política de Salazar, mais do que seis angolanos ou moçambicanos. Hoje, em França, como dizem os franceses, um francês ou um português vale mais do que seis magrebinos, marroquinos, argelinos ou tunisinos! É este o atraso mental de muitos compatriotas, que votaram na “nazista” Marine Le Pen e na sua sobrinha, neste mês de Dezembro de 2015, para restaurarem o neo-nazismo. Esta “assimilação” com a Frente Nacional francesa é criminosa, ridícula e sobretudo sinal de falta de cultura, história e solidariedade entre povos e nações que, cada um com sua história, vida, cultura e civilização, tentaram dotar os seus nativos de muita cultura, história, civilização, caminhando cada um ao seu ritmo e com os argumentos que possuíam. A “amizade entre os povos”, que tem sido uma constante nas histórias de cada país da Europa e do mundo, deve ser informada cada vez com mais abnegação e verdade, para se acabar de uma vez para sempre com a pseudo-superioridade dos países ditos “grandes”, em granadas e material de guerra, com os aviões a fuzilarem todos aqueles países que não aceitam essa suposta superioridade! Mas os portugueses de França irão aprender amanhã e a maioria irá votar na liberdade!

Profissionais no Serviço Nacional de Saúde

Casta Aglianico No passado mês de Novembro, visitámos a feira de viticultura, em Montpelier, França, aonde se encontravam grande parte dos grandes viveirista de plantas vitícolas do mundo, com grande predominância de colegas franceses, como é óbvio, assim como todo o material e equipamento de viticultura e enologia. Saímos de lá mais enriquecidos, pois soubemos que há muitos países produtores de vinho, em todo o mundo, com as suas castas autóctones, desde a Grécia, à Eslováquia, passando pela Hungria. Por isso, passamos a escrever agora sobre castas internacionais, embora não possa garantir escrever todos os meses. Começamos pela casta Aglianico, italiana, de uvas tintas. “Esta uva de casca grossa e bagos pequenos, carregada de taninos é a grande uva do Sul da Itália. Nas encostas da costa Amalfitana, ou na vizinha Basilicata, nos traz vinhos poderosos. A Aglianico, cujo nome vem de Hellenica, algo como pequena grega, veio da Grécia e adaptou-se perfeitamente em solo italiano. Nas encostas do vulcão Vulture (Basilicata) e em Taurassi, na Campania, estão as mais renomeadas regiões para esta uva especialíssima. Muito provavelmente extinta na Grécia e, certamente, com este esplendor só nestas regiões italianas. A história de Basilicata não foge muito à de outras da região. No Sul da Itália, encravada entre a Puglia, Calábria e Campania, não fugiu às intempéries. Região bastante montanhosa, seus vinhedos na quase totalidade estão localizados ao Norte, junto à fronteira com a Campania e Puglia e plantados numa altura média de 500 metros. Das calejadas mão do produtor vai para a vinícola e é responsável por colocar o nome de Basilicata na elite mundial dos vinhos. Exige tempo quente e seco para se desenvolver. Bem ao estilo de outras uvas do Mediterrâneo, produz vinhos de cor vermelho escuro, fortes taninos que secam a boca, teor de álcool médio/alto, aromáticas e excelente parceiras para a culinária local. São indispensáveis alguns anos de garrafa para acalmar os fortes taninos. Quem esperar ou encontrar um vinho com mais tempo de garrafa estará diante de um maravilhoso vinho. Um bom Aglianico não se esquece tão cedo. Destaque, também, para os modernos processos de vinificação que têm transformado a região de Basilicata. Hoje produzem-se vinhos modernos baseados nesta casta. Mais especificamente, Taurasi que é uma pequena cidade distante 50 quilómetros do famoso litoral Amalfitano, escondida atrás das montanhas. Numa altura média de 400 metros, tem Invernos rigorosos e Verões cujas noites recebem o carinho da brisa marítima, ideal para o lento amadurecimento das uvas. Seguramente o mais famoso representante da região é o Aglianico de Taurasi. A exemplo do seu vizinho Aglianico de Vulture de Basilicata, domá-lo não é tarefa fácil. Requer cuidado desde a vinha até à sua vinificação, sem esquecer o merecido descanso que o vinho deve ter. O fundamental sono de uns 5 ou 6 anos é essencial para que o vinho, ao ser despertado, nos traga todo o potencial da região. Mas o ideal são 10 a 15 anos de hibernação”.

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A maioria das pessoas tem uma experiência hospitalar para contar, seja como doente nas consultas, internamento ou urgência, ou como acompanhante de algum familiar. Estas experiências podem ter perdurado como boas memórias ou como uma experiência terrível. De modo a facilitar todo e qualquer contacto com o serviço nacional de saúde, é importante saber quais os profissionais de saúde que aqui trabalham, quais são as suas funções e quais as suas responsabilidades. Existem profissões muito conhecidas e visíveis, como os médicos e enfermeiros. Outros não são tão visíveis, mas igualmente fundamentais, como os nutricionistas, técnicos de radiologia, ou mesmo os assistentes operacionais. Em conjunto, todas estes profissionais têm como missão promover a saúde, prevenir a doença e actuar na doença. Os médicos são uma figura central na prestação de cuidados de saúde, sendo a sua principal função a de ouvir e entender os doentes para decidir como actuar. Os enfermeiros são essenciais na prestações de cuidados diários a doentes internados, prestando também apoio, efectuando consultas e procedimentos em centros de saúde, entre outros. Os assistentes operacionais colaboram com os enfermeiros, médicos e outros técnicos nos cuidados aos doentes e promovem limpeza e higiene dos hospitais e centros de saúde. Os farmacêuticos e técnicos de farmácia são responsáveis pela venda de medicamentos aos utentes que frequentem as farmácias, sendo um elo essencial para o cumprimento das prescrições de medicamentos e para o aconselhamento em medicamentos sem receita médica. Os nutricionistas promovem uma alimentação equilibrada, ajudam na adaptação das dietas dos doentes internados. Em consultas ajudam os utentes a adaptar a sua alimentação aos seus objectivos, quer seja perder ou ganhar peso. Os psicólogos são importantes na manutenção da saúde mental, em consultas e com os doentes internados no hospital. Os fisioterapeutas são fundamentais na reabilitação dos doentes, seja por limitações puramente físicas, respiratórias, cardíacas, etc. Muitas vezes iniciam o seu trabalho no internamento, mas prolongam-no até depois da alta. Os assistentes sociais são importantes para a gestão das altas e dos apoios ao doente após a sua saída do hospital. Existem muitos outros técnicos que serão aflorados, como os técnicos de radiologia, de análises clínicas, de anatomia patológica, etc. Por fim, não devem ser esquecidas as funções administrativas com todos os secretários que gerem as agendas de consultas, processos administrativos dos doentes internados e até mesmo as listas de espera para as cirurgias. Ao longo deste ano, serão esclarecidas as funções e missão de várias profissões, de modo a que todos os utentes que se dirigem a um centro de saúde, hospital ou outro serviço de saúde, saibam a quem se dirigir para esclarecer as dúvidas e tornar a sua experiência numa boa memória, onde a comunicação entre doente e profissionais de saúde é facilitadora e eficaz. pub

CLÍNICA DENTÁRIA E OSTEOPÁTICA DA BATALHA Direcção Clínica: Dr.ª ANA FREITAS

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Jornal da Golpilheira

. sugestões de leitura .

Janeiro de 2016

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Paulus Editora . Espiritualidade

Regresso ao Paraíso Germano Almeida

Identidade e Missão do Religioso Irmão na Igreja Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica Este documento sublinha a grande riqueza e a actualidade da vocação dos irmãos na vida consagrada e o seu conteúdo é muito válido e até inovador à luz do Concílio Vaticano II. A identidade e a missão do irmão religioso pode resumir-se na fraternidade como um dom que o irmão recebe de Deus Trindade, comunhão de pessoas. Dom que o irmão partilha com os seus confrades na vida fraterna em comunidade e dom que oferece ao mundo para a construção de um mundo de filhos de Deus e irmãos.

A Igreja em Diálogo com o Mundo D. João Lavrador O novo livro do bispo coadjutor de Angra recolhe um conjunto de reflexões escritas no jornal Voz Portucalense, entre maio de 2009 e Julho de 2015. Para D. João Lavrador, este livro não serve apenas de agradecimento aos que o acompanharam ao longo dos últimos anos na diocese do Porto, mas é também uma forma de se dar a conhecer aos diocesanos dos Açores, porque «o que escreve é o que é», refere. Na apresentação da obra, o novo bispo coadjutor de Angra explicou ainda o motivo de fazer muitas citações dos documentos da Igreja nos textos que escreve. Para o prelado, o importante é divulgar a palavra da Igreja, mais do que a sua própria palavra, e este é o motivo para utilizar e divulgar os documentos do magistério.

A fonte inesgotável da Graça Maria Stella Salvador Seguindo o seu estilo devocional, Maria Stella Salvador apresenta-nos uma reflexão sobre o Sagrado Coração de Jesus e a devoção das primeiras sextas-feiras de cada mês. É um precioso contributo para conhecer, amar, venerar, glorificar e reparar o Sagrado Coração de Jesus, a fonte inesgotável da graça. Prefácio do padre Dário Pedroso.

Caminho Um livro que retrata a infância e a passagem do tempo: “De modo que da Boa Vista da minha infância pouco mais já resta que o prazer de usar o tempo. É uma noção do tempo em que o hoje e o amanhã, o agora e o mais daqui a bocado, continuam significando a mesmíssima coisa. E quando para lá ia em férias, ia sobretudo em busca desse tempo sem relógio, que é nosso e está por nossa conta”. “O quebranto era suspeitado quando uma criança ficava de repente com o corpo esmorecido, sobretudo se era uma criança no geral irrequieta ou traquinas. Mas de repente ficava calada, ensimesmada, quase a querer esconder-se pelos cantos da casa, perdida a vivacidade e a capacidade de fazer terribezas. Nesses casos […] decidia-se que a criança tinha sido quebrantada […]”.

“Os Últimos Anos - A vida quotidiana no Convento da Batalha (1830-1834)”

50 coisas de escrita vária alcobacense

Luísa Bernardino

CEPAE Nesta obra se armazena em livro o que os autores foram escrevendo sobre a região de Alcobaça no quinzenário Alcoa, o mais antigo jornal do concelho de Alcobaça ainda em circulação. Os artigos são sobretudo considerações sobre o edifício monástico, os coutos do seu domínio senhorial, ou de pessoas, lugares e acontecimentos salientes do tempo alcobacense. Desta forma propõe-se uma segunda leitura e a possibilidade de a fazer em qualquer momento, “porque embora alguns textos guardem a efemeridade, a verdade é que se oferecem como sinais de memória”, referem os autores.

CEPAE A “pequena História”, da “grande História” - Quantos frades habitaram o Mosteiro da Batalha, nos últimos 4 anos antes da extinção das ordens religiosas, em 1834? - Como se chamavam? - O que faziam? - O que comiam? - De que viviam? - O que cultivavam na Cerca? - Que despesas tiveram? - Que hóspedes receberam? - A que obras se dedicavam? - O que lhes aconteceu, após o encerramento do Mosteiro? A estas e a outras questões dá resposta a investigadora Luísa Bernardino, nesta obra da colecção “Estremadura – espaços e memórias – II Série”, editada pelo Centro do Património da Estremadura (CEPAE).

O Que Fazem Mulheres Todos os dias com Francisco Pref. Pe. Vítor Melícias Guerra e Paz | Clube Livro SIC É inevitável o sentimento de renovação que um novo ano inspira. O desejo de renovação e de aposta pessoal enche-nos de esperança, um sentimento que queremos prolongar durante o máximo de tempo possível. E é isso que a Guerra e Paz oferece com este novo livro da colecção Clube do Livro SIC: uma caminhada lado a lado com o mais carismático dos chefes da Igreja Católica deste século. Organizado por Helder Guégués, este livro é o mais completo retrato do Papa Francisco. É um retrato feito de palavras e de actos, as palavras e os actos do próprio Francisco. Dia a dia, este livro oferece os grandes momentos da acção do papa, os factos mais marcantes da sua vida, o que disse sobre a pobreza ou o casamento, sobre os refugiados ou sobre a globalização. Este livro é a memória da vida de um homem cuja acção está a marcar a vida de toda a humanidade. Um livro para ler todos os dias, em jeito de agenda perpétua.

Camilo Castelo Branco

Enquanto a Palavra «Morte» Não Couber na Nossa Boca – O Livro Aberto do Coração

Manifesto Comunista

José Jorge Letria

Karl Marx e Friedrich Engels

Guerra e Paz Editores

Guerra e Paz Editores | SPAutores O coração já atraiçoou duas vezes José Jorge Letria. Com um intervalo de treze anos, o autor viveu duas experiências dramáticas: a vida fugia-lhe. Quis, na melhor tradição literária, deixar registo escrito desse momento em que tudo deixa de ter importância – o quotidiano, a conta bancária, as reuniões, o trabalho – e em que um homem, numa cama dos cuidados intensivos, se interroga sobre a sua existência e até sobre o sentido da vida. São dois depoimentos separados por treze anos. Une-os o apego à vida, uma combatividade sem tréguas de um corpo e de uma mente que se recusam a desistir e que querem continuar a sonhar, a desejar, a viver. Eis o olhar intenso e sem mácula de quem está no combate pleno.

Guerra e Paz Editores Este é, duplamente, um livro de intervenção. Por ter o texto integral, em nova tradução, de “O Manifesto Comunista”, que Marx e Engels escreveram em 1848, para oferecerem um corpo teórico, um guia, às fogueiras da revolta que ardiam por todas as nações da Europa. Mas é também um livro de intervenção por apresentar, a preceder o Manifesto, 56 páginas que revisitam a história do comunismo europeu. O comunismo nasceu nas bocas da fome e no peito da revolta: era o sonho de um homem novo. Mas a utopia acabou num mar de tortura, gulags e sangue. Com um grafismo ousado, é esse périplo que se esboça na primeira parte deste livro. Na segunda, o histórico texto de Marx e Engels.

| o fio da memória Com uma carreira plena de consagrações e uma consistente obra discográfica, Álvaro Cassuto é o mais internacional dos maestros portugueses. Nesta conversa com José Jorge Letria, o maestro recupera os momentoschave da sua vida, entre eles a decisão de deixar Portugal para abraçar, em Nova Iorque, aquela que era, afinal, a sua grande vocação: a direcção de orquestra. Já de regresso ao País, nas últimas décadas, Álvaro Cassuto desenvolveu com a Naxos um trabalho pioneiro na gravação e divulgação internacional dos grandes compositores portugueses contemporâneos, evitando que caíssem no esquecimento, mas sobretudo dando a conhecer ao mundo esse reportório, até então em grande parte desconhecido.

Álvaro Cassuto: Maestro sem Fronteiras Diálogo com José Jorge Letria

Guerra e Paz Editores Escrito como paródia aos folhetins românticos, começa com um diálogo entre mãe e filha: a primeira tenta convencer a segunda a casar-se por dinheiro e não por amor. Esta é a história de Ludovina, uma jovem bela, de origem fidalga, mas sem dote que lhe possa arranjar marido. Sem intenções sérias, namora-a Ricardo de Sá, ambíguo «homem fatal», que dela diz esta frase desonrosa: «Lisonjeia um amante, mas não pode satisfazer as complicadas necessidades dum marido.» E há outro homem, João José Dias, regressado do Brasil, muito rico, muito velho, muito gordo. Esta é, afinal, a história em que o fortuito arremesso de um charuto desencadeia excessos emocionais, nos quais encontraremos, como Camilo anuncia, «bacamartes e pistolas, lágrimas e sangue, gemidos e berros, anjos e demónios». Publicado em 1858, este é um «romance filosófico», no sentido em que dele se podem retirar lições, por meio de máximas que exprimem uma filosofia da vida ou que proclamam ideias gerais sobre os dramas e os sentimentos do ser humano.

António Maduro Rui Rasquilho

Manual de Comportamento Organizacional e Gestão (8.ª edição) AA. VV. RH Editora Revisto e actualizado, este manual integra os mais recentes desenvolvimentos no domínio do comportamento organizacional. É acompanhado de um Manual de Exercícios disponível para acesso em www.editorarh.pt. O tom pedagógico da obra, repleta de ilustrações e inúmeras caixas que permitem projectar diferentes olhares sobre o tema em análise, torna-a uma excelente fonte de apoio à leccionação de disciplinas relacionadas com o comportamento organizacional e a gestão de pessoas. Os profissionais da gestão de pessoas, e da gestão em geral, podem aqui encontrar inúmeras orientações com a devida fundamentação. Entre os temas tratados estão as emoções e a inteligência emocional, a motivação, a liderança, a comunicação, o conflito, a mudança, a tomada de decisão, a aprendizagem e inovação, a cultura e o poder. Temas mais recentes como o capital psicológico, a segurança psicológica, a inteligência cultural e a liderança autêntica também são explorados.


Jornal da Golpilheira

. entrevista . história .

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Janeiro de 2016

.história. Miguel Portela Investigador

Mestres de Vidraças na Estremadura nos Séculos XVII e XVIII Os mestres de vidraças, peculiarmente conhecidos pela produção de vitrais para mosteiros, conventos, igrejas, capelas, entre outros edifícios, desempenharam uma intensa atividade na região estremenha, sobretudo entre Serra d’El-Rei e Alcobaça, nos séculos XVII e XVIII. Contudo, esses profissionais não têm merecido a atenção devida por parte dos historiadores. Está ainda por investigar, analisar e divulgar o vasto património deixado por estes mestres, assim como por outros protagonistas que contribuíram direta e indiretamente para a produção desse legado. Sabemos que na zona de Serra d’ElRei proliferaram alguns mestres de vidraças que exerceram o seu ofício um pouco por toda a região estremenha. Sobressaem diversos nomes, entre os quais o de José Nunes, mestre de vidraças, cônjuge de Isabel de Miranda, cujo filho João foi batizado em Serra d’El-Rei a 1 de junho de 1687, e que ainda reconhecemos a exercer o seu ofício nesta região em 1730 (doc. 3 e 6). Igualmente de sublinhar é o nome de António Rodrigues de Miranda, mestre vidraceiro que residiu em Serra d’El-Rei, tendo executado, entre agosto de 1732 e fevereiro de 1733, as vidraças para a igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha (Arquivo Distrital de Leiria (A.D.L.), Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receita e Despesa da Irmandade do Rosário [1710-1739], Dep. VI-2-B-5, fl. 116v, publicado em PORTELA, Miguel, “As obras setecentistas na Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha”, in Jornal da Golpilheira, Diretor: Luís Miguel Ferraz, Ano XIX, Edição 221, novembro de 2015, p. 17). Recordamos, como exemplo, que a obra da demolida Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha, no ano de 1719, implicara o gasto de 510 réis no conserto de uma fresta pagos a um mestre vidraceiro (ibidem, fl. 64); e em 1725 fora despendida a quantia de 2000 réis para vidraças (ibidem, fl. 83). Reconhecemos o referido António Rodrigues de Miranda como filho de António Rodrigues, soldado, e de Maria Dias, tendo sido batizado a 4 de julho de 1669 na igreja de S. Sebastião de Serra d’El-Rei, (A.D.L., Livro de Registo Mistos de Serra d’El-Rei (L.M.), Dep. IV-40-C-81, at. n.º 1, fl. 11). Trata-se de António Rodrigues, oficial de vidraceiro, aquele que em 23 de outubro de 1707 surge, juntamente com sua mãe, Maria Dias, como padrinho de batismo de Marcelina, filha de João Dias e de Maria da Ascensão, moradores em Serra d’El-Rei (A.D.L., Livro Misto - Batismos, Casamentos e Óbitos de Atouguia da Baleia, Dep. IV-39-D-19, at. n.º 1, fl. 61v). O soldado António Rodrigues era filho de Francisco de Miranda e de Jerónima Rodrigues, tendo casado a 21 de fevereiro de 1678 na igreja de S. Sebastião de Serra d’El-Rei com Maria Dias, filha de Sebastião Pires e de Maria Dias, (A.D.L., L.M., Dep. IV-40-C-81, at. n.º 2, fl. 159). António Rodrigues de Miranda casou nessa dita igreja a 23 de janeiro de 1732 com Josefa Caetana de Santa Rosa, dos Casais do Pinhal (Óbidos), filha de Pedro da Silva e de sua mulher, Francisca Maria da Amoreira (doc. 7). É essencial referir que neste casamento surge como testemunha um indivíduo de nome José Nunes Colares, o qual consideramos ser familiar de Domingos Batalha, outro mestre vidraceiro, que fez os vitrais para a capela-mor da Sé de Lisboa, morador que foi na Calçada de Paio de Novais, nessa cidade. Poderemos estar na presença de um familiar de seu cunhado, ou mesmo de um familiar de João Nunes de Serra d’El-Rei já mencionado, conforme se declara no testamento do dito Domingos Batalha, lavrado a 2 de março de 1691, «Item, declaro que João Nunes, meu cunhado, morador em Colares, me deve dezouto mil réis de dinheiro que lhe emprestei, que delle se cobrarão como também \todas/

as mais dívidas que se me devem declaradas neste meu testamento, e os mais que se me estiverem a dever se que nelle não faço menção, como também mando se paguem as que eu estiver a dever» (Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Registo Geral de Testamentos, Livro 64, fls. 49-51v., in SIMÕES, João Miguel Ferreira Antunes, Arte e Sociedade na Lisboa de D. Pedro II - ambientes de trabalho e mecânica do mecenato. Lisboa, 2002, 2 vols. Texto policopiado. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vol. II, pp. 55-57). Sabemos que, em 1674, Domingos Batalha, mestre de vidraças de Lisboa, surge em Colares como padrinho de António, filho de João Nunes, mestre de vidraças, e de sua mulher Maria Luís, ambos da Ribeira do Valente (Colares) (doc. 1). Através do testamento de Domingos Batalha já aludido, reconhecemos Domingas dos Santos, esposa de Tomás da Cunha, ambos moradores na freguesia de S. Nicolau, como sobrinha do dito Domingos Batalha por parte de sua mulher, e que terá falecido em Colares a 6 de junho de 1701 (A.D. Lisboa, Livro de Óbitos de Colares [16991723], Livro O5, Caixa n.º 18, at. n.º 2, fl. 15). Neste contexto salientamos o facto de, no ano de 1682, concretamente a 27 de abril, ter falecido Brites Nunes de Colares, viúva de Gaspar Carrasco, familiares de João Nunes, da Ribeira do Valente, em casa de seu genro João Leal, vidraceiro de Lisboa (doc. 2). Temos ainda conhecimento, através do documento relativo ao decesso de Ana Nunes, filha de Manuel Cristóvão, ocorrido em Colares a 6 de agosto de 1710, que esta estava esposada com Miguel Mendes, oficial de vidraceiro (doc. 5). Do consórcio de António Rodrigues Miranda e de Josefa Caetana de Santa Rosa nasceu, entre outros filhos, Ana, batizada a 26 de julho de 1736 na igreja de S. Sebastião em Peniche, (doc. 9). De seu nome completo Ana Joaquina de São José, casou-se nessa igreja a 2 de outubro de 1752 com António da Horta, filho de Pedro Gomes e de Maria da Horta de Atouguia da Baleia (doc. 10). Sabemos que os monges de Cister, mormente os do Mosteiro de Alcobaça, nos séculos XVII e XVIII, contrataram os mais diversos mestres em distintas áreas. Sobressaem os nomes dos mestres-deobras António Rodrigues de Carvalho, de Coimbra, e Manuel Dinis, de Lisboa; dos pintores Pedro de Moura, Bento Botelho, Pedro Peixoto, de Peniche, e João dos Reis Veloso; dos lavrantes de pedra Gonçalo Afonso, Paulo Ferreira, Estevão da Silva e José de Oliveira; dos pedreiros João Pereira de Lisboa, José de Oliveira e Jerónimo Correia; dos ourives Bartolomeu Correia e Manuel da Ressureição de Lisboa; do marceneiro Manuel Rodrigues; e do dourador Urbano Gomes da Costa de Lisboa, entre tantos outros, como participantes nas obras de enriquecimento do Real Mosteiro de São Bernardo. Nesse período, o Mosteiro de Alcobaça tinha ao seu serviço o mestre de vidraças Manuel Rodrigues Leão, morador em Lisboa, considerado um dos melhores mestres de vidraças em Portugal nesse período (doc. 4). De modo a alcançarmos os trabalhos executados pelos mestres vidraceiros, damos como exemplo uma relação das vidraças e consertos que efetuou Manuel Cristóvão, mestre vidraceiro de Lisboa, nos Paços do Santo Ofício em Lisboa, em 1734 (doc. 8). Consideramos relevante o aprofundamento de estudos neste campo, pois que na região de Colares se encontra um dos mais importantes focos de mestres vidraceiros nos séculos XVII a XVIII do nosso país, que deram origem a vários notáveis mestres de vidraças da região da Estremadura. Temos consciência de que existe um longo caminho a percorrer de modo a

Postal ilustrado do Mosteiro de Alcobaça. Sala dos túmulos onde são visíveis as várias vidraças desse monumental espaço.

proceder-se a uma atenta investigação arquivística tendo em vista reconhecer possíveis exemplares desta arte e ao mesmo tempo dar a conhecer as referências documentais que permitem elucidar a relevância e o valor intrínseco da arte do vitral nesta região de Portugal.

Apêndice Documental Documento 1 1674, setembro, 23, Colares - Registo de batismo de António, filho de João Nunes, mestre de vidraças, e de sua mulher, Maria Luís, em que surge como padrinho Domingos Batalha, mestre de vidraças de Lisboa. Arquivo Distrital de Lisboa (A.D. Lisboa), Livro de Batismos de Colares [1672-1691], Livro B7, Caixa n.º 3, assento (at.) n.º 3, fl. 8v. [fl. 8v] < Antonio. Ribeira do Valente > (a) Hoje vinte e tres dias do mes de setembro de mil e seissentos e setenta e quatro annos baptisei Antonio filho de João Nunes da Ribeira do Valente e de sua molher Maria Luis. Foi padrinho Domingos Batalha morador em a cidade de Lisboa freguesia de S. Niculao, e madrinha Anna dos Santos filha de Anna Luis veuva da mesma Ribeira. Manoel de Oliveira Barros. Documento 2 1682, abril, 27, Colares - Registo de óbito de Brites Nunes, que faleceu em casa de seu genri João Leal, vidraceiro. A.D. Lisboa, Livro de Batismos de Colares [16721691], Livro B7, Caixa n.º 3, at. n.º 3, fl. 38. [fl. 38] < Britis Nunes viuva > Aos vinte e sete de abril de seisentos e oitenta e dois veio de Lixboa a enterrar Britis Nunes da Boca da Mata viuva de Gaspar Carrasco, por faleser em casa de seu genro João Leal vidraceiro em Lixboa. Fes testamento e o dito seu genro testamenteiro, deixou a tersa a seu filho Gaspar Nunes com obrigasão de duas missas do Natal, deixou dous oficios de nove licois enterrouse no Convento de Santa Anna e por verdade fis e asinei. (a)O Cura Silvestre Nunes Franco. Documento 3 1687, junho, 1, Serra d’El-Rei - Registo de batismo de João, filho de João Nunes, mestre de vidraças, e de sua mulher, Isabel de Miranda. A.D.L., L.M., Dep. IV-40-C-81, at. n.º 1, fl. 22. [fl. 22] < João de João Nunes e Isabel de Miranda no 1.º de junho de 1687 > No primeiro dia do mes de junho de mil e seiscentos e oitenta, e sette baptisei na pia baptismal desta igreja a João filho de Jozeph Nunes mestre de vidraças e sua molher Isabel de Miranda foi madrinha Maria Nugueira donsella todos moradores neste lugar e o padrinho o Padre João Craveiro vigario da villa das Caldas de que fis este assento no mesmo dia. (a) O Cura Antonio do Couto Documento 4 1706, agosto, 9, Alcobaça - Registo de batismo de Francisco, filho de João Dias, e de sua mulher, Escolástica Francisca, em que surge como padrinho Manuel Rodrigues Leão, mestre vidraceiro do Mosteiro de Alcobaça. A.D.L., Livro de Batismo de Alcobaça 17031727, Dep. IV-24-A-4, at. n.º 3, n.º11, fl. 15v. [fl. 15v] 111 Em outo de agosto de mil e setecentos e seis baptizou o sobredito [vigário Manoel Dias Raposo] a Francisco filho de João Dias Raposo, e de Escholastica Francisca sua molher. Padrinho Manoel Roiz de Leam morador em Lixboa e mestre vidraçeiro do Convento e Madrinha Escholastica filha de Joam de Souza de que fis a prezente que asignei. (a) O coadjutor o Padre Jozeph Fragozo. Documento 5 1710, agosto, 6, Colares - Registo de óbito de Ana Nunes, que se encontrava esposada com Miguel Mendes, oficial de vidraceiro. A.D. Lisboa, Livro de Óbitos de Colares [16991723], Livro O5, Caixa n.º 18, at. n.º 3, fl. 30v. [fl. 30v]

<Anna filha famílias. Cazas Novas > Aos seis de agosto da era assima [1710] faleceo da vida prezente com todos os sacramentos Anna Nunes filha de Manoel Christovão ja defunto, e de sua molher Natalia Nunes das Cazas Novas: estava espozada com Miguel Mendiz official de vidrasiero. Esta sepultada na Matriz desta villa. De que tudo fiz este asento mes, e era ut supra. (a) O Parocho Luis Pereira. Documento 6 1730, fevereiro, 13, Serra d’El-Rei - Registo de batismo de António, filho de Domingos Jorge e de sua mulher, Luzia Delgada da Conceição, em que surge como padrinho José Nunes, vidraceiro. A.D.L., Livro de Batismos de Serra d’El Rei, Dep. IV-40-C-82, at. n.º 2, fl. 21v. [fl. 21v] < Antonio de Domingos Jorze > Em os treze de fevereiro de mil e setesentos e trinta annos eu Antonio da Couxa Delgado Parrocho em esta freguezia de São Sebastião da Serra DelRey baptizei, e pus os santos oleos a Antonio filho legitimo de Domingos Jorze e Luzia Delgada da Conceição neto pella parte paterna de Manoel Jorze e Maria Dias e pella parte materna de João Roiz e Luiza da Sylva todos moradores e baptizados no ditto lugar e freguezia de São Sebastião da Serra DelRey e násceo a criamça em sete do dito mes e forão padrinhos Jozeph Nunes vidraceiro e Catherina Jorze donzella, e todos moradores no dito lugar, e de tudo fis este termo dia, més, e era ut supra. (a) Parocho Antonio da Couxa Delgado. Documento 7 1732, janeiro, 23, Serra d’El-Rei - Registo de casamento de António Rodrigues de Miranda com Josefa Caetana de Santa Rosa. A.D.L., L.M., Dep. IV-40-C-81, at. n.º 1, fl. 21v. [fl. 207] < Antonio Roiz e Jozepha Caetana de Santa Roza > Em os vinte e tres dias do mes de janeiro de mil e settecentos e trinta e dous annos de tarde a porta desta Igreja de São Sebastião do lugar da Serra delRey se receberão por marido e molher como manda a Santa Madre Igreja de Roma em minha prezença e das testemunhas abaixo asignadas Antonio Rodrigues de Miranda filho de Antonio Rodrigues e de sua molher Maria Dias naturais deste ditto lugar da Serra delRey e freguezia de São Sebastião com Jozefa Caetana de Santa Roza filha legitima de Pedro da Silva natural dos Cazais do Pinhal de Obidos freguezia de São Pedro da ditta villa de Obidos onde ella foy baptizada, e de sua molher Francisca Maria natural da freguezia de Nossa Senhora das Aboboris do lugar da Amoreira e o ditto Antonio Rodrigues de Miranda morador nesta ditta freguezia e se receberão despois de feitas todas as denunciaçõens como manda o Concilio Tridentino e Constituiçõens deste patriarchado. Testemunhas prezentes Jozeph Nunnes Collares morador neste ditto lugar de Serra delRey e Jorge Gomes Souveral da villa de Peniche, Manoel da Silva, Sebastião Pires todos deste ditto lugar da Serra delRey e outras muitas pessoas que estavão prezentes e eu o padre Manoel Monteiro Franco nesta parochial Igreja de São Sebastião fiz este assento dia, mes, e anno ut supra. (a) O Cura Manoel Monteiro Franco (a) Jozeph Nunes + Collares (a) Jorge Gomes Soveral (a) Manoel da Silva (a) Sebastião Pires Documento 8 1734, abril, 7, Lisboa - Relação das vidraças e consertos que fez Manuel Cristóvão, mestre vidraceiro, nos Paços do Santo Ofício em Lisboa. Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, Livro de Despesas do Tesoureiro Manuel Afonso Rebelo [1733-1735], Liv. 547, fl. 6-6v. [fl. 6] Rol das vidrasas e comsertos que fis para ao pasos do Santo Ofisio desde o mes de marso de 1733 athe o prezente. Em o dito mes de marso fiz para Sua Himinensia [sic] huma vidrasa de vidros grandes finos que tem 8 vidros de 400 reis cada hum - 3200 Tem a dita sete palmos de fero de 25 reis - 175 Em abril comsertei 3 vidros grandes em hum lenpeão de 200 reis cada hum - 600 Comsertei outro vidro no dito lempeão de 80

reis - 80 reis Em setembro pus hum vidro branco grande em huma vidrasa do Senhor Joaquim Joseph de 350 Comsertei as vidrasas da galaria em que pus 15 vidros de 50 reis cada hum - 750 Pus hum vidro na caza das prosisois christalino - 350 Na camera de Sua Iminensia pus hum vidro de - 150 Na caza donde janta o dito senhor pus hum vidro - 150 Consertei as vidrasas do tinelo [sic] e do coredor de sima em que pus 24 vidros de 50 reis cada hum - 1200 Em outubro comsertei sete vidros de 70 reis cada - 490 Em novembro comsertei nas vidrasas do senhor padre Manoel Martins 3 vidros brancos de 150 reis cada hum - 450 Comsertei mais 4 vidros de 50 reis cada hum - 200 Nas vidrasas do senhor João Soares comsertei 4 vidros brancos de 150 reis cada hum - 600 Emporta esta conta salvo erro - 8745 (a) Manoel Christovão Recebi do Senhor Lecenseado Manoel Afonso Rabelo a quantia de oito mil setesentos e quaren // [fl. 6v] E quarenta e sinco reis que me pagou sendo thezoureiro desta Santa Inquisiação. Lixboa a cidade 7 de abril de 1734. (a) Manoel Christovão Documento 9 1736, julho, 26, Serra d’El-Rei - Registo de batismo de Ana, filha de António Rodrigues de Miranda e de Josefa Caetana de Santa Rosa. A.D.L., Livro de Batismos de Serra d’El Rei, Dep. IV-40-C-82, at. n.º 2, fl. 44v-45. [fl. 44v] < Anna de Antonio Roiz de Miranda > Em os vinte e seis dias do mes de julho de mil e settecentos e trinta e seis annos eu o padre Manoel Monteyro Franco, Cura na parochial Igreja de São Sebastião deste lugar da Serra de ElRey baptisei solemnemente, e pus os Santos oleos a Anna que nasceo em dezoito deste ditto mes filha legitima de Antonio Rodrigues de Miranda natural deste ditto lugar e freguezia de São Sebastião e de sua molher Jozepha Caetana de Santa Roza natural dos Cazais do Pinhal de Obidos freguezia de São Pedro da ditta villa de Obidos. Forão Padrinhos o Reverendo Padre Jorge de Oliveira da villa de Torres Vedres e tocou o Reverendo Padre João Delgado com huma reliquia de Nossa Senhora do Amparo de que tudo fis este assento // [fl. 45] e asignei dia mes e anno ut retro. (a) O Cura Manoel Monteiro Franco. Documento 10 1752, outubro, 2, Serra d’El-Rei - Registo de casamento de António da Horta, filho de Pedro Gomes e de Maria da Horta, com Ana Joaquina de São José, filha de António Rodrigues de Miranda e de Josefa Caetana de São José. A.D.L., L.M., Dep. IV-40-C-81, at. n.º 2, fl. 232v-233 [fl. 232v] < Antonio da Horta e Anna Joaquina > Em os dous dias do mes de outubro do anno de mil e settesentos e sincoenta e dous annos da tarde a porta da Parochial Igreja de São Sebastião deste lugar da Serra de ElRey termo da villa de Atouguia da Ballea em prezença de mim o padre João Delgado Cura da ditta igreja, e das testemunhas abacho nomeadas e asignadas, e outras muintas pessoas se receberão por palavras de prezente como manda a Santa Madre Igreja, e Constituicoens deste Patriarchado Antonio de Horta filho legitimo de Pedro Gomes e de sua molher Maria de Horta ja defunta mora // [fl. 233] moradores em o lugar dos Boulhos termos da vila de Atouguia da Balea freguezia de São Leonardo da ditta villa, e Anna Joaquina de São Joze filha legitima de Antonio Rodrigues de Miranda e sua molher Jozefa Caetana de São Joze ja defunta natural e moradora em esta ditta freguezia testemunhas prezentes o padre Joaquim Ferreira de Horta Cura de Miragaya, Antonio Ferreira do lugar de Ribafria, e Felipe de Andrade Madeira do lugar de São Bartholomeu termo da villa de Obidos de que fiz este assento dia mez, e anno ut supra e asignei com as ditas testemunhas. (a) O Cura João Delgado (a) O Cura Joaquim Ferreira da Hortta (a) Antonio Ferreira (a) Felipe de Andrade Madeira


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Jornal da Golpilheira

. poesia . obituário .

Janeiro de 2016

.poesia.

Há sempre dúvidas

33 anos de amor Jesus enquanto pequeno Pai e mãe desafiou José em tronco moreno Uma estrela desenhou.

Minha Batalha Sangue, lágrimas e suor Batalha heróica e triunfal Cimentada de coragem e amor Orgulho de Portugal

Quem diria que o menino Ao tronco deu tais valores Com a estrela do destino Guiado até aos doutores Foi revelando segredos Do operário e seus amores.

Mosteiro glorioso e imponente Estilo gótico e manuelino Esplendor de todos diferente Que eu te vejo desde menino

Revelou o que aprendeu Na oficina dos pais Humilde enquanto cresceu Foi pregando prós demais Falou de paz, igualdade E de tantas coisas mais.

Vila bela e “prazenteira” Rústica, contemporânea e inovadora Gente capaz e “trabalhadeira” Competente e criadora

Há hinos por toda a parte Cantando um Deus verdadeiro Mas não cantamos a arte Do operário carpinteiro Do lugar onde cresceu E se fez homem por inteiro. Templos, altares, orações Que o mundo lhe ofereceu Não serão as intenções Que aquela estrela lhe deu Seria pois o Amor Que se queria igual ao seu. Maria Augusta Henriques

Freguesia pequena e central Povoado secular Raízes de Portugal Que a história impôs-se de narrar Batalha, doce Batalha Batalha que se mede tu serás a minha “mortalha” Quando um dia, a minha alma se despede Batalha, Batalha nossa Eu contigo quero viver Mas p’ra que todo o mundo ouça Por ti, preparado estou para morrer! Vaz Pessoa

É um grande mal, Nesta sociedade a sonhar A promessa é sempre igual E o cidadão já não quer acreditar. Pedem boa união no votar, A falarem só mostram traições Não sabemos em quem acreditar Cada vez mais especulações. Foi a vida muito dura, Com ideias do passado Não é fácil esquecer a ditadura Disfarçada anda ao nosso lado. A luta de grandes valores, Que continuam na nossa memória Serão recordados esses senhores Porque 18 de Janeiro tem história. O povo queria continuar a sonhar, Não sabe a quem dar razão só confusão Na dúvida fica o votar sem acreditar Senão será mais um aldrabão. Na hora não conseguem disfarçar, Cada um tenta iludir com a sua opinião E assim a promessa continua a enganar O povo não vive de ilusão farto de traição. Já se perdeu a confiança, A promessa é vergonhosa O momento é real perde a esperança A promessa cada vez mais manhosa. Palavras cada vez mais vazias, Nos iludem a cada momento Logo a seguir desilusão São valores de mentes frias Sem qualquer valor de sentimento Será esta a nossa verdadeira solução. 16-01-2016 José António Carreira Santos

A luta por cada página 19.º aniversário do Jornal da Golpilheira

A verdade É caminho que sei viver A amizade É o que nesse caminho sei fazer. Recordo neste caminho, Do que gosto e quero Para receber pedaços de carinho É bom ser amigo e sincero. Desde o primeiro dia, Fiz a minha análise ao jornal Nunca aceitei cobardia Por ser leal. No meu coração Reconheço a boa amizade Tento dar a minha gratidão E não falsidade. Tento ser cativante, E viver cada dia Ser filho adoptivo a cada instante E sentir com amor a poesia. Os anos vão passando e eu aqui, Da Batalha és Freguesia Abriram-me a porta e eu não fugi És pedaço da minha alegria. Feliz aniversario venho desejar, Há vários anos sou colaborador Neste meu poema quero apenas recordar o vosso caminho de grande valor. É com amor e dedicação E com esforço que continua E a vida entregue a cada serão Entre quatro paredes não há rua. Com os parabéns e um bem-haja a todos os que fazem da sua vida o Jornal da Golpilheira, 5-11-2015 - José António Carreira Santos

Inqualificáveis sentimentos

.obituário.

Quanto vale um abraço? Um carinho, um sentimento Todo o amor… despedaço Quanto custa um sofrimento?

Agradecimento

Agradecimento

Inácia de Jesus Silva N. 16-10-1926 F. 23-12-2015 Bico Sachos

Seus filhos, genros, noras, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.

Armando Gomes de Carvalho

1.º ano de muita saudade F. 21-02-2015

Morrer não é desaparecer, é estar ausente e estar sempre presente no coração daqueles que nunca te esquecem. Será celebrada Missa em tua memória, no dia 21 de Fevereiro, na igreja (salão) da Golpilheira. Eterna Saudade

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Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

Qual o valor da compreensão? De uma mão que retém Uma lágrima em expansão Um choro que se contém! Quanto vale o perdão? Quanto desespero sentido Num desabafo de rejeição Que carácter movido Fiquemos-nos pelo silêncio Sempre em reconhecimento Ambíguo valor de “Inocêncio” Deus queria, que caia em esquecimento. Vaz Pessoa


Jornal da Golpilheira

. a fechar .

Janeiro de 2016

Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)

112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506

Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: www.jgolpilheira.wordpress.com/about

Parece que afinal o Marcelo já não vai ser Presidente da República... vamos ter um presidente de esquerda!

Como é que isso pode ser?! O Marcelo ganhou com maioria absoluta!!!

Pois... mas o Costa vai propôr uma coligação do Nóvoa com a Abstenção e assim fica com 74,15% e já ganha aos 52% do Marcelo!...

Geringonça .fotos do mês. MCR

Tascas dos Cansados I e II Está a tornar-se um hábito semanal as “merendas nocturnas” nestas tascas. Primeiro foi no “Cansado I”, cuja ementa foi borrego, que estava delicioso. Depois, seguiram-se mais duas merendas no “Cansado II”. Na primeira, devoraram-se algumas “faceiras”, tirinhas e febras grelhadas. Na segunda, foi um saboroso bacalhau grelhado, temperado com muito azeite e alho. Escusado será dizer que todos estes petiscos foram regados com muito e bom vinho. Para terminar o serão, jogam-se as cartas. No entanto, há uma coisa que eu não percebo: quanto mais jogam, mais treinam, menos sabem, mais ralham e discutem. Para os que perdem, há sempre uma garrafa de álcool para esfregarem as costas, para tirar as dores. A próxima já está prometida: codornizes grelhadas. Espero bem que os voluntários não se neguem.

Recordar é viver…

Assinatura anual

Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros

Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

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A nossa aldeia sempre teve grandes tradições nas actividades teatrais, com excelentes actores amadores, mas que em certas representações não ficaram muito longe dos profissionais. Lembro-me das peças levadas à cena, em meados dos anos 60, dada a sua qualidade, tinham sempre lotação esgotada e em várias sessões. Esta fotografia é mais recente. Penso que de meados dos anos 90, onde se identificam alguns actores e actrizes do nosso burgo, cuja representação refere várias actividades, agrícolas e domésticas, a cargo das mulheres. MCR


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. divulgação . apoio .

Jornal da Golpilheira Janeiro de 2016

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