201602 Jornal da Golpilheira 224 - Fevereiro de 2016

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Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XX | Edição 224 | Fevereiro de 2016

P. 4 | Comunidade Cristã organizou

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279

P. 24 | Reportagem

“Almoço de Amigos” foi isso mesmo

Golpilheira “dominou” Carnaval da Batalha

P. 5 | Mensagem do Bispo para a Quaresma

Caminhos de Misericórdia

P. 11 | Orçamento Participativo até 15 de Março

Estão 10 propostas em votação P. 14 | Futsal Feminino Júnior

Golpilheira é Campeã Distrital P. 2 | Editorial / Reclamação

LMFerraz

CTT “perderam” dezenas (ou centenas) de jornais da edição de Janeiro

O calendário da Golpilheira os a de 2016!

repetim

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. abertura . história .

.editorial.

Jornal da Golpilheira

Correios “perderam” dezenas (ou centenas) de jornais de Janeiro...

Luís Miguel Ferraz Director A última edição do Jornal da Golpilheira entrou no dia 28 de Janeiro, quinta-feira, nos CTT de Maximinos (Porto), onde é normalmente entregue pela gráfica. No dia seguinte, alguns assinantes já recebiam o jornal em suas casas. A lei dá aos correios um prazo de 3 dias úteis para entrega de jornais mensais, o que em nosso entender é um exagero, mas temos de aceitar o inevitável. Este prazo é, frequentemente, ultrapassado, mas também nada podemos fazer. A distribuição do correio normal na Golpilheira é feita em dois giros alternados, pelo que cada um de nós recebe dia sim dia não. Na pior das hipóteses, é de esperar que toda a gente tenha o jornal em 4 ou 5 dias. Ora, no dia 4 de Fevereiro, uma semana depois da expedição, começámos a registar queixas de assinantes que ainda não tinham recebido. Contactámos de imediato a nossa Gráfica, para saber se tudo tinha corrido bem e pedimos as avenças de entrada do jornal. Tivemos a confirmação de que tudo tinha sido feito como habitual, mas a avença dos CTT ainda não tinha chegado para o confirmar. Entretanto, chegaram os dias de Carnaval e ainda aguardamos que depois de passada a “folia” dos feriados e pontes, os jornais aparecessem. O que chegou foi a avença e a factura de envio, com as quantidades integralmente registadas, aliás pagas antecipadamente, pois somos obrigados a pagar tudo antes de o jornal entrar nos correios.

Novela de reclamações

Enviámos então uma comunicação para o serviço de reclamações dos CTT, no dia 11 de Fevereiro, duas semanas depois, certos de que os jornais se tinham “evaporado”, com conhecimento à estação da Batalha e ao Centro de Distribuição Postal de Porto de Mós, que serve a nossa região. Deste último, no mesmo dia, veio a informação de que o jornal “chegou a este centro de distribuição postal no dia 29/01 e, como sempre fazemos, tentamos entregar o máximo de jornais possíveis logo no dia de chegada (nesta edição foram entregues no dia de chegada cerca de 90% de jornais)”. O problema é que

“logo no dia da recepção do jornal, o (…) responsável pela distribuição alertou que faltavam alguns jornais”. Portanto, seriam tantos a faltar que isso foi visível logo pelo volume que ali chegou. No dia seguinte, voltámos a enviar um email a pedir uma resposta urgente, pois estava provado que os jornais entraram em Maximinos e não chegaram a Porto de Mós. E não era só a nossa região, pois surgiam reclamações de outras zonas do País, como Seixal ou Figueiró dos Vinhos. Como não houve mais resposta, enviámos a comunicação desta “novela” para o nosso gestor comercial e para o serviço de provedoria do cliente dos CTT, no dia 16. Voltámos a insistir no dia 19, vindo então uma resposta da provedoria a dar conta de que “acusamos a recepção da sua reclamação aos nossos Serviços, a qual muito agradecemos e à qual prestaremos a nossa melhor atenção. Logo que as averiguações estejam concluídas será informado(a).” No dia 21, o nosso gestor pedia-nos informação sobre “quais os assinantes e morada que ainda não receberam jornais”. É óbvio que não conseguíamos indicar todos, pois não anotámos nomes e moradas das dezenas que se queixaram e muitos, com certeza, nem chegam a queixarse. Indicámos alguns que sabíamos de várias regiões. E pedíamos “que os CTT assumam o erro rapidamente, anulem a factura que já foi paga e assumam o pagamento de uma nova edição para expedição”. No dia 22, tivemos um encontro pessoal com o nosso gestor que, por acaso, tinha mudado recentemente e já não era o mesmo que julgávamos, mas estava ao corrente e iria averiguar. Comunicámos que, numa breve ronda de contactos pelo facebook,

descobrimos que também em vários países do estrangeiro se registavam faltas do jornal. Seriam, portanto, dezenas ou centenas. No dia 23, recebemos um email do serviço de reclamações a agradecer o contacto, que as informações facultadas “permitiram iniciar o processo de averiguação” e que “será contactado, após uma análise rigorosa e cuidada do assunto em questão.” Insistimos, de novo, no dia 26... mas não obtivemos resposta até ao dia 29, data de fecho da edição de Fevereiro.

Pedido aos assinantes e oferta de calendário

Não vamos tecer ainda qualquer comentário a este assunto. Apenas apresentámos os factos e aguardamos a resposta. É evidente que, além dos cerca de 1.200 euros do custo directo da impressão (incluindo um encarte inserido) e da expedição, não são contabilizáveis os prejuízos imateriais causados à imagem do jornal (assinantes insatisfeitos) e causados aos próprios assinantes (que ficaram sem jornal). Estamos a ponderar reimprimir a edição e enviar de novo, mas não temos condições financeiras para tal, a não ser que os CTT assumam a indemnização. Assim, fazemos o pedido de compreensão aos assinantes e as nossas desculpas, apesar de não ser nossa a falta. Pedimos ainda a quem não recebeu o Jornal de Janeiro que nos envie essa informação para qualquer dos contactos que estão na ficha técnica, na página 23. Como a edição de Janeiro continha um calendário de oferta, voltamos a inseri-lo nesta edição, para que todos recebam essa prenda de ano novo.

A Direcção

.história.

Fevereiro de 2016

Um projecto para Portugal 1 É necessário pensarmos no futuro da comunidade nacional a que pertencemos, e a que pertenceram dezenas de gerações dos nossos antepassados, e de tentarmos estabelecer-lhe uma linha de rumo. Ao contrário do que se tem querido fazer crer, a Pátria, a nossa casa no mundo, continua a fazer sentido e a contar como entidade nuclear essencial à nossa liberdade de criação e de realização e às nossas vitalidade e afirmação culturais. Ternos consentido, sem sobre isso reflectirmos, na crescente absorção pelo espaço europeu. Nunca nos questionámos sobre a forma como a nossa integração foi feita, sendo curioso que recentemente uma dirigente partidária, a propósito das exigências orçamentais, proclame que a Comissão Europeia não tem legitimidade democrática. Na realidade nunca houve legitimidade democrática no processo de adesão, nem podia ter havido legitimidade democrática na destruição das peças fundamentais à nossa economia: a Agricultura e as Pescas. A adesão a um espaço europeu, organizado em moldes cada vez mais parecidos com os de um império, devia ter sido sujeita a um referendo, como depois deveria ter sido referendado o modelo de convívio e de acção comum entre as partes participantes. O Povo Português, porém, nunca foi consultado para nada. Caiu desamparado aos pés da Europa de Bruxelas e de Estrasburgo e agora, endividado até ao tutano, dela dificilmente se libertará. 2 A Língua Portuguesa, quinto ou sexto idioma do mundo em número de falantes, mater duma Cultura em que se inscrevem nomes maiores das Letras desde um Camões a um José Régio ou a um Miguel Torga, de um Gil Vicente a um Fernando Pessoa, de um Padre António Vieira a um Manuel Bandeira ou a um Carlos Drumond de Andrade, está a ser destruída por nós, substituindo-lhe os seus termos mais expressivos por termos estrangeiros, sobretudo ingleses. Átrio, vestíbulo ou, simplesmente, entrada, deram lugar ao feíssimo “hall”; centro comercial ou armazém ao descaracterizado “shopping”, oficina de arte, oficina de ideias, mostra/ venda ao irritante “workshop”, ameaça, violência, agressão ao “bulling”, entre centenas de palavras estrangeiras que descaracterizam o nosso Idioma e o empobrecem na medida em que eliminam as nossas, normalmente mais bonitas e que melhor exprimem ideias e com mais precisão designam actos e factos. No Brasil há pelo menos dois museus da Língua Portuguesa, um dos quais há pouco sofreu grandes prejuízos, que já estão a ser reparados, num incêndio acidental. No nosso País, terra mãe do Idioma, não há nenhum, nem se vê entidade oficial preocupada com isso, como não se descortinam responsáveis por instituições culturais empenhados em combater a invasão dos vocábulos estranhos e desnecessários. O nosso departamento governamental da Cultura, seja ministério ou secretaria de Estado, tem estado sempre a leste desta questão, mas devia ser dele a iniciativa da defesa intransigente do Idioma, alicerce da nossa identidade cultural.

José Travaços Santos


Jornal da Golpilheira

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. campanha .

Fevereiro de 2016

CAMPANHA

Telhas a sair!

200 telhas!

Como é óbvio, além desta campanha, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o respectivo recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda - grande ou pequena - será bem-vinda e terá uma lembrança.

Donativos e empréstimos recebidos (objectivo: 200 mil euros)

NOME Saldo 2015 Saldo Janeiro 2016 Anónimo Anónimo Anónimo Família Fontes Júlia Bento Monteiro Anónimo Anónimos

Donativos Campanha Telhas 24.000,00 €

OUTROS 885,00 €

2.000,00 € 6.347,87 €

1.000,00 € 1.000,00 €

100,00 € 100,00 €

Empréstimo 2.000,00 € 1.000,00 €

50,00 € 35,00 €

LMF

Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Temos 100 mil euros, são precisos mais 200 mil. Temos 200 telhas que vão sair do velho telhado para trocar por 1.000 euros cada, em forma de donativo ou de empréstimo. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha.

Porque... a melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um! Totais

28.000,00 € 7.517,87 €

3.000,00 €

Total global - 38.517,87 €

Contactos:

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igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Transferência Bancária - NIB: 0045 5080 4015 2316 6922 2

(enviar comprovativo de transferência)

Colabore para a construção desta obra comum da Comunidade Cristã da Golpilheira!

Precisamos da sua ajuda!

O pároco também “comprou” uma telha

Como noticiámos na última edição, estão a todo o vapor as obras na igreja e começam a chegar os pagamentos. Depois de uma factura de 82 mil euros (já paga), acaba de chegar outra igual. Como só temos cerca de 60 mil euros em conta, já não vai dar e estamos a fazer tudo por tudo para conseguir angariar mais receitas este mês. Entretanto, estão a ser entregues as telhas, a um ritmo de meia dúzia de cada vez, em alguns domingos. Renovamos de novo o apelo a quem deseja aderir a esta campanha ou quer fazer algum tipo de donativo. Todos são bem-vindos! Lembramos, de modo especial, os nossos emigrantes, que estão longe, mas sabemos que o seu coração está nesta linda aldeia que os viu nascer e onde regressam sempre que querem matar saudades da família e amigos. Foi enviada uma carta a algumas dezenas deles, de que tínhamos o contacto por serem assinantes do Jornal da Golpilheira. Obtivemos ainda muito poucas respostas, mas sabemos que alguns estão a organizar as suas ofertas. Agradecemos que nos contactem, caso queiram alguma informação ou esclarecimento. Informamos que este ano as duas comissões das igrejas da Golpilheira e de São Bento decidiram participar no corso de Carnaval da Batalha, contribuindo para enriquecer esta festa popular concelhia e fazer-se presente nos eventos da sociedade onde a Igreja também está inserida e pode testemunhar a sua alegria de uma forma sadia. Decidiram também que os contributos da participação, prémios e outras receitas reverteriam para as obras. Assim, cada carro recebeu 350 euros por participar, o carro da Golpilheira ganhou uma 2.º prémio, no valor de 250 euros, e o carro de São Bento apresentava produtos agrícolas que vendeu no desfile, angariando 203,51 euros. Além disso, um grupo de membros da equipa de eventos levou uma perna de porco e uma máquina de imperial, para matar a fome e a sede aos foliões, o que rendeu 115 euros. No total, esta participação no Carnaval rendeu 1.268,51 euros. O “almoço dos amigos” do passado dia 14 de Fevereiro (ver notícia) rendeu 1.780,78 euros. A passagem de ano, de que falámos no mês passado, rendeu 1.718,17 euros. A receita dos pequenos-almoços rendeu, em 2015, o valor de 2.768,03 e continua a dar uma média de 150 euros cada domingo. Agradecemos a tantos voluntários que estão a dar o melhor de si e do seu tempo para organizar estes eventos, bem como a todas as pessoas que neles participam e os tornam verdadeiras festas de convívio, de comunidade e de solidariedade para com a nossa igreja.

A Comissão


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. sociedade . eclesial .

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Jornal da Golpilheira Fevereiro de 2016

CCG organizou

“Almoço dos Amigos” foi isso mesmo

Muitos eventos na agenda Não é fácil encontrar datas para organizar eventos na freguesia, tantas são as propostas e acti-

LMF

Cerca de 250 pessoas compraram o bilhete para uma autêntica festa da amizade, no passado dia 14 de Fevereiro, no salão de festas de São Bento. Este tradicional Dia dos Namorados foi bem mais do que isso, graças a este “Almoço dos Amigos” que fez jus ao nome escolhido. A organização foi das várias equipas do Conselho Administrativo e Pastoral da Comunidade Cristã da Golpilheira (CCG) e os lucros reverteram para as obras da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, num total de 1.780,78 euros. Talvez mais importante do que isso foi o ambiente de festa e de amizade que se viveu, não só entre as pessoas que se sentaram à mesa, como entre os voluntários da organização. Momento da sobremesa

vidades que estão na calha, tanto religiosas como em iniciativas do Centro Recreativo e outras

entidades. Isto, além de eventos concelhios e regionais em que participamos. Esse é um bom si-

nal de vitalidade da população e do associativismo, mas exige que tentemos todos coordenar-nos.

Para termos uma ideia, vejamos o que está programado: • 12 e 13 de Março – Peregrinação Diocesana • 20 de Março – Domingo de Ramos • 27 de Março – Páscoa • 3 de Abril – Visita pascal na Golpilheira • 9 de Abril – Festival de Sopas dos festeiros do Sr. Bom Jesus dos Aflitos 2016 • 10 de Abril – Passeio TT “Anjos sobre Rodas” • 16 de Abril – Noite de Fados no CRG organizada pela delegação de Leiria da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla • 24 de Abril - Crisma na Batalha •1 de Maio – Dia da Mãe • 8 de Maio – 1.ª Comunhão • 21 e 22 de Maio – Festa da Santíssima Trindade • 26 a 29 de Maio – FIABA E mais virão, entretanto...

Crianças ao “Encontro com os Pastorinhos”

Nascidos em 1976

Festival de Sopas a 9 de Abril Os festeiros do Senhor Bom Jesus dos Aflitos de 2016, nascidos em 1976, vão realizar um festival de sopas, no próximo dia 9 de Abril, a partir das 19h30, no salão de festas de São Bento. Toda a população está convidada a vir apreciar a gastronomia local e a trazer consigo alguns amigos para o convívio. O evento servirá para começar a preparar os festejos que irão organizar nos dias 30 de Julho a 1 de Agosto. Nesse sentido, os “quarentões” deste ano pedem a todos os naturais ou residentes na Golpilheira, nascidos em 1976, que se juntem ao grupo que está a preparar a festa. Os contactos são o email festeiros.76@gmail.com ou os telefones 965 372 765 e 917 580 031.

No passado dia 20 de Fevereiro, as crianças do 2.º ao 5.º da Catequese da Golpilheira participaram numa catequese sobre os Pastorinhos, promovida pelo Santuário de Fátima. Ocorrendo a festa litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, o Santuário de Fátima convidou as crianças para uma tarde de descoberta e de encontro com estas “Candeias que Deus acendeu”. O reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas, recordou que “não se pode falar de Fátima sem falar das crianças, uma vez que os Pastorinhos, que Nossa Senhora escolheu para interlocutores, eram crianças como tantas outras, que gostavam de brincar e não perdiam uma oportunidade para o fazer. A mensagem de Nossa Senhora em Fátima não é uma mensagem infantil ou dirigida apenas a crianças, mas nela as crianças têm um lugar muito especial”. Estiveram presentes cerca

DR

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Catequese da Golpilheira em Fátima

O grupo que foi a Fátima

de 1500 crianças das dioceses de Leiria-Fátima, Lisboa e Porto Alegre-Castelo Branco. A celebração contemplou uma catequese sobre os Pastorinhos e a mensagem de Fátima, pela irmã Ângela Coelho, sublinhando o pedido dos Pastorinhos para que não tivessem medo de rezar, contando também a história das aparições de Nos-

sa Senhora e do compromisso por eles assumido. Depois da catequese, seguiu-se a recitação do Terço. Foi ainda lançado um repto às crianças para imitarem os Pastorinhos na sua atitude. No final, ouve partilha de um folheto com uma oração. Providenciámos transporte colectivo, oferecido pela Câmara Municipal da Batalha, a

quem aproveitamos também esta oportunidade para agradecer toda a colaboração. Fizemos assim uma “viagem” diferente, que nos proporcionou também um convívio com o habitual lanche e cânticos diversos, que jamais as crianças esquecerão, certamente, no cantinho do seu coração. Isabel Costa


Jornal da Golpilheira

. entrevista . eclesial .

Fevereiro de 2016

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Mensagem do Bispo Diocesano para a Quaresma A Quaresma de 2016 não pode ser simplesmente como as anteriores. Ela coloca-se no coração do Ano Santo da Misericórdia. Isto impõe que demos um tom apropriado ao percurso dos quarenta dias que preparam a Páscoa, como nos sugere o Papa Francisco: “A Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus” (MV 17) e assim a nossa vida adquira um espírito e estilo de misericórdia. O Santo Padre acaba de publicar a sua mensagem para a Quaresma com o sugestivo título “Prefiro a misericórdia ao sacrifício (Mt 9, 13). As obras de misericórdia no caminho jubilar”. Nela oferece-nos propostas concretas. Destaco as seguintes.

Escutar a Palavra de Deus “A misericórdia de Deus transforma o coração do homem e fá-lo experimentar um amor fiel que o torna por sua vez capaz de misericórdia”. Para isso devemos primeiro pôr-nos à escuta da Palavra de Deus. Só assim podemos descobrir o rosto misericordioso do Pai, aprofundar a riqueza da misericórdia e as atitudes correspondentes no nosso estilo de vida e nas relações. Para este efeito temos à disposição o retiro popular sob o lema “A graça da misericórdia sob o olhar de Maria”. Peço encarecidamente a todas as comunidades o melhor empenho na organização desta caminhada espiritual. Também a iniciativa ”24 horas para o Senhor”, a realizar nos dias 4 e 5 de Março, é uma oportunidade de escuta orante da Palavra num momento intenso de oração e adoração: “A misericórdia de Deus é de facto um anúncio ao mundo: mas cada cristão deve fazer pessoalmente experiência de tal anúncio”. Este momento deverá ser bem preparado para que tenha qualidade e envolvência de grupos e movimentos das comunidades. É aconselhável que aí também seja oferecida oportunidade para o sacramento da reconciliação. Celebrar o sacramento da reconciliação A valorização do sacramento da reconciliação é um dos aspectos que mais deve caracterizar a renovação espiritual e pastoral do Ano da Misericórdia. Neste sentido, o Papa faz um apelo premente: “Com convicção ponhamos novamente o sacramento da reconciliação no centro, porque permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia. Será, para cada penitente, fonte de verdadeira paz interior”(MV 17). Por conseguinte, é necessário redes-

cobrir a importância deste sacramento. Embora todos os sacramentos sejam sinal da misericórdia de Deus, o sacramento da penitência e da reconciliação é o momento e o lugar em que experimentamos a compaixão de Deus do modo mais directo, mais imediato, mais íntimo e mais concreto e recebemos o dom do perdão quando em nome de Jesus nos é dito: “Os teus pecados estão perdoados”, com a fórmula da absolvição. Antes de colocar o acento nas obras do penitente ou na fadiga da confissão, devemos colocá-lo primeiramente na confiança na graça do perdão, no que Deus é capaz de realizar em nós. Assim, na catequese e na pastoral deve-se evidenciar que se trata de um sacramento da cura e, por isso, da alegria: a alegria do perdão, do regresso à casa do Pai, da cura das feridas interiores, da reconciliação com Deus e com os outros, de reencontrar e aprofundar o gosto do bem, de readquirir a serenidade e a paz interior, de progredir no caminho da conversão. A atitude dos ministros do sacramento – os confessores – deve ser a de um pai. A sua primeira tarefa é acolher mesmo quem se encontra em situações difíceis: um acolhimento cordial, compassivo, paciente e respeitador da dignidade e da história pessoal de cada penitente. Enfim, como afirma o Papa Francisco, “todos deveriam sair do confessionário com a felicidade no coração, com o rosto radiante de esperança”.

Praticar as obras de misericórdia O tempo da Quaresma é também ocasião para viver e testemunhar a misericórdia com gestos concretos. O Santo Padre insiste pois na prática das obras de misericórdia. “Como não desejar que todo o povo cristão – pastores e fiéis – redescubra e ponha, de novo, no centro as obras de misericórdia corporais e espirituais durante o Jubileu? E quando no entardecer da vida nos for perguntado se demos de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede, de igual modo nos será perguntado se ajudámos as pessoas a sair da dúvida, se nos esforçámos a acolher os pecadores, advertindo-os ou corrigindo-os, se fomos capazes de combater a ignorância, sobretudo aquela que se refere à fé cristã e a uma vida boa. Esta atenção às obras de misericórdia é importante: não são uma devoção. É a concretização de como os cristãos devem pôr em prática o espírito de misericórdia. Nestes anos, uma vez recebi um mo-

vimento importante na Aula Paulo VI e fiz a pergunta. “Quem de vós recorda bem quais são as obras de misericórdia corporais e espirituais? Quem as recorda, levante a mão”. Não foram mais de vinte pessoas a levantar a mão, numa sala onde estavam sete mil. Devemos começar de novo a ensinar aos fiéis esta realidade que é tão importante”. Sugiro pois que cada um de nós faça o propósito de praticar, ao longo da quaresma, uma obra de misericórdia corporal e outra espiritual. Também nesta perspectiva anuncio que o contributo penitencial desta Quaresma se destina a uma iniciativa de apoio social e económico a grávidas em dificuldade, que vamos implementar na nossa diocese através da Cáritas Diocesana. Não basta lamentar-se da chaga do aborto; são precisas iniciativas concretas para prevenir.

Com Maria, Mãe de Misericórdia Nesta caminhada quaresmal insere-se ainda a nossa peregrinação diocesana a Fátima no V domingo da Quaresma, a 13 de Março, sinal do nosso caminhar juntos como Igreja “Com Maria, Mãe de Misericórdia”. Peço que nas comunidades se in-

LMF

Caminhos de Misericórdia

centive uma boa preparação. “Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão”, como pede o Santo Padre. É tempo para crescer na escuta da Palavra, no acolhimento do perdão de Deus no sacramento da reconciliação e no exercício das obras de misericórdia para abrir os olhos e o coração aos pobres e aos que sofrem. O canto do Magnificat da Virgem Maria, mãe de Misericórdia, ajuda-nos a todos a ver a nossa história, pessoal e colectiva, com o olhar de Deus misericordioso “que derruba os poderosos e exalta os humildes”. Leiria, 5 de Fevereiro de 2016 † António Marto

divulgação/apoio


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Jornal da Golpilheira

. sociedade .

Fevereiro de 2016

Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição

Cesário e Fernanda

Bodas de Ouro Matrimoniais

MCR

Realizaram-se, no dia 13 de Fevereiro, as Bodas de Ouro matrimoniais do casal Cesário Santos e Fernanda Rodrigues. Esta cerimónia teve lugar na capela de São Bento, muito bem ornamentada para este fim. Nela estiveram presente diversos familiares e amigos. A Santa Missa foi celebrada pelo pároco, padre José Ferreira, que na sua homilia proferiu palavras de apreço para com os aniversariantes. Afirmou que fazer os votos de renovação do Casamento, passados 50 anos, não está ao alcance de todos, por diversos e variados motivos. Desejou ainda que chegassem às Bodas de Diamante, por daqui a quinze anos, o que infelizmente não irá acontecer. Como sabemos, a Fernanda faleceu dez dias depois, o que a todos deixou consternados. Parece que estava à espera desta festa para se despedir de nós. O que ficará na memória será esta cerimónia bonita, que terminou com um almoço de convívio no Restaurante Etnográfico do CRG. Foi uma festa prolongada e muito animada, com os parabéns a acompanhar o bolo de aniversário e o champanhe. Tenho a certeza de que foi um dia inesquecível para todos os que tiveram a felicidade de participar nestas Bodas de Ouro do Cesário e da Fernanda. MCR

O casal e o filho

Ramiro e Lucília

Almoço familiar Um almoço familiar foi a receita encontrada por Ramiro Pereira António e Maria Lucília Sousa Videira para promover o convívio com a maioria dos seus sobrinhos e o seu filho Nuno. Alguns deles mal conheciam os tios e o filho destes, o Nuno, pois viveram 38 anos na Inglaterra, desde 1975 a 2013. Foi no passado dia 30 de Janeiro, no Restaurante Etnográfico da Golpilheira, contando com a animação do Rancho Folclórico da Golpilheira, que veio cantar as janeiras e também os parabéns à Maria Lucília Videira pelos seus 65 anos de vida.

DR

O casal e os filhos

O mês de Fevereiro trouxe ao Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição, da Misericórdia da Batalha, duas datas comemorativas de áreas muito divergentes, mas não menos significativas: o Carnaval e o Dia do Doente. No Carnaval, respondendo ao desafio feito pelo Município para o baile conjunto com os idosos das IPSS do Concelho, devidamente mascarados, assim participámos com os nossos utentes com um disfarce sobre a problemática do “peso da medicação nos idosos”. Com os constrangimentos associados e inerentes à faixa etária e aos seus problemas de saúde, foi um baile muito participado e animado, pelo conjunto “Zé Café e Guida”. Agradecemos ao Município, quer a oportunidade quer os prémios de participação (uma

Idosos em passeio cultural

aconchegante mantinha polar), e ainda o prémio para o melhor grupo e o melhor bailarino. No Dia do Doente, esta Unidade de Cuidados Continuados apostou este ano numa actividade cultural e religiosa, deixando ao utente a decisão final de participação. A todos os doentes que reuniam critérios clínicos

, foi proporcionada uma visita ao Museu da Vida de Cristo, em Fátima, nos dias 11 e 12 de Fevereiro de 2016. Foi uma actividade diferente, mas muito valorizada e apreciada pelos participantes. Foram, de facto, dias em que o sorriso dos nossos utentes foi evidente e contagiante. Graça Pereira

Competição junta 80 equipas nacionais

“Noite dos Campeões” Dr. Why O ambiente era de festa, mas as 390 pessoas que se reuniram num restaurante da Ortigosa, no passado sábado dia 20 de Fevereiro, distribuídas por 84 equipas, tinham apenas um objectivo: conquistar o título de campeão Dr. Why 2015. A melhor equipa da noite foi “At his best”, do distrito de Santarém, que respondeu correctamente a muitas das 60 perguntas da noite. Esta “Noite dos Campeões” foi, também, a festa de aniversário do jogo em Portugal, após um ano recheado de sucessos. Não faltaram animação, prémios e prendas para todos os participantes, mas quem levou para casa o título de campeã foi a equipa de Santarém, composta por 5 amigos, que irá representar Portugal na Gala Internacional Dr. Why em Roma, Itália, no dia 4 de Junho de 2016. Durante todo o ano de 2015, os jogadores Dr. Why foram colocados à prova, respondendo,

DR

MCR

Um sorriso vale mais do que mil palavras!

Imagem da sala durante o concurso

noite após noite, a questões retiradas de um universo de mais de 20 mil perguntas divididas por vários temas (história, cultura popular, música, geografia, ciência, televisão, etc.). De Norte a Sul do País, marcando presença em muitos dos cerca de 200 eventos mensais distribuídos por mais de 180 locais do continente, as equipas mais assíduas e bem-sucedidas conseguiram o

apuramento para a “Noite dos Campeões”. Para a organização, o balanço da “Noite dos Campeões” é muito positivo, quer em número de participantes, quer em ambiente criado e também no envolvimento. Nesta noite estiveram presentes os vários agentes Dr. Why, um dos quais é a empresa Tensideias. com, da Golpilheira.


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entrevista . . .sociedade

Fevereiro de 2016

Rancho Folclórico do Freixial

Várias dezenas de pessoas participaram num Festival de Sopas organizado pelo rancho “As Lavadeiras do Vale do Lena” do Centro Recreativo da Golpilheira, no passado dia 20 de Fevereiro. Mais de uma dezena de panelas de deliciosas sopas foram o centro das atenções, mas o convívio e a boa disposição entre muitos amigos o rancho ajudaram a fazer desta noite uma verdadeira festa.

No próximo dia 6 de Março, a partir da 12h30, realiza-se no auditório do Rancho Folclórico do Freixial, a 5.ª edição do Festival Gastronómico do Feijão. Elevar o feijão a “rei gastronómico” foi o mote escolhido pelo rancho para angariar fundos para as suas actividades, numa iniciativa que promove desde 2012 e que junta cerca de duas centenas de pessoas num almoço com sopas, feijoadas e sobremesas, tudo feito de feijão. Durante a tarde, a festa continua com o Museu Etnográfico do Freixial de portas abertas e visitas guiadas, e haverá baile no auditório do rancho. Relembramos que o Rancho Folclórico do Freixial tutela o Museu Etnográfico do Freixial, uma casa construída de raiz, resultante do vasto espólio recolhido ao longo da sua existência. O Museu é um edifício representante do século XIX, onde se revive o dia-a-dia rural ligado à agricultura e aos ofícios artesanais. As entradas são gratuitas.

LMFerraz

Festival de Sopas do Rancho

Sala composta

Festival de Sopas dos Escuteiros Os Pioneiros do Agrupamento 194 Batalha do Corpo Nacional de Escutas escolheram o Centro Recreativo da Golpilheira

para um Festival de Sopas, cujos fundos reverteram para as suas actividades. Foi no dia 27 de Fevereiro e o salão encheu-se literal-

mente com cerca de quatro centenas de pessoas a vir das diversas comunidades da paróquia. Mais uma vez, a alegria e a amizade com-

puseram o belo cenário das mesas, tendo como ponto de interesse as 27 variedades de sopas presentes no certame.

Festival Gastronómico do Feijão

LMF

apoio/divulgação

27 variedades de sopas

“Hinos da Fruta”

Escolas portuguesas a votos A APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil está a receber as votações para a selecção dos finalistas do “Hino da Fruta”. São 438 as escolas a concurso, em www.heroisdafruta.com, até ao dia 10 de Março. Ali se encontram os “telediscos” gravados por 52.832 alunos que participam nesta 5.ª edição do projecto “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável” e que visa a promoção de hábitos saudáveis de vida, sobretudo, na alimentação. A votação aberta a todo o público vai apurar 80 hinos finalistas: os 3 mais votados, bem como o mais

partilhado de cada distrito ou região autónoma. Do concelho da Batalha, está presente o Centro Infantil Moinho de Vento. Nesta divertida competição nacional, as crianças partilham a cantar as lições que aprenderam ao longo do projecto sobre a importância dos hábitos saudáveis e convidam os adultos para votar no “Hino da Fruta” da turma ou da escola. O presidente e fundador da APCOI, Mário Silva, refere que “este ano cada voto nos hinos da fruta será convertido num donativo para a “Missão 1 Quilo de Ajuda”, um fundo social criado

pela associação para a distribuição gratuita de cabazes semanais nas escolas para apoiar a inclusão de fruta no lanche escolar dos alunos mais carenciados do País”. Acrescente-se, ainda, que todas as pessoas que votarem nos hinos da fruta ficarão também habilitadas a ganhar prémios, como mais de 2000 experiências à escolha para parques aquáticos, zoológicos, museus, aquários, centros de ciência viva e parques de diversões. Além disso, há um super-prémio para quem mais votar: “uma viagem de sonho aos Açores”.


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. cultura .

Jornal da Golpilheira Fevereiro de 2016

Livro “Contos Imperfeitos” Vinte autores, outros tantos olhares sobre o Mosteiro da Batalha, plasmados em “Contos Imperfeitos”, apresentado no passado dia 6 de Fevereiro, no auditório do monumento. “Gostaríamos que este livro pudesse ser uma espécie de guia alternativo para uma visita ao mosteiro”, disse na altura Paulo Kellerman, um dos coordenadores editoriais e autor de uma das estórias. O escritor admitiu que este foi um dos projectos em que mais gostou de participar, frisando que só foi possível concretizá-lo devido ao “empenho e dedicação” do director do mosteiro, Joaquim Ruivo. Explicou que foram convidados 22 escritores para o projecto, na expectativa de que o livro reunisse 12 contos, mas rapidamente se chegou aos 20. “O nosso entusiasmo foi contagiante. Nenhum dos 20 autores participou por participar. Todos se apaixonaram pelo projecto”, referiu Paulo Kellerman, frisando que integram a obra “alguns

Ricardo Graça

Um “guia alternativo” para visitar o Mosteiro

Mesa da sessão

dos autores mais consagrados do País”. O livro de contos inspirados no Mosteiro da Batalha “é um objecto literário”, cujo relevância vai para além do monumento, entende. Contudo, “depois de ler Afonso Cruz é impossível olhar para as capelas imperfeitas da mesma forma”. João Paulo Silva, também autor de um conto e coordenador editorial, frisou o trabalho dos escritores que deram corpo ao livro. Joaquim Ruivo agradeceu

aos escritores e frisou que este é o tipo de projecto que se “enquadra perfeitamente” na gestão do Mosteiro da Batalha. “Os monumentos não podem ser pedras mortas, têm de ter vida”. Para João Nazário, representante da Arquivo, editora do livro, os escritores que lhe dão corpo, e que são “valores seguros da literatura portuguesa, honram tudo o que o mosteiro representa”. “O mosteiro teve o privilégio de ter escritores de grande qua-

lidade a escrever sobre ele, e os escritores tiveram o privilégio de ter o mosteiro como mote”. “Não é fácil gerir um monumento como este”, disse Samuel Rego, sub-director da DirecçãoGeral do Património Cultural, destacando o trabalho “extremamente meritório” do actual director e a disponibilidade do presidente da câmara para a dinamização do mosteiro. Paulo Batista dos Santos referiu-se ao livro como um projecto

“inovador, de muita qualidade”, que trouxe para a literatura algo que nunca tinha sido feito. “É importante que o património possa ser vivido, sentido e escrito”, disse o autarca. A sessão contou com a interpretação do conto de Paulo Assim pelo actor Tobias Monteiro, natural da Batalha, que foi responsável pelo projecto A abóbada não caiu! A abóbada não cairá!, que se traduziu em vários espectáculos no mosteiro em 2014. Afonso Cruz, Ana Cristina Silva, Andreia Monteiro, António Manuel Venda, Cláudia Clemente, Cristina Carvalho, Elsa Margarida Rodrigues, Fausta Cardoso Pereira, Fernando José Rodrigues, Inês Botelho, Inês Fonseca Santos, João Eduardo Ferreira, João Paulo Silva, Luís Mourão, Paulo Assim, Paulo Kellerman, Paulo Moreiras, Raquel Ochoa, Sara Monteiro e Sílvia Alves são os autores dos contos. Raquel de Sousa Silva, in jornaldeleiria.pt (06-02-2016)

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. cultura .

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Fevereiro de 2016

Museu da Comunidade Concelhia

IV Ciclo de Tertúlias no Museu

Visita do presidente do Conselho Internacional dos Museus

Será no próximo dia 18 de Março, às 21h00, a última sessão do IV Ciclo de Tertúlias promovido pelo Museu da Comunidade Concelhia da Batalha. António Luís Ferreira abordará o tema “As Capelas Imperfeitas e o Renascimento em Portugal”, no âmbito da categoria “Arte e História”. Com entrada livre, esta é a terceira sessão do ciclo que trouxe Bruno Gaspar em Janeiro para falar de turismo e Cristina Nobre em Fevereiro sobre literatura.

Rancho Rosas do Lena

Cantos da Quaresma O Rancho Folclórico Rosas do Lena vai promover, no dia 20 de Março, às 15h00, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais um encontro de coros populares, que entoarão cânticos populares da Quaresma. Como habitual, espera-se a participação de alguns cantores da Golpilheira. Entretanto, de 2 a 10 de Abril, este agrupamento expõe na Galeria Municipal Mouzinho de Albuquerque, na vila da Batalha, a segunda parte de “O Museu desceu à Vila”. No dia 9 de Abril, às 21h30, na sua sede, na Rebolaria, realiza ainda o 17.º Encontro Nacional de Cantadores e de Tocadores de Instrumentos Tradicionais.

Formação para guias turísticos

CMB

No passado dia 20 de Fevereiro, o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) recebeu o presidente do Conselho Internacional dos Museus (ICOM), o alemão Hans-Martin Hinz, no âmbito da sua primeira visita oficial a Portugal. Acompanhado pela sua esposa, Hella Hinz, e pelo vicepresidente do ICOM Portugal, Luís Raposo, Hans-Martin foi acolhido no MCCB pelo presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista, e pela vereadora da Cultura, Cíntia Silva. Acompanhou também esta visita a coordenadora museológica do MCCB, Ana Mercedes Stoffel, e Joaquim Ruivo, director do Mosteiro da Batalha. Na visita ao Museu, o presidente do ICOM destacou a importância das soluções inclusivas do MCCB (áudio-guias, braille, língua gestual, peças para tocar…), referindo-as como exemplos de excelência que merecem ser seguidos por outros museus. Enfatizou ainda o trabalho que este Museu tem com a sua comunidade presente, em particular, na nova exposição sobre as Minas de Carvão da Batalha e deixou uma nota sobre a beleza do espaço, considerando-o esteticamente muito bem conseguido e harmonioso. Depois de visitar o Museu, Hans-Hinz visitou o Mosteiro, acompanhado pelo seu director. Expressamente maravilhado com o trabalho artístico do Monumento, Hans-Hinz manifes-

Arte e História

tou o seu fascínio pela História de Portugal tão presente neste Mosteiro que é património da Humanidade. Durante a sua estadia em Portugal, Hans-Martin visitou outros espaços museológicos e monumentos, sendo também convidado e conferencista no seminário internacional “Museums: one object, many visions?” (Museus: um objecto, muitas visões?), no dia 22 de Fevereiro, no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, onde se reuniram várias personalidades do mundo da museologia. O ICOM é uma organizaçãonão governamental, com sede em Paris, dedicada, desde 1946, à elaboração de políticas inter-

nacionais para os museus. HansMartin é o seu actual presidente e o mais alto representante dos museus na UNESCO. Compõem presentemente o ICOM cerca de 35 mil profissionais e mais de 20 mil museus membros. A organização conta ainda com mais de 170 comités nacionais, nos quais se discute, investiga e actua em prol da actividade museológica. As conferências gerais do ICOM têm lugar de quatro em quatro anos. A última decorreu em Xangai, na China, e a próxima, a 24.ª, tem lugar no mês de Julho deste ano, em Milão, Itália, onde se elegerá o sucessor de Hans-Hinz.

Aprender mais sobre o Mosteiro O Mosteiro de Santa Maria da Vitória e o Centro de Património da Estremadura (CEPAE), com o apoio da Agência Regional de Promoção Turística (ARPT) Centro de Portugal, estão a promover um Curso Breve para guias turístico, orientado por Pedro Redol, técnico e investigador do Mosteiro. “Reconhecemos como fundamental o papel e o trabalho dos guias turísticos na promoção do Monumento (e do nosso património), dando-o a conhecer dentro e fora do País, num trabalho de grande mérito e de grande importância para a cultura e economia”, refere uma nota enviada à imprensa sobre esta formação, intitulada “Cruzamento de olhares sobre o Mosteiro da Batalha”. No passado ano, o Mosteiro foi visitado por cerca de 330 mil visitantes, sendo 80% deles estrangeiros. “Neste contexto, identificámos a pertinência em promover junto dos guias um pequeno curso de formação que ajude não só a aprofundar o conhecimento sobre o Monumento, bem como dar a conhecer outros aspectos menos conhecidos e que poderão enriquecer sobremaneira a abordagem à visita”, adianta a organização do curso, a decorrer entre 12 de Fevereiro e 19 de Março.

Protocolo entre Exército Português e Fundação Batalha de Aljubarrota

“Prémio Nuno Álvares Pereira” A Fundação Batalha de Aljubarrota (FBA) e o Exército Português assinaram, no final de Janeiro, um protocolo que visa “contribuir para uma maior valorização do património cultural do povo português, a nível nacional e junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo”. Segundo nota enviada à imprensa, esta colaboração pretende “reforçar o papel que a Fun-

dação tem vindo a desenvolver na recuperação do Campo de Batalha de Aljubarrota, um dos locais mais importantes da história de Portugal, bem como na de outros campos relevantes para a história do País”. Uma das novidades é a criação do “Prémio Nuno Álvares Pereira”, que irá distinguir trabalhos considerados relevantes para o conhecimento da His-

tória de Portugal. Outra será a atribuição de uma distinção honorífica aludindo à figura do Condestável, para “cidadãos e/ ou entidades nacionais ou estrangeiras por altos serviços prestados que sejam determinantes ao cumprimento de missões cometidas à FBA, ou por outras acções desenvolvidas que tragam engrandecimento a Portugal”. O protocolo permitirá, ainda,

uma maior “grandeza” nas comemorações anuais de 14 de Agosto, prevendo-se que, durante a manhã, o Exército Português aí coloque “um contingente importante de soldados, que efectuarão um desfile militar com o estandarte de Nuno Álvares Pereira e com peças de artilharia”. Da parte da tarde, “caberá à Fundação Batalha de Aljubarrota organizar as recriações da Batalha, que

atraem sempre as atenções das populações”. Também o melhoramento dos objectos expostos no Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, bem como a “investigação do Campo de São Jorge, nomeadamente em relação a trabalhos de arqueologia”, e sua relação com outros museus militares estão entre os objectivos deste protocolo.


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. sociedade .

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Distrital e concelhia da JSD elegem novos órgãos sociais

Artigos com mais de 50% de desconto

Feira de Stocks na Batalha

A Praça do Município, no centro da Célula B, vai acolher no fimde-semana de 5 e 6 de Março mais uma Feira de Stocks da Batalha, evento que resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal e a ACILIS – Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós. A iniciativa, que reúne a participação de 15 lojas da Batalha, vai disponibilizar ao público reduções de preços que poderão ir acima dos 50% de desconto face aos preços de tabela, em artigos como calçado, têxteis, vestuário, óculos e armações. Com a realização da Feira de Stocks, a autarquia e ACILIS, com o apoio dos comerciantes aderentes, pretendem assinalar a importância e a vitalidade do comércio tradicional que aposta numa lógica de proximidade, atenção e serviço personalizado para com os clientes. A iniciativa constitui ainda uma oportunidade para as lojas aderentes darem a conhecer ao público os seus produtos. Com entrada gratuita, a organização disponibilizará ainda animação infantil, podendo a feira ser visitada no sábado e domingo, das 10h00 às 20h00.

Dispositivo prepara-se para a acção

GNR continua trabalho de fiscalização

Terrenos limpos contra incêndios Desde há cerca de dois anos que o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR tem vindo a realizar acções de sensibilização junto da população do Concelho da Batalha e outros por todo o distrito de Leiria para a limpeza dos terrenos. A iniciativa visa “promover e fomentar boas práticas agrícolas e, acima de tudo, transmitir uma mensagem de dever cívico na prevenção generalizada aos incêndios florestais, partindo da premissa que a

floresta é de todos e que a todos cabe preservar e proteger”. Na sequência destas acções e constatando-se que muitos terrenos continuam a carecer de limpeza, de forma a salvaguardar a manutenção das faixas de gestão de combustíveis, o Comando Territorial da GNR de Leiria, através do Serviço de Protecção da Natureza (SEPNA) e com o apoio do GIPS, realizou uma fiscalização nas freguesias do concelho da Batalha, no passado dia 23 de

Fevereiro. Recordamos que a obrigatoriedade de manutenção das faixas de gestão de combustíveis constitui uma das medidas preventivas obrigatórias, sendo a prática mais comum a limpeza dos terrenos, através do corte e remoção da biomassa vegetal neles existentes. O incumprimento prevê multas na ordem dos 140 a 5000 euros, no caso de pessoa singular, e de 800 a 60.000 euros, para pessoas colectivas.

Dia Europeu dos Enfermeiros Perioperatórios

Batalha elogia enfermeiros O Município da Batalha associou-se à comemoração do Dia Europeu dos Enfermeiros Perioperatórios, efeméride que se assinala a 15 de fevereiro. Na sessão de inauguração da exposição fotográfica, que se realizou no Hospital de Santo André, em Leiria, o presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Santos, realçou a importância dos enfermeiros perioperatórios no contexto da prestação dos cuidados de saúde, reforçando “o excelente trabalho dos profissionais daquela unidade, reconhecido a nível nacional”. Para o Município da

DR

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A JSD de Leiria realizou o seu III Congresso Distrital, no passado dia 30 de Janeiro, em Alcobaça, onde foi eleita uma nova equipa dirigente. O presidente é Renato Guardado, de 28 anos, arquitecto e actual vereador na Câmara de Pombal. Na lista estão alguns batalhenses, como Eduardo Almeida, vice-presidente da Comissão Política, Carlos Frazão, secretáriogeral adjunto, e André Sousa, coordenador adjunto do Ensino Superior, este natural da Golpilheira (na foto acima). Também a concelhia da JSD Batalha elegeu, anteriormente, os novos órgãos, sendo como presidente Eduarda Almeida, secretário geral André Sousa, e vice-presidentes Carlos Frazão e Rafael Monteiro, também este da freguesia da Golpilheira. No congresso, o novo presidente apresentou o lema “Leiria 360 – Um Distrito Unido, numa Só Amplitude”, defendendo o “fortalecimento das estruturas concelhias da JSD” e a “forte aposta nas políticas autárquicas”. O objectivo é “dar voz aos jovens na intervenção política (...), o que ganha especial relevância num contexto de progressiva descentralização das competências do poder central nas autarquias”, refere André Sousa em comunicado enviado à imprensa. Nessa linha, a equipa constituída por elementos de todos os concelhos define como prioritários temas como “a atracção de investimento e fixação de pessoas, a inserção de jovens no mercado de trabalho, apostando no Ensino Profissional e em mecanismos de aproximação entre as escolas e as empresas, e Ensino Superior, com especial enfoque na importância estratégica do Instituto Politécnico de Leiria para a Região”.

MCR

Direcção quer “dar voz aos jovens”

Encontro no Hospital de Leiria

Batalha, enfatizou o Autarca, “a associação a este ato simbólico e concretamente à data que hoje se assinala, representa um motivo de orgulho”. Alusiva ao tema «Equipas unidas,

doentes seguros», a exposição fotográfica esteve patente até 19 de fevereiro na entrada das consultas externas.

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Orçamento Participativo até 15 de Março

Estão 10 propostas em votação

CMB

São 10 as propostas que, até ao dia 15 de Março, estão em votação pelos munícipes, resultado de uma selecção de 20 ideias submetidas pelos munícipes. Utilizando pela primeira vez uma plataforma informática que gere todo o processo de consulta A obra vencedora do OP de 2015 popular e de votação, disponível em op.cm-batalha.pt, alcatroamento de vias ou a sinapretende-se “potenciar e estimu- lização de locais de interesse do lar” esta consulta à população. Concelho, ou por “ideias mais O processo de votação é sim- contemporâneas”, relacionadas ples e rápido, bastando que o mu- com a criação de espaços de ‘conícipe proceda à criação de um work’ dirigidos aos mais jovens registo na referida plataforma na (lógica de trabalho associativo, internet. Poderá então optar por com o intuito de favorecer o inprojectos mais comuns, como o tercâmbio produtivo de ideias e

de boas práticas de negócio), ou ainda a criação de painéis de calçada portuguesa junto ao Mosteiro da Batalha, com a utilização de códigos QR. O projecto mais votado será concretizado pela autarquia, que fixou para o Orçamento Participativo uma dotação orçamental de 30 mil euros. No ano passado, este investimento foi para a conservação da antiga escola António Cândido da Encarnação, localizada na Vila Facaia, Batalha, empreitada que se encontra na sua fase final.

“Batalha Restaura” recupera imóveis abilitem as fachadas de prédios antigos e degradados, podendo a comparticipação ascender a 1500 euros por edifício. “Promove-se, de igual forma, o regresso das populações aos centros históricos dos aglomerados urbanos e locais que se encontram hoje despovoados e envelhecidos”, acrescenta o autarca. No que respeita a medidas de reabilitação urbana, o Município da Batalha aprovou há algum tempo a Área de Reabilitação Urbana (ARU) da Vila, que se encontra em fase final de desenvolvimento em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria. Aprovou agora a delimitação de uma nova ARU na sede da freguesia do Reguengo do Fetal, onde existem vários monumentos classificados, como a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios (matriz), a Igreja de Nossa

Orçamento reforçado com 2 milhões A Câmara Municipal da Batalha aprovou uma revisão orçamental que assegura mais de 2 milhões de euros de investimento e novos projectos, por integração do saldo positivo do ano anterior e dos valores recebidos em “overbooking” do anterior quadro comunitário QREN. “Uma gestão criteriosa dos fundos europeus e das finanças municipais”, garante Paulo Batista Santos, presidente da autarquia, “que agora será compensada em novos projectos de investimento, alguns dos quais há muito reclamados pelos munícipes”. Este aumento de receitas será maioritariamente afectado ao investimento, com cerca de 800 mil euros para novos projectos como o apoio à construção de dois novos lares de idosos nas freguesias da Batalha e de São Mamede, a requalificação da rede viária, o apoio à reabilitação urbana e ainda novos eventos culturais a realizar em parceria com o Mosteiro da Batalha. Nas verbas já inscritas no orçamento para 2016, agora com um total acima dos 12 milhões de euros, também aumentam as rubricas destinadas aos projectos em curso na área da Educação, como a construção do novo Centro Educativo do Reguengo do Fetal e a requalificação da Escola Básica e Secundária da Batalha, bem como à dotação de meios na protecção civil e à construção de um novo canil municipal.

Foram 23.836 turistas a ir ao Posto da Batalha

Município quer ajudar proprietários “A política de reabilitação que agora se propõe, articula-se com as restantes acções e medidas municipais, nomeadamente nos domínios da habitação, acção social e valorização do património edificado, factores essenciais para a melhoria do ambiente urbano das povoações locais”. Esta é a convicção de Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha, no lançamento do programa “Batalha Restaura”, que visa “promover, apoiar e incentivar o processo de regeneração urbana em todo o concelho e nas suas diferentes dimensões, priorizando as áreas de reabilitação urbana já aprovadas”. Para além dos benefícios fiscais em vigor, o programa “Batalha Restaura” prevê a concessão de apoios técnicos e até financeiros aos proprietários que re-

Mais investimento do Município da Batalha

Senhora do Fetal e a Capelinha da Memória. A decisão desta nova área de reabilitação urbana fundamentase na necessidade de desenvolver naquela localidade uma estratégia de reabilitação e qualificação do espaço urbano, nomeadamente no centro histórico daquela freguesia centenária, criada em 1512. Actualmente, a povoação tem um conjunto de moradias que urge valorizar, algumas de elevado valor patrimonial, e esta ARU permite a candidatura de investimentos públicos a fundos comunitários, numa lógica integrada e em articulação com outras iniciativas de natureza privada, assim como favorece a atribuição de benefícios fiscais e isenção de taxas municipais. Resta esperar que chegue à Golpilheira.

Turismo é o 3.º mais visitado da região Em 2015, passaram pelo Posto de Informação Turístico da Batalha 23.836 pessoas, sendo 20.698 de origem estrangeira e 3.138 portugueses. Os países de onde vêm mais turistas são a França e a Espanha, seguindo-se Alemanha, Itália, Brasil e EUA. De outros países que não estes, apenas 1450 pessoas. Destaca-se também que, comparativamente a 2014, aumentou o número de estrangeiros (833) e reduziu o de portugueses em 1117 visitantes. A informação foi fornecida pelo Município da Batalha em nota enviada à imprensa e dá conta de que “comparando a actividade de todos os postos que integram o Turismo do Centro, com 100 concelhos, o Posto da Batalha regista a terceira maior afluência de público, apenas suplantado por Coimbra e Aveiro”. Assim, “o Posto de Informação Turístico da Batalha assume indiscutível relevância no plano regional, no que se refere ao número de atendimentos que regista anualmente, muito devido à forte atracção turística que o Mosteiro de Santa Maria da Vitória continua a motivar”, refere a autarquia, apontando mais de 2 milhões de visitantes a este monumento em 2015, numa média de 904 turistas por dia. Estes números “evidenciam a importância turística da Batalha e do Concelho no plano regional de toda a Entidade Regional do Turismo do Centro”, refere o presidente do Município, Paulo Batista Santos. Quanto ao posto de turismo, estrategicamente colocado junto ao Mosteiro e actualmente gerido pela autarquia, mediante protocolo com o Turismo do Centro, atende em média 65 visitantes por dia, um serviço de “grande importância” no aconselhamento turístico. pub


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Olá a todos! Depois de uma pausa no mês passado, estamos de regresso e mostramos os nossos trabalhos e fotos do Carnaval!

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Jornal da Golpilheira Fevereiro de 2016

Equipas do CRG Futebol 11 Veteranos

30-01 – Alqueidão da Serra – 4/Golpilheira – 0 13-02 – Golpilheira – 0/Câmara de Lisboa Clube – 2 27-02 – Golpilheira – 0/Caxarias – 2 Próximos Jogos 12-03 – (Vilar dos Prazeres) – Vilarense/Golpilheira 19-03 – XI TORNEIO DE VETERANOS NO CAMPO MUNICIPAL DOS CANHAS – PONTA DO SOL – MADEIRA

FUTSAL

Campeonato Nacional de Seniores Femininos

30-01 – Golpilheira – 1/Santa Luzia – 0 13-02 – Restauradores de Avintes – 3/Golpilheira – 3 20-02 – Golpilheira – 2/Nova Semente – 4 Próximos Jogos 05-03 –(Fafe) GCR Nun’Alvares/Golpilheira – (5ª. Elim. Taça Portugal) 12-03 – 18h00 – (São João da Talha) – Sporting/Golpilheira 19-03 – 18h30 – (Golpilheira) – Golpilheira/Vermoim 26-03 – 19h00 – (Pavilhão 2 da Luz) – Benfica/Golpilheira

Futsal Feminino Júnior

31-01 – Golpilheira – 8/Núcleo S. Pombal – 0 13-02 – Ilha – 0/Golpilheira – 12 20-02 – Golpilheira – 17/Vieirense – 3 Próximos Jogos 12-03 – (Martingança) - Golpilheira/Louriçal – (Final da Taça Distrital) Depois segue-se a Taça Nacional cujo Calendário ainda não sabemos

Iniciados Femininos - Taça Promoção

13-02 – Golpilheira – 0/Núcleo S. Pombal – 8 27-02 – Centro Desp. Fátima – 7/Golpilheira – 1 Próximos Jogos 13-03 – 11h00 – (Pousos) – Ribeira do Sirol/Golpilheira 02-04 – 11h00 – (Pombal) – Núcleo S. Pombal/Golpilheira

Campeonato Distrital de Juvenis Masculinos 30-01 – Golpilheira – 1/Amarense – 1 06-02 – Amarense – 1/Golpilheira – 0 – (Taça Distrital) 13-02 – Golpilheira – 4/Juncalense – 2 20-02 – Concha Azul – 0/Golpilheira – 10 27-02 – Golpilheira – 0/Pederneirense – 3 Próximos Jogos 05-03 – 15h00 - (Casal Marra) – Amarense/Golpilheira

LMFerraz

Campeonato Distrital de Juniores Femininos

Golpilheira é campeã distrital Golpilheira – 17 Vieirense – 3 No dia 20 de Fevereiro, no Pavilhão da Golpilheira, concretizou-se o objectivo que andava a ser perseguido desde o início da época: o futsal feminino júnior do CR Golpilheira sagrou-se campeão distrital. Neste último jogo, apenas a vitória nos garantia

este objectivo. Bem cedo a nossa equipa inaugurou o marcador, abrindo caminho para mais um êxito do nosso Clube, superiormente dirigido pela Treinadora Teresa Jordão. Com o decorrer do jogo, apenas resultava uma dúvida: quantos golos iríamos marcar? Na primeira parte, foram sete, sofrendo um. Na segunda, foram mais

dez, sofrendo dois. Terminámos este campeonato com 13 vitórias e apenas 1 derrota. Marcámos 160 golos e sofremos apenas 6. São valores que, por si só, demonstram a capacidade desta equipa. Foi uma conquista brilhante, que esperamos não fique por aqui. No próximo dia 12 de Março, no Pavilhão da

Martingança, vamos disputar a Final da Taça Distrital. Esperamos mais uma vitória das “Golpilhas” juniores. Depois, seguirse-á a Taça Nacional, na qual esperamos um bom desempenho. Parabéns a todos os intervenientes que, de qualquer forma, contribuíram para mais esta conquista. Manuel Carreira Rito

Campeonato Distrital de Iniciados Masculinos

14-02 – Atlético C. Leiria – 1/Golpilheira – 4 20-02 – Golpilheira – 2/Ribeira do Sirol – 4 28-02 – Golpilheira – 6/Barreiros – 1 Próximos Jogos 06-03 – 17h00 – (Telheiro) – Telheiro/Golpilheira 20-03 – 15h00 – (Golpilheira) – Golpilheira/Atlético C. de Leiria

Casa do Benfica da Batalha Convocatória

De acordo com o Artigo 22.º dos Estatutos da Casa do Sport Lisboa e Benfica na Batalha, convoco os Exmos. Associados desta Associação para uma Assembleia Geral Ordinária, a realizar no dia 26 de Março de 2016 (sábado), pelas 21h00, na Sede, sita na Rua D. Filipe de Lencastre – Lote 4 – Célula B, Freguesia e Concelho da Batalha, com a seguinte ordem de trabalhos:Relatório de Actividades e Contas da Direcção do ano 2015; - Parecer do Conselho Fiscal relativo às contas de 2015; - Análise e discussão dos contratos vigentes; - Outros assuntos. Caso não estejam presentes, à hora marcada, a maioria dos sócios efectivos no pleno gozo dos seus direitos, a Assembleia funcionará, meia hora depois (21h30), com qualquer numero de sócios. Batalha, 23 de Fevereiro de 2015 O Presidente da Assembleia Geral, Germano Santos Pragosa

Campeonato Nacional de Futsal Feminino

A luta continua... Golpilheira – 2 Nova Semente – 4 Este encontro foi disputado no passado dia 20 de Fevereiro, no Pavilhão Desportivo da Golpilheira. Tratou-se da 3.ª jornada da 2.ª fase do Campeonato Nacional de Futsal Feminino. Nas duas jornadas anteriores, obtivemos uma vitória e um empate. O primeiro jogo foi disputado em casa, no dia 30 de Janeiro, no qual vencemos a equipa do Santa Luzia, por 1-0. O golo foi obtido já perto do final, por Irina, provocando uma grande explosão de alegria em toda a nossa equipa, que se estendeu ao número elevado de apoiantes que

estavam no pavilhão. O segundo desafio foi disputado no dia 13 de Fevereiro, em Vila Nova de Gaia, tendo como adversário os Restauradores de Avintes. Começámos muito bem este jogo, que estivemos a vencer por 2-0, com golos de Jéssica Pedreiras e Tita. No entanto, não conseguimos segurar o resultado, muito por culpa do segundo golo mal validado à equipa da casa pela equipa de arbitragem, uma vez que a bola não ultrapassou a linha de baliza. Os Restauradores ainda chegaram à vantagem, mas soubemos reagir, empatando o encontro a três bolas. Por tudo o que fizemos,

merecíamos trazer os três pontos para a Golpilheira. No jogo da terceira jornada, estiveram frente a frente o Campeão Nacional da época 2013/2014 e o Campeão da época 2014/2015. Entrámos mal no jogo, entregando o domínio do mesmo à equipa forasteira. Dada esta supremacia, adivinhava-se o golo a qualquer momento. A nossa equipa não se encontrava. Aproveitou o Nova Semente e, ainda antes do intervalo, obteve dois golos. No segundo tempo, entrámos com outra atitude, e Tita, nos minutos iniciais, reduziu para 1-2. Embalados com este golo, fomos à procura

do empate. Criámos oportunidades, mas não conseguimos concretizá-las. Foi mais feliz a equipa adversária, que chegou ao 1-3. Apesar desta contrariedade, a nossa equipa não desistiu de lutar. Licas, com o potente remate de fora da área, reduziu para 2-3. O empate estava ali tão perto. Tentámos, mas não conseguimos, acabando o Nova Semente por obter o seu quarto golo, fixando o resultado final em 2-4. Presenciaram este jogo muitos adeptos e simpatizantes do nosso Clube, que puxaram sempre pela nossa equipa. Força “Golpilhas”. MCR


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>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

. entrevista desporto .

Fevereiro de 2016

Leiria na “final four” do Torneio Inter-associações 2015/2016 A Federação Portuguesa de Futebol organizou um torneio inter-associações de futsal feminino sub-19, no fim-de-semana de 26 a 28 de Fevereiro. As equipas do Norte defrontaram-se em Vila Pouca de Aguiar e Pedras Salgadas, com as seguintes associações distritais: Braga, Porto, Vila Real, Guarda, Viana do castelo, Viseu, Aveiro, Bragança e Coimbra. As equipas do Sul mediram forças em Ponte de Sôr: Madeira, Portalegre, Santarém, Setúbal, Castelo Branco, Évora, Leiria, Algarve, Beja e Lisboa. Este torneio teve como objectivo apurar duas equipas de cada zona para disputar a “final four” do inter-associações, a realizar nos dias 5 e 6 de Março, em Montemor-o-Velho. A Associação de Leiria disputou os seguintes jogos: Castelo Branco – 3/Leiria – 2 e Leiria – 9/ Évora – 2. Com estes resultados, a equipa de Leiria apurou-se para a meia-final com a equipa da Madeira, vencendo por 6-4. Conseguiu-se assim o primeiro objectivo, que era a classificação para a “final four”, apurando-se também equipas de Lisboa (Sul) e Porto e Braga (Norte). Na equipa de Leiria, o CR Golpilheira está bem representado: para além da treinadora Teresa Jordão, a equipa júnior tem seis atletas: Diana Monteiro, Filipa Fonseca, Fabiana Silva, Rita Ferraz, Bruna Folgado e Beatriz Soares (ver fotos abaixo). Resta-nos desejar boa sorte à equipa da AF Leiria nesta “final four”. MCR

Veteranos do CRG

Deslocação à Ilha da Madeira A equipa de Veteranos do CRG vai efectuar uma deslocação à Ilha da Madeira, “Pérola do Atlântico”, entre os dias 18 e 20 de Março. Esta deslocação é resultado da boa sementeira que por lá deixámos no ano de 2010, da qual resultaram boas e grandes amizades. Passamos a indicar o programa desta digressão: Dia 18-03 Chegada ao aeroporto da Madeira, pelas 09h45. Visita a vários pontos turísticos da zona Oeste da ilha. Recepção na Câmara Municipal da Ponta do Sol. Almoço na Sede do Pontassolense. Ida/estadia no Hotel Saccharum – Calheta. Visita ao Museu da Sociedade dos Engenhos da Calheta. Tertúlia sobre Educação, Turismo e Desporto, com a intervenção de várias entidades, nomeadamente: Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha, Carlos Agostinho, vereador da mesma, Rui Marques, presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol e Carlos Teles, presidente da Câmara Municipal da Calheta. Convívio. Dia 19-03 Às 10h00, início do XI Torneio de Veteranos no Campo Municipal dos Canhas – Ponta do Sol – Sítio do Serrado da Cruz, com a participação das seguintes equipas: Associação Desportiva Pontassolense, pub

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MCR

Futsal feminino sub-19

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O convívio é uma imagem de marca desta equipa

Estrela da Calheta Futebol Clube, Clube Desportivo Nacional “Pretos e Brancos”, e Centro Recreativo da Golpilheira. Almoço e distribuição de prémios. Inauguração pelas entidades oficiais da XI Feira da Cana-de-Açúcar.

Dia 20-03 Pelas 10h00, actividade da apanha da Cana-deAçúcar, com a colaboração da Estalagem da Ponta do Sol. Almoço tradicional. Visita a vários pontos turísticos da zona Leste da região. Visita ao Complexo

da Choupana. Ida para o aeroporto. Na próxima edição do nosso Jornal, se tudo correr bem, como esperamos e desejamos, sairá uma reportagem sobre esta digressão. MCR apoio


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Jornal da Golpilheira

. educação .

Fevereiro de 2016

Movimento da Escola Moderna

DR

O Movimento da Escola Moderna (MEM) vai realizar, no dia 12 de Março, na Infancoop, nas Caldas da Rainha, uma Jornada Pedagógica destinada a professores, educadores de infância e auxiliares de acção educativa. Vão debater-se os modelos de trabalho do MEM na creche, no pré-escolar e no 1.º ciclo. As inscrições são gratuitas, mas sujeitas a confirmação para pedagogico1c@infancoop.com, até ao dia 5 de Março.

Escola de Formação Social Rural de Leiria

“O Social - Novos Desafios” No ano em que celebra o seu 60.º aniversário, a Escola de Formação Social Rural, em Leiria, aposta na definição de um plano formativo direccionado às necessidades específicas das entidades da economia social. Nesse sentido, em parceria com a MyManagement e o Escritamente, foi apresentado um plano de formação para 2016 com o lema “O Social Novos Desafios”. O que se propõe é uma diversificação da oferta formativa. “prosseguindo

DR

Jornada Pedagógica

Os mentores do projecto

os seus grandes objectivos de desenvolvimento educacional e de contribu-

apoio/divulgação

to para a qualificação da região desde 1956”. Esta proposta “distingue-se pelo

seu carácter inovador na abordagem ao sector social”, refere uma nota enviada à imprensa. Da saúde mental, à gestão das IPSS, a Escola que apostar “na resposta às necessidades formativas da economia social”. O protocolo já foi oficializado, com a presença de Paulo Clemente, da Escola de Formação Social Rural, Josué Matias e Nuno Morgado, da MyManagement, e Patrícia Ervilha, da Escritamente.

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Jornal da Golpilheira

entrevista . .. economia

Fevereiro de 2016

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Simulador do impacto da dedução por filho

Caixa Agrícola aposta na solidariedade

Famílias com filhos pagam mais IRS do que as restantes

Decorreu, no passado dia 23 de Fevereiro, a cerimónia de tomada de posse dos novos membros eleitos para os órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha para o próximo triénio. Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração, Afonso Marto, sublinhou o bom desempenho da Caixa no último ano, “apesar das actuais condições adversas da economia e dos mercados”. O presidente atribui esse sucesso “ao dinamismo empresarial do concelho da Batalha e à confiança que todos os sócios e clientes depositam na Instituição”, mas também “ao empenho e profissionalismo dos órgãos sociais e de todos os funcionários e colaboradores, que dão o seu melhor diariamente para reforçar a solidez e bom desempenho da Caixa”. Em relação ao futuro, além de “continuar a res-

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) reitera o impacto negativo do novo enquadramento fiscal para muitas famílias portuguesas com filhos e lança um simulador onde se podem verificar as alterações em relação ao modelo anterior. Esperando contribuir para a clarificação do debate em torno das deduções por filho, a APFN considera, no simulador, as medidas recentemente tomadas com impacto fiscal para as famílias: remoção do coeficiente familiar e introdução da dedução por dependente, devolução da sobretaxa e actualização de escalões. O simulador disponibilizado pela APFN tem a vantagem de mostrar claramente cada um dos cenários. Apesar das recentes declarações governamentais, manifestando a intenção de aumentar a dedução fixa para 600 euros por filho, um casal com um filho e rendimento líquido a partir de 700 euros já fica a perder no novo enquadramento fiscal. Considerando, por exemplo, uma família sem filhos com rendimento de 900 euros líquidos mensais por titular (16.000 euros/ano) pode verificar-se que, contabilizando a redução da sobretaxa e a alteração dos escalões, o imposto a cobrar diminui 258.10 euros. Para a mesma família com três filhos e com a aplicação das mesmas medidas, o imposto a cobrar diminui 202.98 euros (ver tabela).

JG

Tomada de posse dos novos órgãos sociais

Os novos órgãos sociais

ponder com eficácia e ponderação aos desafios que se vão colocando às instituições de crédito e à banca em geral”, Afonso Marto anunciou um reforço no papel social desta cooperativa concelhia. Mais solidariedade “Já é normal a atribuição regular de verbas e de equipamentos a parceiros

locais como as escolas, as IPSS e as associações, onde se destaca a entrega de viaturas aos bombeiros voluntários, mas ponderamos aumentar esse contributo, nomeadamente para a construção de um lar para idosos e outros equipamentos e projectos sociais que venham a revelar-se importantes para o desenvolvimento local”, referiu.

Segundo o presidente do Conselho de Administração, “esta é uma forma de agradecer à sociedade o seu contributo para o sucesso da Caixa e distribuir parte do seu bom resultado em obras palpáveis para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, sobretudo dos que têm maiores necessidades”.

“Franchising” de Limpezas Comerciais

Jani-King chega à região A Jani-King é uma multinacional norte-americana fundada em 1969 e que chegou a Portugal em 2005, tendo já mais de 25 escritórios de Norte a Sul do País. Assume-se como a maior rede de “franchising” de limpezas comerciais, com mais de 11 mil “franchisados” em todo o mundo, e apresenta como argumento diferenciador

das empresas tradicionais o facto de assentar em pessoas “mais motivadas por serem donas do seu próprio negócio”, empenhadas em “fornecer serviços de alta qualidade”. Além do “conceito inovador” no sector das limpezas, a Jani-King refere como mais-valia um “sistema de dupla verificação” que garante ao “franchi-

sado” acompanhamento e certificação de qualidade permanentes, bem como um “programa de limpeza verde”, onde a preocupação ambiental está no topo das exigências na escolha de produtos e métodos utilizados. A empresa chegou também a Leiria, neste mês de Fevereiro, contando com o apoio da NER-

LEI e do IEFP, estando já no terreno à procura de possíveis interessados em fazer parte da sua rede. Os potenciais clientes serão hotéis, clínicas, hospitais, escolas, escritórios, lojas e todo o tipo de empresas e indústrias. pub

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CONSTRUÇÕES

O novo enquadramento fiscal beneficia quem não tem filhos, dando ao País um sinal de desinvestimento claro naquele que é o seu maior valor: os seus cidadãos. O aumento da dedução por filho em 275 euros, passando de 325 para 600 euros, constitui uma melhoria da situação das famílias com filhos e baixos rendimentos, que assinalamos como positiva, mas essa melhoria não pode ser feita à custa de outras famílias com filhos que vêm a sua situação deteriorada. A APFN reitera que um tratamento mais justo será sempre o aperfeiçoamento do coeficiente familiar criado em 2015 ou, em alternativa, uma dedução universal e igual por filho, a considerar para efeitos da taxa a aplicar, traduzindo desta forma, com equidade e justiça, a verdadeira capacidade da família para ser tributada. APFN

Consignação sem custos

IRS pode ajudar bombeiros A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha está a lembrar a todos os contribuintes que, ao preencherem a sua declaração de IRS, podem consignar 0,5% do imposto liquidado para ajudar esta instituição. Basta assinalar o campo 1101 no Quadro 11 do Modelo 3, preenchendo-o com o número de contribuinte 501239995 e estará a contribuir para a aquisição de equipamento de combate a incêndios florestais e urbanos e equipamento de socorro a acidentados. Esta é uma possibilidade existente para todos e que não traz qualquer custo ou alteração ao imposto. Trata-se apenas de o contribuinte poder escolher a instituição para onde vai reverter aquela pequena parte do imposto que paga. Há outras entidades religiosas e IPSS que poderá escolher ao preencher a sua declaração. Informe-se.


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Jornal da Golpilheira

. temas .

Fevereiro de 2016

. suspiros .

. combatentes .

O mês de maio trazia-lhe a feira e as memórias

76.º aniversário do Núcleo – Colóquio sobre a 1.ª Grande Guerra

Por Luísa M. Monteiro

O mês de maio trazia-lhe a feira e as memórias, não havia noite em que não fosse ao parque, queria experimentar os bonecos todos, os cavalos a galope os cowboys os carrinhos mágicos. Não andava dentro do carrossel porque já o consideravam grande demais para poder divertir-se, andava à roda, paralelo aos meninos que tinham direito ao passeio completo, mas ria-se e entrava na aventura tanto quanto eles. Por fim o irmão mais novo pegavalhe na mão, compravam algodão doce e vinham para casa a cantarolar.

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Em 9 de Abril próximo, o Núcleo de Combatentes da Batalha completará 76 “primaveras”. Por sinal, trata-se de uma data histórica, por coincidir com o dia do aniversário da celebérrima batalha de La Lys, ocorrida na região da Flandres, França, onde, apesar do severo revés sofrido pelas nossas tropas, mudou definitivamente o curso da 1.ª Guerra Mundial pois, no final desse ano de 1918, a Alemanha rendia-se definitivamente aos exércitos aliados, de que fazíamos parte. Como se sabe, foi esta Guerra que esteve na origem da fundação da Liga dos Combatentes e, no que à nossa Vila diz respeito mais em particular, a Batalha passou a ser o centro das atenções de todo o País e até do estrangeiro, pois foi para aqui – mais concretamente para a Sala do Capítulo do Mosteiro de Santa Maria da Vitória (vulgo Mosteiro da Batalha) – que, em 1921, foram transladados os restos mortais de dois “sol-

.desenhos que falam.

dados desconhecidos” que, em defesa da Pátria, tombaram durante aquela Guerra, um em Moçambique e outro em França. A partir de então, as comemorações nacionais centraramse na Batalha, precisamente no dia 9 de Abril de cada ano, como acima se disse, a data da maior batalha em que participámos em França e que, presentemente, é também o “Dia do Combatente”. Ora, o Núcleo de Combatentes da Batalha ter sido fundado precisamente num dia 9 de Abril (de 1940) não terá sido por acaso, mas os nossos inesquecíveis predecessores, a quem nunca poderemos deixar de estar gratos pela iniciativa, criaram-nos, contudo, um pequeno problema que, à época, provavelmente, não teria qualquer importância: é que, pelo facto de, todos os anos, estarmos directamente envolvidos nas comemorações nacionais, não nos sobeja tempo para a comemoração do nosso próprio

aniversário e daí termos de nos decidir por outra data, antes ou depois do “9 de Abril”, o que voltará a ocorrer este ano, em que o faremos precisamente na véspera, ou seja, no dia 8 de Abril. E como, entre 2014 e 2018, não só em Portugal, mas também um pouco por todos os países que participaram naquele terrífico conflito bélico, se comemora o centenário de tal guerra, com eventos com ela relacionados, decidimos associar-nos à efeméride e abalançámo-nos, em parceria com a nossa autarquia, a organizar um colóquio sobre o tema, que irá decorrer no auditório municipal, aberto a toda a população e em princípio com o seguinte programa: 14h30 – 1.º orador: Dr. Joaquim Manuel Alves dos Santos, jornalista e cronista leiriense, que abordará o tema “O Jornalismo Leiriense e a Grande Guerra de 1914-1918”, sobre o qual tem um livro publicado

com o mesmo título, que apresentará; 14h45 – 2.º orador: Sr. José Travaços dos Santos, ilustre historiador batalhense, que analisará o conteúdo e a importância da obra “O Jornalismo Leiriense e a Grande Guerra de 1914-1918”; 15h00 – Exibição do filme “A transladação do soldado anónimo português – uma cerimónia patriótica” (Resumo no próximo artigo) 15h40 – 3.º – orador: Dr. Vitorino Guerra, historiador e renomado especialista nos conflitos bélicos participados por Portugal no século XX, que dissertará sobre o tema principal do colóquio, proporcionandonos uma imperdível lição histórica sobre a 1.ª Guerra Mundial (1914-1918) que tanto afectou Portugal e a sua população; 16h00 – Em breve intervenção, o Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal da Batalha, Dr. Paulo Jorge Frazão Batista dos Santos, fará uma sú-

mula do evento, que encerrará. 16h05 – Sessão de autógrafos por Joaquim Santos. No próximo artigo (Março) voltaremos ao tema, mas, desde já, queremos chamar a atenção de todos os batalhenses e de quem mais se nos queira associar, para três aspectos a não esquecer nem a perder: - A importância histórica do tema; - A qualidade dos três oradores; - Sobre o filme que iremos exibir e do qual falaremos em pormenor proximamente, desde já antecipamos que é um documento raro e fascinante, sobre todas as cerimónias da transladação dos “soldados desconhecidos”, desde França e Moçambique, passando por Lisboa, Leiria e chegada à Batalha, sempre acompanhadas por milhares e milhares de pessoas! É também uma oportunidade a não perder de virmos conhecer a Batalha, como ela era em 1921!

Texto e ilustração: Susana Jordão

Carta aberta Há dias repletos de sentido em que a carga emocional se torna perfeitamente obrigatória. Somos todos feitos de celebrações, de dias mascarados e consumismo impulsivo. No final, espremidos, somos nada. O que está em causa nestes dias é a construção teórica de uma desculpa para o esquecimento total e absoluto de uma vida de pouco orgulho e escassa felicidade. Ou a ostentação desinibida do que poderia ser sem existir. Não. Nós não devemos ser feitos

de dias previamente marcados, nem de correrias desenfreadas na procura apressada de um presente perfeito, que garanta créditos temporários sobre os quais secretamente pedimos sucessivos aditamentos. Nós somos nanossegundos assim que percebemos onde nos guardamos. Difícil é perceber que o segredo está em descobrir a nossa existência mesmo desconhecendo o seu sentido. Porque esse, esse simplesmente aparece no lugar mais próximo e mais confortável. É nele que nos guardamos

e nos confortamos, porque quanto mais dentro estivermos mais nos conhecemos. A verdade é que, no desdobramento conseguido do nosso eu, entendemos que o amor não era o que procurávamos ou julgávamos ter. O amor não é o que nos diziam que era ou o que sonhávamos ser. O amor não enquadra uma formula cientifica, por mais cientificamente justificável que possa parecer. O amor não pode ser ensinado. O amor é personificação.

O importante é aprender que o amor começa muito antes da partilha certa, do lugar seguro. O amor começa cedo, muito cedo. É uma construção e uma busca. É o traçar do caminho sem conhecer o destino. É o olhar que transforma o céu. Que muda o mundo. É a ansiedade do reencontro e a aceleração do coração. É o prolongamento do arrepio do primeiro toque em todos os que se seguem e que sempre surpreendentemente se intensificam com o tempo. É o constante reinventar da conjugação de palavras e a

única repetição que não desgasta. É a solidariedade mais íntima. É a incrível capacidade de crescimento constante, sem tecto. É o azul no seu tom mais celeste. Mas este céu não é de todos. Esta não é definição do amor. Esta é uma história de amor. Aquela em que o para sempre se tornou demasiado fugaz. Esta é uma história real de quem deu a volta ao mundo e descobriu o seu mundo num outro olhar. Este é o segredo de alguém.


Jornal da Golpilheira

. temas .

Fevereiro de 2016

.opinião.

.saúde.

Luís Salgado de Matos Doutorado em Sociologia Política

Ana Maria Henriques Médica Interna

Deus não dorme, ou a contrafacção de Cristo pelo cartaz do Bloco de Esquerda Contemos a história do cartaz que não é cartaz desde o penúltimo episódio. Há dias, a Assembleia da República aprovou em segunda leitura a lei autorizando a adopção de crianças por casais do mesmo sexo. O Presidente da República, que a vetara em primeira leitura, promulgou-a, pois a isso era obrigado pela Constituição. A imprensa diária de Lisboa apresentou essa promulgação como uma vergonha para o Prof. Cavaco. Apresentar o cumprimento da Constituição como uma vergonha é próprio de mentalidades totalitárias. Mas a acusação era tão generalizada que ninguém reparou nela. Passamos já ao último episódio. No dia da aprovação, o Bloco de Esquerda fez circular o cartaz que aparece a ilustrar este artigo. Qualquer português maior de nove anos esperaria que o cartaz provocasse reacções. E provocou reacções. O porta-voz da Conferência Episcopal considerou-o «uma afronta aos crentes». Depois, emergiram outras vozes católicas, entre as quais avulta a do Sr. D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca, e outras, talvez menos expectáveis, como as da Doutora Teresa Toldy, teóloga feminista, ou de Maria João Sande Lemos, animadora do movimento “Nós Somos Igreja”. O padre Anselmo Borges garantiu-nos: «A mim não me ofende e a Deus também não». Até aí, para o Bloco de Esquerda, tudo “cool”, essas reacções confirmavam-lhe o dogma: os católicos reaccionários e burgueses condenam a libertação dos homens (e do homem). O pior para o dito Bloco foi o resto. Seguiram-se na condenação moderna ou pós-moderna grupos de homossexuais. Nas redes sociais, o cartaz começou a ser censurado, não por ser anticristão mas… por não ser moderno. Como sabemos, para os aderentes ao Bloco de Esquerda, as «redes sociais» estão a ponto de substituir a Igreja, pois são «a verdade, o caminho e a vida». E a reacção das redes sociais foi forte: ridicularizou o Bloco de Esquerda, num país em que o ridículo mata. O Bloco de Esquerda foi surpreendido por esta reacção

social. Digamos de passagem que tal surpresa só não é surpreendente porque o Bloco de Esquerda há tempos deixou de nos surpreender. O resultado era previsível: a derrota é órfã, gera defesas trapalhonas e divisões à primeira vista incompreensíveis. Um porta voz daquele partido governamental disse que a ilustração não era dele, Bloco, era das redes sociais, nunca fora cartaz; outro asseverou que só tinha sido afixado um cartaz daquela ilustração e um terceiro, sem se rir, jurou uma terceira versão: o Bloco de Esquerda prepara uma campanha de promoção com cartazes daquela ilustração. Parecia a cacofonia burguesa dos partidos hoje aliados políticos do dito Bloco. Falemos de coisas sérias e não humorísticas: a Sr.ª D. Catarina Martins e o Prof. Doutor Francisco Louçã qualificaram o cartaz/ilustração de manifestação de humor – sugerindo que nós, portugueses e leitores dele, não estamos à altura desse humor. É mais uma aplicação da conhecida história da ti Maria: o filho foi às sortes, seguiu a instrução militar, jurou bandeira, marchou na parada do quartel e… ia de passo trocado. «Ó ti Maria, o sê Manel ia de passo trocado». A ti Maria respondeu logo em tom soberbo e doutoral: «O Mê Manel ia certinho, os outros é que iam de passo trocado». Para o Prof. Louçã, andamos (quase) todos de passo trocado. Menos sensível ao humor (mas por certo tão defensora da liberdade de expressão como nós, que não temos a menor dúvida em defender o direito do Bloco de Esquerda publicar aquele cartaz, pois, como dizia o Eng.º António Lopes Cardoso, a democracia, ou a liberdade, é «o direito à asneira»), a Dr.ª Marisa Matias, outra dirigente daquele Bloco, qualificou o cartaz/não cartaz de «erro».

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Era outra versão, oposta à do Prof. Louçã. Erro? Que erro? Nem a Doutora Marisa Matias esclareceu, nem a nossa sempre diligente comunicação social lhe pediu que esclarecesse. Atrevemo-nos a propor uma hipótese explicativa do conteúdo inconfessado que, por hipótese, escapou aos elementos do Bloco de Esquerda, quer totalitários (Louçã, Martins) quer tácticos (Matias). O cartaz que não é cartaz enganou-se de século: teria sido um êxito no século XVIII, teria apeado a Rainha D. Maria I ou Luís XVI. Os próceres do Bloco não entenderam, porém, que o cartaz/não cartaz era inadequado ao século XXI, no qual os seus autores foram tomados por tolinhos, convencidos de que a Inquisição continua a funcionar secretamente algures entre os subterrâneos do Teatro D. Maria e o metro do Rossio (por essa tolice as redes sociais contemporâneas os mimosearam com o bentinho pósmoderno do Jesus sportinguista). A grande novidade do caso é a emergência de um grupo social, por certo não organizado pela Igreja Católica, e que se ri das tiradas anticlericais novecentistas debitadas pelos bloquistas. A primeira vítima foi o Bloco de Esquerda, que por isso ficou na posição retrógrada e ridícula na qual gosta de sentar os crentes. O PS e o PCP ficaram áfonos, porque por certo andam de século trocado. Ou será apenas porque receiam perder votos? Acrescentamos um segundo argumento que por certo não escapou à subtileza, por vezes brutal, da Doutora Marisa Matias: o cartaz significa que o Bloco de Esquerda cobra aos seus aliados PS, «republicanos e laicos», e PC a «vitória» da lei da adopção por casais homossexuais (vitória de uns portugueses sobre outros, anote-se).

Médicos

Dissequemos o erro: a ilustração/ cartaz que não é cartaz desagrada por igual aos católicos, aos laicos ou a quem ainda conserva um mínimo de «bom senso e bom gosto», para parafrasearmos Antero do Quental. Ao verem a ilustração/cartaz não cartaz, aqueles maçons, que defendem desde pelo menos os anos 1970 a adopção homossexual (ou equivalente) têm de se persuadir de que, afinal, devem a “luz” não aos seus trabalhos mas à operosidade de Prof. Doutor Louçã e da sua ajudante para assuntos religiosos, a Sr.ª D. Catarina Martins. Ao verem a ilustração/cartaz não cartaz, os cristãos são intimados a entender, bem contra a sua vontade, que, para efeitos de cobranças eleitorais do Bloco de Esquerda, a religião cristã é pau para toda a colher, o que lhes desagrada por motivos mais do que óbvios. Dito com simplicidade: o tal Bloco queria ganhar votos e credibilidade com o cartaz/não cartaz e com ele perdeu votos e credibilidade. Queria continuar a parecer jovem e moderno; revelou-se vetusto e arcaico. Deus não dorme: o Bloco de Esquerda quis amesquinhar a religião e, agindo assim, exaltoua socialmente e enfraqueceu as posições anti-religiosas. Escapalhe o que é a post-modernidade. O leitor irrite-se, se assim o entender, mas, se está em remanso, continue em remanso: o Bloco de Esquerda por pequenez e tacanhez não perturbará as boas relações entre o Estado e a Igreja em Portugal. Estimulados pelo involuntário apostolado cristão desse desBloco, concluamos com o provérbio teológico-popular tão adequado ao caso e tão sedutor para Paul Claudel: “Deus escreve direito por linhas tortas”.

Os médicos são um grupo profissional muito grande e diversificado, dentro dos serviços de saúde em Portugal. Estes profissionais de saúde têm um curso universitário, no mínimo, e passam por vários anos como internos. Durante estes 5, 6 ou 7 anos, estão já a trabalhar, mas continuam sob a tutoria de alguém mais velho, que é responsável pela sua formação. Eles estão nas consultas, nos exames auxiliares de diagnóstico, nos internamentos, nos laboratórios e até na morgue, entre muitos outros. Durante uma consulta, o médico tenta perceber qual a queixa do doente, tenta enquadrar essa queixa com a história de doença, procede a um exame objectivo e termina com a elaboração de uma hipótese de diagnóstico e plano para o doente. O plano pode consistir em prescrever medicação, pedir exames auxiliares de diagnóstico, encaminhar para outros médicos, ou simplesmente acalmar o doente e esclarecer dúvidas. Alguns médicos intervêm na realização de exames auxiliares de diagnóstico, como os radiologistas, que relatam os achados em múltiplos tipos de exames, ou são mesmo responsáveis pela sua execução e descrição. Outras especialidades efectuam exames diferentes, como as colonoscopias efectuadas pelos gastroentrologistas, as broncofibroscopias efectuadas pelos pneumologistas, ou mesmo as ecografias obstétricas efectuadas pelos obstetras. Num serviço de internamento, os doentes são observados todos os dias pelo médico, ocorrendo em cada visita uma versão compactada do encadeamento descrito para as consultas. Como os exames são frequentes, estes são analisados rotineiramente e o plano é ajustado diariamente, até ao cumprimento do tratamento e a melhoria de estado de saúde do doente. Aqui, o médico também elabora um plano pós-alta, com o encaminhamento para o médico de família e/ou para a sua consulta externa. Quando são realizadas análises ao sangue, a maioria é realizada em máquinas e depois verificada por médicos. Quando é necessário ver as células para descobrir qual é a sua doença, um pedaço de tecido é retirado (biópsia) ou um órgão doente é analisado ao microscópio, como um ovário. Por vezes, a investigação tem de ir mais ao pormenor e os genes são estudados por médicos, que os enquadram em doenças e podem mesmo estudar famílias com doenças visíveis ou escondidas. Na morgue, o médico também está presente, tentando descobrir a causa de morte e avaliando alguma particularidade por necessidade legal. Os médicos estão presentes em todos os serviços e cargos no serviço de saúde. Além das funções aqui descritas, muitas outras são desempenhadas por estes profissionais. pub

CLÍNICA DENTÁRIA E OSTEOPÁTICA DA BATALHA Direcção Clínica: Dr.ª ANA FREITAS • Medicina Dentária Geral • Psicoterapia e Hipnose Clinica • Osteopatia • Psicologia de Crianças e Adolescentes • Terapia da Fala • Aulas de Preparação para o Parto • Acunpuntura Médica, Estética e Tratamento da Dor Acordos: SSCGD, SAMS, Multicare, Advance Care, Associados do Montepio, WDA e outros

Contactos: 911 089 187 • 964 108 979 R. dos Bombeiros Voluntários, Loja D - BATALHA

Consultas de Segunda-Feira a Sábado


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Jornal da Golpilheira

. sugestões de leitura .

Fevereiro de 2016

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Paulus Editora . Espiritualidade

O espírito da Quaresma e da Páscoa

A família gera o mundo

Amar e servir

Catequeses sobre a família

O realismo histórico do Papa Francisco

Papa Francisco

Papa Francisco

Lorenzo Leuzzi

Este livro, ilustrado com gravuras, apresenta uma reflexão do Papa Francisco sobre o significado e a importância da Quaresma e da Páscoa, a partir das suas homilias e meditações.

Este livro condensa num único volume as catequeses do terceiro ano de pontificado do Papa Francisco referentes ao tema da família. Escrito de uma forma dinâmica e atraente, é um óptimo subsídio para conhecermos melhor o pensamento do novo pontífice.

O bispo auxiliar de Roma analisa e explica neste livro a perspectiva teológica e pastoral do Papa Francisco, que concentra e resume nestes dois verbos-conceitos: amar (chave interpretativa da história da salvação) e servir (verdadeira dinâmica da historicidade de todo o baptizado). Partindo principalmente da Exortação Apostólica Evangelii gaudium, faz uma excelente análise do actual pontificado.

De Umas Coisas Nascem Outras

Pense com o Coração

A Cidade e as Serras

Corrupção

Eça de Queiroz

Flávio Capuleto

Rachel Caiano

Arthur Rowshan

Guerra e Paz Editores

Guerra e Paz Editores

João Pedro Mésseder

Pergaminho

Este é o último romance de Eça, que já não viu publicada em vida, nem pôde rever com a minúcia e o engenho que lhe eram característicos. O livro é muitas vezes apontado como o marco de viragem no corpus queirosiano e onde assistimos à gradual transformação de Jacinto de Tormes, personagem não menos vezes tida, por leitores e estudiosos, como reflexo do próprio autor. De homem citadino e adepto incondicional da civilização e do progresso, representados pela cidade de Paris, então capital do mundo, entregue a um fastio e a um tédio inexplicáveis, Jacinto metamorfoseia-se em apaixonado pela Natureza e pelo campo, cheio de entusiasmo, vitalidade e apetite pela vida. O desenlace vem, pois, desmentir o citadino do início da intriga, que jurava que «o homem só é superiormente feliz quando é superiormente civilizado». Jacinto nunca mais voltaria a Paris.

Ribadouro é uma aldeia do Douro Vinhateiro que tem como pano de fundo a vida austera dos cavadores de vinha, que, num espaço curto de tempo, passam de uma situação confortável à pobreza envergonhada. As personagens marcantes da história são a todo-poderosa Ana Francisca, amante de uma figura política a quem paga luvas para que facilite a construção de um resort de luxo numa área protegida; Bernardo Castela, enólogo e homossexual; e Imaculada, estudante universitária fogosa. A morte repentina dos pais deixa sem recursos a jovem, que aceita uma proposta de casamento de Bernardo Castela, que tem apenas o propósito de esconder a sua autêntica sexualidade. Mas a impotência do milionário, que tem o dobro da sua idade, conduz Imaculada à frustração. Desfazendo o enlace, procura emprego, mas espera-a uma segunda armadilha: sob promessa de uma vida esplendorosa em Angola, é levada ao engano para um bar de alterne na restinga de Luanda, onde acaba por ser resgatada pelo ex-namorado, o homem da sua vida.

Caminho A dado momento, um pedacinho de tronco de árvore descobre-se lápis, um dedal de água do rio descobre-se floco de neve e, num ecrã ou teclado de telemóvel, um dedo polegar descobre-se instrumento de escrita. De umas coisas nascem ouras. A Lua afinal é um botão, a chama é uma bandeira e a pantufa, mesmo nova, tem sempre um ar de coisa velha. Este livro, que pode ser lido começando por qualquer página, fala destes e doutros assuntos. Ah, é verdade, e há prosa que parece poesia, poesia que parece prosa... Tudo continua a ser outra coisa.

Histórias Inspiradoras para Aprender a Amar. A verdadeira sabedoria é a que vem do coração… A inteligência e a emoção não são faculdades separadas; pensar e sentir não têm de estar em conflito. Através da sabedoria ancestral dos contos, Pensa com o Coração ensina-nos a unificar estas capacidades de que tantas vezes abusamos ou usamos mal. Este livro convida-nos a fazer um percurso de encanto pelos caminhos da mitologia taoista, sufi, hindu e budista, bem como de contos e histórias contemporâneas.

As Grandes Cartas de Amor (Coor.) Elizabete Agostinho

As Regras de Ouro dos Casais saudáveis

Extinção

Augusto Cury

Durante uma reunião em Washington, o presidente dos Estados Unidos é informado sobre a existência de uma ameaça para a segurança nacional: um menino de três anos, Akili, é o ser mais inteligente do planeta. Representante do passo seguinte na evolução humana, Akili apercebe-se de padrões, prevê acontecimentos futuros mais rapidamente do que a maioria dos supercomputadores e é capaz de manipular acontecimentos a grande escala. Mas apesar de todo o seu poder, Akili tem a maturidade emocional de uma criança – o que o pode transformar na ameaça mais perigosa que a humanidade alguma vez enfrentou. Jonathan Yeager, um militar americano, lidera uma equipa de operacionais de elite para destruir esta ameaça. Mas tem um filho muito doente e os avançados conhecimentos de Akili poderão ser a única esperança para salvar...

Pergaminho O que faz com que uma relação seja feliz, satisfatória e duradoura? O facto de ser uma relação inteligente! E o que faz com que uma relação produza apenas infelicidade aos parceiros? O facto de ser uma relação… «desinteligente». Com este novo termo, o Dr. Augusto Cury, autor de vários best-sellers mundiais no campo do desenvolvimento pessoal, explora o complexo mundo das relações amorosas e define o que faz com que um casal seja realmente saudável. Na relação desinteligente, os atores são individualistas, e na relação saudável um procura fazer o outro feliz. Na relação doente exige-se muito e elogia-se pouco, na relação saudável dá-se muito mas cobra-se pouco. Em que tipo de casal é que se enquadra: saudável ou doente, inteligente ou desinteligente?

Kazuaki Takano Casa das Letras

As Duas Condessas Pedro Beltrão Oficina do Livro Após as Invasões Francesas, com o País depauperado e ainda não refeito do terror, as novas ideias liberais, a falta de competitividade face a uma Europa em grande desenvolvimento, a emergência de uma burguesia que vive da usura e dos empréstimos e a perda do Brasil geram pobreza, instabilidade e tensão. É neste período que vivem as duas condessas – Isabel e Maria Mância, mãe e filha, ambas órfãs de pai desde pequenas, ambas viúvas em menos de três anos de casamento, ambas casadas pouco tempo depois. Damas com elevada cultura adquirida em França e mal entendidas pela sociedade do seu tempo, herdeiras ricas e da melhor fidalguia portuguesa, passam por grandes privações e desgostos, mas conseguem lutar contra as adversidades e manter de pé a sua querida Quinta de Subserra.

Guerra e Paz|Clube do Livro SIC

Verbetes Para Um Dicionário Afetivo AA.VV. Caminho Haveria de chegar o dia em que as palavras encostar-seiam umas às outras a fazer cama de vento, assobio chuvoso de prosa em distância de ponte, falésia morna para receber as quatro chuvas, a muitas mãos, a muitos sonhos. Este livrinho nasceu pelo e para o afecto das amizades. E está inconcluso, em progresso, porque, mesmo para o leitor, outros verbetes estarão nas vizinhanças das páginas, como que em revoo de pássaros. E é um livro da nossa língua, a nossa língua brasileira, angolana, portuguesa, diversa e única, cordas de muitos tons em um mesmo instrumento. Pela língua, a nossa língua, fotografamos as nossas memórias verdadeiras e inventadas, porque recriam o que já ficou tão distante e também não nos abandona.

A melhor prova de quanto nos podemos amar está nas cartas. Cartas de amor escreveram-nas reis e escravos, romancistas e comerciantes. Até ditadores. Este livro reúne 51 cartas comoventes, eufóricas, apaixonadas e sofridas. Foram escritas por grandes figuras, de Virginia Woolf a Beethoven, de Napoleão a Karl Marx. Estas cartas ensinam-nos a amar. Dão-nos lições de dignidade, de paixão, de amorosa resignação. Ensinam-nos os caminhos da alegria, do desejo e da perda. Às grandes figuras da História juntam-se figuras da nossa História recente. Primeiro, as cartas que Maria Barroso escreveu a Mário Soares, nos anos da ditadura de Salazar, cartas ditadas pela separação que a prisão e o exílio forçaram. A seguir, cartas de amor de António José Saraiva, escritor e historiador. A fechar, a escritora Rita Ferro e o jornalista Fernando Correia escrevem cartas ao Amor Eterno, a esse amor perene que enche a nossa vida de esperança.

Equilíbrio Cláudio Ramos Guerra e Paz|Clube do Livro SIC Num livro dividido em quatro partes, Cláudio Ramos começa por nos ajudar a organizar o dia-a-dia, com coisas simples como horários, rotinas e hábitos saudáveis. Com coisas agradáveis como receitas, que vão do pequeno-almoço ao jantar, até a alguns chás milagrosos. Mostra que para nos sentirmos bem temos de gostar do nosso próprio corpo. Precisamos de reaprender a respirar, de tomar gosto aos exercícios, de nos cuidarmos e valorizarmos a nossa beleza. Temos de gostar de nos vermos ao espelho se queremos gostar das pessoas que, depois, encontramos na rua e no trabalho. Essa é a terceira lição: como viver consigo e com os outros, no emprego, com os amigos e com a família. E, por fim, o quarto pilar para o nosso equilíbrio, a relação feliz que podemos ter com o nosso parceiro.

O Livro do Filho da Puta Manuel Maria Tolentino Guerra e Paz Este livrinho não é um tratado, uma tese ou uma biografia. É somente um guia prático, o que significa que vai guiar-nos através do singular mundo do F. da P. Extraordinário livro que nos ajuda a conhecer melhor o país, o nosso tempo e até todos os sexos (os polivalentes e os de multiusos) que proliferam nas nossas cidades. Embora possa não parecer, trata-se de um livro afectuoso que deve ser lido em Portugal ou em qualquer país. Inclui 14 admiráveis listas, que vão da lista de «Destinos turísticos filhos da puta» até à «Lista com que o filho da puta exemplifica o seu humor raivoso».


Jornal da Golpilheira

. história .

Fevereiro de 2016

.história. Miguel Portela Investigador

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IMAGENS 1. Capela-mor do Mosteiro de Alcobaça. Postal ilustrado. 2. Claustro de D. Dinis. Postal ilustrado do Mosteiro de Alcobaça.

Gonçalo Afonso: mestre canteiro do Real Mosteiro de Alcobaça e das Reais Obras de Mafra no século XVIII No intenso circuito da atividade artística que se verificou nos Coutos de Alcobaça durante os séculos XVII e XVIII, salientamos o nome de Gonçalo Afonso, filho de Pedro Fernandes e de Domingas Gonçalves, que, no registo de seu casamento, asseverava ter nascido no sítio do Sobral e batizado na Igreja de Santa Maria de Sarraquinhos, concelho de Montalegre (doc. 1). As principais referências documentais a Gonçalo Afonso surgem em assentos de batismo da paróquia de Maiorga, onde figura como padrinho, como é o caso do batismo de Maria, filha de João de Figueiredo, oficial de carpinteiro, e de sua esposa Joana Vieira, celebrado a 8 de dezembro de 1714, sendo Gonçalo apontado como pedreiro assistente nessa vila (A.D.L., Livro de Batismos de Maiorga [1698-1720], Dep. IV-25-D-13, at. n.º 1, fl. 72-72v); também no batismo de Gonçalo, filho de Domingos de Almeida, almocreve, e de sua mulher Maria de Figueiredo, celebrado a 5 de janeiro de 1716, onde é citado como pedreiro (Ibidem, at. n.º 3, fl. 73); e no batismo de Josefa, filha de Manuel de Sousa e de sua consorte, Isabel Vieira, celebrado a 21 de maio de 1719, onde é também referenciado como pedreiro (ibidem, at. n.º 1, fl. 89v). Ficámos, assim, a saber que Gonçalo Afonso, no período de 1714 a 1719, residia e obrava em Maiorga, praticando o seu ofício de pedreiro presumivelmente nas obras de renovação da Igreja de S. Lourenço, que decorriam nessa< época. Gonçalo Afonso é mencionado enquanto testemunha na escritura pública da empreitada dessa obra, lavrada a 23 de julho de 1717, entre o «Reverendo vigario Manoel Ferreira e Souza vigario desta villa e João Lobo o moso reitor do Senhor e mais Jozeph Lobo escrivam da dita confraria e o tesoureiro Francisco Carvalho e os mais irmãos da mensa» e os oficiais de pedreiro António da Silva Coelho, morador nessa vila, e Manuel da Silva Coelho, morador na Quinta da Mata em Alcobaça, pelo valor de 100 000 réis. (A.D.L., Livro Notarial de Maiorga, Dep. V-2-C-23, fls. 15-18). Reavivamos o facto de António da Silva Coelho ter sido matrimoniado com Margarida Rodrigues, tendo perecido a 31 de outubro de 1719 e sepultado junto ao caixão do Senhor na Igreja de S. Lourenço de Maiorga (A.D.L., Livro de Óbitos de Maiorga, Dep. IV-25-D-57, at. n.º 2, fl. 11v). Alcançámos, ainda, que nesse período, justamente a 14 de maio de 1716, exercitava o cargo de mestre-de-obras de Alcobaça um freire de S. Bernardo de nome Fr. Bartolomeu de Figueiredo, que se achava, nessa data, em Maiorga, o que nos leva a crer numa proximidade estreita entre os oficiais das obras do Real Mosteiro de Alcobaça e os oficiais que exerciam a sua arte em Maiorga - identificámos diversos artistas que daqui partiram para obrar no Real Mosteiro de S. Bernardo, mormente Gonçalo Afonso e João de Figueiredo (A.D.L., Livro de Batismos de Maiorga [1698-1720], Dep. IV-25-D-13, at. n.º 1, fl. 75). Assim, registamos a presença de Gonçalo Afonso, a 15 de setembro de 1721, em Alcobaça, onde, na Igreja do Santíssimo Sacramento, desposou Josefa Maria, por vezes referida como Josefa de Faria, natural desta vila, filha legítima de Manuel Correia e de sua esposa Maria de Faria. Reconhecemos, por via deste registo que havia sido interposto impedimento por parte de Isabel Rodrigues, da Castanheira (Cós), para que ambos não casassem. Porém, o Vigário Geral dissolveu por sentença tal requerimento, autorizando essa celebração (doc. 1). Desse consórcio nascera a 28 de fevereiro de 1723 Maria, batizada a 19 de

março desse ano, comparecendo como padrinhos Luís da Silva da Fonseca (como procurador do Doutor Fr. Francisco Caetano, religioso de S. Bernardo) e Maria do Desterro, cônjuge de Francisco de Oliveira. Atestamos, ainda, o nascimento de dois outros filhos, nomeadamente uma menina, que foi batizada em casa pela parteira, a 29 de dezembro de 1724, e que logo faleceu, e um rapaz, a quem foi posto o nome de António, e que foi batizado a 6 de abril de 1726, assistindo como padrinhos Silvério da Silva Fonseca (como procurador de D. Francisco de Almeida) e Luís da Silva Fonseca (como procurador de Luísa Maria de Melo, residente em Évora de Alcobaça) (doc. 2, 3 e 5). A 27 de setembro de 1724, em Alcobaça, Gonçalo Afonso, enquanto padrinho de batismo de José, filho de Manuel de Brito, oficial de carpinteiro, e de sua esposa Mariana da Conceição, surge mencionado como lavrante de pedra (doc. 3). Asseveramos o facto de Josefa Maria, esposa de Gonçalo Afonso, moradora na Porta de Fora, ter expirado a 17 de agosto de 1727, tendo sido sepultada na Igreja Matriz de Alcobaça (doc. 6). Em Alcobaça, a 26 de março desse ano, Josefa havia sido madrinha de batismo de Manuel, filho de João de Matos e de sua cônjuge Luísa Maria, também chamada Luísa Marques (A.D.L., Livro de Batismos de Alcobaça [1703-1727], Dep. IV24-A-4, at. n.º 1, fl. 139v). Achamos Gonçalo Afonso, a 23 de outubro de 1729, como padrinho de batismo de Josefa, filha de João de Matos e de sua esposa Luísa Marques. Facto relevante, este, uma vez que Gonçalo Afonso veio anos mais tarde a casar com uma irmã de Josefa (doc. 7). Reconhecemos, uma vez mais, que a 15 de maio de 1731 foi lavrada na vila de Maiorga, em escritura pública, uma procuração de João de Figueiredo, carpinteiro, que outorgava ao seu amigo Gonçalo Afonso, oficial de canteiro, nessa data assistente nas Reais Obras de Mafra, poderes para que «no caso em que se fassa pagamento como se elle outorgante prezente fora possa cobrar e arrecadar tudo o que dereitamente lhes pertencer de servisso de seu oficio que se lhes está a dever nas ditas Reais Obras e de tudo dar recibo ou asignar em quaisquer termos que necessarios forem por elle» (doc. 8). Pela leitura desta procuração, confirmamos que ambos praticaram o seu ofício nas Reais Obras de Mafra. Sabemos, também, que a 6 de abril de 1732 fenecera Joana Vieira, consorte de João de Figueiredo, tendo sido enterrada no adro da Igreja de S. Lourenço em Maiorga (A.D.L., Livro de Óbitos de Maiorga [1712-1732], Dep. IV-25-D-57, at. n.º 2, fl. 48). Entre agosto de 1732 e fevereiro de 1733 temos conhecimento de que foram pagos ao «mestre Gonsallo Afonsso do feytio de tres frestas e meter pedraria e meyo moyo de cal e sette homens de servir como se vio por sertidam jurada do mesmo mestre treze mil e quinhenttos e noventa» (A.D.L., Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receita e Despesa da Irmandade do Rosário [1710-1739], Dep. VI-2-B-5, fl. 116v, publicado por PORTELA, Miguel - “As obras setecentistas na Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha”, in Jornal da Golpilheira, Diretor: Luís Miguel Ferraz, Ano XIX, Edição 221, novembro de 2015, p. 17). A 28 de setembro de 1732, em Alcobaça, achamos Gonçalo Afonso e Josefa Maria, filha de João de Matos e de Luísa Marques, como padrinhos de batismo de Manuel, filho de Manuel Dias e de Josefa da Silva (A.D.L., Livro de Batismos de Alcobaça [1727-1744], Dep. IV24-A-5, at. n.º 1, fl. 34v). De igual modo,

sabemos que a 1 de dezembro de 1732 falecera Maria de Faria, viúva, mãe de Josefa de Faria, ou seja, sogra de Gonçalo Afonso, tendo sido sepultada na Igreja Matriz de Alcobaça (doc. 9). Voltamos a encontrar Gonçalo Afonso, viúvo, morador em Alcobaça, a contrair novo matrimónio, a 9 de agosto de 1733, com Maria Josefa, irmã de Josefa Maria, ambas filhas de João de Matos e de Luísa Marques (doc. 10). Neste contexto, relembramos que João de Matos, natural de Celas, freguesia da Sé de Coimbra, filho de Manuel João e Isabel Francisca, contraiu matrimónio na Igreja Matriz de Alcobaça a 1 de novembro de 1710 com Luísa Maria da Conceição, filha de Domingos João Raposo e de Catarina Maques, ambos de Alcobaça (A.D.L., Livro de Casamentos de Alcobaça [1673-1733], Dep. IV-24-A-41, at. n.º 1, fl. 79v). A 4 de outubro de 1733, Gonçalo Afonso e sua esposa surgem como padrinhos de batismo de Manuel, filho de João de Matos e de Luísa Maria, ou seja, cunhado e irmão do batizado, respetivamente (A.D.L., Livro de Batismos de Alcobaça [1727-1742], Dep. IV-24-A-5, at. n.º 2, fl. 42). Do consórcio entre Gonçalo Afonso e Maria Josefa nascera Luísa, que veio a perecer a 29 de julho de 1738, tendo sido sepultada na Igreja do Santíssimo Sacramento de Alcobaça (doc. 11). Será imprescindível, num futuro próximo, prosseguir a aprofundar o conhecimento das relações sociais deste grupo de artistas por forma a abarcarmos o modo como aprendiam e executavam a sua arte e assim alcançarmos como interagiam com outros mestres e oficiais de profissão. A presença de Gonçalo Afonso, oficial de canteiro, e de João de Figueiredo, oficial de carpinteiro, na região de Alcobaça, assim como de muitos outros artistas, revela a proliferação de empreitadas artísticas estimuladas pelo dinamismo estético da época levado a efeito pelas instituições religiosas nesse território, particularmente do Real Mosteiro de Alcobaça.

Apêndice documental Documento 1 1721, setembro, 15, Alcobaça - Registo de casamento de Gonçalo Afonso e de Josefa de Faria. Arquivo Distrital de Leiria (A.D.L.), Livro de Casamentos de Alcobaça [1673-1733], Dep. IV-24-A-41, at. n.º 1, fl. 108. [fl. 108] < Gonsalo Afonso com Jozepha de Faria > Em os quinse dias do mes de septembro de mil e setecentos vinte e hum annos por mandado do Doutor Jozeph Ferreira Pacheco vigario geral da nobre villa de Obidos e todo seu Arcediagado do Patriarchado de Lisboa Occidental se casarão por palavras de prezente in facie ecclésia em esta Parochial do Sanctissimo Sacramento da villa de Alcobaça e na minha prezença e das testemunhas abayxo asignadas e de outras mais pessoas que estavão prezentes precedendo as diligencias necessarias na forma da Constituição e Sagrado Consilio Tridentino Gonsalo Afonso que dis ser natural do lugar do Soberal termo da villa de Monte Alegre do Arcebispado da cidade de Braga, e de prezente morador nesta villa de Alcobaça filho legitimo de Pedro Fernandez e de Domingas Gonçalvez. Baptizado na Igreja de Santa Maria do lugar de Sarraquinhos e deu fiança os banhos com Jozepha de Faria filha legitima de Manoel Correa defunto e de Maria de Faria natural e moradora em a dita villa de Alcobaça freguezia do Sanctissimo Sacramento adonde a contrahente foy baptizada e nos banhos ouve impedimento que lhe pos Isabel Rodriguez da

Castanheira termo da villa de Cóz, e se deisolverão por sentença do Doutor Vigario Geral e por verdade fis este asento que asigney dia, mes, e anno ut supra. O vigario encommendado.O Padre Pedro Gonçalves Pereira.

Melo moradora na villa de Evora tocou em seu nome com procuração bastante Luis da Sylva de Afoncequa, de que fis o prezente acento, que asigney dia mes e anno ut supra o encomendado. O Padre Pedro Gonçalves Pereira.

Documento 2 1723, março, 19, Alcobaça - Registo de batismo de Maria filha de Gonçalo Afonso e de sua esposa Josefa de Faria A.D.L., Livro de Batismos de Alcobaça [1703-1727], Dep. IV-24-A-4, at. n.º 1, fl. 112v.

Documento 6 1727, agosto, 17, Alcobaça - Registo de óbito de Josefa Maria, esposa de Gonçalo Afonso. A.D.L., Livro de Óbitos de Alcobaça [1709-1735], Dep. IV-24-B-2, at. n.º 3, fl. 77v.

[fl. 112v] < Maria > Em os desanove dias do mes de março de mil setecentos e vinte e tres baptisey solemnemente e pus os Santos oleos a Maria que nasceo em vinte e outo de fevereiro da dita era filha legitima de Gonsalo Afonso e de sua molher Jozepha de Faria foy padrinho o Doutor Fr. Francisco Caetano Religiozo de S. Bernardo tocou em seu nome com procuração bastante Luis da Sylva de Afoncéqua. Madrinha Maria do Desterro molher de Francisco de Oliveira de que fis o prezente que asigney dia, mes, e anno ut supra. O vigario encomendado. O padre Pedro Gonçalves Pereira.

[fl. 77v] < Jozepha de Faria. Fes tres officios de 3 - liçoens e satisfes > Em os dezassete dias do mes de agosto de mil e setesentos e vinte e sete faleceo Jozepha de Faria com todos os sacramentos a qual era molher de Gonsallo Afonço que mora a Porta de Fora e foi sepultada na igreja matris desta villa de que fis este termo que asignei. Mes e anno ut supra. O vigario encomendado. O Padre Manoel Amado Coelho Declaro que a Santa unção foi dada a preça [sic].

Documento 3 1724, setembro, 27, Alcobaça - Registo de batismo de José filho de Manuel de Brito, carpinteiro, e de sua esposa Mariana da Conceição, onde surge como padrinho Gonçalo Afonso, lavrante de pedra. A.D.L., Livro de Batismos de Alcobaça [1703-1727], Dep. IV-24-A-4, at. n.º 1, fl. 121v. [fl. 121v] < Joseph > Em os vinte e sete de septembro de setecentos e vinte e quatro annos baptizey solemnemente, e pus os Santos Olios a Joseph que nasceo em trese do dito mes filho legitimo de Manoel de Brito carpinteiro e de Marianna da Conceição sua molher foy padrinho Gonçalo Afonso lavrante. Madrinha Maria Rodriguez molher de Antonio de Sousa todos fregueses de que fis o presente acento; que asigney dia mes e anno ut supra o encommendado. O Padre Pedro Gonçalves Pereira. Documento 4 1724, dezembro, 29, Alcobaça - Registo de óbito de uma filha de Gonçalo Afonso e de Josefa Maria. A.D.L., Livro de Óbitos de Alcobaça [1709-1735], Dep. IV-24-B-2, at. n.º 3, fl. 100v. [fl. 100v] < Huma menina de Gonsalo Afonso. Baptisada em casa pella parteira e logo faleçeo, foy sepultada na Igreja Matrix. > Em os vinte nove dias do mes de dezembro de mil e setecentos e vinte quatro annos faleceo huma menina de Gonçalo Afonso e de Jozepha de Faria depois de a baptizar a parteira a qual examiney: foy enterrada na Igreja Matris de que fis este acento que asigney dia mes e anno ut supra. O encommendado. O Padre Pedro Gonçalves Pereira. Documento 5 1726, abril, 6, Alcobaça - Registo de batismo de António filho de Gonçalo Afonso e de sua esposa Josefa de Faria. A.D.L., Livro de Batismos de Alcobaça [1703-1727], Dep. IV-24-A-4, at. n.º 1, fl. 132v. [fl. 132v] < Antonio > Em os seis dias do mes de abril de mil setecentos e vinte seis annos baptisey solemnemente e pus os Sanctos olios a Antonio filho legitimo de Gonçalo Afonso e de Jozepha de Faria sua molher. Foy padrinho D. Francisco de Almeyda tocou em seu nome seu sobrinho Silverio da Sylva de Afoncequa < com procuração bastante >; Madrinha Luiza Maria de

Documento 7 1729, outubro, 23, Alcobaça - Registo de batismo de Josefa, filha de João de Matos e de sua esposa Luísa Marques, de quem foi padrinho Gonçalo Afonso, viúvo. A.D.L., Livro de Batismos de Alcobaça [1727-1742], Dep. IV-24-A-5, at. n.º 1, fl. 14. [fl. 14] < Jozepha > Em os vinte e tres dias do mes de outubro de mil e setessentos e vinte e nove annos baptizei solenemente e pus os Santos oleos a Jozepha que nasceo em nove do dito mes filha de Joam de Matos e de Luiza Marques moradores na Porta de Fora. Foram padrinhos Gonsallo Afonsso veuvo e Ilena filha de Joam Pereira e de sua molher Tareza Rodrigues todos desta freguezia do Santissimo Sacramento de que fis este termo que asignei, dia mes e anno ut supra em abzencia do proprietario. Manoel Amado Coelho Documento 8 1731, maio, 15, Maiorga - Procuração feita por João de Figueiredo, carpinteiro, morador na vila de Maiorga a Gonçalo Afonso, canteiro, assistente nas Reais obras de Mafra. A.D.L., Livro Notarial de Maiorga, Dep. V-2-C-26, fls. 65v-66. [fl. 65v] Procuração que faz João de Figueiredo carpinteiro desta villa a Gonçallo Afonsso oficial de canteiro assistente nas Reais obras de Mafra. Em nome de Deos amem. Saybam quantos este publico instromento de procuração bastante ou como em dereito milhor lugar tiver e dizer se possa a fim de valer virem que no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil e cetecentos e trinta e hum annos aos quinze dias do mes de mayo do dito anno nesta villa de Mayorgua e cazas de moradas de mim taballião donde estavão prezente João de Figueiredo oficial de carpinteiro e morador nesta villa o qual he pessoa conhecida de mim taballiam e das testemunhas abaixo nomeadas e no fim desta procuração asignadas e logo ahi por elle me foy dito perante as outras testemunhas que elle fazia ordenava e instituia por seu cargo e em todo bastante procurador a Gonssallo Afonsso oficial de Canteiro e assistente nas Reais obras de Mafra para que o dito seu procurador no caso em que se fassa pagamento como se elle outorgante prezente fora possa cobrar e arrecadar tudo o que dereitamente lhes pertencer de servisso de seu oficio que se lhes está a dever nas ditas Reais Obras e de tudo dar recibo ou asignar em quaisquer termos que necessarios forem por elle outorgantes como se a tudo elle estivera prezente para o que lhes dava e concedia todos os

poderes em dereyto necessarios e a tudo asim comprir obrigava sua pessoa e bens moveis e de rays em fee e testemunho de verdade asim o louvou e outhorgou e de tudo mandara ser feyto este publico instromento nesta nota e della dar hum treslado ao dito seu procurador e quantos nes // [fl. 66] necessario lhes forem desta nota e theor o quoal instromento eu tabaleão aceyto hem nome dos abzentes a quem deva e possa sendo a tudo por testemunhas prezentes Pedro Leão oficial de sapateiro e Manoel Ferreyra oficial de pedreiro anbos desta villa que aqui asignarão com o outorgante. E eu Manoel Ignacio de Macedo taballião que o escrevy. Manoel Ferreira João de Figueiredo Pedro Lião Documento 9 1732, dezembro, 1, Alcobaça - Registo de óbito de Maria de Faria, sogra de Gonçalo Afonso. A.D.L., Livro de Óbitos de Alcobaça [1709-1735], Dep. IV-24-B-2, at. n.º 2, fl. 120v. [fl. 120v] < Maria de Faria viuva. Fes hum officio de 3 liçoens. Satisfeito > Em o primeiro de dezembro de mil settecentos e trinta e dous faleceo da vida prezente com todos os sacramentos Maria de Faria da Porta de Fora sogra de Gonsallo Affonço e foi seo corpo sepultado na matriz desta villa de que fiz este assento deste dia mes e anno ut supra. O vigario Jozeph de Almeida Brandão. Documento 10 1733, agosto, 9, Alcobaça - Registo de casamento de Gonçalo Afonso e de Maria Josefa. A.D.L., Livro de Casamentos de Alcobaça [1673-1733], Dep. IV-24-A-41, at. n.º 2, fl. 143. (O documento encontra-se rasgado na margem superior direita, pelo que restituímos algumas palavras). [fl. 143] < Gonsallo Affonso com Maria Jozepha > Aos nove de agosto de mil settecentos e trinta e tres nesta Parochial do Sanctissimo Sacramento da villa de Alcobaça na minha prezença e das testemunhas Francisco de Oliveira e Bernardo de Almeida desta mesma villa e outras que prezentes estavão servata in omnibus Concilio Tridentino forma in facie ecclesie se receberão por marido e mulher Gonsallo Affonso official de pedreiro viuvo de sua primeira mulher Jozepha de Faria morador nesta freguezia filho de Pedro Fernandez e de // [fl. 143v.] [sua molher] Domingas Gonsalves ja defunctos todos, [moradores] na freguesia de Sancta Maria de Sarraquinhos [termo da] villa de Monte Alegre Arcebispado de Braga com Maria Jozepha baptizada e moradora nesta freguezia filha de João de Matos e de Luiza Marques sua molher seu pay natural de freguesia da Se de Coimbra e sua may desta mesma freguezia de que fiz este assento que asignei com as testemunhas asima declaradas, deste dia mes e anno ut supra. O vigario Jozeph de Almeida Brandão. Documento 11 1738, julho, 29, Alcobaça - Registo de óbito de Luísa, filha de Gonçalo Afonso e de Maria Josefa. A.D.L., Livro de Óbitos de Alcobaça [1735-1749], Dep. IV-24-B-3, at. n.º 2, fl. 21. [fl. 21] < Luiza innocente > < Paes Gonsallo Affonço e Maria Jozefa > Aos vinte e nove de julho de mil e settecentos e trinta e outo falleceo Luiza innoçente filha ligitima de Gonsallo Affonso e de Maria Jozepha da Porta de Fora. Foi seu corpo sepultado na Matris do Santissimo Sacramento de que fiz este assento que asiney. Joze de Almeida Brandão.


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Jornal da Golpilheira

. poesia . obituário .

Fevereiro de 2016

.poesia.

Ser comido pelo Leão do Marquês de Pombal

LMF

Ser Sporting é ser Leão Ter Portugal no coração Haver esforço e dedicação Transbordar glória e devoção

Sopa de Letras

Dedicado à união de quem trabalhou para o almoço especial do “Dia do amigo” Vamos brindar a boa amizade, Dia de São Valentim com lealdade Com sopa da pedra amiga Depois de a comer que o diga Fritada de porco companheiro E que na carteira não falte dinheiro. Também a canja da ternura, E a boa salada social Com doces apaixonados E servidos com doçura Neste dia nada faz mal Se na hora certa forem regados. A fruta sem pecado, O vinho é de tentação Com alegres refrigerantes Esses são para quem for amado Há bebidas para todos os participantes E aconselho beber com atenção. Também há água e a mesma dá saúde, E que Deus de nós cuide Com carinho vamos sortear Lembranças que nos irão dar. Com amor e dedicação, Vamos mostrar o valor do nosso coração É com pedaços de fé que vamos sentir Ajudando com amizade a obra sorrir. De uma colmeia de abelha, Sai o mel com pureza E é colaborando com uma simples telha Dá à igreja da Golpilheira riqueza. É com um almoço especial, Que vamos fazer uma acção de amor Ser fiel amigo não fica mal É preciso é dar o justo valor. Dar valor a quem o merece, É a maior gratidão a quem trabalha São estas boas atitudes que nos enriquece E quando se quer nada nos atrapalha. Golpilheira terra unida fala meu coração, Já são vários os anos com quem partilho E sinto nas palavras o dizer gratidão Porque o Jornal é um amigo um filho. Quis dar eco aos meus sentimentos morais, E neste momento sincero estar contigo Porque com alguém és sempre meu amigo E do fundo do coração mereces muito mais. Marinha Grande, 14-02-2016 José António Carreira Santos

É colher do sofrimento Contra ventos e marés Nas lágrimas ter alento Propagado em todas as “Fés” É ter raça genuína Sem distinção de raça alguma É ter garra Leonina Uma alma como nenhuma Verde inato, universal Na morte sem solução Cósmica e transcendental Ser comido pelo Leão do Marquês de Pombal. Vaz Pessoa

Sport Lisboa e Benfica Benfica Amor Fervor e Paixão Gloria , querer e acção Alegria , lágrimas e louvor Sentimento «irracional» Força, poder e glória Objectivo perene, vitória Clube de carácter supra-nacional Respeito, fé e seriedade Multi-cultural Abrangente, digno, universal Eusébio, símbolo, eterno Benfica, Eusébio, genial Poesia desportiva em movimento Exaltação da vitória, do momento Na Luz da Catedral Vaz Pessoa

O amor tanto simboliza! Mas é preciso boa orientação A união tem muito significado A triste solidão dá a razão. Muita gente anda à busca Para o que sentem algo libertar Não deve ser uma flor caída Mas um coração que saiba amar. Quando o amor é leal Sentimos o coração a palpitar É a beleza da felicidade Muita gente gosta de recordar. É um perfume cintilante Como um pássaro voante Faz a saudade do amor ausente o sorriso do carinho é excelente. Cremilde Monteiro

Agradecimento

PS – Estes dois poemas são pela paz no desporto! Porque desporto não é guerra, mas sim rivalidade salutar nas nossas diferenças. Deus abra brechas de amor e sejamos fieis a gestos nobres e não paixões doentias; mas sim paixão ardente de corações diferentes num só coração que é a alma lusitana!

.obituário. Mário Joaquim Pereira Bento N. 23-01-1963 F. 13-02-2016

Batalha declarou 2 dias de luto

José Vieira dos Reis

Faleceu no passado dia 17 de Fevereiro José Vieira dos Reis, Revisor Oficial de Contas natural da Torre, Reguengo do Fetal, que exerceu as funções de presidente da Assembleia Municipal da Batalha no mandato 2009-2013. Licenciado em Economia e em Direito, foi um dos fundadores da sociedade Oliveira, Reis & Associados e o primeiro bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, entre 2000 e 2005. A Câmara Municipal da Batalha declarou dois dias de luto municipal, 18 e 19, manifestando “profundo pesar” pela morte deste batalhense que “ficará para a história do Concelho como um homem bom e ilustre que honrou a história do poder local e que foi um exemplo de dedicação ao serviço público”. O executivo emitiu um voto de pesar por José Reis, com condolências “à família enlutada, aos amigos e a todos aqueles que tiveram oportunidade de beneficiar da generosidade pessoal e notável capacidade profissional deste batalhense”. Também a Assembleia Municipal, em sessão do passado dia 26 de Fevereiro, votou por unanimidade um voto de pesar e iniciou a sessão com um minuto de silêncio em memória do ex-presidente deste órgão autárquico.

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Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

Sua esposa Madalena N. Ribeiro Bento, filho Tiago Bento Ribeiro, nora, irmãos, cunhados e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que com eles acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado.

Agradecimento

Maria Fernanda de Jesus Rodrigues dos Santos N. 15-02-1943 F. 23-02-2016

Seu marido, filhos, genros, nora, netas e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.


Jornal da Golpilheira

. a fechar .

Fevereiro de 2016

Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)

112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506

Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: www.jgolpilheira.wordpress.com/about

Aquilo lá na América tem eleições muito mais animadas do que por cá! Se calhar é por isso que as televisões portuguesas estão a mostrar mais do que mostraram as nossas...

Estou a ver que tens acompanhado a novela! E então, tens algum favorito?...

Olha... gosto daquele dos muros, o Donald Trampa, que parece mais o Tio Patinhas do que o Donald!

Só sei que um destes é que fazia cá falta... com o dinheiro do gajo, pagava a dívida portuguesa e nem dava por ela!

Trampa .fotos do mês. NG

ONVI?! O céu da Golpilheira mostrou um dia destes um desenho engraçado nas nuvens. Nos Estados Unidos, seria motivo para a brigada da conspiração fazer uma montagem com fumos e dizer que eram ovnis. Entre nós... é só uma imagem engraçada. O Nelson Gomes, com olhar atento, capturou e enviou para nós...

Recordar é viver…

Assinatura anual

Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros

Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

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Convívio no mítico Campo das Barrocas, talvez em meados dos anos oitenta. O ambiente era de são convívio entre todos, como demonstram os sorrisos rasgados da maioria dos presentes. Velhos tempos… MCR

QUOTAS e ASSINATURAS

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Caro Sócio do Centro Recreativo ou Assinante do Jornal da Golpilheira Lembre-se que poderá pagar as suas quotas ou assinaturas ao balcão do CRG.


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. reportagem .

Jornal da Golpilheira Fevereiro de 2016

CRG e CCG ganharam dois prémios

Fotos: LMFerraz

Golpilheira “dominou” Carnaval

CRG ganhou 1.º Prémio de Grupos

Cerca de mil pessoas deram corpo a mais um corso de Carnaval organizado pelo Município da Batalha, pautado pela animação, bom ambiente e saudável confraternização. As escolas e associações concelhias deram azo à criatividade e contagiaram de alegria muitos outros milhares que se estendiam pelas ruas da vila, a apreciar disfarces, grupos e carros alegóricos. A Golpilheira participou em larga escala: além dos ATL do jardim-deinfância e da escola do 1.º ciclo, participou uma numerosa “Montanha Russa” do Centro Recreativo da Golpilheira (CRG), que ganhou o 1.º prémio na categoria de grupos, e dois carros das comissões das igrejas da Comunidade Cristã da Golpilheira (CCG). Um dos veículos representava o estaleiro das “obras da igreja”, que ganhou o 2.º lugar na categoria de carros alegóricos,

Comissão da Golpilheira ganhou 2.º prémio de Carros

Carro de S. Bento, que desfilou unido à Golpilheira

“Ovelhas Chonés” do ATL do Jardim-de-Infância da Golpilheira

“Ovelhas Chonés” do ATL da Escola do 1.º Ciclo da Golpilheira

e outro apresentava as “artes e ofícios da terra”, que ganhou com as vendas de produtos gastronómicos e agrícolas. Ao todo, mais de uma centena de golpilheirenses ajudou a fazer a festa. Quanto aos restantes premiados, na categoria de grupos, o 2.º lugar foi para o Centro Recreativo das Alcanadas e o 3.º para o Rancho Rosas do Lena. Na categoria de carros alegóricos, o 1.º lugar foi para a Associação Arte Sem Fim (que, curiosamente, não tinha carro) e o 3.º para a Associação Recreativa Batalhense. Mas o principal foi mesmo o espírito de animação que reinou entre todos os participantes, como frisou o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, prometendo no final que no próximo ano “também o executivo municipal virá mascarado”. Está prometido... LMF


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