201603 Jornal da Golpilheira 225 - Março de 2016

Page 1

PUB

P

CAMP . 3 ANHA

2 0 telh 0 . a

!

Caixa da Batalha

s

O Banco da (nossa) terra.

facebook.com/jgolpilheira google.com/+JornaldaGolpilheira twitter.com/jgolpilheira

Email: geral@jornaldagolpilheira.pt

CA Seguros | CA Consult | CA Gest

Preço: € 1,00

www.jornaldagolpilheira.pt

Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XX | Edição 225 | Março de 2016

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279

P. 13 | Futsal Júnior Feminino conquista Campeonato e Taça do Distrito

DR

LMFerraz

e d s o t o Va feliz! Pásco

Golpilheira “Dobradinha”

Votos de uma Santa Páscoa! Centro Hospitalar N.ª Senhora da Conceição

R. Principal, 26 • Brancas • 2440-090 Batalha 244 769 430 • www.centrohospitalarbatalha.com

P. 3 | Mandatos de 2010-2016

Contas da Comissão da Igreja da Golpilheira

P. 11 | Câmara e Caixa apoiam

Batalha e São Mamede vão ter lares de idosos

P. 13 | “Night Party” no dia 2

TT Anjos Sobre Rodas no domingo 10 de Abril PUB


2

. abertura . história .

.editorial.

Luís Miguel Ferraz Director

Março de 2016

.história.

Um projecto para Portugal

Oração de Páscoa

A história das quaresmas deste mundo continua a fazer-se. E a alegria da Páscoa parece cada vez mais distante. Não nos prometeste, Cristo, que a tua vitória sobre o mal, a morte e o pecado foi definitiva e plena? Sim, eu sei que ela está aqui ao meu alcance, ao dispor da minha resposta livre e sincera ao amor. Mas... não achas que estaria na hora de nos retirares este dom da liberdade que usamos de forma suicida? Sim, eu sei que deixaríamos de ser “à tua imagem e semelhança”. Mas... Tu bem vês como não percebemos que isso de ser como Tu significa amar e dar a vida e não escravizar e dominar o outro. Sim, eu sei que nos dás o exemplo de como se faz e que é por isso mesmo que nos deixas livres para te seguirmos... se quisermos. À volta, continuam as notícias de mentira, corrupção, terrorismo, morte, cobardia, sede de dinheiro, de vingança e de poder. Até em teu nome, Senhor! Sim, eu sei que por cada um que mata há centenas que dão a vida. Todos os dias. Mas... não dão tanto nas vistas, sabes? E por isso nem damos por eles. Talvez seja isso. Vou, então, pedir-Te nesta Páscoa que nos mostres mais claramente esses rostos onde continuas a mostrar entre nós o teu amor. Melhor, vou pedir-Te que me ajudes a ser mais claramente um desses rostos do teu amor por todos. Mesmo quando for preciso arregaçar as mangas e vir para a rua, mesmo quando for preciso denunciar e fazer “cara feia”, como fizeste aos vendilhões do Templo. Mesmo quando for preciso, por palavras e actos, dizer “chega”! PS - Acompanhar com a esta música: https://goo.gl/6ilxIp divulgação/apoio

Jornal da Golpilheira

3

4

O Estado Social merecerá, com certeza, a concordância geral, se for um sistema que privilegie a igualdade de oportunidades, o acesso de todos à Justiça, à Saúde, à Educação, aos meios de trabalho e aos bens de consumo e promova a intervenção popular nas decisões políticas e administrativas, não só através de eleições locais e nacionais, mas, muito principalmente, através de referendos que devem ser mais frequentes (veja-se o exemplo da Suiça) e abranger todas as questões, matérias, instituições e situações que forem decisivas para os rumos da pátria e para o futuro do Povo, como a elaboração da Constituição, a adesão a uma instituição internacional, caso concreto: à União Europeia, ou a subordinação a uma moeda única. Infeliz e lamentavelmente, estas decisões, de tão profundas repercussões na alma pátria, nunca foram submetidas à apreciação e à aprovação populares, o que retirou muito da legitimidade democrática a esta 3.ª República. Se à Política e à Administração do Estado o Povo só pode chegar através dos representantes que elege, e que o representem na realidade, e para isso é necessário outro modo de o fazer, sendo talvez uma das soluções optar-se pelos círculos uninominais, o seu acesso à Economia far-se-á, sobretudo, através do sistema cooperativo, o que só será viável e pleno se os governos o consentirem e incentivarem e se as Escolas se ocuparem seriamente da trans-

A empresa dos Descobrimentos, já aqui o disse, podia ser uma lição para o nosso tempo, se tentássemos saber o que motivou os Portugueses, sobretudo do século XV, a empreendê-la e a saber organizá-la e gerir com tanto acerto e com tanta determinação. Uma das formas de a lembrar e de tentar aproveitá-la para descobrir os seus segredos e desvendar o mais fundo dos seus motivos e incentivos, será através de, pelo menos, um grande museu evocativo e interpretativo. Suponho que foi o Professor Doutor José Hermano Saraiva que sugeria a sua instalação nos muitos espaços do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Porém, para aí já se pensa num hotel, o que eu lamento. Na Batalha, e não digo no Mosteiro de Santa Maria da Vitória porque só tem livres pequenos espaços, tinha toda a razão esse Museu, tendo em conta ter sido o nosso Mosteiro o primeiro monumento a celebrar os Descobrimentos, nele estarem sepultadas as figuras maiores da empresa, entre elas o seu iniciador e propulsor, o Infante D. Henrique, e nele ter nascido o Manuelino, o estilo que de alguma forma lhes está ligado e que evoca a sua época de renovação, iniciativa e expansão da Pátria Portuguesa. A nossa Câmara Municipal, num caso com esta importância, tudo faria, de certeza, para facultar o terreno necessário.

Astrolábio dos Desdobrimentos

missão dos valores sociais e morais que o Cooperativismo encerra e se ensinarem aos alunos a sua prática. O Estado Social, com toda esta complexidade que estes breves apontamentos mal afloram, precisa evidentemente duma análise profunda e dum debate muito sério e generalizado e precisa, particularmente, de muito realismo e de muita honestidade de quem o propõe, duma administração do Estado competente e rigorosa, desimpedida de partidarismos e capaz de equilibrar as contas, cortando sobretudo nas despesas da classe política e em todos os gastos supérfluos a que perigosamente nos habituámos sem indagação nem contestação.

José Travaços Santos


Jornal da Golpilheira

3

. campanha .

Março de 2016

CAMPANHA

Contas...

200 telhas!

Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Temos 100 mil euros, são precisos mais 200 mil. Temos 200 telhas que vão sair do velho telhado para trocar por 1.000 euros cada, em forma de donativo ou de empréstimo. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha.

Como é óbvio, além desta campanha, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o respectivo recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda - grande ou pequena - será bem-vinda e terá uma lembrança.

Porque... a melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um!

Aos poucos vamos levando a obra para a frente e tudo está a correr com normalidade. Também os donativos vão surgindo e todos sabemos como têm sido essenciais para cumprir os nossos compromissos. Já pagámos duas facturas, no valor de cerca de 120 mil euros mais IVA. Para a última, foi fundamental um empréstimo que recebemos de 60 mil euros, sem prazo nem juros, de uma pessoa que contactou o pároco e quis manter o anonimato. Mesmo sem sabermos quem é, queremos aqui deixar o nosso voto de gratidão, em nome de toda a comunidade. Aproveitamos para fazer o apelo a quem possa seguir este exemplo e emprestar algum dinheiro, pois isso evitará o recurso à banca e os custos associados.

Donativos e empréstimos recebidos (objectivo: 200 mil euros) Donativos

NOME

Campanha Telhas

Saldo 2015 Saldo Janeiro 2016 Saldo Fevereiro 2016 Anónimo Anónimo António Vieira Fernandes Manuel Pereira Dias Cordeiro Maria Olinda Carvalho Pereira Anónimo Francisco Henriques Silva Anónimo Anónimo Eva Maria Coelho Pereira

24.000,00 €

OUTROS 885,00 €

2.000,00 € 6.347,87 € 2.000,00 € 285,00 € 10,00 € 100,00 € 300,00 € 50,00 € 200,00 € 500,00 € 1.000,00 €

1.000,00 €

20,00 €

Mudança nas Comissões

Empréstimo

Entretanto, as Comissões das Igrejas de São Bento e da Golpilheira estão a terminar os seus mandatos. No próximo dia 3 de Abril, na Missa da Comunidade, será a tomada de posse das novas comissões. Aproveitamos para a agradecer a disponibilidade dos que irão integrar ou renovar este serviço por mais três anos. Na próxima edição, apresentaremos as novas comissões. Aproveitamos este facto para divulgar a todos as contas da Comissão da Igreja da Golpilheira dos últimos dois mandatos, de Abril de 2010 a Março de 2016 (ver quadro abaixo). A partir da próxima edição procuraremos apresentar as contas mensalmente, para todos poderem acompanhar os saldos da obra.

2.000,00 € 1.000,00 €

60.000,00 €

Agradecimentos

Totais

30.000,00 € 8.697,87 €

No final deste mandato, aproveitamos para agradecer a todas as pessoas que colaboraram para que conseguíssemos gerir da melhor forma possível este património que é de toda a comunidade. Em especial, às comissões de festas dos últimos seis anos e às muitas dezenas de voluntários que nelas colaboraram e também em muitos outros eventos, como jantares, passagens de ano, convívios, etc. Um agradecimento, ainda a muitas outras pessoas que contribuíram para o crescimento espiritual e a celebração da fé na comunidade, como catequistas, acólitos, leitores, cantores e instrumentistas, ministros da Comunhão, etc. Por fim, uma saudação ao nosso pároco, padre José Ferreira Gonçalves, que sempre tem acompanhado e incentivado este esforço de criação e desenvolvimento da Comunidade Cristã da Golpilheira e, em especial nos últimos tempos, as obras de restauração da nossa Igreja de Nossa Senhora de Fátima. A todos o nosso muito obrigado!

63.000,00 €

Total global - 101.697,87 €

Contactos:

igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Transferência Bancária - NIB: 0045 5080 4015 2316 6922 2

Comissão da Igreja da Golpilheira

(enviar comprovativo de transferência)

Contas da Comissão da Igreja da Golpilheira Mandatos de 2010-2013 e 2013-2016

de telhas. três dezenas arte, uma de a rc ce os Já vendem a e receba esta obra de netos! Compre a su ra para os seus filhos e memória futu

Colabore para a construção desta obra comum da Comunidade Cristã da Golpilheira!

Precisamos da sua ajuda!

(em euros)

ANOS SALDO INICIAL DO ANO

2010 21.147,00

2011 30.575,79

2012 44.949,92

2013 56.751,20

2014 71.292,52

2015 87.126,19

Festa Senhor Bom Jesus dos Aflitos Ofertórios, Missas, funerais, esmolas Donativos obras Empréstimos obras Pequenos almoços e eventos

11.728,09 5.243,55

RECEITAS 18.012,20 16.360,84 7.898,03 7.045,34

18.361,32 6.773,74

12.815,13 6.888,20

15.891,15 7.217,83 16.278,94 2.000,00 3.687,18

TOTAL RECEITAS

16.971,64

25.135,06

19.703,33

Missas (Padres) Limpeza (mão de obra e produtos) Luz Água Compra aparelhagem sonora Forras dos bancos da Igreja Diversas (culto e administração) Manutenção e conservação Obras (salão, catequeses e Igreja)

365,00 1.186,36 857,39 172,60 4.314,90

950,00 1.200,00 203,33 378,18

925,00 1.200,00 833,25 406,63

905,00 849,00 1.168,02 391,10

401,95 244,65

350,00 3.412,54 5.014,50

360,41 2.346,55 5.155,27

354,78 150,00

890,42 591,44 84.990,56

TOTAL DESPESAS Saldo do ano

7.542,85 9.428,79

11.536,10 14.374,13

25.910,23 23.406,18 DESPESAS 935,00 960,00 1.380,00 1.200,00 299,02 630,90 145,04 374,45 6.543,26 357,29 1.539,00 11.604,90 11.801,28

10.593,74 14.541,32

TOTAIS 6 ANOS

93.168,73 41.066,69 16.278,94 2.000,00 3.687,18 45.075,10 156.201,54

3.869,66 89.785,54 15.833,67 -44.710,44

5.040,00 7.015,36 3.991,91 1.868,00 4.314,90 6.543,26 2.414,85 8.284,18 95.460,33 134.932,79 21.268,75

Saldo em conta 30.575,79 44.949,92 56.751,20 71.292,52 87.126,19 42.415,75 42.415,75


4

Jornal da Golpilheira

. cultura .

Março de 2016

Temos exemplares para oferecer

. museu de todos. Ana Moderno e Emilie Baptista Equipa do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Peça do mês: Máquina Fotográfica Durante o século XX, a simplificação dos mecanismos da escrita, a expansão da literatura e da imprensa, o cinema, a televisão, a fotografia e a rádio foram passos essenciais para o imparável desenvolvimento da comunicação dos dias de hoje. Na Batalha, a edição de jornais, os registos fotográficos profissionais, a produção radiofónica e as publicações promovidas pela população e pelo município sobre a história e cultura locais, foram - e ainda são - os principais actores e testemunhos da evolução para a cultura do presente. A peça que apresentamos este mês ilustra a arte de fotografar e de registar momentos que nos permitem remeter para memórias longínquas. Trata-se da máquina fotográfica modelo Demaria Lapierre & Molier (Paris, França), de 1900 (ca), pertença do Museu da Imagem em Movimento (M|i|mo), de Leiria, e que terá pertencido a um projeccionista ambulante da Maceira. A peça encontra-se na vitrina que o MCCB dedica à Comunicação e trata-se de um dos pontos de partida para os sofisticados e rápidos meios de informação e contacto dos dias actuais. Seria certamente difícil fazer uma “selfie” (auto-retrato) com este aparelho, mas terá sido um dos pontos de partida

no caminho do poder que a fotografia e a imagem têm nos nossos sidas. E são as imagens que nos testemunham a evolução da Vila da Batalha. Ainda antes do aparecimento da fotografia, essencialmente nos finais do século XVII e no decorrer do século XVIII, os ilustres visitantes estrangeiros que se deslocavam à Batalha produziam ilustrações pormenorizadas do Mosteiro como se de autênticas fotografias se tratassem. No MCCB, é possível ver algumas das mais fantásticas gravuras deixadas por visitantes como James Murphy ou William Beckford. O Mosteiro tem sido também escolha privilegiada pelos fotógrafos para desenvolver os seus trabalhos artísticos. Assinale-se o trabalho da portuense Casa Alvão, na realização de um álbum de luxo contendo diversas fotografias do Mosteiro, a pedido da Comissão de Iniciativa e Turismo do Município da Batalha, em 1929. As imagens capta-

das incluem-se na obra “A Batalha vista pela «Casa Alvão»”, editada pelo Município da Batalha, disponível para venda no nosso Museu (a foto acima é uma delas). Com esta incursão pela fotografia, reforçamos o convite aos leitores do Jornal da Golpilheira a conhecer a máquina fotográfica e outras peças que contam a história do nosso Concelho. Recorde-se que todos os primeiros Domingos do mês a entrada é gratuita a naturais e residentes no Concelho da Batalha (mediante apresentação de comprovativo de residência) e que, às 11h30, há visita guiada para todos os interessados em conhecer melhor o nosso Museu.

Fontes: Catálogo do MCCB, 2011; A Batalha vista pela “Casa Alvão”, Município da Batalha, 2005

Livro sobre São José reverte para crianças do Quénia Quase uma centena de pessoas encheram por completo a sala Cónego Abranches, na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, no dia 17 de Março, para a sessão de lançamento do livro “Os Sonhos de José”, de Maria Teresa Maia Gonzalez, com ilustrações de Isabel Monteiro. A edição é da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). A premiada escritora decidiu, um ano depois de ter escrito um livro sobre Maria, “Teu nome: Mãe”, dedicar-se, como confessou, “ao terceiro elemento da Sagrada Família, São José”, experiência que lhe valeu “um caminho muito pessoal ao encontro deste homem santo, tão importante na vida cristã”. Este livro, “Os Sonhos de José”, oferece mais do que a história do pai adoptivo de Jesus, pois torna-se também “num precioso auxiliar de oração”, como sublinhou abundantemente o Padre Marco Luís na

apresentação da obra. “Os Sonhos de José” é o terceiro livro que Maria Teresa Maia Gonzalez edita em parceria com a Fundação AIS, tendo considerado “um grande gosto” colaborar com uma instituição que tem como missão “ir ao encontro dos que tentam sobreviver a perseguições, miséria e maus tratos, um pouco por todo o mundo”. A autora, que faz parte este ano da lista de nomeados para o Prémio Alma (Astrid Lindgren

Memorial Award) considerado por muitos como o “Nobel” da literatura infantil, afirmou que o fundador da AIS, o Padre Werenfried van Straaten, lhe faz lembrar, “em certa medida, o eleito de Deus o santo de que este livro fala, pela sua fé, determinação e coragem de tudo fazer para proteger e ajudar os mais frágeis e perseguidos”. Também por isso, Maria Teresa Maia Gonzalez disse que ficou “muito feliz” quando soube que as vendas deste livro se destinam “a apoiar crianças da tribo Masai, no Quénia”, ao cuidado da congregação das Irmãs de São José. A Fundação AIS enviou alguns exemplares ao Jornal da Golpilheira, que temos juntar aos cabazes de Páscoa da catequese da Golpilheira. Compre já as suas rifas! Fonte: PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

Férias da Páscoa no MCCB O Município da Batalha, através do MCCB, prepara um programa de férias a decorrer de 29 de Março a 1 de Abril. As actividades são dirigidas a crianças entre 6 e os 12 anos de idade. Destacamse, das iniciativas propostas, as visitas ao novíssimo Museu de Leiria e uma visita/oficina no CIBA -

Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota. Haverá também a oportunidade de aprender como foram feitos os coloridos vitrais do Mosteiro da Batalha, numa visita orientada à oficina de vitral dentro do monumento. Para além das visitas temáticas, haverá ainda espaço para a realização

de oficinas de expressão artística. Nem os coelhos faltarão nestas férias criativas, onde a aprendizagem é feita de forma divertida e inesquecível! As inscrições são limitadas e devem ser realizadas até ao dia 24 de Março, para 244 769 878 ou geral@museubatalha.com.

pub

Uma Páscoa muito feliz! Telf. 244767337 Tlm. 914116511 Palmeiros 2440 BATALHA

Tenha uma Páscoa muito florida E no Dia da Mãe... ofereça-lhe uma flor linda como ela!


Jornal da Golpilheira

. entrevista . cultura .

Março de 2016

Exposição sobre a electricidade na Batalha

Nascidos em 1976

Festival de Sopas a 9 de Abril

MCR

“À luz de um novo olhar”

Momento inaugural

Aqui, pode viajar-se entre o passado, o presente e o futuro. Podemos observar num espaço pequeno, mas muito bem aproveitado, a revolução científica e tecnológica ao longo de um curto espaço de tempo. Para melhor compreendermos esta evolução, transcrevemos parte duma

MCR

Teve lugar no passado dia 10 de Março a inauguração da exposição “A electricidade na Batalha – à luz de um novo olhar”, patente na Galeria Mouzinho de Albuquerque, no centro da vila da Batalha, uma iniciativa que resulta de uma parceria entre a EDP – Distribuição, a Fundação EDP, o Museu da Electricidade e o Município da Batalha. Na inauguração estiveram presentes o presidente do Município da Batalha, Paulo Batista Santos, diversos vereadores e autarcas, o presidente Conselho de Administração da EDP – Distribuição, João Torres, o director de Redes e Clientes Tejo, Nuno Cardoso, vários outros dirigentes da EDP da Zona Centro e outros convidados. O que se pode ver nesta exposição é o resultado do trabalho de vários núcleos, valorizado por imagens, palavras e objectos, desde o início da descoberta desta fonte energética que mudou o mundo.

nota de informação da EDP Distribuição: “A necessidade de novos modelos de geração de energia e de maior fiabilidade e qualidade de fornecimento, está a mudar a maneira como os clientes interagem com as redes eléctricas. Esta mudança de paradigma tem impacto em toda a cadeia de valor

Muitas curiosidades para ver

(produção, transporte, distribuição, comercialização e consumo) e implica uma mudança de comportamentos. E esta eficiência traz consigo benefícios para todos. Para responder a este desafio, a EDP Distribuição, mantendo a sua tradição de inovação na procura de novas soluções, lançou o “Projecto Inovgrid”, o projecto de redes inteligentes que colocou Portugal na vanguarda da tecnologia, como um país pioneiro em eficiência e sustentabilidade. Um projecto que quer inventar o futuro – com as pessoas, para as pessoas – e por isso convidamos a Batalha a experimentá-lo connosco”. É este mundo de energia, descoberta, inovação e futuro que cada visitante poderá ver, na Galeria Mouzinho de Albuquerque, até ao dia 24 de Abril. A exposição está aberta de terças-feiras a sábados, das 14h00 às 18h00, e aos domingos, das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Manuel Carreira Rito

Vídeo e sons

DR

“Transitions” estreou no Mosteiro No passado dia 19 de Março, teve lugar no auditório do Mosteiro da Batalha a projecção do vídeo “Transitions”, sonorizado ao vivo por Miguel Sá. O vídeo foi integralmente filmado no Mosteiro da Batalha, em Agosto de 2015, e a equipa responsável aceitou o convi-

Imagem do vídeo

5

te do director para fazer a ante-estreia do mesmo no local onde decorreram as filmagens. Ana B., Nuno Manuel Pereira, Edmundo Díaz Sotelo, Miguel Sá e Vanda Franco estiveram presentes na apresentação do vídeo e partilharam a sua experiência com o público.

Os festeiros do Senhor Bom Jesus dos Aflitos de 2016, nascidos em 1976, vão realizar um festival de sopas, no próximo dia 9 de Abril, a partir das 19h30, no salão de festas de São Bento. Toda a população está convidada a vir apreciar a gastronomia local e a trazer consigo alguns amigos para o convívio. O evento servirá para começar a preparar os festejos que irão organizar nos dias 30 de Julho a 1 de Agosto. Nesse sentido, os “quarentões” deste ano pedem a todos os naturais ou residentes na Golpilheira, nascidos em 1976, que se juntem ao grupo que está a preparar a festa. Os contactos são o email festeiros.76@gmail.com ou os telefones 965 372 765 e 917 580 031.

Agenda do Rosas do Lena

“O museu desceu à Vila” adiado A exposição “O museu desceu à vila - II”, dedicada às manifestações populares nas festas religiosas, na Galeria Municipal Mouzinho de Albuquerque, na Vila da Batalha, marcada para 2 a 10 de Abril, a pedido do Município, foi adiada para 29 de Abril a 8 de Maio. Entretanto, a 9 de Abril, às 21h30, na sede do Rosas do Lena, na Rebolaria, decorre o 17.º Encontro Nacional de Cantadores e de Tocadores de Instrumentos Tradicionais. Outras actividades já agendadas são as seguintes: Em 8 de Maio, das 15h00 às 17h00, “Museu ao Vivo” no Museu Etnográfico da Alta Estremadura, na Rebolaria, com a Casa Rural a revelar várias lidas domésticas. Às 17h30, na sede do Rosas do Lena, Festival Regional de Folclore. Em 15 de Maio, das 15h00 às 18h00, “Uma tarde na ponte da Boitaca”, com artesanato ao vivo, taberna típica, doçaria regional, música popular, na ponte neo-gótica da Boitaca na antiga estrada nacional Lisboa-Porto, a trezentos metros do Mosteiro. A ponte, construida no século XIX, tem a originalidade das casas dos portageiros nos dois extremos. Na ocasião, pode ser visitado o Centro de Interpretação da 1.ª Posição do Exército Português na Batalha Real de Aljubarrota, a poucos metros do extremo Sul da ponte. Em 10 de Julho, das 15h00 às 24h00, na praça de D. João I e no Largo do Condestável, 11.º FestiBatalha, com mostra/venda de artesanato, música popular pelo grupo de Concertinas do Rosas do Lena, Festival Nacional de Folclore, Marchas Populares e Bailarico. Em 6 de Agosto, às 21h30, no Largo do Condestável, 31.ª Gala Internacional de Folclore da Batalha. pub

Tel./Fax: 244 768 353 Telm.: 918 700 998

Comércio de Mobiliário e Carpintaria

Páscoa feliz! Estrada dos Forneiros, 4 • Rebolaria • 2440-075 BATALHA

AGENTE PRINCIPAL

Seg em t uros os raodos mos

Rua do Outeirinho, 20 • 2440-234 GOLPILHEIRA Tel/Fax 244 767 863 • Tlm. 914 961 543 • jcferraz.seguros@gmail.com


6

Jornal da Golpilheira

. pub .

Março de 2016 TOC Elisabete Cruz

LHA • BATA.com B A L il U a CEL 8 @gm sulting 244 766 71 n o c . c e Tel. info.

e as lojas

Fc...In

amos Desej os a tod scoa á uma P eliz! f muito

desejam a todos os clientes e amigos

Feliz Páscoa! SEDE | Rua Adrião • Cividade • 2440 Golpilheira • Tel. 244 769 140 LOJAS | • Batalha (Lg. Goa, Damão e Diu) • Marinha Grande (R. 1.º de Maio) • LeiriaShopping • Leiria (C.C. Maringá - exterior p/ rua S. Francisco)

Páscoa feliz!

---------------------------------------------------Junto ao Turismo da BATALHA

www.ferragensdolena.com

Serviços mecânicos de excelência! Telas • Esculturas • Azulejos Móveis • Peças Decorativas Sempre exclusivo e original!

Agora com lavagem automática de pesados e furgões! Casal de Mil Homens 2440-231 Golpilheira Tel. 244 769 260 • 919 725 794 andreiauto@mail.telepac.pt

os! VisiOtLeP-I LnH E I RA na G

Um toque de arte na decoração da sua casa...

Rua do Choupico, 129 Casal de Mil Homens 244765498 / 965170426 nelson.c.gomes@hotmail.com

Clínica de medicina dentária da Batalha

Desde 1995 Dra. Sílvia Manteigas Dr. Ricardo Gomes Dra. Clélia Neto - Ortodontia Dra. Joana Barros Ferreira - Odontopediatria

Consultas de segunda a sábado • 244 767 593 • 937 901 566

Boas festas!

Quinta da Fonte Velha 2440-234 GOLPILHEIRA Tel. 244767375 • Tlm. 919854478


Jornal da Golpilheira

>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

. entrevista . eclesial .

Março de 2016

7

Diocese em Peregrinação Cerca de 30 mil pessoas, 75 paróquias, 9 vigararias, 150 crianças numa actividade específica, 110 jovens em grupo organizado pelo SDPJ, 1700 escuteiros do CNE de Leiria. São estes alguns dos números aproximados da 85.ª Peregrinação Diocesana a Fátima, no passado dia 13 de Março. Da Golpilheira, foram também bastantes peregrinos, alguns a pé e outros de carro. Este é o dia em que mais se respira Diocese de Leiria-Fátima no Santuário erguido para celebrar as Aparições de Nossa Senhora neste seu território. É assim há 85 anos, nas últimas décadas sempre ao 5.º Domingo da Quaresma. De todas as paróquias, os diocesanos rumam aos milhares até à Cova da Iria, muitos deles fazendo o percurso a pé desde a véspera. No passado dia 13 de Março, cumpriu-se, mais do que uma tradição, um momento que é especialmente importante no programa pastoral diocesano de cada ano. Neste caso, o primeiro do biénio dedicado a Nossa Senhora e também o Ano Santo da Misericórdia promulgado pelo Papa Francisco, o tema “A caminho com Maria, mãe de ternura e de misericórdia” foi o mote para a caminhada, a oração, a reflexão e a celebração litúrgica e cultural.

Via Matris Em contexto Quaresmal, a Diocese prepara-se com algum cuidado para esta peregrinação, sobretudo pela celebração an-

tecipada do sacramento da Reconciliação nas comunidades. Muitas organizam, depois, grupos a pé ou de autocarro, para um percurso comunitário. Mas são cada vez mais os que optam pela viagem em veículo particular. À chegada a Fátima, por estes diversos meios, convidam-se os fiéis a entrarem no recinto em grandes grupos, a partir dos quatro pontos cardeais. Essa é a caminhada que representa a união das comunidades num mesmo sentido, tendo como ponto de encontro a Capelinha das Aparições, onde o Bispo diocesano a todos acolhe e com todos saúda a Mãe do Céu. Enquanto caminham, os peregrinos começam a celebrar o tema proposto para a jornada. Este ano, optou-se pela Via Matris, uma espécie de Via-Sacra de Nossa Senhora, em sete estações, com o convite a reflectir sobre os vários episódios bíblicos que nos apresentam a sua participação na História da Salvação operada por Cristo. No mesmo sentido de uma Mãe que quer conduzir-nos ao seu Filho, a oração do Rosário na Capelinha é uma espécie de “aperitivo” para o “prato principal”, a celebração eucarística.

Papa presente Segundo números dos serviços do Santuário, cerca de 35 mil pessoas participaram na Missa, sendo a esmagadora maioria diocesanos de Leiria-Fátima. Foi para eles a principal sauda-

ção de D. António Marto, a começar pelos “pequenitos” que estavam em grande número, incluindo o grupos de cerca de 150 que estiveram em actividade específica nessa manhã. Também os muitos jovens, entre os quais uma centena que fizeram vigília na Sé e dali partiram a pé na noite anterior. E ainda os cerca de 1700 escuteiros, que nesta peregrinação testaram “novos caminhos” para quem desejar fazer o percurso com segurança e em espírito de fé. Na sua homilia, o Bispo diocesano quis também saudar, em nome de todos os presentes, o Papa Francisco, que neste dia celebrava o 3.º aniversário da sua eleição, por “três anos fascinantes e cheios da alegria do Evangelho e de dinamismo de renovação para a Igreja e o mundo”. Uma salva de palmas acompanhou a saudação e o convite: “aqui o esperamos em 2017!”.

Deus é misericórdia A propósito do Evangelho deste domingo, o episódio da mulher adúltera, D. António Marto sublinhou que Jesus não condena, mas “se inclina sobre a fragilidade humana” e “cria um tempo de silêncio embaraçante como quem convida todos a entrar em si e a interrogar a sua própria consciência”. Por fim, o perdão que muda a vida e revela “a grandeza e a beleza inenarráveis e indizíveis da ternura e da misericórdia do Senhor”. É esse “Deus maior que o

LMFerraz

Maria a conduzir-nos para Jesus

Um terço foi enviado aos céus

nosso coração” o único que “perdoa, cura as feridas, resgata, enche de graça e ternura, cumula de dons, rejuvenesce, defende com justiça os oprimidos, arranca ao poder do pecado e da morte, abre caminhos de uma vida nova e de um futuro novo”. O único que “nunca nos fecha o seu coração” e “nunca desiste de cada um de nós”, bastando que nos abramos “ao seu perdão no sacramento da reconciliação”.

Contra a pena de morte Ac t u a l i z a n d o e s t a mensagem, o Bispo lembrou que “quando a comunidade cristã acolhe as pessoas com delicadeza, as escuta com atenção, as ama como são, quando cura, reconcilia, anima e encoraja a viver a vida boa do Evangelho, tornase no que ela tem de mais luminoso: uma comunhão de amor, de compaixão, de consolação e perdão, o reflexo da misericórdia divina, um oásis de misericórdia no deserto da cultura da indiferença e da aridez dos corações”. Um exemplo concreto é o apelo do Papa Francisco: “Todos os cristãos

e homens de boa vontade estão chamados hoje não só a comprometer-se pela abolição da pena de morte, mas também a melhorar as condições carcerárias, no respeito pela dignidade humana das pessoas privadas da liberdade”. D. António conclui: “Eis uma bela actualização da obra de misericórdia «visitar os presos»”! E termina com o voto de que “Nossa Senhora, Mãe de Ternura e de Misericórdia, Refúgio dos pecadores, nos acolha e proteja sob o seu manto maternal e nos ajude a fazer da nossa vida um lugar de acolhimento e um canto à misericórdia divina que faz maravilhas”.

Jornada grande Um momento especial da Missa, após a bênção dos doentes e a adoração ao Santíssimo Sacramento, foi o envio missionário de Joaquim Santos, jornalista da Diocese, que irá fazer uma temporada de verão na Missão do Gungo, em Angola, animada há mais de uma década pelo grupo diocesano Ondjoyetu. Outro foi o lançamento pelos escuteiros de um terço gigante, feito com

balões, levando pelos céus o símbolo da devoção do povo e da “alma” desta peregrinação. Para a grande maioria, o programa termina aqui. Mas as propostas continuam pela tarde, a começar pelo almoço que deveria ser de encontro e partilha entre os fiéis das 75 paróquias e 9 vigararias desta Igreja particular. Depois, algumas ofertas culturais ajudam a explorar outras dimensões da temática desta “jornada grande”. Este ano, as opções eram a visita guiada à exposição temporária do Santuário, um documentário sobre as Aparições do Anjo ou uma encenação sobre a vida de Maria de Nazaré. Talvez meio milhar de pessoas tenha persistido até ao momento final, de novo na Capelinha das Aparições, já perto das 17h00. O “acto de entrega à Virgem Maria” foi feito em coro pela multidão, a quem o Bispo diocesano deixou um último convite: “vamos levar a ternura e a misericórdia de Deus para as nossas casas e para o mundo que tanto delas precisa”. LMF pub

Votos de santas festas pascais! Edifício D. Dinis - Porta 2 - 2.º AB Parceiros - Leiria Tel./Fax: 244 872 808 • Telem. 919 009 966 • info@contaline.pt • www.contaline.pt

Deseja a todos os clientes e amigos felizes festas pascais!


8

. eclesial .

Jornal da Golpilheira Março de 2016

Caminhada triunfal abre a Semana Santa É o domingo em que “tudo acontece”. Da aclamação triunfal na entrada de Jesus em Jerusalém à sua condenação, paixão e morte, é “um passo” litúrgico. A celebração do Domingo de Ramos começa assim, com os cristãos a aclamar “Bendito O que vem”, normalmente em procissão com ramos floridos e cânticos de júbilo. Na celebração, são “surpreendidos” com o longo Evangelho que relata como os mesmo que o aclamaram acabam a gritar “crucifica-O”. O fim de semana não teve um clima propício às celebra-

ções de rua, mas elas não deixaram de acontecer um pouco por toda a Diocese. Também na Golpilheira, a concentração foi na igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, seguindo os fiéis em procissão para o salão que serve actualmente de igreja. Na Missa, destacaram-se as crianças com os seus bonitos ramos. E no final, no “adro”, houve quem executasse alguns dos tradicionais cantos de Quaresma, o que ajudou a fazer um bom ambiente para o pequeno almoço que se serve a cada domingo no piso inferior.

LMFerraz

Dos Ramos à Paixão

Saída da procissão da Igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos

Visita Pascal

LMFerraz

Bênção do Ressuscitado às famílias Como habitual, vai realizar-se na paróquia da Batalha a visita pascal, com o anúncio de Cristo Ressuscitado e a bênção às famílias. Os itinerários são similares aos anos anteriores, pelo que na Golpilheira será no Domingo de Pascoela, 3 de Abril, a partir das 10h30, começando em três locais: Hortas, Casal Benzedor e Casal de Mil Homens. O pároco pede que as famílias estejam à porta a receber a comitiva, ou tenham um sinal de verdura a indicar a sua intenção. No final da Missa houve cantos da Quaresma

pub

E.N. 1 - N.º 67 Santo Antão 2440-053 BATALHA Tel. 244 767 923 Fax 244 765 330 E-mail: geral@itvm.com.pt

Zelamos pela sua segurança!


Jornal da Golpilheira

. eclesial .

9

Março de 2016

Formação liga arte com catequese “A beleza e a transmissão da fé” é o mote da acção de formação organizada pelos serviços diocesanos da Catequese e do Património, com o objectivo de “sensibilizar para a importância do património cultural na transmissão da fé e dotar os catequistas de ferramentas básicas de análise desse património”. Aconteceu na Batalha, a 26 de Fevereiro, onde participaram cerca de uma centena de pessoas, sobretudo catequistas, das várias paróquias desta vigararia. Também da Golpilheira esteve um grupo de cerca de uma dezena. Integrado na temática diocesana para este ano, começou pelo aprofundamento do tema “A beleza de Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia”. Um segundo momento foi a apresentação de como “Anunciar a fé a partir do património histórico-artístico da minha paróquia”. Além de algumas “dicas” práticas sobre a importância e a preservação do património artístico e religioso das comunidades, o ponto fulcral foi a descoberta de como se pode fazer catequese a partir das imagens. Aliás, esse

LMFerraz

Objectos e imagens que falam de fé

Trabalhos em grupos

era um método antigo usado pelos cristãos para transmitir as verdades da fé e a “doutrina” a muita gente que não sabia ler ou escrever: as esculturas, pinturas e outros objectos de arte sacra continham expressos os principais dados e significados da história da salvação, tal como são revelados na Bíblia e na Tradição da Igreja. Um exemplo dado foi o do retábulo da igreja de Santo Antão, onde estão representadas as várias cenas da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, e que serviu como verdadeira catequese para muitos dos nossos antepassados.

“Mãos na massa” Com esse objectivo, os participantes foram desafiados a um trabalho prático, a partir de imagens concretas das diversas paróquias da vigararia. “O objectivo principal não é dizer coisas importantes, mas descobrir um método de trabalho”, referia Marco Daniel, director do DPC, que conduziu a sessão. Assim, por grupos, olhando uma imagem impressa, os catequistas preencheram uma “ficha de trabalho” onde procuravam identificar, em primeiro lugar, as características físicas da peça, como os materiais de que é feita, a sua designação,

os elementos nela representados e para que serve no contexto da decoração ou culto na igreja. Depois, a resposta a outras perguntas: que verdades da fé podemos encontrar representadas neste objecto? Como nos pode ajudar a transmitir essas verdades na catequese? Em que ocasião seria útil a sua utilização? Que tipo de dinâmica poderemos utilizar para a integrar na catequese? A verdade é que muitos dos presentes nunca tinham colocado a hipótese de um quadro, um cálice ou uma custódia poderem ser uma ajuda para “mostrar” conteúdos na catequese. Mas foi fácil chegarem à conclusão de que um Anjo Gabriel pode ser usado para falar da Anunciação no Advento, um Cálice com motivos da Paixão para abordar a Eucaristia durante a Quaresma ou Corpo de Deus, uma Nossa Senhora dos Remédios para a apresentar na festa da paróquia como medianeira de Cristo, o remédio por excelência para todos os nossos males. E por aí fora, com um S. Jorge que triunfa sobre o sofrimento e a morte, uma custódia-cálice que centra

os olhares sobre a Comunhão, um painel de azulejo que mostra a descida do Espírito Santo, um painel da coroação de Nossa Senhora que aponta a glória da Igreja celestial. Quanto às dinâmicas, o uso das imagens como puzzle a montar pelos catequisandos, como fonte de inspiração para um teatro, um jogo “quem é quem”, ou simplesmente como ilustração concreta do tema, foram algumas das ideias. “Há tantos anos que olho para esta imagem lá na igreja e nunca tinha visto tantos pormenores interessantes que nela estão presentes”, comentava alguém. “Só por essa descoberta já valeu a pena esta sessão”, comentava Marco Daniel. E, de facto, o testemunho dos catequistas no convívio final, enquanto partilhavam um chá e uns doces, era o de que “às vezes temos as coisas debaixo dos olhos e não as vemos”. O valor simbólico e catequético da arte sacra é apenas um exemplo. Para estes catequistas, poderá passar a ser, a partir de agora, mais uma “ferramenta” de trabalho pastoral. LMF

Mais de 30 jovens em preparação São mais de três dezenas os jovens que frequentam o 10.º ano da catequese da Golpilheira, alguns deles vindos da Batalha. Com a catequista Isabel Costa, preparam-se para celebrar o sa-

cramento do Crisma, que será no domingo 24 de Abril, às 17h00, presidido pelo Bispo diocesano, D. António Marto. No passado dia 28 de Fevereiro, fizeram a sua apresentação

à comunidade, com a inscrição entregue ao pároco e o compromisso de crescimento na fé e na vida cristã, feito solene e publicamente diante de todos.

LMFerraz

Compromisso dos Crismandos

Adoração ao Santíssimo

LMFerraz

“24 horas para o Senhor” Foram muitas as comunidades por todo o mundo que se mobilizaram para responder à proposta do Papa Francisco de dedicação de “24 horas para o Senhor”, no fim de semana de 4 e 5 de Março. O Bispo de Leiria-Fátima, na sua mensagem para esta Quaresma, referia que esta seria “uma oportunidade de escuta orante da Palavra num momento intenso de oração e adoração” e que deveria “ser bem preparado para que tenha qualidade e envolvência de grupos e movimentos das comunidades”. Na Batalha, não foram 24 horas, mas foi uma tarde de Sábado em que a igreja matriz da batalha esteve sempre composta com grupos de catequese, de jovens, de viúvas, de casais e muitas dezenas de fiéis que fizeram questão de responder sim a esta proposta. Também da Golpilheira, foram vários os grupos de catequese e outras pessoas a passar por lá para “estar com o Senhor”.


10

. sociedade .

Jornal da Golpilheira Março de 2016

Estratégia Promocional para 2016

Junta da Batalha organizou

Sopas solidárias ajudam Bombeiros e Misericórdia A Junta de Freguesia da Batalha promoveu, no sábado 12 de Março, mais uma noite de festival de sopas, no pavilhão multiusos da vila. Foi uma verdadeira festa solidária, com a colaboração de 23 associações da freguesia, que confeccionaram as sopas e outros petiscos tradicionais. E não faltou animação, com o baile ao som do Duo Raquel e Vera. As receitas angariadas revertem para os Bombeiros Voluntários da Batalha e Santa Casa da Misericórdia da Batalha. O presidente da Junta, Germano Pragosa, refere que “foi um êxito, com o pavilhão esgotado”, bem como pela verba angariada de 1.245 euros para cada uma das referidas instituições. pub

Filipa Silva Solicitadora Agente de Execução Estrada de Fátima, n.º 16-B, R/C Esq. 2440-100 Batalha Telm. 910 865 979 | Tel./Fax 244 765 466 4830@solicitador.net

Páscoa Feliz!

Decorreu no passado dia 7 de Março, no Hotel Villa Batalha, a apresentação da estratégia promocional para o turismo na Batalha em 2016, especialmente dirigida a empresários do sector e comunicação social. Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal, conduziu a sessão em que participou o presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado. O encontro começou pela projecção de um novo filme promocional do concelho da Batalha, que despertou a atenção de todos e onde se destaca o grandioso Mosteiro da Batalha, mas também não são esquecidos outros lugares emblemáticos, como a Ponte da Boutaca, a aldeia da Pia do Urso ou o Reguengo do Fetal e a sua procissão iluminada com cascas de Caracóis. Aparecem as paisagens, os museus, a gastronomia, as actividades tradicionais e industriais, a cultura e o desporto, onde se inclui a equipa de iniciados masculinos da Golpilheira. “Batalha inesquecível” é o título do filme de cerca de 5 minutos, que foi apresentado pelo Município da Batalha na Bolsa de Turismo de Lisboa, no

Aos nossos clientes e amigos desejamos Santa Páscoa!

MCR

DR

Batalha aposta forte no Turismo

Alguns dos presentes na sessão

início deste mês, e já está a correr as redes sociais. Com o lema “Batalha, História e Modernidade de mãos dadas”, está prevista a sua exibição, por exemplo, a bordo dos aviões da TAP. O grande objectivo é promover e reforçar ainda mais a notoriedade da Batalha, com o enfoque em diversos produtos turísticos, realçando a importância da diversificação dos vários canais de promoção. “Mais importante do que a estratégia, são os resultados, através da fixação de mais turistas na Batalha”, refere Paulo Batista, defendendo que “o Município pode e deve dar uma grande ajuda para trazer mais gente à Batalha, para que a marca Batalha seja cada vez mais conhecida”. Nesta linha, Rui Cunha, técnico da autarquia, apresentou um

novo site sobre a Batalha, em www.descobrirbatalha. pt, um sítio dinâmico que mostra história, património, museus, natureza, gastronomia, eventos e actividades do Concelho, com um “piscar de olho” à região à volta. Agosto traz Dengaz, José Cid, The Gift e Xutos & Pontapés. Quanto às actividades, Cíntia Silva, vereadora da Cultura, apresentou algumas que estão “na calha”, a começar pelo novo projecto “Florir Portugal”, que será entretanto divulgado e promete embelezar as nossas ruas com flores. Apresentou ainda as festas da Santíssima Trindade, a secular festa paroquial que este ano se vai realizar nos dias 21 e 22 de Maio. A FIABA virá a seguir, nos dias 2 a 6 de Junho. Entre

outros, foram divulgadas também as Festas de Agosto, que serão animadas, como é hábito, por diversos artistas de renome. Este ano, os cabeças de cartaz serão Dengaz, José Cid, The Gift e Xutos & Pontapés. A terminar o encontro, o presidente do Turismo do Centro referiu que “a Batalha já é um produto maduro”, cuja dinâmica turística assenta num “triângulo”: a parceria entre a dimensão nacional e regional, a mobilização das empresas e dos empresários e o envolvimento do Município. “Esta dinâmica tem um papel decisivo na política municipal e intermunicipal”, com “resultados muito generosos”, como o facto de que “o Turismo tem crescido a dois dígitos e espera-se que 2016 ultrapasse os resultados de 2015”. Pedro Machado considerou que “Portugal e Espanha estão neste momento a beneficiar da actual conjuntura internacional” e defendeu que “a simbiose das marcas ‘Portugal’, ‘Centro’ e ‘Batalha’ augura um futuro brilhante para o turismo nacional”. MCR | LMF

Tel. 244 766 105 Tintas Telem. 919 194 756 Drogaria Casal da Ponte Nova Ferragens 2440 BATALHA Ferramentas Materiais de Construção IC2 - Santo Antão 2440-053 BATALHA Tel. 244 765 523 / 244 767 754 Fax. 244 767 754 E-mail. cruzarte@gmail.com Comércio Grossista de Flores e Artigos de Decoração Fabrico de Artigos em Vime


Jornal da Golpilheira

. sociedade .

11

Março de 2016

Município da Batalha e Crédito Agrícola apoiam

Concelho vai ter dois novos lares A Assembleia Municipal da Batalha, na sua reunião do passado dia 26 de Fevereiro, aprovou por unanimidade a proposta de revisão orçamental apresentada pela Câmara Municipal, na qual se assegura a dotação financeira para o apoio da autarquia à construção de dois novos lares de idosos no Concelho, nas freguesias da Batalha e de São Mamede. No total, o Município vai contribuir com 240 mil euros, repartido em dois anos, a atribuir de forma igual pelas IPSS promotoras, respectivamente, a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha e o Centro Social e Cultural da Paróquia de São Mamede. O protocolo com estas IPSS já foi assinado, no passado dia 14 de Março, numa sessão que contou com a presença da directora do Centro Distrital de Leiria do Instituto de Segurança Social, Maria do Céu Mendes. A cobertura de lares de terceira idade no concelho da Batalha conta, actualmente, apenas com o Lar do Centro Paroquial de Assistência do Reguengo do Fetal, que beneficia de acordo com a Segurança Social e desenvolve uma vasta actividade social, sobretudo naquela freguesia. De acordo com o presidente do Município da Batalha, Paulo Batista Santos, “o apoio à construção e ao funcionamento dos lares advém das preocupações sociais da autarquia, designadamente, para com

Maquete do Lar da Misericórdia da Batalha

Maquete do Lar do Centro Paroquial de São Mamede

a população mais idosa, substituindo-se, muitas vezes, ao papel do Estado por razões que se prendem com as necessidades mais básicas da população”. Na mesma sessão da Assembleia Municipal, foi igualmente aprovada a proposta da Câmara para o reconhecimento do interesse público estratégico do projecto da Misericórdia da Batalha relativo à construção do seu lar, com fundamento no contributo para o desenvolvimento económico e social do concelho daquele empreendimento, nomeadamente ao nível do alargamento da resposta de acolhimento, tratamento e ocupação de pessoas idosas e de mobilidade reduzida. Crédito Agrícola solidário Entretanto, na Assembleia Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha, no passado dia 21 de Março, foi anun-

ciado o apoio desta instituição bancária concelhia ao projecto de Lar da Santa Casa da Batalha. Em concreto, a Caixa irá pagar integralmente o montante referente a 10 quartos do novo lar, “que deverão ficar disponíveis para cidadãos batalhenses, especialmente os mais carenciados, cuja gestão será feita pela Misericórdia”, afirmou o presidente do Conselho de Administração, Afonso Marto. Mas a ajuda não fica por aqui. A CCAM da Batalha vai também assumir integralmente os custos de um projecto de assistência médica e de enfermagem ao domicílio, a disponibilizar brevemente pela Misericórdia da Batalha. A cooperação entre as duas instituições levou ainda à transferência de todo o crédito actual da Misericórdia, que “foi financiado e renegociado em condições muito mais

vantajosas”, garante o provedor, Carlos Agostinho.

Dia Mundial da Consciencialização do Autismo

“Dia Azul” regressa à Batalha

Dado o enorme sucesso da iniciativa organizada no ano passado, o Jardim da Isabel irá, mais uma vez, comemorar o “Dia Azul”, Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, no próximo dia 2 de Abril. O objectivo é sensibilizar a população para este problema do desenvolvimento infantil e “dar a conhecer crianças que vêem o mundo de forma diferente, mas que, se os ajudarmos, podem ter uma vida de sucesso”. Uma das acções com maior envolvimento é a “Corrida D’Avis”, organizada em parceria com o Atlético Clube Batalha, na quinta-feira, 31 de Março, com início às 20h30, junto ao posto de turismo. Também com bastante visibilidade será a iluminação e decoração dos edifícios com a cor azul, a que se irão associar a Câmara Municipal da Batalha e diversos comerciantes locais. Toda a população é convidada a participar, para que no sábado 2 de Abril a Batalha seja uma “vila azul”. Para tal, convidam-se todos a iniciativas como vestir de azul, afixar o cartaz do “Dia Azul”, pendurar balões azuis nas fachadas, decorar as montras de azul, colocar faixas azuis numa zona exterior visível, iluminar os estabelecimentos com luzes azuis ou filtradas de azul, e outras que a criatividade desperte.

Apresentação de contas Nesta assembleia geral foram apresentadas as contas da Caixa da Batalha, que revelaram um lucro superior a 2 milhões de euros em 2015. “É um dos melhores resultados da última década”, que Afonso Marto atribui ao “dinamismo do tecido empresarial e confiança dos clientes, à recuperação de alguns créditos antigos e a uma gestão criteriosa dos investimentos”. O presidente do Conselho de Administração sublinhou que, “mercê destes bons resultados, podemos continuar a praticar as comissões mais baixas do mercado e do próprio grupo do Crédito Agrícola, uma forma de devolver aos clientes alguma da riqueza que ajudam a consolidar nestas instituição cooperativa do Concelho”. LMF pub


12

. pub .

Jornal da Golpilheira Março de 2016

Licínio Monteiro - CEO Est. Principal, Lote 2, n.º 9 • Cascaria • 2405-010 Maceira Tel. 244 872 725/6 • Fax 244 872 727 • www.fmpmoldes.pt • lmonteiro@fmpmoldes.pt

Produção e comércio de carnes Produção própria de novilhos Enchidos tradicionais

Temos or o melh us s se para o Páscoa! os de almoç

Lg. Goa, Damão e Diu • BATALHA • Tel. 244 765 677 • talhosirmaosnuno@sapo.pt

...com votos de

festas felizes! Solidez. Responsabilidade. Eficácia. Proximidade. Simpatia. Amizade. São apenas algumas das características do banco da (nossa) terra.

Com votos de FELIZ PÁSCOA para todos os nossos Clientes e Associados.

NESTA PÁSCOA... VENHA VIVER REGUENGO DO FETAL! Natureza • Desporto • Património • Cultura • Vida


Jornal da Golpilheira

>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

. desporto .

Março de 2016

13

Festa e Passeio de Todo-o-Terreno

“Anjos sobre Rodas” de regresso

LMFerraz

Está à porta mais um passeio de todo-o-terreno “Anjos Sobre Rodas”, organizado pelo CRG, no domingo 10 de Abril. A antecipar, vai haver festa, já no dia 2 com música, dança, e inscrições com desconto para o TT. A não perder!

Futsal Feminino Júnior faz “dobradinha” Depois de ter garantido, no mês passado, a conquista do Campeonato Distrital, a equipa de Futsal Feminino Júnior do Centro Recreativo da Golpilheira trouxe para casa a Taça Distrital. Está assim garantida a “dobradinha” (campeonato e taça) nesta época de 2015/2016. Golpilheira – 6 Louriçal – 0 O jogo decorreu no pavilhão da Martingança, no sábado 12 de Março. A

nossa equipa, apoiada por uma enorme falange de adeptos, cedo começou à procura do golo. A equipa do Louriçal jogava muito fechada, aproveitando apenas os contra-ataques para acercar-se da nossa baliza. Após várias oportunidades de golo não concretizadas, Joana inaugurou o marcador. Ainda na primeira parte, Beatriz Soares elevou a contagem para 2-0, resultado com que fomos para intervalo. Na segunda parte, o

nosso domínio acentuouse e conseguimos obter mais quatro golos, por Margarida, Rita, Fabiana e Beatriz Lindo. Nesta segunda parte, o Louriçal criou algumas boas situações de golo, mas encontrou na nossa baliza uma Diana intransponível. No final do jogo, um director da Associação de Futebol de Leiria fez a distribuição das medalhas a ambas as equipas. Depois, entregou à capitã da nossa equipa, Rita, o tão almeja-

Equipas e atletas em destaque

Câmara atribui votos de louvor O executivo do Município da Batalha decidiu atribuir diversos votos de louvou a equipas e atletas do Concelho que obtiveram recentemente “excelentes resultados desportivos”. Um deles foi o atleta Samuel Remédios, da Freguesia de São Mamede, que viu ser confirmada a sua participação no Campeonato do Mundo de Atletismo, em pista coberta, a realizar de 17 a 20 de Março, em Portland, nos Estados Unidos da América. O atleta em causa, que representa o Sport Lisboa e Benfica, regista a 11.ª melhor marca mundial na modalidade do Hepatlo. Quanto às equipas, bem podemos dizer que

o futsal esteve em “altas” no fim-de-semana de 12 e 13 de Março: a equipa de futsal júnior feminino do Centro Recreativo da Golpilheira venceu a Taça do Distrito, em jogo disputado com o Louriçal, por uns expressivos 6-0; a Associação Recreativa Amarense conquistou a Taça do Distrito em Futsal Júnior Masculino, em jogo disputado com a equipa do Peniche Amigos Clube; e a equipa sénior feminina de futsal do Centro Cultural e Recreativo da Quinta do Sobrado e Palmeiros conquistou o Campeonato Distrital da 1.ª Divisão – Grupo B, numa partida disputada frente à Associação Recreativa e Cultural da Alcaidaria.

No voto de louvor divulgado em nota à imprensa, o presidente do Município, Paulo Batista Santos, refere que “deve ser enaltecido o desempenho dos atletas e o exemplo e dedicação dos treinadores e dirigentes dos clubes cujos resultados dignificam o desporto e contribuem para a divulgação do concelho da Batalha”. O autarca aponta ainda que o investimento municipal no apoio à prática desportiva, “que na presente época desportiva ascende a 117 mil euros, tem garantido aos clubes condições de estabilidade e de trabalho para a prossecução de bons resultados em termos desportivos e de formação cívica”.

do troféu. Naquele Pavilhão viveram-se momentos de grande felicidade das nossas atletas, treinadora, directores, estendendo-se ainda aos nossos incansáveis adeptos. MCR


14

Jornal da Golpilheira

>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

. desporto .

Março de 2016

Equipas do CRG Futebol 11

FUTSAL

Campeão Nacional de Futebol 5

MCR

12-03 – Vilarense – 3/Golpilheira – 0 13-03 – Masters Futebol 7, na Batalha: Boavista – 3/Golpilheira – 0 Sporting – 6/Golpilheira – 0 Golpilheira – 2/União de Leiria – 1 Setúbal – 4/Golpilheira – 1 19-03 – XI Torneio de Veteranos no Campo Municipal dos Canhas, Ponta do Sol, Madeira (reportagem na próxima edição) Próximos Jogos 16-04, 18h00 (Batalha) – Golpilheira/”Tricofaites” 30-04 (Penela) – Penela/Golpilheira 07-05 (Tremês) – Tremês/Golpilheira

MCR

Veteranos

Campeão Nacional de Futebol 7

Batalha recebe “maior” evento de Futebol 5 e 7

Campeonato Nacional de Seniores Femininos

Veteranos no Torneio de Masters Futebol

Taça Distrital de Juniores Femininos

Organizado pela Associação Portuguesa de Futebol de 7, em conjunto com o Projecto Escola Verde e o Município da Batalha, realizou-se a 3.ª Edição do Torneio de Masters Futebol 7, no Complexo Desportivo da Batalha, no passado dia 13 de Março. As equipas participantes foram C. R. Golpilheira, Vitória de Setúbal, Boa-

05-03 – CCR Nun’Álvares – 3/Golpilheira – 2 (Taça de Portugal) 12-03 – Sporting – 1/Golpilheira – 1 19-03 – Golpilheira - 1/Vermoim – 3 Próximos Jogos 26-03, 19h00 (Pavilhão nº. 2 da Luz) – Benfica/Golpilheira 09-04, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Quinta dos Lombos 16-04, 18h00 (Viana do Castelo) – Santa Luzia/Golpilheira 23-04, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Restauradores Avintenses 12-03 – Golpilheira – 6/Louriçal – 0 (Final da Taça Distrital)

Taça Nacional de Juniores Femininos

20-03, 17h00 – (Golpilheira) – Golpilheira - 7/U. D. Cariense - 2 Próximos Jogos 25-03 – Benfica/Golpilheira 03-04 – (Silves) – Silves/Golpilheira 10-04 – U. D. Cariense/Golpilheira 17-04, 16h00 – (Golpilheira) – Golpilheira/Benfica 24-04, 16h00 – (Golpilheira) – Golpilheira/Silves

Iniciados Femininos - Taça Promoção

13-03 – Ribeira do Sirol – 3/Golpilheira – 2 Próximos Jogos 02-04, 11h00 (Pombal) – Núcleo S. Pombal/Golpilheira 17-04, 11h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Fátima 30-04, 11h30 (Golpilheira) – Golpilheira Ribeira do Sirol

vista de Leiria, Sporting C. Portugal e União de Leiria. Os atletas de cada equipa não podiam ter menos de 35 anos. Todas as equipas se defrontaram entre si, em jogos de 30 minutos, divididos em duas partes de 15 minutos. Os resultados estão indicados na coluna ao lado. Dos quatro jogos, perdemos 3 e ganhámos 1. Foi uma ex-

celente experiência, pois podemos defrontar alguns atletas de renome nacional e internacional, como José Eduardo, Carlos Xavier ou Fernando Mendes. Elite Futebol 5 & 7 No mesmo fim de semana e local, também organizado pela Associação Portuguesa de Futebol 7 e a Associação Portuguesa MiniFootball, decorreu “o

maior evento do país dedicado ao Futebol 5 e 7”, o “Elite Futebol 5 & 7”, que encerrou a 1.ª época 2015/16 das competições oficiais: SuperLiga Nacional Futebol 5 e SuperLiga Nacional Futebol 7, com o apuramento dos campeões regionais de cada modalidade, que disputarão o título de campeão nacional. MCR

Reportagem na próxima edição

Veteranos da Golpilheira na Madeira

Campeonato Distrital de Juvenis Masculinos 05-03 – Amarense – 2/Golpilheira – 1

Torneio Complementar de Juvenis Masculinos – Série B Próximos Jogos 02-04 (Santa Catrina) – Catarinense/Golpilheira 09-04 (Golpilheira) – Golpilheira/Núcleo S. Pombal 16-04 (Telheiro) – Telheiro/Golpilheira 23-04 (Golpilheira) – Golpilheira/A. Clube de Leiria

06-03 – Telheiro – 0/Golpilheira – 5 20-03 – Golpilheira - 4/A. Clube de Leiria – 0 Próximos Jogos 16-04, 15h00 (Correia Mateus, Leiria) – Ribeira do Sirol/Golpilheira 23-04, 15h00 (Barreiros) – Barreiros/Golpilheira

JG

Campeonato Distrital de Iniciados Masculinos

Preparados para entrar em jogo

pub

de Franclim Sousa Profissionais de Caixilharia

Rua do Depósito de Água Tojeira • 2460-619 ALJUBARROTA

Tel. 262 596 896 geral@caixifer.com www.caixifer.com

R. Leiria, 73 - Cividade 2440-231 GOLPILHEIRA Tel/Fax 244767839 Tlm. 919640326 reciklena@iol.pt

Joaquim Vieira Reciclagem e comercialização de consumíveis informáticos

Aberto das 9h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h30 Telefone 244 768 256 | Telemóvel 917 861 577

Na Batalha

Centro Comercial Ponte Nova Tel. 244 767 497

CANALIZAÇÕES • AQUECIMENTOS BOMBAS • SISTEMAS SOLARES ASPIRAÇÃO CENTRAL

Deseja a todos os clientes e amigos feliz páscoa!

Desejamos a todos uma Santa Páscoa!


Jornal da Golpilheira

>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

entrevista . .. economia

Março de 2016

15

No Café Fidalgo

Grande Noite de Fados

LMF

O Café Fidalgo vai organizar uma Grande Noite de Fados, no próximo dia 1 de Abril, pelas 22h00, com as vozes de Mário Godinho e Inês Martins. Serão acompanhados à viola por Carlos Matias e à guitarra por José Inês. As entradas, ao preço de 12,5 euros incluem o jantar, com caldo verde e bom vinho. Reservas para o número 244 234 095.

Feira de Stocks na Batalha

Nova gerência e mini-mercado

Compras e animação na vila A Praça do Município acolheu mais uma “Feira de Stocks”, no fim-desemana de 5 e 6 de Março, iniciativa da Câmara Municipal e da ACILIS – Associação Comercial e Industrial de Leiria, Bata-

lha e Porto de Mós, com a participação de cerca de duas dezenas de comerciantes e prestadores de serviços da vila. Além dos descontos, também a animação para miúdos e graúdos atraiu

muito visitantes ao certame. “Valeu a pena, para mostrarmos um pouco o nosso negócio, partilharmos conhecimentos e contactos entre comerciantes e, claro, para escoarmos alguns produtos”, referia

Informamos que, desde início de Fevereiro, o Café Fidalgo está com nova gerência, a cargo de João e Lisete Silva, residentes na Azoia. O casal abriu, ainda, um novo espaço de mini-mercado, nas proximidades do café, com oferta de produtos básicos de alimentação e artigos para o lar, além de frutaria e florista. “A Lisete já teve uma pequena loja na Maceirinha e a zona central da Golpilheira pareceu-nos necessitada de um espaço deste género, pelos que apostámos na vinda para cá”, refere João Silva. O “Mercadinho da Lisete” aposta, assim, num “serviço de proximidade, que possa satisfazer as necessidades da população nos produtos mais básicos do dia-a-dia, sem terem de se deslocar”. Foi com a abertura desde espaço que surgiu o convite a explorar também o café e o restaurante anexo, onde continuam a oferecer um serviço de diárias a 5,5 euros.

João Ricardo, um dos lojistas participantes, natural da Golpilheira. Eram, aliás, vários os empresários com ligação à nossa freguesia, o que demonstra a presença da Golpilheira no tecido comercial da vila.

ACEGE distingue autarquias e empresas

Município adere a “Pagamento pontual” O núcleo de Leiria da ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) promoveu, no passado dia 22 de Março, uma cerimónia de “Adesão ao Compromisso Pagamento Pontual”. A iniciativa contou com a parceria da NERLEI (Associação Empresarial da Região de Leiria), da CIP (Confederação Empresarial de Por-

tugal), do IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação) e da CGD (Caixa Geral de Depósitos). Entre as empresas e autarquias que aderiram a este projecto, esteve o Município da Batalha. “Em Portugal existe uma cultura de pagamentos fora do prazo a fornecedores que provoca, todos os anos

milhares de novos desempregados e que pressiona, dia após dia, os líderes empresariais pela imprevisibilidade das cobranças, pelo tempo excessivo colocado na tentativa de receber e pelas dificuldades de tesouraria que seriam evitáveis se todos pagassem no prazo combinado”, aponta uma nota da organização. É para “contrariar esta rea-

lidade” que surge esta proposta de “Compromisso do Pagamento Pontual a fornecedores”, visando “ser um elemento transformador e de promoção de uma nova cultura empresarial”. As empresas e entidades que queiram aderir poderão sempre fazê-lo, na página www.pagamentospontuais.com.pt.

Sobre orçamento de Estado para 2016 “Numa análise global ao Orçamento de Estado, a APFN alerta para as deficiências no sistema fiscal português que, ao ignorar sistematicamente a existência de dependentes, penaliza injustamente as famílias, colocando-as numa situação de desigual-

dade de oportunidades. A grande maioria das taxas e impostos e cobrados aos portugueses padece deste vício, e os exemplos falam por si mesmos”. Assim se pronunica em comunicado a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN).

DR

Fisco prejudica famílias

A gerente Rita Morgado

2 anos da Girandola kids Batalha

A associação concretiza as suas conclusões com vários exemplos concretos nas taxas moderadoras, no limite das despesas de educação e saúde no IRS, na aferição do mínimo de existência (abaixo do qual não se pagam impostos), na isenção de IMI por bai-

xos rendimentos e nas deduções à colecta. A APFN defende a “existência de um mecanismo de justiça fiscal que não ignore a progressividade do imposto” e dá várias sugestões para o concretizar. O documento está em www.apfn.com.pt.

A loja Girandola Kids Batalha, situada no Edifício Avis, comemorou o seu 2.º aniversario no passado dia 27 Fevereiro, convidando os clientes e amigos para a festa. Várias dezenas de pessoas passaram pelo espaço ao longo do dia, onde os mais novos tiveram direito a pinturas faciais e modelagem de balões, como é natural numa loja de roupa infantil. Segundo a administradora Rita Morgado, “foi um ano muito simpático”, tendo aproveitado a ocasião para “agradecer a todos os que fizeram parte dele o tornaram possível”. pub

Agente Gás Galp e Repsol Serviço de entrega ao domicílio

A todos desejamos

GOLPILHEIRA • Tels. 244 768 246 / 966 791 425 / 963 432 306

Páscoa feliz!

MARGARIDA RITO Desejamos a todas as clientes e amigas felizes festas pascais!

coa (Abril)!ng P romoção Pás ação + Brushi

ul Corte + Ond 50 euros!

Cabeleireiro & Estética

Edifício Arcadas - Piso 0 - Lj 1 Av. Marquês Pombal - LEIRIA MARCAÇÕES: 244 815 818


16

Jornal da Golpilheira

. temas .

Março de 2016

. combatentes .

Por Luísa M. Monteiro

a Casa

vivia na Casa dos bisavós, _____ a Casa onde nascera um dos avós _____ e para onde o pai levou a mãe quando casaram ____ (este levar não é no sentido de subserviência, que nunca a houvera, pelo menos direta, porém a forma de aproveitamento de um espaço que já estava construído. os terrenos seriam guardados para os pomares, para as vinhas, para uma ou outra horta de sustento diário). visto à distância era uma bela e grande Casa, vasta adega, o primeiro andar onde a vida girava, e o sótão a dar largas à imaginação. (do pátio lembrar-se-á noutra altura, quando falar das galinhas e do milho contado e atirado grão a grão para longe, sentada num degrau a ver qual delas chegava primeiro.) lá no alto da aldeia, virada para a estrada principal, a Casa fazia vista. hoje porém parece-lhe pequena, acanhada a Casa, tal a tralha que a possui, as ninharias que a prendem, onde pôr as roupas os porquês, os acepipes das vidas modernas. dormiam ela e a irmã no mesmo quarto, uma cama de ferro que ainda por lá anda, cheia de trapos, roupas velhas, na Casa agora só. no quarto em frente estava o irmão, que por sobre a cama convivia religiosamente com uma imagem do benfica, em papelão, hoje debotadíssima mas que haverá de lhe ser entregue em embrulho de celofane e fitas, virão beijos. os pais no quarto dos fundos, a cozinha apertada, um grande fogão de ferro alimentado a lenha, sobre a lareira, ao lado o do gás com três bicos— um enorme para a grande panela de sopa e para os guisados dos domingos. no balcão junto à janela o armário de rede onde se guardava o queijo uma sobra de arroz, um peixe frito, ao canto a mesa redonda de que o pai nada gostava porque tinha de a arrastar para a família inteira caber (num espaço afinal apertado) e porque lhe tombavam os cotovelos durante a refeição. era uma Casa grande, cheia de brilho, — da Casa via-se o rio e do rio via-se a Casa —, mas uma Casa grande aos seus olhos, de pequena, pouco maior no entanto, se medida em metros quadrados, que o pequeno apartamento em que vive num permanente desgosto. mas era uma Casa grande porque não se confinava ao seu tamanho, aos tijolos às paredes, era uma Casa grande porque tinha rua, e toda a sua vida na infância se passava da porta para fora, aos gritos, às alegrias pela estrada abaixo.

.desenhos que falam.

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

76.º aniversário do Núcleo – Colóquio sobre a 1.ª Grande Guerra (Continuação) No artigo anterior, fizemos uma curta “viagem” pelos meandros da 1.ª Grande Guerra (1914-1918) e da ligação que à mesma tivemos, enquanto país, por nela termos participado directamente. Recordemos que, para nós, portugueses, tal participação se dividiu por dois campos de batalha bastante distintos entre si: África e Europa. Em África, mais concretamente em Angola e Moçambique, combatemos durante os 4 anos do conflito, com cerca de 60.000 militares, para evitarmos que os alemães nos “abocanhassem” aquelas duas então colónias portuguesas, que eles tanto nos cobiçavam. Por sua vez, na Europa, o nosso envolvimento naquela guerra, com cerca de 55.000 combatentes, ocorreu em França, região da Flandres, a partir de 1917 e até ao final da mesma, 11 de Novembro de 1918, dia em que foi assinado o Armistício (rendição da Alemanha) entre os países beligerantes. Mas, para os batalhenses, a 1.ª Grande Guerra tem ainda um outro significado bastante especial, pois, como sabemos e em diversas ocasiões temos lembrado, é na nossa Vila que, a nível nacional e oficial, anualmente se comemora a sua efeméride (9 de Abril – Batalha

de La Lys e Dia do Combatente), dado a Sala do Capítulo do Mosteiro de Santa Maria da Vitória ter sido o local escolhido para o eterno repouso dos restos mortais de dois “soldados desconhecidos”, caídos em defesa da Pátria durante o conflito, um em Moçambique e o outro em França, e para aqui transladados em 1921. No artigo anterior, lembrámos ainda que, entre 2014 e 2018, se vem comemorando o centenário dessa 1.ª Guerra, um pouco por todos os países que entraram naquele conflito, incluindo Portugal. No decorrer destes 4 anos (2014 a 2018), já houve e continuará a haver várias iniciativas nesse sentido e daí advém aquela que o Núcleo de Combatentes da Batalha, aproveitando as comemorações do seu 76.º aniversário, vai levar a

LMF

. suspiros .

cabo, consubstanciada na realização de um colóquio sobre o tema, que irá ter lugar no dia 8 de Abril próximo, a partir das 14h30, no Auditório Municipal da Batalha, conforme programa que divulgámos no artigo do mês passado. E, se também ainda estão lembrados, terminávamos o dito artigo com a promessa de que, no seguinte, iríamos dar pormenores do filme “A Transladação do Soldado Anónimo Português – Uma Cerimónia Patriótica”, que iremos exibir no decorrer do colóquio e que iremos fazer, de seguida. Este filme foi rodado em 1921, com início em França, tem seguimento em Lisboa e em Leiria e termina na Batalha, mostrando toda a emoção e patriotismo que envolveu a vinda dos restos mortais, um de França e outro de Moçambique, dos

Imagem do filme

dois Soldados Desconhecidos, imolados no conflito mundial de 1914-1918 que, desde então, repousam no Túmulo do “Soldado Desconhecido”, na Sala do Capítulo do Mosteiro da Batalha, como acima já dissemos. Todos os momentos que rodearam, em França e em Portugal, aquele memorável cerimonial, presidido pelas mais altas figuras de Estado destes dois países e não só, revelam, por parte dos milhares e milhares de pessoas sempre presentes, um fervor e uma exaltação patrióticas que, infelizmente, se tem perdido um pouco, desde então. Trata-se, pois, de um filme raro, em que não haverá mais de meia dúzia de cópias em boas condições no País e que pouquíssima gente conhecerá, o qual foi cedido, a título excepcional, pela Cinemateca Nacional, e que iremos ter o privilégio de apreciar. Em súmula, este filme é uma autêntica relíquia, tratando-se de um “documento” histórico fascinante e, para nós, batalhenses, ainda com o significado especial de terminar exactamente com vários minutos de filmagens na Batalha, mostrando-nos como era vila em 1921, e daí repetirmos o alvitre de que, quem possa, não deve perder a oportunidade de o ir apreciar.

Texto e ilustração: Susana Jordão

Credula postero Há duas palavras em latim que um dia foram retiradas e isoladas de um desconhecido poema (Odes I, 11.8) do poeta romano Horácio Flaco (65 - 8 AC), que idolatramos sem conhecer. Baseamo-nos em traduções mais ou menos fidedignas sem questionar. Aceitamos o sentido lato do que nos é dado. Usamos frases feitas, sem direito, e escrevemo-las nas pontes, nas paredes despidas, tatuamos no corpo. Inventamos e reinventamos, sonhamos,

verbalizamos e partilhamos. Incutimos em nós e nos outros. Tudo tão ingenuamente vazio de interpretação. Fazemos com nove letras bi-conjugadas o que fazemos connosco próprios, tantas vezes, eventualmente sem querer. Incutimos em nós e nos outros o que não sabemos fazer. Tentamos espremer e esmagar os dias, um a um, sem nos apercebermos que são estes a tão sempre inevitável excepção. Queremos tanto um con-

sumo apertado do que temos, que esgotamos previamente o que tanto queremos preencher. O que fazemos hoje não é mais do que o reflexo dos outros “hojes” e a projecção dos incertos “amanhãs”. O que o desconhecido romano nos diz é que o que fazemos tem de ser uma construção consciente do que vem a seguir. Que a incontrolável série ininterrupta e eterna de instantes, estará cá inevitavelmente sempre e para sempre. E este sempre, esta certeza inquestionável, transporta-

nos para a inevitabilidade da convivência, mesmo que não consentida. É importante viver de cabeça erguida, porque só essa postura nos permite olhar em frente, para não nos perdemos, enquanto vivemos contradito-

riamente entre dois pólos antagónicos, que se destroem ao mais pequeno toque. No fundo, é crucial aceitar que há sempre um novo dia, mesmo que este não seja um facto garantido e que o próxi-

mo segundo possa não passar de ficção. Porque é este novelo de confiança e incerteza que nos mantém vivos e simultaneamente nos mantém serenamente confortáveis. Sem nunca esquecer que o amanhã será sempre um hoje para alguém.


Jornal da Golpilheira

17

. temas .

Março de 2016

.vinha.

.saúde.

José Jordão Cruz Engenheiro Téc. Agrário (Insc. 0755 O.E.T)

Ana Maria Henriques Médica Interna

Panorama vitivinícola mundial - 1

Enfermeiros

A produção e qualidade do vinho em Portugal tem vindo a ser referência, devido à sua conquista de cota de mercado mundial, pela forte reconversão efectuada nos nossos vinhedos, com apoios comunitários. Por outro lado, a nossa qualidade excepcional é fruto da grande diversidade de micro-climas e de uma grande variedade de castas autóctones, pelo que já somos falados nos quatro cantos do mundo. Somos um país pequeno, por isso ocupamos a 12.ª posição na produção de vinho, estando a Itália na 1.ª posição. Para o caro leitor ter uma ideia, enumeramos os países produtores de vinho, fonte da Sociedade de Ciências Agrárias (SCAP), na qual somos associados (ver quadro abaixo).

Produção de vinho em 2015 nas principais regiões vitícolas portuguesas Os números oficiais do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) confirmam o aumento de 13%, mais 5% do que inicialmente estimado, com destaque para o Dão, de Lisboa e de Távora-Varosa, com aumentos superiores a 30%, a primeira com um aumento de 36%, e de 42% em relação à terceira. O tempo seco e o Verão mais fresco do que o habitual contribuíram para este ano de boa produção. No Alentejo, onde as vindimas começaram logo na segunda semana de Agosto, há grandes expectativa em relação à qualidade do vinho, já na quantidade a produção ficou aquém da colheita anterior com um decréscimo de 6%. Na Bairrada (Beira Atlântico),

aponta-se para um aumento da produção de 10% a 15% face a 2014, para um valor próximo dos 300 khl. Na Região dos Vinhos Verdes, a produção aumentou significativamente face a 2014, tendo-se registado uma produção total de 766 khl, o que corresponde a um aumento de 26% face a 2014 (vinho branco 636 khl/+31%, vinho tinto 85khl/+3% e vinho rosado 36khl/+32%). A Região Demarcada do Douro produziu 1.595,2 khl (290.041 pipas de 5,5hl), o que representa um aumento de 14,8% em comparação com a produção do ano passado. Para este ano, o conselho inter-profissional do IVDP fixou 111.000 pipas de benefício (610,5khl), o que equivale a uma produção total de 140.823 mil pipas de vinho do Porto (774,5 khl).

A produção de vinho em 2015 nos principais países produtores (excluindo sumos e mostos) - Unidades: khl Países Itália França Espanha Estados Unidos Argentina Chile Australia África do Sul China Alemanha Portugal Russia Roménia Hungria Brasil Grécia Áustria Nova Zelândia Sérvia Bulgária Moldávia Geórgia Total mundial OIV

2010

2011

2012

2013

2014

48 525 44 381 35 353 20 887 16 250 8 844 11 420 9 327 13 000 6 906 7 148 7 640 3 287 1 762 2 459 2 950 1 737 1 900 2 382 1 224 840 1 034

42 772 50 757 33 397 19 140 15 473 10 464 11 180 9 725 13 200 9 132 5 622 6 980 4 058 2 750 3 460 2 750 2 814 2 350 2 244 1 237 1 520 1 108

45 616 41 548 31 123 21 650 11 778 12 554 12 259 10 569 13 511 9 012 6 327 6 220 3 311 1 818 2 967 3 115 2 125 1 940 2 175 1 442 1 470 830

54 029 42 134 45 308 23 590 14 984 12 820 12 310 10 982 11 780 8 409 6 231 5 290 5 113 2 618 2 710 3 343 2 392 2 484 2 306 1 755 2 570 997

44 229 46 804 38 211 22 020 15 197 10 500 12 020 11 316 11 178 9 202 6 195 4 880 3 750 2 555 2 732 2 900 1 999 3 204 2 332 747 1 630 1 134

264 188

267 803

258 211

292 218

270 234

Provisório Var.2015/14 (vol./%) 2015 48 869 4 640 10% 47 373 569 1% 36 600 -1 611 -4% 22 140 120 1% 13 358 -1 839 -12% 12 870 2 370 23% 12 000 -20 0% 11 310 -6 0% 11 178 8 788 -414 -4% 7 000 805 13% 4 880 4 069 319 9% 2 873 318 12% 2 732 2 650 -250 -9% 2 350 351 18% 2 350 -854 -27% 2 332 1 538 791 106% 1 630 1 134 275 665

5 431

2%

Na próxima edição falaremos da produção internacional e do consumo mundial de vinho.

Os enfermeiros são um dos grupos profissionais mais numerosos nos serviços de saúde. Eles estão presentes em todos os níveis de cuidados e são essenciais para uma boa prestação de cuidados de saúde a todos os utentes. Os enfermeiros são uma classe profissional formada após uma licenciatura de 4 anos. Alguns enfermeiros também possuem uma especialização, onde são adquiridas competências específicas em algumas áreas, como saúde infantil, psiquiátrica ou obstetrícia e saúde materna. Se possível, estes enfermeiros especialistas são integrados nos serviços adequados e exercem funções específicas. Os enfermeiros têm uma grande visibilidade no Centro de Saúde, onde são responsáveis pela vacinação da comunidade, pela realização de pensos e tratamentos e pela educação para a saúde com programas adequados a populações específicas, como diabéticos, crianças ou grávidas. Aqui, estes profissionais também colaboram na realização das consultas, realizando questionários, análises rápidas, avaliando o peso, altura e tensão arterial (entre outros) e auxiliando na realização de outros exames. Num internamento hospitalar, os enfermeiros acompanham os doentes 24 horas por dia, estando sempre disponíveis para qualquer eventualidade

que surja. É da responsabilidade da equipa de enfermagem a supervisão e o auxílio nas actividades de higiene e alimentação. Também é da sua responsabilidade a administração da medicação ou cuidados prescrito pela equipe médica, mas também pela própria equipa de enfermagem. A monitorização do estado geral do doente, os sinais vitais (pressão arterial e dor, por exemplo) e a avaliação de outras características, como o estado de consciência e orientação são actividades realizadas constantemente. Além de todas estas funções, os enfermeiros são um dos grupos que mais lida com as dúvidas, ansiedades e frustrações do doente e familiares, tendo uma carga psicológica muito grande. Nas unidades de cuidados continuados e lares, os enfermeiros prestam cuidados semelhantes aos do internamento, com menos valências do que neste último. Nas consultas externas, os enfermeiros dão apoio às consultas de especialidade, avaliando os parâmetros necessários, fornecem ensinamentos essenciais para a correcta gestão do estado de saúde/doença e podem também executar e colaborar na realização de alguns tratamentos e procedimentos. No bloco operatório, os enfermeiros recebem um treinamento específico e demorado para saber lidar com todo o material necessário para a reali-

zação de cirurgias. Com funções muito específicas, podem auxiliar o anestesiologista, estar ao lado da equipa de cirurgiões a fornecer os materiais necessários, ou estar a vigiar todos os outros aspectos da sala operatória e do doente, o chamado enfermeiro circulante. Além destas funções dentro da sala, toda a gestão do doente desde a sua recepção até à sua entrega tem sempre acompanhamento pela equipa de enfermagem. No serviço de urgência os enfermeiros recebem a maioria dos doentes para realizar uma triagem, indicando qual a gravidade e o encaminhamento mais correcto. Após a consulta com o médico, o enfermeiro presta os cuidados necessário e indicados ao doente e ajuda em toda a gestão do processo de urgência, colaborando também com o encaminhamento para casa. Também em situações de urgência, os enfermeiros estão presentes nas equipas de emergência pré-hospitalar prestando os primeiros cuidados aos doentes antes de chegarem ao Serviço de Urgência. Este numeroso grupo profissional é altamente treinado e preparado para gerir o processo de saúde/doença dos utentes e que, no seu dia-a-dia, acompanha intimamente o percurso dos doentes, nestas áreas descritas mas também em muitas outras que não são referidas aqui. divulgação

Colheita de Sangue 17 de Abril • 09h00 - 13h00 Salão Paroquial da Azoia pub

CLÍNICA DENTÁRIA E OSTEOPÁTICA DA BATALHA Direcção Clínica: Dr.ª ANA FREITAS

CONSTRUÇÕES

• Medicina Dentária Geral • Psicoterapia e Hipnose Clinica • Osteopatia • Psicologia de Crianças e Adolescentes • Terapia da Fala • Aulas de Preparação para o Parto • Acunpuntura Médica, Estética e Tratamento da Dor Acordos: SSCGD, SAMS, Multicare, Advance Care, Associados do Montepio, WDA e outros

Contactos: 911 089 187 • 964 108 979 R. dos Bombeiros Voluntários, Loja D - BATALHA

Consultas de Segunda-Feira a Sábado


18

Jornal da Golpilheira

. pub .

Março de 2016

Próximo da Junta de Freguesia R. Inf. D. Fernando, Lote 11, r/c Esquerdo 2440-118 Batalha

T. 244 098 969 • 913 595 279 centroveterinariodnuno@gmail.com Segunda a Sexta • 10h-13h e 14h-19h Sábado • 10h-13h e 14h-17h

!

Páscoa Feliz

em Visite o nosso site e.pt

zion

www.pizzariatenta

> Pizzas > Pastas > Restaurante < Take Away

ENCOMENDE: Tel. 244 766 106 • 919 903 666

VISITE-NOS: R. António Cândido Encarnação, 4 • BATALHA

• Limpeza a seco

Adelino Bastos

• Lavagem de roupa doméstica e industrial

Licença de Exploração Industrial N.º 50/2010

• Tratamento de peles

SEDE: TRV. DO AREEIRO, 225 • ZONA IND. JARDOEIRA • 2440-373BATALHA FILIAL: CASAL DE MIL HOMENS • 2440-231 GOLPILHEIRA TELS: 244 768 766 • 917 504 646

dos Desejamos aato igos os clientes e m

Páscoa Feliz!

Praceta Infante D. Pedro I • Célula B • Lote 10 - R/C Dto. 2440-069 Batalha • Tel. 244 768 244

34 anos ao seu serviço!

Desejamos a todos os clientes, amigos e colaboradores uma Páscoa muito feliz! Rua da Batalha, 25 • 2440-233 GOLPILHEIRA • Tel. 244 765 711


Jornal da Golpilheira Março de 2016

Olá a todos! O rei desta página é o Pai, calro está! Mas também cheira a Páscoa! Esperamos que gostem dos nossos trabalhos artísticos!

. entrevista . página infantil .

19

Jardim-de-Infância da Golpilheira


20

Jornal da Golpilheira

. sugestões de leitura .

Março de 2016

.

Paulus Editora . Espiritualidade

A felicidade treina-se em cada dia Escritos sacerdotais

O rosto da Misericórdia

O espírito da Quaresma e da Páscoa

Imagens da Fé

São João de Ávila

Raniero Cantalamessa

Papa Francisco

João de Ávila foi um sacerdote espanhol do século XVI, pós-concílio de Trento, que muito influenciou a Igreja e a sociedade do seu tempo através do seu profundo pensamento. Escreveu inúmeros textos. Aqui se apresenta um compêndio da sua doutrina sobre o ministério sacerdotal, uma excelente formação para todo o clero e seminaristas.

Na Bíblia, o conceito de misericórdia identifica-se com o mistério puro e simples de Deus. Na primeira parte deste livro, o padre Cantalamessa reflecte sobre a misericórdia de Deus: as suas manifestações na história da salvação e em Cristo, e os meios através dos quais ela chega à humanidade através dos sacramentos da Igreja. Na segunda parte, propõe uma reflexão sobre o dever de sermos misericordiosos, e sobre as obras de misericórdia, especialmente sobre o dever de a Igreja e de os seus ministros serem misericordiosos com os pecadores, como foi Jesus.

Este livro, ilustrado com gravuras, apresenta uma reflexão do Papa Francisco sobre o significado e a importância da Quaresma e da Páscoa, a partir das suas homilias e meditações.

Este livro reúne as principais obras do pintor português João Marcos, actual bispo coadjutor de Beja. Cada pintura é acompanhada por um comentário artístico teológico escrito pelo próprio autor. Uma obra de referência para a cultura e a arte sacra nacional.

Opus Dei Profundo – Desconstrução de um mito Eugénia Tomaz

O Acordo Ortográfico de 1990 Não está em Vigor Embaix. Carlos Fernandes Guerra e Paz Editores Este livro demonstra, em três textos lapidares, que a ortografia em vigor em Portugal é a de 1945. Em primeiro lugar, por não ter sido juridicamente revogada, em segundo lugar, porque o processo de entrada em vigor do AO de 1990, não tendo o Governo cumprido os passos processuais que a sua aprovação implicava, é como se legalmente não existisse. São três estudos que, em vez de serem análises frias ou mornas, são bem quentes, isto é, propositadamente provocadoras de discussão real, invectivando os adversários a vir à luta sabática, linguística e jurídica, a fim de clarificar, quanto antes e definitivamente, uma situação em que se está abusivamente mutilando a língua portuguesa.

Guerra e Paz Editores O tema Opus Dei tem suscitado sempre curiosidade na opinião pública. Contam-se décadas de investigação, de reportagens jornalísticas e literárias, sem uma efectiva pacificação dos ânimos públicos, que se reacendem quando as questões surgem nos meios de comunicação social. Este ensaio contém uma resposta objectiva, elaborada a partir de dentro, às diferentes perguntas que jornalistas têm feito ao longo dos anos à instituição. Pautando-se por textos do fundador e do Magistério da Igreja, localiza e demonstra a origem dos atritos internos e desvios que se foram instalando entre a doutrina proclamada pelo fundador e a estrutura laical institucionalizada. Este livro contém um ensaio sobre a espiritualidade do Opus Dei nestas duas vertentes: a do carisma fundacional e a dos mecanismos que têm contribuído para o seu obscurecimento ao longo dos tempos.

D. João Marcos

Manual do animador perfeito

Novas homilias em Santa Marta

10 conselhos para não fazer perder a fé aos jovens

Paulinas

Janet Schaeffer, OP Este livro é um breve itinerário de formação para animadores paroquiais, que através de exemplos concretos e algum humor à mistura ajudam na missão de transmitir a fé aos jovens.

O abraço de Deus - A confissão Angelo Comastri / Prefácio do Papa Francisco Um livro infantil totalmente ilustrado que fala do sacramento da Reconciliação a partir de episódios da vida dos santos e do Evangelho. Contem ainda duas orações, a Jesus crucificado e a Nossa Senhora, e um pequeno guia que ajuda a fazer o exame de consciência.

Papa Francisco As homilias de Santa Marta recolhidas neste volume aprofundam um tema muito caro ao papa Francisco, a misericórdia, ao qual ele dedicou um Ano Santo extraordinário. A misericórdia não é uma coisa, não é um objecto. Não é um ato legal, uma amnistia ou um juízo sobre o comportamento ao qual se segue o perdão dos pecados. A misericórdia é uma relação, um envolvimento. Ao exercitá-la, há que compreender o outro e interceder em seu favor. A misericórdia tem, portanto, uma lógica esmagadora que só se torna clara quando se compreende a miséria humana sem a desprezar.

Rosa Brava José Manuel Saraiva Clube do Autor Em 1368, D. Leonor Teles de Menezes, a mulher mais desejada do Reino, casa com o morgado de Pombeiro, D. João Lourenço da Cunha. O matrimónio é imposto por seu tio, D. João Afonso Telo, conde de Barcelos. Mulher fora do tempo, aceita contrariada o casamento, que a melancolia da vida do campo não ajuda a ultrapassar. Por isso, decide abandonar o marido e parte para Lisboa, para gozar a vida de riqueza e luxúria que a Corte proporciona. Perversa e ambiciosa, não tem dificuldade em seduzir o jovem monarca, D. Fernando, alcançando, desse modo, o poder que sempre desejou. Mas a nobreza, o clero e o povo não vêem com bons olhos esta aliança de adultério com o Rei. E menos ainda quando a formosa Leonor Teles se envolve com o conde Andeiro... “Rosa Brava” é um romance baseado na investigação histórica que, por entre intrigas palacianas, traições, assassínios e guerras com Castela, reinventa, numa linguagem cativante, uma das personagens mais fascinantes da História de Portugal.

Pequeno Dicionário Caluanda Manuel S. Fonseca Guerra e Paz Editores Os angolanos conferem à língua portuguesa uma vitalidade própria. Em Luanda, os caluandas cantam o português, impregnando-o de um humor salutar que faz a língua portuguesa rir-se como não se ri em mais nenhum lugar onde é falada. Esta é uma primeira recolha do que chamamos o falar de Luanda. São palavras novas, algumas, outras já com décadas, que conquistaram direito a reconhecimento, tão amplo é hoje o seu uso, já não só em Angola, mas também em Portugal, em Moçambique e no Brasil. À música, à imprensa e às redes sociais angolanas fomos buscar centenas de termos, fazendo-lhes corresponder uma frase que exemplifica o seu emprego. São frases retiradas dos fóruns populares, blogues, caixas de comentários dos jornais angolanos online. Um dicionário que privilegiou a comunicação, a troca lexical quotidiana dos angolanos, o modo como se fala, hoje, na rua e em casa.

Os Lusíadas Luís de Camões Guerra e Paz Editores Os Lusíadas é um poema épico, da autoria de Luís Vaz de Camões. Terá sido concluído em 1556 e foi publicado em 1572. A obra está dividida em dez cantos e começa com a primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, sendo a história de Portugal, desde os seus primórdios, o pano de fundo da narrativa. N’Os Lusíadas perpassa o sentimento da multidão, do povo, da História daquela época. Fascinamnos a remota geografia e os estranhos costumes de povos longínquos. O que impressiona o leitor contemporâneo é o fôlego poderoso, o prazer que se solta da sonoridade dos versos de um mestre de uma língua e do seu ritmo. Camões é o poeta de uma poesia mais próxima da música, da pintura e da escultura do que de toda essa literatura que não é poesia. Este é o livro que é preciso ler para se compreender a identidade portuguesa.

O Amante de Lady Chatterley D. H. Lawrence Guerra e Paz Editores Proibido, proscrito durante décadas como uma obra pornográfica, O Amante de Lady Chatterley é hoje um clássico da literatura. A história da ligação erótica entre Lady Chatterley e o seu amante, Mellors, guarda de caça na aristocrática propriedade inglesa do marido dela, despertou a fúria do puritanismo inglês, que não aceitou a natureza do erotismo deste livro, alicerçado na comunhão e fusão espiritual que só a mais física intimidade permite. Uma explosão de sensualidade faz nascer entre os amantes uma «ávida adoração» e Lady Chatterley, numa escrita lírica e veemente, desvela o que de mais instintivo e sublime há na natureza humana. Esta é a versão integral do romance, tal como D. H. Lawrence a queria publicar, com nova tradução de Maria João Madeira.

A Ilha do Tesouro Robert Louis Stevenson Guerra e Paz Editores Esta é a mais popular história de piratas de todos os tempos. Um marinheiro morre, numa estalagem, em circunstâncias misteriosas. O jovem Jim Hawkins fica com um baú que ele lhe deixa, onde descobre um mapa. É o mapa que revela o caminho para se chegar a um valioso tesouro. Só que o jovem Jim não é o único a saber da existência do mapa. Há outras personagens pérfidas, capazes de tudo, que também querem o mapa. Os maus são terríveis, mas os bons – o honesto Capitão Smollett, o heróico Dr. Livesey e o bondoso mas pouco inteligente Squire Trelawney – estão do lado dele. Juntos, bons e maus, vivem com Jim uma história de traição e heroísmo. Um história em que Jim chega à idade adulta e aprende que para se ganhar a experiência da coragem talvez tenha de se perder a inocência.

Índias João Morgado Clube do Autor O novo romance de João Morgado, autor já com vasta obra publicada e premiada, centra-se na vida escondida de Vasco da Gama e numa época tão gloriosa quanto distante. Trata-se de um livro que desde as primeiras páginas ambienta o leitor no período áureo da nossa História e através do qual (re)descobrimos o lado obscuro do grande navegador português. Eis uma história de ódios, de vinganças, de ambições e conquistas


Jornal da Golpilheira

. história .

21

Março de 2016

.história. Miguel Portela Investigador

A indústria da pólvora e do fogo-de-artifício na alta-estremadura oitocentista - Breves apontamentos No final do século XIX o distrito de Leiria evidenciava um desenvolvimento assinalável no panorama industrial, sobretudo com a indústria dos lanifícios em Castanheira de Pera, com a indústria vidreira na Marinha Grande, com a indústria cerâmica da região de Pombal, com a indústria de transformação de frutas em aguardente na região de Óbidos e das Caldas da Rainha, entre tantas outras indústrias que contribuíram para a afirmação deste vasto território neste contexto regional e nacional. A indústria da pólvora e do fogo-de-artifício despontou nas últimas décadas desse século, um pouco por todo o distrito de Leiria como uma indústria florescente. Todavia, assumiu um papel mais significativo nos concelhos do norte e centro do distrito de Leiria (veja-se o recente estudo do autor: Miguel Portela, A indústria da pólvora e do fogo-de-artifício na Batalha [1868-1900] in Boletim do Museu da Concelhia da Batalha. Património industrial, n.º 4, dezembro 2015, p. 17). Nesse contexto mostraremos de forma sucinta, alguns pormenores dessa indústria nos concelhos do norte do distrito de Leiria, sobretudo quanto aos seus intervenientes dos concelhos de Castanheira de Pera, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere e Ansião. Castanheira de Pera Apesar de não constar nos autos de concessão para licenças industriais do Governo Civil de Leiria, quaisquer processos relativos à concessão de licença para instalação de fábricas de pólvora e/ou fogo-de-artifício em Castanheira de Pera, reconhecemos a existência de fogueteiros nesse território. Um desses fogueteiros foi Manuel José Barata, do Pisão da Teresa em Castanheira de Pera que aparece num registo de casamento celebrado em 26 de julho de 1877 (Arquivo Distrital de Leiria (A.D.L.), Livro de Casamentos da Castanheira de Pera, Dep. IV-33-B-1, assento n.º 1, fl. 2). Identicamente, José Barata, fogueteiro do Ameal, surge referido num assento de casamento celebrado em 22 de setembro de 1890 (A.D.L., Livro de Casamentos de Castanheira de Pera, Dep. IV-33-B-2, assento n.º 25, fl. 63v-64). Pedrógão Grande No concelho de Pedrógão Grande, concretamente na freguesia de Vila Facaia, identificámos Manuel Coelho Mendes, da Salaborda Velha, fogueteiro, o qual aparece referido de 1878 a 1883 nos assentos paroquiais de certas paróquias da região (3 de julho de 1878 - A.D.L., Livro de Casamentos de Vila Facaia, Dep. IV-39-B-16, assento n.º 7, fl. 4-4v; 8 de fevereiro de 1882 - A.D.L., Livro de Casamentos da Castanheira de Pera, Dep. IV-33-B-1, assento n.º 10, fl. 97v; 25 de janeiro de 1883 - A.D.L., Livro de Batismos de Vila Facaia, Dep. IV-39-A-105, assento n.º 4, fl. 2-2v). Do mesmo modo, demonstramos que em 8 de fevereiro de 1895 foi entregue na administração do concelho de Pedrógão Grande, um requerimento exibido pelo citado Manuel Coelho Mendes, casado, proprietário, residente na Salaborda Velha, onde este pedira licença para instalação de um estabelecimento para fabrico de fogode-artifício e depósito de pólvora. Segundo o requerente, empregaria,”calitre, enxofre, carbom, cloracto articianno, nitrato, barita, goma, laquere, antimone e materiais que serão manipulados” (A.D.L., Autos de Concessão para licenças industriais. Governo Civil de Leiria. Atividades Económicas 1890-1898, Dep. III-79-C-3 - Processo de Manuel Coelho Mendes - 1895). Depois de ter sido publicitado o edital no periódico, O Zêzere, edição n.º 53, datado de 17 de outubro de 1896 (ano II, pp. 3-4), e obedecendo aos trâmites legais foi passado em 24 de fevereiro de 1897 o alvará de licença para inicio dessa atividade. Figueiró dos Vinhos Não foram achados por nós quaisquer autos de concessão para licenças industriais no Governo Civil de Leiria, respeitantes à concessão de licença para instalação de fábricas de pólvora e/ou fogo-de-artifício no concelho de

Figueiró dos Vinhos. Todavia, identificámos a existência de um mestre fogueteiro, neste concelho, que exercia a sua atividade na freguesia de Arega. Este mestre fogueteiro chamava-se Manuel Rodrigues Seco e aparece referenciado de 1862 a 1879 nos assentos paroquiais da freguesia da Arega (10 de fevereiro de 1862 - A.D.L., Livro de Casamentos de Arega, Dep. IV-33-D-5, assento n.º 5, fl. 5-6; 11 de maio de 1862 - Ibidem, assento n.º 6, fl. 6-6v; 3 de julho de 1879 - A.D.L., Livro de Batismos de Arega, Dep. IV-33-C-50, assento n.º 17, fl. 6v-7). Alvaiázere No concelho de Alvaiázere, desde 1860, que há registo de mestres fogueteiros, que exerciam nos finais do século XIX o seu ofício nesse território, particularmente, António Rodrigues Seco da Tapada em Maçãs de Dona Maria. Este surge mencionado num registo de casamento celebrado em 18 de abril de 1860 na freguesia de Arega (A.D.L., Livro de Casamentos de Arega, Dep. IV-33-D-3, assento n.º 4, fl. 4-4v). De idêntico modo, identificámos outros fogueteiros desse concelho, sobretudo Manuel António de Maçãs de Dona Maria, referenciado em 8 de fevereiro de 1882 (A.D.L., Livro de Casamentos da Castanheira de Pera, Dep. IV-33-B-1, assento n.º 10, fl. 97v) e Francisco Rodrigues Seco, do Casal de Agostinho Alves em Maçãs de Dona Maria, referido a 3 de maio e a 16 de agosto de 1892 (A.D.L., Livro de Batismos de Maçãs de Dona Maria, Dep. IV-27-A-35, assento n.º 31, fl. 14. A.D.L., Livro de Casamentos de Maçãs de Dona Maria, Dep. IV-27-B-3, assento n.º 9, fl. 251-251v). Sabemos que a 25 de setembro de 1896 foi entregue na administração do concelho de Alvaiázere, um requerimento de Manuel Dias Lopes, polvorista e fogueteiro, residente no Casal Novo, freguesia de Maçãs de Dona Maria, onde este solicitara licença para estabelecimento de uma fábrica de pólvora e fogo-de-artifício, assegurando que “O local do estabelecimento que se requer é na Terra Nova, limite de São Simão, da freguezia de Maças de Dona Maria, dista das habilitações mais proximas trezentos metros, e confronta do nascente com Abilio Alves, de São Simão, do norte, Manoel Dias Coelho das Relvas, do poente com caminho publico e do sul com João Lopes do Cazal Novo” (A.D.L., Autos de Concessão para licenças industriais. Governo Civil de Leiria. Atividades Económicas 1890-1898, Dep. III-79-C-3 - Processo de Manuel Dias Lopes - 1896). Depois de terem sido observados os trâmites legais sabemos que lhe foi passado o respetivo alvará de licença em 9 de novembro de 1896. Identicamente, e a 15 de junho de 1899 foi entregue na administração desse concelho, um requerimento ex-

José Malhoa (1855-1933) - Estudo para a figura do fogueteiro na obra “A Procissão”.

posto por Francisco Rodrigues Seco, casado, fogueteiro, morador no lugar do Casal de Agostinho Alves, freguesia de Maçãs de Dona Maria, tendo este solicitado licença para fabrico de pólvora e fogo-de-artifício. Dispunha para isso de “uma barraca de pau sitio da Quinta do referido Casal de Agostinho Alves, mas a distancia regulamentar da povoação” (A.D.L., Autos de Concessão para licenças industriais. Governo Civil de Leiria. Atividades Económicas 1899-1901, Dep. III-79-C-4 - Processo de Francisco Rodrigues Seco - 1899). Depois de ter sido publicitado o edital na porta da igreja de Maçãs de Dona Maria, e satisfazendo os respetivos trâmites legais foi-lhe passado em 14 de julho de 1900 o alvará de licença para início dessa atividade. Um dia depois, e a 16 de junho desse ano foi entregue na administração do concelho de Alvaiázere, um requerimento de António Luís Julião, do lugar dos Bispos, freguesia de Pussos, onde havia solicitado licença para fabrico de pólvora, fogo-de-artifício e respetivo depósito, querendo assim exercer a atividade de industrial. Para isso, dispunha de “uma barraca, ou casa, de taipa no sitio do Barreiro, limite do mesmo logar dos Bispos, mas a distancia regulamentar da povoação, percisa que se proceda ao processo preliminar para a concessão do respectivo alvará” (Ibidem, Processo de António Luís Julião - 1899). Satisfeitos os trâmites legais e depois de ter sido divulgado o edital na porta da igreja de Pussos foi-lhe passado o alvará em 14 de julho de 1900. Uma vez mais, e a 20 de agosto de 1900 sabemos que foi entregue nessa mesma administração concelhia, um requerimento de outro fogueteiro, designadamente, de António Silveiro, morador no lugar da Charneca, freguesia de Maçãs de Dona Maria pedindo licença para fabrico de pólvora, fogo-de-artifício e respetivo depósito. Desejava desta forma exercer essa indústria e comércio disponibilizando para o efeito de “uma barraca de madeira no sitio do Valle do Charneco, limite da Charneca” (Ibidem, Processo de António Silveiro - 1900). Depois de ter sido publicitado o edital no periódico, O Districto de Leiria, na sua edição n.º 962, de 1 de setembro de 1900, p. 3, e satisfazendo os trâmites legais foi-lhe passado o respetivo alvará em 5 de outubro de 1900. Ansião No concelho de Ansião, desde 1885, que existe registo de fogueteiros, que praticavam o seu ofício nesse território, principalmente, com Manuel Afonso da Bufarda em Chão de Couce (22 de maio de 1885 - A.D.L., Livro de Casamentos de Chão de Couce, Dep. IV-28-C-18, assento n.º 6, fl. 17v-18; 11 de janeiro de 1888 - Ibidem, assento n.º 3, fl. 36v-37; 21 de setembro de 1891 - A.D.L., Livro de Batismos de Chão de Couce, Dep. IV-45-D-90, assento n.º 31, fl. 10v; 18; 18 de janeiro de 1894 - A.D.L., Livro de Casamentos de Chão de Couce, Dep. IV-45-D-92, assento n.º 4, fl. 28v-29) e com José Mendes Rosa, das Relvas também de Chão de Couçe (11 de novembro de 1891 - Ibidem, assento n.º 13, fl. 6v-7). Sabemos que em 24 de agosto de 1896 foi entregue na administração do concelho de Ansião, um requerimento de José Mendes Rosa, casado, proprietário, morador no lugar das Relvas, da freguesia de Chão de Couce, que pedira licença para fundação de uma fábrica de pólvora e fogo-de-artifício. Afirmava ele que “O local do estabelecimento que se requer é na Tomadia, limite de Relvas, e dista das habilitações mais proximas trezentos metros pouco mais ou menos, e confronta do nascente com bens do requerente, norte com José Gaspar, poente com Francisco Parreiro e sul com caminho” (A.D.L., Autos de Concessão para licenças industriais. Governo Civil de Leiria. Atividades Económicas 1890-1898, Dep. III-79-C-3 - Processo de José Mendes Rosa - 1896). Depois de terem sido observados os trâmites legais sabemos que lhe foi passado um alvará de licença em 9 de novembro de 1896 para ele poder exercer legalmente essa atividade. Asseveramos que a 10 de outubro desse ano foi entregue na administração do dito concelho, um requerimento

Manual do Fogueteiro ou Arte dos Fogos de Artifício, Typographia do Commercio, Lisboa, 1908. apresentado por Manuel Afonso, polvorista e fogueteiro, residente na Bufarda, tendo este requerido licença para estabelecimento de uma fábrica de pólvora e fogo-deartifício, justamente nesse lugar da Bufarda. Assegurava ele que essa unidade industrial distava “das habilitações mais proximas duzentos e cincoenta metros, e confronta do nascente Antonio Pedro Henriques do Rego, do Cazal de Baixo, norte, Alexandrino Craveiro Feio, e outros, do poente e sul com estradas” (Ibidem, Processo de Manuel Afonso - 1896). Reconhecemos também que depois de satisfeitos os trâmites legais obteve o dito fogueteiro o alvará de licença em 24 de novembro de 1896. Identicamente e a 12 de outubro de 1896 foi entregue na administração do concelho de Ansião, um requerimento de Manuel Rodrigues da Paz, fogueteiro, morador no lugar da Fonte Galega desse concelho, onde solicitara licença para estabelecimento de uma fábrica de pólvora e fogo-de-artifício. Este confirmava que “O local do estabelecimento que se requer é na Cabeça do Buio limite da Fonte Gallega, e dista das habilitações mais proximas duzentos e cincoenta metros e confronta do nascente com João Duarte Granadeiro da Fonte Gallega, norte com Caminho Publico, poente com Antonio Pires da Constantina e do sul com Caminho publico” (Ibidem, Processo de Manuel Rodrigues da Paz - 1896). Depois de terem sido obedecidos os trâmites legais obteve o alvará de licença para essa atividade em 24 de novembro de 1896. Dias depois e a 22 de outubro desse ano foi entregue na administração desse concelho, um requerimento apresentado por Manuel Teixeira, polvorista e fogueteiro, morador na Mó, freguesia de Chão de Couce, onde havia solicitado licença para criação de uma fábrica de pólvora e fogo-de-artifício, afirmando ele que “O local do estabelecimento que se requer é o Outeiro da Mó, limite da Mó, dista das habilitações mais proximas duzentos metros, e confronta do nascente José Pires das Lameiras, poente com Antonio Simões da Mó, norte com Joaquim Gomes d’Amieira e sul com João Lopes da Costa Rego da Quinta de Cima” (Ibidem, Processo de Manuel Teixeira - 1896). Depois de terem sido satisfeitos os trâmites legais foi-lhe passado o respetivo alvará de licença em 9 de dezembro de 1896. Nas últimas décadas do século XIX, o norte do distrito de Leiria, assentava a sua economia na produção de azeite, vinhos, cereais e frutas. Todavia, a indústria dos lanifícios, sobretudo com o polo industrial localizado em Castanheira de Pera era o motor da economia de todo este vasto território. Nessa época despontaram outras indústrias que rapidamente cresceram paralelamente à indústria dos lanifícios, como foi o caso da indústria da pólvora e do fogo-de-artifício que aqui apresentámos. Sendo uma região com uma forte tradição religiosa secular assente nas festividades celebradas pelas suas gentes aos seus santos protectores que carateriza de forma ímpar cada concelho desse território, a indústria da pólvora e do fogo-de-artifício desenvolveu-se e difundiu-se através dos seus oficiais a outras zonas, tendo inclusive alguns fogueteiros aqui residentes ficado retratados de forma sublime em algumas obras do pintor José Malhoa.


22

Jornal da Golpilheira

. opinião . poesia . obituário .

Março de 2016

.opinião.

Convívio no Pátio do Faustino, Torres Vedras, pelo Clube Elvis - Margem Sul

Comendador

O terrorismo e os emigrantes ou cooperantes de França É um tema verdadeiramente de actualidade, uma vez que a comunicação social dá, depois de mais de um ano, um relevo excepcional, sobretudo as televisões pública e privada. E são mais de 40 a se interessarem realmente pelo assunto. É verdade que aqueles que nasceram ao Nascente e Sul do Mar Mediterrâneo e que nasceram sob domínio colonial de França sentem muito mais na sua pele e nas suas vidas de emigrantes do que, por exemplo, a comunidade portuguesa, que vive neste país de De Gaulle. Este viver sobressaltado é, efectivamente, cansativo, degradante e prisioneiro. Os nossos amigos franceses, os que reivindicam que nasceram na Bretanha, Occitânia, País Basco, Córsega, ou mesmo Alsácia-Lorena, entre outros, já não entendem tanta palavra, que necessariamente não os adormece... É verdade que este terrorismo verdadeiro, que já matou nos últimos anos em França umas 150 pessoas, não é compreensível, se nos debruçarmos sobre a realidade religiosa de todos, especialmente aquelas que se sentem únicas e verdadeiras e sem partilha possível. Há dezenas de anos que se preconizam reuniões entre as diversas religiões que existem na Europa e em especial em França. A coexistência de igrejas, mesquitas e sinagogas neste país, que defende com muita força o respeito por todas as religiões, foi alcançada em 1905. De vez em quando, e com muita ênfase, fala-se no assunto,mas a doença da superioridade de alguns faz cair todos os esforços para dinamizar a paz e o amor. Assim, por falta de sorte, os muçulmanos, naturalmente maioritários, em tanto que antigos franceses, sofreram até 1962 mais de um milhão e meio de mortos pelo exército francês no seu próprio país. Estas recordações macabras deixaram feridas muito profundas, tanto nos franceses que foram obrigados a irem para a Argélia combater o povo desse país, como nos argelinos, portanto muçulmanos que agora sofrem os ataques que os seus terroristas assassinos fazem no mundo inteiro, como recentemente fizeram em França. Mesmo dois portugueses foram assassinados em Paris recentemente por terroristas magrebinos em nome do seu Deus “Alá”! É verdade que as religiões, e é bom que se recorde, ao longo de séculos assassinaram milhões de pessoas. Foi o caso do Rei de Portugal D. Sebastião em Marrocos, Alcácer Quibir, numa batalha contra os mouros! É e foi sempre assim.

Quando o poeta escreve Ser poeta É voar sobre a mente Sorrir e ser diferente É percorrer a ilusão E sentir no coração Algo que lhe dá prazer É ao outro dizer Estou aqui presente E desabafar o que sente. Ser poeta É escrever o que vai na alma Viver cada dia com calma É dar e receber amor E sentir dentro de nós o valor E é no semear e saber colher Que nos faz aprender a viver É dando a cara pelo que é Que sente dentro de si a fé. Ser poeta É em letras sementeiro Sente nas pequenas coisas valor A vida não é só o dinheiro Mas sim dar e receber amor É um verdadeiro herdeiro De uma magia sem explicação É algo de forte saído do coração. Ser poeta É um dom valioso Que Deus nos concedeu Numa verdadeira caminhada E nela sinto-me orgulhoso Ao escrever sou eu Sem a tua força não era nada. Dia do Poeta, 19-03-2016 José António Carreira Santos

FÚNEBRES

Brancas (Residência e Armazém) –  244 765764 Batalha (Escritório) -  244 768685 fune_santosematias@sapo.pt • 96 702 7733

Estranho Estranho este mundo estranho e não vejo sentido ou razão que o possa justificar. Que línguas ou pátrias ou deuses podem dizer amar aqueles que um estranho matar consome toda a vontade? E que poder ou verdade pode existir numa voz que cala quando se explode a própria estúpida certeza? Não estranho Agradecimento que morram sós pois não morre como eles quem tomba sob a tristeza de cobardia tamanha. LMF

A nossa vida é uma tangente limitada ou não limitada pelas equações e sucessões da vida. É um gráfico de infinitas reuniões e intersecções que se deparam no universo humano. São fracções de problemas, raízes de dúvidas e soluções aritméticas numa hipotenusa salutar da álgebra da vida… de números imaginários que se deparam num gráfico ilimitado existencial... Vaz Pessoa

pub

Agência Funerária Santos & Matias, L.da

Vamos conviver E também recordar É valor a não esquecer É momento de festejar. Elvis vida que fez história Fez vibrar a nível mundial Morreu mas vive na memória Imitar é fácil mas nada igual. Será sempre recordado, Eternamente o mês de Agosto Deixou de estar ao nosso lado Mas a saudade deixou um gosto. São estes valores que deixam o mundo, Mas que jamais sairão da nossa visão Porque algo nasceu cá bem fundo E a música encheu o nosso coração. É isto o recordar e não esquecer Alguém que algo nos deixou E como o recordar é viver A fama o valor foi Elvis que ganhou. Um tributo é valiosa mensagem, Que o povo deseja honrar É sempre o valor de uma homenagem De quem a queira dedicar. 06-03-2016 - José António Carreira Santos, torreense residente na Marinha Grande

Gráfico ilimitado existencial

10-03-2016

SERVIÇOS

.poesia.

Dar valor aos valores

Batista de Matos

Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

A vida é uma tolice A vida é uma tolice Menina Alice Uma constante vaidade Nossa permanente agitabilidade. São mundos dentro de «outros mundos» Promessas sem «fundos» Mentiras fúteis Mentes glamorosas e inférteis. Consciências «pesadas» Exibições para arquibancadas Aparentam sorrisos Que não passam de «risos» Levam regras sociais Rotuladas de legais Encobrindo o seu medo Nunca é tarde, quando é cedo!!! Vaz Pessoa

.obituário. Júlia de Jesus Santos N. 15-02-1924 F. 26-02-2016

Seus filhos, noras, genros, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.


Jornal da Golpilheira

. a fechar .

Março de 2016

Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)

112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506

Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia, Sofia Ferraz. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: www.jgolpilheira.wordpress.com/about

Parece que aquilo lá no Brasil está o rubro. A presidente, o ex-presidente e o candidato a futuro presidente estão todos a ser investigados por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e coisas do género...

Olha, eu acho que essa mistura de política e crime é uma importante descoberta histórica!

An?!... Porquê?!...

Então... é uma prova de que foram mesmo os portugueses que descobriram e colonizaram o Brasil, né?...

Brásíu .fotos do mês. DR

Jantar dos de ‘73 Os nascidos em 1973 naturais da Golpilheira decidiram juntar-se num jantar de convívio. Estes encontros começaram a partir do ano em que celebraram os 40 e se juntaram para organizar a festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. As memórias dessa festa continuam, aliás, a animar as conversas sobre os melhores momentos vividos pelo grupo. É uma prova de que a tradição de convocar os quarentões para “agarrar a bandeira” só traz vantagens e a promessa boas recompensas! Quanto ao jantar, em que participaram os respectivos maridos e esposas, chegou ao fim já de madrugada. Como são todos da mesma idade e não se pode achar o mais “velho”, talvez o desafio da foto seja achar o mais... sorridente.

Recordar é viver…

Assinatura anual

Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros

Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

23

Início dos anos noventa. O nosso Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena” do C. R. Golpilheira tinha nascido há poucos anos (1989). Este foi o desfile dum dos primeiros Festivais de Folclore organizado por este Rancho Folclórico. Para além de todo o Grupo, realça-se a oferteira e o saudoso Alberto Gomes de Sousa, da Pocariça, grande impulsionador deste Embaixador Cultural da nossa Freguesia, Concelho, Distrito e País. MCR


24

. pub .

Jornal da Golpilheira Março de 2016

A Junta de Freguesia da Golpilheira envia a toda a população votos de um tempo pascal de esperança e alegria

www.burrovelho.com

Com vista para o Mosteiro da Batalha, um espaço acolhedor e com uma atmosfera de conforto e bom gosto. Reserve a sua mesa!

Rua Nossa Senhora do Caminho, 6 A • 2440-121 BATALHA • T. 244 764 174


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.