201609 Jornal da Golpilheira 231 - Setembro de 2016

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Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XX | Edição 231 | Setembro de 2016

P. 6 a 9 | Regresso às aulas

Escolas já funcionam em pleno

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. 20 anos . Escreve-me uma carta de amor (ou não)

LMFerraz

P. 2 P. 3| Novo ano pastoral

Catequese inicia em Outubro

P. 14| Dia da Independência

Festa ucraniana P. 15 | Bispo convoca

Assembleia do Convívio por anos Dia da Diocese P. 2| IMI e Derrama mínimos

Batalha mantém impostos baixos

P. 24| Assembleia do CRG

Contas aprovadas, eleições adiadas

LMFerraz

P. 10 | 1956, 1961, 1966

P. 4 e 5 | Reportagem da Festa em São Bento PUB

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P. 13


2

. abertura . história .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2016

.editorial.

.história. Por José Travaços Santos

Um projecto para Portugal Luís Miguel Ferraz Director

Escreve-me uma carta de amor (ou não)

“Foi em Setembro que te conheci”. A frase é de uma das músicas românticas portuguesas mais famosas e pode aplicar-se a nós. De facto, faz este mês 20 anos que nos conhecemos. Bem... nem todos, mas a maioria dos que estão a ler este texto.

A nossa relação tem sido fiel e constante, mês após mês. Nem sempre nos falamos, mas vou cumprindo o meu compromisso de te dar notícias e procuro estar atento ao que me dizes e ao que fazes. Às vezes levote notícias tristes, mas procuro sempre oferecer-te as melhores e mais alegres novidades. Às vezes meto-me contigo, puxo-te as orelhas e posso até dizer alguma ou outra coisa inconveniente, mas acredita que te respeito muito e, no fundo, é por causa de ti que existo. Posso mesmo dizer que... te amo! Bem, como sabes, em Setembro foi o meu número 0 e, portanto, é em Outubro que fazemos a festa. Nada de arromba, mas apenas um sorriso a comemorar estes 20 anos de vida em comum. E é sobre isso que queria falar contigo. Quero pedir-te que, desta vez, sejas tu a escreverme. Gostava de receber uma carta de amor tua. Ou apenas uma carta a dizeres-me o que pensas de mim, o que mais gostas, o que preferias não ver em mim, o que desejas que melhore. Portanto, fico a aguardar. Podes enviar a tua carta para o email geral@jornaldagolpilheira.pt, ou colocá-la na caixa que está no bar do Centro Recreativo, ou enviar para Rua do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira. A tua carta poderá, depois, ser metida aqui nas minhas páginas. Então, até para o mês que vem, caro leitor,

O Jornal da Golpilheira divulgação/apoio

DR

Foi em Setembro de 1996 que apareci pela primeira vez na caixa do correio dos golpilheirenses. E também dos barreirenses, pois na altura chamavame “Das DuasUma” e servia as duas freguesias. Mas, desde 2001, o nome de Jornal da Golpilheira assentou-me que nem uma luva.

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Ao regime, que vigora em Portugal, continuam a faltar as condições essenciais a uma verdadeira Democracia, que não pode ser só política mas também tem de ser económica e social. As consultas ao Povo, sobre as mais variadas questões da vida pública, são escassas e de reduzido impacto, a representatividade popular no Parlamento é meramente partidária, a economia, que tem balanceado entre assomos de capitalismo do Estado e do capitalismo dos privados, é incapaz de enveredar por uma terceira via: a do Cooperativismo, e impôs-se, outra vez, ao Povo o pesado encargo de suportar uma classe política que se tem mostrado inapta na resolução dos problemas económicos e sociais que afectam, cada vez mais, quem vive unicamente do seu trabalho. O que se há-de fazer, então? Devolver ao Povo o poder de decisão através dos referendos (vejase o exemplo da Suíça), o poder na economia através das cooperativas, o poder da representatividade através duma ampla reforma do sistema parlamentar que, entre outras providências, terá de contemplar a criação dos círculos eleitorais uninominais e de privilegiar as candidaturas independentes e de apresentação popular, e de reforçar, ao Povo, o poder onde ele é mais evidente e pode ser mais concreta e eficientemente exercido: nos Municípios.

19

No nosso tempo, nenhuma outra doutrina nos convida e nos incita tanto ao exercício da solidariedade, da caridade, da fraternidade, da liberdade responsável e do trabalho comum e generoso em prol do comum, como o Cristianismo. E tem sido a Igreja Católica, sem menosprezo por qualquer outra confissão cristã, que, pela voz e pelas acções dos seus Pontífices, vem assumindo um protagonismo corajoso, ardente e inteligente, de verdadeira inspiração divina, na divulgação destes propósitos, alicerces duma sociedade civilizada e profundamente humanizada. Fazem parte essencial, desta campanha do conhecimento e da aplicação dos princípios cristãos à nossa vida pessoal e comunitária, as chamadas Encíclicas Sociais que, não obstante os nomes em latim, são traduzidas em português moderno, claro e acessível a todos, desde a “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII (1891), à “Mater et Magistra” de João XXIII (1961), à “Pacem in Terris” do mesmo Papa (1963), à “Populorum Progressio” de Paulo VI (1967) ou à “Laborem Exercens” de João Paulo II (1981), entre mais de uma dezena destes notáveis documentos. Convido, pela minha humilde voz, os leitores a adquirirem, a lerem, a comentarem e a divulgarem as Encíclicas. Nada mais os poderá esclarecer tanto sobre a natureza do Cristianismo e sobre como a aplicação dos seus princípios poderá contribuir para a construção daquela sociedade por que todos ansiamos.

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A imagem que se publica é de uma das praças da cidade do Salvador, no Brasil. O sumptuoso templo que se vê foi construído pelos Jesuítas no Século XVII. O templo está forrado como pedra lioz ida de Portugal. No anexo Colégio de Jesus viveu e veio a morrer em 1697 o Padre António Vieira, o “Imperador da Língua Portuguesa” como o denominou Fernando Pessoa. Toda a praça é de construção portuguesa e faz parte do vasto e notável património, hoje classificado da Humanidade, construído pelos nossos antepassados em três Continentes (América do Sul, África e Ásia). Nos séculos XV, XVI,XVII e XVIII, ficaram pedaços de Portugal por todo o Mundo, e não apenas no plano material, mas também espiritual e cultural. A expansão da Língua Portuguesa e do Cristianismo nesses séculos traduz-se hoje por mais de duzentos milhões de seres humanos que são cristãos e falam português. Imagem reproduzida do livro “Património Mundial de Origem Portuguesa” (Elísio Summavielle e João Corrêa Nunes, com fotografias de Miguel Valle de Figueiredo e edição de Polígono Editores).

QUOTAS e ASSINATURAS

Pague as quotas do CRG ou assinatura do Jornal ao balcão do CRG - 08h00 / 24h00


Jornal da Golpilheira

. campanha .

Setembro de 2016

Novo Ano Pastoral

Agora que a obra está pronta...

Início da catequese e outras actividades em Outubro

O seu donativo é mais CAMPANHA 200 telhas! necessário do que nunca Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Ainda precisamos de cerca de 90 mil euros. Temos telhas que sairam do velho telhado por donativos de 1.000 euros. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha. Como é óbvio, além desta campanha, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda será bem-vinda!

A melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um!

Está prestes a iniciar-se o novo ano pastoral de 20162017. A nível diocesano, o dia é assinalado em festa, numa assembleia para a qual todos somos convidados, no domingo 2 de Outubro, a partir das 15h30. Como no domingo seguinte será peregrinação dos escuteiros ao Santuário de Fátima, a Comunidade Cristã da Golpilheira iniciará as suas actividades no domingo 16 de Outubro. Como habitual, na Missa das 09h30 serão apresentados os catequistas e as respectivas classes. No final, terão o primeiro encontro com as crianças, adolescentes e pais, de modo a combinarem o melhor funcionamento do ano catequético. Está a ser preparado um programa festivo para este dia, envolvendo toda a comunidade e, em especial, as catequeses e as pessoas que estão envolvidas nos vários sectores da pastoral. Ainda não está definido o programa, que será apresentado entretanto nas Missas dos domingos anteriores. Para esse efeito e para uma programação atempada de todo o ano, deverá reunir nas próximas semanas o Conselho Administrativo e Pastoral.

Donativos e empréstimos recebidos (objectivo: 200 mil euros)

NOME Saldo 2015 Saldo Janeiro 2016 Saldo Fevereiro 2016 Saldo Março 2016 Saldo Abril 2016 Saldo Maio 2016 Saldo Junho 2016 Saldo Julho 2016 Saldo Agosto 2016 Cesário Baptista dos Santos

Donativos Campanha Telhas

OUTROS

24.000,00 €

885,00 €

2.000,00 € 2.000,00 € 2.000,00 € 4.000,00 € 3.000,00 € 3.000,00 € 2.000,00 € 1.000,00 € 1.000,00 €

6.347,87 € 285,00 € 1.180,00 € 24.080,00 € 13.570,00 € 22.266,10 € 370,00 € 1.325,00 €

Empréstimo 2.000,00 € 1.000,00 € 60.000,00 € 1.000,00 €

Mais telhas

44.000,00 €

Totais

70.308,97 €

Entretanto, continua a campanha de donativos para as obras da igreja, pois falta ainda angariar cerca de 80 mil euros. As telhas continuam a “sair”, como mostramos nas fotos abaixo dois exemplos, entregues no passado dia 18 de Setembro. Apelamos à generosidade de todos, pois entretanto teremos de saldar o total da dívida para com o empreiteiro.

64.000,00 €

Total Donativos 114.308,97 €

Contactos:

igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Transferência Bancária - NIB: 0045 5080 4015 2316 6922 2 (enviar comprovativo de transferência)

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Colabore para a construção desta obra comum da Comunidade Cristã da Golpilheira!


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. reportagem .

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Jornal da Golpilheira Setembro de 2016

Na igreja de São Bento

Festa em honra de Nossa Senhora da Esperança A Comunidade Cristã da Golpilheira esteve em festa nos passados dias 27 a 29 de Agosto, honrando a Senhora da Esperança que se venera na pequena igreja de S. Bento, nesta freguesia da paróquia da Batalha. Esta foi a última do ciclo de três festas que se têm realizado anualmente na freguesia, depois da do Centro Recreativo e do Padroeiro do Comunidade, o Senhor Bom Jesus do Aflitos. A comissão de festas foi constituída pelos nascidos em 1981, que fizeram um excelente trabalho na animação do arraial, já famoso pelas suas ornamentações. Este ano, as flores artesanais feitas a partir da reciclagem de recipientes plásticos foram muito apreciadas pelas muitas centenas de pessoas que passaram pelo recinto. O momento central da festa foi a Missa dominical, no adro da igreja, seguida de procissão pelas ruas da Cividade. Além da Senhora da Esperança, foram levadas as imagens de São Bento e de Santo António, bem como algumas ofertas,

Durante a Missa

num cortejo animado pelos “Clássicos de Pataias”. O arraial foi muito concorrido, com o restaurante a encher-se várias vezes em cada refeição (só em frangos, foram 1200, além de outros pratos que constavam do menu). Também sempre cheio esteve o café da avó, emblematicamente decorado pela dupla Vítor Grosso e Salvador, um dos “ex libris” das festas da igreja na Golpilheira. A quermesse e os bares nunca estiveram sem clientes, tanto o tradicional como o de bebidas finas, orientado por um grupo de jovens. Quanto à música, os grupos Banda Kroll, DSTriband e Zé Café e Guida foram um precioso contributo para que fossem três noites de verdadeira festa. No final, antes do fogode-artifício de encerramento, fez-se o sorteio de rifas e a entrega da bandeira, que foi assumida pelos nascidos em 1967, os cinquentões do próximo ano. Mostramos algumas imagens da festa, incluindo as de alguns artistas “improváveis” que por lá apareceram. Fotos: LMF/MCR

Procissão pelas ruas

Despedida da comissão de festas

Café da avó

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entrevista . . . .reportagem

Setembro de 2016

Coro da Missa

Banda Kroll

Artistas improváveis 1

Restaurante sempre cheio

Vocalistas fizeram pose

Artistas improváveis 2

Jogos tradicionais

DSTriband

Artistas improváveis 3

Muita animação

Equipa de assadores

“Melita” com Zé Café e Guida

...mesmo muita

Azáfama na cozinha

Despedida de solteiro veio à festa

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. educação .

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Jornal da Golpilheira Setembro de 2015

Regresso às aulas

Escolas já funcionam em pleno Entre os dias 9 e 15 de Setembro, os 811 agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas da rede pública, bem como várias centenas de estabelecimentos de ensino privado abriram portas a mais um ano escolar. Serão cerca de 1,2 milhões os estudantes que regressaram ao bancos das escolas por aqueles dias. Também na Golpilheira se iniciou o novo ano escolar, no passado dia 15. Como sempre, o Jornal da Golpilheira acompanhou este regresso às aulas na freguesia, visitando a Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico e o Jardim-de-Infância. É também habitual fazermos as contas ao número de alunos. Retomamos, então alguns desses números. Os últimos anos têm sido marcados por uma descida de alunos, com ligeiras variações. Este ano, inverte-se um pouco a tendência, registando-se mais 5 crianças, 2 no 1.º ciclo e 3 no jardim, num total de 91. É o número mais alto desde 2009, em que tínhamos 93, já afastado das apenas 77 de 2010, mas ainda longe das 108 que frequentavam as duas escolas em 2005. Recordamos que o mínimo histórico da Escola do 1.º Ciclo da Golpilheira foi em 2012, com 45 alunos, ano em que teve, pela primeira vez, apenas duas salas a funcionar. Este ano são 52 crianças, mas ainda em apenas duas turmas, ambas com 26 alunos. Uma junta o 1.º e 2.º anos, a cargo da professora Carla Fonseca, que está na Golpilheira pela primeira vez, em substituição do professor titular, Manuel Ribeiro, ainda ausente por problemas de saúde. Outra junta os 3.º e 4.º anos, a cargo do professor Miguel Monteiro. Já o Jardim-de-Infância, atingiu o seu máximo no ano em que abriram duas salas, em 2005, com 46 crianças, e o mínimo com as

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Setembro de 2015

entrevista . .. educação

7

Números - 2015 / 16 Ano 1.º ano 2.º ano 3.º ano 4.º ano Total 1.º ciclo Pré-escolar Total geral

Masc. 7 7 3 12 29 20 49

Fem. 3 9 7 4 23 19 42

Total 10 16 10 16 52 39 91

Distribuição/salas - 2015 / 16 Escola do 1.º ciclo Professor Ano Masc. Fem. Total Sala Carla Fonseca

1.º

7

3

10

26 2.º 7 9 16 3.º 3 7 10 Miguel 26 Monteiro 4.º 12 4 16 Jardim-de-Infância Educadora Masc. Fem. Sala Isabel Pinheiro 10 10 20 Dora Felizardo 10 9 19

Números/ano Ano 1999 2001 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Total alunos 1.º CEB. Jardim 67 61 62 63 60 66 59 46 54 45 47 49 50 52

25 20 46 35 40 34 34 31 30 39 38 41 36 39

Sala A

92 81 108 98 100 100 93 77 84 84 85 90 86 91

30 crianças de 2011. Este ano está com 39, dentro da média dos últimos cinco anos. As educadoras são as mesmas do ano passado, Dora Felizardo e Isabel Pinheiro. Resta dizer que as aulas começaram com normalidade e existem condições para que o ano corra de feição às nossa crianças e a quem as acompanha no percurso de formação. Texto e fotos: Luís Miguel Ferraz

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. educação .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2016

Colóquio sobre crianças e jovens em perigo abordou problemas de conflito com a lei O Município da Batalha organizou, no passado dia 12 de Setembro, um colóquio subordinado ao tema “Jovens em Conflito com a Lei – que colo?”, numa iniciativa que pretendeu assinalar o arranque do ano lectivo de 2016/2017 no concelho da Batalha. O colóquio contou com a participação do juiz desembargador e também director adjunto do Centro Estudos Judiciários, Paulo Guerra, autor da Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo anotada, considerado um dos grandes especialistas do País nesta matéria. Esta acção visou “suscitar o debate sobre um tema de grande importância e actualidade, que envolve diversos actores e instituições bem como a partilha de responsabilidades”. Na Batalha tem como rosto mais visível a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, que trabalha em parceria com as autarquias locais, o Agrupamento de Escolas, a GNR, a Associações de Pais e Encarregados de Educação, entre outras entidades. Neste âmbito, o Município lançou nos estabelecimentos de ensino o projecto “Like Saúde”, no ano passado, visando a prevenção de comportamentos aditivos e de dependências dos jovens, numa lógica de actuação que envolve pais, professores e comunidade em geral. Na mesma linha, será este ano levado a todos os estabelecimentos de ensino concelhios, do pré-escolar ao 3.º ciclo, o programa “Batalha Saudável”, que conta com o apoio de uma especialista na área da nutrição e pretende garantir respostas para a problemática da obesidade infantil.

II Congresso Internacional

“Educação, Ambiente e Desenvolvimento” A Oikos – Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria e a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria estão a organizar o II Congresso Internacional “Educação, Ambiente e Desenvolvimento”, que terá lugar entre 9 e 12 de Novembro de 2016, em Leiria. Este evento está também acreditado como Curso de Formação Contínua de Professores (15 horas, a que correspondem 0,6 créditos), em colaboração com o RCA – Rede de Cooperação e Aprendizagem do Centro de Competências entre Mar e Serra. O programa geral e outras informação estão disponíveis em ambiente.ipleiria.pt.

Para construção e reabilitação de edifícios

Município investe 4,5 milhões nas escolas da Batalha e do Reguengo O Município da Batalha assinou, no passado dia 23 de Setembro, na Amadora, um acordo de colaboração com o Governo, no valor de 2,9 milhões de euros, para levar a cabo obras de modernização na Escola Básica e Secundária da Batalha, recorrendo a fundos comunitários. Numa cerimónia presidida pelos ministros da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e do Planeamento e Infra-estruturas, Pedro Marques, foram assinados acordos de parceria com os municípios de Alcobaça, Almada, Amadora, Batalha, Figueira da Foz, Mealhada, Odivelas, Sardoal, Torres Novas e Torres Vedras. O acordo visa a realização de obras de requalificação na Escola Básica e Secundária da Batalha, beneficiando 1067 alunos. Trata-se do projecto de remodelação e requalificação dos edifícios da EscolaSede do Agrupamento de Escolas da Batalha, designadamente, os que definem os programas dos 2.º e 3.º ciclos e do secundário, recaindo sobre o conjunto de 11 edifícios, dos quais 8

correspondem ao programa funcional lectivo escolar e 3 à área desportiva de apoio. A intervenção foi enquadrada no planeamento da educação para a Região Centro, constando no “mapeamento” da Iniciativa Territorial de Investimento (ITI) da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), enviada e aprovada pela Comissão Europeia. A intervenção ascende a 3,57 milhões de euros, respeitando os limites de co-financiamento previstos no Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial. O projecto prevê a requalificação de edifícios e espaços existentes (14.657 m2), novas edificações (9.985 m2) para substituição de volumes construtivos desajustados

das actuais necessidades, assim como as correspondentes demolições (2.957 m2). Para além da necessária requalificação dos espaços utilizados pelos alunos, designadamente as salas de aula, o programa funcional responde à necessidade de unificação das escolas (antiga preparatória com a antiga secundária), de modo a optimizar os espaços, recursos físicos e meios humanos existentes. “Este é o segundo grande projecto de investimento em escolas que estamos a realizar, depois do novo Centro Educativo do Reguengo do Fetal, realizações que vão melhorar a qualidade do ensino no Concelho”, disse o presidente do Município da Batalha, Paulo Batista

Santos. Recorde-se que o projecto de construção do “Centro Escolar do Reguengo do Fetal” se encontra já em obra, representando um investimento global de 1,05 milhões de euros. No total, os projectos de modernização das duas escolas beneficiam de cerca de 3,8 milhões de euros provenientes de fundos comunitários e do Orçamento do Estado. Em nota enviada pela autarquia, o presidente refere que deseja “escolas públicas renovadas que proporcionem oportunidades para todos e sejam mais um elemento de qualificação dos nossos jovens”, defendendo que “estes projectos também são relevantes para a fixação das pessoas e dinamização do investimento económico”.

Câmara da Batalha moderniza equipamentos

Computadores novos para o Agrupamento No início deste ano lectivo, o Município da Batalha entregou ao Agrupamento de Escolas 12 computadores portáteis que irão modernizar o parque informático da instituição. Dadas as suas características, os novos equipamentos serão utilizados em diversas actividades lectivas e em diferentes espaços da escola. Segundo comunicado da autarquia, “estão pre-

DR

No arranque do ano lectivo

A chegada das “máquinas”

vistas, a breve prazo, mais aquisições pelo Município

deste tipo de equipamento, com o intuito de criar me-

lhores condições de aprendizagens aos jovens”.


Jornal da Golpilheira

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. .entrevista educação. .

Setembro de 2016

9

MCR

Estudo da APFN Ocupação de filhos em férias é um “quebra-cabeças”

Auditório cheio

Academia sénior e ginástica

Mais de 500 idosos “a mexer”

O Município da Batalha apresentou, no passado dia 12 de Setembro, o programa “Mova Sénior”, que irá envolver mais de 500 pessoas de todo o concelho nas aulas da Academia Sénior e nas sessões de ginástica geriátrica e de hidroginástica. Trata-se de um conjunto de actividades dirigidas a todos os munícipes com mais de 55 anos de idade, a decorrer até Julho. No auditório municipal completamente cheio, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Santos, comunicou o reforço das aulas da Academia Sénior da Batalha que, no presente ano lectivo, passam a contar, para além das disciplinas de Informá-

tica e de Artes, com as opções de Inglês e de Teatro. A introdução destas disciplinas resulta de sugestões efectuadas pelos próprios utentes do programa e passarão a constar no plano formativo regular. Foram também anunciados novos horários para a componente da ginástica geriátrica e da hidroginástica, passando a piscina municipal a disponibilizar, no período da manhã e da tarde, pistas abertas em exclusivo para os utentes com mais de 55 anos de idade. Segundo o autarca, “os 500 utentes inscritos no programa ‘Mova Sénior’ constituem um enorme motivo de orgulho para

o Município, que disponibiliza desta forma, para a população com mais de 55 anos, um programa de actividades físicas e lúdicas de qualidade”. O edil agradeceu ainda à associação “Artes Sem Fim” o excelente trabalho realizado no último ano, na condução das aulas da Academia Sénior, bem como às instituições particulares de solidariedade social concelhias o apoio prestado. A sessão contou ainda com uma comunicação de Catarina Faria, especialista em Medicina Interna, que abordou os múltiplos benefícios da ocupação com este tipo de actividades por parte da população sénior.

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) levou a cabo um inquérito a quase 750 pais e mães, para perceber como é que as famílias numerosas portuguesas passam as férias e quais os principais constrangimentos que enfrentam. Em média, são 32 os dias que os filhos passam sem a presença dos pais em tempo de férias. Para as famílias numerosas, a solução acaba por ser, em primeira linha, o apoio de avós, familiares ou amigos e só depois as actividades propostas pelas escolas e os campos de férias, que as famílias consideram “muito onerosos”. O inquérito foi realizado nos últimos meses de Julho e Agosto, mas relativo aos últimos três anos. As famílias numerosas referem que “existe pouca oferta a preços acessíveis” e uma “quase ausência de soluções para o mês de Agosto” e “para todas as idades das crianças”, para além de não se considerarem os “descontos de irmãos”. Várias famílias referem que “sai mais barato um dos pais tirar licença sem vencimento do que colocar os filhos em actividades de ocupação de férias”, propondo a criação de uma licença específica para acompanhar os filhos nas férias, diferenciada da licença sem vencimento. As famílias numerosas optaram, na sua maioria, por não sair de casa em parte ou na totalidade das suas

Actividades de Enriquecimento Curricular

Orientações do Ministério para as AEC Por nos parecer importante que os pais tenham esta informação, passamos a transcrever uma nota do Ministério da Educação, com data de 9 de Agosto deste ano: O Ministério da Educação enviou às escolas e à comunicação social um conjunto de orientações para as entidades promotoras das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) no 1.º ciclo, visando garantir que estas são eminentemente lúdicas, não constituem objecto de avaliação sumativa e devem evitar ser um prolongamento de actividades formais de ensino. Pretende-se, desta forma, que as AEC não constituam mais horas de ensino formal, aliviandose a carga horária de actividades lectivas dos alunos no 1.º Ciclo,

dando espaço a actividades que cumpram as expectativas das crianças e da sua formação integral. O currículo destas crianças deve ser restrito às horas lectivas e as AEC devem assim preencher o espaço das actividades não-formais de enriquecimento da personalidade dos alunos, aumentando o leque de experiências que cada um dos alunos vivencie. A nota enviada estabelece assim princípios orientadores a observar pelos agrupamentos de escola e escolas não agrupadas no momento da planificação e implementação destas actividades, que devem: a) valorizar as expressões culturais locais, constituindo-se como resposta aos interesses e às necessidades dos alunos e das

famílias, criando oportunidades de experiências novas, ricas e diversificadas que contribuam para a formação integral dos alunos; b) contribuir para o enriquecimento do currículo, num registo predominantemente lúdico, não devendo estas actividades promover o agendamento de trabalhos de casa; c) privilegiar a metodologia de projecto, com a intenção primordial de dar vez e voz aos alunos, a fim de gerar aprendizagens significativas e uma visão global das situações; d) criar oportunidades para que os alunos possam escolher livremente entre diferentes actividades, ou entre projectos dentro de um mesmo tema ou actividade; e) promover a construção

interdisciplinar e integrada dos saberes, explorando vertentes dos conteúdos curriculares com recurso a canais e linguagens distintas das utilizadas na componente curricular; f) organizar-se de forma flexível, sempre que possível, de modo a que os temas/actividades a oferecer se ajustem ao projecto educativo ao plano anual de actividades da escola; g) incentivar processos de decisão amplamente participados, envolvendo alunos, pais, professores e parceiros locais na definição das actividades a oferecer; h) privilegiar a avaliação formativa e participativa, rejeitando avaliações estandardizadas dos alunos, com recurso a testes, provas e a classificações quantitativas;

férias nos últimos três anos, tendo conseguido passar, em média, 19 dias de férias em conjunto com os filhos. Portugal foi, pois, o destino privilegiado do destino de férias das famílias numerosas, que sublinham alguns constrangimentos pelo facto de terem três ou mais filhos: - As promoções “crianças não pagam” são limitadas a dois filhos; - Não há menus de família que contemplem mais de dois filhos; - Na oferta cultural, o bilhete de família muitas vezes só inclui dois filhos; - A maioria das unidades hoteleiras não está preparada para famílias numerosas; - As crianças acima dos 12 anos pagam como adultos. Somente uma em cada 20 famílias numerosas viajou para fora da Europa nos últimos três anos, com uma estadia média de 10 dias. De salientar que algumas famílias referiram o facto de irem ao encontro de familiares que se encontram emigrados e que os acolhem nas suas casas. Apenas 15% das famílias numerosas utilizam o campismo e o caravanismo com frequência e, ainda que residualmente, há famílias que começam a tirar férias no sistema de troca de casa. O estudo completo está disponível em www.apfn.com.pt.

i) constituir uma oportunidade importante para a criação de equipas multidisciplinares nas escolas do 1.º ciclo, pelo que se deve assegurar uma efectiva integração e articulação entre os docentes e os técnicos das AEC; j) desenvolver mecanismos de monitorização da qualidade, de supervisão pedagógica, preferencialmente por referência à Norma NP 4510:2015 – Actividades de enriquecimento curricular e de apoio à família, publicada pelo Instituto Português da Qualidade, I.P.. O Ministério da Educação pretende assim valorizar as aprendizagens não-formais na formação dos alunos, rejeitando a excessiva carga horária lectiva como um benefício da aprendizagem e garantindo que esta carga lectiva é adequada à idade das crianças, no respeito pela sua formação integral, salvaguardando o papel das AEC e as expectativas das famílias


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. diversas .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2016

. junta informa .

“Novela” deu resultado

Convite à inscrição

CTT devolveram parte do prejuízo

Convívios juntam amigos por anos de nascimento

Os leitores estarão recordados do problema ocorrido em Janeiro deste ano, quando algumas dezenas ou centenas de jornais desapareceram misteriosamente de circulação e não chegaram aos assinantes. Em Fevereiro publicámos a história, estando em curso um processo de reclamação junto dos CTT. Durante os meses que se seguiram, e com muitos emails trocados, não se chegou a qualquer conclusão sobre o que terá acontecido e os CTT recusavam assumir a responsabilidade. No mês passado publicámos a conclusão desta “novela”, pensando que o assunto estaria encerrado sem direito à recuperação do prejuízo. Mas parece que a publicação valeu a pena... recebemos a visita do nosso agente comercial com a notícia de que os seus superiores haviam reconsiderado o assunto e resolveram devolver-nos o valor da expedição postal desse mês. Não é tudo, mas já é alguma coisa e significa, pelo menos, um gesto de consideração pelos clientes que julgamos ser o mínimo a esperar de uma empresa.

Nascidos em 1956

Os nascidos em 1956, que completam este ano os 60 anos de vida, naturais ou residentes na Golpilheira, são convidados a participar numa festa de convívio. Será no dia 30 de Outubro, pelas 13h00, no Restaurante Etnográfico do Centro Recreativo da Golpilheira. Os interessados deverão contactar, até ao dia 24 de Outubro, a Madalena Rosa (919486644) ou a Teresa Silva (919446780).

Nascidos em 1961

Vai realizar-se no dia 5 de Novembro de 2016, pelas 20h00, no Restaurante Etnográfico do Centro Recreativo da Golpilheira, um encontro

de convívio entre os nascidos em 1961 que queiram inscrever-se. Os contactos são os seguintes: José Carlos (José da Ilha) – 926553887; João Henriques (João Lelo) – 916138735; Luís José (Barroca) – 919943139; CRG – 244768568.

Nascidos em 1966

“Todas as pessoas nascidas no célebre ano de 1966”, como refere a organização, estão convidadas a participar num jantar de convívio, no dia de 5 de Novembro de 2016, às 20h00, ainda com local por confirmar. Os contactos para inscrições são: Isabel Costa – 917282929 e Albertina Silva – 965 641 467.

Coluna da Junta de Freguesia

Novo horário de atendimento: 08h30-13h30

Devido a várias sugestões e de acordo com o sentimento geral da população da Golpilheira, para que se pudesse exercer um melhor serviço à população da Freguesia, decidiu o Executivo de Junta alterar o horário de expediente e atendimento para as manhãs, das 08h30 às 13h30. Nos últimos anos, o horário praticado era das 13h00 às 18h00. Este horário sempre foi apreciado por alguns, mas nunca foi consensual a sua melhor aplicabilidade, já que a grande maioria das pessoas prefere tratar de assuntos burocráti-

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Zelamos pela sua segurança!

cos na parte da manhã. Assim, com o novo horário, continuam reunidas as condições para que o serviço possa ser exercido antes do expediente de alguns e durante a hora de almoço de outros.

Passeio Sénior em Outubro

De acordo com o que tem acontecido nos últimos anos, realizaremos o habitual passeio para os maiores de 65 logo após o Verão. Assim, as inscrições deste passeio de convívio serão realizadas a partir do dia 3 de Outubro, no novo horário de expediente da Junta de Freguesia.


Jornal da Golpilheira

. economia . sociedade .

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Setembro de 2016

IMI e Derrama nos mínimos

Novo sistema de normalização

A Câmara Municipal da Batalha decidiu fixar a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) no mínimo legal de 0,3% para os prédios urbanos, para vigorar no ano de 2016 e cuja liquidação será em 2017. De igual forma, a autarquia deliberou manter os descontos relativos ao IMI familiar, através de redução do IMI às famílias com filhos, para os imóveis destinados a habitação própria e permanente, e ainda atribuir uma isenção parcial de 50 % na taxa do IMI a aplicar aos prédios ou parte de prédios das associações não lucrativas, com sede no concelho da Batalha. Note-se que, desde 2013, a câmara já devolveu mais de 390 mil euros de IMI às famílias, associações e empresas locais, representando só o IMI familiar, no último ano de 2015, uma poupança para as famílias de cerca de 20

DR

Batalha mantém impostos reduzidos

mil euros. Também as empresas beneficiam de uma Derrama reduzida, tendo o executivo municipal aprovado fixar taxas para o ano 2016 a cobrar no ano de 2017, nos seguintes termos: taxa reduzida de 0,95% para micro-empresas cujo volume de negócios é inferior a 150 mil euros; e taxa de 1,2% sobre restantes sujeitos passivos de IRC. Recorde-se que os municípios podem deliberar lançar anualmente uma

derrama, até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC), tendo o município da Batalha registado uma receita global da Derrama de 350 mil euros em 2015, valor utilizado como instrumento de promoção e desenvolvimento das actividades económicas do concelho da Batalha. Para o presidente da Câmara, Paulo Batista

Santos, “a opção assumida de desagravamento fiscal às famílias tem contribuído para aliviar o peso dos impostos no rendimento familiar, ajuda a recuperar o poder compra e incentiva à fixação de população”, pelo que defende “medidas fiscalmente moderadas sobre o rendimento das empresas, que podem ser catalisadoras da localização de novas iniciativas de empreendedorismo e de investimento no nosso concelho”. Em nota enviada pela autarquia, o presidente refere-se à eventual criação de um novo imposto sobre o património, que classifica de “medida contraditória com as opções de redução fiscal que o Município da Batalha tem preconizado, pelo que terá a nossa oposição e, se depender da Câmara, esse novo IMI não se aplicará na Batalha”.

Com pistas diárias para utilização livre

A transformação digital

DR

desportivos municipais, campos de futebol, ténis e pavilhões desportivos, justificou a contratação de uma técnica superior na área do desporto e de mais um colaborador no apoio à gestão dos equipamentos.

A par das escolas de natação para os mais novos, a hidroginástica e hidrogeriatria, actividades especialmente orientadas para a população sénior, serão sempre disponibilizadas pistas para os horários

O auditório municipal da Batalha recebeu, nos passados dias 15 e 16 de Setembro, uma acção de formação sobre o Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP). Coordenada pela AIRC – Associação de Informática da Região Centro, a formação teve como objectivo abordar o novo regime de contabilidade que será adoptado transversalmente em todo o sector público, permitindo a convergência das práticas de contabilização e avaliação de activos e passivos dos organismos das administrações públicas portuguesas com as dos outros Estados-membros da União Europeia. O Município da Batalha integra um projectopiloto a nível nacional, coordenado pela DirecçãoGeral do Orçamento, do Ministério das Finanças, e que inclui apenas uma dezena de autarquias do País, que visa testar a transição para este novo sistema. O SNC-AP “reveste-se de grande importância para a modernização e transparência da gestão municipal”, considera Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha. A partir de Janeiro de 2017, irá aplicarse a todos os serviços e organismos da administração central, regional e local que não tenham natureza, forma e designação de empresa. Esta acção contou com reconhecidos formadores na área da contabilidade e finanças públicas, como são os casos de Arménio Bernardes, Gilda Melo e José Saraiva. Destinou-se a quadros médios e superiores da administração pública local e a todos os utilizadores, preparadores da informação financeira e quadros administrativos de entidades que aplicam as regras actuais do Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL).

2wPM organiza formação

Piscinas com horário alargado Verificando-se a crescente procura da actividade desportiva em meio aquático pelos utilizadores das piscinas municipais da Batalha, a autarquia decidiu abrir este equipamento a um maior período de utilização livre, reduzindo os actuais períodos de interrupção. Assim, a nova direcção técnica das piscinas irá possibilitar a utilização pelo público em geral, em regime de horário livre, em todos os dias da semana, inclusive aos domingos, por períodos mais alargados, compreendidos entre as 08h00 e as 22h15. A decisão de ampliar a utilização das piscinas municipais, bem como dos demais equipamentos

Administração pública faz formação contabilística

livres, com o objectivo de incentivar esta prática por parte dos pais que acompanham os filhos durante as aulas e garantir maior taxa de rendibilidade das piscinas.

“Quer liderar ou ser liderado?” é o mote de uma acção de formação que a empresa batalhense 2wPM vai organizar, no dia 12 de Outubro, a partir das 17h00, no Hotel Villa Batalha. A sessão gratuita visa promover a reflexão sobre a transformação digital das empresas, “uma mudança de paradigma que exige agilidade e rapidez, a par com a estratégia e a acção”, refere o gestor Luís Frazão. Considerando o actual cenário “altamente disruptivo e competitivo”, em que “as empresas e as suas lideranças são desafiadas a encontrar respostas a questões, como que empresa quero no futuro, quais as tendências e como posso ser mais competitivo”, esta é uma proposta para “reflectir sobre o impacto nos processos da empresa, mostrando as ferramentas a adoptar e a forma de mobilizar e comprometer as equipas com o sucesso da organização”. A iniciativa visa ainda assinar os 20 anos da fundação desta empresa na Batalha e é de participação gratuita. Inscrições para comercial@2wpm.pt ou 244769420.


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. cultura .

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. museu de todos. Ana Moderno e Emilie Baptista Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Peça do mês:

O calor, o sol, a cultura, o vasto património, a boa comida e a simpatia dos portugueses são alguns dos principais factores de atracção para a vinda dos turistas estrangeiros ao nosso país. O Verão, na Batalha, significa gente, movimento, esplanadas cheias e multi-culturalidade. Inspira-nos este movimento para relembrar a vinda de ilustres estrangeiros a esta Vila nos finais do século XVIII, inícios do século XIX. O londrino William Beckford foi um desses ilustres visitantes que nos deixou uma maravilhosa descrição da sua viagem aos Mosteiros de Alcobaça e Batalha no diário, intitulado “Recollection of an Excursion to the Monasteries of Alcobaça and Batalha”, realizada no final do século XVIII. O autor faz interessantes comparações entre ambos os monumentos, descrevendo como foi recebido por monges e frades. Toda a obra é escrita num registo apelativo e humorístico, capaz de nos remeter para o imaginário daquela época. O excerto que se apresenta de seguida descreve o momento da chegada de Beckford com os monges cistercienses à Batalha, numa visita oficial ao nosso mosteiro, onde fora recebido pelos dominicanos: “(...) bem acima desta superfície verde erguia-se a enorme igreja, em toda a sua imponência, com o soberbo conjunto de edifícios conventuais e os arcobotantes, pináculos e coruchéus (…). Enquanto as nossas mulas eram descarregadas, e das cestas a deitar por fora rolavam presuntos, pastéis e salsichas, achei que estes pobres monges nos olhavam com uma certa inveja. Os meus companheiros, mais afortunados (…), mal conseguiam disfarçar sorrisos escarninhos de consciente superioridade. Um contraste tão acentuado que muito me divertiu (…)”. A obra em causa encontra-se exposta no MCCB no espaço dedicado aos testemunhos dos visitantes estrangeiros e onde se exibem livros e diversas gravuras do mosteiro antes e depois das destruições. Grande parte das ilustrações estão disponíveis para consulta num livro virtual junto à vitrina. As viagens dos estrangeiros ao nosso país têm sido estudadas e publicadas por Pedro Redol, investigador e técnico do Mosteiro da Batalha. “A viagem ao Mosteiro desaparecido” resulta desse estudo e confere-se numa excelente leitura para quem quiser conhecer melhor a história do nosso monumento. A publicação também se encontra disponível para venda na loja do museu. O Município da Batalha, através do MCCB, recorda que ao primeiro domingo de cada mês, às 11h30, tem lugar uma visita guiada para todos os interessados em conhecer melhor o nosso Museu. Neste dia, as entradas são gratuitas para todos os munícipes.

LMFerraz

Diário de viagem de William Beckford

Em ambiente intimista

Nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha

Leituras encenadas da Palavra “E o espírito voltará a Deus” é o projecto que leva cinco fins-de-semana imbuídos da Palavra de Deus ao Mosteiro da Batalha, “lugar que faz apelo à vivência da espiritualidade e à interrogação sobre o acreditar”. “Um monumento que foi convento até 1834, lugar de peregrinação e também de estudos teológicos e que ainda é lugar de culto e oração, é, também, naturalmente, um espaço que faz apelo a uma reflexão sobre a Fé e a Palavra que a sustenta”, refere Joaquim Ruivo, director do Mosteiro da Batalha. Para tal, pediu-se a cinco personalidades que escolhessem e comentassem

textos da espiritualidade cristã e a outros tantos actores, encenadores e grupos de teatro da região que os levassem a cena. A primeira apresentação decorreu no passado dia 24 de Setembro, com “As Obras de Misericórdia”, do Evangelho de São Mateus, texto escolhido e comentado por D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, e encenado por João Lázaro e o Te-Ato. Numa noite agradável, “cheirou” a evangelização, com os actores a deambularem por entre as pessoas, sussurrandolhes frases da Bíblia como se de notícias de jornal se tratasse. O Bispo diocesano foi um dos presentes e

Exposição no Turismo da Batalha

Artur Franco mostra Cores de Outono O conceituado pintor leiriense Artur Franco tem patente na galeria do Posto de Turismo da Batalha a exposição “Cores de Outono”, inaugurada no passado dia 23 de Se-

tembro. A mostra ficará disponível ao público até 14 de Outubro, podendo ser visitada diariamente das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.

manifestou, no final, o seu agrado com a experiência. Seguem-se mais quatro espectáculos, sempre às 21h00, nas Capelas Imperfeitas: - No dia 30 de Setembro, Pedro Oliveira e o grupo Nariz apresentam o “Hino ao Amor”, da 1.ª Carta de S. Paulo aos Coríntios, escolhido e comentado pelo teólogo e biblista frei Joaquim Carreira das Neves. - No dia 8 de Outubro, o actor batalhense Tobias Monteiro e a Kind of Black Box apresentam “O Apocalipse”, de S. João, texto escolhido e comentado por Joaquim Ruivo, director do Mosteiro. - No dia 15 de Ou-

tubro, Frédéric Cruz e o grupo Leirena Teatro apresentam o “As Bem-Aventuranças”, de S. Lucas e S. Mateus, texto escolhido e comentado por António Marujo, investigador e jornalista. - No dia 22 de Outubro, o conceituado actor Luís Miguel Cintra apresenta o “Eclesiastes”, versão de Damião de Góis, escolhido por si a sugestão do padre e poeta Tolentino de Mendonça. Este projecto é iniciativa do Mosteiro da Batalha e conta com o apoio da Câmara Municipal da Batalha, da Paróquia da Batalha, da Caixa de Crédito Agrícola da Batalha e do Jornal de Leiria.


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. entrevista . cultura .

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LMFerraz

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Belos efeitos cénicos

Tradicionais iluminações com caracóis

Festa da Senhora do Fetal Vai realizar-se no 1.º domingo de Outubro a tradicional festa em honra de Nossa Senhora do Fetal, na paróquia do Reguengo. O programa começou no sábado 24 de Setembro, com a procissão de velas da igreja matriz para o Santuário de Nossa Senhora do Fetal. Durante a semana, a imagem da Senhora do Fetal está na igreja paroquial, onde há orações diárias. No próximo sábado, dia 1

de Outubro, realiza-se a Missa na igreja paroquial, pelas 21h00, seguindo-se a procissão maior e mais concorrida, de regresso ao Santuário de Nossa Senhora do Fetal. Recordamos que o percurso de ambas as procissões é iluminado pelas tradicionais e artísticas iluminações feitas com cascas de caracol, azeite e torcidas artesanais. No domingo, dia 2, pelas 10h00, haverá lugar à recolha das ofertas e, às

11h00, o cortejo para o Santuário de Nossa Senhora, seguindo-se a celebração da Missa. Nos serões dos sábados, após as celebrações religiosas, há arraial no largo da Praça da Fonte. Na tarde de domingo, o arraial e a animação serão no Largo do Santuário. Alusivo às iluminações, está a decorrer um concurso de fotografia, com regulamento disponível em www.freguesiareguengodofetal.pt.

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. eclesial .

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Peregrinação do CNE a 8 e 9 de Outubro

Comunidade Ortodoxa em festa Batalha, de Leiria, da Marinha Grande, do Cartaxo e de outras localidades próximas. A refeição comunitária, servida no centro paroquial da Batalha, foi animada por música clássica e popular, declamação de poesia, dança, e outras artes e passatempos partilhados por talentosos adultos, jovens e crianças naturais da Ucrânia e a residir entre nós. Contou ainda com a participação especial do Coralis, grupo coral feminino de Leiria, cuja maestrina actual é, precisamente, imigrante ucaniana. Com a presença do pároco da Batalha, padre José Gonçalves, e também

Alguns dos talentos da comunidade

do presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, e do vereador Carlos Agostinho Monteiro, foi uma tarde familiar muito calorosa, onde os valores da pátria, da amizade e do encontro de culturas (também gastronómicas) estiveram bem presentes. E também Deus, que está em permanente referência nas mú-

LMF

A Ucrânia tornou-se independente da ex-URSS em 24 de Agosto de 1991. A data da independência é amplamente festejada e, neste 25.º aniversário, foio também (embora só a 4 de Setembro) na Batalha, onde é já habitual reunirse dominicalmente a comunidade da Igreja Ortodoxa Ucraniana residente nesta região. A Missa, presidida pelo capelão da comunidade, P. Juvenaliy, foi na igreja matriz da Batalha, cedida para a celebração desta comunidade desde há cerca de ano e meio. Começou pelas 10h00 e terminou rente à hora de almoço, com cerca de uma centena de participantes, vindos da

Almoço de convívio

LMF

Logística Serão mais de 4.500 as tendas montadas nos campos 12 a 15 do Santuário, e que vão acolher estes escuteiros, os seus jogos, reflexões, o convívio entre regiões e também o fundamental descanso nocturno. Logisticamente, é uma operação “normal” para o Corpo Nacional de Escutas, associação que conta com cerca de 73.000 elementos e está, portanto, habituada a realizar actividades de grande envergadura. Na noite de sábado, a organização fornece aos participantes uma sopa quente, para complementar as refeições que cada agrupamento traz preparada de casa. No domingo, serão distribuídos kits de alimentos, garantindo pequeno almoço e almoço. A peregrinação conta com o apoio da Câmara Municipal de Ourém e da Reitoria do Santuário de Fátima, e de das empresas nacionais Terra Nostra e Porminho, que contribuem com alimentos para os kits de refeição de domingo. Ao Corpo Nacional de Escutas juntam-se em fraterna união a Associação dos Escoteiros de Portugal, a Fraternidade Nun’Alvares, a Fraternidade Escotista de Portugal e a associação espanhola Movimiento Socut Católico.

Celebração da Missa

Dia da Independência da Ucrânia

LMF

No âmbito das celebrações do Centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima e no contexto do Jubileu da Misericórdia, o Corpo Nacional de Escutas (CNE) desafiou todos os escuteiros a unirem-se numa Peregrinação Nacional a Fátima, a 8 e 9 de Outubro próximo. O programa desta peregrinação contempla diversas acções que levarão os escuteiros a celebrar e participar em actividades e celebrações que apelam à reflexão e aprendizagem individual, mas também à comunhão em grupo e crescimento enquanto escuteiros e cristãos, através da vivência comunitária proporcionada. No sábado, dia 8 de Outubro, os participantes começarão por fazer a pé percursos de 4 a 8 km, organizados e enriquecidos com pontos de oração, reflexão, cânticos e aprendizagem histórica. Durante a tarde têm a oportunidade de participar em visitas a algumas das dezenas de comunidades religiosas que aderiram à actividade, como por exemplo a Ordem das Carmelitas Descalças ou as Religiosas do Sagrado Coração de Maria. Pelas 17h00, será altura da cerimónia formal de recepção na Capelinha das Aparições, em que os cerca de 500 agrupamentos se consagram a Nossa Senhora de Fátima. Às 18h00, no pórtico do acampamento, junto à Basílica, entidades e convidados juntam-se a todos os participantes para se proceder à abertura de campo, com o hastear das bandeiras e interpretação do Hino Nacional por uma fanfarra de escuteiros. As celebrações de sábado à noite e domingo de manhã incluem a procissão das velas, recitação do Terço e Eucaristia, e serão realizadas em união e comunhão com todos os peregrinos de Fátima.

LMF

Esperados 30 mil escuteiros no Santuário de Fátima

Grupo Coralis de Leiria

sicas e tradições populares destes irmãos cristãos ortodoxos. Um dos momentos mais profundos foi, precisamente, uma canção de oração pelos combatentes e milhares de civis que têm sido vítimas da guerra que a Rússia mantém com este país, sobretudo na região da Crimeia. LMF

Vigararia da Batalha

Preparação de adultos para o Crisma A vigararia da Batalha vai promover, a partir de Outubro, uma proposta de catequese de adultos, em cerca de 20 encontros, aos domingos de manhã, pelas

09h30, a um ritmo quinzenal, no salão paroquial da Calvaria. Para além dos jovens e adultos que querem preparar-se para celebrar o

Crisma no ano de 2017, esta proposta está aberta a outras pessoas que desejem fazer, durante um ano, um percurso de aprofundamento da fé.

Os encontros serão orientados pelo padre José Henrique e as inscrições devem ser feitas junto dos párocos.


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Jornal da Golpilheira

. entrevista . eclesial .

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Bispo convoca os diocesanos

Assembleia do Dia da Diocese O Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, convoca todos os diocesanos para a assembleia que assinala anualmente o Dia da Diocese e marca o início de mais um ano de actividades pastorais. Será no ginásio do Seminário de Leiria, no domingo 2 de Outubro, das 15h30 às 18h30. O tema deste ano – o segundo do biénio dedicado a Nossa Senhora – será

das comunidades, como os membros dos conselhos pastorais paroquiais e das comissões das igrejas, catequistas, ministros da comunhão e outros fiéis colaboradores na vida e missão da Igreja diocesana. Haverá também espaço e actividades de ocupação de crianças, de modo que os pais possam participar tranquilos no programa. Além da intervenção do Bispo diocesano,

“O meu Coração Imaculado conduzir-vos-á até Deus”, tendo como objectivo “mostrar o relevo das aparições de Fátima para a vida cristã e eclesial”. Serve-nos de orientação a Carta Pastoral “Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia”, editada no ano passado. Para esta Assembleia todos são convidados, especialmente os padres e os fiéis mais ligados à pastoral

haverá duas apresentações temáticas, pelo padre Carlos Cabecinhas, sobre a Mensagem de Fátima e suas implicações pastorais, e pela irmã Ângela Coelho, sobre a espiritualidade dos Pastorinhos. Neste ano, o programa não inclui a celebração da Missa, pois se entendeu que todos têm a possibilidade de nela participar nas suas comunidades. O encerramento será, então com o canto do hino

“Akathistos”, em louvor da Virgem Maria, na igreja do Seminário, pelo Grupo Coral do Santuário de Fátima. Na sua convocatória, D. António Marto considera que “um evento como este testemunha a nossa união no amor de Cristo, exprime e reforça a comum pertença à mesma e grande família espiritual diocesana, promove a comunhão eclesial e imprime nos nossos corações maior

sentido de co-responsabilidade na missão comum da Igreja”. E faz um apelo a todos os diocesanos: “Reservai, pois, na vossa agenda a disponibilidade para participar, não marcando qualquer outra actividade, informai e motivai os vossos colaboradores para vos acompanharem”. Por fim, pede a todos “grande confiança em Deus e o melhor empenho na acção pastoral neste novo ano”.

Encontro Diocesano de Catequistas

Pede-se “Intimidade com o Senhor” e “coerência de vida” precisam”, continuou o Pastor, pedindo aos catequistas que ofereçam “o olhar do coração, que mostre a todos a ternura de Deus próximo e íntimo, o Deus da misericórdia”. Foi essa a imagem que Nossa Senhora mostrou ao Pastorinhos, na “luz imensa” que colocou no seu peito e que levou o Francisco a dizer “gostei muito de ver o anjo, gostei mais de ver Nossa Senhora, mas o que gostei mais foi ver Deus”. Pastorinhos como exemplo Depois, coube à irmã Ângela Coelho, da Aliança de Santa Maria, desenvolver o tema, a partir da vida dos Pastorinhos de Fátima, que acompanha de forma especial como postuladora da causa de canonização Francisco e Jacinta Marto e vice-postuladora para a causa de beatificação da irmã Lúcia de Jesus. “A Igreja existe para evangelizar e a catequese é um momento essencial dessa acção”, começou por recordar. Também é evidente que “por melhores que sejam as metodologias e materiais, não existe catequese sem a pessoa do catequista” e, como refere

LMF

“Pastorinhos de Fátima: exemplo e desafio de interioridade e compromisso para a catequese” foi o tema escolhido para o Encontro Diocesano de Catequistas, que reuniu cerca de duas centenas de participantes, no Centro Pastoral Diocesano, no domingo 18 de Setembro. Alguns deles foram da paróquia da Batalha, entre os quais meia dúzia da Comunidade Cristã da Golpilheira. Nossa Senhora veio a Fátima trazer uma “mensagem de conforto e presença nas atrocidades do mundo”, lembrou D. António Marto, na breve reflexão que partilhou com os catequistas no início do encontro. Prestes a iniciarse o segundo ano do biénio mariano, dedicado a Nossa Senhora de Fátima, o Bispo diocesano apontou para a “linguagem do coração” da Mãe, “a linguagem mais espontânea, simples e comovente, que toda a gente entende, a linguagem bela de que o mundo também hoje precisa, que lhe transmita ternura, proximidade, afecto, carinho, carícia”. “Esta é a linguagem de que a Igreja e a catequese

Irmã Ângela Coelho foi a oradora convidada

o Directório Geral para a Catequese, “o carisma que lhe é dado pelo Espírito, uma sólida espiritualidade e um transparente testemunho de vida constituem a alma de todo método”. “O mundo está farto de doutores e precisa de testemunhas”, disse a irmã Ângela. E “os catequizandos só se interessam pela nossa mensagem se lhes dermos o que eles não podem encontrar noutros lados; não adiantam apresentações bonitas, pois encontram melhor noutros lados, como os jogos ou as redes sociais; só Deus é que

eles não encontram aí”. E transmite Deus quem “tiver uma relação íntima com Ele e O viver no concreto da vida”. Depois, contou com entusiasmo alguns episódios da vida dos Pastorinhos. A pequena Jacinta vivia “centrada em si, carente de atenções e carinhos, facilmente amuada se não lhe faziam as vontades”. Quando descobriu Deus, “configurou-se plenamente com Cristo, que passou a ser o centro da sua vida”. Também com o Francisco, na sua conversão, se fez configurar com o

“Jesus que reza”, procurando todos os pretextos para se recolher em oração e consolar o “Jesus Escondido” que tanto amava. A mesma conversão é pedida a cada catequista, para uma vida de fé capaz de cativar outros. “Colocar Deus no centro da vida e perguntar sempre ‘o que queres Tu de mim’ é o primeiro passo”, frisou a irmã, apontando que “temos falta de paixão por Nosso Senhor”. Só por isso nos “custa tanto” ir à Missa, dar catequese, fazer oração. “Os Pastorinhos iam buscar à Missa a paz para

as suas dificuldade, nela ofereciam as suas dores e pediam a Deus por toda a humanidade, a Missa era o centro da sua vida”, exemplificou. Assim, “só com uma vida eucarística, centrada na celebração da Missa e na Adoração individual se poderá encontrar Deus, e só com uma vida eucarística que se torna oferta aos outros se poderá transmitir-lhes esse Deus que se encontrou”. “Se um catequista imitar este exemplo de intimidade com Deus e de coerência de vida que tiveram os Pastorinhos, os seus catequizandos irão perceber e irão deixar-se apaixonar por Cristo; e, no final da catequese, não irão abandonar, mas sim perguntar como podem continuar a participar nesta vida com Deus que experimentaram na Igreja”, conclui a oradora. O encontro que terminou em celebração, com a entrada pela Porta Santa, na Sé, a assinalar o Jubileu da Misericórdia e a antecipar a Missa de encerramento. LMF


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Jornal da Golpilheira

. diversas .

Setembro de 2016

Terço Comemorativo do Centenário das Aparições “pode abrir caminho” O Terço Comemorativo do Centenário das Aparições de Fátima nasceu de uma parceria entre a ACISO – Associação Empresarial OurémFátima, o Santuário de Fátima e a Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Foi criado por uma equipa liderada por esta associação empresarial e que incluiu a assessoria do Santuário de Fátima na elaboração de textos e selecção de imagens. Em termos de design do produto, teve o apoio inicial da jovem fatimense Kátia Silva e o grafismo do atelier Silvadesigners. A produção dos Terços será feita manualmente e com recurso aos métodos tradicionais, devidamente enquadrada por fabricantes locais. O Terço é feito com contas em vidro soprado, produzidas artesanalmente na Marinha Grande. O passador e o crucifixo são em “zamak” com acabamento de cobre e prata e a corrente e arame em latão prateado. Cada peça é embalada em caixa própria, acompanhada de um livro explicativo, em 7 idiomas, e com Selo de Certificação emitido pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda. De referir que cada Terço tem o preço de venda ao público de 12 euros, que inclui uma componente solidária de 1 euros por terço vendido a favor do Centro de Reabilitação e Integração de Fátima, para a

construção de um lar residencial para adultos com deficiência e cujas famílias se demonstram já incapazes de prestar o necessário acompanhamento. Foram 5 as fábricas locais, associadas da ACISO, que aderiram a este projecto: Artesacris – Artigos Religiosos de Fátima; Farportugal – Indústria de Artigos Religiosos; José de Almeida Pereira; Manuel Reis Pereira; Pereira, Silva e Reis. Estão já em produção 50 mil exemplares, sendo expectável que este número possa ser multiplicado várias vezes até final de 2017. Para Francisco Vieira, que esteve na génese da iniciativa, “o sucesso deste projecto poderá abrir um novo caminho para o sector do artigo religioso em Fátima, porque associa na sua concepção uma matriz religiosa, conceitos de design, materiais e produção regional, elevados níveis de qualidade e uma garantia de certificação. Pode abrir um novo caminho, porque fixa um preço e porque reúne em torno do projecto os principais industriais do sector, sensibilizando todos os comerciantes para o necessário esforço de venda. Pode ainda abrir um novo caminho, porque persegue um louvável objectivo social, que depende do esforço daqueles que tantas vezes são criticados na sua actividade, os comerciantes de Fátima”.

Angola: Crise do petróleo revela país fracturado

Filhos da má-sorte Em redor dos bairros luxuosos de Luanda, ilhas perfumadas no meio do lixo dos musseques, vivem milhões de pessoas. O afundamento do preço do petróleo veio tornar ainda mais difícil a vida desta multidão de pobres, de excluídos. Entre estes filhos da má-sorte, há milhares de crianças que vivem na rua. Há cicatrizes que não se apagam da memória. Ainda hoje, Angola parece não conseguir libertarse dos tempos atrozes da guerra civil. Esses 27 anos de sofrimento parecem ter reaparecido agora com a recente crise do petróleo que fez soar todos os gritos de alarme. A economia do país, dependente do chamado “ouro negro”, entrou em colapso, com um aumento galopante do número dos muito pobres que rivalizam com a riqueza quase obscena de uns quantos, privilegiados. Os Bispos denunciaram este estado de coisas na sua mais recente Nota Pastoral. Nesse documento, os prelados afirmam que esta crise não pode ser explicada apenas pela queda do preço do petróleo, sendo necessário apontar o dedo à “falta de ética, má gestão do erário público e corrupção generalizada” no país. O fim da guerra e a euforia do dinheiro fácil do petróleo, transformaram a capital angolana numa terra desejada. Hoje, Luanda é das cidades mais caras do mundo, o que é difícil de entender nos becos dos musseques onde vivem

DR

Aposta em objectos religiosos de qualidade certificada

milhões na mais abjecta pobreza. É um contraste criminoso. Casas luxuosas e barracas imundas, quase lado-a-lado. As palavras dos bispos são a verbalização de um sentimento colectivo. Dizem os bispos que “a falta de critérios no uso dos fundos públicos, gastos exorbitantes e importação de coisas supérfluas”, explicam, em parte, a situação a que se chegou.

Meninos da rua Entre a nova geração de excluídos há os, que tendo nascido já depois do fim da guerra, nunca souberam o que significa viver em paz: são os meninos da rua. Em Luanda há bairros onde é fácil encontrar crianças e jovens que perderam a família, que desconhecem a palavra carinho, que não sabem o que é a escola, cama, comida na mesa. É nesses emaranhados de barracas, nessas ruas estreitas e

perigosas, com esgotos a céu aberto, que vivem dezenas, centenas de crianças. Em Luanda há dois centros de acolhimento para crianças de rua: a Casa Magone e a Casa Mamã Margarida. São dois projectos da Igreja em que se procura dar resposta a esta chaga social. As crianças que chegam a estas casas vêm com os olhos carregados de medo e trazem consigo histórias terríveis de exploração sexual, de violência, de doença. Muitos “cheiram” gasolina, que é a droga das periferias. Ninguém sabe ao certo quantos meninos de rua haverá em Luanda. Serão, por certo, mais de cinco mil. Estes filhos da má-sorte andam pelas ruas como se fossem invisíveis, mas graças aos responsáveis da Casa Magone e da Casa Mamã Margarida vão conseguindo fintar o futuro negro que lhes estava reservado. Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt

Horácio Monteiro festejou 50 anos O golpilheirense Horácio Monteiro quis assinalar o seu meio século de vida com uma festa onde reuniu a família e amigos. O seu aniversário foi no dia 22 de Setembro e a festa fez-se no sábado seguinte. Partilhou a notícia com o Jornal da Golpilheira e aqui fica uma fotos e os nossos parabéns.

LMF

LMF

Foto-legendas

Encontro da família Matias/Calé Os dois ramos da família Matias e Calé, cujas raízes são das Brancas e tem ligações na Golpilheira, decidiram marcar um convívio entre todos. A festa fez-se no sábado 10 de Setembro. Saúda-se a iniciativa, sobretudo nesta época em que as redes sociais nos levam a esquecer o contacto pessoas e as relações familiares.


>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

Jornal da Golpilheira

. entrevista desporto .

Setembro de 2016

Futsal Sénior Feminino

Equipas do CRG

Desporto está de regresso Depois das merecidas férias, aos poucos, as nossas equipas estão a voltar ao trabalho. Começou mais cedo, no dia 3 de Setembro, a equipa de Futsal Sénior Feminino, que vai disputar o Campeonato Nacional de Futsal, a iniciar-se a 15 de Outubro, em casa, contra o Sporting.

Esta época apresentam-se algumas mudanças na equipa técnica e também um reajustamento no plantel. Segundo Teresa Jordão, treinadora principal do CRG, “achou-se por bem promover alguma renovação nas rotinas da equipa”, pelo que se contratou um técnico para

seu treinador principal, o jovem Ricardo Ramos. A treinadora fica, por outro lado, mais disponível para os níveis juniores e de formação femininos e masculinos, procurando-se, assim, “investir no futuro”. Nesta edição apresentamos a estrutura do Futsal Sénior Feminino, ficando

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Futebol 11

outras equipas para futuras edições. É com esta equipa que vamos disputar a primeira fase do Campeonato Nacional, Zona Sul, com os seguintes adversários: Del Negro, Sporting CP, SL Benfica, Quinta dos Lombos, Posto Santo (Açores), Povoense e Louriçal. MCR

Veteranos - 17-09 – Torneio do Alqueidão da Serra Alqueidão da Serra – 4/Golpilheira – 0 e Fátima – 4/Golpilheira – 0 Próximos Jogos 01-10, 18h30 (Batalha) – Golpilheira/Pilado 08-10 (Santarém) –“ Tricofaites”/Golpilheira 29-10, 18h30 (Batalha) – Golpilheira/Melgaço 05-11 (Caneças) – Caneças/Golpilheira

FUTSAL

Seniores Femininos - Torneio Vildemoinhos Golpilheira – 3/Chaves – 0 e Rest. Avintes – 3/Golpilheira – 2 Classificou-se em 2.º lugar Campeonato Nacional – Série Sul 15-10 (Golpilheira) – Golpilheira/Sporting 22-10 (Carcavelos) – Quinta dos Lombos/Golpilheira 29-10 (Golpilheira) – Golpilheira/Povoense 05-11 (Lisboa) – Del Negro/Golpilheira 12-11 (Golpilheira) – Golpilheira/Benfica Campeonato Distrital de Juniores Masculinos – 1.ª Fase 01-10, 17h00 (Juncal) – Juncalense/Golpilheira 05-10, 19h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Benedita 08-10, 17h00 (Quinta do Sobrado) – Quinta do Sobrado/Golpilheira 15-10, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Pederneirense 16-10, 15h00 (Casal Marra) – Amarense/Golpilheira 22-10, 15h00 (Mendiga) – Mendiga/Golpilheira 29-10, 16h00 (Casal Velho) – Casal Velho/Golpilheira 05-11, 19h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Juncalense

Belarmino Almeida Director

Nuno Monteiro Director

Ricardo Ramos Treinador Principal

Teresa Jordão Treinadora Adjunta

Susana Vila Nova Treinadora de G.Redes

Tásia Marina Fisioterapeuta

Licas 32 anos - Universal

Carol 25 anos - Fixo/Ala

Inês 24 anos - Ala

Andreia 30 anos - Universal

Rita Eusébio 35 anos - Ala/Pivô

Ká (ex-ACRD Louriçal) 29 anos - Universal

Tita 23 anos - Ala/Pivô

Joana Lara 25 anos - G. Redes

Jeca 23 anos - Universal

Raquel 25 anos - Universal

Diana 18 anos - G. Redes

Ritinha - ex-Júnior 19 anos - Fixo/Ala

Joana Rebocho - ex-Júnior 19 anos - Ala

Oli (ex-C.Ben. Leiria) 21 anos - G. Redes

Irina 39 anos - Fixo/Ala

Jéssica 24 anos - Universal

Faby 18 anos - Universal

Maria Beatriz 16 anos - Universal

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CONSTRUÇÕES


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Jornal da Golpilheira

. temas .

Setembro de 2016

. impressões .

. combatentes .

Por Luísa M. Monteiro

Perdi há tempos no avião, a caminho de uma ilha mediterrânica, o Campo Santo, de Sebald. Fiquei triste. Ficou-me no entanto uma breve ideia — por tê-lo folheado, dado uma vista de olhos, antes de partir em viagem — do que o escritor tivera dito acerca de Ajácio, terra de Napoleão, dos cemitérios da ilha, dos mergulhos nas enseadas de Piana, a ideia que o autor tinha tido de caminhos que percorrera, das casas que vira, dos rochedos virados a poente, das arribas, das falésias, les calanques, como dizem os franceses. — Li, apesar disso, além do guia

Michelin, que me acompanhou permanentemente na semivolta que fiz à ilha, e um Duras, que acabei (levei ainda outros livros, que não saíram da mala), li, disse eu, e marcou-me, A Minha Mulher, um Tchekhov, fininho (uma das personagens, não sei por quê, fez-me lembrar eu mesma). — Com Sebald, o livro perdido, eu poderia ir cega pela ilha; o escritor levar-me-ia pela mão, dar-me-ia confortavelmente a ver o que ele queria que eu visse - e eu queria realmente ver o que ele desejasse que eu visse - ; sozinha porém eu abri mais os olhos,

não sei se andei do avesso, mas visitei a Córsega através de mim. Além do guia de viagem, e do outro, que acabei, acredito que A Minha Mulher, de Tchekhov, lido praticamente às escuras antes de adormecer, apesar de ter como pano de fundo uma Rússia, profunda, me terá ajudado no processo. Tenho porém hoje comigo um novo Campo Santo. Estou feliz. Vou lê-lo antes de mais; regressarei com o autor ao ponto de partida, embarcarei com o autor em nova viagem.

.carta aberta . Equipas de futebol da Golpilheira dos anos 60 Caros colegas da equipa de futebol da Golpilheira dos anos 60 do século passado. Digo colegas futebolistas, digo dirigentes, digo colaboradores, árbitros, todos sem excepção, como é evidente. Penso que já passou tempo mais do que suficiente, pois já lá vão cerca de 50 anos, e que eu me lembre nunca confraternizámos para relembrar aquele tempo, que para nós foi memorável. Alguns já não estão entre nós, infeliz-

mente, mas seria também uma homenagem aos desaparecidos. Podíamos instituir o mês de Setembro de cada ano para um almoço, extensivo a todos, incluído familiares, no Centro Recreativo da Golpilheira. Por isso, apelo a todos que pensem nessa possibilidade, que seria gratificante. Vou apelar a alguns que se empenhem, nomeadamente, o Cesário, dirigente, os futebolistas: Os Florêncios

(Arnaldo Monteiro, Armindo Monteiro, Quim Monteiro), o Joãozito, o Manuel Rito, os Bochechas (António e Manel), o Henrique Alberto, e todos os não nomeados, pelo facto do o meu DNA (data de nascimento antiga) não me permitir relembrar. Na esperança de que esta sugestão tenha eco, deixo o meu telefone 918640222. Abraço a todos,

José Jordão Cruz

. carta do Brasil . Peço a vossa ajuda Caros amigos, Estamos a sofrer na missão com o problema da falta de água, para todos as necessidades básicas, como tomar banho. Mandámos abrir um poço de 80 metros, que nos custou 8.000 reais [cerca de 2.200 euros]. Deu água boa, que se for bem aproveitada, dará uma boa economia para a paróquia. Mas precisamos de colocar uma bomba, que custa mais 2.000 reais [550 euros], mais a

. aviso .

colocação e mão de obra, o que vai ser um grande gasto para a paróquia. Gostaria de contar com a vossa ajuda, dentro da vossas possibilidades. Verifico que a nossa campanha no jornal não tem recebido donativos desde Maio e sei que a vida também não está fácil por aí, mas qualquer pequena oferta é para nós um grande dom. Que Deus abençoe a vossa generosidade! Um abraço muito amigo para todos, deste missionário da Consolata, da Golpilheira, no Brasil.

P. João da Felícia

Perdeu-se peça de instrumento musical

Uma peça de um vibrafone Musser M55 (barra de ferro preta com pedal cromado) foi perdida pelo ser proprietário, no

passado dia 3 de Setembro, por volta da meia noite, em frente ao restaurante “O Mestre Afonso”, na vila da Batalha. Oferece-se

recompensa a quem a encontrar ou tenha informações. Contactar Paulo Santo para 918746742 ou emailarrouba@gmail.com.

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Educação física e prática desportiva em Portugal No artigo anterior, comentámos que no mês de Julho vários dos nossos atletas conquistaram medalhas, inclusive de ouro, nos campeonatos europeus de atletismo, enquanto que no futebol e no hóquei em patins, ao nível das selecções nacionais, fomos campeões da Europa em ambas as modalidades! Como é nosso hábito, passámos da depressão à euforia num ápice, isto é, se no início das competições, particularmente no futebol, choveram críticas ao seleccionador e à maioria dos jogadores por ele escolhidos, quase todos uns “pernasde-pau” (menos os do nosso clube, claro!), no decorrer da competição também poucos foram apoiantes incondicionais, e menos ainda acreditavam numa vitória final. Porém, após o desfecho favorável às nossas cores, caramba, foi uma festa nacional, pura e dura, durante muitos dias, em que já éramos os melhores e maiores do planeta! Seguiram-se os jogos olímpicos e, naquela onda da euforia, ninguém fazia a coisa por menos: cada atleta nosso viria de lá com uma medalha, pois então! É claro que o desfecho foi, naturalmente, o que qualquer pessoa realista esperaria: em termos de medalhas, a nossa comitiva olímpica regressou do Brasil com uma única (de bronze). Mas vieram também vários diplomas de honra, atestando a conquista de lugares entre os 4.º e 7.º; alguns recordes pessoais e nacionais batidos e, no cômputo geral, um comportamento muito aceitável, tanto a nível desportivo como social. Ora, em especial para os chamados “desportistas de bancada”, cuja maioria o principal exercício físico que pratica com regularidade é sentada a uma mesa, recheada de fêveras, cozido à portuguesa e similares, tudo bem regado com o nosso magnífico “tintol” ou umas “bejecas” valentes, culminando com umas aguardentes e afins, a pretexto de que ajuda à digestão, estes resultados foram uma vergonha, pois aqueles malandros (os atletas, claro!) quiseram foi ir passar umas boas férias ao Brasil, às nossas custas. Na verdade, se, antes de darmos este tipo de opiniões, parássemos um bocadinho para pensar, chegaríamos a conclusões interessantes, que evitariam que proferíssemos certas barbaridades sobre o tema. Vejamos: - Em Portugal continua a não

existir uma verdadeira política de educação física; - A pouca que se pratica nas escolas secundárias e até universitárias (quantas vezes por falta de recintos adequados), não conta como disciplina curricular, pelo que a maioria dos alunos não se aplica na sua prática e, por isso, até os seus professores (de educação física) se sentem diminuídos, enquanto docentes; - Presentemente, haverá menos recintos para a prática do atletismo no nosso país do que há 10 ou 15 anos; - Teremos pouco mais de meia dúzia de piscinas em Portugal, com dimensões olímpicas, algumas pertencentes a clubes, sempre aflitos para as manter, sendo que a alternativa é encerrá-las (como estará em vias de acontecer com uma das três existentes em Lisboa); - A massificação desportiva do País é feita pelos clubes, profissionais, amadores, de maior ou menor dimensão, mas basicamente direccionada para uma modalidade: futebol, futebol, futebol, cujos principais resultados práticos são a existência de uma crescente massa adepta, cada vez mais fanática, para não dizer alienada. - As restantes modalidades, colectivas ou individuais, e às quais a maioria dos portugueses é, no mínimo, indiferente, pode dizer-se que sobrevivem de “esmolas”, da carolice de alguns dirigentes amadores e até de pais, como aconteceu agora no Brasil com um atleta de Taekwondo (quintanista de medicina), que só conseguiu ir aos jogos porque os pais suportaram a maioria das despesas. Muito mais haveria a dizer sobre o fenómeno desportivo no nosso país, mas hoje temos de nos ficar por aqui.


Jornal da Golpilheira

. temas .

Setembro de 2016

.saúde.

Consumo de fruta na infância subiu 42% no ano passado

Assistente Social de assistência à saúde, com intuito de facilitar a integração dos funcionários nos diversos sectores das empresas. O assistente social pode actuar de forma autónoma (como consultor de políticas sociais, por exemplo), ou integrar equipas multidisciplinares em movimentos sociais, universidades (como docente ou pesquisador), hospitais, infantários, centros de saúde, centros regionais de segurança social, instituições privadas de solidariedade social (terceira idade, juventude e infância), autarquias locais (câmaras municipais e juntas de freguesia), estabelecimentos prisionais e Instituto de Reinserção Social, centros de emprego, centros de formação profissional, departamento de recursos humanos de empresas, autarquias e outras organizações e estabelecimentos de ensino (escolas preparatórias e escolas secundárias). Os assistentes sociais podem planear, executar e coordenar de programas e projectos sociais, realizar estudos e pesquisas sobre a realidade social, elaborar pareceres sociais, analisar e propor políticas sociais, assessoria e consultoria de instituições públicas e privadas, organizações não governamentais e movimentos sociais, orientar indivíduos e grupos quanto aos seus direitos sociais, realizar de avaliação socioeconómica de indivíduos para acesso a benefícios e serviços sociais. O Serviço Social é uma profissão de intervenção e um ramo do conhecimento que promove o desenvolvimento e a mudança social, a coesão social e o reforço da emancipação das pessoas para promoção do bem-estar, sendo assim essencial para o bom funcionamento da comunidade. O serviço social relaciona as pessoas com as estruturas sociais e instituições para responder aos desafios da vida e à melhoria do bem-estar social, sendo particularmente úteis nos casos da população em situação de pobreza ou sem rendimentos.

A APCOI – Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil quer estender no ano lectivo de 2016-2017 a adesão de todas as escolas do 1.º ciclo e jardins-de-infância de todas as regiões do País ao projecto “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável”. As inscrições para a 6.ª edição desta que é já considerada a maior iniciativa gratuita de educação para a saúde em Portugal já estão abertas e prolongam-se até 14 de Outubro. Podem inscreverse todos os estabelecimentos de ensino interessados, públicos e privados, através do endereço www.heroisdafruta.com ou do telefone 210961868. Depois do sucesso das edições anteriores, que envolveram um total de 236.227 alunos de todos os concelhos do País, “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável” é actualmente o maior programa gratuito de educação para a saúde de âmbito nacional com uma das maiores taxas de sucesso de sempre em reeducação alimentar infantil. Desde as primeiras edições, o Jornal da Golpilheira tem sido um dos parceiros na divulgação. “Está comprovado com os resultados das edições anteriores que a aplicação do modelo pedagógico dos heróis da fruta aumenta em, pelo menos, 42% o consumo de fruta no lanche escolar das crianças que nele participam”, afirmou Mário Silva, presidente e fundador da APCOI, sublinhando ainda que “nas últimas edições tivemos participações de todos os distritos e regiões autónomas, mas a nossa meta é chegar a todas as escolas do País”. Após efectuar a inscrição, cada escola recebe os materiais

Agenciazero.net

Projecto “Heróis da Fruta” quer chegar a todas as escolas

Ana Maria Henriques Médica Interna

O assistente social é um profissional que actua defendendo os direitos humanos e promovendo o acesso da população a políticas sociais de saúde, educação, assistência social e cultura. Os profissionais de serviço social, especialistas das ciências sociais e humanas, actuam na defesa da liberdade, da igualdade, da justiça social, do pluralismo e da cidadania, tendo em vista a superação da opressão, da fome, da pobreza, do desemprego, das desigualdades e das discriminações sociais. O profissional de serviço social é detentor de um curso universitário onde são adquiridas competências técnicas e relacionais em áreas como a psicologia, epidemiologia, antropologia, etc. Deste modo, procura promover uma melhor adaptação dos indivíduos, famílias e outros grupos ao meio social em que vivem, auxiliando-os na resolução dos seus problemas (relacionais, económicos, etc.). Nesse sentido, identifica os problemas sociais, faz aconselhamento, atendimento, desenvolve campanhas preventivas e programas de educação. Pode-se dividir a sua actuação em quatro áreas específicas. Na assistência a menores e idosos, é realizada uma análise da situação familiar e social da pessoa com carências, tentando suprir as necessidades básicas (casa, comida e roupa). Em relação à habitação, o assistente social tenta encontrar uma solução para as famílias mais desfavorecidas e orienta as comunidades sobre como agir no sentido de obter os recursos necessários. No campo da previdência social, é prestada assistência a indivíduos ou grupos na área da saúde, ou seja, procura vagas em hospitais, lares ou outros e trata do transporte para doentes. Pode participar também em campanhas públicas de prevenção de doenças endémicas e epidémicas, de combate ao alcoolismo e SIDA. Por último, no campo empresarial, estes profissionais organizam programas de actividades educativas

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pedagógicos de que necessita, sem qualquer custo. “Trata-se de um modelo chave-na-mão que qualquer estabelecimento de ensino poderá colocar em prática de uma maneira simples e eficaz”, refere Mário Silva. O projecto visa prevenir uma realidade preocupante: 74% das crianças portuguesas não ingere fruta na quantidade recomendada, das quais 7% não consome qualquer porção de fruta diariamente. Este baixo consumo de fruta provoca carências nutricionais e tem efeitos muito negativos para a saúde: diminui os níveis de energia, de concentração, de aprendizagem e das defesas do organismo, tornando as crianças mais sujeitas a doenças como a obesidade ou a diabetes tipo 2, logo desde a infância. Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças afectadas por esta epidemia mundial: uma em cada três crianças portuguesas tem excesso de peso. Recordamos que a APCOI é uma organização não gover-

namental, sem fins lucrativos, fundada em 2010, cuja missão é ajudar a criar um mundo melhor para as futuras gerações, através de iniciativas que valorizem a saúde das crianças, promovam o combate ao sedentarismo ou à má nutrição e previnam a obesidade infantil e todas as doenças associadas. A APCOI é composta por um grupo de voluntários preocupados com a saúde infantil, que se mobilizam em torno da responsabilidade de transmitir melhores hábitos de vida às crianças, ajudando-as a escolher as opções mais saudáveis. Desde Dezembro de 2010, a APCOI já beneficiou 255.570 crianças através das seguintes iniciativas: «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável», «Corrida da Criança – Por um futuro mais saudável» e sessões gratuitas de aconselhamento personalizado com nutricionistas. Saiba mais em www.apcoi.pt.

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Jornal da Golpilheira

. livros .

Setembro de 2016 Mulherzinhas

Paulus Editora . Espiritualidade . e Deus fez-Se... célula Manuel Martínez-Sellés Um olhar sobre a Encarnação e a origem da vida à luz da ciência e da fé. Relacionando ciência e fé, estudos científicos e ensinamentos da Igreja, Manuel Martínez-Sellés introduz questões polémicas e concretas que se colocam aos jovens, aos casais e a todos os cristãos como contracepção, técnicas de fertilização ou aborto. O autor explica conceitos e técnicas da ciência de forma muito simples e em capítulos curtos. Sabia que o coração das mães se regenera com células dos bebés? Que, por isso, países engravidaram atletas para ter melhores resultados e, depois das competições, lhes faziam abortos? Ou que há cientistas que defendem que deva ser possível matar bebés até aos dois anos nas mesmas circunstâncias em que poderiam ter sido abortados durante a gravidez? A obra analisa também as implicações da Encarnação e do conhecimento científico actual na vida concreta familiar: Devem os casais cristãos usar técnicas de fertilização “in vitro”? E os métodos contraceptivos? O prefácio é de António Pinheiro Torres, advogado e vice-presidente da Federação Portuguesa pela Vida.

Santa Teresa do mundo inteiro - Vida, obra e mensagem José Luis González Balado Biografia de madre Teresa de Calcutá escrita por quem a conheceu e privou com ela. O autor conta episódios que ele mesmo testemunhou. A obra é reeditada, actualizada com a beatificação e canonização. Além da parte biográfica já conhecida, o livro revela algumas histórias deliciosas, quer de Madre Teresa, quer das Missionárias da Caridade. O autor, na introdução diz: “É possível que, apesar de ter tentado, não esteja (nem pareça) suficientemente distanciado das coisas que aqui descrevo. Há uma razão para que me tenha sido impossível um distanciamento maior: ter sido testemunha presencial de muitas as coisas que narro. Participei nalgumas dessas coisas”.

François-Xavier Nguyên Van Thuân - Homem de esperança, caridade e alegria Luisa Melo e Waldery Ilgeman Fundação AIS Editado pela Fundação AIS – Ajuda à Igreja que Sofre, este livro é uma biografia escrita de forma sintética sobre este homem cheio de alegria, caridade e esperança. A síntese da história deste bispo perseguido e preso durante treze anos é acompanhada por fotografias dos lugares, pessoas e acontecimentos em causa. A palavra e a imagem são muito bem conciliadas nesta biografia escrita pela antiga secretária do Cardeal, em Roma, Luisa Melo, e actual responsável pela dinamização da causa de beatificação e canonização, com o Postulador da causa, Waldery Ilgeman. A força desta biografia é a de nos centrar no essencial. Aliás, como o testemunho da vida de Van Thuân. Na perseguição torna-se evidente o mais importante. “Veste um só uniforme, fala uma só linguagem: a caridade”, afirmava o Cardeal Vietnamita.

Olá, Ella!

Bertrand Editora Cá está a Ella de novo, a pequena elefanta graciosa que usa o seu chapéu vermelho para fazer magia e resolver problemas! Neste livro repleto de autocolantes fica a saber tudo sobre a casa da Ella, na Ilha dos Elefantes, e os seus familiares e amigos. Nunca há momentos aborrecidos quando a Ella está por perto!

Louisa May Alcott Guerra e Paz Editores

Recuperar o projeto de Jesus José Antonio Pagola Livro muito prático que pretende ajudar as paróquias e as comunidades a renovarem-se e a comprometerem-se no projecto humanizador do Reino de Deus. José Antonio Pagola deseja paróquias alegres, mais centradas na pessoa de Jesus e mais bem organizadas. Para ajudar, o autor apresenta de forma profunda, mas com linguagem acessível, os principais problemas atuais e possíveis ferramentas e meios concretos para os resolver. No final de cada capítulo, o autor dá uma sugestão de pistas para reflexão e trabalho concreto.

DOCAT - Como agir? Klaus Dick, Rudolf Gehrig, Bernhard Meuser, Andreas Sur Apresentámos em destaque este livro, na última edição. Dando continuidade ao projecto do YOUCAT, o presente livro apresenta a doutrina social da Igreja numa linguagem jovem. Esta obra conta ainda com o prefácio do Papa Francisco que manifesta o sonho de ter 1 milhão de jovens a ler a Doutrina Social da Igreja, convidando-os a ser Doutrina Social em movimento.

Ler a Bíblia em 100 episódios Piero Stefanie e Luciano Zappella Este livro apresenta 100 episódios da Bíblia que são fundamentais para uma primeira aproximação à Sagrada Escritura. Para cada episódio apresenta-se o texto bíblico, uma introdução e um comentário que permite ao leitor apreciar a profundidade e a riqueza do mesmo. Trata-se de uma antologia de textos bíblicos que ajuda a compreender vários temas: a vida e a morte, a fé e a incredulidade, a esperança e o desespero, o erotismo e a ascese, a fidelidade e a transgressão, a paz e a guerra, as nossas limitações e os horizontes infinitos de Deus.

Cinco Réis de Gente Aquilino Ribeiro Bertrand Editora O livro é uma memória dos primeiros anos de vida de autor no qual nos apresenta a sua Beira natal, nomeadamente Sernancelhe, que está bem presente na sua novelística, retratando de forma pitoresca e realista as suas paisagens e personagens. É uma narrativa, que parte de episódios autobiográficos, onde as peripécias vividas em criança são recordadas e que constitui um documento de grande valor para a compreensão da educação e da escola portuguesa nos fins do século XIX.

Quem me dera ser onda Manuel Rui Guerra e Paz Editores | Clube do Livro SIC Angola, poucos anos depois da independência. Estamos mais precisamente em Luanda, em anos de esquemas de sobrevivência. Um pai de família desencanta um porco e leva-o para o seu apartamento, no sétimo andar de um prédio. Os filhos, Zeca e Ruca, apaixonam-se perdidamente pelo porquinho. Com uma escrita límpida, Manuel Rui escreve um romance que é, ao mesmo tempo, delirantemente divertido e luminosamente redentor. Sim, vivemos num mundo de esquemas, de falsas aparências, de escusos interesses. O que pode, contra essa realidade crua e dura, a crença verdadeira e ingénua? Podemos ainda acreditar que o sonho, como uma vaga, vai limpar o mundo? Este é um romance genuinamente angolano. Um romance que trata a língua portuguesa de forma magistral e criativa.

A família March passa tempos difíceis, com a partida do pai para a guerra e o surgimento de dificuldades económicas. As jovens irmãs Meg, Jo, Beth e Amy ficam com a mãe, revelando-se mais fortes do que qualquer adversidade. Esta é uma história de amor, coragem e união, inspirada nas experiências da autora e das suas irmãs. A vida continua em tempo de guerra, e as quatro irmãs brincam, fazem novos amigos, discutem, lidam com os seus defeitos, aprendem com os erros, ajudam-se perante as dificuldades, sonham e crescem. Afinal, são já umas mulherzinhas. Esta edição inclui as ilustrações originais, de May Alcott, irmã da autora, para além de uma cronologia bio-bibliográfica, uma caracterização das personagens e excertos do diário de Louisa May Alcott.

Madame Bovary Gustave Flaubert Guerra e Paz Editores Ainda hoje, mais de 150 anos depois de ter vindo ao mundo, milhões de Bovarys por essas cidades fora choram e desesperam como chorou e desesperou a heroína deste romance. Atolada na mediocridade da vida quotidiana, entre um marido com poucas qualidades e uma solidão que a verga, Emma Bovary vai procurar no adultério a fuga de uma existência entediante. De sonho em sonho, de esperança em esperança, até à ruína final. Quem nunca foi Bovary? Quando apareceu, rebentou o escândalo, o autor chegou a sentar-se no banco dos réus, acusado de atentado à moral. Não admira, a crítica aos costumes e à sociedade é impiedosa. Lida, comentada e reverenciada deste então, Bovary foi posta ao lado de Hamlet, Quixote ou Ulisses na galeria das grandes personagens da literatura universal. É uma obra do cânone literário ocidental, cujo impacto e influência foram de tal ordem, que acabou por obliterar a restante obra do escritor.

Memórias Póstumas de Brás Cubas Machado de Assis Guerra e Paz Editores Um dos maiores romances escritos em português. Este livro é uma festa da língua, revolucionário, destroçando todas as convenções literárias do seu tempo. O leitor é maltratado, há capítulos em branco, outros sem utilidade. Brás Cubas, o improvável herói desta história, não fez nada de especial. Apaixonou-se por uma mulher casada, falhou uma carreira política, nunca teve filhos. Depois morreu, e então escreveu as suas memórias. Desde que foi publicado, em 1881, tem vindo a ganhar o apreço e a afeição de alguns dos maiores intelectuais e artistas contemporâneos. Woody Allen considerou-o um dos seus livros preferidos, «uma obra-prima muito, muito, original». Susan Sontag diz que este livro tem a capacidade de «impressionar sempre os leitores com a força de uma descoberta pessoal». Para Harold Bloom «o livro é cómico, inteligente, evasivo, muito divertido de ler, frase após frase».

Moniz Pereira, - Vida e Obra do Senhor Atletismo Fernando Correia Guerra e Paz Editores Uma biografia feita pelo jornalista e escritor Fernando Correia em diálogo com o professor Moniz Pereira. Este livro é o resultado da profunda amizade que existia e há-de continuar a existir entre o biografado e o autor do livro. É encantador ler as histórias que Moniz Pereira escreveu na primeira pessoa e que dão nota do seu humor, da grande paixão pela vida e por todos aqueles que estavam à sua volta, provando que a solidariedade não é uma palavra vã. Mário Moniz Pereira fala com franqueza, no seu tom vivo e divertido, comunicando neste livro o entusiasmo pelo desporto – pelo seu atletismo, mas também por outras modalidades, futebol incluído –, pela música e pela cultura. E lembra a todos que há segredos para quem quer ser atleta de qualidade. Três segredos, na verdade: treinar, treinar e treinar! Sempre com o objectivo de demonstrar que para se ter sorte é necessário trabalhar muito. Este livro é um hino à vida e ao desporto.


Jornal da Golpilheira

. história .

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.história. Miguel Portela Investigador

Teotónio dos Santos: Mestre dos Azulejos da Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos Pretendemos dar a conhecer elementos da maior relevância para o conhecimento da vida e obra do mestre de azulejos, Teotónio dos Santos, natural de Coimbra mas morador em Lisboa. Procuraremos ainda, elencar documentos que nos permitem traçar o seu percurso familiar e alguns factos do seu percurso artístico nas primeiras décadas do século XVIII. Por fim, pretende-se, através deste conjunto de novos dados alargar o conhecimento sobre Teotónio dos Santos no contexto do Ciclo dos Mestres, enquanto mestre dos azulejos da Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos. Breves considerações Teotónio dos Santos era, até muito recentemente, um dos mais importantes pintor de azulejos, do Ciclo dos Mestres, sobre quem muito se escreveu e ao mesmo tempo pouco se sabe da sua vida e atividade artística. Este conhecimento, embora tenha vindo a ser pesquisado e publicado surgindo em estudos levados a efeito por alguns autores, não tem sido esclarecedor, quanto a dados tão primários, como sejam os dados genealógicos referentes a este mestre e à sua família. Realçamos, entre outros, os estudos de Vergílio Correia (CORREIA, Vergílio – “A família de Oliveira Bernardes. Uma Grande Escola de Pintura de Azulejos (1.ª metade do século XVIII)”. A Águia, 71-72, (1917), 2.ª Série, vol. XII, Porto, pp. 206-207), de Flávio Gonçalves (GONÇALVES, Flávio – “As obras setecentistas da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda de Peniche e o seu enquadramento na arte portuguesa da primeira metade do século XVIII”. Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa (Separata), 89, (1983), 1.º Tomo, III Série. In Arte em Portugal II, Instituto de História de Arte, Faculdade de Letras do Porto, 1984, pp. 29-35), de José Meco (MECO, José – Azulejaria Portuguesa. Livraria Bertrand, Lisboa, 1986, p. 230), de Vítor Serrão (SERRÃO, Vítor – História da Arte em Portugal – O Barroco. Editorial Presença, Barcarena, 2003, pp. 273-275), de Maria João Pereira Coutinho, Sílvia Ferreira, Susana Varela Flor e Vítor Serrão (COUTINHO, Maria João Pereira, FERREIRA, Sílvia, FLOR, Susana Varela, SERRÃO, Vítor – “Contributos para o conhecimento dos pintores de Lisboa na época barroca (1664-1720)”. Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa (Separata), 96, (2011), 1.º Tomo, Série IV, pp. 14-24), de Rosário Salema de Carvalho (CARVALHO, Rosário Salema de – A pintura do azulejo em Portugal [1675-1725]: autorias e biografias - um novo paradigma. Lisboa: 2012. Dissertação de Doutoramento em História, especialidade História da Arte, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, pp. 327-328), ou ainda mais recentemente de Susana Varela Flor e Pedro Flor (FLOR, Susana Varela, FLOR, Pedro – Pintores de Lisboa. Séculos XVII-XVIII. A Irmandade de S. Lucas. Scribe, Lisboa, 2016, p. 160). Os novos elementos que aqui apresentamos vêm permitir traçar o

perfil familiar de Teotónio dos Santos, de uma forma precisa, e ao mesmo tempo, no que concerne à sua atividade artística revelar a sua participação na execução dos azulejos da capela-mor da Igreja de S. João Batista em Figueiró dos Vinhos, o que até ao momento ainda não havia sido concretizado. Dados genealógicos de Teotónio dos Santos Teotónio dos Santos, filho de António Simões, carpinteiro, e de sua esposa, Bárbara dos Santos, foi batizado em 24 de fevereiro de 1688, na Igreja de S. João de Santa Cruz da cidade de Coimbra (Arquivo da Universidade de Coimbra, Livro de Batismos da Paróquia de Santa Cruz [1626-1726], Cota III-2ªD, assento n.º 2, fl. 139v), “< Tiotonio > Aos vinte e quatro dias do mes de fevereiro de mil e seiscentos e outenta e outo annos baptizei a Tiotonio filho de Antonio Simoins, carpinteiro de Montarroio e de sua molher Barbora dos Santos. Forão padrinhos Ignacio Rodriguez carpinteiro, madrinha a parteira de que fiz este assento hoje dia mes e era ut supra. (a) O Padre Cura Manoel Soares de Mello”). Em 24 de dezembro de 1712, Teotónio dos Santos, filho “legitimo de Antonio Simoes, e de Izabel digo de Barbora dos Santos já deffunta, natural da cidade de Coimbra, baptizado na freguezia de S. João da Santa Crux donde veyo menor para esta cidade como justificou na forma de hum mandado do Reverendo Provizor dos cazamentos passado em desanove do prezente mez e anno”, morador na freguesia de Santa Catarina em Lisboa, contraiu matrimónio com Francisca Teresa de Jesus, filha “legitima de Manoel Marques Thomaz já deffunto e de Maria dos Santos Varella natural desta freguezia de Santos onde hé moradora e se desobrigou a Quaresma passada” (Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo (I.A.N./T.T.) - Arquivo Distrital de Lisboa (A.D.L.), Livro de Casamento da Paróquia de Santa Catarina [1707-1718], Livro C7, Caixa n.º 35, assento n.º 1, fl. 101v, “forão testemunhas Francisco Alvarez morador na Rua Nova da Palma ao Padre Thezoureiro desta Igreja Francisco Fernandez Sobreira que estiverão prezentes e comigo assignarão de que fiz este assento dia mez e anno ut supra. (a) O Parocho Manoel Pinto de Faria”). Sabemos também, que os pais de Francisca Teresa de Jesus, esposa de Teotónio dos Santos, ou seja, Manuel Marques Tomás, “filho de Francisco Marques e de Joana Thomas natural da Esgueira bispado de Coimbra, baptizado em São Jullião do mesmo bispado, e morador nesta freguezia de Santos” e Maria dos Santos Varela, que foi batizada em 25 de setembro de 1672 (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia de Santos-o-Velho [1670-1688], Livro B9, Caixa n.º 3, assento n.º 8, fl. 22), “filha de Manoel Varela Pires e de Francisca Gonçalvez natural e moradora nesta freguezia de Santos”, contraíram matrimónio em 29 de janeiro de 1689 na paróquia de Santoso-Velho (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Casamentos da Paróquia de Santos-oVelho [1672-1696], Livro C5, Caixa n.º 39, assento n.º 1, fl. 191).

Do consórcio de Manuel Marques Tomás com Maria dos Santos Varela, nasceram: Vitorino, batizado em 17 de julho de 1692 (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia de Santos-o-Velho [1688-1705], Livro B10, Caixa n.º 4, assento n.º 2, fl. 64v); Francisca Teresa de Jesus, batizada em 23 de outubro de 1694 (Ibidem, assento n.º 3, fl. 99v); Francisco, batizado em 24 de outubro de 1696 (Ibidem, assento n.º 1, fl. 128v), e Inácio, batizado em 31 de julho de 1701 (Ibidem, assento n.º 4, fl. 215). É pertinente referir que Maria dos Santos Varela tinha ao seu serviço uma escrava de nome Helena, conforme podemos comprovar através da informação contida no registo de óbito de Helena, ocorrido em 13 de outubro de 1705 (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia de Santoso-Velho [1694-1706], Livro O1, Caixa n.º 59, assento n.º 7, fl. 137v, “Aos treze dias de outubro de mil e settecentos e sinco faleceo Ellena escrava de Maria dos Santos morador na Rua das Madres era solteira e recebeo somente o sacramento da estrema unção por não dar lugar a infermidade a mais e foi sepultada no adro desta igreja. (a) O Padre Manoel Pinto de Faria”). Do matrimónio de Teotónio dos Santos com Francisca Teresa de Jesus, nasceram: Cipriano, batizado em 2 de novembro de 1713 (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia de Santa Catarina [1701-1721], Livro B8, Caixa n.º 4, assento n.º 1, fl. 171); Vicente, batizado em 22 de setembro de 1715 (Ibidem, assento n.º 3, fl. 193), tendo assistido como padrinho o inquisidor José de Almeida do Amaral; Joana, batizada em 10 de julho de 1720 (Ibidem, assento n.º 6, fl. 274); e Mariana, batizada em 17 de dezembro de 1722 (Ibidem, assento n.º 3, fl. 51v). Alguns aspetos da vida artística de Teotónio dos Santos Entre 1707 e 1710, Teotónio dos Santos surge arrolado, nos Róis de Confessados da freguesia de Santa Catarina, em Lisboa, como aprendiz na oficina do pintor António de Oliveira Bernardes, localizada na Rua das Casas Caídas dessa freguesia, a trabalhar, a par dos irmãos Policarpo e Inácio de Oliveira Bernardes e de Manuel Ramanet, francês. Este último era filho de Cláudio Ramanet e de Domingas Amber, contraiu matrimónio a 16 de janeiro de 1704, com Teresa de Jesus, filha do pintor Francisco Ferreira de Araújo e de Madalena da Costa, tendo assistido como testemunhas, José Ferreira de Araújo, irmão da dita Teresa de Jesus e o pintor António de Oliveira Bernardes. I.A.N./T.T. - A.D.L., Livro de Casamento da Paróquia de Santa Catarina [1695-1707], Livro C6, Caixa n.º 34, assento n.º 1, fl. 229v). Aí continuava a trabalhar em 1711, porém, referenciado como oficial (COUTINHO, Maria João Pereira, FERREIRA, Sílvia, FLOR, Susana Varela, SERRÃO, Vítor, Op. Cit., pp. 17-19). Em 6 de fevereiro de 1718, vemo-lo inscrito na Irmandade de S. Lucas, como morador na Rua dos Poiais de São Bento, da freguesia de Santa Catarina em Lisboa (CORREIA,

Vergílio, Op. Cit, pp. 206-207; TEIXEIRA, F. A. Garcez – A Irmandade de S. Lucas, Corporação de Artistas. Estudo do seu Arquivo. Lisboa, 1931, p. 87). Assinou, mas não datou, dois conjuntos de painéis de azulejos, que ainda subsistem nos dias de hoje, nomeadamente, o da capela-mor da Igreja do Convento de São Bento em Viana do Castelo e o do Santuário de Nossa Senhora da Esperança em Abrunhosa do Ladário em Sátão, que se acha identificado como “Theotonio dos santos o pintou em L(i)x(bo) a” (VALE, Manuel – “Os Azulejos da Igreja de São Bento”. Roteiro de Viana, Ano XVIII, Viana do Castelo, 1976, sem paginação; CORREIA, Vergílio, Op. Cit., pp. 206-207). E em 24 de dezembro de 1726, vemos Teotónio dos Santos, a receber o montante que lhe era devido da pintura de uns painéis de azulejos que havia pintado para o gabinete do Palácio dos Condes de Vila Nova de Portimão, por ordem de D. Pedro de Lencastre: “Aos 24 de Dezembro paguei a Theotonio dos Santos pintor de azolejo doze mil reis pello azulejo do gabinete segundo passou recibo nº 72 - fl. 295v” (I.A.N./T.T., Arquivo da Casa de Abrantes, n.º 248, Livro de Receitas e Despesas de 1723, n.º 4801, transcrito por FLOR, Susana Varela – Marcos da Cruz e a pintura portuguesa do século XVII: do seu tempo fazia parelha aos mais…. Lisboa: 2002. Tese de Mestrado em Arte, Património e Restauro, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, doc. 41, vol. II). Teotónio dos Santos e os azulejos da Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos Os mais recentes estudos sobre a Azulejaria em Portugal têm vindo a atribuir a Teotónio dos Santos a obra dos painéis de azulejos da Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos. Veja-se a dissertação de doutoramento de Rosário Salema de Carvalho, A pintura do azulejo em Portugal [16751725]: autorias e biografias - um novo paradigma, que sintetiza, em relação a estes painéis: “Se as composições e a estrutura da parede ainda se inscreve nas características do Ciclo dos Mestres, a pintura aproxima-se da obra de Teotónio dos Santos, principalmente dos rodapés, que recordam os da Igreja da Misericórdia de Évora (as cartelas são idênticas, e o enquadramento das portas são semelhantes), também a ele atribuídos. Mais próximo do altarmor encontra-se uma faixa vertical com enrolamentos largos de acanto semelhante a várias outras composições do mesmo género” (CARVALHO, Rosário Salema de, Op. Cit., pp. 484488). Esta autora segue a atribuição feita por José Meco em 1981 (MECO, José – Azulejaria do Palácio da Independência em Lisboa. Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa (Separata), 87, (1981), 1.º Tomo, III Série, Lisboa, p. 51), dando consistência pela análise comparativa com outros conjuntos azulejares existentes no nosso país. Em 1955, Gustavo Matos de Sequeira, na sua obra, Inventário Artístico do Distrito de Leiria, e no que concerne a este conjunto de azulejos da Igreja de S. Batista de Figueiró,

Pormenores dos Azulejos de Teotónio dos Santos na Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos. descrevia: “A capela-mor do templo, com um belo retábulo de talha doirada do século XVIII, é coberta de uma abóbada estucada e é revestida até à sanca, de bons azulejos setecentistas de pintura, a azul sobre esmalte branco, datados de 1716, talvez de Oliveira Bernardes. Formam cinco painéis de cada lado, em duas ordens, e figuram passos da vida do Orago. A Decapitação, Salomé a dançar com castanholas (?) diante de Heródias, o Encontro, etc.. Portas e janelas estão fingidas nos azulejos. Sobre uma das portas está escrito – ANNO; sobre outra – 1716” (SEQUEIRA, Gustavo de Matos – Inventário Artístico de Portugal: distrito de Leiria, Academia Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1955, vol. V, p. 52). No que pertence à iconografia dos painéis de azulejos da Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos, Rosário Salema de Carvalho afirma que do lado do Evangelho, esses painéis condizem ao Nascimento de São João Batista, Visitação, S. João Batista menino a brincar com Jesus e Dança de Salomé, enquanto do lado da Epístola correspondem à Pregação de S. João Batista, Batismo de Cristo, Decapitação de S. João Batista, Circuncisão e Zacarias escrevendo o nome de S. João: IOANNIS EST NOMENSUUM (CARVALHO, Rosário Salema de, Op. Cit., pp. 484-488). Sabemos agora, que em 1717 foram desembolsados 160 000 réis a Teotónio dos Santos, pelos azulejos para a capela-mor da Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos, conforme ficou arrolado: “despendi

mais com o mesttre do azoleijo Theotonio dos Sanctos cento e sessenta mil réis” (Arquivo da Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos, Livro da Receita e Despesa da Fábrica da Capela-mor da Igreja de S. João Batista [1718-1720], fl. 8). Esta relevante referência vem revelar o nome do pintor de azulejos, Teotónio dos Santos na execução dos painéis dos azulejos para esta igreja. Todavia, e uma vez que a data constante nos azulejos é 1716, e o Livro da Receita e Despesa citado inicia com as contas relativas ao ano de 1717, não nos foi possível obter quaisquer tipo de informes, particularmente se foram satisfeitos outros pagamentos, a Teotónio dos Santos, dado que, à presente data, não se localizou o Livro de Receita e Despesa da Fábrica da Capela-mor da Igreja de Figueiró, anterior a 1717. Considerações finais Com os elementos aqui apresentados, revisitámos uma página pouco conhecida na História da Azulejaria Portuguesa, no caso específico de Teotónio dos Santos, pintor do Ciclo dos Mestres da Lisboa setecentista, e mestre dos azulejos da Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos. A revelação destes novos dados alicerçados em documentos inéditos contribuiu acima de tudo para um maior conhecimento da biografia do pintor de azulejos, Teotónio dos Santos e para o enriquecimento do conhecimento da História da Azulejaria Portuguesa.


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Jornal da Golpilheira

. obituário . poesia .

Setembro de 2016

.obituário. .poesia. Agradecimento

Se eu adivinhasse? Se adivinhasse a sorte o melhor faria... obter o desejo há muito eu sentia.

Maria Júlia Jesus Silva

N. 21-03-1923 • F. 08-08-2016 Seus irmãos, sobrinhos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm agradecer todo o apoio e carinho para com eles nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada. Que descanse em paz. “Aqueles que amamos não morrem, apenas partem antes de nós”

Agradecimento

José Filipe Vieira

Natural da Golpilheira Residente em Oeiras N. 11-03-1959 • F. 04-09-2016

Lindo balão que voou Voou sem destino, Esse lindo balão Triste chorava um menino E ninguém lhe dava atenção. Mal se descuidou ele fugiu, Da sua pequenina mão Correu mas triste não conseguiu Apanhar o lindo balão.

Trabalhei e pouco estudei o que ensinavam tinha de saber Lindo balão que voou, Senti pedaço da emoção é preciso verdadeira vocação O menino triste não o apanhou a coragem supera o vencer. Não teve solução. Tal coisa não veio à ideia Dizia soluçando a pequenina criança, e nem tudo dá certo, O meu lindo balão vai voltar voltas e mais voltas Ainda cheio de esperança o possível deu incerto. Mas triste continuava a chorar. Gostava e não consegui! Acenando com a sua pequenina mão, Lutei para a meta ganhar Com a dor de perder a sua brincadeira a esperança fez-me esperar E tão depressa não esquecerá o lindo balão a sorte não deixou acabar. Ficou no sentimento a tristeza da sua maneira. Quis chegar e não cheguei Foi este um quadro real, a sorte não encontrei, Que parece história ideias e amizades senti mas a saúde tropeçou e eu caí. Que apreciei mesmo ao natural Cremilde Monteiro Mas vive na minha memória. 07-05-2015 - José António Carreira Santos

Albanesa, azul turquesa

Os familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer penhoradamente a todas as pessoas que lhes manifestaram a sua solidariedade, neste momento de dor e tristeza pela perda do seu ente querido. Agradecem, em especial, aos que marcaram presença no seu funeral e o acompanharam à última morada. Que descanse em paz.

Nativa albanesa Coração indiano Na caridade, princesa No amor, oceano Sari branco Riscas azul turquesa Desfavorecidos, seu banco No carácter, baronesa

Agradecimento

Lamentos de um Proscristo... Na hora da morte Se amanhã eu morrer Quero ser cremado Nunca fui amado Muitas vezes odiado Impedido de viver Se for cremado Justiça seja feita Desta vida sem jeito Mereço algum respeito O espírito será libertado Não chorem na cremação À minha alma batam palmas Sem hipocrisias e na maior das calmas Regozijem-se as vossas almas Que tal uma oração?! Das cinzas do morto Dentro de uma caixa A alma já deu baixa Toda a vida têm uma taxa Se não repousar no rio ou no mar... Que seja num esgoto! Nota: dedicado à incompreensão humana.

Vaz Pessoa

Na paz, Nobel Na expansão, missionária Na entrega, mel Na alma, bastonária Madre; santa Teresa de Calcutá Noites escuras; manhãs de luz Teresa de Lisieux; sua batuta Sua vida, sua cruz, Jesus.

Vaz Pessoa

Agradecimento

Agradecimento

Abílio Monteiro Filipe

N. 18-11-1934 • F. 13-09-2016 Sua esposa, Maria Júlia Guerra Ferreira, filhos Vítor e Isabel Filipe e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida a agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que com eles acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. A Saudade fica e as lembranças também. Descansa em Paz

Rui Pedro Monteiro Marto N. 26-01-1970 • F. 13-09-2016

Seu pai, esposa, filhos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial, a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.

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Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

Carlos Henriques Soares N. 08-03-1947 • F. 15-09-2016

Sua esposa, filhos, genros, nora, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial, a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.


Jornal da Golpilheira

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. a fechar .

Setembro de 2016

Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)

112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506

O jornal vai fazer 20 anos no próximo mês e nós estamos aqui neste cantinho desde Janeiro de 2001. Não nascemos ao mesmo tempo... mas quase!

Estamos a ficar velhos, é o que te digo!...

Mas olha que os anos não passam por nós! Sinto-me igualzinho ao primeiro dia em que aqui aparecemos...

Velhos .foto do mês.

DR

Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Belarmino Videira dos Santos Almeida Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1500 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: www.jgolpilheira.wordpress.com/about

Vindimas... É uma tradição antiga na nossa freguesia, juntar família e amigos para a vindima dos pequenos talhões. E há quem cumpra a tradição, como comprovam estas fotos que fomos “roubar” ao facebook...!

Recordar é viver…

Assinatura anual

Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros

Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

Não são precisas muitas letras para descrever o que representa esta imagem emblemática. Para os mais desatentos, trata-se de mais um grande evento promovido pela nossa colectividade, com o desfile de gala da Orquestra Ligeira do Centro Recreativo da Golpilheira, superiormente dirigida pelo seu professor e maestro Ricardo, que se preparava para mais um concerto, com a plateia repleta. | MCR


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. associativismo . apoio .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2016

Assembleia Geral do CRG Reuniu-se, no passado dia 23 de Setembro, a Assembleia Geral do Centro Recreativo da Golpilheira. Antes de iniciar a ordem de trabalhos, o presidente da Assembleia, Carlos Agostinho, agradeceu a todos a sua presença, salientando a importância positiva de, pela primeira vez após vários anos, a sala se apresentar cheia, contando também com a presença de alguns potenciais novos sócios, que demonstraram o seu interesse pelos assuntos desta colectividade. Assim começou a Assembleia, com o primeiro ponto dos trabalhos, a apresentação das demonstrações financeiras de 2015, nomeadamente, o relatório de gestão e da direcção, o balanço, a demonstração de resultados por naturezas e o respectivo anexo.

Relativamente às rubricas que compõem o activo corrente, nomeadamente, as dívidas de terceiros e caixa e equivalentes, verifica-se um significativo decréscimo face a 2014. Por seu lado, o passivo apresenta também uma diminuição face a 2014, essencialmente ao nível dos financiamentos obtidos, fornecedores e outras contas a pagar. Na sua globalidade, o Centro Recreativo da Golpilheira apresenta gastos no total de 422.791,76 euros e rendimentos de 401.335,35 euros, pelo que, no final de 2015, apresenta um resultado liquido negativo de 21.605,97 euros. Contudo, em jeito de análise económica, importa salientar que, embora o resultado líquido seja negativos, os meios libertos líquidos são

LMFerraz

Contas aprovadas, eleições adiadas

Uma sala mais composta do que o habitual

positivos (somando os gastos das depreciações), o que evidencia a possível tendência pata o equilíbrio financeiro e a capacidade da instituição em gerar dinheiro, nomeadamente para reembolsar capital alheio. Ainda assim, nota-se uma grande dificuldade de tesouraria (em parte pelos re-

sultados da secção restaurante), o que se reflecte no resultado liquido negativo. Apresentadas as contas e lido o relatório do Conselho Fiscal, este ponto foi aprovado com uma abstenção. O ponto seguinte da ordem dos trabalhos era a eleição dos novos órgão da associação. Não

tendo sido apresentada nenhuma lista lista nominal para votação, foi proposto o adiamento deste ponto para uma nova data, de modo a possibilitar o aparecimento de candidatos. Esta proposta foi aprovada também com uma abstenção, ficando definida a data de 21 de Outubro, às 21h30m, para a continuidade desta Assembleia. O ponto terceiro, a necessidade de adequar o objecto social da instituição, foi também reagendado para a data indicada, sendo colocado em sugestão a revisão estatutária do Centro Recreativo da Golpilheira. Terminados os trabalhos e prestados os devidos esclarecimentos, foi dada por encerrada a reunião de Assembleia Geral. Cristina Agostinho


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