DEBATE Autárquicas 2017 VENHA OUVIR VENHA ESCLARECER VENHA COLABORAR
o que defendem os candidatos à nossa Junta de Freguesia!
os problemas que afectam na discussão dos caminhos a nossa população! a trilhar para o nosso futuro!
PUB
P. 9 | Eleições
EATIVO R C E R O R CENT nda-feira u g e S • o r b 25 de Setem 1h30 2
P.
N.ª Sr. 24 ª Espe rança
Fest S. Be a
!
nto
O Banco da (nossa) terra.
Email: geral@jornaldagolpilheira.pt | Preço: € 1,00 | Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XXI | Edição 242 | Agosto de 2017
www.jornaldagolpilheira.pt
facebook.com/jgolpilheira
google.com/+JornaldaGolpilheira
twitter.com/jgolpilheira
R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279
flickr.com/photos/jgolpilheira
youtube.com/jgolpilheira
P. 3 e 4 • Festa e Entrevista
P. João da Felícia está de visita e convida para a festa das Bodas de Ouro sacerdotais P. 6, 7, 16 e 17 • Reportagem
Festas da Batalha juntaram multidões e deram medalha ao Jornal da Golpilheira P. 8 • Entrevista a Carlos Santos
P. 5 • Festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos
LMF
Multidão festejou Padroeiro da Comunidade Cristã
Presidente da Junta faz o balanço de três mandatos P. 9 • Autárquicas 2017
Revelamos as listas de candidatos locais PUB
Adelino Bastos
Licença de Exploração Industrial N.º 50/2010 SEDE: TRV. DO AREEIRO, 225 • ZONA IND. JARDOEIRA • 2440-373BATALHA FILIAL: CASAL DE MIL HOMENS • 2440-231 GOLPILHEIRA TELS: 244 768 766 • 917 504 646
2
. abertura .
Jornal da Golpilheira Agosto de 2017
.editorial.
Luís Miguel Ferraz Director
Festas, política e elogios Esta é a chamada “silly season” (época parva) da comunicação social, por não acontecer nada e não haver notícias além das praias, férias, calor e... incêndios. Não é o caso do Jornal da Golpilheira, que continua a encher-se de muita vida e muitas coisas a acontecer. Destacamos as reportagens e anúncios de festas e mais festas (p. 2, 5, 6, 7, 13, 24), mas também a entrada na campanha política que vai aquecer este final de Verão. Aproveitámos para entrevistar o presidente da Junta que está prestes a despedirse do cargo (p. 8) e apresentamos as listas dos candidatos às autárquicas de 2017 (p. 9). Como a nossa missão é formar e informar, o Jornal irá promover um debate entre os candidatos à Junta da Golpilheira, no próximo dia 25. Sublinhamos, ainda, a festa que está ser preparada para as Bodas de Ouro do padre João da Felícia (p. 3) e a entrevista de vida que lhe fizemos (p. 4), com elogios à sua terra natal. Por falar em elogios, pedimos que leia o texto que dedicamos em forma de carta aberta aos CTT, na página 19. divulgação
.caderno mensal. Por José Travaços Santos A igreja da nossa Casa da Misericórdia
temente é dinâmico Provedor da nossa Misericórdia o golpilheirense Dr. Carlos Agostinho Monteiro, com obra feita já de assinalar, e presidente da respectiva Mesa da Assembleia Geral uma figura de referência do nosso Concelho e da nossa região, António José Martins de Sousa Lucas, natural do Reguengo do Fetal, que durante três mandatos esteve à frente dos destinos do nosso Município, deixando uma imagem de grande prestígio e de extrema simpatia.
A Santa Casa da Misericórdia da Batalha, melhor seria dizer: do concelho da Batalha, porque é instituição de âmbito concelhio, teve fincadas as suas raízes na Confraria do Hospital de Santa Maria da Vitória, confraria criada, com o hospital, pelo nosso Rei D. João I em 1427. E, porque na altura da fundação das Misericórdias, nos finais do século XV, pela Rainha D. Leonor, já então viúva de el-Rei D. João II, que teve o grande apoio do trinitário Frei Miguel Contreiras, a Batalha já tinha instituição, na figura da citada confraria, com funções idênticas às das Santas Casas, só em 1714, no reinado de D. João V, fez no dia 2 de Agosto 303 anos, a nossa confraria é erigida em misericórdia. É curioso referir que a primeira Misericórdia do País, a de Lisboa, instituída em 1498, tem hoje um estatuto diferente das suas congéneres, nem sei mesmo se a poderemos considerar presentemente uma verdadeira Santa Casa. Durante a expansão do nosso Império, espalhámos largamente a instituição, sendo de referir, pela sua actividade até aos nossos dias, as Misericórdias do Brasil. Mas o assunto que nos traz hoje ao “Caderno Mensal” não é propriamente esta tão original, e afinal tão portuguesa, associação que se impôs zelar, em trabalho colectivo, pelas almas e pelos corpos, cumprindo as 14 obras da misericórdia, mas sim o templo que espiritualmente a representa e que a vincula aos princípios evangélicos e à Igreja Católica. Erigida em Misericórdia em 1714, é depois disso que o seu templo se constrói. Parece que no mesmo local existia a Igreja do Senhor do Bom Despacho,
A Língua Portuguesa é uma imagem de todos nós
ou teria existido talvez só um altar da mesma invocação integrado no velho hospital. Feito, possivelmente, já no terceiro decénio do século XVIII, integra-se no barroco da época, o chamado barroco joanino, não deixa de ostentar como símbolos do estilo barroco, que se espalhou por todo o País por templos, solares e outras casas particulares, as conchas designadas por vieiras e os vasos flamejantes. O seu interior é muito harmonioso, destacando-se o altar principal com o seu valioso retábulo de madeira policromada, obra do terceiro quartel do século XVIII, que o Professor Doutor Francisco Lameira atribui possivelmente ao mestre entalhador batalhense António Pereira da Silva (Ver “Retábulos das Misericórdias Portuguesas”, edição da Universidade do Algarve e da União das Misericórdias Por-
tuguesas. Deste precioso livro, reproduzimos a fotografia dos referidos altar e retábulo). O tecto do templo ostenta o escudo de D. João V, sendo ainda de apreciar o púlpito, um altar lateral de calcário onde por muito tempo esteve uma belíssima imagem de Nossa Senhora da Vitória, que voz corrente dizia ter pertencido à Igreja de Santa Maria-a-Velha, e a porta que dá acesso à sacristia que, curiosamente, servia de confessionário. Mas nenhum estudo pode ser feito sem se ter conhecimento de “O Livro do Compromisso da Confraria do Hospital de Santa Maria da Vitória da Batalha (1427/1544)”, do notável Historiador Professor Doutor Saul António Gomes (edição da “Magno” – 2002), que, se não diz tudo, diz o essencial sobre a velha instituição batalhense. É de referir que presen-
Jantar dos colaboradores nos festejos do CRG que distinguem a sensibilidade desta direcção e uma prova de valorização de todos aqueles que colaboram desinteressadamente, sem receber nada em troca, em prol da nossa comunidade. Era difícil juntar todos estes colaboradores, uma vez que eram cerca de oitenta, por diversos motivos. No entanto, esteve presente a grande maioria. O presidente da direcção, Fernando Ferreira, agradeceu
a todos e espera continuar com o seu apoio, em todas as actividades a realizar pela nossa colectividade. O espaço para os colaboradores não está fechado, uma vez que precisamos da ajuda de todos. A dinâmica da nossa Associação depende muito do trabalho voluntário de todos aqueles que queiram o seu desenvolvimento e progresso, cultural, desportivo, recreativo e social.
MCR
MCR
Realizou-se no dia 24 de Julho um jantar de convívio entre as pessoas que colaboraram nos festejos do 48.º aniversário do Centro Recreativo da Golpilheira. Foi uma forma de reconhecimento da direcção aos que contribuíram com o seu trabalho para o sucesso desta grande festa, realizada entre os dias 14 a 17 de Julho. Este pequeno gesto é pouco, para tudo aquilo que fizeram. Mas são estes simples gestos
Direcção agradeceu ajuda
A Língua Portuguesa é uma imagem de todos nós, e o estado a que a deixámos chegar uma imagem de degradação em que nos encontramos. O Inglês continua a corroêla e de tal forma que parecemos hoje uma colónia inglesa. Outra Gibraltar encastoada na própria alma do Povo Português. Que fazer? Já várias vezes pedi a intervenção dos nossos Governos e, muito particularmente, dos seus Ministérios da Educação e da Cultura. Em vão. Recorro, agora, ao Senhor Presidente da República, dado que a salvação do nosso Idioma exige que a mais alta figura do Estado use todos os créditos, com a máxima urgência, na tentativa de se travar e inverter o curso da delapidação do esteio da nossa Cultura e da nossa própria Identidade. Perderíamos toda a esperança se falhar ou se, simplesmente, não se fizer sentir, com a vibração a que Sua Excelência já nos habituou, a sua intervenção decisiva na defesa da Língua Portuguesa.
Jornal da Golpilheira
. campanha . eclesial .
Agosto de 2017
Festa das Bodas de Ouro na sua terra natal
Protocolo confirma prémio do Orçamento Participativo
LMF
Missa e almoço com o padre João O padre João Monteiro da Felícia, missionário nascido na Golpilheira que, nos últimos anos, tem desempenhado tarefas pastorais no Brasil, está de visita ao nosso país e, em especial, à sua terra natal (ver entrevista na pág. 4). Chegou no início deste mês e está a residir na Consolata, em Fátima, até final de Setembro. Virá celebrar connosco a primeira vez no próximo dia 3 de Setembro, precisamente na Missa da festa de Nossa Senhora da Esperança, em São Bento, às 11h30. A última vez que este por cá foi há quatro anos e, curiosamente, presidiu também à Missa desta festa. Mas esta visita tem sabor especial, já que aca-
Padre João gostou muito da “nova” igreja
bou de celebrar as Bodas de Ouro de ordenação sacerdotal e está também a festejar o seu 80.º aaniversário de nascimento. Já fez a celebração comemorativa no Brasil, no dia 18 de Dezembro do ano passado, como noticiámos na edição de Janeiro. Mas a Comunidade Cristã da Golpilheira quer também
fazer festa com este padre seu conterrâneo, unindose a ele no louvor a Deus pelo dom da vocação e da fidelidade nestes 50 anos de sacerdócio. Assim, faremos a festa no domingo 24 de Setembro. O padre João virá presidir à Eucaristia, às 09h30, e continuará em convívio connosco duran-
Projecto dos vitrais em andamento
te o dia. O ofertório dessa celebração reverterá para a campanha “Pão para as crianças do padre João”, que o Jornal da Golpilheira promove desde há cerca de uma década. O almoço será no salão da igreja, para o qual os interessados poderão desde já inscrever-se, junto de qualquer membro da Comissão da Igreja. O preço será de 12 euros por pessoa, sendo metade para crianças dos 7 aos 13 anos, inclusive, e grátis até aos 6 anos de idade. Os lucros reverterão para a referida campanha de solidariedade, para ajudar a missão do padre João no Brasil. Contamos com numerosa presença de amigos nesta homenagem!
Igreja de Nossa Senhora de Fátima
CAMPANHA de donativos Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Ainda precisamos de cerca de 90 mil euros. Temos telhas que sairam do velho telhado por donativos de 1.000 euros. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha.
Como é óbvio, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda será bem-vinda!
Donativos e empréstimos recebidos (objectivo: 200 mil euros)
Donativos
NOME
Campanha Telhas
Saldo 2015 Saldo 2016 Saldo Janeiro de 2017 Saldo Fevereiro de 2017 Saldo Março de 2017 Saldo Abril de 2017 Saldo Maio de 2017 Saldo Junho 2017 Saldo Julho 2017 Comissão da Igreja de S. Bento Anónimo
Totais
24.000,00 € 20.000,00 €
1.000,00 € 1.000,00 €
46.000,00 €
OUTROS
Empréstimo
885,00 € 70.193,97 € 260,00 € zero zero 20,00 € 20,00 € 20,00 € zero 10.000,00 € 100,00 €
2.000,00 € 62.000,00 €
81.498,97 €
64.000,00 €
Total Donativos 127.498,97 €
A Comunidade Cristã da Golpilheira e a Câmara Municipal da Batalha assinaram, no passado dia 28 de Julho, o protocolo que define os termos de concessão do valor do projecto “Vitrais para a Igreja de Nossa Senhora de Fátima”, vencedor do Orçamento Participativo deste ano. Fica, assim assegurada a verba de 30 mil euros para esta obra que irá dotar de maior valor artístico, patrimonial e turístico este templo do concelho da Batalha. Na mesma sessão foram outorgados outros protocolos de apoio a instituições concelhias, nomeadamente, de 10 mil euros para um novo piso no pavilhão da Associação Recreativa Amarense e de 20 mil euros para a requalificação de edifícios de cariz público na freguesia de São Mamede, por parte da Igreja Paroquial. Quanto aos vitrais, foi apresentado um estudo iconográfico pelo director do Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima, Marco Daniel Duarte, que está em apresentação e discussão pública e que a seguir resumimos. Os interessados em comentar ou sugerir alterações deverão contactar a Comissão da Igreja.
Programa Iconográfico
“Estando a Comunidade da Golpilheira especialmente entregue à protecção de Cristo, evocado como o Senhor dos Aflitos e representado no momento do Calvário, e tendo como orago da sua igreja Nossa Senhora de Fátima, a intervenção plástica a plasmar nas entradas de luz do espaço de reunião desta comunidade em assembleia orante pode tomar-se a partir do Evangelho de João (19, 25-27), na passagem que, tradicionalmente, a Igreja lê quando celebra a Solenidade da Virgem de Fátima. Nesta página da Escritura, o evangelista, que a tradição faz coincidir com o discípulo amado, descreve uma série de entregas, desde logo a entrega de «amor até ao fim», mas também a entrega de Maria à humanidade e da humanidade a Maria. Às palavras deste trecho, juntam-se, no final, umas outras que se pretendem conclusivas e, ao mesmo tempo, legenda dessa inclusão da comunidade concreta da Golpilheira na paisagem do Calvário, ao ponto de, também ela, “acolher” Maria em sua casa. - Junto à cruz de Jesus estava, de pé, sua mãe. - Ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, Jesus disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!». - Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!». - E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua. - E a comunidade da Golpilheira, acolheu-a em sua casa. Justifica-se o itinerário e implantação no espaço propostos pela razão de se colocar o momento do Calvário no janelão mais solene da igreja e de fazer derivar as outras representações num caminho que segue desde a entrada até ao lugar mais íntimo, onde se verá o tema «acolheu-a em sua casa». Na parte exterior da igreja terá lugar essa frase que pretende assumir que o discípulo amado é, no Calvário, também imagem da comunidade da Golpilheira, igualmente amada por Cristo e à qual entrega Sua Mãe.”
Próximos passos e apoio
A melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um!
Contactos: igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Colabore para a construção desta obra Transferência Bancária - NIB: da Comunidade Cristã da Golpilheira! 0045 5080 4015 2316 6922 2
Precisamos da sua ajuda!
3
(enviar comprovativo de transferência)
Porque queremos que estes vitrais venham a ser uma verdadeira obra de arte e não apenas “vidros coloridos”, estamos a apostar na qualidade do desenho a escolher, procurando a possibilidade de ser um pintor a fazer as respectivas pinturas. Assim que tenhamos alguma proposta concreta, será apresentada à Comunidade. O valor do Orçamento Participativo será insuficiente para cobrir o custo desta intervenção. Sabemos que algumas pessoas ou famílias estão interessadas em patrocinar um dos vitrais. Quem o desejar, deverá contactar a Comissão quanto antes.
A Comissão
4
Jornal da Golpilheira
. entrevista .
Agosto de 2017
Entrevista ao padre João da Felícia
“É uma vida doada. Deus seja louvado! Estou feliz!”
Entrevista de Luís Miguel Ferraz
Quais as melhores recordações da sua infância na Golpilheira? Os professores e os companheiros da escola. A catequista, a Primeira Comunhão, a Comunhão Solene e o Crisma na Batalha. As descamisadas no serão da noite, as brincadeiras e os cantos da desfolhada. As Missas dominicais e as festas do Padroeiro. A família e os amigos que recordo até hoje. Que imagem guarda da nossa aldeia nesses tempos? Uma aldeia simples, pobre e pacata, onde pouca coisa havia, mas com gente simples, sofrida e com muito calor humano. Não havia estudos além da 4.ª elementar, não havia trabalho para toda a gente, mas cada família se arranjava como podia. Havia muita alegria na nossa terra. Era terra boa para se viver. Como surgiu a sua vocação? Já tinha uma tendência para as coisas de Deus, que se fortaleceu com o serviço de ajudante da Missa. O padre vinha do convento dos Franciscanos de Leiria e o sr. Afonso Pereira dava o transporte e a comida. A vocação concretizou-se aos 15 anos, quando entrei no Seminário da Consolata, em Fátima.
Então, há alguma coisa que gostaria de ter feito e não pôde... Sempre há algo que dá maior satisfação pessoal, ajudando a nossa realização pessoal, e na missão nem sempre é possível. Mas eu não desanimo, pois há sempre a esperança de um depois. Qual a nova missão que vai assumir quando regressar ao Brasil? Depois de três anos no Nordeste, onde tinha 75 comunidades, a matriz pediu-me para descer para São Paulo e irei trabalhar na paróquia de São Marcos. No tempo oportuno mandarei algumas fotos e indicações concretas sobre a nova missão. A missão é bonita porque tem sempre um novo desafio. LMF
João Monteiro da Felícia nasceu a 6 de Abril de 1937, na Golpilheira, filho de Maria Joaquina e José Monteiro da Felícia. Entrou no Seminário, em Fátima, no dia 15 de Outubro de 1952, onde fez os seus estudos, e foi ordenado padre a 17 de Dezembro de 1966. A 20 de Novembro do ano seguinte, parte para a sua primeira missão, em Moçambique. Ao longo da vida, além da pastoral, dedicou-se ao estudo, sendo formado em Filosofia e Teologia e com cursos de especialização em Psicologia, Pedagogia, Espiritualidade e Hebraico Bíblico. Aproveitando a sua vinda à nossa terra, que já não visitava há 4 anos, e no contexto das Bodas de Ouro sacerdotais que está a celebrar, fomos conversar com ele sobre a história, a vocação e a vida.
Como foram esses tempos de Seminário? Foram muito bons: bons professores, bons companheiros e boa disciplina. Confirmo que o tempo da formação, seja em Portugal seja na Itália foi muito bom. E 50 anos depois, ainda se recorda como foi a celebração da ordenação? Fui ordenado em Itália. Éramos 47 jovens que aceitámos o desafio da missão. A primeira Missa foi na Golpilheira e a comunidade cristã fez uma festa muito grande que eu não esperava. Sempre fiquei grato ao meu povo amado e querido da Golpilheira, incluindo também o povo da Batalha, os familiares e os amigos.
de Deus e das “três Marias” que fui encontrando ao longo do caminho. A primeira foi Nossa Senhora de Fátima. A segunda foi Nossa Senhora da Consolata e a terceira foi Nossa Senhora Aparecida. O Institudo favoreceume muito, deixando-me trabalhar em várias partes do mundo e em várias actividades.
O que significa ser padre e, concretamente, ser missionário? Na verdade, sempre desejei servir os outros em missão. Servir os mais necessitados de tudo. Vivi esta doação com alegria. Quando entendi que a Igreja é missionária na sua raiz, disse a mim mesmo que tinha acertado a vocação. Hoje continuo feliz na missão.
E recorda o que sentiu nesse dia? A imensa alegria de ter chegado à meta final. O meu bom povo fez-me entender ainda melhor o valor de ser sacerdote e sacerdote missionário.
Quais as principais missões e tarefas que assumiu? Exerci muitas tarefas, mas vou facilitar dizendo: formação em Portugal e no Brasil, animação missionária e pastoral.
Que sonhos tinha quando iniciou o seu sacerdócio? Os meus sonhos se reduziam apenas a um: ser missionário. Concretizei o sonho partindo para as missões de Moçambique, onde fiz a minha primeira experiência. Foi uma experiência excelente.
Quais as que mais o marcaram, pela positiva e pela negativa? Pela negativa, às vezes desejar fazer outras actividades e devido aos trabalhos que me eram atribuídos não poder fazer. Positivos, a maior parte deles, só para não dizer todos. Quando se fala de Jesus, não há trabalhos negativos. Continuar evangelizando é o máximo!
Portanto, cumpriu-se o sonho... Acredito que sim, com a ajuda
Não pensa no regresso ou numa vida mais descansada? Não penso mesmo nisso. Não é o meu estilo. O meu fundador, José Allamano, dizia que o missionário deve ficar até ao fim. É isso que eu penso também. Mas tem saudades da sua terra... Certo. Sou filho duma terra bonita. Sou filho duma família que me apoia. Sou filho duma comunidade que me acompanha. Nunca posso esquecer a minha terra natal. Que diferenças encontra hoje? A nossa terra agora está bonita, mais arrumada. As pessoas vivem melhor. Aprecio a paisagem bonita e agora o local da oração, a igreja, ficou muito linda mesmo. Parabéns ao padre José, à Comissão da Igreja e ao povo e a todos os que fizeram acontecer o projecto. Parabéns! Enviamos há muitos anos o Jornal da Golpilheira. Ajuda a matar essas saudades ? Ele me deixa sempre bem informado e actualizado. Quando ele chega, leio-o de fio a pavio. Quando tenho tempo, dou uma palavrinha agradecendo. Mas aproveito para agradecer esta oferta muito preciosa para mim. O nosso Jornal é uma forma excelente de ficar ligado aqui com todos vocês. Bem hajam! Muito obrigado!
E a nossa campanha “Pão para as crianças do padre João”, tem correspondido às expectativas? São Paulo nos deixou escrito que “a fé sem obras é morta”. Para que a fé não morra, precisa de obras. As obras são um termómetro da fé dos católicos. Agradeço de coração a quantos ajudam a minha obra de evangelização. Na verdade, a Golpilheira e a paróquia da Batalha têm um filho da terra que está em missão e que precisa da ajuda concreta dos católicos da sua comunidade. Com o que vocês me mandam, vou ajudando famílias mais carentes que precisam verdadeiramente de ajuda para sair de uma situação especial em que se encontram. Não encontram ajuda... onde vão? Vão ter com o padre, que sempre dá alguma coisa para resolver uma situação concreta. No meu entender, a campanha não pode parar. Vocês têm um dever com este vosso filho missionário. Lembrem-se de que “o pouco com Deus é muito”. Por fim, uma mensagem aos seus conterrâneos, neste ano celebrativo das suas bodas de ouro... Quero alegrar-me com os meus irmãos e irmãs da mesma fé, dizendo que a missão nunca acaba. A evangelização que eu faço é também uma evangelização feita por vocês. É assim que eu entendo a missão. Vocês, irmãos, tendes um filho que está longe e que deve sentir o vosso carinho, a vossa presença e a vossa ajuda. Neste ano, vim visitar-vos com três objectivos bem concretos: celebrar os 65 anos de entrada no Seminário de Fátima, os 50 anos de sacerdócio e os 80 de vida. É uma vida doada. Deus seja louvado! Estou feliz! A todos e todas agradeço de coração e peço súplicas a todos vocês para mim, a fim de que eu possa continuar a evangelizar os mais pobres na nova realidade que vou enfrentar. É um grande desafio, mas acredito que, com vocês ao meu lado, vou conseguir realizar a missão que nestes dias me foi confiada. Deixo para vocês a minha bênção!
Jornal da Golpilheira
>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt
. entrevista . . reportagem
Agosto de 2017
5
Festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos
As três imagens na procissão
Restaurante encheu várias vezes em cada noite
Corrida de Cântaros é um “ex libris” do último dia
cortejo que termina na Igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. À tarde actuou o rancho “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do Centro Recreativo da Golpilheira, e à noite voltou a mul-
LMF
dezenas de pessoas a participar num momento já tradicional de saudação ao Padroeiro, com acompanhamento da filarmónica, primeiro na igreja de Nossa Senhora de Fátima e depois em
LMF
sa a participação popular, com os vários andores de ofertas e o acompanhamento da Filarmónica Clássicos de Pataias. O almoço voltou a encher o restaurante e foram muitas
LMF
É a festa mais importante do ano para a Comunidade Cristã da Golpilheira, pois celebra o seu Padroeiro, o Senhor Bom Jesus dos Aflitos, orago da igreja mais antiga da freguesia. Celebrada anualmente em pleno Verão, tem sido nos últimos anos assumida por uma comissão constituída pelos “quarentões”. Este ano não fugiu à regra e os nascidos em 1977 não deixaram os seus créditos por mãos alheias, organizando uma bonita e muito concorrida festa, nos dias 29 a 31 de Julho. Como sempre, a preparação é parte do segredo de todos os eventos. Neste caso, é também parte da festa, sobretudo na semana que a antecede, com momentos marcantes como o erguer do mastro, a ida à murta, a feitura do cordão, a montagem dos arcos, do palco e outros elementos do arraial, o recheio da despensa, os peditórios e recolha de donativos, a venda de rifas e muitos outros trabalhos necessários. Tudo foi cumprido a rigor e, na noite de sábado, estava tudo a postos para receber uma verdadeira multidão no restaurante, nos bares, no café da avó, na quermesse e noutros espaços em que o convívio foi a tónica dominante, com a animação musical assegurada pela sempre muito apreciada Banda Kroll. O principal dia de festa é o domingo, com a celebração da Missa solene, onde os festeiros se apresentaram em grupo, o que nem sempre acontece em muitas festas religiosas, onde o trabalho do arraial é desculpa para que quem organiza a festa acabe por não participar no momento que deveria ser o seu centro. A população encheu por completo a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, o actual centro de culto da Comunidade, e a celebração foi muito rica e participada, presidida pelo pároco, padre José Gonçalves, e animada pelo habitual coro litúrgico. Na procissão, com o Santo Lenho e as imagens de Nossa Senhora de Fátima, do Sagrado Coração de Jesus e do Senhor dos Aflitos, também foi muito numero-
LMF
Multidão festejou o Padroeiro da Comunidade Cristã tidão, com animação do grupo Kremlin. Outra celebração eucarística abriu o programa de segundafeira, também bastante participada. Seguiram-se os jogos tradicionais, a abrir o apetite para o jantar, que terá sido um dos mais concorridos dos últimos anos. O restaurante encheu-se por três ou quatro vezes, enquanto a fila para pré-pagamento parecia não terminar, mas ninguém ficou sem apreciar o já famoso frango assado das festas da Golpilheira. O conjunto Omega animou a noite, com um intervalo para as muitas centenas de pessoas presentes poderem assistir à famosa Corrida de Cântaros, uma divertida competição que recorda a habilidade das mulheres de outros tempos, a levar a água à cabeça para suas casas. Algumas das mais novas concorrentes revelaram-se à altura do desafio, o que leva a crer que nem tudo está perdido... O simbólico momento de encerramento é a entrega da bandeira à comissão de festas do ano seguinte, logo assumida pelos quarentões de 2018, nascidos em 1978. A actual comissão agradeceu a ajuda de muitas dezenas de pessoas e a presença numerosa de outras para que esta festa fosse um sucesso. A comissão do ano que vem deixou o voto de que essa ajuda e essa presença regressem no fim-de-semana de 4 a 6 de Agosto de 2018. E um vistoso fogo-de-artifício coroou da melhor forma este momento, embora o arraial tenha continuado animado por mais um par de horas. LMF
O grupo dos “quarentões” na saudação à Bandeira
6
>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt
. reportagem .
Jornal da Golpilheira Agosto de 2017
Música, desporto e animação diversa As Festas da Batalha voltaram a marcar o calendário de região, nos passados dias 11 a 15 de Agosto, trazendo à Vila Heróica muitos milhares de pessoas. Houve zona de diversão, houve exposição comercial e houve tasquinhas muito concorridas, mas as grandes massas registaram-se nos concertos nocturnos, que mostraram em palco os artistas nacionais David Carreira, GNR, D.A.M.A., a fadista Carminho e Quem é o Bob. O artista britânico Calum Scott, no último dia, era o cabeça-de-cartaz e terá recebido a maior enchente de público, que cantou a plenos pulmões o grande êxito “Dancing on my own”, que o torno conhecido ao vencer o concurso televisivo “Britans got talent”. O concerto terminou com um grandioso espectáculo de fogo-de-artifíco ao ritmo da música, a cuidado da Pirotecnia Batalhense, que só não encerrou a noite porque, tal como nos dias anteriores, houve DJ a animarem por mais algumas
LMF
Festas da Batalha juntaram multidões
Recinto praticamente cheio em todas as noites
horas os mais resistentes. Mas houve também provas de futebol masculino e feminino entre as quatro freguesias e
os prémios de atletismo “Batalha Jobem” e “Mestre de Avis”, de que damos conta nas nossas páginas de desporto. E houve a
comemoração oficial, no feriado municipal de 14 de Agosto, que também noticiamos nesta edição.
Além dessas notícias, deixamos aqui algumas outras imagens para a história de mais um grande evento na Batalha.
Gala Internacional de Folclore da Batalha Integrada nas Festas da Batalha, a 32.ª edição da Gala Internacional de Folclore da Batalha realizou-se no largo do Condestável, na noite de 5 de Agosto, tendo como cenário a fachada sul do extraordinário e majestoso Mosteiro da Batalha, elevado recentemente a Panteão Nacional, símbolo maior da Independência de Portugal. Esta demonstração do folclore internacional, oriunda de várias partes do mundo, é uma organização do prestigiado rancho folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, numa parceria com o Município da Batalha. A recepção aos grupos e entidades convidadas decorreu no auditório da Câmara Municipal da Batalha, em sessão presidida por Paulo Baptista, presidente do Município da Batalha. Efectuadas as devidas apresentações, foi entregue uma lembrança a cada um dos grupos participantes, apanágio destes eventos, assim
MCR
Um grandioso espectáculo de cultura mundial
Agrupamento polaco fechou a noite
como às entidades convidadas. Finda esta cerimónia protocolar, seguiu-se o jantar na sede do rancho Rosas do Lena, na Rebolaria. Como sempre, bem confeccionado e servido por vários elementos do agrupamento anfitrião, assim como por outros voluntários que estão sempre disponíveis para co-
laborar nestes e noutros eventos promovidos pelo Rancho. Cerca das 21h30, teve início este espectáculo inolvidável, com a participação dos seguintes grupos: Rancho Folclórico Rosas do Lena – Alta Estremadura; Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré – Ílhavo; Grupo Fol-
clórico de Faro – Algarve; Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo – Viana do Castelo; Grupo Folclórico da Índia; Associação da Cultura Chinesa; Grupo Folclórico “Dobczyce” – Polónia. Estas galas de folclore continuam a manter um grande nível,
tanto no que nos é mostrado pelo diversificado folclore nacional, único no mundo, assim como pelos grupos estrangeiros, que dada a sua originalidade enriquecem este evento de ano para ano. Estão de parabéns o rancho Rosas do Lena e o Município da Batalha, por nos proporcionarem tão brilhante espectáculo. Tem de haver um empenhamento muito grande, para conseguir toda a logística e orientação dos grupos presentes, para que nada falhe. Para eles vão os nosso parabéns, muito especialmente para os elementos do Rosas do Lena, assim como para a sua direcção, que sacrificam por vezes a sua vida profissional ou férias, em prol duma causa que é o folclore, a troco de nada. São momentos como estes, muito gratificantes, que lhes dão coragem para continuarem. Bem hajam pelo vosso trabalho e dedicação. Manuel Carreira Rito
Jornal da Golpilheira
>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt
. entrevista . . reportagem
Agosto de 2017
7
Dia do Município
Medalhas de mérito Num segundo momento da sessão solene, foram atribuídas medalhas de mérito a diversas instituições e personalidades, cuja acção contribui para o desenvolvimento cultural, social, desportivo e associativo do Concelho. Assim, foi entregue a Medalha de Mérito Municipal Grau Ouro a António Lucas, ex-presidente da Câmara Municipal e actual presidente da Assembleia Municipal, e a Medalha de Mérito Municipal Grau Prata à ACILIS – Associação Comercial de
Presidente do Município fez balanço do último mandato
Leiria, Porto de Mós e Batalha, ao Orfeão de Leiria – Conservatório de Artes e à ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias. Ainda distinguidos com a Medalha de Cultura e Mérito Desportivo Grau Prata foram a Associação Cultural e Recreativa da Lapa Furada, o Centro Cultural e Recreativo da Quinta
LMF
O hastear das bandeiras, nos Paços do Concelho, pelas 10h00, foi o sinal de abertura de mais uma comemoração do feriado municipal de 14 de Agosto. A comitiva de convidados e algumas dezenas de populares rumou, de seguida, ao Posto de Turismo da Vila, para a inauguração da exposição “Investigação e Inovação no Património”, que mostra em painéis o resumo do estudo geofísico efectuado no Mosteiro da Batalha por uma equipa das universidades de Aveiro e do Porto e do Instituto Politécnico de Leiria. A apresentação esteve a cargo do coordenador desta equipa, Manuel Senos Matias, que levou o mesmo tema à abertura da sessão solene, já nas Capelas Imperfeitas. O docente da Universidade de Aveiro revelou algumas das conclusões do trabalho efectuado, resumido no livro “Anatomia de um Mosteiro – Estudo Geofísico do Mosteiro da Batalha”, também apresentado nesta ocasião. Comparando esse trabalho ao “raio x” usado na medicina, explicou como é hoje possível saber o que existe no subsolo, nas fundações e dentro das paredes e colunas do monumento. O método consistiu em fazer passar ondas eléctricas, magnéticas, sísmicas e de radar através da construção, “uma maneira não invasiva de ver como está assente e como é constituída”. É, assim, possível registar conhecimento científico sobre o monumento e, ao mesmo tempo, identificar eventuais problemas de solidez que a estrutura possa apresentar.
LMF
“Radiografia” do Mosteiro foi o centro das atenções
do Sobrado e Palmeiros, o Centro Recreativo das Alcanadas, o Atlético Clube da Batalha, a Associação Casa do Mimo, o Jornal da Batalha e o Jornal da Golpilheira (ver caixa). Balanço político No discurso de encerramento da sessão, Paulo Batista Santos,
O director-adjunto, Manuel Rito, recebeu o galardão
Jornal da Golpilheira recebe Medalha Municipal de Mérito O Jornal da Golpilheira foi uma das entidades agraciadas com a Medalha de Cultura e Mérito Desportivo (Grau Prata) do Município da Batalha, na sessão solene do passado dia 14 de Agosto. A atribuição foi aprovada por unanimidade pelo executivo e pela Assembleia Municipal, justificada pelos “20 anos de fundação do jornal (celebrados em Setembro de 2016) e o papel que nesses 20 anos tem desempenhado em prol da comunicação na freguesia da Golpilheira e do concelho da Batalha, com um relevante contributo para o desenvolvimento cultural e humano da população”. Na sessão solene do Dia do Município, a medalha foi entregue ao director-adjunto do Jornal da Golpilheira, Manuel Carreira Rito.
presidente da autarquia, começou por sublinhar a importância do estudo apresentado anteriormente sobre o Mosteiro da Batalha para “melhor compreender a nossa história e ajudar na preservação do património herdado”. Comentou também os vários agraciados com as medalhas municipais, sublinhando o seu papel para o desenvolvimento local, sobretudo nas áreas do desporto, da acção social e da comunicação social. Uma palavra especial foi sobre António Lucas, que não pôde estar presente e se fez representar pela vereadora Cíntia Silva. “O seu nome estará para sempre associado aos melhores tempos de desenvolvimento do concelho da Batalha”, referiu Paulo Santos, confessando procurar “seguir o bom trabalho que desenvolveu à frente do Município”. O presidente aproveitou, ainda, para fazer um breve balanço do trabalho do mandato que está prestes a findar, considerando ter “a noção de dever cumprido”, ao “fazer muito sem esbanjamento de recursos” e “manter e melhorar as boas condições que herdámos”. Como exemplo, referiu o facto de “em 2013 termos uma dívida de 2,6 milhões de euros e em 2016 ser apenas de 1 milhão”. Sublinhou ainda a conclusão do processo de revisão do PDM, a construção da primeira Loja do Cidadão da região, a promoção de múltiplos eventos culturais,
a criação das Áreas de Reabilitação Urbana da Batalha e do Reguengo do Fetal, da variante Nascente e Jardim dos Infantes e do hostel Pia do Urso, o reforço do apoio social na área da educação e dos idosos, o acolhimento a refugiados, o protecção ambiental, as novas competências na gestão escolar, com reabilitação da sede do Agrupamento e início da construção do Centro Escolar do Reguengo do Fetal, o projecto Gira para transportes públicos, as obras no Centro de Acolhimento a Investigadores e na Casa da Juventude, entre outros projectos de “quatro anos entusiasmantes”. Por fim, o lamento por ter sido “recentemente obrigado” a dar explicações à Unesco por dois espectáculos realizados no Mosteiro, por motivo de “queixas feitas por alguém”, e o pedido de que “sermos consensuais em matérias de interesse público, em que a Batalha deve estar primeiro e acima das nossas divergências”. Com D. João I e os emigrantes A manhã continuou na Capela do Fundador, com a cerimónia evocativa da Batalha de Aljubarrota presidida pelo general Aníbal Alves Flambó, e terminou no recinto das festas, com o tradicional almoço de convívio com as Comunidades da Diáspora Batalhense. Luís Miguel Ferraz
8
Jornal da Golpilheira
. política .
Agosto de 2017
Entrevista ao presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira
“Estou orgulhoso e sinto que valeu a pena” Junta, é o constante apelo à boavontade da Câmara no sentido de dotar as finanças da Freguesia de meios próprios, que lhe permitam alguma autonomia na acção.
Carlos Alberto Monteiro Santos, de 42 anos de idade, é presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira desde 2005, função que terminará no próximo mês de Outubro, após 12 anos e 3 mandatos cumpridos. Na “hora da despedida”, o Jornal da Golpilheira foi saber o balanço que faz da sua presidência e as principais experiências que lhe proporcionou. Confessa-se “orgulhoso” do trabalho feito, destacando o contributo para o novo edifício da Junta e o pavilhão desportivo, e lamenta não ter conseguido um “parque verde” para a Freguesia. Embora prometa continuar atento à vida pública, deseja agora dedicar-se mais à profissão de técnico projectista e formador, que sempre desempenhou, e sobretudo à família.
E a maior alegria que viveu? Foram muitos os momentos felizes ao longo destes três mandatos, fiz-me amigo de muita gente que conhecia mal até então, tivemos pequenas realizações que resolveram grandes problemas a pessoas quase anónimas da freguesia. Mas não posso deixar de referir duas alegrias que foram, em simultâneo, muito importantes e estruturantes para o futuro da Freguesia e da nossa comunidade: a realização do edifício da Junta de Freguesia e a construção do pavilhão desportivo.
Entrevista de Luís Miguel Ferraz Como sentiu o apelo a um envolvimento na política autárquica? O apelo surgiu de forma natural, considerando os largos anos de serviço na colectividade local, desde os 11 anos de idade, em diversas secções da mesma, como desporto, folclore, escola de música e, sobretudo, organização de eventos. Em 2001, sou convidado pelo presidente de câmara, António Lucas, a fazer parte das listas à Assembleia Municipal, certamente contando ele que poderia representar com notoriedade e visibilidade a população da freguesia naquele órgão. Como foi essa primeira experiência de deputado municipal? Naquele tempo, o essencial era não perder de vista o foco em representar a freguesia o melhor possível, pois é essa a matriz de um eleito local. Lembro-me de ter tido um papel central na resolução do problema ambiental da freguesia e do rio Lena, sempre pela positiva, para que as instituições ajudassem o proprietário da destilaria da Golpilheira a resolver o caso. Depois, candidatou-se à Junta da Golpilheira. Como imaginava a tarefa? Também foi um processo natural. Em 2005, a comunidade local ansiava que pudesse surgir um nome diferente a liderar a Junta. Os 16 anos que vinham de trás foram desgastando a imagem do meu antecessor. Considerando o trabalho desenvolvido na Assembleia Municipal, o presidente de Câ-
mara e o Paulo Batista Santos desafiaram-me, ainda antes ter completado 30 anos, que me fosse preparando, pois teria deles todo o apoio para realizar os projectos que caberiam à Junta de Freguesia executar e que há longos anos a população esperava. Assim sendo, estava convicto de que tinha a capacidade e disponibilidade para facilmente superar a imagem que tinha sido deixada. Que projectos tinha em mente? Como disse, tendo apoio da Câmara Municipal, e numa freguesia como a nossa, que tem recursos escassos, cedo me apercebi do poderia ser realmente feito. Acima de tudo, tinha a consciência de que a reorganização da Freguesia era essencial, para que pudesse aspirar a outras realizações, tais como a construção do novo edifício da Junta e trazer um grande investimento para a freguesia na área do desporto, mas sobretudo reabilitar a imagem do presidente de Junta nas diversas instituições. Ainda se lembra do que sentiu ao ganhar as primeiras eleições? Claro que foi um momento de felicidade inicial, que certamente demorou alguns minutos e que se transformou rapidamente num momento de responsabilidade. Lembro-me de ter agradecido à minha esposa, que estava grávida da minha filha, toda a paciência que ela teve naquelas semanas anteriores, que foram de trabalho intenso.
Uma das primeiras decisões que tomou foi construir uma nova sede da Junta. Como foi esse processo? Recordo-me de que fomos, desde 2006, consultando a população e ouvido opiniões diversas, para que a decisão fosse tomada com amplo apoio local. Optámos por construir um edifício novo, já que o anterior não apresentava condições de segurança, nem tinha registo histórico relevante. A primeira dificuldade que tivemos foi logo com a entrada dos projectos na Câmara, pois verificávamos que o espaço não estava registado convenientemente e com as áreas certas. Logo aqui, e para que o processo fosse claro, perdemos cerca de oito meses. Tínhamos a noção de que, sem a colaboração municipal, nada seria feito. Encontrámos uma forma legal de financiar o edifício e, em Junho de 2009, este estava já ao serviço da população. Sendo um grande investimento, acha que comprometeu outros projectos? Francamente, direi que não, já que o essencial do que nos era solicitado pelas pessoas ia sendo resolvido. Os golpilheirenses tinham a noção de que o importante naquele tempo era manter os espaços minimamente limpos e a freguesia continuar a ser um exemplo de boa gestão financeira, sem entrar em grandes promessas impraticáveis. Durante os três mandatos, qual foi o maior desafio que enfrentou? O maior constrangimento que tivemos e que será, certamente, o desafio para quem vier a liderar a
Há algum projecto que não tenha conseguido concretizar e que lhe deixe pena? Tenho pena de não ter conseguido arranjar meios para lançar um verdadeiro “parque verde” para a Freguesia. É sabido que a área de floresta no nosso território é praticamente inexistente, por isso, a comunidade entendeu que só recorrendo a terrenos privados isso seria possível. Talvez o Município possa reactivar o projecto de ciclovia à beira do rio Lena e fazer avançar essa infra-estrutura. Como foi a relação com as equipas de trabalho que liderou e com as várias assembleias de freguesia? Quanto os executivos da Junta, foram excelentes equipas. Não posso deixar de realçar, no primeiro mandato, a pessoa do José Guerra da Silva, que com toda a sua experiência me ensinou como lidar com as diversas sensibilidades da freguesia, à Fátima Sousa, pela serenidade e organização, e ao José Santos Silva, que foi o braço forte da Freguesia durante estes três mandatos, pois é a ele que devemos esforço, trabalho e sacrifício pessoal a bem da sua terra. Aos três, um muito obrigado em nome pessoal. Com a Assembleia de Freguesia, superiormente liderada pelo Joaquim Cruz, a relação foi sempre salutar e de colaboração extrema. Quer os membros eleitos pela minha lista, quer os eleitos pelos outros partidos, sempre se mostraram colaborativos, aprovando as nossas propostas, quase sempre por unanimidade, mostrando assim concordância com o rumo tomado e com as decisões do executivo de Junta.
E com as outras forças vivas da freguesia? Vindo eu de uma intensa actividade associativa e de voluntariado, não poderia deixar de compreender as dificuldades daqueles que dão o seu tempo a custo zero em prol da comunidade. Tiveram sempre o nosso apoio e por várias vezes acabei a influenciar uma ou outra decisão a favor do Centro Recreativo ou da Comunidade Cristã, que são os dois pólos congregadores da união que se vive na Freguesia. Em jeito de balanço, sente que valeu a pena esta missão? Sem dúvida. Quando olho para trás, vejo uma Freguesia antes de 2006 e outra até 2017. Certamente, a esmagadora maioria dos golpilheirenses gostarão mais da sua freguesia hoje do que gostavam há 12 anos atrás. Tenho consciência de que não agradei a todos e não fiz tudo o que me propus fazer, mas tal como na nossa vida pessoal, tentamos sempre melhorar com os erros e não voltar a falhar. O que fizemos deixa-me orgulhoso e sinto que valeu a pena. Pensa regressar no futuro a funções autárquicas ou de cariz público? Como disse, estou orgulhoso do trabalho que fiz e ocupei o lugar de serviço público mais alto da terra onde habito e de que tanto gosto. Por isso, que objectivo poderia eu perseguir neste momento? Devo à minha família muitas horas de sacrifício e de privações, que quero recuperar nos próximos tempos. Continuarei atento ao trabalho que se for fazendo e colaborarei com a comunidade local, como faço há 30 anos. Tenho a minha actividade profissional, que nunca deixei de exercer, mas vou andar por aí… nos cafés, nos eventos na rua, na escola, etc., não me vou esconder durante 11 ou 12 anos... Que mensagem deixa aos golpilheirenses, na “hora da despedida”? Emocionalmente, declaro aos meus conterrâneos que gostei de liderar a Freguesia desde 2006, mas vou recordar uma conversa que tive com um grupo de amigos e familiares em 2005. Diziam-me eles: “Vais para a Junta, só vais criar inimigos”. Hoje respondo-lhes que fiz apenas meia dúzia de adversários, mas em contrapartida 12 anos chegaram para fazer centenas de amigos e amigas de todas as idades. A todos, o meu muito obrigado!
Jornal da Golpilheira
. entrevista . política .
Agosto de 2017
Eleições autárquicas a 1 de Outubro
No dia 25 de Setembro
Debate “Autárquicas 2017”
Poder local vai a votos Realizam-se a 1 de Outubro as eleições autárquicas em Portugal. Cada eleitor será chamado a votar naqueles que acredita serem os melhores para governar os órgãos locais de soberania. Serão três os boletins de voto: Câmara Municipal, o órgão executivo da autarquia; Assembleia Municipal, o órgão onde se tomam as decisões mais importantes e se discute e avalia a acção do executivo; e Assembleia de Freguesia, de onde se formará, depois, o executivo da Junta. É importante que não deixemos de exercer esta colaboração democrática. Trata-se de
um direito, adquirido a muito custo por cidadãos que lutaram pela liberdade de participarmos na gestão do que é de todos, pelo que é fundamental darmos valor a essa conquista e usufruirmos desse valor. E trata-se de um dever, pois todos somos responsáveis pelo que corre bem ou corre mal na vida pública e esta é uma das formas mais importantes de cumprir essa responsabilidade. A Golpilheira tem tido, nos últimos anos, a mais alta taxa de participação do Concelho e umas das mais altas do Distrito, sempre acima das médias concelhias, distritais e nacionais. É
CDS-PP - “Batalha no Coração” Câmara Municipal
- Horácio Moita Francisco - Ana Cristina Reis Vieira - Cátia Liliana Marques Campos - Hélder José Marques Pina Metello de Nápoles - Catarina Capela Monteiro Bagagem - Débora Lúcia Santo Franco - Armindo Miguel Vale da Serra Ribeiro
um orgulho para nós, enquanto cidadãos, demonstrarmos essa consciência e responsabilidade cívica, esperando que nestas eleições voltemos a dar esse exemplo de cidadania. Recordamos que, mesmo quando não haja nenhuma equipa que nos satisfaça ou estejamos em desacordo com a eleição, podemos votar em branco ou anular o voto. Essa é uma forma de protesto válida e democrática, ao contrário da abstenção, que é apenas sinal de desleixo ou irresponsabilidade. Para ajudar nesta decisão, publicamos as listas candidatas dos diversos partidos aos
órgãos que os golpilheirenses irão eleger: Câmara Municipal da Batalha, Assembleia Municipal da Batalha e Assembleia de Freguesia da Golpilheira. Não sendo ainda conhecida a ordem dos partidos nos boletins de votos, optamos pela ordem alfabética da sigla de cada um. Respeitamos a ordem enviada pelos próprios partidos, indicando apenas os nomes dos elegíveis efectivos, sendo que cada lista contém mais pessoas como suplentes. Na apresentação do partido, acrescentamos o respectivo lema de campanha. Na próxima edição, entrevistaremos os cabeças-de-lista.
PS - “Batalha Melhor” Câmara Municipal
- Carlos Emanuel Oliveira Repolho - Noélia Regina Cordeiro de Sousa - Herculano Carvalho dos Reis - Rui Manuel Henriques Oliveira Rodrigues - Rita Frazão Neves do Nascimento - André Salgueiro Espírito Santo - Gonçalo Manuel Semedo Cid Repolho
O Jornal da Golpilheira vai promover um debate entre os candidatos à Junta de Freguesia da Golpilheira nas próximas eleições de 1 de Outubro. Será no dia 25 de Setembro, segunda-feira, às 21h30, no Centro Recreativo da Golpilheira. Tal como há oito anos, no célebre debate “Golpilheira 25 anos”, que promovemos no contexto das bodas de prata da criação da Freguesia e das eleições autárquicas de 2009, pretende-se que seja, sobretudo, uma partilha de ideias e projectos para o desenvolvimento da nossa terra. Na semana que antecede as eleições autárquicas deste ano, será, sem dúvida, uma conversa que ajudará os golpilheirenses a conhecerem melhor o projecto de cada uma das três listas concorrentes à Assembleia de Freguesia. Esperamos uma ampla participação de todos, fazendo especial convite aos eleitores mais jovens, pois será uma oportunidade para aprofundarem o conhecimento social e político da sua terra e das pessoas que se oferecem para dirigir os destinos da Freguesia nos próximos quatro anos.
PSD - “Batalha tem Futuro” Câmara Municipal
- Paulo Batista Santos - Carlos Agostinho Monteiro - Liliana Moniz - André Loureiro - Germano Santos Pragosa - Vanda Patrícia Carreira - Cecília Gomes
Assembleia Municipal
Assembleia Municipal
Assembleia Municipal
Assembleia de Freguesia da Golpilheira
Assembleia de Freguesia da Golpilheira
Assembleia de Freguesia da Golpilheira
- Francisco Manuel dos Santos Coutinho - Rita Salomé Pereira Vieira - José Armindo Monteiro de Matos - António Vieira da Encarnação - Ana Carolina da Felícia Teixeira - João Manuel Carreira Gregório - Albérico da Silva Monteiro Guerra - Isilda Maria dos Anjos Carreira Vieira - Ricardo António Matias Vala - Abílio Reis Oliveira - Cátia Carvalhana da Rosa - Vítor Manuel Filipe Nazário - Maria Júlia Pereira Santo - Joaquim Matias Cordeiro da Silva - Lídia Miriam P. F. Rodrigues Oliveira - Paulo Sérgio da Cunha Santos Filipe - Ivone dos Santos Filipe Encarnação - Fernando Manuel Pires Monteiro - Paulo Alexandre Cardoso Gonçalves Fonseca - Gabriela Vieira Carvalho - Afonso Venceslau Catarino
- Paulo Jorge da Cruz Bagagem - Joaquim Monteiro Filipe Vieira - Maria Helena Pimparel Ribeiro Guerra - José Carvalho Pedro Guerra - Ana Paula Vieira Lucas - Sara Alexandra Rodrigues Carreira - João Pedro Matos Guerra - Fernando Monteiro Bagagem - Vera Mónica Vieira Frazão
- Fernando José Lopes de Oliveira - Augusto Neves do Nascimento - Leonor Ferreiro Faustino - Rui Manuel Henriques Oliveira Rodrigues - José Lucas Ferreira - Maria Leonor Sousa Pinheiro - Jorge Alberto Carvalho Reis - Joaquim Manuel Bento Monteiro - Cristiana Sofia Faustino Moreira - Nelson Carreira Gomes - Marco António da Silva Melo - Sandra Isabel Soares Alves - Mário dos Santos Filipe - José Carlos Reis Ferraz - Ana Cristina Capela Rino - Andreia Carla Antunes Portugal Azevedo - Carlos Miguel Alves Soares - Júlia da Assunção Cardoso Silva - Celine da Silva Lucas - Diogo Matos Pereira - Inês da Silva Vieira
- José Moreira Filipe - José Carlos Reis Ferraz - Sandra Isabel Soares Alves - Joaquim Manuel Bento Monteiro - Nelson Carreira Gomes - Andreia Carla Antunes Portugal Azevedo - Celine da Silva Lucas - Carlos Miguel Alves Soares - Inês da Silva Vieira
- Júlio Ribeiro Órfão - Ana Barraca - Alfredo Matos - Luciano Gonçalves - Elisabete Moita - Luís Miguel Ferraz - Sérgio Silva - Sónia Costa - Carlos Santos - Eduardo Almeida - Raquel Ferreira - Fernando Marques - Cristóvão Ribeiro - Rita Cunha - Tiago Vieira - António Rebelo - Isabel Pereira - Francisco José Belo - Vítor Batista - Ana Rita Monteiro - Pedro Cerejo
- Cristina Agostinho - José Santos Silva - Catarina Bagagem - José Guerra da Silva - Sofia Ferraz - António Quinta Matos - Eduarda Fernandes - Rui Ferraz - Sofia Leal
9
10
. eclesial .
Jornal da Golpilheira Agosto de 2017
Novo Ano Pastoral
DR
2018 dedicado à restauração da Diocese Tenda do 194
Agrupamento da Batalha trouxe prémio
Escuteiros “abraçaram o futuro” no acampamento nacinal Mais de 22 mil escuteiros do Corpo Nacional de Escutas (CNE) “abraçaram o futuro” no 23.º Acampamento Nacional (Acanac), que decorreu em Idanha-a-Nova, entre os dias 31 de Julho e 6 de Agosto. A Região de Leiria-Fátima participou com um contingente de cerca de 1300 escuteiros, estando representados 31 dos 34 agrupamentos que a compõem. Um deles foi o 194 Batalha, com um numeroso grupo. O tema do Acanac, “Abraça o Futuro”, serviu de mote para a discussão de questões fundamentais como a ecologia, a sustentabilidade, a justiça social, a educação, a paz, a escassez de recursos, ou as desigualdades sociais. Divididos em secções, pelas diversas faixas etárias, os escuteiros conciliaram o debate sério e consciente com a diversão e o convívio. O objectivo era a sensibilização para estas noções fundamentais num mundo em mudança, em ordem a formar adultos responsáveis, conscientes e participativos. Criação, Transformação, Inovação e Cooperação correspondem, respectivamente, aos lemas que orientaram as secções: lobitos, exploradores, pioneiros e caminheiros, dos mais novos aos mais velhos. Também quatro foram os elementos – ar, fogo, terra e ar – que estiveram presentes nas várias actividades ao longo do acampamento. Dos escuteiros da Região de Leiria-Fátima, podemos destacar algumas conquistas de prémios, nomeadamente, por parte de pioneiros da Batalha, que alcançaram o 1.º lugar no raide de orientação, de Caxarias, Carnide e Memória, com a melhor construção do subcampo Terra, de Porto de Mós e Olival, com a melhor construção do subcampo Ar, e da Sé e Marrazes, também com a melhor construção do subcampo Fogo. Com este ACANAC, o CNE quis comprometer-se na construção de um futuro melhor. Com a formação dos jovens abre-se o caminho para a construção de uma sociedade forte e unida, preparada para os desafios que poderão surgir nas próximas décadas. Ficou também a promessa de um regresso do Acanac em 2023, celebrando, assim, o centenário do CNE, a estrutura do escutismo católico português. Fonte: CNE Leiria-Fátima
Estamos a caminhar para o fim de Agosto. É altura de começarmos a pensar no novo Ano Pastoral 2017-2018. A abertura oficial está marcada para o dia 8 de Outubro, mas, antes disso, irão realizarse já algumas actividades. O Ano Pastoral de 2017-2018 será marcado pela celebração do centenário da restauração da nossa diocese de LeiriaFátima. Foi criada a 2 de Maio de 1545, suprimida a 30 de Setembro de 1881 e restaurada a 17 de Janeiro de 1918. Durante este ano pastoral, iremos ter, certamente, muitas ocasiões para conhecermos os momentos mais significativos da sua história. Para já, registemos alguns acontecimentos mais significativos: 30 de Setembro – Encontro Diocesano de Catequistas, em Fátima. 8 de Outubro – Dia Anual da Diocese. 21 de Janeiro – Centenário da Restauração da Diocese de Leiria-Fátima.
14 de Fevereiro – Quarta-feira de Cinzas. 11 de Março – Peregrinação da Vigararia da Batalha à Sé Catedral-Leiria. 18 de Março – Peregrinação Diocesana a Fátima 1 de Abril – Páscoa. 29 de Abril – Celebração do sacramento da Confirmação ou Crisma. 6 de Maio – Festa da Primeira Comunhão, na Batalha. 27 de Maio – Festa da Santíssima Trindade 31 de Maio – Festa da Corpo de Deus. 31 de Maio – Festa da Comunhão Solene na Batalha. 15-17 de Junho – Festa Diocesana da Fé, em LeiriaNa devida altura, serão fornecidas as orientações necessárias para a conveniente participação nestes acontecimentos. A nível paroquial, iremos reunir, logo que possível, o Conselho Pastoral Paroquial, para programarmos as actividades mais relacionadas com a nossa paróquia.
Inscrições na catequese
As crianças que virão este ano para a catequese pela primeira vez deverão fazer, logo que possível, a sua inscrição. Pedimos aos pais destas crianças que procurem, nos vários centros de catequese da paróquia, os impressos próprios, os preencham na íntegra, com letra bem legível e os vão entregando no Cartório Paroquial ou em qualquer Missa da paróquia. In Ecos do Domingo
Comunidade Cristã da Golpilheira
Publicamos acima as indicações do pároco, no último boletim paroquial, para o ano pastoral que se iniciará em Outubro. Será importante fixarmos as datas que nos implicam a todos, a nível paroquial, para participarmos activamente nessas actividades paroquiais, bem como nas que são de dimensão diocesana. Só assim poderemos viver intensamente a nossa experiência de Igreja
que é um corpo unido, tendo no Bispo o pastor, em união com o Papa, e tendo no pároco o seu representante mais próximo. Ainda assim, a própria Comunidade Cristã da Golpilheira tem também algumas iniciativas que resultam do seu próprio dinamismo e que atempadamente iremos informando. Para já, temos à porta a festa de Nossa Senhora da Esperança, em São Bento, no primeiro fim-de-semana de Setembro (ver última página). Ainda no mês de Setembro, no domingo 24, iremos procurar fazer uma bonita festa com o padre João da Felícia, pelos seus 50 anos de sacerdócio e 80 anos de vida (ver página 4). À partida, a abertura do Ano Pastoral e da catequese será no domingo 8 de Outubro, em união com a Paróquia e com a Diocese, que nesse dia iniciam também as suas actividades pastorais. A Comissão da Igreja
Paróquia está a aceitar inscrições
Escola de Música na Batalha Na convicção de que “a música pode ser de grande utilidade para a vida de qualquer pessoa e é um dos meios mais válidos para descontrair, para combater o ‘stress’ de que tanta gente se queixa”, a paróquia da Batalha está a preparar um projecto de formação musical, em parceira com
a Câmara Municipal. A iniciativa é do Conselho Paroquial para os Assuntos Económicos e conta com a colaboração do Conservatório de Música de Ourém e Fátima / Conservatório de Música e Artes do Centro. As aulas serão no Centro Paroquial e terão a duração de 3,5
horas por semana, com formação musical e canto e a possibilidade de ensino instrumental de órgão, piano, violino e viola ou outros. Esta nova Escola de Música da Batalha dependerá das inscrições que vierem a surgir, devendo os interessados inscreverse, até ao dia 15 de Setem-
bro, no Cartório Paroquial da Batalha, no Quiosque da Batalha ou na sacristia da igreja paroquial. Mais informações pelos números 966548940 (Mercês Monteiro) ou 918703005 (Joaquim Carrasqueiro).
pub
IC2 - Santo Antão 2440-053 BATALHA Tel. 244 765 523 / 244 767 754 Fax. 244 767 754 E-mail. cruzarte@gmail.com Email: geral.ccbatista@sapo.pt Tel. 244 765 404 / Telm. 962 343 232 Rua das Eiras, 245 - 2440-232 Golpilheira
Comércio Grossista de Flores e Artigos de Decoração Fabrico de Artigos em Vime
Jornal da Golpilheira
. sociedade . economia .
Agosto de 2017
11
Novo bar na Batalha
Exposição decorreu em Agosto
Batalha mostrou-se no “LeiriaShopping”
LMF
selecção musical e localização privilegiada, na zona desportiva”. Na noite de inauguração, foram várias dezenas as pessoas que visitaram o novo bar e que apreciaram o ambiente e a decoração, com alguns toques artísticos de Nelson Gomes, também ele da Golpilheira. Segundo o proprietário, “estamos a verificar uma boa resposta por parte dos clientes, pelo que mantemos o optimismo com que abraçámos este projecto”. LMF
O espaço de cafetaria integrado no pavilhão multiusos da vila da Batalha foi reinaugurado, no passado dia 6 de Agosto, com o nome de “Old Jack”. Trata-se de uma nova oferta na Batalha, com características de bar e “snacks” variados. A nova exploração está a cargo de Rafael Monteiro, jovem empreendedor natural da Golpilheira, que acredita que “este novo espaço venha a ser uma referência na Batalha, pelo ambiente jovem, bom atendimento,
LMF
Golpilheirense abre “Old Jack”
Rafael Monteiro com os pais no dia da inauguração
Jantar na Golpilheira
Colaboradores da Pelebela em convívio
Com apoio de fundos europeus MCR
Depois de quase 30 anos de desencontros, Goreti Silva tomou a iniciativa de voltar a juntar-nos: Sr. Matos, João, Luísa Picassinos, Sofia, Graça, Lena, Madalena e Luísa Rodrigues, Lurdes Taró, Teresa, Lila, Mila da Reixida, Cila d’Amor, Fernanda e Fátima Pinheiro, Cila dos Marrazes, Luísa Rodrigues, Madalena Soares, Isabel, Cristina, Guida. A noite de 18 de Agosto, no salão do Centro Recreativo da Golpilheira foi memorável.
Zona industrial cresce
Foto de grupo
Foi o reviver de um passado que a todos, de uma for-
ma ou de outra, contribuiu para o nosso crescimento
como seres humanos! Cecília Gaspar
JG
Nascidos em 1971 em convívio Um grupo de cerca de 40 pessoas naturais ou residentes no concelho da Batalha e nascidos em 1971 realizaram um jantar de convívio, no passado dia 6 de Agosto. Cerca de uma dezena representaram a freguesia da Golpilheira. Foram até um restaurante do Juncal, onde deram largas ao convívio, centrado em memórias de infância e no bom humor que os caracteriza. A noite terminou na inauguração do bar “Old Jack”, já na vila da Batalha, onde o ambiente
O concelho da Batalha esteve em destaque na iniciativa “LeiriaShopping Mostra”, de 5 a 20 de Agosto, com um conjunto de exposições e actividades que pretenderam revelar as suas belezas naturais, artísticas e culturais. A mostra incluiu peças calcárias, fotografia e múltiplas actividades para todas as idades, não faltando a presença musical do grupo Gaitilena – Gaiteiros da Batalha na abertura e um Desfile Medieval e Exibição de Armas no dia de encerramento. O “LeiriaShopping Mostra” é um programa cultural que tem como objectivo mostrar o património, cultura, arte e identidade de diversas localidades da região. No caso da Batalha, o convite era claro: “Descubra tudo o que ainda não sabe, ou quer aprender, sobre a Batalha, um território com séculos de história, com paisagens verdejantes e serranas que cruzam a história de outrora com as gentes hospitaleiras; um município que, além da sua história, oferece uma tranquilidade e gastronomia ímpares, uma experiência inesquecível”.
Foto de grupo
continuou a primar pela amizade e boa disposiçõa. Há alguns anos que este convívio se realiza e
tem vindo a registar maior adesão, estando prevista a sua expansão no próximo ano, rumo à noite lisboeta.
Quem sabe para quando a internacionalização... LMF
A Comissão Directiva do Programa Operacional Regional do Centro 2020 aprovou, a meados de Julho, a candidatura que o Município da Batalha submeteu para a expansão da Área de Localização Empresarial (ALE) da Batalha, correspondente a um investimento total de 1,7 milhões de euros, com uma taxa de comparticipação FEDER de 85%. A candidatura obteve a pontuação máxima no critério da capacidade de instalação e atracção de empresas e visa a expansão da zona industrial da Jardoeira através da definição de duas unidades operativas de planeamento e gestão, numa área total de 34 hectares. O projecto contempla uma operação de urbanização, com investimento na construção e beneficiação de infra-estruturas e na requalificação do espaço público. Na prática, resultará em mais duas dezenas de lotes, a realizar em sistema de cooperação com os actuais proprietários e procurando agilizar a instalação de novos projectos empresariais. Para o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, “esta é uma excelente notícia para o Município, para a sua competitividade e apoio ao tecido económico local”, sendo “um investimento estratégico na melhoria das actuais condições da zona industrial, numa localização privilegiada e com excelentes acessos”.
12
. pub .
Jornal da Golpilheira Agosto de 2017 Quinta da Fonte Velha 2440-234 GOLPILHEIRA Tel. 244767375 • Tlm. 919854478
Contabilidade e Gestão de Recursos Humanos Consultoria Fiscal e Gestão Empresarial
Ed. D. Dinis - P. 2 - 2.º AB Parceiros - Leiria Tel./Fax: 244 872 808 Telem. 919 009 966 info@contaline.pt www.contaline.pt
atelier Rua do Choupico, 129 • GOLPILHEIRA 244 765 498 • 965 170 426 • nelson.c.gomes@hotmail.com
www.ferragensdolena.com
Serviços mecânicos de excelência! Agora com lavagem automática de pesados e furgões! Casal de Mil Homens 2440-231 Golpilheira Tel. 244 769 260 • 919 725 794 andreiauto@mail.telepac.pt
Jornal da Golpilheira
>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt
Agosto de 2017
. eventos .
13
Espectáculo de “video-mapping” Nos dias 28, 29 e 30 de Julho, a fachada poente do Mosteiro da Santa Maria da Vitória foi palco de um espetáculo de “videomapping”, que teve como tema a “Luz do Mosteiro”. Esta produção foi da responsabilidade da empresa “O Cubo”, que já tinha realizado várias produções deste género no Mosteiro de Alcobaça. Durante cerca de dez minutos, as pessoas puderam assistir aos principais momentos que o Mosteiro da Batalha viveu e que esti-
veram relacionados com a sua construção, como, por exemplo, a Batalha de Aljubarrota. Para além disto, as projecções abordaram também temas importantes na história do nosso país, como a nossa época de ouro, os descobrimentos. Ainda, as referências religiosas fizeram-se sentir, não fosse o Mosteiro da Batalha um monumento religioso. Mais um evento com o objectivo de valorizar o património cultural da região e dar a conhecer
às pessoas uma pequena parte da história de um dos monumentos que consta na lista do Património Mundial da UNESCO. Esta iniciativa teve o apoio do projecto Lugares do Património da Humanidade, financiado por fundos da União Europeia, com o apoio da Direcção Geral do Património Cultural / Mosteiro da Batalha e teve como promotores a Câmara Municipal e o Turismo Centro Portugal. Rafael Silva
LMF
Brilhou a “Luz do Mosteiro”
Uma das imagens da projecção foi a do Fundador, D. João I
FOTOLEGENDA Por Rui Gouveia
MCR
O Festival Lisbon Music Fest passou pelo Mosteiro da Batalha no final do mês de Julho e outros bons concertos ali se têm realizado, sobretudo nas Capelas Imperfeitas. Partilhamos o registo fotográfico de Rui Gouveia sobre alguns desses concertos.
A vencedora, Filipa Barroso, ladeada pelas duas damas de honor
Gala de eleição foi na Batalha
Miss Portuguesa é sadina A gala de eleição da Miss Portuguesa 2017 realizou-se no passado dia 29 de Julho, no largo Infante D. Henrique, tendo como pano de fundo o majestoso Mosteiro da Batalha. Presenciaram-na milhares de pessoas, que não deram por mal empregue o seu tempo, dada a beleza das concorrentes. Filipa Barroso, jovem de 18 anos de Setúbal, foi distinguida com o título mais importante e irá representar Portugal no concurso Miss World 2017, a realizar entre 16 de Outubro e 19 de Novembro, em Singapura e na China. O título de 1.ª Dama foi atribuído a Vanessa Ribeiro, de 22 anos,
que representou a comunidade portuguesa em França, tendo também ganho o título de Miss Fotogenia. A categoria de 2.ª Dama foi atribuída a Priscila Alves, de 22 anos, também de Setúbal, que representará o nosso país no Miss Supranational, na Polónia. A organização da Miss Portuguesa atribuiu ainda as seguintes distinções: Miss Desporto para Miriam Pedroso, de 23 anos, da Amadora; Miss Talento para Priscila Alves; Miss Popularidade para Tânia Ximenes, de 23 anos, de Gondomar; e Miss Elegância para Mónica Jaco, da comunidade portuguesa da África do Sul.
O concelho da Batalha também esteve bem representado pela jovem Sueli Moreira, de 23 anos, de São Mamede, que vai representar o nosso país no Miss Tourism Queen International 2017, na China. Esta gala teve como apresentadores Ricardo Carriço, Joana Alvarenga e Patrícia Candoso. Contou ainda com as participações da conceituada dupla de bailarinos internacionais, Ekaterina Krisanova e Victor da Silva, de Guilherme Azevedo, finalista do concurso “The Voice Portugal”, do luso-descendente NELZ, e da grande artista e cantora Wanda Stuart. MCR
• Orquestra Juvenil de Sutton, Inglaterra, agrupamento musical bastante conceituado que trabalha com diversas organizações internacionais, no sentido de criar diferentes oportunidades para que crianças e jovens deste bairro desfavorecido da capital londrina usufruam de educação musical de elevada qualidade.
• Orquestra Juvenil de Hong Kong, Wind Orchestra. Com bom humor, o maestro faz uma “selfie” com os seus músicos.
14
. sociedade .
Jornal da Golpilheira Agosto de 2017
“Novas Primaveras” e Academia Sénior
MCR
Idosos convidados à acção
Exposição na Batalha
Pintura de Artur Franco Foi inaugurada a 4 de Agosto e esteve patente até ao dia 20, uma exposição de pintura de Artur Franco, na Galeria Mouzinho de Albuquerque, na Batalha. O artista nasceu em Leiria, no ano de 1950. Desde muito novo começou a revelar os seus dotes para a pintura. Teve, tem e terá um papel muito importante no registo pictórico das nossas aldeias, cidades e gentes comuns. Pinta a óleo sobre tela, mas a sua grande paixão e domínio é a aguarela. Dedica-se também à arte de retrato, transportando para a tela as formas e a poesia da cor. Artur Franco é um pintor conceituado a nível nacional, cujo prestígio já passou fronteiras, através de exposições em diversos países. MCR
Presidente da Câmara aponta “erros grosseiros”
Batalha pede suspensão de AIMI O Governo decretou o pagamento no próximo mês de Setembro de um Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI), a incidir sobre a soma dos valores patrimoniais tributários de imóveis destinados à habitação, pertencentes a particulares e empresas, com valor superior a 600 mil euros. O Município da Batalha reagiu, enviando ao Governo um pedido de “suspensão imediata da cobrança deste imposto, até que sejam garantido a correta liquidação do adicional de IMI apenas sobre os prédios habitacionais e terrenos para construção, excluindo os demais, bem assim, sem penalizar os nossos emigrantes”. O motivo, explica o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, é o facto de haver “erros grosseiros” na determinação e aplicação deste imposto que acresce ao IMI. Em concreto, a informação sobre o tipo de licenciamento dos edifícios “não foi confirmada com os municípios”, pelo que estão a ser notificados muitos proprietários de “imóveis afectos às actividades comerciais, industriais ou para serviços”. Por outro lado, “persistem dúvidas na aplicação deste novo imposto no caso das heranças indivisas, bem como sobre as pessoas singulares residentes em países, territórios ou regiões com regime fiscal claramente mais favorável, como é o caso dos emigrantes”, refere o autarca. Assim, Paulo Batista Santos considera que “este é um imposto injusto e sobrecarrega particularmente as empresas que sejam proprietárias de imóveis”, tornando-se ainda mais grave no caso dos emigrantes “que ainda não sabem se serão tributados à mesma taxa agravada de 7,5% aplicada aos imóveis detidos por sociedades sedeadas em offshores que constem da lista negra”.
A Câmara Municipal da Batalha anunciou este mês o reforço do apoio aos programas destinados aos idosos, como o “Novas Primaveras” e a Academia Sénior, procurando chegar mais de 500 pessoas em todo o Concelho. O programa “Novas Primaveras” consiste na realização de sessões quinzenais de artes como a música, a dança ou o teatro, em
parceria com a SAMP – Sociedade Artística e Musical dos Pousos, que têm beneficiado muitos idosos, dependentes ou acamados das IPSS do Concelho. As actividades decorrem entre Janeiro e Dezembro, com interrupção no mês de Agosto, terminando com um espectáculo de apresentação do trabalho desenvolvido. A Academia Sénior, a
funcionar na Batalha e em São Mamede desde 2015, resulta de uma parceria com a Associação Cultural “Arte sem fim”, na dinamização e formação da população idosa, em áreas como as artes plásticas, a informática e a aprendizagem do inglês. Para além das actividades regulares, promove no final do ano lectivo uma exposição dos trabalhos realizados e dina-
miza visitas de estudo para enriquecimento cultural e convívio dos alunos. Reconhecendo a importância destas iniciativas para a promoção do “envelhecimento activo da população”, Paulo Batista Santos, presidente do Município, justifica o reforço do apoio com “o crescente entusiasmo que os alunos revelam nas actividades”.
Manuais gratuitos e projectos pedagógicos
Apoios reforçados à educação O Município da Batalha anunciou, no início deste mês, um reforço do investimento na área da educação em cerca de 50 mil euros, sobretudo em novos projectos pedagógicos para os alunos do Agrupamento de Escolas. “Pelo segundo ano lectivo consecutivo, a Câmara Municipal da Batalha vai implementar um programa de bolsa de manuais escolares, garantindo a
gratuitidade dos manuais escolares para todos os alunos do 2.º ciclo do ensino básico que frequentam o ensino público na Batalha, projecto que envolve cerca de 120 alunos”, refere em comunicado. Este apoio significa o alargamento da medida iniciada no ano passado, de oferta de manuais aos alunos do 1.º ciclo, agora também para os alunos do 5.º e do 6.º anos. Recorde-se que, neste ano
lectivo, o governo central irá disponibilizar manuais gratuitos até ao 4.º ano do 1.º ciclo. Quanto aos projectos pedagógicos, aponta-se a continuidade do “Sentir a Música” para os alunos do pré-escolar, visando o desenvolvimento da criança através do ensino da música, em parceria com o Conservatório de Música de Ourém e Fátima. Continua também o Projecto
de Mediação e Gestão de Conflitos em Contexto Educativo, coordenado pelo docente universitário José Duque Vicente, que ajuda alunos, professores e encarregados de educação no diálogo e trabalho em rede, bem como o xadrez na Escola, que tem recebido boas referências como estímulo ao ensino de qualidade.
Município renova parceria com Universidade Nova
Batalha continua na “Rede Escxel” A Câmara Municipal da Batalha renovou o protocolo com o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa, para o desenvolvimento e participação do Agrupamento de Escolas da Batalha na designada Rede de Escolas de Excelência. Criada em 2008 e coordenada pelo ex-ministro David Justino, a “Rede Escxel” visa potenciar as competências dos municípios, das escolas e das comunidades, no sentido de concretizar a ideia de
qualificação e de excelência educativa. Conta com a colaboração de um grupo de investigadores do Departamento de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa apresenta como objectivos: “capacitar as escolas e as comunidades (alunos, professores, pais, cidadãos, decisores políticos) para a promoção da excelência educativa; capacitar tecnicamente e assessoriar os Municípios para a adopção de planos e estratégias de desenvolvimento educativo local; identificar, difundir e mo-
nitorizar as boas práticas escolares; desenvolver modelos de monitorização do desempenho e auto-avaliação das escolas; produzir conhecimento científico sobre as dinâmicas educacionais, sociais e culturais locais”. O protocolo agora renovado até 2019 e representa um investimento municipal de cerca de 20 mil euros. O presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, considera ser dinheiro bem gasto, pois o projecto “conta com o empenho da direcção do
Agrupamento e tem suscitado o interesse de muitos docentes, tanto ao nível da participação em seminários, como na aplicação de novas práticas, sendo uma mais-valia para a escola”. E acrescenta que “trabalhar em rede significa poder partilhar experiências entre escolas de diferentes concelhos, que, embora enfrentem realidades distintas, vivem problemas idênticos e procuram soluções para melhorar a qualidade do sucesso educativo”.
Jornal da Golpilheira
. sociedade .
Agosto de 2017
15
Estudo de viabilidade avança
Luz verde para pavilhão desportivo em São Mamede
Câmara anuncia mais parque verde
Jardim da vila passa a ponte “para cá” “A Câmara Municipal da Batalha vai realizar as obras de conclusão do novo parque verde da Vila da Batalha, concretizando a requalificação do açude e a construção de uma nova ponte que ligará o novo Parque dos Infantes ao Pavilhão Multiusos e à zona desportiva da Batalha”. O anúncio foi feito em nota de imprensa, dando con-
ta de que se trata de “um investimento global que ascende a 110 mil euros”, que a autarquia vai tentar candidatar ao Fundo Ambiental. Na prática, podemos dizer que o parque verde vai passar a Ponte Nova, para o lado Norte, ampliando a zona de fruição das margens do rio Lena na vila da Batalha. Se-
gundo o executivo camarário, “este projecto está previsto deste a conclusão das obras do Parque dos Infantes, uma vez que irá possibilitar a ligação da ciclovia e do actual circuito de manutenção com a zona desportiva da Batalha e futuramente com o percurso pedestre nas margens do rio Lena para a zona da Golpilheira”.
Com menor taxa de endividamento
Batalha no “top 15” dos municípios pequenos O Município da Batalha subiu 8 posições no “ranking” dos municípios portugueses que apresentam maior eficiência financeira, fixando-se na 29.º posição global dos municípios de pequena dimensão, integrados na lista dos 100 melhor classificados globalmente. O “ranking” foi publicado no final de Julho, no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, referente a 2016. No referido documento, a Batalha encontra-se no “top 15” dos municípios com menor volume de pagamentos de amortizações de empréstimos em 2016 e em 14.º lugar nos que apresentam menor volume de despesa com juros, o que evidencia o reduzido
endividamento municipal. Segundo os autores do estudo, “dos primeiros municípios hierarquizados com menores encargos de amortizações, quatro são de média dimensão e os restantes são de pequena dimensão. Na generalidade, estes municípios apresentaram em 2016 uma descida do volume de encargos com amortizações, no caso da Batalha, como menos 377 mil euros. Este estudo foi coordenado pela Ordem dos Contabilistas Certificados e realizado em colaboração com o Tribunal de Contas, o Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e a Universidade do Minho.
Em nota enviada à comunicação social, o presidente da autarquia batalhense, Paulo Batista Santos, considera que “este é mais um indicador da boa saúde financeira do Município que, mesmo estando a realizar vários investimentos municipais nas áreas da educação, do ambiente e da requalificação urbana, representando mais de 9 milhões de euros, está equilibrado nas suas contas e apresenta um endividamento reduzido”.
Essa seria uma boa notícia no futuro e a resposta a uma aspiração antiga da Golpilheira, permitindo a ligação a pé ou de bicicleta ao centro da vila por uma via ambiental, pela zona ribeirinha.
Um protocolo assinado este mês entre a Câmara da Batalha e a Junta de Freguesia de São Mamede veio dar luz verde à realização de um estudo prévio de viabilidade para um pavilhão desportivo municipal naquela freguesia. Os terrenos para implantação de nova infra-estrutura foram adquiridos pela Junta local e espera-se, agora, que sejam positivos os pareceres das entidades externas para a realização do projecto. Até porque poderá ser “co-financiado pelas receitas do parque eólico de Marvila”, refere o Município em nota enviada à imprensa. O presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, refere que esta “é uma ambição antiga da população de São Mamede” e que “será possível iniciar os trabalhos de planificação”, apontando o protocolo assinado como “exemplo de boa articulação entre a Câmara e as freguesias do concelho da Batalha, que assim promovem o desenvolvimento local e optimizam os recursos públicos”. Segundo a autarquia, este pavilhão permitirá apoiar o desporto escolar e receber “competições de modalidades desportivas federadas”, estimando-se que possa vir a ser concretizado até 2019. divulgação/apoio
16
Jornal da Golpilheira
. desporto .
Reguengo do Fetal foi a equipa vencedora
Futebol 11 masculino inter-freguesias
“São Nuno de Santa Maria” Integrado no programa de Festas da Batalha, realizou-se o torneio de futebol 11 masculino inter-freguesias, intitulado “São Nuno de Santa Maria”, nos dias 12 e 13 de agosto, no parque de jogos sintético do Município, cujos resultados foram os seguintes: Batalha – 6/São Mamede – 4 Golpilheira – 0/
Reguengo do Fetal – 1 3.º e 4.º Lugares São Mamede – 3/Golpilheira – 0 1.º e 2.º Lugares Reguengo do Fetal – 6/Batalha – 1 A equipa do Reguengo do Fetal foi uma justa vencedora deste torneio, para o qual não partia como favorita. No entanto, demonstraram que é dentro das quatro linhas
que se ganham os jogos. Foi a equipa mais regular e consistente, como atestam os resultados obtidos. Conseguiram a proeza de marcar 7 golos e sofrer apenas 1. A classificação final foi a seguinte: 1.º – Reguengo do Fetal 2.º – Batalha 3.º – São Mamede 4.º – Golpilheira.
MCR
MCR
Agosto de 2017
Golpilheira foi a equipa vencedora
Futebol de 5 feminino inter-freguesias
“D. Filipa de Lencastre” Inserido no programa das Festas da Batalha, realizou-se o torneio de futebol de 5 feminino inter-freguesias, intitulado “D. Filipa de Lencastre”, na manhã do dia 12 de Agosto, no campo de futebol sintético do parque desportivo do Município, com este resultados: Batalha – 11/São
Mamede – 0 Golpilheira-4/ Reguengo do Fetal – 0 3.º e 4.º Lugares Reguengo do Fetal – 10/São Mamede – 1 1.º. e 2.º Lugares Golpilheira – 2/Batalha – 0 A equipa da Golpilheira venceu uma vez mais este torneio, marcando
pub
E.N. 1 - N.º 67 Santo Antão 2440-053 BATALHA Tel. 244 767 923 Fax 244 765 330 E-mail: geral@itvm.com.pt
Zelamos pela sua segurança!
seis golos e não sofrendo nenhum. Um torneio que decorreu com muita correcção e entrega das atletas, apesar de um calor escaldante. A classificação final foi a seguinte: 1.º – Golpilheira 2.º – Batalha 3.º – Reguengo do Fetal 4.º – São Mamede.
Jornal da Golpilheira
. entrevista desporto .
Agosto de 2017
17
“Batalha Jovem” Integrada nas Festas da Batalha, a prova de atletismo “Batalha Jovem” teve lugar no dia 15 de Agosto, na zona desportiva da Batalha. Organizada pelo Atlético Clube da Batalha, com a colaboração da ADAL – Associação de Atletismo de Leiria e do Município da Batalha, este ano contou com a participação de 78 atletas, vindos dos distritos de Leiria, Setúbal, Santarém, Lisboa e Castelo Branco. As classificações por escalões foram as seguintes: Benjamins Femininos-A
MCR
1 – Raquel Fernandes – G.D. Popular de Chão Duro 2 – Francisca Leitão – Escola de Triatlo de Torres Novas 3 – Sara Gomes – Atlético Clube da Batalha
Benjamins Masculinos – A
O vencedor Pedro Arsénio a cortar a meta
1 – Tiago Dekie – Individual 2 – Daniel Matos – Grupo Desportivo das Pedreiras 3 – Duarte Ferreira – Casa do Benfica de Abrantes
Atletismo
Grande Prémio “Mestre de Avis” O tradicional Grande Prémio de Atletismo “Mestre de Avis”, inserido nas Festas da Batalha, traz de ano para ano mais atletas à Batalha. Esta prova foi de 7,3 Km e iniciou-se no lugar onde decorreu a Batalha de Aljubarrota, até à Praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha. Este ano foi batido o número recorde de participantes, completando a prova 295 atletas. De referir que esta prova teve cariz solidário, revertendo o valor das inscrições para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha. Os grandes vencedores da prova deste ano foram: em masculinos, Pedro Arsénio, e em femininos, Emília Kumós Pisoeiro. Vamos passar a indicar os três primeiros classificados por escalão: Júnior Feminino 1 – Carolina Serra – Escola de Triatlo de Torres Novas 2 – Vera Lúcia – Casa do Benfica de Abrantes 3 – Carolina Marques – Casa do Benfica de Abrantes
Benjamins Masculinos – B
Veterano M40
Infantis Femininos
Veterano M45
Infantis Masculinos
Veteranos M50
Iniciadas Femininas
Veteranos M55
Iniciados Masculinos
Veteranos M60
Juvenis Femininas
1 – Bruno Gaspar – AC Vermoil 2 – Luís Martins – GDR Figueiras - Marinha Grande 3 – Tiago Marques – Casa do Benfica de Castelo Branco
1 – João Vaz – CCD “O Alvitejo” 2 – Júlio Finote – GDR Manique de Cima 3 – Paulo Carvalho – Federação da Família para a Paz Mundial e Unificação
1 – Diogo Silva – Casa do Benfica de Abrantes 2 – Guilherme Silva – Casa do Benfica de Abrantes 3 – Júlio Couceiro – Casa do Benfica de Abrantes
Sénior Feminino
1 – António Alves – Clube Sem 2 – Victor Gomes – CCD “O Alvitejo” 3 – Carlos Alberto Rosa Duro – ADR Águas Belas
Sénior Masculino
1 – Casa do Benfica de Abrantes 2 – Atlético Clube de Vermoil 3 – Federação da Família para a Paz Mundial e Unificação
1 – Pedro Arsénio – Beja Atlético Clube 2 – Filipe Miguel Antunes Rosa – ADR Águas Belas 3 – Carlos Silva – Grupo Desportivo Recreativo Reboleira
Veterana F35
1 – Clarisse Cruz – Individual 2 – Ana Petinga – Individual 3 – Sofia Ligeiro – Atlético Clube da Batalha
Veterana F40
1 – Vanda Ribeiro – Grecas Vagos 2 – Ivone Vieira – Os Tolinhos 3 – Elisabete Pragosa – Individual
Veterana F45
1 – Rosa Lídia Silva – Ligeirinhos 2 – Paula Rodrigues – Casa do Benfica em Abrantes 3 – Isabel Santos – Federação da Família para a Paz Mundial e Unificação
Veterana F50
1 – Maria Lucas – CCD “O Alvitejo” 2 – Tina Silva – Juventude Vidigalense 3 – Rosália Rosa – Juventude Vidigalense
Veterana F55
1 – Carolina Feliz – União FCI Tomar 2 – Deolinda Silva – Ligeirinhos 3 – Ângela Gomes – Atlético Clube da Batalha
Veterana F60
1 – Maria Ferreira – Atlético Clube da Batalha 2 – Mercedes Fonseca – Individual 3 – Fátima Abreu – Federação da Família para a Paz Mundial e Unificação
1 – João Baptista – Escola de Triatlo de Torres Novas 2 – Tomás Pedro – Atlético Clube da Batalha 3 – Rodrigo Martins – Casa do Benfica de Abrantes 1 – Inês Jacinto – Grupo de Atletismo dos Soutos 2 – Mariana Ferreira – Grupo Desportivo das Pedreiras 3 – Joana Bagagem – Atlético Clube da Batalha
1 – Paulo Ferreira – Casa do Benfica de Abrantes 2 – Fernando Alves – Individual 3 – António Ferreira – Individual
Colectivo – Prova Principal
1 – Manuel Bartolomeu – Fátima Escola de Triatlo 2 – Gabriel Cunha – Atlético Clube da Batalha 3 – Bernardo Marques – Casa do Benfica de Castelo Branco 1 – Bárbara Dias – Casa do Benfica de Abrantes 2 – Beatriz Costa – Casa do Benfica de Abrantes 3 – Lara Duarte – Clube de Atletismo de Óbidos
1 – Luís Rações – Ingleses FC 2 – Rui Parrochinha – Clube Desportivo Ribeirense 3 – David Fernandes – Boavista do Pico – Açores
Júnior Masculino
1 – Emília Kumós Pisoeiro – Clube de Atletismo Prof. Emília Pisoeiro 2 – Susana Cunha – Linda-a-Pastora Sporting Clube 3 – Margarida Dionísio – ACRSD Napo
1 – Isa Ferreira – Atlético Clube da Batalha 2 – Lilyam Pereira – Grupo Desportivo das Pedreiras 3 – Júlia Marques – Escola de Triatlo de Torres Novas
Veteranos M35
1 – António Poeiros – Industrial Desportivo Vieirense 2 – Artino Mota – Boavista do Pico – Açores 3 – José Silva – Casa do Benfica de Abrantes
1 – Tomás Estevães – Clube Atletismo da Barreira 2 – Marcelo Silva – Grupo Desportivo S. Paio de Oleiros 3 – Filipe Gonçalves – Casa do Benfica de Abrantes
Benjamins Femininos – B
1 – Erica Lavos – Industrial Desportivo Vieirense 2 – Susana Neves – Individual
Paralelamente às provas desportivas, realizou-se também uma caminhada com uma extensão de 6 Km, com elevado número de participantes.
Impulsionador dos Veteranos “Pretos e Brancos”
Sérgio Silva visitou a Golpilheira Aproveitando a sua deslocação ao continente, mais concretamente ao Porto, Sérgio Silva, impulsionador dos veteranos do Nacional da Madeira Pretos e Brancos, deslocou-se propositadamente à nossa terra para almoçar connosco. Apenas soubemos dois dias antes, através do também Madeirense, da Camacha, José Carlos (Ilha). Este almoço foi, como não podia deixar de ser, no Restaurante Etnográfico do CR Golpilheira, no dia 29 de Julho. Apesar de ser uma altura de férias, conseguimos mobilizar cerca de 14 veteranos da equipa do CRG. Da nossa parte, apreciamos o gesto
de Sérgio Silva, um dos grandes impulsionadores das duas deslocações à Madeira, mais concretamente à Calheta, da nossa equipa de veteranos. Recebemo-lo da maneira que melhor sabemos e podemos. Esperamos sinceramente que tenha gos-
tado. Ainda tivemos tempo para fazermos uma visita guiada ao arraial das festas em Honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, a decorrer naquele fim-de-semana. Visitámos também o restaurante, cozinha e o local dos assadores dos gostosos frangos, costeletas, entremeada, morcela, etc. Explicámos o funcionamento de tudo isto, por gente voluntária que se disponibiliza nestas alturas para trabalhar em prol da nossa comunidade. Ficou impressionado pela capacidade que há na nossa terra de mobilizar tanta gente para todos estes festejos. MCR
18
Jornal da Golpilheira
. temas .
Agosto de 2017
. impressões . Por Luísa M. Monteiro
. Curiosidades do passado . #4
. combatentes .
Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes
Por Joaquim Santos, jornalista e investigador
O PEQUENO MELRO Dois melros piavam muito, e esvoaçavam, por sobre aquele recanto do jardim. Que estranho. A minha irmã e o meu filho acorreram à porta a ver o que se passava: era o Jonas, um dos nossos gatos, com um passarinho na boca. Desceram as escadas num ápice, em direção ao gato. O Jonas, sagaz, foge para a adega; tenta esconder-se debaixo de um tonel. Mas a minha irmã consegue agarrá-lo; abre-lhe a boca; o gato larga o pássaro. O pequeno melro, solto, desata agora aos pulos, aos saltos, em direção ao portão do pátio; o meu filho corre atrás, apanha-o, e trá-lo nas mãos, em concha, para junto da tia. (— Mãe, sabes que nunca tinha segurado um passarinho?, disse-me, mais tarde). Para grande alívio, o passarinho estava apenas um pouco ferido: no dorso, junto à cauda. A minha irmã desinfetouo e colocou-o numa gaiola (que havia à mão para qualquer eventualidade). Daí a um pouco, tentaram dar-lhe umas migalhas de pão, mas nada comeu. Chego entretanto e sei da história. Vou pedir ao vizinho um pedaço de farinha para pintos, amolecemo-la em água, e, com a ponta de uma cana cortada em viés, tentamos alimentá-lo: inicialmente a custo, depois começa a abrir o bico por sua iniciativa. Estava agora sem dúvida um pouco mais espevitado. Piou. Um dos progenitores ouviu, aproximou-se, e piou também. Que bom. E agora a noite?, fria como estava, a ave fora do ninho... Levámo-lo para a despensa, onde estaria um pouco mais confortável, e a salvo dos gatos; no dia seguinte estaria melhor. Enganámonos, porém: pois de tristeza, dor, cansaço, frio ou fome, ou tudo junto, talvez tudo junto sim, o passarinho não aguentou nem mais um dia.
Acidentes e mortes... Temos encontrado na pesquisa na imprensa leiriense dos séculos passados várias notícias de tragédias ocorridas na Golpilheira e zonas limítrofes. Partilhamos algumas.
Menina afogada na Golpilheira O periódico “O Districto de Leiria”, na sua edição de 25 de Maio de 1901, dava conta de uma notícia muito triste da Golpilheira. Uma menina de 9 anos tinha caído num poço. O acontecimento marcou imenso o concelho da Batalha, chegando inclusive à imprensa de Leiria. “Noticiario – Desastre – No dia 13 do corrente mez, no logar da Golpilheira, freguezia da Batalha, deu-se um lamentável desastre que consternou toda aquella população. Uma pequenita de 9 annos, filha de Joaquim Pinheiro, indo a um poço lavar umas saítas que dizia querer levar á festividade da Santissima Trindade, pois tinha que ser portadora d’uma offerta, perdeu o equilíbrio e cahiu dentro do poço sem que ninguem désse por tal. – A mãe a quem a creança tardou, foi procural-a e chegando proximo do poço viu o fato que ella tinha levado para lavar. Julgando que a pequena se tinha afastado para ir brincar pelo logar, em vez de ir lavar a roupa, tratou de ir fazer aquelle serviço, e tão infeliz que tropeçando n’uma tabua cahiu também dentro do poço, do qual sahiu com alguma dificuldade, indo logo para casa mudar de roupa mandou o seu filho procurar a pequena. Depois de muitas voltas foi encontrado o pequeno cadaver dentro do poço onde a mãe depois havia estado, dando logar a que não désse por elle o achar-se entalado entre umas tabuas que estavam no fundo.” - Autor desconhecido, (1901, 25 de Maio, n.º 1000), Noticiario, Desastre, O Districto de Leiria, p. 2.
Falecimento na Golpilheira da mãe do pároco da Batalha Na semana seguinte, a morte de uma pessoa que era considerada um exemplo na bondade e simplicidade deu muita tristeza à população da Golpilheira. Chama-se Anna Pereira, gostava de ser generosa e genuína com todos e, ainda por cima, era a mãe do pároco da Batalha. “Noticiario - Falecimento – Faleceu na Golpilheira a srª D. Anna Pereira, mãe do verº parocho da Batalha, dr. Joaquim Coelho Pereira e esposa do sr. Antonio
Pereira Junior. Era uma excelente senhora, bondosa e affavel que deixa um enorme vácuo entre os seus. A’ familia enluctada o nosso pesame.” - Autor desconhecido, (1901, 1 de Junho, n.º 1001), Noticiario, Fallecimento, O Districto de Leiria, p. 2.
Desastre fatal no Casal de Mil Homens Em 1919, o azar bateu à porta de João Grosso, do Casal de Mil Homens. Quando este regressava a sua casa, a espingarda “disparou-se” totalmente, com toda a carga, provocando-lhe mais tarde, no hospital de Leiria, a sua morte. “Desastre – No sábado ultimo na ocasião em que chegava a casa, trazendo uma espingarda caçadeira, esta disparou-se indo cravar-se toda a carga numa perna, tendo de recolher ao hospital civil de Leiria, onde faleceu pouco depois, João Francisco Grosso, do Casal de Mil Homens, freguezia da Batalha. O infeliz deixou viuva e 2 filhos. Era primo do nosso assignante da Rebolaria, José Francisco Grosso.” - Autor desconhecido (1919, 26 de Dezembro, n.º 259), Desastre, O Mensageiro, p. 2.
Jovem da Golpilheira morreu afogado no Rio Lena Mais recentemente, em 1940, o filho de um abastado proprietário da Golpilheira, de nome Joaquim Pereira, de apenas 19 anos, morreu afogado quando tomava banho no Rio Lena. A notícia abalou profundamente toda a freguesia da Batalha, incorporando-se no funeral do jovem muita gente daquela vila. “Afogado no rio Lena - Quando no dia 15 tomava banho no Lena, morreu afogado Joaquim Menezes Coelho Pereira, da Golpilheira, Batalha, de 19 anos, empregado de escritório, filho do abastado proprietário e nosso prezado amigo sr. Alfredo Maria Coelho Pereira e de D. Emília de Menezes Coelho Pereira, e sobrinho do também nosso amigo dr. José Coelho Pereira, digno delegado de saúde. Avaliamos a dor de tôda a família por tão triste acontecimento e apresentamos-lhe os nossos pezames. O funeral do desditoso môço demonstrou bem quanto era estimado, pois todo o logar e freguesia da Batalha se incorporou. O cadáver ficou depositado em jazigo da família na Batalha.” - Autor desconhecido (1940, 22 de Junho, n.º 1291), Afogado no rio Lena, O Mensageiro, p. 2.
Joaquim Mouzinho de Albuquerque, esse Combatente Batalhense Se a vida de Mouzinho de Albuquerque (1855-1902), herói batalhense, fosse transcrita para os dias de hoje, o mesmo seria talvez estigmatizado e eventualmente até apelidado de criminoso de guerra, como o foram muitos dos combatentes das Guerras do Ultramar. Mas, na sua época, os seus actos praticados em África tiveram outra interpretação mais positiva, pois o contexto mental e social era deveras diferente. Os seus mais glorificados actos tiveram a ver com a captura de Gungunhana, embora esta, em si mesma, e segundo o historiador Paulo Jorge Fernandes, “foi um golpe de sorte e não passou de uma bravata militar em que não participaram mais de meia centena de homens e não houve qualquer chacina dos dois lados”, e onde o rei africano terá sido despojado dos seus haveres, afastado das tradições e transportado para Portugal, aqui sofrendo vastas humilhações públicas. Com esta captura, o regime monárquico garantia o domínio sobre Moçambique. Os feitos deste militar português acabaram por ser transformados em algo mais do que aquilo que representaram, no âmbito da construção do imperialismo português. Houve um interesse, não tanto pela sua acção, que foi extraordinária, mas pela apropriação que disso fizeram três regimes políticos: a Monarquia, a I República e o Estado Novo. A captura de Gungunhana teve repercussão no coração do reino, e o Militar ambicionava cargos que nunca chegou a desempenhar. Após o seu regresso definitivo à Metrópole, Mouzinho de Albuquerque foi nomeado preceptor, contra a sua vontade, de D. Luís Filipe, função de que não gostava, mas que, ao que parece, proporcionou mais do que uma relação formal com a Rainha D. Amélia, sem nunca encurtar a distância que os princípios morais dos dois e o espírito da época impunham. Mas as intrigas da Corte não eram o terreno indicado para o temperamento de Mouzinho, que já na altura apontara os problemas da política e tecia fortes críticas à partidocracia
vigente que, com o clima de indecisão política, agonizava a própria Monarquia. A inveja dos áulicos e dos políticos tece, então, uma teia de suspeições e maledicências a que o carácter do herói Mouzinho de Albuquerque não foi imune. As hipóteses divulgadas para a morte de Mouzinho de Albuquerque, com dois tiros, num coupé alugado, na estrada das Laranjeiras, em Lisboa, a 8 de Janeiro de 1902, não excluem dos motivos a proximidade à rainha. A tese oficial aponta para suicídio, embora alguém suicidar-se com dois tiros na cabeça não seja o mais habitual, ou seja, poderá ter sido um assassinato político, uma vez que havia uma trama estadística em torno da figura de Mouzinho, inclusive coadjuvada por outros militares, diz-se. Para o seu não esquecimento, realizou-se no dia 21 de Julho mais uma homenagem ao Patrono da Arma da Cavalaria do Exército, iniciativa organizada pela mesma, com o apoio do Município da Batalha. Uma cerimónia que, a ver pelas fotos na página do Município na rede social Facebook, foi altamente condigna, imponente pela marcha da cavalaria, e plena de simbolismo na romagem ao seu glorífico monumento, mas que provoca alguma mágoa aos combatentes, que deveriam ser homenageados em vida. Um só combatente tem uma estrondosa e merecida homenagem num magnífico monumento, mas tantos outros combatentes batalhenses, desde a Grande Guerra, Guerra Colonial e mesmo dos novos Teatros de Operações, nem um local condigno têm para se reunir, quanto mais um monumento. Supondo-se também que só poderá ter-se tratado de um lapso, o esquecimento de endereçar um convite ao Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes para estar presente e homenagear igualmente esta heróica figura militar, que será, por certo, o mais conhecido combatente batalhense! Há batalhas que se travam, não só todos os dias, mas, também, para além da eternidade.
pub
Telm.: 915 015 268 Cortador de carnes frescas Assador de pernas de porco
Profissionais de Caixilharia
Rua do Depósito de Água Tojeira • 2460-619 ALJUBARROTA
Tel. 262 596 896 geral@caixifer.com www.caixifer.com
R. Leiria, 73 - Cividade 2440-231 GOLPILHEIRA Tel/Fax 244767839 Tlm. 919640326 reciklena@iol.pt
Joaquim Vieira Reciclagem e comercialização de consumíveis informáticos
Jornal da Golpilheira
19
. temas .
Agosto de 2017
. Carta do director.
.saúde. Ana Maria Henriques Médica Interna
Estudos universitários Na vida adulta, a par com o mercado de trabalho, a frequência de um curso universitário é também uma possibilidade. Com o fim da escolaridade obrigatória, esta decisão deve ser de foro pessoal, mas sempre discutida em família. À família cabe o papel de deixar o jovem adulto decidir o rumo da sua vida e fornecer conselhos quando solicitados. O fim do 12.º ano de escolaridade traz um momento de muita tensão partilhada por todos os alunos – os exames nacionais. Neste momento de grande tensão e esforço intelectual, os jovens que têm um método de estudo bem estipulado possuem as bases para conseguir atingir os seus objectivos. Assim, o culminar do ensino obrigatório é construído ao longo de 12 anos. A família deve apoiar e orientar os jovens de forma a que a alternância entre estudo e lazer se mantenha, promovendo assim a sua saúde mental e responsabilidade. Nalguns países, é comum existir um ano “vazio” entre o fim da escolaridade obrigatória e o ingresso no ensino superior. A este ano chamam “ano sabático” e consiste numa exploração do mundo e da vida adulta. Alguns optam simplesmente por viajar pelo mundo, outros por realizar trabalho voluntário, outros ainda podem explorar uma profissão antes de embarcar numa formação especializada. O ponto comum entre todas estas experiências é o conhecimento: de si mesmo, do mundo e dos outros. Com a escolha do curso superior e a decisão de uma universidade, pode acontecer também a mudança de casa. Este é um momento difícil para toda a família e um grande desafio para o jovem adulto. Partilhar casa com outros colegas, menos regras,
necessidade de cozinhar, cuidar da roupa e limpezas... tudo são novas oportunidades para criar independência e a família deve fomentar este novo tipo de responsabilidade. O equilíbrio entre estudo e diversão é um desafio constante durante os anos universitários. Para o sucesso escolar, o jovem deve frequentar as aulas, realizar trabalhos e estudar para os exames. No entanto, a vida universitária oferece outras aprendizagens, desafios, amigos e muito mais. Este equilíbrio deve ser controlado também pela família, pois nestas idades o isolamento social excessivo pode passar despercebido à família e ser uma ameaça para a saúde mental do jovem. Esta idade é também propícia a novas experiências e a alguns excessos. As conversas sinceras em família e, principalmente, o exemplo faz com que o jovem adulto tenha robustez psicológica para não fazer nada que não queira e para não embarcar em experiências perigosas. Estes temas são também abordados nas consultas com o médico de família, portanto, os pais devem fomentar a frequência das consultas com o médico e aceder a deixar o jovem sozinho na consulta. Todas estas escolhas aqui abordadas devem ser tomadas em família e as dificuldades económicas podem ser limitativas. Assim, pais e filhos devem conversar abertamente sobre as opções. A decisão de não ingressar no ensino superior é tão válida como o oposto e opções como trabalho em “part-time” ou empréstimo bancário devem ser ponderadas. Apesar de pouco comuns no nosso país, são a norma em muitos outros.
Somos, muitas vezes, críticos do serviço prestado pelos CTT na distribuição dos jornais. O principal motivo prende-se com a atribuição do prazo de entrega de 3 dias para os jornais mensais, o que limita em muito a nossa capacidade de chegar com actualidade ao leitor. De facto, embora não sendo diário ou semanal, o jornal quinzenal ou mensal sai numa determinada data e corresponde a um período com “passado” e “futuro”. O facto de trabalhar com 3 dias de “incerteza” obriga a uma antecipação, por vezes, exagerada, ou a que chegue ao leitor com notícias para “futuro” que, entretanto, já são “passado”. A velocidade da informação dos nossos dias não se compadece com um jornal mensal que apresenta notícias do período de uma semana inteira em estado de “vai acontecer ou pode já ter acontecido”. Mas assim tem de acontecer forçosamente, enquanto se mantiver esta política. E há que dizer que, se corre melhor do que o previsto, isso se deve à atenção e cuidado dos serviços locais dos CTT, que nos conhecem e se esforçam para colaborar connosco. Este comentário surge a propósito da entrega do Jornal da Golpilheira no passado mês de Julho. Tínhamos a festa
da Igreja no último fim-de-semana e era fundamental que o jornal chegasse antes disso. Apesar de todo o nosso esforço, só conseguimos fechar a edição na quartafeira e entregar o jornal na quinta-feira nos CTT. Sabíamos que ia ser muito difícil a distribuição atempada e pedimos uma atenção especial ao CDP de Porto de Mós, que é o serviço que coordena a nossa região. Mostraram-se prontos a ajudar, mas afinal o jornal não chegou lá na manhã de sexta-feira... O que se passou nesse dia foi uma prova de profissionalismo, dedicação e atenção ao cliente que não podemos deixar de sublinhar, por parte do responsável, Joaquim Pereira, do carteiro que faz este giro na freguesia da Golpilheira e provavelmente de outros colaboradores do CDP, bem como do assistente comercial Paulo Sérgio Teles. Estes colaboradores locais dos CTT fizeram tudo o que era possível – e até o que parecia impossível – para nos ajudarem no pedido desesperado de que o jornal fosse distribuído antes do fim-de-semana. E conseguiram, embora forçando uma segunda volta à Golpilheira, na tarde de sexta-feira. Não temos palavras para agradecer a atenção recebida e o trabalho efectuado. E, se
DR
O elogio devido aos CTT
somos críticos quando corre mal, não podemos deixar de elogiar quando corre bem, como foi o caso. Assim, deixamos o nosso muito obrigado àqueles profissionais. Mais do que as campanhas de marketing e as sondagens de satisfação, são pessoas como estas que dão boa imagem e credibilidade à empresa. É através deles que agradecemos aos CTT o excelente serviço que nos foi prestado na distribuição do passado mês de Julho.
O Director
. Carta ao director. Parabéns pela Medalha Municipal Exmo. Director do Jornal da Golpilheira, Regozijamo-nos pela justa atribuição da Medalha de Mérito do nosso Município ao prestigioso “Jornal da Golpilheira”, que tem realizado um trabalho, a todos os títulos, notável, não só em prol da Golpilheira, mas também da Batalha e da região, informado com rigor e abran-
gendo todos os acontecimentos locais e regionais, formando com os seus artigos de opinião e defendendo com vigor os interesses das populações. O seu empenho e a sua competência, como jornalista e como director do Jornal, são notórios e notáveis, merecendo também a nossa admiração e a nossa homenagem.
Aproveitamos o ensejo para agradecer, penhorados, a valiosa oferta mensal do Jornal, sempre deveras apreciado. Subscrevemo-nos com as maiores estima e consideração. O presidente da Direcção do Rancho Folclórico Rosas do Lena,
José António Bagagem
Gostas de cantar?
Sabes tocar um instrumento? Queres usar esses dons para louvar deus?
Junta-te a nós, no grupo coral da comunidade da Golpilheira!
Telefona para o 965 022 333 ou manda um email para igrejagolpilheira@gmail.com pub
CLÍNICA DENTÁRIA E OSTEOPÁTICA DA BATALHA Direcção Clínica: Dr.ª ANA FREITAS
CONSTRUÇÕES
• Medicina Dentária Geral • Psicoterapia e Hipnose Clinica • Osteopatia • Psicologia de Crianças e Adolescentes • Terapia da Fala • Aulas de Preparação para o Parto • Acunpuntura Médica, Estética e Tratamento da Dor Acordos: SSCGD, SAMS, Multicare, Advance Care, Associados do Montepio, WDA e outros
Contactos: 911 089 187 • 964 108 979 R. dos Bombeiros Voluntários, Loja D - BATALHA
Consultas de Segunda-Feira a Sábado
20
Jornal da Golpilheira
. sugestões de leitura .
Agosto de 2017
Paulus Editora . Espiritualidade .
Do Secundário À Universidade com Sucesso – ‘Bora lá?
Um “Santo” Surfista - O Servo de Deus Guido Schäffer
Prof. Jorge Rio Cardoso Guerra e Paz Editores Clube do Livro SIC
Ricardo Figueiredo Esta obra traça o perfil biográfico, destacando os aspectos espirituais e as virtudes heróicas, de Guido Schäffer, jovem surfista que descobriu que a sua “onda” era seguir Cristo. Estudou Medicina e acabou, mais tarde, por entrar no seminário para ser sacerdote. Uma história apropriada para ler neste tempo de Verão, deitado na areia e a ouvir o mar. Especialmente aconselhada a quem aproveita as férias para bronzear corpo e espírito...
Caminhos de Santa Maria - Fátima APCD Portugal é terra de Santa Maria desde o início da Nacionalidade. Os Caminhos de Santa Maria pretendem percorrer Portugal através do património monumental de culto mariano, devoção pessoal e nacional do povo lusitano. Os acontecimentos de 1917 vieram dar novo impulso ao culto mariano e Fátima tornou-se o centro desta milenar devoção a Nossa Senhora, em Portugal e no Mundo. Os 4 percursos sugeridos neste guia (também disponível em espanhol) têm Fátima como ponto de partida e são de duração variável. Em cada local é proposta a visita a monumentos dedicados a Nossa Senhora ou a património de valor histórico ou cultural de maior relevância. Percurso 1 - Batalha e Alcobaça. Percurso 2 - Ourém, Tomar e Santarém. Percurso 3 - Leira e Coimbra. Percurso 4 Nazaré, Caldas da Rainha e Óbidos.
Deus no nosso matrimónio António Fonseca Cláudia Sebastião Casar para toda a vida assusta muitas pessoas, mas é tão belo ver o verdadeiro amor crescer e florescer! Viver uma vida longa e feliz é aquilo com que todos os casais sonham. Neste livro encontra orações que são uma ajuda para o dia-a-dia da vida em casal.
40 orações para a gravidez António Fonseca Cláudia Sebastião Não é por acaso que se diz que a gravidez é um “estado de graça”. Ter um filho é uma grande bênção. Este livro apresenta 40 orações para acompanhar o bebé durante as 40 semanas de gravidez e preparar o coração para a aventura que já começou.
Golpilheira Medieval de Saul Gomes
À venda noECREATIVO
CENTRO R
heira! olpil G da
Anatomia de um Mosteiro – Estudo Geofísico do Mosteiro da Batalha Coord. Manuel Senos Matias Município da Batalha
Jorge Rio Cardoso, autor do método «Ser Bom Aluno – ‘Bora lá?», vem com um novo livro ajudar os alunos portugueses que se preparam para regressar às aulas em Setembro. Desta vez, revela as técnicas e métodos de estudo necessários para se fazer uma boa transição do ensino básico para o secundário, dando aos alunos os métodos que os vão dotar de capacidades para fazer um Secundário de excelência e integrar o meio universitário sem medos nem angústias. Com o seu reconhecido método de combate ao insucesso escolar, uma causa social que o autor abraça desde 2008, este livro fornece as ferramentas essenciais e recorre a muitos exemplos práticos de métodos de estudo adequados ao perfil de cada aluno, dando dicas para uma boa organização, destacando a relevância das competências digitais e ressalvando a importância de uma excelente comunicação oral e escrita. Com este livro, o autor pretende que os alunos criem uma relação positiva com a escola, aumentando assim a concentração nas salas de aula durante as avaliações. Ciente dos obstáculos, Jorge Rio Cardoso é generoso na exemplificação de casos específicos e nos conselhos que sugere aos alunos. Um manual a que o prefácio de Guilherme d’Oliveira Martins confere prestígio e ainda mais credibilidade.
É usual dizermos que, cada vez que olhamos o Mosteiro da Batalha, descobrimos coisas novas. Na obra “Anatomia de um Mosteiro” iremos descobrir até aquilo que não se vê, por muito que se olhe: o que está por baixo do chão, dentro das paredes ou escondido na estrutura da construção. Trata-se do resumo do trabalho desenvolvido por uma equipa da Universidade de Aveiro, coordenada por Manuel Senos Matias, que fez medições através de técnicas não invasivas de prospecção geofísica. Isto é, não foi preciso escavar o chão ou esburacar paredes para saber o que está no seu interior, bastando fazê-las atravessar por ondas eléctricas, magnéticas ou sísmicas. O resultado completo do estudo encontra-se disponível na internet, sendo especialmente útil ao estudo por parte de técnicos e especialistas nestas áreas. Este livro, editado pelo Município da Batalha, procurou revelar as principais descobertas numa linguagem mais descodificada, de modo a poder ser lido pelo público em geral.
Lisboa em Camisa
Conhecido pelas suas palestras e pelos seus livros, Osho é um autor conceituado e respeitado, que dedicou a sua vida ao estudo da espiritualidade. Em «Amor, Liberdade e Solidão», analisa os estilos de vida, os padrões familiares e o fenómeno do amor no Ocidente, constatando que a crescente tendência para a solidão pode ser positiva para o desenvolvimento do espírito humano. De forma provocante, Osho mostra que a liberdade é a condição primordial que permite a cada pessoa conhecer-se a si própria e assim definir a forma como quer encarar a complexidade do mundo moderno. Dono de um sentido de humor e sensatez muito próprios, define o amor de forma pura e acredita que vivido na sua plenitude pode ser a chave para encontrar a felicidade juntos dos outros e para uma existência mais tranquila: «Dê, distribua o que tem, reparta e goze a partilha. Não o faça como se fosse um dever – senão toda a alegria desaparece. O amor nunca espera ser recompensado ou mesmo agradecido».
Gervásio Lobato Guerra e Paz Editores Gervásio Lobato fez furor há mais de um século. Jornalista e romancista, o seu humor e comicidade passaram de mãos em mãos, de geração em geração. Lisboa em Camisa foi, desde a publicação em 1882, o seu mais estrondoso êxito, com inúmeras edições. E quem conhece Gervásio Lobato? Outrora um dos grandes nomes do humor português, hoje é um autor esquecido, recordado apenas por uma rua com o seu nome, em Campo de Ourique. Lobato capta pequenos quadros da vida quotidiana lisboeta e esmiúça comportamentos, ridiculariza-os e leva-os a um extremo em que o riso é inevitável. Tudo se passa em finais do século XIX, mas a paródia é actual: assistimos à sede de protagonismo, à mania da superioridade, a um certo cerimonialismo ou à falta dele. As peripécias da família Antunes, dos seus sogros Martim (sem s), da família Torres, do conselheiro com as filhas casadoiras, e do Dr. Formigal, entre outras personagens muito caricatas. O tema é Lisboa, uma Lisboa que o autor despe ou surpreende em camisa. Um romance que lido hoje é a actualidade apanhada em flagrante delito.
A Morgadinha dos Canaviais Júlio Dinis Guerra e Paz Editores Agora que tantos portugueses voltaram a descobrir os encantos da vida no campo, é preciso voltar a ler-se Júlio Dinis. Ainda que a história se centre em Madalena, a morgadinha, uma mulher de carácter forte e virtuoso, o enredo inicia-se com a vinda de Henrique de Souselas, um hipocondríaco de manias citadinas, para casa da tia Doroteia, numa aldeia minhota, por conselho do seu médico. O autor ilustra, assim, uma das suas teses predilectas: o efeito regenerador da vida simples do campo sobre a citadina. São infinitas as lições de vida que podemos retirar da obra: desde a intriga amorosa, com ciúme à mistura, a honra ferida por injustas calúnias, a crítica social e de costumes. Mas Júlio Dinis glosa também tópicos como o do compadrio, o caciquismo, o recurso à cunha, a corrupção política, o fanatismo religioso. Venha conhecer as salas de famílias da aldeia; tome um chá na casa do Mosteiro, saboreie uma boa canja na casa de Alvapenha, assista em directo às brigas na casa de Zé P’reira, peça conselho ao tio Vicente sobre a melhor mezinha, tome um copo na venda do Canada e, se é devoto ou tem fé, vá até à igreja, mas deixe-se de fanatismos. Prometemos um final feliz, como era timbre do autor. Leia-o!
Amor, Liberdade e Solidão Osho 11x17 | Bertrand
Terra Prometida - Impressões de uma Viagem Jorge Oliveira Pinto Chiado Editora Fazer uma viagem à Terra Santa será o sonho de muita gente, não só pelo destino algo exótico e pelo ambiente cultural diferente, mas sobretudo porque esta viagem é uma peregrinação, um percurso onde se encontram muitos dos lugares percorridos por Jesus, nesta terra onde nasceu, cresceu, morreu e ressuscitou. Foi o que fez o jornalista Jorge Pinto, cuja experiência foi tão intensa e especial que sentiu necessidade de a partilha em livro. Mais do que um mero relato de viagem, esta obra resultou num verdadeiro guia de peregrinação, ela própria oferecendo um itinerário de compreensão dos lugares visitados, cruzando informação geográfica, cultural e até bíblica sobre cada um deles. Com prefácio do Bispo de Lamego e juntando um bom lote de colaboradores, peritos e bibliografia, o autor conseguiu reunir informações preciosas para um verdadeiro “manual” – diríamos, obrigatório! – para quem se prepara para ir à Terra Santa. E uma bela forma de reviver a experiência por quem já a fez no passado. Uma viagem que, sem deixar de ser pessoal, poderá aproveitar do manancial filosófico e teológico aqui reunido para se tornar também colectiva. Até porque todo o peregrino pertence a um Povo que caminha com ele.
Jornal da Golpilheira
. entrevista . história .
21
Agosto de 2017
.história. Miguel Portela Investigador
A Azulejaria em Portugal nos séculos XVII e XVIII - O mestre ladrilhador Pedro de Almeida Breves notas de contextualização Temos vindo a publicar os dados genealógicos de alguns mestres envolvidos na atividade da Azulejaria em Portugal nos séculos XVII e XVIII, sobretudo no que respeita a Manuel Clemente, a Francisco dos Santos, a Manuel da Silva, a Teotónio dos Santos, a Manuel dos Santos e a Miguel de Azevedo (PORTELA, Miguel, A Azulejaria em Portugal nos séculos XVII e XVIII: Manuel Clemente, mestre ladrilhador, ARTIS - Revista de História da Arte e Ciências do Património, 2.ª Série, número 4, 2016; Ibidem, Francisco dos Santos, mestre dos azulejos da Igreja de S. Sebastião de Peniche: da atribuição à contratualização - Contributo documental inédito, Jornal da Golpilheira, Diretor: Luís Miguel Ferraz, Ano XX, Edição 228, junho - 2016, p. 25; Ibidem, Manuel da Silva mestre dos azulejos da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda de Peniche. Contributo documental inédito, O Figueiroense, Edição compartilhada com O Ribeira de Pera, Diretor: Fernando C. Bernardo, II Série, N.º 24, 16 de julho de 2016, pp. 8-9; Ibidem, Teotónio dos Santos: Mestre dos Azulejos da Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos, Jornal da Golpilheira, Diretor: Luís Miguel Ferraz, Ano XX, Edição 231, setembro - 2016, p. 21; Ibidem, A Azulejaria em Portugal nos séculos XVII e XVIII: dados genealógicos dos mestres Manuel dos Santos e Miguel de Azevedo, O Figueiroense, Edição compartilhada com O Ribeira de Pera, Diretor: Fernando C. Bernardo, II Série, N.º 36, 16 de julho de 2017, p. 9). Todavia, reconhecemos que, muitos outros nomes apesar de serem conhecidos de investigadores e historiadores permanecem ainda, obscuros no que respeita aos dados relativos do percurso de vida e obra de cada um deles. Nesse sentido, e tendo em conta a relevância da Arte do Azulejo em Portugal nos séculos XVII e XVIII iremos debruçarmo-nos seguidamente sobre os dados genealógicos do mestre ladrilhador Pedro de Almeida. Elementos genealógicos do ladrilhador Pedro de Almeida Pedro de Almeida filho de António de Abreu e de sua mulher Maria de Almeida foi batizado na Igreja de Nossa Senhora das Mercês, em 3 de maio de 1676 (documento 1). Contraiu matrimónio, na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em 2 de julho de 1700, com Antónia Maria, filha de João de Miranda e de Júlia Maria (documento 5). Pouco tempo depois, em Lisboa, em 5 de março de 1702, seu pai, António de Abreu falecia na freguesia das Mercês. Sua mãe, Maria de Almeida veio a falecer em 12 de novembro de 1706 (documentos 6 e 11). Do consórcio de Pedro de Almeida com Antónia Maria, nasceram entre outros filhos, Francisca, que foi batizada em 10 de janeiro de 1706 (documento 10); Maria, que foi batizada em 27 de junho de 1708, tendo assistido a esse ato como padrinho, o entalhador José Rodrigues Ramalho e pela madrinha, tocou José de Almeida, pintor, irmão de Pedro de Almeida (documento 12); Joana, batizada em 4 de julho de 1709 (documento 13); Maria, batizada em 7 de setembro de 1710, tendo assistido como padrinho o já referido José Rodrigues Ramalho (documento 14) e António, batizado em 4 de abril de 1716 (documento 15). Pedro de Almeida veio a falecer em 20 de janeiro de 1738, afirmando-se no registo de seu óbito que “Deixou quatro filhos, foy sepultado na Igreja de Nossa Senhora de Jezus, e não fes testamento”. Sua esposa, Antónia Maria veio a falecer muitos anos mais tarde, em 10 de setembro de 1751 (documento 17 e 20). Sabemos que Pedro de Almeida teve vários irmãos, dos quais destacamos os nomes de Francisco de Almeida e José de Almeida. Seu irmão Francisco de Almeida, também chamado de Francisco de Almeida Carvalho foi batizado em 26 de fevereiro de 1679, tendo casado em 26 de junho de 1702 com Madalena da Paz, filha de Sebastião Dias e de Francisca de Abreu, moradora em casa de Cristóvão da Cunha, na rua da Trombeta (documento 2 e 7). Deste casamento nasceram entre outros, Cristóvão, que foi batizado em 1 de junho de 1705 (documento 9). Madalena da Paz veio a
falecer em 1 de setembro de 1742 (documento 19). Referimos igualmente José de Almeida, pintor, irmão de Pedro de Almeida, o qual contraiu matrimónio em1 de junho de 1703, com Josefa Maria, filha de Rafael Botado de Almeida e de Maria da Silva natural da vila de Atouguia, tendo assistido como padrinho o pintor Manuel da Paz e Silva, e o boticário Francisco Gomes da Fonseca (documento 8). José de Almeida veio a falecer em 19 de janeiro de 1730 e sua esposa Josefa Maria veio a falecer em 25 de dezembro de 1738 (documento 16 e 18). Para além de Francisco e José de Almeida, irmão de Pedro de Almeida, reconhecemos também outros dois irmãos dos quais sabemos que um deles, de nome João foi batizado em 8 de setembro de 1681 (documento 3) e outro de nome António foi batizado em 2 de julho de 1685 (documento 4). As relações pessoais e familiares entre os vários membros desta família atestam não só a relevância profissional dos vários elementos, particularmente de ladrilhadores, entalhadores e pintores, como sejam no caso dos pintores José Almeida e Manuel da Paz e Silva, assim como no caso do ladrilhador Pedro de Almeida e do entalhador José Rodrigues Ramalho, entre outros mais casos. Em síntese Os novos elementos que aqui apresentámos vêm permitir re(descobrir) alguns relevantes dados genealógicos relativos a Pedro de Almeida, assim como de alguns dos seus familiares. Esperamos com estes novos documentos termos contribuído para o aprofundamento do conhecimento sobre alguns mestres ligados à Arte do Azulejo em Portugal, como foi o caso do mestre ladrilhador, Pedro de Almeida.
APÊNDICE DOCUMENTAL Documento 1 1676, maio, 3, Lisboa [Mercês] – Registo de batismo de Pedro filho de António de Abreu e de sua esposa Maria de Almeida. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia das Mercês [1622-1685], Livro B1, Caixa n.º 1, assento n.º 2, fl. 101v. [fl. 101v] Aos tres dias do mes de maio de mil e seissentos e setenta e seis annos bauptizei a Pedro filho de Antonio de Abreu e de sua molher, Maria de Almeida. Padrinho Jozeph da Silva, madrinha Maria da Silva. (a) O Padre Cura Simão Lopes de Abreu Documento 2 1679, fevereiro, 26, Lisboa [Mercês] – Registo de batismo de Francisco filho de António de Abreu e de sua esposa Maria de Almeida. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia das Mercês [1622-1685], Livro B1, Caixa n.º 1, assento n.º 4, fl. 132. [fl. 132] Ao mesmo dia vinte e seis do mes de fevereiro era ut supra [1679] baptizei a Francisco filho de Antonio de Abreu e de sua molher Maria de Almeida. Foi padrinho Jozeph Teixeira e madrinha Maria de Oliveira. (a) O Cura Francisco Jorge da Costa Documento 3 1681, setembro, 8, Lisboa [Mercês] – Registo de batismo de João filho de António de Abreu e de sua esposa Maria de Almeida. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia das Mercês [1622-1685], Livro B1, Caixa n.º 1, assento n.º 3, fl. 164. [fl. 164] Aos oito dias do mes de setembro de mil e seiscentos e oitenta e hum annos, baptizei a João filho de Antonio de Abreu e de sua molher Maria de Almeida. Foi padrinho Manoel de Pinna. (a) O Cura Francisco Jorge da Costa Documento 4 1685, julho, 2, Lisboa [Mercês] – Registo de batismo de António filho de António de Abreu e de sua esposa Maria de Almeida. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia das Mercês [1622-1685], Livro B1, Caixa n.º 1, assento n.º 4, fl. 191v. [fl. 191v] Aos dous dias do mes de julho de mil, e seiscentos, e oitenta e sinco baptizei a Antonio filho de Antonio de Abreu, e de Maria de Almeyda. Padrinhos Fernando Lopes de Lemos, e Marianna da Assumpção. (a) O Cura Luis de Lima
Documento 5 1700, julho, 2, Lisboa [Encarnação] – Registo de casamento de Pedro de Almeida e de Antónia Maria. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Casamentos da Paróquia da Encarnação [1694-1708], Livro 4, Caixa n.º 15, assento n.º 2, fl. 134. [fl. 134] < Pedro de Almeida – Antonia Maria > Aos dois de julho de mil settecentos na Sancta Caza da Mizericordia desta cidade se receberão por marido e molher Pedro de Almeida baptizado na freguezia de Nossa Senhora das Mercês filho de Antonio de Abreu e de sua molher Maria de Almeida morador na dita freguezia das Mercês, com Antonia Maria filha de João de Miranda e de Julia Maria já defuntos, baptizada a contrahente nesta freguezia de Nossa Senhora do Alecrim onde hé moradora, e de como se receberão me constou por huma certidão do Reverendo Padre Lourenço de Macedo, que asistio ao dito recebimento in vertude de hum mandado do Reverendo Juis dos Casamentos o Doutor Sebastião Monteiro da Vide. Forão testemunhas Antonio Nunes morador ao Mocambo e Antonio João morador na Rua da Rosa das Partilhas, era dia ut supra. (a) O Vigario Francisco Rodriguez Documento 6 1702, março, 5, Lisboa [Mercês] – Registo de óbito de António de Abreu esposo de Maria de Almeida. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia das Mercês [1622-1831], Livro O1, Caixa n.º 30, assento n.º 3, fl. 157v. [fl. 157v] Aos sinco de março de mil e settecentos, e dous faleceo na rua do Carvalho Antonio de Abreu cazado que era com Maria de Almeyda: não fes testamento. Está sepultado na Igreja de S. Jozeph desta cidade. (a) O Cura Luis de Lima Documento 7 1702, junho, 26, Lisboa [Encarnação] – Registo de casamento de Francisco de Almeida com Madalena da Paz. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Casamentos da Paróquia da Encarnação [1694-1708], Livro 4, Caixa n.º 15, assento n.º 2, fl. 173v. [fl. 173v] < Na Mizericordia - Francisco de Almeida - Magdalena da Pax > Aos vinte e seis do mes de junho de mil e setecentos e dous com banhos corridos, se receberão na Igreja da Mizericordia de Lixboa em prezença do thezoureiro della por comição do Reverendo Doutor Juis dos Cazamentos Francisco de Almeida natural e baptizado na freguezia de Nossa Senhora das Mercês desta cidade filho de Antonio de Abreu já defunto e de Maria de Almeyda: Com Magdalena da Pax natural e baptizada na freguezia de Nossa Senhora das Mercês filha de Sebastiam Dias já defunto e de sua molher Francisca de Abreu moradora nesta freguezia em caza de Christovão da Cunha na Rua da Trombeta; e de como se receberão me constou por huma certidão do dito Padre Thezoureiro Manoel Toscano Soveral. Forão testemunhas Manoel Carvalho e Antonio Delgado da Rocha; em fé do que fis este asento que asinei. (a) O Vigario Francisco Rodriguez Documento 8 1703, junho, 1, Lisboa [Santa Catarina] – Registo de casamento de José de Almeida com Josefa Maria, tendo assistido como padrinho o pintor Manuel da Paz e Silva, e o boticário Francisco Gomes da Fonseca. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Casamentos da Paróquia de Santa Catarina [1695-1707], Livro C6, Caixa n.º 34, assento n.º 1, fl. 214. [fl. 214] < Jozeph de Almeida com Jozepha Maria > Em o primeiro de junho d emil e setecentos e tres corridos os banhos uso ordinaria a porta desta Igreja de tarde e na minha prezença se receberão por marido e mulher na forma ordinaria e disposição do Sagrado Concilio Tridentino Jozeph de Almeida natural desta cidade baptizado na freguezia de Nossa Senhora das Merces e nella morador filho de Antonio de Abreu já defunto e de Maria de Almeida; e Jozepha Maria filha de Rafael Botado de Almeida e de Maria da Silva natural da villa de Atouguia baptizada na freguezia de São Leonardo e minha fregueza. Forão testemunhas Manoel da Pax e Silva, pintor morador no Terreirinho da Crus desta freguezia, e Francisco Guomes boticario delRey morador a Crus de Pao freguezia de Nossa Senhora das Merces, e outras muitas pessoas que prezentes estavão de que fis este temro que por verdade assinei com as ditas testemunhas no mesmo dia e era assima. (a) O Padre Cura Manoel de Aguiar Madeira (a) Manoel da Paz e Sylva (a) Francisco Gomes da Fonseca Documento 9 1705, junho, 1, Lisboa [Encarnação] – Registo de batismo de Cristóvão filho de Francisco de Almeida e
Vista da cidade de Lisboa (Lisbone, ville capitale du Royaume de Portugal située a Iª embouchure du Tage / gravee par Aveline), Pierre Aveline, 1656-1722, Biblioteca Nacional de Portugal, Cota e-1314-v. de Madalena da Paz. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia da Encarnação [1703-1720], Livro B10, Caixa n.º 3, assento n.º 3, fl. 35. [fl. 35] Ao primeiro do mes de junho de mil settecentos e sinco baptizou o Reverendo Padre Raymundo da Costa a Christovão filho de Francisco de Almeida e de sua molher Magdalena da Pás. Foi padrinho Christovão da Cunha. (a) O Vigario Francisco Rodriguez Documento 10 1706, janeiro, 10, Lisboa [Encarnação] – Registo de batismo de Francisca filha de Pedro de Almeida de Antónia Maria. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia da Encarnação [1703-1720], Livro B10, Caixa n.º 3, assento n.º 5, fl. 44v. [fl. 44v] Aos des do mes de janeiro de mil settecentos e seis baptizei a Francisca filha de Pedro de Almeida e de sua molher Antonia Maria. Foi padrinho Feliciano Nugueira e madrinha Hieronima Teixeira em cujo nome tocou com procuração sua seu marido Francisco Teixeira. (a) Vigario Francisco Rodriguez Documento 11 1706, novembro, 12, Lisboa [Mercês] – Registo de óbito de Maria de Almeida, viúva de António de Abreu. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia das Mercês [1622-1831], Livro O1, Caixa n.º 30, assento n.º 7, fl. 170v. [fl. 170v] Aos vinte de novembro de mil, e settesentos, e seus faleceo na rua do Carvalho Maria de Almeyda, viuva, que era de Antonio de Abreu: não fes testamento. Está sepultada na ermida dos Fieis de Deos. (a) O Cura Luis de Lima Documento 12 1708, junho, 27, Lisboa [Encarnação] – Registo de batismo de Maria filha de Pedro de Almeida de Antónia Maria. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia da Encarnação [1703-1720], Livro B10, Caixa n.º 3, assento n.º 1, fl. 86v. [fl. 86v] Aos vinte e sette de junho de mil cettecentos e oito baptizei a Maria filha de Pedro de Almeida e de sua molher Antonia Maria. Forão padrinhos Jozeph Rodriguez Ramalho e por procuração Jozepha Maria tocou Jozeph de Almeida. (a) O Coadjutor João Correa Documento 13 1709, julho, 4, Lisboa [Encarnação] – Registo de batismo de Joana filha de Pedro de Almeida de Antónia Maria. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia da Encarnação [1703-1720], Livro B10, Caixa n.º 3, assento n.º 2, fl. 104. [fl. 104] Aos quatro do mes de julho de mil settecentos e nove baptizei a Joanna filha de Pedro de Almeida e de sua molher Antonia Maria. Foi padrinho Manoel da Costa. (a) O Vigario Francisco Rodriguez Documento 14 1710, setembro, 7, Lisboa [Encarnação] – Registo de batismo de Maria filha de Pedro de Almeida de Antónia Maria. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia da Encarnação [1703-1720], Livro B10, Caixa n.º 3, assento n.º 2, fl. 126. [fl. 126] Aos sette do mes de septembro de mil settecentos e des baptizou o Reverendo Padre Raymundo Ferreira da Costa a Maria filha de Pedro de Almeida e de sua molher Antonia Maria. Foi padrinho Jozeph Rodriguez Ramalho. (a) O Vigario Francisco Rodriguez Documento 15 1716, abril, 4, Lisboa [Encarnação] – Registo de batismo de António filho de Pedro de Almeida de Antónia Maria.
I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia da Encarnação [1703-1720], Livro B10, Caixa n.º 3, assento n.º 3, fl. 240v. [fl. 240v] Aos quatro dias do mes de abril de mil e settecentos e dezaseis baptizei Antonio filho de Pedro de Almeida e sua molher Antonia Maria. Foi padrinho Jozeph de Oliveira. (a) O Coadjutor Raymundo Ferreira da Costa Documento 16 1730, janeiro, 19, Lisboa [Socorro] – Registo de óbito de José de Almeida esposo de Josefa Maria. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia do Socorro [1720-1738], Livro O4, Caixa n.º 28, assento n.º 2, fl. 92. [fl. 92] Em dezenove de janeiro de mil setecentos e trinta faleceo, sem sacramentos de accidente Jozeph de Almeida que hera cazado com Jozepha Maria moradores na rua de João de Outeiro. Foi sepultado no semiterio por pobra. (a) O Vigario Balthazar Ferreira de Aguiar Documento 17 1738, janeiro, 20, Lisboa [Encarnação] – Registo de óbito de Pedro de Almeida. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia da Encarnação [1736-1754], Livro O11, Caixa n.º 27, assento n.º 5, fl. 52. [fl. 52] Aos vinte dias do mês de janeyro de mil settecentos trinta e outto faleco com todos os Sacramentos na Rua das Partilhas Pedro de Almeyda cazado com Antonia Maria. Deixou quatro filhos, foy sepultado na Igreja de Nossa Senhora de Jezus, e não fes testamento. (a) O Cura Paschoal da Costa Documento 18 1738, dezembro, 25, Lisboa [Socorro] – Registo de óbito de Josefa Maria, viúva de José de Almeida. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia do Socorro [1720-1738], Livro O4, Caixa n.º 28, assento n.º 1, fl. 180. [fl. 180] Em os vinte e sinco dias do mez de dezembro de mil e setecentos e trinta e outo faleceo sem sacramentos de hum accidente < na rua do Oteiro > Jozepha Maria viuva que ficou de Joze de Almeida e foi sepultada no semiterio de Santa Anna de que fiz este assento. (a) O Cura Francisco Lopes de Figueiredo Documento 19 1742, setembro, 1, Lisboa [Mercês] – Registo de óbito de Maria da Paz esposa de Francisco de Almeida de Carvalho. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia das Mercês [1622-1831], Livro O1, Caixa n.º 30, assento n.º 1, fl. 73. [fl. 73] Ao primeiro dia do mez de septembro do anno de mil, e setecentos, e quarenta e dous faleceo com todos os Sacramentos na rua do Carvalho Magdalena da Paz cazada que era com Francisco de Almeyda de Carvalho. Foi sepultada por pobre na Igreja da Caza professa de São Roque da Companhia de Jezus desta cidade de que fis este assento. (a) O Coadjutor Joachim Ribeiro de Carvalho Documento 20 1751, setembro, 10, Lisboa [Encarnação] – Registo de óbito de Antónia Maria, viúva de Pedro de Almeida. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia da Encarnação [1736-1754], Livro O11, Caixa n.º 27, assento n.º 4, fl. 278. [fl. 278] Aos dez dias do mez de septembro de mil setecentos sincuenta e hum faleceo na Rua da Atalaya com todos os Sacramentos Antonia Maria, viuva de Pedro de Almeida. Foi sepultada na Igreja de S. Roque, não fes testamento. (a) O Coadjutor Vicente Ferreira Rolim Faleceo na rua da Roza
22
Jornal da Golpilheira
. poesia . obituário .
Agosto de 2017
.poesia.
. em memória .
Agradecimento
Desabafo Trinta e três anos passaram E uma vida destruída Quando pensei que voltava Já estava de partida É triste ouvir comentar Que o casamento não andava bem É mais fácil falar Como melhor lhe convém Se o casamento andasse mal Cinco anos teria durado Logo no início da vida Que passei um mau bocado Os anos foram passando Fomo-nos habituando Também tivemos bons momentos E também bons pensamentos Quando foi para Angola Foi mudança radical Esqueceu-se da família Que deixou em Portugal A culpa era do visto Não podia estar cá mais tempo Quando me lembro disto Mais mentiras não aguento Fizemos tanta coisa juntos Pensei que era para durar Mas quando já não há amor Não vale a pena teimar A criança não tem culpa A mãe dela também não Ele é que não tem desculpa Que não teve orientação Que marido e mulher Não se traiam nem traiam seus filhos Porque quem faz o que quer Põe a família em sarilhos Que se calem as más-línguas Que as há e bem compridas Se não têm o que fazer Metam-se nas suas vidas T.V.
Na tua casa, Senhor, esteve algo a acontecer! Senhor! Adormeci sem esperar, A família, por este meio, vem agradecer O que as pessoas fizeram para me valer. Maria esteve a meu lado A dar-me conforto e animação, Cobrindo seus olhos de lágrimas Com a aflição no meu coração. Hoje já expiro de felicidade Estive onde ninguém quer estar, Para nos podermos tratar É preciso ter fé em Deus e confiar. Senhor! Acordaste-me nesse dia! E abençoaste-me com o teu olhar. Encontrar o amor e o valor da vida É assim que devemos todos confiar. 8/8/2017 - Cremilde Monteiro
Teresa; Vida acesa Minha Teresa; Teresinha Eu te vi, oh meu amor Estava tu, tão sozinha No teu pensamento interior Minha Teresa; saudade Passo devagar nessa esplanada Perdida minha felicidade Meu destino é nada Minha Teresa; lembrança Teu sorriso amargurado Causa-me nova esperança No meu coração açoitado Minha Teresa; amada Consciência minha profunda Vagueio nessa calçada Alma minha moribunda Minha Teresa; amor Por amar-te, irei esquecer Causará tanta dor Melhor morrer que enlouquecer Augusto Sesimbra
Manuel Carreira Rito Director Adjunto
José Jesus Filipe Vieira Como o tempo passa depressa. É já no dia 4 do próximo mês de Setembro que faz um ano após o falecimento do golpilheirense José Jesus Filipe Vieira. Quis o destino que a sua vida fosse interrompida prematuramente. Se há pessoas que não mereciam ter partido desta forma, este nosso grande amigo era um deles. No nosso meio era conhecido por José Filipe, mas no seu mundo profissional sei que era tratado pelos colegas e alunos por José Vieira. Teve uma infância não muito fácil, já que ficou órfão desde os primeiros minutos de vida. No entanto, cresceu apoiado e acarinhado pelo seu avô, António Filipe e pela D. Olívia, a quem carinhosamente tratava por “Mã”. Vivemos e crescemos juntos, até à sua partida para Lisboa, depois da quarta classe terminada, na mítica Escola do Paço, como eu digo com muito carinho e respeito. Era um jovem sociável, por vezes um pouco tímido. Sobressaía entre os demais pela sua envergadura física. Nunca se valeu deste dom natural para maltratar algum colega. Jovem muito educado e generoso, que muitas vezes partilhava o seu lanche com outros colegas mais necessitados, foi para Lisboa, onde se formou, conseguindo-o à custa de muito trabalho, persistência,
estudo e dedicação. Da ligação com o seu pai não conheço muito, mas deduzo que este teve um papel importante na sua formação, quando da ida para Lisboa. Aqui conheceu a sua esposa, a Célia, da qual teve dois filhos, o Pedro e a Ana, dos quais muito se orgulhava. Apesar da distância de Lisboa à Golpilheira, ser cerca de 120 Km, nunca perdeu as suas raízes. Vinha cá com alguma regularidade, não só para visitar os amigos, mas também para gozar da tranquilidade da nossa aldeia, como eu digo com orgulho, “a mais bonita aldeia de Portugal”, situada num “Vale Gracioso” e atravessada pelo rio Lena. Quando nos visitava, para além da família, vinha acompanhado por diversos amigos. Tive o privilégio
Agradecimento
Horizontes verdejantes
Henrique de Oliveira Rodrigues
Vislumbro o horizonte Verdejante como jardim Ao longe o eterno Aguardo algo para mim Ambiciono sempre mais Trago sempre na lembrança Beber na fonte Interpretar os sinais Sempre tolo, sou assim Na altura da cobrança Repartir no boletim Para mim e os demais Vaz Pessoa
Natural de Socorro – Lisboa Residente na Golpilheira N. 05-12-1945 • F. 15-08-2017 Sua esposa, filhos, noras, genro, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.
pub
Santos & Matias CONSIGO DESDE 1980
SERVIÇO FUNERÁRIO PERMANENTE 244 765764 - 244 768685 96 7027733 - 96 6708993 R. Principal, 141 - Brancas • Est. Fátima, 10B - Batalha AGORA TAMBÉM EM PORTO DE MÓS - LOJA DOM FUAS
Largo do Rossio - 35C - Porto de Mós
Siga-nos no facebook
Obituário
Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.
Agradecimento
de ter como amigo o José Filipe. Com alguma frequência participava em algumas patuscadas, onde conheci colegas seus fantásticos, muito divertidos e com um humor fora do comum, mas também bons “garfos” e boas “cubas”. Acompanhou de muito perto a equipa de Futsal Sénior Feminino do C. R. da Golpilheira, tanto nos jogos em casa como fora. Era um adepto “ferrenho” do Benfica. No entanto, ficava dividido nos jogos na Luz e na Golpilheira. Acompanhava-o sempre um cachecol da Golpilheira e outro do Benfica. No ano em que fomos campeões, vibrou como nós com este feito inédito, festejando sempre os golos, mesmo contra o clube do seu coração, pois nesta modalidade a Golpilheira estava em primeiro lugar. Tenho outras coisas para escrever do José Filipe, pois vivemos a mesma infância. Algumas, talvez venha a divulgá-las, mas outras as guardarei para mim. Na Missa de sufrágio, na qual intervieram um colega professor e o seu filho Pedro, ficou gravada na minha memória uma frase dita por este colega: “O José Vieira, de tanto se preocupar com os outros, esqueceu-se de si”. Ele era mesmo assim e esta frase simples, quanto simples era o José Filipe, resume o calibre e a personalidade bondosa deste grande amigo. Vou terminar com o seguinte pensamento: naquele dia fatídico, perdemos um grande Homem na Terra, mas o Céu ganhou um Anjo. Um dia destes lá nos encontraremos. José, foste, és e continuas a ser uma referência para todos aqueles que tiveram a felicidade de te conhecer e privar contigo. Um abraço do tamanho do Mundo, carregado de muita saudade.
.obituário. José Casimiro Carreira Henriques
Natural da Golpilheira Residente em Leiria N. 07-03-1936 • F. 01-08-2017 Sua esposa, filhos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a quantos o acompanharam à sua última morada, bem como a todos aqueles que de alguma forma manifestaram o seu pesar.
Jornal da Golpilheira
23
. a fechar .
Agosto de 2017
Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)
112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506
Tenho lá em casa três cães que parece que andam a fazer uma campanha para mostrar qual gosta mais de mim...
Quer dizer... quando me vêm lamber os sapatos a abanar o rabo, parece que é isso. Mas, às vezes, pôem-se a ladrar uns contra os outros... e aí já não entendo nada do que será que eles querem!...
Ah é?! E como descobriste que é isso que eles estão a fazer?
Campanha
.fotos do mês.
LMF
Ficha Técnica
Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rafael Silva, Rui Gouveia. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1200 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: www.jgolpilheira.wordpress.com/about
1
2
3
4
Corrida de Cântaras...
As quarentonas mostraram fibra na Corrida de Cântaros (ou de Cântaras). Umas mais do que outras, claro está, mas estiveram à altura do desafio. Mostramos 4 exemplos de reacção: 1. Há as que fazem pose; 2. Há as que tomam banho; 3. Há as que fazem levitar o cântaro; 4. E há as que ganham!
Recordar é viver…
Assinatura anual
Portugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros
Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Email: ________________________________________ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA
Já passaram alguns anos desde este dia, em que estas crianças viveram momentos muito felizes. Fizeram uma prova de atletismo, todos chegaram ao fim e, como prémio, receberam duas medalhas, que exibem ao pescoço, numa pose de vencedores. Desafio os caros leitores a identificá-las.| MCR
24
. divulgação .
Jornal da Golpilheira Agosto de 2017
São Bento festeja Nossa Senhora da Esperança A Comunidade Cristã da Golpilheira volta a estar em festa nos próximos dias 2 a 4 de Setembro, em honra de Nossa Senhora da Esperança, celebrada na igreja de São Bento. A Comissão de Festas, constituída pelos naturais e residentes nascidos em 1967, preparou um cartaz religioso e de arraial que, com certeza, trará até nós muitas centenas de pessoas para bons momentos de celebração e de convívio. O programa religioso começa no sábado, com celebração mariana às 19h00. A Missa da festa será no domingo, às 11h30, seguida de procissão, antecedida pela recolha de andores, a partir das 10h00, com acompanhamento da banda “Os Clássicos de Pataias”. Haverá também Missa, pelas intenções dos que colaboram nos festejos, na segunda-feira, às 18h00. O arraial abre no sábado, com o habitual serviço de restaurante, café da avó, bares, quermesse e outras animações, bem como a música da Banda Kroll. No domingo, o serão será animado pela Banda Acesso. Cabe ao grupo ibanda. pt animar a última noite, na segundafeira. Neste dia haverá, ainda, a partir das 18h30, os tradicionais jogos de corrida de frangos e quebra de panelas. Os festejos terminarão com a transmissão da Bandeira e fogo-de-artifício.