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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021
Tempos de pandemia (também social e comercial)
Continuamos em tempos de pandemia, uma palavra que veio para ficar, há mais de um ano. Com avanços e recuos, confinamentos e libertações graduais, em teletrabalho ou alternância presencial nas empresas, vamos adaptado ritmos, inventando métodos novos de relação, procurando evitar o contágio ou sobreviver ao vírus. Na Batalha, como no País e no Mundo, o ano novo trouxe sinais de preocupação que vieram a confirmar-se com o regresso ao isolamento, ao comércio fechado e ao mundo todo em aflição de doentes e mortos. Já com a experiência do ano passado, foi mais fácil saber o que nos esperava, mas, também por isso, mais difícil de voltar ao mesmo… Além dos problemas de saúde, somam-se problemas de solidão, de falta de contacto com os familiares e amigos, de decadência social e económica. Há empregos e sectores que não sentem tanto o impacto, como é o caso da construção e das actividades com ela relacionadas, entre outras, até porque usamos mais a casa e é necessária maior assistência à degradação dos imóveis (e seus recheios). Isso nos confirmaram alguns empreiteiros e outros profissionais do sector aqui na freguesia.
DR
À espera da ressurreição
Jutina e Fátima Cruz são dois exemplos da procura de alternativas no “online”...
Mas os serviços e, sobretudo, o comércio, a restauração, o turismo, a cultura, o desporto… e por aí fora, quase pararam. Há métodos que se reinventam e experiências de televenda, sobretudo pelas redes sociais, que vão permitindo respirar, mas… não é a mesma coisa. Por exemplo, falámos com duas empresas da Golpilheira na área do vestuário, a Jutina e a FC…IN (Fátima Cruz), que apostaram em directos no Facebook e Instagram na venda online. “Ajuda a não parar completamente”, concordam, “mas não dá para comparar, nem é sustentável para cumprir os compromissos de rendas e despesas correntes, que não nos perdoam”. As vendas, referem, variam entre os 10%
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a 30% do que é normal fazer-se no mesmo período. Os cafés fecharam totalmente e os restaurantes limitaram-se a servir comida para levar. No Restaurante Etnográfico da Golpilheira, o movimento diminuiu drasticamente, sobretudo pelo fecho das escolas. A compra de refeições solidárias pela Câmara deu uma ajuda, mas, lá está, “quase não dá para os ordenados e outros gastos”, mesmo com algum pessoal em “lay off”. A Churrasqueira Vitória, de um jovem casal de empresários com ligações à Golpilheira, “foi o único espaço da vila da Batalha que se manteve sempre aberto”, mesmo nos períodos mais complicados, embora sempre em regime de “take away”.
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Futuro...
As consequências de tudo isto ainda estão longe de se manifestar completamente, podendo haver negócios que já não consigam retomar. O mesmo para as famílias, sobretudo onde houve perda de empregos, apesar de ajudas como as moratórias que, entretanto, se transformarão em contas ainda maiores para pagar. Este mês de Abril, que abrimos com o início do tempo de
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“Assumimos o risco com coragem, porque precisamos de viver, mas também porque as pessoas precisam de quem lhes sirva a alimentação diária”, contam a Márcia e o Sérgio. Outros optaram por fazer apenas a venda por encomenda com entregas ao domicílio…
Páscoa, foi também marcado por sinais de gradual abertura de portas, de regresso à rua, às escolas, às igrejas, às compras. Bem podemos dizer que todos ansiamos pela ressurreição definitiva, pelo regresso à vida (normal), pelos abraços sem medos, pelos sorrisos nos rostos destapados, pelos convívios de proximidade. A Páscoa é uma boa imagem disso mesmo… da ressurreição de Cristo ao Pentecostes, à vinda do Espírito que traz a vida nova, são 50 dias. É uma catequese que ajuda os discípulos a abrirem-se gradualmente a essa vida nova que se revela ser de salvação. Para nós, este princípio de ressurreição, a correr bem, será também o gradual regresso à vida. Oxalá que os 50 dias terminem do mesmo modo. Seja como for, por mais quaresmas e páscoas que tenhamos de enfrentar, a palavra de ordem é acreditar… que um dia chegará a paz. E, se soubermos aproveitar esta “catequese” pandémica, que essa paz venha melhor do que a que antes tínhamos, sabendo apreciar melhor as coisas simples e verdadeiramente importantes da vida, como a família, a amizade, a saúde e, acima de tudo, o amor uns aos outros. Luís Miguel Ferraz
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