0909 Jornal da Golpilheira Setembro 2009

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CA Seguros | CA Consult | CA Gest Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XIII | Edição 148 | Setembro de 2009

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DEBATE GOLPILHEIRA 25 ANOS! DR

Páginas 4 e 5

AUTÁRQUICAS 2009

VENHA OUVIR VENHA ESCLARECER VENHA COLABORAR

o que defendem os candidatos à Junta da nossa Freguesia!

os problemas que afectam na discussão dos caminhos a nossa população! a trilhar para o nosso futuro!

REATIVO C E R O R T CEN nda-feira u g e S • o r b 5 de Outu 1h00 2

Páginas 16 e 17 | História • Alocução de 14 de Agosto

Páginas 2 e 3 | Novo ano lectivo 2009/2010

Portugal, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e o 624.º aniversário da Batalha Real de Aljubarrota • Saul António Gomes

Regresso às aulas na (quase) normalidade

Página 18 | Igreja • Assembleia recebe Carta Pastoral

“Ir ao coração da Igreja” • D. António Marto Página 14 | Entrevista ao atleta golpilheirense Olivier Pedroso

Cumprido o sonho de “chegar em primeiro lugar à minha terra”

LMFerraz

Em mais um início de ano lectivo, 93 crianças encheram o jardim-de-infância e a escola do 1.º CEB da Golpilheira. Uma sala esteve sem professor nos primeiros dias, mas rapidamente se garantiu a normalidade.

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. abertura . destaque .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2009

. editorial .

Novo ano lectivo 2009/2010

Regresso às aulas na (quase) normalidade

Luís Miguel Ferraz Director

Todos ao debate! Aproximam-se momentos importantes para a nossa sociedade e para nós enquanto cidadãos. Já no próximo domingo (27) seremos chamados a eleger os deputados à Assembleia da República. E no dia 11 de Outubro voltaremos às urnas para eleger os deputados à Assembleia Municipal, os vereadores do executivo do Município e os membros da Assembleia de Freguesia. São momentos importantes, porque esta é a ocasião de cada cidadão dizer, pelo voto, o que pensa sobre a sociedade em que vive e que rumo quer traçar para o seu futuro. Nenhuma desculpa poderá servir para não exercer este direito, que é também cumprir um dever. Alguns políticos podem não merecer a nossa confiança. O sistema pode não ser do nosso agrado. A realidade pode parecer perdida e o horizonte estar ausente. Mas, ainda assim, ao falharmos no dever de votar, falhamos mais do que os políticos incompetentes, contribuímos para que o sistema falhe ainda mais, demitimo-nos de viver a realidade e de construir o horizonte do futuro. Ao mesmo tempo, perdemos o direito de reclamar, de exigir e de criticar. Porque o direito só tem sentido quando se baseia no cumprimento do respectivo dever. O Jornal da Golpilheira vai organizar um debate em plena campanha para as autárquicas, com as pessoas que encabeçam as listas de cada partido. Coincidindo com as bodas de prata da criação da freguesia, pretende-se que este debate “Golpilheira 25 anos” seja uma ocasião para discutirmos ideias, propostas, caminhos de construção do futuro da nossa comunidade. É por isso que a sua presença é tão importante...

Entre 9 e 15 de Setembro, mais de um milhão e meio de alunos portugueses pegaram nas mochilas, rumo a mais um ano lectivo. No concelho da Batalha, os cerca de três mil estudantes foram chamados no último dia deste prazo, dos quais 59 (25 meninos e 34 meninas) a frequentar a Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico da Golpilheira. Em relação ao ano passado, a nossa freguesia tem menos sete alunos neste escalão de ensino. Entretanto, tinham já começado as actividades pré-escolares, com o Jardim-de-Infância da Golpilheira a abrir as portas no dia 9 de Setembro a 34 crianças entre os 3 e os 5 anos (18 meninos e 16 meninas). Neste caso, entrou o mesmo número dos que saíram para o 1.º ano escolar, pelo que se mantém a mesma lotação, dividida em duas salas. Assim, no total, as instituições de ensino da Freguesia acolhem 93 educandos, sendo 43 meninos e 50 meninas. Quanto ao modo como decorreu este arranque na Golpilheira, houve alguns contratempos iniciais, mas rapidamente se atingiu a normalidade. O principal problema foi a ausência de professor para a sala onde se junta o 1.º e o 3.º anos, motivada pela baixa médica da professora Isabel Gonçalves, que está em processo de aposentação e não voltará a leccionar, tal como informou na reunião com os pais, decorrida no dia anterior ao início das aulas. Assim, nos primeiros dois

Quadro 1 – Distribuição por salas

Quadro 2 – Números

Escola do 1º ciclo Professor

Ano 1.º 3.º

Meninos 6 3

Meninas 7 6

Maria José Jorge

2.º

7

10

17

Manuel Ribeiro

4.º

9

11

20

Nathalie Neves

Ano

Meninos

Meninas

Total

1º ano

6

7

13

2º ano

7

10

17

17

3º ano

3

6

9

20

4º ano

9

11

20

Total 1º ciclo

25

34

59

Pré-escolar

18

16

34

Total geral

43

50

93

Total Total da sala 13 22 9

Jardim-de-Infância Educador Paulo Martins Dora Felizardo

Sala 1 2

Meninos 10 8

dias os alunos ficaram entregues às animadoras das ATL, por não serem disponibilizados professores substitutos pelo Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB). Esta situação começou a preocupar alguns encarregados de educação, que foram pedir explicações à sede do agrupamento na manhã do dia 17, com a presidente da Comissão de Pais. Segundo a direcção do AEB, o problema estava em vias de solução e só não tinha sido ainda resolvido por “falhas no sistema de disponibilização de professores” por parte dos serviços centrais do Ministério da Educação. Nessa manhã tinha sido atribuída mais uma professora à Batalha, mas havia quatro situações urgentes do mesmo género para resolver nas escolas do Concelho. Acabou, de facto, por dar entrada na nossa escola no dia seguinte, sexta-feira. Chama-se Nathalie Neves. Registamos ainda a chegada da nova assistente operacional Maria de Lurdes Brites, que vem substituir Ana Santos, bem como de um

Meninas 7 9

Total da sala 17 17

novo educador para a sala 1 do jardim-de-infância, Paulo Martins, já que a educadora Lora Magalhães se aposentou este ano. Agradecemos o trabalho e dedicação que tiveram os que deixam

agora as nossas escolas, damos as boas-vindas aos que chegam, e desejamos a todos (educadores e educandos) um bom ano escolar! Texto e fotos Luís Miguel Ferraz

Jardim-de-infância - Sala 2

Candidaturas até Outubro

Bolsas de Estudo na Batalha

Jardim-de-infância - Sala 1

O Município da Batalha informa que o período de apresentação das candidaturas/ renovações à atribuição de bolsas de estudo está a decorrer até 15 de Outubro. Os interessados deverão preencher e entregar na autarquia o requerimento e o formulário de candidatura, de acordo com o regulamento disponível em www.cm-batalha.pt. Para outros esclarecimentos, poderão contactar o Gabinete de Desenvolvimento Social, pelo telefone 244769110 ou pelo endereço redesocial@cmbatalha.pt.


Jornal da Golpilheira

. destaque .

Setembro de 2009

Reunião de pais

Câmara esclarece decisão 1.º CEB - 1.º e 3.º anos (ainda sem a professora Nathalie)

1.º CEB - 2.º ano com a professora Maria José

1.º CEB - 4.º ano com o professor Manuel Ribeiro

Acesso à escola volta a ter dois sentidos Realizou-se, no dia 14 de Setembro, véspera de abertura de aulas, uma reunião dos professores com os pais, tendo em vista a boa articulação para o decorrer das actividades. Falou-se de programas, calendários, material escolar, procedimentos regulamentares e... claro, da Gripe A. Sem alarmismos, importa salientar a prevenção, onde a higiene cuidada tem um papel fundamental. Uma das questões abordadas foi o regresso dos dois sentidos de trânsito na rua do Paço, que serve de acesso à escola do 1º CEB da Golpilheira. Alguns dos presentes manifestaram incompreensão pela marcha-atrás na decisão de ali se circular apenas num sentido, assunto que ali foi apresentado pela presidente da Comissão de Pais como consequência do caso particular de acesso a uma moradia. Deu-se a entender que “com alguma boa vontade” do proprietário, a via poderia continuar a ter sentido proibido ascendente. O Jornal da Golpilheira foi saber junto da Câmara da Batalha quais os verdadeiros motivos da decisão. Segundo comunicado da autarquia (ver publicação integral na pág. 11), ao longo do período em que vigorou o sentido único (Setembro de 2008), a Comissão Municipal de Trânsito recebeu nota de situações “que poderiam pôr em risco pessoas e bens”. Partindo da sinalização destes casos, a comissão fez com a GNR uma verificação no local e, em relação ao referido morador, constatou “a impossibilidade de aceder à via pública no sentido de circulação do trânsito automóvel”. Verificou, além disso, que “pode estar em causa a segurança de pessoas e bens” por outros motivos, como o facto de “alguns condutores aumentarem significativamente a velocidade instantânea no troço da rua em causa”. A conclusão é que a alteração que fora efectuada “visava uma melhor fluidez do trânsito junto à escola do 1º CEB da Golpilheira, o que não se tem verificado”. Foi em resultado deste processo que a Comissão de Trânsito ditou o seu parecer: “após cumpridas todas as formalidades legais, sejam repostas as condições de trânsito anteriormente existentes”. Verifica-se, assim, que o problema não era apenas a impossibilidade de um morador sair de casa sem efectuar manobras de alto risco, mas também “a constatação de excesso de velocidade e infracção frequente à proibição, inclusive com condutores a subir de marcha-atrás em sentido proibido”, como relata a GNR, o que tornava a estrada ainda mais perigosa para os condutores e, sobretudo, para as crianças que passam a pé na faixa de rodagem, pois não têm passeio. Perante este cenário, faz todo o sentido o apelo final que foi feito na reunião de pais: apesar de ter dois sentidos, será bom que os pais procurem circular sempre em sentido descendente, sobretudo nas horas de maior fluxo de entrada e saída de alunos, pois o cruzamento de veículos é impossível em grande parte da rua. Ao mesmo tempo, pelo facto de ter dois sentidos, deverão conduzir a baixa velocidade e com todo o cuidado, pois poderão cruzar-se com veículos ou peões e só assim evitarão com segurança o eventual risco de acidente grave. LMF

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. campanha eleitoral .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2009

Candidatos ao Município da Batalha

Horácio Moita Francisco

José Joaquim Filipe Valentim

Francisco Meireles

António Lucas

CDS-PP

CDU

PS

PSD

Porque somos defensores da Coerência, da Dignidade e da Seriedade, ao contrário do nosso adversário, que já tem 16 anos de poder + 4 de vereador, o que temos de considerar ser muito tempo, para pouca obra feita. Para além de ter vendido a sua alma, a troco não sabemos de quê, nem porquê. Mas, possivelmente, poderemos pensar? Por acreditarmos, e estarmos dispostos a trabalhar pelo concelho, para encontrar soluções para os muitos problemas que afectam as populações da, em suma, a Batalha, Golpilheira, Reguengo e São Mamede. Porque não queremos, nem desejamos ver, o adiamento de projectos prometidos e não cumpridos há mais de 12 anos, não vamos, nem desejamos fazer promessas em vão. Vamos ter um lema para cumprir, que é Trabalho, Trabalho e muito Trabalho, na defesa do projecto em que acreditamos, “a Batalha em Acção, um projecto para o Concelho”, nas áreas da Saúde, Cultura, Associativismo, Desportiva, Juventude, Modernização Autárquica, Educativa, Formação Profissional, Informação e Comunicação Social, Agrícola, Politica Social e Terceira Idade, Transportes e Acessibilidades, Habitação e Urbanismo, Ambiente, Turismo, Desenvolvimento, Saneamento, Infra-estruturas, Económica, Comercial e Industrial. A candidatura CDS/Indep., liderada por Horácio Francisco e a sua equipa, assume ambicioso projecto para a Batalha, garantindo estar já a trabalhar, para assim que for eleita, tomar decisões inadiáveis que, em “quatro anos, coloquem o Município da Batalha, na rota da inovação e do desenvolvimento”. Queremos acabar com 12 anos de inércia de António Lucas, agravados nestes últimos 8 anos, com a bandeira do PSD, o concelho tem vindo a sentir a sua mudança pela negativa, devido à clara incapacidade vivida pelo seu actual presidente, que apenas é bom a fazer a política de charme e da demagogia. Em contraste, com a inovação e progresso, de crescimento e desenvolvimento que o CDS levou a cabo, enquanto esteve à frente dos destinos do concelho, cujos frutos foram visíveis entre 1989 e 1997, com Raul Castro. Daí que a candidatura do CDS/Indep. à Câmara Municipal e aos restantes órgãos sinta que a CÂMARA VAI MUDAR, a BATALHA VAI GANHAR. Também a população do concelho aparenta estar com essa forte vontade, de recuperar o tempo perdido e fazer uma Batalha próspera, sem a política da hipocrisia e da demagogia.

As eleições autárquicas vão realizar-se num quadro de crise económica, social e financeira bastante grave, cujas consequências económicas atingem gravemente a região e o concelho da Batalha em particular. Todos sentimos diariamente o agravamento das condições de vida e de trabalho. O concelho tem hoje cerca de 500 desempregados. Os candidatos da CDU são mulheres e homens da nossa terra, que a estimam e querem dar o seu contributo para que se torne um lugar melhor para viver e trabalhar. Merecem confiança, porque se revelaram na luta por melhores condições de vida e de trabalho. A CDU defende a modernização dos Serviços Administrativos, melhor articulação com as Freguesias, o reforço dos Serviços do Município a fim de garantir a maior capacidade da realização directa. A CDU trabalhará pela rápida concretização dos investimentos prometidos para a Freguesia da Golpilheira, pelo correcto ordenamento do território, modernização da agricultura, de condições para a fixação da indústria, o desenvolvimento do comércio, do turismo. O desenvolvimento equilibrado e sustentado do concelho. A gestão sustentável dos recursos disponíveis, a defesa dos recursos hídricos, do Rio Lena, do ambiente, dos recursos naturais. A CDU defenderá a Escola Pública, com refeitórios de qualidade e dotada dos meios indispensáveis à conveniente formação dos jovens. A qualidade do ensino profissional iniciado pela Escola de Artes e Ofícios Tradicionais da Batalha, cuja tentativa de encerramento foi contrariada pelo deputado do PCP, Miguel Tiago, agora integrada nas Escolas Secundárias. A qualidade da rede pré-escolar e das actividades de tempos livres. Serviço de Atendimento Permanente na Batalha, uma rede de Centros de Dia, uma rede de serviços de apoio social. A qualificação da rede viária, o IC 9 e a variante do IC 2 sem portagens. Para a melhoria da qualidade de vida na nossa terra, é indispensável eleger os candidatos da CDU. O compromisso assumido pelos candidatos da CDU merece toda a Confiança.

Enquanto candidato à Câmara Municipal da Batalha e sendo fiel ao meu princípio de equidade de todas as freguesias na distribuição de recursos e serviços, proponho-me tratar a Golpilheira, atendendo à exiguidade das receitas de uma freguesia pequena e sem muitos recursos económicos que lhe permitam um plano de desenvolvimento sustentado, de modo a que os seus habitantes possam usufruir das mesmas condições que os habitantes de qualquer outra freguesia do concelho. Particularmente gostaríamos de ver a Golpilheira servida por uma rede viária de qualidade, com passeios de protecção aos peões, com um percurso pedonal que a ligasse à Batalha pelas margens do Lena, um pavilhão Gimnodesportivo digno (que tem pelo menos 4 anos de atraso), um sistema de regulação do caudal do Lena de modo a estender o espelho de água até à Golpilheira mantendo o nível freático que sempre serviu o vale e que agora se encontra em perigo. Penso ainda, em colaboração com a Câmara de Leira, melhorar a mobilidade dos golpilheirenses em direcção a Leiria, requalificando a velha estrada da Malaposta e criando um eixo viário Casal Mil Homens – Casal da Cortiça – Leiria. Relativamente à área da saúde, a Unidade de Saúde da Golpilheira será integrada na Unidade de Saúde Familiar (USF) de modo a que, no horário não abrangido pelo médico de família residente, os utentes possam ser sempre atendidos sem necessidade de recorrer ao SAP. As USFs regem-se pelo princípio de atendimento no dia a todos os utentes que a ela se dirijam, o que irá varrer definitivamente da memória dos golpilheirenses as noites passadas à porta da Unidade de Saúde para conseguir uma consulta e que actualmente já se não verifica. Vamos ainda implementar um serviço moderno, no âmbito do Simplex, para marcações de consultas e renovação de receituário para doenças crónicas via Internet. Podem os golpilheirenses contar comigo para todas as ocasiões e dificuldades. Se for Presidente será para estar ao serviço das populações, promover o seu bem-estar e aumentar a sua qualidade de vida.

Porque devem votar na minha lista para a Câmara Municipal? Porque não devemos correr riscos desnecessários, votando no desconhecido, quando podemos escolher quem tem provas dadas, quem tem as melhores e mais capazes equipas, quem já demonstrou que a honestidade e a competência são pontos de honra; Porque sabem que ninguém destas equipas se aproveitará dos lugares públicos para daí retirar benefícios pessoais; Porque sabem que conhecemos bem a Lei, os circuitos do Estado e da Administração, facilitando a resolução de problemas; Porque sabem que iremos continuar a ter fortes preocupações de carácter social, através da implementação de mais programas e medidas que facilitarão a vida aos mais desfavorecidos, como é o caso do apoio nos medicamentos, das isenções e reduções nas mensalidades de ATL e refeições das escolas, da criação de centros de convívio para idosos, da criação do banco de ajudas técnicas, da boa articulação com as IPSS e colectividades, da criação do banco de voluntariado, da criação em parceria da loja social; Porque sabem que continuaremos a manter o concelho com elevados índices de qualidade de vida; Porque sabem que continuaremos a pagar a tempo e horas aos nossos fornecedores; Porque sabem que iremos aproveitar até ao último cêntimo todas as verbas do QREN, para tornar o concelho da Batalha ainda mais desenvolvido e sustentável; Porque sabem que temos já garantidos investimentos apoiados pelo QREN no montante de 20 milhões de euros; Porque sabem que connosco as termas serão uma realidade; Porque sabem que continuaremos a apostar fortemente na educação, no desporto e na cultura, áreas fundamentais para o desenvolvimento equilibrado de qualquer sociedade; Porque sabem que a educação será sempre prioridade com qualidade, arrancando os ATL e refeições na hora certa, para melhorar as condições de vida das jovens famílias; Porque sabem que implementámos o FINICIA e o Micro Crédito e tudo iremos fazer para continuar a criar boas condições para as empresas gerarem emprego e riqueza; Enfim, porque sabem que a porta da vossa Câmara estará sempre aberta. Quanto aos projectos mais específicos, encontram-se disponíveis no endereço www.batalhasolidaria.com.


Jornal da Golpilheira

. campanha eleitoral .

Setembro de 2009

Candidatos à Freguesia da Golpilheira

AUTÁRQUICAS 2009 DEBATE

Anabela Lopes

José Carlos Ferraz

Carlos Alberto Monteiro dos Santos

CDS-PP

PS

PSD

As razões para acreditar numa mudança sustentável são mais que muitas. Se por um lado é preciso desenvolver e inovar, por outro é fundamental não comprometer o futuro dos habitantes. É este futuro que nos preocupa, e que foi o mote principal da candidatura do CDS/Independentes à freguesia da Golpilheira. Com a liderança de Anabela Lopes e toda uma equipa determinada e dinâmica nos mais variados níveis, sem dúvida que seremos capazes, não apenas de ver, mas sobretudo de vencer barreiras. São as pessoas que fazem parte desta equipa o factor chave para impulsionar mais-valias à freguesia, e com elas, temos ainda a certeza que os egoísmos e demais interesses altruístas serão deixados de lado. A realidade salta à vista de todos, e não somente dos mais atentos. As necessidades ao nível estrutural são muitas, não apenas no que respeita à área desportiva, mas também no que concerne aos aspectos sociais e culturais associados à Golpilheira. Preocupamnos as pessoas desta freguesia. Sabemos que há muitas coisas por cumprir, pelo que não vamos acrescentar mais promessas ao rol que teima em existir. Prometemos sim, uma política de trabalho e de luta, uma política que acompanhe de perto as necessidades e os direitos fundamentais da nossa freguesia. É imprescindível impulsionar o tão falado polidesportivo, que infelizmente volta a ser alvo de campanha. Propomo-nos a valorizar não apenas o desporto e os jovens, mas também a nossa população idosa, com a criação de condições que satisfaçam necessidades básicas. Desenvolveremos as estruturas rodoviárias, a iluminação pública, a formação dos habitantes, as actividades lúdicas e a criação de espaços de recreio. Não esqueceremos as actividades ambientais e o apoio à agricultura. Reconhecemos que o tempo é de crise, mas temos de ser persistentes e acima de tudo valorizar os recursos da nossa própria freguesia. Dia 11 de Outubro será o marco da mudança para todos aqueles que acreditam num futuro melhor, e que assim depositam a confiança em nós. Conscientes de todas as dificuldades, uma certeza indiscutível temos, tal como o CONDESTÁVEL VAMOS LUTAR e desta forma a JUNTA VAI MUDAR, a GOLPILHEIRA VAI GANHAR.

A equipa que concorre à Junta de Freguesia da Golpilheira é constituída por gente dinâmica, experiente e conhecedora da realidade da Golpilheira. Uma equipa sem interesses pessoais, disposta a trabalhar com responsabilidade e isenção durante todo o mandato e não apenas no início e no final quando as eleições estão à porta. Sendo o nosso lema “A Golpilheira é a nossa casa”, é nossa intenção chamar todos os golpilheirenses a participar na definição de prioridades e identificação das situações que contribuam para a melhoria da qualidade de vida, desenvolvimento e bem-estar efectivo da população. Propomo-nos, entre outras coisas, promover a melhoria da acção social, da saúde e da segurança das populações; promover o desenvolvimento urbanístico; promover o desenvolvimento económico e ambiente; promover a educação e a cultura e apoiar e promover a juventude e o desporto. Pretendemos e tudo faremos para sermos uma Junta de Freguesia que colabore com a Câmara Municipal, mas saiba ser crítica e independente quando os valores e ambições da freguesia da Golpilheira estiverem em causa. Pretendemos ainda que o funcionamento da Junta seja transparente, com objectivos práticos e que correspondam aos anseios da população. Contamos com a confiança e apoio de toda a população, porque “A Golpilheira é a nossa casa” e por ela estaremos disponíveis para trabalhar e dar o nosso melhor.

Candidato-me a um segundo mandato, porque entendo ser fundamental seguir o rumo que nos últimos quatro anos foi traçado, e o apoio que me tem sido transmitido motiva-me a continuar a transformar a Freguesia passo a passo e de acordo com as prioridades gerais. Conseguimos educar a maioria dos golpilheirenses, no sentido de perceberem as reais competências de uma Junta de Freguesia. Pedem-nos mais do que aquilo que podemos e conseguimos fazer, mas nunca diremos que não vamos tentar responder aos anseios da população. Seremos, como fomos, mais uma força do vosso lado. Neste momento, lidero uma equipa renovada e dinâmica, com provas dadas ao serviço da comunidade e da imagem que os golpilheirenses têm da sua Junta de Freguesia, a forma como as questões são abordadas directamente pelo executivo, sem tempos de espera, nomeadamente na parte de secretariado. No entanto, facilmente diagnosticamos a falta de uma infra-estrutura de apoio aos mais velhos, que passam os dias sozinhos. Ainda neste mandato e durante a construção do edifício-sede da Junta de Freguesia, decidimos que o espaço do piso inferior seria para ocupar com um centro de convívio para satisfazer essa necessidade. Basta que um grupo de voluntários se reúna e crie uma dinâmica que permita a abertura do espaço, ainda antes do final do ano de 2009. No próximo mandato, continuaremos a tentar encontrar um espaço junto ao rio Lena para lançar um parque de lazer. Nunca é demais lembrar que a Golpilheira é das poucas freguesias da região que não tem baldios a gerir, daí a dificuldade de recorrer a um privado. Lembro, também, o papel fundamental que a Junta de Freguesia irá ter para a construção do pavilhão desportivo: o projecto é da nossa autoria e o Município avançará com a obra (cerca de 600 mil euros), assim que tiver autorização do Ministério do Ambiente. Resumindo, se novamente for merecedor da confiança dos eleitores, continuarei a ser o que fui, abordando com frontalidade e estando presente onde me compete estar.

Método Para ajuda ao esclarecimento dos nossos leitores, pedimos a cada cabeça de lista dos partidos candidatos à Câmara da Batalha e à Assembleia de Freguesia da Golpilheira um texto livre sobre as suas propostas eleitorais. A todos foi dado o mesmo espaço, que usaram livremente. Salvo algum erro ortográfico, não fizemos qualquer tratamento aos textos enviados. Publicamos as respectivas colunas pela ordem alfabética do nome dos partidos.

GOLPILHEIRA 25 ANOS! CENTRO RECREATIVO 5 de Outubro • Segunda-feira 21h00 VENHA OUVIR

o que defendem os candidatos à Junta da nossa Freguesia!

VENHA ESCLARECER

os problemas que afectam a nossa população!

VENHA COLABORAR

na discussão dos caminhos a trilhar para o nosso futuro!

Listas de candidatos à Freguesia da Golpilheira CDS

Anabela Ferreira Lopes Paulo Jorge da Cruz Bagagem Filomena Maria Bento Monteiro de Meneses Margarida Vieira Grosso de Matos Luís de Sousa Guerra Maria da Luz do Rosário Rodrigues Ferraz

PS

José Carlos Reis Ferraz Joaquim Monteiro Filipe Vieira Maria Irene Moreira de Sousa Paulo José Alves Ferreira Joaquim Manuel Bento Monteiro Sandra Isabel Soares Alves Paulo Jorge de Almeida Vieira Marta Inês Valério da Silva Carlos Miguel da Silva Moreira

PSD

Carlos Alberto Monteiro dos Santos José dos Santos Silva Maria de Fátima Carreira de Sousa Joaquim Lopes Cruz Cesário Rodrigues dos Santos Cristina Maria de Carvalho Agostinho Paulo Manuel Rodrigues Antunes Rito Armando Pereira de Sousa Joana Rita Grosso Valério

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. sociedade .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2009

Criatividade nas ATL

2.ª edição do evento

Noite de fados em S. Bento Devido ao sucesso da 1.ª Noite de Fados de S. Bento, realizada no ano passado, a Comissão da Igreja daquela localidade irá realizar, no mês de Novembro, mais uma edição do evento. Oportunamente serão divulgados os nomes dos fadistas e músicos convidados, bem como a data concreta deste serão musical e de convívio, que no ano passado esgotou a lotação do salão de festas de S. Bento. Espera-se igual sucesso nesta segunda edição da iniciativa, cuja receita reverte para os fundos da igreja.

Há quem diga que as crianças já não sabem brincar, inventar jogos e actividades, divertir-se. Mas, de vez em quando, surgem sinais de que a criatividade própria da infância não está morta. Tal como fizeram os pais e os avós, eles conseguem fazer as suas próprias brincadeiras e sabem organizar-se em torno de um projecto de grupo. Se os mais velhos tiveram de construir os seus carrinhos e bonecas, porque a necessidade económica a isso obrigava, talvez os mais novos não o façam porque os pais os enchem de brinquedos pré-fabricados, consolas de jogos, computadores e televisões no quarto. E se os mais velhos corriam, jogavam a bola na estrada e subiam as árvores, porque as casas eram pequenas e brincar era na rua, talvez os mais novos não o façam porque têm palacetes com salas enormes e os pais não os deixam sair porque podem magoar-se e assim é mais fácil tê-los debaixo de olho. Vem isto a propósito da brincadeira que os peque-

DR

Teatro e baile de máscaras

Não esqueceram os agradecimentos

nos decidiram organizar no último dia das Actividades de Tempos Livres (ATL) na Golpilheira. Ao verem o filme de um espectáculo de patinagem sobre o Aladino, pensaram em recriar essa peça e puseram mãos à obra. Criaram os textos abreviados, arranjaram os fatos com roupas do Carnaval que tinham em casa, andaram a ensaiar uns dias. Sozinhos e apenas com o olhar atento e uma ou outra achega das animadoras. No dia da peça, convidaram algumas pessoas e conseguiram meia dúzia delas para a

assistência, onde ficaram também muito atentos os mais pequeninos. O espectáculo foi um sucesso e, no fim, “o Aladino e a Princesa viveram felizes para sempre”. Mas a festa não se ficou por aqueles 10 minutos teatrais. Já que os fatos de Carnaval estavam à mão, seguiu-se um baile de máscaras, onde todos os presentes foram convidados ao “samba”. Uma avó tirou as fotos, que nos enviou com o relato desta tarde divertida. E parece que até há filme desta produção infantil...

Estão de parabéns os meninos e meninas que organizaram, as animadoras que deram espaço à criatividade, e também o público que foi lá aplaudir. E fica no ar a sugestão: deixem os vossos filhos inventar, mesmo que façam alguma asneira, mostrem-lhes como é saudável pular e saltar, mesmo que arrisquem uma nódoa negra, incentivem-nos a deixar as televisões, mesmo que isso vos obrigue a sair também do sofá... Luís Miguel Ferraz

Fortalecer os laços Realizou-se, no passado dia 22 de Agosto, um encontro de membros da família Verde, com raízes e ainda muitos residentes na Golpilheira. Começou com a celebração da Missa de acção de graças e de memória pelos já falecidos, na igreja de S. Bento, seguindo-se um almoço de convívio no salão de festas daquela igreja. Juntando algumas dezenas de pessoas que quiseram assim

fortalecer os seus laços familiares, o evento foi também um encontro intergeracional, entre avós, filhos e netos. Nalguns casos, foi também ocasião para o conhecimento de pessoas que entretanto se juntaram ao “clã” pelo casamento, bem como dos respectivos descendentes. Foi um belo momento de confraternização, quem sabe também o mote para que outras famílias lhes sigam o exemplo.

LMF

Encontro da família Verde

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Jornal da Golpilheira

. cultura .

Setembro de 2009

“As Lavadeiras do Vale do Lena”

Rancho da Golpilheira em Espanha

Abre com o almoço dos idosos e fecha com o almoço dos amigos

16.ª Semana Cultural da Golpilheira Está já definido o programa da 16ª edição da Semana Cultural da Golpilheira, organizada pela nossa colectividade, que pode ser consultado na última página desta edição. Destacamos a abertura, no dia 18 de Outubro, com mais um almoço oferecido às pessoas idosas da freguesia, bastando que se inscrevam no bar do CRG. E destacamos também o encerramento, no dia 25, com mais um “Almoço dos Amigos”. Para além do convívio proporcionado por este evento, é uma forma de angariar alguns fundos para conseguirmos levar a bom porto a nossa colectividade. Os interessados em fazer parte desta grande festa poderão adquirir o seu bilhete no bar do CRG ou junto de qualquer elemento da direcção. Vamos todos participar neste evento, pois a união faz a força.

Arranque das secções MCR

O rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do Centro Recreativo da Golpilheira, efectuou uma digressão à Espanha, entre os dias 16 a 21 de Julho passado. Não tivemos oportunidade de falar pormenorizadamente deste assunto em edições anteriores, mas ainda vamos a tempo de revelar aos nossos leitores alguns pormenores dessa viagem. Saímos da Golpilheira pelas 08h00 do dia 16, para uma viagem cheia de boa disposição de todos os elementos. Parámos em Valença para almoçar, num parque perto dum bar-restaurante, cuja proprietária nos convidou a almoçar na sua esplanada, visto que estava a chover. Foi muito simpática para nós. Lá almoçámos, com a partilha da comida que todos levaram. Chegámos a Espanha por volta das 17h30 (hora local), onde fomos bem recebidos. De seguida, fomos ver o local onde íamos ficar instalados durante aqueles dias. Durante a nossa estadia, fomos muito bem tratados a todos os níveis. Esperamos que para o ano consigamos

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Desfile pelas ruas espanholas

retribuir ao grupo de Neron da mesma forma, aquando da sua deslocação a Portugal, para participar no nosso XXI Festival de Folclore da Golpilheira. Tínhamos em agenda a participação em quatro festivais, mas um foi cancelado, devido ao mau tempo. Assim, no dia 17, participámos no XVII Festival Internacional de Folclore, em Murgados. No dia 19, actuámos na Romaria de Música e Dança – Festival Internacional de

Outras actuações O nosso rancho folclórico efectuou diversas actuações durante o ano, em festivais e outras festas, como passamos a indicar: 26-04 – Peregrinação Anual a Fátima 8 e 9-05 – Organização das Tasquinhas 30-05 – FIABA na Batalha 14-06 – Inauguração da Junta de Freguesia da Golpilheira 20-06 – Festival de Folclore em Penacova 28-06 – Restaurante Solar dos Noivos 4 -07 – Festival de Folclore em Torres Novas 11-07 – Festival de Folclore na Golpilheira 15 a 21-07 – Deslocação a Espanha 2-08 – Festa religiosa na Golpilheira 9-08 – Festa religiosa nas Torrinhas 14-08 – Festival de Folclore em Soure 5-09 – S. Mamede inauguração de Centro de Dias para Idosos 6-09 – Tasquinhas em Casal de Lobos – S. Mamede 13-09 – Festival de Folclore em Lisboa 20-09 – Mercado do Século XIX na Batalha

Folclore de Brión. E no dia 20, estivemos no Festival Internacional de Folclore de As Pontes. Os grupos que integraram estes festivais connosco foram a Banda de Gaitas “Alfaia” das Pontes (Espanha), o Conjunto de Dança Popular Siberiano (Sibéria), o Taller de Danças Nativas e Formación Artística de “Huayra Mujov” (Argentina), o Grupo de Danças “Kundzia” (Polónia), o Grãos de Luz e Grió (Brasil) e a Escola Municipal de Baile Galego e Pandeireta de Brión (Espanha). Foram festivais espectaculares, presenciados sempre por muito público, que pôde verificar a diversidade de cada um dos grupos participantes, todos diferentes, mas todos iguais, representado e defendendo o folclore que une todos os países. Depois de todas estas actuações, e com a consciência tranquila do dever cumprido, tivemos uma boa viagem de regresso a Portugal.

Festival da Golpilheira Queremos também dar uma nota sobre o nosso Festival de Folclore, integrado no 40.º aniversário do Centro Recreativo da Golpilheira, realizado no dia 11 de Julho passado. Para além do nosso Grupo, que representa o Folclore da Alta Estremadura, participaram os seguintes: Rancho Folclórico de Santo António, da Covilhã, em representação do folclore da Beira Baixa; Grupo Folclórico “Os Fontineiros da Maia”, representando o folclore da Beira Baixa; e Rancho Folclórico de Torres Novas, em representação do folclore do Ribatejo. Foi mais um evento organizado pelo nosso Grupo, que já vai na vigésima edição. Apesar das actuais dificuldades, foi mais um evento de sucesso, ao qual não faltou uma numerosa assistência, que não se cansou de aplaudir todos os grupos folclóricos presentes. Manuel Carreira Rito

Actividades do Centro Recreativo Música As inscrições para a Escola de Música do CRG ainda se encontram abertas, começando as aulas nos primeiros dias do próximo mês de Outubro. Estas inscrições podem fazer-se junto do bar da colectividade. Dança As aulas da Escola de Dança iniciaram no dia 15 deste mês, mas as inscrições ainda continuam abertas. Pode ser contactada a professora Liliana Ramos (919431297) ou o CRG (244768568). Entretanto foi já definido o horário: Nível I – Iniciados – Terças-feiras às 18h00 Nível II – Intermédios – Quintas-feiras às 18h00 Nível III – Bi-semanal – Segundas e Quartas-feiras às 18h10 Nível IV – Avançados – Terças-feiras às 19h20 Ginástica (Aeróbica, Step, Localizada, Fitball) As aulas já se iniciaram no dia 15 do corrente mês, mas ainda podem fazer a vossa inscrição. Pode ser contactada a professora Liliana Ramos (919431297) ou o CRG (244768568). Entretanto foi já definido o horário: Terças e quintas-feiras às 20h40 Ginástica geriátrica Patrocinadas pela Câmara Municipal da Batalha, decorrem, duas vezes por semana, no salão da nossa colectividade, sessões de ginástica geriátrica, dirigida aos “jovens da terceira idade). São às quartas e às sextasfeiras, das 09h00 às 09h50. pub


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. cultura .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2009

XIV Festival “ACASO” O auditório municipal da Batalha recebe, nos meses de Outubro e Novembro, alguns espectáculos integrados na XIV edição do Festival de Teatro “Acaso”, uma organização do grupo “O Nariz”. O primeiro espectáculo decorre no dia 28 de Outubro, às 21h30, com a participação do conhecido actor Filipe Crawford.

Biblioteca Municipal da Batalha

“A Hora do Conto” pirata A iniciativa “A Hora do Conto” promete continuar a encantar os mais novos no mês de Outubro, com a dramatização de uma história infantil. As sessões dirigidas às escolas do Concelho decorrem às segundas, quartas e sextas-feiras, enquanto aos Sábados (primeiros e quartos de cada mês) o espaço recebe as crianças na companhia dos pais. Tendo como objectivo promover os hábitos de leitura, “A Hora do Conto” aposta nas capacidades de interacção do texto e do cenário, que desta vez recria um barco pirata e toda a sua envolvência.

Galeria Mouzinho de Albuquerque - Setembro

“Inconstâncias” de Andreia Monteiro Andreia Monteiro, natural da Batalha e estudante de Artes Visuais no Algarve, expõe pela primeira vez as suas obras na Galeria Mouzinho de Albuquerque. Apesar do seu, ainda, reduzido currículo, demonstra uma crescente maturidade nos seus trabalhos, procurando encontrar o seu caminho no seio de diversas formas de expressão artística, designadamente na pintura, na fotografia e na escultura. A mostra ficará patente ao público até 27 de Setembro, podendo ser visitada de semana das 14h00 às 21h00 e aos fins-de-semana, das 11h00 às 22h00.

Galeria Mouzinho de Albuquerque - Setembro

Pintura de José António Varatojo É um dos grandes nomes das artes plásticas, com grande reconhecimento nacional e internacional. Natural de Leiria, José Varatojo tem actualmente obras da sua autoria expostas em Nova Iorque, Japão, Escandinávia e em Portugal. Recorrendo ao estilo contemporâneo, a pintura de Varatojo remete-nos para uma dimensão artística de grande qualidade, com um forte sentido de expressão. A exposição na Batalha estará patente na Galeria Mouzinho de Albuquerque, de 2 a 18 de Outubro, podendo ser visitada diariamente das 14h30 às 17h00.

No Mosteiro da Batalha

“Jornadas Europeias do Património” Inseridas nas actividades das “Jornadas Europeias do Património 2009”, nos dias 25, 26 e 27 de Setembro de 2009, realizam-se algumas iniciativas na vila da Batalha. No dia 25, às 10h00, 14h00 e 15h30, será organizada uma visita, devidamente acompanhada, pelos espaços do mosteiro, procurando que as pessoas se identifiquem com o monumento. A visita destina-se ao visitante ocasional e não precisa de marcação prévia. Às 21h00, realizar-se-á uma oficina de história das artes sobre “Grafitti antigos no Mosteiro da Batalha”, presidida por Jorge Estrela. A entrada será pela porta de saída dos visitantes, como já vem sendo habitual. É uma oficina destinada ao público

em geral. Para cerca de 20 pessoas. No dia 26, às 10h00, 14h00 e 15h30, repete-se a visita aos espaços do mosteiro. Às 17h30, “À Descoberta da Cerca Conventual da Batalha” é uma actividade que pretende oferecer a todos aqueles que nela desejem participar uma primeira abordagem à história da ocupação do espaço na zona que correspondeu ao território da cerca conventual da Batalha, desde a sua constituição até ao presente. Haverá um piquenique sensivelmente a meio do percurso. No dia 27, às 10h00, 14h00 e 15h30, haverá uma vez mais uma visita ao monumento histórico da Batalha. MCR

Teatro na Batalha

É sempre possível um novo olhar

“Festa dos Caracóis”

Romaria de Nossa Senhora do Fetal A paróquia do Reguengo do Fetal vai organizar, nos próximos dias 25 de Setembro e 3 e 4 de Outubro, mais uma Festa de Nossa Senhora do Fetal, também conhecida como “Festa dos Caracóis”, já que as procissões nocturnas são iluminadas por cascas de caracóis transformadas em candeias de azeite. A primeira procissão realiza-se nove dias antes do primeiro domingo do mês de Outubro. A imagem de

Nossa Senhora parte da ermida do Fetal na sexta-feira, dia 25, para a igreja paroquial, fazendo o percurso de regresso no sábado seguinte, dia 3 de Outubro, sempre pelas 21h00. No domingo de manhã, 4 de Outubro, começa pelas 11h30 uma procissão a partir da igreja em direcção à ermida, onde se celebra a Missa solene. A festa prossegue à tarde com o leilão das oferendas e o característico arraial. Como se percebe, uma

das atracções das festas são as iluminações realizadas com centenas de cascas de caracóis, colocadas ao longo do percurso e por toda a localidade, produzindo um belo espectáculo visual. A tradição pode explicar-se pelas origens agrícolas da freguesia, em que a quase totalidade da sua população se dedicava à produção de vinho, cereais, azeite, etc. O azeite, para além dos normais fins alimentares, era também utilizado nas

candeias, como combustível para iluminação, tendo começado a surgir o uso de cascas de caracóis como recipiente, no qual era colocado um pequeno pavio. Nos últimos anos, esta tradição tem sido alimentada, com muito trabalho e a colaboração das pessoas e entidades locais, o que resulta num crescente número de pessoas que visitam o Reguengo por esta ocasião.

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Setembro de 2009

Mercado do Século XIX na Batalha

Percurso pedestre nas Alcanadas

“Mata do Cerejal”

Um ambiente de memórias A praça Mouzinho de Albuquerque, na vila da Batalha, voltou a ser palco de mais uma reconstituição do Mercado do Século XIX, no dia 20 de Setembro. Organizada pela Câmara Municipal da Batalha, teve a colaboração do Rancho Folclórico do Penedo, do Rancho Folclórico Rosas do Lena e do Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do Centro Recreativo da Golpilheira, bem como de outros grupos folclóricos de localidades próximas.

Playstation do séc. XIX

Habilidades antigas

As reconstituições históricas, a venda de produ-

tos regionais, a animação da época, leitura da sina, tasca

O nosso rancho anima o terreiro

típica com vinho da região e sardinha assada, foram alguns dos ingredientes para uma tarde bem passada, que tem registado um crescente número de visitantes. Nesta edição, destacouse a presença de figurastipo dos diferentes grupos sociais da época, como o tira-dentes (barbeiro), o cego que diz “rimansos”, os burgueses, as lavadeiras, o aguadeiro, a carvoeira e a bendezeira. Em complemento, estiveram também disponíveis aos visitantes alguns jogos tradicionais do século XIX, como a corrida de frangos, a corrida com cântaros, o galo/malhão, a moedinha e o mioto. Texto e fotos: Manuel Carreira Rito

Tem lugar a 4 de Outubro a realização do percurso pedestre “Mata do Cerejal”, uma organização do Município da Batalha em parceria com o Centro Recreativo de Alcanadas. Este percurso inicia-se às 09h30, junto à Capela de São Mateus e, ao longo de seis quilómetros, percorre os principais locais de interesse do lugar das Alcanadas. Os interessados devem efectuar a inscrição, gratuitamente, até ao dia 1 de Outubro, via correio electrónico: cultura@cm-batalha.pt ou pelo telefone 244769110.

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DO CONCELHO DA BATALHA

CONVOCATÓRIA Nos termos do Art.º 20º do Regulamento Interno, convoco os Associados desta Associação, para a Assembleia Geral Extraordinária, que terá lugar no dia 02 de Outubro (sextafeira), pelas 20 horas, no Quartel, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto Primeiro . Aprovação da alteração dos Estatutos da Associação; Ponto Segundo . Assunção da obrigação de cuidar e ornamentar a campa da Associada Benemérita, Romana de Sousa Marques e do seu filho e trasladação do corpo deste; Ponto Terceiro . Apresentação da página de Internet da Associação;

Para divulgação junto de leitores e investigadores

Ponto Quarto . Outros assuntos de interesse para a Associação.

Batalha reúne livros históricos do País

Caso à hora marcada não esteja presente a maioria absoluta dos Associados, a Assembleia realizar-se-á uma hora mais tarde, em segunda convocação, com os Associados presentes, nos termos do nº 2 do Art. 15º do Regulamento Geral Interno.

A Biblioteca Municipal da Batalha está a desenvolver um projecto de permuta de publicações, que visa enriquecer o fundo documental alusivo à história, às tradições e à cultura dos diferentes municípios portugueses. Assente numa base de permuta, as publicações já recebidas pela Biblioteca

da Batalha vão permitir disponibilizar a leitores e a investigadores informação diversa sobre a realidade dos mais de 300 concelhos existentes em Portugal, reunindo dados sobre a gastronomia típica, factos históricos mais importantes, geografia, demografia, tradições populares, música

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e etnografia, entre outras áreas. Num processo só possível graças à colaboração e forte empenho dos municípios aderentes, as publicações editadas e coeditadas pelo Município da Batalha serão também remetidas às autarquias cooperantes, sendo depois

disponibilizadas nas respectivas bibliotecas e centros de estudos. Este fundo documental deverá ser disponibilizado aos leitores em finais de Outubro, após a devida inventariação numa base de dados específica.

Nota: A minuta da alteração dos Estatutos da Associação, para apreciação e discussão, poderá ser consultada, quer em suporte de papel no quartel, quer em formato digital no site da Associação (www.bv-batalha.pt), disponível a partir do dia 15 de Setembro de 2009. Batalha, 09 de Setembro de 2009 A Presidente da Assembleia Geral, Colette Pedrosa de Sousa pub

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Jornal da Golpilheira Setembro de 2009

DR

“Explosão” assusta no Celeiro Um curto-circuito ocorrido no primeiro fim-de-semana deste mês, próximo da subestação eléctrica do Celeiro, provocou “duas fortes explosões”, assim descritas pela população local. Após a denúncia dos moradores, a Câmara Municipal da Batalha voltou a questionar o Ministro da Economia e os responsáveis da REN e da EDP sobre o problema da concentração de linhas eléctricas existentes no local. A EDP confirmou a ocorrência de vários curtocircuitos registados “nas linhas Batalha – Azóia 1 e 2, a 60 kv”, que justificou com a “acumulação de poeiras nos isoladores, com origem em trabalhos agrícolas, combinada com a humidade nocturna intensa”. Esta razão não foi, no entanto, aceite pelo Município, “dado que os terrenos onde se verificou a explosão não estarem cultivados nem terem sido removidos”. Para António Lucas, presidente da autarquia, “o ocorrido vem colocar em causa, mais uma vez, a questão da segurança dos moradores daquele local”, e pergunta: “desta vez foi numa linha de 60 kv, mas que consequências existiriam se sucedesse numa linha a 400 kv?”. O autarca continua a defender que “é urgente tomar medidas para minorar o impacto que a concentração das linhas de média e alta tensão acarreta no Celeiro, nomeadamente através do enterramento dos cabos eléctricos no perímetro urbano”. Face ao chumbo da Assembleia da República ao projecto para a regulamentação das linhas de alta tensão, “deveria existir o princípio de precaução neste tipo de investimentos, salvaguardando-se em primeiro lugar as populações”, afirma.

Aulas em Dili

Convite aos professores Está em aberto um convite aos professores para leccionar, no próximo ano lectivo, na Escola Portuguesa de Dili, em Timor-Leste. São precisos: 3 educadoras, 2 professores de Português/Inglês, 1 de Físico-Química, 1 de Biologia e 1 de Filosofia. Os interessados poderão contactar o prof. Rui Menezes: 969038293.

Valorização das Estâncias Termais da Região Centro

Termas da Batalha com financiamento A Associação das Termas de Portugal (ATP) está a encabeçar uma candidatura ao Provere para valorização das estâncias termais da região, onde as futuras termas da Batalha estão já incluídas, com a “construção do corpo central da estância termal das Salgadas”. Segundo António Lucas, presidente da autarquia, “esta foi uma importante conquista nossa, ao garantirmos financiamento para o projecto das futuras Termas da Batalha, que na verdade apenas agora está a avançar, após a recente assinatura do contrato de concessão da termas ao Município”. A candidatura enquadra-se no âmbito da área temática “Recursos naturais para aplicações não convencionais de alto valor”, abrangendo um conjunto de “projectos focalizados nas águas minerais como elemento central para a combinação de actividades de turismo, com actividades nos domínios da saúde e da cosmética, proporcionando assim o surgimento de bens e serviços mercantis com uma forte ligação territorial, e aceitação nos mercados, em expansão, a nível de estratos populacionais diversificados”. Nessa linha, os investimentos assumem diversos objectivos estraté-

DR

Autarquia volta a questionar o Governo

Antigamente era assim...

gicos, tais como “reforço da competitividade, através da requalificação e sofisticação da oferta; estruturação de produtos turísticos compósitos, através da integração dos elementos de atractividade que o constituem (balneários termais, alojamento, gastronomia, actividades de animação, património, cultura, natureza, etc.); dinamização sócio-económica do território-alvo, como factor de atracção da procura nacional e internacional; implementação de um plano de marketing estratégico para melhorar a eficácia e rendibilidade; requalificação da envolvente natural e edificada das estâncias termais que valorizem turisticamente o destino; aposta na certificação da qualidade e na investigação aplicada e formação

especializada como factor de competitividade para a diferenciação, valorização e qualificação da oferta”. Nesta candidatura conjunta estão envolvidos 15 municípios, mais de duas dezenas de empresas e algumas outras instituições, numa lógica de rede

que pretende a valorização económica de um recurso endógeno inimitável e emblemático – estâncias termais –, maioritariamente localizado em territórios de baixa densidade. Abrange 16 das 20 estâncias termais da Região Centro, nomeadamente: Cúria, Vale de Mó, Luso, Monfortinho, Sangemil, Alcafache, Fonte Santa, Caldas da Rainha, Cró, São Pedro do Sul, Carvalhal, Salgadas, Manteigas, Felgueira, Longroiva e Vimeiro, distribuídas pelos conselhos de Anadia, Mealhada, Idanha-a-Nova, Tondela, Viseu, Almeida, Caldas da Rainha, Sabugal, São Pedro do Sul, Castro Daire, Batalha, Manteigas, Nelas, Meda e Torres Vedras.

Oito programas de acção aprovados no Provere

Investimentos de 1,2 mil milhões Esta é apenas uma das oito linhas de acção aprovadas no Provere para a região centro, com 197 projectos-âncora e 690 projectos complementares, correspondentes a um investimento público e privado superior a 1,2 mil milhões de euros. Destinado a “programas de acção colectiva para a competitividade dos territórios de baixa densidade”, este fundo do QREN disponibilizará 5,6 mil milhões de euros para 25 projectos em todo o País. Deste investimento, mais de 80% é realizado por empresas, tendo o investimento público uma função de “alavancagem do empreendedorismo privado”. Info: www.qren.pt.

Simlis leva às escolas o “Road Show da Água” Durante o ano lectivo de 2009/2010, a Simlis, empresa responsável pela gestão e exploração do Sistema de Saneamento do Lis, vai realizar um Road Show da Água, proporcionando aos mais jovens a realização de uma fantástica viagem ao mundo da água.

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Sensibilizar para a protecção dos recursos hídricos, fomentar o ensino experimental das ciências nas escolas, incentivar a população para a ligação ao sistema de saneamento, sensibilizar os cidadãos para a importância do tratamento das águas residuais,

demonstrar a importância da participação pública na melhoria da qualidade ambiental, através da adopção de atitudes ambientalmente correctas, são alguns dos principais objectivos desta apresentação itinerante que, durante o presente ano lectivo, irá

percorrer as escolas da região. Acções de sensibilização, experiências sobre a água, jogos lúdico-pedagógicos, acções de formação para professores, visitas de estudo, “Projecto Rios”, concurso “Sons do Nosso Rio” e muitas outras actividades serão orientadas

por monitores com formação adequada, que em contexto de sala de aula criarão um ambiente divertido e experimental, proporcionando a alunos e professores a aquisição de conhecimentos sobre a temática da água.


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. economia . desporto .

Setembro de 2009

Candidaturas até 15 de Outubro

Serviço assegurado no Município da Batalha

LMF

ADAE gere 15 milhões para a região “Pela nossa terra… Pelo nosso futuro” é o mote para um investimento de 15 milhões de euros, anunciado pela Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura (ADAE), para projectos direccionados às áreas social, turística e empresarial. A verba é disponibilizada no âmbito do programa comunitário Proder - Medida 3, direccionado apenas para algumas freguesias dos municípios que se inserem na área de intervenção da ADAE. Os projectos, com um prazo de execução de dois anos, podem ser apresentados pelas juntas de freguesia, associações ou promotores privados. “As minhas expectativas em relação ao número de projectos é boa, porque irão, com certeza, contribuir para o desenvolvimento desta região nas várias vertentes e com influência directa na economia real”, referiu o presidente da ADAE, Antonio Lucas, no decorrer da apresentação do programa, dia 4 de Setembro, na Batalha. Porém, nem todas as freguesias serão contempladas. O território a que se destina

Apresentação do programa

o Proder abrange – segundo a ADAE – os concelhos da Batalha, de Leiria (freguesias de Amor, Arrabal, Bajouca, Bidoeira de Cima, Boa Vista, Carreira, Carvide, Chainça, Colmeias, Milagres, Ortigosa, Regueira de Pontes, Santa Catarina da Serra e Santa Eufémia), da Marinha Grande (freguesia de Vieira de Leiria), de Ourém (freguesias de Atouguia, Cercal, Espite, Fátima, Gondemaria, Nossa Senhora das Misericórdias e Matas) e de Porto de Mós. A justificação prende-se com o facto de ser um território “brindado por uma apreciada heterogeneidade de recursos (agrícola, florestal, marítimo)”, ca-

racterizar-se por “uma forte concentração da população nos núcleos cujas acessibilidades e rede de transportes são mais vantajosas e ainda

nos principais núcleos urbanos” e, ao nível turístico, ser um “sector de actividade com elevado potencial estratégico”, que dispõe de “inúmeros recursos, a par da existência de algumas condições infra-estruturais favoráveis ao desenvolvimento desta actividade”. As candidaturas devem ser entregues na ADAE, até ao dia 15 de Outubro, sendo os resultados esperados no final do ano. Mais informações disponíveis em www.adae.pt e www.proder.pt. Pedro Jerónimo

Programa Proder É um instrumento estratégico e financeiro de apoio ao desenvolvimento rural do continente, para o período 2007-2013, aprovado pela Comissão Europeia. Co-financiado pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural em cerca de 3,5 mil milhões de euros, envolve uma despesa pública acima dos 4,4 mil milhões de euros. Decorrente do Plano Estratégico Nacional, que define as orientações fundamentais para a utilização nacional do FEADER, a estratégia nacional para o desenvolvimento rural escolhida em função das orientações estratégicas comunitárias, visa a concretização dos seguintes objectivos: Aumentar a competitividade dos sectores agrícola e florestal; Promover a sustentabilidade dos espaços rurais e dos recursos naturais; Revitalizar económica e socialmente as zonas rurais.

Golpilheira distinguida

II Gala do Futebol Distrital Decorreu no passado dia 18 de Setembro, no Teatro José Lúcio da Silva, a segunda edição da Gala do Futebol Distrital, com a participação dos vários agentes desportivos. Para além dos prémios entregues a muitas equipas, dirigentes e atletas, o presidente da Associação de Futebol de

Leiria (AFL), Júlio Vieira, realçou o trabalho incansável dos dirigentes e outros colaboradores. Por vezes no anonimato, mas sem o seu trabalho não era possível estarem inscritas mais de 700 equipas, que torna a AFL na quarta maior do País. Nesta gala estiveram em especial relevo as nossas

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equipas de futsal feminino, cujas conquistas na época passada foram as seguintes: Equipa Júnior - Campeonato 2008/09 e Taça Distrital 2009; Equipa Sénior - Super Taça 2008/2009, Campeonato Distrital 2008/2009 e Taça Distrital 2009. Foram ainda distinguidas, por serem atletas

internacionais de futebol de 11 sub 19, a Inês Cruz e a Carolina Silva. Prémios ainda para Liças, melhor jogadora sénior feminina, e para Teresa Jordão, melhor treinadora de futsal. O técnico distinguido indicado pela nossa colectividade foi Luís Almeida Rito. Manuel Carreira Rito

Gabinete de Inserção Profissional O Município da Batalha acaba de criar o Gabinete de Inserção Profissional (GIP), uma nova estrutura destinada a apoiar jovens e adultos desempregados, que procurem a inserção ou reinserção no mercado de trabalho. Na actual conjuntura económica e social, este serviço “foi uma prioridade da autarquia, traduzindo-se numa resposta social que visa contrariar os efeitos previsíveis do desemprego, designadamente, o consequente aumento dos casos de pobreza e de exclusão social”, afirma o presidente, António Lucas. O GIP funciona em cooperação com o Centro de Emprego de Leiria e pretende apoiar eficazmente os desempregados do concelho, em situação de primeiro ou de novo emprego. Assim, para além do apoio personalizado na procura de emprego ou formação profissional, fará ainda o controlo das apresentações periódicas dos beneficiários das prestações de desemprego. Numa preocupação de “atenção à realidade social e às situações de desemprego que se verificam na região e no concelho”, o Município da Batalha deseja ainda “trabalhar com as empresas locais, sensibilizando o tecido empresarial para a defesa dos postos de trabalho e encontrar estratégias conjuntas com os diversos parceiros sociais com vista à inserção profissional da população em idade activa em situação de desemprego”. O GIP funcionará no edifício da Câmara, com o seguinte horário: segundas-feiras – 09h00 às 12h00; terças e quintas-feiras – 14h00 às 16h30; quartas e sextas-feiras – 09h00 às 12h00 e das 14h00 às 16h30h.

Comunicado

Em reunião da Comissão Municipal de Trânsito de 16/9/2008, sob proposta da Junta de Freguesia da Golpilheira, foi solicitada a alteração de circulação de veículos na Rua do Paço, na Golpilheira, passando a via a ter apenas circulação descendente. Ao longo do período que decorreu entre a alteração efectuada e a reunião da Comissão Municipal de Trânsito, de 14 de Julho de 2009, foram elencadas e vertidas para a comissão, algumas informações que, a verificarem-se, poderiam por em risco pessoas e bens, nomeadamente, o aumento da velocidade instantânea no rua, principalmente na zona da Escola, e a impossibilidade de um morador efectuar a inserção da sua viatura, na faixa de rodagem. Os elementos da Comissão Municipal de Trânsito, deslocaram-se ao local para verificação in loco da situação. Uma vez no local, e para avaliação de um dos pressupostos enunciados, foi solicitado ao morador da habitação confinante com a escola, que efectuasse a manobra de saída com a sua viatura, no sentido descendente da via, sendo confirmada a impossibilidade da viatura ligeira de mercadorias, aceder à via pública, no sentido de circulação do trânsito automóvel. Face às situações verificadas, a Comissão Municipal de Trânsito decidiu elaborar a seguinte proposta. Considerando que, - Pode estar em causa a segurança de pessoas e bens. - A informação que nos foi veiculada, de que alguns condutores, aumentaram significativamente a velocidade instantânea no troço da rua em causa. - Considerando ainda que, a alteração presente à reunião de 16/9/ 2008, visava uma melhor fluidez do trânsito junto à Escola do 1º CEB da Golpilheira, o que não se tem verificado. A Comissão Municipal de Trânsito propõe que após cumpridas todas as formalidades legais, sejam repostas as condições de trânsito anteriormente existentes. Propõe-se ainda, que após a aprovação da alteração, além da colocação de editais, nos locais de estilo, seja solicitado ao Sr. Pároco local, a publicitação da alteração. Carlos Henriques Município da Batalha

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Atleta golpilheirense Olivier Pedroso ingressa no Centro de Alto Rendimento do Jamor

Cumprido o sonho de “chegar em primeiro lugar à minha terra”

Entrevista de Bárbara Abraúl

Por que clubes já correste? Actualmente corro pelo Maratona Clube de Portugal. Porém, iniciei-me na Juventude Vidigalense e agradeço muitíssimo ao Prof. Paulo Reis que sempre me apoiou. No que toca à próxima época, já recebi alguns convites importantes que estão a ser considerados, pelo que poderá haver novidades nesta matéria. Quais são as provas ou competições em que já participaste e que consideras mais importantes? O dia mais importante da minha curta carreira é, sem dúvida, o dia em que fui Campeão Nacional na disciplina dos 3000 metros de obstáculos, pois trabalhei quatro anos para conseguir esse objectivo. A primeira vez que representei Portugal teve, de igual forma, um grande valor para mim. A participação no Campeonato da Europa de Juniores em Novi Sad (Sérvia) foi um sonho tornado realidade, assim como o dia em que fiz os mínimos para esse mesmo campeonato da Europa.

DR

Também a minha estreia na 1ª divisão (equivalente à superliga no futebol), aos 17 anos, foi um ponto alto. Existe algum momento que te tenha marcado de um modo mais especial? Na realidade, até tenho muitos. O mais especial foi, sem dúvida, o de correr com as cores de Portugal. Mas existe um momento, tenho a consciência de que 99,9% dos atletas não diria o mesmo, que foi ganhar a geral da prova da minha terra (Mestre de Avis), sendo apenas júnior, que me realizou pessoalmente. Quando era mais novo pensava “um dia hei-de chegar em primeiro lugar à minha terra”, o que concretizei este ano. Também nunca esquecerei o meu primeiro dia em Lisboa: a poluição mal me deixava respirar e o meu treinador pôs-me logo a treinar com o olímpico António Travassos e outros dois colegas de treino que são profissionais. Eu tinha 17 anos e, como é óbvio, levei uma “coça”: fui o caminho todo a chorar para casa e essa semana foi muito difícil. Contudo, isso fez-me crescer e hoje penso que “eu quero treinar é com eles””. A minha primeira ida ao estrangeiro como atleta foi igualmente marcante, assim como correr ao lado do Rui Silva na prova que o homenageia, onde estavam milhares de pessoas a gritar “Vai Rui” – nunca tinha visto nada assim em Portugal. Há ainda a salientar

Campeonato Nacional

o facto que ter conhecido o meu actual treinador (Prof. Osvaldo Apolinário) revolucionou completamente a minha forma de treinar e a forma como encaro o atletismo. É notória a tua admiração pelos teus treinadores, mas quem é o teu grande ídolo no mundo do atletismo? A minha grande referência é o Stefano Baldini, campeão olímpico da Maratona em 2004. Mas, logicamente, também admiro muito os portugueses Carlos Lopes e Rui Silva. Em que pensas antes de uma corrida? Agradeço sempre a Deus a preparação ter corrido bem e, naturalmente, peço-Lhe forças para honrar a camisola que visto e para que, caso ocorram dificuldades, não ter medo

DR

Quantas horas treinas por semana? Treino, em média, três horas por dia, uma de manhã e duas ao final da tarde. Normalmente, faço os bidiários quatro vezes por semana. O domingo é a “folga”, o único dia em que tenho a certeza de que treino só uma vez.

Segues algum tipo de dieta? Tenho um cuidado geral com a minha alimentação, principalmente quando estou a competir. Na fase de treino gasta-se muito, pelo que também se come muito, e além disso mantenho uma atenção especial para com a hidratação. Ambos os aspectos são essenciais na parte do “treino invisível”, quando se quer evoluir. A tua família apoia-te? Sim. Não entendem algumas coisas específicas, porque “isto do atletismo” é muito mais do que correr, mas não me posso queixar e apoiam-me em tudo o que faço na vida. Quais são os teus grandes objectivos? O meu grande desejo inicial era levar o atletismo de uma forma profissional, o que acabou de acontecer

A concretizar o sonho de vencer a Mestre de Avis

Estás a tirar Gestão no ISCTE, em Lisboa. Sentes que há alguma área, estudos ou atletismo, que pode ficar para trás? O problema é que ficam as duas para trás, porque tento conciliar as duas e acabo por não estar ao nível que quero em nenhuma delas. No entanto, acho que este ano o atletismo se sobrepôs um pouco: em termos desportivos não fiz uma época de sonho, mas sim uma época surreal, este ano foi “super bom”. Agora já não vou ter tantas dificuldades, uma vez que vou alargar o meu prazo de finalização dos estudos para me dedicar à alta competição, mas sem esquecer a faculdade, claro. Esta sempre foi a minha vontade, porque já tinha percebido que para atingir os meus objectivos é impossível conciliar os estudos e a alta competição a 100%, devido a estágios, tempos de repouso, etc. Ser-se atleta é olhar esta profissão 24 horas por dia.

com a minha integração no Centro de Alto Rendimento do Jamor (estou-vos a dar a notícia em primeira mão). Vou para a “fábrica de campeões portugueses” onde, sem dúvida, a residente mais ilustre é a super-campeã Vanessa Fernandes. Vou dedicar-me a 100% ao atletismo e já penso que tudo é possível: tenho o meu grande objectivo de carreira fixado, mas prefiro deixá-lo para mim e para o meu treinador, para não criar grandes expectativas, até porque só o espero realizar entre 2016 e 2020. Uma “meta” que pretendo atingir a longo prazo e que posso referir é, caso surja a oportunidade, participar nos Jogos Olímpicos em 2016, pois 2012 ainda é muito cedo. Quero ir aos Jogos com os 3000 m obstáculos, mas sonho, numa fase posterior, fazer a Maratona, a competição rainha de todos os desportos. A curto prazo, pretendo ir ao Europeu de Corta-Mato que se realiza em Dublin, no próximo mês de Dezembro.

Há alguma lição que tenhas aprendido no atletismo? A principal é que às vezes até posso ser pisado e massacrado, mas tenho sempre de pensar positivo e que amanhã darei a volta por cima.

Explica melhor o que é o Centro de Alto Rendimento do Jamor? O Centro de Alto Rendimento do Jamor recebe e prepara atletas para a participação em provas internacionais, como os Jogos Olímpicos. Nesta instalação estão presentes as condições necessárias para ter sucesso, tanto desportivo como nos estudos. As despesas de cada atleta são comparticipadas até 100% pelo instituto. O que te motiva a “ir mais longe”? Alguma vez te sentiste desmotivado? Primeiramente, queria ganhar na minha escola e a nível distrital, depois foi a minha cruzada a nível nacional... Agora estou na fase em que começo a olhar para os melhores europeus e quero derrotá-los. Quando se passa um patamar, querse sempre o outro que está à frente. Já me senti muitas vezes desmotivado, mas felizmente a última vez já foi há algum tempo.

Finalmente: o que sentes ao ganhar ou perder? A sensação de ganhar é indescritível e, sem dúvida, vale a pena passar ao lado de muitas das diversões que a idade proporciona, o que para mim está longe de ser um sacrifício. Por outro lado, a derrota faz parte do crescimento e, como em tudo na vida, temos de aceitá-la para progredir.

JV

Olivier Pedroso nasceu em França, mas é golpilheirense desde os cinco anos. E é um nome promissor do atletismo nacional, tendo já no currículo o título de Campeão Nacional de 3000 metros obstáculos. Iniciou-se nesta modalidade desportiva com 14 anos, mas hoje, com 18, os Jogos Olímpicos constam já na lista dos seus objectivos. Estudante de Gestão no Ensino Superior e atleta a construir uma carreira profissional, concretizou este ano o sonho de “chegar em primeiro lugar à minha terra”, ao vencer a Prova Mestre de Avis. Numa entrevista de Bárbara Abraúl, gentilmente cedida ao nosso jornal, revela em primeira-mão que acaba de ingressar no Centro de Alto Rendimento do Jamor, a “fábrica de campeões portugueses”.

Representando a ADAL


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Época desportiva 2009/2010

Equipas do CRG começam campeonatos

DR

As equipas do Centro Recreativo da Golpilheira voltam aos treinos, para enfrentarem com sucesso a época desportiva 2009/2010. As equipas e datas do início dos respectivos campeonatos são: Futebol 7 Escolas – 21 de Novembro Futebol 7 Sub-13 – 31 de Outubro Futebol 11 Juniores – 17 Outubro ou 7 de Novembro Futsal Feminino Júnior – 31 de Outubro Futsal Feminino Sénior – 17 de Outubro

Veteranos de futebol 11 do CRG ganharam no seu escalão

1.º Meeting “Mais Que Futsal” Organizado pela revista “Mais Que Futsal”, decorreu no passado dia 19 deste mês um torneio em diversas modalidades, no parque desportivo dos Pousos. O Centro Recreativo da Golpilheira esteve presente com as duas equipas, a de futsal sénior feminino e a de futebol 11 veteranos. Os resultados foram bastante positivos. A nossa equipa de futsal, embora não tenha perdido qualquer jogo, ficou em segundo lugar, empatada em pontos com o CEF, mas com menos golos marcados. Os resultados foram: CEF de Fátima – 1/C.R. da Golpilheira – 1; Caranguejeira – 0/C.R. da Golpilheira – 1. Apesar de termos dominado por completo este último jogo, não concretizámos as muitas oportunidades criadas. No final, até foram as atletas da

Caranguejeira que festejaram, por terem perdido por apenas um golo. Já a equipa de veteranos, recentemente criada e que participou no seu primeiro torneio, conseguiu vencê-lo. O primeiro jogo foi com a União de Leiria, que conseguimos vencer por 2-1, com golos marcados por Bruno Carreira. A final foi encarada pelos nossos atletas com grande expectativa, já que tinham pela frente a experiente equipa do Barreirense. No entanto, os nossos jogadores entraram em campo sem mostrar receio da equipa adversária. Com o querer, garra e determinação, vimos coroado de êxito o nosso domínio, com o primeiro golo, marcado por Zeca, num excelente remate de fora da área. Não satisfeitos com este golo, numa bonita jogada, Chalana marcou o segundo

golo, resultado com que chegamos ao intervalo. A perder por dois a zero, a equipa do Barreirense foi à procura do golo. Conseguiu-o de uma forma feliz. Previa-se o pior. Mas uma bonita jogada de Miguel matou o jogo, com a obtenção do terceiro golo. Até final, o resultado não se alterou. Estava conquistado o primeiro troféu. Os obreiros desta conquista foram: Rui Fidalgo, Carlos Domingues, Maurício, José Augusto, Joca, Pascoal, Zeca, Victor Cruz, Miguel Monteiro, Álvaro Rito, Marinho, Quim Té, Ruizinho, Paulo Rito, João Lelo, Chalana, Carlos Agostinho, Bruno Carreira e Cesário Santos; Treinador – Hilário menino; Massagista – Armando Sousa; Directores – Carlos Patrício e Luís José. Manuel Carreira Rito

Batalha acolheu VII edição da prova

RC/CMB

Basquetebol em Cadeira de Rodas

Realizou-se no passado dia 13 de Setembro a sétima edição do Torneio Quadrangular de Basquetebol em Cadeira de Rodas da Batalha, que voltou a reunir algumas das melhores equipas nacionais desta modalidade. Foram elas a Delegação de Leiria da Associação Portuguesa de Deficientes, o Grupo Desportivo de Deficientes de Alcoitão (Rovteam), a Associação Portuguesa de Deficientes de Paredes e o Centro de Medicina

e Reabilitação da Região Centro (Joanita). Os jogos foram disputados no largo da estátua de S. Nuno de Santa Maria, tendo como pano de fundo o belíssimo cenário do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Como é já hábito, foi possível observar como a força e determinação ajudam a vencer as barreiras físicas, neste caso na prática desportiva adaptada. Apesar do pouco público, os atletas deram

o seu melhor para oferecer um bom espectáculo e, acima da competição, demonstrar que o convívio e o desportivismo são os principais ingredientes desta prova. Quanto a prémios, a equipa vencedora foi a APD - Leiria, vencendo a Rovteam no jogo da final por 58-28, sendo ainda atribuídos o troféu Fairplay à equipa Joanita e o de melhor jogador a Francisco M. (5) da APD - Leiria.

Futsal Feminino A primeira equipa a iniciar os trabalhos foi a de futsal feminino sénior, que utiliza para treinos e jogos o pavilhão municipal da Batalha. É a equipa que começa mais cedo, já no dia 10 de Outubro, na disputa da Super-Taça Distrital com os Vidais. Este encontro realiza-se no pavilhão do Bombarral, às 17h00. Para esta final, pedimos a habitual presença dos apoiantes desta equipa. Assim, próximos jogos: 10-10, 17h00 (Bombarral) – Golpilheira/Vidais (Supertaça) 17-10 – Pocariça/Golpilheira 24-10 – Golpilheira/Casal Marra Recordamos que esta equipa já participou num torneio, com o objectivo de rodar a equipa, organizado pela Quinta dos Lombos e ainda com a participação de Gondomar. Apesar de não termos obtido qualquer vitória, conseguimos vencer este torneio, com um empate a uma bola com a Quinta dos Lombos e um empate de dois golos com Gondomar. Para além do primeiro lugar, obtivemos ainda os prémios para a melhor guarda-redes, a melhor marcadora e o fair-play. De referir ainda que a equipa de futsal feminino sénior da Golpilheira ficou isenta para a primeira eliminatória da Taça Distrital. Quanto à equipa de futsal feminino júnior, irá iniciar os trabalhos em breve. Irá utilizar para treinos as instalações da Casa do Povo do Reguengo do Fétal, disputando os jogos no pavilhão da Batalha. Futebol 7 Continuando o trabalho de anos anteriores, vamos ter este ano duas equipas de Futebol 7, uma de escolas e outra de sub-13, ambas a usar o Campo das Barrocas, na Golpilheira. A equipa de escolas treina às segundas e quartas-feiras, das 19h00 às 20h30. A equipa de sub-13 treina às terças e quintas-feiras, no mesmo horário. Aparece! Futebol 11 Entretanto começaram também os juniores masculinos de futebol 11, cujos treinos se realizam no novo campo sintético da Batalha (duas vezes por semana) e no campo pelado (uma vez por semana). Os jogos de treino e oficiais serão no sintético. Vai entretanto realizar alguns jogos de preparação, antes do início do campeonato. Este ano foi também criada uma equipa de veteranos, conforme noticiámos. Apesar de constituída há pouco tempo, está a participar num campeonato, com as seguintes equipas: Caranguejeira, Tondela, Mirandense, Alqueidão da Serra e Barreiros. Jogos marcados: 26-09, 18h00 – Golpilheira/Caranguejeira 31-10, 18h00 – Golpilheira/Tondela 21-11, 18h00 – Golpilheira/Mirandense 17-04, 18h00 – Golpilheira/Barreiros O campeonato iniciou-se no dia 5 do corrente mês. Recebemos no sintético da Batalha a experiente equipa do Alqueidão da Serra. O jogo foi muito equilibrado na primeira parte, com oportunidades de golo para ambas as equipas. Foi mais feliz a equipa forasteira, que obteve o seu primeiro golo na marcação duma grande penalidade. Na segunda parte, apesar da luta que a nossa equipa ofereceu, veio ao de cima a maior experiência da equipa visitante, que conseguiu marcar mais três golos. Resultado final: 0-4 a favor do Alqueidão. Manuel Carreira Rito

Futsal feminino | Selecção Distrital Sub-19 Mercê do excelente trabalho desenvolvido pela nossa treinadora de futsal, Teresa Jordão, foram convocadas para a Selecção Distrital de Sub-19 as nossas atletas Juliana Manha, Carolina Silva, Inês Cruz, Jéssica Pedreiras e Jéssica Santos. Para elas desejamos os maiores êxitos, tanto a nível da selecção, como na nossa equipa.


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Alocução proferida no dia 14 de Agosto de 2009, na Capela de Fundador do Mosteiro da Batalha

Portugal, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e o Por Saul António Gomes

O uso da palavra, por mim, nesta ocasião tão solene em que comemoramos o seiscentésimo vigésimo quarto aniversário da Batalha Real de Aljubarrota, justifica-se pelo amável convite que me foi dirigido pelo Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal da Batalha, o qual penhoradamente agradeço. É convite honroso que não poderia declinar, mas para cujo cumprimento não possuo o saber, sequer a arte e a inspiração de bem escrever que se exige para perorar sobre o acontecimento histórico que nos reúne neste lugar. Substitua, no entanto, a árida palavra do historiador o verso elegíaco do poeta. Este é o alvo templo da memória portuguesa, em cujo seio, no silêncio finito que se respira nesta Capela do Fundador, no passar dos dias que são séculos, nos confrontamos permanentemente com a questão pátria, com a questão do sentido, ontem e hoje, da pátria portuguesa, no tempo histórico mas também cósmico que Santo Agostinho procurou aprisionar na metáfora dos três presentes: o presente do passado, o presente do presente e o presente do futuro. É sobretudo em torno desses dois presentes, o presente do passado e o nosso presente que gostaria de incidir nesta breve alocução ou elegia que tenho o privilégio de proferir perante vós. Reis e ínclitos infantes repousam nesta Capela cujos nomes a História não esqueceu nunca e que todas as gerações de portugueses sempre aprenderam a recordar e a venerar. A alguns destes príncipes de Portugal devemos monumentos literários fundadores da própria língua que é a primeira pátria em que nascemos e somos educados. D. João I, D. Duarte, o Infante D. Pedro valorizaram prioritariamente o português como língua de criação artística e, no seu perfil de habitantes de uma Europa que cultivava as humaniores litterae,

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“Abriu em pedra o grito imenso do seu peito Tornou arquitectura a épica ansiedade!” João de Barros, poema “O Povo”, in Vida Vitoriosa (1919)

nunca sobrepuseram à palavra portuguesa a declinação latina. Importa confessar, ainda, que o elogio das armas portuguesas que derrotaram a soberba castelhana naquela distante tarde de 14 de Agosto de 1385, e que este monumento comemora como o mais importante legado patrimonial justamente dedicado à preservação da memória desse feito e ao enaltecimento de Portugal, mereceram já a outros escritores páginas soberanas. Muitos desses escritores, curiosamente, nada dizem acerca deste monumento e do seu significado, mas outros houve que o fizeram, assim equilibrando o saldo da memória de um feito histórico, entre o crédito da recordação e o débito do esquecimento, sobre o qual D. João I, o rei da Boa Memória, e seu filho e sucessor, o Eloquente, como também os Infantes D. Pedro — “Príncipe no mundo raro! / Sobre tanto desamparo, / foram três seus filhos reis.”, Sá de Miranda) — e D. Henrique, tudo fizeram quanto estava ao seu alcance para que não fosse nunca esquecido. Para todos nós, que aqui nos congregámos, neste que é o mais predestinado lugar do encontro dos portugueses com a sua própria História, comemorar o dia 14 de Agosto poderá ser um acto de cidadania e de afirmação de identidade. É-o efectivamente. Mas, olhando o Portugal que

ficou lá fora, aquele que não comemora e vê maçada no espírito histórico, aquele que ignora e que não sente já a luminária do exemplo dos antepassados, esses portugueses a banhos que não são já os filhos de marinheiros desnudos e de lavradores pobres que dominaram os mares nunca de antes navegados e construíram o mapa que desconheciam (“Navegavam sem o mapa que faziam” escreveu Sophia de Mello Breyner Andersen, Navegações, VI), olhando esse Portugal, dizia, ficamos com boas razões para duvidar do sentido propedêutico da comemoração histórica no País contemporâneo. Cumpre reflectir, em verdade, as razões porque este monumento, no que comemora, parece tão esquecido e omitido na balança da actualidade portuguesa. Os profissionais da comunicação social de hoje, mormente nos grandes media televisivos, não possuem nem sensibilidade, nem o saber histórico essencial sobre o seu País. E, no entanto, Portugal é um dos países ocidentais com mais forte historicidade e sentido de nacionalidade ao nível de um ponto de vista popular. Não há tempo para exemplificar, mas parece-me significativo que em todos os grandes ciclos comemorativos que Portugal levou a cabo, após 1974, o Mosteiro da Batalha tenha ficado sempre ausente salvo

parcas e envergonhadas referência de rodapé em painéis fotográficos e pouco mais. Pergunto-me como é que é possível que se tenha chegado a este plano de desconhecimento e de ignorância. Aquele que é a barca memorial da identidade portuguesa, levantado para perpétua memória do feito da Batalha Real de Aljubarrota de 14 de Agosto de 1385, encontra mais eco na alma do povo simples e sem grandes estudos que por aqui passa, feitas as preces em Fátima, do que entre as elites académicas e os especialistas do património nacional que tudo decidem longe. Todo o português que o é, como escreveu Miguel Torga, devia, pelo menos uma vez na vida, peregrinar até este templo de brando calcário em que cintila a questão essencial do português: o seu ser e a lógica do ser português. A geração de portugueses que fundou este monumento teve de fazer opções definitivas em situações de extrema adversidade e de crise política profunda. Falamos de uma geração de combatentes, de mancebos na casa dos vinte anos de idade chamados ao combate e à guerra, ao extremo sacrifício da própria vida por um ideal de soberania e de pátria. D. João I contava então 27 anos e o seu Condestável. D. Nuno Álvares Pereira, 25 anos. Nessa faixa etária e ainda na flor da adolescência estavam muitos

outros soldados nas suas alas popularizadas como dos Namorados e da Madressilva. Pois bem, a esses jovens foi imperioso decidir entre viver ou morrer; entre viver num reino livre e independente da sujeição castelhana ou num solo sujeito a essa arbitrariedade. A questão, como referimos, era a da vida ou morte, a da “pátria ou morte”. Em 2009 não parece haver qualquer contexto para a reposição da questão. Dar a vida, hoje, pela Pátria é uma questão que de todo não fica bem enunciar. E, no entanto, a época contemporânea está ainda cheia de memórias em torno dessa decisão última de qualquer homem: viver, sujeitando-se, ou morrer nas garras de uma luta heróica por ideais pátrios. Em 14 de Agosto de 1385, o temor e o medo de uma morte iminente mostrava-se nos rostos dos combatentes portugueses, do “pequeno exército” que eram, tamanha a sua desvantagem face ao inimigo. Venceram na entrega total a uma fé e a uma ideia: a de que a razão estava do seu lado; a de que era neles e por eles que a lealdade portuguesa se honrava. Por isso deram tudo, pelas suas vidas, pelas suas famílias, pelo seu rei, pelo seu Reino. É possível que um lema usado pelos revolucionários cubanos, já em nossos dias, o de “Pátria ou morte”, seja aquele que melhor nos permite compreender


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o que ecoava nos pensamentos desses leais portugueses nessa tarde distante, toda ela vestida de fogo e sangue na terra almagre de S. Jorge, de 14 de Agosto de 1385. Pelo exemplo citado, creio, poderemos tentar compreender melhor o que motivava os nossos antepassados, a força vital de um ânimo que deitou por terra o estandarte inimigo. Só uma forte consciência nacional explica a tenacidade, o tudo ou nada, o viver ou morrer que foram lema, consciência e ânimo vital que deu força e confiança ao pequeno exército português. Não acreditassem esses valorosos soldados num destino pátrio, encarnado num Rei e na liberdade sagrada de pertencer ao povo a sua escolha, e todas as estratégias militares teriam sido pouco mais que nada. Noutros momentos históricos, outras gerações de portugueses foram chamadas a fazerem opções semelhantes. Fizeram-no, por exemplo, na Guerra da Independência aberta em 1640, na Grande Guerra de 1914-1918 ou, já no nosso tempo, os nossos pais que combateram na Guerra do Ultramar. Não era Portugal, em 1385, um mito, nem as nações, cumpre considerá-lo, se constroem sobre mitos. Os mitos são invenções culturais, as nações são construções geracionais. A continuidade de uma nação, naturalmente, necessita da garantir a transmissão da sua memória. O dever primeiro de um cidadão está na lealdade para com os seus e de todos para com a pátria que lhe é berço. Lealdade, eis uma palavra que lemos na divisa que se repete mil vezes nas Capelas Imperfeitas. E nesta mesma Capela do Fundador, ecoam motes, lemas de vida, que não nos podem deixar indiferentes: “Pour bien” (D. João I), “J’ai bien raison” (Infante D. João), “Le bien me plet” (Infante Santo D, Fernando), “Talent de bien fere” (Infante D. Henrique), eis quatro delas onde o conceito de “bem” é central. Fazer bem, agir por bem, a razão do bem e o bem como razão, o talento de fazer bem e o bem. E outras memórias ressoam no silêncio destes muros como esse “Y me plet”, que lemos junto à efígie de D. Filipa de Lencastre, e o misterioso “Désir”, aberto no sarcófago do Infante D. Pedro, o autor do Livro da Virtuosa Benfeitoria. Fazer e bem, uma vez mais,

como mote de uma época onde os portugueses foram chamados a escolher e escolheram bem, o bem que lhes deu a vitória decisiva e que culminará na divisa desse Senhor do Mundo, el-rei D. João II, “Rei de muitos reis” (Sá de Miranda), que agia “pro lege et pro grege”, pela Lei e por Portugal. Pouco adianta, como vemos, que a historiografia portuguesa hodierna reticencie a noção de pátria e que acentue que essa ideia de pátria era, em 1385, totalmente diferente da de hoje. Fica claro que não perfilho desta leitura porque, desde logo, os princípios pátrios são civilizacionais e intemporais, ou seja, não envelhecem, enquanto ideia e espírito, ainda que as gerações dos homens os possam observar com intensidades e debaixo de perspectivas diferentes no tempo e no modo de manifestação. A força anímica que fez da Batalha o símbolo maior da identidade nacional e o panteão das gerações de ouro da Dinastia de Avis, aquela que impôs o Mundo à Europa e a desbloqueou para a modernidade e para a globalização que toca a todos os povos, sem excepção, nem sempre foi visível. Foi preciso esperar pelo Século XVIII e pela curiosidade de estrangeiros cultos que visitaram este Monumento para que Portugal voltasse a olhar para ele, considerado por alguns como construção maravilhosa, e magnífica, apreciado sobremaneira pelos ingleses e de tal modo, como se manifesta no legado de James Murphy, que nele se inspirariam para propagar no Reino Unido a seiva de um neo-gótico vitoriano de matriz batalhense. Mas o Mosteiro de Santa Maria da Vitória atingiu o ano do fim, em 1834, exangue e a necessitar de obras de recuperação verdadeiramente profundas. Expulsos os frades e primeiros guardiães desta memória portuguesa, o edifício viu agravar-se o seu estado de decadência. Devemos a Luís Mousinho de Albuquerque, prontamente apoiado pelo rei D. Fernando II, a partir de 1840, em boa medida, a sua salvação. A inteligência nacional oitocentista ignorou, sintomaticamente, este monumento. Excepção feita a Fr. Francisco de S. Luís, que lhe dedicou uma Memória histórica apresentada

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624.º aniversário da Batalha Real de Aljubarrota

à Academia das Ciências, em 1822, na qual sublinha o carácter português do monumento, como excepção é, neste panorama, Alexandre Herculano que evoca o Real Mosteiro, no seu popular conto “A Abóbada”. Almeida Garrett, por seu turno, no seu poema Camões, renova o elogio da terrível Aljubarrota, mas silencia o seu monumento matricial. A Geração de 70 passou-o em silêncio, mesmo, e sobremodo, o seu historiador mais fecundo e brilhante, Oliveira Martins, a quem devemos as biografias de D. Nuno Álvares Pereira ou dos Filhos de D. João I, por cujas páginas, na sua primeira e melhor edição, o Mosteiro é apenas um filactério gótico sugestivo em desenho de ilustração de página de mudança entre capítulos. Esse “País de suicidas”, como lhe chamou Miguel de Unamuno, inspirando-se em Manuel de Laranjeira, viveu pouco, creio, a memória patrimonial portuguesa. Refizeram os Jerónimos, descobriram, em boa medida graças a escritores e diletantes estrangeiros, o manuelino português, restauraram, como lhes foi possível, este monumento. Mas então, como hoje, este lugar maior da identidade nacional ficou esquecido. Eça de Queiroz, que viveu em Leiria, não o achou digno de qualquer nota significativa para além de uma fugaz carta postal daqui endereçada a um

amigo. Elogiou-o, mas não sem lhe apontar um excesso sombrio sobre a arte da renascença em Portugal e de criticar asperamente as “restaurações” que sofria, Ramalho Ortigão (O Culto da Arte em Portugal, 1896), encontrando o monumento melhores páginas de valorização em Vilhena Barbosa (1886). Poucos mais nele atentaram e, entre os que o fizeram, sobressaem nomes estrangeiros (Beckford, Lichnowsky, Raczinsky, Haupt, Dieulafoy, Baedeker). É preciso esperar por Afonso Lopes Vieira (Onde a terra se acaba e o Mar começa, 1940; Nova demanda do Graal, 1942), e ainda assim num país que o marginalizou e que enjeitou o melhor do integralismo lusitano, para que a poesia pátria se inspire neste templo da memória. Nem os neo-realistas, nem os existencialistas encontraram, neste mausoléu pátrio, inspiração digna de realce. Foi preciso aguardar por Miguel Torga (A Criação do Mundo, IV, 1939; Portugal, 1950) para o vermos entrar na grande literatura que em português se tece entre cujas laudas se impõem as que lhe dedica José Saramago (Viagem a Portugal, 1995). E, contudo, foi neste Mosteiro que despertou a vocação de historiador de um Jaime Cortesão (Portugal: a Terra e o Homem), como foi na sua Sala do Capítulo, sob o olhar do esguio arquitecto

que sonhou tão ousada abóbada, que, em 1922, o Presidente da República António José de Almeida confiou a este templo a guarda das ossadas dos Soldados que na Europa e em África combateram por uma Europa livre. Neste Mosteiro e no chão estremenho em que fundou os seus alicerces sólidos onde Torga descobriu, espantado, páginas maiores de uma História de Portugal que se guarda como coisa secreta dos portugueses. Formulamos votos, e este é o monumento mais apropriado para propor um voto, de que o Real Mosteiro de Santa Maria da Vitória, no conteúdo simbólico que preserva, barca e arca da memória pátria, vença as muralhas de silêncio e de omissão a que tanto o têm sujeitado, num Portugal distraído dos seus princípios, aborrecido senão envergonhado, ao nível das suas elites bem-pensantes, quiçá, do seu passado em que se rasgaram novos mundos e se pagou o elevado preço dessa ousadia; num País em que o sentido da comemoração histórica, ensopada entre festivais de comes e bebes, apouca a dignidade do acto evocado e dispensa quase sempre o saber do historiador. Não assim, Senhoras e Senhores, neste 14 de Agosto de 2009, neste altar cívico em que Portugal se consagra e os portugueses encontram, neste dia de hoje que é o presente do futuro, a razão de se ser uma nação livre e independente, renascida de uma opção extrema entre vida ou morte. Não pode ter sido essa uma questão vã e sem sentido. Seja para os que caíram em 14 de Agosto de 1385, seja para todos aqueles nossos conterrâneos e antepassados que pereceram em todas essas outras tardes de Agosto, na Flandres ou em outro qualquer lugar, em que Portugal foi chamado a combater. Desde há vários séculos que este monumento proclama o bem português, numa só e única opção, sem desvios, num só coração, numa só voz e num só querer. Sem isso, não parece possível compreender o significado histórico deste Lugar de encontro em que, nesta hora já vespertina de 14 de Agosto de 2009, temos o privilégio de estar e de nos sentirmos, hoje como sempre, mais portugueses e orgulhosos de o sermos.


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. Igreja .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2009

Assembleia para apresentação da Carta Pastoral 2009/2010

Faleceu “o padre que tocava os sinos da Sé” Faleceu na Casa Diocesana do Clero, aos 93 anos, e com 70 anos de ministério sacerdotal, o cónego José de Oliveira Rosa. Conhecido por muita gente como organista na Catedral de Leiria, ainda hoje é recordado como “o padre que tocava os sinos da Sé”. Foi, aliás, um dos impulsionadores da aquisição do novo órgão daquela igreja e do restauro do carrilhão que se encontra actualmente na torre, onde funciona uma escola para novos executantes daquele majestoso instrumento. Nascido em 31 de Julho de 1916, no lugar do Padrão, da paróquia dos Pousos, entrou para o Seminário de Leiria em Outubro de 1927, tendo sido ordenado presbítero a 6 de Agosto de 1939 e nomeado Cónego da Catedral de Leiria em 1951. Durante quase toda a sua vida foi o organista principal da catedral de Leiria e do Seminário Diocesano, onde foi director da Schola Cantorum e professor de Latim, Religião, Música, Piano, Órgão e Canto Gregoriano, de muitas gerações de seminaristas e de quase todos os sacerdotes desta Diocese. No seu ministério foi ainda Chanceler da Câmara Eclesiástica durante 56 anos, notário-actuário do Tribunal Eclesiástico, notário do Tribunal para a Causa de Beatificação dos Videntes de Fátima, tesoureiro da Confraria de Nossa Senhora da Encarnação, bem como pároco e capelão em diversas comunidades da Diocese. A missa exequial de corpo presente celebrada na Sé, pelas 11h00 do dia 21, foi presidida pelo Bispo diocesano, D. António Marto, concelebrada por muitos dos seus colegas no sacerdócio e participada por algumas centenas de fiéis. Na sua homilia, o Pastor salientou o “ministério generoso e desprendido” do cónego Rosa e citou a passagem bíblica “Felizes os mortos que morrem no Senhor”, para se referir à “apoteose que atingem todos os que, como ele, amaram e seguiram as bemaventuranças durante a sua vida”. No final da celebração, sacerdotes e fiéis acompanharam a urna em cortejo fúnebre até às portas da Catedral, de onde partiu para a celebração Eucarística nos Pousos, sua paróquia natal, em cujo cemitério ficou sepultado.

Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa sobre as eleições deste ano

Em liberdade de consciência esclarecida “Dentro da missão que nos é própria, sentimos o dever de proporcionar aos cristãos das nossas comunidades, e aos cidadãos em geral que estejam abertos a ouvir a nossa voz, um contributo que estimule o dever de votar e ajude a exercer este direito, em liberdade de consciência esclarecida.” • Ver texto em: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/ noticia.pl?id=72247

“Ir ao coração da Igreja” Diocesana”, a realizar nos dias 21, 22 e 23 de Maio, que pretende ser um grande momento de encontro da nossa Igreja diocesana, onde se dê visibilidade ao seu rosto na variedade das suas comunidades, movimentos, grupos e serviços, e da sua vitalidade.

LMF

Ana Vala

Cónego José de Oliveira Rosa

Com data de 28 de Agosto, o Bispo de Leiria-Fátima publicou a Carta Pastoral para o ano 2009/2010. “Ir ao coração da Igreja - Comunhão e co-responsabilidade na comunidade cristã” é o tema escolhido para a caminhada pastoral da Diocese este ano. Este documento e outras orientações para a caminhada anual serão apresentados na próxima Assembleia Diocesana, no dia 4 de Outubro, com início às 15h00, no ginásio do Seminário de Leiria. D. António Marto convida todos os diocesanos, especialmente os sacerdotes, os religiosos e os fiéis leigos comprometidos nos serviços pastorais e apostólicos, nas comunidades cristãs, nos movimentos e nos organismos eclesiais. O programa termina com a celebração da Eucaristia, às 18h30, na igreja do Seminário. Nesse mesmo dia, da parte da manhã, haverá encontros para catequistas e para jovens, orientados pelos respectivos serviços diocesanos. Uma das acções em destaque na assembleia será a “Grande Festa da Fé: Rosto(s) da Igreja

Carta Pastoral D. António Marto considera que existem “imagens desfocadas ou mesmo deturpadas da Igreja”, defendendo que a mesma “não é uma ‘internacional’ à qual se possa pertencer à distância, por inscrição e pagamento de cotas, nem uma sociedade de telespectadores, teleouvintes ou cibernautas”. Na Carta, o prelado assinala que “um dos factores que mais mina a consciência de Igreja e que está na base da falta de afecto à Igreja é uma visão demasiado humana, meramente sociológica sobre ela, que é muito redutora”. “A opinião pública fixa-se, normalmente, no seu aspecto institucional. Ora, a relação com uma instituição é sempre mais fria, mais distante e formal”, explica. D. António Marto diz que “a imagem da Igreja, muitas vezes transmitida pelos meios de comunicação, é a de uma grande e poderosa organização internacional da religião cristã: à semelhança de outras grandes organizações, é representada por especialistas (os altos cargos oficiais) e é competente para satisfazer as necessidades religiosas. Assemelhar-se-ia a uma multinacional cuja central seria Roma e cujas filiais ou sucursais seriam as dioceses e as paróquias”. Por vezes, também se veicula a ideia da Igreja como “uma Organização Não Governamental

(ONG) de beneficência ou solidariedade social, uma espécie de Cruz Vermelha para os males sociais; ou ainda como uma agência de moralidade, qual polícia que vela pelos bons costumes”, acrescenta. Segundo o Pastor, “notase ainda, a nível europeu, o enfraquecimento e até a perda da consciência eclesial, isto é, da consciência do verdadeiro sentido da Igreja e da pertença afectiva e efectiva a ela”. “Diversos factores de ordem cultural e social contribuem para isso, sobretudo o crescente individualismo da cultura contemporânea que enfraquece os laços interpessoais e o sentido de pertença”, precisa. Neste contexto, o novo ano pastoral em Leiria-Fátima “será dedicado à edificação da comunidade cristã, à revitalização do seu tecido interior e das suas estruturas e à (re)organização pastoral que isso exige”. O documento fala numa “diminuição acentuada do número de padres no serviço pastoral, por motivos de idade ou doença” e da “escassez de vocações ao sacerdócio”. Para D. António Marto “todos somos chamados a um maior empenho na edificação de comunidades cristãs vivas, na base do duplo princípio da comunhão e da corresponsabilidade”. A carta pastoral tem como título “Ir ao coração da Igreja”, sublinhando que muitos “só conhecem a Igreja por fora e, por isso, não conhecem o seu coração, a sua beleza interior, não lhe têm afecto, nem têm motivação interior para lhe dedicar a sua colaboração”. O Bispo admite que “a Igreja não precisa de inventar a sua visão, porque esta já se encontra no Evangelho, mas tem necessidade de a

redescobrir e aprofundar em cada tempo perante novas situações e novos desafios”. O facto é que, 45 anos após a conclusão do Concílio Vaticano II, diz ainda, “verificamos que ainda há muito caminho para andar”. Falando, mais à frente, de “cinco elementos fundamentais da vida comunitária”, D. António Marto apela à “perseverança na fracção do pão”, isto é, na Eucaristia. “A comunhão dos fiéis em Cristo exige, por natureza, a assembleia à volta de Cristo ressuscitado e a comunhão com Ele. Esta é absolutamente necessária para a Igreja como tal e para cada cristão”, escreve. Refere ainda que “há que promover, em cada paróquia, a constituição ou revitalização de grupos ou movimentos que colaborem nos vários sectores da pastoral da comunidade”. A carta apresenta um “Modelo de pastoral integrada e integral”, em que se fala no fim do “tempo da paróquia e do pároco auto-suficientes e isolados, que respondiam sozinhos a todos os problemas, exigências e situações”. O Bispo quer uma rejeição clara, por parte dos fiéis, “à divisão, à desresponsabilidade (indiferença) e à estagnação ou ao imobilismo”. “Estamos conscientes de que são necessárias uma mudança de mentalidade, criatividade e conversão pastoral que mexe com hábitos adquiridos. Mas uma simples «pastoral de conservação», além de ser estéril, mostra-se irresponsável e, ouso dizer, objectivamente pecaminosa, porque surda, se não mesmo hostil à voz de Deus e ao seu chamamento na hora actual”, conclui.

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Jornal da Golpilheira

. autarquia .

Setembro de 2009

. autarquia .

Passeio Sénior 2009

Interior do País, bem no “meio” e o garante da independência…

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Coluna da Junta de Freguesia

Arruamentos diversos De acordo com o plano habitual de investimentos do município da Batalha nos arruamentos em todo o concelho, está em fase de consignação a empreitada de diversos melhoramentos em alguns caminhos da nossa freguesia. Não se trata apenas de asfaltar vias deterioradas, mas também de melhorar o escoamento de algumas águas pluviais e correcção de bermas e valetas que sempre drenaram de forma deficiente. Também estão previstas quatro novas lombas transversais, devidamente sinalizadas, em alguns locais do perímetro urbano onde se verificam alguns abusos por excesso de velocidade. Com um valor de referência a rondar os 84.960 euros, esta empreitada terá início em finais de Outubro. Lamentamos os habituais constrangimentos que as obras possam causar aos moradores e utilizadores das vias em causa e esperamos a compreensão de todos.

Câmara de Leiria requalifica a estrada da Mourã

DR

É com satisfação que vemos um dos anseios da população da Golpilheira e de parte do concelho em vias de ser concretizada. A estrada da Mourã liga o Casal de Mil Homens a Leiria e mostra-se como uma alternativa rápida para quem quer deslocar-se à zona leste e centro de Leiria, evitando o habitual congestionamento do IC2. É uma intervenção do Município de Leiria, que certamente vem no seguimento das diversas diligências que o nosso executivo municipal e a Junta de Freguesia tomaram, também junto da Junta de Freguesia da Barreira, bem como do abaixo-assinado dos utilizadores frequentes daquela via. Saudamos esta decisão da autarquia leiriense, que vem oferecer, às freguesias da Barreira e da Golpilheira uma maior proximidade à nossa capital de Distrito.

poucos tinham sido os que já visitaram tal local – O Centro Geodésico de Portugal – nem mais nem menos do que o centro real de Portugal, seja de Norte para Sul, seja de Oeste para Leste. Foi a partir daqui que foi construído o verdadeiro mapa geográfico de Portugal. É um marco bem no alto dos seus 600 metros, com uma paisagem inigualável sobre o concelho de Vila de Rei e sobre grande parte do planalto da Cova da Beira. Aqui também houve tempo para visitar o Centro de Interpretação Geográfico. Ainda no concelho de Vila de Rei, aparcamos na Praia Fluvial do Penedo Furado. Foi aqui o local escolhido para a partilha do almoço e gozo de um espelho de água bem perto da sua nascente. A pausa para o café foi no Parque Urbano de Abrantes, um espaço rigorosamente qualificado, onde abunda o verde e com o bar de apoio com uma arquitectura fabulosa e bem enquadrada. Na vinda, desfrutamos das vistas a partir da N3, sempre à beira Tejo, cruzando o Zêzere em Constância e seguindo em direcção ao Entroncamento, onde o Parque do Bonito trouxe descanso e sossego – alguns aproveitaram para fazer uma pequena caminhada junto aos riachos que alimentam a barragem com o mesmo

nome. Já na viagem de regresso, ao passar nas rotundas da Batalha, pareceu estranho o caminho não ter sido em direcção à Golpilheira. Logo começou o burburinho – mas para onde é que este rapaz leva a gente??? Pois é... já deviam estar habituados que o melhor fica para o fim. Parámos na vizinha localidade de São Jorge, no Campo Militar, e aí foi a surpresa do dia, com a entrada num novíssimo auditório do Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, onde foi exibido o fabuloso espectáculo de multimédia sobre a Batalha Real de 1385. Alguns já tinham, mais ou menos, a noção de como as coisas se tinham passado, mas depois de verem o espectáculo, a noção era total para todos. Entendemos agora como aqui bem perto se garantiu a independência nacional e se abriu caminho para época dourada dos Descobrimentos. A mim resta mais uma vez agradecer a presença de todos e louvar a forma como todos colaboraram em mais esta iniciativa da Junta de Freguesia, com a esperança de podermos continuar a realizar este evento.

Novo ecoponto no Carvalhal No seguimento dos arranjos que se têm verificado no lugar do Carvalhal, e considerando que os moradores se mostraram disponíveis para aumentar os níveis da reciclagem local, a Valorlis respondeu ao apelo da comunidade para a colocação de mais um ecoponto na freguesia. Este servirá, não só os vizinhos mais próximos, mas também as pessoas de Bico Sachos, Hortas e Picoto. O apelo da Junta de Freguesia vai no sentido de se aproveitar este tipo de equipamento, já que são significativos os ganhos para o ambiente neste exercício da cidadania. Temos verificado em vários locais a incorrecta utilização dos contentores de reciclagem. Quantas não são as vezes em que nos deparamos com caixotes de papelão por "espalmar" fora do ecoponto. Quantos não são os que ainda colocam os pacotes de leite no ecoponto azul em vez de os colocarem no amarelo. Fica o apelo ao bom senso e ao dever de informação por parte dos utilizadores, para que a nossa freguesia possa estar na linha da frente da preservação ambiental.

3ª fase de distribuição de compostores A freguesia da Golpilheira continua a liderar o processo de colocação de compostores domésticos em moradias e hortas particulares. Já noticiámos que esta iniciativa da Valorlis visava reduzir a tonelagem de lixo orgânico depositado no aterro intermunicipal, mas também que os aderentes pudessem usufruir de fertilizante composto para hortas e jardins. É com base nisto que remetemos ao promotor do projecto um terceiro pedido de compostores, para continuarmos a dar cobertura aos pedidos que nos vão chegando à Junta de Freguesia.

Lavadouros e fontes em recuperação

Carlos Santos, Presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira

LMF

No passado dia 20 de Setembro, teve lugar mais um passeio para maiores de 60 anos organizado pela Junta de Freguesia. Como vem sendo hábito, estes passeios visam promover o convívio entre os mais velhos. No entanto, também se têm feito esforços no sentido de poder visitar locais distintos e onde se poderá tirar partido da natureza em cada cantinho de Portugal. Por isso, a Junta de Freguesia decidiu este ano levar os convivas a visitar a região interior Centro do País, embora perto, nunca é demais a descoberta de novos recantos – a maioria pela primeira vez. Tudo começou pelas 08h30, após a chamada dos 83 inscritos, com os dois autocarros cedidos pelo Município da Batalha a fazerem-se à estrada. Ainda não eram 09h30 quando se fez a primeira paragem, em Vila Nova da Barquinha. Uns aproveitaram para tomar o pequenoalmoço, outros para tomar o segundo pequeno-almoço, outros ainda presentearamse com as primeiras fotografias do dia, junto ao rio Tejo e ao parque de Almourol, recém-qualificado – cerca de 2km de margem à beira Tejo, com relva e arvoredo bem entremeado com parques infantis e ciclovias. Pelas 10h45, a chegada ao Picoto da Milriça trouxe uma grande dose de novidade. É verdade,

Era visível, desde há alguns anos, o estado de deterioração dos lavadouros e de algumas fontes da freguesia. Há registos de que, nos três lavadouros existentes, as últimas intervenções de fundo são anteriores a 1997, pelo que era urgente a intervenção. Nunca é demais lembrar que, embora a utilização deste tipo de estruturas seja cada vez menos frequente, se trata de património que marcou uma época na freguesia. Os lavadouros e fontes são sinal de presença de água, esse bem cada vez mais escasso. A partir de Outubro, ficam convidados todos os residentes a visitar e utilizar com maior assiduidade estes equipamentos, que temos orgulho em preservar e qualificar, porque utilizando também ajuda a que se mantenham em boas condições de funcionamento.


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. saúde .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2009

. saúde .

Ana Maria Henriques Enfermeira

Adesão terapêutica Todos nós corremos o risco de adoecer e todos nós passamos pela incómoda ne-

cessidade de tomar medicamentos. Mas incluída nesta está a necessidade de seguir os conselhos e as indicações do médico e enfermeiro que nos seguem neste processo de doença. A adesão ao regime terapêutico caracteriza-se pelo cumprimento das prescrições recomendadas pelo profissional de saúde e a sua persistência a longo prazo. Nesta definição está implícito o seguimento da medicação (número de comprimidos, hora da toma e o número de dias que são tomados) e alteração de hábitos de vida (exercício físico, hábitos alcoólicos e tabágicos, alimentação, etc.). Tomar medicamentos

é um acto importante e potencialmente perigoso, por isso, há que ter todo o cuidado aquando desta acção. Primeiramente, é necessário tomar toda a atenção às indicações do seu médico, esclarecendo quaisquer dúvidas na altura. Depois, na farmácia, perguntar e ter atenção a todas as indicações do seu farmacêutico, e em casa, se possível, ler atentamente o folheto do medicamento em causa. É muito importante manter a medicação durante todo o tempo definido pelo médico, mesmo após o desaparecimento dos sintomas de doença. Dois casos muito frequentes e graves são os antibióticos e a me-

As crianças com cancro têm coragem para sorrir Eu e mais alguns colegas Fomos num projecto De campanha para ajudar As Instituições da Liga Portuguesa Contra o cancro em Coimbra. O tema era marcar A diferença e acreditar! Ao ver crianças a sofrer O carinho e o amor Os que sofrem têm razão Mas sabem superar a sua dor. Não escolhe idade nem raças Sei que é difícil, e nalguns Até é obscuro, Damos ânimo para todos vencerem Apoiar com generosidade Um projecto de coragem no coração.

Uma experiência de vida É a dos jovens e a maturidade Em ajudar os que mais precisam. Mesmo com os tratamentos As crianças gostam de sorrir Precisam uma palavra de carinho Para ver o seu futuro brilhar Sê como Jesus Tudo é possível resistir. Neste projecto fez-se angariação Apoiamos com generosidade E experiência de vida Será o tema do futuro?... Tudo é possível. Diana Monteiro Rodrigues

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perigoso. O mesmo acontece com a medicação após enfarte, em que a pior consequência (e também a mais frequente) é a repetição deste. Contudo, mais de 80% dos indivíduos que sobrevivem a um enfarte retomam o seu antigo estilo de vida ao fim de algum tempo. A grande maioria desiste total ou parcialmente do tratamento logo no primeiro ano após o evento cardíaco, isto porque o tratamento requer mudanças de comportamento complexas e de longa duração, aumentando a dificuldade na adesão. Além dos cuidados ao tomar os comprimidos, seguir os restantes conselhos do médico é igualmente im-

portante. Deixar de fumar faz parte do tratamento de muitas doenças cardíacas e pulmonares, sendo que a medicação tomada não actua de igual modo. Os hábitos alimentares são fulcrais no tratamento de doenças cardíacas, tais como a frequente hipertensão arterial. No tratamento de doenças existem vários intervenientes, sendo o principal o próprio doente. Seguir todos os conselhos do médico, enfermeiro e farmacêutico é fundamental. Todas as dúvidas que tenha são importantes e deve procurar esclarecê-las. Só assim conseguirá viver com uma doença e ser o mais saudável possível.

Notas sobre a Gripe A...

. poesia .

ANA FREITAS

dicação após enfarte agudo do miocárdio. Os antibióticos são medicamentos para tratar infecções, por exemplo, as infecções respiratórias. O que caracteriza estas infecções são as dores corporais, espirros, pingo no nariz, etc. Após estas desaparecerem, os doentes têm tendência para deixar de tomar os medicamentos, sendo este o maior erro possível. Apesar dos sintomas da infecção estarem a diminuir, os microrganismos que estão a provocar a infecção estão vivos até terminar o antibiótico prescrito. Se os antibióticos não forem tomados até ao fim, a infecção poderá não estar tratada e voltar de um modo mais agressivo e

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Jornal da Golpilheira

. sugestões de leitura .

Setembro de 2009

10 Anos Notícias de Colmeias Joaquim Santos Textiverso Editora Este é o livro que apresenta os 10 anos de edições ininterruptas do mensário informativo Notícias de Comeias. Traduz-se aqui o pulsar da vida de uma freguesia e do seu povo ao longo de uma década. No mês de Junho de 1999, um grupo de colmeenses juntou-se para fundar um jornal nas Colmeias. Dez anos volvidos, o jornal está amadurecido , apesar de ter de resistir aos tempos difíceis de uma crise que arrasa pequenas e grandes empresas. Como meio de comunicação social, o Notícias de Comeias foi decisivo para criar uma maior identidade da freguesia, encetou maior desenvolvimento cultural, económico, recreativo e social. Neste livro, conta-se a história desta década, página a página, sentimento a sentimento.

Boa Vista

Terra de Futuro e Tradição

Saul António Gomes Vasco Jorge Rosa da Silva José Augusto Pinto Guedes

Edição da Junta de Freguesia Todas as terras têm a sua história, A da Boa Vista é retratada nesta monografia, como testemunho do esforço colectivo de várias gerações, preocupadas com a sua identidade, com as suas tradições e com as suas raízes. Aqui se retrata o passado, se desenrola o presente e se projecta e constrói o futuro. Narram-se factos históricos desconhecidos para a maioria da população, apresentam-se outros mais ou menos conhecidos daqueles que aqui vivem, todos eles fazem parte da história do concelho, da região, da nossa história. É também uma homenagem aos boavistenses que lutaram pelos valores da liberdade, da democracia, da cultura e da generosidade. (Prefácio)

Portugal, que Futuro? Medina Carreira Eduardo Dâmaso Editora Objectiva Do que mais se queixam os Portugueses? Do desemprego elevado, dos salários baixos, das pensões exíguas, da pobreza crescente, dos impostos altos, da “hipoteca” dos endividamentos e do futuro sem esperança. Esta obra analisa a especificidade da crise portuguesa e alerta para a urgência de trabalhar para a superar. Afirma que: “Portugal suporta uma crise, grave e duradoura, que é só sua e que só aos Portugueses compete resolver. Já desperdiçámos um tempo precioso e nada fizemos para atenuá-la, muito menos para superá-la. Poderemos fingir que tudo está no bom caminho, mesmo quando sabemos que não está. Uma coisa, porém, é certa: se não conseguirmos «mudar» o essencial da nossa sociedade, teremos o futuro comprometido”.

Capitalismo para Sempre - Funky Business Kjell Nordstrom Jonas Riddertrale Editor: Gestão Plus Lembra-se de quando toda a gente nas empresas usava fato? Muitas vezes, às riscas? Lembra-se de quando os executivos competiam para ver quem usava a gravata mais cara? Esses tempos obscuros - ou melhor, cinzentos - pertencem ao passado. As empresas descobriram o funk. A cor. A necessidade vital de estar sempre um passo à frente da vanguarda. Ser funky - ou seja, estar na crista da onda, perceber o que motiva as pessoas e que padrões se ocultam por detrás de cada nova tendência - é a única maneira de escapar à extinção. Vivemos numa época de constantes mudanças e crises; o único sítio seguro para as empresas é… estar muito mais à frente. Capitalismo para Sempre aponta-lhe o caminho.

Como falar com as miúdas? Alec Greven Editora Objectiva Os rapazes (e os homens!) de todas as idades irão ler, vezes sem conta, este livro sobre o amor e sobre a vida escrito por um especialista de 9 anos. Os conselhos sábios e hilariantes de Alec sobre como falar com as raparigas e o que fazer para as conquistar, vão directos ao alvo. Ninguém vai querer perder estas dicas: nem os rapazes que gostam de raparigas, nem as raparigas que gostam de rapazes. Um livro direccionado para as pessoas dos 8 aos 80 anos que, em Abril de 2009, já tinha vendido mais de 150.000 exemplares em todo o mundo e que está traduzido nas mais variadas línguas. “És tímido? Tens um fraquinho por uma miúda? De que é que estás à espera? Se precisas de ajuda para a conquistar, este livro é para ti!”

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A Princesa de Cléves Madame de Lafayette Editora: Bico de Pena Mademoiselle de Chartres é uma jovem aristocrata que chega à corte de Henrique II para encontrar um marido com boas condições sociais e financeiras. Contudo, velhas intrigas de corte e invejas familiares fazem com que a jovem receba escassa atenção da parte dos melhores pretendentes. Finalmente, segue a sugestão da mãe de aceitar a proposta de um admirador fiel, se bem que não muito interessante, e casa-se com o Príncipe de Cléves. Pouco tempo depois do seu casamento, conhece o encantador Duque de Nemours, por quem se apaixona irreversivelmente. Dividida entre a fidelidade e o desejo, a Princesa de Cléves trava um longo combate interior para decidir qual será o seu dever – permanecer com um marido que a aborrece ou entregar-se ao homem que ama.

Livro assinala aniversário

“Notícias de Colmeias” celebra 10 anos

Ficheiros Secretos da Desconolização de Angola Leonor Figueiredo

LMF

O nosso colega informativo “Notícias de Colmeias” cumpre este ano uma década sobre a sua fundação. Segundo Joaquim Santos, fundador e director, “numa altura em que a imprensa local e regional vive uma crise profunda, assinalamos a efeméride na certeza de que os desafios do futuro são imensos, embora os tempos exijam cautela, contenção e reformulações na gestão”. Mas a data não deixa de ser festiva, com a organização de diversas iniciativas, das quais se destacou, no dia 20 de Setembro, a apresentação do livro “10 Anos Notícias de Colmeias”, uma publicação que resume as principais temáticas desta década, apresentando ainda textos de interesse histórico acolhidos no jornal e uma retrospectiva sobre as muitas iniciativas culturais que o jornal promoveu na freguesia (recensão acima) . A apresentação da obra decorreu numa sessão cultural, em que um leque de convidados reflectiu sobre o passado, a actualidade e o que se pretende que venha a ser o futuro das Colmeias e do seu jornal. Foi o caso do historiador leiriense Saul Gomes, e dos jornalistas João Paulo Leonardo

Sessão de apresentação do livro

(Invest) e Carlos Fernandes (Jornal das Cortes). No final, Joaquim Santos referiu a luta para o sucesso dos últimos 10 anos, mas não poupou as críticas aos sucessivos Governos que “ignoram e faltam ao respeito para com este tipo de publicações”, referindo-se à legislação que, para qualquer tipo de apoio tão simples como o Porte Pago, obriga a imposições que apenas os grandes jornais regionais podem cumprir. “Os pequenos jornais locais

ficam completamente impedidos de aceder a qualquer apoio do Estado, pois não têm hipótese de pagar os avultados encargos de um quadro de pessoal que é imposto pelo Governo, mas isso não significa que não façam um trabalho de qualidade e com profissionalismo”, defendeu. Ainda assim, o director garantiu que vai continuar a luta pelo jornalismo de proximidade e mostrou-se confiante de que esse esforço “vai continuar a dar frutos nas Colmeias”.

Aletheia Editores Quando procurava elementos sobre o seu pai, desaparecido em Angola, em 1975, esta jornalista muitos outros portugueses deixados nos cárceres do MPLA pelas Forças Armadas Portuguesas, no momento da retirada da antiga colónia. Portugal não quis que eles regressassem à metrópole nem os quis submeter aos tribunais nacionais. Atirou-os para a justiça alheia, mesmo sabendo que estes jovens de 30 anos tinham sido raptados meses antes da independência de Angola. A autora soma ainda vários casos desconhecidos sobre a polémica descolonização de Angola e apresenta diversos documentos a atestar os factos, num livro que merece ser lido e reflectido,

Espionagem no Deserto San-Antonio Editora: O Quinto Selo Imaginem que Alcides Sulfúrico, mais conhecido nos meios da espionagem pelo nome de código SO4 H2, foi raptado, no regresso de uma missão à China Popular, por um comando de rebeldes árabes no árido país de Kelsaltan! Conhecem o Kelsaltan? Pois bem, este país situa-se exactamente no ângulo do Golfo Pérsico com a avenida Raymond-Poincaré... Quer dizer... Para lá chegar é preciso, em dorso de camelo, atravessar o grande Rasibus, o deserto da sede... Ironicamente foi preciso, para acompanhar o valoroso SanAntonio nessa missão perigosa, apelar a Pinaud e, sobretudo, a Bérurier!... Juntai-vos à nossa estranha caravana e vinde visitar o harém do xeque Bérurier (um xeque bem fornecido, por sinal).


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. diversas .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2009

. mãos na massa . Bolo de chocolate com cobertura Ingredientes 7 ovos 3 chávenas de farinha 3 chávenas de açúcar 1 chávena mal cheia de óleo 1 chávena mal cheia de água morna 250 gr. de chocolate em pó 1 colher de fermento (Cobertura) - Meia tablete de chocolate de culinária (Cobertura) - 1 pacote de natas Preparação . Separam-se as gemas das claras, junta-se o açúcar às gemas, mexe-se bem. De seguida junta-se a água e o óleo, mexe-se bem, dissolve-se o chocolate num pouquinho de água e junta-se ao preparado, mexendo sempre. Depois, a farinha e o fermento e por fim as claras batidas em castelo. Vai ao forno a 180º, cerca de uma hora. Cobertura . Parte-se a tablete em bocados, põem-se as natas e vai a derreter ao micro-ondas. Põe-se por cima do bolo, quando estiver morno. Atenção: neste bolo só as claras são batidas com a batedeira. Conceição Guerra

. vinha .

Última hora Golpilheirense que votou duas vezes terá de indemnizar o Estado Vítor Santos, o eleitor natural da Golpilheira e residente na Maceira, que votou duas vezes nas Eleições Europeias de 7 de Junho, terá que indemnizar o Estado, para que o caso não chegue à barra do tribunal. O eleitor foi ouvido pelo Ministério Público (MP) de Leiria, que o constituiu arguido e lhe aplicou a medida de coacção de Termo de Identidade e Residência. Perante as explicações prestadas, o MP propôs ao eleitor o pagamento de uma determinada quantia - que terá de entregar a uma Instituição Particular de Solidariedade Social -, para que o processo não chegue a julgamento. Ou seja, o MP decidiu pela suspensão preventiva do processo, para que o arguido possa decidir o que pretende fazer. “O advogado vai ser notificado e ele (eleitor) terá um prazo para decidir. Ou paga essa quantia ou terá que ser julgado”, refere fonte ligada ao processo. A Lei Eleitoral para o Parlamento Europeu refere que “quem votar simultaneamente será punido com prisão até um ano e multa até 50 dias”. Fonte: Mário Pinto – Diário de Leiria

. opinião . É preciso votar

José Jordão Cruz Eng. Técnico Agrário

Casta de Uva Baga A casta de uva Baga, oriunda segundo alguns da região do Dão, é predominante da Bairrada. Talvez por isso outros afirmam ser uma casta desta região. Uma coisa é certa: com larga experiência do seu cultivo, os homens bairradinos dizemnos que é uma casta que faz muito do pior e do melhor e com encepamentos de cerca de 90%. Embora esta casta também seja amanhada, embora muito pouco no Ribatejo e na Estremadura, no Dão o seu cultivo tem vindo a decrescer. Com esta casta, surgem vinhos dos melhores e dos piores. Por isso, na zona da Bairrada, atendendo ao seu clima, que a todo momento pode ter chuvas em Setembro, que poderão obrigar a uma vindima mais

cedo, dando assim vinhos muito adstringentes, pouco graduados, embora taninos, verdes, por isso vinhos quase desarmoniosos, que de facto não dão uma boa imagem da região da Bairrada. Pelo contrário, em anos secos e de boas temperaturas, produz boas maturações, em vinhos bem frutados. Os seus bagos lembram frutos silvestres, com sabores a ameixa preta, taninos sólidos, dando assim vinhos de alta categoria. Como não podia deixar de ser, esta casta também tem as suas sinonímias. A Baga também é conhecida por Poeirinho, Baga de Louro, Tinta da Bairrada ou Tinta da Baga. O seu nome é devido aos seus bagos serem pequenos, lembrando as bagas dos frutos selvagens. É uma casta muito sensível à podridão, por isso, são de ter em atenção os tratamentos preventivos, alternando diversas substâncias activas, quando se trata de fungicidas sistémicos.

Este ano, somos especialmente chamados a assumir a responsabilidade enquanto cidadãos, em três eleições. Foram muito importantes as que se realizaram em Junho passado, para o Parlamento Europeu, pois somos cidadãos europeus e Portugal muito beneficiou e beneficia em pertencer de pleno direito à Europa. Por isso, é de lamentar tanta abstenção (o povo não teve a sensatez de perder meia hora de praia para ir votar e não custa nada). Agora, as eleições que se vão realizar em Setembro e Outubro são importantes demais para não irmos votar. Lembro que votar é um acto de cidadania, em que todos temos a obrigação de participar, especialmente os jovens, que serão os nossos governantes de amanhã. Se participarmos, independentemente da área política, estamos também a contribuir para que os políticos assumam responsabilidades acrescidas, porque nós, eleitores, ganhamos mais autoridade para os responsabilizar, como fruto do nosso voto democrático, cada vez mais importante nos tempos que correm. Não devemos deixar que nos governem como se fossemos incompetentes, pois fiscalizar é preciso. Chamo também a atenção dos mais novos, que nasceram depois do 25 de Abril de 1974, ano da Revolução dos Cravos, que os rapazes da minha idade e mais velhos, no tempo da ditadura, viam que o acto de votar era uma farsa. Lembramo-nos bem. Só votava para a Assembleia Nacional Popular (ANP) quem “eles” entendiam. Os homens seleccionados (as mulheres não tinham direito a voto) recebiam em casa um boletim de voto e depois deslocavam-se à mesa de voto, no dia das eleições, para o entregar. Portanto, não era um voto democrático, em que todos pudessem participar num acto tão importante e, por isso, tão nobre. Eleições directas não existiam, nem para os concelhos, nem para as freguesias. Por isso, na qualidade de cidadão atento e que já estive envolvido por três vezes em eleições locais, gostaria de deixar esta chamada de atenção para a importância do voto e para a responsabilidade de todos exercerem esse direito e dever de votar. José Jordão Cruz

Pão para as crianças do padre João Campanha de solidariedade O padre João Monteiro da Felícia, um missionário da Consolata natural da Golpilheira, paróquia da Batalha, está há já alguns anos no Brasil, onde oferece o seu amor a Jesus Cristo, no serviço aos mais desfavorecidos. Daqueles que, ainda antes da fé, precisam de pão para a boca. O Jornal da Golpilheira tem em curso uma campanha para a oferta de uma “cesta de alimentos”, no valor de 10 euros, que é a ajuda que o padre João tenta entregar todos os meses às famílias que têm crianças a morrer à fome.

Kayk Araújo Almeida Nasc. 04/11/2005

Desde Janeiro de 2006, enviámos um total de 2330 euros, o que deu para 233 cestas... Este mês recebemos: - Anónimo - 10 euros - Anónimo - 30 euros Estamos também a sugerir o apadrinhamento de uma criança do jardim Peri, não só pela ajuda monetária, mas sobretudo para um contacto de carinho e acompanhemento pessoal, com nome, a uma destas crianças. Temos já 3 crianças apadrinhadas... mas muitas outras esperam um gesto seu! Escolha uma destas fotos aqui ao lado: coloque um sorriso no rosto de uma delas e veja como o seu próprio rosto se iluminará de felicidade...

Colabore! Seja solidário... Contacte:

Nathaly Vitória Silva Nasc. 15/02/2006

Milena Stephanie Souza Nasc. 29/10/2005

• Centro Recreativo R. Baçairo, 856 2440-234 GOLPILHEIRA • Pe. José Gonçalves (Pároco da Batalha) • António Monteiro Rosa (Casal de Mil Homens)

...e poupe nos impostos! Os Missionários passam recibo da sua oferta, que poderá deduzir no IRS. Basta que junte ao donativo o seu nome, morada completa e o n.º de contribuinte.

Classificados

• Vendo - mural de lacticínios e vitrina Euro II 1500 frigorífica, ambas em estado novo e a bom preço. T. 244766105/919194756. • Limpeza - habitações ou escritórios, na zona da Golpilheira ou Batalha. T. 244767044 ou 914513959 • Limpeza - habitações ou escritórios, na zona da Batalha, Leiria e arredores. T. 917922856. • Explicações de Inglês, Francês e Português, até 9º ano escolar, via internet. T. 228320637 ou email: franciscolaranjeir@hotmail.com. • Passo a ferro, faço recolha e entrega ao domicílio, na Golpilheira e arredores. Tel. 938815586. • Insuflável infantil - vendo ou alugo. T. 918510127 ou www.insuflaveis.pt.vu • Casal urbano - Vende-se na Golpilheira, com casa de habitação, loja e terreno (1.260m2). T. 244767378 • Aluga-se T2 na Golpilheira. Tel. 244767073. Telm. 918609949. • Part-time/Full-time - Optimus/Euphony admite consultores em telecomunicações. T. 936141012 ou joao.r.carreira@hotmail.com

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Jornal da Golpilheira

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. útil . lazer .

Setembro de 2009

Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Extensão de Saúde da Golpilheira Centro de Saúde da Batalha Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Ferraz (Batalha) Farmácia Padrão (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Escola EB 1+2 Batalha Escola Secundária Batalha Escola Artes e Ofícios Tradicionais Segurança Social - Batalha Conservatória R. C. P. Batalha Tesouraria Faz. Pública da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Posto de Turismo da Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal EDP -Informações (Grátis) Águas do Lena Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Rádio Batalha Centro Recreativo da Golpilheira

244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 766 836 244 769 920 244 817 000 244 767 856 244 765 124 244 765 449 244 766 744 244 767 178 244 769 290 244 769 180 244 767 595 244 765 269 244 765 264 244 764 120 244 766 366 244 769 100 244 765 180 244 769 871 244 769 870 800 232 425 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 769 720 244 768 568

Não estou a perceber esta campanha... vamos votar para Portugal, mas o que mais se discute é quem é mais amigo dos espanhóis!

Ele é o TGV porque os espanhóis querem, é a banca que lhes vendemos quase toda, é a troca de casaca por um lugar nas empresas de “nuestros hermanos”...

Começo a pensar que o que fazia cá falta era outro Santo Condestável! Mas acho que desta vez ele dava com o cutelo era em alguns portugueses...

Espanhóis

. fotos do mês . Cinema na Batalha

LMFerraz

A força de acreditar

...toda a qualidade da 7ª arte tão perto de si! De 6ª a 2ª feira

Não são precisos comentários para esta foto. Cada um de nós poderá ver nela uma inspiração para tantos e tantos momentos em que apetece desistir. O que estes atletas nos mostram é que é sempre possível acreditar, e que aí reside a nossa verdadeira força. Será também uma imagem a recordar naqueles momentos em que nos queixamos de tudo e todos, como se os nossos pequenos problemas fossem o fim do mundo...

Consulte programa em: www.cm-batalha.pt

Ficha Técnica Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) <lmferraz@iol.pt> Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) <manuelcrito@gmail.com> Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Clube de Jornalismo do CRG . Ana Margarida Rito <ana_reef@hotmail.com> André Carvalho <andr_rosa@sapo.pt> Carlos M. Meneses <fadigas@universitarios.com> F. Monteiro <filipemonteiro@portugalmail.pt> Pedro Rosa <ped_ros@hotmail.com> Vera Rito <vrito@esec.pt> Outros colaboradores . António Ferraz (assinaturas), Carlos Santos, Carolina Carvalho (secretária), Célia Capitão, Cremilde Monteiro, Filomena Meneses (assinaturas), Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Pedro Jerónimo. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel./Fax: 244 768 568 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Contribuinte . 501 101 829 Impressão . CIC - CORAZE . Ed. Rainha, 4º Piso . 3720-232 Oliveira de Azeméis . Tel: 256661460 Fax: 256673861 . E-mail: grafica@coraze.com Tiragem desta edição . 1500 exemplares

25 a 28 de Setembro

O Mensageiro dos Espíritos

Novas oportunidades... perdidas Eles bem tentaram convencer a professora a deixá-los ficar nos banquinhos da escola, mas não conseguiram aproveitar a oportunidade: chumbaram logo no teste do comportamento, como se pode ver pela desordem na sala! Resta saber se na matéria de estudo dariam melhor exemplo aos filhos...

www.jornaldagolpilheira.com

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Soluções do Sudoku 3

Nome _____________________________________________

Assinatura anual PT : 7 euros Europa: 10 euros Resto Mundo: 12 euros

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Tel. _____________ Email: _________________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____ Entregar ou enviar para: Centro Recreativo - Est. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA

. passatempo .

Blog: jgolpilheira.blogspot.com Email: geral@jornaldagolpilheira.com

Sudoku 3 (Dificuldade: média) 6 8 3

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. Jornal da Golpilheira . Setembro de 2009 .

. divulgação .

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