Jornal da Região de Oeiras de 22 a 28 de Fevereiro by Jornal da Região

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DIRECTOR INTERINO: João Carlos Sebastião | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA de 22 a 28 de Fevereiro 2018 - Semanal - Série V Ano XXIII - N.º 165

TRABALHO DE EQUIPA AJUDA A DEIXAR A RUA

SALVADOR SOBRAL “A ALMA É A MESMA”

A equipa de intervenção directa do Instituto de Prevenção e Tratamento da Dependência Química e Comportamentos Compulsivos (IDEQ) acompanha, desde há vários anos, sem-abrigo no concelho de Oeiras. Trabalhando em rede com vários parceiros, o grupo luta por tirar da rua uma população que estabilizou em número, cerca de 40 pessoas, mas que tem mudado de perfil, com o problema da toxicodependência a ser ultrapassado, em complexidade de resposta, pelos casos de alcoolismo e, sobretudo, de doenças do foro mental.

Na sua primeira entrevista após o transplante de coração, o vencedor do Festival Eurovisão da Canção revela o que sentiu em 2017, “o ano mais díspar que alguém poderia imaginar”.

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OEIRAS PRESTA HOMENAGEM A ‘UM HOMEM DE LIBERDADE’: IGREJAS CAEIRO

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DIRECTOR INTERINO: João Carlos Sebastião | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA de 22 a 28 de Fevereiro 2018 - Semanal - Série V Ano XXIII - N.º 165

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22 a 28 de Fevereiro de 2018

Bolsa de Turismo de Lisboa promove 30.ª edição

A Pampilhosa da Serra é o município convidado da 30.ª edição da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, o maior evento do sector realizado em Portugal, que vai ter lugar na FIL, Parque das Nações, de 28 de Fevereiro a 4 de Março. O Turismo do Centro será o destino nacional convidado, enquanto Marrocos será o país convidado. Situada da Região Centro, Pampilhosa da Serra tem assistido, nos últimos anos, a uma crescente procura de turistas nacionais e internacionais e a uma diversificação de ofertas e infra-estruturas turísticas. Num ano em que a região foi alvo do flagelo dos incêndios, aquele conselho serrano empenha-se em divulgar o seu território, dando a conhecer a beleza e encantos naturais, a história e resiliência das suas gentes. Fátima Vila Maior, directora de área de feiras da FIL, defende que “a atribuição à Pampilhosa da Serra de Município Convidado BTL 2018, premeia a dedicação, a força e o excelente trabalho desenvolvido pela autarquia na reconstrução da zona e na promoção do destino com base na sua oferta natural, histórica e cultural. Por outro lado, pretendemos também que a presença em destaque nesta edição da BTL, estimule empresas e operadores em investirem mais e melhor numa região única do nosso país”.

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José Alberto Dias, presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, realça que “depois de um ano de grandes contrariedades, a presença na BTL é uma excelente oportunidade para promover a imagem e a oferta do concelho na maior feira do sector”. Também o Turismo do Centro é o destino convidado. “Esta distinção é um excelente desafio para a região mostrar-se naquilo que tem de melhor. A BTL continua a ser o maior cartaz de apresentação da região”, elogiou Pedro Machado. Marrocos será, por seu turno, o país convidado. Os visitantes da BTL vão ter a oportunidade de ficar a conhecer melhor este destino através das suas principais atracções turísticas e a diversidade que o caracteriza: sol, praia, deserto e o exotismo. O país irá estar representado com várias regiões numa área de 108 m2. Abdellatif Achachi, director do Turismo de Marrocos em Portugal, destaca que o país “tem uma procura crescente por parte dos portugueses. 2017 foi melhor ano de sempre: mais de 80.000 turistas portugueses visitaram o país, o que representa um aumento de cerca de 25% face ao ano anterior”. Horário: Dia 28/2-10h00 às 19h00 (profissionais); Dia 1-10h00 às 19h00 (profissionais); Dia 2-10h00 às 18h00 (profissionais);18h00 às 23h00 (público); Dia 3-12h00-23h00 e Dia 4-12.0020.00 (profissionais e público).

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22 a 28 de Fevereiro de 2018

actualidade

No concelho de Oeiras, ao contrário do que é hábito em Lisboa, esta população não se vê facilmente, sobretudo à noite, já que pernoita, não nas entradas de prédios nos centros urbanos, mas sim em casas e carros abandonados ou em viadutos. “Os que estão expostos são poucos e em geral são casos severos do foro mental”, é-nos explicado. No entanto, “todos eles estão identificados”.

Doença mental é mais complexa

“Não basta resolver a falta de tecto” Oeiras tem 40 sem-abrigo e técnicas a trabalhar na rua Há cerca de 40 sem-abrigo no concelho de Oeiras. Pessoas quase invisíveis porque, na sua grande maioria, pernoitam não nas soleiras dos prédios (como em Lisboa), mas sim em casas e carros abandonados ou viadutos… Mas há uma equipa de quatro mulheres que os conhecem bem e os ajudam a deixar a rua… A equipa de intervenção directa do Instituto de Prevenção e Tratamento da Dependência Química e Comportamento Compulsivos

(IDEQ) acompanha, desde 2008, as pessoas que, no concelho de Oeiras, vivem sem um tecto a que possam chamar lar. Um trabalho realizado no âmbito do Projecto APOIAR, iniciado dez anos antes, no ‘mítico’ bairro da Pedreira dos Húngaros (Alto de Algés), acompanhando situações de toxicodependência e alcoolismo, por vezes com casos de doença mental associada. Lidar com estas diferentes facetas de uma mesma realidade – a exclusão social – tem sido o quotidiano desta

equipa, actualmente composta por quatro elementos, todos do sexo feminino. Um desafio feito de sucessos e de histórias menos felizes, de novas dificuldades e soluções, mas a que nunca viram a cara. O IDEQ tem supervisionado o plano municipal de contingência para as vagas de frio intenso, que prevê vários apoios. No entanto, a procura por este tipo de auxílio (refeições, banho, muda de roupa) tem sido muito escassa tendo em conta o número global desta população.

“É a prova de que, nestes casos, não basta resolver o problema da falta de um tecto”, sublinha Carla Sousa, que lidera a equipa de intervenção directa do IDEQ. Em termos geográficos, os cerca de 40 sem-abrigo do concelho encontram-se em Algés, Paço de Arcos e Oeiras, esporadicamente em Caxias. “Eles procuram sempre zonas mais movimentadas, onde é mais fácil pedir trocos, arrumar carros…”, explica, por seu turno, Ana Afonso, desde há seis anos naquela IPSS.

A partir de 2008, os técnicos do IDEQ passaram a atender “uma chuva de pedidos de ajuda” relativos a sem-abrigo. “Antes dessa data era algo com que já nos deparávamos nas ruas, mas o nosso trabalho era, então, mais direccionado para as dependências”, recorda Carla Sousa, ressalvando: “Claro que dentro deste grupo dos sem-abrigo há os outros problemas também, a toxicodependência, o alcoolismo, as perturbações psiquiátricas…”. Hoje em dia, o retrato desta realidade mostra “um atenuar da questão da toxicodependência numa população mais envelhecida a nível de alcoolismo e mais crónica, ou seja, já com mais doenças associadas ao álcool, e também mais casos de saúde mental”, diagnostica Carla Sousa, adiantando que esta última problemática se tornou a mais difícil de enfrentar e de resolver. “Nos casos de toxicodependência e alcoolismo, apesar de tudo, ainda sentimos que a pessoa tem alguma capacidade de decisão, tem a noção de que pode seguir outro caminho e de que há estruturas de resposta; já nos casos de doença mental esse discerni-

Rendas de quartos cada vez mais elevadas... O IDEQ disponibiliza respostas a vários níveis. Na base da intervenção está andar na rua, sensibilizar as pessoas para a possibilidade de mudarem de vida. “Mas cada uma tem um ‘timing’ próprio para sentir aquele ‘click’ que a leva a querer aderir à mudança”, salienta Carla Rebelo, que está neste apoio social desde 2008. Ana Afonso acrescenta que o primeiro passo é “identificar a problemática associada, depois começa-se a trabalhar a pessoa, encaminhá-la para as estruturas existentes, acompanhar, fazer muitas diligências…”. O que pode incluir tratar do Cartão do Cidadão, visitar as instituições que recolhem

bens, acompanhar às consultas, assegurar a toma de medicamentos… Mas também o atendimento psicológico, a prevenção de recaídas, sem esquecer os mecanismos para a desejada reinserção social. No meio de tudo isto, as quartas-feiras estão reservadas para fazer distribuição de comida e aproveitar para falar com os sem-abrigo onde quer que eles estejam. Outro pilar importante na intervenção do IDEQ é a Casa dos Corações, criada há quase cinco anos. Trata-se de “um apartamento de transição” (cedido pela Câmara de Oeiras, que também paga água e luz) por onde já passaram dez pessoas. Destas, “quatro estão reinseridas já sem

o nosso apoio, duas estão a meio do processo, uma teve uma recaída depois de sair”, havendo, ainda, três moradores com doença mental associada. Há, também, pessoas acompanhadas em quartos alugados, mas estas são cada vez em menor número porque “as rendas cobradas têm sofrido um enorme aumento”, o que torna inviável esta solução, mesmo com a ajuda da Segurança Social. “O Rendimento Social de Inserção é 186 euros e hoje não se aluga um quarto, nem sequer no interior do concelho, por menos de 250 euros”, concretiza Carla Sousa, lembrando que “depois há várias outras despesas que é preciso suprir”.

mento não é tão claro, sentimos muito a fragilidade da pessoa e isso causa-nos um sentimento de impotência”. No âmbito dos distúrbios mentais, é de destacar, ainda, o aparecimento, cada vez mais frequente, de jovens com surtos psicóticos devido ao consumo de cannabis, que têm mesmo de receber tratamento hospitalar e que, por vezes, acabam na rua por a família já não aguentar mais a situação. “Na cabeça deles o consumo de cannabis é inócuo e, depois, ou já tinham a doença mental ou então, com os consumos, ela revela-se”, diz aquela responsável, falando em ciclo vicioso, pois “vão tendo os surtos (comportamentos agressivos, desorientação…), vão sendo internados, mas entram em negação do problema e tardam em acabar com os consumos…”. Para ajudar a ultrapassar as muitas dificuldades, o trabalho em rede tem sido essencial. Assim como a constituição, no âmbito de uma estratégia nacional, de um Núcleo de Planeamento e Intervenção com Pessoas Sem-Abrigo (NPISA) de Oeiras, o qual agrega várias entidades e recursos. Graças a este esforço comum, “hoje em dia dificilmente está alguém na rua sem algum dos parceiros ter conhecimento e até o próprio munícipe sabe a quem sinalizar casos que apareçam”, sublinha Catarina Matos, outra das técnicas ao serviço desta causa através do IDEQ, lembrando que, por esta via, também tem sido possível actuar, cada vez mais, na prevenção, ou seja, ainda antes de a pessoa ‘cair’, efectivamente, na rua. Jorge A. Ferreira

22 a 28 de Fevereiro de 2018

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Paulo Vistas renuncia ao mandato Actual vereador invoca “questões legais” O ex-presidente da Câmara de Oeiras Paulo Vistas renunciou ao mandato de vereador no executivo municipal, informou à Lusa uma fonte do movimento Independentes, Oeiras Mais à Frente (IOMAF). Segundo a fonte do IOMAF, que pediu para não ser identificada, Paulo Vistas solicitou na quarta-feira ao presidente da câmara, Isaltino Morais, “a renúncia ao mandato de vereador” no executivo camarário. O pedido foi aceite pelo presidente da autarquia, que convocou a número três da lista do IOMAF para assumir o cargo de vereadora, acrescentou a mesma fonte, adiantando que Paulo Vistas, no pedido de renúncia ao mandato, não refere qualquer motivo e “apenas invoca as questões legais”. Paulo Vistas tomou posse como vereador pelo IOMAF, que teve

apenas dois eleitos nas autárquicas de 1 de Outubro de 2017, mas fez-se substituir nas reuniões do executivo por Marlene Rodrigues, número três na lista do movimento para a câmara, que já era vereadora no anterior mandato. “É um direito que lhe assiste. Cabe ao movimento, com ou sem Paulo Vistas, desenvolver o seu trabalho em prol do município de Oeiras”, comentou o vereador Carlos Morgado, do IOMAF, contactado pela agência Lusa. O autarca, número dois na lista liderada pelo ex-presidente da câmara, admitiu que Paulo Vistas vai fazer falta ao movimento, mas que será preciso “arranjar um outro líder”, a eleger numa próxima assembleia do IOMAF. Questionado se será candidato à liderança do movimento, Carlos Morga-

do respondeu que “tudo depende de como a assembleia decorrer”. Nas recentes autárquicas, Isaltino Morais foi eleito presidente da Câmara de Oeiras com maioria absoluta (41,68%), com seis mandatos, seguido do IOMAF (14,19%), com dois eleitos, e do PS (13,41%), PSD/CDS-PP/ PPM (8,73%) e CDU (7,84%), com um mandato cada.

Na noite das eleições, o recandidato independente à Câmara de Oeiras admitiu que o resultado da sua candidatura ficou “aquém da expectativa” e que iria “reflectir” com a sua equipa se assumiria responsabilidades num executivo liderado por Isaltino Morais. Paulo Vistas recandidatou-se pelo IOMAF, pelo qual foi eleito em

2013, então ainda com o apoio de Isaltino Morais, de quem foi vice-presidente e que substituiu quando o autarca deixou a câmara para cumprir pena de prisão, por fraude fiscal e branqueamento de capitais. Isaltino Morais reconquistou a presidência da câmara pelo movimento Inovar Oeiras de Volta (IN-OV).

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22 a 28 de Fevereiro de 2018

BREVES OEIRAS NA ROTA DE NOVO CENTRO DE INVESTIGAÇÃO A União Europeia atribuiu 15 milhões de euros para a abertura de um Centro de Investigação em Medicina Regenerativa e de Precisão em Portugal até 2024. O consórcio inclui o ITQB NOVA (sedeado em Oeiras) e o CEDOC da Universidade NOVA, as universidades do Minho, Porto, Aveiro e Lisboa e o University College of London. “O Discoveries Center nasceu graças ao conhecimento que estas instituições portuguesa já têm sobre a área, que foi considerado excepcional pela UE”, frisou Paula Alves, coordenadora do ITQB NOVA no consórcio. “Para Oeiras vamos trazer meio milhão de euros, que nos vai permitir contratar dois cientistas líderes de grupo e dar-lhes as melhores condições para trabalhar”, acrescentou.

NÓ DE MIRAFLORES EM OBRAS O acesso da A5 à CRIL, no nó de Miraflores, está a ser renovado pela Brisa através de um programa de obras que decorrerá apenas durante a noite e se prolongará até 17 de Abril. Os trabalhos, que se iniciaram na segunda-feira (dia 19), visam melhorar as condições de circulação e de segurança, passando aquela saída a contar com duas vias contínuas de acesso desde a A5 até à entrada na CRIL. Os trabalhos decorrerão em horário nocturno, como forma de minimizar o impacto dos mesmos no trânsito.

‘EXPERIMENTA-TE’ FORMA TALENTOS Destinada a jovens entre 13 e 18 anos, a formação ‘Experimenta-te’ visa descobrir e/ou consolidar talentos nas áreas de dança, música e teatro. As inscrições serão abertas em breve. A Dança começa em Março, em quatro sessões, de três horas cada, ministradas pela Oeiras Dance Academy, sempre aos sábados, no Pavilhão da União de Freguesias de Oeiras, Paço de Arcos e Caxias, e apresentação no dia 31. Ao longo dos meses seguintes será a vez da Música e Teatro. Informações no Núcleo da Juventude (21 446 75 70).

actualidade

“Era um homem de Liberdade”

A iniciativa da Fundação Marquês de Pombal juntou, no Palácio dos Aciprestes, o ex-ministro da Cultura e figura histórica do PS, João Soares, e o antigo profissional da rádio (Emissora Nacional/RDP) Guilherme Guimarães, como protagonistas de um serão destinado a reavivar memórias sobre a vida e o vasto legado deixado por Igrejas Caeiro (falecido aos 94 anos). Os dois convidados recordaram vários episódios que puseram em relevo a profícua produção profissional daquele que é considerado um dos mais marcantes nomes da rádio, do teatro, do cinema e da televisão em Portugal, mas também, e sobretudo, a sua personalidade enquanto interveniente em ter-

mos políticos. Ele que foi suspenso de funções na Emissora Nacional no tempo de Salazar por questões políticas e que, muitos anos depois, no período mais ‘quente’ do período “pós-revolução, já como deputado, viria a defender profissionais da rádio suspensos pelo mesmo género de razões, desta feita por militares que ocupavam a RDP”, como recordou Guilherme Guimarães, que trabalhou com o homenageado depois do 25 de Abril e pela mão de quem viria a ingressar no PS. “Era muito fácil trabalhar com Igrejas Caeiro”, salientou o antigo profissional da EN/RDP. “Era um homem da cultura, da arte, mas era sobretudo, e essa foi a parte que mais me marcou, um ho-

Caxias inaugura Skate Park junto à estação

m “homem fraterno”, que “marcou variadíssimas gerações”, não só profissionalmente, como também pelas convicções próprias de quem “entendia a Liberdade como uma árvore que tem de ser regada todos os dias”... A memória de Igrejas Caeiro foi celebrada, em Linda-a-Velha, na passada segunda-feira, assinalando o 6.º aniversário da sua morte.

mem de Liberdade. E o Igrejas Caeiro entendia a Liberdade como uma árvore que tem de ser regada todos os dias”, destacou. João Soares, por seu lado, lembrou o momento em que, com 15 anos, teve o seu primeiro contacto directo com o trabalho do repórter de rádio. Aconteceu na trasladação da sepultura de Jaime Cortesão, em 1965, no Cemitério dos Prazeres. “O meu pai foi o orador principal nessa cerimónia e o Igrejas Caeiro gravou os discursos”, contou João Soares, que terá sido, então, incumbido de verificar se a polícia política não retirava as fitas das gravações ao repórter. O ex-ministro da Cultura lembrou a amizade que tanto o seu

pai como o avô paterno nutriam pelo homenageado, o seu papel como “um dos primeiros signatários das listas do MUD [Movimento de Unidade Democrática]”, a coincidência de percurso com Maria Barroso (mãe de João Soares), pois “a partir de certa altura foram afastados do Teatro Nacional Dona Maria por razões de natureza política”, mas também as viagens feitas enquanto membro do Conselho Português para a Paz e Cooperação, incluindo “várias vezes à Coreia do Norte, no tempo do avô deste que agora lá está”. O histórico socialista aludiu, igualmente, ao papel essencial de Igrejas Caeiro no Teatro Maria Matos, mas em relação aos seus atributos como actor admitiu que “foi aquilo que eu chamaria com toda a ternura um canastrão… a minha mãe, embora eu seja suspeito, era melhor actriz”. “Foi um homem fraterno”, “culto, de bom humor e trato simples” e que “marcou variadíssimas gerações”, realçou, ainda, João Soares, que sobre a casa do homenageado, no Alto do Lagoal (Caxias) – deixada, em legado, à Fundação Marquês de Pombal (FMP) e à Fundação Sara Beirão para ser transformada num pólo de actividades culturais e

Os adeptos do skate passam a ter um novo ponto de encontro no concelho com a abertura, recentemente, de um equipamento dedicado a esta moderna modalidade. Com boas acessibilidades, uma vez que está localizado junto à estação de comboios de Caxias, estima-se que nova pista servirá cerca de 500 utilizadores por semana, disponibilizando um conjunto de exercícios, designadamente (e em linguagem ‘skatês’) um “quarter-pipe de várias alturas com hip e corner, jump-box, lomba, funbox de grinds, spine, start-box com dois patamares e wall ride em curva”. Trata-se de um investimento municipal, orçado em 85.500 euros (com IVA), destinado a todos os jovens de Oeiras e concelhos periféricos com experiência em andar de skate, BMX ou patins em linha e que tenham mais de seis anos.

acções de cariz social - disse tratar-se de “uma peça de arquitectura bem interessante, mas também acho que aquilo não pode ser só um museu, soa-me muito a uma coisa morta…”. “Ele tinha, sobretudo, isso é que importa preservar, um arquivo sonoro absolutamente fantástico”, destacou sobre o espólio de Igrejas Caeiro, o qual inclui, ainda, centenas de livros e discos, obras de arte, medalhas e troféus, além de um estúdio de rádio na cave e um jardim com uma vista privilegiada para o mar. Sobre o ponto da situação e o destino a dar à vivenda, desenhada pelo arquitecto Francisco Keil do Amaral, Isaltino Morais, na sua qualidade de presidente da FMP – que falou o mínimo possível por estar quase afónico – adiantou apenas que “neste momento a casa está em obras”, garantindo que a mesma “irá ser efectivamente recuperada”. Recorde-se que, em anteriores discussões públicas sobre este assunto, o também presidente da Câmara de Oeiras tem repetido que a solução a ser encontrada terá de ter viabilidade económica, de forma a garantir a perenidade do património que se pretende salvaguardar. Jorge A. Ferreira

No passado sábado (dia 17), o novo equipamento recebeu a visita do presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, que se fez acompanhar por vários vereadores e responsáveis autárquicos. A autarquia recorda, a propósito desta obra, que “o primeiro Skate Park do concelho foi inaugurado pela Câmara Municipal, em 2013, junto ao Centro de Juventude de Oeiras, sendo que o mesmo tem uma afluência de 300 jovens por semana”. “A construção de Skate Parks tem por objectivo despertar os jovens para a prática desportiva e apropriação de comportamentos e estilos de vida saudáveis e tem, também, uma função de ocupação dos tempos livres, proporcionando aos jovens a oportunidade de experimentarem outras modalidades, ditas radicais”, enquadra, ainda, a Câmara de Oeiras.

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Comic Con no Passeio Marítimo de Algés Evento transita de Matosinhos para Oeiras A próxima Comic Con, a convenção portuguesa dedicada ao entretenimento e cultura pop, vai acontecer de 6 a 9 de Setembro, no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras. Esta será a quinta edição da Comic Con, que este ano transita da Exponor de Matosinhos para Oeiras, antecipando-se de Dezembro para Setembro. A organização do evento assinou um protocolo com a autarquia de Oeiras por três edições e que envolverá, por parte do município, um apoio financeiro e logístico de 330 mil euros por edição. Na conferência de imprensa em Oeiras, o director-geral

da Comic Con, Paulo Rocha Cardoso, explicou que o evento precisava de se expandir e de ser melhorado. O Passeio Marítimo de Algés é um terreno alcatroado, junto do rio Tejo que habitualmente acolhe, em Julho, o festival Nos Alive, com uma capacidade – naquele contexto – para cerca de 50 mil pessoas. Todas as áreas às quais a Comic Con se dedica, como a banda desenhada, o cinema, a televisão, o ‘cosplay’ ou a zona comercial, sofrerão alterações, mas o espírito da convenção mantém-se, disse o director-geral. Francisco Rocha Gonçalves, vice-presidente da autarquia de Oeiras, disse que será er-

guida “uma mini-cidade no recinto”. Paulo Rocha Cardoso espera receber pelo menos 100 mil pessoas, a mesma audiência da Comic Con de 2017. A sete meses do evento, o director de operações da Comic Con Portugal, Pedro Cardoso, explicou à agência Lusa que estão ainda a ser analisadas as estruturas para acolher a iniciativa na nova localização, “porque é uma operação logística completamente diferente”. O facto de o Passeio Marítimo de Algés não ter qualquer edifício permitirá à Comic Con uma maior liberdade na disposição de espaços para as diferentes

actividades e áreas de programação. “Muitos dos parceiros queriam fazer activações maiores e não era possível”, disse. Pedro Cardoso recordou que a Comic Con “é a plataforma da indústria. O objectivo é divulgar tudo o que existe, quer a nível nacional, quer internacional. O objectivo é criar

interacção com o público, viver a experiência dos quatro dias com os ídolos”. Hoje foram anunciados três convidados, da área da banda desenhada: Mark Waid, Batem e Yves Sente. Em edições anteriores, pela Comic Con Portugal passaram nomes como os actores de séries televisivas Edward

James Olmos (“Battlestar Galactica”) Dominic Purcell (“Prison Break”), Daniela Ruah (“NCIS: Los Angeles”) e Lennie James (“The Walking Dead”) ou argumentistas e artistas como Chris Claremont e Achdé. Os bilhetes vão variar entre os 25 euros, diário, e os 75 euros do passe geral.

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“O sonho imediato é tocar pelo mundo inteiro”

Primeira entrevista de Salvador Sobral após o transplante de coração Com o Festival Eurovisão a aproximar-se a passos largos, a 12 de Maio, os últimos dias ficaram marcados pela primeira aparição pública de Salvador Sobral, o herói de Kiev, após a operação de transplante de coração a que foi submetido. Em entrevista ao Telejornal, o vencedor da Eurovisão reconheceu que o ano de 2017 foi tudo menos normal. ‘Amar pelos dois’, uma letra e música da irmã Luísa, fê-lo saltar para a ribalta e conquistar a fama no panorama musical. Pela primeira vez,

Portugal venceu o festival da canção do velho continente. Mas, para Salvador Sobral, a maior vitória ocorreu no Hospital de Santa Cruz (Carnaxide), quando foi operado ao coração. Salvador recordou as experiências únicas que viveu em 2017: “Imaginei que estou num café em Paris e alguém me pergunta: ‘Então, como é que foi o teu ano de 2017?’. Nada de especial. Ganhei o maior concurso pop europeu e toda a gente me conhecia, de um dia para o outro, no país. Uns meses depois, enfiei-me

num quarto de hospital, durante quatro meses, e fiz um transplante de coração”. “Foi o ano mais díspar que alguém poderia imaginar”, salientou o músico. Questionado pelo jornalista João Adelino Faria sobre o que sentiu quando acordou da operação, sublinhou: “Não senti nada. É uma experiência fora desta realidade”. Tiveste medo? “Seria um cubo de gelo se não tivesse medo”, reconheceu o intérprete que, no entanto, prefere não perder muito tempo a avaliar

esta experiência. “Eu tinha este problema, agora está resolvido, vamos lá começar a tocar que é o que eu gosto”, enfatizou, acrescentando que também não quer conhecer a origem do seu novo coração. Interpelado se se sente diferente, contrapõe que a inspiração “está na alma. O coração é um músculo, a alma é a mesma”. Salvador Sobral dá conta que o tratamento influenciou-o de “uma maneira muito física”, como os medicamentos que fazem com que a

voz “esteja um pouco frágil”, mas acredita que “vai voltar ao que era”. Afirmando-se mais como intérprete, já que compõe quando um amigo o obriga, Salvador Sobral vai regressar aos palcos em breve, com o seu projecto com Júlio Resende, denominado Alexander Search (dedicado à poesia de Fernando Pessoa e do seu heterónimo), com os primeiros espectáculos a decorrerem nos arquipélagos. “Vamos fazer um renascimento nos Açores e na Madeira. Vai ser giro!”. O músico, que lançou o seu primeiro álbum em Maio de 2017, está já a trabalhar no novo trabalho, para o qual convidou alguns compositores (Mário Laginha) e Samuel Úria) e escritores (Miguel Esteves Cardoso e Gonçalo M. Tavares). Sobre a fama e reconhecimento internacional nas redes sociais, classifica como “engraçado e um bocadinho insólito, mas é giro”. Em relação a influenciar a vida de quem o ouve a cantar, confessa que canta “para tocar as pessoas, influenciá-las, para as fazer pensar e questionar”. Aos jovens que sonham em ser o próximo Salvador Sobral, deixa apenas um único conselho: “Vão estudar, é importante estudar música, e ter canções originais”. Em relação aos seus anseios, Salvador Sobral sublinha que “o sonho imediato é viajar e tocar pelo mundo inteiro. Descobrir culturas”. “Que melhor maneira de descobrir o mundo do que tocar lá?”, questiona, enunciando cidades como Bogotá e Caracas, já que se afirma apaixonado pela América do Sul. “Mostrar a minha música às pessoas, levar músicas em português e em qualquer língua”, reforça, deixando a quase certeza de que voltará a cantar na final do Festival da Eurovisão, este ano, em Lisboa, a 12 de Maio.

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ver&ouvir

Peste & Sida em Sintra

‘Desejos, sonhos e sedução’

Concerto singular por Sebastião Antunes A jogar em casa, Sebastião Antunes apresenta o décimo álbum da sua carreira: ‘Singular’. Em formato acústico, apenas com voz e guitarra, ‘Singular’ é o resultado de uma experiência na música de Sebastião, ao mesmo tempo que celebra os seus 30 anos de carreira, revisitando, renovando e partilhando as histórias que fazem parte da

sua discografia. O concerto será baseado ainda nos 25 anos de carreira de Sebastião e da Quadrilha. Centro Cultural Olga Cadaval, dia 2 de Março, às 22h00. Bilhetes a 12,50 euros.

8.º Amadora Jazz Sintra vai receber um concerto muito especial dos Peste & Sida que, em 2015, alcançaram um grande objectivo: a reedição dos três primeiros álbuns que nunca tinham passado para formato digital. Pela mão do Pedro Vindeirinho da Rastilho, esse dia chegou e a banda reuniu-se com todos os ex-elementos num concerto em Lisboa. O espectáculo foi gravado sem conhecimento pré-

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vio dos músicos, resultando num documento áudio o mais genuíno possível para transmitir a espontaneidade e energia de banda ao vivo que os Peste & Sida são por excelência. A apresentação deste CD ao vivo vem concretizar outro dos grandes desafios que estava por alcançar. Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra) , dia 24 de Fevereiro, às 21h30. Bilhetes a 12,50 euros.

Promovido pela Câmara da Amadora e pelo Jazz ao Centro Clube, o Ciclo de Jazz da Amadora é um evento importante para a divulgação e promoção do jazz na

cidade, reunindo valores sólidos do panorama nacional e internacional, mas também projectos que se apresentam como novidades. Cine-Teatro D. João V e Recreios da Amadora, de 28 de Fevereiro a 3 de Março. Entrada 5 euros. Dia 28, entrada livre.

‘Desejos, Sonhos e Sedução’ é uma exposição de fotografia de Luís Viegas Mendonça, que apresenta cerca de 30 trabalhos a preto e branco. As suas imagens são maioritariamente fotografias de nu artístico e retrato sensual. E como escreve o Mestre António Homem Cardoso no texto de apresentação do catálogo: “(...) Sendo que Luís Viegas Mendonça é reconhecidamente o maior intérprete desta peregrinação ao altar da mulher, esse Ser mágico, enigmático e belo que tantas vezes roça a aura do divino”. Galeria de Arte do Casino Estoril, até 12 de Março. Entrada Livre.

Victor Espadinha festeja 60 anos de carreira ‘Jantar Só Para Dois’ é o mote principal desta comédia, escrita pelo espanhol Santiago Moncada, constituindo um espectáculo comemorativo dos 60 anos de carreira de Victor Espadinha. Emília (Sónia Aragão) e Berta (Paula Sá) são duas grandes amigas de infância que sempre partilharam tudo... Pedro (Victor Espadinha) é um cavalheiro distinto, sempre muito disponível

mas infelizmente outras vezes nem tanto... O protagonista desta história será o grande convidado para o jantar desta noite, uma refeição muito especial e hilariante onde tudo pode acontecer... Auditório Municipal Eunice Muñoz (Oeiras), até 1 Abril de 2018, de quarta-feira a sábado, às 21h30 e ao sábado e domingo, às 16h00.

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Teatromosca inspira-se em vitória no Europeu Com texto original de Jorge Palinhos e Leïla Anis, dirigida por Pedro Alves e Patrice Douchet, ‘Kif-Kif ’ é uma coprodução do Teatromosca, de Sintra, do Théâtre de la Tête Noire e da companhia Terceira Pessoa, de Castelo Branco, que conta com cenografia de Pedro Silva e design gráfico de Alex Gozblau. Após a estreia em França, a peça ‘Kif-Kif ’ será apresentada, no dia 4 de Julho, no Auditório Municipal António Sintra, em Agualva-Cacém, e a 6 de Julho, no Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco. ‘Kif-Kif ’, que deriva do termo árabe ‘kif ’, que poderá significar igual, é a mais recente etapa do projecto de cooperação internacional Ferry-Book, que une o Teatromosca à companhia francesa Théâtre de la Tête Noire, aos quais se junta também, neste momento, a companhia teatral Terceira Pessoa. Ferry-Book é um projecto que passa pela “criação de relações duradouras” entre estas estruturas de criação e difusão teatral, tendo como base o trabalho que as companhias têm desenvolvido sobre a literatura dramática e a criação teatral contemporânea. ‘Kif-Kif ’, que vai contar com a participação de um grupo de 11 jovens portugueses e de 11 jovens franceses, surge depois de, em 2015, o Teatromosca ter estreado em França ‘Fahrenheit 451’, a partir do texto de Ray Bradbury, e de, em Março de 2016, ter acolhido em Portugal a peça ‘Variations sur ‘Hiroshima Mon Amour’, pelo Théâtre de la Tête Noire, inspirado na obra de Marguerite Duras, a que

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peça ‘Kif-Kif’, do Teatromosca, inspirada na final do Europeu de Futebol de 2016, conquistada pela seleção portuguesa, vai estar no Théâtre de la Tête Noire, em Saran, França, de 28 a 30 de Junho, informou a companhia.

se sucedeu, também, a apresentação em Sintra do espectáculo ‘The Old Image of Being Loved’, pela Terceira Pessoa. Orientado para o público juvenil, ‘Kif-Kif ’ centra-se na final do Campeonato da Europa de Futebol de 2016, que decorreu em França e que ditou a vitória da selecção portuguesa, depois de uma final disputada com a equipa anfitriã, disse à Lusa fonte do Teatromosca. Na peça, uma equipa portuguesa composta por nove jovens jogadores-actores (não-profissionais), dois jovens profissionais e um treinador-encenador, uma equipa francesa com a mesma composição, e dois árbitros-dramaturgos vão ‘jogar’ uma final em dias mãos. Para o Teatromosca, é “altamente discutível” que haja “um abismo insuperável” entre teatro e desporto, até porque todo o desporto “pode ser uma forma de drama ou um evento mais ou menos teatralizado”. ‘Kif-kif ’ surgiu, segundo o Teatromosca, da ideia traçada pelos dois encenadores de construir um espectáculo a partir de um conjunto de histórias amplamente difundidas nas redes sociais, na sequência da final do Campeonato da Europa de Futebol de 2016, que opôs Portugal à selecção francesa. Nesse sentido, as companhias desafiaram dois jovens autores para a criação de um conjunto de textos que serão, na sua fase final, urdidos num único corpo textual. O espectáculo, legendado, será falado nas duas línguas. O projecto colhe influências das teorias do pensador alemão Hans Ulrich Gumbrecht, que

tem procurado defender uma comparação entre os eventos desportivos e as artes performativas, baseado na “produção de presença”, acrescenta a companhia com sede em Sintra. Assim, o espectáculo assenta sobre uma comunicação directa com os seus espectadores, promovida a partir de uma copresença consciente e assumida dos actores e daqueles que assistem. Ao mesmo tempo, procura-se assumir o ‘Teatro’ como ferramenta fundamental na intervenção social, cultural e educativa junto de um grupo de jovens em risco de exclusão social, com o objectivo de os levar a assumirem a sua cidadania plena. A peça resulta de um trabalho que o Teatromosca realizou, entre Outubro e Dezembro de 2017, com um primeiro grupo de 15 jovens da Casa Seis, instituição privada de solidariedade social, parceira do projecto, com sede em Mira Sintra. Deste trabalho resultou a peça ‘Play’, apresentada no Auditório Municipal António Silva e da qual saíram os nove jovens portugueses que vão participar no espectáculo ‘Kif-Kif ’. A cenografia da peça é de Pedro Silva, o design gráfico de Alex Gozblau, a tradução de Thomas Resendes, o vídeo de Ricardo Reis e a fotografia de Catarina Lobo. Interpretam ‘Kif-Kif ’ Filipe Araújo, Ana Gil, Alexandre Servage, Ariane Von Berendt, nove actores portugueses não-profissionais e nove jovens actores franceses não-profissionais. Lusa

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ACP abre 30.ª delegação Nova loja está situada no Forum Sintra A presença do Automóvel Clube de Portugal (ACP) em Sintra “era vital”, considerou o seu presidente da instituição, Carlos Barbosa, na inauguração da 30.ª delegação, localizada no Forum Sintra, em Rio de Mouro. Uma maior proximidade aos cerca de 15 mil sócios do ACP que residem em Sintra é a principal razão da abertura da nova delegação daquela instituição de utilidade pública. “Estar cada vez mais

próximo dos sócios faz parte da política desta direcção e este ponto em Sintra, que tem um grande pendor residencial, era vital nesse aspecto”, salientou ao JR o presidente do ACP. “Estamos muito contentes e as pessoas vêm-nos agradecer por abrirmos aqui esta delegação”, reforçou aquele responsável, regozijando-se pela localização do novo ponto de apoio aos sócios e que permitirá aos aderentes da rede evitar deslocações a Lisboa.

No entanto, não foi fácil, nem rápido, atingir este desfecho. “O investimento imobiliário cresceu brutalmente, mesmo aqui estivemos muito tempo à espera, cerca de dois anos, porque há esse boom imobiliário”, explicou o nosso interlocutor, adiantando que continuam à procura de espaço no Parque das Nações. Depois de ter renovado 20 delegações e ter aberto cerca de uma dezena (nos últimos dez anos), o investimento nesta componente eleva-se a 23 milhões de euros. Mas justifica-se porque “queremos estar onde estão os sócios e, portanto, não faz sentido não espalhar as delegações pelo país todo”. Com um crescente número de sócios – que já são cerca de 250 mil – a proximidade está cada vez mais garantida, pois “todos os serviços do ACP são prestados em qualquer sítio do país, seja numa terra pequenina, num centro urbano ou onde quer que seja”. Além da proximidade, também as vantagens oferecidas pelo ACP aos seus sócios justificam o aumento da adesão verificado, mesmo em tempo

de crise. “Hoje em dia com as vantagens que tem, quer a nível de assistência em viagem, quer a nível de saúde, de seguros, de assistência domiciliária, enfim, a quota (de oito euros) acaba por ficar gratuita”, destaca Carlos Barbosa. Quanto a projectos na forja, o presidente do ACP lembra a apresentação, recentemente, através do Observatório ACP, do estudo do condutor português, “que tem revelações extraordinárias”. De momento “estamos a fazer o estudo, juntamente com os parceiros todos do Observatório, que vai durar cerca de seis meses, sobre a Mobilidade em Lisboa e a seguir a Mobilidade no Porto, e estamos, juntamente com o Ministério da Adminis-

tração Interna, a fazer tudo o que tem a ver com esta nova regulamentação dos motociclos”, acrescentou aquele responsável. Carlos Barbosa defende que “a legislação seja mais facilitadora e que não caia na impunidade porque hoje em dia a pessoa é apanhada e, na maior parte das vezes, acontece a prescrição e isso não pode ser, o prevaricador tem que ser efectivamente condenado”. Fazendo uma leitura da sinistralidade, aquele responsável considera que “continua com números muito elevados, mas o que me preocupa mais, nem é só o facto de haver mais mortos, mas é o número de acidentes, que aumentou brutalmente, bem como o número de

feridos graves e ligeiros”. Para Carlos Barbosa, este saldo “tem a ver, sobretudo, com o ensino em Portugal que é muito mau, os exames são muito permissivos e, portanto, as pessoas vão para as escolas de condução não é para aprender a guiar, mas sim para tirar a carta e isso é mau”. “Nós temos um programa de Educação no ACP, já atingimos cerca de 100 mil alunos e cerca de oito mil professores”, contrapôs, ainda, a propósito de um programa que “tem tido um grande sucesso –fomos premiados pela Comissão Europeia com o Prémio Excelência de Segurança Rodoviária no ano passado”. JAF/JCS

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motores

Mazda cinco estrelas Presença no Salão Automóvel de Genebra

A Mazda prepara-se para uma participação de peso na 88.ª edição do Salão Automóvel de Genebra, certame que terá lugar no início do próximo mês. Em destaque, vão estar o novo Mazda6 Wagon, em estreia mundial, e o novo Mazda6 Sedan, uma estreia europeia, bem como os dois protótipos Mazda Vision Coupe e Mazda Kai Concept, aliado ao revolucionário motor a gasolina de nova geração Skyactiv-x. A mais recente geração do Mazda6 é a mais abrangente de sempre, segundo os responsáveis da marca, apresentando um visual exterior mais amadurecido, elegante e requintado, assim como uma ampla renovação interior, incluindo bancos totalmente novos, conjuntos propulsores Skyactiv de maior performance, dinâmica de condução melhorada, aerodinâmica mais eficaz, baixos níveis de NVH (Ruído, Vibrações e Aspereza) e uma ampla gama de sistemas de segurança i-Activsense.

Por seu turno, o Vision Coupe, recém-coroado como o ‘Mais Belo Protótipo do Ano’, adopta as formas básicas de um elegante coupé de quatro portas e renuncia a alguns conceitos anteriormente explorados pelo design Kodo, optando por formas mais simples que dispensam todos os elementos não essenciais. Assente na designação ‘Kai’, que significa ‘pioneiro’, o Kai Concept é um modelo de cinco portas que antecipa o futuro da marca Mazda, exibindo as tecnologias revolucionárias e a mais recente evolução do design Kodo. Em linha com a nova geração Skyactiv-Vehicle Architecture, que amplia as capacidades naturais do corpo humano para criar a máxima ligação entre condutor e automóvel, este protótipo adopta o revolucionário grupo propulsor Skyactiv-x. Exclusivo da Mazda, este motor é um propulsor revolucionário que introduz um inovador método de combustão designado Ignição por Compressão Controlada por Faísca, que está prestes a tornar-se no primeiro motor a gasolina com ignição por compressão a estar disponível comercialmente a nível mundial. Esta motorização combina as vantagens de um modelo a gasolina com ignição por faísca (expansividade a elevados regimes e emissões mais limpas) com as de um diesel com ignição por compressão (melhor resposta a baixos regimes e menores consumos), para dar corpo a um motor de transição que proporciona o melhor de dois mundos.

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StartUp Sintra

Ideias de negócio desenvolvidas na StartUp Sintra

Digital Manager Guru

A StartUp Sintra é a incubadora de empresas tecnológicas nascida da visão do presidente da Câmara Municipal de Sintra, Dr. Basílio Horta, que se aliou ao presidente do Grupo Metal, Adriano Lourenço, na concretização desta iniciativa. O director da Startup Sintra, João Cabral, fundamenta que a incubadora baseia a sua actividade em três áreas: formação, aceleração e incubação, e está à procura de StartUps para o seu programa de aceleração com início a 15 de Abril, podendo as candidaturas serem feitas em www.startupsintra.com.

Formação A formação foi a aposta inicial da StartUp Sintra. Através de uma parceria com o IEFP Sintra, desenvolveram-se formações em áreas como Administração de redes, Marketing Digital, Criação de Websites, Empreendedorismo e Línguas Estrangeiras. Esta parceria só foi possível graças à visão de Carlos Fonseca, então director do IEFP de Sintra, que considerou que a StartUp Sintra era o complemento ideal para a criação de um ecossistema ímpar, de apoio à requalificação em áreas profissionais com maior empregabilidade.

Aceleração Implementámos um programa intensivo de oito semanas para empreendedores ambiciosos e em áreas de comércio electrónico, media, marketing, Software, IoT, produtos industriais comércio, serviços e turismo. Trabalhamos lado a lado com os empreendedores no seu primeiro ano, ajudando a ultrapassar os desafios de crescimento e construir um negócio sustentável de escala global. Este trabalho é complementado com apoio de mentores das áreas específicas dos projectos, de forma a ganharem ensinamentos e acederem a uma vasta rede de contactos.

“Participar do programa de aceleração na Startup Sintra faz uma enorme diferença para quem está começando. Desenvolver o nosso ‘business model canvas’, receber coaching personalizado e ter a oportunidade de trocar ideia com empreendedores mais experientes ampliou a nossa visão de negócio”, comenta Michelle Oliveira, COO e co-fundadora do Digital Manager Guru, startup que estava há quatro meses no mercado quando foi seleccionada para o programa na Startup Sintra e que hoje procura investidores portugueses e já tem planos investimento nos EUA ainda este ano. “Com a entrada de investidores, o nosso objectivo é acelerar a expansão no

Brasil e dar início ao projecto de entrada no mercado americano em 2019”, revela o fundador e CEO da empresa, André Cruz. O Digital Manager Guru (digitalmanager.guru) é uma plataforma full-service, integrada aos pilares de um negócio digital, que permite acompanhar a trajectória da venda, desde a aquisição ao facturamento, gerando indicadores e controle real do ROI. O objectivo é fornecer métricas precisas aos pequenos e médios vendedores, permitindo tomar decisões mais certeiras e, consequentemente, aumentar a lucratividade do negócio digital. “É um sistema que agrega valor em toda a cadeia. Quando o cliente tem controle total das métricas e consegue identificar as suas

Huubster

Incubação Para as StartUps já implementadas e com facturação e para freelancers, a StartUp Sintra dispõe de espaços de incubação que variam desde postos de trabalho individual em espaço de cowork, a salas exclusivas com 70m2, óptima luminosidade, ar-condicionado, limpeza, Internet dedicada, acesso a salas de reuniões, salas de video conferência e parque de estacionamento. Visite-nos em www.startupsintra.com.

“A Startup Sintra tem uma proposta muito atractiva para qualquer empreendedor ou futuro empreendedor. Para além de um espaço de trabalho de alta qualidade, tem um programa de aceleração customer centric, que ajuda muito

no processo de validação e faz a ponte com vários mentores e investidores que potenciam o empreendedor e a startup”, diz João Ramadas, CEO da Huubster, startup que participou no último programa de aceleração da Startup Sintra e que

André Cruz e Michelle Oliveira

melhores campanhas, ele sabe a fonte de aquisição e relacionamento em que deve investir mais esforço e di-

nheiro. Consequentemente, as vendas aumentam e o negócio se torna cada vez mais lucrativo”, justifica o CEO.

hoje está a operar em Lisboa, mas com os olhos postos no Porto e em mercados internacionais. “Tendo provado a validade do conceito em Lisboa, o nosso objectivo no curto-prazo é expandir dentro do mercado nacional, nomeadamente para o Porto e de seguida penetrar o mercado francês, italiano e espanhol”, revela o fundador. A Huubster (www.huubster. com) é uma empresa que actua no mercado de compra e venda de automóveis usados com o objectivo de trazer confiança e transparência ao mesmo. Numa dupla abordagem ao mercado, a empresa oferece serviços de avaliação pré-compra ao comprador e serviços de certificação automóvel ao revendedor. Para além do serviço base, a Huubster tem a ambição

de incluir na sua proposta de valor serviços/produtos de valor acrescentado para o comprador e/ou vendedor de automóveis usados, como desconto em reparações futuras, lavagens e, muito em breve, em seguros. “Os resultados até ao momento têm sido tremendos! Os nossos clientes compradores não só evitam fazer más compras, como todos, sem excepção, acabaram a poupar, mesmo tendo em conta o custo do nosso serviço. Para os revendedores, os nossos serviços são uma óptima maneira de se distanciarem do preconceito associado aos vendedores automóveis, transmitir confiança, vender um produto premium e, fundamentalmente, potenciar o negócio.”, justifica o responsável.

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22 a 28 de Fevereiro de 2018

repórter JR

Torneio de Valejas com fins solidários

Organização do Centro Paroquial de Barcarena e Valejas Atlético Clube Portugal é campeão europeu de futsal, mas em solidariedade também não estará longe dos lugares do pódio… No próximo sábado, essa característica do ADN luso voltará a ser desafiada no IV Torneio Solidário de Valejas, onde a entrada se paga com a entrega de um bem alimentar não perecível. Organizado pelo Centro Social e Paroquial de Barcarena (CSPB) e pelo Valejas Atlético Clube (VAC), a 4.ª edição do Torneio Solidário de Valejas pretende cumprir, mais uma vez, o papel que vem tendo em múltiplas áreas, desde a desportiva à solidária, passando pelo reforço do sentido de pertença à comunidade. Em termos sociais, o evento, dedicado aos escalões de infantis e benjamins e que, este ano, contará com equipas do Sport Lisboa e Benfica, VAC, Atlético Clube do Cacém e do CSP Barcarena, tem como prin-

FICHA TÉCNICA

cipal propósito angariar alimentos que vão fortalecer a capacidade, quer da Junta de Freguesia de Barcarena, quer do CSPB, de acorrerem, ao longo do ano, em auxílio de famílias que se encontrem em situação de carência económica naquela freguesia. Para isso, os promotores do torneio apelam à população para que participe sendo mais do que apenas espectador e que traga consigo um bem alimentar não perecível, o qual servirá de ingresso no pavilhão do Valejas Atlético Clube, no próximo sábado (dia 24), entre as 09h00 e as 13h00. A propósito desta iniciativa, Álvaro Pinto, coordenador de futsal do Valejas Atlético Clube, destaca a importância do evento para a formação dos atletas do clube a seu cargo: “É muito importante no papel formativo e pedagógico que queremos assumir na vida dos nossos atletas, consciencializan-

do-os da importância de ser solidário e alertando para as realidades difíceis às quais, felizmente, muitos deles vão estando alheios, mas que estão, muitas vezes, ao virar da esquina”. Aquele mesmo dirigente lembra, ainda, que “todos os anos, depois deste torneio, o Valejas AC convida alguns meninos do CSP Barcarena a integrarem os quadros da equipa”, dando uma oportunidade de inserção no desporto a crianças que, muitas vezes, não têm possibilidades económicas de viver esse tipo de experiência. Tiago Rodrigues, responsável de Comunicação do CSP Barcarena, salienta, por seu lado, que “este evento é a prova de que o trabalho em parceria cria impacto na comunidade”, destacando a envolvência de “várias entidades da freguesia e a associação de marcas como a Fundação Benfica e o OLX Group”.

Moto-Clube inaugura sede em Linda-a-Velha

Médico de Família Síndrome de Asperger

Com objectivos solidários bem presentes no seu caminho, o Moto-Clube de Linda-a-Velha inaugurou, no passado domingo, um edifício-sede que muita falta vinha fazendo aos ‘motards’ para melhor levarem a efeito as suas diversas campanhas sociais. Entre estas destacam-se a recolha de alimentos em supermercados para o Projecto União Solidária e Casa do Gaiato, a recolha de roupa e mobiliário para o Projecto União Solidária e Casa Rainha Santa Isabel e a recolha de tampas de plástico para os Projectos Isabela Marques (aquisição de uma cadeira de rodas) e Patrícia Oliveira (aquisição de próteses para todos os membros).

As instalações agora inauguradas, que foram cedidas pela Câmara de Oeiras, em regime de comodato, situam-se na Rua Bernardo Santareno, em Linda-a-Velha, onde outrora funcionou a Escola Primária n.º 3. A sede dará resposta à necessidade de um espaço de armazenamento dos bens recolhidos, enquanto os mesmos não são entregues às instituições ou particulares a que se destinam. O Moto-Clube de Linda-a-Velha desenvolve, ainda, passeios de moto com crianças e deficientes e colabora nos almoços de Natal oferecidos à população mais carenciada, entre outras iniciativas.

CPCJ apresenta balanço A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Oeiras efectuou, na passada terça-feira (dia 20), a apresentação pública do trabalho desenvolvido por aquela entidade durante o ano de 2017, concretamente o relatório anual de actividades, o plano de acção para 2018 e, ainda, os diferentes projectos que decorrem do seu Plano Estratégico e que se encontram em desenvolvimento e avaliação. A sessão de apresentação realizou-se no Salão Nobre do Palácio do Marquês de

Pombal, no centro da vila de Oeiras, e contou com a presença dos vereadores da Câmara Municipal de Oeiras Teresa Bacelar, Pedro Patacho, Joaquim Raposo e Carlos Morgado, bem como de representantes da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, para além de diferentes entidades competentes em matéria de infância e juventude do concelho com relevância na promoção e protecção dos direitos das crianças.

Director Interino: João Carlos Sebastião | Colaboradores: Jorge A. Ferreira | Design Gráfico: Rita Rodrigues | Departamento Comercial: Rosa Valente e Gonçalo Santos Secretariado: Paula Santos | Distribuição e Logística: António Oliveira | Informática: Joade Jinkings ERC: Registo n.º 119748 | Propriedade: Monde Visionnaire, Comunicação Social, S.A. | Sede: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Capital Social: 50.000 Euros | NRPC: 513 212 809 | Tiragem: 60.000 exemplares | Impressão: Grafedisport Impressão e Artes Gráficas, S.A. – Queluz de Baixo | Depósito Legal n.º 100139/96 Redacção e Departamento Comercial: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Tel.: 21 807 98 34 | E-mail Redacção: jr-editor@jornaldaregiao.pt | Comercial: comercial@jornaldaregiao.pt | Classificados: classificados@ jornaldaregiao.pt Estatuto Editorial disponível em: www.jornaldaregiao.pt

A síndrome de Asperger consiste numa perturbação que afecta o desenvolvimento das capacidades de comunicação e de relacionamento de uma pessoa. Actualmente, esta perturbação atinge cerca de uma em cada 200 pessoas, sendo mais frequente nos indivíduos do sexo masculino. Desde a infância, as pessoas que sofrem desta condição neuropsiquiátrica apresentam dificuldades em se relacionar com o outro e comportamentos repetitivos, os quais podem gerar dificuldades em pequenas actividades do dia-a-dia. As dificuldades na interacção social, que perturbam a criação de ligações afectivas, quer de amizade, quer conjugais, partem da dificuldade em interpretar comportamentos não verbais (expressão facial, gestos, modulação do discurso), e de se colocar no lugar do outro. Além destes défices, indivíduos com síndrome de Asperger apresentam interesses restritos, muitas vezes com ‘ideias fixas’ direccionadas a um assunto ou objecto em particular, e preferência por rotinas rígidas. Embora não haja atrasos no desenvolvimento da linguagem, é comum a presença de dificuldades na comunicação com os outros. Tendo em conta que interpretam tudo “à letra”, têm dificuldade em distinguir quando alguém está a falar a sério ou a brincar, e pouca facilidade em entender quando é que é a sua vez de falar numa conversa social. As pessoas que sofrem desta perturbação apresentam-se também como indivíduos muito sensíveis aos estímulos, com reactividade a sons fortes, selecção de alimentos de acordo com cores ou texturas, e sensibilidade ao toque, à luz ou a cheiros intensos. É também frequente apresentarem inaptidão para actividades físicas e défices de coordenação motora, sendo muitas vezes descritos como “trapalhões”. As primeiras alterações são habitualmente notadas pelos pais quando a criança começa a frequentar a creche ou a escola. Neste período surgem episódios de birras ou explosões de raiva quando as suas rotinas são alteradas e a criança tem dificuldades em brincar ou interagir com os colegas. Quando os sintomas são mais ligeiros, o diagnóstico pode ser feito apenas na vida adulta, sobretudo em etapas de vida que trazem mudanças importantes.

22 a 28 de Fevereiro de 2018

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P Constelação de estrelas no FOOTLAB Fotos Filipe Vera-Cruz

ode dizer-se que o estádio encheu, na passada quinta-feira (15) para a inauguração do FOOTLAB, uma estrutura coberta, situada em Carnaxide, que se apresenta como o primeiro laboratório de futebol do mundo acessível à população em geral. Uma constelação de antigas estrelas do desporto-rei marcou a noite.

Entre os cerca de 500 convidados que compareceram ao desafio contaram-se nomes sonantes que se notabilizaram no futebol nacional (alguns mesmo a nível internacional), tais como Rui Costa, Nuno Gomes, Simão Sabrosa, Oceano, Pedro Roma, Neno, Vidigal, Hugo Viana, Hélio, Paulo Madeira, Pedro Barbosa, Ricardo Rocha e Bruno Basto. A estes juntaram-se (ou opuseram-se em campo para uma peladinha em relva sintética) craques das audiências televisivas, casos dos humoristas Pedro Fernandes e Luís Franco Bastos ou dos actores Duarte Gomes e Miguel Costa. Quem não podia faltar era o árbitro e o apito ficou por conta do ex-internacional Pedro Henriques. O momento alto da festa de inauguração do FOOTLAB foi mesmo

a partida disputada no mini estádio FOOTLAB – cujo pontapé de saída foi dado pelo presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais – opondo duas equipas, a FOOT e o LAB , recheadas de talentos em jogar futebol e em animar os muitos espectadores que assistiram ao desafio, parte deles na bancada existente no local e que tem capacidade para acolher cerca de 200 fervorosos adeptos. Recorde-se que esta nova proposta de animação, que se desenvolve ao longo de uma estrutura totalmente coberta com uma área de 3100 metros quadrados, é um espaço de avaliação desportiva que pode ser aproveitado para medir e afinar o desempenho de atletas ou, simplesmente, para ser desfrutado em puro divertimento entre amigos que apreciam o desporto-rei.

dos no monitor instalado junto de cada exercício. No final, o participante recebe um diploma com a sua avaliação e pontuação. As actividades que fazem parte deste treino incluem exercícios de Potência, Precisão, Técnica, Velocidade e Desafio. Depois da técnica estar apurada, o FOOTLAB tem à disposição as variantes Street Soccer, Futevoley e Futebol de 5, neste caso o já referido mini-estádio (com um campo com 40 x 20M de relva sintética de última geração e com aprovação FIFA). O FOOTLAB possui, ainda, um posto de enfermagem, um bar panorâmico com vista privilegiada sobre todas

as actividades e que serve também de apoio à bancada de adeptos do mini estádio, assim como um lounge com vista sobre todo o espaço, mas isolado em termos de ruído, onde se pode ter acesso a um outro bar, experimentar videojogos ou assistir a jogos de futebol em ecrã gigante. A nova proposta de lazer e de tributo ao futebol localiza-se na Avenida Eng. Maria de Lurdes Pintassilgo, n.º 2, armazém 2, em Carnaxide, tendo portas abertas de segunda a quinta-feira (entre as 10h00 e a meia-noite), sexta-feira (das 10h00 à 01h00), sábado (das 09h00 à 01h00) e domingo (entre as 09h00 e as 22h00).

Com uma “tecnologia própria, única em todo o mundo”, o FOOTLAB disponibiliza “os mais avançados sistemas de controle e monitorização de perícia, velocidade e reacção humanas que permitem os mais ambiciosos desafios em equipa ou de superação individual”. Os dados são integralmente analisados e aplicados a uma vertente profissional ou lúdica, graças ao ‘software’ e ao ‘hardware’ criado e patenteado pela FOOTLAB. O processo inicia-se através de uma pulseira, recebida à chegada, a qual, quando activada, faz o reconhecimento e registo pormenorizado de toda a actividade no interior do recinto. Depois, basta aproximar a referida pulseira de um sensor para que o reconhecimento de dados seja efectuado, sendo exibidos os resulta-

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