Jorna de piratininga 17092015

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JB www.facebook.com/jornaldebauru 17 de setembro de 2015

Com crise financeira prefeitura reduz expediente

Ano 1 - nº 1

COMPROMISSO DE VERDADE

Festa do peão dá “prejuízo” e vai parar no Ministério Público

A prefeitura municipal de Piratininga anunciou recentemente a redução do expediente nas repartições publicas do município por conta de uma grave crise financeira vivida pelo poder executivo. O prefeito da cidade Sandro Bola, do PSD

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Recessão pode destruir até 4% das vagas com carteira assinada

Ministério Público tomará as devidas providencias para que o caso seja solucionando sem que ocorram prejuízos para a população. Pág 3

Lula teme que ajuste não detenha ameaça de impeachment de Dilma

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva explicitou a aliados o temor de que o pacote anunciado pelo governo

O Brasil vive o pior momento do mercado de trabalho em quase duas décadas e caminha para um recorde histórico de destruição de vagas, segundo economistas de mercado e do próprio governo. Em julho, o país alcançou a marca de 780 mil postos formais extintos em doze meses, a maior eliminação de vagas observada desde 1996, quando teve início a série histórica do Ministério do Trabalho. A perspectiva de recessão acentuada neste ano indica que a destruição de postos de trabalho deve prosseguir acelerada e superar 1 milhão até o final do ano. Até hoje, o pior resultado havia sido em 1998, durante o governo Fe r n a n d o H e n r i q u e Cardoso, quando o país perdeu quase 580 mil vagas com carteira assinada. Pág 7

não seja suficiente para deter a ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A aliados Lula elogiou, nesta terça-feira (15), a disposição da presidente de lançar medidas severas em resposta à

cobrança da sociedade. M a s , s e g u n d o interlocutores, avalia que o ajuste só terá sucesso se acompanhado

de medidas para aquecer a economia e uma e s t r a t é g i a d e comunicação mais eficiente. Pág 5

Pelo aplicativo, funcionário da Net liga e assedia cliente

Funcionário da operadora assedia cliente via WhatsApp e é demitido. O episódio levanta a discussão sobre a responsabilidade de uma empresa no mundo digital.

No último dia 28 de maio, a operadora Net confirmou a demissão do funcionário que entrou em contato com uma cliente, via WhatsApp, para assediá-la. A jornalista Ana Prado publicou o caso em sua conta no Facebook denunciando que o contato aconteceu após ela ter recebido uma ligação da empresa que oferecia um pacote promocional. Diante da repercussão, a Net não só desligou seu colaborador como recomendou a jornalista a abrir um boletim de ocorrência. Pág4

Loteamento de Piratininga recebe recape asfáltico Pág 4

Simulador de Direção Veicular Pág 6


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“Estamos todos no mesmo saco, eu, o Lula, a Dilma”, diz Dirceu Brasília (DF) – O exministro da Casa Civil José Dirceu classificou como omissa a postura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff em relação ao processo do mensalão e também agora com a Operação Lava-Jato. Segundo a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo deste domingo (7), em conversa com amigos na semana passada, Dirceu usou a palavra “covardia” para se referir à conduta dos dois. “De que serve toda covardia

que o Lula e a Dilma fizeram na ação penal 470 (mensalão) e estão repetindo na Lava Jato? Agora estamos todos no mesmo saco, eu, o Lula, a Dilma”, afirmou. Condenado a sete anos e

11 meses de prisão por corrupção ativa, o exministro disse que a omissão de Lula e Dilma faz com que todos os políticos do PT sejam vistos como corruptos, mesmo sem haver

suspeita ou serem condenados pela Justiça. De acordo com a reportagem, durante uma década, Lula se esquivou de fazer publicamente a defesa dos correligionários envolvidos no esquema de corrupção que, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), serviu para comprar apoio parlamentar ao governo do PT. Aos amigos com quem conversou na ocasião, Dirceu declarou desconhecer as razões de Lula para não ter saído em defesa dos companheiros

presos. Para ele, o expresidente não faz “nem a defesa dele mesmo”. O petista relatou ainda ter voltado contra sua vontade à direção do PT em 2009, quando preferia se manter afastado do foco político. Dirceu disse ter sido procurado pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, em um hotel de Brasília, onde ouviu a ordem para reassumir seu posto no diretório nacional do PT. “Lula queria me controlar”, completou. Depois de passar 11

meses na Papuda, em Brasília, Dirceu continua negando as denúncias. Além disso, de acordo com o jornal, o petista sempre aproveita para rechaçar o julgamento do mensalão reafirmando que a compra de apoio parlamentar não existiu. “Aquilo era dinheiro para campanha e dívidas de campanha”, repete. Os amigos que visitam Dirceu percebem no ex-ministro os efeitos dos meses na cadeia tanto no físico quanto no humor.

Em busca de novos líderes Mauro Segura

Eu vivo no mundo empresarial há décadas. Circulo por dezenas de ambientes de empresas diferentes, de todos os tamanhos e de todos os segmentos. Converso com líderes de todos os tipos. A sensação que eu tenho, é que existe um descompasso entre o mundo do trabalho e a sociedade de hoje em dia. Enquanto o cidadão moderno vive o seu maior momento de transparência, diálogo, liberdade e participação efetiva na sociedade, o mundo das empresas ainda continua tendo por base a hierarquia tradicional, com gerentes e modelos de decisão baseados no número de faixas que as pessoas carregam nos ombros. Essa não é uma percepção propriamente minha, mas é resultado de um somatório de feedbacks

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que recebi de muitos amigos e colegas que conversam comigo sobre o mundo do trabalho. A minha presença ativa nas mídias sociais me ajuda a coletar melhor essa percepção demonstrada pela massa em relação às empresas. Obviamente que o ambiente de trabalho evoluiu muito. Eu, especificamente, trabalho numa empresa de vanguarda que preconiza um ambiente diverso, colaborativo e transparente. Acho que sou um afortunado nesse sentido, pois estou muito feliz onde estou. Mas a maioria dos meus amigos não tem uma história parecida para contar. Na verdade, o quadro me parece até mais dramático. Existem muitos desafios, mas acredito que um dos principais reside na

liderança. Não estou falando apenas dos presidentes das empresas, mas incluo também os executivos, os gerentes e os coordenadores de equipes. Eu sou gerente, portanto, me sinto plenamente incluído dentro desse balde. Desculpe se generalizo, até porque eu conheço líderes extraordinários com quem convivi e convivo hoje em dia, mas o fato é que a maioria das empresas ainda tem e são comandadas por líderes à moda antiga. Passei estes últimos anos ouvindo muitos comentários de amigos e colegas que clamam por uma liderança mais conectada com os dias atuais. De tanto ouvir, eu comecei a anotar cada observação. Fui anotando, anotando, anotando... e deu nesta

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lista aí abaixo. Nós precisamos de líderes diferentes Queremos líderes para chamarmos de colegas, e não mais de chefes Precisamos de líderes menos assertivos, mais contemplativos Buscamos líderes mais generosos, que compartilhem seu conhecimento e não guardem as coisas para si Líderes que falem menos e ouçam mais Líderes que falem mais "nós" do que "eu" quando as coisas dão certo E que falem mais "nós" do que "vocês", quando as coisas dão errado Líderes que gostem mais de conversar do que assistir apresentações de powerpoint Lideres menos preocupados com a forma e mais conectados com o conteúdo Líderes que gostem de pessoas que pensem diferente, com pontos de vista diversos dos deles, que gerem até desconforto, mas que permitem um ambiente mais diverso e heterogêneo Líderes que inspirem curiosidade, que provoquem as pessoas a serem mais questionadoras Líderes que trabalhem bem com pessoas deficientes, que não pensem inclusão como uma forma de caridade, mas sim como uma estratégia para construir um time mais forte, com novas percepções, sentimentos e capacidades Líderes que curtam

Diretor OPMJ Eugenio Jabur (14) 997982282

funcionários que usam cabelo moicano, ou que usam piercing ou que vestem jeans surrado Líderes sem preconceito com raça, gênero e origem social Ou melhor, queremos mais líderes negros, mulheres, LGBT ou deficientes Líderes que adorem a palavra "por que" Líderes que confiem mais nos seus liderados e não façam caretas quando são questionados Líderes que pulem no abismo junto com seus liderados Líderes que se preocupem menos com a fonte usada no powerpoint... ou com a cor do slide Líderes que gostem de conversas no cafezinho no final do dia Precisamos de líderes que sorriam quando estão todos em crise, que consigam ser a voz de paz e conciliação quando todos estão gritando Líderes que se preocupem menos com o tipo de roupa que usamos, independentemente se usamos tênis ou um sapato caro Líderes que falem mais "não sei", mas com sinceridade Líderes que enxerguem que existe vida lá fora e que valorizem isso Líderes que trabalhem com as portas abertas Líderes que se permitam contemplar a paisagem nas janelas no final do expediente ou até mesmo no meio de uma

Jornalista Responsável Lucilene Motta MTB 60410/SP (14) 99695-8794

reunião tensa Líderes que contem piadas Líderes que não se incomodem de deixarmos o trabalho para irmos à festa de dia das mães da escola Líderes que mostrem as fotos dos entes queridos em seus smartphones, ou o quê fizeram nas últimas férias Ah, líderes que gostem de férias Líderes que deem bom dia todos os dias com a "boca cheia" Líderes que não se importem com a hora que chegamos desde que façamos bem o nosso trabalho de qualquer lugar Líderes que gostem de dar feedback sem a gente precisar pedir Líderes que curtam ir à escola no dia das crianças para ver os seus filhos ou até ver os filhos do melhor amigo Lideres que gostem de mesas redondas, mas se a mesa for quadrada, que se sentem então no mesmo lado da mesa e não do outro lado Líderes que adorem trabalho em equipe Líderes que saibam ouvir críticas e agradecer por elas Líderes que ajudem as pessoas a crescerem Precisamos de líderes que sorriam mais. Nós, trabalhadores, agradecemos. Mauro Segura é líder de marketing e comunicação na IBM Brasil

Produtos Luiz Gustavo M. Fonzar

Produtos Editoriais Gisela Nardelli

OPMJ Propaganda e Marketing Ltda - opmj@bol.com.br - (14) 3019-3709 Créditos fotos nessa edição - Priscila Medeiros - PM Bauru - Ricardo Ursulino - PM Bauru - Pedro Romualdo - Câmara Municipal de Bauru


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Prefeitura gasta 1 milhão para Festa do peão e toma “prejuízo” segundo prestação de contas O Ministério Público Estadual abriu inquérito para apurar as contas da festa do peão de Piratininga 2015. O caso foi denunciado pelo vereador Claudinei Balduíno após o recebimento da prestação de contas do evento que acontece anualmente na cidade e beneficia várias entidades filamtrópicas do município. De acordo com a promotoria de justiça o inquérito foi aberto após a “provocação” do vereador que solicitou a entidade responsável pela organização do evento a prestação de contas da festa, do qual teve investimento de R$ 1,000,000,00 (um milhão de reais) por parte da prefeitura m u n i c i p a l d e Piratininga. Ainda conforme divulgado, além do montante gasto pela prefeitura, o documento de prestação de contas enviado à câmara de vereadores, mostra que o lucro de toda a arrecadação da festa é de apenas pouco mais de R$ 500,00 (quinhentos reais)

A promotoria de justiça solicita no inquérito civil que os organizadores da festa se pronunciem dentro do prazo de 30 dias, a partir de sua abertura, com um levantamento preciso e informações de como se deu a aferição do público que compareceu à festa c o m p r o v a s documentadas; Quantos camarotes foram vendidos e qual o valor de cada um; O MP ainda solicita no inquérito instaurado, a indicação de cada patrocinador e valor entregue por cada um deles; Além de informações de como foi negociada a

exploração da praça de alimentação e estacionamento com a juntada dos devidos contratos; os valores auferidos na festa realizada nos dois últimos anos (2013 e 2014) com apontamento da movimentação bancária do evento; No Inquérito também foi oficiado à Prefeitura Municipal, o esclarecimento quanto aos shows contratados pelo Município no ano de 2015 e os valores suportados pelos cofres públicos, bem como quais as providências t o m a d a s p e l a Administração, para

fiscalizar as atividades da Associação Desportiva e Cultural Moisés Donizete Mariano na organização e promoção da Festa do Peão de Boiadeiro de Piratininga. A reportagem da rede de notícias JB Piratininga procurou a promotora de Justiça Flávia Maria José Bovolin, responsável pelo inquérito civil. De acordo com a promotora o caso está em fase de juntada de documentos e oitiva dos envolvidos que ainda estão no prazo estipulado para o pronunciamento. Segundo ela, se for

Ofício encaminhado ao legislativo de Piratininga

constatado qualquer tipo de irregularidade o Ministério Público tomará as devidas providencias para que o caso seja solucionando sem que ocorram prejuízos para a população, já que se tratam de gastos públicos: “O Ministério Público já

solicitou à todos os envolvidos, tanto à associação organizadora quanto à prefeitura para que se pronunciem num prazo de 30 dias, caso a denúncia seja procedente, os responsáveis serão punidos conforme prevê a legislação” afirma


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REDE DE NOTICIAS

Após intervenção do Ministério Público

loteamento recebe recape asfáltico Após um longo processo judicial através de intervenção do Ministério Público (MP) finalmente os moradores do jardim Vilani em Piratininga puderam desfrutar de melhorias no bairro que recebeu recentemente o recape asfáltico nas ruas de todo o loteamento. A loteadora responsável pelas obras foi obrigada a reparar o asfalto das ruas do referido bairro, não só por conta da intervenção da promotoria de justiça de Piratininga, mas principalmente por

conta dos moradores do local que “provocaram” o Ministério Público através de denuncias e solicitações junto ao órgão e ainda pelas cobranças feitas ao poder legislativo da cidade que também acompanha o caso. A loteadora Mangilli Imobiliária LTDA, foi acionada para que cumprisse com o contrato estabelecido na época fornecendo o devido reparo nas vias do bairro. O recape asfáltico só foi iniciado graças à

intervenção da promotoria e não contou com nenhum outro tipo de recurso ou verba por parte do executivo da cidade de Piratininga. A reportagem da rede de notícias JB de Piratininga tentou contato com a prefeitura da cidade e não obteve retorno sobre o caso, que só teve resolução após intervenção do ministério público que entrou com ação contra a loteadora responsável pelo recape das vias publicas.

Com crise financeira prefeitura reduz expediente A prefeitura municipal de Piratininga anunciou recentemente a redução do expediente nas repartições publicas do município por conta de uma grave crise financeira vivida pelo poder executivo. O prefeito da cidade Sandro Bola, do PSD

informou à imprensa que houve uma queda na arrecadação municipal e que a medida deve conter os gastos extras, para que possam ser garantidos os convênios e folha de pagamento dos servidores, que também foram pegos de surpresa com a medida

drástica tomada recentemente. Ainda conforme o prefeito, a expectativa é que com a redução do expediente, possa ocorrer uma economia em torno de 150, mil reais no final do mês. Com a alteração no h o r á r i o d e

funcionamento o Paço Municipal, que antes funcionava das 8h às 12h e das 13h às 17h, passou a funcionar de forma ininterrupta das 8h às 14h. Os serviços essenciais, como coleta de lixo, escolas e postos de saúde, não sofreram

alterações no horário. Conforme Sandro Bola, do PSD a ideia é economizar com o corte de gastos como água, luz, telefone e combustível. Além da redução do expediente, a prefeitura também informou que cortou todas as horas extras, as

p o r t a r i a s ( d e nomeações) e as gratificações. Ainda durante pronunciamento da prefeitura à imprensa, o prefeito informou que só a Santa Casa, consome por ano R$ 3 milhões de reais. A lista também inclui asilo, creche, Legião Mirim e

A Net e o limite das marcas Funcionário da operadora assedia cliente via WhatsApp e é demitido. O episódio levanta a discussão sobre a responsabilidade de uma empresa no mundo digital No último dia 28 de maio, a operadora Net confirmou a demissão do funcionário que entrou em contato com uma cliente, via WhatsApp, para assediá-la. A jornalista Ana Prado publicou o caso em sua conta no Facebook denunciando que o contato aconteceu após ela ter recebido uma ligação da empresa que oferecia um pacote promocional. Diante da repercussão, a Net não só desligou seu colaborador como recomendou a jornalista a abrir um boletim de ocorrência. “A empresa reforça que tomará todas as medidas cabíveis para apurar, identificar e afastar sumariamente qualquer colaborador ou prestador de serviço que faça uso indevido de informações pessoais, confidenciais e sigilosas de nossos clientes", disse a empresa em nota. O caso acima levanta uma discussão importante: quais os limites de

uma marca? Para se aproximar de clientes muitas empresas fazem uso das redes sociais, porém, até onde deve chegar essa aproximação? E como ficam os dados dos clientes, qual o nível de proteção? De acordo com Maria Inês Dolci, diretora institucional da Associação

Proteste, as empresas são responsáveis pela guarda dos dados a que têm acesso. E se ocorre um vazamento com danos ao consumidor ela pode ser acionada judicialmente. “É preocupante este caso (da Net), pois mostra os riscos à integridade e segurança das informa-

ções dos brasileiros arquivadas em milhares de bancos de dados”, diz Inês. De acordo com Bruno Guerra, gerente de marketing da consultoria Inteligência de Negócios, o consumidor está em busca de conteúdo e informação. Antes de abordar um cliente pelas

redes sociais, a empresa deve produzir material relevante para seu público. “As empresas precisam evoluir para um relacionamento mais estreito, entendendo o seu público e gerar conteúdo de qualidade para ele”, d i z G u e r r a . Relacionamento mais

estreito neste caso não significa invasão de privacidade, mas sim uma abordagem inteligente. Os dois especialistas reconhecem que a Net foi rápida em tomar uma ação em relação ao caso e que cumpriu sua obrigação. “Neste caso a empresa tem total responsabilidade, pois seus funcionários acessam os dados pessoais dos clientes. Ela deve criar mecanismos para proteger a privacidade”, diz Bruno Guerra. Segundo Maria Inês Dolci, o caso mostra a necessidade de instrumentos que garantam a inviolabilidade da troca de correspondências físicas ou digitais, e das ligações telefônicas dos brasileiros. “Teremos de avançar muito no conceito de cidadania das informações pessoais. E para assegurar que, toda vez que isso ocorra e seja identificado, punam-se os infratores”, diz ela.


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Lula teme que ajuste não detenha ameaça de impeachment de Dilma Catia Seabra - Folha de S Paulo O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva explicitou a aliados o temor de que o pacote anunciado pelo governo não seja suficiente para deter a ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A aliados Lula elogiou, nesta terça-feira (15), a disposição da presidente de lançar medidas severas em resposta à cobrança da sociedade. M a s , s e g u n d o interlocutores, avalia que o ajuste só terá sucesso se acompanhado de medidas para aquecer a economia e uma e s t r a t é g i a d e comunicação mais eficiente. Na segunda-feira (14), Lula assistiu pela TV ao anúncio do pacote e a toda sua repercussão politica. Depois, disse a aliados que, pela

complexidade do pacote e a diversidade de suas medidas, terá que ouvir os setores envolvidos antes de se manifestar. "Não sou comentarista

econômico", disse ele, segundo relato de um colaborador. Lula adiantou, porém, o temor de que Dilma não tenha capital político

para aprovar seu ajuste e que seja tarde demais para conter o desgaste de seu governo. Nessas conversas, o expresidente justifica a

necessidade do ajuste, lembrando que ele mesmo adotou medidas drásticas no início de seu governo. Ao fazer comparação, ele

ressalta, no entanto, que desfrutava de prestígio popular no seu primeiro mandato. E que Dilma depende de apoio do Congresso.

Pessoa diz ter pago R$ 600 mil em espécie a ex-deputado Luiz Argôlo BELA MEGALE DE SÃO PAULO

O dono da UTC Ricardo Pessoa, apontado como o chefe do clube das empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras, afirmou na sua delação premiada que pagou R$ 600 mil em espécie ao ex-deputado federal Luiz Argôlo (Solidariedade-BA), preso desde abril na Operação Lava Lato. Segundo Pessoa, o pagamento foi feito em várias parcelas entre 2011 e 2012. O delator disse que a maioria desse montante foi entregue pelo doleiro Alberto Youssef, e que uma ou duas parcelas foi efetuada pelo diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro, que entregou o dinheiro ao próprio Argôlo na sede da empresa. Pessoa também relatou que fez duas doações oficiais para a campanha de 2010 do ex-deputado no valor de R$ 150 mil cada. No entanto, o empreiteiro destacou que o dinheiro não tinha vínculo com a Petrobras e saiu de seu caixa como um "investimento futuro, pensando na ascensão futura dele [Luiz Argolo]". O empreiteiro disse que acreditava que

entregou aos investigadores uma agenda de 2013 em que há o registro de um jantar que teve com Argôlo em junho daquele ano no apartamento funcional do ex-deputado, em Brasília. Segundo Pessoa, trataram de assuntos "genéricos ligados à política" no encontro.

Argôlo poderia ser candidato a governador ou senador. Também relatou que o então deputado era um "jovem em ascensão, com boas ideias e postura, além disso, baiano [assim como Pessoa]", o que despertou seu interesses pelo perfil do político. O empresário destacou que não tem os comprovantes dos pagamentos no valor de R$ 600 mil. Ele também

Eternize seu amor

BEBÊ JOHNSON Pessoa contou no depoimento às autoridades da Lava Jato que a pouca idade de Luiz Argôlo fez com que o doleiro Alberto Youssef apelidasse o exdeputado de bebê Johnson. O empreiteiro também relatou que foi o doleiro quem o apresentou a Argôlo em uma visita à sede da UTC "há bastante tempo", mas não se recorda da data. Disse que Argôlo não tinha muita ligação com os dois grupos do PP (Partido Progressista) formados após a morte do ex-deputado José Janene, um dos operadores do esquema de corrupção da Petrobras. Por essa razão, ele teria migrado para a sigla Solidariedade.

O delator também informou aos investigadores que sabia que Argôlo tinha ou parecia ter um helicóptero. Segundo o empreiteiro, na inauguração do Aeroporto de Feira de Santana (BA), do qual a UTC era um das concessionárias, Argôlo insistiu para que Pessoa viajasse com ele em sua aeronave. O empreiteiro aceitou o convite mas disse que, por ser um veículo pequeno, "passou medo". O advogado do ex-deputado Luiz Argôlo, Sidney Peixoto, confirmou que seu cliente recebeu as doações legais declaradas por Pessoa na delação premiada e que também recebeu cerca de R$ 900 mil de Alberto Youssef, mas reiterou que "ele não sabe e não tinha como saber se o montante era proveniente de Ricardo Pessoa ou da atividade ilícita do doleiro ligada a Petrobras". A defesa do ex-deputado afirma que Argôlo não tem conhecimento sobre os R$ 600 mil em espécie que o dono da UTC afirma ter pago a ele via Youssef e via Walmir Pinheiro, diretor financeiro da UTC.

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17 SETEMBRO DE 2015

Prefeitura de São Paulo: Datena vai se filiar ao Partido Progressista José Luiz Datena decidiu na manhã desta terçafeira (15) se filiar ao Partido Progressista (PP) na semana que vem, quando também irá lançar a sua précandidatura à Prefeitura de São Paulo. Só não fixou ainda o dia, embo-

ra deixe assegurado que "não deve passar de quarta ou quinta-feira". Ouvido, Datena revela que tomou essa decisão só depois de receber garantias que ninguém falará por ele ou irá negociar coligações em

seu nome: "Quero independência total, mesmo porque não vou aceitar a apertar a mão de qualquer um em troca apoio. Nem vou vender minha alma para diabo nenhum". Perguntado sobre o atual

quadro dos prováveis candidatos, Datena não quis se manifestar. Disse apenas que se sente preparado para enfrentar todos os seus concorrentes. *Colaboração José Carlos Nery

Sonegação de impostos no Brasil Célio Pezza*

Quando a carga tributária é muito alta e a fiscalização da sonegação é baixa, passa a ser economicamente racional a prática da sonegação. De acordo com a Receita Federal, a carga tributária bruta no Brasil passa de 35% do PIB, sendo que o Governo Federal fica com aproximadamente 70%, os Estados com 25% e os Municípios 5%. Já o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, SINPROFAZ, estima que a sonegação de impostos no Brasil seja maior que a corrupção e que os cofres públicos perdem acima de R$ 500 bilhões por ano pelo não pagamento dos impostos devidos.

Este é um grande mal ao país que continua nas sombras, com pouca ou nenhuma divulgação pela grande mídia, apesar do tamanho do rombo aos cofres públicos. Os impostos mais sonegados são o INSS, o ICMS, o Imposto de Renda e as contribuições sociais pagas com base nas declarações das empresas. Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de P l a n e j a m e n t o Tributário, com sede em Curitiba, divulgou que existem indícios de sonegação em 65% das empresas de pequeno porte, 49% das empresas de médio porte e 27% das grandes empresas. A sonegação é maior no

setor industrial e, apesar dos mecanismos existentes para evitar a sonegação, quase nada é feito. Muitas vezes, depois de uma empresa sonegar durante anos, ainda é contemplada com um parcelamento da dívida a perder de vista ou com uma anistia fiscal. Essa prática, na verdade, premia os maus empresários, destrói o mercado e pune aqueles que recolhem seus impostos rigorosamente em dia. É debochar do empresário sério, que perde competividade, mercado e condições de crescer dentro da lei, pois seus concorrentes têm preços melhores pela simples sonegação de impostos. E quem deveria evitar essa prática criminosa, cala e consente com seu silêncio. Os principais tipos de sonegação apurados são a venda sem nota, com “meia nota”, duplicidade da numeração da nota fiscal, a compra de notas fiscais, o saldo negativo do caixa ou passivo fictício, o crescimento patrimonial incompatível dos donos do negócio, a apropriação indébita, como o não recolhimento de tributos

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descontados dos funcionários, e muitos outros. Em 2013, o SINPROFAZ criou o Sonegômetro e desde essa data vem alertando que a sonegação e a lavagem de dinheiro vêm financiando a corrupção que assola o país e que isso só acontece porque temos

um Estado muitas vezes tolerante e conivente, que não combate de forma eficaz essa prática e, sempre que falta dinheiro no caixa, corta investimentos necessários, aumenta a taxa de juros e os impostos, quando o correto seria combater a sonegação e

punir exemplarmente os sonegadores. *Célio Pezza é colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo. Saiba mais em w w w . f a c e b o o k .com/celio.pezza


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Recessão pode destruir até 4% das vagas com carteira assinada O Brasil vive o pior momento do mercado de trabalho em quase duas décadas e caminha para um recorde histórico de destruição de vagas, segundo economistas de mercado e do próprio

governo. Em julho, o país alcançou a marca de 780 mil postos formais extintos em doze meses, a maior eliminação de vagas observada desde 1996, quando teve início

a série histórica do Ministério do Trabalho. A perspectiva de recessão acentuada neste ano indica que a destruição de postos de trabalho deve prosseguir acelerada e superar 1 milhão até o

final do ano. Até hoje, o pior resultado havia sido em 1998, durante o g o v e r n o Fe r n a n d o Henrique Cardoso, quando o país perdeu quase 580 mil vagas com carteira assinada.

Um estudo feito pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) calcula que será ceifado de 1,2 milhão a 1,6 milhão de postos em 2015. "O empresário demora a demitir, porque o custo associado é muito alto.

Vemos que o setor privado segurou o quanto pôde e então as demissões começaram a aparecer de forma generalizada. Não vemos qualquer sinal de melhora no curto prazo", diz o economista Marcelo de Ávila, que

conduziu o estudo. O corte de vagas estimado pela Firjan significa uma contração de 3% a 4% da força de trabalho existente até o final de 2015. Em 1998, a retração no estoque de vagas formais ficou em 3%.

O cenário sombrio para os trabalhadores com carteira assinada é compartilhado por analistas de mercado e já é aceito por economistas dentro do próprio governo.

Re l a t ó r i o s o b r e o mercado de trabalho feito pelo Ipea, órgão vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, afirma que frente à intensificação da crise "é possível que o ano de 2015 se encerre com uma destruição total superior a um milhão de empregos formais". O documento foi finalizado no dia 2 de setembro. A consultoria GO

Associados projeta destruição de 1,2 milhão de vagas. A Tendências Consultoria estima que serão eliminados pelo menos 1 milhão. "É impossível não haver um recorde negativo. É um movimento irreversível. A escalada vem sendo muito grande", diz Fábio Silveira, da GO Associados. O mercado calcula que a economia brasileira terá retração de 2,55% neste

ano e que a produção industrial tombará 6,2%. REVERSÃO A diferença entre as admissões e as demissões passou a ficar negativa em fevereiro, interrompendo uma série de 15 anos com resultados positivos no acumulado em 12 meses. A análise anual é importante, pois ajuda a minorar os efeitos sazonais e torna a avaliação mais precisa.

Mesmo com a crise global de 2008, que foi acompanhada de uma onda de demissões, o país seguiu gerando empregos. O pico foi alcançado em agosto de 2010, último ano do governo Lula, quando 2,8 milhões foram criados em doze meses. Durante o primeiro mandato de Dilma, os resultados foram sempre menores do que os do ano anterior.

S&P rebaixa classificação do Japão para A+

TÓQUIO (Reuters) - A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito do Japão em um degrau nesta quarta-feira, para "A+", dizendo que o suporte econômico para o crédito soberano do país continuou a enfraquecer nos últimos três a quatro anos. A S&P cortou a classificação do Japão para "A+", de "AA-", quatro degraus abaixo da nota de crédito mais alta, "AAA". A agência elevou ainda a perspectiva do país de

negativa para estável. Foi o primeiro rebaixamento do Japão pela S&P desde janeiro de 2011 e aconteceu quatro anos e meio depois de ter reduzido a perspectiva de estável para negativa. O rebaixamento deixa a nota de crédito do Japão em linha com o da agência de classificação Moody's, que rebaixou o Japão para "A1" em dezembro do ano passado. A Fitch cortou sua classificação para o Japão em um degrau, para "A", em abril.


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JB Jornal de Piratininga

Auto Escola de Piratininga é a única na região com Simulador de Direção Veicular A Auto Escola Sol inovando novamente no mercado, traz exclusivamente para Piratininga o SIMULADOR DE DIREÇÃO VEICULAR, a mais alta tecnologia oferecida nos grandes centros, com intenção de formar condutores capacitados para enfrentar cada vez mais um transito caótico e violento. Através do simulador, será possível a direção em diferentes tipos de vias, com variações de climas e horários, alem das condições de trafego de veículos e pedestres. O aluno poderá experimentar situações de risco, nem sempre possíveis nas aulas praticas, acelerando o processo de aprendizado de forma segura. Ao final das aulas, é emitido um relatório para avaliação e correção dos erros vivenciados pelo aluno. De acordo com as exigências regulamentadas e cenárias personalizáveis, as aulas no simulador compreendem situações

da vida real, tais como: Direção sob chuva forte; Estradas com neblina; Aquaplanagem e Hidroplanagem; Ofuscamento e Penumbra; Curvas, Aclives e Declives acentuados; Buracos e desníveis das vias; Desvios e trechos escorregadios; Ultrapassagens de veículos; Trevos, Cruzamentos e Túneis, etc... A resolução do

CONTRAN 543/2015, estabelece 25 aulas práticas, sendo que o aluno poderá realizar até 8 aulas no simulador. Nosso objetivo e facilitar o aprendizado e melhorar o nível de formação dos condutores, não somente visando a aprovação no exame, mas contribuindo para um transito mais seguro. Serviço: A Auto escola Sol fica na R 25 de Janeiro , 28 - S-5 - Centro - Piratininga, SP , Tel (14) 3265-2244


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