Edição nº 2813 | 17 Fevereiro 2011

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRECTOR: Fernando Reis

FAMILIARES E AMIGOS APONTAM O RAPTO COMO O CENÁRIO MAIS POSSÍVEL

Empresário de Alcoutim desaparecido há dez dias Um homem de 51 anos, empresário do ramo da florestação e máquinas agrícolas, residente na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, está desaparecido há dez dias. Contactada pelo JA, a família adianta que alertou as autoridades logo no primeiro dia em que Manuel António Nunes não regressou a casa depois do trabalho, no passado dia 8 de fevereiro. Segundo revelaram os familiares e amigos ao nosso jornal, Manuel Nunes foi visto pela última vez na sua casa, em Alcoutim, antes de se deslocar a Rio Torto, no concelho de Ourique, onde ia concluir um negócio que envolvia a venda de plantas florestais e máquinas agrícolas. “No dia seguinte, procurámos o senhor Manuel por todo o lado e comunicámos o seu desaparecimento em todos os postos da GNR e à Polícia Judiciária”, frisam os familiares e amigos. O mais estranho, contam, é que várias destas pessoas mais próximas do empresário de Alcoutim têm recebido mensagens do seu telemóvel. “As mensagens foram enviadas entre os dias 11 e 13, sempre a dizer que estava com fome, frio e sofria maus-tratos”, referem. Por estas razões, os familiares temem que este seja “um caso de ajuste de contas” envolvendo negócios de trabalho, uma vez que, em Alcoutim, Manuel António Nunes é um habitante conhecido e estimado. O caso, que já está a ser investigado pela Polícia Judiciária, sendo o sequestro o cenário mais possível, está a deixar destroçada a família do empresário. Os familiares receiam ainda que a falta de meios das autoridades e a burocracia que envolve este tipo de processos - onde a PJ necessita de pedir autorizações para ter acesso aos registos telefónicos -, possa colocar em risco a vida de Manuel António Nunes.

DE

Quinta-feira

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MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

17 de fevereiro de 2011 I ANO LIII - N.º 2812

Preço 1,10

ALGAR VE ALGARVE

PORTE PAGO - TAXA PAGA

Manuel da Conceição António, presidente da junta de Monte Gordo:

Região já ultrapassa metade da oferta nacional e mais projectos prometem avançar

AHETA alerta para perda acentuada de competitividade do turismo algarvio

"Preocupamo-nos em ajudar aqueles que mais precisam"

Algarve constrói em média um campo de golfe por ano

A mãe de todas as crises

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Carnaval à medida da crise P5

Monchique unida contra exploração mineira A autarquia e a população admitem tomar medidas duras para travar a instalação de uma nova exploração mineira em plena serra

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VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Câmara incentiva economia local A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António continua a incrementar medidas de apoio à competitividade económica do concelho, desta vez com duas novas medidas financeiras no âmbito da urbanização e edificação e do abastecimento de água e recolha de águas residuais. Estas medidas foram aprovadas hoje, em reunião da Câmara Municipal

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Agora com TAC - Rx - Ecografia - Mamografia RX Panorâmico Dentário Acordos - Convenções ADSE - SAMS - CGD - PSP - CTT - TELECOM - ADMFA ADMG -MÚTUA PESCADORES - MEDIS SAMS QUADROS - MULTICARE Rua Aug. Carlos Palma n.º 71 r/c e 1.º Esq. - Tel. 281 322 606 em frente à farmácia do Montepio (Tavira)

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ÁREA ECOLÓGICA COM GRANDE VALOR AMBIENTAL PODE ESTAR EM RISCO

Aos nossos assinantes Demos início, no princípio de Janeiro, à cobrança das assinaturas do Jornal do Algarve pelo que pedimos aos nossos assinantes que procedam ao seu pagamento com a maior brevidade possível. Esta é uma verba de grande importância para o nosso jornal, dado que é com ela que podemos fazer face aos elevados custos com os portes de correio. Salientamos que, apesar dos aumentos com a impressão, transporte e impostos, o preço da anuidade se mantém nos quarenta euros, sem sofrer qualquer aumento há vários anos. Assim, solicitamos o pagamento da quantia indicada na carta enviada no início do corrente ano, através de cheque ou por transferência bancária, mencionando o n.º de assinante, enviado na carta de cobrança, ou o nome em que recebem o jornal, para o NIB: 003509090001615533034 ou 004570434000621313537

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JORNAL do ALGARVE

Politica

MENTE

400

SMS Carlos Albino

Adeus, Amélia Maria Amélia Saraiva Coroa, nasceu em Coimbra, em 1924, vindo a falecer em Faro, neste fim de Janeiro de 2011. Foram muitos os nossos encontros para falarmos da sua acção de Mulher na cultura teatral farense, quando cá chegou em 1958, licenciada na universidade de Coimbra, aluna do professor Paulo Quintela, onde se iniciou na arte teatral, no TEUC (Teatro Estudantes Universidade Coimbra). Dizia, vários foram os nossos encontros; assim como muitos foram os meus escritos sobre a arte que Emílio, seu marido, quando em 1958 bateu nas tábuas dos palcos algarvios, no símbolo de Molière. Nos anos oitenta, publiquei no Jornal do Algarve, o Perfil A Pessoa, um longo estudo em homenagem à Senhora que viera preencher esse vazio deixado pelos tempos de glória das récitas no Lethes. Lembro, nessa publicação, do meu espanto, a quando da representação da Castro, em 1959, nos claustros arruinados do convento renascentista, de faro, essa interpretação, em que Amélia revivia Inês de Castro, de António Ferreira, o meu grande baptismo teatral! Haveria de fazer as comparações, com La Reine Morte de Henry de Montherlant, numa interpretação, divina de Madeleine Renaud, na Comédia Francesa, em Paris, nos anos sessenta. Amélia e Madeleine ficariam, em motivações de admiração, na lembrança para os tempos... Ainda, aquela noite de fim de Julho de 1962, depois da representação da peça de Santareno, “O Lugre”, na Doca de Faro, na presença do autor, de Amélia Rey Colaço, de Varela Silva, do presidente da Câmara Municipal de Faro, Gordinho Moreira. E findo a representação, fomos para um beberete no café Aliança, em que Santareno e Amélia Rey Colaço, directora do teatro nacional, deram-me as entrevistas pedidas, com o beneplácito do parente, por afinidade, Gordinho Moreira, e que a PIDE - censura riscou o mais importante do conteúdo em que a Rey Colaço, num entusiasmo do beberete e, na vontade de o dizer, considerou a representação do “Lugre”, em Faro, um acto de liberdade. Foi a justificação para uma minha abalada antecipada para terras desconhecidas da Europa, e Gordinho Moreira convidado a partir para o Funchal. As teias que a ditadura teceu... Em 1988, Amélia Coroa recebe o meu convite para apresentar o meu livro “O Último Concerto de Maria Campina”, pisando o placo do Lethes, num acto cultural insuperável. Em 1993, a Secretaria de Estado da Cultura convida-me para homenagear o Teatro Amador do Algarve. E entre todos os convidados vem a Doutora Maria Amélia Coroa. Preparei uma entrevista na Antena 1, e as palavras para a ho-

Medalha de Mérito Turístico - Grau Ouro

VIPRENSA Sociedade Editora do Algarve, Lda. Pessoa Colectiva n.º 501 441 352 Capital Social: 60.000,00 Euros Fernando G. Reis: 50% Maria Luísa A. Travassos: 50% Registo ICS n.º 100969 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE IMPRENSA

São Lourenço da Poesia

Teodomiro Neto

menagem na noite de sábado, dia 22 de Maio, no teatro Lethes, em sessão solene: “D. Amélia é a figura central do teatro amador que, com a projecção, o Grupo liderado pelo seu marido - o saudoso Emí-lio Coroa - produziria a mais fértil itinerância em centenas de espectáculos do maior nível artístico, de interpretação e encenação. Numa tensão constante, só possível nessa Mulher feita para nos testemunhar o espírito e grandeza do teatro clássico, desde a Castro, Cananeia, Desdémona, Madalena de Vilhena, etc., etc, até à nossa contemporaneidade, nas personagens de Steinbeck, Emiliano, Santareno, Redol, Aleixo, etc.” Em 1995, vindo de Paris com a peça teatral, “Vitória”, recebo Amélia na minha casa, em Faro, num prazer de leitura que tanto contribuiu para essa comunidade, em teatro portugês. Quero recordar a última imagem que a saudosa Maria Amélia Saraiva Coroa me deixou, em Janeiro de 2005, convidando-a para a homenagem a prestar às “Mulheres de Faro”. Foi nesta cidade, no seu viver de 53 anos, o maior registo da sua vida, que Amélia se fez farense. E que ficou entre nós para a memória da eternidade! Nessa entrevista de Janeiro de 2005, na leitaria do café Aliança, a doutora Maria Amélia traça o seu tempo, num percurso de amor e de arte. Lembra com saudade o seu Emílio: tantas emoções, tantas tragédias, tantos medos políticos, valendo tudo a pena pela obra construída. Nessa manhã de Janeiro primaveril, Amélia retira um papel envelhecido pelo tempo. Era um poema que o seu Emílio lhe fez em tempos de estudantes, pela Coimbra de todos os amores. Sempre me acompanhou este poema que o meu marido me dedicou, e o meu amigo é o único a conhecê-lo, para além dos meus. Concluída a entrevista, nestas palavras muitos sinceras: Maria Amélia (assim deseja que a trate), todo o mérito, no feminino, pelo Algarve, mais aqui em Faro, ousou partilhar espaços antigos, da nossa história: adros, castelos, mosteiros, largos e antigos pátios, porque o espectáculo teatral depende da nossa essência, da relação existente entre públicos e actores. O espaço teatral desta Senhora assumiu as mais diferentes morfologias, mantendo, ainda, uma constante e inegável influência cultural. Foi isso que esta Mulher de Faro, recriando, nos deixou na memória do tempo, e nos novos hábitos de cultura, um tempo eterno e... de futuro.

Editora Luísa Travassos Director Fernando Reis Direcção Financeira António Cabrita Redacção Domingos Viegas, José Cruz, Raquel Ponte, Rita Travassos (VRSA); Neto Gomes, Sofia Cavaco Silva (Delegação de Faro); Nuno Couto (Delegação de Portimão) redaccao@jornaldoalgarve.pt

carlos-albino@sapo.pt

Outrora Ermida de São Lourenço dos Matos, depois e agora Igreja Matriz de São Lourenço de Almancil, é um lugar de culto e não só – é um lugar culto, jóia inestimável de Almancil e sítio que obriga à recordação quem por lá passe. As imagens andam pelo mundo, fascinam, atraem, cativam e mesmo quem não queira ou resista recolher-se, recolhe-se e medita mesmo que não medite em nada, porque aquilo provoca o êxtase do olhar e até o ar que se respira é um ar que não se sabe se é azul decifrável se é aquele dourado que apenas algumas palavras têm em comum com o sonho, a ideia e o pensamento. Ou seja: está ali a Poesia e pensase. Daí que não me custe, nalgum intervalo de culto, admitir que São Lourenço, sem prejuízo dos Matos ou de Almancil, possa ser São Lourenço da Poesia. Ainda que numa só noite de Agosto, ou de Julho ou mesmo de Setembro. Não sei, mas vejo ali o lugar perfeito para que a Poesia aconteça com a sua arte gémea, a Música sem que qualquer das gémeas esteja ao fundo da outra. Ou seja: nem Poesia com Música ao fundo, nem Música com Poesia a sair dos fundos. As duas, num momento. Um Acontecimento,

instante que seja, de Poesia e Música. Da Música haveria que falar com Osvaldo Ferreira, da Poesia admitir-se-ia convocar para o pensamento inicial, um intróito de António Ramos Rosa, um credo de Gastão Cruz, uma consagração de Nuno Júdice, um pax tecum de Casimiro de Brito, uma aliança de civilizações de Abú Ibne Isa Cutair e uma partilha fraterna de António Aleixo, havendo ainda tempo para um ofertório de João de Deus e um rito de conclusão de João Lúcio, não sendo sacrilégio associar a presença e voz da poetisa alemã nascida na Roménia, Herta Müller, Nobel de Literatura de 2009. Por exemplo, para os devidos efeitos de Acontecimento marcante. Quem, sendo culto, não iria, ou tudo não faria para ir a São Lourenço da Poesia? É apenas uma ideia, uma sugestão. O lugar é sagrado, como se sabe, mas isso não destoaria da sagração. Voltarei ao assunto, mas creio que não será necessário traduzir por miúdos o requerimento. Ali, é um dos melhores lugares e mais belos do mundo. Flagrant a branca: Sim, ali em Almancil, com Flagrantee luv luva Poesia e Música em dia bem combinado, até Guimarães ficará mais povoado… Basta querer.

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Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

faro@jornaldoalgarve.pt portimao@jornaldoalgarve.pt Colaboradores Almerinda Romeira, Ana Oliveira, Ana Viegas, Ângelo Cruz, António Manuel, António Montes, Arnaldo Casimiro Anica, Caldeira Romão, Carlos Alberto, Domingos Francisco, Eduardo Geraldo, Eduardo Palma, Emiliano Ramos, Fernando Cabrita, Fernando Graça, Hélder Bernardo, Hélder Carrasqueira, Horácio Neves Baceladas, João Paulo Guerreiro, João Xavier, Jorge Costa, José António Pires, José Azevedo, José Manuel Livramento, José Mestre, José Saúde, Júlio Farinha, Luigi Rolla, Luís Santos, Mendes Bota, Miguel Duarte, Miguel Jorge, Rita Pina, Rogério Bastos, Rui Marques, Silva Lucas, Teresa Cristina, Teodomiro Neto

HELENA PAULA LOPES FERREIRA NOTÁRIA

JUSTIFICAÇÃO Notária, Helena Paula Lopes Ferreira, com Cartório na Rua dos Bombeiros Voluntários, número 74, em Águeda. CERTIFICO, narrativamente para efeitos de publicação que, neste Cartório, de folhas 47 a folhas 48 verso, do Livro 81-A, se encontra exarada uma escritura de justificação, com data de 7 de Fevereiro de 2011, na qual ANA MARIA RODRIGUES BARÃO VIDAL DE ALMEIDA, viúva, natural da freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, residente na Rua São Sebastião, freguesia de Trofa, concelho de Águeda, justificou não possuir título, a aquisição por usucapião, dos seguintes prédios, situados na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, omisso na Conservatória do Registo Predial de Castro Mari: NÚMERO UM - Prédio rústico, sito em Cerro da Missa, composto de mato, com a área de três mil, oitocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com João Filipe Ribeiros, do sul com Bento António, do nascente com António Manuel da Palma e do Poente com António Afonso Francisco, inscrito na matriz predial rústica em nome de Maria Faustina - cabeça de casal da herança de, sob o artigo 25, Secção DQ; NÚMERO DOIS - Prédio rústico sito em Corte Pequena, composto de alfarrobeiras, amendoeiras, cultura arvense e oliveiras, com a área de seis mil oitocentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com Joaquim Ribeiros, do sul com António Alberto Madeira Pires, do nascente com Fernando José Rodrigues Gonçalves e do poente com Manuel Luís Madeira Mestre, inscrito na matriz rústica em nome de Maria Faustina - cabeça de casal da herança de, sob o artigo 43, Secção DQ; NÚMERO TRÊS - Prédio rústico, sito em Cerro Picarreira, composto de mato, com a área de mil seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte com José Manuel da Palma, do sul e do nascente com Rosália Maria Gonçalves Ferreira Madeira e do poente com Bento António e Cabeça de Casal da Herança de António José Gomes, inscrito na matriz predial rústica em nome de Maria Faustina - cabeça de casal da herança de, sob o artigo 72, Secção DT; NÚMERO QUATRO - Prédio rústico, sito em Cercas, composto de alfarrobeiras, amendoeiras, cultura arvense, oliveiras, citrinos, hortejo, oliveiras e mato, com a área de trinta e três mil duzentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Elvira Maria Afonso Madeira, cabeça de casal da herança de Auzenda Maria e Diamantino Gonçalves, do sul com Luís Filipe da Palma Santos, do nascente com Rosaria Maria e Joaquim Francisco Madeira da Palma e do poente com José Filipe Ribeiro, inscrito na matriz predial rústica em nome de Maria Faustina - cabeça de casal da herança de, sob o artigo 39, secçao DQ. Está conforme o original. Cartório Notarial de Águeda, em 7 de Fevereiro de 2011. A Notária, Helena Paula Lopes Ferreira Conta: Emitidos factura e recibo. Registada sob o n.º 320 (Jornal do Algarve, 17/2/2010)

Correspondentes Angel Rebollo (Huelva), António Sustelo (Bélgica) Paginação electrónica Irene Salvador, Lídia Palma, Ana Reis Publicidade e Marketing Filomena Reis, filomena@jornaldoalgarve.pt Helena Reis, helena@jornaldoalgarve.pt

(VRSA)

Alzira Correia, portimao@jornaldoalgarve.pt Dep. Assinantes Ana Mendes assinantes@jornaldoalgarve.pt Publicidade, Redacção, Composição, Administração Rua Jornal do Algarve, 46 Apartado 23 8900 Vila Real de Santo António Telefs. 281 511 955 / 56 / 57 Telefax: 281 511 958 jornaldoalgarve@hotmail.com

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Depósito Legal n.º 9578-85 ISSN 0870-6433

Impressão: Imprejornal - Sociedade Impressão S.A.

Tiragem média semanal do último mês: 11 500 exemplares

Propriedade: Viprensa Sociedade Editora do Algarve, Lda. Rua Jornal do Algarve, 46 8900 Vila Real Santo António


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CTUALIDADE

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JORNAL do ALGARVE

VOZ DO POVO

PODER LOCAL

O Algarve tem campos de golfe suficientes? "Preocupamo-nos em ajudar MANUEL DA CONCEIÇÃO ANTÓNIO, PRESIDENTE DA JUNTA DE MONTE GORDO

Jornal do Algarve - Como encontrou a freguesia quando assumiu funções? Manuel da Conceição António - Na altura em que assumi funções, as verbas atribuídas pela Câmara Municipal no âmbito da delegação de competências eram escassas. Por isso, a Junta de Freguesia encontrava-se com pouco poder de manobra. J.A. - O que é que mudou com o novo executivo da Junta? M.C.A. - Mudaram muitas coisas. Passou, principalmente, a existir uma maior preocupação em ajudar aqueles que mais precisam. Construímos uma rampa para as pessoas com mobilidade reduzida. Também adquirimos duas viaturas para apoiar os serviços de limpeza da praia, que é o principal espelho da freguesia. Durante o verão criámos as Férias Divertidas, para que os pais possam trabalhar e ter onde deixar os seus filhos durante o período em que não há aulas. Outra das iniciativas importantes foi a colocação de uma psicóloga para apoiar as escolas e as famílias em geral. J.A. - Quais as obras de maior relevância feitas nos últimos anos? M.C.A. - Sem dúvida, a mais importante é a requalificação que está atualmente em desenvolvimento na zona do Sertão. Mas também a colocação de passadiços e iluminação na praia. J.A. - O que é que faz mais falta à freguesia neste momento? M.C.A. - Uma das necessidades, e que é muito solicitada por as pessoas, é a criação de casas de banho na frente de mar. Mas esse problema vai ser resolvido brevemente com a requalificação de toda a zona da frente de mar. Outra das coisas que as pessoas pedem muito é um pavilhão multiusos, para atividades

culturais e desportivas. J.A. - Que medidas têm sido tomadas para apoiar a população nestes tempos de crise? M.C.A. - A medida mais importante tem sido levada a cabo em colaboração com o Núcleo da Cruz Vermelha de Vila Real de Santo António e consiste na entrega de alimentos a todas as famílias com carências económicas. J.A. - Como perspectiva o fu-

turo da freguesia? M.C.A. - A crise chega a todo o lado e também chega às juntas de freguesia. Se as verbas diminuem para as câmaras, consequentemente, também diminuem para as juntas. E a crise bate a todas as portas. Mas com algum trabalho e dedicação de todos os membros do executivo, tudo faremos para conseguir ultrapassar os obstáculos que surgirem. J.A. - Que locais aconselha visitar na freguesia? M.C.A. - Toda a zona de frente de mar, o Casino, a Praceta Casablanca, o Largo da Igreja, bem como os caminhos pedestres da Mata Municipal, tanto a poente como a nascente da vila, que são muito procurados por turistas e residentes. J.A. - Deixe uma frase à população da freguesia M.C.R. - A Junta de Freguesia de Monte Gordo estará sempre presente nos anseios da sua população.

MUNICÍPIO DE ALJEZUR CÂMARA MUNICIPAL

EDITAL N.º 9/DGUOP/2011 José Manuel Velhinho Amarelinho, Presidente da Câmara Municipal de Aljezur Faz saber que: Nos termos do n.º 2 do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a nova redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de Março, torna-se público que a Câmara Municipal de Aljezur, emitiu em 18 de Janeiro de 2011, O ALVARÁ DE LOTEAMENTO N.º 1/2011 Titulares do alvará: JOSÉ CARLOS DE MOURA GAGO DA SILVA, MARIA MANUELA LOPES DE FIGUEIREDO, ROSA ISABEL BORGES DE CAMPOS, MÁRIO FERNANDO BRANCO VICENTE E MANUEL GASPAR DA SILVA LISBOA. O Prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Aljezur, sob o n.º 1436, e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo n.º 696, da freguesia de Bordeira. A Operação foi aprovada por deliberações da Câmara Municipal realizadas em 26/06/2007, 23/02/2010 e 27/07/2010. Área abrangida pelo Plano Director Municipal. Operação de loteamento com as seguintes características: 2 Área do prédio a lotear: 1.540 m 2 Área de implantação: 550 m 2 Área total de construção: 495 m 2 N.º de Lotes: 5 com a área de 225 m cada N.º Máximo de Pisos acima da cota de soleira: 1 N.º Máximo de Pisos abaixo da cota de soleira: 0 N.º de fogos total: 5 N.º de Lotes para habitação: 5 N.º de Lotes para serviços: 0 N.º de Lotes para comércio: 0 N.º de Lotes para indústria: 0 2 Áreas de cedências para o domínio público municipal: 415 m Finalidade da cedência: Arruamentos, passeios, praças e estacionamentos. PRAZO PARA A CONCLUSÃO DAS OBRAS DE URBANIZAÇÃO: 1 ano Paços do Concelho de Aljezur, 09 de Fevereiro de 2011 O Presidente da Câmara José Manuel Velhinho Amarelinho (Jornal do Algarve, 17/2/2011)

João Ortigão, empresário Eu acho que não são demais, porque o golfe tem vindo a revelar-se uma excelente forma de atrair amantes desta modalidade à região durante todo o ano. Por outro lado, considero que é melhor construir um campo de golfe e pô-lo a render turisticamente, em vez de deixarmos os terrenos abandonados e sem qualquer rentabilidade. Assim sendo, acho que temos um número razoável de campos de golfe para uma região que vive hoje quase exclusivamente do turismo. A época das conservas, da agricultura e da pesca já acabou, infelizmente.

Isabel Guerreiro, engenheira agrónoma “Presentemente acho que há um leque vasto de campos de golfe na região ainda que praticamente localizados junto à costa. Se houvesse um ou dois mais na zona interior poderia ser interessante porque os turistas tinham uma oportunidade diferente para conhecer o interior algarvio. Os campos são muito utilizados por ingleses, alemães, suecos.... e eles adoram a vida no campo. Por isso, acho que eles iriam gostar dessa experiência fora da zona litoral. Quanto à rentabilidade... provavelmente não seria rentável porque se calhar passaríamos a ter campos excedentes”.

Zélia Hilário, desempregada “Penso que já temos campos de golfe suficientes. Com a crise que está instalada penso que não será viável a abertura de mais campos”.

MUNICÍPIO DE ALJEZUR CÂMARA MUNICIPAL

EDITAL N.º 10/DGUOP/2011

José Manuel Velhinho Amarelinho, Presidente da Câmara Municipal de Aljezur Faz saber que: Nos termos do n.º 2 do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a nova redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de Março, torna-se público que a Câmara Municipal de Aljezur, emitiu em 01 de Fevereiro 2011, o segundo aditamento ao Alvará de Loteamento N.º 4/97, emitido em 28/07/1997, de que é titular a Câmara Municipal de Aljezur, que incide sobre o prédio sito em Barradas, freguesia e concelho de Aljezur, descrito na Conservatória do Registo Predial de Aljezur sob o número 6299. As alterações a que se refere o presente aditamento foram aprovadas pela Câmara Municipal, nas reuniões realizadas no dia treze de Outubro de dois mil e dez e sete de Dezembro de dois mil e dez, respeitam o disposto no Plano Director Municipal e está de acordo com a planta que constitui o anexo I, que consiste no seguinte: UM – Eliminação de 10 lotes (D22, D23 e D25 a D32) destinados a habitação e reconfiguração dos lotes D1 a D21, incluindo uma 2 ligeira redução de área (3.75m ), por forma a criar um espaço verde de utilização colectiva e privilegiar um eixo de circulação pedonal que atravessa o loteamento no sentido Norte/Sul. O lote D24 mantém-se inalterado. DOIS – Alteração da configuração do lote L45, afectando os lugares de estacionamento, antes privados, para o domínio público e 2 2 estendendo o lote para Norte. Aumento da área total de construção e área de implantação, de 850m para 2000m . Os restantes parâmetros urbanísticos mantêm-se inalterados. TRÊS- Alteração da configuração do lote L46, por forma a corresponder à área que lhe foi atribuída e traduzindo a ocupação que se verifica no local. Paços do Concelho de Aljezur, 10 de Fevereiro de 2011 O Presidente da Câmara, José Manuel Velhinho Amarelinho (Jornal do Algarve, 17/2/2011)

RESTAURANTE

PIZARIA

MONTE GORDO

Manuel da Conceição António, eleito pelo PSD, é presidente da Junta de Freguesia de Monte Gordo, a freguesia turística por excelência do concelho de Vila Real de Santo António. Falou-nos do que tem mudado nos últimos anos e dos maiores anseios da população

Não sei se o Algarve tem muitos ou poucos campos de golfe. O que sei é que estes campos transmitem uma imagem muito bonita da região, pois temos alguns dos melhores do mundo. Por outro lado, são uma boa alternativa ao turismo de praia, do qual o Algarve ainda está excessivamente dependente.

e-mail: geral@bellaitalia.pt site: www.bellaitalia.pt

aqueles que mais precisam"

Georgina Costa, proprietária de café


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JORNAL do ALGARVE

REGIÃO JÁ ULTRAPASSA METADE DA OFERTA NACIONAL E MAIS PROJETOS PROMETEM AVANÇAR

Algarve constrói em média um campo de golfe por ano Quarenta e cinco anos depois de ter despertado para o golfe, a região algarvia já conta com mais de 40 campos espalhados por vários concelhos. E este número pode mesmo chegar rapidamente aos 60, quando o próprio setor já tinha estipulado que o ideal seria a existência entre 29 e 41 campos na região. Apesar de os agentes do turismo continuarem a defender que o golfe é a melhor arma para atrair turistas na época baixa, os ambientalistas estão preocupados com os impactos negativos provocados pela proliferação dos campos de golfe na região > NUNO COUTO Corria o ano de 1966 quando o Algarve despertou pela primeira vez para o golfe, com a abertura do Penina, em Portimão. Este campo emblemático foi construído sobre um antigo arrozal e nele foram plantadas cerca de 300 mil árvores. O sucesso foi imediato entre a comunidade inglesa, que já se tinha instalado na região, trazendo na bagagem um dos desportos e passatempos favoritos da terra de sua majestade. Logo depois surgem outros percursos, a começar pelos campos de golfe de Vale de Lobo e de Vilamoura. E não foram precisos muitos anos para nascer logo de seguida o primeiro campo da Quinta do Lago, que se transformou num dos palcos mundiais da modalidade. O sucesso destes campos impulsionou a proliferação de mais projetos no Algarve e, atualmente, já se encontram na região mais de metade dos campos de golfe do país. Presentemente, dos oitenta campos existentes em Por-

tugal, o Algarve conta com quarenta e dois, sendo que alguns ainda se encontram em fase final de construção. Na calha - que é como quem diz em fase de licenciamento ou projeto - estão ainda mais de uma dezena de novos campos, segundo dados da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região (CCDR) do Algarve, entidade responsável pelo licenciamento. Ou seja, ainda antes de 2020, a região algarvia pode totalizar mais de sessenta campos de golfe.

Número ideal de campos já foi ultrapassado A questão que se coloca agora é saber quantos campos de golfe são suficientes para uma região que sofre regularmente com os efeitos da sazonalidade. Em 2003, um estudo realizado pela Universidade do Algarve - encomendado pelo Turismo do Algarve, AHETA, Algarve Golfe e CCDR - indicava que o número ideal de campos de golfe na região deveria situar-se entre 29 e 41. O “Estudo sobre o Golfe

no Algarve”, que foi apresentado como uma forma de ajudar a garantir a sustentabilidade económica do setor, é um dos argumentos agora usados pela associação Almargem para criticar a proliferação de campos de golfe na região. “Contabilizados estão já mais de 40 campos de golfe instalados na região do Algarve, número que ultrapassa o limiar entendido como viável do ponto de vista económico, e cujos impactes ambientais são crescentes, quer por efeito de afetação de valores naturais e solos agrícolas, mas também por incrementarem a pressão sobre os recursos hídricos e a ocupação do território através de sua associação ao imobiliário”, alertam os ambientalistas. A Almargem, Associação de Defesa do Património e do Ambiente algarvia, protesta ainda contra a construção iminente de mais de uma dezena de campos de golfe, que poderá elevar para 60 os percursos no Algarve, “tantos campos de golfe quantos existem na vizinha região da An-

daluzia, a qual tem «apenas» uma área equivalente à de Portugal Continental”.

Paraíso golfista todo o ano O setor do turismo desdramatiza as preocupações dos ambientalistas, frisando que os novos campos de golfe utilizam águas residuais tratadas, e preferem realçar o papel do golfe para o turismo algarvio. O Turismo do Algarve está mesmo a “vender” a região como um “paraíso golfista todo o ano”, destacando o facto de aqui existirem “30 dos melhores campos de golfe do mundo”. Ao mesmo tempo, os responsáveis salientam que já passaram pelo Algarve os maiores profissionais mundiais do desporto e grandes torneios como a World Cup 2005 e o Portugal Masters 2007 e 2008. “Tudo isto confere um maior crédito ao golfe da região e ajuda a esbater a sazonalidade”, frisam, lembrando que o Algarve já foi eleito por diversas vezes o “Melhor Destino Mundial de Golfe” e que entre os critérios de avaliação está a componente ambiental.

Loulé lidera de longe percursos golfistas O município de Loulé conta com 14 campos de golfe, numa região onde os mais de quarenta percursos estão espalhados por catorze concelhos. Assim, apenas Monchique, Aljezur, São Brás de Alportel e Faro ainda não têm campos de golfe. Com seis percursos aparece o concelho de Portimão, logo seguido de Castro Marim, Vila Real de Santo António e Silves, com cinco campos cada um. Lagoa e Lagos contam com quatro campos de golfe cada um, enquanto Albufeira tem três percursos na sua área geográfica e Olhão tem dois. Com apenas um campo de golfe, surgem os concelhos de Tavira, Vila do Bispo e Alcoutim.

Campos de golfe Nome

Concelho

1 – Balaia 2 – Herdade dos Salgados 3 – Pine Cliffs 4 – Quinta do Guadiana 5 – Quinta do Gramacho 6 – Vale da Pinta 7 – Vale de Milho 8 – Atalaia/Espiche 9 – Palmares 10 – Quinta da Boavista 11 – Pinheiros Altos/Muro do Ludo 12 – Quinta do Lago/North Course 13 – Quinta do Lago/Pinheiros Altos 14 – Quinta do Lago/San Lorenzo 15 – Quinta do Lago/South Course 16 – Vale do Lobo/Ocean Course 17 – Vale do Lobo/Royal Course 18 – Vila Sol - Quarteira 19 – Vilamoura Laguna Course 20 – Vilamoura Millenium Course 21 – Vilamoura Old Course 22 – Vilamoura Pinhal Course 23 – Vilamoura Victoria Course 24 – Colina Verde - Maragota 25 – Alto Golf 26 – Herdade do Reguengo I 27 – Herdade do Reguengo II 28 – Penina Championship Course 29 – Penina Resort Course 30 – Quinta do Benamor - Cabanas 31 – Parque da Floresta 32 – Monte Rei Sesmarias II 33 – Quinta da Ria de Baixo 34 – Quinta da Ria de Cima 35 – Herdade Finca Rodilhas 36 – Quinta do Vale 37 – Laranjal 38 – Amendoeira Golf Resort - Faldo 39 – Amendoeira Golf Resort - O'Connor 40 – Verdelago 41 – Monte Rei Sesmarias III 42 – Vila Fria

Albufeira Albufeira Albufeira Castro Marim Lagoa Lagoa Lagoa Lagos Lagos Lagos Loulé Loulé Loulé Loulé Loulé Loulé Loulé Loulé Loulé Loulé Loulé Loulé Loulé Olhão Portimão Portimão Portimão Portimão Portimão Tavira Vila do Bispo Vila Real Sto António Vila Real Sto António Vila Real Sto António Alcoutim Castro Marim Loulé Silves Silves Castro Marim Vila Real Sto António Silves

Declaração de Impacte Ambiental Favorável: 43 – Quinta da Ombria 44 – Almada do Ouro

Loulé Castro Marim

PU ou PP aprovado:

A região conta atualmente com mais de quarenta percursos espalhados por 14 concelhos

45 – UP 12 46 – UP 2 Marim 47 – Praia Grande 48 – Quinta do Paço 49 – Monte Rei Sesmarias I 50 – Corte Velha - Azinhal 51 – Palmares Meia Praia

Lagoa Olhão Silves Silves Vila Real Sto António Castro Marim Lagos

Localização aprovada: 52 – Cabeça Boa - Solverde

Portimão


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AHETA ALERTA PARA PERDA ACENTUADA DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO ALGARVIO

A mãe de todas as crises

Entre os anos 2000 e 2010, o Algarve perdeu 2,6 milhões de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros. No ano passado, a situação chegou ao ponto de metade dos hotéis ter ficado às moscas. Os números foram avançados esta semana ao JA pelo presidente da AHETA. Segundo Elidérico Viegas, se nada mudar, o encerramento de unidades hoteleiras e empreendimentos turísticos vai agravar-se em 2011, aumentando o desemprego para valores nunca antes registados estão ultrapassadas”, protesta. Por outro lado, Elidérico Viegas defende que a solução passa por atrair segmentos novos. Isto porque, adianta, “os aldeamentos e apartamentos chegaram a representar 85 por cento da oferta total do Algarve, mas hoje já não são rentáveis”. “Os proprietários alugam agora as casas através dos jornais e internet, e isso pode potenciar a degradação dos edifícios e manchar a imagem turística da região”, alerta.

> NUNO COUTO As descidas verificadas em 2010 até não foram muito significativas quando comparadas com o ano anterior, “mas elas revelam uma tendência preocupante” e “mostram que vamos ter de lutar bastante nos próximos anos para voltar a recuperar a competitividade”. Em declarações esta semana ao JA, o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, refere que todos os dados estatísticos – AHETA e INE – demonstram que a oferta turística do Algarve confronta-se com uma perda acentuada de competitividade, face à concorrência mais direta. “O Algarve registou menos 2,6 milhões de dormidas desde 2001, com incidência nos mercados alemão e inglês”, adianta, acrescentando que o volume de receitas caiu neste período “mais de dois milhões de euros”, enquanto que as vendas afundaram “3,3 milhões de euros”. Os turistas, realça o líder da AHETA, estão a ser “desviados” para o norte de África, Caraíbas e países do sul da Europa, onde os preços são mais convidativos. “Até para Espanha estamos a perder turistas”, desabafa Elidérico Viegas, revelando que “nas Canárias, quando começaram a sentir os primeiros problemas, isentaram as taxas aeroportuárias para fomentar o

Como voltar a atrair turistas? Elidérico Viegas diz que o Algarve poderá levar muitos anos a recuperar da crise

turismo, tendo registado uma subida de 19 por cento logo a seguir”. Por outro lado, lamenta Elidérico Viegas, “em Portugal, perante o mesmo cenário ou ainda pior, subiram os impostos, desde o IVA ao IRS, e ainda faltam as portagens para piorar isto tudo”.

O que mudou na última década? Face à perda de turistas que se vem agravando nos últimos anos no turismo algarvio, o principal motor económico da região, o responsável adverte que “esta não é uma crise igual às anteriores”. O presidente da AHETA explica que os últimos dez anos

foram marcados por uma alteração profunda do “modelo de negócio”, e que custa ao Algarve mudar “um modelo que sustentou o turismo durante cerca de 50 anos”. Elidérico Viegas refere-se concretamente à “nova caracterização da procura”, aos “novos canais de comercialização e distribuição” e à “liberalização do transporte aéreo”, que tornaram acessíveis destinos turísticos que eram muito caros para os europeus. “O problema é que muitos organismos oficiais e públicos têm dificuldade em aceitar essas mudanças e, por isso, andamos a perder competitividade e a gastar milhões sempre nas mesmas soluções, que

Para o presidente da AHETA, a chave para a recuperação do turismo algarvio está, assim, na criação de canais de comercialização e distribuição na internet, o estabelecimento de parcerias com as companhias low-cost e fomentar o aparecimento de operadores turísticos especializados nos países de destino. Outra das ideias da associação passa por premiar quem vende mais e melhor o destino Algarve nos mercados emissores. “São ideias para dar um novo fôlego ao turismo algarvio”, frisa Elidérico Viegas, reconhecendo que o Algarve tem a desvantagem de ser atualmente um destino caro, “mas há sempre turistas disponíveis para pagar mais pela segurança, o clima e a qualidade de vida que ainda temos na região”.

Taxas de ocupação "mais baixas de sempre" O balanço do ano turístico apresentado esta terça-feira pela AHETA indica que a taxa de ocupação média/quarto foi de 51,1 por cento durante o ano turístico (novembro de 2009 a outubro de 2010), ou seja, menos 2,8 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A mesma associação adianta que a taxa de ocupação média/cama situou-se nos 42,5 por cento, menos 1,2 pontos percentuais que em igual período do ano anterior. Segundo a AHETA, estas taxas de ocupação “correspondem aos valores mais baixos de sempre” nas unidades de alojamento do Algarve. “Estes valores referem-se às ocupações das unidades de alojamento em funcionamento em cada momento, não levando em consideração os empreendimentos que encerram durante a estação baixa”, refere a AHETA. Apesar da descida verificada nas ocupações, o INE divulga, para o mesmo período, uma subida no número de dormidas, o que resulta do aumento do número de camas disponíveis (mais seis mil em relação a 2009). Ainda de acordo com estimativas da AHETA, em 2010, o Algarve registou nos meios de alojamento classificados cerca de 14,8 milhões de dormidas. Por seu lado, o número total de hóspedes terá sido de 2,9 milhões. Por fim, a associação adianta ainda que o

Algarve deverá ter recebido cerca de 5,5 milhões de turistas ao longo de 2010, o equivalente a mais de 30 milhões de dormidas.

Turismo do Algarve faz balanço positivo Entretanto, o INE já tinha adiantado que a atividade turística no Algarve em 2010 registou cerca de 13,3 milhões de dormidas, um aumento de 2,6 por cento face ao ano anterior. Segundo o INE, também o número de hóspedes alojados em hotéis e estabelecimentos similares algarvios cresceu em relação a 2009, para 2,87 milhões (+4,9 por cento). Ao nível das receitas hoteleiras, o instituto indica o Algarve como a região que em todo o país gerou maiores proveitos totais, mais de 546 milhões de euros, o que representa um avanço homólogo de 4,7 por cento. Para o presidente do Turismo do Algarve (ERTA), Nuno Aires, a performance do setor em 2010 permite um balanço “francamente positivo” e “superou as expectativas” iniciais. Para Elidérico Viegas, o desfasamento entre os números da AHETA e INE neste caso está relacionado com o facto de o instituto ter atribuído mais seis mil camas à região no ano passado. N.C.

FICÇÕES

[17.] Uma carta

José Carlos Barros

MUITO CURAVA EU de saber até que ponto conhecem os grandes, e mormente Sua Majestade, o que se passa nos lugares de que são distantes. Porque me parece haver quase sempre uma separação decisiva entre os seus propósitos e os resultados deles quando as coisas correm além do Paço. Como se não fosse trabalho prioritário o cuidar do cumprimento do que se decide em longes terras, sobretudo quando as empresas alcançam, ou visam alcançar, um desígnio maior que o da específica obra que a olho nu se descobre. A distância há-de ter esse efeito terrível de retirar importância, correndo um módico de tempo, ao que num primeiro impulso se revelava decisivo. AQUI ME VEJO em Santo António de Arenilha, pois, procurando dar cumprimento, e já sem saber de que modo, à missão que el-rei me destinou e concedeu como se fosse um prémio. Missão que aceitei por saber o quanto as dificuldades honram o servir. E se de el-rei não recebo eco das minhas repetidas insistências, outra razão não posso pôr-lhe, além da distância, senão a de que as prioridades vão deixando de sê-lo quando o devir dos projetos enfrenta a tempestade. Não deverei errar no meu entendimento, por outro lado, de que os conselheiros de Sua Majestade lhe ocultam as dificuldades por instinto próprio de defesa. As minhas demandas, o mais certo, é estarem encerradas num cofre fora das salas de despacho. NESTES PRIMEIROS DIAS de abril da era de mil quinhentos e quarenta e quatro, já sem muitas esperanças de que D. João III seja sabedor do que no meu correio descrevo quanto às dificuldades que corremos, e às ajudas de que precisamos, temo que os desígnios do senhor seu pai, ao fundar este lugar na foz do Guadiana, não tenham condições de cumprir-se. E, no entanto, aqui ficarei enquanto me forem dadas forças para lutar contra as investidas de mouros e corsários, enquanto pudermos erguer defesas com tranqueiros e reparos de madeira, enquanto os catorze vizinhos do lugar não cederem à tentação do contrabando das pescarias e de se renderem a catalães contra os superiores interesses da Coroa portuguesa. E não desistirei de ser ouvido por Sua Majestade e da mercê da isenção da sisa do vinho que haveremos de vender ao torno e atavernado, e de que nos seja dada licença para uma barca de passagem no porto, etc. SANTO ANTÓNIO de Arenilha é parte de um projeto de restituição ao reino da soberania que lhe pertence. Porque é preciso afirmar as nossas raias fronteiriças e povoar os ermos, como este, de areias e terra alagadiça. Porque os nossos interesses além-mar exigem a defesa intransigente das riquezas, como as imensas desta baía de Monte Gordo de pescarias ímpares. Porque se nos exige uma luta constante contra a desordem e contra os hábitos da corrupção e do contrabando, de gente que faz a lota na praia contra a autoridade, que manda o peixe para Barcelona em barricas de madeira sem que à Coroa seja dado cobrar os impostos devidos, que numa mão ostenta o xalavar e na outra esconde uma faca de ponta flamenga. Por isso recuso a rendição. Mesmo temendo que o correio que hoje mesmo farei seguir acabe por não chegar ao conhecimento de el-rei D. João III a dar-lhe notícia dos trabalhos esforçados que se passam nestas suas terras da foz do Guadiana tão afastadas do Paço e dos divertimentos da Corte. Nota: «Pelas Praias de Arenilha e Mares de Monte Gordo», da autoria de Hugo Cavaco, é um livro fascinante. É nesse livro que este texto se inspira, descontadas as contradições e o delírio ficcional.


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MAIS SEGURANÇA, MAIS EFICÁCIA E REDUÇÃO DE CUSTOS SÃO PRINCIPAIS VANTAGENS APONTADAS

Plataforma tecnológica do futuro testada no Aeroporto de Faro O Aeroporto Internacional de Faro foi escolhido para testar aquela que é definida pelos responsáveis como a plataforma tecnológica do futuro na área aeroportuária. Trata-se de um projeto que envolveu alguns dos melhores especialistas europeus e que foi coordenada pela ANA Aeroportos > SOFIA CAVACO SILVA O Aeroporto de Faro acolheu a sessão de apresentação final do projeto LocON (Platform for Inter-Working of Embedded Localisation and Communication System) na passada semana. Presentes estiveram os diversos parceiros deste projeto cofinanciado pela União Europeia e representantes de outras entidades que tentam perceber de que forma o sistema poderá ter aplicação noutros espaços como, por exemplo, os hospitais e fábricas. A plataforma integra vários sistemas de informação e seleciona a informação mais fidedigna de forma a tornar a gestão da área que abrange mais eficiente. O aeroporto de Faro foi escolhido pela ANA Aeroportos para testar este sistema que inclui a instalação de diferentes fontes de localização que funcionam em simultâneo, como é o caso de sistemas GPS/ /EGNOS, WiFi e RFID. O sistema trabalha todas as informações que lhe são transmitidas, permitindo lançar alertas, fazer estatísticas, detetar problemas em tempo

real, permitindo a sua solução de forma mais eficaz, otimizar trajetórias, entre outras funcionalidades. As vantagens descritas pelos responsáveis incluem benefícios ao nível da segurança, questão sempre pertinente quando se trata de aeroportos. A título de exemplo, o sistema permite lançar alertas sempre que um passageiro entre numa zona não autorizada, encontrar objetos ou até identificar um problema em áreas normalmente não tão visíveis. Em entrevista ao JA, a investigadora Isabel Oliveira, escolhida pela ANA para coordenar o projeto, diz que se trata da “plataforma tecnológica do futuro”. “Hoje em dia, qualquer grande plataforma recebe informações de vários sub-sistemas (...). A informação não é igual, sendo em alguns casos mais precisa. Esta plataforma integra todos os sistemas de informação e vai sobrepor-se a todos, verificando se a informação é real. Se não for, lança um alerta e escolhe sempre a cada momento a melhor informação disponível em todos os sistemas”, explica.

“Evita a criação sistemática de interfaces que provocam atrasos e que custam caríssimo”, acrescenta, sublinhando que esta plataforma se traduz numa mudança de paradigma. “Hoje em dia todas as empresas gastam muito dinheiro a fazer interfaces para os sistemas dos fornecedores ou ficam presas a um fornecedor. Aqui pode-se ligar o sistema de qualquer fornecedor e não fica preso a nenhum e consegue usar sempre o melhor”, conclui. No contexto dos aeroportos, o sistema tem como utilizador final o controlador de tráfego aéreo, as operações aeroportuárias e os gestores de segurança.

Aeroporto de Faro ideal para casos de estudo Não é a primeira vez que o aeroporto de Faro é escolhido para a realização de testes de novos sistemas e tecnologias, situação justificada por Isabel Oliveira pelo facto de o aeroporto ter picos de tráfego, permitindo maior capacidade para testes durante as épocas menos congestionadas. “O aeroporto de Faro ajuda-nos muito porque tem picos de trá-

Concebido a pensar na rotina dos aeroportos, o sistema começa a suscitar curiosidade sobre a sua aplicabilidade em outros espaços como os hospitais

fego e durante o inverno tenho muito mais facilidade em fazer testes e demonstrações em Faro do que em outros aeroportos”, explica. Contudo, a frequente participação do aeroporto em novos projetos também é explicada como resultado do reconhecimento que é dado a Portugal e à ANA enquanto parceiro impor tante na área aeroportuária, o que tem valido à ANA vários convites para integrar diversos projetos europeus. Quando os testes são realizados em Portugal acabam por ter como destino provável os aeroportos de Faro e do Porto pelas razões já referidas.

Parceiros querem potenciar lado comercial do projeto Para a construção desta plataforma foi necessário um investimento de 3,8 milhões de euros, cofinanciados pela União Europeia no âmbito do Quadro de Apoio FP7. O projeto resulta de um consórcio europeu constituído por nove empresas parceiras de cinco países. Os resultados parecem ter sido bem acolhidos pela Comissão Europeia, que, segundo adianta Isabel Oliveira, já deu aval para um novo financiamento que permitirá dar continuidade ao projeto, fazer melhorias e integrar novos

sensores. “Diria que é um sistema avançado 20 anos. Com os parceiros que temos, pode ser mais rápido e há vontade dos parceiros e da Comissão Euro-peia para criar uma empresa para pôr esta plataforma no mercado europeu num curto espaço de tempo”, explicou. A ANA Aeroportos de Portugal foi convidada para ser parceira nesta empresa e já se começa a falar na sua localização. Alemanha, Irlanda e Portugal são os locais mais prováveis. “Graças ao trabalho que fizemos, admitem que seja em Portugal”, comenta Isabel Oliveira.

“Lições aprendidas” com Aerofaro’11 apresentadas em março O balanço inicial do exercício Aerofaro’11, que testou o plano prévio de intervenção e o plano de emergência para o Aeroporto Internacional de Faro, na passada semana, foi positivo, segundo afirmaram tanto a governadora civil de Faro como o diretor do aeroporto e o comandante distrital de operações de socorro. Os relatórios finais de todos os intervenientes vão ser compilados durante uma reunião marcada para o dia 28 deste mês e a sessão pública de apresentação das conclusões realizar-se-á a 15 de março. Intitulada “As lições aprendidas”, esta sessão realiza-se no

aeroporto de Faro, pelas 10h00, altura em que será feita uma exposição mais precisa de todos os pontos em que a atuação dos diversos agentes intervenientes deve ser melhorada. Em declarações ao JA, o comandante distrital das operações de socorro, Vaz Pinto, diz que o facto de o exercício ter ocorrido “só por si já foi um êxito” e diz não ter dúvidas de que é preciso continuar a testar e a exercitar para que numa situação de emergência todos os efeitos das ocorrências sejam minimizados. “É uma oportunidade para aprendermos e evoluirmos. Para que cada unidade possa perceber a sua capacidade”, comentou, admitindo que o

exercício permitiu identificar algumas deficiências que noutras circunstâncias não seria detetadas. Este simulacro teve como cenário um acidente com uma aeronave da companhia fictícia Fake Airlines, com 30 passageiros e cinco tripulantes a bordo, que efetua uma aterragem de emergência devido a uma avaria no trem de nariz. Depois de sair da pista o avião fica partido em duas secções, incendiando-se. Cinco mortes, cinco feridos graves e 10 ligeiros foi o balanço deste acidente simulado, que envolveu 17 entidades, 68 veículos, 226 operacionais e um helicóptero da Autoridade Nacional de Proteção Civil. “O que verificámos é o resultado

de um planeamento exaustivo, de um trabalho efetivo entre todos os que têm responsabilidade nesta área fundamental e estruturante para a região, tendo ficado demonstrado que o Algarve está preparado e tem capacidade, disponibilidade e meios, para garantir uma resposta adequada às exigências de um acidente desta natureza”, referiu Isilda Gomes. Durante a conferência de imprensa realizada no final do simulacro, o diretor do aeroporto, Correia Mendes, admitiu que desde o último acidente registado no aeroporto algarvio, em 1992, a evolução e o conhecimento na área da segurança foi brutal. Contudo, admite que a busca pela maior

segurança possível é um processo contínuo, pelo que nunca dirá que já tem as condições suficientes. O aeroporto de Faro teve um investimento de 30 milhões de euros na área da segurança nos últimos anos, tendo cinco milhões sido investidos em equipamentos. No último trimestre deste ano, os agentes de proteção civil pretendem realizar uma nova simulação, o SIMAR. Trata-se de uma simulação com os meios envolvidos no terreno, numa situação de sismo após as afinações que foram feitas ao plano de emergência, em resultado do último simulacro realizado com os meios de comunicação e gestão de crise.


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Mendes Bota aplaude desmantelamento de rede de tráfico de mulheres O deputado e presidente da Comissão para a Igualdade do Conselho da Europa, Mendes Bota, veio publicamente aplaudir o sucesso das operações do Serviços de Estrangeiros e Fronteiras e da GNR no desmantelamento de uma rede de tráfico de mulheres no Algarve e em Aveiro. “Felicito vivamente (...) pelo êxito obtido nas operações de combate à prostituição forçada no Algarve e em Aveiro, quer pela apurada investigação que foi cuidadosamente preparada, quer pela operacionalidade que a concretizou”, refere em comunicado. “Espero que os doze suspeitos detidos, caso se confirme a sua condição de criminosos, sejam sujeitos a uma Justiça de mão pesada”, acrescenta. Ao mesmo tempo, lança um alerta para que as trinta romenas identificadas durante o desmantelamento da rede “sejam tratadas com humanidade, hospitalidade, que lhes seja providenciado apoio legal, médico, psicológico, financeiro, e que o seu futuro próximo seja acautelado para que não venham a cair de novo, em Portugal, ou no seu país de origem, nas garras deste tipo de organizações terroristas”. Frisando que estas situações não se resumem apenas ao caso registado no Algarve e em Aveiro, o presidente da Comissão para a Igualdade do Conselho da Europa, apela ao reforço do trabalho das autoridades na investigação destes casos. “Apelo também ao SEF, à GNR, e também à PSP, para que sejam desencadeadas operações de combate à mendicidade organizada que, sobretudo nos meios urbanos, exploram economicamente bebés, menores, mulheres e deficientes”, refere lembrando a responsabilidade que cabe a todos os cidadãos na denúncia destes casos.

Reflexão sobre autismo no Hospital de Faro O auditório do Hospital de Faro recebe o primeiro encontro de pais de crianças e jovens autistas e de profissionais especializados na área no próximo dia 24. O encontro tem início marcado para as 15h00 e é promovido pelo Núcleo de Apoio ao Autismo do Centro de Neurodesenvolvimento Infantil do Serviço de Pediatria do Hospital de Faro. Uma iniciativa onde os participantes vão assistir às intervenções de diversos oradores convidados nomeadamente representantes do Centro de Recursos TIC para a Educação Especial, da Unidade de Ensino Estruturado de Vila Real de Santo António, da Fundação Irene Rolo e da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo. Entre os objetivos deste primeiro encontro sobre autismo está a divulgação das atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Apoio ao Autismo em parceria com vários setores profissionais do ensino, da intervenção precoce e das associações que colaboram na reabilitação das crianças autistas.

Costa Vicentina recorre aos tribunais para travar plano do parque natural Os presidentes dos municípios de Aljezur, Vila do Bispo, Odemira e Sines, anunciaram que vão recorrer à via judicial para “repor a legalidade” no caso da aprovação do plano de ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV). Os autarcas reclamam que o plano, aprovado pelo conselho de ministro a 27 de janeiro, não teve em linha de conta as propostas das autarquias e população do parque natural e, por isso, reiteram ainda o pedido de demissão dos responsáveis políticos do Ministério do Ambiente. Os presidentes de câmara protestam ainda por não terem

acesso aos relatórios e pareceres da comissão de acompanhamento da revisão do plano. Segundo os autarcas, “estes documentos trarão consigo seguramente imensas surpresas”, e temem já que a aplicação do plano do parque natural “prejudique gravemente as populações destes municípios e o seu desenvolvimento sustentável”. “Este plano padece de vários vícios, prejudicando e afetando o cumprimento das atribuições fixadas por lei para as autarquias locais, que obrigarão ao recurso da via judicial para repor a respetiva legalidade”, acentuam os presidentes dos quatro municípios.

PLANO DE ORDENAMENTO DO ESPAÇO MARÍTIMO VAI ESTAR EM DISCUSSÃO PÚBLICA ATÉ DIA 22 DE FEVEREIRO

Futuro da zona costeira algarvia em debate

No âmbito da discussão pública do Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo (POEM), os deputados socialistas eleitos pelo Algarve realizaram, na passada sexta-feira, um encontro onde se abordaram questões relacionadas com o mar, a economia e os novos recursos da região > RAQUEL PONTE Numa sessão que contou com as intervenções de Orlando Borges (INAG), Sebastião Teixeira (ARH Algarve), José Apolinário (direção geral das Pescas) e o investigador da Universidade do Algarve Óscar Ferreira, discutiram-se temas como a exploração de gás natural na zona costeira do Algarve, a produção de energia a partir das ondas em offshore ou a necessidade de uma nova abordagem às questões dos transportes e logística na região. “Damos uma atenção muito especial aos planos do ordenamento e esta é a segun-

da audição que fazemos. Não podemos pensar que hoje estamos aqui a discutir um plano para amanhã estarmos a revogá-lo. Estes planos devem garantir a previsibilidade e sustentabilidade dos processos de desenvolvimento e somos todos responsáveis quer por participação quer por omissão.”, referiu o deputado e presidente do PS Algarve Miguel Freitas, para quem os planos de ordenamento são instrumentos que tendem a gerar tensões e que, por obrigarem a momentos de negociação e conciliação, requerem uma discussão aprofundada. “Esta é uma matéria com forte impacto no Algarve, quer

do ponto de vista económico, como ambiental, pois interfere nas atividades principais e potencia a exploração de novos recursos na zona marítima da região, não podendo, portanto, os protagonistas regionais ficar alheios a este debate”. Daí a importância em ouvir os agentes regionais de forma a fundamentar propostas e sugestões e perspetivar acções concertadas sobre a economia do mar. No decorrer do encontro foram ainda levantadas algumas questões relacionadas com a erosão da zona costeira e o consequente conflito de usos entre a alimentação artificial de praias e a exploração

de areias e cascalhos para a construção. Também a necessidade de facilitar a cedência de dados aos investigadores foi apontada por Óscar Ferreira, que frisou a importância de uma maior sistematização, coordenação, interacção e sinergia entre as várias entidades ligadas ao mar. Do debate que reuniu, além dos 3 parlamentares do PS (Miguel Freitas, Jamila Madeira e João Soares) deputados, técnicos e investigadores, resultou uma proposta que irá ser apresentada ao Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território, coordenador do POEM através do Instituto da Água.

PESCADORES INDIGNADOS COM FALTA DE COMUNICAÇÃO SOBRE OBRAS NA BARRA

PSD Algarve quer mais respostas e apoios para a Fuseta O PSD Algarve reclama apoios financeiros para os pescadores da Fuseta que estão a ser prejudicados com as obras em curso na barra Vários militantes e dirigentes do PSD Algarve estiveram na Fuseta no passado sábado para perceber os impactos que as obras realizadas através do Programa Polis estão a ter na comunidade. Após a reunião realizada com a Associação de Armadores de Pesca do Sotavento Algarvio (ADAPSA), o líder do PSD Algarve, Luís Gomes mostrou-se perplexo com a forma como todo o processo se tem desenvolvido. A associação partilhou a sua indignação por, até ao momento, não ter sido esclarecida sobre as previsões

de reabertura da barra que está encerrada há cerca de dois meses e que não permite que os pescadores que saiam do porto local para o mar. “Esta situação deteriorou as condições de circulação marítima na ria e está a afetar seriamente a base económica da comunidade sem que nenhum governante ou responsável da Sociedade Polis pareça estar preocupado com os efeitos sociais profundamente negativos que a situação está a causar”, comentou Luís Gomes. “Como podem as entidades res-

ponsáveis ser tão sensíveis quanto à urgência de gastar dois milhões de euros em obras de duvidosa eficácia, para contrariar a natureza e fechar a barra num lado e forçar a abertura noutro, e ao mesmo tempo permanecerem tão indiferentes à necessidade social de compensar a comunidade piscatória pelos graves prejuízos que tais obras lhes estão a causar?”, lamenta. Este é um problema para o qual o PSD Algarve garante não ter despertado apenas agora, recordando que já foram endereçadas questões ao

Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território ainda que continuem sem resposta. “Qual a razão para que a obra tenha avançado sabendo-se de antemão que incidia numa área assinalada no POOC-Plano de Ordenamento da Orla Costeira como sendo de elevada susceptibilidade ao assoreamento e galgamento oceânico?” e “quais os estudos técnicos que fundamentaram a decisão de adjudicação dos trabalhos, pelo preço global de dois milhões de euros, sem que estivesse garantida minimamente a sua total eficácia?”, foram as ques-

tões endereçadas ao ministério pelos sociais-democratas algarvios. Procurando reforçar relações com a comunidade da Fuseta, o PSD Algarve comprometeu-se a realizar uma sessão pública de esclarecimento onde a população poderá explicar “na primeira pessoa” a forma como estas intervenções estão a afetar as suas vidas. Nesta sessão, os dirigentes do PSD Algarve pretendem ainda explicar quais os desenvolvimentos das diligências que estão a empenhar sobre o assunto.


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ETRAS

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LIVROS NOVOS:

"Um Olhar no Tempo", autobiografia do pároco David Sequeira O Padre David Gonçalves Sequeira, que há pouco deixou de paroquiar as duas freguesias em que se divide a cidade de Tavira, acaba de publicar a sua autobiografia, a que deu o título de "Um Olhar no Tempo". É um livro de 214 páginas com prólogo do Bispo emérito do Algarve D. Manuel Moreira Dias. Livro que autor teve a bondade de me oferecer e que li com muita atenção, até pela relação de trabalho que a ele me une desde que comecei a escrever no Jornal do Sotavento, de boa memória, do qual o padre Sequeira era dirigente, trabalho civil, entenda-se. O padre Sequeira teve uma doença de sarampo em criança, tinha ele 9 anos, doença que conduziu ao seu internamento no sanatório do Outão durante dois longos anos. Naquele sanatório foi ele operado, então, a uma das pernas, na qual ainda hoje se nota diminuição. Mas também ali recebeu educação escolar até à 3.ª classe. Talvez que o referido internamento e doença lhe tenham servido de apetência para, desde aí, se ligar à Igreja da sua terra Alcantarilha, a ponto de, numa visita que o Bispo do Algarve ali fez, pedir a este para frequentar o Seminário de Faro, pedido que mereceu despacho favorável. E certo é que o seminarista após alguns anos do frequentar o referido seminário, foi transferido para o Seminário de Almada e depois para o de Olivais onde terminou a formação. Voltou então para o Algarve e disse a sua Missa-Nova em 1956. Tinha nessa altura o padre Sequeira 25 anos. Nascera em 1931. A sua primeira ocupação como padre foi a de professor no Seminário de Faro. Mas em 1962 pediu para ir para Roma, com uma bolsa de estudo da Gulbenkian, frequentar o Instituto de música sacra. E lá esteve, em Roma, até 1965 (p.79), ano em que regressou ao seu e nosso Algarve, ficando a exercer em Faro. Mas em 1969 o Bispo mandou-o paroquiar a Igreja de Santiago-Tavira. E em Tavira o padre Sequeira se manteve, passando o ano 2000 a paroquiar também a freguesia de Santa Maria, por padre Rosa ter pedido para ser substituído (p.171). Em 2008 foi o padre Sequeira, mandado pelo Bispo substituir nas duas freguesias da cidade de Tavira por um novo pároco (p.199). Trata-se pois de um livro que vale a pena ler porque, além de contar (em parte) a vida de alguém que dedicou à igreja o seu viver, revela alguns meandros que, por vezes se tecem naquela Instituição. Arnaldo Casimiro Anica

O irromper de vontades Nasceu no Algarve uma associação cultural cujos membros são jovens licenciados ligados às artes de palco, ao cinema, ao jornalismo, à fotografia. Uma conjugação de vontades e saberes da qual se espera inundar o panorama artístico do Algarve com uma lufada de ar fresco. Em cena nos próximos dias 18 e 19 em Loulé > ANA OLIVEIRA No final de 2010 nasceu a associação LAMA - Laboratório de Artes e Média do Algarve. Uma associação formada por atores, artistas plásticos, gente ligada ao cinema, à fotografia e ao jornalismo. Naturais do Algarve, foram para Lisboa investir na sua formação superior e regressaram agora querendo devolver à sua região o seu talento e a sua criatividade. LAMA (Laboratório de Artes e Media do Algarve) assume-se como um projeto de desenvolvimento artístico com especial enfoque na área do Teatro. Dentro dos seus objetivos estão as criações de diversas dramaturgias desde as adaptações de obras, a textos dramáticos e criações originais. O texto será a ferramenta impulsionadora do espetáculo, quando se decidir que ele existe, sendo que, a palavra não será a principal forma de comunicação cénica. A associação LAMA na sua atividade além das criações teatrais, trabalhará também as áreas da fotografia, cinema e música, com apoio a ações de formação, debates, exposições, ciclos, festivais, residências e tertúlias, tornando-a multidisciplinar. Acentua a educação não-formal e formal, sendo que a primeira terá um papel importante na população destinatária que será a comunidade no seu geral.

No passado dia 12, esta associação mostrou no Centro de Artes Perfomativas do Algarve o espetáculo "Brilharetes", de António Tarantino com João de Brito e Tiago Nogueira e a colaboração de Jorge Silva Melo no processo de encenação. O texto fala de um ex-professor de instrução primária, educado num seminário e com ligações ao partido comunista, que começou a viver nas ruas. A cena começa com essa personagem no meio de sacos e roupas e com o seu parceiro de esquemas e urinar descontraidamente para a rua. "Brilharetes" é então a história de dois sem-abrigo que conversam e discutem sobre o próximo golpe para sacarem dinheiro e um incauto homem abastado. Ensaia o discurso em que argumenta apelando à piedade, fazendo uso da sua educação no seminário para impôr alguma compaixão na má consciência burguesa. A construção das personagens está feita com rigor. A personagem do Brilharete misto dos marginais de Beckett, Almodovar, e Iñárritu mostra uma queda abissal nas franjas de uma vivência que roça o inverosímil. A outra personagem, Cavagna, é o contraponto do ex-professor. Rude, desembaraçado, portador de uma verborreia profícua em calão de rua. O texto, talvez porque construído depois desse monumento dramatúrgico que foi Stabat

Filmes de animação de jovens portimonenses exibidos em festival brasileiro As curtas-metragens de animação “À conversa com Manuel Teixeira Gomes” e “A Festa”, produzidas por jovens no Museu de Portimão, serão exibidas em maio no Tourfilm Brazil, o único festival internacional de filmes de turismo em toda a América Latina. As películas foram criadas na oficina educativa do Museu de Portimão durante os programas de férias da Páscoa dos dois últimos anos, com a participação empenhada de crianças dos sete aos 12 anos. Para além de elaborarem o guião, os jovens conceberam os cenários e as personagens, ajudaram na gravação das animações e na montagem em computador e contribuíram com as suas vozes para a dobragem final, com o apoio da Lunática Filmes. Devido ao sucesso da iniciativa, este ano letivo faz parte do programa edu-cativo do município de Portimão o projeto do museu “Ideias e Formas em Movimento”, que introduz os diferentes processos de animação junto de alunos. Os dois filmes já foram selecionados e exibidos em setembro de 2010, na cidade de Barcelos, durante o 3.º Art&Tur - Festival Internacional de Filmes de Turismo.

Matter não teve o fogo e o brilho deste último. É vítima de uma construção circular, repetitiva, onde as ideias se repetem sem mostrar nada de novo. A própria encenação, que remete os atores para um canto da cena, concentrando o olhar do espectador num único foco, não ajuda a uma outra redescoberta do sub-texto e da terceira personagem que, à semelhança de Godot, é nomeado inúmeras vezes sem nunca aparecer. Brilharetes morre, quiçá de subnutrição, infeções múltiplas, ou simplesmente desalento. O comunismo e as lutas de classes já não são o que se julgou ser. A vida foi perdendo o seu brilho fátuo adquirindo de forma cruel e presente o seu sentido efémero. Com Brilharetes morre a esperança num modo

de vida mais puro e genuíno , vendendo o corpo mas não o espírito. Brilharetes morre e deixa o parceiro refém das palavras certas que tão adequadamente utilizava. Tiago Nogueira, a grande personagem deste diálogo, assume neste trabalho a difícil responsabilidade de ser uma das grandes esperanças no trabalho de ator no Algarve. João de Brito, embora tenha defendido uma personagem com maior dinamismo, enfada o público com a linguagem inundada de palavrões que, após o primeiro momento de incómodo, deixam de fazer sentido. Um trabalho a reter na memória, que cria no espectador algarvio a expectativa de uma lufada de ar fresco com novos textos e novos atores com formação superior na área.

"Brilharetes" na Casa da Cultura de Loulé A Casa da Cultura de Loulé apresenta nos dias 18 e 19 a peça de teatro “Bri-lharetes”. O cortina do palco sobe em ambos os dias às 22h00 e o público é convidado a conhecer uma história onde as personagens vão debater-se sobre o universo obscuro e miserável da margi-nalidade e da doença, que a sociedade oculta nos mais escuros recantos da cidade e da consciência. “Representação religiosa, mistério, via-sacra, auto sacramental… Fantasmas, fetiches, memórias enterradas (e escolares) que de repente parecem acender-se com uma nova vida, como que atingidas por um feixe de luz cruel e violenta, no momento em que se encontram e se percorrem, no palco ou nos textos, os dramas de Tarantino. Ao mesmo tempo, perante os olhos da mente materializam-se, e agitam-se no pensamento, as sombras amadas de Pasolini e de Testori: mas talvez aqui a evocação não seja tão legítima, e veremos porquê”, explica a organização em nota de divulgação. Trata-se de um espetáculo de João de Brito e Tiago Nogueira, que apresenta uma peça de teatro de António Tarantino. O espetáculo conta ainda com a colaboração de Jorge Silva Mel e é uma coprodução dos Artistas Unidos, LAMA e Malloy Associação Cultural M16.


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Última entrevista de Manuel Cabanas perpetuada em livro A obra, da autoria de Fernando Cabrita, foi lançada no último sábado, no âmbito das comemorações do 109.º aniversário do nascimento do ilustre vila-realense > DOMINGOS VIEGAS Em 1991, Fernando Cabrita entrevistou Manuel Cabanas para a revista JA Magazine, do Jornal do Algarve, mas devido à limitação de espaço só seria publicada parte da conversa. Na altura, Manuel Cabanas chegou a dizer: “Ponha o que couber, pode ser que algum dia alguém ponha o resto”. E esse dia aconteceu no passado sábado, com o lançamento do livro “A Última Entrevista de Manuel Cabanas”, integrado nas comemorações do 109.º aniversário do seu nascimento. A obra, uma edição da Gente Singular Editora com os apoios da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e da Liga dos Amigos da Galeria Manuel Cabanas (LAGMC), traz a público a entrevista completa, em que Manuel Cabanas fala de xilogravuras (arte da qual foi mestre), bem como do seu envolvimento na vi-

da cultural e política do século XX. A sua participação na revolta de fevereiro de 1927 (revolta republicana para tentar derrubar a ditadura militar), posteriormente a perseguição de que foi alvo por parte da PIDE, as suas reflexões sobre democracia e liberdade, bem como a participação na fundação do Partido Socialista, são alguns dos temas abordados. Esta entrevista mostra também claramente a desilusão em que viveu os últimos da sua vida. “Manuel Cabanas nunca perdeu o seu apego aos ideias da República, da Liberdade e da Independência. Ele entendia a política como uma vocação e uma missão, não como uma luta para se atingir o poder. Por isso, sentia-se desiludido com o que via à sua volta”, explicou Fernando Cabrita, que considera a referida entrevista como “um autêntico exercício do discurso de Manuel

Turistas alojados em Aljezur ganham descontos no museu O Museu do Mar e da Terra da Carrapateira e 31 unidades de turismo em espaço rural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina acabam de estabelecer uma parceria, que permite aos turistas aí alojados poderem usufruir de desconto na entrada do museu e conhecerem e explorarem este equipamento e as exposições aí presentes. Os hóspedes dos empreendimentos turísticos da região podem assim usufruir de um desconto de 50 por cento no preço do bilhete de entrada no museu. Por sua vez, os alojamentos aderentes comprometem-se a incentivar os seus hóspedes a visitar este equipamento cultural, assegurando a publicidade e divulgação das iniciativas do museu, através da disponibilidade de informação. "Esta parceria, firmada em 2009, tem vindo a dar os seus frutos, visto que a recetividade destes empreendimentos turísticos à iniciativa tem sido bastante positiva", salienta a autarquia de Aljezur, frisando que "são já várias as unidades de alojamento aderentes", primeiramente com empreendimentos do concelho de Aljezur, alargando-se mais recentemente à rede Casas Brancas - Associação de Turismo de Qualidade do Litoral Alen-tejano e Costa Vicentina, com cerca de 31 unidades associadas. Esta é uma aposta do município de Aljezur no turismo cultural, que tem vindo a envidar esforços no sentido de promover e valorizar a cultura local, nomeadamente através do Museu do Mar e da Terra da Carrapateira, que recebeu uma Menção Honrosa aquando da atribuição dos Prémios Turismo de Portugal 2008, na categoria de "novo espaço público".

Fernando Cabrita (em pé), com Sousa Pereira, José Carlos Barros e João Cadeira Romão

Cabanas” e “um testamento da verticalidade de um homem”.

Cabanas e Campinas, uma relação de amizade As comemorações dos 109 anos do nascimento de Manuel Cabanas, que decorreram na Biblioteca Municipal de Vila Real de Santo António, ficaram ainda marcadas por vários testemunhos que confirmaram a sua relação de amizade com outro ilustre vila-realense, o

escritor Vicente Campinas, cujo centenário de nascimento está a ser comemorado. Recorde-se que Manuel Cabanas era socialista e Vicente Campinas era comunista, facto que terá levado muita gente a pensar que não havia relação de amizade entre os dois. António Sousa Pereira, jornalista vila-realense residente no Barreiro, conviveu com Manuel Cabanas nesta cidade da margem sul do Tejo, recordou alguns episódios desse tempo

e garantiu que “Manuel Cabanas e Vicente Campinas mantinham uma forte relação de amizade”. Aliás, entre outros exemplos, Sousa Pereira recordou que no tempo do exílio, em França, Vicente Capinas enviava os seus livros de Paris para que Manuel Cabanas os vendesse aos amigos. José Carlos Barros, vice-presidente da câmara municipal de VRSA, considerou-os dois homens “muito destacados, em várias áreas, mas

principalmente do ponto de vista intelectual”, que “não estiveram na mesma posição partidária, mas estiveram do mesmo lado na luta contra o regime”. O autarca mostrou ainda algumas cartas trocadas entre Manuel Cabanas e Vicente Campinas, dois ilustres vila-realenses que nasceram na mesma terra (Vila Nova de Cacela) e no mesmo concelho (VRSA). Também Carlos Brito, amigo e “camarada de luta” de Vicente Campinas, deixou o seu testemunho acerca dos dois ilustres vila-realenses. “São dois exemplos de cidadania. Realizaram muitas vezes um percurso paralelo. Ambos tiveram um grande envolvimento na vida cultural e política nacional. E foram sempre intransigentes na luta contra a ditadura fascista”, considerou. João Caldeira Romão, presidente da LAGMC, já garantiu que as homenagem a Manuel Cabanas vão prosseguir através da exposição itinerante “Manuel Cabanas e Os Intelectuais e Artistas do Seu Tempo”. Depois de Castro Marim e de Altura, a mostra pode agora ser visitada na Sala de Exposições dos Bombeiros de Vila Real de Santo António.

"OS 39 DEGRAUS" LEVA AO TEATRO HISTÓRIA FILMADA POR HITCHCOCK

Mistério, suspense e muito humor na maior comédia do ano

Os atores Inês-Castel-Branco, João Didelet, Rui Melo e Joaquim Horta compõem o elenco da peça "Os 39 Degraus". Nesta comédia, os quatro protagonistas não se poupam a esforços para fazer rir o público, interpretando mais de 30 personagens durante o espetáculo. Depois do sucesso em Portimão, a peça - inspirada num filme de Alfred Hitchcock - vai agora estrear no Teatro das Figuras, em Faro, nos dias 25 e 26 > NUNO COUTO Adaptado do clássico de Alfred Hitchcock, “Os 39 Degraus” leva ao palco quatro corrajosos e bem preparados (profissional e fisicamente) atores. Sozinhos, os quatro desempenham mais de cem papéis nesta peça de quase duas horas, que conta a história de um ilustre “gentleman” inglês (Richard Hannay) que é procurado por um crime que não cometeu e se vê enredado numa teia de espiões. Desde o primeiro ao último minuto do espetáculo, Inês Castel-Branco, João Didelet, Rui Melo e Joaquim Horta desdobram-se em dezenas de per-

sonagens, vestem centenas de peças de roupa diferentes e desencadeiam milhares de gargalhadas entre o público. Foi isso mesmo que aconteceu durante a estreia do es-

petáculo no Teatro Municipal de Portimão (TEMPO), entre os dias 10 e 13, e promete voltar a acontecer, no Teatro das Figuras, em Faro, nos próximos dias 25 e 26.

Nesta comédia a alta velocidade - já considerada “a melhor do ano” -, não faltam os ingredientes preferidos de Hitchcock, ou seja, intrigra, espionagem, aventuras, heróis, vilões, histórias de amor, sem esquecer o suspense e o humor. Além das piadas que vão surgindo em catadupa, “Os 39 Degraus” também se destaca pela preparação física dos quatro atores, que não param um segundo em palco, dando quase a ilusão que saíram de um hospício. “Os 39 Degraus” é produzido por Pedro Costa e Paulo Sousa Costa e tem encenação de Cláudio Hochman.


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ÁREA ECOLÓGICA COM GRANDE VALOR AMBIENTAL PODE ESTAR EM RISCO

Monchique unida contra exploração mineira A autarquia e a população admitem tomar medidas duras para travar a instalação de uma nova exploração mineira em plena serra de Monchique. Em causa está uma das mais importantes zonas ambientais da região, que o município quer "usar" e "abusar" para atrair turistas e amantes da natureza. No entanto, a exploração pode vir a desfigurar toda a área > NUNO COUTO A população da zona da Picota, na serra de Monchique, manifesta-se "chocada" e "preocupada" com a possibilidade de ser iniciada uma exploração mineira nesta área ambiental sensível. Isto porque, a Direção-Geral de Energia e Geologia revelou no início deste mês que uma empresa requereu a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de feldspato, no Corte Grande, uma área localizada entre a Fornalha e o Alto de Baixo, na encosta sul da Picota. Confrontados com esta situação, os moradores e proprietários da zona avançaram com uma petição, que, no final da semana passada, já contava com mais de 350 assinaturas. A ideia é alertar para a possibilidade de esta exploração mineira - cuja área ascende a 1,6 quilómetros quadrados poder provocar uma destruição irreversível da paisagem.

Monchique conta atualmente com duas explorações pedreiras

"Estamos a falar de uma zona extensa que, para além de ser habitada, pertence à Rede Natura 2000 e à Rede Ecológica Nacional (REN)", protestam os moradores, salientando ainda que é nesta área que reside a águia de Bonelli

e está plantado "o sobreiro mais antigo de Portugal".

Violação de área ecológica "Não queremos ver a Picota toda desfigurada", sublinham os proprietários da Pico-

ta e promotores da petição contra a exploração mineira, na sua maioria alemães, portugueses e holandeses, mas também ingleses, espanhóis, belgas e franceses. "Estamos perante uma violação de uma área ecológica

A nova exploração vai nascer no Corte Grande, uma área localizada entre a Fornalha e o Alto de Baixo, na encosta sul da Picota

muito importante na serra de Monchique", alertam os proprietários dos terrenos vizinhos, que também estão a desenvolver "pequenos projetos de turismo sustentável" nesta área e,

como tal, temem que esta nova exploração mineira possa afetar o ambiente e afastar os turistas e amantes da natureza. Contactado esta semana pelo JA, o presidente da câmara

Serra algarvia pode esconder tesouros geológicos Ao longo dos últimos anos têm sido descobertos indícios de que a serra de Monchique tem um grande potencial geológico. Para além do famoso sienito, por debaixo do solo podem estar minerais raros e preciosos A exploração mineira no maciço de Monchique terá começado há cinco mil anos, quando o homem começou a extrair minerais preciosos da serra. No entanto, as minas foram fechando uma a uma, sendo que, atualmente, apenas é extraído o famoso sienito, uma pedra ornamental de elevado valor no mercado. Porém, nos últimos três anos, têm surgido indícios de que existe muito mais debaixo do solo algarvio e que o sienito não é o único recurso geológico existente na serra de Monchique. Já em setembro de 2008, o Jornal do Algarve dava con-

ta do projeto "Valemom" (Valorização Económica e Ambiental do Maciço de Monchique), que resultou de uma parceria entre as universidades do Algarve e Huelva, com a colaboração da câmara de Monchique. Na altura, o coordenador do projeto, Tomaz Boski, declarou ao nosso jornal que "em várias partes do mundo existem maciços idênticos ao de Monchique, onde são encontrados vulgarmente minérios preciosos". Tomaz Boski, que também está ligado ao CIMA (Centro de Investigação Marinha e Ambiental) da Universidade do Algarve, afirmou ainda que

pode haver algum interesse em pesquisar e explorar minérios raros na região, nomeadamente o ouro.

Corrida ao ouro? Curiosamente, dois meses antes, em julho de 2008, uma empresa privada foi autorizada a pesquisar eventuais jazidas de ouro, prata, cobre, chumbo e zinco na serra de Monchique. Ou seja, apesar da importância socioeconómica do sienito para o município, já foram explorados outros minérios. E os registos de ocupação humana em Monchique indicam isso mesmo, isto é, que existem outros metais preciosos na zona.

A câmara e a população temem que a exploração mineira possa degradar o ambiente numa área já muito sensível

A assinatura de vários contratos de prospeção e pesquisa de minérios nos últimos

anos, na região do Algarve, parece indicar que a atividade mineira está mesmo aposta-

da em descobrir substâncias valiosas...! N.C.


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"Estado atua como dono e senhor do nosso território"

Depois das críticas dos presidentes de câmara de Aljezur e Vila do Bispo, que acusaram o Governo de os ter "desautorizado" após a aprovação do plano do parque natural, é agora o autarca de Monchique que aponta o dedo ao Estado por atuar como dono e senhor de um território que não conhece, nem sabe defender

de Monchique, Rui André, colocou-se ao lado da população e garantiu que "a autarquia rejeitará qualquer tipo de exploração mineira no município que ponha em causa o ambiente". O autarca adiantou que ainda conhece poucos pormenores sobre este processo, tendo já pedido ao Ministério da Economia mais esclarecimentos sobre o assunto, mas também reconhece que "não há fumo sem fogo".

Câmara admite tomar "medidas mais duras" Num concelho com uma longa história nestas explora-

ções, onde existem atualmente duas explorações de pedra e onde diversas empresas têm realizado prospeções ao longo dos últimos anos - inclusive de ouro -, o presidente da câmara de Monchique explica a sua posição. "Não sou totalmente contra as explorações pedreiras, porque elas criam empregos e geram riqueza, mas depende das zonas e do tipo de exploração, que neste caso será de minério e não pedra", defende. Segundo Rui André, que antes de se dedicar à política era o rosto da associação ambientalista A Nossa Terra, "a

zona norte da serra é mais propícia à instalação deste tipo de explorações, porque não vivem muitas pessoas e não afeta tanto a paisagem do concelho". Pelo contrário, o autarca afirma que a exploração mineira na zona sul "está fora de questão" e pode mesmo levar a câmara e a população a tomarem "medidas mais duras" para prevenir a destruição de uma das áreas mais belas do concelho. "Trata-se de uma zona de sensibilidade máxima e muito importante para a estratégia de desenvolvimento do concelho, assente no turismo de natureza", sublinha o autarca.

Em declarações esta semana ao JA, o presidente da câmara de Monchique disse que as autarquias estão cada vez mais isoladas em relação ao poder central. Tal como os presidentes de Aljezur e Vila do Bispo, que têm vindo a público manifestar-se contra a aprovação do plano do parque natural sem uma prévia consulta à população e às autarquias em causa, Rui André diz que, no caso da autorização e licenciamento das explorações mineiras em Monchique, "o Estado atua como proprietário do subsolo", sem consultar ninguém. "É lógico que nos sentimos desautorizados quando alguém de fora gere o nosso território sem nos consultar, ainda por cima com as consequências negativas que podem advir dessas medidas", refere o autarca. No caso concreto das explorações mineiras de Monchique, Rui André explica que qualquer pessoa que tem um terreno é proprietário da superfície, mas não tem poder sobre o subsolo. "Isto é, o Estado encara como seu os minérios que estão debaixo da terra e pode decidir explorá-los sem ouvir as câmaras e as populações no processo", critica, acrescentando que essas explorações podem mesmo ir contra os planos de ordenamento e os PDM locais.

Rui André acusa o Estado de "passar por cima" dos planos de ordenamento e PDM locais quando lhe interessa

Por tudo isto, o presidente da câmara promete não baixar os braços e dar luta ao Governo até que a autarquia e a população de Monchique tenham uma palavra a dizer nestas matérias importantes para o futuro do concelho. N.C.


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Santas-noites Por azedas as nomeiam noutras regiões. Na minha, aqui no Sotavento, por onde cirando desde moço-pequeno, sempre lhes ouvi chamar santas-noites. Fui-me aos dicionários e enciclopédias e entristeci: a ciência trata-as por Rogério Silv a Silva oxalidáceas, poligonáceas e, não bastando, aferra-lhes umas locuções em latim de partir a alma. E até o povo, Santo Deus, esse povo com o bom gosto de comparar aos alforges aquilo que bem sabeis (e se não sabeis eu digo, mas não aqui no jornal) crismou-as em mau momento com o nome de erva-da-praga. Enfim, chamam-lhes lá como queiram. Talvez elas justifiquem todos os nomes. Em cachopo, na construção da rude cidadania aldeã que ainda prezo, deixei marcas entre elas, encharcando botas e pernas das calças até à meia-canela nos orvalhos das manhãs de inverno a caminhar no seu meio em busca de serralha, saramago ou almeirão para os bichos da coelheira. Às tantas colhia uma para lhe trincar o caule. E uma seiva muito azeda espalhava-se-me pela boca, arruinando o gostinho do café açucarado e do casqueiro com banha que acabara de engolir. Não lhes pegava o gado de curral nem os coelhos nem mesmo os alarves dos recos, campeões do regalório. Pudera! Que ser poderia tragar aquele tão amargo gosto, acre que nem um piorno? Vir-lhe-á daí o nome, por que são mais conhecidas? É bem provável que sim. Já para o de santas-noites é menos conotativa a explicação que encontro. Talvez seja porque as flores, em se aproximando a noite, se fecham muito ajustadas e se curvam para baixo em pose de recolhimento, como se em prece ou oração. Mas garanto-vos uma coisa: os bolbilhos (alcagoita, em algarvio) de que nascem, ocultos dentro da terra e envoltos numa casquinha preta estaladiça, são um pitéu que pede meças a quantas trufas existam do Caldeirão para riba. Pois serão azedas ou erva-da-praga, as santas-noites. As gentes, que inventam a língua falando, legitimadas na força da sua vida como a Natureza a fez e nenhum poder excede, nomeiam o que as rodeia aludindo às significações que os seus sentidos apuram. E o que fundam fica a ter vigor de lei, mais duradoura e firme que mando de imperador ou norma de academia. Permito-me uma extrapolação: talvez o modo como um certo povo designa um ser, um saber, um mundo, um vento, ou um sentimento, lhe revele a sensibilidade, os traços da sua alma, se é mais poeta ou prosaico, mais libélula ou gafanhoto, mais cigarra ou mais formiga. Se assim é, que viva então, este meu povo poeta, que deu à erva singela um nome assim tão mimoso. Mas o seu nocturno recato, quando se esconde e sossega velada pelo firmamento sob o brilho afectuoso dos luzeiros, é uma dissimulação, em obediência ao Sol. Pelo meio da manhã, quando deste desce a luz zodiacal a ordenar que se destape toda a beleza, elas mostram então de que encanto são compostas. Empinam-se, abrem as campânulas juntinhas umas às outras e desdobram sobre a terra o manto denso da sua impetuosa louçania. E os olhos de quem anda pelos caminhos, ficam parados à ordem de sedução intimativa narrada na descomedida tela impressionista em que se derrama a multidão das suas flores amarelas. E até parece que não ocorre apenas um simples encantamento do olhar. É mais como se delas se evolasse uma vibração indefinida, um qualquer fluído ou onda, um estremecimento incorpóreo que nos submete à sua quieta contemplação. Quando chega o seu tempo competem com as amendoeiras na distribuição de graça pelo nosso chão de inverno, verde e lavado da chuva. Estas salpicam as encostas, como breves nuvens brancas que ali viessem a uma festa por entre as alfarrobeiras, ou distribuem-se em ranchos pelas chapadas e várzeas, incitando-nos a que volvamos à infância e sonhemos com um reino encantado de moças vestidas de noiva e com véus de algodão doce a guardar-nos da frieza. Mas há que reconhecer quem manda, nessa pugna pela beleza. E pese que o branco gentil ou o terno rosa-bebé das flores das amendoeiras nos chamam ao sonho amoroso dum reino de fantasia, o amarelo confiado dos mantos das santas-noites é um verso voluptuoso de monja dilacerada, pagã ao sol do meio-dia e em recolhimento à noite, e que no arroubo profano não tem parceira à altura. Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Carnaval à medida da crise

Vila Real de Santo António vai ter Carnaval, mas sem carros alegóricos. Em Loulé haverá corso, mas a autarquia vai gastar menos 30 por cento do que em 2010. Altura também vai ter desfile, mas sem o apoio financeiro da autarquia > DOMINGOS VIEGAS A situação económica do país está a fazer com que as entidades que financiam os desfiles de Carnaval na região, principalmente autarquias, estejam a reduzir custos e a cortar nos festejos que este ano decorrem entre os dias 5 (sábado) e 8 (terça-feira) de março. Apesar de a crise não pôr em causa os festejos, uma coisa parece certa: este ano, o Algarve vai ter um Carnaval mais pobre. Em Loulé, onde tem lugar o Carnaval mais antigo do país, a redução no investimento rondará os 30 por cento em relação a 2010, revelou ao nosso jornal o vereador Joaquim Guerreiro. Não haverá artistas convidados e “será um Carnaval com ainda mais prata da casa, pois um dos objetivos é também o de devolver o Carnaval aos louletanos e envolver cada vez mais a sociedade civil nos festejos”, explica o autarca. Este ano voltará a haver cortejo nos três dias (domingo, segunda-feira e terça-feira), com 16 carros alegóricos e vários grupos a pé. Joaquim Guerreiro garante que “não será um Carnaval mais pobre”, mas sim “um Carnaval mais racional”.

VRSA vai poupar "mais de 200 mil euros" Em Vila Real de Santo António e em Monte Gordo não haverá corso com carros alegóricos, mas a festa e a animação vão sair à rua nos dias habituais (domingo e terça-feira). Haverá animação de rua, com música de Carnaval, e concursos de máscaras na

Praça Marquês de Pombal e em Monte Gordo. Também se mantêm os bailes de Carnaval com a presença de disco-jóqueis (dj). O vereador José Carlos Barros diz que a não realização do corso “é uma opção clara de poupança, nestas alturas em que há a necessidade de se fazer alguma contenção nos gastos” e frisou que a câmara “optou por não incluir aquilo que é o mais dispendioso no Carnaval”. O autarca recorda ainda que este ano o Carnaval coincide com o Dia da Mulher, facto que, aliado à não existência de carros alegóricos, representa “uma poupança que ultrapassa os 200 mil euros”. Para José Carlos Barros, os festejos deste ano representam “o regresso àquilo que era a festa

de Carnaval, com animação de rua, bailes e concursos de máscaras”.

Colaboração de populares e comerciantes em Altura Outro dos carnavais que se tem destacado nos últimos anos na região é o de Altura, localidade turística do concelho de Castro Marim, onde voltará a haver dois dias de corso (domingo e terça-feira), mas este ano sem o apoio financeiro da autarquia. “Não podemos apoiar financeiramente porque estamos a fazer várias restrições orçamentais e temos que acudir a outro tipo de necessidades que são prioritárias”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim. José Estevens admite que

o Carnaval de Altura “é um evento que vinha ganhando alguma tradição”, por isso lamenta que a câmara não possa apoiá-lo, mas acredita que “a junta de freguesia irá levar a cabo o Carnaval, como é tradição, mesmo que seja numa dimensão um pouco diferente”. Contactada pelo nosso jornal, a presidente da Junta de Freguesia de Altura, entidade que organiza o Carnaval, referiu que “não será um Carnaval muito grande, mas sim o possível com a colaboração dos populares, dos estabelecimentos comerciais e de outras empresas”. Nélia Mateus recordou que a Junta de Freguesia de Altura também não tem condições financeiras para suportar os gastos, por isso “será um Carnaval levado a cabo com a boa vontade das pessoas e aproveitando algumas estruturas do ano passado”, explicou a autarca. Em Tavira, haverá o habitual desfile das crianças das escolas no dia 4, bem como corso nos dias 6 e 8, domingo e terça-feira. À hora do fecho desta edição ainda não estava confirmada a realização dos tradicionais bailes. Apesar da crise e da contenção de gastos, facto que irá provocar alguns cortes nos respetivos orçamentos, Moncarapacho (concelho de Olhão) e Paderne (concelho de Albufeira) também vão ter corso como é habitual. A animação também está garantida em Quarteira e Alte (ambos no concelho de Loulé), S. Brás de Alportel, entre outras localidades da região que, tal como estas, levam a cabo festejos de cariz mais popular.

Concurso de Fado Amador consagra vencedores em VRSA O Centro Cultural António Aleixo encheu no passado sábado, para ouvir as grandes vozes do fado, na final da quinta edição do Concurso de Fado Amador de Vila Real de Santo António, que reuniu os vencedores das três eliminatórias. No primeiro escalão a vencedora foi Aurora Gonçalves (Cabanas de Tavira), seguida de César Matoso (Loulé) e de Rui Encarnação (Tavira). No segundo escalão, a vitória pertenceu a Inês Gonçalves (Moura), seguida de Elsa Jerónimo (Monte Gordo) e de Emanuela Furtado (Tavira). Na sessão final estiveram presentes cerca de 600 pessoas, que ainda puderam assistir à atuação de Luís Manhita, vencedor da edição de 2010. A organização do Concurso de Fado Amador foi da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e contou com a direção musical de Valentim Filipe.


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METADE DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO JÁ ADERIU À CAMPANHA “DIREITO À ALIMENTAÇÃO”

Numa época de crise, com quase 30 mil pessoas no desemprego, metade dos municípios algarvios já aderiu a uma iniciativa que pretende pôr os restaurantes e empresas a ajudarem a matar a fome na região. As câmaras de Silves, Portimão, Faro, Olhão e Albufeira já estão a trabalhar no projeto

Mário Candeias, director do hotel Tivoli Victoria & The Residences at Victoria, e Nuno Aires, presidente do Turismo do Algarve

> NUNO COUTO A região algarvia está a atravessar um dos períodos socioeconómicos mais complicados da sua história, com o aumento drástico dos índices do desemprego e da pobreza nos últimos dois anos. E não são apenas os números e os dados estatísticos que o dizem. São as autarquias, as paróquias, o banco alimentar, as instituições de solidariedade e os vizinhos que já não têm mãos a medir para responder a tantas solicitações e pedidos de ajuda desesperados. Perante esta situação difícil, cerca de metade dos municípios da região aderiu à campanha nacional “Direito à Alimentação”, uma iniciativa promovida pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que conta com o alto patrocínio do presidente da República e o apoio da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). A lista de municípios que aderiram a esta iniciativa só vai ser divulgada nos próximos dias, mas o JA sabe que inclui os concelhos algarvios de Silves, Portimão, Faro e Olhão, bem como outros “três ou quatro” (sem esquecer Albufeira, onde abriu recentemente uma cantina social), revelou ao nosso jornal Susana Leitão, da AHRESP. “Neste momento, ainda estamos a receber inscrições em grande quantidade das câmaras municipais e notase uma grande adesão no Algarve”, referiu a responsável. Segundo os promotores da campanha, o principal objetivo é “fornecer aos cidadãos e famílias carenciadas meios de alimentação que resultam do aproveitamento dos excessos de produção, designadamente de restaurantes e cantinas”.

Como aderir à campanha Todas as instituições e empresas, privadas e públicas, podem participar voluntariamente na campanha “DA - Direito à Alimentação”, aderindo assim à Rede Nacional de Solidariedade, através dos seus contributos, donativos e apoios, que devem culminar numa refeição completa às famílias e aos cidadãos carenciados. A adesão é voluntária e garantida, através do sítio www.direitoalimentacao.org.

Victor Machado

Restaurantes incentivados a dar sobras aos pobres

SEGUNDA EDIÇÃO ENTRE 5 E 12 DE MARÇO

Algarve SPA Week integra programação do Allgarve Iniciativa conta com o apoio do Turismo do Algarve e inclui os principais hotéis de cinco estrelas da região Os restaurantes do Algarve estão a ser incentivados a doar sobras de alimentos

Municípios sinalizam famílias carenciadas No âmbito da adesão a esta ação de solidariedade, a participação dos municípios algarvios passa pela sinalização das famílias e cidadãos carenciados, assim como pela indicação das instituições de solidariedade social existentes no concelho. Depois, as autarquias têm de identificar as instituições que possuem meios próprios de transporte de alimentos e as que possuem refeitórios onde possa ser possível acolher as sobras de refeições. Aos municípios cabe ainda o papel de sensibilizar potenciais parceiros nesta iniciativa solidária, nomeadamente os estabelecimentos de restauração do concelho, e incentivá-los a aderir a esta causa social. “A ideia é criar uma rede de estabelecimentos solidários que possa garantir o fornecimento de refeições a cidadãos e famílias carenciadas”,

acentua a câmara de Silves, apelando à participação dos restaurantes locais. “Tratando-se de uma causa solidária que poderá mudar, em muito, a qualidade de vida de pessoas carenciadas e que permitirá que as mesmas tenham acesso a refeições mais dignas, a autarquia apela à adesão dos estabelecimentos de restauração do concelho a esta campanha”, refere a câmara municipal. Cabe agora aos restaurantes algarvios associarem-se à iniciativa para dar aos mais carenciados as sobras de comida que, de outra forma, acabariam no lixo. Para garantir a qualidade dos alimentos, a AHRESP e a ASAE estão a criar caixas especiais de transporte. Os restaurantes podem depois ligar às autarquias para que estas recolham a comida e a encaminhem para as instituições melhor preparadas para fornecer a refeição aos carenciados.

Estudantes da UAlg querem abrir loja solidária A Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg) lançou, na passada semana, uma campanha de recolha de roupas usadas, pacotes de sumo e de leite. Esta é uma primeira fase do projeto estudantil que inclui a abertura de uma loja solidária dentro do meio académico algarvio. “Esta loja terá como missão ajudar os estudantes carenciados e todos aqueles que procurarem este espaço”, refere a associação em comunicado. “Ciente das dificuldades, cada vez mais visíveis, que muitos estudantes atravessam, a AAUAlg tem estado a desenvolver todos os esforços para apoiar de uma forma solidária os estudantes”, acrescenta. Com esta iniciativa, a associação vem reforçar as atividades do Gabinete Solidário recentemente criado e que pretende promover ações de responsabilidade social e promover a relação com outras instituições da região. A Loja Solidária vai funcionar nos Campus de Gambelas e da Penha e irá vender a preços simbólicos roupas e outros produtos.

A segunda edição do Algarve Spa Week, que decorre de 5 a 12 de março, com a participação dos principais hotéis de cinco estrelas do Algarve passa a integrar a programação do Allgarve 2011. “Faz todo o sentido que este evento que dinamiza a região do Algarve possa beneficiar de todo o poder de comunicação do Allgarve.”, considerou Nuno Aires, presidente do Turismo do Algarve, durante o evento de apresentação, que decorreu em Lisboa. Agora com duas edições anuais, o Algarve Spa Week procura cativar o mercado nacional (incluindo os residentes na região), assim como o mercado espanhol de proximidade e demais mercados estratégicos. O objetivo é permitir aos clientes não só ficarem alojados em qualquer dos hotéis aderentes à iniciativa, como terem uma experiência global e viajar por todos os spas, durante uma semana, aproveitando a oportunidade única de fazer tratamentos com descontos de 50 por cento. Existirão também massagens e tratamentos Algarve Spa Week Signature, de valor acrescentado, desenvolvidos especialmente para esse período. “É uma iniciativa que contribuiu para evidenciar a qualidade dos spas do Algarve junto de um cada vez maior número de pessoas, tendo em conta os preços acessíveis praticados durante esta semana.”, referiu Mário Candeias, director do hotel Tivoli Victoria & The Residences at Victoria e porta-voz da iniciativa. “Certamente que as duas edições anuais vão contribuir para a promoção do destino e para uma consolidação do Algarve no segmento de turismo de saúde e bem-estar, diversificando a oferta de produto para além do sol, mar, meeting industry e golfe”, explica Mário Candeias. Hilton Vilamoura, The Lake Spa Resort, Grande Real Santa Eulália, Real Marina Hotel & Spa, Vila Vita Parc, Hotel Quinta do Lago, Crowne Plaza Vilamoura, Vila Monte Resort, Tivoli Marina Vilamoura e Tivoli Victoria voltam a juntar-se para a segunda edição deste evento, que tem como objectivo a valorização do denominado Turismo de Saúde e Bem-Estar, posicionando o Algarve como destino preferencial de alta qualidade. O Algarve SPA Week permite 50 por cento de redução sobre todos os tratamentos de spa, no período de 5 a 12 de Março. Os hotéis têm ainda pacotes de alojamento a preços especiais, sendo que os hóspedes de um hotel poderão utilizar os serviços de spa dos outros hotéis aderentes. Depois desta, a terceira edição do Algarve Spa Week irá decorrer entre os dias 1 e 8 de outubro.

Histórias de encantar em São Brás Em São Brás de Alportel o “espírito romântico” de fevereiro contagiou a programação da atividade da Biblioteca Municipal e da Quinta Pedagógica do Peral. Depois de um sábado em que os mais pequenos aprenderam a fazer boiões de vidro e dar-lhes nova utilidade, este fim de semana o convite vai para a descoberta das árvores típicas do barrocal algarvio através de um passeio pela natureza. No próximo dia 19 será a vez de aprender a fazer pinhas, uma receita tradicional da região. Os jovens que passarem pela Quinta do Peral na manhã do dia 26 vão aprender a tratar dos animais e na parte da tarde, a partir das 16h00 podem assistir ao conto “A Princesa Serpente”. Na biblioteca municipal as atividades para os mais pequenos vão estar repletas de príncipes e princesas.


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"A Costa dos Murmúrios" passa este domingo no Cine-Teatro Louletano As comemorações do 30.º aniversário da publicação da primeira obra da escritora Lídia Jorge continuam no seu concelho natal, Loulé. No próximo domingo, o filme “A Costa dos Murmúrios”, realizado por Margarida Cardoso com base no romance homónimo da autoria da escritora homenageada vai ser exibido no Cine-Teatro Louletano, pelas 16h00. Esta película recebeu uma menção especial no festival Mannheim-Heidelberg International Filmfestival, em 2004, e foi considerado “melhor filme” nos Caminhos do Cinema Português, em 2005. No mesmo ano, a atriz Beatriz Batarda recebeu o Globo de Ouro para melhor atriz. Durante os Globos de Ouro foi ainda nomeado para as categorias de melhor filmes, melhor ator e melhor atriz secundária.

CÂMARA DE OLHÃO APRESENTA NOVO CONCEITO DE PROGRAMAÇÃO CULTURAL

Olhanenses convocados para a cultura O vice-presidente da autarquia olhanense, António Pina, admite que as dificuldades aguçam o engenho e está convicto de que a crise pode ser um ponto de partida interessante para repensar a forma como se faz e promove a cultura no concelho > SOFIA CAVACO SILVA A Câmara Municipal de Olhão decidiu aplicar uma nova filosofia na sua política de programação cultural. O novo conceito foi explicado em conferência de imprensa, na passada sexta-feira, pelo vice-presidente da autarquia, António Pina. “No futuro vamos querer levar as pes-soas a fazerem cultura e mostrar e promover o que se faz em Olhão e no Algarve”, afirmou. Apesar de sublinhar que a programação de espaços como é o caso do auditório municipal vai continuar a contar com grandes espetáculos nacionais e internacionais, diz que é tempo de dar espaço ao que de melhor se faz no concelho e na região e apostar na criação de novos públicos. É neste sentido que em diversos espaços como por exemplo a Casa da Juventude de Olhão e a Biblioteca Municipal os convites lançados à população vão contar com au-

Banco do Tempo passa pela Biblioteca de Loulé

las e workshops variados. desde a dança à música, do teatro ao artesanato, entre outros. António Pina admite que quem participa em atividades de dança poderá no futuro estar mais propenso a assistir a espetáculos de dança, que quem aprende a cantar ou a tocar um instrumento terá uma apetência maior para assistir a concertos e espetáculos de música, assim como quem gosta de pintar ou de esculpir estará mais sequioso para apreciar o trabalho de outros artistas. “O paradigma é este: as pessoas estão dispostas a pagar aquilo que gostam e conhecem, mas também nos cabe a responsabilidade de formar públicos”, explicou, lembrando que nem sempre são os artistas de renome que enchem as salas de espetáculos olhanenses. “Nem sempre enchem as salas, especialmente quando durante muitos anos não tivemos nem espaços nem hábitos culturais. É preciso repensar se é por aí”, comentou. No caso do auditório, o programa completo será apresentado no dia 19 de março, na semana em que o auditório completa dois anos de atividade. Mas os responsáveis adiantam que a aposta vai ser na qualidade. Do jazz à ópera, do fado ao pop, o calendário de eventos será diversificado. Os programadores adiantaram o nome de alguns artistas que vão pisar o palco do auditório durante este ano, nomeadamente: Ricardo Ribeiro, Pedro Viola e Susana Travassos. Mas os espetáculos não

vão realizar-se apenas em palcos convencionais. A 30 de junho, a Orquestra do Algarve irá dar um concerto ao ar livre na cidade de Olhão. Questionado sobre os valores que a autarquia reservou para a programação cultural de 2011, António Pina não adiantou números absolutos, mas admitiu que no caso do auditório a verba para este ano deverá ser metade da que foi investida em 2009, que rondou os 150 mil euros. Acima de tudo, diz que este ano a cultura em Olhão se fará com o empenho de todos e com muito “amor à camisola à mistura”.

Conceito espelhado na programação de 2011 O novo conceito de política cultural em que a autarquia de Olhão está a apostar durante este ano já é percetível na programação em curso. No caso da biblioteca municipal, a promoção da leitura continua a ser o mote das atividades programadas. A organização quer contar com a visita de um autor à biblioteca todos os meses e vai ser lançado um concurso concelhio de leitura ao mesmo tempo que as atividades de leitura entre os seniores e os mais pequenos continuam a ter um espaço privilegiado. Na Casa da Juventude de Olhão vai continuar a ser dinamizado o espaço das bandas de garagem, o grupo de teatro e cursos de bijutaria, teatro, fotografia, dança entre outros. Atividades que cativam a juventude a empenhar-se em

áreas culturais de forma descontraída, mas os programadores acreditam que vão traduzir-se na criação de novos públicos no concelho. “É este o investimento. Vai levar tempo, mas é aqui que queremos investir. Queremos chamar a população a fazer cultura”, afirmou António Pina, que admite que no futuro esta aposta poderá fazer emergir novos escritores, novos pintores, novos músicos ou novos bailarinos. Um dos projetos culturais que vai arrecadar um investimento financeiro de maior volume é o projeto de requalificação e valorização do patrimó-

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O Projeto Banco do Tempo vai ser apresentado na Biblioteca Municipal de Loulé no próximo sábado, dia 19, a partir das 15h00. Trata-se de uma sessão onde será dado a conhecer o trabalho realizado por esta associação de âmbito nacional que conta com uma agência em Quarteira. “Dar a conhecer o Banco do Tempo, enquanto movimento internacional que procura construir uma cultura de solidariedade e promover o sentido de comunidade, o encontro de pessoas que convivem nos mesmos espaços, a colaboração entre gerações e a construção de relações sociais mais humanas, bem como promover os princípios do voluntariado, sendo que este ano se assinala o Ano Europeu do Voluntariado” são os principais objetivos desta sessão que contará com a presença das coordenadoras da Associação GRAAL e das Agências do Banco do Tempo de Quarteira e de Évora. Em cada agência estão disponíveis diversos serviços como por exemplo: acompanhamento a crianças, desenvolvimento de atividades recreativas, bricolage, ajuda doméstica, cozinha e trabalhos artesanais, secretariado, jardinagem, companhia e aulas. O Banco do Tempo de Quarteira é uma das 31 agências que estão em funcionamento a nível nacional. Entre 2003 e 2009 contabilizaram-se 3015 horas de troca de serviço. Atualmente, a agência de Quarteira conta com 73 pessoas que participam ativamente. Mais informações sobre este projeto podem ser consultadas no endereço eletrónico www.bancodetempo.net

António Pina admite que a nova programação vai ter um orçamento menor face a outros anos, mas que será mais interessante porque é feita com muito "amor à camisola"

nio cultural olhanense, que vai obrigar a colocar em sintonia o património edificado da cidade cubista com o seu património imaterial histórico, ou seja, com as lendas da terra das mouras encantadas. Recuperar o misticismo olhanense e utilizá-lo para dinamizar o concelho nas mais diversas áreas é um dos objetivos desta iniciativa. Ainda a este nível, a autarquia criou em parceria com a Associação ALFA o concurso internacional de fotografia digital. Nos planos da autarquia está ainda a criação de um roteiro arqueológico que irá divulgar o património arqueológico do concelho que persiste desconhecido por muitos. Ainda ao nível da promoção da identidade olhanense, a autarquia vai contar com a preciosa ajuda do historiador e investigador algarvio, Rosa Mendes, que vai elaborar um manual sobre a história do concelho, dos seus heróis e do seu povo. Este manual irá ser apresentado aos alunos do 9.º ano das escolas do concelho durante duas ou três aulas em cada ano letivo. “Porque ser olhanense, é ser diferente”, justificou António Pina. Ainda no patamar histórico, a programação inclui ainda a abertura de uma exposição sobre a indústria conserveira que irá assinalar os 130 anos da abertura da primeira fábrica de conservas de Olhão.


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CICLISMO:

Volta ao Algarve já está na estrada com Contador Espanhol foi absolvido do caso de doping pela federação do seu país e está na Volta que ganhou nos dois últimos anos A 37.ª edição da Volta ao Algarve começou ontem e com a presença do vencedor das duas últimas edições, o espanhol Alberto Contador, que acabou por ser absolvido do caso de doping que o impedia de competir desde o passado mês de setembro. A presença do ciclista, de 28 anos, começou a ganhar forma na terça-feira depois de a imprensa espanhola ter noticiado que a Real Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC) não iria castigar o vencedor do Tour, após inicialmente ter proposto um ano de suspensão. A reviravolta no processo surgiu a seguir à análise detalhada sobre os últimos pareceres apresentados pela defesa. A Volta ao Algarve começou

ontem, já depois do fecho desta edição, com uma primeira etapa entre o Estádio Algarve e Albufeira. Hoje disputa-se a segunda tirada (186,5 km), entre Lagoa (11h00) e Lagos (15h26). A terceira etapa (179,2 km) realiza-se amanhã, sexta-feira, entre Tavira (11h00) e o Alto do Malhão (14h59). No sábado, a quarta etapa (167,3 km) começa em Albufeira (11h00) e acaba em Tavira (14h59). A Volta ao Algarve termina no domingo com o contra-relógio (17,2 km) Lagoa/ /Portimão, com a partida do primeiro ciclista agendada para as 12h00. A edição deste ano conta com a presença de algumas das maiores estrelas do ciclismo mundial, integradas nas 12 equipas Pro-Tour

presentes. O pelotão inclui ainda quatro equipas continentais profissionais, bem como as quatro equipas profissionais portuguesas, entre as quais a algarvia Tavira-Prio, composta por os ciclistas Ricardo Mestre, Samuel Caldeira, Luís Silva, André Cardoso, Tomas Metcalfe, David Livramento, Henrique Casimiro, e Daniel Mestre.

Tavira-Prio vence por equipas na Prova de Abertura A equipa profissional algarvia Tavira-Prio venceu a classificação coletiva do 1.º Prémio Cidade de Loulé, também denominado Prémio de Abertura da época velocipédica nacional, disputado no último domingo. Indivi-

dualmente, a vitória foi para Sérgio Sousa (Barbot-Efapel). Nos 145,3 quilómetros que compreendiam o percurso, e ainda em relação aos ciclistas de Tavira, Tomas Metcalfe foi o melhor nas metas-volantes, pontuando nos dois prémios. Ricardo Mestre cortou em segundo lugar a meta, seguido por João Pereira. Na geral, Mestre conseguiu o terceiro posto, a quatro segundos do vencedor, e João Pereira ocupou o quarto lugar. Samuel Caldeira viu-se envolvido numa queda na preparação para o sprint final. Nos sub-23, a vitória individual foi para Bruno Saraiva (Louletano) e a Liberty venceu coletivamente.

Alberto Contador é uma das estrelas da prova

ATLETISMO: PARAOLÍMPICOS

Nélson Gonçalves quinto no Mundial da Nova Zelândia Nélson Gonçalves conseguiu o quinto lugar na prova do lançamento do dardo para atletas invisuais (classe F11), no Campeonato do Mundo IPC 2011, destinado a atletas com deficiência, que decorreu na Nova Zelândia. Na sua estreia em Mun-

diais IPC, o atleta algarvio obteve o registo de 33,20 metros naquela competição, tendo ainda alcançado a oitava posição no lançamento do disco (29,43 metros) e a nona no lançamento do peso (8,86 metros). Esta última foi a única prova, das três em que par-

ticipou, onde Nélson Gonçalves não conseguiu atingir a final. A comitiva portuguesa, composta por 18 atletas, trouxe para o nosso país cinco medalhas (uma de ouro, três de prata e uma de bronze), conquistadas por Luís Gonçal-

ves (ouro nos 400 metros e prata nos 200 metros da classe T12 – atletas com baixa visão), Lenine Cunha (prata no salto em comprimento da classe T20 – atletas com deficiência intelectual) e Inês Fernandes (prata no lançamento do peso da classe T20). A ter-

ceira medalha de prata foi conquistada pela equipa nacional que participou na estafeta 4×100 metros (Classes T11-T13, atletas com deficiência visual) e que foi constituída por José Alves, Firmino Baptista, Luís Gonçalves e Gabriel Potra.

MOTOCICLISMO

Kartódromo do Algarve vai receber o Mundial de Supermoto O Kartódromo Internacional do Algarve (KIA), integrado no Autódromo Internacional do Algarve, vai acolher a penúltima prova do Mundial de Supermoto, agendada para os dias 24 e 25 de setembro. Será a primeira vez que uma prova do Mundial de Supermoto passa por Portugal. Esta competição tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos em todo o mundo e a Parkalgar decidiu avançar com a organização deste evento no KIA, pois conside-

ra de primordial importância ter no Algarve um evento desta natureza.

“As provas de Supermoto são sempre extremamente disputadas e interessantes.

É um evento que nunca esteve no nosso país mas que arrasta multidões um pouco por todo o mundo. Trazer esta prova para Portugal sempre foi do nosso interesse, mas o mesmo só se viabilizou graças ao apoio da Federação de Motociclismo de Portugal pelas mãos do Dr. Jorge Viegas”, explicou Paulo Pinheiro, administrador da Parkalgar. A jornada portuguesa será a quinta e penúltima ronda do campeonato do Mundo.

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Olhanense continua invicto em casa

Equipa de Daúto Faquirá recupera uma desvantagem de dois golos e coloca-se a apenas dois pontos da Liga Europa

Local: Estádio José Arcanjo (Olhão). Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria). Olhanense: Ricardo Batísta; João Gonçalves, Maurício, Mexer e Carlos Fernandes; Fernando Alexandre e Nuno Piloto; Jorge Gonçalves, Rui Duarte (Lulinha, 65’) e Ismaily (Cadu, 84’); Djalmir (Adilson, 90'). Treinador: Daúto Faquirá. Sporting: Rui Patrício; João Pereira, Daniel Carriço, Torsiglieri e Evaldo; Pedro Mendes, André Santos (Carlos Saleiro, 78’) e Maniche; Vukcevic (Matias Fernandez, 46’), Hélder Postiga e Valdés (Cristiano, 39’).

Treinador: Paulo Sérgio. Ao intervalo: 0-1. Golos: Hélder Postiga (27’ e 62’), Ismaily (64') e Daniel Carriço (66’, na p.b.). Disciplina: Cartão amarelo a Mexer (22’), Carlos Fernandes (30’), Evaldo (34’), Hélder Postiga (55’), Rui Patrício (59’), Nuno Piloto (70’), Daniel Carriço (74’), João Gonçalves (83’) e Carlos Saleiro (84’). Cartão vermelho a Adilson (90+3’). Paulo Sérgio, treinador do Sporting, recebeu ordem de expulsão (80’). O Olhanense continua sem perder em casa e, após o empate com o Sporting, mantém o sétimo lugar, mas

agora a apenas dois pontos dos lugares que dão acesso à Liga Europa, pois das equipas que se encontram à sua frente, apenas FC Porto, Benfica e U.Leiria conseguiram ganhar. Hélder Postiga colocou o Sporting em vantagem perto da meia hora de jogo. O Olhanense reagiu bem e até poderia ter chegado ao golo ainda antes do intervalo, mas Djalmir e Ismaily não tiveram a sorte do seu lado. A formação algarvia continuou a exercer algum domínio no início da segunda parte, mas seria o Sporting a ampliar a vantagem, novamente por Hélder Postiga, num lance de contra-ataque.

SPORTING 2 Pouco depois o Sporting voltou a estar perto do golo, porém seria o Olhanense a conseguir chegar ao empate, com dois golos marcados no espaço de dois minutos. O primeiro por intermédio de Ismaily, após assistência de Nuno Piloto, e logo a seguir num auto-golo de André Carriço, após cruzamento de Jorge Gonçalves. Nos últimos dez minutos assistiu-se a um Sporting a procurar o golo desesperadamente (Hélder Postiga e Maniche ainda chegaram a ter o golo nos pés), mas o desacerto dos seus avançados e a boa atitude do setor defensivo do Olhanense não permitiram que

Luís Forra/Lusa

OLHANENSE 2

Os jogadores do Olhanense têm razões para celebrar

o resultado sofresse alteração. Neste período, Paulo Sérgio (treinador do Spor-ting) foi expulso por palavras dirigidas ao árbitro e o avançado Adilson,

do Olhanense, seguiu-lhe as pisadas já no tempo extra devido a uma entrada à margem das leis sobre o central Torsiglieri.

Algarvios sem ideias eclipsaram-se... RIO AVE 2 Local: Estádio do Rio Ave (Vila do Conde). Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal). Rio Ave: Paulo Santos; José Gomes, Gaspar, Éder, Tiago Pinto, Braga (Vítor Gomes, 70'), Wires, Tarantini, Bruno Gama (Sidnei, 90+2'), João

PORTIMONENSE 0

Tomás e Yazalde (Saulo, 77'). Treinador: Carlos Brito. Portimonense: Ventura; Ricardo Pessoa, André Pinto, Rúben Fernandes, R. Nascimento, André V. Boas (Soares, 33'), Pedro Silva (Patrick, 64'), Ivanildo, Pires, Candeias e George Mourad (Pedro Morei-

ra, 60'). Treinador: Carlos Azenha. Ao intervalo: 0-0. Golos: João Tomás (54') e Yazalde (60'). Disciplina: Cartão amarelo a Wires (29), André Pinto (47), Pedro Moreira (70), Patrick (87), Tarantini (89) Num jogo onde o Portimonense tinha muita coisa a ganhar, perante um adversário que tinha feito um campeonato com alguma irregularidade, a verdade é que os algarvios, com a saída de Vilas-Boas devido a lesão, ficaram muitos fragilizados e foram uma equipa sem ideias. Se é um facto que no primeiro tempo os jogadores do Portimonense ainda deixaram algumas indicações de que era possível pontuar em Vila do Conde, no segundo tempo desapareceram completamente do jogo, situação mais notória quando João Tomás coloca a sua equipa na frente do marcador. Em Portimão, poderá não parecer, mas mora a descrença e é urgente mudar qualquer coisa…

Azenha continua No início desta semana, alguns órgãos de comunicação social chegaram a noticiar a saída de Carlos Azenha do comando técnico do Portimonense, porém, na tarde de terça-

Fernando Rocha (esq.) reiterou a confiança em Carlos Azenha

feira, Fernando Rocha, presidente do clube algarvio, garantiu que o treinador “vai continuar, pelo menos, até ao final da presente época”. Fernando Rocha esclareceu que o técnico colocou o

seu lugar à disposição da Direção após o jogo de Vila do Conde, mas que tanto os dirigentes como os jogadores do Portimonense consideraram que “Carlos Azenha faz parte da solução e não do

problema”. O dirigente afirmou que a Direcção do Portimonense “tomou a decisão correcta” e que “não se trata de um voto de confiança”, mas sim de “uma decisão irreversível”.

Portimonense recebe Olhanense em Portimão O Portimonense vai receber o Olhanense no próximo sábado no seu estádio, no jogo que marcará o regresso da equipa de Portimão a casa, depois de ter efetuado todos os jogos desta época, como visitado, no Estádio Algarve. As obras de remodelação do Estádio Municipal de Portimão estão finalmente concluídas e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional já deu luz verde para a realização de jogos naquele recinto, após a vistoria que decorreu no início desta semana. O jogo, a contar para a 20.ª jornada da I Liga, está marcado para as 19h15 e, ao contrário do que seria normal para este encontro, não haverá Dia do Clube e os sócios poderão assistir gratuitamente.


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2.ª DIVISÃO 2.ª DIVISÃO 2.ª DIVISÃO 2.ª DIVISÃO

3.ª DIVISÃO 3.ª DIVISÃO

Louletano merecia vencer… PINHALNOVENSE 1 Local: Campo Santos Jorge (Pinhal Novo). Árbitro: Fábio Veríssimo (Leiria). Pinhalnovense: Pedro Alves I; Luís Sousa (Jorge Peixoto, 53'), Fábio Martins, Tomás, Diogo Figueiras, Semedo, Mustafá, João Peixoto (Pedro Alves II, 70'), André Martins (Miguel Soares, 82'), Quinaz e Hélder Monteiro. Treinador: Paulo Fonseca.

Louletano: Kula; Eugénio, Dante, Cordeiro, (Kofi Kazana, 58'), Rafael, Fábio Teixeira, Alberto, João Reis (Fábio Marques, 58'), Ben, Ricardo e Carvalho. Treinador: Paulo Renato. Ao intervalo: 1-0. Golos: João Peixoto (22') e Ben (76'). Disciplina: Cartão amarelo a Ben (13'), Ricardo (38'), Eugénio (46'),

LOULETANO 1 Cordeiro (53'), Jorge Peixoto (57') e Quinaz (62'). Fazendo o jogo pelo jogo, sobretudo no primeiro tempo, e “deixando” mesmo que o Pinhalnovense ficasse na frente do marcador, o Louletano, com um segundo tempo muito forte, fez tudo para vencer o jogo, já que foi a equipa mais dominadora em toda a etapa complementar.

Empate estaria mais certo

A equipa de Lagos somou a quarta vitória consecutiva

FARENSE 0 Local: Estádio S. Luís (Faro). Árbitro: Tiago Martins (Lisboa). Farense: Serrão; Caniggia, Mamadou, Tiago Sousa, Joshua, Luís Afonso (André Calado, 79'), Bilro, David Justo, Barão (Bruno Martins, 82'), Bruno Carvalho e Adérito (Zambujo, 69'). Treinador: João de Deus. Juventude de Évora: Nuno Laurentino; Gambóias, Divaldo, João Fonse-

ca, Nélson Silva, Cau, Cissé, Carlos Mota (Luís Barreiros, 79'), Sebastien (Vítor Martelo, 87'), Nuno Gaio, David Nunez (Tigas, 90'). Treinador: Miguel Ângelo. Ao intervalo: 0-0. Golo: David Nunez (86') Disciplina: Cartão amarelo a Luís Afonso (38'), David Nunez (59'), Mamadou (76'), Gambóias (78'), Bruno Martins (88') e David Justo

JUV. ÉVORA 1

Esperança de Lagos já é segundo na 3.ª Divisão

(90+2'). Partida muito equilibrada em que uma “janela aberta” a quatro minutos do fim deu a vitória aos alentejanos. Aliás, um triunfo nada merecido, não apenas pelo equilíbrio que se verificou durante toda a partida mas também pela raridade das ocasiões de golo. O Farense não foi feliz…

Com a manutenção praticamente garantida, é hora de começar a somar pontos com vista à segunda fase A quatro jornadas do final da primeira fase da 3.ª Divisão, o Esperança e Lagos subiu à segunda posição da Série F e reforçou ainda mais a sua posição como pretendente a disputar a fase de subida. No último domingo, em Moura, diante de um adversário direto e uma das mais fortes equipas da Série F, um golo de Nélson, aos 35 minutos da primeira parte e na conversão de um livre direto, foi mais do que suficiente para que a formação lacobrigense regressasse ao Algarve com os três pontos. O Esperança de Lagos dominou desde o início, mas a defesa da equipa da casa foi sempre adiando aquilo que se revelaria inevitável. Na etapa complementar, os comandados por Paulo Nunes voltaram a causar perigo por várias ocasiões junto da baliza adversária, mas o resultado já não sofreria alteração. A formação de Lagos tem a manutenção praticamente garantida e prepara-se agora para amealhar o maior número possível de pontos para a segunda fase, de forma a conseguir a subida à 2.ª Divisão. Para já, somou a quarta vitória consecutiva e, fora de casa, é a equipa com mais triunfos, menos derrotas, mais pontos e mais golos marcados. Apesar de faltarem quatro jornadas para o final desta fase, o Esperança de Lagos só disputará mais três jogos, pois folga na última ronda. No próximo fim de semana recebe o U.Montemor, depois vai a Sesimbra e concluiu esta fase em casa com o GD Pescadores, da Costa da Caparica.

Lagoa quase perdia num mar de chuva… LAGOA 0 Local: Estádio Capitão Josino da Costa (Lagoa). Árbitro: Pedro Ribeiro (Lisboa). Lagoa: Ernesto; Janita, Ivo, Codó, João Vítor, Márcio Candeias, David Rosa, Atabu (Júlio, 67'), Pituca, Pessoa (Dieng, ao intervalo) e Boiças. Treinador: Luís Coelho. Madalena: Igor, Rui Alber to, Gilson, Samiro, Rui Rainho (João

Baptista, 83'), Beto (Fábio Oliveira, 55'), Lapinha, João Paulo, Pedro Pereira (João Frazão, 73'), Luís Tavares e Demba. Treinador: Vítor Moia. Disciplina: Cartão amarelo a David Rosa (11'), Beto (21'), Codó (61') e João Baptista (90+2').

MADALENA 0 número um de ambas as equipas, pese o maior domínio, sobretudo no segundo tempo, por par te do Madalena, equipa orientada pelo algarvio Vítor Moia, que desperdiçou, obviamente num jogo mais aberto, algumas ocasiões para marcar. Contudo, o empenho e a atenção dos algarvios, fizeram jus ao empate.

A chuva acabou por ser o inimigo

NACIONAIS SÉNIORES I LIGA

INICIADOS

2.ª DIVISÃO - ZONA SUL

Resultados da 19.ª Jornada Nacional 0 U.Leiria OLHANENSE 2 Sporting P. Ferreira 1 Marítimo Naval 3 Académica RioAve 2 PORTIMON. Benfica 3 V.Guimarães Sp. Braga 0 FC Porto Beira-Mar 0 V.Setúbal

1 2 0 1 0 0 2 0

Resultados da 19.ª Jornada Praiense 3 Casa Pia Atlético 2 Mafra Carregado 3 Reguengos Pinhalnov. 1 LOULETANO LAGOA 0 Madalena Operário 1 Real FARENSE 0 Juv.Evora Torreense 2 Oriental

1 1 2 1 0 1 1 1

CLASSIFICAÇÃO J FC Porto 19 Benfica 19 Sporting 19 V.Guimarães 19 U.Leiria 19 Sp. Braga 19 OLHANENSE 19 P. Ferreira 19 Nacional 19 Beira-Mar 19 Académica 19 Marítimo 19 V.Setúbal 19 RioAve 19 Naval 19 PORTIMONENSE

P 53 45 33 29 28 27 26 26 26 25 20 19 18 17 13 36

CLASSIFICAÇÃO J Atlético 19 Torreense 19 Mafra 19 Madalena 19 Operário 19 Juv.Evora 19 Reguengos 19 Pinhalnov. 19 LOULETANO 19 Carregado 19 Oriental 19 Casa Pia 19 FARENSE 19 Real 19 LAGOA 19 Praiense 19

P 45 37 36 33 31 29 28 27 26 25 25 16 16 14 13 11

V E 17 2 15 0 9 6 8 5 8 4 8 3 6 8 6 8 7 5 5 10 5 5 4 7 4 6 4 5 3 4 19 2 10

D M S 0 43 7 4 40 16 4 32 22 6 24 24 7 19 23 8 33 26 5 18 17 5 18 21 7 17 20 4 23 22 9 25 34 8 19 22 9 16 28 10 19 26 12 17 36 4 13 17

Próxima 20.ª FC Porto-Nacional; Académica-RioAve; U.Leiria-V.Guimarães; Sp. Braga-P. Ferreira; V.Setúbal -Naval;Marítimo-Beira-Mar; PORTIMON.-OLHANENSE; Sporting-Benfica

V 13 11 10 10 8 7 9 7 6 7 6 4 2 3 3 2

E 6 4 6 3 7 8 1 6 8 4 7 4 10 5 4 5

D M S 0 32 12 4 23 13 3 35 26 6 22 15 4 29 25 4 17 13 9 26 26 6 22 22 5 22 20 8 27 29 6 25 24 11 22 33 7 15 23 11 14 23 12 11 20 12 14 32

Próxima 20.ª Mafra-Casa Pia; Reguengos-Atlético; LOULETANO-Carregado; Madalena-Pinhalnov.; Real -LAGOA; Juv.Evora-Operário; Oriental-FARENSE; Torreense-Praiense

3.ª DIVISÃO - SÉRIE F Resultados da 18.ª Jornada Odemirense 1 MESSINENSE Moura 0 ESP. LAGOS U. Montemor 5 C. Piedade Sesimbra 1 F.Barreiro P. Caparica 1 Vendas Novas Folgou Aljustrelense

CLASSIFICAÇÃO J Vendas Novas 17 ESP. LAGOS 17 Sesimbra 16 F.Barreiro 17 Aljustrelense 16 Moura 16 Odemirense 16 U. Montemor 16 MESSINENSE 16 P. Caparica 16 C. Piedade 17

Messinense ainda na zona baixa da tabela

Série F 1 1 1 0 4

Resultados da 22.ª jornada Lusit.Évora 8 Odemirense Ferroviário 2 Moura Despertar 1 V.Setúbal LOULETANO 2 LUSIT. VRSA OLHANENSE 0 IMORTAL ESP. LAGOS 6 Sp.Cuba

0 0 3 0 2 2

CLASSIFICAÇÃO V 10 8 8 7 6 6 5 5 5 4 1

E 3 4 3 5 7 6 5 5 3 5 4

D 4 5 5 5 3 4 6 6 8 7 12

M S 38 20 32 24 26 13 18 15 24 17 28 23 25 24 23 23 14 20 18 26 10 51

P 33 28 27 26 25 24 20 20 18 17 7

Próxima 19.ª Aljustrelense-Odemirense; MESSINENSEMoura;ESP. LAGOS-U. Montemor; C. Piedade-Sesimbra; F.Barreiro-P. Caparica; Folga Vendas Novas

V.Setúbal IMORTAL LOULETANO LUSITANO VRSA OLHANENSE Lusit.Évora Ferroviário Despertar ESP. LAGOS Sp.Cuba Odemirense Moura

J V E D M S P

22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22

18 15 14 13 12 9 9 9 8 3 1 0

2 2 4 5 6 6 4 3 2 3 4 1

2 5 4 4 4 7 9 10 12 16 17 21

86 55 56 47 53 45 28 37 42 17 10 7

2.ª fase: V. Setúbal e IMORTAL Despromovidos: Sporting de Cuba, Odemirense e Moura

17 26 20 20 19 27 27 33 43 80 79 92

56 47 46 44 42 33 31 30 26 12 7 1

O Messinense empatou (1-1) na deslocação ao terreno do Odemirense e está agora a seis pontos do sexto lugar, o último que garante a manutenção automática nesta primeira fase. Recorde-se que todas as equipas que se classificarem abaixo do sexto lugar irão disputar a fase de manutenção. A equipa de São Bartolomeu de Messines têm ainda quatro jogos para disputar nesta fase regular, o primeiro dos quais já no próximo domingo, em casa, como o Moura. Depois vai ao Alentejo para defrontar o U.Montemor, recebe o Sesimbra e termina esta fase na Costa da Caparica com o GD Pescadores, uma semana depois de esta equipa defrontar o Esperança de Lagos.

Retificação: Homenagem ao jornalista Marcelino Viegas Por lapso, na última edição do nosso jornal, noticiámos que a homenagem ao jornalista Marcelino Viegas se realizaria no dia 12 de fevereiro, quando na verdade vai ter lugar a 12 de março. O palco será o Salão de Festas Guerreiro, em S. Brás de Alportel (Sítio do Bengado), a partir da 20h00. Os interessados em participar nesta festa de homenagem devem endereçar a inscrição, até ao dia 9 de março, para Neto Gomes (e-mail: otensemog@sapo.pt, telefone 912205648).


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ESPORTO

17 I fevereiro I 2011

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JORNAL do ALGARVE

I DISTRITAL I DISTRITAL I DISTRITAL I DISTRITAL I DISTRITAL

Candidato dá espetáculo

FUTEBOL DISTRITAL I DIVISÃO

II DIVISÃO

Resultados da 19ª Jornada Almancilense 0 Quarteira Guia 0 Lusitano VRSA Moncarapachense 0 Odiáxere Campinense 1 Culatrense Imortal 0 Aljezurense Quarteirense 0 Ferreiras Faro e Benfica 0 Silves Castromarinense 0 Armacenenses

1 2 2 0 2 0 0 2

CLASSIFICAÇÃO J Quarteirense 19 Lusitano VRSA 19 Silves 19 Ferreiras 19 Odiá¡xere 19 Campinense 19 Quarteira 19 Armacenenses 19 Culatrense 19 Guia 19 Castromarinen. 19 Almancilense 19 Faro e Benfica 19 Imortal 19 Aljezurense 19 Moncarapach. 19

P 51 46 39 39 36 34 31 22 20 18 17 16 15 14 13 10

V 16 15 12 12 11 9 8 5 5 4 5 3 3 4 3 2

E 3 1 3 3 3 7 7 7 5 6 2 7 6 2 4 4

D 0 3 4 4 5 3 4 7 9 9 12 9 10 13 12 13

M S 33 6 52 15 49 16 31 14 41 20 27 14 24 20 23 20 14 27 25 38 15 32 16 31 19 35 17 45 15 41 15 42

Próxima 20ª Lusitano VRSA-Almancilense; Guia-Castromarinense;Quarteira-Moncarapachense;Odiáxere-Campinense; Ferreiras-Imortal;Silves-Quarteirense; Culatrense-Faro e Benfica; Aljezurense-Armacenenses

Resultados da 16.ª Jornada Padernense 1 Estombarenses Sambrazense 1 11 Esperanças Bensafrim 2 Machados Serrano 1 Quarteirense B Monchiquense 0 Gin.Tavira Alvorense 2 Santaluziense

1 0 2 0 3 2

CLASSIFICAÇÃO J Sambrazense 16 Alvorense 16 Santaluziense 16 Estombarenses 16 Machados 16 Gin.Tavira 16 Serrano 16 Padernense 16 Bensafrim 16 Quarteirense B 16 11 Esperanças 16 Monchiquense 16

P 34 32 27 27 27 25 25 18 15 14 14 13

V 11 10 8 8 8 8 7 4 3 4 4 4

E 1 2 3 3 3 1 4 6 6 2 2 1

D M S 4 33 19 4 31 19 5 30 22 5 25 20 5 22 15 7 20 16 5 19 19 6 24 25 7 24 30 10 21 36 10 17 29 11 21 37

Próxima 17.ª 11 Esperanças-Padernense; Gin.Tavira-Sambrazense; Santaluziense-Bensafrim; Machados-Serrano; Quarteirense B-Monchiquense; Estombarenses-Alvorense

GUIA 0 Local: Complexo Desportivo Arsénio Catuna (Guia). Árbitro: Ricardo Martins. Guia: Luís Costa; Marquinho, André Gomes, Mácio (Luís Gonçalves, 39'), Ramón (Alexandre, 54'), Nuno Costa, João Ruaça, Edgar, Jeremy, Chico e Pedro Rodrigues. Treinador: Rui Clemente. Lusitano VRSA: Edgar; Afonso Leal, Nuno Silva, Carlos Neves, Luís Firmino, António, Marco Nuno, Júlio Madeira (Paim, 69), Afonseca, Edgar Rosa (Marco Cavaco, 86') e Bruno Conduto (Daniel Gomes, 69'). Treinador: Ivo Soares. Ao intervalo: 0-2. Golos: Edgar Rosa (11' e 42'). Disciplina: Cartão amarelo a João Ruaça (27') e Nuno Costa (78').

Muito futebol, mas sem golos QUARTEIRENSE 0 Local: Estádio Municipal de Quarteira. Arbitro: Luís Costa. Quarteirense: Pereira; Van Damme (Alemão, 38'), Idalédio, Trindade e Filhó; Vila, Jaime e Carôlo; Marquitos (Mindo, 66'), Anderson e Rodrigo. Treinador: Marito. Ferreiras: Nélio; Diogo, Pedro Colaço, Ricardo Pereira, Calú, Jorge, Lança, Peixinho, Pias (Luís Ferreira, 85'), Bonifácio e Casimiro (Nuno Mendes, 66'). Disciplina: Cartão amarelo a Van Damme (54'), Jaime (55'), Anderson (63') e Alemão (82'); Pedro Colaço (22'), Ricardo Pereira (61' e 89'), Pias (70') e Diogo Afonso (83'). Cartão vermelho a Ricardo Pereira (89').

FERREIRAS 0

Excelente partida de futebol, com um resultado justo mas onde faltaram golos. Eficácia na defesa mas pouca audácia e agressividade na ofensiva proporcionaram na primeira metade alguns momentos de futebol, com o equilíbrio a predominar. Na etapa complementar as duas formações surgiram mais velozes e agressivas no ataque, a pressionar pelos flancos e a ganhar espaços na zona frontal das balizas, valendo a organização e o rigor defensivo, bem como a excelente prestação dos dois guarda-redes, especialmente Nélio (o melhor em campo), que evitaram o pior em momentos cruciais da partida. Bernardino Martins

Vitória merecida MONCARAPACHENSE 0 Local: Campo da Torrinha (Moncarapacho). Árbitro: Ricardo Neves. Moncarapachense: Inácio Montes; Valter Guerra (Carlos Reis, 60'), Amador, André Correia e Diogo Romero; André Marques, Vítor Russo, Ruben Relvas(Marco Sousa, 72') e Luís Mendes; Luís Cavaco e Celso Borges (Carlos Marçalo, 72'). Treinador: Miguel Serôdio. Odiáxere: Hugo Prudêncio; Bablina, Roberto, Noel e Janita (Rodrigues, 88'); Hagi, Madeira, Márcio (Dany, 16') e Vitinha (Sérgio Brito, 73'); Filipe Borges e Lamy. Treinador: Toni Seromenho. Ao intervalo: 0-0. Golos: F. Borges (57') e Roberto (70').

ODIÁXERE 2

Disciplina: Cartão amarelo a Janita (37'), Bablina (90+3') e Carlos Reis (90+3'). Primeira parte de fraca qualidade (é difícil jogar bom futebol num campo de Terceiro Mundo) onde as melhores oportunidades pertenceram à equipa da casa. No segundo tempo, e em dois minutos, o Moncarapachense falhou de forma escandalosa duas oportunidades. No minuto seguinte Filipe Borges inaugurou o marcador e, pouco depois e com toda a naturalidade, Rocerto ampliou a vantagem do Odiáxere. A equipa de arbitragem borrou a pintura ao exibir cartão amarelo ao agredido (Bablina) e ao agressor (Carlos Reis). Luís Santos

Resistência baqueou no fim CAMPINENSE 1 Local: Estádio Municipal de Loulé. Árbitro: Fernando Santos. Campinense: Joel; Miguel Teixeira, Zé Daniel (Vítor Silva, 45'), Diamantino, Padinha, Paul Mota (Sílvio, 69'), Ricardo Sousa, Dani, Mário Costa (Tiago Botelho, 69'), Vítor Quadros e Garrana. Treinador: José Miguel. Culatrense: Raul; Bodião, Né, Micael, Setenta (Roque, 80'), Hugo, Fox, Jaime (Nuno, 64'), Luciano (André, 35'), Calquinhas e Amílcar. Treinador: Geraldo Carmo. Ao intervalo: 0-0.

CULATRENSE 0

Golo: Ricardo Sousa (90+3'). Disciplina: Cartão amarelo a Bodião (35') e Vítor Quadros (72'). O Campinense foi sempre mais perigoso, ocupando bem o meio campo adversário e pressionando. O guardião Raul foi o homem do jogo, adiando o golo por várias vezes. Quando toda a gente pensava que o empate já não se alteraria, Ricardo Sousa, no meio de uma grande confusão dentro da área, descobriu a forma de ultrapassar o guardião Raul, que ainda tocou no esférico. José António Pires

O Lusitano garantiu os três pontos na Guia graças a uma exibição de cinco estrelas, principalmente na primeira parte. A formação vila-realense deu espetáculo, construiu o resultado antes do intervalo com dois golos de Edgar Rosa e ainda viu os ferros da baliza de Luís Costa devolverem três bolas. Na segunda metade, e com os locais impotentes para dar mais réplica, os pupilos de Ivo Soares limitaram-se a gerir o esforço, retirando o pé do acelerador, mas sem nunca perder o controlo do jogo. José Nobre

LUSITANO VRSA 2

O Lusitano aproveitou o deslize do Quarteirense e colocou-se a cinco pontos do líder

Truinfo do empenho CASTROMARINENSE 0 Local: Campo Municipal de Castro Marim. Árbitro: Cristiano Pires. Castromarinense: Nélson; Quim, Augusto, Renato (Ricardo, 55') e Tozé; André (Ruben Fernandes, 55'), Madama, Cotcho e Juninho; Ruben (Algiro, 55') e Bruno. Treinador: Tomás Henrique. Armacenenses: Palminha; Calita, Rui, Copos e Marco; Oceano, Nélson Moutinho, Joel (Pisco, 65') e Nuno Vieira (Ruben, 78'); Miguel Oliveira (Jimmy, 83') e Aaron. Treinador: Carlos Simões. Ao intervalo: 0-2. Golos: Joel (41') e Aaron (42').

ARMACENENSES 2 Disciplina: Cartão vermelho direto a Juninho (90+4').

A União Desportiva Castromarinense voltou a tropeçar em casa, desta vez frente ao Armacenenses, agravando a sua situação na tabela classificativa. A perder ao intervalo por 2-0, após uma primeira parte desgarrada e sem chama, os comandados de Tomás Henrique não conseguiram reagir perante um Armacenenses, sempre mais forte e empenhado, e que, por várias vezes, até ao final do jogo, ameaçou ampliar a vantagem. Ricardo Gutierrez

Nuno garantiu um ponto FARO E BENFICA 0 Local: Campo Hiorta da Areia (Faro). Árbitro: Pedro Oliveira. F. Benfica: Nuno; Baresi, Maia, Uva (Marco Teixeira, 86'), Totti, Pepe, Luís Viegas (Hugo Santos, 90+3'), Valério, Marco Cerqueira (Jaime, 65'), Joel e Galinha. Treinador: João Clara. Silves: César; Salvador, Toni, Ricardo Serqueira, João Teodoro (Nilton, 65'), Hernâni, Carlinhos, Braulio Mica, Mica Júnior (Pipi, 60') e Oliveira. Treinador: Calú.

SILVES 0

Disciplina: Cartão amarelo a Valério (31'), Joel (85') e Hugo Santos (90+3'); Salvador (61'), Toni (66'), Pipi (82'), Nilton (90+2') e Hernâni (90+3'). Cartão vermelho a Hernâni (90+3'). O Silves empatou na capita algarvia perante um Faro e Benfica que deu sempre excelente réplica. Nos últimos 15 minutos, o guardião da casa, Nuno, negou por duas vezes o golo aos forasteiros. Jorge H.Sampaio

Resultado justo IMORTAL 0 Local: Estádio Municipal de Albufeira. Árbitro: Bruno Brás. Imortal: Márcio; Cláudio (Patrick, 74'), Bila, Ricardo, Mesquita, Canito, Gonçalo (Roberto, 56'), Rui, Josimar, Décio e Ricky (Aladjé, 74'). Treinador: Nuno Ramos. Aljezurense: Abel; Jorge, Hugo, Kiki, André, Marquinho, Anderson, Boca-Negra, Tito, Dgiga e Casinhas (João Luís, 60'). Treinador: Luís Miguel. Ao intervalo: 0-1.

ALJEZURENSE 2

Golos: Anderson (21') e João Luís (62'). Disciplina: Cartão amarelo a André (23' e 54'), Kiki (40'), Gonçalo (56') e Cláudio (71'). Cartão vermelho a André (54'). O Aljezurense jogou toda a segunda parte com menos um jogador, mesmo assim conseguiu ser sempre a melhor equipa em campo, justificando plenamente a vitória. O Imortal até começou bem, foi a primeira equipa a criar perigo, mas nunca mais se encontrou após o primeiro golo do Aljezurense. D.A.

ARBITRAGEM

"Indisposição" coletiva atrasa jogos dos distritais Os jogos da 1.ª e 2.ª divisões distritais da Associação de Futebol do Algarve (AFA), realizados no último sábado, começaram com 15 minutos de atraso devido a uma “indisposição” coletiva dos árbitros nomeados. Esta foi a forma encontrada pelos árbitros algarvios para protestarem contra a falta de pagamento (desde outubro), redução do subsídio de refeição, falta de retificação das tabelas de prémios e multas aplicadas desde há algum tempo. De acordo com o sítio da Arbitragem Algarvia, o pre-

sidente da AFA, assim que tomou conhecimento do protesto, comunicou ao presidente do Conselho de Arbitragem para informar os árbitros de que já tinha sido dada ordem para que fossem efetuados os pagamentos em atraso referentes aos meses de novembro e dezembro de 2010 e de janeiro de 2011. Os árbitros consideram que o protesto foi “um cartão amarelo à Direção da AFA” e alertam para o facto de poderem ainda “mostrar o cartão vermelho, caso não vejam melhoras na classe”.


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17 I fevereiro I 2011

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FUTEBOL DISTRITAL JUNIORES BARLAVENTO

BARLAVENTO Resultados da 16.ª Jornada Imortal 11 Silves Guia 2 Monchiquense Messinense 1 Armacenenses Esp.Lagos 2 Alvorense Folgou Lagoa

0 1 2 0

CLASSIFICAÇÃO J V

Imortal 14 12 Esp.Lagos 15 11 Lagoa 14 10 Armacenenses 15 7 Silves 14 5 Messinense 14 5 Alvorense 14 2 Guia 14 2 Monchiquense 14 2

2 2 3 2 1 0 3 3 0

0 2 1 6 8 9 9 9 12

89 58 48 32 15 29 21 12 11

20 16 13 31 40 29 37 57 72

38 35 33 23 16 15 9 9 6

Próxima 17ª Silves-Guia; Monchiquense-Messinense Armacenenses-Lagoa; Alvorense-Imortal Folga Esp.Lagos

1.ª DIVISÃO

2.ª DIVISÃO

Resultados da 12ª Jornada Marítimo Olh. 1 Farense 13 Almancilense 0 Lusitano VRSA 5 Quarteirense 4 S.Luís 1 Ferreiras 6 1.º Janeiro 0

Resultados da 14ª Jornada Lusit. VRSA 2 Esp.Lagos Farense 1 S.Luís Internacional 0 Olhanense Messinense 0 Portimonense Odiáxere 2 Silves Lagoa 1 Ferreiras

CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO

J V

E D M S P

INICIADOS

JUVENIS

Ferreiras 12 Lus. VRSA 12 Quarteirense 12 S.Luís 12 Farense 12 Marítimo Olh. 12 Almancilense 12 1.º Janeiro 12

9 8 6 6 4 3 2 1

E D M S P

1 2 5 1 2 2 3 2

2 2 1 5 6 7 7 9

45 16 34 13 25 13 25 22 32 32 23 40 10 30 6 34

28 26 23 19 14 11 9 5

Próxima 13ª Quarteirense-Marítimo Olh.; Ferreiras-S.Luís; Almancilense-Farense; 1.º Janeiro-Lusitano VRSA

J V

Olhanense 14 Portimonense 14 Odiáxere 14 Internacional 14 S.Luís 14 Lusit. VRSA 14 Esp.Lagos 14 Ferreiras 14 Farense 14 Lagoa 14 Messinense 14 Silves 14

11 10 10 9 8 7 7 6 5 3 1 0

0 3 2 10 2 2

E D M S P

1 2 1 1 2 0 0 1 1 1 1 3

2 2 3 4 4 7 7 7 8 10 12 11

56 33 37 35 31 31 16 25 35 20 19 11

14 19 24 16 22 25 22 29 30 39 64 45

34 32 31 28 26 21 21 19 16 10 4 3

Próxima 15ª S.Luís-Lusit. VRSA; Silves-Farense Ferreiras-Internacional; Olhanense-Messinense; Portimonense-Odiáxere Esp.Lagos-Lagoa

J V

Maritimo Olh. 14 Gin.Tavira 15 Imortal 15 Quarteirense 14 Louletano 15 1.º Janeiro 14 Ferreiras 15 Guia 15 Armacen. 15 Castromar. 15 Alvorense 15 Bensafrim 15 CHECUL 15

14 11 10 9 8 6 6 5 5 5 4 1 0

SÉRIE A 1 0 2 0

CLASSIFICAÇÃO J V

E D M S P

9 9 9 9 9 9 9 9 8

0 1 2 0 3 1 3 0 0

1 1 1 4 3 5 4 8 8

44 5 28 13 34 2 16 21 20 11 12 21 10 19 8 43 3 40

24 22 20 15 12 10 9 3 0

Próxima 11ª 1.º Janeiro-Messinense; Ferreiras-Lusitano VRSA; Quarteirense-Louletano; Imortal-Olhanense; Folga Esp.Lagos

SÉRIE B

Resultados da 15.ª Jornada Alvorense 4 CB Portimão Lagoa 2 Monchiq. Portimonense 11 EF J.Moutinho Esp.Lagos 1 Odiaxere Folgou Aljezurense CLASSIFICAÇÃO J V Portimonense 14 12 Lagoa 13 9 Odiaxere 13 9 EF J.Moutinho 14 7 Monchiquense 14 7 Esp.Lagos 13 7 Alvorense 13 3 Aljezurense 13 2 CB Portimao 13 1

E D M 1 1 104 2 2 74 1 3 35 0 7 57 0 7 42 0 6 41 2 8 25 0 11 37 0 12 14

S 18 30 19 48 53 39 67 89 66

2 4 0 4

P 37 29 28 21 21 21 11 6 3

Próxima Jornada 16ª. Aljezurense-Alvorense; EF J.Moutinho-Lagoa;Portimonense-Esp.Lagos; CB Portimão-Odiaxere; Folga Monchiquense

SÉRIE B

SÉRIE A Resultados da 10.ª Jornada Portimonense 3 Esp.Lagos 0 Odiáxere 1 EF J.Moutinho 6 CB Portimão 5 Infante Sagres 1 Monchiquense Alvorense

Resultados da 13.ª Jornada Esp.Lagos 2 Messinense CB Portimão 1 Ferreiras Armacenenses 10 Guia Silves 3 Bellavista Folgou Lagoa

CLASSIFICAÇÃO J V Portimonense 9 9 Esp.Lagos 8 6 EF J.Moutinho 9 6 Odiáxere 8 4 CB Portimão 9 4 Monchiquense 8 1 Infante Sagres 9 0 Alvorense 0 0

CLASSIFICAÇÃO J V Ferreiras 12 11 CB Portimão 11 9 Messinense 11 8 Lagoa 11 7 Bellavista 11 5 Silves 12 3 Armacenenses 11 3 Esp.Lagos 12 2 Guia 11 1

D M S 0 87 7 2 69 17 3 39 19 4 37 25 5 34 18 7 16 76 9 7 127 0 0 0

P 27 18 18 12 12 3 0 0

Próxima Jornada 11ª. EF J.Moutinho-Monchiquense; Esp.Lagos-CB Portimão; Infante Sagres-Odiáxere; Alvorense-Portimonense

CLASSIFICAÇÃO J V Odiáxere 13 11 CB Portimão 14 11 Silves 14 10 Portimonense 13 6 Ferreiras 12 6 Armacen. 13 5 Lagoa 13 3 Guia 13 1 EF J.Mout. 13 0

E 2 0 1 2 0 2 2 2 1

E D M 0 1 43 0 2 63 0 3 49 0 4 51 1 5 37 2 7 29 1 7 24 0 10 28 0 10 14

4 0 1 3

S 11 10 28 33 32 43 35 54 92

P 33 27 24 21 16 11 10 6 3

D M S P 0 74 12 35 3 108 22 33 3 53 16 31 5 45 31 20 6 38 45 18 6 26 38 17 8 30 65 11 10 28 84 5 12 7 96 1

Próxima Jornada 16ª. EF J.Moutinho-Armacenenses; Guia-Lagoa; Ferreiras-Silves; CB Portimão-Odiáxere Folga Portimonense

12 8 14 21 20 19 42 24 31 57 62 64 77

42 36 33 30 28 21 18 18 17 16 13 3 1

3 0 1 0 1 0

J V

Quarteirense 14 11 Odiáxere 14 11 Portimonense 14 11 Farense 14 9 Olhanense 14 7 Ferreiras 14 5 Lagoa 14 5 S.Luís 14 4 Imortal 14 3 Internacional 13 2 Armacenenses 13 2 Gin.Tavira 14 1

2.ª SOTAVENTO

Resultados da 14ª Jornada Esp.Lagos 1 Odiáxere Monchiquense 0 Portimonense Messinense 2 Alvorense Quarteirense 7 Ferreiras Guia 5 Padernense Folgou Silves

2 0 1 0 0

CLASSIFICAÇÃO E D M S P

3 2 1 5 2 2 1 3 2 2 1 0

0 1 2 0 5 7 8 7 9 9 10 13

47 5 72 7 64 11 37 6 21 21 34 30 17 30 21 20 10 50 9 21 6 60 2 79

36 35 34 32 23 17 16 15 11 8 7 3

Próxima 15ª Lagoa-Ferreiras; Internacional-Olhanense Imortal-Quarteirense; Farense-Odiáxere; Armacenenses-Gin.Tavira; Portimonense-S.Luís

J V

Silves 12 12 Guia 13 11 Messinense 12 8 Portimonense 13 7 Esp.Lagos 13 6 Monchiquense 13 5 Alvorense 13 5 Odiáxere 13 4 Quarteirense 12 2 Ferreiras 13 2 Padernense 13 1

Resultados da 14ª Jornada Bias 2 Marítimo Olh. 3 Salir Lusitano VRSA Beira Mar Farense Almancilense 2 1.º Janeiro 2 Montenegro 3 Louletano 0 Folga Castromarinense CLASSIFICAÇÃO

E D M S P

0 1 1 1 2 3 2 2 1 1 0

0 1 3 5 5 5 6 7 9 10 12

59 56 21 36 21 19 28 11 20 10 13

4 12 31 26 18 26 29 19 32 47 50

36 34 25 22 20 18 17 14 7 7 3

Próxima 15ª Ferreiras-Silves;Padernense-Monchiquense; Portimonense-Messinense; Alvorense-Quarteirense; Odiáxere-Guia; Folga Esp.Lagos

J V

1.º Janeiro Marít. Olh. Montenegro Louletano Farense Almancilense Bias Lusit. VRSA Beira Mar Salir Castromar.

8 10 9 10 7 10 9 9 0 0 0

E D M S P

7 7 6 5 3 2 1 0 0 0 0

1 0 2 2 1 1 2 1 0 0 0

0 3 1 3 3 7 6 8 0 0 0

25 5 27 14 24 12 21 17 8 14 18 27 11 20 5 30 0 0 0 0 0 0

22 21 20 17 10 7 5 1 0 0 0

Próxima 15ª 1.º Janeiro-Bias; Louletano-Salir Lusitano VRSA-Castromarinense Farense-Almancilense; Marítimo Olh.-Montenegro; Folga Beira Mar

0

CLASSIFICAÇÃO J V S.Luís 12 10 Imortal 12 10 Louletano 11 10 EF Faro 12 7 Sporting Faro 11 7 Lusitano VRSA 11 3 Esp.Lagos 11 2 Montenegro 12 1 Ferreiras 12 0 1.º Janeiro 0 0

P 30 30 30 21 21 10 7 4 1 0

S 14 16 7 27 22 41 71 41 73 0

0 1 7

Próxima Jornada 14ª. Sporting Faro-Imortal; EF Faro-S.Luís; Louletano-Ferreiras;Montenegro-1.º Janeiro; Lusitano VRSA-Esp.Lagos

E D M 0 0 85 2 3 37 1 3 65 0 7 31 1 8 48 1 7 42 1 8 26 0 8 30 2 10 15

2 3 4 3

S 21 29 33 42 42 43 46 60 63

P 39 29 28 18 16 13 13 12 2

CLASSIFICAÇÃO J V Sporting Faro 13 11 Ger. Génios 13 9 EF Faro 14 8 Internacional 13 7 Farense 13 6 Louletano 14 6 Montenegro 13 3 Imortal 12 2 S.Luís 13 1

E D M S 2 0 92 22 2 2 62 22 1 5 43 38 1 5 45 35 2 5 63 37 1 7 37 33 2 8 36 63 1 9 38 67 0 12 18 117

1 1 11 1

E D M S 1 0 74 8 0 3 84 20 1 2 82 16 1 3 82 23 1 5 69 23 0 7 37 35 0 9 27 104 0 9 11 101 0 11 2 138

SÉRIE D 0 2 0 0

P 31 27 25 22 19 12 9 6 0

Resultados da 15.ª Jornada Ger. Génios 3 Montenegro Marítimo Olh. 0 Farense Lusitano VRSA 1 Gin.Tavira

SÉRIE F 7 13 7

Folgou Olhanense e S. Luís P 35 29 25 22 20 19 11 7 3

Próxima Jornada 16ª. Farense-Imortal; Sporting Faro-Montenegro; EF Faro-S.Luís Internacional-Ger. Génios Folga Louletano

CLASSIFICAÇÃO J V Farense 12 11 S.Luís 11 8 Olhanense 12 7 Gin.Tavira 12 6 Montenegro 12 6 Ger. Génios 11 2 Lusitano VRSA 11 1 Marítimo Olh. 11 0

E D M S P 0 1 55 12 33 1 2 45 23 25 2 3 34 23 23 2 4 73 29 20 2 4 60 21 20 1 8 26 44 7 1 9 26 60 4 1 10 4 111 1

Próxima Jornada 16ª Montenegro-S.Luís; Farense-Ger. Génios Marítimo Olh.-Lusitano VRSA Olhanense-Gin.Tavira

Resultados da 15.ª Jornada 4 ao Cubo 2 Beira Mar 8 Maritimo Olh. 2 Castromar. 2 Vaqueiros 2 Gin.Tavira 3 Bias 4 Lusitano VRSA 2 Folgou Moncarapachense CLASSIFICAÇÃO J V E D M S Lusitano VRSA 14 10 2 2 82 24 Beira Mar 14 10 1 3 81 21 Bias 13 9 1 3 62 27 Marítimo Olh. 13 7 5 1 47 32 Gin.Tavira 13 6 0 7 36 41 Moncarap. 13 6 0 7 36 41 4 ao Cubo 13 2 2 9 24 75 Vaqueiros 13 2 1 10 31 79 Castromar. 14 1 2 11 17 76

SÉRIE E

Resultados da 10.ª Jornada Quarteirense 0 S.Luís Ger. Génios 8 Farense EF Faro 0 Sporting Faro Montenegro 4 1.º Janeiro

4 3 1 5

Resultados da 13.ª Jornada Bias Beira Mar Lusitano VRSA 5 Gin.Tavira Moncarap. 1 Fuzeta Castromar. 0 Olhanense Folgou Marítimo Olhan.

CLASSIFICAÇÃO J V S.Luís 10 8 Ger Génios 10 7 1.º Janeiro 10 6 EF Faro 10 6 Sporting Faro 10 5 Montenegro 10 3 Farense 10 2 Quarteirense 10 1

P 25 21 18 18 17 10 6 3

CLASSIFICAÇÃO J V Lusitano VRSA 10 10 Olhanense 10 8 Gin.Tavira 11 8 Marítimo Olh. 10 5 Fuzeta 10 4 Moncarap. 9 2 Bias 7 1 Castromar. 11 0 Beira Mar 0 0

E 1 0 0 0 2 1 0 0

D M 1 58 3 39 4 37 4 29 3 39 6 29 8 22 9 10

S 13 17 34 21 25 46 40 67

Próxima Jornada 11ª. Farense-Montenegro; S.Luís-EF Faro; Sporting Faro-Ger. Génios; 1.º Janeiro-Quarteirense

E D M S 0 0 101 8 0 2 150 9 0 3 85 28 0 5 26 43 0 6 43 37 0 7 11 70 1 5 6 81 1 10 4 150 0 0 0 0

2 6 17

P 30 24 24 15 12 6 4 1 0

Próxima Jornada 14ª. Marítimo Olh.-Bias; Fuzeta-Lusitano VRSA; Moncarapachense-Castromarinense Beira Mar-Olhanense; Folga Gin.Tavira

P 32 31 28 26 18 18 8 7 5

Próxima Jornada 16ª. Castromarinense-4 ao Cubo; Gin.Tavira-Marítimo Olh.; Vaqueiros-Moncarapachense; Beira Mar-Bias; Folga Lusitano VRSA

BENJAMINS B

(FUT. 7 )

SÉRIE A

SÉRIE B

Resultados da 13.ª Jornada Silves 4 Aljezurense 1 Esp.Lagos 6 Armacenenses 2 Lagoa 1 EF J.Moutinho 7 Odiáxere 1 Alto Colina 2 Alvorense Portimonense CLASSIFICAÇÃO J V E D M S P Portimonense 11 10 1 0 102 18 31 Esp.Lagos 12 10 1 1 69 16 31 EF J.Moutinho 11 9 2 0 77 12 29 Armacenenses 11 6 0 5 39 28 18 Lagoa 12 5 0 7 39 54 15 Alto Colina 11 4 0 7 25 43 12 Odiáxere 12 3 0 9 37 70 9 Silves 12 3 0 9 25 79 9 Aljezurense 12 0 0 12 15 108 0 Alvorense 0 0 0 0 0 0 0 Próxima Jornada 13ª. Silves-Odiáxere; EF J.Moutinho-Esp.Lagos; Portimonense-Lagoa; Armacenenses-Alto Colina; Aljezurense-Alvorense

Resultados da 13.ª Jornada Esp.Lagos 16 Salir 1 Alto Colina 2 Ferreiras 1 Imortal 5 Louletano 1 Internacional 2 EF J.Moutinho 3 Padernense 2 Quarteirense 5 CLASSIFICAÇÃO J V E D M S P Ferreiras 13 12 0 1 91 8 36 EF J.Moutinho 13 9 1 3 52 22 28 Quarteirense 13 8 2 3 48 29 26 Alto Colina 13 8 1 4 78 32 25 Esp.Lagos 13 8 1 4 52 23 25 Imortal 13 6 1 6 44 36 19 Louletano 13 3 2 8 21 53 11 Internacional 13 3 1 9 22 47 10 Padernense 13 1 2 10 14 83 5 Salir 13 1 1 11 22 111 4 Próxima Jornada 13ª. Ferreiras-Esp.Lagos; Louletano-Alto Colina; Quarteirense-Imortal; Salir-EF J.Moutinho; Internacional-Padernense

FUTSAL DISTRITAL

(FUT. 7 )

Resultados da 13.ª Jornada Olhanense 5 Farense S.Luís 2 1.º Janeiro Gin.Tavira 3 EF Faro 4 ao Cubo 0 Ger. Génios Lusitano VRSA 13 Montenegro CLASSIFICAÇÃO J V E D M S Olhanense 13 13 0 0 154 6 Lusitano VRSA 13 11 0 2 72 20 EF Faro 13 10 1 2 86 32 Ger. Génios 13 7 1 5 46 33 Gin.Tavira 13 4 3 6 34 62 Farense 13 4 1 8 14 52 S.Luís 13 4 0 9 24 67 1.º Janeiro 13 3 1 9 21 69 4 ao Cubo 13 2 3 8 18 67 Montenegro 13 1 2 10 15 76

Resultados da 15.ª Jornada Farense 3 Internacional Montenegro 0 Louletano S.Luis 1 Sporting Faro Ger. Génios 3 EF Faro Folgou Imortal

(FUT. 7 )

Resultados da 13.ª Jornada Louletano 13 Ferreiras Quarteirense 10 Salir Ger. Génios 6 Padernense Almancilense 2 Alto Colina Folgou Imortal CLASSIFICAÇÃO J V Louletano 11 10 Ger. Génios 12 9 Quarteirense 11 8 Imortal 11 7 Alto Colina 12 6 Almancilense 11 4 Ferreiras 12 3 Salir 11 2 Padernense 11 0

CLASSIFICAÇÃO J V Guia 13 13 Padernense 14 9 Imortal 13 9 Almancilense 13 6 Alto Colina 14 5 Odiáxere 12 4 Quarteirense 13 4 AC Salir 12 4 Ferreiras 12 0

SÉRIE E

SÉRIE D

Resultados da 15.ª Jornada Quarteirense 4 AC Salir Padernense 2 Guia Alto Colina 2 Odiaxere Almancilense 1 Imortal Folgou Ferreiras

Próxima Jornada 16ª. Guia-Quarteirense; Odiáxere-Padernense; Ferreiras-Alto Colina; AC Salir-Imortal; Folga Almancilense

Próxima Jornada 14ª. Salir-Louletano;Padernense-Quarteirense Ger. Génios-Imortal; Ferreiras-Almancilense; Folga Alto Colina

1.ª DIVISÃO

SÉRIE D

Resultados da 13.ª Jornada Sporting Faro 5 Montenegro S.Luís 9 Lusitano VRSA Ferreiras 3 EF Faro 1.º Janeiro Louletano Imortal 11 Esp.Lagos

2 0 1 0

SÉRIE C

Próxima Jornada 14ª. Ferreiras-Lagoa; Guia-CB Portimão; Armacenenses-Silves; Messinense-Bellavista; Folga Esp.Lagos

BENJAMINS B SÉRIE C

E D M 0 2 66 0 2 62 0 1 51 0 5 38 0 4 36 1 7 17 1 8 18 1 10 11 1 11 13 0 0 0

62 45 70 44 51 30 26 23 28 24 18 16 14

SÉRIE C

Resultados da 15.ª Jornada Armacenenses 3 CB Portimão Lagoa 3 EF J.Moutinho Ferreiras 5 Guia Silves 2 Portimonense Folgou Odiáxere

BENJAMINS A

E 0 0 0 0 0 0 0 0

0 1 2 2 3 5 9 7 8 9 10 14 14

2.ª BARLAVENTO

CLASSIFICAÇÃO

E D M S P

0 3 3 3 4 3 0 3 2 1 1 0 1

Resultados da 14ª Jornada Ferreiras 0 Portimonense Olhanense 3 Lagoa Quarteirense 1 Farense Odiáxere 16 Armacenenses Gin.Tavira 0 Internacional S.Luís 5 Imortal

INFANTIS (FUT. 7)

Resultados da 10ª Jornada Messinense 2 Ferreiras Lusitano VRSA 7 Quarteirense Louletano 1 Esp.Lagos Olhanense 10 1.º Janeiro Folgou Imortal

8 7 6 5 3 3 2 1 0

0 2 0 6 1 1

Próxima 17ª Castromarinense-Louletano; Ferreiras-Imortal; Alvorense-Quarteirense; GuiaMarítimo Olh.; Armacenenses-Gin.Tavira; CHECUL-1.º Janeiro; Folga Bensafrim

INFANTIS

Lusit. VRSA Esp.Lagos Olhanense Louletano Ferreiras Messinense Quarteirense 1.º Janeiro Imortal

1.ª DIVISÃO

Resultados da 16ª Jornada Louletano 7 CHECUL Imortal 10 Castromar. Quarteirense 1 Guia Bensafrim 4 Armacenenses Gin.Tavira 2 Ferreiras 1.º Janeiro 9 Alvorense Folgou Maritimo Olhan. CLASSIFICAÇÃO

0 1 3 5 2 P 39 33 31 22 15 13 12 10 9 5

Próxima Jornada 14ª. Olhanense-Lusitano VRSA; EF Faro-S.Luís; Ger. Génios-Gin.Tavira; Farense-4 ao Cubo; 1.º Janeiro-Montenegro

Resultados da 13.ª Jornada Atalaia 6 Putos da Rua 2 S.Pedro 3 GEJUPSE 0 Silves 6 Alte 3 Fuzeta 6 P.Mourinha 1 Olhos D’Água 10 U.Lagos 7 Carvoeirense 1 CP Messines 1 CLASSIFICAÇÃO J V E D M S P CP Messines 14 10 3 1 54 34 33 Atalaia 14 9 3 2 53 32 30 U.Lagos 14 8 3 3 55 36 27 Fuzeta 14 7 4 3 60 47 25 S.Pedro 14 5 4 5 49 39 19 P. Mourinha 14 6 1 7 42 51 19 Carvoeirense 14 5 3 6 53 53 18 Putos da Rua 13 5 1 7 45 54 16 Silves 14 4 4 6 37 32 16 GEJUPSE 14 3 3 8 41 56 12 Olhos D’Água 13 3 0 10 58 89 9 Alte 14 2 3 9 38 62 9 Próxima 15.ª GEJUPSE-Atalaia; U.Lagos-S.Pedro CP Messines-Silves; Alte-Fuzeta; Pedra Mourinha-Olhos D’Água; Putos da RuaCarvoeirense

2.ª DIVISÃO Resultados da 12.ª Jornada Bonjoanenses 2 Pechão Covil Dragão 7 Leões Tunes 3 Porches

2 4 6

CLASSIFICAÇÃO J V E D M S P

Covil Dragão 12 Pechão 12 Bonjoanenses 12 Porches 12 Tunes 12 Leões 12

9 7 6 6 5 2

0 3 1 4 1 5 0 6 0 7 0 10

61 52 32 43 50 38

32 41 34 55 57 57

Próxima 13.ª Pechão-Covil Dragão; Porches-Leões; Tunes-Bonjoanenses

27 22 19 18 15 6

SENIORES FEM.

JUNIORES MASC.

JUNIORES FEM.

Resultados da 13.ª Jornada Padernense 5 U.Lagos 1 Putos da Rua 2 Alte 3 Folgou CHE Lagoense e Machados

Resultados da 19.ª Jornada 1.º Janeiro 3 Albuf. Futsal 8 Bonjoanenses Louletano Sonâmbulos 17 Boavista 2 Olhos D’Ãgua 1 Alte 3 Sapalense 1 CBenfica VRSA 1 GEJUPSE 10 P. Mourinha 0 CLASSIFICAÇÃO J V E D M S P GEJUPSE 19 15 2 2 117 42 47 Alte 19 15 1 3 149 54 46 Albuf. Futsal 19 14 2 3 137 54 44 CBenfica VRSA 19 10 3 6 74 74 33 Olhos D’Água 19 10 1 8 113 77 31 Louletano 18 9 3 6 56 48 30 Sapalense 18 9 2 7 90 68 29 Sonâmbulos 19 7 3 9 75 69 24 1.º Janeiro 17 6 1 10 76 87 19 P. Mourinha 18 2 3 13 38 95 9 Bonjoanenses 18 1 3 14 37 150 6 Boavista 19 0 2 17 32 176 2 Próxima 20.ª 1.º Janeiro-GEJUPSE; Albufeira FutsalBonjoanenses; Alte-Sonâmbulos; CBenfica VRSA-Olhos D’Agua;Louletano-Sapalense; Boavista-Pedra Mourinha;

Resultados da 9.ª Jornada Putos da Rua 4 Armacenenses 3 Padernense 2 S.Pedro 8 Machados 2 Olhos D’Água 4 GEJUPSE 3 CHE. Quart. 11 Folga CHE Lagoense

CLASSIFICAÇÃO J V Padernense 10 8 CHE Lagoense 9 4 Machados 9 3 Alte 9 3 Putos da Rua 8 2 U.Lagos 9 0

E 1 3 4 1 3 2

D 1 2 2 5 3 7

Próxima 14.ª Machados-Putos da Rua CHE Lagoense-Alte Folga Padernense e U.Lagos

M S 49 10 29 14 20 16 10 25 18 16 6 51

P 25 15 13 10 9 2

CLASSIFICAÇÃO J S.Pedro 8 CHE. Quart. 8 Armacenenses 8 GEJUPSE 8 CHE Lagoense 8 Putos da Rua 8 Padernense 8 Olhos D’Água 8 Machados 8

V 8 7 5 4 4 4 2 1 0

E 0 0 0 1 1 0 0 0 0

D 0 1 3 3 3 4 6 7 8

M 81 52 33 27 26 33 24 21 14

S 17 18 21 34 18 24 45 60 74

P 24 21 15 13 13 12 6 3 0

Próxima 10.ª Putos da Rua-Padernense; GEJUPSE-Armacenenses; CHECUL Quart.-CHE Lagoense; S.Pedro-Olhos D’Água Folga Machados


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PINIÃO

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JORNAL do ALGARVE

CRÓNICAS DE UM OUTRO ALGARVE

Requiem por uma arte algarvia?

João Leal

Vem de milénios este “jeito” das gentes moradores neste rodapé sulino europeu em trabalhar o barro, em abundância na Natureza local e cuja prestabilidade era unanimemente reconhecida. Os constantes achados arqueológicos, em terra e no mar, são disso uma referência sempre presente. Vem de muitas décadas o meu apreço, escrevo mesmo enlevo e sortilégio, de ver a roda do oleiro a girar e o homem - artista a fazer surgir

CRÓNICA MARAFADA

objectos onde, não raro, se fundiam, a graciosidade e a prestabilidade. De modo próprio ali na nobreza dessa Vila-História, que é Moncarapacho, morávamos então na Fuseta. Esse encanto aconteci na Olaria Moncarapacho, onde sempre adquiríamos a enfusa para a água fresca e alicante como nenhuma outra; o alguidar de proventos mil e o vaso para as plantas decorativas até às graciosas chaminés. Tudo quando o plásti-

João Xavier

A aldeia de Nossa Senhora da Luz Quero hoje sugerir um passeio pela Luz de Tavira. À beirinha da Estrada Nacional 125 e junto à antiga Balsa. Há mais de 600 anos, 5 aldeias da zona de Tavira foram batizadas com nomes religiosos: Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Conceição, Santo Estêvão, Santa Catarina da Fonte do Bispo e Santa Luzia . As 3 últimas ainda hoje usam o nome. A primeira foi transformada em Luz de Tavira. Neste caso, o nome da aldeia (vila desde 2001) surgiu com a aparição de Nossa Senhora da Luz na Fonte Santa. Foi logo erigida uma ermida, substituída no tempo de D. Manuel I pela Igreja Matriz. D. Sebastião ali parou para rezar, quando a igreja já estava funcional mas ainda não concluída. O terramoto de 1755 arruinou-a de tal modo,

co ainda não impusera a sua hegemonia... Esta situação acontecia um pouco por toda o Algarve, de um extremo a outro e, por razões, que nunca descobri ou soube, não raro as peças de barro se vendiam nas carvoarias... Seria pela origem dos produtos, ser, não raro, o interior algarvio? Claro que mais tarde, com o cimentar do turismo - indústria começou a surgir o aproveitamento do mercado e o

Nos termos do artigo 24.º dos Estatutos convoco os Associados da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO ALGARVE C.R.L., com sede na Rua de Santo António n.º 123 em Faro, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Faro e Pessoa Colectiva sob o n.º 503 437 131, com o Capital Social realizado de ¤ 4.561.895,00 (variável), no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem em Assembleia Geral no próximo dia 24 de Março de 2011, pelas 17.30 horas, na agência de Moncarapacho, na Avenida Maria Lizarda Palermo, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS 1.Discutir e votar o Relatório e Contas do exercício de 2010, bem como o respectivo Parecer da Comissão de Fiscalização. 2. Discutir e votar a proposta de aplicação de resultados do exercício de 2010. 3.Discutir e votar proposta de alteração do n.º 1 do artigo 8.º dos Estatutos - Capital Social mínimo. 4.Apreciar qualquer outro assunto de interesse cooperativo. Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora depois. Os documentos respeitantes aos pontos 1 e 2 encontram-se à disposição dos Associados para consulta, na sede da Caixa Agrícola e nas agências de Moncarapacho (sede administrativa) e Portimão, nos quinze dias anteriores à data da realização da Assembleia Geral. A Assembleia Geral reunirá fora da sede social da CCAM, devido à inexistência naquele local de sala com condições condignas para a respectiva reunião. Faro, 14 de Fevereiro de 2011 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Eng. Álvaro José Mendonça Teixeira

Por norma, sou contra a retórica nostálgica, que leva a que se invoque a "bondade de outros tempos" e do "antigamente é que era bom". Trata-se de uma postura - muito injusta, para aqueles que hoje assumem responsabilidades e que bastante e com muita dificuldade lutam por conseguir algo. Se por um lado, é um "lavar de mãos" e uma desresponsabilização, por outro, trata-se de uma manifesta ignorância com a realidade actual e o nível de exigências - quer académicas, quer de condições de vida, quer de disponibilidade e por ai fora... Nas redes sociais, as pessoas aproveitam para interagir e reagir, em relação ao que foram os anos das décadas de 50/ /60/70, esquecendo-se que foram anos de grande confusão e complicação: - guerra colonial; - emigração forçada e muitas vezes clandestina; - período de adaptação ao novo regime democrático; - situações de baixo nível de vida e más condições. Confunde-se "nostalgia de tempos de menino", com realidades que comparadas com as de hoje, não têm qualquer comparação - é frequente, alguêm dizer, que mais vale uma 4.ª classe de antes que uma licenciatura hoje e eu pergunto e um detentor de uma 4.ª classe de antes, sabe informática, sabe inglês, está adaptado às novas realidades... Ainda nas redes sociais, uma senhora - recordando-se da Avenida da República em VRSAntónio, evoca o cheiro das fábricas, cavalos e mulas cargados e puxando o atum e outros peixes e ainda o Rio Guadiana pejado de barcos - rematando que nesses tempos todos tinham emprego... O quadro é bonito - sem dúvida, mas e o resto ? O que dizer da exploração salarial, das más condições de vida, da precária educação, as poucas oportunidades que existiam e a repressão. Eis pois razões suficientes para que se considere que tudo tem o seu tempo, as épocas e as formas de estar devem ser vistas em função de datas concretas e tal é assim que pese embora toda a nostalgia, poucos seriam, os que nos dias de hoje, prescindiriam de certas comodidades dos tempos actuais. É importante aprender com o passado, visando melhor gozar o presente e bem preparar o futuro. Nostalgia sim para recordar e não para vivê-la.

(Jornal do Algarve, 17/2/2011)

Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

António Cabrita

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA

EDITAL REUNIÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DA ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALCOUTIM O Presidente da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcoutim, Sr. José Carlos da Palma Pereira, convoca todos os sócios desta Associação, a estarem presentes no próximo dia 22/02/2 011 (Terça - Feira), pelas 17,30 horas, na sala de reuniões do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Alcoutim, a fim de participarem numa reunião com a seguinte ordem de trabalhos: - Aceitação de Doação de Prédios; - Dar poderes aos membros da Direcção, Presidente e Tesoureiro, a fim de poderem tratar todo o processo de legitimidade dos mesmos; Alcoutim, 08 de Fevereiro de 2 011 Com os nossos melhores cumprimentos A Bem da Humanidade O Presidente da Assembleia Geral, Sr. José Carlos da Palma Pereira (Jornal do Algarve, 17/2/2011)

arte, que se situa na estrada de acesso ao Serro de São Miguel, miradouro natural do Algarve verdadeiro. Com muitos anos de existência, sempre com um cunho familiar, desde o bisavô fundador ao actual mentor; João Eugénio e seus três irmãos - Dinora, Isaurinda e Francisco, a Olaria Moncarapachense, que é este verdadeiro Algarve, não pode nem deve acabar, sob pena de a Região ficar identitariamente mais empobrecida.

A nostalgia por outros tempos

que só resta da original o lindo pórtico lateral barroco e pouco mais; e a torre sineira só ficou completamente reparada nos anos 30 do séc. XX... As tropas francesas que invadiram o Algarve há 200 anos, quando passaram pela Luz de Tavira lembraram-se de entrar na igreja e surripiaram a custódia de prata dourada, mas foram de tal modo perseguidas pelo povo luzense, que a devolveram já nos arredores de Tavira... Esta igreja, note-se, é a única algarvia de um modelo a que os alemães chamam hallenkirchen (“igreja salão”). Na Luz de Tavira, com o nome de Nossa Senhora da Luz restam apenas uma rua e a igreja. E até o seu principal clube prefere chamar-se... Sonâmbulos.

Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Alcoutim

aparecimento de nomes grandes da Arte a criarem as suas obras para irem, não raro, nas bagagens dos turistas, até porque os circuitos incluíam muitas vezes, no regresso às terras de origem, os barros algarvios, acontecendo também a “importação” dos barros alentejanos que depois eram aqui pintados. Ora surge-nos a notícia que corre risco o futuro desta milenar arte algarvia em Moncarapacho, naquele santuário de


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GENDA

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JORNAL do ALGARVE

[ACTIVIDADES CULTURAIS]

FARO Biblioteca Municipal SER VIÇO EDUCATIVO Atividades Permanentes [Menores de 14] PARA GRUPOS Mergulhar nas Estórias Hora do Conto + Atividade Creches, Jardins de Infância, Escolas e Atl’s: 3ª a 6ª feira - 10:00 e 14:00 PARA O PÚBLICO EM GERAL “… e com pós de perlimpimpim… a tarde chega ao fim!!!!!” Sala do Conto - 2ª, 3ª e 4.ª - 18:00 5as feiras - Clube dos Pais (Pais e Avós contam histórias) - 18:00 sábados: 16:00 NA BEBÉTECA - 6as feiras - 18:00 TEMPO PARA BRINCAR Atividades na Ecoteca, Jogos, Pinturas, Colagens, Desenhos e mais atividades! 2ª feiras e sábados - 14:00»19:00 3.ª feiras a 6.ª feiras - 09:30»19:00 BIBLIOTECA FORA DE PORTAS Quinzenalmente sessões de leitura animada na Pediatria do Hospital de Faro para as crianças hospitalizadas, dinamizadas pela equipa da Biblioteca LAGOS Biblioteca Municipal Clube de Leitura de Lagos 21 - 21h00 Análise “O Crime do Padre Amaro”, de Eça de Queirós. Cinema às Quartas - 21h00 Ciclo “Brasil!” 26 - Autocarro 174, de Bruno Barreto 20 e 27 - 17h00 Pólo de Leitura/Centro Social de Almadena Matines aos domingos 20 - A Viagem de Che Guevara, de Gianni Mina 27 - La Vie en Rose, de Olivier Dahan PORTIMÃO 19 - À Conversa, Profissões Antigas de Portimão: Correeiro e Outros Ofícios, 17h00, na Casa Manuel Teixeira Gomes, Portimão. Biblioteca Municipal Sábados Infantis: Ateliês de música, dança e contos. SÁBADOS INFANTIS 19 - Dança para Miúdos Dos 6 aos 24 meses e dos 25 aos 48 meses de idade Casa das Artes - 11h00 e 12h00 19 - Grandes e Pequenos - “O Coelhinho Tremeliques“ Dos 4 aos 10 anos de idade Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes - 16h00 26 - Histórias para Ouvir e Contar Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes - 16h00 QUINTA PEDAGÓGICA 9h30-17h30 - 3ª a 6ª feira 10h00-17h30 - Fins-de-Semana 19 - Ateliê “Sementeira Colorida”, 11h00 26 - Ateliê “O ciclo do leite e do pão”, 11h00 26 - Ateliê “O barro na Quinta”, 15h00 TAVIRA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALVARO DE CAMPOS Hora do Conto "Ao abrir o livro..." Terças e quintas-feiras | 10h30 e 14h00 Do pré-escolar ao 2.º ciclo e outros grupos Zás... O que o Livro nos Traz... "Biodiversidade" Sextas-feiras | 10h30 e 14h00 1.º e 2.º ciclos e outros grupos . O Baú das Letras Um baú... histórias para partilhar… Sábados | 16h00 Grupos que manifestem interesse na actividade Ao encontro da Biblioteca... Quartas-feiras: 10h00 Sextas-feiras: 14h00 Grupos de pelo menos 10 pessoas VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO Biblioteca Municipal António Vicente Campinas > Conta lá! - Hora do conto Seg. a sex. às 10h30 "Apaixonados” – de Rebecca Dautremer Ter. e qui. “À volta das histórias tradicionais” *Marcações Biblioteca ou pelo telef. 281 510 050 > Às 4 na Biblioteca Ter. a sex. às 16h00 Conto, manualidades, jogos educativos, filmes, etc. >Sábados na Biblioteca Sábado às 15h00

ACONTECIMENTOS I LIVRO Criações plásticas; História Virtual; História em Power Point; Filme. > Visitas acompanhadas à exposição – “Plantas que curam. Usos e saberes na medicina popular” Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela >Visitas acompanhadas a Cacela Velha > Visita guiada à Biblioteca Municipal Vicente Campinas, seg. a sex.

[APRESENTAÇÃO] 18 - Apresentação do novo conto infantil "A Aventura do Coquinho Dourado", de Maria de Jesus Guerreiro Bispo, 21h30, na Biblioteca Municipal de Loulé.

[DANÇA]

23 a 25 - Workshop de Dança Contemporânea 18h30-20h30- Daniel Cardoso / Quorum Ballet TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, Sala de Ensaios 26 - CORRER O FADO, Quorum Ballet, 21h30, Grande Auditório Nuno Mergulhão, TEMPO – Teatro Municipal de Portimão.

[DESPORTO]

17- Encontro de Natação - Desporto Escolar | Piscinas Municipais | 9h00 - 13h00 20 - Marcha-corrida concelhia | Concentração: Largo da Igreja da Luz de Tavira 19 - 16.º Torneio karate Município de Albufeira, 15h00, no Pavilhão Desportivo, Albufeira. > Torneio de Natação, provas regionais de preparação - cadetes, 15h00, Piscina Municipal de Portimão. De 19 a 27 - Portimão Tivoli Ladies Open 2011, todo o dia, Complexo Municipal de Ténis, Portimão. Até 20 - 37.ª Volta ao Algarve em Bicicleta, diversas localidades. 26 - Portinado X C Fluvial Portuense 14ªJornadadoCampeonatoNacionalSénior1ªDivisão 16h00 - Piscina Municipal de Portimão Taça de Portugal em Paraquedismo 19 e 20/2 | Freefly 10h30 - Aeródromo Municipal de Portimão.

[EXPOSIÇÕES] Até 19 - Exposição de Arquitectura de Manuel Gomes da Costa, Espaço + Sala 1, Aljezur. Até 20 - “Algarve Visionário, Excêntrico e Utópico”, no Museu Municipal /Galeria Trem / Museu Regional do Algarve, Faro. Até 25 - Exposição de Fotografia de Pedro Noel, Posto Municipal de Exposições (Antigo Posto Municipal de Informação), Lagos. > Exposição de pintura "Um dia em Albufeira" de Reinaldo Jerónimo, segunda a sábado, na Galeria Municipal de Albufeira. Até 26 - Exposição de pintura "Sentimentos Pintados" de Nélson Viegas, segunda a sexta, 9h30 às 18h30, sábado, 14h00, 18h30, na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, VRSAntónio. Até 27 - José e Pilar - Fotografias da rodagem do Documentário de Miguel Gonçalves Mendes, Inauguração 4 Fev às 21h00 com a presença do realizador, no TEMPO - Teatro Municipal de Portimão. Até 28 - Exposição "Manuel Cabanas e os Intelectuais e Artistas do seu tempo", na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António. Arquivo Histórico Municipal - Fevereiro Exposição "Memento Mar Memor" Exposição "Indústria Conserveira em VRSA" Exposição "Artes Litográficas" 09h30> 12h30 / 14h00> 16h30 (segunda a sexta) > Exposição "Vicente Campinas - O Homem e o Escritor - 100 Anos", 9h30> 18h30 (segunda a sexta); 14h00> 18h30 (sábado), na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, VRSA. >Exposição Filatélica Alusiva ao Centenário de António Vicente Campinas, Núcleo de Filatelia dos Bombeiros Voluntários de VRSA, 9h30> 18h30 (segunda a sexta), 4h00> 18h30 (sábado), na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, VRSA. > Coletiva artistas da Galeria, no Centro cultural São Lourenço, Almancil, Loulé. Até 2/3 - Exposição de Artes Plásticas com Artistas da galeria, Galeria do Centro Cultural de São Lourenço, São Lourenço, Almancil. De 4/2 a 4/3 - " A Memória, a Obra e o Pensamento de Maria Lamas - Uma Mulher do Nosso Tempo 1893-1983", antigos Paços do Concelho (Praça Gil

Exposição de Fotografia de Pedro Noel, Posto Municipal de Exposições (Antigo Posto Municipal de Informação), Lagos

Eanes), de 2.ª a 6.ª, 9h às 17h, Lagos. Até 11/3 - Exposição coletiva de arte moderna e contemporânea intitulada “Grandes da Pintura de Língua Portuguesa”, no Salão Nobre do HPP Hospital de Santa Maria de Faro. Até 26/3 - "No ansejo da tarde ao cair da noite" exposição Luíz Taquelim, Sala 1, de 2.ª a sábado, 12h às 20h,no Centro Cultural de Lagos . Até 31/3 - Exposição: Silos Islâmicos da Barrada Aljezur, 09h00 - 13h00 e 14h00 - 17h30, encerra aos sábados, domingos e feriados, Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueologico de Aljezur. Até 2/4 - Exposição de Fotografia "Lapso de tempo de Luís Ramos, terça a sábado, 10h00-12h30, 14h00-17h30, no Museu Municipal de Tavira, Palácio da Galeria, Tavira. De 13/2 a 6/4 - Exposição coletiva "Infante Dom Henrique", terça a sexta-feira e Domingo 12h0016h00, na Galeria Santo António em Monchique. De 4/2 a 3/5 - Exposição de pintura de Paula Will, no Convento S. José (Sala Manuel Gamboa), Lagoa. Até 18/6 - Exposição "Cidade e Mundos Rurais", terça a sábado, 10h00-12h30 e das 14h00-17h30, Museu Municipal de Tavira. Até 31/7 - Exposições "Sabores da Europa" e "Azeite - Saberes com sabor", terça 14h30-18h00, quarta a domingo, 10h00-18h00, Museu de Portimão, Portimão. > Exposição "Taste of Europe", terça, 14h30-18h00, quarta a domingo, 10h00-18h00, no Museu de Portimão. Até 10/9 - Exposição "Dez Monumentais Esculturas Britânicas", coleção Berardo, diariamente, Cerro da Vila, Vilamoura, Loulé. EXPOSIÇÕES PERMANENTES > Pinturas de Cliff Martin Tuson, todos os dias, 10h00-22h00, Galeria Lynne Tuson, Bensafrim, Lagos. Museu de Portimão Terça-feira: 14h30-18h00 Quarta a domingo: 10h00-18h00 Permanente "Exposição “Portimão – Território e Identidade” Exposição "Algarve - Do reino à região" Até 18/07 - "Cidades e Mundos Rurais", Museu Municipal, Tavira. Até 14/05/2012 - "Sombra e Luz - O Século XIX no Algarve", Museu do Trajo, São Brás de Alportel. Até 18/05/2012 - "Alcoutim, Terra de Fronteira", Câmara Municipal de Alcoutim. Diariamente Galeria de Arte de Vila Sol Art & Nature Vila Sol, Vilamoura Galeria de Pintura ATT - Exposição Coletiva São Lourenço, Almancil

[FEIRAS E MERCADOS] 19 e 26 - Reforma Agrária - Lagos Mercado de Levante (Todos os sábados) Venda de produtos hortícolas de produtores locais 20 - Mercado do Livro Usado/Descatalogado Mercado da Avenida Todos os 3.ºs Domingos do mês VELHARIAS 19 - Albufeira, Silves. 20 - Portimão, São Brás de Alportel. MERCADOS 17 - Alte (Loulé) 18 - Guia (Albufeira), 19 - Loulé, S. Brás de Alportel, Tavira. 20 - Vila Nova de Cacela. 21 - Aljezur, Silves 23 - Quarteira (Loulé),

[FESTAS E FESTIVAIS] De 17 a 20 - "Verão Azul", Festival de Artes Performativas, no Centro Cultural, no LAC e no TEL, em Lagos.

[TEATRO ]

Até 6/3 -- 6.ª Edição Teatro no Inverno, Espaço da Corredoura, Tavira: sex e sáb - 21h30. Revista à portuguesa “Aqui não há crise” pelo Boa Esperança Atlético Clube Portimonense 5ª e 6ª às 21h00; sáb. e dom. às 15h30 e 21h300 Boa Esperança Atlético Clube Portimonense 17 - Stand-Up Comedy com João Seabra, Casino de Vilamoura, Loulé. 18 - Stand-Up Comedy com João Seabra, na Praia da Rocha - Hotel Algarve Casino, Portimão. 19 - "Histórias da Monarquia" pelo Pim Teatro, 16h00, no Auditório Municipal de Olhão.

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[LIVRO]

Uma Ponta de Verdade Jeffrey Archer Uma Ponta de Verdade é o mais recente livro de Jeffrey Archer, autor que tem deliciado milhões de leitores. Durante seis anos, ao longo das suas viagens pelo mundo, o autor reuniu várias histórias verídicas e inspirouse também nos seus escritores de contos favoritos (F. Scott Fitzgerald, Maupassant e Somerset Maugham, entre outros) para escrever este livro, sempre com uma ponta de verdade. Com uma aptidão natural para escrever histórias elegantes, espirituosas e divertidas, Jeffrey Archer é um mestre da caracterização e do suspense e tem um grande talento para reviravoltas inesperadas e surpreendentes. Jeffrey Archer, cujos romances se tornaram best-sellers, já vendeu mais de 120 milhões de exemplares em todo o mundo. Em 1992, tornou-se o membro mais jovem da Câmara dos Lordes. É um dos escritores de maior sucesso da actualidade. Publicações Europa-America

Marés

Lua cheia sex, 18 fev.

Vila R. Sto António Faro/Olhão

Lagos

Qui, 2011-02-17 01:31 3.36 Preia-mar 08:00 0.58 Baixa-mar 14:00 3.31 Preia-mar 20:11 0.61 Baixa-mar Sex, 2011-02-18 02:17 3.57 Preia-mar 08:43 0.42 Baixa-mar 14:43 3.47 Preia-mar 20:55 0.46 Baixa-mar Sab, 2011-02-19 03:00 3.71 Preia-mar 09:25 0.33 Baixa-mar 15:25 3.56 Preia-mar 21:36 0.39 Baixa-mar Dom, 2011-02-20 03:43 3.75 Preia-mar 10:05 0.33 Baixa-mar 16:06 3.56 Preia-mar 22:17 0.40 Baixa-mar Seg, 2011-02-21 04:25 3.67 Preia-mar 10:44 0.42 Baixa-mar 16:48 3.46 Preia-mar 22:58 0.49 Baixa-mar Ter, 2011-02-22 05:09 3.48 Preia-mar 11:24 0.59 Baixa-mar 17:32 3.28 Preia-mar 23:42 0.67 Baixa-mar Qua, 2011-02-23 05:56 3.21 Preia-mar 12:07 0.82 Baixa-mar 18:21 3.05 Preia-mar

Qui, 2011-02-17 01:19 3.47 Preia-mar 07:35 0.52 Baixa-mar 13:45 3.39 Preia-mar 19:46 0.55 Baixa-mar Sex, 2011-02-18 02:02 3.70 Preia-mar 08:16 0.32 Baixa-mar 14:28 3.57 Preia-mar 20:27 0.38 Baixa-mar Sab, 2011-02-19 02:44 3.84 Preia-mar 08:56 0.21 Baixa-mar 15:09 3.66 Preia-mar 21:08 0.31 Baixa-mar Dom, 2011-02-20 03:27 3.87 Preia-mar 09:37 0.21 Baixa-mar 15:52 3.66 Preia-mar 21:50 0.33 Baixa-mar Seg, 2011-02-21 04:11 3.79 Preia-mar 10:18 0.33 Baixa-mar 16:35 3.56 Preia-mar 22:34 0.45 Baixa-mar Ter, 2011-02-22 04:56 3.60 Preia-mar 11:02 0.54 Baixa-mar 17:20 3.39 Preia-mar 23:20 0.66 Baixa-mar Qua, 2011-02-23 05:44 3.32 Preia-mar 11:48 0.81 Baixa-mar 18:09 3.16 Preia-mar

Qui, 2011-02-17 01:35 3.40 Preia-mar 07:41 0.52 Baixa-mar 13:59 3.33 Preia-mar 19:53 0.50 Baixa-mar Sex, 2011-02-18 02:20 3.61 Preia-mar 08:22 0.31 Baixa-mar 14:43 3.49 Preia-mar 20:34 0.33 Baixa-mar Sab, 2011-02-19 03:04 3.75 Preia-mar 09:02 0.19 Baixa-mar 15:26 3.58 Preia-mar 21:15 0.23 Baixa-mar Dom, 2011-02-20 03:47 3.80 Preia-mar 09:42 0.18 Baixa-mar 16:08 3.57 Preia-mar 21:55 0.25 Baixa-mar Seg, 2011-02-21 04:30 3.73 Preia-mar 10:22 0.29 Baixa-mar 16:50 3.48 Preia-mar 22:37 0.38 Baixa-mar Ter, 2011-02-22 05:14 3.56 Preia-mar 11:03 0.51 Baixa-mar 17:35 3.32 Preia-mar 23:21 0.60 Baixa-mar Qua, 2011-02-23 06:00 3.30 Preia-mar 11:47 0.80 Baixa-mar 18:23 3.10 Preia-mar

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17 I fevereiro I 2011

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Departamento de Projectos, Obras e Equipamentos Municipais Divisão de Obras Municipais

Edital n.º 95/2011 2.ª Publicação EXPROPRIAÇÃO no âmbito da empreitada “Beneficiação da EN 125-4 (entre Valados e Goncinha)” José Macário Correia, Presidente da Câmara Municipal de Faro, TORNA PÚBLICO, em conformidade com o n.º 4 do artigo 11.º do Código das Expropriações, aprovado pela Lei n,º 168/99 de 18 de Setembro, que não tendo sido possível contactar os proprietários das parcelas de terreno necessárias à realização da obra em epígrafe, designadamente: Parcela

Proprietário

36 A

Aníbal João Leal de Almeida

54

Thierry Brotons

Morada Caixa Postal 866-Z - Valados, Sta. Bárbara de Nexe 8005-534 Faro Sítio dos Valados, Sta. Bárbara de Nexe 8005-534 Faro

Ficam por este meio notificados os proprietários/interessados de que as propostas para a aquisição das parcelas necessárias à implementação da referida obra e suas identificações se encontram à disposição dos mesmos na Câmara Municipal de Faro, no Departamento de Projectos, Obras e Equipamentos Municipais, situado no Largo de S. Luís, Edifício Celeiros II, n.º 11 C, 1.º andar, 8000-143 Faro. Para constar, e devidos efeitos se publica o presente Edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume, na Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe e publicados em dois números seguido de dois jornais mais lidos na Região, sendo um destes de âmbito nacional. Faro, 20 de Janeiro de 2011 O Presidente da Câmara Municipal (Jornal do Algarve, 17/2/2011)


A

GENDA

[23]

JORNAL do ALGARVE

CINEMAS I MÚSICA FARMÁCIAS I CRÍTICA

PREVISÕES

[CINEMAS]

[FARMÁCIAS]

FARO CINECLUBE DE FARO Ciclo "Por detrás do Amor" 21h30 21 - "36 vistas do Monte Saint-Loup" 28 - "Tamara Drewe" SBC CINEMAS - Fórum Algarve 17 a 23 fevereiro Sala 1 “72 horas” 12h30 (sábado e domingo) 15h20, 21h00 (diariamente) 00h05 (sexta e sábado) “A Outra Vida” 18.10 (diariamente) Sala 2 “O Amor é o Melhor Remédio” 16h55, 19h30, 22h00 (diariamente) 00h30 (sexta e sábado) “As Viagens de Gulliver” 12h05 (sábado e domingo) 14h30 (diariamente) Sala 3 “The Fighter” 14h00, 16h35, 19h10, 21h40 (diariamente); 00h20 (sexta e sábado) “Gru – O Maldisposto V.P.” 10h40 (sábado e domingo) Sala 4 “O Discurso do Rei” 11h20 (sábado e domingo) 13h45, 16h10, 18h35, 21h20 (diariamente); 23h50 (sexta e sábado) Sala 5 “Indomável” 11h50 (sábado e domingo) 14h15, 16h40, 19h05, 21h30 (diariamente) 23.55 (sexta e sábado) Sala 6 “Sexo sem Compromisso” 11h25 (sábado e domingo) 13h50, 16h20, 18h45, 21h10 (diariamente); 00.00 (sexta e sábado) Sala 7 “Cisne Negro” 14h35, 17h00, 19h25, 21h50 (diariamente) ; 00h25 (sexta e sábado) “Megamind” 10h20 (sábado e domingo) Sala 8 “Biutiful” 21h05 (diariamente) 00h10 (sexta e sábado) “Green Hornet” 14h40, 18h25 (diariamente) Sala 9 “Secretariat” 16.15,21.25(diariamente)00.15(sexta e sábado) “O Turista” 13.45, 18.50 (diariamente) “As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Caminheiro da Alvorada” 10.30 (sábado e domingo) GUIA Algarve Shopping 17 a 23 fevereiro Sala 1 "O Cisne Negro" 13h40, 15h55, 18h10, 21h35, 00h15* - qui a qua Sala 2 "Indomável" 13h15, 16h15, 18h45, 21h30, 00h00* - qui a qua Sala 3 "72 Horas" 12h45, 15h30, 18h15, 21h00, 23h45* - qui a qua Sala 4 "Hereafter - Outra Vida" 12h50, 15h40, 18h20, 21h05, 23h40* - qui a qua Sala 5 "O Turista" 13h00, 15h45, 18h50, 21h10, 23h30* - qui a qua Sala 6 "Sanctum" 13h30, 16h10, 18h35, 21h40, 00h05* - qui a qua Sala 7 "O Discurso do Rei" 13h20, 16h00, 18h30, 21h25,

ALBUFEIRA > 17, 18 - Alves de Sousa; 19 a 23 - Santos Pinto. ALCOUTIM > 17 a 23 - Caimoto. ALJEZUR > 17 a 23 - Furtado. ALMANCIL > 17 a 20 - Nobre Passos; 21 a 23 - Paula. ARMAÇÃO DE PÊRA > 17, 18 - Sousa; 19 a 23 - Edite. CASTRO MARIM > 17 a 23 - Moderna. FARO > 17 - Palma Batista; 18 Almeida; 19 - Do Montepio; 20 - Higiene; 21 - Caniné; 22 - Pereira Gago; 23 - Da Penha. LAGOA > 17, 18 - Lagoa; 19 a 23 José Maceta. LAGOS > 17 - Telo; 18 - Neves; 19 Ribeiro Lopes; 20 - A Lacobrigense; 21 - Silva; 22 - Telo; 23 - Ribeiro Lopes. LOULÉ > 17 - Martins; 18 - Chagas; 19 - Pinheiro; 20 - Pinto; 21 - Avenida; 22 - Martins; 23 - Chagas. MONCHIQUE > 17 a 20 - Moderna; 21 a 23 - Hygia. ODECEIXE > 17 a 23 - Odeceixence. OLHÃO > 17 - Progresso; 18 - Olhanense; 19 - Nobre Sousa; 20 - Brito; 21 Rocha; 22 - Pacheco; 23 - Progresso. PORTIMÃO > 17 - Carvalho; 18 - Rosa Nunes; 19 - Amparo; 20 - Arade; 21 Guilherme Dias; 22 - Central; 23 Pedra Mourinha. QUARTEIRA > 17, 18 - Miguel Calçada; 20 a 23 - Algarve. SAGRES > 17 a 23 - Sagres. S. BARTOLOMEU MESSINES > 17 a 20 - Sequeira Correia; 21 a 23 Algarve. SÃO BRÁS DE ALPORTEL - 17 - Dias Neves; 18 - S. Brás; 19 a 21 - Dias Neves; 22 - S. Brás; 23 - Dias Neves. SILVES - 17 a 19 - Guerreiro; 20 a 23 - A.M. João de Deus. TAVIRA - 17 - Felix Franco; 18 - Sousa; 19, 20 - Do Montepio; 21 - Maria Aboim; 22 - Central; 23 - Féliz Franco. VILA DO BISPO - 17 a 23 - Vila do Bispo. VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO - 17, 18 - Pombalina; 19 a 23 - Carrilho.

"Cisne Negro" 23h55* - qui a qua Sala 8 "Sexo Sem Compromisso" 12h55, 16h05, 18h40, 21h20 00h10* - qui a qua Sala 9 "Último Round" 13h10, 15h50, 18h25, 21h15, 23h50* - qui a qua * Sessão Válida 6ª e sáb

OLHÃO ALGARCINE 17 a 23 fevereiro Sala 1 "As Aventuras de Sammy: A Passagem Secreta" Diariamente - 14h00 sab/dom - 10h45 "Sanctum " ESTREIA Diariamente - 15h30/18h30/21h30 sex/sáb - 23h45 Sala 2 "Sexo sem Compromisso" Diariamente - 13h00/15h20/18h20 /21h20; sex/sáb - 23:40 Sala 3 "Entrelaçados" Diariamente - 14:00/16:00 sáb/dom - 10:40 "Secretariat" Diariamente - 18:15/21:15 sex/sáb - 23:45 PORTIMÃO ALGARCINE - Portimão 17 a 23 fevereiro Sala 1 "Sanctum (3D)" Diariamente - 15:30/18:00/21:30 sex/sáb - 00:00 Sala 2 "Indomável" Diariamente - 15:45/18:15/21:45 sex/sáb - 00:00 CASTELLO-LOPES 17 a 23 fevereiro Sala 1 "Sanctum " 13h40, 16h20, 19h00, 21h30, 23h55* - qui a qua Sala 2 "Indomável" 13h50, 16h30, 19h10, 21h40, 0h10* - qui a qua Sala 3 "O Turista" 13h30, 15h50, 18h20 - Qui a Qua "Hereafter - Outra Vida" 21h10, 23h50* - qui a qua Sala 4 "Sexo Sem Compromisso" 13h20, 16h10, 18h50, 22h00, 0h20* - qui a qua Sala 5 "O Cisne Negro" 13:00, 15:45, 18:30, 21:20, 0:05* - qui a qua Sala 6 "72 Horas" 13:10, 16:00, 18:40 - qui a qua "Último Round" 21:50, 0:15* - qui a qua * Sessão Válida 6ª e sáb

TAVIRA Cine-teatro António Pinheiro 21h30 17 -I“Mistérios de Lisboa” - I Parte

18 - “Mistérios de Lisboa” - II Parte 20 - "Machete" de Robert Rodriguez LUSOMUNDO - Gran Plaza Tavira 17 a 23 fevereiro "Indomavel" 13h20, 16h00, 18h40, 21h30, 00h20(6ª a sáb.) "Cisne Negro" 13h00, 15h40, 18h20, 21h10, 23h50(6ª a sáb.) "Sexo sem compromisso" 13h10, 15h50, 18h30, 21h20, 00h00 (6ª a sáb.) "Entrelaçados" 11h00(dom) "Sanctum" 13h30, 16h10, 18h50, 21h40, 00h15(6ª a sáb.) "72 Horas" 12h50, 15h30, 18h10, 21h00, 23h40(6ª a sáb.)

[MÚSICA] 18 e 19 - 11.º Festival de Música AlMutamid, 21h30, Albufeira, Lagos, Loulé e Lagoa. 18 e 19 - Festival Rock da Baixa Mar 18 - concertos de AGM Trio e Soundmind; dia 19: concertos de Arché XVII e Overflow, 22h00, antigo posto da GNR (Alto Santana), Tavira 20 - Concertos Promenade - Contos Musicados "Fogueira de Inverno", 12h00, no Teatro das Figuras, em Faro. 24 - Noite de Fado, no Casino de Vilamoura, Loulé. > Ensemble de Flautas, com Prof.ª Maria João Cerol do Conservatório de Música, 19h00, Casa Manuel Teixeira Gomes, Portimão. 25 - Café Concerto do Tempo, Tantas Lisboas, Marco Rodrigues, 22h00, no Teatro Municipal de Portimão. > - Noite de Fado, no Hotel Algarve Casino, Portimão. 26 - Noite de Fado, no Casino de Monte Gordo, Vila Real de Santo António Até 26 - Festival Sons do Fado 19 - 3.ª Eliminatória, 16h00, Porches 26 - Final, 21h30, Auditório Lagoa. "Música nas Igrejas" - Tavira 18 horas 19 - Silvino Campos, acordeão Ermida de São Sebastião 26 - Fernando Ponte, guitarra Ermida de Santa Ana Diariamente - Espetáculo "Divina Comédia", 22h30, encerra às segundas e terças, no Casino de Monte Gordo. - Espetáculo "Os 4 elementos do Zodíaco", 22h30, encerra às segundas e terças, na Praia da Rocha - Hotel Algarve Casino, Portimão. Até abril - "Fado ao Jantar", todos os domingos, no Restaurante A Vela, Carvoeiro, Lagoa.

17 I fevereiro I 2011

Hoje - Céu limpo. Vento fraco. Temp min. 10º máx. 17º Sexta-feira - Céu pouco nublado. Vento moderado. Temp min. 9º máx. 17º Sábado - Céu geralmente limpo. Vento fraco. Temp min. 10º máx. 18º Domingo - Céu geralmente limpo. Vento fraco. Temp min. 11º máx. 19º

Serviço permanente (24h): Alcantarilha (Maria Sequeira), Algoz (Monteiro), Alvor (Alvor), Areias S. João (Godinho Belo), Boliqueime (Cruz Ramos), Carvoeiro (Neves Furtado), Estoi (Ossónoba), Fuzeta (Mendes Segundo), Montenegro (Assunção), Praia da Luz (Praia da Luz), Vilamoura (Silva), Luz de Tavira (Maria Isabel), Monte Gordo (Internacional), S. Marcos da Serra (São Marcos), Guia (Neves Silva), Odiáxere (Moreira Barata), Estômbar (Vieira Santos), Alte (Horta Figueiredo), Sta. Catarina da Fonte do Bispo (Bota), Conceição de Faro (Leonardo), Praia da Rocha (Palma Santos), Ferragudo (Oliveira Martins), Ferreiras (Marques Silva), Mexilhoeira Grande (Ilda), Patacão (Huguette Ribeiro), Sta. Bárbara de Nexe (Coelho), Sta. Luzia (Picoito), Sto. Estêvão (Cesário Tavares), Olhos de Água (Olhos d'Água), Pêra (Paula Santos), Moncarapacho (Soares), Benafim (Rodrigues), Pechão (Pechão), Aeroporto de Faro, Portimão (Três Bicos), Conceição de Tavira (Conceição), Vila Nova de Cacela (Cacela).

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[AVARIAS] Já agora parabéns e que contem muitos

Fernando Proença

Peguei numa revista na casa de banho isto sim, seria um bom tema para o sociólogo Boaventura Sousa Santos. Diz-me que literatura tens no WC, dir-te-ei quem és. Na minha, a figura, quero dizer a publicação de proa, é a “Única”, revista do jornal “O Expresso”, o que poderá não dizer nada sobre o meu carácter, nem sobre a qualidade da dita, mas facilita o conhecimento derivado ao facto - já atrasadeca e vejo lá que recentemente fez dez anos a SIC Notícias. Como consta na primeira página da revista (no caso vertente a “Pública”): “10 anos da televisão que acelerou o país”. Nunca me tinha lembrado desta imagem, mas não está mal não senhor, ou pelo menos não está inteiramente mal. É verdade que a SIC, veio alterar o panorama dos noticiários. Tornou-os menos conservadores na forma e menos dependentes do dono, pelo menos do dono político imediato. Isto em relação à RTP. A TVI é farinha de outro saco (embora todos os sacos tenham uns buracos que misturam os conteúdos). É mais grosseira, muitas vezes adulterada, embora com bom aspecto. Que a SIC Notícias veio alterar o panorama dos noticiários veio, mas no caso só pela frequência das notícias. Aliás, um gajo fica maluco se ficar um dia inteiro a sintonizar uma estação assim: praticamente sempre as mesmas notícias (intervaladas com uns programas avulsos e fóruns para paranóicos de manuelmachadês), que a partir de certa altura, parecem saídas de um sem fim, onde as últimas do noticiário anterior pegam nas primeiras do próximo. Então para que servem estes canais? Para a malta (pronto, eu digo pessoas. Há que manter uma certa dignidade nestas matérias) que salta de canal em canal à procura de saber qual a cotação do Brent do Mar do Norte, ou se há muito trânsito na ponte 25 de Abril. O que me falta dizer é no entanto um bocadinho mais aborrecido: lembro-me dos bons velhos tempos em que fazia um programa numa rádio local. Os noticiários eram feitos a partir dos telexes da agência Lusa. Chegavam e eram assim editados. Parece-me que a SIC Notícias (mais as restantes estações noticiosas) trabalha assim, preguiçosamente nos pressupostos pelo qual se alinha a informação televisiva em Portugal. Sentados frente a um computador. Fazem bons programas de fundo sobre temas mais ou menos consensuais e sem grande conflitualidade (deficientes, estudantes portugueses no projecto Comenius, tias de Cascais que encontraram no Alentejo a razão da sua existência), mas encolhem-se em todos os outros domínios da nossa vida público/privada. Fazem assim (os canais de notícias) uma espécie de resumo diário mais ou menos descafeinado do que vai ocorrendo. Não se vê uma investigaçãozinha. Não se vê que sejam capazes de descobrir uma vigarice, nem que os próprio vigaristas insistam parta serem entrevistados em directo contando como conseguiram fazer milhares de telefonemas, avisando que as sardinhas que disseram que ofereciam a um governante, não passavam de capa para a realidade: os peixes oferecidos eram afinal corvinas. Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.


JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre prett endemos sensibilizar os nossos leit ores para a luta contra o plástico leitores (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.

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VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Aljezur rejeita passar ao lado das oportunidades

Câmara incentiva economia local A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António continua a incrementar medidas de apoio à competitividade económica do concelho, desta vez com duas novas medidas financeiras no âmbito da urbanização e edificação e do abastecimento de água e recolha de águas residuais. Estas medidas foram aprovadas hoje, em reunião da Câmara Municipal. Uma vez que o sector da construção civil é dos mais afectados pela conjuntura actual, mas é ao mesmo tempo um dos sectores que gera mais postos de trabalho, a autarquia deliberou, pelo prazo excepcional de seis

meses, conceder um desconto de 80% aos valores em vigor aplicáveis às compensações financeiras devidas ao Município pela não cedência de áreas para espaços verdes e equipamentos no âmbito do licenciamento das operações urbanísticas com impacte semelhante a loteamento. Estas novas medidas vêm juntar-se a outras tomadas durante os anos de 2009 e 2010 e que têm como principal objectivo aliviar os efeitos da crise que se tem sentido e que afecta sobretudo as instituições e os agentes económicos do concelho, repercutindo-se significativamente ao nível

CASTRO MARM

Economia do sal em debate O Auditório da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA, localizado em Castro Marim, recebe no próximo sábado o encontro sobre a temática “Economia do Sal e Flor de Sal em Castro Marim”, organizado pelo Jornal do Baixo Guadiana e pela Associação para a Geminação Castro Marim/Guèrande. O encontro, que decorrerá das 09h30 às 17h30, pretende debater a temática de forma a abrir novos horizontes relativamente à economia do sal no Baixo Guadiana. Recorde-se que actualmente cerca de 80 por cento das salinas estão desactivadas, apesar de este ser considerado o “Ouro Branco” de Castro Marim. A iniciativa conta com cinco painéis distintos onde se foca o enquadramento histórico e o associativismo; a área empresarial e o marketing; a Saúde, Alimentação e Biodiversidade; os Apoios; e finalmente a apresentação de um novo produto criado exclusivamente com o sal do Baixo Guadiana. Além das entidades organizadoras, estão confirmadas a presença de representantes da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA, CCDR Algarve, ERTA, AHETA, Qualifica, UAlg, Escola de Hotelaria e Turismo de VRSA, empresa Municipal de Castro Marim NovBaesuris, associações e cooperativas como a Tradisal e Terras de Sal, Associação Terras do Baixo Guadiana, bem como o historiador Hugo Cavaco, empresários, salineiros e formandos da actividade. O encerramento está a cargo de José Estevens, presidente Câmara Municipal de Castro Marim e da Associação Odiana.

social e familiar. No âmbito da mesma deliberação, está igualmente previsto manter os descontos de 20% em todas as taxas urbanísticas e também o desconto de 40% nas taxas aplicáveis ao licenciamento de estabelecimentos hoteleiros cuja categoria seja de pelo menos 4 estrelas ou qualquer outra actividade económica que crie, pelo menos, 15 postos de trabalho permanentes. Outra das medidas agora levada a cabo está directamente relacionada com a vertente turística do alojamento e similares de hotelaria, bem como do comércio e indústria locais,

sendo instituídos descontos nas facturas de abastecimento de água e recolha de águas residuais domésticas. De salientar que no início do mês a autarquia tinha já levantado aos proprietários de lotes na zona industrial, por um período de seis meses, o ónus de inalienabilidade sobre os terrenos em que se implantam os seus estabelecimentos industriais, apontando uma solução às empresas e proprietários em dificuldades, tendo em vista o equilíbrio das suas contas e, consequentemente, a dinamização da actividade industrial e sua competitividade.

O diagnóstico, a visão estratégica e as questões-chave que guiarão Aljezur nos próximos anos foram debatidas, no passado dia 4, na escola EBI/JI de Aljezur, no âmbito da Agenda 21 Local. Após esta grande reunião com associações, instituições e população em geral, a câmara considerou “substantivos” os contributos que resultaram desta iniciativa. As opiniões que a autarquia refere apontam para a necessidade de uma “verdadeira estratégia aglutinadora, partilhada por setores e atividades económicas, capaz de quebrar a sazonalidade, recuperar o património erigido, capaz de fixar os jovens, numa verdadeira empreitada de união de esforços e trabalho”. O debate resultou ainda noutra conclusão importante: “não será mais permitido que Aljezur passe ao lado das oportunidades” ou “deixe de as criar”!

Castro Marim sem antenas de televisão Projeto da autarquia custará 100 mil euros e permitirá à população ter acesso gratuito por cabo a quatro canais portugueses e a 20 canais espanhóis As antenas de televisão vão desaparecer da paisagem urbana da vila de Castro Marim. A Câmara Municipal tem em curso um projecto de remoção das antenas dos telhados das casas, que custará 100 mil euros e deverá estar concluído no próximo mês de junho. Esta operação, a cargo da empresa ZON, vai permitir aos residentes da vila histórica terem acesso gratuito, por cabo, aos quatro canais portugueses (RTP1, RTP2,SIC e TVI) e a, aproximadamente, 20 canais espanhóis. A desmontagem da totalidade das antenas existentes nos fogos, bem como as taxas de ligação e os equipamentos colectivos e individuais, necessários à disponibilização dos atuais canais em sinal aberto, serão suportados pela Câmara Municipal. Os trabalhos de desenvolvimento da rede por cabo decorreram em 2009 e 2010, estando, agora, reunidas as condi-

ções para que as ligações às casas possam ser efectuadas. Os responsáveis autárquicos frisam que o processo “terá carácter de obrigatoriedade” e está inserido “no âmbito da política de recuperação e valorização do património histórico, realizada na sede do concelho e de que são exemplo as intervenções realizadas no Forte de São Sebastião, na Colina do Revelim de Santo António e as projectadas para o Castelo, da vila de Castro Marim”. De acordo com a autarquia, o referido

investimento insere-se também numa política mais vasta de reabilitação urbana e valorização paisagística da vila de Castro Marim levada a cabo pela câmara municipal, no seguimento das requalificações da Envolvente Norte, da Entrada Poente, Envolvente da Escola Primária, Envolvente do Bairro Celorico Drago, Espaços Exteriores da Envolvente da Biblioteca Municipal, Envolvente dos Largos da Conceição e de Santo António, Requalificação das Voltas do Castelo e Acesso ao Cemitério.

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