Edição nº 2819 | 07 Abril 2011

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRECTOR: Fernando Reis

DE

Quinta-feira

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MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

7 de abril de 2011 I ANO LV - N.º 2819

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Preço 1,20

DO

ALGAR VE ALGARVE www.jornaldoalgarve.pt

PORTE PAGO - TAXA PAGA

FARO AGUARDA INVESTIMENTOS NO MAR EM PROL DE NOVA DINÂMICA ECONÓMICA

Zona marítima em vias de renovação com capitais privados P6

EM CAUSA ATRASOS NA ENTREGA DA CORRESPONDÊNCIA

NESTE NÚMERO

Carteiros são ofendidos diariamente pela população Sindicato diz que a culpa é dos Correios, devido à falta de efetivos, e já começou a distribuir panfletos a apelar às pessoas para reclamarem junto da empresa e não com os carteiros P5

Horácio Piedade, presidente da Junta de São Sebastião (Loulé):

Segurança e apoio social no topo das preocupações

Vila Real de Santo António:

Olhão:

Câmara quer pôr o comércio local na moda

Oitava Expomar é dedicada ao desenvolvimento sustentável das zonas costeiras

P3

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P6

P 10

Novo Livro de Teodomiro Neto

Utilizadores da Andaluzia prometem juntar-se à caravana

As Tentações da Maria Lua

Marcha contra portagens na A22 chega ao Guadiana

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EDITORIAL Um país de tanga Vinte seis anos depois da adesão de Portugal à CEE, através da assinatura do respectivo Tratado, em 12 de Junho de 1985, no Mosteiro dos Jerónimos, pela mão de Mário Soares, muita gente se questiona, hoje, se valeu a pena esse passo. Muito deste euroceticismo deve-se, sem dúvida, à grave situação em que se encontra hoje o país e à perceção de que na União Europeia é cada vez maior o fosso que separa os Estados ricos dos pobres. É o próprio Mário Soares que, num artigo publicado no jornal “El País”, a propósito do actual momento que vive a Europa, põe o dedo na ferida criticando a “suposta superioridade da Alemanha em relação aos restantes Estados Membros” que, de uma forma mais ou menos evidente, lhe vão obedecendo, não se coibindo de vaticinar, mesmo, se se persistir neste rumo, o fim da UE. Mário Soares diz que na UE desapareceu “ a igualdade e a solidariedade entre os Estados” e que “a Grécia, Espanha e Portugal podiam ter-se oposto às exigências de uma Alemanha que os lançava para a recessão. Mas não tiveram coragem de o fazer”.

E, efectivamente, reflectindo sobre o que foi para Portugal este quarto de século de integração Europeia, o que se constata é que, por entre os erros cometidos pelos sucessivos governos, as fraudes e incompetências e a má aplicação de muitos dos fundos que nos chegaram, há razões para não estarmos felizes com este casamento, ainda que nos agrade a ideia de uma casa europeia comum, como idealizou Jean Monnet. O país modernizou-se, temos portugueses nos mais altos cargos europeus, mas continuamos a estar entre os mais pobres. Sem agricultura, sem pescas, sem indústria e com um turismo debilitado, Portugal está na eminência de ter que vir a pedir ajuda externa, porque a austeridade dos PECs não foi suficiente para convencer os mercados e as agências de rating, sedentos de sangue, que somos capazes de reduzir o déficit das contas públicas. Vinte e seis anos depois da adesão à CEE, temos um país moderno mas de tanga! freisjornaldoalgarve@gmail.com

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VOZ DO POVO

PODER LOCAL HORÁCIO PIEDADE, PRESIDENTE DA JUNTA DE SÃO SEBASTIÃO (LOULÉ)

Segurança e apoio social no topo das preocupações

A crise trouxe consigo novas preocupações. No caso da freguesia de S. Sebastião, do concelho de Loulé, a segurança, o apoio social e o ordenamento do território estão no topo das prioridades. O presidente da junta de freguesia, Horácio Piedade, destaca ainda falta de políticas que permitam a fixação de jovens na zona rural Jornal do Algarve - A atual crise, veio de alguma forma alterar o plano de trabalho que a sua equipa tinha delineado no programa eleitoral? Horácio Piedade - Esta crise, realmente, veio alterar o nosso plano de trabalho, porque não estávamos a contar com os problemas sociais que nos têm surgido. Pela primeira vez tivemos de introduzir uma rubrica no nosso orçamento para que pudéssemos legalmente contribuir com ajudas às pessoas mais necessitadas da nossa freguesia. J.A. - Quais os maiores problemas que diagnostica na freguesia neste momento? H.P. - Os maiores problemas são aqueles que ultimamente nos têm surgido a nível social. Outro grande problema são os roubos que se têm acentuado nos últimos três anos, tanto no casco urbano da cidade como com alguns cidadãos estrangeiros no Sobradinho de Alfeição. Outro grande problema com que nos confrontamos é o corte nas verbas orçamentais que nos obriga a reduzir gastos tanto em despesas correntes como em capital. J.A. - Qual a estratégia adotada pela junta de freguesia para trabalhar esses problemas? H.P. - A estratégia é aquela que normalmente todos utilizam quando não têm dinheiro: redução dos gastos e deixar de fazer algumas obras, aquelas que consideramos menos prioritárias, esperando por dias melhores. Ao nível dos roubos, estamos em permanente contacto com as autoridades competentes as quais têm dado uma grande ajuda, aquando solicitadas, nomeadamente a GNR. J.A. - Quais os projetos ou obras previstas em que coloca um selo "prioritário" para a freguesia? H.P. - Em primeiro lugar ajudar, dentro das nossas possibilidades, as pessoas mais carenciadas da freguesia, bem como as associações e colectividades que atravessam alguma dificuldade.

Em segundo lugar, a reparação de toda a rede viária rural que todos os anos temos levado a efeito e que este ano

água e esgotos para o Monte Seco; a ligação da Urbanização Mira Serra à Rua da Marroquia; a intervenção prevista

económico da freguesia? H.P. - A estratégia adotada passa por uma rede viária em plenas condições que sirva de incentivo ao turismo, nomeadamente à zona de Vale Judeu, que neste momento serve de dormitório apoiando o turismo de Vilamoura. Passa também pela zona industrial, criando condições para que as empresas se continuem a instalar nesta freguesia, sendo para nós um dos polos de desenvolvimento. Entendemos ainda que outros dos polos de desenvolvimento necessários passa pela revisão do PDM, visto o atual não estar adequado à realidade, prejudicando a fixação dos jovens na parte rural da freguesia. PUB

"A zona industrial é um dos principais polos de desenvolvimento da freguesia" está muito deteriorada. E em terceiro lugar, em colaboração com a câmara municipal ver se é possível concretizar alguns projetos que estão em carteira, como por exemplo: a

para o Largo de São Francisco e a concretização do projeto frente ao Convento de Santo António. J.A. – Qual a estratégia definida para o desenvolvimento

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Acha que Portugal deve recorrer à ajuda externa? Manuel Inácio, reformado O nosso país deve evitar isso a todo o custo. Isso só significará mais medidas de austeridade e menos empregos, mais impostos e menos justiça social. Será passar de mal a pior. E vamos passar o resto das nossas vidas a pagar as dívidas pela má gestão dos nossos governantes.

Maria do Céu Ribeiro, empregada de balcão Não sei. Como o nosso país está neste momento, talvez seja a única solução. Mas não será fácil salvar Portugal desta crise, mas espero que os estrangeiros que vierem para cá endireitar as contas públicas consigam governar melhor o nosso país do que os que cá estiveram nos últimos anos.

Zeferino Viegas, reformado Acho que deve pedir ajuda externa. Portugal está muito empenhado e já não há dinheiro para pagar certas coisas.


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EM CAUSA ATRASOS NA ENTREGA DA CORRESPONDÊNCIA

Carteiros ofendidos diariamente pela população Sindicato diz que a culpa é dos Correios, devido à falta de efetivos, e já começou a distribuir panfletos a apelar às pessoas para reclamarem junto da empresa e não com os carteiros > DOMINGOS VIEGAS Os carteiros algarvios dizem que estão fartos de ser ofendidos pela população devido aos atrasos na entrega da correspondência e acusam a empresa CTT-Correios de ser a culpada da situação, por não ter trabalhadores em número suficiente que garanta um serviço de qualidade. Em Loulé, Lagos e Olhão já houve inclusivamente plenários de trabalhadores para transmitir à empresa os problemas que têm diariamente no seu dia a dia. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) também já começou a distribuir um folheto onde apela à população algarvia para que, quando considere que o serviço é mal efetuado, reclame diretamente nas estações dos Correios ou nos Centros de Distribuição Postal, através do Livro de Reclamações, e não junto dos carteiros. Fernando Lima, do SNTCT, garantiu ao Jornal do Algarve que os carteiros “são ofendidos diariamente na rua”, pois na maior parte da região “só o correio azul está a ser entregue a tempo e horas“, enquanto que o restante “é entregue, no melhor dos casos, de três em três dias e fica a aguardar num caixote”. Tudo isto, porque “a empresa não substitui os carteiros que se reformam, nem re-

nova contratos, ou seja, não preenche os postos de trabalho”, explica. A solução encontrada pelos Correios para colmatar a falta de car teiros tem sido a contratação de trabalhadores externos à empresa, que o dirigente sindical considera “tarefeiros, sem qualquer formação para aquele serviço, aos quais os Correios lhes entregam um colete e a correspondência para distribuir”. Para Fernando Lima, esta situação e a falta de carteiros estão a levar à “degradação total do serviço de distribuição dos Correios”. O dirigente sindical recordou que os Correios pretendem reduzir cerca 15 por cento dos gastos, mas não se conforma com a política escolhida para atingir esses objetivos. “Não reduziram ao nível das chefias, mas sim à custa dos carteiros, dos funcionários de balcão e, consequentemente, à custa do serviço”, lamenta Fernando Lima, lembrando que os Correios “são um serviço público que, não tendo que dar prejuízo, também não tem que dar lucro. Tem sim que garantir a chegada da correspondência aos clientes, todos os dias e sem erros”. O sindicalista garante que o problema existe em toda a região, mas frisa que um dos piores casos é o de Loulé, onde já faltam seis carteiros. “São seis giros que têm de ser efetuados pelos carteiros que restam.

Fernando Lima, do SNTCT, diz que “só o correio azul é que está a ser entregue a tempo e horas”

Num dia fazem metade do seu giro e metade do giro que era efetuado pelo colega que já não está lá, no outro dia fazem o resto, no dia seguinte distribuem correio azul e assim sucessivamente”, explica, considerando ainda que esta situação “é uma contradição” numa altura em que os carteiros de Loulé foram distinguidos como os melhores vendedores de produtos comercializados pelos Correios. “Há uma grande pressão para que os carteiros vendam lotaria, telefones e todos os restantes produtos que são comercializados pela empresa. E os carteiros de Loulé até foram considerados os melhores do país na venda destes produtos. Então, se a empresa valoriza tanto estas vendas, como é

que permite que haja cada vez menos trabalhadores?”, questiona o dirigente sindical. Fernando Lima diz que o sindicato está consciente da crise que o país atravessa, mas garante que, no caso dos Correios, “tanto a crise como aquilo a que os Correios deram o pomposo nome de Englobamento e Segmentação do Trabalho, está a servir para escravizar autenticamente os trabalhadores”. O dirigente sindical mostra-se também preocupado com o futuro próximo, já que a partir do final deste mês de abril começa o período de férias dos carteiros, uma situação que poderá aumentar ainda mais os problemas no serviço de distribuição.

ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA DO TURISMO DO ALGARVE DECIDE ELEIÇÕES ANTECIPADAS

Polémica em torno da presidência da ERTA continua A polémica em torno da presidência da Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA) continua ao rubro. Esta segunda-feira, a juíza do Tribunal Administrativo de Loulé pronunciou-se sobre a questão no âmbito da providência cautelar apresentada por Nuno Aires. A juíza decidiu validar os atos praticados por António Pina desde o dia 14 de março, altura em que reassumiu a presidência da ERTA. Em declarações ao JA, António Pina comentou: “Vamos esperar que se pronuncie sobre a questão de fundo”, ou seja, quem tem legitimidade para assumir o cargo em causa. A Assembleia Geral da ERTA esteve reunida na passada quinta-feira, onde, além da restante ordem de trabalhos, que incluía a aprovação de contas, a questão da legitimidade da liderança da entidade voltou a ser falada. O presidente da Assembleia Geral, Elidérico Viegas deu conta da providência cautelar apresentada por Nuno Aires e do pedido de esclarecimentos que foi solicitado a Elidérico Viegas e António

Pina pelo Tribunal. Em declarações ao JA, Elidérico Viegas disse esperar que a decisão final deverá ser conhecida em breve. Na mesma reunião foi apresentada uma carta que solicita eleições antecipadas por forma terminar a polémica. Para que o pedido fosse tomado em consideração era necessária a assinatura de pelo menos um terço dos membros da Assembleia Geral, o que se verificou. Entre as assinaturas favoráveis a esta solução estão os nomes dos representantes da CCDR Algarve, Universidade do Algarve, das câmaras de Aljezur, Tavira, Portimão, Vila do Bispo e Lagos, UGT, Direção Regional da Cultura e Escola de Hotelaria e Turismo. Face a este pedido em plena harmonia com os regulamentos, Elidérico Viegas marcou uma assembleia extraordinária para o dia 11, pelas 15h00. Caso este pedido receba votos favoráveis de dois terços dos membros da Assembleia, serão marcadas eleições antecipadas para escolher nova direção da ERTA. S.C.S.

FICÇÕES

[23.] O espaço duplo

José Carlos Barros

DESDE MUITO CEDO (conta João Alberto) que me seduziu o jogo da bola. O meu pai foi um conhecido futebolista; andou nas seleções; jogou em dois dos maiores clubes nacionais. E eu cresci a ouvir histórias antigas dos Magriços, do Eusébio e do Mário Coluna, do Manuel Duarte e do Jaime Graça, da reviravolta com os coreanos ou do três a um ao Brasil de Pelé em mil novecentos e sessenta e seis. Não esquecerei nunca as tardes de domingo da minha infância nas bancadas dos estádios ou em casa, em grupo, a ouvir os relatos na rádio. O futebol, para mim, representa ainda hoje esse fascinante espaço de irrealidade e abstração, de magia e irracionalidade, esse território fora do mundo concreto, essa possibilidade de evasão e exaltação, de movimento e festa, de glória e infortúnio. E é do futebol, ainda, que guardo as memórias mais fortes da minha infância e juventude: momentos de arte pura, de sortilégio, de milagre: imagens que perduram – de uma finta de Chalana à elegância de Damas em voo, do número nove na camisola de Hector Yazalde ao golo de Jacques aos oitenta e nove minutos em Glasgow, da classe de Humberto Coelho no centro da defesa a cada um dos vinte golos de Radi Zdravkov a jogar numa equipa da província com equipamento à Barcelona. TAMBÉM EU, como quase todas os seduzidos pelo jogo da bola, tenho o meu clube, a minha equipa. Este espaço de pura libertação e festa só faz sentido quando assumido na irracionalidade de um grupo que une os iniciados contra o resto do mundo. O futebol não teria metade do fascínio se a equipa de arbitragem não estivesse sujeita ao erro em permanência, do mesmo modo que o sobressalto decorre de sabermos que um atleta, a cada momento, é capaz de transcender-se em inspiração e magia ou, por outro lado, descambar em inexplicável inépcia. O remate do avançado por cima da barra quando tem a baliza à mercê, o fora de jogo não assinalado pelo árbitro auxiliar a um artista deslocado seis metros além do último defesa adversário ou o frango, cheio ainda de penas, do guarda-redes em pânico que vê a bola entrar-lhe devagarinho por entre as pernas abertas na base e apenas unidas à altura dos joelhos – eis exemplos de um desacerto necessário à perfeição do jogo, do mesmo modo que a arte maior não existe sem o sortilégio da imperfeição. E é por isso que sou injusto quando assisto a um jogo da minha equipa – no entendimento, desde logo, de que não existe justiça se o meu clube não for o beneficiado dela. MAS DESTE ESPAÇO de irracionalidade não decorre a inevitabilidade da indecência ou do dislate contumaz. E o que temos assistido nos últimos tempos no futebol português só pode envergonhar-nos de gostarmos do jogo da bola e de termos deixado de compreender que o fanatismo saudável não pode retirar ao futebol a capacidade da decência e do respeito pelos outros. A irresponsabilidade absoluta dos mais responsáveis pelos clubes e pelo futebol português parecem levar-nos a passos gigantes, guiando com eles os adeptos, para a irracionalidade a tempo inteiro. O MEU PAI (e eu só aos poucos o vou compreendendo) não se cansa de dizer o quanto soube respeitar os golos do Peres contra a sua equipa ou a valorizar gestos como o de Yashin quando cumprimentou Eusébio, que acabara de lhe marcar um golo, por ter diante de si um adversário brilhante e um homem decente.


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FARO AGUARDA INVESTIMENTOS NO MAR EM PROL DE NOVA DINÂMICA ECONÓMICA

Zona marítima de Faro em vias de renovação com capitais privados Tanto o IPTM como a Câmara Municipal de Faro mostram satisfação no surgimento de propostas de investimento privado que promoverão uma nova dinâmica económica para a cidade e um novo posicionamento e relacionamento da capital algarvia com o mar. Em causa estão dois projetos cujo valor de investimento somado deverá rondar os 70 milhões de euros > SOFIA CAVACO SILVA O Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) é responsável por duas áreas marítimas da cidade de Faro que são apontadas como estratégicas para o desenvolvimento da cidade e cujos impactos podem extravasar as fronteiras concelhias e até regionais. Em causa está a zona do Porto Comercial e áreas adjacentes e a zona das Docas junto ao Hotel Eva, alguns terrenos contíguos ao longo da linha férrea e a zona exterior do Hotel Eva. De acordo com as contas feitas pelo IPTM, o investimento total previsto é de 70 milhões de euros e que após conclusão e início de funcionamento irão resultar em receitas para o IPTM na ordem dos 250 mil euros anuais, a que acresce uma variável que resulta do volume de negócios que em termos médios poderá atingir um valor idêntico ao fixo. "Podemos estimar em 500 mil euros anuais" de receitas, explica o diretor delegado do IPTM, Brandão Pires. Verbas que permitirão reforçar o orçamento do IPTM e dar origem a novos investimentos na áreanáuticaqueestáareceberum interessecrescentedeinvestidores de Barlavento a Sotavento.

Em declarações ao JA, o edil farense, Macário Correia, admite que os projetos são interessantes e poderão criar muitos empregos e ter "efeitos colaterais que suscitarão muitas outras atividades complementares". "O seu arranque é desejado por Faro há muito tempo porque é uma cidade manifestamente metida no mar e bem mas que tem falta que algumas coisas aconteçam, porque isto tem um efeito cascata. Umas coisas geram outras", acrescenta. "É urgente para que Faro tenha um ritmo de desenvolvimento compatível com o seu estatuto", concluiu o autarca, que, contudo, frisa: "Estamos ainda na fase de intenções, ainda há um longo caminho até à aprovação final e até ao arranque das obras". Não obstante, admite-se satisfeito por ver que mesmo em período de crise estão a surgir investidores privados interessados e garante que a autarquia vai empenhar para que as questões burocráticas possam ser resolvidas dentro dos melhores prazos.

Projeto para zona do Porto Comercial Para a zona do Porto Comercial surgiu um anteprojeto que está agora a ser divulgado através de edital e que prevê a cons-

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trução de um Centro de Apoio e Formação a mega iates. Brandão Pires diz que o que está previsto é uma compatibilização da "atividade do Cais Comercial que é para manter e se possível para aumentar - com um Centro de Apoio e Formação a Mega Iates. É um segmento que ao contrário da economia em geral está em crescimento. Há procura e existe uma grande falta quase desde Inglaterra e mesmo na Espanha há alguma falta de apoio para essas embarcações". Esse apoio será fornecido em duas vertentes, ou seja, com a manutenção das embarcações e com a formação de tripulações, uma área em que o projeto agora apresentado aponta para uma relação próxima com a Universidade do Algarve, com a Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve e com uma instituição inglesa de referência nesta área. Brandão Pires explica ainda que o projeto está agora a ser objeto de análise de possíveis concorrentes. Se surgirem novas propostas que sejam igualmente interessantes em termos de projeto e contrapartidas para o Estado, será aberto um concurso público. Se não surgirem novas propostas, o projeto apresentado pela empresa Prime-Yates, de Carlos Sousa também

Brandão Pires explica de que forma os projetos previstos para a zona podem mudar a dinâmica da capital algarvia

conhecido pelas suas participações no Rali Dakar, avançará para as fases de estudos ambientais e licenciamentos. Este ou outro projeto para esta zona envolverá sempre pareceres do ICNB, do Parque Natural da Ria Formosa, da CCDR Algarve, da Câmara Municipal de Faro, da Administração Regional Hidrográfica, da Marinha e do IPTM, estudos de impacto ambiental e cumprimentos das regras ambientais. Para já, este anteprojeto prevê um conjunto de intervenções urbanas para as zonas de formação, hospedagem de alunos e das equipas e tripulações assim como a criação de alguns estaleiros de manutenção dos mega iates. "Pretende-se que estejam cá durante todo o ano cerca de uma dúzia de mega iates o que é suficientemente rentável para uma atividade deste tipo em que se faz a manutenção sobretudo durante o inverno, para além de outras manutenções mais curtas", acres-

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centa Brandão Pires. "É uma ideia interessante porque requalifica toda aquela zona", comenta. Caso o projeto se concretize, as contrapartidas para o IPTM serão as decorrentes das tabelas existentes pela utilização de espaço e uma outra percentagem que resulta da receita bruta gerada pela atividade. "É um pouco o que se passa com as concessões das marinas", explica o diretor delegado do IPTM. Neste caso, as previsões de investimento atingem os 30 milhões de euros e a criação de 150 postos de trabalho diretos e cerca de 250 postos de trabalho indiretos. Apesar de admitir que se trata de um projeto importante para a cidade de Faro e que lhe dará nova dinâmica económica e uma nova dimensão turística, Brandão Pires prevê que na melhor das hipóteses o projeto esteja concretizado e a funcionar em 2013. "Se não aparecerem outros concorrentes é preparado um contrato e a empresa começa a desenvolver o projeto. Se houver mais propostas demora mais o tempo do concurso", comenta, acrescentando que a imprevisibilidade do processo ambiental também poderá atrasar os prazos previstos. A concretizar-se, o projeto será "importante para Faro, para o Algarve e até para o país. Seria o único porto vocacionado para este segmento bastante elevado. Para Faro seria uma aposta estratégica interessante", comenta Brandão Pires. "A única coisa de algum modo semelhante é a Marina de Vilamoura, que agora está em processo de adaptação de uma área para receber apenas mega iates. Mas é só para entrada e não para a vertente de manutenção e formação de tripulações", acrescenta, frisando a possibilidade de Faro poder passar a acolher cruzeiros de média dimensão e de poucas pessoas mas com muito dinheiro. Um segmento que diz estar em franco progresso apesar da crise mundial.

Projeto para zona das Docas de Faro Também em desenvolvimen-

to está um projeto para a zona das Docas de Faro, que tenta de alguma forma recuperar o projeto do Porto de Recreio de Faro, o qual acabou por não ser construído. Recorde-se que o projeto tinha um orçamento inicial de quatro milhões de euros com cofinanciamento comunitário que acabou por perder, uma vez que só ficou concluído após o encerramento desses fundos para o Algarve. Mesmo assim, depois de concluídos o projeto e a emissão da declaração de impacto ambiental, o custo já tinha aumentado para os nove milhões de euros. Brandão Pires diz que foi contactado por Macário Correia para que fosse encontrada uma solução que pudesse viabilizar o projeto. Para o efeito, ambas as entidades pretendem abrir concurso público para que investidores privados possam concretizar o projeto mediante uma concessão alargada que poderá rondar os 60, 70 ou até 80 anos. Para que o projeto se torne mais interessante aos olhos dos privados, as entidades envolvidas decidiram alargar a área do projeto inicial e incluíram mais alguns terrenos de Domínio Público Marítimo. "Desse ponto de vista, poderia ser rentável e estou a falar por exemplo de construir um outro hotel equivalente ao Hotel EVA e que o plano de urbanização de Faro permite essa construção. Por outro lado, permite encontrar uma solução que satisfaça os clubes que neste momento existem [Sport Faro e Benfica e Ginásio de Faro] e permite construir o Porto de Recreio que seria explorado a longo prazo", explica Brandão Pires. Com a inclusão de mais terrenos e a possibilidade de construção de um hotel e outras estruturas, o projeto deixa o seu orçamento de nove milhões para entrar num orçamento previsível de 30 a 40 milhões de euros. "É a única forma de ser feito e de se requalificar toda aquela zona", defende Brandão Pires.


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Castro Marim cria programa de passeios pedestres A Câmara Municipal de Castro Marim está a organizar até ao próximo mês de maio o projeto Concelho a Caminhar, um programa de dinamização dos percursos pedestres existentes no concelho. Com esta acção, Castro Marim garante aos adeptos das marchas-passeio um calendário de atividades no município, evitando as longas deslocações para poder desfrutar deste tipo de atividades e, ao mesmo tempo, elucidar os participantes sobre os percursos pedestres existentes no município. A primeira destas marchas passeio decorreu na última semana junto à localidade de Monte Francisco e a segunda está agendada para o dia 10, um percurso de 12 quilómetros, na freguesia de Odeleite, através da mata das Terras da Ordem. A programação prossegue depois com passeios na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA (10 quilómetros, no dia 30), Azinhal (oito quilómetros junto ao Guadiana, no dia 15 de maio) e Altura (de cinco a sete quilómetros num passeio urbano e pela praia, no dia 29 de maio). Trata-se de uma iniciativa da Divisão de Cultura e Desporto da Câmara Municipal de Castro Marim, que conta com o apoio da Associação ODIANA e da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA. Para mais informações e recolha dos mapa de percursos, os interessados devem dirigir-se ao Gabinete de Apoio ao Munícipe, juntas de freguesias e espaços internet de Altura e Monte Francisco.

“Peddy paper” em Alta Mora A Associação Recreativa, Cultural e Desportiva dos Amigos de Alta Mora (ARCDAA) organiza no próximo domingo a oitava edição do Peddy Paper/Passeio Pedestre Cumeada de Alta Mora. O passeio, com início às nove da manhã, na sede social da ARCDAA, em Alta Mora, concelho de Castro Marim, consiste na realização de um percurso pedestre circular com, aproximadamente, oito quilómetros, ao longo dos quais os participantes (constituídos por equipas) são desafiados a superar diversas provas baseadas em jogos tradicionais e artes/ofícios, respondendo a um diversificado leque de questões de cultura geral e saberes locais. Os interessados em participar devem inscrever-se através de e-mail (arcdaa@gmail.pt) ou telefone (965284657 e 281510778).

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Câmara quer pôr o comércio local na moda Iniciativa Artêxtil inclui exposições e seminários, entre outras ações destinadas a promover o comércio da cidade, principalmente o que está ligado aos têxteis-lar Chama-se Artêxtil, pretende aliar a arte ao comércio de têxteis para promover a atividade comercial de Vila Real de Santo António (VRSA) e vai começar já no próximo dia 14, prolongando-se ao longo de todo o ano. Esta iniciativa da Câmara Municipal de VRSA começa com a inauguração de uma exposição de arte têxtil constituída por 14 painéis gigantes, colocados em vários locais da cidade. Estes painéis consistirão em intervenções têxteis produzidas por artistas plásticos, numa mescla bastante original, sobretudo pelo modo como se irá tirar partido do cruzamento entre os materiais têxteis comercializados na cidade e a performance estética dos criadores contemporâneos. Outra das ações inserida na Artêxtil é a denominada Semana Económica, que decorrerá em maio. Além de uma exposição da actividade económica da cidade e das principais indústrias a ela associadas,

com particular destaque para o têxtil-lar, o programa inclui ainda a realização do seminário “Conhecer Mais - Fazer Melhor”. O evento contará com a presença de comerciantes, associações e individualidades do comércio regional e nacional, para que, em conjunto, sejam procuradas respostas e orientações para um setor que envolve, direta e indiretamente, uma percentagem muito significativa da população do concelho.

“Associando a Arte Pública à promoção da economia e, nomeadamente, da atividade comercial, o objetivo da Artêxtil será dinamizar o comércio local, atraindo mais pessoas para as ruas da cidade, não só os próprios munícipes como visitantes”, explicam os responsáveis autárquicos. Com esta iniciativa, a Câmara Municipal de VRSA quer mostrar que o comércio do concelho está, definitivamente, na moda. “As ruas da cidade são

diariamente percorridas por um alargado número de pessoas que procuram bens e serviços diversificados, desde o têxtil-lar à restauração, passando, entre outros, pela joalharia e o pronto-a-vestir, numa atmosfera que os lojistas, em conjunto com a autarquia e o setor associativo, não só acarinham, como também pretendem melhorar”, frisam os mesmos responsáveis. Recorde-se que a dinâmica da actividade comercial vila-realense, com um carácter multifacetado, tem no ramo têxtil-lar um dos seus principais protagonistas, representado por dezenas de estabelecimentos que dão às ruas da cidade um ambiente alegre e animado, proveniente da exibição colorida de artigos têxteis portugueses. Estes artigos são bastante procurados por estrangeiros, sobretudo espanhóis, que os encontram em VRSA com uma qualidade única e a preços atrativos.


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Oitava Expomar é dedicada ao desenvolvimento sustentável das zonas costeiras

Júlio David, 74 anos, é o criador dos "farrobitos de Albufeira", uma receita original que se destacou entre 70 propostas

ALBUFEIRA APRESENTA RECEITA ORIGINAL BASEADA NOS PRODUTOS LOCAIS PARA PROMOVER CONCELHO

"Farrobitos" entram na galeria dos melhores doces do mundo Tal como os pastéis de Belém, as queijadas de Sintra ou os ovos moles de Aveiro, os farrobitos de Albufeira também pretendem ficar ligados à história da doçaria nacional e mundial. Esta receita original, confecionada com os melhores produtos do concelho, foi a grande vencedora do concurso Doce Típico de Albufeira, onde participaram 70 concorrentes > NUNO COUTO Farinha de alfarroba, amêndoa, mel (em substituição do açúcar) e azeite (em detrimento da manteiga). Estes são os ingredientes do grande vencedor do concurso Doce Típico de Albufeira, anunciado na quinta-feira, na câmara municipal. Júlio David, 74 anos, é o criador dos "farrobitos de Albufeira", uma receita original que se destacou entre os 70 concorrentes. "Inventei mais de uma dúzia de receitas até encontrar o doce perfeito, sem qualquer ajuda de livros ou receituários antigos", revelou o pasteleiro, que passou "uma vida a fazer bolos" nas melhores pastelarias de Lisboa e de outros pontos do país. O grande sonho de Júlio David, assim como da autarquia, é que este doce se torne a "cara" do concelho na área da doçaria, tal como os pastéis de Belém, as queijadas de Sintra, os ovos moles de Aveiro, as cavacas das Caldas da Rainha ou as rotundas de Viseu são para os seus municípios. "É com muita emoção que vejo o meu doce representar o concelho", afirmou o pasteleiro de 74 anos, que se dedica nos últimos anos à criação de "doces saudáveis", apelan-

do para que "continuem com a tradição da doçaria regional". "Eu já estou velho", frisou, de sorriso aberto. Para além do grande vencedor, o júri do concurso, composto por cinco elementos - chefe Henrique Leandro (Associação de Cozinheiros e Pasteleiros do Algarve), Martim Cabral (jornalista SIC), Filipe Martins (Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve), Renato Costa (escritor e gastrónomo) e Carla Ponte (câmara de Albufeira) - decidiu ainda atribuir quatro menções honrosas, nomeadamente ao Centro de Dia do Rossio, à Turma CEF 6 Escola EB 2,3 Francisco Cabrita, a Fátima Ramos e à Sociedade Agrícola e Industrial do Algarve.

"Uma (doce) referência do município" "Todos os concorrentes apresentaram receitas representativas do seu território e deram um contributo precioso para a promoção e preservação do património gastronómico da região algarvia", realçou o presidente do júri, Renato Costa. Segundo o gastrónomo, o júri avaliou os doces de acordo com os critérios de "originalidade", "degustação", "apresentação", "viabilidade de produção e comercialização a ní-

vel empresarial", bem como "as condições de conservação e durabilidade". O vencedor - os farrobitos de Albufeira de Júlio David recebe 1.500 euros e vai agora ver o seu doce ser comercializado "por todas as pastelarias, doçarias e restaurantes do concelho". "Trata-se de um produto que vai ser uma referência do município", disse o presidente da autarquia. Segundo Desidério Silva, face ao elevado número de concorrentes e de receitas de qualidade que foram apresentadas no concurso Doce Típico de Albufeira, a câmara pretende organizar um evento anual no âmbito da doçaria. A realização de uma feira de doçaria terá como objetivo "valorizar as receitas melhor classificadas, criando as condições para a sua comercialização, numa lógica de dinamização da gastronomia associada ao concelho de Albufeira".

A Feira do Mar e das Atividades Náuticas de Olhão - Expomar abre hoje, dia 7, o seu recinto localizado no Jardim Pescador Olhanense. Esta é a oitava edição deste evento impulsionado pela autarquia olhanense, em colaboração com a Universidade do Algarve, Ministério e Direção Geral das Pescas e Aquicultura, IPIMAR e Parque Natural da Ria Formosa. Este ano, o evento é dedicado ao Desenvolvimento Sustentável das Zonas Costeiras e apresenta as exposições "Riscar a Ria" e Meios e Atividades da Marinha. A autarquia considera estarem criadas as condições para que nesta edição sejam abordadas questões relacionadas com a investigação e dar-se-ão a conhecer as novidades ao nível da pesca e da aquacultura, pesca desportiva, embarcações de recreio, equipamentos, campismo e caravanismo e artigos de desporto, entre outros. O recinto vai estar aberto ao público até dia 19 e conta

com uma área de exposições, espaço lúdico e cultural e um programa de atividades variadas como é o caso das demonstrações de cães de água marcadas para os dias 9 e 10, pelas 17h00. O visitante tem ainda oportunidade de passear na Ria Formosa a bordo do Caíque do Bom Sucesso nos mesmos dias, com partida marcada para as 16h00. A organização está ainda a

lançar um convite para a participação numa ação de limpeza de praia na ilha da Armona, que se realizará durante a manhã do dia 8. O Cais T de Olhão é o ponto de encontro dos participantes, que podem solicitar mais informações e realizar as devidas inscrições junto da Divisão de Ambiente e Recursos Naturais do Município de Olhão ou através dos contactos 289700100 e ncalvinho@cm-olhao.pt.

Instituto Geográfico leva “Finis Portugalliae” ao castelo de Castro Marim A Igreja do Castelo de Castro Marim tem patente, até ao próximo dia 15, a exposição “Finis Portugalliae”, a segunda mostra integrada no ciclo de exposições do Instituto Geográfico Português do Exército. Esta exposição aborda acontecimentos determinantes na delimitação da fronteira terrestre e os conflitos inerentes, divulgando o trabalho a nível da cartografia e da arquitectura militar em Portugal. O ciclo de exposições, promovido pelo Regimento de Infantaria nº 1, de Tavira, em colaboração com a autarquia local, começou a 1 de fevereiro, com a exposição “Operações Militares no Norte de Portugal durante as invasões Francesas”, e prolonga-se até ao final deste mês. Na última quinzena de abril estará patente ao público a mostra “Cursos e Percursos para o Mar Oceano”. Através desta exposição, o visitante ficará a perceber a importância dos rios portugueses e o seu contributo na delimitação

natural e consolidação da nossa extensa região fronteiriça. A iniciativa do Regimento de Infantaria n.º 1 do Exército “é um testemunho da maior importância para um melhor conhecimento do país do ponto de vista cartográfico e militar, mas também a sua ação na estratégia militar, durante as invasões francesas”, sublinha a autarquia castro-marinense.

Bordados em exposição no Alportel O Centro Museológico do Alportel está a apresentar uma exposição de bordados até 29 de maio. A exposição intitulase "Bordados com Tempo e Arte" e os trabalhos são da autoria de alunos de projetos de formação de adultos e da Universidade Sénior de São Brás de Alportel.

A iniciativa é promovida pela autarquia, que desta forma dá a conhecer a habilidade do Grupo de Bordadeiras de Alportel e a sua dedicação a estes trabalhos tão minuciosos quanto tradicionais.


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NOVO LIVRO DE TEODOMIRO NETO

As Tentações da Maria Lua > SAMUEL VIRRON Numa primeira edição esgotada, o novo livro do historiador e professor jubilado vem por novos caminhos, lapidar e mordaz, numa obra que aglutina uma visão dos tempos de uma infância, até aos tempos finais. O livro é um memorial de vidas, num tempo em que se sobrevivia no pântano de uma guerra mundial e de um país que se mirava ao espelho de uma Alemanha nazi, com todos os reflexos numa aldeia de Portugal, em S. Bartolomeu. O regresso do homem que quer, antes da morte, reviver a sua terra na companhia do neto, em que o ontem e o hoje se cruzam em diálogos e em códigos não atendíveis à nova geração, mas gostosamen te saudáveis. Este é um livro em que a espera da morte tem uma beleza surpreendente; em que a amizade da inocência se transporta para a idade do amor, e, na consciência juvenil, se foi construindo o tempo do futuro. A construção do livro, num português em que o autor partilha com o leitor a responsabilidade em separar os discursos, numa escrita clara e concisa, em que a matéria se reduz ao essencial, num discurso prático, bem organizado e articulado de forma lógica, coerente e eloquente. “As Tentações de Maria Lua” levamnos de surpresa em surpresa . Samuel Virron - Permita que o trate como sempre foi, “o meu professor”. Estive em Messines,

na apresentação do seu livro. Os convidados à apresentação foram repetindo que o texto se situava em S. Bartolomeu de Messines. E o professor, desfazendo e repetindo, S.Bartolomeu. Pode desfazer esse equívoco, sempre repetido? Teodomiro Neto - Certamente. Mas antes quero agradecer ao meu ex-aluno ter-se deslocado de tão longe, para estar presente neste ato da apresentação do livro, “As Tentações de Maria Lua”. Agoravamosaessaconfusão. “As Tentações” é um registo, de juventude,queessamemóriados primeiros tempos é o mais forte de todos os registos. Guardei-a durante décadas para, neste 2010, não poder aguentar por mais tempo, que o tempo do registo tem limites, e eu tive o receio de não poder corresponder, em escrita, pelo desgaste dos anos, esse conteúdo que fui guardando. O clínico Varela Pires fez todo o reparo à situação e ao tempo, assim como a jornalista Paula Bravo. De modo que, ninguém, sendomortal,estáisentodoschamados e prolongados branqueamentos. Porque não juntar Messines a S. Bartolomeu? Não quis localizar essa memória numa só terra, e. S. Bartolomeu é um topónimo plural, de Norte a Sul do nosso país. Este memorial, como o considero, passou, certamente, em qualquer parte do nosso território, dado às circunstâncias dos nossos viveres condicionados a um tempo, e que

NOVO LIVRO

"A Casa da Oliveira", de Luís de Melo e Horta Luís de Melo e Horta, conhecido homem de letras, diretor que foi do "Jornal do Sotavento", que há pouco suspendeu a publicação, acaba de dar à estampa um novo livro ao qual deu título "A Casa da Oliveira". Neste relata o autor a história romanceada de uma família numerosa originária da cidade de Tavira e seis arredores que hoje se espalha por vários pontos do Algarve e outras províncias de Portugal. Na análise do conteúdo deste livro não difícil saber de que família se trata. Trata-se da família do próprio autor, embora este apresente aqui com nomes supostos. São 285 páginas que contam a história daquela família no séc. XX, incluindo os que forma entretando nascendo e também os que a morte foi levando, ao mesmo tempo que se narram episódios da vida quotidiana, tudo muito bem explicado, o que as torna de leitura agradável que prende, sem dúvida, aqueles que a elas tiverem acesso. Estamos pois face a um livro romanceado que honra a literatura, nomeadamente a proveniente de autores algarvios, e que, merece ser lido por aqueles que ao Algarve e às suas tradições dedicam a sua atenção. Arnaldo Casimiro Anica

prentendi construí-lo para todos os caminhos de todas essas ações que se cruzam no livro. S.V.- Que relação há entre o real e a ficção das personagens, se lhe podemos, assim, considerar? T.N. - Foram renascidas em nomes diferentes, mas muito próximas do real. Também foram figuras estudadas, trazidas pelas imagens que o garoto guardou em tempo de fim de guerra, para a atualidade. Mas repare, nada se altera no tempo. Todos os nomes aí estão usados em batismos sucessivos. Foi, sem dúvida, um exercício de tratamento psicológico, desde, Maria Lua, Ludovica, Mansinho, Bibi, Abilinho, Albino, Estrela, Aparício, padres Lula e Sebastião, entre mais algumas personagens. O velho emigrante traz todo o historial que pretende transmitir ao neto, um luso-francês e a noiva deste, uma jovem gaulesa, crítica de arte, a que bem se ajusta à narrativa. São dois tempos, num pequeno conflito de gerações. Recriar a personagem Ludovica, é um estudo apurado, como afirma, esteve guardada em décadas, e conduzi-la nessa força, um sentimento, em que ficamos, diria, deslumbrados com a pequenez física dessa força de mulher, quase mítica, de uma personagem do antigo teatro grego, como nos deixou dito Aristóteles. Deixe me seguir a trajetória de Ludovica, uma das figuras centrais do livro, que transporta séculos em sabedoria popular e de serviços úteis. Podemos dizer, como o afirmou Aristóteles: o mito não é tragédia, sim a imitação de uma ação, pela melopeia e pelas palavras. Ludovica foi dessas mulheres que queriam mudar o mundo, pô-lo de avessas, em que a alma não existe sem dignidade, caráter, consciência. Foi essa a sua visão de mulher sábia, que nunca soube rir perante o mundo que a cercava. S.V. - O professor é um homem também da escrita teatral. Pensa sempre em teatro ou desta vez construiu um guião de âmbito cinematográfico? Porque tudo se aproxima! Leio o livro, e o filme projetase na leitura. T.N. - Eu penso sempre, no ato da escrita, o facto histórico. Todo o meu teatro, seja escrito em português ou francês, esse facto é preciso no meu trabalho, também de investigador. Ora, eu afirmo que este livro é um memorial dosacontecimentosdanossahistória do meio século XX, da mesma atitude que o “Memorial do

Convento” de Saramago, o é. É um filme transportado dos acontecimentos tal como o autor os imaginou. Nunca deixaram de ser reais, mas contados à distância de três séculos. Esta figura de Ludovica, pela força que transporta na ação e na palavra, não se vergando ao peso das forças tirânicas, num desafio à divindade – pessoal. Sabendo que os deuses terrestres não podem tolerar a rebelião de quem ousa enfrentá-los. Assim foi Ludovica. Essa construção de mulher, curandeira, parteira, socióloga dos acasos muito próprios e característicos e idiosincráticos de um lugar, como S. Bartolomeu. S.V.- Quer entrar no grau de comparação Blimunda, Ludovica? T.N. - Muito longe de tal ideia comparativa. Repare, um autor segue o caminho da história. Ele sabe dos acontecimentos descritos. Certamente que sabe que esses acontecimentos não dão “sangue” à história. O investigador leva o acontecimento para o laboratório do escritor: dá-lhe vida, não desvirtuando o sentido da história, pelo contrário. Repare, nessa continuidade, temos Bartolomeu Lourenço, que quis ser de Gusmão. O padre que renuncia ao sacerdócio para ser o homem inventor, na sua tentativa constrói o futuro, ao fim de três voos fracassados, consegue elevar-se e voar. Saramago construiu o futuro para toda a esperança que Bartolomeu desejava: (...) “O vento colhe a máquina com uma mão poderosa e invencível, de repente fica Lisboa para trás, já no horizonte. Então Blimunda pergunta. Aonde vamos, e o padre respondeu, Lá onde não possa chegar o braço do Santo Ofício, se existe esse lugar”. Foi esse o acontecimento que o escritor concluiu. Lá está tudo. A perseguição que veio para o inventor da Passarola, e a morte prematura da fuga de Bartolomeu para Paris, pela denúncia de um delator, figura grada da “cultura” portuguesa, do tempo... e com alguma continuidade! S.V. - Por falar em delator. No seu livro tem o Albino como figura central do bufo sem escrú-pulos. Tem situações de heroicidade deslumbrantes e comoventes; com Maria Lua, uma jovem de muitas tentações que nos faz agarrar com intensidade. Reparo que as mulheres têm uma determinação, em situações nada comuns, mas que nos empolgam. Temos Cèline, a jovem do século XXI, que gira entre dois destinos: a arte e o amor. Quer

falar de Cèline e das outras mulheres, como Mary, Bibi, Laura? T.N. - Os leitores encarregarse-ão de percorrer S. Bartolomeu e com elas conviver! S.V. - Há duas perguntas, para finalizar, numa só. Primeira: O que o levou ao desvio do seu penúltimo livro, “Faro- Romana, Árabe e Cristã”, para esta novidade de literatura ? Segunda: Este seu livro, “As Tentações de Maria Lua”, é mesmo no cenário de S. Bartolomeu de Messines? T.N. - Ambos os trabalhos têm a matriz histórica, como já fiz referência. O livro publicado em outubro de 2009, sobre as origens de Faro, foi um livro de grande responsabilidade histórica, com alguns anos de gestação. Fi-lo como provocação... Repara (posso tratar-te assim), o Algarve tem uma história fabulosa, o Ocidente das culturas primitivas chegaram até cá. Com os romanos, tem Ossónoba como cidade-república; vem em quase dois mil anos como sede do bispado do início do cristianismo; é essa distinção que a separa do sítio da Balsa. E por aí fora. Mas Faro, o Algarve, não têm capacidade cultural para oferecer em valores de cultura o que se oferece. Repare na defesa do património construído, se cai um telhado dum monumento classificado. Que caía! E vai em derrocada, até que o cidadão lhe ponha a mão a ampará-lo. É comovente. Mas é a política cultural que temos. A nossa história, como dizia, tem sido contada em retalhos, porque... não sei, os nossos investigadores nunca foram audaciosos. E talvez tivessem razão nisso. As autoridades não ligam patavina à causa histórica. O Algarve é considerado e chamado de região turística do país; a mais conhecida, mas o que temos em preservação do nosso espaço construído, para as camadas do turismo cultural? Contabilizemos com os campos

de golfe, uma meia centena num espaço tão reduzido, agora às moscas... Temos uma direcão do IGESPAR. Sim senhor! Mas falta o essencial: verba e ousadia. Eu tive ocasião de me ausentar pela Europa, pelo Norte de África, indo à cata de conhecimentos, de documentos, de tanta coisa. Tens seguido, ultimamente, o meu percurso de pu-blicista e de investigador. Pois a capa do livro a que te referes tem a imagem da romana de Estoi, que o escritor Jorge de Sena, tão energicamente, descreveu num poema, onde o erotismo está deliciosamente inserido, na história da nossa romana de Ossónoba. Hoje, esse ícone nacional e algarvio, daqui surripiado, é parte de um dos monumentos da nação, como se justifica pela Carta de Veneza – 1964- o conceito de autenticidade. Tal como a cabeça de Nefertiti roubada pelos alemães, em 1912, em Tel-el Amama, no Sul do Egito e que se encontra no Neues Nuseuum de Berlim. Vimos como o geólogo egípcio Zahi Hawass, no passado dia 18 de janeiro, em Lisboa, levou bem alto a sua exigência de recuperação da cabeça de Nefertiti, para a sua Cairo, salvo as comparações: nação/região. Quando digo ousadia, são os silêncios aceites, contra alguém que dá a imagem, logo considerado... um perturbador. Porque tudo tem de continuar como está... Como sabes esse meu trabalho passa pelas universidades. Já isso me basta. Quanto à segunda pergunta. É óbvio que o cenário é todo passado em Messines. Mas há muitos S. Bartolomeus espalhados. no mesmo cenário de 1943, em tempos terríveis de uma feroz ditadura em Portugal, e de uma grande guerra mundial. Mas foi na minha terra que vivi toda a razão para passar ao livro, Esse é um Memorial de S. Bartolomeu.


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(Jornal do Algarve, 7/4/2011)

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VILA REAL SANTO ANTÓNIO

EDITAL ADITAMENTO AO ALVARÁ DE LOTEAMENTO N.º 5/2010 CÂMARA MUNICIPAL DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO, Pessoa Colectiva n.º 506833224, com sede na praça Marquês de Pombal, em Vila Real de Santo António: FAZ SABER de harmonia com disposto no número 2 do artigo número 78.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com as respectivas alterações, que foi emitida uma alteração ao alvará de loteamento N.º 5/2010, em nome de VNC - VILA NOVA DE CACELA, PROMOÇÃO IMOBILIÀRIA E INVESTIMENTOS TURÍSTICOS, LDA., com sede no Sítio do Pocinho - Sesmarias, em Vila Nova de Cacela, portadora do cartão de identificação de pessoas colectiva n.º 502237783, que titula a operação de loteamento e obras de urbanização que incidem sobre três prédios rústicos localizados em Sesmarias - Vila Nova de Cacela, descritos na Conservatória do Registo Predial, sob o n.ºs. 521/051187, 520/051187 e 807/311088, da freguesia de Vila Nova de Cacela e inscritos na matriz predial rústica, respectivamente com os artigos n.ºs 3 da Secção N, pendente de rectificação cadastral; 23 da Secção Q e 41 Secção P. A alteração consiste em corrigir a área de implentação e de construção do lote 6 do referido loteamento, passando ambas a ser de 500,00 m2 e não de 600,00 m2, como por lapso foi mencionado, aquando da emissão do alvará. Ao presente loteamento a firma atribuiu-lhe o nome de “Urbanização Cerro da Ribeira”. Para conhecimento, vai o presente ser afixado nos Paços do Concelho e publicado num Jornal de âmbito local Vila Real de Santo António, 14 de Março de 2011 O Presidente da Câmara, Luís Filipe Soromenho Gomes

AGÊNCIA FUNERÁRIA

VAZ Gerência de Fernando Vaz Funerais, Trasladações e Cremações Rua Poente ao Palácio da Justiça, 6 (Junto ao Tribunal) V.R.Sto. António Telefones: (serviço permanente) 281 511 438 ou 964 075 215

SEMPRE GENTIL Agência Funerária ONSO Gerência de MANUEL AF AFONSO Funerais, TTrasladações rasladações e Cremações R. Jacinto José de Andrade, n.º 73 8900-313 Vila Real de Santo António Tel/Fax 281 542 835

Telem. 966 208 591 - 913 328 445 (Jornal do Algarve, 7/4/2011)

SER VIÇO PERMANENTE SERVIÇO


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ESPOR TO [13] ESPORTO

CICLISMO:

Primeira vitória da época André Cardoso ganha Volta às Terras de Santa Maria e Tavira-Prio conquista o primeiro lugar por equipas André Cardoso, da Tavira-Prio, foi o vencedor da Volta às Terras de Santa Maria – Troféu Fernando Mendes, que se disputou este fim de semana em Santa Maria da Feira. A formação algarvia garantiu ainda o primeiro lugar na classificação coletiva. Depois de ter vestido de amarelo após o contrarrelógio por equipas, onde a formação algarvia Tavira/Prio foi a mais rápida, André Cardoso sagrou-se vencedor da prova, mantendo os mesmos 9 segundos de vantagem com que iniciou a última etapa, o Circuito do Castelo. O sub-23 José Gonçalves (Liberty) e Hugo Sabido (LA-Antarte) completaram o pódio. Na geral individual, a Tavira-Prio colocou ainda Daniel Mestre, Henrique Casimiro e Samuel Caldeira na 4.ª, 5.ª e 6.ª posições, respetivamente. Celestino Pinho, do Louletano, foi segundo na última etapa, mas não foi além da 12.ª posição na geral. O Louletano obteve a quinta posição na classificação coletiva, entre dez equipas participantes. A equipa de Vidal Fitas conseguiu assim a primeira vitória da época, numa prova onde o objectivo era dar cartas no contrarrelógio para uma discussão pela vitória final: “Viemos para cá com bastante treino e isso refletiu-se no contrarrelógio que fizémos. A vantagem com que partimos para o circuito deu-nos alguma

BADMINTON

CHE Lagoense campeã nacional de equipas mistas Equipa algarvia vai representar Portugal na Taça dos Clubes Campeões Europeus

André Cardoso (Tavira-Prio)

confiança e conseguimos manter o primeiro lugar”, sublinhou o director desportivo. Para André Cardoso, natural de Gondomar, este é igualmente o seu primeiro triunfo da temporada, mas não descura o trabalho de equipa: “Senti-me bem, mas acima de tudo esta é uma vitória da equipa toda. Temos nos empenhado e o fruto está a ser colhido agora”.

A CHE Lagoense sagrou-se campeã nacional de equipas mistas de badminton, ao derrotar o Clube Sport Madeira (51) na final do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão, que decorreu na última semana em Miranda do Corvo. Na primeira fase, a equipa do concelho de Lagoa esteve integrada no Grupo B e derrotou o CS Madeira (5-2) e o CF Andorinha (6-1), passando à

Nuno Delgado leva maior aula de judo a Portimão no próximo sábado O ex-olímpico Nuno Delgado, apoiado pela câmara municipal, irá promover a maior aula de judo de Portimão, um encontro que pretende juntar na Alameda da Praça da República, no próximo sábado, às 11h00, o maior número possível de “atletas” de todas as idades para uma aula de judo > NUNO COUTO O judoca que conquistou para Portugal a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sidney 2000 vai organizar, no próximo dia 9, a maior aula de judo de Portimão. A iniciativa vai decorrer na Alameda da Praça da República, a partir das 11h00, e está aberta a toda a população. “O objetivo principal é promover os fundamentos para a formação das pessoas, que também são partilhados pelo judo e pelo desporto em geral: a capacidade de superação, o autoconhecimento e a solidariedade”, revelou Nuno Delgado, durante a apresentação do projeto, sexta-feira, na câmara de Portimão. Segundo o mentor do evento, “é através dessa mensagem universal que pretendemos envolver as famílias e angariar meios para formar campeões para a vida”. O JA apurou que a maior aula de judo de Portimão consiste na realização de um “esquema de treino inovador e adaptado a ritmos musicais”, destinado a toda a comunidade. Entretanto, o judoca Nuno Delgado tem vindo a desenvolver nos últi-

A iniciativa vai decorrer no dia 9, na Alameda da Praça da República, a partir das 11h00

mos dias um conjunto de ações junto das crianças das escolas e das associações do município, que pretendem também mobilizar as pessoas para a Maior Aula de Judo do Mundo, marcada para o dia 11 de junho, em Lisboa.

Esta grande iniciativa tem por objetivo a angariação de fundos para a concretização de um programa alargado, destinado à criação de “blocos de judo” em zonas sociais de risco em várias cidades portuguesas.

fase final como primeira do grupo. Antes de voltar a defrontar a equipa madeirense, na final, a CHE Lagoense derrotou a Académica de Coimbra (4-1) nas meias finais. Com este triunfo, a equipa algarvia acabou com a hegemonia dos clubes da Madeira, que já durava há mais de 20 anos, e irá representar Portugal na Taça dos Clubes Campeões Europeus, que se dispu-

ta na Holanda, no próximo mês de junho. A equipa da CHE Lagoense, treinada por António Pinto Leite e Ângelo Santos, foi constituída pelos atletas Hugo Rodrigues, Pedro Martins, Rafael Lopes, Tomás Nero, Ângelo Santos, António Pinto Leite, Ana Moura, Telma Santos, Catarina Cristina, Filipa Lamy, Ana Reis e Sandra Freitas.

CORTA-MATO PARA VETERANOS

Fiona Gonçalves arrecada duas medalhas nos Europeus Prata nos 5.000 metros e bronze nos 3.000 metros

Fiona Gonçalves, que representa a Associação Desportiva e Cultural Praia da Falésia, de Albufeira, conquistou a medalha de prata na prova de 5 km de corta-mato (20.21m) e a medalha de bronze nos 3.000 metros (10.53,82m), na 8.ª edição dos Campeonatos da Europa de Veteranos de Pista Coberta e Corta-Mato, disputada na passada semana Fiona Gonçalves (ADC Praia da Falésia) em Gent (Bélgica). Fiona Gonçalves já tinha alcançado o recorde nacional de veteranos, na categoria de 1500 metros, nos campeonatos regionais de inverno disputados em Vila Real de Santo António, no mês de janeiro, com a marca de 5.05,85m. A atleta de Albufeira é de origem escocesa, mas vive em Portugal há mais de 20 anos, tendo obtido, no final de 2010, a nacionalidade portuguesa.


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2.ª DIVISÃO 2.ª DIVISÃO 2.ª DIVISÃO

Departamento de Urbanismo Serviço de Obras Particulares

Munícipio de Faro Teresa Alexandra Viegas Correia, Vereadora do Urbanismo e Infra-estruturas da Câmara Municipal de Faro, Torna Público que por despacho de 16/07/2009 foram aprovados o loteamento e respectivas obras de urbanização que incidem sobre o prédio sito em Vale das Almas, da freguesia de Montenegro, descrito na Conservatória do Registo Predial de Faro sob o n.º 2000/199880708 e inscrito na matriz n.º 70 Secção P da respectiva freguesia, pertencente a Masterent - Automóveis de Aluguer, Ldª. Assim e de acordo com o n.º2 do art. 78.º do Dece-Lei n.º 555/99 de 16 de Dezembro, com a redacção dada pelo Dec-Lei n.º 177/01 de quatro de Junho, faço saber que no dia vinte e cinco de Janeiro de dois mil e onze, a Câmara Municipal de Faro emitiu o Alvará de Loteamento n.º 1/2011, passado a Masterent - Automóveis de Aluguer, Ldª., contribuinte 504 122 991, com sede na Avenida da Liberdade n.º 72 São Brás de Alportel, que titula a aprovação de operação de loteamento e respectivas obras de urbanização, que incidem sobre o prédio acima identificado. O loteamento e os projectos das obras de urbanização, aprovados, respectivamente, por despacho de 16/07/2009, respeitam o disposto no P.D.M. e apresentam, de acordo com a planta que constitui o anexo I, as seguintes características: Descrição da área a lotear: 9 030 00m2; Área de construção: 1 450m2; Número de lotes: 2; Área lotes: 6 722m2; Área de implantação: 900m2; N.º pisos acima da cota soleira: 2 no lote 1 e 1 no lote 2; N.º pisos abaixo da cota soleira: 1 no lote 1; Finalidade: Destinado a Serviços e/ou comércio no lote 1 e destinado a Indústria e/ou armazém no lote 2 O loteamento é constituído por 2 lotes, conforme a seguir se discrimina: Lote número um - destinado a serviços e/ou comércio, com a área de mil e cinquenta metros quadrados, área de implantação de trezentos metros quadrados, área de construção em um piso abaixo da cota de soleira, duzentos e setenta metros quadrados, área de construção em dois pisos acima da cota de soleira quinhentos e oitenta metros quadrados, com a cota de soleira de treze vírgula oitenta e cinco, cota máxima de cumeeira de vinte e dois vírgula quarenta, a volumetria de quatro mil cento e vinte e dois metros cúbicos, com dezanove lugares de estacionamento descobertos destinados a ligeiros e nas condições de observação da planta de síntese anexa a este alvará de loteamento que refere que atendendo à impossibilidade física de implantar a totalidade dos cinquenta e cinco lugares imputáveis ao lote um, distribuem-se dez estacionamentos no lote um, nove estacionamentos na via pública destinados a visitantes e trinta e seis estacionamentos no lote dois (sujeito a ónus a favor do lote um). Lote número dois - destinado a indústria e/ou armazém, com a área de cinco mil seiscentos e setenta e dois metros quadrados, área de implantação de seiscentos metros quadrados, área de construção em um piso acima da cota de soleira de seiscentos metros quadrados, com a cota de soleira de dez vírgula cinquenta, cota máxima de cumeeira de vinte vírgula cinquenta, a volumetria de seis mil metros cúbicos, com quarenta e seis lugares de estacionamento descobertos destinados a ligeiros e dois lugares de estacionamento descobertos destinados a pesados, nas condições de observação da planta de síntese anexa a este alvará de loteamento que refere que dos quarenta e seis lugares, trinta e seis estão sujeitos a ónus a favor do lote um. Condicionamentos da aprovação: Deverá dar cumprimento a todas as informações pareceres e deliberações constantes do Proc.º 1117/03 e ainda nas plantas de síntese, Anexo I, Cedências, Anexo II, Arranjos exteriores Anexo III e Anexo IV Planta de implantação com polígono base de implantação. São cedidos à Câmara Municipal, para integração no domínio público 1 640m2 de terreno. Sendo 580m2 para Espaços verdes e de utilização colectiva, 580m2 área de cedência para espaços verdes e de utilização colectiva disponível na operação de loteamento para protecção e valorização da ribeira e 480m2 de área de estacionamentos públicos e passeios, conforme planta que constitui o anexo II; Estas áreas são cedidas à Câmara Municipal por doação pura e simples sem quaisquer ónus ou encargos, passando a integrar o domínio público municipal de acordo com o artigo 44.º Do Decreto-Lei 555/99 de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Dec-Lei 26/10, de 30 de Março. Os terrenos supra referidos a doar ao Município são a desanexar do prédio objecto do loteamento e integram-se automaticamente no domínio público municipal com a emissão do presente alvará de loteamento. Para a conclusão das obras de urbanização foi fixado o prazo de 24 meses de acordo com a calendarização apresentada e os projectos aprovados, devendo o seu início ser comunicado aos respectivos serviços; A recepção provisória das obras de urbanização realizar-se-á após a conclusão das mesmas, sendo que a recepção definitiva apenas terá lugar expirado o prazo de garantia de 5 anos a que se refere o n.º 5 do artigo n.º 87.º do RJUE. Foi prestada a caução a que se refere o artigo 54.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 26/10, de 30 de Março, no valor de 140 451,61 (Cento e quarenta mil, quatrocentos e cinquenta e um euros e sessenta e um cêntimos) mediante Seguro Caução n.º 0080.10.002651, emitido a 12 de Fevereiro de 2010, por AXA Portugal - Companhia de Seguros, S.A.. A caução prestada poderá ser reforçada ou reduzida nos termos do n.º 4 do artigo n.º 54.º do RJUE, sendo que o conjunto das reduções efectuadas não pode ultrapassar 90% do montante inicial da caução, sendo o seu remanescente libertado com a recepção definitiva. A Câmara Municipal poderá ordenar a suspensão dos trabalhos quando estes não estejam a ser executados quer em boas condições, quer de harmonia com os projectos aprovados ou ainda quando não tenham sido concluídos nos prazos fixados e proceder à sua realização por administração directa ou empreitada por conta das garantias, não podendo a Câmara Municipal ser responsável por quaisquer prejuízos que possam resultar para os urbanizadores ou para terceiros. A sociedade urbanizadora fica autorizada a alienar lotes de terreno a partir da data da emissão do alvará de loteamento. De acordo com o n.º 4 do artigo n.º 57.º do RJUE, o alvará de autorização de obras de construção situadas em área abrangida por operação de loteamento não pode ser emitido antes da recepção provisória das respectivas obras de urbanização ou da prestação da caução a que se refere o seu artigo n.º 49.º, número 2. De acordo com o n.º 2 do artigo 49.º do RJUE, não poderão ser celebradas escrituras públicas da primeira transmissão de imóveis construídos em lotes ou em fracções autónomas desses imóveis sem que seja exibida, perante o notário, certidão emitida pela Câmara Municipal, comprovativa da recepção provisória das obras de urbanização ou certidão, emitida pela Câmara Municipal comprovativa de que a caução a que se refere o seu artigo 54.º. É suficiente para garantir a boa execução das obras de urbanização. Terminados os trabalhos, deverão os urbanizadores requerer à Câmara Municipal que proceda à sua recepção. A recepção será precedida de vistoria, a realizar por uma comissão da qual fazem parte o interessado ou um seu representante e, pelo menos, dois representantes da Câmara Municipal. Em caso de deficiências das obras de urbanização, como tal assinalada no auto de vistoria, se o titular das obras de urbanização não reclamar ou vir indeferida a sua reclamação e não proceder à sua correcção no prazo para o efeito fixado, a Câmara Municipal de Faro poderá promover a sua realização nos termos do artigo n.º 84.º do RJUE. Em tudo o que não ficar expressamente definido nestas condições aplicar-se-á a legislação em vigor sobre loteamentos demais legislação aplicável em todas as suas normas imperativas. Dado e passado para que sirva de título ao requerente e para todos os efeitos prescritos no Decreto-Lei n.º555/99, de 16 de Dezembro com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 26/10, de 30 de Março. Para conhecimento geral se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos Paços do Município nos locais de interesse e publicado no Jornal de âmbito Local. Paços do Município, 4 de Março de 2011 A Vereadora do Urbanismo e Infra-estruturas Teresa Correia, Arq. (Jornal do Algarve 7/4/2011)

José Luís Silva

Edital n.º 136/11

Excelente moldura humana no Estádio S. Luís, na semana em que o Farense comemorou 101 anos

Boa exibição e três pontos preciosos FARENSE 2 Local: Estádio S. Luís (Faro). Árbitro: João Mendes (Santarém). Farense: Serrão, Cannigia, Tiago Sousa, Mamadou, Joshua, Bilro, Luís Afonso, Barão ( Arlindo, 90), Bruno Carvalho, Adérito (David Justo, 73) e Zambujo (Bruno Martins, 88). Treinador: João de Deus. Carregado: André, Vítor Gomes, Baixinho, Topê (Ga-

nhão, 65), Moisão, Mário Sérgio, Carôlo, Paulino, Pedro Soares (Bulhão, 90), Russo e Flávio Casal (Bruno Gonçalvez, 65). Treinador: Elói Zeferino. Ao intervalo: 1-0. Golos: Zambujo (20) e Mamadou (89). Disciplina: cartão amarelos a Barão (59) e Carôlo (75). Na semana em que completou 101 anos, o Farense

MADALENA 1 Local: Campo Municipal do Bom Jesus (S.Mateus, Açores). Árbitro: Pedro Ribeiro (Lisboa). Madalena: Igor; Rui Alberto, Samiro, Gilson, Rainho, Demba (Saianda, 80), Pedro Pereira (Frazão, 80),

Lapinha, João Paulo (Batísta, int.), Tavares e Sabry. Treinador: Vítor Móia. Louletano: Bruno; Dante, Teixeira, Eugénio, Fausto, Cordeiro, Carvalho, Alberto (Romício, 86), Fábio (Léo, 70), João Reis e Ben.

LAGOA 0 Local: Estádio Capitão Josino da Costa (Lagoa). Árbitro: Tiago Martins (Lisboa). Lagoa: Ricardo; Janita, David Rosa, Márcio Candeias, Codó, Atabu, Mário Pessoa,

Peter (André, 84), Boiças (Rui Coelho, 90+3), Julio (Mulai, 63) e Dieng. Treinador: Luís Coelho. Praiense: André; João (Andrezinho, 70), Danilson, Paulo, Jorge, Ibraima, Queiroz,

CARREGADO 0 deu mais um importante passo para conseguir a ambicionada manutenção. Num jogo que teve entradas gratuitas, o público não deu o seu tempo por mal empregue e assistiu a uma excelente exibição da equipa comandada por João de Deus. O Farense marcou nos momentos cruciais e respondeu sempre bem defensivamente às reações do Carregado.

LOULETANO 2 Treinador: Paulo Renato. Ao intervalo: 0-0. Golos: Carvalho (48), Rainho (59) e Dante (77). Disciplina: cartão amarelo a Rui Alberto (86).

PRAIENSE 0 Rúben, Mauro, Marco Suri (Ricardo, 87) e Gonçalves. Treinador: Francisco Barão. Disciplina: cartão amarelo a D.Rosa (43), Queiroz (43) e Codó (80). Cartão vermelho a Dieng (56).

3.ª DIVISÃO 3.ª DIVISÃO 3.ª DIVISÃO ESTRELA V. NOVAS 4 Local: Estádio Municipal de Vendas Novas. Árbitro : José Gorjão (Beja) Estrela Vendas Novas: Freire; L.Carlos, Sibide, Ricardo, Portela, Pimenta, Cissé, Bruno, Magalhães, Jair

e Serginho. Treinador: Carlos Vitorino. Esp. Lagos: Fábio Sapateiro; Pedro Alexandre, Edson, Didi, Bruno Silva, André Lourenço (Totoia, 85), Nélson, Bruno González, Roberto, Avtandil

ESP. LAGOS 2 e Marocas. Treinador: Paulo Nunes. Ao intervalo: 1-1. Golos: Luís Carlos, Magalhães, Portela e Bruno; Roberto e Pedro Alexandre.


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JORNAL do ALGARVE

I DISTRITAL I DISTRITAL I DISTRITAL I DISTRITAL I DISTRITAL

Mais próximo do título

FUTEBOL DISTRITAL II DIVISÃO

Resultados da 26ª Jornada Moncarapachense 0 Faro e Benfica Campinense 6 Castromar. Almancilense 1 Quarteirense Guia 2 Imortal Odiáxere 1 Ferreiras Quarteira 3 Aljezurense Lusitano VRSA 3 Armacenenses Culatrense 2 Silves

2 0 3 2 3 0 2 3

CLASSIFICAÇÃO J V Quarteirense 26 21 Lusitano VRSA 26 20 Ferreiras 26 17 Silves 26 16 Campinense 26 14 Odiáxere 26 13 Quarteira 26 9 Armacenenses 26 7 Culatrense 26 8 Faro e Benfica 26 6 Guia 26 5 Castromarinense 26 6 Almancilense 26 4 Imortal 26 4 Moncarapach. 26 3 Aljezurense 26 4

P 67 62 55 54 51 44 38 29 29 26 25 24 19 18 16 16

E 4 2 4 6 9 5 11 8 5 8 10 6 7 6 7 4

D 1 4 5 4 3 8 6 11 13 12 11 14 15 16 16 18

M S 50 11 73 25 45 21 60 22 52 20 48 29 32 29 30 29 23 39 34 43 35 56 22 45 19 54 23 56 23 53 20 57

Próxima 27ª Quarteirense-Moncarapachense; Faro e Benfica-Campinense; Imortal-Almancilense; Armacenenses-Guia; Silves-Odiáxere; Ferreiras-Quarteira; Aljezurense-Lusitano VRSA; Castromarinense-Culatrense.

Resultados da 22.ª Jornada Estombarenses 2 Quarteirense B Gin.Tavira 5 Machados Sambrazense 4 Bensafrim Padernense 1 Alvorense 11 Esperanças 1 Santaluziense Monchiquense 0 Serrano

2 1 2 1 5 3

CLASSIFICAÇÃO J Alvorense 22 Sambrazense 22 Santaluziense 22 Estombarenses 22 Serrano 22 Gin.Tavira 22 Machados 22 Padernense 22 Quarteirense B 22 Bensafrim 22 11 Esperanças 22 Monchiquense 22

P 46 44 40 37 36 34 29 28 26 19 16 15

V 14 14 12 11 10 11 8 7 7 4 4 4

E 4 2 4 4 6 1 5 7 5 7 4 3

D M S 4 40 22 6 42 25 6 48 29 7 36 29 6 26 22 10 32 31 9 27 29 8 40 36 10 36 43 11 29 43 14 28 50 15 26 51

ALMANCILENSE 1 Local: Estádio Municipal de Almancil. Árbitro: Luís Caiado. Almancilense: Ronquilho; Su, Virgílio, Rony, Chinho, Henrique, Pinguinha (Zunda, 60), Hugo Braz, Edy, Xavier (Tonico, 65) e Cunha (Mauro, 65). Treinador: António Cavaleiro. Quarteirense: Pereira; Filhó, Trindade, Idalécio, Carolo, Van Dame (Mindo, 80), Tony (Diogo, 60), Rodrigo (Mustafá, 85), Alemão, Anderson e Vila. Treinador: Marito. Ao intervalo: 0-1. Golos: Carolo (6), Anderson (55, g.p., e 63) e Zunga (89).

Alvorense campeão Alvorense, Sambrazense e Santaluziense sobe à 1ª Distrital

Os pupilos de Marito mar-

Local: Campo Francisco Gomes Socorro (Vila Real Sto. António). Árbitro: Ricardo Neves. Lusitano V.R.S.A.: Edgar Raposo; Afonso Leal, Edgar Bandarra (Marco Cavaco, 76), Carlos Neves e Luís Firmino; António (Bruno Conduto, 24), Júlio Madeira e Marco Nuno; Edgar Rosa, Daniel Gomes (Paim, 84) e Cris Baiano. Treinador: Ivo Soares. Armacenenses: Palminha; Paco, Rui, Copos e Marco; Nuno Vieira, Oceano (Catita, 89), Moutinho e Jimmy; Joel (Miguel Oliveira, 62) e Mauro (Cláudio, 83). Treinador: Carlos Simões. Ao intervalo: 1-2. Golos: Edgar Bandarra (35), Nuno Vieira (37), Joel (44), Bruno Conduto (55) e Marco Nuno (86). Disciplina: Cartão amarelo a Oceano (41), Palminha

ARMACENENSES 2

(49), Edgar Rosa (63), Paco (65) e Nuno Vieira (74); Cartão vermelho direto a Nuno Vieira (74). Lusitano e Armacenenses, equipas com as suas posições na tabela praticamente definidas, proporcionaram um encontro nem sempre bem jogado, mas que valeu essencialmente pela incerteza no marcador. Em desvantagem ao intervalo, mais por culpa própria do que por mérito do adversário, o Lusitano assumiu, na segunda parte, o controlo total das operações. Com o aumento da velocidade na circulação da bola e uma maior pressão sobre a saída de jogo da equipa adversária, os comandados de Ivo Soares conseguiram, com naturalidade, virar o resultado e garantir uma difícil mas justa vitória sobre um Armacenenses que, mais do que querer ganhar, jogou para não perder. Ricardo Gutierrez

Vitória fácil QUARTEIRA 3 Local: Estádio Municipal de Quarteira. Árbitro: Luís Nunes. Quarteira: David; Cristiano, Madeira, Fábio Marques e Sancadas; Marcel, Luís Pina (Moki, 77) e Filipe Nunes (Cambuta, 77); Hugo, Túlio Benje (Edir Pereira, 65) e Carvalho. Treinador: Luís Resende. Aljezurense: Toco; Jorge, Djinbga, Cuco (João Fernandes, 64) e Dean; Marquinho (João Almeida, 60), Kiki, Anderson e Pinto; André (Pedro,77) e Casinha. Treinador: Luís Miguel. Ao intervalo: 2-0. Golos: Luís Pina (10), Filipe Nunes (25, g.p.) e Moki (85). Disciplina: Cartão amarelo a Toco (25), Jorge (35), Marcel (36), Dean (44) e Sancadas (62). Os locais assumiram desde o apito inicial a rédeas

ALJEZURENSE 0

do jogo, dominando técnica e táticamente, impondo qualidade na posse e circulação da bola e surgindo nas zonas de finalização quase sempre com perigo, nomeadamente quando canalizava as suas ações ofensivas pelas faixas, com preponderância pela direita. Dois golos na primeira meia hora e depois foi viver dos rendimentos, esbanjando, no entanto, no restante tempo, inúmeras situações de golo. A formação da Costa Vicentina tentou contrariar o destino, jogando “comprido” e rematando quando podia, mas sempre a mais de trinta metros e longe do alvo. Falharam, inclusivamente, uma grande penalidade (aos 35 minutos), rematando contra o travessão e gorando, assim, a hipótese de diminuir a desvantagem. Vitória fácil da melhor equipa individual e coletivamente. Bernardino Martins

Local: Complexo Desportivo Arsénio Catuna (Guia). Árbitro: Fernando Macedo. Guia: Luís Costa; Cabral, Marquinho, Luís Gonçalves, Chico, Márcio, Abentes, Américo (Nuno Costa, 69), João Ruaça, Bruninho (Pedro Rodrigues, 69) e Adriano (Fonseca, 84). Treinador: Rui Clemente. Imortal: Armindo; Cláudio, Gonçalo, Ricardo Cruz, Claudinho, Décio (Luís Cristo, 83), Mesquita, Rui Sacramento, Roberto (Josimar, 46), Pipoca (Aladjé, 64) e Sandro. Treinador: Nuno Ramos. Ao intervalo: 1-1. Golos: Sandro (12), João Ruaça (25), Bruninho (47)

caram logo no início do jogo (cruzamento de Carolo, com a bola a anichar-se na baliza) e

controlaram até ao intervalo. A única exceção foi um remate de Xando, à barra da baliza

de Pereira. Na segunda parte o líder puxou dos galões e marcou mais dois golos, por intermédio de Anderson, logo nos primeiros minutos: o primeiro na conversão de uma grande penalidade e o segundo com um soberbo “chapéu” a Ronquilho. Zunga reduziu para os da casa ao cair do pano. O Quarteirense está cada vez mais perto de conquistar o título distrital e, consequentemente, a subida ao Campeonato Nacional da 3.ª Divisão. Com a vitória em Almancil, e a quatro jornadas do fim, continua com cinco pontos de vantagem sobre o Lusitano. A.S.

ODIÁXERE 1 Local: Campo Rossio das Eiras (Odiáxere). Árbitro: Sílvia Domingos. Odiáxere: Hugo Prudêncio; João Paulo (Bruno Boiças, 46), Roberto, Noel, Janita, Larion (Márcio, 63), Madeira, Sérgio Brito, Lino Roque (Filipe Borges, 42), Luís Lamy e Bablina. Treinador: Toni Seromenho. Ferreiras: Nélio; Jorge (Nuno Mendes, 84), Pedro Colaço, Wilson, Calu, Diogo, Pias (Casimiro, 71), Peixinho, Flávio Lança, Ricardo Pereira (Flávio, 57) e Bonifácio. Treinador: Ricardo Moreira. Ao intervalo: 0-3. Golos: Ricardo Pereira (4), Bonifácio (35), Wilson (39) e Luís Lamy (79). Disciplina: Cartão amarelo a Noel (65), Luís Lamy (67) e Pias (74).

FERREIRAS 1

O Ferreiras entrou a todo o gás e inaugurou o marcador logo aos quatro minutos de jogo (Ricardo Pereira) no primeiro remate à baliza de Hugo Prudêncio. Perante um Odiáxere que não mostrava grande reação, os pupilos de Ricardo Moreira controlaram e fariam mais dois golos ainda antes do intervalo, por intermédio de Bonifácio e de Wilson. Com as entradas de Bruno Boiças e de Filipe Borges, a equipa de Toni Seromenho ganhou um novo folgo atacante na segunda parte, mas não conseguiria mais do que um golo, marcado por Luís Lamy, apesar da pressão levada a cabo, principalmente, nos minutos finais. Com este resultado, o Ferreiras vingou a derrota sofrida em casa no jogo da primeira volta. José Nobre

Com alguma emoção CULATRENSE 2 Local: Complexo Desportivo da Penha (Faro). Árbitro: Nuno Ferreira. Culatrense: Raul; Né, Micael, Amílcar, Nuno, Bodião, Hugo, Jaime (Calquinhas, 65), Joviano (Luciano, 60) Rui (Tiago, 80) e Brincas. Treinador: Geraldo Carmo. Silves: César; Salvador (Vila Nova, 46), Nilton, Ricardo Sequeira, João Teodoro, Hernâni, Marcos, Bráulio e Oliveira, Carlinhos e Nélson Peres (Mica Júnior, 62). Treinador: Calú. Golos: Brincas (1), Oliveira (2 e 55), Bráulio (13) e Rui (31). Ao intervalo: 2-2. Disciplina: Cartão amarelo a Micael (13), Bráulio

SILVES 3

(33), Vila Nova (55), Bodião (58), Rui (75), Nilton (75), João Teodoro (85), Hernâni (90) e Mica Júnior (95). Com dois golos logo nos primeiros minutos da partida (um para cada lado), chegou-se a pensar que estava lançado o mote para um grande jogo de futebol, só que, e apesar de ter havido alguma emoção devido à incerteza no resultado, o desafio nem sempre foi bem jogado. Brincas inaugurou o marcador para os locais no primeiro minuto e Oliveira empatou para o Silves na jogada seguinte. Aos 13 minutos Bráulio colocou o Silves em vantagem, mas Rui restabeleceria a igualdade antes do intervalo. A formação silvense faria o terceiro e definitivo golo no início da segunda parte (novamente por Oliveira) e depois teve que sofrer para conseguir segurar a vantagem, já que o Culatrense nunca baixou os braços. D.A.

Muda aos três, acaba aos seis

Tantos brindes! GUIA 2

Marito está cada vez mais perto de levar o Quarteirense à 3.ª Divisão

QUARTEIRENSE 3

Vingança

Reação vitoriosa LUSITANO VRSA 3

Mário Rolla

I DIVISÃO

IMORTAL 2

e Aladjé (73) Disciplina: cartões amarelos a Marquinho (53), Abentes (50), Mesquita (50), Sandro (76) e Gonçalo (78). Jogo de fraca qualidade onde as duas equipas evidenciaram muito nervosismo, provavelmente devido ao facto de estarem necessitadas de pontos para chegarem a zonas mais tranquilas da tabela classificativa. Aliás, os três primeiros golos foram autenticamente surrelistas e resultaram de ofertas das defesas. Salvou-se o golo de Aladjé, que deu o empate ao Imortal à entrada do último quarto de hora de jogo. António Agapito

CAMPINENSE 6 CASTROMARINENSE 0 Local: Estádio Municipal de Loulé. Árbitro: Cristiano Pires. Campinense: Joel; Miguel, Sílvio, Padinha, Mota (Zé Daniel, 72), Ricardo, Vítor Quadros, Xando, Mário Costa (Dani, 65), Garrana e Diamantino. Treinador: José Miguel. Castromarinense: Pedro; Quim, André, Ricardo, Tózé, Renato (Jacques, 73), Calvinho, Ruben, Valter (Nelson, 69), Bruno e Juninho. Treinador: Tomás Henrique. A intervalo: 3-0 Golos: Diamantino (3 e 37), Xando (18), Mário Costa (53 e 64) e Dani (71).

Disciplina: Cartão amarelo a André (53) e Garrana (81). Cartão vermelho a Ruben (61). O Campinense construiu uma vitória fácil, em que a história do jogo fica espelhada no resultado. Os comandados de José Miguel foram sempre a melhor equipa em campo, perante um Castromarinense que não encontrava soluções para reagir aos golos. E a vitória até pode pecar por escassa, tal foi o número de ocasiões desperdiçadas pelos locais, principalmente depois de a equipa de Castro Marim ter ficado reduzida a dez jogadores. A.O.


A L RTES E

ETRAS

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7 I abril I 2011 www.jornaldoalgarve.pt

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Lagos promove uma "escapadinha cultural" na "Rota da Páscoa" O município de Lagos volta a convidar munícipes e visitantes a "embarcarem" no programa "Escapadinhas Culturais - Em 2011 todas as Pontes vão dar a Lagos", mais concretamente na "Rota da Páscoa", atividade a decorrer entre os dias 21 e 25 de abril. Este é o mote sob o qual a câmara de Lagos organizou um programa de animação variado, coincidente com as principais pontes de 2011, onde não faltam a boa comida, a degustar nas cerca de duas dezenas de restaurantes que integram os roteiros gastronómicos, a história e a cultura. Através das visitas guiadas "À Descoberta do Património" serão dadas a conhecer melhor as marcas, culturais e patrimoniais, de uma cidade com uma história milenar. Na caravela Boa Esperança os visitantes serão transportados no tempo, até ao período áureo da história local, nacional e mundial. A animação de rua e os espetáculos no Centro Cultural serão outra constante ao longo destes dias. Os que fizerem a ponte até Lagos nesta época poderão beneficiar de condições especiais nas unidades hoteleiras aderentes e ainda usufruir de diversos descontos.

Vila do Bispo promove "Páscoa Cultural 2011" A biblioteca municipal de Vila do Bispo vai promover, de 11 a 21 de abril, o projeto "Páscoa Cultural" com uma programação repleta de atividades culturais que irão decorrer, entre outros locais, na EB1 de Vila do Bispo. Esta iniciativa apresenta um conjunto de ações, abrangendo nove temáticas, que têm como objetivos principais "proporcionar às crianças e jovens o enriquecimento cultural, o conhecimento de novas abordagens ao livro e à leitura e a sua promoção, o estímulo da imaginação e da criatividade através de jogos de escrita, da construção e da representação de histórias e a exploração dos sentidos, sensações e sentimentos através da expressão artística e da estimulação do espírito critico e criativo". As inscrições são gratuitas e deverão ser entregues na biblioteca municipal de Vila do Bispo. A iniciativa é dirigida a crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 5 e os 16 anos de idade.

Lagos assinala Dia do Combatente O município de Lagos vai comemorar o Dia do Combatente, associando-se à organização desta efeméride, a cargo do Núcleo de Lagos da Liga dos Combatentes. No próximo sábado, dia 9 de abril, terá lugar a tradicional cerimónia de homenagem do Dia do Combatente, a decorrer a partir das 12h00, junto ao monumento evocativo, situado na Praça Luís de Camões. A cerimónia contará com guarda de honra, por uma força militar, de uma homenagem aos que lutaram e caíram pela pátria, com deposição de ramos de flores no monumento e talhão por um membro do executivo municipal e um representante da Liga dos Combatentes, seguida de um minuto de silêncio comandado pelo som dos respetivos toques. No final, um antigo combatente irá proferir uma breve alocução alusiva ao Dia do Combatente, seguindo-se a romagem dos presentes aos talhões da Liga, no cemitério local.

Retificação: Na edição de 24 de fevereiro do Jornal do Algarve na peça intitulada “Portagens na A22 é sinónimo de mais desemprego e menos competitividade”, no terceiro parágrafo, lê-se: “O investigador Margarido Tão, da Universidade do Algarve, propôs o estudo da viabilidade da introdução do autocarro guiado” quando na verdade, a proposta foi apresentada por Reis Simões, também orador convidado do fórum da Plataforma de Luta Contra as Portagens na Via Infante. Pelo equívoco, pedimos desculpas aos visados.

Duas atrizes à procura de um texto A Bruxa Teatro levou a cena a sua mais recente produção. Música no Vale, de John Ford Noonan é um texto que coloca duas mulheres com distúrbios comportamentais numa partilha de espaço no qual se procura alcançar um tempo de felicidade. Com encenação de Figueira Cid, Musica no Vale foi um espectáculo que, apesar de ter por base um texto promissor resvalou no desempenho sofrível de duas jovens atrizes > ANA OLIVEIRA A bruxa Teatro tem desenvolvido um ciclo subordinado ao tema "O Outro Lado da Alma". Dele fizeram parte espectáculos como Stabat Mater Furiosa, de Jean-Pierre Siméon, O Coleccionador, de Mark Healy, ou Antígona em Nova Iorque, de Janusz Glowacki. Em todos eles, para além da temática corrosiva e fracturante, assistimos a desempenhos dignos de registo e de memória por parte dos atores. De realçar o desempenho de Ana Leitão, em Stabat Mater Furiosa, que excedeu o plano da excelência da representação e ofereceu ao público uma nota do sublime que se pode esperar de um espectáculo. Música no Vale, de John Ford Noonan explora a doença mental e a ténue barreira que separa a sanidade da patologia. De acordo com o autor do texto, "para vivermos uma vida especial precisamos de comida, atenção e permissão." A permissão para podermos concretizar os nossos sonhos. A de John Noonan veio através do Rock-n-roll. A dos outros seres humanos pode vir tanto da música, de qualquer música, como de qualquer outro deslumbramento estético que faça despoletar a coragem para assumir os sonhos. John Noonan deu a Claire e a Margot a mesma possibilidade de sentirem a sua luz. No caso de Claire foi a música de Bruce Springsteen, no de Margot os temas que soaram no Festival de Woodstock. Duas mulheres complexas, com variações de humor, com distúrbios mentais bem diversos são internadas numa clínica para doentes mentais e obrigadas a partilhar o mesmo quarto. Claire comunica através da música e de uma enorme exuberância. Margot faz de um enorme ursinho de peluche o seu alterego, comunicando através dele e privilegiando o conforto do seu silêncio. Depois de Claire ter dançado enfaticamente ao som do seu ídolo Margot chega ao quatro discreta, com um casaco que lhe esconde a figura, um casaco que lhe esconde o rosto e um urso que lhe esconde a perso-

Música no Vale, de John Noonan, encenado por Figueira Cid

nalidade. O confronto entre as duas mulheres é inevitável e o contaminado de cumplicidade é, por seu lado, previsível. O quotidiano das duas mulheres preenche-se então de memórias, alucinações, criações fantásticas, efabulações e fantasmas dos quais fogem a para os quais regressam. Claire foge da sua mitomania, regressando a ela sempre que se sente ameaçada. Margot foge da sua dupla identidade, em nome da qual foi expulsa do colégio onde dava aulas. As duas confrontam-se, medemse, e num jogo ardiloso e felino observam-se e conseguem retirar a outra do limbo em que cada uma mergulhou. Esse jogo, no entanto, nunca esteve apurado ao nível do trabalho de atriz. O tormento psicológico que cada uma, à sua maneira, sofria, não passou para o público de forma convincente. Os conflitos pessoais, as disparidades de ritmo, as alterações de humor foram apresentadas de forma superficial e ligeira, fazendo com que o próprio texto perdesse ritmo na primeira parte do espetáculo. Ana Amorim e Marta Rosa revelaram não estar ainda à altura de um papel que exige tanta complexidade psicológica como a das personagens que interpretaram. O texto evolui para uma cumplicidade que leva as duas personagens a um plano muito próximo do padrão da normalidade. Claire começa a assumir as mentiras que cria e nas quais acredita e Margot consegue enfim libertar-se da rigidez histérica em que tinha

caído, começando mesmo a dar aulas de dança. A tímida professora de latim, culta e metódica, ouve a música no vale através das memórias que evoca do Festival de 1969 e a exuberante mulher dona de um corpo portentoso começa a ouvir e, também ela a saber deitar por fora o boião de raiva que pinga até se transformar em lágrimas. E ambas aceitam encarar a luz. Margot de uma forma mais convencional. Claire, de forma mais dissimulada, acabando no final por aceitar o presente de Margot, cuja sonoridade a invade e purifica como um ritual de renovação. O facto do comportamento de Claire se apresentar demasiado histriónico perturbou a profundidade do papel. Por outro lado, não passou para o público a noção de que Margot era uma mulher de meia-idade, pela ligeireza com que Ana Amorim interpretou a

personagem. Só pelas contas que o texto sugeria se chegava à conclusão de que Margot não era uma rapariga de idade próxima da Claire. As transições de cena tornaram-se repetitivas e previsíveis. Mas a encenação de Figeira Cid, privilegiando o pormenor conseguiu dar a uma cenografia quase assética um caleidoscópio de emoções de que as atrizes se puderam socorrer. Música no Vale é uma metáfora sobre o encontro de cada um consigo mesmo, que por vezes tem de ser desbloqueado por uma música estridente, ou mesmo pela descoberta de uma luz que pode ser a paixão pela dança ou a capacidade de ouvir o outro. Um texto com inúmeras potencialidades que não chegou a ser encontrado pelas duas atrizes que o defenderam.

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Rua Fernão Magalhães n.º 27 R/C-A 8900-454 Monte Gordo

Telef. 281 513 721


O

7 I abril I 2011

PINIÃO

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VOU ALI E JÁ VENHO

Cândido Glória e o reconhecimento de cidade de Portimão > Neto Gomes

Portimão e um mar de gente feito de homens e mulheres simples e de um vasto leque de personalidades que nos últimos 30 anos fizeram a história de Portimão e de muitos lugares do Algarve homenagearam Cândido Glória, uma das maiores figuras da cidade de Portimão, e que foi uma das grandes bandeiras da vida comercial, empresarial, social e humana do Concelho de Por-timão e do próprio Algarve. Uma cerimónia que contou com a presença de Isilda Gomes, Governadora Civil do Distrito de Faro e de Manuel da Luz, Presidente da Câmara Municipal de Portimão, entre muitas outras personalidades, tais como Martin Gracia, antigo Presidente da Câmara de Portimão. Nós próprios conhecemos bem Cândido Glória, um homem com um grande sentido de partilha, de entreajuda, de bondade e manifesta vocação para ajudar não apenas os mais necessitados, mas também, os que num começo de vida profissional ou negócio, sempre encontraram em Cândido Glória uma mão, um apoio, um conselho. Um homem preparado para ajudar e sempre pronto a perdoar…

Mundo virtual vs mundo real

Foi este homem bom, generoso e empreendedor, que acolheu à sua volta mais de três centenas de amigos, de todos os lugares da cidade e da sua vida empresarial, industrial, política, económica e social de Portimão, cuja abrangência mostra bem o seu perfil de homem íntegro, de cidadão exemplar e de uma grande lealdade exemplar. A Câmara de Portimão, que então já lhe tinha atribuído a medalha de ouro da Cidade, voltou a agora pelas mãos de Manuel da Luz, presidente da Autarquia, a conferir-lhe a medalha de ouro dos 150 anos de Manuel Teixeira Gomes. Momento, que o autarca portimonense aproveitou para recordar que uma vez, há muito tempo, pediu-lhe para que fizesse parte da sua lista, ao que Cândido Glória aceitou, mas na condição de ser o último da lista. Manuel da Luz, teve o cuidado de dizer: “que nas listas para as autarquias só dois lugares são importantes. O primeiro e o último, porque o último, ao contrário do que se pensa, é sempre, como neste caso a aconteceu, preenchido por uma figura notável, que não desejando ser

Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Amizade construída à distância, na afirmação dos valores e da responsabilidade. Mais tarde cruzámo-nos com Cândido Glória aquando da nossa segunda época como Secretário Técnico do Portimonense, onde era o Vice-presidente do Clube. Foi com ele que dialogámos sobre a nossa saída, não por aborrecimento ou pelo nosso projecto estar inacabado, mas porque procurámos um novo projecto de vida profissional. Cândido Glória, estabeleceu-se em 1962, tendo começado por abrir o primeiro supermercado em Portimão. Mais tarde, abriu o segundo Cash and Carry e 12 Supermercados, que no seu conjunto integrava 300 funcionários Entre 1971 e 1974, foi vereador da Câmara Municipal de Portimão. Foi fundador e presidente da direcção da Uniarme (a maior central de compras do País), cuja central tem 24 anos de história e na qual, actualmente, Cândido Glória é presidente honorário. De 1980 a 1993 - Vice Presidente da Ceal. Contudo, também foi notória e marcante a sua passagem por várias instituições

despor-tivas e sociais, onde deixou sempre, tal como hoje acontece, uma marca de desenvolvimento, inovação, solidariedade e companheirismo. Foi Vice-Presidente da Direcção, Vice-Presidente da Assembleia-Geral e Presidente da Assembleia-Geral do Portimonense Sporting Club. Foi Director dos Bombeiros Voluntários de Portimão, Vogal e depois Presidente da Assembleia-Geral da Associação Comercial de Portimão. Rotário há 38 anos no Club de Portimão, hoje sócio honorário. Vice-Presidente do Centro de Apoio a Idosos, cargo que ainda desempenha, e é Cidadão de Mérito da Cidade de Portimão. Casado com Ilda, tem duas filhas: Dulce e Suzel, uma mão cheia de netos/as; Pedro, Sofia, que com a pronúncia do norte fez o discurso da família, Maria, Ana Rita e Marta e uma bisneta, Matilde. Foi este homem, patriarca desta família, que Portimão reconhecidamente homenageou, cujo acto, foi também como que o despertar de uma sociedade que vive apertada pelas margens da indiferença. Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

CRÓNICA DE UM OUTRO ALGARVE

"Vende-se?" E a memória que nos honra?

> Rita P arreira Parreira

Estamos sem dúvida na geração das redes sociais e na era do virtual. Que implicações , que alterações futuras podem advir daqui? Ou que implicações e alterações já se notam? A este propósito e pensando já no dia mundial das Comunicações Sociais, até já o Papa Bento XVI teceu algumas considerações sobre a internet e o fenómeno das redes sociais. Quem diria que um Papa se debruçaria sobre temas como este! Só mostra que estamos perante um Papa moderno, atento ao mundo e conhecedor da realidade do mesmo. E... mais espantoso ainda: quem diria que o Papa até convida os cristãos a estarem presentes no Facebook! Espantoso! A mensagem do Papa é muito interessante no sentido em que convida os cristãos que, metidos no meio do mundo , também têm de esta presentes em todos os ambientes , nomeadamente nas redes sociais, empregnando-os do espírito cristão. O que significa isto na prática? Pois nada de especial, apenas sermos no mundo real e no mundo virtual , pessoas de uma só peça com unidade de vida. Ou seja, fica lançado o alerta para não cairmos na tentação de levarmos vida dupla: uma na vida real, uma segunda , virtual, no mundo da internet. Esta é de facto um dos perigos das redes sociais. Acreditar no perfil mencionado e descrito no facebook. Mostrarmo-nos tal como somos. Relacionarmo-nos com os demais no mundo virtual tal qual no mundo real. Se todos formos sinceros e autênticos já não haveria perigo de nos relacionarmos com pessoas que afinal não são quem mostram ser e é ao mesmo tempo um sinal de respeito e de caridade para com o próximo que interage e comunica connosco.

eleito, transmite credibilidade, consenso, respeitabilidade e força eleitoral ao projecto. Cândido Glória representava tudo isso e foi tudo isso em toda a sua vida, tal como hoje ainda acontece.” Cândido Glória foi durante toda a sua vida profissional um exemplo, tendo uma carreira notável, num tempo em que a vida do “caixeiro-viajante”, foi assim que começou, era feita num fraterno e humano porta a porta. E começou por fazê-lo de burro e de bicicleta, palmilhando o longe que então era o concelho de Portimão e concelhos vizinhos, procurando desta forma, na venda dos mais simples produtos, cimentar conhecimentos, razões de credibilidade, consciência de responsabilidade e confiança, o que lhe permitiu também alcançar posição de relevo na moldura nacional das associações empresariais. Quando há muito anos, conseguiu ser o representante da Real Companhia Velha, o que para a época era a conquista de um estatuto, que não estava ao alcance de qualquer um, fomos nós os primeiros a entrevistá-lo e julgo que ficámos amigos a partir desse dia.

> João Leal

"Ele está, para mim, no meio da primeira fila dos que estão à frente disto tudo", afirmou Almeida Negreiros, a 1 de Abril de 1924, a propósito do Dr. Francisco Fernandes Lopes (para pleno orgulho de todos nós os nascidos ou viventes aqui no rodapé ibérico, uma das referências maiores da inteligência algarvia e da intelectualidade portuguesa no século XX) ou como, anos mais tarde (30 de Junho de 1972) o escrevia o prolífero escritor, jornalista e algarvista Antero Nobre (cujo centenário ocorreu ignoradamente em 2010): "Uma autêntica figura da Renascença desgarrada do nosso tempo". Foi o enciclopédico e genial Dr. Francisco Fernandes Lopes, nascido em Olhão (27 de Outubro de 1884) e falecido em Lisboa (6 de Junho de 1969), um homem que como se lê no "site" da dinâmica e prestigiada APOS "embora sendo médico - licenciou-se em Medicina, com 18 valores, em 1911, pela Faculdade de Medicina de Lisboa - notabilizou-se sobretudo como musicólogo, musicógrafo, historiador, filósofo, etnógrafo, inventor, etc., etc.,", que é, naquele mesmo

valioso site, antecedido da referência "dedicou-se a estudar quase tudo do Mundo, quase nunca saindo de Olhão..." Tanto havia para escrever sobre este este algarvio universal que nos honra e de modo afectivo especial a "Terra Mãe" onde quase sempre viveu até 1965, atingira então os oitenta anos, que as palavras são insuficientes e colmatadas pela admiração sem limites que por ele nutrimos. Mas vamos de pronto ao que motivou esta crónica sobre a casa onde nasceu o Dr. Francisco Fernandes Lopes, na rua que, com toda a justiça mantém o seu nome, ali parede meias com Ria Formosa, no emaranhado de vielas e ruelas. Foi uma das muitas manhãs de sábado magrebino, pela semelhança do seu mercado à beira-mar com gentes, algarviadas, produtos nossos porque semeados, crescidos e colhidos na terra olhanense, que ao passarmos junto a esse santuário (ou que o deveria ser como referência assinalada da Região) demos, a par da placa "Nesta casa nasceu... o Dr Francisco Fernandes Lopes..." com a fritante placa "VENDE-SE".

Somos pelo respeito que é devido no que à propriedade privada e aos legítimos direitos que aos seus proprietários estão cometidos. Mas e a posição do Município e das entidades algarvias responsáveis pela nossa Terra Mãe? Porque não existe uma atitude determinada e determinante da Câmara Municipal de Olhão e das personalidades apontadas (Delegação Regional da Cultura, AMAL, Governo Civil, Região de Turismo do Algarve, etc.? Aquela casa onde nasceu essa honra e glória do Algarve que foi o Dr. Francisco Fernandes Lopes ("Homem de elevada estatura, curvado pelos anos, robusto. Pulsos fortes. Sobrancelhas bastas, olhar bondoso, uns olhos castanhos, serenos e profundos. Creio que calçava botas pelo artelho, vestia colete, onde guarda o relógio de bolso, mas lapinhos e borrachas (...)," neste magnífico retrato de um outro olhanense - Botelho Júnior, in "A Voz de Olhão" (15.10.1994), era o lugar indicado, talvez único e valorizador da Casa - Museu deste Olhanense do Renascimento no Século XX. Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.


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GENDA

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[ATIVIDADES CULTURAIS]

FARO Biblioteca Municipal SER VIÇO EDUCATIVO Atividades Permanentes (Menores de 14) PARA GRUPOS Mergulhar nas Estórias Hora do Conto + Atividade Creches, Jardins de Infância, Escolas e Atl’s: 3ª a 6ª feira - 10h00 e 14h00 PARA O PÚBLICO EM GERAL “… e com pós de perlimpimpim… a tarde chega ao fim!!!!!” Sala do Conto - 2ª, 3ª e 4.ª - 18h00 5as feiras - Clube dos Pais (Pais e Avós contam histórias) - 18h00 Sábados: 16h00 NA BEBÉTECA - 6as feiras - 18h00 TEMPO PARA BRINCAR Atividades na Ecoteca, Jogos, Pinturas, Colagens, Desenhos e mais atividades! 2ª feiras e sábados - 14h00-19h00 3.ª feiras a 6.ª feiras - 09h30-19h00 BIBLIOTECA FORA DE PORTAS Quinzenalmente sessões de leitura animada na Pediatria do Hospital de Faro para as crianças hospitalizadas, dinamizadas pela equipa da Biblioteca LOULÉ Biblioteca Municipal de Loulé Até 15 - 8ª edição (Re)Conhecer os Sons e os Cheiros da Língua Portuguesa. PORTIMÃO Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes SÁBADOS INFANTIS 9 - História dos Instrumentos - Trompete Dos 3 aos 5 anos de idade Casa das Artes -11h00 QUINTA PEDAGÓGICA 9h30-17h30 - 3ª a 6ª feira 10h00-17h30 - Fins-de-Semana 9 - Ateliê: Alimentação dos animais - 11h00 Ateliê: O barro na quinta - 15h00 16 - Veterinário por uma hora – 11h00 Passeios de égua/burro/pónei – 14h30 TAVIRA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALVARO DE CAMPOS Hora do Conto "Ao abrir o livro..." terças e quintas-feiras | 10h30 e 14h00 Do pré-escolar ao 2.º ciclo e outros grupos Zás... O que o Livro nos Traz... "Biodiversidade" sextas-feiras | 10h30 e 14h00 1.º e 2.º ciclos e outros grupos O Baú das Letras Um baú... histórias para partilhar… sábados - 16h00 Grupos que manifestem interesse na actividade Ao encontro da Biblioteca... quartas-feiras: 10h00 - sextas-feiras: 14h00 Grupos de pelo menos 10 pessoas VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO Biblioteca Municipal António Vicente Campinas > Conta lá! - Hora do conto 10h30 (terça a sexta) quarta e sexta “Alice no país das maravilhas” de Lewis Carroll terça e quinta. Contos e lendas > Às 4 na Biblioteca Conto, manualidades, jogos educativos, filmes, etc. 16h00 (terça a sexta) >Sábados na Biblioteca Criações plásticas; História Virtual; História em Power Point; Filme 15h00 (sábado) Até 30 - Visitas acompanhadas à exposição – “Plantas que curam. Usos e saberes na medicina popular” Hora: 9h30- 13h00 / 14h00- 16h30 (segunda a sexta-feira) – (Público em geral), Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela > Visitas acompanhadas a Cacela Velha 9h30-16h30 (segunda a sexta) Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela segunda a sexta - Visita guiada à Biblioteca Municipal Vicente Campinas 8 - Tértulia "A Palavra Sexta à Noite-“Porque adoecemos?”, 21h30, Biblioteca Municipal de Alcoutim.

[DANÇA] 8 - COPPÉLIA, Pela Moscow Ballet, 21h30, no TEMPO, Teatro Municipal de Portimão.

ACONTECIMENTOS I LIVRO 9, 10 - Dançarte - VIII Concurso Internacional de Dança, pela Associçaão Beliaev Centro Cultural, no Teatro das Figuras, Faro. 15 - "Passos Sentimentais" da Academia de Dança do Imortal Desportivo Clube, 21h00, Auditório Municipal de Albufeira.

[DESPORTO] 9 - Percurso integrado no ciclo de passeios pedestres “Passos Contados 2011”, “Plantas medicinais e aromáticas do barrocal e serra algarvia”, com o Mestre José Salgueiro, Ponto de encontro: 9h30, em Santa Rita. 10 - Peddy Paper em Alta Mora, 9h00, Castro Marim. De 13 a 17 - Festas do Basquetebol Portimão 2011 Jogos de Basquetebol nos escalões Juvenis e cadetes masculinos e femininos, Portimão Arena, Pav. Desp. da Esc. EB 2,3 D. Martinho Castelo Branco, EB 2,3 Júdice Fialho, EB 2,3 da Bemposta e Escola Sec. Manuel Teixeira Gomes.

[DIVERSOS ] Atividades no Mercado Municipal de Portimão: 8 - Rastreio Auditivo(Acústica Médica), 9h- 14h 12 - Rastreio ao Colesterol (Farmácia Rosa Nunes), 17-19h

[EXPOSIÇÕES] Até 9 - Exposição de Fotografia "Erosão-Paisagens Moldadas pelo Tempo" de Francisco Baptista Gil, no Convento de S. José (Sala Polivalente), Lagoa. > Exposição Colectiva de Serguei Sergueev e alunos, no Convento de S. José (Sala de exposições Temporária Manuel Gamboa), Lagoa. Até 10 - Exposição de pintura e desenho de Orlando Pompeu, Espaço+Sala 1, Galeria Municipal de Aljezur. > Exposição de pintura de João Bernardo, Espaço + Sala Leitura, na Galeria Municipal de Aljezur. Até 16 - Arend-Jan Wansink, Posto Municipal de Exposições, em Lagos. Até 19 - Exposição "Inglaterra n.º 1.º ciclo", segunda a sexta, 9h00.17h00, nos antigos Paços do Concelho de Lagos. Até 23 - Exposição Internacional de Fotografia "Prevenção e Segurança Rodoviária" da United Photo Press, na Biblioteca Municipal Lídia Jorge, Albufeira. Até 25 - Exposição de Pedro Calapez, na galeria do Convento Espírito Santo, Loulé. Até 26 - Exposição de pintura "Excertos de um ser" de Nelson Teixeira, na Galéria de Arte Pintor Samora Barros, Albufeira. Até 29 - Algarve do Reino à Região – Exposição de fotografias – Odiana, 09h30> 12h30 / 14h00> 16h30 (Segunda a Sexta), Arquivo Histórico Municipal, VRSAntónio. Até 30 - Exposição de pintura e escultura "Reticências..." de Júlio Antão, segunda a sexta, Galeria Municipal de Albufeira. > Exposição “Indústria Conserveira em VRSA” Exposição “Artes Litográficas” 09h30> 12h30 / 14h00> 16h30 (Segunda a Sexta) Arquivo Histórico Municipal, VRSAntónio. > Exposição: «Vila Real de Santo António e o Urbanismo Iluminista», inserida na exposição conjunta “Algarve – Do Reino à Região” da Rede de Museus do Algarve, Av. da República; Rua da Princesa; Praça Marquês de Pombal; Largos António Aleixo e Lutegarda Guimarães de Caíres >Exposição de escultura – “Memento Mar Memor” de José Coelho, 9h30> 18h30 (Segunda a Sexta), 14h00> 18h30 (Sábado), Biblioteca Municipal Vicente Campinas, VRSAntónio. Até 1/5 - Exposição de pintura "Portugal in Watercolors" de Thomas Whitelaw, galeria Praça do Mar, Quarteira. Até 2/5 - Jaroslaw Flicinski - pintura e instalação no Centro Cultural São Lourenço, Loulé. Até 18/5 - Exposição de pintura – “Momentos de inspiração” de Eduardo Dias, 9h30> 18h30 (segunda a sexta), 14h00> 18h30 (sábado), Biblioteca Municipal de Vila Real de Santo António Até 25/5 - Coleção Particular do mestre Mário Silva, Quartel da Atalaia, Tavira. Até 28/5 - LoCAL - Coleção de Arte Contemporânea de Lagos, no Centro Cultural de Lagos. > "Deodato - Velhos e Coisas desse tempo", no Centro Cultural de Lagos. Até 12/6 - Exposição de fotografia "O silêncio das cegonhas", de Carlos Inácio e Pedro Inácio, no Mu-

7 I abril I 2011 Exposição "Inglaterra n.º 1.º ciclo", nos antigos Paços do Concelho de Lagos

seu Municipal de Faro. Até 18/6 - Exposição "Cidade e Mundos Rurais", terça a sábado, 10h00-12h30 e das 14h00-17h30, Museu Municipal de Tavira. Até 30/6 - Exposição Temporária "Outras viagens, outros Olhares", no Museu Municipal de Arqueologia, Albufeira. Até 31/7 - Exposições "Sabores da Europa" e "Azeite - Saberes com sabor", terça 14h30-18h00, quarta a domingo, 10h00-18h00, Museu de Portimão. Até 10/9 - Exposição "Dez Monumentais Esculturas Britânicas", colecção Berardo, diariamente, Cerro da Vila, Vilamoura, Loulé. Até 31/10 - Exposição de usos e costumes da Serra de Monchique, todos os dias, no Parque da Mina, Caldas de Monchique, Monchique. EXPOSIÇÕES PERMANENTES Exposição "Algarve - Do Reino à Região" Até 18/7 - "Cidades e Mundos Rurais", Museu Municipal Tavira. Até 14/05/2012 - "Sombra e Luz - O Século XIX no Algarve", Museu do Trajo, São Brás de Alportel. Até 18/05/2012 - "Alcoutim, Terra de Fronteira", Câmara Municipal de Alcoutim.

[FESTAS E FESTIVAIS] Até 10 - VIII Festival de Gastronomia Serrana, nas freguesias de Tavira. Até 9 - Extensão Monstra Festival de Animação de Lisboa, no pequeno auditório, no TEMPO - Teatro Municipal de Portimão. 7 - 21h30 | Curtas de Estudantes Internacional 9 - 21h30 | Best of Monstra 2011 "VI Edição do Evento Abril Cultural - 2011" Centro Comunitário Fuzeta 9 - Noite de Teatro 16 - Noite de Fado 30 - Animação Infantil - "A tarde é das crianças"

[FEIRAS E MERCADOS] 9 - Mercadinho Solidário, 14h30> 17h30 Cacela Velha De 15 até 15/10 - FIESA - Festival Internacional de Esculturas em Areia, Tema "Animalandia", Pêra-Silves. Até 15 - Feira do Livro, 10h00-18h00, no Centro Cultural de Vila do Bispo. De 7 a 10 - Expomar - Feira do Mar e das Atividades Náuticas, no Jardim Pescador Olhanense, Olhão. De 14 a 17 - II Edição do Stock-Out - Feira de Retalho de Lagos, Parque de Estacionamento do AnelVerde, Praça D'Armas, Lagos. VELHARIAS 9 - Albufeira, Alcantarilha (Silves),Vila Real de Santo António. 10 - Ferragudo (Lagoa), Chinicato (Lagos), Almancil (Loulé), MERCADOS 7 - Vila do Bispo. 8 - Monchique. 9 - Castro Marim, Cortelha (Loulé), Loulé, São Brás de Alportel. 10 - Estoi (Faro), Lagoa. 11 - Algoz (Silves). 13 - Quarteira (Loulé).

[TEATRO ] 7 - Peça de teatro “Ser criança”, preparada por alunos da Esc. Secundária de VRSA, no âmbito da área projeto e envolve crianças das Escolas do 1.º Ciclo do Concelho, 21h00, Centro Cultural António Aleixo, VRSA. 16 - Phantom Limb, 21h30, no Teatro das Figuras, Faro. Até 25/4 - "O Primeiro", pela Companhia de Teatro do Algarve 15 - Centro Cultural de Lagos, 21h30 16 - TEMPO - Teatro Municipal de Portimão, 21h30 22 e 25 - Teatro Lethes, Faro, 21h30. Em exibição Revista à Portuguesa “… Livra!!! Sai d'baixo” Clube de Instrução e Recreio Mexilhoeirense Sessões: 6ª feira e Sábados: 21h30 Revista à portuguesa “Aqui não há crise” Sessões: 5ª e 6ª às 21h00 Sábados e Domingos às 15h30 e 21h300 Boa Esperança Atlético Clube Portimonense

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[LIVRO]

MEIN KAMPF – HISTÓRIA DE UM LIVRO de Antoine Vitkine Um dos livros sobre política mais vendidos em todo o mundo. Um dos livros mais terríveis alguma vez escritos. Após doze milhões de exemplares impressos na Alemanha e centenas de milhares em mais de vinte países antes de 1945, Mein Kampf é ainda hoje lido no mundo inteiro. Mas sabe-se ao certo em que condições foi escrito e as razões pelas quais este livro teve um papel-chave no acesso de Hitler? Se o autor expõe no livro os seus crimes vindouros, porque se ignorou semelhante alerta? Porque tentou o Führer dissimular a sua obra e, inclusivamente, publicar em França uma versão falsa do livro? Este estudo intrigante, rigoroso e inédito acompanha o leitor da cela da prisão onde Hitler redigiu esta obra aos corredores do Governo da Baviera de hoje, de Paris antes da guerra a modernas bibliotecas turcas, contemplando ainda os meios neonazis. Mein Kampf — História de Um Livro lança uma nova luz sobre a atualidade desta obra, manifesto do nacionalismo e do extremismo. Antoine Vitkine (n. 1977) é jornalista e realizador de documentários. Realizou o documentário intitulado Mein Kampf, C'Était Écrit, para o canal Arte, em 2008. É também o autor de Les Nouveaux Imposteurs (2005), um livro sobre teorias da conspiração. Com Mein Kampf — História de Um Livro, esteve várias semanas em n.º 1 no top de vendas de livros de não-ficção. Publicações Europa-América Marés

Quarto crescente seg, 11 abr.

Vila R. Sto António Faro/Olhão

Lagos

Qui, 2011-04-07 05:20 3.11 Preia-mar 11:23 0.97 Baixa-mar 17:32 3.14 Preia-mar 23:48 0.95 Baixa-mar Sex, 2011-04-08 05:56 2.98 Preia-mar 11:56 1.08 Baixa-mar 18:08 3.03 Preia-mar Sab, 2011-04-09 00:26 1.06 Baixa-mar 06:37 2.84 Preia-mar 12:34 1.21 Baixa-mar 18:52 2.91 Preia-mar Dom, 2011-04-10 01:13 1.20 Baixa-mar 07:30 2.69 Preia-mar 13:25 1.36 Baixa-mar 19:51 2.78 Preia-mar Seg, 2011-04-11 02:18 1.31 Baixa-mar 08:40 2.59 Preia-mar 14:39 1.47 Baixa-mar 21:08 2.72 Preia-mar Ter, 2011-04-12 03:48 1.34 Baixa-mar 10:10 2.61 Preia-mar 16:18 1.46 Baixa-mar 22:37 2.79 Preia-mar Qua, 2011-04-13 05:18 1.22 Baixa-mar 11:32 2.78 Preia-mar 17:42 1.30 Baixa-mar 23:52 2.99 Preia-mar

Qui, 2011-04-07 05:07 3.10 Preia-mar 11:04 0.91 Baixa-mar 17:22 3.11 Preia-mar 23:27 0.94 Baixa-mar Sex, 2011-04-08 05:43 2.96 Preia-mar 11:38 1.05 Baixa-mar 17:59 2.99 Preia-mar Sab, 2011-04-09 00:07 1.08 Baixa-mar 06:25 2.80 Preia-mar 12:18 1.20 Baixa-mar 18:44 2.86 Preia-mar Dom, 2011-04-10 00:56 1.22 Baixa-mar 07:18 2.64 Preia-mar 13:11 1.35 Baixa-mar 19:44 2.74 Preia-mar Seg, 2011-04-11 02:05 1.33 Baixa-mar 08:32 2.55 Preia-mar 14:27 1.46 Baixa-mar 21:03 2.70 Preia-mar Ter, 2011-04-12 03:35 1.33 Baixa-mar 09:59 2.57 Preia-mar 16:01 1.43 Baixa-mar 22:28 2.78 Preia-mar Qua, 2011-04-13 04:59 1.19 Baixa-mar 11:17 2.74 Preia-mar 17:22 1.26 Baixa-mar 23:39 2.98 Preia-mar

Qui, 2011-04-07 05:24 3.05 Preia-mar 11:09 0.86 Baixa-mar 17:40 3.08 Preia-mar 23:32 0.90 Baixa-mar Sex, 2011-04-08 05:58 2.92 Preia-mar 11:43 1.00 Baixa-mar 18:15 2.97 Preia-mar Sab, 2011-04-09 00:13 1.05 Baixa-mar 06:37 2.77 Preia-mar 12:24 1.16 Baixa-mar 18:59 2.85 Preia-mar Dom, 2011-04-10 01:03 1.20 Baixa-mar 07:29 2.63 Preia-mar 13:17 1.33 Baixa-mar 19:58 2.73 Preia-mar Seg, 2011-04-11 02:12 1.32 Baixa-mar 08:44 2.53 Preia-mar 14:34 1.44 Baixa-mar 21:21 2.68 Preia-mar Ter, 2011-04-12 03:43 1.33 Baixa-mar 10:15 2.55 Preia-mar 16:11 1.42 Baixa-mar 22:48 2.76 Preia-mar Qua, 2011-04-13 05:09 1.18 Baixa-mar 11:33 2.72 Preia-mar 17:32 1.23 Baixa-mar 23:57 2.96 Preia-mar


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GENDA

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JORNAL do ALGARVE

]

CINEMAS FARO Cineclube de Faro - 21h30 Ciclo "Eh companheiros, aqui estamos! 11 - "A Noiva Estava de Luto" 13 - "O Bando À Parte" 15 - "Disparem Sobre o Pianista" SBC CINEMAS - Fórum Algarve 7 a 13 abril Sala 1 "Rédea Solta" 14h55, 19h45, 22h10 (diariamente) 00h30 (sexta e sábado) "O Discurso do Rei" 17h20 (diariamente) "Gru - O Maldisposto V.P." 10h20 (diariamente, excepto quinta e sexta), 12h40 (diariamente) Sala 2 "The Mechanic" 22h00 (diariamente) 00h10 (sexta e sábado) "Winx 2" 10h40 (diariamente, excepto quinta e sexta); 13h35, 15h40, 17h45, 19h50 (diariamente) Sala 3 "Agente Disfarçado: Tal Pai, tal filho" 11h40 (diariamente, excepto quinta e sexta); 14h05, 16h30, 19h00, 21h30 (diariamente); 00h00 (sexta e sábado) Sala 4 "Tropa de Elite 2- O inimigo agora é outro" 16h35, 19h20, 21h50 (diariamente) 00h20 (sexta e sábado) "Zé Colmeia" 10h10 (diariamente, excepto quinta e sexta); 13h05, 15h00 (diariamente) Sala 5 "HOP" 10h00, 12h20 (diariamente, excepto quinta e sexta); 14h30, 16h45, 19h05, 21h20 (diariamente) "Época das Bruxas" 23h45 (sexta e sábado) Sala 6 "Mundo Surreal" 14h25, 16h50, 19h15, 21h40 (diariamente) ; 00h15 (sexta e sábado) Sala 7 "Engana-me que eu gosto" 13h35, 16h05, 18h35, 21h10 (diariamente); 23h45 (sexta e sábado) "Rango" VO 10h15 (diaria, excepto quinta e sexta) Sala 8 "Sou o número 4" 16h40, 19h10, 21h45 (diariamente) 00h25 (sexta e sábado) "Rango" VP 10h30 (diariamente, excepto quinta e sexta); 14h10 (diariamente) Sala 9 "Gnomeu e Julieta" 10h50 (diariamente, excepto quinta e sexta); 13h00, 15h00, 17h00, 19h00 (diariamente) "O Ritual" 21h15 (diariamente) 23h50 (sexta e sábado) GUIA Algarve Shopping 7 a 13 abril Sala 1 "Justin Bieber: Never Say Never" 21h00, 23h35 - Qui a Qua "Winx Club - A Aventura Mágica" 12h50, 14h50, 16h50, 18h50 - Qui a Qua Sala 2 "Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora

CINEMAS I MÚSICA FARMÁCIAS I CRÍTICA

é Outro" 13h20, 16h05, 18h35, 21h30, 0h05 - qui a qua Sala 3 "Manhãs Gloriosas" 12h55, 15h45, 18h10, 21h10, 23h40 - qui a qua Sala 4 "O Agente Disfarçado: Tal Pai, Tal Filho" 13h15, 15h50, 18h20, 21h15, 23h50 - qui a qua Sala 5 "Sucker Punch - Mundo Surreal" 13h30, 16h10, 18h30, 21h35, 0h10 - qui a qua Sala 6 "Rio" 13h00, 15h05, 17h10, 19h15, - sáb a dom "Gnomeu e Julieta" 13h00**, 15h05**, 17h10**, 19h15** - qui a qua "O Ritual " 21h20, 23h45 - qui a qua Sala 7 "Hop" 13h10, 15h15, 17h25, 19h35, 21h45, 23h55 - qui a qua Sala 8 "Engana-me Que Eu Gosto" 13h25, 16h00, 18h40, 21h25, 0h00 - qui a qua Sala 9 "Rédea Solta" 13h05, 15h40, 18h15, 21h05, 23h30 - qui a qua ** Sessão Válida 5ª, 6ª e2ª a 4ª OLHÃO ALGARCINE 7 a 13 abril Sala 1 "Justin Bieber: Never Say Never " Diariamente - 15h30 "The Mechanic - O Profissional" Diariamente - 18h30/21h30 Sex/Sáb - 23h45 Sala 2 "Sucker Punch - Mundo Surreal" De 2ª a 6ª - 15:15/18:15/21:15 Sáb/Dom - 13:15/15:15/18:15/21:15 Sex/Sáb - 23:15 Sala 3 "Sou o Número Quatro" De 2ª a 6ª - 15:25/18:25/21:25 Sáb/Dom - 13:25/15:25/18:25/21:25 Sex/sáb - 23:30 PORTIMÃO ALGARCINE - Portimão 7 a 13 abril Sala 1 "HOP" Diariamente - 15h30/18h00/21h30 sex/sáb - 00h00 Sala 2 "Engana-me Que Eu Gosto" Diariamente - 14h00/15h45/18h15/ 21h45; sex/sáb - 00h00 CASTELLO-LOPES 7 a 13 abril Sala 1 "Winx Club - A Aventura Mágica" 13h40, 15h40, 17h45, 19h50 - qui a qua "Sucker Punch - Mundo Surreal" 22h00, 00h20 - qui a qua Sala 2 "Engana-me Que Eu Gosto" 13h10, 15h50, 18h40, 21h30, 00h15 - qui a qua Sala 3 "O Ritual" 13h50, 16h20, 19h00, 21h20,

PREVISÕES

23h50 - qui a qua Sala 4 "Rédea Solta" 13h30, 16h10, 18h50, 21h10 23h40 - qui a qua Sala 5 "Hop" 13h00, 15h15,17h30,19h40, 21h50, 00h00 - qui a qua Sala 6 "Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro" 13h20, 16h00, 18h30, 21h40, 00h10 - qui a qua TAVIRA Cine-Teatro António Pinheiro 21h30 10 - "127 Horas" LUSOMUNDO - Gran Plaza Tavira 7 a 13 abril Lusomundo Tavira "Gnomeu & Julieta" 10h50(dom) 13h05, 15h20, 17h30, 19h40 "Agentes do Destino" 21h45, 00h15(6ª a sáb.) "Hop" 11h00(dom), 13h10, 15h30, 17h40, 19h50 "Sou o número Quatro" 21h50, 00h20 (6ª a sáb.) "Engana-me Que eu Gosto" 13h20, 16h00, 18h40, 21h20, 00h00 (6ª a sáb.) "Alpha e Omega" 10h45(dom), 13h30, 15h40 "Mundo Sureal" 18h20, 21h10, 23h40(6ª a sáb.) "Winx Club - A Aventura Mágica" 10h40(dom), 13h00, 15h10, 17h20, 19h30 "Manhãs Gloriosas" 21h30, 23h55 (6ª a sáb.)

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MÚSICA 8 - Concerto com "João Coração", 21h30, no Centro Cultural de Lagos. > Concerto com Pedro Frias, 21h30, no Auditório Municipal de Lagoa. 9 - “Al Mouraria” – Espetáculo de Fado, 21h30, Centro Cultural António Aleixo, VRSAntónio. > Música nas Igrejas Concerto de Josué Nunes (guitarra), lançamento do CD “Renascer”, 18h00, Ermida de Santa Ana, Tavira 10 - Encontro de Música e Danças Folclore e Actuação da Banda Filarmónica de Vila Real de Santo António 15h30, Centro Cultural António Aleixo, VRSAntónio. > Concerto com sons de Manchester, 17h00, no Centro Cultural de Lagos. > Ciclo Promenade - Romance do Grande Gatão, 15h30, Auditório Municipal de Lagos. 14 - The Duke Ellington Orchestra, 21h30, Programa Allgarve’11, no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão. De 14 a 17 - Espetáculo "Crazy Cabaret", 22h00, Casino de Monte Gordo, VRSA. 15 - Afonso Dias, 21h30, no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão. 17 - Ciclo de Sons “Fine Music Trio”, 18H30, Igreja do Colégio, Portimão. Diariamente Até Abril - "Fado ao Jantar", todos os domingos, no Restaurante A Vela, Carvoeiro, Lagoa.

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RESTAURANTE

FARO

PIZARIA

MONTE GORDO

e-mail: geral@bellaitalia.pt site: www.bellaitalia.pt

7 I abril I 2011

Hoje - Céu limpo. Vento moderado. Temp min. 15º máx. 22º Sexta-feira - Céu pouco nublado. Vento moderado. Temp min. 16º máx. 23º Sábado - Céu limpo. Vento fraco. Temp min. 16º máx. 25º Domingo - Céu limpo. Vento fraco. Temp min. 15º máx. 25º

[FARMÁCIAS] ALBUFEIRA > 7 e 8 - Santos Pinto; 9 a 13 - Piedade. ALCOUTIM > 7 a 13 - Caimoto. ALJEZUR > 7 a 13 - Furtado. ALMANCIL > 7 a 10 - Paula; 11 a 13 - Nobre Passos. ARMAÇÃO DE PÊRA > 7 e 8 - Edite; 9 a 13 - Sousa Coelho. CASTRO MARIM > 7 a 13 - Moderna. FARO > 7 - Pereira Gago; 8 - Da Penha; 9 - Baptista; 10 - Helena; 11 - Alexandre; 12 - Crespo Santos; 13 - Palma Batista. LAGOA > 7 e 8 - José Maceta; 9 a 13 - Lagoa. LAGOS > 7 - Silva; 8 - Telo; 9 - Neves; 10 - Ribeiro Lopes; 11 - A Lacobrigense; 12 - Silva; 13 - Telo. LOULÉ > 7 - Avenida; 8 - Martins; 9 - Chagas; 10 - Pinheiro; 11 - Pinto; 12 - Avenida; 13 - Martins. MONCHIQUE > 7 a 10 - Hygia; 11 a 13 - Moderna. ODECEIXE > 7 a 13 - Odeceixense. OLHÃO > 7 - Olhanense; 8 - Nobre Sousa; 9 - Brito; 10 - Rocha; 11 Pacheco; 12 - Progresso; 13 - Olhanense. PORTIMÃO > 7 - Rosa Nunes; 8 Amparo; 9 - Arade; 10 - Guilerme Dias; 11 - Central; 12 - Pedra Mourinha; 13 - Moderna. QUARTEIRA > 7 e 8 - Algarve; 9 a 13 - Maria Paula. SAGRES > 7 a 13 - Sagres. S. BARTOLOMEU MESSINES > 7 a 10 - Algarve; 11 a 13 - Sequeira Correia. SÃO BRÁS DE ALPORTEL - 7 - S. Brás; 8 - Dias Neves; 9 a 11 - S. Brás; 12 Dias Neves; 13 - S. Brás. SILVES - 7 a 9 - A.M. João de Deus; 10 a 13 - Cruz de Portugal. TAVIRA - 7 - Do Montepio; 8 - Maria Aboim; 9 e 10 - Central; 11 - Felix Franco; 12 - Sousa; 13 - Do Montepio. VILA DO BISPO - 7 a 13 - Vila do Bispo. VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO - 7 e 8 - Carrilho; 9 a 13 - Carmo. Serviço permanente (24h): Alcantarilha (Maria Sequeira), Algoz (Monteiro), Alvor (Alvor), Areias S. João (Godinho Belo), Boliqueime (Cruz Ramos), Carvoeiro (Neves Furtado), Estoi (Ossónoba), Fuzeta (Mendes Segundo), Montenegro (Assunção), Praia da Luz (Praia da Luz), Vilamoura (Silva), Luz de Tavira (Maria Isabel), Monte Gordo (Internacional), S. Marcos da Serra (São Marcos), Guia (Neves Silva), Odiáxere (Moreira Barata), Estômbar (Vieira Santos), Alte (Horta Figueiredo), Sta. Catarina da Fonte do Bispo (Bota), Conceição de Faro (Leonardo), Praia da Rocha (Palma Santos), Ferragudo (Oliveira Martins), Ferreiras (Marques Silva), Mexilhoeira Grande (Ilda), Patacão (Huguette Ribeiro), Sta. Bárbara de Nexe (Coelho), Sta. Luzia (Picoito), Sto. Estêvão (Cesário Tavares), Olhos de Água (Olhos d'Água), Pêra (Paula Santos), Moncarapacho (Soares), Benafim (Rodrigues), Pechão (Pechão), Aeroporto de Faro, Portimão (Três Bicos), Conceição de Tavira (Conceição), Vila Nova de Cacela (Cacela).

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[AVARIAS]

Subsídios para uma história do choro

Fernando Proença

Ao sábado à tarde (um pouco depois da hora do almoço) passa um dos meus ódios de estimação na SIC: chama-se “Alta Definição” e é conduzido por Daniel Oliveira. Daniel Oliveira é um dos meus grandes enigmas (a par de Luís Freitas Lobo) sobre como se sobe dentro da comunicação social. Eu queria dizer como se trepa, mas encolhi a língua. Às vezes existem fenómenos, como os jogadores de qualquer coisa (futebol, basquete, bisca lambida) que aparentemente não são grande chouriço mas que os treinadores não prescindem. Um dia lesionam-se e só nessa altura, nós, mortais, percebemos o que já antes alguém – decerto mais inteligente ou arguto que nós - tinha entendido. Poderá ser Daniel Oliveira um desses casos. E se for, eu não dou a mão à palmatória mas tenho um amigo que dá por mim. Mas até lá, fico com a minha: o rapaz tem uma capacidade quase inexistente para fazer uma pergunta inteligente (rima mas não foi de propósito) a quem quer que seja. Ali está ele, de frente para um convidado, que pode ser actor de teatro, cantor ou outra coisa qualquer com um só objectivo na sua vida: introduzir frente ao entrevistado fotografias do dito, mais o pai ou a mãe, já falecidos, juntamente com declarações de um amigo muito chegado, tudo para o fazer chorar. Nessas declarações o tal amigo (é para isso que servem os amigos, também é verdade) lá vai dizendo que a pessoa em causa não é um sujeito qualquer, e que, talvez não sendo o melhor actor do universo, será certamente a melhor pessoa (talvez com a honrosa excepção do convidado) existente e viva neste nosso planeta azul. E depois o chorar: o chorar aqui nunca é uma birra, género tire-me a fotografia do meu irmão da frente que esses gajo ainda me deve dinheiro. O chorar é uma coisa sofisticada e mansa, como se fosse recordado o primeiro triciclo trazido pelo pai natal, ou a tia que apesar de aristocrata fazia rissóis para fora, custeando as propinas do conservatório. Os olhos avermelham-se, uma fina película lacrimal cobre todo o globo ocular do actor em causa. Entretanto nos bastidores distribui-se o dinheiro das apostas já feitas sobre quanto tempo o entrevistado ia resistir sem se vir abaixo. Um prodígio. Comovente a sério é o trabalho que a mesma SIC edita regularmente nos seus noticiários. Chama-se “Perdidos e Achados” e consta da seguinte simples e feliz ideia: a estação procura, dez anos depois, alguém que fez notícia para saber como vai e o que faz. Pode ser, como o foi no sábado em que escrevo estas linhas, a história de alguém que perdeu um braço e agora leva uma vida normal, dentro do que é possível, o que inclui jogar futebol federado. Alguém disse que a matéria de que se faziam os grandes livros se relacionava com pessoas normais apanhadas em situações extraordinárias. É disso que trata “Perdidos e Achados”, gente normal que por um acaso viu a sua vida ser mudada. As peças são bem feitas, escorreitas e o mais impressionante é que tudo aquilo nos toca e emociona, como se percebêssemos que a vida nos pode ensinar mais do que alguma vez podíamos pensar.


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UTILIZADORES DA ANDALUZIA PROMETEM JUNTAR-SE À CARAVANA

Energias inteligentes Marcha contra portagens na A22 na CCDR Algarve A Semana Europeia da Energia Sustentável vai ser assinalada com dois seminários que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve vai realizar nos próximos dias 11 e 12, através da Enterprise Europe Network. Para o dia 11 está marcado um workshop sobre o Convite 2011 à apresentação de candidaturas ao Programa Energia Inteligente Europa (EIE). O encontro realiza-se na sala de reuniões da CCDR a partir das 14h30 e contará com a presença de representantes da Direção-Geral de Energia e Geologia e as Agências de Energia ADENE, de âmbito nacional, e a AREAL de âmbito regional. Ambas as entidades irão trabalhar com os participantes com o intuito de esclarecer, dinamizar e orientar os agentes económicos, nomeadamente autarcas, empresários, técnicos e dirigentes públicos e associativos, e, investigadores na seleção e preparação de propostas de interesse regional ao Programa EIE. Importa recordar que o EIE foi criado com o objetivo de apoiar a eficiência energética, as fontes de energia renováveis e a diversificação energética, de forma a reforçar a competitividade das empresas da União Europeia, nomeadamente as pequenas e médias empresas, protegendo ao mesmo tempo o ambiente e cumprindo os compromissos internacionais neste domínio. “Cidades mais inteligentes” é o nome do seminário que se realiza no dia 12, entre as 18h00 e as 21h00, no auditório da CCDR. Trata-se de uma iniciativa integrada no périplo nacional de eventos da Iniciativa Construção Sustentável e que vai contar com a intervenção da especialista Lívia Tirone. Durante este encontro serão abordados temas como a eficiência energético ambiental do meio edificado, o papel das Energy Services Companies na descentralização da transformação de recursos renováveis que introduzem o conceito de utilizador-produtor e as redes inteligentes e bidire-cionais. Em foco estará ainda o novo programa nacional Eco-AP relativo à eficiência energética na administração pública. “Com mais de metade da população do planeta a habitar em cidades, os temas da sustentabilidade e da resiliência urbanas tornam-se cada vez mais importantes”, refere a CCDR Algarve em comunicado. “A cidade inteligente nasce deste conceito de sustentabilidade urbana e assenta numa gestão dinâmica, eficiente e em tempo real de todos os recursos e dos fluxos que a cidade gera, privilegiando a utilização de recursos renováveis” prossegue. A organização sublinha que a participação em ambos os eventos é gratuita mas com inscrição obrigatória.

chega ao Guadiana A Comissão de Utentes da Via do Infante e o movimento do facebook “Algarve – Portagens na A22 não” continuam a luta contra as portagens. A próxima iniciativa está marcada para este sábado, dia 9, e foi intitulada de “Marcha do Guadiana” sob o lema “Algarve – Andaluzia Sem Portagens”. Às 16h00, os participantes concentrar-se-ão junto ao restaurante “O Infante”, na rotunda da EN 125, em Altura. A marcha vai decorrer entre as 16h00 e as 19h00, tendo como percurso a saída do ponto de encontro até à A22 em direção à ponte internacional do Guadiana. Já em território espanhol, os participantes fazem inversão de marcha e regressam ao ponto de partida. De acordo com as informações divulgadas pela organização, “de Ayamonte partirão diversas viaturas de utentes andaluzes, incluindo empresários, que se juntarão à caravana automóvel”. A organização explica ainda que a marcha conta com o apoio de várias entidades da Plataforma Anti-portagens e está inserida no movimento de protesto a nível nacional contra o pagamento de portagens nas SCUT. “A Comissão de Utentes e o Movimento facebook esperam que desta vez as entidades da Plataforma manifestem um apoio explíci-

to e ajudem a organizar a Marcha do Guadiana – nomeadamente a partir da reunião da AMAL neste dia 4 de abril - pois na grande ação de 19 de março apenas participaram três presidentes de Câmara. Todavia, o grande protesto de 19 de março ficou marcado para sempre na história do Algarve, representando a maior luta dos algarvios contra a introdução de portagens, bem superior ao movimento de 2004”, lê-se no comunicado. “A luta contra as portagens na Via do Infante é para continuar, independentemente de o governo se encontrar em gestão, ou mesmo que as portagens entrem em vigor no dia 15 de abril, ou durante a vigência do próximo governo”, informa a organização, que deixa um apelo à participação dos deputados eleitos pela região. “Se são defensores da justiça e dos verdadeiros interesses do Algarve, então, senhores deputados, rompam de vez com os vossos partidos, o PS, o PSD e o Governo – os responsáveis pela introdução de portagens na Via do Infante, e participem nesta grande demonstração de protesto. Cumpram as promessas que fizeram aos algarvios, pois estes não vão parar e vão pedir responsabilidades na devida altura a quem de direito, contra o agravamento da crise social e económica na região”, prossegue.

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