Edição nº 2830 | 23 junho 2011

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O

SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

Agricultores algarvios com prejuízos de 2 milhões devido ao pesadelo da E.Coli

Produção de frutas e legumes em risco na região

Quinta-feira

DE I

MAIOR

23 de junho de 2011 I ANO LV - N.º 2830

I

Preço 1,10

Trabalhos no sítio da Barrada revelam povoamento rural com mais de dez mil anos

Questão algarvia do momento

Polícia não é insuficiente mas sim ineficiente

P3

EXP ANSÃO EXPANSÃO

Arqueólogos regressam a Aljezur para novas escavações P6

P 12

DO

ALGAR VE ALGARVE www.jornaldoalgarve.pt

PORTE PAGO - TAXA PAGA

Competição mundial de vela Portugal Match Cup 2011 chega a Portimão

NERA cria projeto para ajudar dinâmica e competitividade das PME algarvias P 21

P 24

AUTARQUIA E ASPAFLOBAL ASSINAM PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

Rui André põe desempregados a limpar a serra de Monchique

P4

PEQUENAS BAILARINAS À BEIRA DE CUMPRIR SONHO MAS AINDA FALTAM VERBAS PARA VIAGEM ATÉ PARIS

Escola de Lagos "dança" até à Taça do Mundo P 15

RADIS Dr. Jorge Pereira

Agora com TAC - Rx - Ecografia - Mamografia RX Panorâmico Dentário Acordos - Convenções ADSE - SAMS - CGD - PSP - CTT - TELECOM - ADMFA ADMG -MÚTUA PESCADORES - MEDIS SAMS QUADROS - MULTICARE Rua Aug. Carlos Palma n.º 71 r/c e 1.º Esq. - Tel. 281 322 606 em frente à farmácia do Montepio (Tavira)

JOSÉ ESTEVENS EM ENTREVISTA AO JA

Rumo traçado para Castro Marim não será desviado

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SMS Carlos Albino

carlos-albino@sapo.pt

Governadores que nunca governaram O problema foi e tem sido esse: governadores ou governadoras nunca governaram. Representaram, presidiram, informaram para cima, explicaram para baixo tanto quanto puderam ou souberam (por vezes nem isso sabiam), envolveram-se também por vezes nessa tarefa abstrata e inútil de “aproximar o cidadão e a Administração”, emitiram pareceres quando pareceres lhes fossem solicitados, e, a parte mais visível, festiva e por certo apetecível, elaboraram os cadastros das associações desportivas, recreativas e culturais para efeitos de gestão dos subsídios e financiamentos que foram atribuindo no âmbito do distrito. E tem sido esta a vida dessas figuras nomeadas e exoneradas pelo Governo, em Conselho de Ministros, por proposta do Ministro da Administração Interna, de quem dependeram hierárquica e organicamente. Têm sido, portanto, os cônsules desse ministro sem poderem levantar cabelo, pelo que não será difícil admitir que os governadores civis não governaram, e que, dada a natureza humana, alguns governaram-se. No caso do Algarve, esta estrutura do governo civil que não governa, apresenta-se com três dirigentes e 24 postos de trabalho nos serviços

(1 técnico superior, 2 técnicos de informática, um coordenador técnico, 16 assistentes técnicos e 4 assistentes operacionais). Claro que, descontado o trabalho protocolar dos dirigentes, desde os passaportes e às autorizações de peditórios de rua, por entre mais, até à instrução de processos de contraordenações todos os da estrutura têm muito que fazer e alguém no futuro terá que fazer isso, se não forem os mesmos a fazê-lo deslocados para outro lado, mas a questão de fundo é esta: o governador não governa, nunca governou e o título é uma falácia, não se escondendo que vem da noite do passado uma espécie de temor reverencial, de medo até ou uma ideia de autoridade implacável que o nome de governador civil infunde na mente de quem se deixa infundir, claro. Falácia que a própria Constituição reconhece, ao julgar que mata a questão dos distritos sem assumir a questão das Regiões e aqui é que está o busílis. Em três penadas, diz a Constituição que – primeira penada - “enquanto as regiões administrativas não estiverem concretamente instituídas, subsistirá a divisão distrital no espaço por elas não abrangido”; que – segunda penada – “haverá em cada distrito, em termos a definir por lei, uma assembleia deliberativa, composta por represen-

tantes dos municípios”, e que – terceira penada – “compete ao governador civil, assistido por um conselho, representar o Governo e exercer os poderes de tutela na área do distrito”… Ora o novo primeiro-ministro ao anunciar que não irá nomear novos governadores civis como primeiro sinal do “exemplo de rigor e de contenção” do Estado, anunciou pouco, porque não foi ao essencial além de que não poderia ir ao essencial. Ele não pode acabar com os distritos apenas porque anuncia que não vai nomear novos governadores, sugerindo, pois, que os que existem renunciem, abandonem os cargos. Teria sido preferível anunciar que iria nomear como governadores civis provisórios os presidentes das organizações autárquicas regionais, caso aceitem e onde aceitem, com outras soluções transitórias mas sempre possíveis, na atual moldura constitucional, onde essa aceitação não se opere de forma natural e legítima, porque legitimada ela é. Foi, para já, um erro de calendário a coincidir com uma precipitação de agenda política. Nenhuma ave põe ovo no vazio. Flagrante terramoto: No PS. Vai levar muito tempo porque ninguém se preparou nem ninguém foi preparado. E quando assim é, confia-se num milagre, num pastorinho vidente. Quem sabe?

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Anotações sobre um novo governo MINISTÉRIO DA ECONOMIA, E DA INOVAÇÃO E DO DESENVOLVIMENTO Direcção Regional da Economia do Algarve

EDITAL INSTALAÇÃO DE ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS DE PETRÓLEO/POSTO DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS Faço saber que PRIO Energy, SA pretende obter licença para uma instalação de combustíveis destinada a venda, sita em Via Colectora da EN 125-10, Marchil, freguesia de Montenegro, concelho de Faro e distrito de Faro. A referida instalação encontra-se abrangida pelas disposições do Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de Novembro, com as alterações constantes no Decreto Lei n.º 195/2008, 6 de Outubro, que estabelece os procedimentos de licenciamento das instalações de armazenamento de produtos derivados do petróleo e postos de abastecimento de combustíveis e pelos respectivos regulamentos de segurança. Em conformidade com a disposição do n.º 9, da Portaria n.º 1188/2003, de 10 de Outubro, são convidadas as entidades singulares ou colectivas a apresentar, por escrito, para esta Direcção Regional dentro do prazo de 20 dias, a contar da data da publicação deste edital, as suas reclamações contra a concessão da licença requerida pela entidade acima indicada e com a seguinte constituição: Produto Instalação Capacidade (litros) Gasóleo Enterrado 5000 Gasolina s/Chumbo 98 Enterrado 10000 Gasolina s/Chumbo 95 Enterrado 30000 Biodiesel Enterrado 15000 Biodiesel Enterrado 15000 num total de 120000 litros. 9 de Junho de 2011 O Director de Serviços de Energia (Por delegação de competências do Director Regional)

Carlos Mascote

Medalha de Mérito Turístico - Grau Ouro

VIPRENSA Sociedade Editora do Algarve, Lda. Pessoa Colectiva n.º 501 441 352 Capital Social: 60.000,00 Euros Fernando G. Reis: 50% Maria Luísa A. Travassos: 50% Registo ICS n.º 100969 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE IMPRENSA

Editora Luísa Travassos Director Fernando Reis Direcção Financeira António Cabrita Redacção Domingos Viegas, José Cruz, Raquel Ponte, Rita Travassos (VRSA); Neto Gomes, Sofia Cavaco Silva (Delegação de Faro); Nuno Couto (Delegação de Portimão) redaccao@jornaldoalgarve.pt

(Jornal do Algarve, 23/6/2011)

A coligação entre o PS e o CDS-PP que vai governar Portugal, tem muitos ministros da área de direito, dois gestores, três economistas e um investigador. À partida, todos os governos são bons para a massa eleitoral que os elegeu e inspiram respeito a quem desejava uma solução governativa diferente e não viu sufragada maioritariamente a sua opção. Vários analistas destacam o facto deste governo ter muita gente inexperiente na área da governação e ser demasiado técnico e pouco político. O novo primeiro-ministro, Passos Coelho, não conseguiu formar o governo que desejava, não porque tivesse errado o alvo dos cidadãos a quem convidou, mas porque errou as pastas para as quais eles estavam dispostos a disponibilizar-se. Anotemos que, apesar de Passos Coelho ter manifestado a intenção de não misturar a ação governativa com a partidária, a maioria dos membros do novo executivo fez parte da equipa que negociou o acordo de coligação. É por demais evidente o peso dos aparelhos partidários na composição do novo governo. O programa que será apresentado na Assembleia da República estará marcado por aquilo que começou a ser designado por “mercocracia da troika”, que, de modo muito claro, se destina a recuperar o capital investido no nosso país pelos bancos, seguradoras, investidores diversos, especuladores e fundos de risco. O presidente da República também tem para este governo os programas do regresso ao mar e aos campos, missões sobremaneira difíceis quando é sabido que o próprio primeiro-ministro Cavaco Silva, entre 1985 e 1995, facilitou com as suas políticas o desmantelamento do sector das pescas e o abandono dos campos, cedendo à política agrícola comum da então CEE (hoje U.E.). Ao abrigo dessa mesma política, vivem 295.000 felizardos pagos para nada plantarem nas

faro@jornaldoalgarve.pt portimao@jornaldoalgarve.pt Colaboradores Almerinda Romeira, Ana Oliveira, Ana Viegas, Ângelo Cruz, António Manuel, António Montes, Arnaldo Casimiro Anica, Caldeira Romão, Carlos Alberto, Domingos Francisco, Eduardo Geraldo, Eduardo Palma, Emiliano Ramos, Fernando Cabrita, Fernando Graça, Hélder Bernardo, Hélder Carrasqueira, Horácio Neves Bacelada, João Paulo Guerreiro, João Xavier, Jorge Costa, José António Pires, José Azevedo, José Manuel Livramento, José Mestre, José Saúde, Júlio Farinha, Luigi Rolla, Luís Santos, Mendes Bota, Miguel Duarte, Miguel Jorge, Rita Pina, Rogério Bastos, Rui Marques, Silva Lucas, Teresa Cristina, Teodomiro Neto

Correspondentes Angel Rebollo (Huelva), António Sustelo (Bélgica) Paginação electrónica Irene Salvador, Lídia Palma, Ana Reis Publicidade e Marketing Filomena Reis, filomena.jornaldoalgarve@gmail.com

Helena Reis, lena_jornaldoalgarve@hotmail.com

(VRSA)

suas produções, enquanto os outros portugueses têm de contribuir para o défice gerado pela importação de bens alimentarem que poderiam estar a ser cultivados no país. Será ciclópica a missão de os convencer a voltar a “pegar na enxada”. > José Cruz O novo ministro da economia, num livro recentemente publicado, apontava estas “preciosas” medidas para a resolução da crise: vender as reservas de ouro, baixar os salários, proceder a uma desvalorização fiscal, impor um défice zero até 2016 e um choque fiscal para o interior. Portugal, a pretexto da crise e do risco de falência está a ser encarado como um laboratório de experiências políticas e sociais dos académicos da direita que se preparam para, a pretexto da cura, darem uma dose de cavalo ao doente, tal como o cigano deu ao burro que, quando já estava habituado a não comer, morreu. Entretanto, José Sócrates vai para Paris estudar a filosofia que a maioria pensava que ele tinha. A desejada clarificação política produzida pelas eleições antecipadas e a formação de uma maioria sólida teve um efeito nulo nos mercados. A Grécia continua na mesma ou pior. O PASOK também tem a maioria absoluta. Entre a contestação nas ruas e os partidos da direita de lá - que não são tão responsáveis como o PS de cá e aquilo que querem é ocupar rapidamente a governação - tem dificuldade em impor as medidas de austeridade. Caso curioso, cumpriu do lado da despesa, mas não consegue arrecadar mais receita. Estes indicativos deveriam ser suficientes para se pensar que o caminho não é onde se vai. Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Alzira Correia, ja.portimao@gmail.com Dep. Assinantes Ana Mendes assinantes@jornaldoalgarve.pt Publicidade, Redacção, Composição, Administração Rua Jornal do Algarve, 46 Apartado 23 8900 Vila Real de Santo António Telefs. 281 511 955 / 56 / 57 Telefax: 281 511 958 jornaldoalgarve@hotmail.com

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AGRICULTORES ALGARVIOS COM PREJUÍZOS DE 2 MILHÕES DEVIDO AO PESADELO DO E.COLI

Produção de frutas e legumes em risco na região

O Algarve faz as contas às perdas financeiras causadas pelo surto de e.coli na Europa, que, em menos de dois meses, provocou quebras acentuadas nas vendas e nos preços dos produtos hortícolas regionais, na ordem dos 90 por cento! Em declarações esta semana ao JA, os agricultores algarvios dizem que a situação pode colocar em risco a produção no futuro de tomates, pepinos, alfaces e pimentos > NUNO COUTO Os agricultores algarvios descrevem a epidemia provocada pela bactéria e.coli, com origem na Alemanha, como uma das piores crises do setor e consideram insuficiente a ajuda aprovada pela União Europeia (VER CAIXA). O surto de e.coli começou em maio e lançou o pânico entre os consumidores de vegetais em toda a Europa. No Algarve, o ciclo de produção estava no auge e, como consequência, registou-se uma diminuição significativa na procura de produtos hortícolas regionais. À queda das vendas juntou-se também a redução abrupta dos preços de comercialização, lamentam os agricultores. “As frutas e legumes que se vendiam a 30 cêntimos o quilo estão agora a 10 cêntimos ou menos. Mas o pior é que a maioria da produção não é escoada e acaba por se estragar”, adianta ao JA o presidente da União de Produtores Hortofrutícolas do Algarve (Uniprofrutal), Eduardo Ângelo, revelando que “a maioria dos vegetais maduros e apodrecidos que estão a encher os armazéns acabam na lixeira”. “Os tomates não podem ficar um mês à espera para serem colhidos na planta. Não é possível pausar o crescimento das frutas e dos legumes. É por isso que estamos tão aflitos com esta situação”, explica o responsável.

"Vai ser complicado restaurar o ciclo de produção" O representante dos agricultores algarvios acentua que a medida aprovada pela UE no dia 16 de junho (sistema de retirada do mercado) “não vai compensar os prejuízos dos agricultores algarvios”, que desde maio têm sofrido uma queda bastante acentuada nas vendas. “Mais de 90 por cento dos agricultores não serão compensados, porque o sistema de ajudas não vai chegar à maioria”, afirma o presidente

VOZ DO POVO

Concorda com a recruta de desempregados para prevenção de incêndios? João Almeida, empresário Acho que é bom, porque há muitos desempregados que precisam de uma ocupação. Além disso, considero que as pessoas que beneficiam do fundo de desemprego também deviam dar um contributo à sociedade. E a limpeza da floresta é um trabalho muito valioso para evitar fogos.

Aissatu Camara, doméstica É uma medida muito positiva, porque as pessoas estão sem fazer nada em casa e, desta forma, podem participar em algo útil para toda a sociedade. Por outro lado, também é uma boa ajuda para os bombeiros.

José Leal, agricultor Acho que a ideia é boa porque assim têm mais gente a vigiar os matos e dão serviço às pessoas que estão desempregadas.

Tiago Mendes, estudante O alarmismo provocado pelo surto de e.coli resultou em enormes quebras na venda de produtos hortícolas no Algarve

da Uniprofrutal, estimando que “menos de cinco por cento da produção no Algarve esteja abrangida pela retirada”. Perante este cenário, Eduardo Ângelo considera que será muito difícil manter a produção de pepinos, tomates, alfaces, pimentos e outros produtos hortofrutícolas no futuro. “O e.coli veio agravar ainda mais a situação já de si muito complicada deste setor. A produção caiu a pique a partir de maio e isso contribui para descapitalizar empresas que já atravessavam grandes dificuldades na região”, refere, acrescentando que “vai ser muito complicado restaurar o ciclo de produção e manter a atividade já no próximo ano”. Em relação à qualidade e à segurança dos produtos regio-

nais, os agricultores asseguram que “os consumidores devem estar 100 por cento tranquilos em relação aos produtos algarvios e portugueses”. “Até agora, não há nenhum indício de contaminação e é até aconselhável que optem pelo produto regional em vez dos de fora”, frisam.

Produtos algarvios oferecem toda a confiança Atento aos prejuízos que o surto de e.coli está a provocar na região está também o diretor regional de Agricultura, que tem mantido contacto permanente com as organizações de produtores do Algarve desde o início da epidemia. Castelão Rodrigues realça que os produtos regionais são submetidos a regras e análises

Bactéria mortal já fez 38 mortos Mais de 2.500 pessoas na Alemanha e noutros países foram afetadas pela bactéria e.coli, 38 das quais morreram (37 na Alemanha e uma na Suécia). Os pepinos espanhóis foram inicialmente apontados como foco da contaminação e as autoridades alemãs investigaram posteriormente rebentos de plantas de soja e outros legumes, mas as suspeitas não se confirmaram em nenhum dos casos. A origem da bactéria ainda não está claramente estabelecida.

muito apertadas que garantem a sua qualidade. “No Algarve, tal como no resto do país, não há registo de produtos hortícolas contaminados por e.coli, pelo que os mesmo oferecem toda a segurança aos consumidores”, sublinha. Por outro lado, o diretor regional de Agricultura admite que o pânico que se instalou a nível europeu levou a uma queda acentuada no consumo destes produtos, “tendo afetado fortemente os produtores do Algarve, na medida que os apanhou no auge da produção, uma vez que a região é mais precoce em termos de ciclo produtivo”. Na segunda-feira, Castelão Rodrigues reuniu-se com várias organizações de produtores para acertar pormenores relativamente à operacionalização dos processos de retirada, que a direção regional pretende realizar “no imediato”, com ajuda de outras entidades que possam ajudar no processo, nomeadamente a Algar, empresa responsável pela recolha e tratamento de lixo na região algarvia. Para Castelão Rodrigues, o mais importante é agora gerir bem esta crise para não colocar em perigo a produção de frutas e legumes no futuro, na região.

Concordo porque há muito desemprego e assim permite aumentar os rendimentos das pessoas, aumentar a prevenção dos incêndios e melhorar a limpeza da floresta.

UE promete ajudar agricultores algarvios A União Europeia aprovou no passado dia 14 a ajuda de 210 milhões de euros proposta pela Comissão Europeia para compensar os agricultores europeus afetados pelo surto de e.coli, apesar de alguns estadosmembros, com Espanha à cabeça, considerarem-na insuficiente, assim como os agricultores algarvios ouvidos esta semana pelo JA. Estas ajudas têm como base uma compensação até 50 por cento das perdas sofridas pelos produtores que, devido à crise, tiveram de retirar do mercado pepinos, tomates, alfaces, pimentos e courgettes. “As compensações para os agricultores algarvios serão as mesmas que os agricultores do resto do país e da comunidade receberão”, adianta o diretor regional de Agricultura. Segundo Castelão Rodrigues, “as ajudas a atribuir são através de retiradas de mercado realizadas, com a intervenção das organizações de produtores reconhecidas e com programas operacionais aprovados”, e terão como fim a “distribuição gratuita a instituições de solidariedade social, alimentação animal, compostagem e destruição com entrega em aterro”. Ainda de acordo com o mesmo responsável, a ajuda será atribuída por quilograma (exemplo: tomate 33,2 euros por cada 100 quilos; pepino 24 euros/100 quilos, alface 38,9 euros/100 quilos). N.C.


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PRESIDENTE DA CÂMARA DE MONCHIQUE PARTICIPOU NO CONGRESSO DAS MISERICÓRDIAS

"Municípios substituem Estado na resposta à crise"

RUI ANDRÉ E ASPAFLOBAL RECRUTAM PESSOAS SEM TRABALHO NO CENTRO DE EMPREGO

Desempregados trabalham na prevenção de fogos na serra de Monchique A partir de 1 de julho e durante um ano, dez desempregados do concelho de Monchique vão trabalhar na prevenção de incêndios, segundo um protocolo assinado entre a autarquia e a associação de produtores florestais do barlavento algarvio. O objetivo passa também por combater o desemprego na região, colocando pessoas sem trabalho em tarefas de limpeza e vigilância da floresta. Esta é a primeira experiência do género na região > NUNO COUTO

> NUNO COUTO O presidente da câmara de Monchique, Rui André, alertou para as dificuldades que as populações estão a sentir neste "quadro negro" que o país está a atravessar. As declarações do autarca foram proferidas no 10º Congresso das Misericórdias Portuguesas, encontro que se realizou, no passado dia 17, em Coimbra. "Sempre pensei que os munícipes, na sua maioria, se deslocariam à câmara para solicitar ajudas para um caminho, para um processo de obras, água ou saneamento, mas, na verdade, tenho constatado que 70 por cento das solicitações que me fazem diariamente são de cariz social e, alguns deles, de pobreza extrema, solicitando condições de habitabilidade nos locais a que carinhosamente chamam casas, pedindo ainda roupa, apoio à compra de medicamentos e, recentemente, alimentação", revelou Rui André. Segundo o presidente da autarquia e vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Monchique, a atual crise que se abateu sobre o país tem implicações ao nível do emprego e das condições de vida das pessoas, uma situação que "exige uma resposta pronta, determinada, coerente e eficaz por parte dos poderes públicos". Rui André destacou ainda que as principais respostas são solicitadas ao poder local, "o governo mais próximo dos cidadãos, que continua a ser a primeira porta para quem passa por situações desta natureza, sobretudo, as famílias de menores recursos, mas também, e cada vez mais, segmentos de gente que se encontrava afastada deste tipo de restrições".

Rui André exige transferência de competências Neste contexto, o autarca salientou que "deve ser concretizada a transferência de competências para os municípios nas áreas da ação social e da saúde", até porque, evidenciou Rui André, "os municípios têm-se vindo a substituir ao Estado, disponibilizando respostas que vão além das nossas competências". "Reconhecemos nós e sabem as populações que poderíamos melhorar francamente as nossas prestações neste âmbito, principalmente ao nível funcional, se nos fossem atribuídas outras competências nestas áreas", sublinhou. O presidente da câmara de Monchique defende assim uma "descentralização administrativa que regionalize o país", argumentando que "o Estado tem que olhar para os municípios e para as instituições como parceiros estratégicos, desempenhando neste âmbito, as misericórdias portuguesas e outras IPSS um papel fundamental, com um papel social de extrema importância na sociedade".

Dez pessoas sem emprego foram contactadas nos últimos dias para fazerem parte das equipas de prevenção aos incêndios em Monchique, um concelho em que o risco de fogos florestais é extremamente elevado este ano. Segundo apurou esta semana o JA, este projeto pioneiro no Algarve resulta de um protocolo assinado, na semana passada, entre a autarquia de Monchique e a Associação de Produtores Florestais do Barlavento Algarvio (Aspaflobal). As duas entidades pretendem recrutar pessoas sem trabalho do concelho através do centro de emprego “para limpeza e vigilância da floresta”, que, por estes dias, “mais parece um barril de pólvora”, adianta o presidente da câmara, Rui André. O autarca revela que cada desempregado vai receber “mais 20 por cento para além do subsídio, acrescido de subsídio de alimentação”, uma ajuda bastante boa nestes tempos de crise. “É também uma ótima ocupação e uma nova oportunidade para quem não tem emprego”, realça. Os dez desempregados começam já no próximo dia 1 de julho uma formação orientada pela equipa de sapadores de Monchique, que os vai acompanhar durante um ano (até julho de 2012) no terreno, altura em que a câmara e a Aspaflobal poderão renovar o protocolo.

Medida contra o fogo e a crise “O mais importante é que, em vez de estarem em casa sem fazerem nada, estas pessoas vão fazer algo de positivo para a comunidade, desempenhando uma tarefa que é um exemplo de cidadania”, sublinha o presidente da autarquia, salientando que o município quer envolver toda a comunidade nesta luta contra os incêndios. “Já temos bombeiros, elementos da GNR, mas também caçadores, tropas do exército, jovens voluntários, empresários locais, etc. Agora vamos ter também desempregados a ajudar a prevenir incêndios”, destaca. O autarca refere ainda que esta acaba por ser “mais uma medida contra a crise”, proporcionando a pessoas sem trabalho “uma oportunidade de darem um grande contributo na prevenção de incêndios”. “Só é de lamentar que tenha de ser a autarquia a avançar com este protocolo. O Estado devia obrigar os desempregados que recebem subsídios e rendimentos mínimos a darem alguns dias de trabalho em prol da comunidade”, frisa Rui André, acrescentando que dessa forma “os centros de emprego funcionariam melhor e acabava-se com os imensos casos polémicos das pessoas que preferem ficar em casa a ganhar o subsídio em vez de trabalhar”.

O protocolo foi assinado entre a câmara de Monchique e a Aspaflobal e é o primeiro da região. Dez desempregados vão limpar e vigiar a serra de Monchique até julho de 2012

Uma luta sem fim Apesar do apoio insuficiente do Estado e das dificuldades financeiras, a câmara de Monchique não baixou os braços e ainda na semana passada atribuiu um financiamento de vinte quilómetros de combustível às empresas de maquinaria pesada (retroescavadoras), para limpeza de caminhos rurais e criação de aceiros. “Numa situação de catástrofe, estas máquinas poderão ser mobilizadas para impedir o alastramento das chamas e permitir melhor mobilidade dos bombeiros”, evidencia o presidente da câmara. Mesmo assim, Rui André admite que a luta contra os fogos é uma tarefa árdua e que não tem fim. “Ainda recentemente, a autarquia limpou as bermas num total de três mil quilómetros de estrada. Mas, na maior parte dos casos, quando os técnicos acabavam de limpar no final de uma estrada, já a vegetação tinha voltado a crescer no início”, revela.

Aspaflobal também defende reclusos a limpar florestas O diretor da Aspaflobal, a associação florestal mais antiga do Algarve, com cerca de 30 anos, e que representa quase 600 produtores florestais da região, refere que o recrutamento de desempregados para limpeza da floresta cuja primeira experiência vai arrancar agora em Monchique - “é uma ideia defendida pela associação há mais de uma década”. “Para além dos desempregados, defende-

mos a colocação de reclusos das prisões nestes trabalhos”, acrescenta ao JA Emílio Vidigal. O responsável da única associação florestal do país com estatuto de utilidade pública explica que os dez desempregados do concelho de Monchique “são pessoas que conhecem bem a serra” e serão distribuídos pelos locais de maior risco de incêndio “que já estão identificados”. “Os critérios para a escolha destas pessoas baseou-se na sua relação com o mundo rural, nomeadamente a agricultura e a floresta, mas também temos pessoas ligadas à construção civil”, revela. Numa altura em que o Algarve enfrenta uma grave crise de empregos, Emílio Vidigal salienta que “esta medida pode ajudar a amenizar o desespero de quem não encontra trabalho e mesmo assim quer ser útil para a sociedade”. “O dinheiro que se gasta em subsídios pode ser utilizado para uma missão muito benéfica. É uma solução lógica numa altura em que existe tanto desemprego na região”, sublinha. Depois da câmara de Monchique, o diretor da Aspa-flobal afirma que vai iniciar conversações ainda este mês com a autarquia de Portimão para estabelecer o mesmo protocolo. “Não tenho dúvidas de que esta experiência será muito positiva e que outros municípios quererão também repeti-la nos seus concelhos”, conclui.


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QUESTÃO ALGARVIA DO MOMENTO

FICÇÕES

[34.] Folhetim II

José Carlos Barros

O dia em que o mar desapareceu (continuação)

LUÍSA passou a curva do caminho, aproximou-se e entrou na casa deserta. Habituou os olhos à sombra e ficou por algum tempo a olhar a parede, a última ceia emoldurada com relevos florais, e depois o plástico recortado do louceiro, os vasculhos, a esteira de secar os figos enrolada a um canto, o vassouro ripado, a vassoura de palma junto à porta, a mesa de comer. E era como se tudo lhe fosse distante. Abriu a janela. A mesma luz coada da alba desprendia-se na paisagem da serra. Saiu, passou a curva do caminho em sentido contrário, subiu à colina da azinheira grande, sentou-se no chão. E então compreendeu que o tempo recomeçava. À distância, para além da flor mortal do agave e das torres de apartamentos, o alvorecer avançava e definia os contornos da manhã. Levantou-se de novo e pareceu-lhe que o mar deixara pequenas poças de água num deserto de areia que se prolongava até à linha do horizonte. Seguiu na direção do litoral. Sentia que nada a ligava à casa e aos objectos da casa, que nada a ligava a esta paisagem de matos e azinheiras dispersas nem ao ondulado de xisto a subir à cumeada e a descer até ao loendro das ribeiras e aos pegos talhados na pedra. Corria, e no entanto era como se uma eternidade mediasse cada um dos seus passos. Não havia ninguém nos logradouros, nenhuma lâmpada acesa nos candeeiros da estrada, nenhum movimento nos campos onde a alba começava a levantar-se. E então viu essa luz brilhante, surgida do nada, a pairar diante de si. Suspensa. E então viu o deserto do antigo leito do mar e as pe quenas poças de água que a maré-vaza deixara por entre a areia ainda molhada e o verde acastanhado dos limos que às vezes o levante trazia até à praia. E não havia mar. JOÃO subiu a escada numa corrida e teve a sensação estranha de que a escada não terminava e que os patamares se sucediam a separar um novo lanço de degraus e que as casas ficavam cada vez mais longe à medida que corria na sua direção e que só o marulhar do levante perdido na distância e na bruma permanecia como um sinal visível do mundo. A neblina avançava para o interior e diluía as arestas dos muros, dissolvia os limites do casario, poisava por momentos nos campos de sequeiro, subia a caminho da serra. João continuava a correr. Corria sempre. E finalmente chegou ao largo. Entrou em casa e viu a raspadeira e a espátula, as botas de água, a navalha. Mas nada ficara da presença do tio para além dos objetos inúteis onde também uma luz baça poisava misturada em névoa. Saiu, atravessou o largo, encostou-se ao muro da fortaleza e olhou de novo na direção do mar: mas não havia mar. O tempo, entretanto, recomeçava. Uma sombra suspendia-se entre os seus olhos e as imagens do mundo. A neblina erguia-se devagar e, aos poucos, deixava a descoberto o lodo da ria, a vegetação rasteira do cordão dunar, a areia ainda molhada e o antigo leito das águas. E então viu essa luz muito brilhante a pairar sobre o largo e sobre a ria e sobre a península e sobre o deserto vastíssimo de areia que se perdia no horizonte longínquo. (continua na próxima semana)

"Polícia não é insuficiente mas sim ineficiente" Afirmou Luís Barão, presidente da Associação de Comércio da Zona Histórica de Faro. E explicou porquê > VIEGAS GOMES Luís Barão, presidente da Associação de Comércio da Zona Histórica de Faro, afirmou ao Jornal do Algarve que, ao, contrário do que pensam a AHETA, a AMAL, a ACRAL, o policiamento existente e destacado para a região “não é insuficiente, mas sim ineficiente”. Dá como exemplo a Baixa Comercial de Faro, a mais segura das grandes baixas comerciais do país, onde a polícia de proximidade que nela atua já ganhou o galardão como o melhor policiamento de proximidade do país. Luís Barão acrescentou ao nosso jornal que não se trata de mais efetivos, mas de melhores efetivos. “O que se passa em Albufeira passa-se em quatro ou cinco locais. Não se pode é colocar polícias armados com metralhadoras, viseiras, coletes à prova de bala. Isto assusta o turismo. Dá uma ideia de alarme. Retira tranquilidade. Quando estes desaparecem, os ladrões novamente atuam. O melhor, o mais certo, era pôr polícias à paisana, que atuassem ao mais pe-

queno caso, sem se vislumbrar que a polícia estava ali”. Luís Barão referiu que a Baixa Comercial de Faro possui todos os atrativos de que os ladrões gostam. Ourivesarias, casas de compra e venda de ouro, farmácias, e, no entanto, é a zona mais segura da província. O policiamento de proximidade é feito por cinco polícias que atuam de bicicleta e que resulta de um acordo com o comando distrital. “Era bom que a associação de comércio do distrito estudasse melhor os problemas, caso a caso, antes de emitir juízos precipitados. Assim, deste modo, perdem a confiança dos comerciantes”. Luís Barão adiantou ainda que é preciso ter na devida conta as minorias étnicas que andam a pedir, os romenos, que estudam os horários convenientes para o roubo, as entradas de viajantes nos estabelecimentos. Até os músicos de rua, os homens estátuas, disse, passam informações. O policiamento de proximidade é o mesmo que atua para a escola segura, uma força de atuação atenta, rápida, eficiente. Na Baixa Comercial de Faro,

vem atuando das oito horas da manhã até à meia noite, com o sucesso que se conhece. Uma força de intervenção, refere o guarda Luís José, que atua 365 dias por ano. Outra das suas funções é o apoio ao estrangeiro. Segundo Luís Jo-

sé, muitos dos seus membros sabem línguas. Um deles sabe até inglês, francês, alemão e espanhol. As bicicletas com que atuam foram oferecidas pela Associação de Comércio da Zona Histórica e pela Junta de Freguesia de São Pedro.

ESTOU SIM!

Internet vai chegar a todo o Algarve Parceria Globalgarve,OLA,VEX, operou o milagre > VIEGAS GOMES A Globalgarve, numa parceria com as marcas e empresas OLA e VEX, vai transformar o Algarve na primeira região do país com Wi-Fi gratuito. Quem o afirmou foi Paulo Bernardo, diretor-geral da Globalgarve, a agência de desenvolvimento do Algarve. Para este dirigente, trata-se de realizar um velho sonho. “Desde o projeto do Algarve Digital que perseguíamos este desejo, o de aumentar a rede de Wi-Fi. Com o apoio agora da OLA e da VEX, finalmente conseguimos”, disse. “A partir de agora o Algarve é a primeira região Wi-Fi de Portugal”, acrescentou. Segundo Paulo Bernardo, desde o dia 15 deste mês, estão a ser colocados em todos os municípios algarvios, até nos mais distantes, um total de cem pontos de Internet, estrategicamente colocados em áreas de grande afluência, onde será possível viajar pela Internet gratuitamente, a qualquer hora. O mesmo foi corroborado pelos diretores de marketing da OLA e da VEX, Bruno Almeida e Paulo Rosa, respetivamente. A OLA pretendeu com este apoio reforçar a sua ligação à comunidade algarvia. Já a VEX referiu que este projeto mostrou-se alinhado com os objetivos da empresa. Refira-se que a OLA é uma marca Unilever Jerónimo Martins e a VEX é uma empresa multinacional no campo das redes wi-fi.

Paulo Bernardo, diretor-geral da Globalgarve


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HOSPITAL DE FARO É O ESPAÇO DE SAÚDE ANFITRIÃO DESTA INICIATIVA DE FORMAÇÃO DA COMUNIDADE

Enfermeiros dão curso de Suporte Básico de Vida Pediátrico Prevenir é o melhor remédio, mas também é útil estar preparado para os momentos em que a prevenção falhou e temos uma criança em risco de vida. É nestes dois ângulos de trabalho que o curso de Suporte Básico de Vida Pediátrico que está a ser ministrado no hospital de Faro trabalha junto de pais, educadores e cuidadores > SOFIA CAVACO SILVA O hospital de Faro acolheu a terceira sessão de 2011 do Curso de Suporte Básico de Vida Pediátrico, no último fim de semana. Durante todo o dia, perto de 21 formandos foram apresentados aos riscos, formas de prevenção e técnicas de suporte básico de vida adequados a bebés e crianças. O projeto é da Secção Regional Sul da Ordem dos Enfermeiros e do hospital de Faro, que procuram, assim, dar ferramentas a pais, educadores e cuidadores, para que saibam agir da forma mais correta e eficaz numa situação de risco de vida.

Ao JA, o enfermeiro José Neutel referiu que esta tem sido uma iniciativa bem aceite e que já tem uma nova sessão marcada para 16 de julho. “Explicamos sempre que o perigo espreita em qualquer lado. Dois dedos de água são suficientes para causar uma tragédia e infelizmente ficou comprovado na passada semana”, explicou, lembrando a morte de uma bebé de 16 meses, que ocorreu em São Brás de Alportel. Atentos e ávidos de conhecimentos, os formandos participaram na sessão não escondendo o receio de como irão reagir se estiverem perante uma situação real onde o ner-

Verdadeiramente atentos, os formandos não esconderam o receio de não saberem se seriam capazes de agir corretamente numa situação real

vosismo tentará dominar a situação. Receios que os formadores vão tentando acalmar durante toda a formação. “Aquilo que é preconizado aqui é aquilo a que chamamos a cadeia de sobrevivência pediátrica, que é constituída por quatro elos”. Os cuidadores ou

educadores aprendem como devem reagir nos dois primeiros elos em que são elementos fundamentais. “O primeiro elo é extremamente importante e é a prevenção que passa por todos nós ao evitarmos que as crianças tenham acesso a este tipo de perigos sem

que estejam devidamente vigiadas e passa também pela aplicação e uso de sistemas de retenção de veículos e de todos os sistemas de proteção de áreas como por exemplo piscinas, poços, tanques”, entre outros, acrescentou José Neutel.

“O segundo elo passa por um minuto de suporte básico de vida que é muito do que treinamos aqui. Um minuto de suporte básico antes de fazer a chamada para o 112 no sentido de fazermos um pedido de ajuda diferenciada”, ou seja, bombeiros e viaturas médicas de reanimação. Importa recordar que os dados oficiais nacionais indicam que o afogamento continua a ser a segunda causa de morte entre crianças até aos quatro anos e afeta mais crianças do sexo masculino. “Estes acidentes ocorrem sobretudo em piscinas particulares da população residente”. “Não se deve facilitar nas questões de segurança e importa mais uma vez lembrar que as crianças devem usar obrigatoriamente coletes de salvação ou braçadeiras”, refere a organização deste curso. As inscrições para a próxima sessão devem ser enviadas efetuadas através do correio eletrónico ausenda.duarte@ ordemenfermeiros.pt ou do telefone 213815552.

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DELIBERAÇÃO Assunto: Desocupação e remoção de infra-estruturas da parcela n.º 29 do Aeroporto de Faro O Conselho de Administração da ANA –Aeroportos de Portugal, SA, na reunião de Conselho de 2011-06-09 deliberou o seguinte: 1.Na sequência de um processo de expropriação por utilidade pública urgente para execução do plano de desenvolvimento do Aeroporto de Faro o Estado Português tornou-se legítimo proprietário de uma parcela de terreno com a área de 99.220m2, sita no lugar de Arábia, freguesia de São Pedro, concelho de Faro, confinante a Norte com Teresa Ortigão Peres Lopes Mateus, a Sul com o Aeroportos de Faro, a Nascente com Estrada e a Poente com ribeiro. 2.Após a formalização do processo expropriativo – o que veio a acontecer por auto de expropriação lavrado a 18 de Dezembro de 1986 – o referido terreno foi integrado no domínio público aeroportuário, passando desde então a ser identificado como parcela n.º 29 do Aeroporto de Faro. 3.A partir dessa data, a ANA, S.A., na qualidade que sempre manteve de concessionária do serviço público aeroportuário de várias infra-estruturas, entre as quais do Aeroporto de Faro (ver D.L. n.º 246/79, de 25 de Julho, D.L. n.º 404/98, de 18 de Dezembro e D.L. n.º 33/2010, de 14 de Abril), passou a deter a exploração e a administração dominial da referida parcela de terreno. 4.Uma relevante parte do terreno acima identificado, designadamente, a faixa de terreno confinante com o estabelecimento “O Terminal”, é actualmente ocupado por alguns equipamentos e infra-estruturas que ali foram postos para comodidade e serventia do dito estabelecimento. 5.A referida ocupação da parcela n.º 29 do Aeroporto de Faro, consentida pela ANA, S.A., não confere quaisquer direitos sobre o terreno em questão. 6.Trata-se, com efeito, de uma ocupação meramente consentida pela ANA, S.A. e a título gratuito, sem título administrativo habilitante, designadamente, licença emitida nos termos do D.L. n.º 102/90, de 21 de Março (na redacção do D.L. n.º 216/2009, de 4 de Setembro), diploma que regula o regime jurídico do licenciamento do uso privativo dos bens do domínio público aeroportuário. 7.Como se sabe, a ocupação de qualquer terreno afecto ao domínio público aeroportuário, para ser constitutiva de direitos, carece de licença pela entidade a quem estiver cometida a sua exploração, e envolve o pagamento de uma taxa. 8.Acresce que, nos termos do D.L. n.º 280/2007, de 7 de Agosto (aplicável por remissão do artigo 1.º do D.L. n.º 102/90) – que contém o regime jurídico da gestão dos bens imóveis dos domínios públicos do Estado, das Regiões Autónomas e das autarquias locais – os imóveis integrantes do domínio público não podem ser objecto de quaisquer direitos privados, nem tão pouco podem ser alvo de qualquer tipo de transmissão, seja pela via dos instrumentos do direito privado, seja por usucapião (ver artigos 18.º e 19.º do D.L. n.º 280/2007). 9.Ora, com a aprovação do novo Plano de Desenvolvimento para o Aeroporto de Faro por este Conselho de Administração, o terreno acima identificado passou a ter de estar afecto às novas acessibilidades do aeroporto, tendo nesse sentido a ANA, S.A. adjudicado a terceiros a obra – que já se

encontra em curso para construção das ditas acessibilidades (conforme plantas com a localização dos trabalhos a realizar e de identificação da parcela a desocupar, que se anexam e que fazem parte integrante deste projecto de deliberação), perspectivando-se que os trabalhos neste referido local se iniciem, em concreto, no dia 16 de Maio de 2011. 10.O que significa que a referida parcela se tornou necessária para a boa exploração aeroportuária do Aeroporto de Faro, devendo por isso estar desocupada e livre de quaisquer pessoas e bens em prazo curto. 11.Devendo referir-se, por último, que, de acordo com o artigo 21.º do D.L. n.º 280/2007, impende sobre as entidades responsáveis pela gestão e administração dos imóveis integrantes do domínio público, no caso, sobre a ANA, S.A., a obrigação de providenciar pela cessação de quaisquer comportamentos abusivos ou não titulados ou, em geral, que lesem o interesse público a satisfazer pelo imóvel, cuja situação deve ser reposta no estado anterior, podendo impor coercivamente essa sua decisão, nos termos do Código do Procedimento Administrativo e demais legislação aplicável. 12.O ocupante do terreno em questão foi devidamente notificado para, querendo, se pronunciar sobre a intenção de a ANA, S.A. proceder à desocupação e remoção de quaisquer equipamentos ou infra-estruturas existentes no terreno em questão, tendo decorrido o prazo para a sua pronúncia sem que o mesmo o tenha feito. Considerando tudo isto, o Conselho de Administração da ANA, S.A. determina que se proceda à desocupação e remoção de quaisquer infra-estruturas existentes no terreno em questão, concedendo ao ocupante ou ocupantes abusivos um prazo definitivo e improrrogável de 20 dias, contado da notificação que lhe(s) seja feita da presente deliberação, dentro do qual o terreno deverá ficar totalmente devoluto de pessoas e bens, sendo reposta a situação anterior à ocupação, sob a cominação de, em caso de incumprimento, a ANA, S.A. proceder por conta do(s) mesmo(s) às diligências que se revelarem necessárias à desocupação e à reposição do terreno no estado anterior à ocupação, bem como à remoção das infra-estruturas ou bens nele existentes, com recurso, se necessário for, à utilização de força pública, ao abrigo dos poderes de autoridade que lhe foram conferidos pelo art.º 14.º do D.L. n.º 404/98, de 18 de Dezembro e pela alínea g) da Base XXXVI das Bases da Concessão de exploração do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil, aprovadas pelo D.L. n.º 33/2010, de 14 de Abril. Mais deliberou o Conselho de Administração que a presente deliberação seja notificada ao(s) ocupante(s) da parcela de terreno em apreço. O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(Jornal do Algarve, 23/6/2011)


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DUCAÇÃO

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SILVES LANÇA PROJETO SOLIDÁRIO PARA AJUDAR FAMÍLIAS A SUPORTAR CUSTOS DOS MANUAIS

Troca de livros escolares ajuda pais a poupar Todos os anos o cenário repete-se: os preços sobem e os pais lamentam-se. Para aliviar as famílias, a autarquia de Silves está a promover o projeto "Manuais Solidários", cuja ideia é promover a troca de livros escolares. Dar livros que já não se usam e adquirir os que se necessitam é o grande objetivo desta iniciativa solidária, que pode significar uma poupança superior a 130 euros para cada encarregado de educação > NUNO COUTO O projeto “Manuais Escolares” está a decorrer até 15 de agosto, na biblioteca municipal de Silves, uma iniciativa realizada pela câmara de Silves. A ideia é criar uma rede social de partilha, encorajando as famílias e todas as escolas do concelho para a reutilização dos livros escolares. “A troca de manuais esco-

Vila do Bispo atribui 143 mil euros para bolsas de estudo e investigação O município de Vila do Bispo atribuiu 40 bolsas de estudo e quatro bolsas de investigação para o ano letivo 2010/2011, que representam um valor superior a 143 mil euros. O valor a conceder a cada estudante oscila entre os 475 e os 4.750 euros, consoante o rendimento do agregado familiar. “Os subsídios de estudo destinam-se aos alunos do concelho, que frequentam o ensino profissional não remunerado (nível III) e estabelecimentos de ensino médio/superior público, particular ou cooperativo”, adianta a autarquia. A atribuição destes subsídios de estudo tem como objetivo “apoiar o prosseguimento de estudos dos alunos economicamente carenciados e com aproveitamento escolar que, por falta de recursos financeiros estariam impossibilitados de prosseguir o ensino”.

lares vai permitir a redução de custos de aquisição dos mesmos pelos encarregados de educação”, salienta a autarquia, que tem ainda como objetivo “uma correta racionalização do uso dos livros, prolongando o seu tempo útil de utilização, bem como uma maior consciencialização de todos os munícipes para as práticas de reutilização e de reciclagem”. O projeto é inédito no município e pretende ajudar os pais na reentrée escolar (se-

tembro), que costuma representar um grande fardo para as famílias. Para os pais e encarregados de educação, a abertura das portas das escolas significa que eles também têm de abrir as portas do orçamento familiar. E, na maioria dos casos, a fatura dos manuais escolares pode ultrapassar os cento e trinta euros! Porém, com este projeto solidário, o regresso às aulas não terá de pesar tanto no orçamento das famílias. Isto porque, alguns livros são válidos

O projeto lançado em Silves vai permitir a redução de custos de aquisição dos manuais pelos encarregados de educação

para vários anos.

Livros "novos" a partir de 1 de setembro Nesse sentido, as famílias e os alunos de todos os estabelecimentos de ensino do

município de Silves são convidados a entregar os livros escolares de anos anteriores na biblioteca municipal, ou nas escolas aderentes à receção dos manuais, até ao dia 15 de agosto.

A partir desta data, os responsáveis da biblioteca vão começar a avaliar e a analisar o estado de conservação dos livros, organizando-os de seguida consoante as disciplinas e os anos de escolaridade. “Os manuais serão depois inseridos numa base de dados criada para o efeito e que será disponibilizada ao público no dia 20 de agosto, quer na biblioteca municipal e nas escolas, quer no site da autarquia”, adianta a câmara de Silves, garantindo que, a partir de 1 de setembro, “os alunos vão poder levantar na biblioteca os livros que irão necessitar para o próximo ano letivo”. Em relação aos livros que sobrarem, a autarquia refere que estes serão encaminhados para o setor de ação social, sendo depois distribuídos por organizações locais.

Albufeira promove ateliês de férias para a pequenada Durante as férias escolares do verão, as crianças e jovens entre os seis e os 14 anos podem ocupar os seus tempos livres de forma divertida e pedagógica, participando nos vários ateliers pensados para as suas idades. “O meu brinquedo é um livro” é uma das muitas atividades disponibilizadas pelo município. Nos dias 5 e 6 de julho, os participantes neste ateliê vão explorar a biblioteca Lídia Jorge, conhecer a organização deste espaço cultural, as suas regras de funcionamento e curiosidades acerca do livro. Já nos dias 7 e 8 de julho, o ateliê versa sobre “Histórias do Mar”, onde contos relacionados com a temática serão explorados pelas crianças. A “Reciclagem” é outro dos temas propostos. De 12 a 14 de julho, os estudantes vão aprender como

decorre o processo de reciclagem e consciencializar-se da sua importância. No final, terão a oportunidade de realizar um trabalho de expressão plástica com recurso a materiais reciclados. “Histórias com Arte” é o nome do ateliê sobre as diferentes artes plásticas, que se vai realiza nos dias 19 e 20 de julho. Para quem prefere as histórias da Disney, tem à disposição o ateliê de leitura infantil “Clássicos Disney”, nos dias 21 e 22 de julho. Os interessados nas artes cénicas podem inscrever-se no ateliê “Histórias com Fantoches”, de 26 a 28 de julho, onde lhes é dada a oportunidade de criar as suas personagens favoritas em fantoches. “Imagina, escreve e desenha a tua história” é a atividade proposta para quem a imaginação não tem

limites. A iniciativa decorre de 2 a 4 de agosto. Todas as ações decorrem das 10h30 às 12h30, na biblioteca Lídia Jorge.

Férias desportivas chegam a 2500 crianças em Portimão Cerca de 2500 crianças e jovens, entre os seis e os 16 anos, vão participar na 21.ª edição das Férias Desportivas, uma iniciativa da câmara de Portimão, que decorre entre 4 de julho e 12 de agosto. O objetivo desta iniciativa é “proporcionar uma ocupação saudável dos tempos livres durante as férias de verão”, adianta a autarquia, que pretende envolver os mais novos em várias atividades desportivas, recreativas, culturais e de educação cívica e ambiental. Do basquetebol às ativi-

dades de praia, passando por futebol de 7, futsal, voleibol, ténis, badminton, surf, bodyboard, rugby, natação, ginástica desportiva, ginástica rítmica, dança hip-hop, judo, golfe, vela, canoagem e mergulho, mas também windsurf e surf-

sky, são muitas as atividades desportivas que irão ocupar os participantes. Organizadas em três turnos o primeiro de 4 a 15 de julho, o segundo de 18 a 29 de julho e o terceiro de 1 a 12 de agosto -, as atividades das Férias Despor-

tivas realizam-se nas escolas EB 2,3 D. Martinho Castelo Branco, Prof. José Buísel e Júdice Fialho, Alvor e Mexilhoeira Grande. Estas destinam-se a crianças entre os seis e os 12 anos e funcionam de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 17h00. Já na Área Desportiva da Praia da Rocha, as atividades dirigem-se a jovens dos 13 aos 16 anos e decorrem entre as 9h30 e as 13h00. As inscrições para o primeiro turno estarão abertas a partir do dia 27 de junho, sendo que para o segundo turno a data é a partir de 11 julho e, finalmente, a partir de 25 de

julho os interessados poderse-ão inscrever para o terceiro turno. A inscrição tem um valor de 30 euros e inclui taxa de seguro, almoços, atividades desportivas e recreativas. Para as atividades da Área Desportiva da Praia da Rocha, o valor da inscrição é de 20 euros e inclui taxa de seguro e atividades desportivas. Como já é tradição, as Férias Desportivas encerram com uma grande festa, aberta a todos os participantes e familiares, marcada para 12 de agosto, às 21h00, no Portimão Arena.


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NTREVISTA

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PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL, JOSÉ ESTEVENS, ACREDITA EM FUTURO PROMISSOR DO CONCELHO

"Tenho a certeza que o rumo que traçámos para Castro Marim não irá ser desviado" O programa de comemorações do Dia do Município de Castro Marim, 24 de junho, foi concebido por forma a promover uma reflexão conjunta sobre os problemas que a comunidade enfrenta atualmente e sobre o futuro. Em entrevista ao JA, o edil José Estevens admite que o executivo está a reforçar a área social e a reorganizar o calendário de projetos para que em breve o concelho possa ser mais atrativo e com um futuro mais promissor e equilibrado > SOFIA CAVACO SILVA Jornal do Algarve - As comemorações do Dia do Município de Castro Marim vão centrar-se na área social. De que forma? José Estevens - Conscientes das grandes dificuldades que se abatem sobre o país e que se refletem no número de desempregados e nas consequências desse desemprego, e, porque temos tido uma atenção muito especial com todas as consequências desta crise e dos seus efeitos sociais, entendemos que o Dia do Município seria o momento adequado para dar a conhecer à comunidade aquilo que temos feito para procurar responder ao acréscimo de necessidades que surgiram por força desta conjuntura. Ao mesmo tempo, pretendemos dar conta daquilo que está projetado neste âmbito e mostrar a nossa posição enquanto autarquia numa matéria que constitui uma competência que tem vindo a ser assumida de modo espontâneo pelas autarquias, sem que seja uma competência tradicional das mesmas. Aqui e ali, alguns presidentes de câmara mais sensíveis a determinados problemas têm apresentado respostas neste âmbito. Hoje, um dos principais temas sobre as novas competências dos municípios é de qual deve ser o papel dos municípios no âmbito da ação social. J.A. – Na sua opinião qual é o papel das autarquias nessa matéria? J.E. – Penso que, por razões várias, as câmaras municipais poderão, de um modo muito mais eficaz e racional e com vantagens económico-financeiras, substituir-se ao Governo e à Administração Central nesse âmbito. As autarquias têm um conhecimento muito mais amplo e direto das situações que se colocam. Têm um tempo de reação que

é muito mais curto do que o Governo e naturalmente têm capacidade superior para perceber e responder às situações que são particulares. J.A. – Quais as medidas que a autarquia de Castro Marim tem tomado na área da ação social ou que estão previstas? J.E. – Tomámos medidas no âmbito da saúde com as “celebérrimas” operações às cataratas e que tiveram o seu início em Alcoutim, encontraram sequência em Castro Marim e mais tarde em Vila Real de Santo António e que acabaram por se generalizar a muitos municípios. Os tradicionais incentivos aos alunos mais desfavorecidos que frequentam o ensino superior é outro exemplo, assim como as disponibilidades criadas na área das condições de habitabilidade das famílias mais pobres. Fizemos aprovar na Assembleia Municipal um regulamento de Ação Social que está plenamente em vigor. Há uns meses, quando previmos o agudizar da crise, tivemos essa preocupação e o regulamento prevê e enquadra de modo legal estas ações que referi, assim como outras medidas, como por exemplo o apoio à natalidade, a generalização dos apoios escolares com subsídios para a aquisição de material escolar, a redução das tarifas de água para os titulares do cartão do idoso, o apoio na aquisição de medicamentos por portadores de doenças crónicas na parte não comparticipada pelo Serviço Nacional de Saúde. Estou aqui só a refletir uma parte das possibilidades criadas pelo regulamento da ação social que pode, inclusivamente, levar o município a substituir a família no pagamento da renda mensal da casa, se se verificarem condições de extrema necessidade. São essencialmente medidas que visam dar alguma segurança aos residentes no concelho que por um lado auferem pensões de

miséria – e temos muitos casos de agregados que têm um elemento que sofre de uma doença crónica ou deficiência e cujos cuidados acabam por absorver grande parte dos parcos rendimentos familiares – e também temos situações de pessoas que em idade ativa perderam o trabalho. J.A. - O que é que ainda vai ser feito nesta área? J.E. – Congratulamo-nos com a construção da Unidade de Cuidados Continuados de Azinhal com capacidade para 32 camas. Uma obra que tem um largo patrocínio do município de Castro Marim, que ofereceu o lote que vai acolher esta unidade e ainda vai ajudar em parte dos custos não comparticipados pela Saúde que ronda os 58 por cento de uma obra que custa perto de dois milhões de euros. Este projeto é importante para Castro Marim e tem um duplo alcance ao servir os mais idosos do concelho e ao gerar cerca de 30 postos de trabalho numa zona onde se tem registado uma diminuição da população residente. É mais um passo que damos neste combate sem tréguas que travamos contra a desertificação do concelho e das freguesias onde o fenómeno se dá com alguma intensidade, ou seja, nas freguesias de Odeleite e do Azinhal.

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Travamos um combate sem tréguas contra a desertificação

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Temos ainda os projetos de Lar e Centro de Dia de Odeleite e Altura que vão permitir que o concelho fique com uma rede invejável de apoio à Terceira Idade. Penso que com a concretização destes projetos o concelho fica com uma taxa de cobertura acima da média

José Estevens aguarda decisões sobre a lei de limitação dos mandatos autárquicos para ponderar recandidatura

nacional e porventura do nível dos parâmetros mais recomendados ao nível do mundo dito desenvolvido. São razões de grande contentamento para o presidente da câmara municipal perante um quadro conjuntural tão difícil como o que atravessamos atualmente. J.A. – Como é que se faz este reforço na área social quando a autarquia sofreu cortes no seu orçamento geral? J.E. - Temos como mote da nossa ação termos finanças equilibradas. Consideramos esta posição de extrema importância, porque temos a consciência do papel que a autarquia tem no tecido social envolvente e junto dos agentes económicos que se relacionam com a autarquia. Daí esta ênfase no garantir uma situação financeira saudável, pagar dentro de prazos razoáveis a quem connosco trabalha. Por outro lado, a conjuntura obriga-nos a acomodar o montante da despesa à receita, que, tal como é sabido, reduziu de forma razoável. Claro que é preciso cortar em alguma coisa para fazermos até crescer outras. Na área social, ficou bem ilustrado esse acréscimo de disponibilidade pelo que isso implica

cortar em algumas obras e intervenções que temos projetadas e que vão ter de aguardar algum tempo. Certo é também que há outras intervenções que por força das circunstâncias conjunturais não podemos deixar de fazer. J.A. – Como por exemplo? J.E. – Estou a falar, por exemplo, do saneamento básico, onde vimos aprovada uma candidatura aos fundos comunitários de 24 milhões de euros que nos permitirá resolver uma série de situações e colocar o concelho com níveis de atendimento a rondar os 100 por cento, tanto no saneamento básico como no tratamento de águas residuais. Num concelho com as características de Castro Marim, que tem a sua população dispersa e com terrenos resistentes, estas obras têm acréscimos significativos dos custos. Temos ainda um prazo curto para fazer essa obra e estamos neste momento a preparar uma candidatura a um empréstimo do Banco Europeu de Investimentos para cobrir o esforço local nessa grandiosa obra. Não se fique com a ideia que Castro Marim está atrasada nesta matéria, porque os nossos níveis de atendimento

já rondam atualmente os 80 por cento. São obras caras mas, se temos como objetivo vencer a adversidade do despovoamento, temos de levar a cabo estas obras. De outro modo, nem vale a pena pensarmos que poderemos combater essa batalha.

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Se temos como objetivo vencer a adversidade do despovoamento temos de levar a cabo estas obras (saneamento)

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J.A. – De que forma as obras em curso deixam perceber a visão do executivo para o concelho? J.E. – Queremos ter um concelho equilibrado sobre todos os pontos de vista. Queremos ter os equipamentos adequados tanto para um envelhecimento digno, como para uma preparação adequada para a vida com a mesma dignidade. Apostamos tudo nas escolas, na biblioteca municipal, numa rede de equipamen-


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NTREVISTA

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tos desportivos. Um concelho que seja promissor para os casais jovens, em vida ativa. Temos boas razões para acreditar que os Núcleos de Desenvolvimento Turístico aprovados, que agora passam uma fase mais difícil, serão bemsucedidos, uma vez ultrapassada esta crise. Em resumo, trabalho para quem está na vida ativa gerado tanto nestes núcleos como na Área de Negócios do Sotavento Algarvio que conheceu agora a aprovação e publicação em Diário da República. A par de tudo isto, o concelho tem uma localização privilegiada e penso que teremos todos os ingredientes para ter no futuro um índice de atratividade muito superior do que o que tinha há alguns anos atrás. É neste projeto que temos vindo a trabalhar mas leva muito mais tempo do que aquilo que desejaríamos. J.A. – De que forma esse desenvolvimento se vai relacionar com o património do concelho? J.E. – Temos feito um trabalho de recuperação da nossa memória e uma aposta no nosso património material e imaterial, que passa também pelo artesanato e pela agricultura. Temos apostado nos saPUB

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beres e nos valores patrimoniais como é o caso da reconquista do Revelim de Santo António, do Castelo e do Forte para os tempos modernos. Reconquistar este património e colocá-lo ao dispor e serviço da população de Castro Marim como fontes geradoras de riqueza e do reforço do orgulho e sentimento de pertença a uma comunidade e a um território tem sido uma obra importante que por vezes passa despercebida.

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Sapal deve ser rentabilizado sem entrar em colisão com a preservação ambiental

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J.A. – De que forma o sapal pode entrar nessa estratégia? J.E. – O sapal também envolve muitos saberes tradicionais do concelho que a autarquia tem procurado trabalhar. Naturalmente, que o sal e a flor de sal que são produzidos no Sapal de Castro Marim têm valores que ainda não foram devidamente explorados e

rentabilizados e que precisam de alguma vontade e conhecimento. É justo referir que atualmente o ICNB está a mostrar-se disponível para trabalhar connosco neste âmbito. Estamos a falar de um espaço de excelência e temos de dar as mãos ao ICNB, que tem a competência maior sobre esse espaço, para em cooperação levarmos a efeito alguns projetos que valorizem essa área e a devolvam à comunidade, oferecendo possibilidade de visita mediante um ingresso, por pequeno que seja, para garantir a sustentabilidade do espaço. É preciso tornar esse espaço visitável em todas as vertentes possíveis sem entrar em colisão com os valores que têm de ser preservados. Não podemos assumir sozinhos essa responsabilidade, mas estamos disponíveis para em cooperação com o ICNB desenvolvermos projetos. J.A. – Estamos a dois anos do fim dos mandatos autárquicos em vigor. Fala-se agora na possibilidade de revisão da lei de limitação dos mandatos... Se essa revisão se concretizar, pondera fazer recandidatar-se? J.E. – Não queria decidir nada sobre isto neste momen-

to. Tenho como prazo para essas decisões, caso se verifique essa alteração, o fim deste verão. Um prazo que estabeleci para perceber o que vai acontecer com o novo Governo e qual a dimensão das alterações que serão feitas e para perceber quais os contributos que poderei dar relativamente ao futuro de Castro Marim. Tenho a certeza que o rumo que traçamos para Castro Marim não irá ser desviado, ainda que possam haver algumas obras e ações que levem mais ou menos tempo a realizar consoante a criação

de riqueza que permita a sua execução. Não acredito que não se realize o Plano de Pormenor da Zona Poente de Castro Marim ou tudo aquilo que está projetado relativamente ao desenvolvimento urbano de Castro Marim, assim como o que está projetado em matéria de parque de lazer ou equipamentos desportivos para a vila sede do concelho. Também não acredito que não se concretize aquilo que está previsto relativamente à área de negócios, até pela importância estratégica que tem quando

pensamos na execução dos núcleos de desenvolvimento turístico. Não acredito que não vá por diante a requalificação da rua da Alagoa, da frente marítima ou os projetos de combate à desertificação em Odeleite ou ainda o que está projetado para o Castelo e também no Forte. Há, de facto, um conjunto de projetos que estão prontos, outros praticamente prontos, que dão corpo a uma estratégia importante, que não acredito que não se concretizem, independentemente de quem lidere a autarquia.


L [] Atribuição de fogos municipais em Odiáxere é este mês OCAL

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“Está para breve a atribuição dos fogos destinados a arrendamento e a venda” na freguesia de Odiáxere, adiantou, na semana passada, a autarquia de Lagos, que aprovou recentemente a lista definitiva dos 344 candidatos à modalidade de 22 fogos para arrendamento que fazem parte do lote de 60 fogos, a custos controlados, construídos no Rossio das Eiras, em Odiáxere. “Os candidatos elegíveis foram selecionados após uma fase prévia de consulta pública e apreciação das reclamações apresentadas du-

rante esse período”, explicou a câmara. Na mesma reunião foi igualmente aprovado o preço técnico das rendas a aplicar a estes fogos. A escritura destas 22 frações foi recentemente celebrada entre a câmara de Lagos e a Edifer Imobiliária, empresa que construiu este complexo habitacional. Concluídas todas as etapas legais deste processo, prevê-se que as famílias selecionadas possam celebrar contratos e mudar para as suas novas residências durante o mês de junho.

A última campanha de escavações arqueológicas revelou uma grande concentração de achados no sítio da Barrada

TRABALHOS NO SÍTIO DA BARRADA REVELAM POVOAMENTO RURAL COM MAIS DE DEZ MIL ANOS

Arqueólogos regressam a Aljezur para novas escavações Depois de no ano passado terem descoberto dezenas de vestígios e peças no sítio da Barrada, uma equipa de arqueólogos voltou a Aljezur para uma nova campanha que promete revelar mais "tesouros" arqueológicos > NUNO COUTO

EDITAL Luís Filipe Soromenho Gomes, Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, faz saber que, pretende a Câmara Municipal alienar o imóvel abaixo identificado, através de ajuste directo. Relativamente ao imóvel, objecto de venda através de ajuste directo, deverão ser tidos em conta os seguintes elementos: Lote 1 X a) Identificação e localização do imóvel: Prédio urbano descrito na Conservatória do Registo Predial sob o n.º 2021/20110322, freguesia de Monte Gordo, concelho de Vila Real de Santo António, o qual consta de uma parcela de terreno destinada à construção unifamiliar com um fogo, de dois pisos mais um em cave, cuja área é de 428,21 m2, confrontando a Norte como Rua F., a Sul como Lote 1 Y, a Nascente com a Rua F. e a Poente com a Rua A.; b) Preço Mínimo: ¤ 71.810,00(setenta e um mil, oitocentos e dez euros) c) Impostos devidos: Serão devidos todos os impostos em vigor à data da realização da venda, nomeadamente os inerentes à transacção do imóvel e ao licenciamento dos projectos; d) Modalidades de pagamento: o pagamento poderá ser efectuado a pronto ou em duas prestações semestrais. e) Local e data limite para apresentação das propostas: As propostas deverão ser entregues na Câmara Municipal até às 16h:00m do dia 8 de Julho de 2011. f) Local, data e hora de abertura das propostas: A abertura das propostas pela comissão de acompanhamento realizar-se-á no dia 11 de Julho no salão Nobre Marquês de Pombal pelas 10h:30m. g) Serviço habilitado a prestar esclarecimentos: Equipa Multidisciplinar de Gestão Urbanística h) Indicação do fim a que destina a construção: Habitação i) Indicação de contactos para esclarecimentos suplementares: contactar o Gabinete Jurídico da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António

Uma equipa de arqueólogos já iniciou uma nova campanha de trabalhos no sítio da Barrada, em Aljezur, onde, no ano passado, em apenas 45 dias de escavações arqueológicas, foram desenterrados e identificados 40 silos com materiais islâmicos, junto à escola EB/ /JI de Aljezur. Em 2010, foram encontradas neste local várias peças de cerâmica completas, nomeadamente panelas, pratos, copos, cântaros, entre muitas outras, que estavam bem preservados. O local já estava referenciado pelos arqueólogos desde 2003, altura em que tinham sido identificados vá-rios silos com materiais datados dos séculos IX a XI, portanto, com

mais de mil anos! Apesar disso, estas novas descobertas surpreenderam os especialistas, que esperavam encontrar “algo importante”, mas nunca “com esta dimensão”. “Na campanha de 2010 foram escavados 40 silos ou fossos circulares, tendo sido recuperado um imenso e interessante conjunto de cerâmica de cronologia medieval islâmica (séculos IX a XI), para além de restos de alimentação, nomeadamente uma grande quantidade de conchas de moluscos e bivalves”, revela a Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur, que orienta a campanha arqueológica, em parceria com o município de Aljezur. Segundo os especialistas, os achados sugerem que este

local tenha sido provavelmente povoado por famílias rurais, uma vez que os arqueólogos não encontraram armamento ou outros elementos metálicos. Esta campanha de escavação é coordenada por uma equipa de cinco arqueólogos e envolve outros colaboradores, entre os quais alguns alunos da escola secundária de Aljezur. Os trabalhos decorrem até ao próximo dia 15 de julho, altura em que deverão ser revelados os resultados da campanha. “Muito do espólio recolhido será exposto no futuro Núcleo Islâmico do Museu Municipal de Aljezur”, adiantam os responsáveis, esperando que este ano sejam revelados novos achados no sítio da Barrada.

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Vila Real de Santo António 21 Junho de 2011 O Presidente da Câmara Municipal Luís Filipe Soromenho Gomes (Jornal do Algarve, 23/6/2011)

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OLHÃO CELEBROU DIA DO MUNICÍPIO

Francisco Leal convicto que estratégia definida até 2025 vai ajudar a ultrapassar crise Os olhanenses voltaram a celebrar o dia do município no passado dia 16, data em que se completaram os 203 anos da revolta olhanense contra a invasão francesa. Um dia sempre vivido com fervor pelas gentes da terra

que mais uma vez sentem na pele as dificuldades que o país atravessa. Dificuldades que o edil olhanense, Francisco Leal, referiu no discurso que proferiu durante a sessão solene realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho. “O nosso

concelho não está imune à crise, vivemos momentos difíceis, talvez os mais difíceis dos últimos 30 anos”, admitiu. “As receitas diminuíram, a atividade imobiliária quase desapareceu nos últimos três anos”, esmiuçou, frisando que este

Castro Marim celebra Dia do Município A câmara de Castro Marim comemora o feriado municipal, dia 24, com um diversificado programa de animação cultural e musical, em especial dirigido à juventude. O programa de comemorações do Dia do Município inclui para a noite de 23 um um grande arraial de São João, na Praça 1.º de Maio, com a participação da Marcha do Rancho Folclórico do Azinhal, do Grupo Etnográfico de Castro Marim e o Grupo Coral de Altura. No dia 24o, os festejos começam com a alvorada pela Banda Musical Castromarinense, seguindo-se o hastear da bandeira no edifício dos paços do concelho. Às dez da manhã, terá lugar uma missa solene

na Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, que será celebrada pelo bispo do Algarve, dom Manuel Neto Quintas. Uma hora depois, as comemorações oficiais têm lugar no auditório da biblioteca municipal com a realização da sessão solene e a atribuição de distinções municipais a personalidades do concelho, que se têm destacado na vida pública. Às 12h30 acontecerá um dos momentos solenes do Dia do Município, a inauguração das obras de requalificação da Igreja de São Sebastião, da Santa Casa da Misericórdia. Entre as 17h00 e as 23h00 chegam as "Tardes Digitais", no Revelim de Santo António,

dedicadas aos mais jovens, com consolas PS3, Xbox 360, Nintendos wii e, ainda, torneio Evolution Soccer. Ao cair da noite, o Revelim de Santo António é invadido pela música jovem: primeiro, os sons e os tons da música dos Allmariados; às 22h30, um concerto com o grupo Virgem Suta e, a finalizar o dia, um after hours com o conhecido dj Sérgio Delgado. A encerrar as comemorações do feriado municipal, dia 25, às 19h30, haverá um concerto no Castelo da Vila com a Banda Musical Castromarinense, no âmbito do programa "Filarmónicas nos Monumentos", promovido pela ARFA e Direção Regional de Cultura do Algarve.

cenário não esmoreceu a vitalidade do executivo, que tem continuado a trabalhar no desenvolvimento do concelho “graças a uma gestão rigorosa”. Depois de elencar as várias obras estruturantes que têm vindo a ser concretizadas no concelho, como, por exemplo, as obras em curso na EB1 de Moncarapacho, as intervenções na zona histórica, os trabalhos em curso com vista à construção da variante Norte à cidade de Olhão e as obras do Programa Polis. O edil garantiu aos seus conterrâneos que o executivo tem uma estratégia definida para o concelho: “Temos em curso um plano de desenvolvimento sustentável para 2025. A isto chama-se ter visão de futuro!”. Exatamente vislumbrando cenários e necessidades futuras dos municípes, Francisco Leal disse que a revisão do Plano Diretor Municipal de Olhão está em curso, assim como o plano de pormenor da zona do Brejo, para onde está prevista a construção do “grande pulmão verde de Olhão”. Ao enumerar estas obras, Francisco Leal não se coibiu de lamentar a forma como tem sido trabalhada a questão da barra da Fuseta. “Não acredi-

tamos numa barra assente em areia, a barra tem de ser construída em esporões”, afirmou. Mas o dia não ficou marcado apenas por discursos solenes. A autarquia procedeu ainda à distinção de vários olhanenses e outros cidadãos cuja atividade e dedicação têm contribuído para a afirmação do concelho nos últimos anos. Este ano, na área do desporto, Humberto Gomes e Jorge Costa foram distinguidos com as medalhas de mérito de grau prata. A medalha de grau bronze foi atribuída à deputada municipal Joana Marcelino Soares, pelos bons serviços prestados e dedicação. Já as distinções de grau ouro foram entregues a cinco funcionários da autarquia que já

completaram 25 anos de trabalho naquela casa municipal. No mesmo momento foram distinguidos os alunos que se destacaram nos três anos do ensino secundário, nomeadamente Diogo Gomes (10.º), André Parra (11.º), Vasco Cardoso (12.º) e Ana Sofia Fernandes, que ganhou o prémio de “melhor aluna” ao ter alcançado a melhor média dos três anos. Este foi também o momento escolhido pela autarquia para entregar 346 coletes de salvação aos pescadores do concelho, uma oferta que surgiu na sequência da candidatura feita da autarquia ao Eixo 3 do PROMAR com vista ao apoio a profissionais do setor das pescas olhanense.

JOSÉ ROSA, PEQUENO GRANDE INDUSTRIAL DE PANIFICAÇÃO

Mercadinho de Verão anima Cacela Velha

Serralgarve abre lojas em Albufeira e Faro

Cacela Velha prepara-se para receber no próximo domingo, dia 26, entre as 17h00 e as 23h00, o Mercadinho de Verão. Velharias e antiguidades, artesanato tradicional e com materiais reciclados, produtos alimentares, flores, livros, prova de vinhos algarvios e animação dão o mote para mais este evento. Quem visitar a vila histórica de Cacela Velha poderá encontrar cerca de sete dezenas artesãos e antiquários com os mais variados produtos e saberes. O espaço das velharias e antiguidades enche-se com bibelôs, quadros, loiças, antigos instrumentos de trabalho, objetos de coleção, selos, moedas, discos, etc. No espaço destinado ao artesanato poderá encontrar não só novas criações de bijutaria, malas e acessórios como o artesanato tradicional, a empreita em palma e jornal, cestaria, latoaria, trapologia, rendas, cortiça, azulejaria, pintura, brinquedos em madeira, sabonetes e cremes naturais, óleos essenciais à base de plantas, entre outros. O mercadinho apresenta ainda alguns dos

O chamado pão de Martim Longo vai começou a ser vendido em lojas, modernas, apropriadas, em Albufeira (Olhos de Água) e em Faro, na Rua José de Matos, no Bom João. Ambos os estabelecimentos já abriram, com venda simultânea de café, refrigerantes e águas. Quem revelou este facto foi o próprio proprietário da Serralgarve, o conhecido José Rosa (69 anos), antigo presidente da junta de freguesia local. José Rosa acrescentou ao nosso jornal que o segredo deste seu pão está na conservação dos métodos antigos de fabricação. Implantada em plena serra algarvia, a Serralgarve tem também processo de moagem. Isto quer dizer que fabrica a sua própria farinha, sem os aditivos que hoje é vulgar encontrar na-

artesãos a desenvolver a sua arte ao vivo, sendo que os visitantes podem participar em algumas oficinas de artes tradicionais, que irão decorrer, das 18h00 às 20h00, no local. O recinto conta ainda com um espaço alimentar onde não faltará o pão caseiro, mel, frutos secos, doces de figo e amêndoa, licores, aguardentes, compotas, chouriços, queijos, especiarias, sal e flor de sal, chás e vinhos algarvios. Música, danças tradicionais e animação de rua serão uma presença constante ao longo do dia: dj Yacobian, o grupo de dança Pédexumbo de Castro Verde (19h00) e animação de rua a cargo do grupo Fech' Ópano (21h30). Por outro lado, as oficinas de cestaria, empreita, latoaria, brinquedos de cana, cerâmica e figos cheios têm lugar entre as 18h00 e as 20h00. A organização do evento está a cargo da Associação de Defesa, Reabilitação, Investigação e Promoção do Património Natural e Cultural de Cacela (ADRIP) e da câmara de Vila Real de Santo António, através do Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela.

quelas que estão à venda comercialmente. A fermentação também é feita no local. A fábrica de Martim Longo dá emprego a 35 trabalhadores. A abertura de lojas dá início a uma nova estratégia, mais consolidada, da empresa. José Rosa conseguiu há mais de 10 anos que Martim Longo tivesse estradas para

fazer passar o seu pão, para Espanha, o Algarve e o o Alentejo. Para esse facto muito contribuiu o então ministro da Economia Faria de Oliveira, hoje presidente da Caixa Geral de Depósitos. Faria de Oliveira esteve em Martim Longo e compreendeu que a serra algarvia merecia o ensejo. V.G.


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PSD de Vila Real de Santo António congratula-se com vitória A Comissão Política Concelhia de VRSA congratula-se a agradece a confiança depositada no PPD /PSD, nas eleições legislativas e em particular estende essa vitória alcançada no nosso Concelho em 5 de Julho a todos os Vila-realenses, sem excepção. "Aos que votaram em nós e aos que não votaram porque não os conseguimos ainda convencer das nossas propostas para sairmos da crise" - afirma a Comissão Política em nota de imprensa. "A confiança e o reforço que os Vila-realenses depositaram no nosso partido é motivo de orgulho e de maior responsabilidade para aqueles que desejam que o País cresça e que o nosso Concelho, consiga superar com confiança e determinação o futuro, ainda que com as dificuldades adicionais que todos conhecemos" - sublinha a nota de imprensa. A superação de votos em relação a todos os outros partidos e em todas as freguesias é outra nota de destaque mencionada, agradecendo o esforço feito pelos militantes, simpatizantes e todos os que se juntaram à onda social-democrata. O PSD de Vila Real de Santo António termina, referindo que "os tempos não vão ser fáceis porque “fácil” foi o PS gastar e desperdiçar os parcos recursos de que o país dispôs durante muitos anos e que agora teremos que pagar".

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LUSORT PREPARA-SE PARA AUMENTAR POSTOS DE AMARRAÇÃO PARA EMBARCAÇÕES DE GRANDE PORTE

Novo marco arquitetónico projetado para a Marina de Vilamoura A empresa Broadway Maylan divulgou nas últimas semanas o projeto em que está a trabalhar, com vista à requalificação da parte de terra do anteporto da Marina de Vilamoura, que inclui novos edifícios e espaços exteriores. O projeto nclui a construção de um edifício “icónico” que deverá marcar a zona da marina no futuro e com uma cobertura ondulada que parece levitar sobre os edifícios que vão colher lojas, restaurantes e a futura sede da Lusort, empresa que encomendou o projeto. Ao JA, a diretora da Marina de Vilamoura, Isolete Correia, explicou que este projeto faz parte de uma visão mais ampla, incluindo a remodelação da marina através do anteporto na parte da água, que vai permitir a criação de 68 postos de amarração para embarcações de grande porte, ou

Os trabalhos deverão começar pela criação de novos postos de amarração

seja, com 20 a 40 metros. “O projeto do anteporto na parte terra irá acompanhar o projeto que vamos fazer em água”, explicou, lembrando que este anteporto vai fazer a ligação à Cidade Lacustre que a Lusort continua empenhada em concretizar. Isolete Correia explicou ainda que o projeto para os postos de amarração está em fase mais avançada e aguarda aprovação do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos para poder avançar. “Ainda é muito cedo para dizer quando vamos começar. Tudo vai depender da evolução da situação económica nacional e internacional. Naturalmente que a lei da procura e da oferta é a lei que rege todas as empresas”, sublinhou.

Na base deste investimento, para o qual os responsáveis ainda não adiantam valores, está a vontade de fazer desta marina algarvia um espaço de serviço de excelência ao cliente certificado.

Anteporto vai fazer a ligação à Cidade Lacustre O projeto da parte terra do anteporto da Marina de Vilamoura inclui a construção de dois edifícios destinados a lojas e restaurantes, a futura sede da Lusort e das autoridades portuárias e o edifício de apoio ao estaleiro da marina assim como uma cave de estacionamento e o arranjo paisagístico das áreas exteriores do anteporto. O ponto forte da intervenção do projeto “é o espetacular

conjunto de palas que cobrirá a maioria destes edifícios e que constituirá seguramente o futuro ícone da marina”, refere a empresa projetista. “Trata-se de quatro grandes coberturas em betão branco, com uma sofisticada estrutura” concebida em parceria com um famoso gabinete de engenharia. Estes são projetos que depois de concluídos não deverão passar despercebidos no contexto europeu e mundial. Uma aposta da Lusort, que espera assim fazer um investimento importante para o relançamento no panorama náutico e internacional desta marina, que foi eleita como a melhor marina nacional durante a edição de 2011 do BTL Portugal Trade Awards. S.C.S.

Cais Comercial de Faro é ponto de partida de exportação para Cabo Verde A Cimpor está a reforçar a sua área de negócios e decidiu apostar no Cais Comercial de Faro para proceder ao envio de cimento para Cabo Verde. O primeiro navio saiu do Cais Comercial farense na passada semana. A Câmara Municipal de Faro mostra-se satisfeita com esta aposta da Cimpor, a qual vai permitir um reforço da atividade deste porto, que, desta forma, passa trabalhar com 52 navios por ano. Recorde-se que o cais tem trabalhado com uma média de 12 a 14 navios por ano. “Registe-se que em 2010 esta infraestrutura movimentou 12.549 toneladas de mercadorias e prevê-se que com este novo serviço se

alcance progressivamente as 150 mil toneladas por ano”, sublinha a autarquia. “Faro vê desta forma reforçada a importância do seu cais e reafirma a sua capacidade de atrair e dinamizar investimentos”, lê-se no comunicado divulgado. Até ao momento, o Cais Comercial de Faro era ponto de exportação de sal marinho, sal-gema industrial e alfarroba e recebia esporadicamente gás propano e butano. “Aguardamos com expetativa outras manifestações de interesse na utilização desta e das outras infraestruturas existentes em Faro”, afirmou o edil farense, Macário Correia.


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PEQUENAS BAILARINAS À BEIRA DE CUMPRIR SONHO MAS AINDA FALTAM VERBAS PARA VIAGEM ATÉ PARIS

Escola de Lagos "dança" até à Taça do Mundo Um grupo de oito meninas, todas com oito anos, foi selecionado para participar na Taça do Mundo da Dança 2011, que se vai realizar em Paris, entre 28 de junho e 2 de julho. Para a diretora da Escola de Dança de Lagos, representar Portugal numa competição internacional deste nível, que conta com mais de 1.200 participantes dos cinco continentes, é “um sonho tornado realidade”. Para agarrar esta oportunidade única e levar as pequenas bailarinas a França para arrebatarem o público, a escola está a organizar uma campanha de angariação de fundos > NUNO COUTO Quando a bailarina sérvia Ljiljana da Silva, hoje com 48 anos, deixou de pisar os palcos internacionais para se dedicar ao ensino da dança, estava longe de pensar que, em Lagos, poderia chegar aos 148 alunos e, melhor ainda, que esses alunos se destacassem numa região sem tradição nesta arte. Mas foi o que aconteceu. Há sete anos a viver na cidade lacobrigense, a fundadora, diretora e professora da Escola de Dança de Lagos está a viver um dos momentos mais altos da sua vida. Um grupo de oito bailarinas, todas com oito anos de idade, venceu o primeiro prémio de danças tradicionais no “Dan-

çarte”, que se disputou em abril, em Faro. Este resultado apurou as pequenas artistas para a “Dance World Cup 2011” (Taça do Mundo da Dança), uma competição internacional que se realiza este ano em Paris (França), entre os dias 28 de junho e 2 de julho. “É um sonho tornado realidade e uma oportunidade única”, afirma ao JA Ljiljana da Silva, que se mostra orgulhosa por ir representar Portugal numa competição deste nível, onde vão estar presentes cerca de 1.200 participantes, oriundos de escolas e academias de dança de 24 países de todo o mundo. O grupo de bailarinas de Lagos conta participar nesta competição mundial com a dança

A Escola de Dança de Lagos vai representar Lagos e Portugal na Dance World Cup 2011 com as “Pequenas Indianas”, uma coreografia da professora Marina Khametova

“Pequenas Indianas”, mas a sua participação ainda não está completamente garantida. Isto porque a Escola de Dança de Lagos não tem possibilidades de suportar os custos da viagem até Paris, pelo que já está em marcha uma campanha de angariação de fundos para ajudar as crianças a concretizarem o seu sonho.

“É importante participar mas vamos para ganhar!” “Temos de juntar cerca de nove mil euros para levar as meninas a esta competição in-

ternacional”, adianta a professora e principal responsável da escola. Para além da campanha, a Escola de Dança de Lagos organizou quatro espetáculos (“A Força da Dança”), entre os dias 20 e 22 de maio, que tiveram lugar no Centro Cultural de Lagos. “Foi um grande sucesso, pois vendemos os 1.080 bilhetes logo nos primeiros dias”, revela Ljiljana da Silva, que conta ainda com o apoio da câmara de Lagos, que cede as atuais instalações, assim como da junta de freguesia de

Santa Maria, pais, sócios e amigos da Associação de Dança de Lagos para a realização deste sonho. E quais as chances de o grupo de meninas de Lagos vencer a competição em França, onde vão estar algumas das melhores escolas e academias de dança dos quatro cantos do mundo? “Já vencemos várias competições internacionais e estamos preparados para dar o melhor também nesta prova tão importante, onde o nível artístico é muito elevado”, afirma confiante a ex-bailarina profissional,

acrescentando que “é importante participar mas vamos para ganhar”. “As nossas meninas vão estar a representar Portugal numa competição internacional desta dimensão, e vão dar tudo em palco para fazer boa figura e conquistar o melhor lugar. Estamos muito otimistas”, sublinha. Dito isto, resta apenas informar que quem quiser ajudar a Escola de Dança de Lagos a participar na Taça do Mundo de Dança 2011, em França, pode contactar os responsáveis através do email ass.danca.lagos@gmail.com.

"A dança é um talento que dá imenso trabalho" Ljijana da Silva é uma professora amável e encorajadora, mas também exige precisão, atenção aos detalhes, concentração e trabalho duro. Acima de tudo, sobressai na ex-bailarina a vontade de incentivar os alunos a evoluir constantemente Para que o movimento de um bailarino seja fluído, coordenado e harmonioso é preciso trabalhar a técnica, adquirir a arte da expressividade e... muitas horas de treino diário. O resultado são bailarinos que arrebatam o público ao mesmo tempo com a sua leveza e graciosidade. Esta é a filosofia da mentora do projeto da Escola de Dança de Lagos, que arrancou do zero, em 2004, e rapidamente se tornou num viveiro de talentos. Atualmente, a escola conta com 148 alunos, distribuídos por mais de quinze modalidades diferentes - ballet clássico, dança contemporânea, danças tradicionais, danças de salão, sapateado, jazz-afro jazz, latino-americanas, hip-hop, ginástica acrobática, dança com fogo, dança oriental, pilates, entre outras. “O objetivo da escola é formar bailarinas profissionais. Isso dá muito trabalho, mas compensa e é o amor da minha vida”, confessa ao JA a

diretora e professora Ljiljana da Silva. A ex-bailarina começou aos seis anos a praticar ginástica e patinagem artística. No ano seguinte, descobre o ballet clássico e apaixonouse de tal forma que entregou a sua vida à dança. Pelo meio, foi considerada a melhor bailarina do seu país (Sérvia) e formou-se na academia de São Petersburgo (Rússia) - onde foi também a melhor aluna - e pisou “em pontas” dos pés alguns dos principais palcos internacionais. “Para chegar a um nível elevado é preciso uma grande entrega à dança, pois é uma arte que requer muito trabalho, precisão e dedicação”, refere, frisando que para ser um bom bailarino é preciso “muito exercício, autodisciplina e amor”. “Ou seja, é possível ensinar as crianças através da dança, porque estes são ensinamentos que as crianças e os jovens devem usar para toda a vida”, salienta Ljiljana da Silva, sublinhando que “os bailarinos são atletas de alta competição sem horários”. “A dança requer muita

A professora e ex-bailarina Ljiljana da Silva fundou a escola do zero, em 2004, e conta com 148 alunos

coordenação entre a alma, o corpo e a mente”, completa.

Os benefícios da dança Por outro lado, a diretora da Escola de Dança de Lagos frisa que a dança dá saúde e ajuda o

desenvolvimento das crianças. “Atualmente, a dança na vida da criança deixou de ser apenas uma formação artística e passou a fazer parte do seu desenvolvimento, pois contribui para dar força e estimula os sentidos”, sustenta. N.C.


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Vila Real de Santo António, 21 de Junho de 2011 O Presidente da Câmara Municipal Luís Filipe Soromenho Gomes

António João Pereira Leal Nasceu 20-05-1926 Faleceu 13-06-2011

AGRADECIMENTO A família agradece a todos aqueles que se dignaram a acompanhar o seu ente querido até à sua última morada, ou que de qualquer outro modo manifestaram o seu pesar. Participam que será rezada missa no próximo dia 25 de Junho na Igreja de Vila Real Sto. António pelas 18h00. Agradecem desde já a quem assistir

HORTAS-V.R.S.A.

REVOGAÇÃO DA HASTA PÚBLICA PARA ARRENDAMENTO DA EXPLORAÇÃO DE UM SNACK-BAR/BAR (BAR 1) EM VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO Luís Filipe Soromenho Gomes, Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, para os devidos efeitos, torna público que no dia 21 de Junho, foi deliberado pelo Executivo Municipal em reunião ordinária de Câmara, a anulação do procedimento de hasta pública para arrendamento da exploração de um snack-bar/bar (bar 1) em Vila Real de Santo António, por razões de interesse público.

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Maria Amália

Manuel Lázaro dos Ramos

Participação de Missa Filhas, genros e netos agradecem a quem participou na missa que se realizou hoje, 23 Junho, às 9h00 na Igreja Paroquial de Vila Real de Santo António.

(Jornal do Algarve, 23/6/2011)

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REVOGAÇÃO DA HASTA PÚBLICA PARA ARRENDAMENTO DA EXPLORAÇÃO DE UM SNACK-BAR/BAR (BAR 2) EM VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO Luís Filipe Soromenho Gomes, Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, para os devidos efeitos, torna público que no dia 21 de Junho, foi deliberado pelo Executivo Municipal em reunião ordinária de Câmara, a anulação do procedimento de hasta pública para arrendamento da exploração de um snack-bar/bar (bar 2) em Vila Real de Santo António.

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Necrologia Faleceu no dia 20 de junho de 2011, Salvina dos Prazeres Sousa Dias Henriques, nascida a 29 de março de 1924.

Vila Real de Santo António, 21 de Junho de 2011 O Presidente da Câmara Municipal Luís Filipe Soromenho Gomes (Jornal do Algarve, 23/6/2011)

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PINIÃO

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Hospital de Faro, muito para além da fama

> Tiago Botelho

Com uma história recente nas actuais instalações, de mais de 30 anos de funcionamento, o actual Hospital de Faro confunde-se com a própria história da implementação do Serviço Nacional de Saúde na região do Algarve. Herdou a tradição assistencial da Santa Casa Misericórdia de Faro, anteriormente responsável pela sua gestão, e também os seus profissionais e meios, sendo a referência para a saúde dos algarvios. Nas décadas de 60 e 70, haviam sido projectados um conjunto de equipamentos hospitalares para modernizar um sector que muito necessitava de sair dessa tradição assistencialista e passar a comprometer-se com o tratar, prevenir e investigar contemporâneos. O Hospital de Faro acabou por vir a ser inaugurado numa lógica ainda mais arrojada de integração global de cuidados, em que o Estado, agora em democracia, assumiu a responsabilidade de zelar pela saúde global dos seus cidadãos, criando a sua rede própria integrada de cuidados primários e diferenciados. Os seus profissionais de saúde criaram ao longo destas mais de 3 décadas, uma grande instituição na nossa terra. Ousando sonhar ter no Algarve cuidados de referência antes apenas disponíveis em Lisboa, o Hospital de Faro foi obrigando “de baixo para cima” o Ministério da Saúde a reconhecer a capacidade e a pertinência de desenvolver e oferecer diversíssimas especialidades que os planeadores, nas suas torres de marfim, arrogantemente pretendiam apenas manter na capital. Hoje aí temos uma instituição que

impressiona. Desde logo pelos números. Apenas olhando ao seu ambulatório, este Hospital atende mais de mil doentes por dia. A que se somam milhares de doentes saídos no internamento e cirurgias por ano. Impressiona também pela sua qualidade. Dificilmente encontramos outras instituições que consigam lidar com tantas pessoas com tão poucos problemas de qualidade nos serviços prestados. Não é essa a fama de que, injustamente, o Hospital de Faro goza. Na comunicação social vemos surgir o nome desta casa sistematicamente associado a exemplos negativos. Demora no atendimento, más instalações e alegados casos de más práticas, por exemplo. Se nos dois primeiros casos, tais motivos são muitas vezes justos, no terceiro não concordo. Trata-se de uma grande injustiça para as mulheres e homens que diariamente entregam a sua vida anonimamente a cuidar do próximo, com esforço e saber. Tenho a experiência vivida disso mesmo. Até do ponto de vista estatístico – que não é aquele que devemos usar quando estamos a falar de pessoas – o número de casos de complicações associadas aos tratamentos neste Hospital não é superior ao padrão internacional. Esta fama contribui para o desgaste emocional e a desmotivação dos profissionais de saúde. Percebemo-lo quando falamos com os nossos amigos que ali trabalham. Urge puxar pela auto-estima colectiva de profissionais mas também dos

utentes. Temos um Hospital que trata milhares de pessoas quotidianamente e fá-lo com tanta qualidade! Lembremos que todos os dias ali ocorrem pequenos milagres. É certo que uma melhor organização e, claro, umas novas instalações, modernas e condignas, muito farão para mudar a fama e a percepção. Mas o principal são as pessoas. Essas, felizmente, já as temos. Como morador em Faro, por sinal bem próximo desta casa, este é o meu Hospital de referência. Por isso mesmo, por ocasião do nascimento da minha filha mais nova, apesar de me encontrar em funções como Administrador do Hospital do Barlavento – onde, felizmente, também temos excelentes profissionais – não hesitei em voltar a confiar no meu Hospital para que ela nascesse, tal como 3 anos antes o seu irmão. Seria seguramente mais cómodo e confortável, comparando as instalações de ambos os hospitais na altura, para a minha mulher e para mim, que utilizássemos os serviços do Hospital onde eu trabalhava. Mas estaria, não apenas a violar a referenciação da minha área de residência, estaria a trair a minha convicção de que temos excelentes profissionais em Faro! Saibamos defender o novo Hospital Central do Algarve para que se possa fazer ainda mais e melhor! *Economista http://www.vialgarve.org tiagobotelhosilva@gmail.com Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

CRÓNICA DE UM OUTRO ALGARVE

ARPI, 30 anos - um testemunho de solidária fraternidade É a 25 de Junho (sábado) que a Associação dos Reformados. Pensionistas e Idosos do Concelho de Faro (ARPI), uma das mais prestigiadas instituições congéneres do país, que comemora o 30.º aniversário da sua fundação. As comemorações desta significativa efeméride, de profundo sentido para a solidariedade social em prol dos mais idosos, unindo num projecto cuja validade se tem afirmado ao longo destas três décadas no querer dos mais de três mil associados em permanência e da dedicação dos sucessivos elencos directivos, iniciaram-se a 10 de Junho (Dia de Portugal) e pela ARPI dedicado à Câmara Municipal de Faro, cujo presidente, eng. José Macário Correia, acompanhado por vários vereadores, assistiu às mesmas. O presidente do município destacou o significado destas comemorações e o relevante papel social desenvolvido pela Instituição e havendo actuado o artista Filipe Romão. Decorrem as festividades até ao dia 29 de Junho na Praceta de São Tomé e Príncipe, um verdadeiro monumento vivo ao querer das gentes da ARPI, ali nesse extremo citadino que é o Bairro do Alto Rodes e onde está a sua sede definitiva (a primeira foi na Rua Sacadura Cabral e depois no Largo das Mouras Velhas) É que as comemorações dos 30 anos constituem, como vem sucedendo em anteriores efemérides, verdadeiras “Festas dos Santos Populares em Faro”, já que as mesmas são abertas a toda a população num grande, festivo e simbólico abraço entre os dirigentes, sócios e funcionários da ARPI e toda a capital sulina, incluindo as freguesias rurais, havendo acontecido o “Dia do Concelho” a 11 de Junho (sábado), com actuação da artista Vera Mónica e toda a animação com bailes, quermesses, gastronomia regional, manjericos, etc. A 12 (“Dia de Santa Bárbara de Nexe”), com Baía e a 13 de Junho (Dia do INATEL), respectivamente véspera e dia de Santo António de Lisboa, emq ue actuaram o Grupo de Cantares da ARPI e Humberto Silva, a festa

> João Leal

atingiu grande animação. O programa até final é o seguinte: 23 de junho (véspera de São João Feriado Nacioanl - 5.ª feira - “Dia da Freguesia do Montenegro”) - 16h30m - Grupo Folclórico Infantil da ARPI; 17h30 - Grupo Folclórico da Casa do Povo da Conceição de Faro e às 19h00 o artista Ruben Filipe; 24 de Junho (Festividade de São João Baptista - sexta feira - “Dia da Freguesia de Estoi”) - 17h00 - Grupo Folclórico da ARPI e, a partir das 19 horas música ao vivo com o artista Cláudio Rosário; dia 25 (sábado) - “Dia do 30.º aniversário” 15h00 - Música ao vivo com o artista Filipe Romão e; 19h00 - “Baía e a sua banda”, seguindo-se, com a presença de entidade oficiais, a solene comemoração com a imposição de emblemas de 30 e 25 anos aos associados que completam este ciclo de vida associativa; dia 26 (domingo - “Dia da Freguesia da Sé”) - 15h00 - actuação do duo “Tânia e Teresa”; 19h00 “Noite do Fado”; dia 28 (terça feira - véspera de São Pedro - “Dia do Montepio Geral”, instituição que ofertou uma viatura à ARPI no âmbito da acção “Frota Solidária” - a partir das 19h00 actua o artista Humberto Silva e, finalmente a 29 de junho (Dia de São Pedro - Dia da freguesia de São Pedro), de novo, às 19h00, a presença do duo “Tânia e Teresa”. Um vasto programa que assinala 30 anos de uma das mais dinâmicas associações portuguesas de solidariedade, a ARPI, merecidamente agraciada em 1992 com a “Medalha de Mérito - Grau Ouro” pela Câmara Municipal de Faro. Nesta data e na saudosa evocação de um dos fundadores, o sempre lembrado Mário Martins (o “chefe Mário”) e na fraterna estima que nos una ao presidente directivo, o dedicado António Justo, a plena admiração para todos os que tornaram o sonho nessa realidade digna de fraterna solidariedade que é a ARPI (Associação dos Reformados, Pensionistas e Idosos do concelho de Faro). Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Homenagem a João Reis Honrado > Maria da Encarnação Abecasis Capa de Honrado

João Reis Honrado, a quem eu chamava o Meu PAI - PAPITA , nasceu no dia 24 de Dezembro de 1927, em Olhão. Filho de Dulce Pereira Honrado e João Reis Honrado. Aos 27 anos casou com Maria Fernanda Abecasis Vargas Capa de Honrado, filha de Maria Clara Abecasis Vargas Capa e António Piloto Capa. Desse casamento nasceu Maria da Encarnação Abecasis Capa de Honrado. Filho e Genro de Industriais de conservas estudou no Liceu de Faro e após conclusão do então 7.º Ano foi para Inglaterra onde estudou. Regressado a Portugal tomou a gerência da fábrica de seu pai. Devido à crise da indústria conserveira esta fechou. Daí ter ido para Lisboa onde viveu cerca de 40 anos na Alameda das Linhas de Torres, 57. Exerceu vários cargos de gerência em empresas como a Diamang e a Liogal. Foi Vereador da Câmara Municipal de Lisboa e durante algum período Deputado na Assembleia da República. Licenciado em Gestão, após se ter reformado frequentou a Universidade da Terceira Idade, em Lisboa, onde se licenciou em História. Aí deu aulas de História e o seu sonho era continuar a ministrar História Económica agora na Universidade da Terceira Idade em Vila Real de Sto. António. Escreveu inúmeros artigos para o Jornal do Algarve sob a epígrafe - REFLEXÕES. Deixou vários livros para publicar o último dos quais "PEQUENO DICIONÁRIO PRÁTICO DE ECONOMIA" onde se lê “À minha querida filha Maria da Encarnação Abecasis Capa de Honrado”. Pediu-me antes do seu falecimento para publicar o seu livro o que farei. Doarei o livro à Universidade da Terceira Idade e a todas as Instituições e estabelecimentos de ensino que pretendam saber um pouco de economia na sua vertente prática. As suas referências eram o seu sogro, António Piloto Capa que muito admirava como Homem não só pela sua solidariedade com todos aqueles que mais necessitavam bem como pela sua verticalidade e a sua mulher Maria Fernanda que amava profundamente . Enquanto "Pai de Famíia" foi um pilar e um exemplo. Apoiou-a sempre. Chamava à sua cunhada Maria Cristina Abecasis Capa de Brito a irmã que nunca teve e sua cunhada Maria Luísa Celorico Drago a "Lulas". Adorava os seus sobrinhos , Carlos Alberto Capa de Brito , Margarida Abecasis Capa de Brito e a Telma Sofia , bem como os seus sobrinhos netos João Capa Murta mais conhecido pelo Johny e a Clarinha. Gostava da sua prima Maria João Honrado e da sua família que vive em Olhão Deixou dois netos , Rafael Honrado e Carina Honrado. Adoptou Vila Real de Sto. António, terra natal da sua mulher Maria Fernanda onde viveu até o seu falecimento em 11 de Maio de 2011. Tinha 83 anos de idade. Fez amizades em Vila Real de Santo António entre as quais a D. Ângela que dele cuidava e a quem chamava a sua secretária e o Dr. João Fernandes , médico e a quem eu devo muito pela sua disponibilidade. Cortava o cabelo na Maria João Lameira e tomava café no " Vizinho "Coração da Cidade" para os mais velhos o "Firmo" ou no Cantino do Maquês. Para todos tinha um sorriso. Preparou a sua morte com tranquilidade. Dizia-me que nada mais tinha que fazer neste mundo terreno e que a sua mulher, Maria Fernanda o esperava. Foi inovador e deixou-me um legado "Amor e Compaixão". É com esse Amor que lhe faço esta HOMENAGEM. Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.


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OCIEDADE

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“ARPI vai avançar com a construção do lar” Revelou António Justo, seu presidente, quando a associação se prepara para fazer 30 anos «A ARPI vai avançar com a construção do seu Lar para Idosos», afirmou ao Jornal do Algarve o seu presidente, António Justo. «Estamos determinados em começar o empreendimento. Não podemos esperar mais. É urgente. Vamos começar. A iniciativa vai ser dividida em duas fases», acrescentou. De acordo com este dirigente, o lar terá quarenta camas e ficará situado em terreno cedido pela autarquia no Patacão. «Vai ser uma unidade de vanguarda, moderna, com dois pisos que será financiado pelo Estado e por fundos comunitários».

A ARPI (Associação dos Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Faro) está a comemorar os trinta anos da sua existência. As comemorações começaram no dia 10 e vão ter o seu corolário no dia 25 com um jantar, onde estarão presentes o governador civil e o presidente da câmara, e onde serão distribuídos prendas aos associados mais antigos e emblemas aos que completaram 25 anos de filiação. A associação tem vindo a desenvolver uma vasta acção social entre os seus associados, como refeições, muitas delas entregues ao domicílio,

cuidados de higiene, tratamento de roupa, transporte dos utentes, reintegração do idoso na comunidade, convívio, ocupação, serviços médicos, cuidados de enfermagem. A ARPI conta no seu seio com um Rancho Folclórico e Etnográfico e um Grupo de Cantares Melodias de Sempre. Realiza todos os meses passeios turísticos, possuindo para o efeito autocarro próprio. São célebres em Faro os seus bailes de quartas, sábados e domingos. Ginástica, lavores, pintura, cerâmica, jogos de mesa, completam os seus passatempos. V.G.

IV Encontro de gerações de Tavira O IV Encontro de Gerações de Tavira, dos anos de 20, 30, 40 e 50, vai ter este ano lugar nos próximos dias 25 e 26, prevendo-se a comparência de quatrocentos tavirenses, com idades superiores a 50 anos. No âmbito da iniciativa terá lugar um espectáculo de saudade no Teatro António Pinheiro e culminará com um almoço de confratenização. A reunião bienal tem vindo a reunir, na cidade de Tavira, as suas gerações nascidas nos anos 20, 30 e 40. No último encontro, realizado em 2009, cerca de três centenas de tavirenses, muitos deles vindos do estrangeiro, confraternizaram numa iniciativa que se revela única no Algarve, senão em todo o país.

Odeleite comemora em festa São João na Malhada Tendo em vista preservar uma das festas mais populares da freguesia de Odeleite, a Associação Recreativa, Cultural e Desportiva dos Amigos de Alta Mora (ARCDAA), comemora no dia 24, a partir das 9h00, o São João na Malhada, com um conjunto de atividades desportivas e recreativas. A manhã começa com o 2.º Passeio de Ciclomotores Antigos (até 50cc). Entre outras marcas presentes, contam-se a Zundapp, Sach, Casal, V5 e Macal, que irão percorrer as localidades de Alta Mora, Magoito, Corte Pequena, terminando na Malhada, com uma exposição dos motociclos participantes. Nas margens da ribeira de Odeleite, palco do São João na Malhada, ao meio-dia, haverá a tradicional sardinhada com o apreciado gaspacho, para os visitantes, onde não vão faltar os insufláveis e a música de baile com a dupla Ângelo e Jaime. A encerrar as comemorações do São João na Malhada, a ARCDAA traz o folclore através das danças do Rancho Folclórico do Azinhal. Esta iniciativa conta com os apoios da câmara de Castro Marim, da junta de freguesia de Odeleite e junta de freguesia de Vaqueiros.


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ETRAS

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Diplomatas da cultura A ACTA venceu mais um desafio: integrou uma produção com duas companhias de teatro europeias, mostrando que o nível do teatro que se faz no Algarve está ao nível das companhias de referência do centro da Europa, nomeadamente a Teater.Trier e o Theatre nacional du Luxemburg. No dia 18, a ACTA, através de Shakespeare, deu uma lição de humanidade no Teatro das Figuras > ANA OLIVEIRA Na cultura está a cumprir-se o sonho antes preconizado pela economia: o sonho de uma Europa unida nas suas diferenças, respeitando as idiossincrasias de cada povo, partilhando o mesmo ideal. Esse sonho foi cumprido com a produção "A Tempestade", um projeto de teatro multilingue que apela aos grandes valores de uma Europa moderna e civilizada: liberdade, igualdade, fraternidade e, finalmente, a dádiva do perdão. "A Tempestade", tradicionalmente considerada a última peça de Shakespeare, é uma reflexão sobre o colonialismo, o choque de culturas, a traição e o perdão. Próspero, ilustre duque de Milão, é traído pelo próprio irmão que lhe usurpa o ducado, expulsando-o com a sua filha ainda criança, para uma ilha longínqua. Na ilha confrontam-se com uma criatura da Terra, Caliban, interpretado magistralmente por Mário Spencer, a quem Próspero, interpretado por Luís Vicente, se dedica, ensinando-lhe as

palavras e as maneiras do seu país. Mas Caliban, ser lascivo e instintivo tenta profanar a pureza de Miranda, interpretada por Tânia Silva, filha de Próspero, recebendo assim todo o seu desprezo. Por outro lado, outra criatura dos ares, assexuado e etéreo, Ariel, submete-se ao poder de Próspero, que homem letrado, consegue manipular por artes mágicas a criaturas diferentes. Caliban, filho da temível feiticeira Sycorax, é disforme e obstinado, longe do ideal do "Bom selvagem". Revolta-se pelo facto de ter sido subjugado ao poder de um náufrago que ali aportou e lhe usurpou o domínio da ilha que era sua por direito. Caliban, anagrama de canibal, é o retrato do selvagem insubmisso que se recusa a assumir as regras de alguém que chega e, valendo-se da sua pretensa superioridade cultural, lhe quer impor um outro mudus vivendis. Miranda é o pretexto para a rutura e para a subjugação do escravo ao senhor. Luís Vicente mostra a dignidade de um duque culto e erudito em todo o seu esplendor. Através dos seus poderes mági-

cos, Próspero ativa uma tempestade que atira para a ilha os seus traidores. O seu irmão António, Alonso rei de Nápoles e seu irmão Sebastião e Gonçalo, um conselheiro honesto. Desta comitiva fazem parte também um copeiro bêbado e um bobo da corte, as típicas personagens para exercerem o alívio cómico necessário num texto com características trágicas. Fernando, filho do Rei de Nápoles, naufraga também na ilha, sem que seu pai o saiba. É manipulado por Próspero no sentido de se apaixonar por Miranda, pela qual faz todos os sacrifícios. Pela mão do copeiro bêbado e do bobo da corte Caliban conhece os segredos do néctar de Baco, devotando todo o seu labor a Estefânio, acabando todos enganados pelas quinquilharias criadas pela magia de Próspero. O final, surpreendente nos textos de Shakespeare, remete para uma reconciliação e para o poder do perdão, que se sobrepõe à vingança. Assim, Alonso arrepende-se da sua traição e, como prémio, revê o seu filho que julgava morto. Acolhe Mi-

randa e a peça acaba de forma cordata e pacífica. A ilha é entregue de novo a Caliban e todos partem para Itália, aproveitando os ventos favoráveis, embalados na ideia segundo a qual "somos feitos da mesma matéria dos sonhos". Ao nível da produção verificou-se um equilíbrio entre os diversos atores, mostrando que a produção nacional está ao nível dos seus congéneres europeus. A cenografia de Jean-Guy Lecat evidencia por um lado o poder de um soberano numa ilha praticamente desabitada e, por outro, a solidão que lhe assiste. O imponente rochedo cinzento roda na sua solidão, recebendo com sobranceria os incautos náufragos. E, se bem que todo o elenco cumpriu de forma equilibrada a essência da mensagem de Shakespeare, temos de salientar a diferença pela positiva dos atores portu-

gueses. Luís Vicente fez justiça ao sentido latino da arte e mostrou um Próspero apaixonado e ardente, que arrebatou o espetáculo. Mário Spencer assumiu um Caliban não propriamente disforme mas suficientemente diferente para provocar inquietação nas consciências que exercem a supremacia cultural perante os outros povos. Tânia Silva desempenhou uma Miranda frágil e ansiosa por conhecer novos mundos e novas culturas. Recusando a mistura com Caliban mostra-se, no entanto, ávida de conhecer outros elementos da espécie humana. Carlos Pereira interpretou um voluptuoso Ariel, divertido e, apesar de etéreo, sensual. Este foi o elenco português que deu a conheceu ao centro da Europa o bom teatro que se faz no Sul. E todos nós nos podemos orgulhar destes diplomatas da cultura e do teatro.

Sonhando acerca do Ser EDITAL Luís Filipe Soromenho Gomes, Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, faz saber que, pretende a Câmara Municipal alienar o imóvel abaixo identificado, através de ajuste directo. Relativamente ao imóvel, objecto de venda através de ajuste directo, deverão ser tidos em conta os seguintes elementos: Lote 1 Y a) Identificação e localização do imóvel: Prédio urbano descrito na Conservatória do Registo Predial sob o n.º 2082/20110322, freguesia de Monte Gordo, concelho de Vila Real de Santo António, o qual consta de uma parcela de terreno destinada à construção unifamiliar com um fogo, de dois pisos mais um em cave, cuja área é de 382,32 m2, confrontando a Norte como Lote 1 X, a Sul como Lote 1, a Nascente com a rua F. e a Poente com a Rua A.; b) Preço Mínimo: ¤ 71.570,00(setenta e um mil, quinhentos e setenta euros) c) Impostos devidos: Serão devidos todos os impostos em vigor à data da realização da venda, nomeadamente os inerentes à transacção do imóvel e ao licenciamento dos projectos; d) Modalidades de pagamento: o pagamento poderá ser efectuado a pronto ou em duas prestações semestrais. e) Local e data limite para apresentação das propostas: As propostas deverão ser entregues na Câmara Municipal até às 16h:00m do dia 8 de Julho de 2011. f) Local, data e hora de abertura das propostas: A abertura das propostas pela comissão de acompanhamento realizar-se-á no dia 11 de Julho no salão Nobre Marquês de Pombal pelas 10h:30m. g) Serviço habilitado a prestar esclarecimentos: Equipa Multidisciplinar de Gestão Urbanística h) Indicação do fim a que destina a construção: Habitação i) Indicação de contactos para esclarecimentos suplementares: contactar o Gabinete Jurídico da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António Vila Real de Santo António 21 Junho de 2011 O Presidente da Câmara Municipal Luís Filipe Soromenho Gomes (Jornal do Algarve, 23/6/2011)

Platão já tinha publicado no livro V da República a sua convicção acerca da nossa perceção da realidade envolvente. Era como se estivéssemos a ter uma espécie de sonho relativo à multiplicidade da existência. Vinte e seis séculos mais tarde o Teatro da Garagem coloca em cena essa visão platónica do ser humano: uma realidade em que se sonha, em que se recorda, em que se imagina. Em que se foge do real > ANA OLIVEIRA O Teatro da Garagem apresentou no Teatro Municipal de Olhão o seu trabalho Snapshot, escrito e encenado por Carlos J. Pessoa e interpretado por Ana Palma, António Banha, Carolina Sales, David Cabecinha, Dinis Machado, Fernando Nobre, José Neves, Maria João Vicente, Miguel Mendes, Nuno Nolasco, Nuno Pinheiro e Tiago Lameiras. Qual a sensação de se mergulhar nas profundezas das nossas memórias? Memórias protagonizadas por fotografias em papel, no meio da cena, fazendo parte de uma piscina. Existe uma prancha que vai até ao meio do palco, onde as personagens podem evoluir e de onde se podem atirar para o fundo das suas imagens passadas. Miss Mara é uma personagem distante, sarcástica, que regista os momentos através de uma máquina fotográfica. Uma máquina que capta o instante, que persegue o Tempo na tentativa de o aprisionar. Porém, o risco é aprisionar o que se quer lembrar e o que se quer esquecer. Na piscina das memórias está tudo e ao mergulhar lidamos com os primeiros amores mas também com os desgostos, a violência, com as memórias que não se rasgam tão simplesmente como uma fotografia. O texto de Carlos J. Pessoa procura alertar-nos para essa dimensão da realidade que já não se vê mas que permanece, como uma imagem residual, fotográfica. A memória distorcida mostra-nos a imagem dos cantores mas já não nos permite uma sintonia entre a imagem e o som. Miss Mara, Miss Lili, Miss

Marple encontram-se todas no nosso cantinho das memórias, arquétipo das histórias fantásticas que dão voz à imaginação. O espetáculo é fragmentado, como se estivéssemos a folhear um álbum de fotografias sem qualquer relação entre si. Impõe um olhar crítico ao espetador zombando dos atores respeitados por serem vetustos no teatro impermeáveis a qualquer tentativa de inovação, uma crítica a várias classes de espetadores, desde os indiferentes até aos excessivos fãs entusiastas. As citações filosóficas e literárias, desde Goethe, Schiller, até ao filósofo José Gil, emersas neste contexto parecem vir a despropósito, eivadas de um pretensiosismo bacoco e vazio. Este espetáculo que tinha tudo para se revelar inovador, arrojado e crítico, com atores e atrizes de excelência, foi afinal uma sucessão de quadros cada vez mais banais que não acrescentaram nada a muitos outros que já se fizeram sobre o mesmo tema. Às vezes a ânsia de inovação é contraproducente e nem mesmo a tentativa de parafrasear Wittgenstein salvou o espetáculo, pois se é verdade que "Deitarmo-nos na cama do sentido impedenos de sonhar", forçar o sentido é adulterar o ser. Como Platão preconizava, todos nós vivemos numa ilusão onírica na qual construímos uma imagem confortável para podermos sobreviver no meio das sombras: a câmara escura que prepara a revelação das verdadeiras imagens. Mas para percebermos essa evidência não precisamos de uma mão cega disparando indiscriminadamente sobre os objetos. Precisamos de regressar a Aristóteles.


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JORNAL do ALGARVE

CONSULADO GERAL DE PORTUGAL EM PARIS RECEBE FERNANDO CABRITA

Autor apresenta primeiro livro editado em França Luís Ferraz, cônsul de Portugal, Fernando Cabrita, Paulo Dentinho e François Louis Blanc, na apresentação do livro PUB

Trata-se de uma edição bilingue do livro Doze Poemas de Saudade, que agora se edita em França sob o título Douze Poèmes de Saudade, com tradução e prefácio de François Louis Blanc, médico e escritor com obra poética também publicada em Portu-

gal, França e Itália. A presente obra de Fernando Cabrita, primeiro livro editado em França, foi lançado em Maio passado, no Marchée de La Poèsie de Paris, o grande certame da poesia francesa, este ano na sua 29.º edição e com convidados es-

trangeiros que se tenham publicado em França. Fernando Cabrita, com o seu livro Douze Poèmes de Saudade, foi um dos convidados do evento, no stande da editora L’Harmattan, a casa parisiense que editou a obra, ao lado das escritoras colombiana Luísa Rosa Ballesteros e marroquina Maria Zaki, na colecção "Poètes des Cinque Continents", estando ali presentes de 27 a 30 de maio passado. Desta feita, no passado dia 17, o livro de Fernando Cabrita teve apresentação no Consulado Geral de Portugal, em Paris, no Salão Eça de Queirós, com a presença do cônsul geral, Luís Ferraz, e ainda de Paulo Dentinho (correspondente da RTP na Europa, sediado em França) e de François Louis Blanc, que apresentaram a obra. Interveio ainda Fernando Cabrita, que salientou alguns

aspetos da sua poesia e a importância que encontra nestes eventos promovidos pelo consulado junto da sociedade francesa e da comunidade portuguesa ali residente; e a actriz francesa Mady Mantelin, que leu em francês alguns dos poemas, nomeadamente Jerusalém pela Porta de Jaffa, poema e leitura que recolheram bastante agrado dos presentes, que assim o manifestaram na conversa que se seguiu. A sessão encerrou-se com um porto de honra, oferecido pelo consulado. O livro está disponível em http://www.editionsharmattan.fr, com referência ao título.

Cursos de dança de verão na Casa das Artes de Portimão A Casa das Artes de Portimão vai ser palco, entre 4 e 29 de julho, de cursos de dança de verão, projeto enquadrado na Escola Municipal de Ballet de Portimão e que visa proporcionar aos jovens que se interessem pela arte de dançar, o contacto com vários estilos, do ballet à dança contemporânea, ao jazz e ao hip-hop. A iniciativa estará dividida por dois turnos, o primeiro de 4 a 15 de julho e o segundo de 18 a 29 de julho, sendo as atividades lecionadas pela professora de ballet Nilsen Jorge por Tess e Tiffanie Jorge, jovens que participaram no programa televisivo "Achas que sabes dançar". A idade mínima de participação é de 10 anos. Ás inscrições no primeiro turno decorrem de 27 junho a 1 julho e as do segundo turno realizam-se de 11 a 15 julho. PUB

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ESPOR TO [21] ESPORTO

Clube de Rugby da UAlg é campeão nacional de equipas emergentes O Clube de Rugby da Universidade do Algarve (CRUAl) sagrou-se Campeão Nacional de Equipas Emergentes 2010/ /2011 no passado domingo, dia 19. O último jogo foi o culminar de duas fases, tendo na primeira, durante o Torneio de Outono, a equipa garantido o segundo lugar, ficando apenas a um ponto do primeiro lugar. A segunda fase foi disputada durante o Torneio da Primavera onde a equipa alcançou o primeiro lugar, com uma vantagem de cinco pontos face à equipa que ficou em segundo. O Circuito Nacional de Equipas Emergentes da Federação Portuguesa de Rugby (FPR) é uma prova destinada a equipas em formação ou que estão a reiniciar a atividade competitiva. Este circuito procura dar ritmo de jogo e capacidade competitiva às equipas e é organizado pela Associação de Rugby do Centro e pela FPR. O campeonato é constituído por oito jornadas, tendo o CRUAI participado de forma completa pela primeira vez nesta última edição.

Competição mundial de vela Portugal Match Cup 2011 chega a Portimão A marina de Portimão será mais uma vez o palco para o Portimão Portugal Match Cup, uma das etapas do circuito anual do World Match Racing Tour, a realizar de 22 a 26 deste mês. O evento realiza-se em Portugal pelo oitavo ano consecutivo. A World Match Racing Tour (WMRT) é uma competição de vela profissional, composta por nove etapas que decorrem em diversos pontos do globo. É reconhecida pela Federação Internacional de Vela (ISAF) como Evento Especial e atualmente passa por três continentes (Europa, América e Ásia). As regatas decorrem perto da costa, em local visível para que o público em geral possa verdadeiramente acompanhar a prova. “Os skippers da America's Cup competirão entre si na modalidade de Match Race, o que colocará definitivamente Portimão como o centro da vela mundial”, salientam os promotores da prova. Já o presidente da câmara, Manuel da Luz, refere que “Portimão tem um enorme potencial no que toca às provas despor-

SPORTING FARENSE

Manuel Balela, provável treinador do clube Subida de divisão, desejo do técnico e dirigentes Tudo indica que Manuel Bale-la seja o próximo treinador do Sporting Farense na época que se avizinha. Um regresso que os farenses esperam que seja pródigo. Manuel Balela, natural de Faro, treinou já o Sporting Farense nas épocas 2000-2001, na primeira divisão, com sucesso, e na época 2002-2003, na divisão de honra. António Barão, presidente do clube, endereçou convite ao técnico e este estuda agora a proposta. Entretanto, têm decorrido conversas, diálogo, tendente ultimar pormenores, tudo levando a crer que Manuel Balela aceite o convite. O técnico confessou ao Jor-

nal do Algarve que é sempre gratificante para ele trabalhar no Farense, o seu clube de sempre, e que o seu desejo e o dos dirigentes é o de preparar a equipa para a subida de divisão, ou seja, da terceira para segunda

Olhão distingue técnico e atleta Humberto Gomes, olhanense, técnico de prestígio no basquetebol português, onde se sagrou campeão nacional ao serviço do Imortal de Albufeira, foi agraciado pela Câmara Municipal de Olhão por altura do seu feriado municipal. O atleta e técnico recebeu a medalha de mérito grau prata. Um dos seus pontos altos foi sem dúvida o projecto que dirigiu n' Os Olhanenses e que deu pelo título Porta Aberta. Foi também selccionador regional e preletor na modalidade. Actualmente é o único técnico algarvio que pode dirigir equipa na Liga Profissional. Também no futebol teve papel relevante na área da metodologia do treino. Jornalista, colaborou em vários órgãos, entre os quais no Jornal do Algarve. Também foi colaborador da RDP Algarve. Jorge Costa, outro galardoado, com o mesmo título, distinguiu-se na marcha, tendo posto fim à sua carreira na Marcha Atlética de Olhão. V.G.

B. Para esse efeito técnico e dirigentes procuram reforços. Nomeadamente quatro novos elementos. Um médio, um extremo que faça os dois lados, um ponta-de-lança e um defesa central que jogue também pela esquerda. Tudo leva a crer, pois, que este «casamento» se dê. O início dos trabalhos, se nada se opuser, está marcado para 25 deste mês. Manuel Balela treinou também com sucesso o WAC de Casablanca (Marrocos) e KACN, de Marraquexe. Outro dos objectivos do técnico é rentabilizar ao máximo os recursos humanos existentes no clube. V.G.

tivas de mar, não só pelas condições naturais da nossa costa, como por todas as infraestruturas e facilidades que proporcionamos aos velejadores”. “Por isso, ao recebermos mais uma vez o Portimão Portugal Match Cup, está-se a

cumprir a nossa vocação marítima, da qual emana um decidido investimento na náutica de recreio e lazer, assim como a forte aposta em sermos porto seguro para provas de vela com elevado prestígio mundial”, frisou o autarca de Portimão.

Dois árbitros algarvios sobem à 3.ª categoria nacional Dois árbitros do Regional algarvio que prestaram provas de acesso à 3.ª Categoria Nacional passaram nas provas, um facto inédito na arbitragem algarvia. Carlos Cabral e Ricardo Martins são os autores deste feito, que coloca pela primeira vez dois representantes do Algarve na 3.ª Categoria Nacional. Ambos passaram as provas de acesso que tiveram lugar recentemente em Fátima. “Este é um momento especial para a arbi-

tragem algarvia”, disse o presidente do Conselho de Arbitragem da AFA, António Coelho Matos. Desde que este modelo foi aprovado pela Federação Portuguesa de Futebol, há cerca de uma década, o Algarve nunca conseguira colocar na mesma época os dois árbitros indicados. Desta forma, Carlos Cabral (efetivo) e Ricardo Martins (suplente) fizeram história para o Conselho de Arbitragem e para a associação algarvia.

ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DO ALGARVE

"Novos" dirigentes tomam posse Alves Caetano e Reinaldo Teixeira, dupla de sucesso, renova mandato. Festa do Futebol sucedeu depois no Tivoli Carvoeiro A Associação de Futebol do Algarve reelegeu para o quadriénio 2011-2014 os seus corpos gerentes. Aconteceu em cerimónia na sede da associação na última sexta-feira. Em equipa que joga bem não se mexe. Foi o que aconteceu. Os novos corpos gerentes são os mesmos do mandato anterior na generalidade. A direcção continua presidida por Alves Caetano, a assembleia geral por Reinaldo Teixeira, o conselho de disciplina por Jorge Veríssimo, o conselho de justiça por João Rosa Tavares, o conselho de contas por José Carlos Rolo, o conselho de arbitragem por António Matos. Alves Caetano é acompanhado na direção por Rosa Sequeira, José Manuel Prata, Angela Matias, Duarte Murta, Faísca Teixeira, Viegas Ramos, Ponte Rodrigues e Flávio Figueiras. Reinaldo Teixeira é acompanhado por sua vez por Orlando Vargas. António Matos é secundado por Nélson Guerreiro e Jorge Apolo Guerreiro. A Associação de Futebol do Algarve levou também a cabo no último sábado a 3.ª edição da Festa do Futebol. O evento teve lugar no Hotel Tivoli Carvoeiro e contou com a colaboração da Câmara Municipal de Lagoa. No decorrer da festa homenageou o treinador Manuel Cajuda, consagrou Marocas (Esperança de Lagos) como o jogador algarvio do ano, Marito (Quarteirense) como treinador do ano e João José Guerreiro (Quarteirense, também) como dirigente do ano. Foram também eleitos Ricardo Duarte, do Louletano, como jogador jovem do ano, e Mateus, do Albufeira Futsal, como o atleta do ano nesta modalidade. V.G.


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GENDA

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[ATIVIDADES CULTURAIS]

FARO Biblioteca Municipal PARA GRUPOS Mergulhar nas Estórias Hora do Conto + Atividade Creches, Jardins de Infância, Escolas e Atl’s: 3ª a 6ª feira - 10h00 e 14h00 PARA O PÚBLICO EM GERAL “...ecompósdeperlimpimpim…atardechegaaofim!!!!!” Hora do conto na Sala do Conto - 2ª, 3ª e 4.ª - 18h00 5as Feiras - Clube dos Pais (Pais e Avós contam histórias) - 18h00; Sábados: 16h00 NA BEBÉTECA 6as Feiras - 18:00 TEMPO PARA BRINCAR Actividades na Ecoteca, 2ª Feiras e Sábados - 14h00»19h:00 3.ª Feiras a 6 a Feiras - 09h30»19h00 24 - Conferências “A Hora dos Clássicos” - Ciclo Literário “Cesário Verde”, 18h00 25 - Sábados em Família "Salada de Estórias", 16h00, público-alvo: pais e filhos (crianças até dos 6 aos 10 anos) PORTIMÃO QUINTA PEDAGÓGICA 9h30-17h30 - 3ª a 6ª feira 10h00-17h30 - Fins-de-Semana 25-Ateliê Saberes e sabores – pizza da horta 11h00 Ateliê: O barro na Quinta - 15h00 2/7- Ateliê: Alimentação dos animais – 11h00 Sábados Infantis 25 - Histórias para Ouvir e Contar A partir dos 4 anos de Idade - 16h00 Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes TAVIRA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALVARO DE CAMPOS «Hora do Conto “Ao Abrir o Livro...”» Terças e Quintas-feiras, 10h30 e 14h00 Público-alvo: Do pré-escolar ao 2º ciclo e outros grupos que tenham interesse na área. Baú das Letras Sábados, 15h30 | Público-Alvo: Pais e filhos Visita-Guiada ao Espaço: «Ao Encontro da Biblioteca…» [Marcação prévia deverá ser efectuada, no mínimo, com 15 dias de antecedência] Quarta-feira, 10h00 | Sexta-feira, 14h00 «Histórias de Alegrias, Birras e Mimos!» Quintas-feiras, 10h30 e 15h30 [Duração: 1 hora] Ateliê «Rimas Traquinas» Sextas-feiras, 17h00 [Duração: 1 hora] VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO Biblioteca Municipal António Vicente Campinas Até 30 Junho Conta lá! - Hora do conto 10h30 (Terça a Sexta) Quarta e Sexta “Vasco e o castelo de areia” de Liane Payne Terça e Quinta Contos e lendas Às 4 na Biblioteca Conto, manualidades, jogos educativos, filmes, etc. 16h00 (Terça a Sexta) Sábados na Biblioteca Criações plásticas; História Virtual; História em Power Point; Filme - 15h00 (Sábado) 16 - Clube de Leitura “Livros Mexidos”, com o autor Mário Vargas Llosa, 18h00, Biblioteca Municipal Vicente Campinas, VRSA 17 - Tertúlia no Baixo Guadiana ”Junho, o mês da criança”, dinamizada pelo Jornal do Baixo Guadiana, 17h30, Biblioteca Municipal Vicente Campinas. 18 - Ciclo de Conferências para a Juventude "Adolescência, família e a construção de si", Lia Pappámikail 19h00, Casa Manuel Teixeira Gomes, Portimão 24 - Apresentação do livro Memórias, Um Combate pela Liberdade – II Vol. de Edmundo Pedro, 18h00, no Auditório da Biblioteca Municipal Vicente Campinas em Vila Real de Santo António.

[APRESENTAÇÃO] 24 - Apresentação do livro Memórias, Um Combate pela Liberdade – II Vol. de Edmundo Pedro, 18h00, no Auditório da Biblioteca Municipal Vicente Campinas em Vila Real de Santo António.

[DANÇA]

25 - "Correr o Fado", Quorum Ballet, 21h30, no Teatro

ACONTECIMENTOS I LIVRO das Figuras, Faro. Chá Dançante e Desfile de Marchas 15h00-Casa do Povo em Moncarapacho, Olhão 26 - Jorge Miguel

[DESPORTO]

Até 25 - Copa Foot21 – 4.ªEdição – 2011 9h00> 13h00 / 14h00> 20h00, Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António 25 - III Torneio de Futevolei da Praia de Faro, praia de Faro. Até 26 - Portimão 2011 Internacional Tournament U14, Complexo Municipal de Ténis de Portimão Até 26 - Portimão Portugal Match Cup Marina de Portimão 25 - Sarau de Ginástica, Portimão Arena 25 e 26 - Smash Tour 2011 – 9ª Etapa Complexo Municipal de Ténis de Portimão 28 - Espectáculo de Encerramento da Época 2010/ 2011, Classes Camarárias de Ballet e Dança Contemporânea, 21h30, Auditório Municipal de Portimão 2/7 - Portimão Summer Fest 2011 19h00, Área Desportiva da Praia da Rocha 2 e 3/7 - Torneio Senior de Verão Complexo Municipal de Ténis De 23 a 26 - XXXII Semana Vela Lagos - 3.ª Prova Campeonato Nacional Slalom Lagos, 12h00, Cais da Solaria, Lagos.

[DIVERSOS ] De 30/6 a 1 /7 - 8.º Encontro Regional de Educação Ambiental, "Serras e Montanhas", Monchique. 25 - Miss Mundo Portugal 2011, no Hilton Hotel Vilamoura (Gala), Agua Moments Vilamoura (After Party), Loulé.

[EXPOSIÇÕES] Até 23 - Mostra "Percurso para a integração" da autoria da ASMAL, terça a sexta, na Biblioteca Municipal Lídia Jorge, Albufeira. Até 25 - Exposição "c/o Poste Restante", da fotógrafa Kärsti Stiege, no Museu Municipal deTavira. Até 27 - Exposição de pintura "O mar" de José Maria Castizo, segunda a sábado, na Galeria de Arte Pintor Samora Barros, Albufeira. Até 30 - Exposição Temporária "Outras viagens, outros Olhares", no Museu Municipal de Arqueologia, Albufeira. > "O grande pasteleiro" - Desenhos e pinturas de Timo Dillner, segunda a sexta, 10h00-13h00, 15h00-19h00, "A Galeria", Lagos. > Deodato "Velhos e Coisas desse Tempo", segunda a sábado (Sala 1), no Centro Cultural de Lagos. > LOCAL - Colecção de Arte Contemporânea de Lagos, de segunda a sábado (Sala 2), no Centro Cultural de Lagos. > Exposição de pintura "Cromoesfera" de Gonçalo Faro, segunda a sábado, no Posto Municipal de Exposições, Lagos. Biblioteca Municipal Vicente Campinas, VRSA > Exposição de Escultura – “Memento Mar Memor” de José Coelho, 9h30> 18h30 (Segunda a Sexta), 14h00> 18h30 (Sábado) >Exposição de fotografia "Uma Visão acerca dos Problemas Sociais", turma CEF de Informática da Escola Secundária com o Apoio do Projecto Escolhas Vivas, 9h30> 18h30 (Segunda a Sexta), 14h00> 18h30 (Sábado) >Exposição de Rua Artêxtil – O Comércio de VRSA está na moda!, Centro Histórico de Vila Real de Santo António > Exposição “Indústria Conserveira em VRSA” Exposição “Artes Litográficas”, 09h30>12h30 / 14h00> 16h30 (Segunda a Sexta), Arquivo Histórico Municipal, VRSA > Exposição “Plantas que curam. Usos e saberes na medicina popular”, 9h30> 13h00 / 14h00> 16h30 (Segunda a Sexta-feira), Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela Até 2/7 - Exposição "Universos conceptuais" de Orlando Pompeu, Sala de Exposições Temporárias, no Convento de S. José, Lagoa. Até 6/7 - Exposição colectiva ARTISET, de terça a sexta feira, 12h00-16h00, na Galeria de Santo António, Monchique. Até 30/7 - Exposição de Arte Urbana Artur, 17h0020h00, 21h00-23h00, LAC (antiga cadeia de Lagos), Lagos. Até 31/7 - Exposições "Sabores da Europa" e "Azeite - Saberes com sabor", terça 14h30-18h00, quarta a

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Exposição colectiva ARTISET, na Galeria de Santo António, Monchique

domingo, 10h00-18h00, Museu de Portimão. > Exposição "Arte Submersa", terça a domingo, no Museu de Portimão. Até 10/9 - Exposição "Dez Monumentais Esculturas Britânicas", colecção Berardo, diariamente, Cerro da Vila, Vilamoura, Loulé. Até 30/9 - "Tutti Frutti", de Joana Vasconcelos, na Gare do Aeroporto Internacional de Faro, Faro. Até 8/10 - Exposição "Fora de Escala", Desenhos e Esculturas , com obras inéditas de Manuel Baptista, no Centro Cultural de Lagos. Até 31/10 - Exposição de usos e costumes da Serra de Monchique, todos os dias, no Parque da Mina, Caldas de Monchique, Monchique. EXPOSIÇÕES PERMANENTES Exposição "Algarve - Do Reino à Região" Até 18/7 - "Cidades e Mundos Rurais", Museu Municipal Tavira. Até 14/05/2012 - "Sombra e Luz - O Século XIX no Algarve", Museu do Trajo, São Brás de Alportel. Até 18/05/2012 - "Alcoutim, Terra de Fronteira", Câmara Municipal de Alcoutim. Diariamente Galeria de Arte de Vila Sol Art & Nature Vila Sol - Vilamoura Galeria de Pintura ATT Exposição Colectiva São Lourenço - Almancil

[FESTAS E FESTIVAIS] Até 25 - Festival MED, Zona Histórica, Loulé. 25 - Festival de Folclore e Feira de Artesanato de Martim Longo, Largo da Junta, Martim Longo, Alcoutim. Até 3/7 - 3.ª Mostra Gastronómica de Cacela "Entre a serra e o Mar", restaurantes aderentes, Vila Nova de Cacela, Vila Real de Santo António. Até 29 - Santos Populares, diversas localidades: 29 - Albufeira. 26 - Lagos 28 - Calçadão Quarteira , Loulé. 23, 25 - Portimão. 23 e 25 - Tavira 23 - Casa do Povo em Moncarapacho, Olhão. Até 2/7- FestivalCidadesInvisiveis:GentedeDublin TEMPO - Teatro Municipal de Portimão 25 - BEOGA 21h30, Grande Auditório Nuno Mergulhão 22 - As You Are Now So Once Were We, The Company 21h30, Grande Auditório Nuno Mergulhão

[FEIRAS E MERCADOS] 26 - Feira de Produtos Locais, Monchique. > Mercadinho de Verão, das 17h00 às 23h00, Cacela Velha. 27 - Mostra Artesanal Almadrava, 18h00, 24h00, Jardim das Palmeiras, Tavira Até 30 - O Cabaz da Horta em Vila Real de Santo António, produtos provenientes de hortas locais, produzidos tradicionalmente e chegam ao consumidor a um preço de 10 €, com 8 a 9Kg, 10h00> 13h00 (Quarta-feira), Associação Cultural de Vila Real de Santo António Até 15/10 - FIESA - Festival Internacional de Esculturas em Areia, Tema "Animalandia", Pêra-Silves. VELHARIAS 25 - Monte Gordo (VRSAntónio). 26 - Monchique, Areias de São João (Albufeira), Recinto da Fatacil (Lagoa), Barão de S. João (Lagos), Quelfes (Olhão). MERCADOS 25 - Loulé, São Brás de Alportel, Tunes (Silves), 26 - Pereiro (Alcoutim), Rogil (Aljezur), Almancil (Loulé), Quelfes (Olhão), Santa Catarina (Tavira), 27 - Odiáxere (Lagos), Silves, 29 - Quarteira (Loulé), 30 - Boliqueime (Loulé),

[TEATRO ] 25 e 26 - Teatro Infantil de Lisboa, "Quebra Nozes e o Rei dos Camundongos", 16h00, no Auditório Municipal de Olhão. Em exibição Revista à Portuguesa “… Livra!!! Sai d'baixo” Clube de Instrução e Recreio Mexilhoeirense Sessões: 6ª feira e Sábados: 21h30 Revista à portuguesa “Aqui não há crise” Sessões: 5ª e 6ª às 21h00 Sábados e Domingos às 15h30 e 21h300 Boa Esperança Atlético Clube Portimonense

[LIVRO]

Manual do Detective de Jebediah Berry Um maravilhoso livro de estreia, com um enredo alucinante, em que um improvável detective, armado somente com um chapéu-dechuva e um peculiar manual, terá de resolver vários crimes cometidos nos sonhos das pessoas. Numa cidade nunca nomeada e sempre chuvosa, Charles Unwin é um meticuloso funcionário de uma poderosa agência de detectives. Após anos num labirinto de arquivos, é o responsável pelos ficheiros de Travis T. Sivart, o famoso detective que resolveu os casos do Homem que Roubou o Dia 12 de Novembro e das Três Mortes do Coronel Baker. Quando Sivart desaparece misteriosamente, tal como os despertadores de toda a cidade, Charles Unwin é promovido a detective e, na companhia da sua secretária narcoléptica, terá de descobrir o paradeiro do lendário agente e salvar a cidade das garras de um mestre do crime que assombra os sonhos dos habitantes. Jedediah Berry é escritor e editor na Small Beer Press. Publicou contos nas colectâneas Best American Voices e Best American Fantasy. Em 2010, Manual do Detective ganhou o Crawford Award, o Dashiel Hammett Prize e o Strand Critics Award, para a melhor estreia literária. Crítica: «Jedediah Berry está em sintonia com o estilo das histórias policiais de Holmes e Spade e reproduz ambientes com um adorável talento.» Michael Moorcock «Este livro de estreia tece a intriga elaborada que seria de esperar se Wes Anderson adaptasse um livro de Kafka.» The New Yorker Publicações Europa-América

Marés

Quarto Minguante - quinta 23 junho

Vila R. Sto António Faro/Olhão

Lagos

Qui. 2011-06-23 02:30 1.20 Baixa-mar 08:54 2.56 Preia-mar 14:47 1.39 Baixa-mar 21:05 2.67 Preia-mar Sex, 2011-06-24 03:28 1.28 Baixa-mar 10:02 2.52 Preia-mar 15:57 1.46 Baixa-mar 22:10 2.58 Preia-mar Sab, 2011-06-25 04:36 1.30 Baixa-mar 11:10 2.55 Preia-mar 17:12 1.45 Baixa-mar 23:18 2.57 Preia-mar Dom, 2011-06-26 05:40 1.27 Baixa-mar 12:06 2.64 Preia-mar 18:13 1.36 Baixa-mar Seg, 2011-06-27 00:16 2.63 Preia-mar 06:32 1.21 Baixa-mar 12:51 2.76 Preia-mar 19:04 1.25 Baixa-mar Ter, 2011-06-28 01:05 2.72 Preia-mar 07:17 1.14 Baixa-mar 13:31 2.89 Preia-mar 19:49 1.12 Baixa-mar Qua, 2011-06-29 01:50 2.83 Preia-mar 08:00 1.07 Baixa-mar 14:11 3.03 Preia-mar 20:33 0.99 Baixa-mar

Qui. 2011-06-23 02:18 1.23 Baixa-mar 08:37 2.61 Preia-mar 14:33 1.40 Baixa-mar 20:54 2.72 Preia-mar Sex, 2011-06-24 03:13 1.33 Baixa-mar 09:35 2.56 Preia-mar 15:37 1.46 Baixa-mar 21:54 2.63 Preia-mar Sab, 2011-06-25 04:14 1.38 Baixa-mar 10:38 2.56 Preia-mar 16:45 1.46 Baixa-mar 22:58 2.60 Preia-mar Dom. 2011-06-26 05:15 1.36 Baixa-mar 11:38 2.63 Preia-mar 17:49 1.39 Baixa-mar 23:59 2.64 Preia-mar Seg. 2011-06-27 06:10 1.30 Baixa-mar 12:31 2.75 Preia-mar 18:45 1.27 Baixa-mar Ter. 2011-06-28 00:52 2.73 Preia-mar 06:59 1.20 Baixa-mar 13:17 2.91 Preia-mar 19:32 1.12 Baixa-mar Qua. 2011-06-29 01:39 2.84 Preia-mar 07:42 1.08 Baixa-mar 14:00 3.07 Preia-mar 20:15 0.96 Baixa-mar

Qui. 2011-06-23 02:16 1.25 Baixa-mar 08:45 2.60 Preia-mar 14:31 1.40 Baixa-mar 21:08 2.68 Preia-mar Sex, 2011-06-24 03:13 1.34 Baixa-mar 09:46 2.56 Preia-mar 15:39 1.46 Baixa-mar 22:10 2.61 Preia-mar Sab, 2011-06-25 04:18 1.37 Baixa-mar 10:51 2.59 Preia-mar 16:53 1.45 Baixa-mar 23:14 2.60 Preia-mar Dom, 2011-06-26 05:22 1.34 Baixa-mar 11:52 2.67 Preia-mar 17:58 1.37 Baixa-mar 20:14 2.80 Preia-mar Seg, 2011-06-27 00:13 2.65 Preia-mar 06:16 1.26 Baixa-mar 12:44 2.78 Preia-mar 18:50 1.26 Baixa-mar Ter, 2011-06-28 01:04 2.74 Preia-mar 07:02 1.16 Baixa-mar 13:31 2.91 Preia-mar 19:35 1.12 Baixa-mar Qua, 2011-06-29 01:51 2.83 Preia-mar 07:44 1.05 Baixa-mar 14:14 3.04 Preia-mar 20:17 0.98 Baixa-mar


A

GENDA

[23]

JORNAL do ALGARVE

[CINEMAS] FARO Cineclube de Faro Instituto Português da Juventude Sede ao ar livre - 22h00 29 - "Reflexos num olho dourado" SBC CINEMAS - Fórum Algarve 23 a 29 junho Sala 1 “Piratas dasCaraíbas – por Estranhas Marés” 12.20 (sábado e domingo) 15.20, 21.15 (diariamente, excepto 4ª feira) 18.20 (Só na 4ª feira) “Gnomeu e Julieta” 10.15 (sábado e domingo) “A Ressaca 2” 13.35, 15.55, 21.20 (só na 4ª feira) Sala 2 “Rio” 10.25 (sábado e domingo) “X-MEN: O início” 12.45 (sábado e domingo) 15.25, 18.15, 21.00 (diariamente) 00.10 (sexta e sábado) Sala 3 “Thor” 10.45 (sábado e domingo) “Empresta-me o teu namorado” 13.30, 16.05, 18.40, 21.10 (diariamente) 23.50 (sexta e sábado) Sala 4 “Transformers 3” 15.10, 18.25, 21.45 (só na 4ª feira) “A Ressaca 2” 11.45 (sábado e domingo) 14.05, 16.25, 18.55, 21.20 (diariamente); 23.45 (sexta e sábado) Sala 5 “Transformers 3” 14.40, 17.50, 21.05 (só na 4ª feira) “Professora Baldas” 12.55, 15.00, 17.10, 19.20, 21.30 (diariamente, excepto 4ª feira) 00.00 (sexta e sábado) Sala 6 “Beastly – O Feitiço do Amor” 13.00, 17.35, 19.35, 21.40 (diariamente) 23.40 (sexta e sábado) “Água aos Elefantes” 15.00 (diariamente) “HOP” 10.10 (sábado e domingo) Sala 7 “Kung Fu Panda 2” 11.10 (sábado e domingo) 13.25, 15.40, 17.45, 19.55 (diariamente, excepto 4ª feira) “A Ressaca 2” 22.00 (diariamente, excepto 4ª feira) 00.30 (sexta e sábado) “Professora Baldas” 12.55, 15.00, 17.10, 19.20, 21.30 (só na 4ª feira) Sala 8 “Um Sonho de Rapariga” 13.00, 15.15, 17.30, 19.50 (diariamente, excepto 4ª feira) 22.10 (diariamente) “Kung Fu Panda 2” 13.25, 15.40, 17.45, 19.55 (só na 4ª feira) “A Árvore da Vida” 19.15 (diaria., excepto 4ª feira) “Velocidade Furiosa 5” 00.20 (sexta e sábado) Sala 9 “Winnie the Pooh” 10.05, 12.10 (sábado e domingo) “Um Sonho de Rapariga” 17.00 (só na 4ª feira) “A Águia da Nona Legião” 14.30, 19.15, 21.50 (diariamente) 00.25 (sexta e sábado) GUIA Algarve Shopping 23 a 29 junho Sala 1 "Piratas das Caraíbas por Estranhas Marés" 12h40, 15h25, 18h10, 21h00, 23h45* - qui a ter "O Panda do Kung Fu 2" 14h50, 17h00, 19h00 - Qua a Qua "Velocidade Furiosa 5"

CINEMAS I MÚSICA FARMÁCIAS I CRÍTICA

21h15 - Qua a Qua "O Panda do Kung Fu 2" 12h55 - Qua a Qua Sala 2 "Transformers 3" 12h45, 15h45, 18h45, 21h45 - Qua a Qua "O Panda do Kung Fu 2" 15:00, 17:00, 19:00 - Qui a Ter "Velocidade Furiosa 5" 21:15, 00:00* - Qui a Ter "O Panda do Kung Fu 2" 13h00 - Qui a Ter Sala 3 "A Águia da Nona Legião" 13h10, 15h45, 18h25, 21h25, 0h15* - Qui a Ter "A Águia da Nona Legião" 13h10, 15h30, 18h25, 21h25 - Qua a Qua Sala 4 "X-Men: O Início" 12h55, 15h40, 18h20, 21h10, 23h55* - Qui a Ter "X-Men: O Início" 13h00, 15h40, 18h20, 21h10, - Qua a Qua Sala 5 "A Árvore da Vida" 12h45, 15h30, 18h15, 21h05, 23h50* - Qui a Ter "Empresta-me o teu Namorado" 13h20, 15h50, 18h30, 21h30 - Qua a Qua Sala 6 "Piratas das Caraíbas por Estranhas Marés" 12h40, 15h25, 18h10, 21h05 - Qua a Qua "O Castor " 13h30, 16h00, 18h40, 21h40, 23h40* - Qui a Ter Sala 7 "Professora Baldas" 13h05, 15h05, 17h10, 19h15, 21h35 - Qua a Qua "Empresta-me o teu Namorado" 13h20, 15h50, 18h30, 21h30, 00h05* - Qui a Ter Sala 8 "Professora Baldas" 13h05, 15h05, 17h10, 19h15, 21h35, 0h10* - Qui a Ter "Transformers 3" 15h00, 18h00, 21h00 - Qua a Qua Sala 9 "A Ressaca II" 12h50, 14h55, 17h05, 19h10, 21h20, 23h30* - Qui a Qua * Sessão válida 6ª e Sab *** Sessão Válida de 5ª a 3ª

OLHÃO ALGARCINE 23 a 29 junho Sala 1 "O Panda do Kung Fu 2" Sexta, segunda, terça e quarta15:35/17:35/19:35/21:35 Quinta/sábado/domingo - 10:35/ 13:35/15:35/17:35/19:35/21:35 Sex/Sáb - 23:35 Sala 2 "Cliente de risco" Sexta, segunda, terça e quarta15:30/18:30/21:30 Quinta/sábado/domingo - 13:00/ 15:30/18:30/21:30 Sex/Sáb - 23;50 Sala 3 "A Ressaca parte II" Diariamente - 15:25/18:25/21:25 Sex/Sáb - 23:35 PORTIMÃO ALGARCINE - Portimão 23 a 29 junho Sala 1 "A PROFESSORA BALDAS" Diariamente - 15:30/18:00/20:00/ 21:30; sex/sáb - 00:00 Sala 2 "O PANDA DO KUNG FU 2" Diaria. - 14:00/15:45/18:15/20:00 "A RESSACA PARTE II" Diariamente - 21:45 Sex/Sáb - 00:00

PREVISÕES

CASTELLO-LOPES 23 a 29 junho Sala 1 "Transformers 3" 12:30, 15:30, 18:30, 21:30 - Qua a Qua "O Panda do Kung Fu 2" 12h50***, 15h00***, 17h10*** 19h20***, 21h40***, 0h00* - Qui a Ter Sala 2 "Professora Baldas" 12h55, 15h10, 17h20, 19h25, 21h30, 23:40* - Qui a Qua Sala 3 "X-Men: O Início" 13h00, 15h40, 18h20, 21h10, 23h50* - Qui a Qua Sala 4 "O Castor" 13:20, 16:00, 18:45, 21:50 23:55* - Qui a Qua Sala 5 "A Ressaca II" 13:10, 15:20, 17:30, 19:40, 22:00, 00:10* - Qui a Qua Sala 6 "Piratas das Caraíbas por Estranhas Marés" 12:45***, 15:35***, 18:25***, 21:20, 0:15* - Qui a Qua "O Panda do Kung Fu 2" 12:50, 15:00, 17:10, 19:20 - Qua a Qua *Sessão válida 6ª e Sab ***Sessão Válida de 5ª a 3ª

TAVIRA Cine-Teatro António Pinheiro 21h30 23 - "Em digressão" 26 - "Lixo Extraordinária" 30 - "Camino" LUSOMUNDO - Gran Plaza Tavira 23 a 29 junho "Panda Kung-Fu 2" 11h00(dom),13h10, 15h20, 17h30, 19h40 O Castor 21h40, 23h50 (5ª a Sáb.) "A Ressaca Parte II" 13h20, 15h40, 18h20, 21h10, 23h40(5ª a Sáb.) "Professora Baldas" 13h30, 16h00, 18h30, 21h30, 00h05 (5ª a Sáb.) "Piratas das Caraíbas – Por Estranhas Marés" 13h40, 16h40(Excepto Dom), 21h00, 00h00 (5ª a Sáb.) "Carmen" 17h00(Só Dom.) "X-Men – O ínicio" 13h00, 15h50, 18h40, 21h20, 00h15 (5ª a Sáb.)

[MÚSICA] 23 - Recital de música, "Guitarradas", com Raimundo Seixas e Zoran Stojanovic, 22h00, na Casa Manuel Teixeira Gomes, Portimão. 24 - Zé Praia - Fado Coimbra, 21h30, no Auditório Municipal de Lagos. > Concerto por Rão Kyao (aberto à população), 22h00, Quartel da Atalaia, Tavira. 25 - Concerto pela Orquestra do Algarve, 21h30, no Centro Cultural de Lagos. > Filarmónicas nos Monumentos, 18h00, Castelo de Castro Marim Concertos «Música nas Igrejas» Ermida de São Sebastião, 18h00 25 - Fados, Canto Durante o mês > Espetáculo "Crazy Cabaret", 22h30, no Casino de Vilamoura, Loulé. > Espetáculo "Divas", 22h30, no Hotel Algarve Casino, Praia da Rocha, Portimão. > Espetáculo "Golden 80's", 22h30, no Casino de Monte Gordo, Monte Gordo, VRS. António.

23 I junho I 2011

Hoje - Céu limpo. Vento moderado. Temp min. 18º máx. 32º Sexta-feira - Céu limpo. Vento fraco a moderado. Temp min. 20º máx. 30º Sábado - Céu limpo. Vento fraco a moderado. Temp min. 23º máx. 30º Domingo - Céu limpo. Vento fraco a moderado. Temp min. 23º máx. 30º

[FARMÁCIAS] ALBUFEIRA > 23, 24 - Sousa; 25 a 29 - Santos Pinto. ALCOUTIM > 23 a 30 - Caimoto. ALJEZUR > 23 a 30 - Furtado. ALMANCIL > 23 a 26 - Nobre Passos; 27 a 30 - Paula. ARMAÇÃO DE PÊRA > 23, 24 - Sousa Coelho; 25 a 30 - Edite. CASTRO MARIM > 23 a 30 - Moderna. FARO > 23 - Pereira Gago; 24 - Da Penha; 25 - Baptista; 26 - Helena; 27 - Alexandre; 28 - Crespo Santos; 29 Palma Batista. LAGOA > 23, 24 - Lagoa; 25 a 30 José Maceta. LAGOS > 23 - Neves; 24 - Ribeiro Lopes; 25 - A Lacobrigense; 26 - Silva; 27 - Telo; 28 - Neves; 29 - Ribeiro Lopes. LOULÉ > 23 - Chagas; 24 - Pinheiro; 25 - Pinto; 26 - Avenida; 27 - Martins; 28 - Chagas; 29 - Pinheiro. MONCHIQUE > 23 a 26- Moderna; 27 a 29 - Hygia. ODECEIXE > 23 a 29 - Odeceixense. OLHÃO > 23 - Progresso; 24 - Olhanense; 25 - Nobre Sousa; 26 - Brito; 27 - Rocha; 28 - Pacheco; 29 - Progresso. PORTIMÃO > 23 - Pedra Mourinha; 24 - Moderna; 25 - Carvalho; 26 Rosa Nunes; 27 - Amparo; 28 - Arade; 29 - Guilherme Dias. QUARTEIRA > 23, 24 - Miguel Calçada; 25 a 29 - Algarve. SAGRES > 23 a 29 - Sagres. S. BARTOLOMEU MESSINES > 23 a 26 - Sequeira Correia; 27 a 29 Algarve. SÃO BRÁS DE ALPORTEL > 23 - Dias Neves; 24 - S. Brás; 25, 26 e 27 - Dias Neves; 28 - S. Brás; 29 - Dias Neves. SILVES - 23 a 25 - Guerreiro; 26 a 29 - A.S.M.João de Deus. TAVIRA > 23 - Maria Aboim; 24 Central; 25, 26 - Félix Franco; 27 Sousa; 28 - Do Montepio; 29 - Central. VILA DO BISPO > 23 a 29 - Vila do Bispo. VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO > 23, 24 - Pombalina; 25 a 29 - Carrilho. Serviço permanente (24h): Alcantarilha (Maria Sequeira), Algoz (Monteiro), Alvor (Alvor), Areias S. João (Godinho Belo), Boliqueime (Cruz Ramos), Carvoeiro (Neves Furtado), Estoi (Ossónoba), Fuzeta (Mendes Segundo), Montenegro (Assunção), Praia da Luz (Praia da Luz), Vilamoura (Silva), Luz de Tavira (Maria Isabel), Monte Gordo (Internacional), S. Marcos da Serra (São Marcos), Guia (Neves Silva), Odiáxere (Moreira Barata), Estômbar (Vieira Santos), Alte (Horta Figueiredo), Sta. Catarina da Fonte do Bispo (Bota), Conceição de Faro (Leonardo), Praia da Rocha (Palma Santos), Ferragudo (Oliveira Martins), Ferreiras (Marques Silva), Mexilhoeira Grande (Ilda), Patacão (Huguette Ribeiro), Sta. Bárbara de Nexe (Coelho), Sta. Luzia (Picoito), Sto. Estêvão (Cesário Tavares), Olhos de Água (Olhos d'Água), Pêra (Paula Santos), Moncarapacho (Soares), Benafim (Rodrigues), Pechão (Pechão), Aeroporto de Faro, Portimão (Três Bicos), Conceição de Tavira (Conceição), Vila Nova de Cacela (Cacela).

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[AVARIAS]

Um dia na vida de FP

Fernando Proença

Estou a escrever estas modestas linhas um – dia – um, antes de ser operado a uma hérnia inguinal. Não sabem o que é? Também não vos vou satisfazer a curiosidade. Submetam-se à ditadura do Google e perguntem, que ele, de certeza, lhes tira todas as dúvidas. Pois essa é a minha preocupação de hoje – e de há uns dias atrás. Dizem-me que não devo ter medo, que é como adormecer. Entro numa sala higienizada (espero 1) e depois ponho-me nas mãos de uma equipa competente (espero 2). Também é verdade: quando me deito não tenho medo (a menos que ponha como hipótese o Fóculporto, ser campeão nos próximos mil anos. Ou que o meu Olhanense desça de divisão por troca com o Farense, etc.). Como é que arranjamos uma coisa destas? Não sei. Lembro-vos que tenho uma unha partida do dedo do pé direito, que nunca mais cresceu como deve ser, apesar do acidente (a jogar futebol na ilha da Armona), ter já mais de trinta anos. Na altura jogava como os meus melhores amigos. Não tenho a ideia se o fiz sozinho ou acompanhado. Talvez seja uma premonição, mas os meus piores acidentes (poucos, felizmente) foram feitos na presença das pessoas mais queridas e chegadas. É uma hipótese remota mas uma hipótese. A segunda pode ser que num dos treinos que fiz para ingressar no Benfica, me tenha lesionado com certa gravidade. Estava a dormir? Tudo não passou de um sonho? A verdade: o sonho comanda a vida e Mourinho o Real Madrid. Quero dizer, tudo o que pensei ser um pesadelo passou agora a ser a minha realidade: imobilizado, sem acesso ao andar de cima (e proximamente com um acesso muito condicionado), passarei a ter disponíveis apenas os quatro canais generalistas. Ir-me-ei entregar por completo à droga dos livros ou finalmente não terei argumentos para deixar de ver as telenovelas portuguesas, de que a TVI faz gala de apresentar como se fossem as grandes maravilhas do mundo? Certo é que tenho andado com muito pouca atenção no que respeita a ver certos e determinados programas que me resolveriam um dos meus problemas filosóficos do momento: para onde corre a televisão em Portugal? A televisão vai não sei muito bem para onde, mas Usain Bolt corre outra vez para limpar os cem e duzentos metros em qualquer lado onde exista uma pista de atletismo. Tenho seguido a chamada Liga de Diamante e digo-vos que não há na velocidade ninguém como o jamaicano. Quero dizer, haver há, mas não corre fala, chama-se Luís Lopes e é um dos grandes especialistas em atletismo que temos em Portugal. O problema (para mim, não conheço mais ninguém a quem isso faça espécie. Quero dizer, conheço mas não me apetece estar agora a chibar) é que ele, Luís Lopes, quer fazer concorrência desleal aos atletas, falando mais depressa do que eles correm. E desleal porquê? Por que Luís Lopes fala sentado (acha cá o jovem) e cá o menino pode ser um grande burro mas já percebeu que um gajo sentado se cansa manifestamente menos que um a correr. E depois não é só o falar a correr. É falar sempre no mesmo tom, nem uma oitava acima nem uma oitava abaixo. Resultado: após Luís Lopes começar a falar não mais se cala e passados três minutos (ou menos) já ninguém percebe do que fala e sobre o que fala. Fazem tantas formações de merda, que podiam oferecer uma a Luís Lopes. Ó homem, faça pausas. Respire. Marque com clareza o que está a dizer. Não fale tão depressa. Ninguém vai ouvir um décimo do que diz. Aos dois minutos desligam. Ninguém o vai ouvir com esse tom monocórdico. Sabe muito? Sabe mas não chega. Saiba menos e explique-se melhor. Claro que se tudo no mundo fosse tão fácil assim, já há muito que as amêijoas vinham sem casca.


JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre prett endemos sensibilizar os nossos leit ores para a luta contra o plástico leitores (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.

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Monchique acolhe encontro regional de educação ambiental O auditório da agência do Crédito Agrícola de Monchique vai ser palco, entre os dias 30 junho e 1 de julho, da oitava edição do Encontro Regional de Educação Ambiental do Algarve (EREAA). A temática deste ano centra-se nas “Serras e Montanhas – Relevos de História, Cultura e Aprendizagem”. O encontro é uma aposta da Almargem na continuidade de um projeto que envolve anualmente dezenas de professores, estudantes, técnicos de educação ambiental, técnicos de autarquias e de outras entidades regionais. O reconhecimento da importância desta iniciativa, organizada em parceria com a câmara de Monchique, é este ano reforçado com o apoio institucional da Direção Regional de Educação Ambiental do Algarve, Comissão Nacional da UNESCO e da Direção Regional de Florestas do Algarve. O primeiro dia deste evento será inteiramente destinado à divulgação de trabalhos e projetos inovadores de referência, a nível nacional, de cariz científico e na área da educação ambiental e educação para o desenvolvimento sustentável. O segundo dia de trabalhos servirá como uma plataforma de divulgação das mais-valias da região, através de uma tríade de itinerários ambientais que abordarão a geologia, as tradições e os recursos hídricos. Lançado em 2003, o EREAA ao longo das últimas sete edições tem percorrido vários concelhos de região algarvia: Albufeira (2003), Faro (2004), São Brás de Alportel (2005), Loulé (2006), Lagoa (2007), Tavira (2009) e Vila Real de Santo António (2010).

NERA cria projeto para ajudar dinâmica e competitividade das PME algarvias A Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA) vai desenvolver o projeto MOVE PME em parceria com a Associação Industrial Portuguesa (AIP). O objetivo passa por conduzir e apoiar as pequenas e médias empresas a atingirem desempenhos mais competitivos com o recurso a metodologias ativas e diversificadas. “Através desta iniciativa pretende-se a promoção de intervenções concertadas e integradas que atuem,

simultaneamente, sobre a melhoria dos processos de gestão das empresas e sobre o reforço das qualificações dos seus empresários, quadros e restantes trabalhadores”, explica a associação. O programa vai trabalhar as áreas da gestão estratégica operacional, a inovação, a internacionalização, a qualidade, ambiente, segurança e saúde no trabalho, a segurança alimentar, a energia e a ecoeficiência. As inscrições estão abertas a empresas que te-

nham entre 10 a 100 trabalhadores e possuam situação regularizada tanto nos serviços das Finanças como da Segurança Social. A organização sublinha que a participação neste projeto não tem quaisquer custos para as empresas participantes. O projeto vai ser financiado pelo Fundo Social Europeu e enquadra-se no Programa de Formação Ação para PME do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH).

ESPAÇOS DIFERENCIADOS E PRIVILEGIADOS É NOVA APOSTA DO GRUPO

Tivoli abre esplanada suspensa com vista para a marina O Tivoli Marina Vilamoura inaugurou oficialmente o seu mais recente espaço, o Side Bar, uma esplanada com vista privilegiada sobre a Marina de Vilamoura, que vai funcionar durante todo o ano. Os responsáveis pretendem dinamizar este novo espaço, não só durante o verão, com as festas Sunset, como através da realização de outros eventos. “O intuito foi abrir o hotel para o exterior e atrair os clientes que circulam na Marina para o hotel sem aquela inibição que sempre existia de ter de entrar no hotel para desfrutar dos espaços”, explicou o diretor-geral do Tivoli Marina Vilamoura, Jorge Beldade. O espaço tem uma área total de 500 m2 e o acesso à marina pode ser feito por escadas ou pelo elevador panorâmico que favorece o acesso a pessoas com mobilidade condicionada.

Desde a Páscoa que o espaço estava em aberto ao público para afinar pormenores e perceber as expectativas e afluência dos novos clientes. “Notou-se logo, assim que abrimos o espaço, que as pessoas começaram a entrar num número muito substancial, o que prova que aquilo que pretendíamos está a acontecer”, comentou Jorge Beldade, sublinhando que esta esplanada não se cinge a um bar. “Temos duas áreas diferentes”, adiantou, lembrando que existe uma área exterior, que é utilizada pelo restaurante, uma área intermédia, mais calma, e a área de bar. Questionado sobre as novidades que estão preparadas para este verão no Tivoli Marina Vilamoura, Jorge Beldade disse que foram feitas algumas alterações no Puro Beach local para onde estão programadas grandes festas que terão a animação a cargo de alguns dos mais famosos disco-jóqueis.

A abertura oficial foi marcada para o final do dia, permitindo assim que os convidados pudessem desfrutar do pôr do sol a partir de um local privilegiado e provar alguns dos coquetéis e aperitivos preparados a rigor pelos chefes do Pepper’s Steak-house. S.C.S.

"Portugal de Lés-a-Lés" termina em Lagoa Organizado pela Federação de Motociclismo de Portugal e contando com o apoio das câmaras municipais de Lagoa, Mogadouro, Sabugal, Castelo de Vide e Vidigueira, vai realizar-se, entre os dias 23 e 25, a 13.ª edição do passeio “Portugal de Lés-a-Lés”, entre Mogadouro e Lagoa, num percurso de cerca de mil quilómetros, considerado como um regresso às origens. O Moto Clube de Lagoa é um dos nove clubes participantes. O percurso dos motociclistas, de norte a sul de Portugal, passa por zonas de enorme riqueza natural, histórica e paisagística e por localidades de enorme

beleza, como é caso das praias de Ferragudo e Carvoeiro, que fazem parte do itinerário. Os participantes – que, na edição do ano passado, superaram os 1.200 – terão a oportunidade de atravessar aldeias históricas, quase desertas e quase esquecidas no tempo e desfrutar das mais belas estradas de montanha (algumas delas não pavimentadas), contactar com as calorosas populações e saborear um Portugal tão rico e tão vasto ao longo de toda a atividade. O passeio termina no sábado, em Lagoa, na praça do auditório municipal.

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