Edição nº2831 | 30 junho 2011

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

Quinta-feira

AUTARQUIA E POPULAÇÃO CRITICAM IMPACTOS DE DUAS POTENCIAIS EXPLORAÇÕES MINEIRAS

Monchique teme "cicatrizes" no coração da serra

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DE I

MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

30 de junho de 2011 I ANO LV - N.º 2831

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DO

ALGAR VE ALGARVE www.jornaldoalgarve.pt

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ALGARVE ENERGY PARK ESCOLHE REGIÃO PARA INSTALAR PRIMEIRA PLATAFORMA DE DEMONSTRAÇÃO EM PORTUGAL

Revolução solar arranca no Algarve Marc Rechter, mentor do projeto, acredita que o Algarve tem condições para aproveitar o crescimento da "revolução" das energias renováveis. A primeira plataforma solar começa a ser construída em setembro, no concelho de Alcoutim. Em Monchique está projetada uma fase futura do projeto MAGAZINE

LÍDER SOCIAL-DEMOCRATA ALGARVIO, LUÍS GOMES, EM ENTREVISTA AO JA

"O PSD Algarve não perderá análise crítica sobre a região" P9

Autarquia e entidades privadas apostam na promoção turística do concelho

Polémica sobe de tom em Faro

Campina de Faro vai a discussão na Assembleia Municipal

Lagos combate verões cada vez mais curtos P 11

RADIS Dr. Jorge Pereira

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Unidade de cuidados continuados avança em Aljezur

Praia da Luz (Lagos) e Manta Rota (VRSA) consideradas exemplos a seguir

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Praias acessíveis são caso de sucesso no Algarve

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JORNAL do ALGARVE

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SMS Carlos Albino

carlos-albino@sapo.pt

Lá em cima e cá em baixo Lá em cima. Comecemos lá por cima. Não é que o Algarve tenha que ter alguém no governo, como se isso fosse direito próprio ou direito a uma quota, mas não ter continuadamente ninguém em qualquer governo é mau sinal, pior indício e confrangedora constatação. É um sinal mau da aceitação, credibilidade e capacidade da nossa estimada classe política – é como se não tivéssemos ninguém, portanto, ou como se a gente que temos ande só na praia. O indício é pior porque esse não-Algarve na área do poder central vem de longe, não é um ato premeditado deste XIX Governo – foi no XVIII, foi no XVII e a presença de José Apolináro na secretaria das Pescas foi o último fogacho, o último dos sinais de consolo para esta ou “aquela” gente lá do sul que, politicamente, já não é apenas sul, é sul do sul, lá dos confins, pelo que não contam. E a constatação é confrangedora porque é prova das duas uma: ou a prova de que o Algarve não tem quadros competentes e capazes de entrar num governo, já não se diz para um Ministério que imponha respeito ao FMI, à UE e aos mercados, mas ao menos para uma secretariazinha de Estado, para algum desses nichos que tratem dessas reles coisas como, por exemplo, o Turismo; ou então, caso tenhamos quadros – possivelmente temos… - o seu aproveitamento poria o País a desconfiar de algum algarvio ousado ou simplesmente aceite na fechada comunidade ou elite do poder central, onde o peso de algumas regiões é evidente (neste e em anteriores governos, deixemo-nos de histórias), não disfarçando a existência de lobbies que atuam independentemente das organizações partidárias, dos resultados eleitorais e dos encantadores discursos da moda sobre a aproximação da política aos cidadãos.

Cá em baix o. Pois cá em baixo, depois de se ter enchido o balão do municipalismo de que muita baixo. gente se serviu para esvaziar qualquer veleidade de organização administrativa regional séria, completa e participativa como uma democracia participativa, completa e séria já deveria ter posto à disposição dos administrados, agora pretende-se picar o balão com agulhas. É claro que o municipalismo exacerbado inviabilizou na prática o balão que valeria a pena ter-se elevado – no Algarve, por exemplo, a Região Piloto, sem se tocar no mapa autárquico, mas tocando-se apenas nas competências que seriam transferidas para a Terra Comum ou para o Bem Comum do Algarve, como queiram. Mas não! Em nome não do bem comum mas do chamado interesse geral, encheram-se os 16 balõezinhos, cada um o melhor que os do fôlego podiam dentro das suas fronteiras, uns mais do que outros, aliás, uns tantos muito e uns poucos nada. E agora? Agora, por invocada pressão exterior, melhor dizendo, por manifestas condições impostas do exterior, depois do mal pretende-se fazer a caramunha, lançando populações contra populações, uns municípios comendo outros ou partes de outros para obviar às respetivas insolvências, insolvências esperadas porque o municipalismo fundamentalista e exacerbado haveria, algum dia, de redundar em insolvências. Haja bom senso. O caminho pode ser emendado. Flagrante Parabéns: A propósito dos 25 anos da sua ordenação, parabéns ao padre César Chantre que estima o conhecimento, acolhe a cultura, dialoga com os sinais do mundo, não rasga livros mas encaderna-os na crítica afável e fez das igrejas de três aldeias verdadeiras catedrais que crentes e descrentes espreitam em fraternidade espontânea.

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AUTARQUIA E POPULAÇÃO CRITICAM IMPACTOS DE DUAS POTENCIAIS EXPLORAÇÕES MINEIRAS

Monchique teme "cicatrizes" no coração da serra Os impactos negativos de duas novas pedreiras a céu aberto poderiam desfigurar irremediavelmente a serra de Monchique, trazendo mais prejuízos do que benefícios para o município. Esta é a opinião do presidente da câmara e da maioria da população, que se reuniram com especialistas para debater a potencial exploração de minerais no concelho > NUNO COUTO Com cartazes onde se lia “As pedreiras afinal trazem lixo e pobreza!” e “Feldspatos = serra estragada = desemprego”, cerca de 120 pessoas encheram o auditório da Caixa Agrícola de Monchique, na passada quinta-feira, para assistirem à sessão pública de esclarecimento sobre a exploração de feldspatos no concelho. A iniciativa, promovida pela assembleia municipal, contou com vários especialistas que avaliaram as consequentes vantagens e desvantagens económicas, sociais e ambientais da potencial exploração daquele minério, com os ânimos a exaltarem-se de vez em quando, principalmente entre a comunidade estrangeira que reside em Monchique, que se opõe veementemente à instalação de duas pedreiras a céu aberto. Por enquanto, o JA sabe que existem apenas pedidos de prospecção de duas empresas (Sifucel e Felmica), mas a autarquia e a população querem analisar desde já quais os impactos negativos e positivos destes dois projetos, que poderão ocupar uma área total de 260 hectares, entre as fre-

guesias de Monchique e Alferce. Os habitantes recordam que “já há duas pedreiras no município, que deixaram as suas marcas na serra”, como tal, recusam aceitar mais “feridas na paisagem” que nunca mais poderão ser saradas ou remendadas.

“Quem vive na serra tem direito a dar opinião” O próprio presidente da câmara de Monchique, Rui André, manifesta-se “muito apreensivo” com esta situação. “Estas explorações mineiras colocam em causa a sustentabilidade que a autarquia defende para o desenvolvimento do concelho”, adiantou o autarca, frisando, por outro lado, “que temos de avaliar muito bem os prós e os contras” para tomar “uma decisão fundamentada”. “Para já, é importante que o município seja informado de todo o processo para não ser apanhado de surpresa. Apesar de ser considerado um assunto do domínio público, porque os minérios estão debaixo da superfície, quem vive na serra tem o direito de dar a sua opinião e intervir no processo”, referiu Rui André. O autarca adianta que,

numa primeira abordagem, “a maioria da população está contra a exploração mineira”, mas frisa que “também existem pessoas que pensam que poderá criar mais empregos” numa serra cada vez mais despovoada. E qual a opinião de Rui André? “Não me parece que seja uma fonte de riqueza para a região, porque exige mão-de-obra especializada que não temos no concelho. Ou seja, à primeira vista, parece que os benefícios serão bastante inferiores aos prejuízos, nomeadamente ambientais”, comentou o presidente da autarquia, salientando que “a decisão será tomada a nível central e não local”. “Mesmo assim, não vamos desprezar a situação e prometemos acompanhar de perto todo o processo”, garantiu.

Explorações podem afetar nascentes e captações de água Eduardo Duarte, geógrafo da câmara de Monchique, também alertou para os impactos ambientais que este tipo de explorações pode implicar para o concelho, desde “ruído, qualidade do ar, qualidade da paisagem, riscos naturais (cheias) e a qualidade

MOTO CLUBE DE FARO PROMOVEU

Sardinhada gigante no Jardim Manuel Bivar O Moto Clube de Faro pretende manter as tradições de Faro,de quando o feriado da cidade coincidia com o dia de S. João. Neste sentido, a direção do Moto Clube de Faro organizou uma Grande Sardinhada na véspera daquela data, à noite, como manda a tradição, afirmou o seu presidente, José Amaro. A Grande Sardinhada teve lugar em pleno Jardim Manuel Bivar, na baixa da cidade. Cerca

de 200 quilos de sardinha foram consumidos, assim como muitos pratos de caracóis e muitos litros cerveja e vinho. A Grande Sardinhada contou com a colaboração de fadistas locais (Zé Fadista e outros) e com muita música popular. José Amaro referiu ainda que os cobros alcançados vão colaborar nas obras da sede em fase de conclusão e que vão contar com uma pequena seção residencial para

motards de todo o mundo.

Marchas à Pontinha No sábado passado, à noite ,houve Marchas à Pontinha. No outro extremo oposto da baixa da cidade, desfilaram quatro marchas populares. Desta vez nenhuma foi de Faro, como mandava a tradição (nem do Bom João, nem do Alto Rodes), havendo que as trazer de S. Brás, Tavira, Salir e da Bordeira. V.G.

A maioria da população de Monchique considera que as novas explorações mineiras vão provocar mais prejuízos do que benefícios

dos recursos hídricos”. “Estas explorações estão parcial ou totalmente incluídas numa área de Reserva Ecológica Nacional (REN), que vai afetar mais de 40 captações de água, nascentes e fontes, além de cinco ribeiras”, denunciou. Por tudo isto, o geógrafo sustentou que “é necessário fazer uma análise rigorosa dos custos e dos benefícios destes projetos, para percebermos se os ganhos são superiores às consequências ambientais”. Já o subdiretor da Direção Geral de Energia e Geologia, Carlos Caxaria, disse na sessão de esclarecimento que “os impactos destas explorações mineiras ainda não podem ser identificados nesta fase e tudo

o que for dito é demagogia sem qualquer rigor técnico”. “Não se trata já de avançar com as pedreiras. Primeiro é preciso fazer diversos estudos e só depois serão realizadas sondagens e análises para perceber se há interesse económico na exploração. E a maioria desses estudos acaba sem dar em nada e as empresas desistem”, revelou.

Projeto compatível com área protegida? Carlos Caxaria provocou ainda algum burburinho na sala quando defendeu que as explorações mineiras não são nenhum “papão”. “Hoje em dia, já existem regras muito apertadas, fiscalização e estudos de impacte

ambiental que evitam danos maiores”, evidenciou o subdiretor da Direção Geral de Energia e Geologia, dando como exemplo a Serra de Aire: “Trata-se de uma zona que também é uma área protegida (Rede Natura 2000) e tem centenas de pedreiras. Ou seja, estamos a falar de projetos compatíveis com zonas ambientalmente mais sensíveis”, afirmou o responsável, perante alguns protestos do público. Carlos Caxaria realçou ainda que o feldspato - matéria que é utilizada no fabrico de vidro, cerâmica, tintas, louças de cozinha, porcelana, sabão e próteses dentárias, entre muitas outras aplicações possíveis - “pode ajudar a diminuir


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as importações nacionais”, ajudando o país neste período de crise. “Cada um de nós, cidadãos portugueses, consome entre 10 e 12 toneladas de brita por ano. Há, por isso, uma grande necessidade de matérias-primas para a construção e obras públicas e estas explorações diminuem a nossa dependência do exterior”, sublinhou. Depois de esgrimidos todos os argumentos, a sessão pública terminou com a população a reiterar as suas preocupações em relação à eventual exploração mineira, que, segundo os habitantes, poderá desfigurar para sempre o coração da serra de Monchique.

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FICÇÕES

[35.] Folhetim III

José Carlos Barros

O dia em que o mar desapareceu (continuação)

Duas empresas estão interessadas em pesquisar e explorar depósitos minerais na serra, entre as freguesias de Monchique e Alferce

MAD ALENA começou por pensar que sonhava ainda e MADALENA que apenas acordava dentro do sonho. Mas depressa compreendeu que estava mesmo acordada e que tudo à sua volta era real. A praia estava deserta, a torre de apartamentos sem ninguém nas varandas e nos terraços, uma obscuridade líquida a esconder a linha do horizonte e a deixar adivinhar algumas poças de água e anémonas mortas na plataforma de onde o mar se tinha ausentado. Caminhou durante algum tempo até se virar e já quase não ver a praia, caminhou durante mais algum tempo na direção do murmúrio irregular e contínuo do levante. Regressou depois à praia, ao estacionamento da praia, olhou as cadeiras e as mesas de plástico das esplanadas, entrou na torre de apartamentos, atravessou o átrio e confirmou que os elevadores não funcionavam, subiu pela escada de emergência, saiu no terraço do último piso, chegou-se ao gradeamento metálico virado ao sul. Não havia ninguém à face da terra. Nenhum movimento, nenhuma criança a correr nos relvados da piscina, nenhum estremecer das folhas das acácias da pérsia, nenhuma motorizada a trazer de longe um ruído que se sobrepusesse por algum momento ao murmúrio longínquo da ondulação pressentida, nenhuma voz que fizesse ecoar na manhã de setembro a alegria de ser ainda o verão. Pareceu-lhe então que a neblina levantava e olhou de novo numa desesperada tentativa de ver o mar. Mas viu apenas uma luz muito brilhante, um disco de fogo, uma nave incandescente suspensa do céu por fios invisíveis. LOURENÇO entrou em casa à procura dos pais e do irmão e viu apenas, como imagens de uma presença já longínqua, a alcofa das amêndoas, as cascas partidas em cima da mesa, o jarro com água, duas romãs. O rumor do levante adivinhava-se ainda, sobrepunha-se ao silêncio espesso que escorria das paredes e dos móveis, unia o espaço interior e o espaço exterior numa mesma camada viscosa, poisava no tanque, nas folhas persistentes da alfarrobeira, nos alcatruzes da nora. Deixou a fazenda, desceu a estrada do largo, pisou as ervas altas do lote de candeeiros, seguiu pelo passeio estreito das moradias em banda, atravessou um labirinto de gruas e chegou finalmente ao marco geodésico do medo dunar. A névoa espessa erguia-se no céu e Lourenço descobriu que um disco incandescente pairava a uma altura indefinida sobre o antigo leito das águas. (continua na próxima semana)

Nota: nesta história, aqui trazida em pequenos episódios, dois homens e duas mulheres descobrem que o mar desaparece e que uma nave incandescente surge sobre o antigo leito das águas. A partir daí, ao longo de um verão, «O Dia em que o Mar Desapareceu» aborda os temas da transformação dos lugares e da perda de memória. Entretanto, um grupo de extraterrestres parece ter uma missão impossível: descobrir por que razão os humanos desejam tanto a destruição da Paisagem.


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Criada comissão instaladora da Associação Empresarial do Baixo Guadiana

ANJE ACOLHE APRESENTAÇÃO DAS ÚLTIMAS TRÊS OBRAS DO ESPECIALISTA

Cansados de se sentirem afastados dos centros de decisão e das estratégias de dinamização económica, os empresários do Baixo Guadiana querem contrariar a tendência e criar uma rede e estratégias próprias que promovam o desenvolvimento económico nos seus concelhos. > SOFIA CAVACO SILVA A Associação de Desenvolvimento do Baixo Guadiana (ODIANA) realizou umas jornadas empresariais na passada semana, em Alcoutim. Os empresários participantes tiveram oportunidade de conhecer alguns dos incentivos oficiais disponíveis para a criação e apoio às empresas através de representantes da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e do Centro de Desenvolvimento Empresarial do Algarve. “A cultura e a gestão empresarial em cenários de crise” foi um dos temas que foi igualmente debatido nestas jornadas e que contou com intervenções da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) e do Centro Regional para a Inovação do Algarve (CRIA). Este encontro de empresários tinha como grande objetivo a criação de uma plataforma de debate sobre a criação de uma associação empresarial do Baixo Guadiana, ou seja, com empresários de Alcoutim, Castro Marim, Vila

Real de Santo António e Mértola. Objetivo que justificou o painel de debate sobre o associativismo empresarial onde os participantes tiveram oportunidade de ouvir o presidente da Associação Empresarial do Algarve (NERA), VÍtor Neto, entre outros oradores convidados. A participação ficou aguçada durante este último painel quando se discutiram os prós e contras da criação de uma Associação Empresarial do Baixo Guadiana. Entre os testemunhos de vários oradores convidados surgiram factos como por exemplo a existência de 738 associações empresariais em Portugal e a existência de um vasto leque de associações no Algarve, algumas em fase pujante e outras em fase de estagnação. O vice-presidente do Turismo do Algarve, Almeida Pires, mostrou-se apreensivo porque considera que atualmente a região tem de ganhar dimensão para se fazer ouvir nos centros de decisão nacionais. Não obstante, disse perceber os motivos que inquietam os empresários daquela zona. Vítor Neto, por seu turno,

garantiu que os empresários ou a futura associação podem contar com o apoio do NERA e disse não ter receio que sejam criadas mais associações salientando que é preciso que saibam trabalhar nos problemas mútuos. O presidente do NERA sugeriu ainda que a associação seja intersetorial. Os empresários mostraram-se convictos de que a criação de uma associação é a melhor forma de puderem trabalhar de forma concertada e promoverem a zona do Baixo Guadiana. Alguns dos participantes chegaram mesmo a defender que a associação deve ter como base uma “estratégia de eficiência coletiva”, uma rede que permita rumar contra a maré que teima em não estar de feição para os concelhos periféricos e de baixa densidade. Os empresários destas zonas admitem sentir-se numa missão épica e dizem não conseguir fazer ouvir a sua voz nas estruturas existentes atualmente a nível regional e nacional. Para outros, trata-se ainda de criar a marca “Baixo Guadiana” e afirmá-la como

marca de qualidade e referência em diferentes áreas empresariais, ou seja, desde os produtos turísticos aos produtos alimentares e artesanais, entre outros. Depois de ouvirem a experiência e os resultados que a Associação Casas Brancas está a ter na zona extrema do Barlavento algarvio e Costa Vicentina, muito questionaram: “Porque é que o Guadiana não pode estar também na moda?”. No final das jornadas foi constituída uma Comissão de Instalação da Associação Empresarial do Baixo Guadiana que reuniu novamente na passada sexta-feira com outros empresários que não estiveram nas jornadas. Nesta última reunião foram ainda feitos os primeiros rascunhos dos estatutos da futura associação. Com estas jornadas, a Odiana quis dar o mote para que os empresários se unam e prosperem mas agora que a comissão foi criada a associação vai afastar-se dos trabalhos e deixar que o projeto se desenvolva de forma independente.

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

"LICENÇA ADMINISTRATIVA PARA ALTERAÇÃO AO LOTEAMENTO SITO EM SÃO SEBASTIÃO - PORTIMÃO, COM O ALVARÁ N.º 3/2005, EM NOME ARLINDO ALVES MARTINS" De acordo com o despacho de 21 de Maio de 2011, do Sr. Vereador José Francisco Sobral Luís, decorrerá um período de discussão pública, pelo prazo de 15 dias ( após 8 dias, da data de publicação do presente aviso ), durante o qual poderão os interessados apresentar por escrito, quaisquer reclamações, sugestões ou informações, dirigidas ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Portimão, relativamente às questões que possam ser consideradas no âmbito da respectiva operação de loteamento, conforme determina o art.º 22.º, o art.º 27.º, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a nova redacção dada pelo Decreto - Lei n.º 26/10, de 30 de Março, e de acordo com o disposto no n.º 3 do artigo 77.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a nova redacção dada pelo Decreto – Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro. A alteração à Operação de Loteamento pode ser consultada na secretaria da Repartição Administrativa do Departamento Técnico de Planeamento e Urbanismo, Urbanização Quinta das Parreiras, Lotes 29, 30 e 31 – Portimão, de 2.ª feira a 6.ª feira das 9.00h às 12.30h e das 14:00h às 17:30h.

(Jornal do Algarve, 30/6/2011)

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Portimão, 6 de Maio de 2011.

O autor dos livros “Como sair da Crise «C»”, “Lucrar na Crise” e “Transportes”, Jack Soifer vai estar na sede do núcleo de Faro da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), no próximo dia 7 de julho. O encontro é promovido conjuntamente pela ANJE, AHETA e NERA e está marcado para as 19h00. Jack Soifer tem vindo a ganhar reconhecimento mundial enquanto especialista com um olhar crítico e perspicaz sobre diversos temas. No seu currículo constam consultadorias em 297 empresas e instituições de todo o mundo, inclusive do Banco Mundial e a publicação de mais de 39 livros. De acordo com as informações divulgadas, nas obras que vão ser apresentadas no Algarve, o autor vai falar sobre as suas propostas detalhadas para investir pouco mas melhor na área dos transportes, como modernizar a infraestrutura existente, flexibilizar equipamentos e comercialização para atingir mais nichos de mercado e lucrar. “Transportes” conta com prefácio de Mira Amaral e Fernando Pinto e comentários de Mafalda Avelar e António Saraiva. “Lucrar na Crise” é da autoria de Soifer e de Filipe C. Soeiro e apresenta uma lista de nichos em que, com pouco capital, mas com muito esforço e competência ainda se pode empreender e lucrar. No livro “Como sair da crise «C»”, Soifer apresenta uma lista de nichos que as pequenas e médias empresas podem analisar como potenciais meios de fortalecer a atividade exportadora. Esta obra apresenta ainda detalhes dos mercados, capital necessário, inovações e melhorias burocráticas para obter 178 mil empregos.

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MUNICÍPIO DE PORTIMÃO

AVISO

Jack Soifer ensina empresários algarvios a ultrapassar a crise


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Auto-caravanismo expande-se no Algarve > VIEGAS GOMES O auto-caravanismo parece ter chegado definitivamente ao Algarve como modalidade de fazer turismo na região. O auto-caravanismo encontrou no Algarve uma região com atributos próprios para a modalidade, faltava era locais especialmente adequados para o efeito. Há semanas demos notícia da entrada em acção de uma Estação de Apoio ao Auto-Caravanismo em Estoi, iniciativa da junta de freguesia local. Desta feita é a Câmara Municipal de Alcoutim que pretende usufruir desta modalidade de fazer turismo. Com efeito a autarquia acaba de lançar um concurso público para a construção de um parque de auto-caravanismo na freguesia do Pereiro, entre Alcoutim e Martinlongo. O parque irá nascer junto à barragem do Pereiro. Será dotado de uma estação de serviço e a obra deverá estar concluída no final deste ano. O investimento será PUB.

VOZ DO POVO

Qual a sua opinião sobre o associativismo algarvio? João Ortigão, empresário O associativismo no Algarve ainda mantém as raízes do antigamente, embora a juventude se afaste cada vez mais das coletividades e das associações. Os mais novos preferem as discotecas e os bares. Mesmo assim, nas zonas periféricas é possível encontrar associações com grande influência junto da população. Já nas cidades, o movimento associativo está estagnado e tende a desaparecer.

de 194 mil euros. Trata-se de uma forma de atrair o turismo sénior ao concelho e beneficiar desta mais valia. O autocaravanismo é uma modalidade de fazer turismo de forma muito prática. A autocaravana funciona como um pequeno apartamento que se pode levar para onde se queira e haja apoio. Por toda a Europa tem vindo a ser criada regulamentação de apoio a esta modalidade. Em Portugal o Clube Português de Autocaravanismo tem vindo a diligenciar encontros com as instituições públicas, nomeadamente autarquias, para a sua divulgação, de forma a enquadrar

esta actividade como modalidade de turismo que urge desenvolver com as suas especificidades próprias. Entre estas estão o caminho a dar aos seus desperdícios, lixo, águas sabotenadas, químicos das casas de banho, despejo de sanitas. Pretende-se que as autocaravanas não pernoitem na via pública. O Algarve conta actualmente com 9 parques de auto-caravanismo, distribuídos por Lagos (3), Quarteira, Alvor, Armação de Pêra, Monchique, Cabanas e Ferragudo. A Orbitur mostrou intenção de construir mais 2 parques, juntando aos 4 que já mantém na região.

Lucindo Frangolho, técnico de projeção As associações sofrem de um mal que, por estes dias, é geral. Os apoios escasseiam e, desta forma, é muito difícil continuarem a promover eventos e atividades para a população. As entidades que deviam dar o seu apoio também atravessam dificuldades e isso poderá colocar em causa o futuro do associativismo na região.

José Custódio, trabalhador na área da hotelaria "Na zona de Almancil está fraco. Há um centro para idosos e para os jovens não há nada. Já a nível regional penso que as pessoas andam um bocado afastadas, fechadas em si. Não há o espírito de cooperação que devia haver".


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PROMOÇÃO DE CONSCIÊNCIA PARA AUTONOMIA ALIMENTAR E BIODIVERSIDADE NA BASE DO PROJETO

Hortas comunitárias algarvias com consultório "online" Iniciativa aHorta é o mais recente projeto que a In Loco está a organizar com seis autarquias algarvias e que irá traduzir-se na criação de algumas hortas comunitárias e de um grupo que troca conhecimentos e experiências em sistema de rede social "online" > SOFIA CAVACO SILVA “aHorta – à mão de semear” é o nome da mais recente iniciativa que a associação In Loco está a promover na região. "O nome e a imagem da iniciativa procuram ilustrar a necessidade da criação de artérias verdes nas áreas urbanas, associadas à produção de alimentos, enquanto espaços vitais para o equilíbrio e a qualidade de vida nas cidades”, referem os responsáveis, que reportam para a analogia com a artéria aorta, vital para o organismo humano. Hoje termina o período de inscrições para a Horta Comunitária Nascimento que vai nascer no concelho

de São Brás de Alportel dentro em breve. De acordo com Artur Gregório da In Loco, já estão em marcha outros projetos de hortas comunitárias em Faro, Albufeira, Loulé, Silves e Tavira. Em alguns casos, a In Loco e as autarquias estão à procura dos terrenos indicados e posteriormente serão criados os projetos e os respetivos modelos de gestão e regulamentos de utilização destes espaços comunitários. “Com estes bons exemplos será muito mais fácil que outras autarquias adiram”, explicou ao JA, Artur Gregório, lembrando que, além da participação das autarquias, o projeto conta ainda com o apoio da ALGAR, da FAGAR e da Glocal Faro.

Objetivos da iniciativa aHorta: Fomentar práticas de consumo mais sustentáveis; Contribuir para uma maior autonomia alimentar das famílias; Ampliar a biodiversidade nas cidades; Potenciar espaços de convivência familiar e comunitária; Desenvolver uma consciência ambiental mais apurada. Ações previstas: Criação de hortas comunitárias, hortas nos quintais e hortas nas varandas; Animação de circuitos de distribuição de proximidade; Realização de ações de formação sobre agricultura biológica, compostagem caseira e temas afins; PUB.

“A iniciativa surgiu da constatação que cada vez há mais pessoas interessadas em desenvolver por sua conta e risco atividade ligadas à agricultura e que grande parte delas vivem em zonas urbanas ou periurbanas”, explicou Artur Gregório. A consolidar esta ideia está também o sucesso do projeto PROVE, que tem vindo a demonstrar “como as pessoas estão mais atentas, mais dispostas e querem ter um papel mais ativos tanto enquanto consumidores como também enquanto produtores”.

aHorta na internet A In Loco já está a preparar “caminho” para tornar o projeto dinâmico e cada vez mais independente. Para tal foi criado um sítio que vai funcionar como uma espécie de rede social ou espaço de troca de experiências e conhecimentos entre as pessoas que adiram ao projeto. O sítio pode ser visitado em http:// ahorta.nong.com. “Achámos que também fazia falta um espaço que servisse de auto-or-

ganização a todos os interessados e que servisse também para eles partilharem conhecimentos. Por isso criámos este sítio, onde podem ser criados subgrupos de hortas comunitárias”, explicou Artur Gregório. Acima de tudo, este passa a ser um espaço disponível online que promove a interação de pessoas com interesses comuns e que visa também a promoção em rede da consciência para a autonomia alimentar e para a promoção da biodiversidade nas ci-

dades e espaços de convivência comunitária. O sítio está disponível para a população em geral, necessitando o utilizador de fazer um registo para aceder a todos os espaços existentes. Neste consultório online os interessados podem ficar a conhecer quais as próximas ações de formação e informar-se sobre qual a melhor forma para começar a aproveitar o espaço que têm para produzir alguns produtos alimentares.

PROJETO DEVERÁ TER INFLUÊNCIA NA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DA ENTIDADE REGIONAL

Turismo do Algarve com projeto de proximidade concelhia Perceber os objetivos de desenvolvimento de cada concelho e aquilo que cada um tem de diferente para tornar o Algarve turisticamente mais interessante é o objetivo das reuniões concelhias que Almeida Pires, do Turismo do Algarve, quer promover > SOFIA CAVACO SILVA “O Algarve tem de uma vez por todas começar a trabalhar em conjunto”, defende o vice-presidente do Turismo do Algarve, Almeida Pires que está a preparar um projeto que consiste na visita de técnicos daquela casa a todos os concelhos. O objetivo é perceber quais as oportunidades e problemas que existem caso a caso e criar estratégias que possa ajudar o turismo algarvio de lés a lés a trabalhar e promover-se de forma articulada. Caso a proposta seja aprovada pela direção do Turismo do Algarve, as reuniões deverão realizar-se quinzenalmente, sempre num concelho diferente. Almeida Pires acabou por revelar o projeto que está a preparar perante um conjunto de empresários de Alcoutim, que se preparam para criar uma associação tendo em vista a aritculação de diversos setores do sotavento algarvio e a promoção daquela zona. Os empresários mostraram-se descontentes com a estratégia adotada pelo Turismo do Algarve e pela Associação de Turismo do Algarve e acusam estas entidades de promoverem sempre mais do mesmo e apostarem mais no centro da região e no litoral. “Nós, do ponto de vista

regional, mais do que a visão que Lisboa tem do Algarve e mais do que a visão que Faro, capital de distrito, e o Turismo do Algarve têm da região, temos de descer ao território e conseguir chegar a diferentes locais e perceber as diferentes estratégias de desenvolvimento”, explicou Almeida Pires ao JA. “Numa região que precisa de emprego e de ter novas oportunidades de desenvolvimento, é preciso perceber o que é que o território tem para oferecer”, acrescentou, defendendo que o “turismo não é praia, não é o hotel, é o território e os seus recursos”. Se o projeto for para a frente, as informações trocadas durante estas reuniões deverão ter consequências na definição de estratégias turísticas e na elaboração do orçamento da Entidade Regional de Turismo do Algarve.


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LÍDER SOCIAL-DEMOCRATA ALGARVIO, LUÍS GOMES, EM ENTREVISTA AO JA

"O PSD Algarve não perderá a sua análise crítica sobre a região" "A festa do Pontal pode ser um palco para a apresentação política e pública ao país das reformas e medidas" que o Governo está a preparar, afirmou o líder social-democrata algarvio, Luís Gomes ao Jornal do Algarve. Durante a entrevista garante que o PSD Algarve não se vai encostar aos resultados eleitorais, vai manter uma perspetiva crítica e construtiva em prol da região e vai continuar a apostar na proximidade dos eleitores e dos setores empresariais > SOFIA CAVACO SILVA Jornal do Algarve - Agora que passou a fase das eleições e o Governo tomou posse, quais vão ser os próximos passos do PSD Algarve? Luís Gomes – O PSD Algarve teve uma vitória muito importante nas últimas legislativas. Passados 20 anos, o PSD conseguiu ganhar em todas as frentes na região do Algarve. Ganhámos em todos os concelhos e na esmagadora maioria das freguesias e assembleias de voto. Isto não nos pode deixar reconfortados nem descansar à sombra desta vitória. Pelo contrário, deve-nos dar humildade, capacidade e sentido de responsabilidade perante as pessoas. Os algarvios mostraram de uma forma inequívoca a sua confiança para a governação do PSD e portanto o Governo eleito – formado pelo PSD e pelo CDS-PP – tem, no caso da região do Algarve, de fazer aquilo a que se comprometeu. O papel de uma Comissão Política Distrital de um dos partidos que está em governação é manter o processo de contacto com a sociedade civil e com os setores empresariais e garantir que aquilo que são as carências e os anseios desta população têm as devidas repercussões por parte do Governo. Este é um objetivo claro: o PSD não se deve encostar a uma vitória eleitoral que já passou e agora vem o mais difícil que é governar. O partido tem agora também um papel de sentido crítico e de ajuda para que se consiga aquilo que é fundamental e o Algarve tem muito para fazer. J.A. – Como por exemplo? L.G. – Acho que o Algarve pode ser das regiões mais beneficiadas do emagrecimento da estrutura do Estado que tanto se prometeu fazer na atual legislatura. O Algarve precisa que o Estado funcione. Temos a noção de que existe carência de alguns investimentos públicos mas também temos a noção das dificuldades financeiras que o país está a atravessar. Não prometemos investimentos públicos, mas temos a certeza de que existe um investimento público que é primordial que é o Hospital Central do Algarve. É um equipamento fundamental para a qualidade de vida dos algarvios e

para a credibilidade da região enquanto zona turística competitiva no quadro mundial. De resto, é preciso pormos o Estado mais eficaz e a região tem muito a ganhar com isso porque significa que as autarquias têm atempadamente respostas às suas questões, significa acima de tudo que os investidores não tenham de passar as “passinhas do Algarve” cada vez que querem investir na região. Se forem dados sinais claros e se forem medidas corretas que permitam o tal emagrecimento da máquina do Estado que não significa liberalizar mas sim dar mais eficácia e eficiências às decisões políticas... aí conseguimos dar um grande contributo para o crescimento económico do Algarve e para a criação de mais postos de trabalho.

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O Algarve precisa que o Estado funcione

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J.A. – Estamos ainda no rescaldo eleitoral, faz sentido falar na Festa do Pontal como rentrée política? L.G. – Este verão a particularidade de o primeiro-ministro já ter dito que não vai haver férias parlamentares. Mas há uma questão de fundo: há uma reentrée porque o fim do verão marca sempre o início de um novo calendário político e vamos ter na agenda do dia uma nova solução orçamental e um conjunto de medidas e reformas importantes que vão ter de ser feitas pelo país – e que aliás o país está a obrigado a cumprir através da assinatura do memorando da troika. Aguardamos essas novidades e penso que o Pontal pode ganhar esse aspeto mais atrativo que é o de poder efetivamente ser o palco do anúncio das principais medidas após os dois meses que se vão dar aos ministérios para apresentarem um conjunto de reformas. J.A. – Qual é a sua opinião relativamente à extinção dos governos civis? L.G. – Como é público, não vai haver nomeação de novos governadores civis estamos a caminhar para a

extinção dos governos civis. Ainda temos um governador civil em funções no Algarve e vamos esperar a apresentação do projeto de extinção dos governos civis que explicará para onde vão as competências do governos civis. Mas há uma nota positiva porque houve muitos governos que prometeram extinguir os governos civis e o atual primeiro-ministro no dia em que tomou posse cumpriu o que prometeu ao não nomear novos governadores. J.A. – Há quem diga que este é um passo a favor da regionalização... L.G. – Vamos agora ver o que o Governo tem a dizer sobre essa matéria mas o programa do PSD tinha um conjunto de medidas de descentralização e era bastante claro quanto à necessidade de se criar uma região-piloto. Quando se fala numa ou várias regiões-piloto parece-me claro que o Algarve será incluído porque é a região cuja definição geográfica e caráter já estão completamente definidos. É bastante útil avançar com este processo, não obstante da regionalização envolver toda a dinâmica do país. Tem todas as condições físicas, geográficas, históricas e sociológicas para poder avançar com o projeto-piloto e o Algarve precisa de descentralização e tem uma população que está interessada e que quer a regionalização. Acima de tudo o Algarve precisa ter capacidade de decisão porque é uma região turística que vive do investimento exterior, é o rosto turístico do país a nível internacional e carece naturalmente de capacidade de decisão que pode ser completamente diferente com a regionalização. J.A. – Qual é a sua opinião quanto à revisão da lei dos mandatos autárquicos? L.G. – Pessoalmente, acho que é bom haver renovação. As pessoas não devem ficar nos mesmos cargos políticos 16 e 20 anos como temos vários exemplos em todo o país. Penso que esta lei é criticável porque não foi extensível a todos os cargos políticos e aplicou-se apenas aos presidentes de câmaras municipais. Sou a favor da renovação tanto pelo voto como pela consciência de quem de-

sempenha funções políticas. Agora, acho que deve haver limites e renovação, mas é criticável porque é que esta limitação não se aplicou a deputados, para o Governo e outros cargos políticos. Faria mais sentido em prol da coerência e transparência.

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O hospital central é fundamental

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J.A. – Já tem dito que a política também se faz com esperança e realidade. Quais as esperanças que o Algarve deve acalentar e quais os factos reais que não pode omitir? L.G. – O realismo tem a ver com o facto de termos de deixar a ladainha de sempre e dizermos que em termos de investimento público o hospital central é o mais importante neste momento e que tem de ser garantido. Naturalmente que existem outros investimentos públicos importantes como a renovação da EN 125 e a renovação de algumas frentes portuárias. De resto, o Estado não tem condições financeiras nem económicas para prometer o que for. Temos de defender a política da verdade e não a política da ilusão. A esperança é justamente a que este Governo possa ser um Governo de mudança e fratura e que possa introduzir uma discussão e a concretização de políticas que permitam que o Estado funcione melhor. A região do Algarve pode beneficiar muito disso porque tem um setor terciário muito forte e é o principal da

sua economia. O setor terciário implica licenciamento e quanto mais céleres forem os processos burocráticos, maior capacidade competitiva terá o Algarve e essa é a esperança. Esperança em políticas e reformas de fundos que tornem o Algarve e o país um espaço com maior capacidade para atrair investimentos e para criar emprego. A esperança que tenho é que o crescimento económico do Algarve se concretize e se consiga combater o flagelo atual do desemprego. J.A. – Como é que se promove o crescimento económico? L.G. – O crescimento económico do país é possível através de reformas e criar espaços de desenvolvimento. É urgente e fundamental que este Governo coloque entre as prioridades as políticas territoriais. É preciso repensar o Plano Regional de Ordenamento do Território que está em vigor e de que maneira ele tem servido o desenvolvimento regional ou tem sido mais um entrave. Importa também rever os planos de ordenamento da orla costeira. O plano de Vilamoura- Vila Real de Santo António, por exemplo, está completamente desatualizado e incorpora um conjunto de gralhas importantes e graves. É preciso encontrar mecanismos legislativos para podermos de forma clara e célere e dar força aos processos de revisão dos PDM. A mensagem que quero passar aos algarvios é que o PSD Algarve não perderá a sua análise crítica sobre a região. Isso implica que sejamos proativos na leitura que fazemos da realidade regional.


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VIPRENSA - Sociedade Editora do Algarve, Lda. Demonstração de Resultados (Art. 3.º do Decreto-Lei n.º 410/89)

NIF: 501 441 352

"Náutica de recreio está em perigo em Faro" Quem o afirma é José Cassiano, presidente do Clube Naval de Faro > VIEGAS GOMES «A náutica de recreio, de competição, está em perigo em Faro se as entidades não se entenderem e não derem solução aos problemas que se levantam», disse ao Jornal do Algarve José Cassiano, presidente do Clube Naval de Faro. Este dirigente adiantou que o pontão que dá acesso à s mil embarcações fundeadas no exterior da Doca de Recreio esteve interditado até há dias por ausência de obras necessárias, mas que os problemas continuam em aberto. «O que está pensado é uma Doca de Recreio exterior para 200 embarcações. Ora estão lá mil, como solucionar este problema?». José Cassiano relembrou que é altura de se rever os planos e de se começar outra vez, como foi sempre seu entendimento, a pensar no Cais Neves Pires. «Tem outra capacidade, exige menos dinheiro, menos dragagens. Foi chumbado impensadamente. Deve ser reflectido de novo. Melhor

O técnico oficial de Contas

Manuel Santos Pires

A gerência Fernando G. Reis Luísa Travassos

ESTATUTO EDITORIAL O Estatuto Editorial do "Jornal do Algarve" é constituído por um conjunto de princípios, designadamente: 1. - Isenção - O "Jornal do Algarve" não toma partido por ninguém e trata a todos por igual. 2. - Pluralismo - "Jornal do Algarve" deverá ouvir todas as partes interessadas em qualquer assunto e ser um espaço onde sejam ouvidas todas as vozes. Considera-se que é do confronto pluralista de posições diversas que se forma a opinião. Procurar-se-á dar tratamento equitativo a todas as tendências políticas, sociais e económicas, etc... 3. - Objectividade e rigor - "Jornal do Algarve" pretende ser um órgão essencialmente informativo, dando primazia às notícias, aos factos objectivamente tratados e tentará usar de toda a transparência e rigor no noticiário, para informar com verdade. 4. - Independência - "Jornal do Algarve" assume-se como semanário independente face a qualquer poder político, económico ou outro. 5. Vivacidade - "Jornal do Algarve" pretende ser um jornal vivo que informe os leitores dos assuntos do seu interesse. "Jornal do Algarve" tentará "chegar primeiro" na informação e não se constituirá como parte em polémicas. Não pretende o sensacionalismo, mas não fugirá a retratar polémicas sem, contudo, nelas entrar. 6. - Regionalismo - "Jornal do Algarve" é um meio de comunicação eminentemente regional. Não quer alimentar um regionalismo doentio, mas informar os comprovincianos dos assuntos da sua terra e contribuir para a formação da opinião, valorização da cultura regional e elevação do nível cultural dos leitores. 7. - Respeito pela Legislação - "Jornal do Algarve" respeitará, obviamente, as disposições constitucionais sobre a actividade da comunicação social e demais legislação em vigor. 8. - Respeito pelos princípios deontológicos - "Jornal do Algarve" compromete-se a respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais nem abusar da boa-fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação.

avaliado», adiantou. Cassiano acrescentou que as entidades portuárias têm de entender-se, agir sistematicamente. Caso do Ambiente, Polis, Instituto Portuário, Ria Formosa, Câmara Municipal. «Deverá caber à câmara o esforço de juntar parceiros, fazêlos unir, não conflituar». Tudo, disse, em nome do interesse de Faro. O dirigente louvou o tempo em que tudo foi mais simples, tempo em que esteve na Junta de Portos o eng.

David Assoreira. «Hoje é tudo diferente. A náutica de recreio, de competição, uma mais valia para Faro, está como está. Navega na indiferença geral». Outro caso diz respeito ao Centro de Estágio Internacional de Vela do Farol. Um velho projeto, refere. «A câmara conhece o projecto. Seria bom que lhe desse andamento. Duvido. O caso do pontão é exemplar. Podíamos ter equipas internacionais de vela de todo o mundo aqui a estagiar».

Cais comercial para que te quero? Cais Comercial para que te quero? A interrogação justifica-se e ganha cada vez mais oportunidade quando as ideias para o Cais Comercial começam a ser cada vez mais complicadas, divergentes. Este Cais já serviu para tudo e para nada. Para desembarque de combustível, a sua razão de ser, de areia e outras coisas mais. Já serviu para embarque de passageiros de uma carreira promissora, regular, para Tânger, que viria a ser suprimida por falta de condições do cais em terra. Tal a poeirada. Agora novamente a questão coloca-se. Uns afirmam que o Cais Comercial pode servir para mega-iates, uma forma de fazer cruzeiros, só acessíveis aos ricos, aos que pretendem fazêlo individualmente, sem recurso aos grandes paquetes colectivos. Seria um propósito inte-

ressante, até porque este Cais não admite a chamada grande tonelagem, os tais grandes paquetes. Seria interessante, porque desenvolveria a náutica congénere, o design náutico, a construção, a reparação, a eletrónica, a computarização de meios. No Cais foi colocado um pequeno cais móvel para os transportes para as Ilhas Culatra, Farol. Mas eis quando senão se vislumbra que o Cais pode ser local também de embarque para o cimento Cimpor. De novo a confusão. Será que o pequeno Cais comporta simultaneamente as duas actividades? Será que a Câmara falou com o Instituto Portuário, este com a Câmara? A lógica funcional continua em Faro a ser matéria difícil. Não há teoria de ação que se compadeça com tanta falta de consenso, auV.G. sência de escolha criteriosa.

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RESTAURANTE

FARO

PIZARIA

MONTE GORDO

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AUTARQUIA E ENTIDADES PRIVADAS APOSTAM NA PROMOÇÃO TURÍSTICA DO CONCELHO

Lagos combate verões cada vez mais curtos Numa altura em que o turismo sofre cada vez mais os efeitos da sazonalidade - com verões mais curtos e invernos mais longos - o município de Lagos aposta na campanha “Onda de Verão” para cativar mais turistas. A iniciativa é promovida pela autarquia, em conjunto com diversas entidades públicas e privadas, que se aliam para tornar Lagos um dos destinos mais cobiçados do verão algarvio > NUNO COUTO Numa altura em que a região atravessa uma crise sem precedentes, com uma elevada taxa de desemprego, o município de Lagos aposta nesta época alta de verão para dar um novo fôlego e relançar a economia local. “A nossa intenção é criar mecanismos no sentido de alargar o período de verão, que está a ficar cada vez mais curto”, penalizando assim todas as atividades ligadas ao turismo e não só, explica o presidente da câmara, Júlio Barroso. Para isso, a autarquia apresentou na semana passada a campanha “Lagos na Onda de Verão”, que é promovida em parceria com diversos patrocinadores (Olá, Lipton Ice Tea, Cascade Resort, Marina de Lagos, Hotel Tivoli, Hotel Vila Galé e Multiserviços) e apoios de várias entidades públicas,

como as empresas Águas do Algarve, Algar e ARH do Algarve, entre muitas outras. “Esta campanha representa o trabalho em conjunto entre a autarquia e entidades públicas e privadas para promover o concelho nos meses de verão”, salientou o presidente da câmara, Júlio Barroso. O grande objetivo é “mostrar as excelentes condições do município”, disse o autarca, referindo-se às seis bandeiras azuis (Porto de Mós, Praia da Batata, Camilo, D. Ana, Meia Praia e Luz, estas quatro últimas também galardoadas este ano com “Qualidade de Ouro”) e à conquista de outros prémios que atestam a qualidade das praias, infraestruturas de apoio e ações de informação e sensibilização ambiental levadas a cabo nesta campanha. “Trata-se de uma iniciativa que prestigia o destino turísti-

co Lagos dos Descobrimentos”, reforçou o presidente da autarquia.

Novas unidades hoteleiras trazem mais visibilidade

Para além da qualidade das praias, das inúmeras atividades destinadas aos mais novos e dos eventos culturais incluídos na programação deste verão, Júlio Barroso destaca o período de “renovação turística” que Lagos atravessa, nomeadamente com a inauguração (recente ou prevista) de diversos hotéis de quatro e cinco estrelas. O último empreendimento a ser inaugurado foi o Cascade Resort, em Porto do Mós, na passada terça-feira. O novo hotel do Palmares Resort e o Belmar Resort são os próximos projetos a entrar em funcionamento nos próximos anos, assim como está previsto ainda

Lagos procura alargar o período de verão cativando os turistas com praias de sonho, atividades de educação ambiental e uma programação de verão

mais um campo de golfe em Espiche. De acordo com o presidente da autarquia, “existem ainda planos para restaurar as unidades degradadas, como o Hotel Golfinho e o Hotel São Cristóvão”, que pertencem a investidores privados. “Mais unidades turísticas de qualidade trazem mais visibilidade a Lagos, que assim ganha mais capacidade para atrair

turistas”, frisou o autarca, acrescentando que “o município está a atrair também investidores que querem apostar em gamas mais altas e equipamentos de luxo”, que poderão impulsionar a economia local. Júlio Barroso recordou ainda que, quando começou o mandato, “não existiam unidades de quatro e cinco estrelas em Lagos”. Em 2008, chegaram a estar previstos cerca de

Lagos avança com plano de saneamento até final do ano O presidente Júlio Barroso admitiu que, até ao final de 2011, a câmara de Lagos vai avançar com um plano de saneamento para equilibrar as contas do município. Atualmente, a dívida atinge cerca de 23 milhões de euros, mas o autarca desdramatiza a situação, frisando que “Lagos está numa posição mais credível que a maior parte dos municípios algarvios”, quase todos a braços com uma grave situação financeira Com uma dívida que ascende aos 23 milhões de euros, a câmara de Lagos está a estudar um plano de saneamento para equilibrar as contas. Segundo o presidente Júlio Barroso, o plano vai avançar “até ao final do ano”, existindo já acordos para o pagamento de 14 milhões de euros até 2013. “Neste momento, só cerca de nove milhões de euros é que correspondem à dívida real do município”, adiantou o autarca, revelando que o plano de financiamento “poderá envolver um empréstimo a pagar em 12 anos”. De acordo com o presidente da câmara de Lagos, a situação financeira da autarquia agravou-se nos últimos três anos devido a uma “queda brutal” das receitas da autarquia, especialmente ao nível do IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis). “Deixámos de receber até este momento mais de 30 milhões de euros desde 2008”, justificou Júlio Barroso, revelando que a câmara recebia mais de 20 milhões de euros por ano deste imposto, “mas agora não entram no cofre mais de seis milhões”. “Trata-se de uma redução muito significativa que provocou dificuldades financeiras às autarquias do país inteiro. A nossa situação não é famosa, mas a verdade é que o município de Lagos apresenta índices muito melhores que a quase totalidade dos municípios algarvios”, comentou,

destacando que, ao contrário da maioria, “Lagos está na lista de municípios que ainda pode contrair empréstimos”.

Empréstimo de 1,2 milhões para pagar dívidas

Apesar de o plano de saneamento ainda estar a ser preparado, o presidente da autarquia adiantou que, no orçamento para 2012, a câmara já contempla “um conjunto de medidas para o saneamento financeiro”. Segundo apurou o JA, a primeira medida será a contração de um empréstimo de 1,2 milhões de euros para pagamento de dívidas de curto prazo. “Outras medidas serão depois articuladas com a política do Governo e da troika”, referiu Júlio Barroso, garantindo que “até ao final do ano, o plano de saneamento, com ou sem empréstimo bancário, virá à tona”. Entretanto, e face às últimas críticas da oposição social-democrata, o presidente da câmara salientou que a autarquia já está em contenção, nomeadamente através da “redução de horas extraordinárias, subsídios dos clubes, diminuição de 20 por cento da frota automóvel municipal, redução das faturas de eletricidade e telefones, assim como a redução da atividade da câmara ao nível dos investimentos estruturais”. O PSD acusa ainda o executivo socialista de ter

feito vários cortes na área social, nomeadamente na ação social escolar, nos apoios às famílias carenciadas e na atribuição de bolsas de estudo. Júlio Barroso confirma mas responde que “a autarquia foi forçada a tomar uma decisão para equilibrar as contas do município”. Além disso, o autarca realçou que “a câmara municipal ampliou para mais do dobro o apoio social nos últimos anos nesses e noutros capítulos”. “No caso das bolsas de estudo, por exemplo, existiam apenas duas dúzias quando chegámos à câmara e chegámos às 95. Agora, a situação é difícil e temos de reduzir para 60 bolsas, que, mesmo assim, é mais do que existia antes. O mesmo se passa com as outras ajudas”, esclareceu. Por último, Júlio Barroso assegurou que “o problema do executivo não é falta vontade para fazermos mais e melhor”. “Falta-nos apenas dinheiro, que por estes dias é um mal de todo o país. Mas o que aí vem ao nível dos cortes do Estado será muito pior”, concluiu. N.C.

vinte equipamentos hoteleiros, mas a crise obrigou alguns promotores a recuarem. Mesmo assim, o presidente da autarquia espera que dez dessas unidades estejam concluídas até ao final do seu mandato, em 2013. “Existe uma grande dinâmica em curso no concelho que nos deixa confiantes em relação ao futuro”, rematou o autarca.

Portimão entrega plano de saneamento ao tribunal Depois de ter anunciado há cerca de um ano que iria avançar com um plano de saneamento financeiro, para programar o pagamento da dívida de curto prazo, a câmara de Portimão submeteu na segunda-feira o documento ao Tribunal de Contas. O plano de saneamento envolve os contratos com diversas entidades bancárias assinados pelo presidente da autarquia, Manuel da Luz, que agora serão avaliados pelo Tribunal de Contas. “A proposta de financiamento ascende a 94,4 milhões de euros, discriminados da seguinte forma: Banco Santander – 15 milhões de euros; Millenium BCP – 3,4 milhões de euros; e sindicato bancário liderado pelo BPI e composto por Barclays, Banco Espírito Santo e Caixa Geral de Depósitos – 76 milhões de euros. ““Esta medida, a que podem recorrer os municípios que se encontrem em situação de desequilíbrio financeiro conjuntural, tem em vista a reprogramação da dívida e a consolidação de passivos financeiros”, adianta a autarquia, sublinhando que “desta operação não resultará o aumento do endividamento líquido da câmara de Portimão”. Em Portimão, além da reprogramação da dívida a curto prazo para 12 anos, o plano prevê a constituição de um fundo imobiliário com património camarário e a alienação de 49 por cento da Empresa Municipal de Águas e Resíduos (EMARP).


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POLÉMICA SOBE DE TOM EM FARO

Campina de Faro vai a discussão na Assembleia Municipal O tema nasceu nas páginas deste órgão de comunicação e facilmente se propagou à cidadania ativa da cidade > VIEGAS GOMES Os problemas da Campina de Faro vão ser debatidos e discutidos em próxima sessão a agendar da Assembleia Municipal de Faro, levados pelo grupo do Bloco de Esquerda. Tudo tem que ver com a notícia difundida de que a câmara municipal se prepara para dar luz verde a duas grandes urbanizações na chamada Campina promovidas por dois grandes promotores imobiliários. Ao todo, os projectos ocupariam mais de 80 hectares da mesma Campina, tudo em solos de reserva agrícola. Um dos projectos estaria situado na Penha, o maior, ocupando cerca de 61 hectares. O outro localiza-se no Vale da Amoreira e é de 21 hecta-

res. Neste último, o promotor reservaria espaço para um parque de feiras e exposições, hotel e uma vasta zona verde, onde a autarquia instalaria um parque de lazer. Na totalidade deste espaço seriam construídos três mil fogos. O Bloco de Esquerda, perante a notícia, pretende recomendar à autarquia a relocalização das urbanizações já aprovadas mas que não estejam ainda em construção, facilitando assim a fixação nos mesmos de novos agricultores e o acesso dos produtores aos mercados. Macário Correia, presidente da autarquia, que durante a sua campanha mostrou-se adepto da não expansão da cidade e do aproveitamento em altura dos espaços urba-

nos existentes, contrapõe que estes 80 hectares eram de terrenos que constavam já há 20 anos da área de expansão urbanística da cidade. A polémica parece instalada. Contra estes projetos levantam-se vozes várias. A primeira surgiu nas páginas do Jornal do Algarve, pela pena do arquiteto Fernando Pessoa, antigo presidente do Serviço Nacional de Parques e Reservas, hoje Instituto de Conservação da Natureza, que suscitou de imediato reunião alargada na CCDR Algarve, onde estiveram representados vários organismos interessados, além da própria câmara fez-se representar. Nessa reunião, Fernando Pessoa susteve que as iniciativas denunciam crime ecológico e económico.

No mesmo sentido se pronunciou o diretor regional da Agricultura, Castelão Rodrigues. Também a CCDR Algarve está ciente que a câmara tem terrenos urbanizáveis na sua

malha urbana para construir durante 10 a 15 anos. O argumento do aumento da população da cidade, justificado pelos promotores, parece também não colher entre os opo-

sitores, que contrapõem que o que é premente em Faro é sim a reabilitação urbana e a localização de novas gerações no centro urbano da cidade, para de novo lhe dar vida.

Culatra aderiu à Cruz Vermelha com 40 socorristas

40 formandos socorristas locais prestaram juramento. Governador civil, presidente da Câmara de Faro e presidente da Cruz Vermelha estiveram presentes na Ilha Prestaram juramento de fidelidade à causa da Cruz Vermelha Portuguesa 40 novos formandos (homens e mulhe-

res) desta instituição, todos habitantes da Ilha da Culatra, pertencente ao concelho de Faro (freguesia da Sé).

Largo Santana n.º 1 - Apartado 102 - 8800 TAVIRA Telf.: 281320 240 Fax: 281 325 523 radiogilao@net.vodafone.pt

Aconteceu no passado domingo, pelas 16 horas, na presença do governador civil, coronel Silva Gomes, do presidente da Câmara, eng. Macário Correia, presidente da Junta de Freguesia da Sé, e dos presidentes da Cruz Vermelha Portuguesa e respectiva Delegação de Faro, que se deslocaram para o efeito àquela Ilha. Durante várias semanas, a Escola de Socorrismo da Delegação de Faro da Cruz Vermelha fez deslocar os seus técnicos àquela Ilha para prestação do curso a este nume-

roso núcleo de voluntários. O objetivo é dar resposta às necessidades de primeiros socorros a que aquela comunidade piscatória fez jus, bem como aos visitantes que por qualquer motivo entrem em apuros. De acordo com este objectivo foi também inaugurada a Casa da Culatra, que funcionará como pólo local da Delegação da Cruz Vermelha, que será administrada pelos formandos locais nos primeiros tempos. O socorrismo a desenvolver ali tem que ver com o isolamento da Ilha e a necessida-

de urgente de apoio. A ação poderá estender-se todavia a outras formas de apoio para além dos primeiros socorros, como por exemplo o apoio domiciliário. O juramento dos 40 formandos decorreu no espaço desportivo da Ilha e contou com a presença de muitos locais e da Associação de Moradores, nomeadamente da sua presidente, Sílvia Padinha. Em consonância com esta iniciativa, recomeçou também a funcionar o barco-ambulância Sultana, que fará a ligação da ilha com Faro para os efei-

tos de socorro necessários. Refira-se que a Ilha da Culatra é morada da maior comunidade piscatória do concelho de Faro, com quase mil habitantes. Aos poucos esta comunidade tem vindo a reivindicar e a ver solucionados muitos dos seus problemas, como a instalação eléctrica e a água canalizada, esta última recentemente disponibilizada. Também este ano começou funcionar a carreira de barco para Faro, para o Cais Comercial, dedicada a visitantes e aos jovens que frequentem o ensino não básico. V.G.


MAGAZINE PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO N.º 2831 DE 30 DE JUNHO DE 2011 DO JORNAL DO ALGARVE E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Revolução solar arranca no Algarve



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José Gameiro integra júri que vai eleger melhores museus europeus

diretor do Museu de Portimão vai integrar o júri internacional que vai atribuir os prémios “Museu Europeu do Ano “ e “Museu Conselho da Europa”, este último já conquistado pelo museu algarvio, em 2010. Mais recentemente, o espaço museológico venceu também o galardão “Dasa - Mundo do Trabalho 2011”. O convite partiu da direção do European Museum Forum (Fórum Europeu dos Museus), estando José Gameiro entre a dezena de elementos que vai ser responsável pela atribuição, em 2012, das duas mais importantes e prestigiantes distinções na área da museologia. O diretor do Museu de Portimão é o único representante português neste júri internacional, tendo agora pela frente a avaliação técnica dos mais recentes museus europeus, cujas candidaturas abrangem as entidades museológicas que tenham sido inauguradas, remodeladas ou alteradas, durante os últimos dois anos (2010-2011). “Este convite, independentemente do caráter pessoal de que se reveste, não deixa de refletir e não será alheio ao trabalho museológico desenvolvido no município e no Museu de Portimão, o qual fica desde logo associado a esta prestigiante tarefa de seleção e avaliação dos futuros museus europeus premiados”, adiantou ao JA José Gameiro, que desde maio de 2008 dirige o museu algarvio.

3 12º Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes já tem vencedores O júri da 12ª edição do Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes atribuiu a distinção máxima à novela “Les morts vont vite”, assinada por Maria da Graça Maia (Lisboa), tendo ainda contemplado com menções honrosas as obras “Genève”, de Urbano de Oliveira (Arcozelo), e “Mariana”, de Rui Miguel Herbon (Lourinhã). A novela vencedora subdivide-se em três capítulos, o primeiro na presidência de Manuel Teixeira Gomes, o segundo nos primeiros anos da ditadura, na tentativa de reorganizar a oposição ao regime a partir do estrangeiro, e o terceiro no contexto da Europa em guerra e notícia do falecimento do estadista e escritor em Bougie, considerando o júri que na obra se faz “a análise, reflexão e ironia face a um Portugal em convulsão”, revelando “momentos de grande beleza e densidade descritiva, sem nunca perder uma forte componente humana”. Para além de uma edição de 500 exemplares da obra, a concorrente vencedora receberá um prémio monetário de 2000 euros, enquanto cada menção honrosa será contemplada com 1000 euros. Promovido pela câmara de Portimão para incentivar e dar a conhecer novos talentos na área literária, a equipa de jurados foi composta por Margarida Cunha, José Manuel Vieira e Alberto Piscarreta, que sugeriram à vencedora a adaptação para Português do título da sua novela.

“Farrobitos de Albufeira” pretende projetar imagem do município também na doçaria

Doce típico já está à venda nas pastelarias Doze pastelarias com fabrico próprio começaram esta segunda-feira a comercializar os “Farrobitos”, o grande vencedor do concurso Doce Típico de Albufeira, promovido pela autarquia. O objetivo é que o bolo - à base de alfarroba, mel e amêndoas - se torne uma referência do município, tal como já acontece com doces de outras zonas do país

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al como os pastéis de Belém, as queijadas de Sintra, os pastéis de Tentúgal ou os ovos moles de Aveiro, os farrobitos de Albufeira também pretendem ficar ligados à história da doçaria nacional. Esta receita original, confecionada com os melhores produtos do concelho, foi a grande vencedora do concurso Doce Típico de Albufeira, onde participaram 70 concorrentes. Farinha de alfarroba, amêndoa, mel (em substituição do açúcar) e azeite (em detrimento da manteiga) são os ingredientes dos farrobitos, criados por Júlio David, um pasteleiro reformado de 74 anos. Este mês os bolos começaram a ser vendidos em 12 pastelarias com fabrico próprio do município, que aderiram ao projeto da autarquia, ao preço de um euro por cada unidade. “Trata-se de um bolo que nos identifica no contexto da região, feito unicamente com produtos algarvios e que reflete os sabores tradicionais de Albufeira e do Algarve”, disse o presidente da câmara, no primeiro dia de comercialização do doce. Segundo Desidério Silva, o grande objetivo deste projeto é “dar a conhecer Albufeira como terra de boa doçaria, para além das praias e do sol”. E, após provar mais um farrobito, o autarca sublinhou que “o doce tem todas as condições para se tornar num sucesso de vendas e de projeção da imagem da cidade”.

Alfarroba, amêndoa, mel e azeite. São estes os produtos locais que compõem a receita dos farrobitos de Albufeira

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Vila Real Sto António e Sal (Cabo Verde) trocam experiências e definem formas de cooperação A s vereadoras Conceição Cabrita e Sílvia Madeira, da edilidade pombalina, fizeram recentemente uma visita à ilha do Sal com o objectivo de trocar experiências e averiguar quais as áreas mais prioritárias para desenvolvimento de um trabalho conjunto, no âmbito do Protocolo de Cooperação estabelecido entre os dois municípios. Para além de se terem reunido com o edil local, as vereadoras foram conhecer os principais empreendimentos turísticos da ilha do Sal, e a sua importância enquanto motor de desenvolvimento; percorreram obras que estão a ser realizadas ao nível do espaço público (requalificação de estradas e passeios, construção de vias pedonais, entre outros); visitaram projectos como o novo Mercado Municipal de Santa Maria, o Estádio de Espargos, o Polidesportivo, a Escola de Música, a Escola Profissional, e um novo jardim-deinfância em construção; visitaram, com o administrador da empresa municipal SALHABIT, os novos fogos de habitação social que estão a ser construídos, bem como os bairros mais problemáticos; e conheceram o terreno onde a Câmara Municipal do Sal pretende implantar o edifício da Casa do Avô. Após este contacto no terreno com a realidade da ilha, foram identificadas algumas áreas nas quais os municípios de Vila Real de Santo António e do Sal irão trabalhar em conjunto, ao abrigo do protocolo já estabelecido. Na área do Desporto e Turismo, o município do Sal pretende aproveitar a experiência de VRSA para a gestão do seu Estádio Municipal, em vias de conclusão, tendo em conta o excelente trabalho que tem sido desenvolvido no Complexo Desportivo. No que diz respeito à área da Educação, ficou estabelecido que VRSA realizará, em Outubro, uma campanha de recolha de mochilas e material escolar, bem como escovas e pasta de dentes, para envio para a Ilha do Sal, dada a necessidade destes materiais. A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António

irá ainda doar algum material ortopédico do Banco de Ajudas Técnicas, bem como alguns livros para a Biblioteca Municipal do Sal. Por sua vez, a Câmara Municipal do Sal fará um levantamento de áreas prioritárias com necessidade de formação em termos de recursos humanos, para que possam ser enviados técnicos vila-realenses para esse efeito. Será enviado para o município do Sal um dossiê com todas as medidas sociais implementadas em Vila Real de Santo António, e respetivos regulamentos, para que possam ser implementadas as medidas mais adequadas à realidade presente. A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António vai estudar a possibilidade de participação no projeto de arquitectura do edifício da Casa do Avô. Da parte do município do Sal será facilitada a ida de estagiários na área da Hotelaria para empreendimentos na ilha. Irão ainda contribuir com a sua experiência ao nível do turismo para desenvolver esta área tão importante, em Vila Real de Santo António. Segundo a autarquia, estas “são apenas algumas das principais medidas que irão ser postas em prática, sendo que não se esgota aqui o trabalho dos dois municípios, que irão continuar a conjugar esforços para um mútuo desenvolvimento sócio-cultural, turístico e económico”.

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6 Sítio das Fontes volta a acolher projetos musicais de grande qualidade

Lagoa promove festival de jazz em espaço natural O festival "Lagoa Jazz 2011" vai apresentar, entre os próximos dias 1 e 3 de julho, mais um cartaz de luxo. O auditório ao ar livre do Sítio das Fontes, em Estômbar, volta assim a transformar-se num verdadeiro "paraíso do jazz". Esta é já a nona edição do festival, que se vem impondo como um dos mais carsmáticos do género no país

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urante três dias, o Sítio das Fontes, na vila de Estômbar, vai acolher alguns dos mais talentosos músicos de jazz. Esta será a nona edição do Lagoa Jazz, que se realiza anualmente naquele espaço ao ar livre, localizado nas margens de um esteiro do rio Arade, onde se pode encontrar uma pequena lagoa, zonas agrícolas abandonadas e linhas de água. A organização do evento, a cargo da autarquia, adianta que o festival realiza-se num espaço natural único, privilegiado pela diversidade de ambientes paisagísticos que engloba - sapal, paul, matagal e uma pequena lagoa sazonal -, sendo um “local aprazível aonde acorrem milhares de pessoas por ano, para descoberta do património

natural e desfrutar dos diversos equipamentos disponíveis, nomeadamente o Centro de Interpretação da Natureza, o anfiteatro, o moinho de maré e a área de merendas”. Além disso, a organização destaca que a programação deste ano também é de grande qualidade, com a apresentação de projetos de grande qualidade. Assim, esta edição do Lagoa Jazz 2011 abre no dia 1, sexta-feira, com um espetáculo Allgarve, dos norte-americanos Omar Hakim & Rachel Z-The Trio of Oz. No dia seguinte, sobe ao palco do auditório do Sítio das Fontes o grupo português Cinco, com Paulo de Carvalho (voz), Carlos Barreto (contrabaixista), Victor Zamora (piano), José Salgueiro (bateria) e João Moreira (trompete).

No último dia do festival atua o Quinteto do francês Daniel Mille (VER CAIXA).

Um festival de sucesso Ao longo das últimas edições, o Lagoa Jazz tem vindo a afirmar-se como um evento musical de grande sucesso, esgotando completamente a lotação de 500 lugares do auditório nos últimos anos. A organização adianta que os concertos estão marcados para as 22h00, mas isso impede que o público tenha acesso ao local muito antes, a partir das 19h00, para usufruir daquele espaço natural de grande beleza. Os bilhetes para o festival custam 12 euros para

o primeiro dia, e oito euros para os restantes dois dias, podendo ser adquiridos no Convento de S. José, nas horas normais de expediente, ou no local do espetáculo, depois das 19h00 dos dias 1, 2 e 3 de julho. Os promotores do festival adiantam ainda que os visitantes terão ao seu dispor um “espaço lounge” com atuação do dj Luís Gomes e o saxofonista Nanã Sousa Dias (depois dos concertos), bar, exposição de pintura de Carlos Barreto, exposição de esculturas “Passion” e “Elephant Tree” (projeto da autoria de Karl Heinz Stok), provas de vinho da Quinta dos Vales e venda de discos. Nuno Couto

Programação do Lagoa Jazz 2011 Dia 1 - Sexta-Feira “OMAR HAKIM & RACHEL Z-THE TRIO OF OZ" (Estados Unidos) O lendário baterista Omar Hakim, conhecido pela sua extraordinária participação em projetos como Weather Report e ainda por ter atuado ao lado de nomes como Sting, Miles Davis, David Bowie, entre muitos outros, junta-se agora à excecional pianista Rachel Z, que atuou com artistas de renome como Wayne Shorter, Steps Ahead e Peter Gabriel, que lhe conferiram incontestável reconhecimento internacional. Neste projeto, Omar e Rachel (ambos galardoados com prémios Grammy) são acompanhados pelo contrabaixista Solomon Dorsey e apresentam assim uma combinação de bom gosto e sensibilidade numa viagem por eternos clássicos do jazz e do rock dos últimos 30 anos. Composições de artistas como Duke Ellington, Depeche Mode, Wayne Shorter, Joni Mitchell, Judy Garland, Sting, Peter Gabriel, The Killers, Coldplay, Stone Temple Pilots e Bjork são reinterpretadas com originalidade, imaginação e com um excecional sentido rítmico e improvisação. Dia 2 - Sábado Atuação do Grupo “CINCO” (Portugal) Victor Zamora (piano): Nasceu em Cuba e é em Havana que inicia os seus estudos musicais na Escola Nacional de Artes. Licenciado em Piano e Composição, estudou com Barmaceda e Elvira Campos. Paralelamente, estuda guitarra clássica com o professor Jesus el Grillo. Ainda a residir em Cuba, participa em diversos festivais de jazz em Havana, Jamaica, Peru e Inglaterra (Manchester), integrado na Orquestra Internacional de Varadero. Em 1998, escolhe Portugal (Lisboa) para residir e integra desde logo projetos com músicos como Bruno Pedroso, Guto Lucena, Maria Anadon, Nanã Sousa Dias, Jorge Reis, Joel Xavier, entre outros. Nestes e noutros projectos deixa a sua marca com sabor a Latin Jazz. Carlos Barretto (contrabaixo): A crescente internacionalização da sua atividade artística tem levado a sua música a muitos destinos internacionais, sempre com rasgados elogios por parte da crítica especializada. Depois de ter concluído o curso do Conservatório Nacional de Música de Lisboa, residiu em Viena de Áustria (1980-1982) a fim de se especializar na música erudita. Decide dedicar a sua carreira profissional à música improvisada, residindo em Paris (1984-1993), cidade a partir da qual teve oportunidade de trabalhar com grandes nomes do jazz e participar nos mais prestigiados festivais europeus, em França, Alemanha, Suíça, Bélgica, Holanda, entre outros. De regresso em Portugal em 1993, iniciou os seus projetos como líder e compositor, tendo gravado oito Cd’s em seu nome e colaborado em mais de outros vinte músicos (…). José Salgueiro (bateria): Estudou na Academia dos Amadores de Música, no Conservatório Nacional de Lisboa, no Hot Club de Portugal e Teoria de Improvisação (bateria e trompete) no Taller de Musics (Barcelona). Estudou com Max Roach, Billy Hart, RonMcLure, David Liebman, Richard Beirach e Paul Motian. A sua atividade musical tem-se desdobrado pelo jazz e pela música popular. No jazz

colaborou com a cantora Maria João e com músicos como Mário Laginha, Carlos Bica, José Peixoto, António Pinho Vargas, Bernardo Sassetti, Carlos Barreto ou Carlos Martins. Na música popular, José Salgueiro integrou o grupo Trovante entre 1983 e 1990, tendo colaborado igualmente com diversos artistas de renome, como sejam Sérgio Godinho, Zeca Afonso, José Mário Branco e Rui Veloso. Paulo de Carvalho (voz): É um nome incontornável na música portuguesa das últimas décadas. Fazendo o seu percurso profissional como autor e compositor tem mais do que 300 canções registadas e colaborações com poetas, escritores e músicos como J. C. Ary dos Santos, F. Assis Pacheco, Ivan Lins, Dulce Pontes, Joaquim Pessoa, Virgílio Massingue, Mafalda Veiga, Maria Barroso, Ana Zanatti, Simone de Oliveira, Alda Lara, Né Ladeiras, Isabel Ruth, Maria Rosa Colaço entre outros. Compõe canções para muitos companheiros de profissão: Carlos do Carmo, Simone de Oliveira, Sara Tavares, Martinho da Vila, Anabela, Vasco Rafael, Lena D’Água, Mariza, entre outros. João Moreira (trompete): Toca trompete desde os 11 anos de idade. É licenciado em jazz e música contemporânea pela “New School for Social Research “(Nova York). Leciona na escola de jazz do Hot Clube de Portugal desde 1989, coordenador do curso de jazz do Conservatório de Música da Madeira desde 1999, e professor de licenciatura em música do Instituto Piaget desde 2004. João Moreira integra atualmente o septeto de Pedro Moreira, sexteto de Bernardo Moreira, projeto Paula Oliveira & Bernardo Moreira, Lena d' Água, Underpressure, “In Loko “ de Carlos Barretto, Big Band HCP (Hot Clube de Portugal), Sexteto HCP, Estardalhaço Brass Band e Lume (Lisbon Underground Music Ensemble). Dirige também o seu próprio quarteto com o qual apresenta as suas composições. Dia 3 - Domingo QUINTETO DE DANIEL MILLE (França) O que podemos sentir quando assistimos a um dos seus concertos é o estarmos perante um jazz poético, sem barreiras. Na galáxia dos músicos de jazz, Daniel Mille é um puro “jazzman” que junta públicos de diferentes gostos e escalões etários nos seus espetáculos. O compositor foi considerado o melhor artista instrumental após 10 anos de carreira. Tem participado em prestigiados festivais internacionais. Paralelamente ao seu trabalho a solo, encontramos participações em álbuns de músicas de grande nomeada. O seu último disco "L’Attente" está finalmente no mercado, o sexto deste brilhante músico. Daniel revela-se uma vez mais como um “contador de histórias” que se desenrolam como um filme, repletas de elegância, imaginação e ternura. Participam neste trabalho os músicos: Eric Legnini, Alfio Origlio, André Ceccarelli, Jérome Regard, Minino Garay, Stephane Belmondo e Stephane Chausse além dos convidados especiais Lionel Suarez, Marcel Azzola, Rolando Faria, Jean-Christophe Maillard e Jean-Louis Trintignant. O quinteto é composto por Daniel Mille (acordeão e acordina), Olivier Truchot (piano), Jerôme Regard (contrabaixo), Andy Barron (bateria) e Julien Alour (trompete/fliscorne).

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Algarve Energy Park escolhe região para instalar primeira plataforma de demonstração em Portugal

Revolução solar arranca no Algarve

Uma região sem petróleo, carvão ou gás natural, que não tem experiência em energia nuclear, mas que se vangloria de ter um dos melhores índices de radiação solar da Europa, está finalmente empenhada em aproveitar as oportunidades da revolução das tecnologias limpas. Em entrevista ao JA, o mentor do projeto, Marc Rechter, traça os mais ambiciosos objetivos em matéria de energias renováveis, frisando que existem todas as condições para o desenvolvimento desta atividade na região, com a criação de plataformas solares de demonstração que ajudarão a divulgar as vantagens de energia solar a todo o mundo

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Algarve está à beira de receber uma nova indústria. E, melhor ainda, “a região pode posicionar-se na linha da frente das energias renováveis”, um setor que continua em franca expansão, em parte devido ao preço cada vez mais elevado do petróleo e do gás, mas também devido ao risco associado à energia nuclear. A aposta é do Algarve Energy Park, liderado por Marc Rechter, que em declarações ao JA adiantou que o primeiro passo deste projeto vai avançar já no próximo mês de agosto, com a construção da primeira plataforma de demonstração solar no concelho de Alcoutim. O investimento ascenderá aos 20 milhões de euros, até 2012, e deverá ultrapassar os 50 milhões de euros no final de 2014. Para Monchique, está ainda projetada uma fase futura do projeto. “O objetivo é dinamizar o potencial do setor solar em Portugal. Para isso, estamos a atrair para os nossos projetos os grandes intervenientes do setor energético mundial”, revela ao JA Marc Rechter. O responsável explica que a plataforma de demonstração é um conceito inovador a nível europeu, que assenta na “implementação de novas formas de gestão partilhada de recursos e otimização de projetos de geração de energia, como também na demonstração e apoio à comercialização de tecnologias limpas”. Mas não só (VER CAIXA). “Estamos a juntar diversas empresas nesta plataforma que têm como objetivo a produção de energia limpa, possibilitando através de infraestruturas e serviços partilhados a otimização dos custos. Mas, mais importante ainda, estamos a reunir um conjunto de tecnologias solares de ponta que colocarão Portugal num lugar de grande destaque nesta área”, acentua Marc Rechter.

A união faz a força Para já, os responsáveis do Algarve Energy Park estão a atrair para a região alguns dos quinze consórcios recentemente licenciados pelo Governo português, que de outra forma iriam construir os parques de demonstração de tecnologia solar noutros pontos do país, perdendo-se assim a oportunidade de criação de massa crítica para o setor. “Queremos reunir o máximo de tecnologia de última geração na plataforma solar, e ser

Marc Rechter acredita que o Algarve tem condições para aproveitar o crescimento da “revolução” das energias renováveis

capazes de dinamizar atividades ligadas à indústria solar”, refere Marc Rechter, acrescentando que “as empresas têm uma oportunidade única para, em conjunto, criarem uma massa crítica líder a nível europeu ligada à energia solar concentrada”. Segundo o responsável, a resposta dos consórcios tem sido “bastante positiva”, salientando que “algumas empresas já aceitaram a nossa proposta, havendo negociações avançadas com outros interessados”. O fundador do projeto diz ainda que, numa altura em que os preços do petróleo e do gás estão a aumentar de dia para dia, e ao mesmo tempo que crescem as dúvidas em todo o mundo em relação à energia nuclear, estamos numa altura perfeita para a imple-

mentação deste plataforma. “Nunca houve um interesse tão grande como agora no desenvolvimento de energias renováveis. Tanto o aumento contínuo do custo das energias fósseis, como o decréscimo acelerado do custo da energia solar, fará com que, a curto prazo - no caso de países com alta irradiação -, a energia solar se transforme numa mais valia altamente competitiva. É mesmo uma questão de cinco ou dez anos, no máximo”, garante.

Algarve tem ótimo recurso Além disso, Marc Rechter evidencia o que todos já sabem mas teimam em não aprovei-

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tar: “O Algarve tem as melhores condições da Europa para a produção de energia solar (fotovoltaica e termoelétrica). Tem mais e melhor sol, porque a radiação direta é muito forte, bastante superior ao que se verifica na Alemanha, França ou Itália”, explica. Por isso, com a disponibilidade de recurso que o Algarve tem, o fundador do Algarve Energy Park considera que “existe neste momento uma grande oportunidade para as empresas apanharem a onda que se está a desenvolver mundialmente no setor”. Mas, com tantas horas de sol, a que se deve este atraso da energia solar em relação à eólica ou hidroelétrica? “Não é de estranhar. A tecnologia só foi desenvolvida de modo economicamente viável nos últimos dez anos”, salienta.


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A primeira plataforma solar começa a ser construída em agosto, no concelho de Alcoutim. Para Monchique está projetada uma fase futura do projeto

No entanto, o responsável adianta que o avanço tecnológico já permite que as centrais solares tenham melhor desempenho e isso, em conjunto com uma política energética construtiva, torna os projetos viáveis, per-

mitindo a criação mais dinâmica no setor. E o que pode parecer extravagante agora, quando pensamos no Algarve como candidato a integrar-se na onda europeia das energias renováveis, pode transformar-se rapida-

mente numa decisão crucial para o futuro da região. É que já existem planos concretos para instalar centrais solares no norte de África, onde a experiência portuguesa na produção e ma-

nutenção dessas centrais se podem tornar uma oportunidade de ouro para valorizar o sol algarvio... não só em termos turísticos!

Nova fase da indústria solar O Algarve Energy Park é uma iniciativa que pretende viabilizar o desenvolvimento da tecnologia de geração de energia solar, minimizando os custos associados aos projetos de demonstração “Com o desenvolvimento registado na indústria nos últimos dez anos, já estamos na presença de tecnologias com maturidade suficiente para serem atrativas do ponto de vista comercial”, adianta Marc Rechter. O responsável do Algarve Energy Park diz que o objetivo passa pela criação de “uma plataforma para consolidar os projetos de demonstração de energia solar”, licenciados pelo governo português em 2010, e que foi “muito bem acolhida”. “Esta plataforma vai permitir aos promotores cortarem nos custos e viabilizarem estes parques de pequena dimensão, promovendo as diferentes tecnologias e facilitando à industria meios e condições, testadas no terreno, que lhes possibilita tomar as decisões mais acertadas, do ponto de vista económico, para as unidades de grande produção”, adianta ao JA Marc Rechter. O primeiro passo do projeto arranca em agosto, com a construção de uma plataforma solar em Alcoutim. Entre 2011 e 2012, os responsáveis querem avançar com uma segunda plataforma, em Évora. N.C

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Nuno Couto


10 Cultura, tradição e sabores prometem animar Faro durante o verão A Câmara Municipal de Faro divulgou um calendário de eventos que prometem animar a capital algarvia durante o verão. O Museu Municipal de Faro vai abrir uma exposição sobre os 30 anos do Motoclube de Faro a 2 de julho, que vai estar patente até 11 de setembro e que deverá atrair ao centro histórico farense os motards que vão participar na 30.ª Concentração Internacional de Motos, a decorrer entre 14 e 17 de julho. Na Galeria Trem, o convite vai para a área da fotografia com uma exposição de Eduardo Gageiro entre 9 de julho e 31 de outubro. Já na última quinzena de julho, o Jardim Manuel Bívar vai acolher a tradicional Feira do Livro que será inaugurada no dia 22 e encerra a 7 de agosto. Na área da gastronomia, a proposta vai para a Festa da Ria Formosa, no Largo de São Francisco, entre 29 de julho e 7 de agosto, e a Feira dos Doces, Bebidas e Frutos Secos que vai estar no Jardim Manuel Bívar entre 19 e 28 de agosto. A tradição algarvia e o folclore do mundo voltam ao Passeio da Doca de Faro e vai passar por vários pontos do concelho com o Festival Internacional de Folclore – FolkFaro que vai decorrer entre 20 e 28 de agosto, enquanto que a zona histórica irá acolher o Festival Vila Adentro nos dias 2 e 3 de setembro. Trata-se de um festival cujo cartaz inclui as atuações de vários grupos musicais nacionais e internacionais e que inclui uma mostra de artesanato. No dia do município de Faro, a 7 de setembro, será inaugurada a exposição de Rosário da Silva, no Museu Municipal. “Visite Faro e surpreenda-se” é o convite que a autarquia lança ao público em geral.

Grupo Coral Ossónoba já conta 31 anos Monteiro Dias, seu actual vice-presidente, recordou todo esse percurso

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Grupo Coral Ossónoba, de Faro, comemorou o 31.º seu aniversário no último sábado, pelas 21h30, com um concerto no local em que se estreou, nos claustros do Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique. Estiveram em ação todos os grupos que integram este Coral, como os Pequenos Cantores, o Coro Jovem e o Coral Ossónoba, ao todo cerca de centro e vinte membros. Monteiro Dias, seu presidente durante 27 anos, agora seu vice-presidente, recordou a efeméride: «Foi durante as Festas da Cidade. Esteve presente todo o executivo camarário», disse. De então para cá, o Coral Ossónoba deu já centenas de espectáculos e esteve presente no estrangeiro. «Começámos pela Espanha, na Galiza, na cidade da Corunha. Depois já estivemos em diversos outros locais, em França, Suíça, Holanda e no Brasil». No próximo mês de Outubro, no dia 15, o Coral vai estar presente no Teatro das

Figuras, em Faro, num concerto em que comparecerão antigos elementos, como o tenor Carlos Guilherme, Rui Baeta e Ana Ester Neves. Refira-se que o Coral Ossónoba recebeu já, entre outras distinções, a Medalha de Ouro da Cidade. Porém, Monteiro Dias disse ainda que hoje os tempos são outros e que o Coral vive com dificuldades, pois

muitos são os que não pagam os seus concertos. António Manuel de Jesus continua a ser o seu maestro. O presidente é Fernando Gonçalves. O Coral nasceu em 1980 de uma dissensão do Coral do Conservatório Maria Campina. Foi seu grande entusiasta então o padre José Pedro Martins. V.G.

Pátio de Letras comemora 3.º aniversário É hoje o principal centro cultural da cidade de Faro, uma das suas referências A livraria Pátio de Letras, em Faro, vai comemorar o seu 3.º aniversário no próximo dia 12 de Julho com festa rija muitas surpresas, disse ao Jornal do Algarve a sua proprietária, Liliana André. Para o efeito, a livraria encerrou as suas portas ao público no último sábado e vai reabrir no dia 8 de Julho. No decurso deste prazo, vai sofrer modificações e algumas melhorias. Num edifício conexo, vai abrir um espaço dedicado ao livro escolar e para--escolar. Também o actual espaço vai ser beneficiado. Refira-se que esta livraria foi colocada pela revista Os Meus Livros entre as cinco melhores livrarias do país. Com amplo bar, a Pátio de Letras está aberta todos os dias até à meia-noite, tendo entretanto se tornado o ponto de encontro da população (não só de Faro) amiga dos livros e dos eventos culturais. Com ampla programação, todas as semanas dão-se apresentação de livros, colóquios, debates, pequenos concertos, acontecem mostras e exposições. Liliana André interrompeu a sua carreira de magistrada do Ministério Público para se dedicar a este seu Pátio na sua terra natal e em boa hora o fez para benefício da cultura algarvia. a Pátio tem crescido culturalmente e é hoje um local obrigatório na cidade. Um espaço não efémero, como costuma dizer a sua proprietária. «Somos uma livraria, não uma real estate de stocks renováveis», costuma assim pronunciar-se Liliana. Ao lado das lisboetas Ler Devagar, Trama, da madrilena Buena Vida, Pátio de Letras foi um sonho que se transformou no principal local de cultura de Faro. V.G.

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Biografia dos homenageados Associação de bem-Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA) A Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA) surgiu da necessidade de construir um Centro de Dia, na sede de freguesia daquela aldeia do concelho. António Manuel Martins Pereira, consciente da importância de uma unidade com estas características, numa freguesia com um elevado grau de envelhecimento, deu o primeiro passo. Em 1984, fundou a ABESFA e, cinco anos depois, foi possível concretizar um dos grandes sonhos da recém-criada instituição, a construção de um Centro de Dia do Azinhal, com a valência de serviço de apoio domiciliário, que numa primeira fase prestava apoio a duas dezenas de utentes na freguesia do Azinhal. Entretanto, alargou a sua esfera de ação a todo o concelho, desde 2002, e atualmente já tem um universo de 80 utentes. A ABESFA procura assegurar a prestação de cuidados individualizados no domicílio a indivíduos e famílias que, por motivos de doença ou incapacidade, não consigam assegurar as suas necessidades básicas.Em 2011, a associação acaba de dar o passo mais gigantesco da sua história, com a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção, de âmbito regional, da autoria do arquiteto José Alberto Alegria. Trata-se de um investimento de 1,8 milhões de euros, sendo que 59 por cento do investimento total é financiado pela câmara municipal e 41 por cento pelo Programa Modelar do Ministério da Saúde. A unidade de cuidados continuados está a ser construída num terreno anexo ao Centro Multiusos do Azinhal, cedido para o efeito pelo município. Quando estiver concluída, dentro de 18 meses, terá capacidade para 32 utentes, aos quais serão prestados cuidados de saúde, convalescença, recuperação e ainda prevê a reintegração de doentes crónicos e pessoas em situação de dependência.

Milhares celebraram Dia do Município em Castro Marim A câmara de Castro Marim comemorou o feriado municipal, dia 24 de junho, com um diversificado programa de animação cultural e musical, em especial dirigido à juventude. O programa de comemorações do Dia do Município teve como ponto alto a atuação da banda Virgem Suta, que juntou milhares de pessoas no Revelim de Santo António. Ainda neste dia, a biblioteca municipal foi palco da sessão solene e da atribuição de distinções municipais a personalidades do concelho, que se têm destacado na vida pública. Os homenageados deste ano foram a Associação de Bem-Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA) e o antigo ciclista José Armando Viegas Madeira, tendo ambos sido distinguidos pela câmara municipal com a Medalha de Honra do Município, Grau Ouro (VER CAIXA). O presidente da autarquia, José Estevens, prometeu ainda neste dia continuar a lutar pelos

José Armando Viegas Madeira

objetivos traçados no início do mandato, nomeadamente “a fixação de melhores condições de vida no território de Castro Marim, a captação de fatores que permitam a criação de trabalhos e desenvolvimento, o combate ao despovoamento e à desertificação do interior, o estabelecimento de condições que permitam o crescimento das crianças e jovens de modo saudável”, assim como “o apoio à terceira idade”. José Estevens não esqueceu, porém, a situação difícil que o país atravessa e que tem reflexos em todos os municípios. “Os meios financeiros à disposição da autarquia para este ano serão pouco mais de metade daqueles que eram há cerca de quatro anos. É, pois, inevitável falar de crise e das consequências que a mesma impõe no desenvolvimento do processo que vínhamos trilhando”, salientou o autarca. Mesmo assim, o presidente da câmara de Castro Marim garantiu que as implicações da crise não vão “arrefecer” nem impedir que a autarquia avance com os projetos mais urgentes.

José Madeira nasceu em 1946 na freguesia de Altura. Foi lá que este castro-marinense despertou para o mundo do ciclismo, uma das maiores paixões da sua vida, tendo começado a correr em provas como ciclista popular, de que são exemplo uma corrida numa pista improvisada, aquando dos festejos das Festas em Honra de Nossa Senhora dos Mártires. As primeiras pedaladas a sério começam em 1964, com 18 anos, quando enverga a camisola do Ginásio Clube de Tavira, clube pelo qual, um ano depois, viria a participar pela primeira vez na Volta a Portugal em Bicicleta. As contrariedades também acompanharam a vida desportiva de José Madeira. Em 1966, uma queda aparatosa na Volta a Portugal, quase fazia terminar, precocemente, a sua carreira. Em 1967 cumpre serviço militar na Póvoa de Varzim, onde conheceu a mulher da sua vida e mãe dos seus três filhos, sendo mais tarde mobilizado para Moçambique, onde participou em várias provas velocipédicas, inclusive na África do Sul. No regresso da vida militar, José Madeira volta a vestir a camisola do Ginásio Clube de Tavira, onde se mantém até 1977, tendo nesse ano conquistado o sexto lugar, na Volta ao Algarve em Bicicleta. Ainda em 1977, obtém o sétimo lugar na Volta a Portugal em Bicicleta. Em 1972, integra o pelotão do Sport Lisboa e Benfica, onde se mantém por alguns anos, correndo com grandes ciclistas como Fernando Mendes e Venceslau Fernandes. Já em 1976, fixa residência em Loulé, ingressando na equipa do Louletano. Um ano depois, na qualidade de «Chefe de Fila», e no momento em que o Louletano é confrontado com alguns problemas, José Madeira corre na equipa do Campinense ao lado de nomes como Manuel Gonçalves, Joaquim Colaço, Carlos Vitorino e José Afonso, equipa onde em 1979 põe um ponto final na sua carreira. Neste palmarés invejável no ciclismo, o castro-marinense José Madeira também conquistou em provas internacionais lugares muito honrosos.

Quinta do Bill nas festas de Altura

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freguesia de Altura, no concelho de Castro Marim, vai celebrar nos dias 1, 2 e 3 de julho, as Festas em Honra do Coração Imaculado de Maria, para as quais são esperados milhares de visitantes. As festividades arrancam na sexta-feira, às 20h00, com a atuação do grupo de folclore “No Mazurka Band”, seguido do con-

certo da banda “100 & Feito”. Neste primeiro dia do evento abre também a Feira de Artesanato de Altura, certame que mostra o melhor das artes e dos saberes tradicionais. Na noite de sábado, a animação musical estará também garantida com um espetáculo protagonizado pelo Duo José Aníbal e José Cunha. O ponto alto das comemora-

ções acontece às 22h00, com a atuação da banda nacional “Quinta do Bill”. Ainda no sábado, tem lugar outro dos pontos mais altos destas festividades, com a procissão da imagem do Imaculado Coração de Maria, pelas ruas de Altura, com os fiéis e devotos da santa unidos em mais esta tradicional homenagem.

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As celebrações do Coração Imaculado de Maria prosseguem no domingo, dia 3, com a realização da Feira de Artesanato e animação musical com os ranchos folclóricos de Martinlongo e da Manta Rota, às 20h00 e 20h30, respetivamente. Mais tarde, às 22h00, é a vez de subirem ao palco os “4 ao Sul” para encerrarem a festa.


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Rosabrava lança álbum de estreia

Música de dança feita em Vila Real Sto. António faz sucesso na internet O trabalho não está à venda e pode ser descarregado da rede de forma gratuita

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á pouco mais de um ano, um grupo de jovens do concelho Vila Real de Santo António ligados à música de dança decidiu avançar com o projeto de criação de um álbum de originais. Depois de um ano de trabalho, o resultado foram 12 temas inéditos que já estão a fazer sucesso na internet. O álbum de estreia de Rosabrava (nome artístico do produtor Hugo Rosa), intitulado “Number One”, foi lançado no último mês de maio e tem a particularidade de ser completamente gratuito. Ou seja, os amantes da música de dança podem descarregar da internet todo o álbum ou apenas as músicas que preferirem, bastando para isso aceder ao sítio do projeto (www.rosabrava.com).

“Só nas primeiras três semanas tivemos mais de 10 mil visualizações e mais de cinco mil downloads, o que é muito bom para um artista que ainda é completamente desconhecido no panorama musical”, conta Messias Carvalho, gestor do projeto, sublinhando que, durante este período, várias dezenas de artistas de diversos países já tinham entrado em contacto com a produtora vila-realense Guadiprod, a solicitar autorização para a utilização de vários temas. Outra das curiosidades é o facto de este ser um trabalho “completamente caseiro”, à exceção da gravação, que foi realizada em estúdios profissionais. “Trata-se de um produto cem por cento caseiro, pois além das poucas condições ao nível da informática, tam-

bém não tenho qualquer curso de produção nem de música. Sempre gostei de música de dança, comecei a interessar-me pela produção, fazia as minhas brincadeiras...”, explica Hugo Rosa, que contou com a colaboração do irmão, músico, que “ia apenas dando a sua opinião à medida que o trabalho avançava”, de sete amigos, entre rapazes e raparigas, que colocaram vozes nalguns temas, e do dj Luís Neves, que levou a cabo a masterização. A forma de financiamento do trabalho é outro dos factos curiosos. “Normalmente, os jovens só se mexem quando alguma entidade, principalmente pública, dá alguma coisa. Mas nós fizemos questão de não pedir ajuda financeira a ninguém”, garante Messias Car-

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valho. O gestor do projeto explica ainda o porquê de o álbum ser completamente gratuito: “Ninguém conhece Rosabrava e não fazia sentido colocar as suas músicas à venda. Muitos dos grandes produtores de música de dança da atualidade começaram assim, dando-se a conhecer de forma gratuita”. Depois do sucesso deste primeiro álbum, que além da internet também está a rodar em muitas rádios, Rosabrava está já a preparar o segundo trabalho. “Já fizemos metade, está muito bem encaminhado e vai ter algumas surpresas”, revela Messias Carvalho, que não quis adiantar mais pormenores. Domingos Viegas


13 Festival Med volta a trazer milhares a Loulé O

Festival Med voltou a trazer ao casco histórico louletano milhares de pessoas que durante quatro dias. Novamente, os palcos receberam alguns dos artistas mais conceituados da world music a par de algumas dicas sobre alguns artistas algarvios cujo trabalho se integra neste âmbito. Os concertos de Jaadu, George Clinton, Balkan Brass Battle e Afrocubism foram os que mais conquistaram o público. Para muitos, o Festival Med é definido como um festival de música, mas não teria o mesmo carisma se não se realizasse na zona histórica e fosse recheado com diferentes propostas gastronómicas, exposições artísticas e exposição de artesanato de diferentes influências sempre com um toque medi-

história do comércio da cidade na reta final do século passado misturados com um património arquitetónico secular. Uma dinâmica que a autarquia quer de alguma forma recuperar com o projeto Charme que está em curso em prol da recuperação e revitalização da zona histórica da cidade. Sofia Cavaco Silva

terrânico. Para os repetentes, o recinto voltou a mostrar também algumas novidades na área das bebidas e comidas com a abertura de espaços inesperados ou surpreendentes. Por exemplo: que tal jantar numa sapataria ou relaxar na varanda de uma imobiliária? Sim, estes foram cenários possíveis com o aproveitamento dos espaços existentes no recinto e que no quotidiano estão encerrados. Para quem só vai ao Centro Histórico de Loulé para o Festival Med, poderá ser interessante visitar a zona fora da época. Para quem já conhece a dinâmica da zona histórica de Loulé durante os restantes dias do ano, de certo não será interessante perceber como ali estão escondidos cantos e recantos que contam uma

Frankie Chavez

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fotos Mira CML

Afrocubism

George Clinton

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Música I Cinema

Fernando Proença

LITERATURA INCLUSA

Número vinte Em pose não fotografamos as pessoas como elas são, os retratos não são verdadeiros. Quando fazem pose, têm tendência a mostrar os dentes e, com isso, a expressão vai-se. Perde-se aquele “Mona Lisa smile”, que é um quase sorriso Ron Gallela, papparazo. Revista Pública de 19-6-2011 Um – Uma amiga minha tirou oitenta e seis fotografias durante um jantar. Para colocar no Facebook e na memória do computador. Se o jantar demorou noventa minutos (penso que foi um bocadinho mais, mas para a conversa não faz grande diferença) teremos - com o jeito que eu apanhei dos políticos para dar a volta às estatísticas – praticamente uma fotografia por minuto. Se descermos um pouco mais para junto da mesa e sabendo que durante uma parte substancial do jantar as pessoas comem, percebo que, num curto espaço de tempo, deve ter tirado tantas fotografias quantas lhe permitia o mecanismo de pôr o dedo, olhar (?), focar e carregar. Ou seja, a técnica alterou o modo como hoje se fotografa. Seis milhões de pessoas já tinham percebido isto antes mas nenhuma delas se chama Fernando Proença. Hoje, tirar vinte, trinta, duzentas fotografias durante um lanche de chá e torradas, tornou-se um passatempo. O ato de fotografar dessacralizou-se (agora embrulhem) e com ele foi-se todo o cerimonial, da pose e do sorriso mais ou menos forçado para a câmara. E todos os meus três leitores vão dizer que bom termos abandonado a pose. Queremos algo que se aproxime à realidade, não um sorriso fingido. Mas será a-

fotografia a realidade e não mais que a realidade? Agora um pouco de história: D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal. Na fotografia e antes da era digital, tínhamos um rolo de dezoito ou trinta e seis fotografias (que rendiam sempre um pouco mais ou não; não me lembro já porquê). D. Afonso III, rei que conquistou Faro e Albufeira. Depois, com a era digital, criaram-se cartões de memória e com um disco rígido podemos guardar milhares de fotografias, isto depois do levantamento militar de 25 de Abril de 1974, nos ter aberto o caminho para a democracia. Tudo isto criou (isto já sou eu a falar) um distanciamento em relação à nossa relação, máquina/objeto fotografado. Enquanto que antes o custo e os aspetos logísticos (onde guardar tantos rolos) obrigavam-nos a pensar duas (ou bastante mais) vezes sobre o que queríamos fotografar, agora podemos encher uma pen, ou quantas quisermos. Inevitavelmente que, com essa transformação também a forma como olhamos para as fotografias é diferente. Hoje tiramos fotos a tudo o que mexe (o que não mexe também tem direito) sem necessidade de procurar o melhor ângulo, o melhor sorriso. Forçada ou não a pose era – talvez - o melhor sorriso a que tínhamos direito. Agora não precisamos de pose para nada. A fatal realidade substituiu a encenação. Mas não é sempre uma encenação o que fazemos quando captamos um instante, um qualquer instante? Vamos então passar a colecionar fotos não como se colecionavam selos, mas numa zona entre encontrar pequenos búzios de mar e pedrinhas roladas pela rebentação da praia. O esforço custa pouco e é capaz de ter piada andar de rabo para o ar, numa manhã de maré vazia. O caso é que um mês depois já ninguém se lembra onde estão as conchas e bem vistas as coisas, na relação esforço/resultado final é o melhor que podia ter acontecido. Ou seja, muitas fotos e nem uma para lembrar. Dois – Com a música está a acontecer uma coisa parecida. Os colecionadores de discos (subcategoria em que me incluo apenas no número, ou númaro, como se diz agora). Antes, a malta, para mostrar os galões, dizia: tenho mil

discos; ou tenho toda a discografia dos Rolling Stones, versões inglesas e norte-americanas – e asseguro-vos que teria muito dinheiro empatado. Hoje temos a mesma ideia mas uma conversa diferente. Tenho quinze megas de música latina que saquei da net. Aquele camarada passou-me os ficheiros que tinha de música sul-africana. Fiquei com dois gigas de música na memória do computador. E é nessa cagança, a que nenhum de nós colecionadores está imune, que resulta aquilo onde eu quero chegar. Existe um determinado nível de audição (com cds, ficheiros) em que é humanamente impossível, ouvirmos música com ouvidos de ouvir. Demasiada música. Passamos por cima. Três – Por falar em números. Outro dia li sobre como se fará o novo negócio da Warner. Fazer discos de quatro ou seis músicas, os chamados EP. Ou noutra linguagem os Máxi– Singles. A ideia é voltar atrás com a tendência crescente, dos primeiros anos do século XXI, em que havia que esgotar a capacidade de gravação de um cd (80 minutos). A voz corrente é que ninguém tem hoje paciência para discos originais de oitenta minutos. Que ninguém quer pagar por doze temas, quando só quatro valem a pena. Que um maxi de quatro ou seis músicas faz exatamente à música o que os primórdios do disco obrigavam. Só pode apresentar seis temas. Tem doze. Joga seis fora, ou guarda para a próxima. Isto tudo aproxima a música do seu início, quando no princípio dos anos sessenta os grupos editavam um single de vinil de trinta e três rotações, com um tem de cada lado. Foi o advento do LP (com muito mais capacidade, logo gerando mais lucros), que potenciou, por exemplo, os discos conceptuais, que tanto nos alegraram / baralharam (riscar o que não interessa) a cabeça. O disco – Rolling Stones – “Exile on Main St” – LP Duplo (1972) – CD simples (?) – Reedição CD, com extras – 2010. Exile on Main St não é só o disco duplo (dezoito temas; dez no primeiro disco, oito no segundo) que resultou num cd simples, pelo aumento de capacidade. Dezoito músicas escolhidas, cuidadosamente gravadas e produzidas.

Estamos, sim, perante uma gravação em que o processo e o entorno são tão importantes como o resultado final. Para perceber valeria a pena contar uma pequena história: fartos do Estado inglês, que os queria castigar com impostos pela sua falta de vergonha, decidem encerra-se na Côte D'Azur, numa mansão próxima de Cannes, entretanto alugada por Keith Richards. Levam um tema acabado, “Sweet Virginia” (excelente, sobrante de do disco “Sticky Fingers”) e muitas ideias sobre como fazer música que os trouxesse para junto do espírito dos bluesmen de Chicago dos anos 60. Depois (como alguém notou antes de mim) estavam na posse de tudo o que precisavam para compor: instrumentos, mulheres e droga. O resultado é um disco sem grandes temas para a sua conta de hits (o plano de gravação…não existia), mas com um ambiente incrível de amor pelo rock e riffs de guitarra, profundamente insinuante e com uma energia sexual que nunca mais viriam a igualar. Capaz de encaminhar (ou desencaminhar) qualquer aspirante a músico, salpicado por temas mal acabados, vale pelo seu todo mais que pelas partes. Para Keith Richards é o melhor disco do grupo. Para Jagger nem por isso. Muito mal recebido pela crítica na altura, tem vindo a melhorar muito com os anos em cima. Vamos agora entrar no túnel do tempo. Como seria nos dias que correm? Estas dezoito músicas reduzidas a seis. O que se perdia? O que se ganhava?

Apontamento de Cinema Ou morro, ou fico melhor "Quando o pai abandona a família, Martial, um rebelde de 16 anos, tem de se mudar com a mãe para um apartamento mais pequeno. A separação dos pais e a adaptação a um novo local exarcebam o isolamento do adolescente e o seu ódio ao mundo. Na escola, Martial lida dificilmente com a ideia de fazer novos amigos e aproxima-se de um par de gémeas, Colette e Ernestine. Os três entregam-se a aventuras que rapidamente se transformam num desvio perturbante..." Das relações difíceis entre mãe e filho, até ao despoletar da irrequieta adolescência de três jovens, nos subúrbios franceses, um filme realista bem atual. Excelentes interpretações. Realização: Laurence Ferreira Barbosa.

Com: Florende Thomassin, François Civil, Marine Barbosa, entre outros. Distribuição: Atalanta Filmes. Vítor Cardoso

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OCIEDADE

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30 I junho I 2011 JORNAL do ALGARVE

II FESTIVAL MULTICULTURAL

Olhar o mundo com outros olhos a partir de Olhão O Jardim Pescador Olhanense é o anfitrião da segunda edição do Festival Multicultural Olhares que vai decorrer começa hoje e termina a 3 de julho. Este é um evento que abraça a música, a dança, o artesanato, o teatro, a gastronomia e as exposições como forma de promoção do diálogo e do ultrapassar preconceitos sobre as culturas das comunidades imigrantes. A organização está confiante que este é um evento que irá fazer as delícias dos visitantes através dos encantos de diversos países representados no recinto. O programa inclui animação com dança oriental, brasileira, capoeira, folclore português, flamenco e dança africana e espetáculos da Orquestra de Ritmo do Algarve, Las Niñas – Grupo de Dança Cigana, do Centro Comunitário Horta da Areia, o Grupo Folclórico da Associação Doina. “A minha camisola vale mais do que a tua” é a proposta na área do teatro que vai ser apresentada neste evento e que é levada a palco pelo grupo Teatro do Oprimido. Uma iniciativa da responsabilidade da Associação MOJU e que é apoiada pela autarquia olhanense.

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"Verão em Tavira" arranca hoje A abertura do programa “Verão em Tavira” ocorre hoje, dia 30, na Praça da República, com um concerto pela Orquestra do Algarve. No Museu Municipal de Tavira/ Palácio da Galeria, vão ser inauguradas, no dia 9 de julho, duas importantes exposições. “Pintura Interrogada” é a primeira apresentação de Luis Gordillo em Portugal, referência maior das artes visuais de Espanha e europeia, considerado um dos pintores-chave da contemporaneidade, a quem foi atribuído pelo Estado espanhol em 2007, o Prémio Velásquez, apresentando-se a sua obra antológica no Museu Nacional Reina Sofia. “Fotografar. A Família Andrade, olhares sobre Tavira”, será uma apresentação do espólio fotográfico com características já históricas, a partir de um século no trabalho de três gerações de fotógrafos profissionais da cidade, os Andrades, exposição que acompanhará também a evolução da tecnologia e os processos fotográficos ao longo do século XX. Já na sétima edição, o “Cenas na Rua” – Festival Internacional de Teatro e Artes de Rua, encherá as praças e largos da cidade, de 1 a 18 de julho. Os Pipo Total e Les Colporteurs (França), Bash Street Theatre (Inglaterra) os Alkimia 130 e Clown Cabaret (Espanha) acompanham os portugueses Circolando, Teatro ao Largo, Teatro da Serra de Montemuro, ao Luar PUB

Teatro, Armação do Artista e Al-Masrah Teatro. A estas companhias de teatro juntar-se-ão a dança contemporânea do Quorum Ballet e um concerto-instalação do pintor Fernando Pinheiro e do músico Zé Eduardo. Prevista, ainda, está uma série de concertos em agosto: Tereza Salgueiro (dia 5), Carlos do Carmo (dia 11) com a Big Band de Claus Kymark, Rui Veloso (dia 17) e a fadista da nova geração Carminho (dia 26). No terraço do Museu Municipal de Tavira/ Palácio da Galeria, em julho, decorre a segunda edição do “Jazz no Palácio”, cujo programa contempla a cantora

Maria João com “Ogre” (dia 27), João Firmino Quinteto (dia 28), o Guitolão (dia 29), o novo cordofone português e Lume Big Band (dia 30) concerto com um coletivo de 15 músicos de diversas áreas musicais. Marcarão ainda presença em julho e agosto as já habituais feiras do Livro, de Antiguidades, dos Ofícios e do Disco, assim como uma feira de stocks. No âmbito da gastronomia, estão agendados o Festival da Ostra e Outros Mariscos (15 a 17 de julho) e o Festival do Polvo, em Santa Luzia (28 a 31 de julho).


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OCIEDADE

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Efemérdes

30 I junho I 2011 www.jornaldoalgarve.pt

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VOU ALI…E JÁ VENHO AMÉRICO BRITO

Foi no dia 1 de junho de 1784 que nasceu em Lagos, José Baptista da Silva Lopes, barão de Monte Pedral desde 13 de setembro de 1855. Assentou praça em 1797 no Regimento de Artilharia de Lagos. Veio a concluir o curso de Engenharia na Academia de Fortificação. Tomou parte ativa nos dois cercos de Badajoz, chegando a ter a vida por um fio no decorrer do segundo cerco. Tenente-coronel desde 1823 e engenheiro militar, deve-se-lhe o êxito do desembarque das tropas miguelistas na vila da Praia, nos Açores. Chefe do Estado-Maior de expedição desembarcada no sul do Mindelo, foi promovido a marechal-de-campo a 10 de setembro de 1845 e a tenente-general em 6 de junho de 1847. Foi no dia 2 de junho de 1833 que morreu no Porto, Sebastião Drago Valente de Brito Cabreira. Tinha nascido em Faro, no dia 5 de janeiro de 1763. Fidalgo da casa real, formou-se em Matemáticas na Universidade de Coimbra. Alistou-se no Exército e, já como oficial, combateu em França e Espanha. Foi comandante de artilharia na Beira Baixa e em 1808 teve ação importante na revolta contra os franceses em Faro. Na sua terra natal foi nomeado vice-presidente da Junta Provisória do Supremo Governo do Reino e, em Lisboa, presidente da Junta Preparatória das Cortes. Participou nas campanhas liberais nos Açores, e no cerco do Porto, durante o qual faleceu. Tinha a condecoração da Torre e Espada e era visconde da Guarda. Foi no dia 5 de junho de 1969 que morreu em Lisboa, Francisco Fernandes Lopes. Tinha nascido em Olhão no dia 27 de outubro de 1884. Em 1911 formou-se na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde se doutorou cinco anos depois, com o estudo Drogas e Farmacopeia. Ainda estudante foi redator da República Portuguesa, então publicada em Lisboa, e mais tarde veio a pertencer ao Grupo da Renascença Portuguesa, do Porto. Dedicou-se a estudos de medicina, de musicologia e de temas literários e históricos, tendo apresentado valiosas achegas para melhor conhecimento das navegações henriquinas. Como musicólogo compôs as óperas Belkiss, baseada na obra homónima de Eugénio de Castro, e Balada de Fumo, 1913. Os seus ensaios encontram-se dispersos por jornais, revistas e publicações colectivas. Foi no dia 11 de junho de 1965 que morreu, em Lisboa, José Mendes Cabeçadas. Tinha nascido em Loulé no dia 19 de agosto de 1883. Estudou na Escola Politécnica e na Escola Naval. Após ter prestado serviço em Moçambique (1908-1909), participou na preparação do movimento que implantou a República. Na noite de 3 para 4 de outubro de 1910 assumiu revolucionariamente o comando da Adamastor, dando o sinal para o início da revolução que implantou a República. Comandou diversos navios durante a I Guerra Mundial. Foi dos elementos mais ativos na preparação do 28 de maio de 1926, passando depois a chefiar o governo, em que reservou para si quase todas as pastas. Semanas depois foi derrubado pelo golpe de Estado do general Gomes da Costa. Teve acção notável à frente do Arsenal do Alfeite. Foi promovido a vice-almirante em 1937. Foi no dia 16 de junho de 2007 que morreu o algarvio, Francisco Seruca Salgado. Tinha nascido no dia 23 de junho de 1944. Em 1973 foi um dos fundadores do Partido Socialista (PS). Três anos antes tinha iniciado a sua carreira de jornalista no “Jornal Novo”. Resolvendo dedicar-se exclusivamente ao jornalismo, entregou o cartão de militante do PS e ingressou na RTP, onde trabalhou no “Telejornal” e nos programas “Grande Reportagem” e “Portugal sem fim”, desempenhando também o cargo de chefe do Departamento de Documentários”. Foi no dia 17 de junho de 1658 que nasceu, em Tavira, Diogo de Mendonça Corte Real. Estudou na Universidade de Coimbra, onde se formou em Cânones (1686) e em Leis (1687). Ligado por laços de sangue a casas aristocráticas de Portugal e Espanha, teve fácil acesso à carreira dos negócios públicos. Era corregedor da Câmara do Porto quando foi enviado como ministro extraordinário à Holanda (1691), onde solucionou, com vantagem para Portugal, complexas questões pendentes. Igual cargo desempenhou em Madrid (1694-1730). Foi secretário das Mercês (1706), tendo sido o ministro dileto de D. João V. Teve ação relevante na orientação das negociações do Tratado de Utreque, em 1715. Foi um dos cinquenta membros fundadores da Academia Real da História, instituída por D. João V em 1720. Morreu em Lisboa no dia 9 de maio de 1736. Foi no dia 21 de junho de 1952 que nasceu em Alcoutim, José Miguel de Alegria Mendes Faria. De tenra idade foi levado pela família para Castro Marim, tendo-se fixado em Vila Real de Santo António, quando tinha apenas 4 anos de idade. Aí concluiu os estudos primário e secundário, matriculando-se de seguida no Instituto Superior de Engenharia, no Porto, primeiro em Construção Civil e Minas, licenciando-se em Ensino de Educação Tecnológica. Na cidade nortenha leccionou e organizou a sua vida pessoal. Foi voluntário na Cruz Vermelha e trabalhou na Associação de Paralisia Cerebral do Porto. Regressando ao Sul, passou pelo Alentejo onde foi professor em Mora de 1982 a 1992.Finalmente chegou ao “seu” Algarve para lecionar em Tavira e, posteriormente, se fixar definitivamente em Castro Marim, sendo diretor do Agrupamento de Escolas de Castro Marim. Em termos sociais foi membro da Associação Municipal de Castro Marim. Ali morreu em abril de 2010.

Morreu José Maria da Piedade Barros e com ele o jornalismo algarvio perdeu mais uma velha árvore... > NETO GOMES Faleceu na passada sexta-feira em Lisboa, o nosso querido amigo e companheiro das lides jornalísticas, José Maria da Piedade Barros. O fundador e ao longo de mais de meio século diretor do jornal A Voz de Loulé, nasceu em Loulé, na freguesia de S. Clemente, a 26 de fevereiro de 1923. Todavia, ainda menino ficou órfão de mãe e de pai, e teve que rumar a Lagos, onde passou a trabalhar na Tipografia Lacobrigense e no “Jornal de Lagos”, propriedades de seu primo Francisco Paula. Mais tarde, mudou-se para Lisboa, onde trabalhou na Tipografia da Papelaria Fernandes, tendo mais tarde trabalhado e dirigido a Tipografia Socorro, em Vila Real de Santo António, onde conheceu sua esposa Maria de Lourdes, também já falecida e que era natural de Vila Real de Santo António. Na cidade pombalina, José Maria da Piedade Barros conheceu José Manuel Pereira, antigo chefe de redação e diretor do Jornal do Algarve, cuja amizade ficou mais sólida quando ambos cumpriram o serviço militar nos Açores. Regressado a Loulé, José Maria da Piedade Barro, fundou a Gráfica Louletana, que foi uma autêntica escola em artes gráficas para alguns dos principiais gráficos que hoje operam em Loulé e noutros lugares do Algarve. Contudo, o dia 1 de dezembro de 1952 é assinalado com a chegada do primeiro número de “A Voz de Loulé”, tendo como diretor a ilustre figura do Dr. Jaime Guerreiro Rua. Desde esse dia, como proprietário e, mais tarde, também como diretor do jornal, fez de “A Voz de Loulé” uma instituição respeitada que hoje faz parte do património histórico e cultural do Algarve e da toponímia da cidade. José Maria Barros foi um homem corajoso e determinado. Viveu algumas adversidades, mas não vergou nos posicionamentos que defendeu, também em nome da liberdade de cada homem, sendo um enorme lutador, sublinhando-se que muitos daqueles que ontem o atacaram e que lhe retiraram a placa da rua Voz de Loulé, que foi colocada, pela primeira vez, pelo então presidente da autarquia, José António Guerreiro Cavaco, são aqueles que hoje, por estratégia política mas sem credibilidade, procuram defendê-lo, como se a defesa de um homem estivesse ao sabor de motivações estranhas às questões dos afetos, da qualidade profis-

sional da frontalidade e do humanismo. Tive o prazer de com ele colaborar em períodos bem diferenciados. Fui um colaborador fidelíssimo e um amigo, daqueles amigos discretos, mas presentes. Foi então, enquanto líder da bancada do PS na Assembleia Municipal, e mesmo com vozes contras da minha bancada, que consegui apresentar e fazer aprovar uma moção de reconhecimento, quando da passagem dos 50 anos de vida de A Voz de Loulé, ao qual o Jornal do Algarve, na sua «Magazine» dedicou a capa e uma extensa entrevista. José Maria Barros ainda assistiu em vida, depois de um longo e estranho vazio, à determinação do Dr. Seruca Emídio, atual presidente da Câmara Municipal de Loulé, em man-

dar colocar, na toponímia da cidade – que tão injustamente tinha sido retirado – o nome do jornal “A Voz de Loulé”, numa justa e perpétua homenagem, não apenas a um homem, mas a um jornal, e quem investiga é que sente, que é um grande património do concelho de Loulé, do Algarve obviamente do país. José Maria da Piedade Barros foi agraciado pela Câmara Municipal de Loulé com a Medalha Municipal de Mérito – Grau Prata, em 1999. Esta é a homenagem do Jornal do Algarve a um velho amigo, que andou lado a lado connosco, desde José Barão e José Manuel Pereira até ao Dr. Fernando Reis. Que descanse em paz e que lá em cima faça o que sempre fez, ensinar o mundo a não ter medo…

Rádio SANTO ANTÓNIO

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Campanha de preços mínimos até 15 de Julho O Algarve conta já com 8 Lojas da insígnia Page One : Albufeira, no C.C. AlbufeiraShopping; Albufeira, na Rua do M.F.A.; Guia, Retail Park de Albufeira ao lado do AlgarveShopping; Olhão, no Ria Shopping; Portimão, no Retail Center; Quarteira, em frente à Câmara e Tavira, no C.C. Gran Plaza e , agora, a Page One Lagos, que está PUB.

ainda maior, para servir cada vez melhor e cada vez mais famílias. Para isso, nada melhor do que estrear uma mega campanha, recheada de peças giríssimas, com preços arrasadores, em toda a gama, como por exemplo Tops e T-shirts a 3,99 E, corsários 9,99 E e brincos a 1,99 E A campanha de menos 30% decor-

re até 15 de Julho e está limitada ao stock existente. A insígnia Page One pertence a uma forte rede internacional que conta com mais de 1400 lojas e cujo objectivo é proporcionar a todos os que gostam de estar sempre na moda, tendo por isso uma vasta gama que agrada a todos os gostos e idades e

sobretudo, nos tempos que correm, a todas as carteiras, já que os seus preços são imbatíveis. Este ano, a Page One celebra o seu terceiro aniversário em Portugal e já conta com meia centena de lojas em todo o país. E não vai ficar por aqui… em breve novas lojas abrirão a nível nacional. A ampla loja de 250 m2 situa-se

Rua Joaquim Tello no Centro Histórico, e está aberta todos os dias das 10h até 19h (com interrupção das 13h-14h). Durante todo o ano a Page One promete fazer campanhas apelativas, sempre com muita qualidade e variedade, a baixo preço. Page One, Sempre na moda, por tão pouco!


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A praia da Luz foi a primeira a disponibilizar uma cadeira de rodas anfíbia (tiralô) no Algarve, já lã vão cerca de onze anos

A região conta este ano com cerca de 40 praias onde foi hasteada a bandeira de “praia acessível”

PRAIA DA LUZ (LAGOS) E MANTA ROTA (VRSA) CONSIDERADAS EXEMPLOS A SEGUIR

Praias acessíveis são caso de sucesso no Algarve Em todo o litoral algarvio há cerca de quarenta praias acessíveis que permitem às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida tomarem banhos de sol e mar. A praia da Luz, no concelho de Lagos, e a praia da Manta Rota, em Vila Real de Santo António, foram mesmo consideradas as melhores > NUNO COUTO Cerca de quarenta praias da região dispõem de condições de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade condicionada, ostentando este ano o símbolo de “praias acessíveis”, sendo estas estâncias balneares cada vez mais procuradas pelos veraneantes. Na época balnear de 2009, a praia da Manta Rota destacou-se entre 17 candidatas e conquistou a primeira edição do prémio “Praia Mais Acessível”. Já em fevereiro deste ano, foi anunciado que o prémio relativo ao ano 2010 também ficava na região algarvia, tendo sido atribuído à praia da Luz, concelho de Lagos. “Este galardão é um complemento à bandeira azul e implica a criação de condições relacionadas com as acessibilidades”, explicou ao JA António Marreiros, vereador do Ambiente da câmara de Lagos, na semana passada, durante a cerimónia de hastear da bandeira. Acessos pedonais à zona de banho, aos apoios de praias e aos postos de socorro, estacionamento ordenado, passadeira no areal e sanitários adaptados a pessoas com deficiência são os critérios definidos para a atribuição do

galardão pelo Turismo de Portugal e Instituto Nacional Para a Reabilitação. “Foram feitos vários melhoramentos na praia da Luz para poder ser utilizada por todos, nomeadamente com a criação de um passadiço no areal, a requalificação dos apoios de praia e a construção de balneários”, frisou o autarca, acrescentando que a câmara está a fazer todos os esforços para melhorar as condições de todas as praias do município.

As melhores praias do mundo... para todos! Segundo António Marreiros, este prémio é mais um contributo para que Lagos e o Algarve sejam conhecidos pelas “melhores praias a nível mundial”, onde a qualidade da água e da areia, bem como as condições de acessibilidade, são difíceis de bater. “Esperamos que a qualidade das nossas praias seja um grande atrativo de turistas este verão”, salientou o vereador da câmara de Lagos. Como já referimos, para uma zona balnear ser considerada acessível deverão estar garantidas algumas condições imperativas, como a facilidade de acesso e estacionamento, rampas e passadeiras até à zona de toldos e o mais próximo da água possível, instalações sanitárias adaptadas e

situadas em local de fácil acesso, assim como deve estar garantido o acesso ao serviço de primeiros socorros. Mas as praias da Luz e da Manta Rota foram mais longe e cumprem outros requisitos, como a existência de cadeiras de rodas anfíbias (tiralôs), que permitem o acesso à água. “São estas pequenas coisas que fazem toda a diferença para as pessoas deficientes ou com mobilidade reduzida. E é também uma grande mais-valia para o concelho”, sublinha Eduarda Santos, diretora do Núcleo de Educação da Criança Inadaptada (NECI), que há onze anos disponibiliza o serviço de tiralô na praia da Luz – a primeira do Algarve.

Modelos a seguir Andreia Pereira, 25 anos, e Luísa Vieira, 46, são duas das utentes da NECI que viram a sua vida mudar com este projeto. “Antes era muito difícil ir tomar um banho ao mar, mas agora temos caminho livre até à água”, refere a jovem Andreia. Para a Luísa, a praia da Luz tornou-se sinónimo de “grande diversão”, pois os melhoramentos realizados pela autarquia e pela NECI permitem a todos “fazer aquilo que gostamos sem barreiras”. “Para quem vive com pro-

praias do país ao nível das acessibilidades, em 2009 e 2010, respetivamente. Estas “praias para todos” são um sucesso no Algarve e atraem cada vez mais munícipes e turistas blemas de mobilidade, este projeto é extremamente importante”, enfatiza a diretora do NECI, acrescentando que as idas à praia são “uma fonte de alegria e boa disposição para os utentes que antigamente estavam afastados destes espaços, devido aos imensos obstáculos que entretanto foram eliminados”. “As mudanças permitem agora que os 30 utentes da nossa instituição, entre os 18 e os 46 anos, mas também todas as pessoas com problemas de mobilidade, possam usufruir da praia como todos os outros cidadãos, incluindo tomar ba-

nho numa cadeira anfíbia”, destaca Eduarda Santos. Mas a NECI não se fica pelas brincadeiras na areia nem pelos banhos de mar. Os utentes também podem desenvolver outras atividades no apoio de praia, nomeadamente desportos náuticos, como caiaque, passeios de banana ou até flyfish (bóia amarrada a um barco a motor)! Já a câmara de Vila Real de Santo António evidenciou que o prémio atribuído à praia da Manta Rota, em 2009, no âmbito do projeto “Praias Acessível – Praia para Todos”, faz desta estância balnear “um

modelo a seguir em termos de requalificação e acessibilidade”. “Este prémio pretende reconhecer as praias que, durante a época balnear, se venham a distinguir ao nível das boas práticas instituídas na área das acessibilidades”, sublinhou a autarquia. Segundo apurámos, são também cada vez mais os munícipes e os turistas nacionais e até estrangeiros que se deslocam todos os verões a algumas praias algarvias, só por causa de serem praias acessíveis e com boas condições de apoio a pessoas com mobilidade reduzida.

Lista das praias acessíveis Albufeira: Rocha Baixinha Nascente, Salgados, Manuel Lourenço, Maria Luísa, Evaristo, Galé Leste, Galé Oeste, Barraco das Belharudas, Olhos de Água, Oura, Peneco, Santa Eulália e Pescadores Alcoutim: Pego Fundo Aljezur: Monte Clérigo Castro Marim: Alagoa/Altura e Cabeço (Retur) Faro: Faro-Mar Lagoa: Senhora da Rocha e Carvoeiro Lagos: Meia Praia, Luz, Porto de Mós e Batata Loulé: Vilamoura, Quarteira, Vale de Lobo e Garrão Poente Olhão: Fuzeta Ria Portimão: Vau, Marina e Alvor Silves: Armação de Pêra Nascente Tavira: Barril Vila do Bispo: Salema Vila Real de Santo António: Manta Rota, Lota, Monte Gordo e Santo António


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Visita guiada O grupo The Company trouxe ao Teatro Municipal de Portimão o espetáculo "As you are now so once were we". Uma visita guiada ao coração de Dublin no âmbito do ciclo "Cidades Invisíveis". Um convite à partilha das emoções de uma das mais enigmáticas cidades irlandesas > ANA OLIVEIRA

S. Brás de Alportel e Alcoutim analisadas ao pormenor «Entre As Cidades e A Serra» é um livro curioso organizado por Renato Miguel do Carmo, que se dedica a estudar e a analisar o interior algarvio e que acaba de ser apresentado em Faro pelo Prof. João Guerreiro, reitor da Universidade do Algarve, e por Alberto de Melo, ligado a Associação In Loco. A maior curiosidade científica deste livro está no estudo comparativo de dois centros urbanos da serra algarvia que tiveram destinos diferentes: São Brás de Alportel e Alcoutim. São Brás cresceu e rejuvenesceu-se. Alcoutim andou em sentido contrário, despovoou-se e envelheceu. Porquê? A resposta encontramo-la na sua curiosa leitura. Dois espaços rurais que se moveram no tempo em sentido contrário. Na edição colaboraram Sofia Santos, Maria Manuela Mendes e Daniel Melo. Um livro interessante que traça os perfis do interior algarvio, a sua sustentabilidade, analisa a mobilidade dos espaços. O livro resulta de um projeto de investigação que foi ao encontro no interior de duas realidades próximas mas distantes do ponto de vista demográfico e socioeconómico. A apresentação decorreu na livraria Pátio de Letras. V.G.

LIVRO ENCONTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL

“Heróis de Faro e Olhão” apresentado ao público A Associação de Valorização do Património Cultural e Ambiental de Olhão (APOS) apresentou ao público um livro inédito que diz ter descoberto na Biblioteca Nacional de Lisboa. Trata-se da «Restauração dos Algarves ou Os Heróis de Faro e Olhão». Esta obra inclui uma peça de teatro histórico com cerca de 200 anos. António Paula Brito, da APOS, fez a apresentação desta obra, em sessão que decorreu na Sociedade Recreativa local. A sessão foi acompanhada com uma performance de expressão dramática pelos jovens do projeto Bom Sucesso do Movimento de Olhão de Juventude (MOJU). Ainda de acordo com aquele dirigente, o livro agora revelado terá sido concebido em 1809, enfabulando a questão da revolta, de Olhão e Faro, contra os franceses por altura da sua primeira invasão. Encontrado na mencionada Biblioteca Nacional, foi agora reeditado pela APOS. A Câmara de Municipal de Olhão subsidiou a edição. V.G.

Ele passa e os outros observam. Ele vive e os outros fazem o possível por merecerem viver ao pé dele. Mas esta descrição, sempre articulada com as caixas de cartão desenhando a cidade de pedra e cal, cai por terra quando um outro elemento começa a contar a sua odisseia na cidade. É uma rapariga jovem bonita e loura, e, pela sua descrição, não simpatiza muito com o primeiro rapaz. Acha-o convencido e, apesar de não se conseguir lembrar de muita coisa, descreve a sua viagem por Dublin de forma completamente diferente. A cidade permanece, assim como o seu ritmo, espelhados na manipulação das caixas. No entanto, a descrição da viagem é completamente diferente. E tudo volta ao início e tudo volta a ser diferente na mesma cidade. A cidade que aco-

lhe os seus habitantes e as suas histórias da mesma maneira, deixando-os contar a sua aventura, a sua odisseia na qual cada um é o protagonista da sua própria história. A cidade não se revela como uma selva, ou como um espaço desprotegido e perigoso à mercê de meliantes mal intencionados. A cidade revela-se acolhedora e disponível para receber todos, independentemente das suas histórias e da maneira de as contar. Curiosamente os movimentos de construção da cidade que se viram no início do espetáculo são repetidos com a mesma exatidão e o mesmo cuidade anteriormente observado. Depois do terceiro elemento ter descrito a sua cidade, não perdendo a sua individualidade, o quarto elemento já não a exemplifica da mesma maneira. O ciclo iria recome-

Museu de Portimão revela histórias do mar aos mais novos O Museu de Portimão volta a propor aos mais novos uma semana diferente, à descoberta das histórias do mar e dos seus habitantes, através de um programa especial para ocupação dos seus tempos livres. Dirigida a jovens dos sete aos 12 anos, a iniciativa pretende proporcionar “umas férias de verão diferentes e divertidas a partir de vivências no Museu de Portimão, estimulando a sua criatividade, a capacidade de expressão e o trabalho em grupo, com um conjunto de atividades pedagógicas de caráter lúdico relacionadas com a envolvente marítima de Portimão”. O programa será dividido por dois grupos diários (das 9h30 às 12h00 e das 14h30 às 17h00) com um máximo de 15 participantes cada, e tem por tema principal “Formas e seres marinhos”, através da modelação, utilizando a técnica do papier maché.

Filipe da Palma/CMP

INTERIOR ALGARVIO INVESTIGADO

A jovem companhia irlandesa The Company construiu um espetáculo que mostra a odisseia de quatro amigos pelas ruas de Dublin. O espetáculo, criado e interpretado por Brian Bennett, Nyree Yergainharsian, Rob Mcdermott e Tanya Wilson, começa com um momento coreográfico em que os quatro atores empilham e distribuem caixas de cartão pelo espaço. À semelhança das peças de construção usadas para fazer brinquedos os atores sugeriam diversos tipos de construção como uma casa, um quarto, uma sala de refeições, o interior de uma casa, o interior de uma cidade. O pulsar das ruas, o trânsito, o movimento de Dublin. Quatro amigos que partem à descoberta de uma cidade descrevendo o seu dia, à semelhança de Joyce, quando embarca na viagem através do Bloom. A viagem, depois do arrumar da cidade, começa com um despertar, a higiene matinal, a escolha do guarda-roupa e a primeira refeição partilhada. As caixas tomam formas diferentes e obrigam o espetador a assumir uma compreensão diferente para cada elemento cénico. A crítica mordaz à religião que ordena e domina as refeições está apontada na obsessão de dar graças antes de as partilhar. Depois, na exploração da cidade, cada elemento conta a história à sua maneira. O macho mais agressivo coloca todos os amigos a viverem a cidade de acordo com a sua passagem.

çar e os espetadores aperceberam-se que tudo aquilo era um círculo que se ia alimentando de si próprio, fazendo com que cada um revivesse a parte da memória que lhe tinha feito sentido. Quem quisesse juntar o ser fragmentário do espetáculo só tinha de ligar os vários sinais. Segundo a produção, "As you are now so once were we é, sobretudo, uma peça sobre a experiência de leitura de Ulisses e não sobre a história do próprio Ulisses. Não é uma peça sobre Leopold Bloom ou sobre a sua mulher traidora, mas sim sobre todas as coisas que nos fazem acreditar e sentir que estamos num espaço, num só espaço ao qual pertencemos. E este espaço não é necessariamente uma localização geográfica, mas sim um sentimento intangível de que temos muito mais em comum do que pensamos. Não é uma história, mas sim um sentimento, uma ideia, uma crença que é ao mesmo tempo pessoal e universal. As you are now so once were we redescobre o significado de se ser irlandês, partilhando com o público esta descoberta." “As you are now so once were we” intensifica o desejo de partilhar com estes irlandeses o privilégio de palmilhar as ruas de Dublin e de conseguirmos agarrar essa sensação de felicidade que pairava no ar. Um espetáculo divertido e rigoroso que convida tanto à leitura de Joyce como à visita in loco à própria Irlanda.

As inscrições individuais, a realizar diretamente no museu, custam sete euros e os interessados deverão optar por um dos seguintes períodos: 27 de junho a 1 de julho; 4 a 8 de julho; 11 a 15 de julho; 18 a 22 de julho; e 25 a 29 de julho.


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Desabafo ou "No céu cinzento..." > Miguel V eloso* Veloso*

… Sob o astro mudo Batendo as asas Pela noite calada... Durante muitos anos ouvimos falar dos méritos e virtudes das ocidentais sociedades europeias, do equilíbrio, da justeza e do rigor das suas livres e muito democráticas políticas económico-sociais. Esta equilibrada sociedade tinha como suporte político uma democrática alternância de poder entre as duas das mais influentes correntes politicas europeias, numa aparente e perfeita relação entre

os poderes político e económico, com a promoção de uma politica socialmente justa. Esta harmoniosa relação e a justeza das políticas sociais implementadas, serviu exclusivamente de arma política e ideológica, em contraponto ao tipo de organização social dos chamados países do leste, ou da “cortina de ferro”. De forma natural e para defesa e reforço desta perfeita, muito democrática, equilibrada e justa sociedade ocidental, nasceu a CEE (comunidade económica europeia) que, como o próprio nome indica, tinha como princípio a

CRÓNICA DE UM OUTRO ALGARVE

Um relato singular e um homem excepcional

> João Leal

Foi, se a memória não nos traia, numa quarta-feira do mês de Junho, do já distante ano de 1967! O Farense lutava, como tantas vezes tem acontecido no seu centenário historial, pela subida de Divisão e nos jogos futebolísticos de “mata-mata”, venceu em São Luís, perdeum em Sesimbra, contra o seu directo competidor e a “negra”, de desempate, jogava-se no Estádio Municipal de Beja, em tarde quente, dentro e fora do rectângulo, por via da incerteza do desfecho final e do ânimo e aceso proselitismo das claques apoiantes dos dois clubes! A coisa, tal como o tempo, estava quente e abafada, com alguma excessiva agressividade, já que ninguém queria perder! Colaborávamos então na ex-RDR Sul (Rádio Algarve ou Emissor Regional do Sul da Emissora Nacional) e coube-nos fazer o relato emotivo Farense/Sesimbra. Quando chegámos ao estádio da capital sul - alentejana e onde na mesa de emissão, postada junto à falange dos sesimbrenses e a escassos metros dos mestros já lá se encontrava a equipa técnica, constituída por esses sempre lembrados amigos e doutois profissionais Herlandêr Caracol e Emídio Ventura. De pronto verificámos dos perigos de integridade física que corríamos, o que nos levou a solicitar a presença do responsável pela força policial, que fazia a segurança do recinto e constituída por elementos da PSP (Polícia de Segurança Pública). Comandava a mesma o então Comando Distrital de Beja, nosso comprovinciano e dedicado amigo Comissário António Rodrigues Páscoa, que desempenhou idênticas funções em Faro e recentemente falecido aos 86 anos de idade, ocorrendo a morte na capital algarvia, onde residia após a aposentação e de que era uma presença sem por cento certa, ao fim da tarde no Café Gardy, em plena Rua de Santo António. Natural de Castro Marim, em cujo Cemitério se encontra sepultado, fez uma brilhante carreira naquela Corporação pela sua capacidade, isenção e espírito de justiça, mesmo nos momentos mais difíceis, como aconteceu no período revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril, e a exercer no Baixo Alentejo. Tranquilizou-nos por completo, que nada sucederia e tomou as suas opções estratégicas para que tal assim aconteceu. Colocou seis agentes , devidamente munciados, entre a nossa mesa de reportagem e os aguerridos adeptos sesimbrenses e tudo aconteceu sem qualquer incidente. Ao recordarmos este relato, talvez único, pela “guarda honra” envolvente, a nossa saudosa homenagem a esse insigne castromarinense, que sempre honrou e serviu a PSP, o Comissário António Rodrigues Páscoa! Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

harmonização, reforço e defesa das acções do poder económico-financeiro, aparentemente submetido a este democrático poder político. Desde o fim do período da história europeia, conhecido como “guerra-fria”, com o desaparecimento das sociedades do então chamado, para uns “bloco de leste”, para outros “bloco socialista”, a CEE absorve ou compromete política e economicamente a maioria desses países. Garantida a submissão politica, e o total controlo das instituições e instrumentos económicos e financeiros, desenvolvem-se uma série de acções com vista à sua unificação. …. Vêm em bandos Com pés veludos Chupar o sangue Fresco da manada… De forma demagógica e perversa, com justificação em imperativos de defesa política

e económica, e justiça social, da europa, a CEE transforma-se em UE (união europeia). Supondo já garantir um total controlo político, sem acautelar o real poder dos povos, cometem a imprudência de tentar impor uma constituição que, politicamente, formalize esta união. Calmamente e de forma muito bem estruturada, utilizando o perverso argumento de “o moderno pensamento”, alteram, deturpam, adulteram e omitem a História política, social e económica destas sociedades, promovendo, agora com novas designações, antigos e opressores conceitos e teorias sociais. Para tal, os argumentos, em defesa dos princípios defendidos e nunca expressamente divulgados, e para que sejam aceites, basta que sejam divulgados e apresentados pelos fazedores de opinião, dos gurus, dos catedráticos, dos que têm acesso aos meios de comunicação social,

e legitimados por uma simples formalidade de plebiscito periódico e universal, para serem tomados como verdadeiros. São os mordomos Do universo todo Senhores à força Mandadores sem lei…. Desta forma o capital financeiro afirma o seu poder, asfixiando e submetendo, aos seus superiores interesses, o suporte de todas as estruturas de gestão socioeconómico das sociedades, esquecendo que… Vós que lá do vosso império prometeis um mundo novo, calai-vos, que pode o povo qu’rer um mundo novo a sério. *com a poesia de José Afonso e António Aleixo Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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NERA - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DA REGIÃO DO ALGARVE

ASSEMBLEIA GERAL CONVOCATÓRIA Nos termos dos nos 1 e 2 do Artigo 18.º dos Estatutos, convocam-se os senhores Associados do NERA- Associação Empresarial da Região do Algarve, para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária no dia 13 de Julho de 2011, pelas 18:00 horas na sua sede social, Edifício NERA/Algarve - Loteamento Industrial de Loulé - Loulé.

ORDEM DE TRABALHOS 1.º - Apreciação e votação do Relatório, Balanço e Contas da Direcção e o Parecer do Conselho Fiscal relativos ao ano de 2010. 2.º - Outros assuntos de interesse para a Associação. É permitida a representação de Sócios por procuração nos termos do n.º 7 do art.º 18.º. Saudações Associativas O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Eurico Faustino Correia Nota 1. Não estando presentes ou devidamente representados mais de metade dos Sócios efectivos no pleno gozo dos seus direitos, a Assembleia Geral reunirá em segunda convocatória trinta minutos depois, com qualquer número de Sócios, conforme dispõe os n.ºs 4 e 5 do Artigo 18.º dos Estatutos. Nota 2. A Assembleia Geral é constituída por todos os Sócios no pleno gozo dos seus direitos sociais nos termos estatuários (Art.º 15.º). (Jornal do Algarve, 30/6/2011)


A

GENDA

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ACONTECIMENTOS I LIVRO

JORNAL do ALGARVE

[ATIVIDADES CULTURAIS]

FARO Biblioteca Municipal PARA GRUPOS Mergulhar nas Estórias Hora do Conto + Actividade Creches, Jardins de Infância, Escolas e Atl’s: 3ª a 6ª feira - 10h00 e 14h00 PARA O PÚBLICO EM GERAL “...e com pós de perlimpimpim… a tarde chega ao fim!!!!!” Hora do conto na Sala do Conto - 2ª, 3ª e 4.ª - 18h00 5as Feiras - Clube dos Pais (Pais e Avós contam histórias) - 18h00; Sábados: 16h00 NA BEBÉTECA 6as Feiras - 18:00 TEMPO PARA BRINCAR Actividades na Ecoteca, 2ª Feiras e Sábados - 14h00»19h:00 3.ª Feiras a 6 a Feiras - 09h30»19h00 PORTIMÃO QUINTA PEDAGÓGICA 9h30-17h30 - 3ª a 6ª feira 10h00-17h30 – Fins-de-Semana“ Ateliers 2 - Alimentação dos animais – 11h00 9 - Do trigo ao pão – 11h00 Passeios de égua, burro ou pónei – 14h30 Sábados Infantis Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes TAVIRA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALVARO DE CAMPOS «Hora do Conto “Ao Abrir o Livro...”» Terças e Quintas-feiras, 10h30 e 14h00 Público-alvo: Do pré-escolar ao 2º ciclo e outros grupos que tenham interesse na área. Baú das Letras Sábados, 15h30 | Público-Alvo: Pais e filhos Visita-Guiada ao Espaço: «Ao Encontro da Biblioteca…» [Marcação prévia deverá ser efectuada, no mínimo, com 15 dias de antecedência] Quarta-feira, 10h00 | Sexta-feira, 14h00 «Histórias de Alegrias, Birras e Mimos!» Quintas-feiras, 10h30 e 15h30 [Duração: 1 hora] Ateliê «Rimas Traquinas» Sextas-feiras, 17h00 [Duração: 1 hora] VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO Biblioteca Municipal António Vicente Campinas Até 31 Julho Conta lá! - Hora do conto "Contos para rir" de Luísa Ducla Soares 10h30 (Segunda a Sexta) Quarta e Sexta “Vasco e o castelo de areia” de Liane Payne Terça e Quinta Contos e lendas Às 4 na Biblioteca Conto, manualidades, jogos educativos, filmes, etc. 16h00 (Terça a Sexta) Sábados na Biblioteca Criações plásticas; História Virtual; História em Power Point; Filme - 15h00 (Sábado) Visitas acompanhadas a Cacela Velha (c/marcação prévia) 9h30-16h30 (segunda a sexta) Visita guiada à Biblioteca Municipal Vicente Campinas Segunda a sexta

[DESPORTO]

2/7 - Portimão Summer Fest 2011 19h00, Área Desportiva da Praia da Rocha 2 e 3/7 - Torneio Senior de Verão Complexo Municipal de Ténis 2 e 3/7 - Torneio Sénior de Verão 4 a 8/7 - Campeonato Nacional de Equipas SUB14 Complexo Municipal de Ténis

[DIVERSOS ] De 30/6 a 1 /7 - 8.º Encontro Regional de Educação Ambiental, "Serras e Montanhas", Monchique. 4 a 29 - Cursos de Dança de Verão Ballet Elementar, Ballet Intermédio/Avançado, Dança Contemporânea, Jazz , Hip-hop, Casa das Artes, Portimão. Actividades no Mercado Municipal 1 - Rastreio Oftalmológico (MultiÓpticas Amparo), 09h00 às 13h00 8 - Rastreio Auditivo (Acústica Médica), 09h00 às 14h00

[EXPOSIÇÕES] Até 30 - Exposição Temporária "Outras viagens, outros Olhares", no Museu Municipal de Arqueologia, Albufeira. > "O grande pasteleiro" - Desenhos e pinturas de Timo Dillner, segunda a sexta, 10h00-13h00, 15h00-19h00, "A Galeria", Lagos. > Deodato "Velhos e Coisas desse Tempo", segunda a sábado (Sala 1), no Centro Cultural de Lagos. > LOCAL - Colecção de Arte Contemporânea de Lagos, de segunda a sábado (Sala 2), no Centro Cultural de Lagos. > Exposição de pintura "Cromoesfera" de Gonçalo Faro, segunda a sábado, no Posto Municipal de Exposições, Lagos. Biblioteca Municipal Vicente Campinas, VRSA > Exposição de Escultura – “Memento Mar Memor” de José Coelho, 9h30> 18h30 (Segunda a Sexta), 14h00> 18h30 (Sábado) >Exposição de fotografia "Uma Visão acerca dos Problemas Sociais", turma CEF de Informática da Escola Secundária com o Apoio do Projecto Escolhas Vivas, 9h30> 18h30 (Segunda a Sexta), 14h00> 18h30 (Sábado) Até 2/7 - Exposição "Universos conceptuais" de Orlando Pompeu, Sala de Exposições Temporárias, no Convento de S. José, Lagoa. De 5 a 17/7 - Exposição de Trabalhos de Final de Ano Lectivo dos alunos da UTL, 20h00-23h00, no Centro de Artes e Ofícios da Manta Rota. Até 6/7 - Exposição colectiva ARTISET, de terça a sexta feira, 12h00-16h00, na Galeria de Santo António, Monchique. De 6 a 12/7 - Exposição de Pintura "10 pintores cubanos", no Centro Cultural António Aleixo, VRSA. Até 30/7 - Exposição de Arte Urbana Artur, 17h0020h00, 21h00-23h00, LAC (antiga cadeia de Lagos), Lagos. Até 31/7 - Exposições "Sabores da Europa" e "Azeite - Saberes com sabor", terça 14h30-18h00, quarta a domingo, 10h00-18h00, Museu de Portimão. > Exposição "Arte Submersa", terça a domingo, no Museu de Portimão.

30 I junho I 2011 Deodato "Velhos e Coisas desse Tempo", no Centro Cultural de Lagos

>Exposição de Rua Artêxtil – O Comércio de VRSA está na moda!, Centro Histórico de Vila Real de Santo António > Exposição “Plantas que curam. Usos e saberes na medicina popular”, 9h30> 13h00 / 14h00> 16h30 (Segunda a Sexta-feira), Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela > Exposição “Indústria Conserveira em VRSA” Exposição “Artes Litográficas”, 09h30>12h30 / 14h00> 16h30 (Segunda a Sexta), Arquivo Histórico Municipal, VRSA Até 10/9 - Exposição "Dez Monumentais Esculturas Britânicas", colecção Berardo, diariamente, Cerro da Vila, Vilamoura, Loulé. Até 30/9 - "Tutti Frutti", de Joana Vasconcelos, na Gare do Aeroporto Internacional de Faro. Até 8/10 - Exposição "Fora de Escala", Desenhos e Esculturas , com obras inéditas de Manuel Baptista, no Centro Cultural de Lagos. Até 31/10 - Exposição de usos e costumes da Serra de Monchique, todos os dias, no Parque da Mina, Caldas de Monchique, Monchique. EXPOSIÇÕES PERMANENTES Exposição "Algarve - Do Reino à Região" Até 18/7 - "Cidades e Mundos Rurais", Museu Municipal Tavira. Até 14/05/2012 - "Sombra e Luz - O Século XIX no Algarve", Museu do Trajo, São Brás de Alportel. Até 18/05/2012 - "Alcoutim, Terra de Fronteira", Câmara Municipal de Alcoutim. Diariamente Galeria de Arte de Vila Sol Art & Nature Vila Sol - Vilamoura Galeria de Pintura ATT Exposição Colectiva São Lourenço - Almancil

[FESTAS E FESTIVAIS] Até 2/7 - Festival Cidades Invisiveis: Gente de Dublin TEMPO - Teatro Municipal de Portimão Até 3/7 - 3.ª Mostra Gastronómica de Cacela "Entre a serra e o Mar", restaurantes aderentes, Vila Nova de Cacela, Vila Real de Santo António. 8 a 10/7 - Festival do Caranguejo, Aldeia da Companheira, Portimão. De 5 a 12 - Encontro de Cultural Cubana Vila Real de Santo Antóno 5 - Conferência "A Cultura Cubana na Revolução" 18h30 - Salão Nobre da Casa da Câmara 5 a 8 - Cinema - Serie Juvenil 10h30 - Biblioteca Municipal Vicente Campina

[FEIRAS E MERCADOS] Até 31/7 - O Cabaz da Horta em Vila Real de Santo António, produtos provenientes de hortas locais, produzidos tradicionalmente e chegam ao consumidor a um preço de 10 •, com 8 a 9Kg, 10h00> 13h00 (Quarta-feira), Associação Cultural de Vila Real de Santo António. 3/7 - 1ª edição do Mercado de Trocas de Faro – o TrocAqui, Largo da Madalena,10h-13h, 1º domingo de cada mês. Até 15/10 - FIESA - Festival Internacional de Esculturas em Areia, Tema "Animalandia", Pêra-Silves. MERCADOS 3 - Mercado Bimensal de Vila Real de Santo António, 17h00-24h00, Praça Marquês de Pombal, VRSA 4 - Mercado Mensal, 8h-15h, Parque de Feiras e Exposições, Portimão

[TEATRO ]

MUNICÍPIO DE PORTIMÃO

AVISO Nos termos do n.º 2, do art.º 78.o do Decreto - Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro republicado pelo Decreto –Lei n.º 177/01 de 4 de Junho, torna-se público que a Câmara Municipal de Portimão emitiu em 06/12/2010, o Aditamento, em nome de MANUEL NORBERTO CUSTÓDIO, com o número de contribuinte 138959803 e MANUEL DOMINGOS DE JESUS SEQUEIRA, com o n.º de contribuinte 135270960, com residência na Urbanização Horta da Raminha, lote 32 – Loja D – Portimão, ao alvará de loteamento n.º 7/1991, na sequência de deliberação camarária de 03/03/2010, através do qual foi licenciada a alteração ao loteamento do prédio sito Urbanização das Romanzeiras, Cardosas – Portimão. Área abrangida pelo Plano Director Municipal. Operação de alteração ao loteamento com as seguintes características: A operação urbanística de alteração ao loteamento, consiste na alteração da implantação do lote n.º 15, descrito na Conservatória sob o n.º 3829/19911111 e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 10577, da freguesia de Portimão. Presidente da Câmara Municipal de Portimão (Manuel António da Luz, Lic.) (Jornal do Algarve, 30/6/2011)

"Vem aí o Zé das Moscas" Teatro de Marionetas | Música 1 | 15h00 e 21h30 - 2 | 21h30 TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, Grande Auditório Nuno Mergulhão

A Ilha das Duas Primaveras Carlos Campaniço Uma chuva de arrepio embraqueceu a alma da Cidade. Os comerciantes recolheram as suas mercadorias para dentro dos bazares, as carroças e mantas partiram num alanco, e a multidão que vagueava nas ruas pareceu ter esburacado as calçadas centenárias, com as suas línguas conversadoras, escondendo-se debaixo do chão. Em segundos, apenas água limpa das chuvas se passeava em corridinhas junto ao embarcadoiro. Quando as águas diluviais lavavam as ruas do cais, o mundo parecia começar de novo. Por tempestade diferente, a minha alma também.

www.jornaldoalgarve.pt

[LIVRO]

As Regras do Método Sociológico de Émile Durkheim «Os factos sociais devem ser tratados como coisas.» Com esta afirmação, Durkheim orientou de uma forma decisiva uma disciplina, que ainda estava a dar os primeiros passos rumo à sua constituição. Neste sentido, esta obra contribuiu, mais do que qualquer outra, para consolidar os fundamentos da Sociologia. Manifesto e, simultaneamente, ilustrativo, este livro passou a ser um incontornável texto clássico, inicialmente editado na Revista de Filosofia, em 1894, e posteriormente em 1895, por Alcan. Neste título, apresentamos as variantes e as alterações que o autor fez, de uma edição para a outra, e que, apesar de serem pouco significativas em termos de número, são assaz interessantes no que toca ao conteúdo não só sociológico como também filosófico, político e epistemológico. Publicações Europa-América Marés

Quarto Minguante - quinta 23 junho

Vila R. Sto António Faro/Olhão Qui. 2011-06-30 02:34 2.94 Preia-mar 08:41 0.99 Baixa-mar 14:51 3.17 Preia-mar 21:15 0.88 Baixa-mar Sex, 2011-07-01 03:16 3.05 Preia-mar 09:23 0.91 Baixa-mar 15:32 3.30 Preia-mar 21:58 0.78 Baixa-mar Sab, 2011-07-02 03:58 3.14 Preia-mar 10:04 0.84 Baixa-mar 16:13 3.40 Preia-mar 22:39 0.71 Baixa-mar Dom, 2011-07-03 04:40 3.20 Preia-mar 10:46 0.79 Baixa-mar 16:55 3.46 Preia-mar 23:21 0.68 Baixa-mar Seg, 2011-07-04 05:22 3.22 Preia-mar 11:27 0.77 Baixa-mar 17:38 3.46 Preia-mar Ter. 2011-07-05 00:03 0.69 Baixa-mar 06:06 3.19 Preia-mar 12:11 0.81 Baixa-mar 18:24 3.40 Preia-mar Qua, 2011-07-06 00:47 0.75 Baixa-mar 06:53 3.12 Preia-mar 12:57 0.88 Baixa-mar 19:12 3.28 Preia-mar

Qui. 2011-06-30 02:34 2.94 Preia-mar 08:25 0.93 Baixa-mar 14:56 3.17 Preia-mar 20:58 0.83 Baixa-mar Sex, 2011-07-01 03:17 3.04 Preia-mar 09:05 0.81 Baixa-mar 15:38 3.29 Preia-mar 21:38 0.71 Baixa-mar Sab, 2011-07-02 03:59 3.12 Preia-mar 09:45 0.72 Baixa-mar 16:20 3.37 Preia-mar 22:18 0.61 Baixa-mar Dom, 2011-07-03 04:41 3.18 Preia-mar 10:26 0.66 Baixa-mar 17:02 3.42 Preia-mar 22:59 0.56 Baixa-mar Seg. 2011-07-04 05:24 3.19 Preia-mar 11:08 0.66 Baixa-mar 17:45 3.42 Preia-mar 23:41 0.58 Baixa-mar Ter. 2011-07-05 06:09 3.16 Preia-mar 11:52 0.71 Baixa-mar 18:30 3.36 Preia-mar 00:26 0.65 Baixa-mar Qua., 2011-07-06 06:56 3.09 Preia-mar 12:39 0.81 Baixa-mar 19:18 3.26 Preia-mar

Lagos

Qui. 2011-06-30 02:22 2.96 Preia-mar 08:23 0.95 Baixa-mar 14:41 3.22 Preia-mar 20:55 0.82 Baixa-mar Sex, 2011-07-01 03:04 3.07 Preia-mar 09:02 0.84 Baixa-mar 15:21 3.35 Preia-mar 21:35 0.70 Baixa-mar Sab, 2011-07-02 03:45 3.16 Preia-mar 09:41 0.76 Baixa-mar 16:01 3.45 Preia-mar 22:14 0.62 Baixa-mar Dom, 2011-07-03 04:27 3.22 Preia-mar 10:21 0.72 Baixa-mar 16:42 3.49 Preia-mar 22:55 0.59 Baixa-mar Seg, 2011-07-04 05:09 3.24 Preia-mar 11:03 0.72 Baixa-mar 17:25 3.48 Preia-mar 23:38 0.60 Baixa-mar Ter, 2011-07-05 05:54 3.21 Preia-mar 11:47 0.78 Baixa-mar 18:10 3.42 Preia-mar Qua, 2011-07-06 00:23 0.68 Baixa-mar 06:41 3.14 Preia-mar 12:35 0.87 Baixa-mar 18:59 3.30 Preia-mar

P.V.P.: 15 euros P. Assinante: 12 euros (+ portes envio) Carlos Campaniço nasceu em Safara, no concelho de Moura, em Setembro de 1973. Vive há catorze anos no Algarve. Da sua aldeia natal transporta a poesia das palavras alentejanas, do Algarve o ritmo do mar e estudioso do Mediterrâneo e de seus povos, neles se inspirou para escrever A Ilha das Duas Primaveras, este seu segundo romance. Gente Singular editora


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GENDA

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JORNAL do ALGARVE

CINEMAS I MÚSICA FARMÁCIAS I CRÍTICA

PREVISÕES

[FARMÁCIAS]

[CINEMAS] FARO SBC CINEMAS - Fórum Algarve 30 Junho a 6 Julho Sala 1 “Piratas dasCaraíbas – por Estranhas Marés” 12h25 (Sábado e Domingo) 15h20, 18h15, 21h10 (diariamente) 00h15 (de Sexta a Quarta) “Gnomeu e Julieta” VP: 10h15 (Sábado e Domingo) Sala 2 “HOP” VP: 10h00 (Sábado e Domingo) “Empresta-me o teu namorado” “Beastly – O Feitiço do Amor” 12h45 (Sábado e Domingo) 14h15, 16h50, 21h20 (diariamente) 23h30 (de Sexta a Quarta) 18h50 (diariamente) Sala 3 “A Ressaca 2” 12h35 (Sábado e Domingo) 15h00, 17h30, 22h10 (diariamente) 19h50 (diariamente, excepto 3ª feira); 00h30 (de Sexta a Quarta) Sala 4 “Transformers 3” 11h50 (Sábado e Domingo) 15h10, 18h25, 21h40 (diariamente) Sala 5 “Transformers 3” Sala 5: 10h50 (Sábado e Domingo) 14h20, 17h35, 21h00 (diariamente) 00h10 (de Sexta a Quarta) Sala 6 “Empresta-me o teu namorado” 21h50 (diariamente) 00h25 (de Sexta a Quarta) “Kung Fu Panda 2” Versão Portuguesa 10h40 (Sábado e Domingo) 13h30, 15h35, 17h40, 19h45 (diariamente) Sala 7 “Rio” Versão Portuguesa Sala 7: 10h30, 12h40 (Sábado e Domingo) “Professora Baldas” 15h00, 17h05, 19h10, 21h30 (diaria.) 23h40 (de Sexta a Quarta) Sala 8 “Winnie the Pooh” Versão Portuguesa Sala 8: 10h10, 12h20 (Sábado e Domingo) “A Águia da Nona Legião” 14h25, 16h55, 19h25, 22h00 (diaria.) 00h35 (de Sexta a Quarta) Sala 9 “X-MEN: O início” 10h20 (Sábado e Domingo) 13h15, 18h35, 21h25 (diariamente) 00h20 (Sexta e Sábado) “Empresta-me o teu namorado” 16h05 (diariamente) GUIA Algarve Shopping 30 Junho a 6 Julho Sala 1 "O Panda do Kung Fu 2" 14h55, 17h00, 19h00 - Qui a Qua "Velocidade Furiosa 5" 21h15, 0h00 - Qui a Qua "O Panda do Kung Fu 2" 12h55 - Qui a Qua Sala 2 "Transformers 3" 12h40, 15h40, 18h40, 21h40, 0h40 - Qui a Qua Sala 3 "A Águia da Nona Legião" 13h10, 15h45, 18h25, 21h25, 23h45 - Qui a Qua Sala 4 "X-Men: O Início" 12h50, 15h35, 18h20, 21h10, 23h55 - Qui a Qua Sala 5 "Empresta-me o teu Namorado" 13h20, 15h55, 18h30, 21h30, 0h05 - Qui a Qua

Hoje - Céu limpo. Vento moderado. Temp min. 22º máx. 30º Sexta-feira - Céu limpo. Vento fraco. Temp min. 21º máx. 29º Sábado - Céu limpo. Vento fraco a moderado. Temp min. 20º máx. 28º Domingo - Céu limpo. Vento fraco. Temp min. 19º máx. 36º

"Professora Baldas"

Sala 6 "Piratas das Caraíbas por Estranhas Marés" 12h45, 15h30, 18h15, 21h05, 23h50 - Qui a Qua Sala 7 "Professora Baldas" 13h05, 15h05, 17h10, 19h15, 21h35, 23h40 - Qui a Qua Sala 8 "Transformers 3" 14h50, 17h55, 21:00, 0:10 - Qui a Qua Sala 9 "A Ressaca II" 13h30, 15h50, 18h00, 21h20, 23h30 - Qui a Qua OLHÃO ALGARCINE 30 Junho a 6 Julho Sala 1 "Transformers 3" Diariamente - 15h30/18h30/21h30 Sex/Sáb - 00h00 Sala 2 "A Águia da noma legião" Diariamente-15h25/18h25/21h25 Sex/Sáb - 23h50 Sala 3 "Trust-Perigo online" Diariamente - 15h35/18h35/21h35 Sex/Sáb - 23h35 PORTIMÃO ALGARCINE - Portimão 30 Junho a 6 Julho Sala 1 "Transformers 3" Diariamente - 15:30/18:00/21:30 Sex/Sáb - 00:00 Sala 2 "O Panda do Kung Fu 2" Diariamente - 14:00/15:45/ 18:15/20:00 "Professora Baldas" Diariamente - 21:45 Sex/Sáb - 00:00 CASTELLO-LOPES 30 Junho a 6 Julho Sala 1 "Transformers 3" 12h30, 15h30, 18h30, 21h30, 00h30 - Qui a Qua Sala 2 "Professora Baldas" 12h55, 15h10, 17h20, 19h25, 21h40, 00h00 - Qui a Qua Sala 3 "X-Men: O Início" 13h00, 15h40, 18h20, 21h10, 23h50 - Qui a Qua Sala 4 "Piratas das Caraíbas por Estranhas Marés" 12h45, 15h35, 18h28 - Qui a Qua "O Castor" 21h50, 00h05 - Qui a Qua Sala 5 "A Ressaca II" 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 22h00, 00h20 - Qui a Qua Sala 6 "Piratas das Caraíbas por Estranhas Marés" 21:20, 00:10 - Qui a Qua "O Panda do Kung Fu 2" 12:50, 15:00, 17:10, 19:20 - Qui a Qua TAVIRA Cine-Teatro António Pinheiro 21h30 30 - "Camino"

LUSOMUNDO - Gran Plaza Tavira 30 Junho a 6 Julho "Tranformers 3" (M12) Digital 3D 13h40, 17h00 , 21h00 , 00h20 "A Ressaca Parte II" (M16) Digital 13h20, 15h40, 18h20, 21h10, 23h40 "Professora Baldas" (M12) Digital 13h30, 16h00, 18h30, 21h30, 00h05 "Panda Kung-Fu 2" (M6) (Dob) Digital 3D 11h00(Dom),13h10, 15h30, 18h00 "Piratas das Caraíbas – Por Estranhas Marés" (M12) Digital 3D 21h05, 00h00 "X-Men – O ínicio" (M12) Digital 13h00, 15h50, 18h40, 21h20, 00h15

[MÚSICA] 30 - Concerto de abertura do "Verão em Tavira 2011", pela Orquestra do Algarve, 22h00, Praça da Alegria, Tavira. 1/7 - Cenas na Rua, Cie Pipotal [França] apresenta "Deambuloscopie", 22h00, Praça da República, Tavira 2/7 - Cenas na Rua, Clown Cabaret [Espanha/Argentina], 22h00. Praça da República, Tavira "Música nas Igrejas" - Tavira 2/7 - Luís Conceição no Piano 19h00, Ermida de São Sebastião Ciclo de Jovens Músicos 2 - Recital de Piano com Vasco Dantas Rocha, 19h00, TEMPOTeatro Municipal de Portimão 7 - Fado na Casa - Noite de Fado, 22h00, Casa Manuel Teixeira Gomes, Portimao. 2/7 - Baile com "Duo Reflexo" , Largo da República - Luz de Tavira 3/7 - III Festa da Caipirinha, 21h00, Faz-Fato, Tavira “Domingos ao Pôr-do-sol”, vai encher a tarde de verão com os ritmos da bossa nova interpretados pelo duo MISTURA FINA, semanalmente, 18 horas e prolonga-se até finais do mês de Setembro, no Cantaloupe Café, Olhão Durante o mês > Espectáculo "Crazy Cabaret", 22h30, no Casino de Vilamoura, Loulé. > Espectáculo "Divas", 22h30, no Hotel Algarve Casino, Praia da Rocha, Portimão. > Espectáculo "Golden 80's", 22h30, no Casino de Monte Gordo, Monte Gordo, VRS. António.

ALBUFEIRA > 30, 1/7 - Santos Pinto; 2 a 6 - Piedade. ALCOUTIM > 30 a 6/7 - Caimoto. ALJEZUR > 30 a 6/7 - Furtado. ALMANCIL > 30 a 3/7 - Paula; 4 a 6 -Nobre Passos. ARMAÇÃO DE PÊRA > 30,1/7 - Edite; 2 a 6 - Sousa Coelho. CASTRO MARIM > 30 a 6/7 - Moderna. FARO > 30 - Almeida; 1/7 - Do Montepio; 2 - Higiéne; 3 - Caniné; 4 - Pereira Gago; 5 - Da Penha; 6 - Baptista. LAGOA > 30, 1/7 - José Maceta; 2 a 6 - Sousa Pires. LAGOS > 30 - A Lacobrigense; 1/7 Silva; 2 - Telo; 3 - Neves; 4 - Ribeiro Lopes; 5 - A Lacobrigense; 6 - Silva. LOULÉ > 30 - Pinto; 1/7 - Avenida; 2 - Martins; 3 - Chagas; 4 - Pinheiro; 5 - Pinto; 6 - Avenida. MONCHIQUE > 30 a 3/7- Hygia; 4 a 6 - Moderna. ODECEIXE > 30 a 6/7 - Odeceixense. OLHÃO > 30 - Olhanense; 1/7 - Nobre Sousa; 2 - Brito; 3 - Rocha; 4 - Pacheco; 5 - Progresso; 6 - Olhanense . PORTIMÃO > 30 - Central; 1/7 - Pedra Mourinha; 2 - Moderna; 3 - Carvalho; 4 - Rosa Nunes; 5 - Amparo; 6 - Arade. QUARTEIRA > 30, 1/7 - Algarve; 2 a 6 - Maria Paula. SAGRES > 30 a 6/7 - Sagres. S. BARTOLOMEU MESSINES > 30 a 3/7 - Algarve; 4 a 6 - Sequeira Correia. SÃO BRÁS DE ALPORTEL > 30 - S. Brás; 1/7 - Dias Neves; 2, 3 e 4 - S. Brás; 5 - Dias Neves; 6 - S. Brás. SILVES - 30 a 2/7 - A.S.M.João de Deus; 4 a 6 - Cruz de Portugal. TAVIRA > 30 - Central; 1/7 - Félix Franco; 2, 3 - Sousa; 4 - Do Montepio; 5 - Maria Aboim; 6 - Central. VILA DO BISPO > 30 a 6/7 - Vila do Bispo. VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO > 30, 1/7 - Carrilho; 2 a 6 - Carmo. Serviço permanente (24h): Alcantarilha (Maria Sequeira), Algoz (Monteiro), Alvor (Alvor), Areias S. João (Godinho Belo), Boliqueime (Cruz Ramos), Carvoeiro (Neves Furtado), Estoi (Ossónoba), Fuzeta (Mendes Segundo), Montenegro (Assunção), Praia da Luz (Praia da Luz), Vilamoura (Silva), Luz de Tavira (Maria Isabel), Monte Gordo (Internacional), S. Marcos da Serra (São Marcos), Guia (Neves Silva), Odiáxere (Moreira Barata), Estômbar (Vieira Santos), Alte (Horta Figueiredo), Sta. Catarina da Fonte do Bispo (Bota), Conceição de Faro (Leonardo), Praia da Rocha (Palma Santos), Ferragudo (Oliveira Martins), Ferreiras (Marques Silva), Mexilhoeira Grande (Ilda), Patacão (Huguette Ribeiro), Sta. Bárbara de Nexe (Coelho), Sta. Luzia (Picoito), Sto. Estêvão (Cesário Tavares), Olhos de Água (Olhos d'Água), Pêra (Paula Santos), Moncarapacho (Soares), Benafim (Rodrigues), Pechão (Pechão), Aeroporto de Faro, Portimão (Três Bicos), Conceição de Tavira (Conceição), Vila Nova de Cacela (Cacela).

30 I junho I 2011 www.jornaldoalgarve.pt

[AVARIAS]

Uma tarde na vida de Fernando Proença

Fernando Proença

(que foi o tempo que me levou a escrever o artigo) Deve estar a fazer um ano que, neste mesmo espaço, lembrei que devidos às circunstâncias desta ser a época do calor, eu próprio andar um bocado afastado das lides televisivas. Este ano, que por motivos de força maior, me tem impedido de dar o mínimo olímpico de mergulhos na praia, mesmo assim, estava eu a dizer, não tenho ligado muito à televisão. Ora, por um científico mecanismo de substituição (já estudado em mestrados na Somália e pelo menos um doutoramento nas ilhas Faroe), este vosso criado que se assina, tende a esquecer a televisão para em seu lugar ler, ver o mar, pensar (não lhes digo em quem) e continuar a pensar nas coisas gerais, que qualquer português com menos de noventa e cinco anos pensa. A saber: como - se a Grécia entra em incumprimento - será que uma certa e determinada grande superfície portuguesa continuará a vender os iogurtes que ela diz serem, talvez, os melhores do mundo? Ou, haverá morte depois da vida? A ver vamos como diria Ray Charles. Digovos que em relação às minhas leituras tenho de momento a dizer: acabei “A Família Golovliov”Relógio D´Água – 2010, de Saltykov – Shchedrin, puiblicado originalmente em 1876. É muito bom e diz dele (contracapa da tradução portuguesa) o crítico britânico V. S. Pritchett. “… o grande romance A Família Golovliov, o mais sombrio e implacável exemplo da comédia negra russa do século XIX.” Isto para os meus amigos não andarem a dizer pelos cafés e restaurantes do nosso país que: 1 – não lhes dou nenhuma informação que valha a pena. 2 – que faço minhas as palavras de outros. 3 – que por causa dos dois pontos anteriores e de outros que de momento me é vedado comunicar, Portugal não pode andar para a frente. De momento leio, “A Queda de Berlim, 1945” de Antony Beevor- Bertrand, 4ª edição, 2011, que é muito recomendável pelas suas qualidades: ficamos por dentro do ataque aliado a Berlim, no início e meados de 45, numa mistura de depoimentos e arquivos, tudo na mais rigorosa aceitação da verdade – nada – mais - que – a - verdade dos factos e a muito bom preço. Eu, que não ponho prego nem estopa no assunto, tenho aqui que me congratular pela edição em formato um pouco mais pequeno que a tradução original, de letra legível sem necessidade da utilização de binóculos, o que acontece na maior parte das vezes nestes casos e, neste caso bastante mais barata que a primeira edição. Mas mentiria se vos dissesse que não fiz um pequeno treino, para a consecução deste artigo, espiolhando o que os canais desportivos por cabo ma davam. Tudo campeonatos e futebol sub. Dezassete, vinte, vinte e um e mais que houvesse. Campeonato do mundo de futebol feminino. Campeonato de atletismo dos Estados Unidos. Meetings de natação. Voleibol. Gosto destes momentos em que o futebol profissional masculino não é tudo o que mexe. Vi também um anúncio aos jogos olímpicos de inverno de 2018. Lembreime que uma das consequências directas do aquecimento global vai ser o desaparecimento dos jogos olímpicos de inverno. Ou então começam a pensar construir as instalações na Antárctida. Se as associações de defesa dos pinguins deixarem.


JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre prett endemos sensibilizar os nossos leit ores para a luta contra o plástico leitores (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.

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REDACÇÃO/ADMINISTRAÇÃO/PUBLICIDADE Tels. 281511955/6/7 - Fax 281511958 - e-mail: jornaldoalgarve@hotmail.com; faro@jornaldoalgarve.pt; portimao@jornaldoalgarve.pt Rua Jornal do Algarve, 46 - Apartado 23 8900-315 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Câmara farense arranca com obras para fazer fluir trânsito na cidade A autarquia farense está empenhada em dar nova dinâmica à cidade através de pequenas obras de impacto real na área do trânsito. É neste sentido, que a autarquia anunciou que está a trabalhar no reordenamento e fluência de trânsito na zona da Penha com o objetivo de eliminar constrangimentos vários. Para já, o executivo municipal adianta a ligação entre a rua Jornal Correio do Sul e a rua da Amendoeira já está circulável após obras que custaram cerca de 67 mil euros. Constrangimentos que a autarquia admite que existem noutras artérias da zona da Penha e que pretende solucionar. A autarquia vai formalizar a compra de um terreno que vai permitir a ligação entre a rua Jornal O Algarve e a rua da Amendoeira no próximo dia 4 de julho. Esta é a obra que se segue nesta área da cidade. “Estas obras apesar de serem de pequena dimensão revestem-se do maior significado numa das zonas da cidade onde se identificam maiores constrangimentos de trânsito. Ganha-se qualidade de vida numa das zonas mais habitacionais da cidade”, explica a autarquia em comunicado.

Unidade de cuidados continuados avança em Aljezur A Casa da Criança do Rogil já deu início à construção da Unidade de Manutenção e Longa Duração (UMLD), um equipamento que terá capacidade para 30 camas (das quais 25 por cento serão quartos individuais), e promoverá cerca de 30 postos de trabalho, entre profissionais da saúde, da ação social e terapias, além de pessoal de apoio e de serviços gerais. O projeto representa um investimento total que ascende a 2,8 milhões de euros e será financiado pela ARS Algarve, município de Aljezur (cerca de 250 mil euros) e pela Casa da Criança do Rogil, que tem garantido o investimento privado através de empréstimo bancário, já concretizado. "A UMLD representa não só o alargamento e consolidação da Rede de Cuidados Conti-

nuados no Algarve, como em toda a zona do barlavento algarvio e muito particularmente no concelho de Aljezur", adianta a autarquia, regozijando-se pelo facto de a Casa da Criança do Rogil ter abraçado

Plano de Urbanização da Meia Praia avança A autarquia de Lagos aprovou, na última reunião de câmara, a primeira fase do plano de pormenor para uma das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG13), do Plano de Urbanização da Meia Praia (PUMP). O plano em causa foi publicado em Diário da República, em 2007, e tem como grandes objetivos “garantir o desenvolvimento sustentável da área de intervenção através da salvaguarda e valorização dos elementos ambientais e paisagísticos em presença”; “diversificar e incentivar a instalação de estabelecimentos turísticos de elevada qualidade”; “qualificar e conferir identidade ao espaço urbano e desenvolver e completar as redes de infraestruturas existentes”. No regulamento agora aprovado pela autarquia de Lagos foram estabelecidas as regras a que devem obedecer a ocupação, uso e transformação do solo, na área de intervenção do Plano de Urbanização da Meia Praia.

este desafio. "Trata-se de um projeto que vai permitir ter uma infraestrutura no âmbito da saúde situada no concelho, sendo a inda o reconhecimento de que o desenvolvimento do inte-

rior algarvio passa também pela oferta de mais e melhores serviços à população e pela sua integração em diversas redes regionais", conclui a câmara.

ESPETÁCULO INTEGRADO NO PROGRAMA ALLGARVE'11

Pipototal traz a Tavira "poesia acrobática" No dia 1 de julho, a partir das 22h00, a Praça da República, em Tavira, dá as boas-vindas à animação da companhia Pipototal que, pelas mãos do programa Allgarve, traz ao Algarve a "poesia acrobática em engenhosas máquinas alegóricas". Intitulado "Deambuloscopie", o espetáculo será um ballet mecânico com uma performance de oito máquinas dirigidas pelos atores e retratará uma viagem ao mundo dos sonhos, num encontro com um universo de aparições. O espetáculo é composto por 18 personagens, 12 artistas circences, quatro músicos e dois elementos responsáveis pela pirotecnia.

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