Jornal do Algarve

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FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

quinta-feira

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3 de setembro de 2015 I ANO LVIII - N.º 3049

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GEÓLOGOS TEMEM DESTRUIÇÃO DE IMPORTANTE GEOSSÍTIO DA COSTA VICENTINA MAS CÂMARA NEGA CRÍTICAS

Grupo IKEA investe em Loulé

Algarve recebe investimento de 200 milhões P3

Observação de aves pode atrair milhões ao Algarve P6

Festas entre 4 e 12 de setembro

Procissão popular de Lagoa sai às ruas desde 1837 P 12

Lagos

Igreja de "ouro" restaurada para salvar espólio valioso P 14

250 velejadores participaram na subida e descida do Guadiana P 21

Movimento de terras polémico no "Grand Canyon" do Algarve É desconhecido de (quase) todos os algarvios, mas figura nos principais manuais de geologia em todo o mundo: o geossítio da Praia do Telheiro, na Costa Vicentina, chega a ser comparado com o Grand Canyon ou as cataratas do Niagara. As rochas deste "geomonumento" têm cerca de 300 milhões de anos e contam a história da Terra e da vida. Porém, este local pode estar em perigo devido à construção de melhores acessos. As obras pararam entretanto, mas os geólogos, entre os quais o prestigiado Galopim de Carvalho, estão preocupados com a ameaça de mais intervenções P4

ALMARGEM EXIGE DELIMITAÇÃO NO AREAL EM TODAS AS PRAIAS DE ARRIBA

Nova derrocada em zona intervencionada faz soar o alarme

RADIS Dr. Jorge Pereira

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Lagoa entra em projeto internacional para igualdade entre homens e mulheres

EDITORIAL A fome das privatizações!

Fernando Reis

A vinda da Troika impôs um duro plano de privatizações, que o mesmo é dizer, uma estratégia de venda das nossas principais empresas e recursos, ao capital privado. E o governo não só respeitou o plano, como foi muito mais além, numa fome privatizadora, que não sabemos onde irá parar. Para além do argumento de que o Estado não tem vocação e não sabe gerir empresas públicas, o que é falso como se pode perceber pelos casos do BES e da PT, ambos sob gestão privada alega-se, também, que é preciso gerar mais receitas para reduzir a dívida pública e evitar prejuízos. Contudo, se todas estas privatizações renderam apenas 9,2 mil milhões de euros, mantendo-se a nossa dívida pública nos 225 mil milhões de euros, será que valeu, assim tanto, a pena vender os nossos recursos, alguns dos quais ao desbarato? Não haveria outras soluções? Não seria possível, pelo menos ao Estado, manter participações nas nossas principais empresas como é o caso da EDP, da REN, que são agora da República Popular da China, junto com a Fidelidade, da PT, dos CTT, que foram comprados por bancos e fundos estrangeiros e que até davam anualmente dividendos ao Estado ou da TAP, em vias de ir para uma empresa brasileira? Mas não se ficou por aquí, no que respeita a abrir mão das nossas empresas. A ANA passou para os franceses e os Hospitais da Caixa Geral de Depósitos foram comprados por brasileiros. E quando não se vende, fazem-se concessões aos privados. O aeroporto de Lisboa e a a Ponte Vasco da Gama estão a ser exploradas por franceses, o Metro do Porto pepara-se para ser agora entregue aos espanhóis e os transportes públicos de Lisboa, irão certamente para um outro qualquer grupo estrangeiro, uma vez que quase todos os donos das nossas empresas e recursos, são estrangeiros. Apenas duas empresas ficaram em mãos portuguesas, o Aquário Vasco da Gama e a Empresa Geral do Fomento. Privatizar tudo, especialmente se dá lucro, tem sido a lógica das políticas neo-liberais, com as dramáticas consequências sociais que daí advêm. Mais desemprego, miséria e exclusão social. E enquanto o Estado se prepara para perder mais uns milhões com a venda do Novo Banco, os portugueses parecem condenados a uma austeridade sem limites. E este ciclo só ficará concluído, quando se privatizar a RTP, a Caixa Geral de Depósitos e a Águas de Portugal. Ao que isto chegou! freisjornaldoalgarve@gmail.com

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A Câmara de Lagoa vai participar no projeto internacional “Local Gender Equality”, que decorre até 30 de junho de 2016, e que se propõe desenvolver metodologias e instrumentos para a promoção da igualdade de género. Esta quinta-feira (3), no CEFLA – Centro de Estudos e Formação de Lagoa, terá início a primeira etapa deste projeto, cujo promotor é o CES – Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, com um parceiro norueguês para partilha de boas práticas. “Pretende-se mobilizar um grupo de peritos locais, técnicos do município e parceiros sociais de instituições que operam no concelho, para a auscultação de necessidades nesta matéria”, refere a câmara.

O projeto prevê a elaboração de diagnósticos sobre a representação de homens e mulheres nas diversas posições socioeconómicas e políticas, assim como a repartição de recursos entre mulheres e homens, complementado pela reflexão sobre as razões da realidade observada. “Esta reflexão deverá inspirar a definição da mudança social desejada, combatendo as injustiças observadas – de acesso a recursos, de reconhecimento e de representação”, adianta a autarquia. O projeto terá em conta os diversos papéis dos municípios como entidades – empregadoras, prestadoras de bens e serviços e reguladoras das atividades desenvolvidas nos seus territórios.

Bonecos de cera contam a história de Portugal em Lagos Desde que abriu as portas, a 27 de outubro de 2014, o Museu de Cera dos Descobrimentos, localizado na zona da marina de Lagos, já recebeu milhares de visitantes. Turistas de diferentes nacionalidades, crianças de várias escolas, famílias e seniores de diversas instituições já passaram por este espaço dedicado à história. “Abrir este museu de cera era um sonho que eu tinha há já alguns anos e agora percebo, mais do que nunca, que tinha de torná-lo realidade. O balanço não podia ser mais positivo. O museu está aberto há onze meses e é inques-

tionável o interesse que desperta nas pessoas. Temos visitantes de todas as idades e de várias partes do mundo. Entrar neste espaço é sem dúvida, uma verdadeira viagem no tempo e uma oportunidade de conhecer melhor a epopeia dos descobrimentos portugueses”, afirma o diretor deste espaço museológico, Nestor Guerreiro. Neste museu, os visitantes ficam “frente a frente” com reis, rainhas, navegadores, cavaleiros e muitas outras personagens, que vestidas a rigor e de tamanho real, representam uma das épocas mais marcantes da história do

nosso país e do mundo. Ao todo, são 22 figuras de cera e 16 cenas históricas, tais como a batalha de Aljubarrota, o casamento de D. João II e Filipa de Lencastre (Tratado de Windsor), a conquista de Ceuta, o descobrimento do Brasil e a chegada de Vasco da Gama à Índia. “Cada momento aqui representado foi criteriosamente escolhido e resulta de uma profunda investigação histórica. Para criar estas figuras de cera hiper-realistas contei com a ajuda de um fabuloso artista plástico, que se dispôs a criar figuras dignas dos melhores museus do mundo”, conta Nestor Guerreiro.

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