CAPA 24 Março 2011

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRECTOR: Fernando Reis

José Paula Brito, presidente da Junta de Freguesia de Estói:

Reabertura do Jardim Histórico é do interesse público

Quinta-feira

Protesto reuniu milhares mas governo mantém portagens na Via do Infante

I

MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

24 de março de 2011 I ANO LIII - N.º 2817

Militares respondem ao pedido da autarquia e governo civil para evitar nova tragédia em Monchique

Estrada Nacional 125 volta a "meter medo"

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DE

Preço 1,10

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PORTE PAGO - TAXA PAGA

Maior atuneiro construído pela Nautiber foi lançado ao mar mas...

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Rita Domingues:

Investigadora da UAlg distinguida como Jovem Cientista de 2010

Construção naval com futuro incerto em VRSA

Tropa declara "guerra" ao fogo P5

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DO

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SESSÕES DE ESCLARECIMENTO SOBRE SISTEMA DE INCENTIVOS EM CURSO

CCDR tem 27 milhões do QREN reservados para empresas algarvias

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Odiana acusa Governo de esquecer o Baixo Guadiana Além do "esquecimento", a associação de desenvolvimento do Baixo Guadiana fala de "promessas sucessivamente adiadas", entre as quais a ponte internacional Alcoutim-Sanlúcar e o desassoreamento da barra do Guadiana

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ERTA:

António Pina assume presidência e trava dois concursos Nuno Aires não se conforma com este regresso e recorre ao Tribunal

RADIS Dr. Jorge Pereira

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Investigadora da UAlg distinguida como Jovem Cientista de 2010 A investigadora do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve (UAlg) Rita Branco Domingues, recebeu no passado domingo o prémio Jovem Cientista do Ano. O prémio foi entregue durante uma cerimónia oficial promovida pelo Fluviário de Mora. A distinção tem como base um artigo científico publicado por Rita Branco Domingues em que é abordado o efeito dos nutrientes no crescimento do fitoplâncton no estuário do Guadiana e as suas implicações dos inputs antropogénicos no ecossistema estuarino. O prémio é entregue anualmente a um aluno de doutoramento ou mestrado que tenha publicado como primeiro autor um artigo relacionado com a conservação e biodiversidade dos

recursos aquáticos continentais, designadamente estuários e rios. Para esta edição, o Fluviário de Mora analisou 22 candidaturas tendo por critérios o mérito científico, a clareza e qualidade do artigo, a adequabilidade e relevância do artigo no contexto do prémio. Aos 31 anos, Rita Branco Domingues conta com um currículo vasto que inclui uma licenciatura em Biologia Marinha e Pescas da UAlg, um mestrado em Ecologia, Gestão e Modelação dos Recursos Marinhos pela Universidade Nova de Lisboa e doutoramento em Ciências do Mar pela Universidade do Algarve. Atualmente é investigadora pós-doutorada no CIMA onde tem realizado investigações na área da ecologia e microbiologia marinhas. De acordo com as informa-

ções divulgadas, o seu trabalho tem permitido aprofundar questões na área da ecologia e ecofisiologia do fitoplâncton em ecossistemas costeiros do Sul do país, com particular ênfase no estuário do Guadiana e na Ria Formosa, onde tem estudado os impactos das alterações climáticas nestas áreas.

Investigação alerta para importância do azoto nos ecossistemas No trabalho que lhe valeu a distinção de Jovem Cientista de 2010, Rita Domingues explica que "o estuário do Guadiana, apesar de ser um estuário relativamente prístino, tem sofrido, nos últimos anos, um aumento significativo da pressão urbana e, consequentemente, da poluição aquática. Adicio-

nalmente, a retenção de água e sedimentos na barragem de Alqueva provocou uma alteração não só no caudal do Rio, mas também no fornecimento de nutrientes para o estuário. O fitoplâncton, microalgas extremamente importantes em qualquer ecossistema aquático, é o primeiro a ser afetado por estas alterações, pois produz oxigénio e serve como fonte de alimento para os outros organismos". A jovem cientista defende que "a avaliação dos efeitos dos nutrientes no fitoplâncton é fundamental para a gestão dos ecossistemas e para o controlo da eutrofização". Esta investigação permitiu concluir que "o azoto é o principal nutriente que controla o crescimento destas microalgas, sobretudo na primavera e no verão. Os resultados experi-

Aos 31 anos, Rita Domingues conta já com um currículo vasto onde se destaca a investigação na área da ecologia

mentais mostraram também que uma situação futura de maior eutrofização, ou seja, o aumento do fornecimento de nutrientes para o estuário, promoverá o desenvolvimento crescente de microalgas produ-

toras de toxinas, tais como os dinoflagelados e as cianobactérias, o que poderá afetar todos os outros organismos e também as atividades de pesca e de recreio que dependem da qualidade da água".

TEATRO EM CASTRO MARIM:

"Falar Verdade a Mentir" na biblioteca Rodrigo Leão em Tavira No âmbito das comemorações do Dia Mundial do Teatro, que se comemora a 27 de março (domingo), a Biblioteca Municipal de Castro Marim apresenta a peça “Falar Verdade a Mentir”, de Almeida Garrett, pela Companhia de Teatro Arte d’Encantar, e que irá subir ao palco amanhã, sexta-feira, às 21h00. Esta peça de Almeida Garrett conta a história de Duarte Guedes, um mentiroso compulsivo, e do seu noivado com Amália. A ação decorre na Lisboa do século XIX, desde a manhã até à noite do dia posterior à chegada da família Brás Ferreira a Lisboa. José Félix, criado particular do general Lemos, chega à hospedaria onde estão alojados os Brás Ferreiras para visitar Joaquina, criada de Amália. Esta personagem anuncia-lhe que Amália está para casar com Duarte Guedes e que, se o casamento se concretizar, receberá umas “sonantes” cem moedas de ouro de dote.

Estamos em presença de uma das mais importantes peças de teatro escritas por Almeida Garrett, cuja mensagem principal é a necessidade de perpetuar os valores pelos quais a sociedade se deve nortear, privilegiando o elemento educacional dos espectadores, no sentido da reflexão e troca de ideias, incutindo-lhes a capacidade crítica.

Rodrigo Leão apresenta amanhã, sexta-feira, às 21h30, no Cine-Teatro António Pinheiro, o seu último trabalho, intitulado Instrumental. O músico e compositor preparou para este ano uma digressão inédita, num registo diferente daquele com que tem marcado encontro com o público. Esta nova “viagem” do compositor português é efetuada com um ensemble de dimensões mais reduzidas (um quinteto com o próprio Rodrigo Leão nos teclados, bem como um trio de cordas e

um acordeão). Metade do reportório terá novas composições que poderão vir a ser, posteriormente, desenvolvidas em versões vocais. Será, por isso, uma oportunidade única para ouvir estas peças neste contexto específico, concentrando a ação e a atenção no lado exclusivamente musical da produção artística de Rodrigo Leão. Para esta digressão, o compositor refere que visa selecionar um reportório mais intimista, mas também temas mais fortes e festivos. Rodrigo Leão alerta ainda para a possibilidade de haver algumas surpre-

sas. “Apetece-me tocar baixo num par de temas”, diz o compositor, adiantando que tem planos para entrar em estúdio em junho do próximo ano, para registar um álbum de instrumentais. “É uma parte do meu trabalho tão importante como o trabalho vocal”, refere.

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