Capa 22 Março 2012

O

SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

Quinta-feira

DE I

MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

22 de março de 2012 I ANO LV - N.º 2869

I

Preço 1,10

DO

ALGAR VE ALGARVE www.jornaldoalgarve.pt

PORTE PAGO - TAXA PAGA

Algarve está cada vez mais pobre P 4/5

GALA INTERNACIONAL DO ACORDEÃO, EM FERREIRAS

Melhores acordeonistas do mundo em Albufeira Prospeção de petróelo prejudica pescadores

Aljezur apoia iniciativas que promovem aproveitamento escolar

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PROJETO SOCIAL DEVOLVE ALEGRIA A CRIANÇAS, JOVENS E DEFICIENTES DE VÁRIAS INSTITUIÇÕES

Vela Solidária muda a vida de pessoas especiais

Câmara de Lagos entrega 28 espaços para hortas urbanas

O projeto Vela Solidária começou a navegar em Portimão há um ano. O objetivo é permitir às crianças e jovens mais desfavorecidos a prática de vela, assim como, pela primeira vez, a pessoas portadoras de deficiência motora e mental. No arranque do segundo ano de vida, as entidades envolvidas neste projeto social adiantam que pretendem alargar a Vela Solidária a mais instituições da região que trabalham em prol de crianças, jovens e adultos que necessitam de um apoio especial P 17

Mercados de Olhão palco de programa de culinária

500 euros para os melhores alunos P 11

Terrenos abandonados dão frutos P8

Castro Marim cria rede de transporte social P9

RADIS Dr. Jorge Pereira

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Sindicato contra encerramento de delegações da Lusa

150 voluntários ensaiam Via Sacra em Pera

Os últimos momentos da vida de Jesus Cristo vão voltar a ser recriados numa encenação da Via Sacra, que terá lugar na vila de Pera, concelho de Silves, no próximo dia 1 de abril. Esta é uma tradição que esteve muitos anos adormecida e que desde a sua recuperação, em 2005, atrai milhares de pessoas à vila algarvia A paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo voltam a ser retratados em pêra. A Via Sacra sai à rua no próximo dia 1 de abril, com início no largo 25 de abril, às 21h00.

Durante muitos anos adormecida, esta tradição de Pera foi recuperada pela comissão de festas da paróquia e centro paroquial local, em 2005. Realizou-se também em 2006 e, desde então, tem ocorrido de dois em dois anos, tendo tido lugar, em 2010, a sua última edição.

Habitualmente, mais de duas mil pessoas acompanham os figurantes que retratam os episódios da "Via Dolorosa", assistindo a passagens como a última ceia, o arrependimento de Judas e o seu enforcamento, a apresentação de Jesus a Pilatos, o seu açoitamento, crucificação e ressurreição. Toda a ação decorre nas ruas de Pera.

Cerca de 150 voluntários de diversas idades e um coro de 30 elementos dão vida a esta iniciativa, que está a ser ultimada em Pera. Atualmente, ainda decorrem alguns preparativos, como a realização dos últimos ensaios e a preparação dos cenários onde decorrerão as cenas.

Esta é uma iniciativa realizada bianualmente, com o objetivo de recriar os últimos momentos da vida de Jesus Cristo, sendo que a "Paixão de Cristo - Via Sacra ao Vivo" é um evento sem fins lucrativos.

Com cerca de duas horas de duração e pouco mais de um quilómetro de percurso, os últimos momentos da vida de Jesus Cristo serão recriados em dez cenas ao longo das ruas da vila de Pera, iniciando-se com a "Última Ceia" e terminando no "Calvário", onde o ponto mais alto será a "Crucificação" e "Ressurreição".

O sucesso deste evento foram os mais de 2500 visitantes que se deslocaram em espírito de oração e peregrinação, enchendo por completo as ruas da vila de Pera em cada uma das passadas edições (2005, 2006, 2008 e 2010).

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) manifestou-se contra o encerramento das delegações de Faro, Évora e Coimbra da Lusa, já que viola o contrato de serviço público, e pretende discutir com Miguel Relvas.

Para o SJ, a decisão de encerrar as delegações "não pode ser tomada simplesmente pela administração" da agência, tendo em conta que o contrato de Prestação de Serviço Noticio-

so e Informativo de Interesse Público celebrado entre a agência e o Estado "impõe" que alterações à rede de delegações "só podem ser feitas mediante critérios editoriais e o acordo do Estado", segundo o comunicado.

O sindicato afirma também que "foi dito" ao conselho de redação da agência que "as alterações anunciadas correspondem a uma decisão da administração e não do diretor de in-

formação - a quem cabe definir os critérios editoriais - e não é conhecida qualquer negociação para a alteração do contrato de serviço público referido", lê-se na nota divulgada.

A organização sindical aponta ainda "a falta de diálogo por parte da administração" da agência, quer com o sindicato quer com o conselho de redação e a comissão de trabalhadores da Lusa.

Castro Marim cria rede de transporte social Iniciativa chama-se “Castro Marim Mais Perto” e pretende aproximar a população mais dispersa das sedes de freguesia e do concelho A Câmara Municipal de Castro Marim acaba de colocar em funcionamento uma rede de transporte social em todo o concelho.

A iniciativa chama-se “Castro Marim Mais Perto” e pretende quebrar o isolamento das populações do interior do município e melhorar as suas condições de mobilidade.

“Trata-se de um serviço de transporte público mais flexível, gratuito e complementar à rede de transportes coletivos existente no município”, explicam os responsáveis do executivo municipal, liderado pelo social-democrata José Estevens.

Para o efeito, a autarquia disponibiliza cinco itinerários, com dias e horários fixos, de modo a permitir o acesso da população mais dispersa às sedes de freguesia e do concelho.

A partir de agora, a título de exemplo, os habitantes de Fortes, na freguesia de Odeleite, ou os residentes de Cortelha, na freguesia de Azinhal,

podem deslocar-se com mais facilidade à sede do concelho.

A iniciativa “Castro Marim Mais Perto” resultou de um estudo levado a cabo pela Unidade Orgânica de Ação Social e Pelouro de Transportes da edilidade castro-marinense com o intuito de garantir a acessibilidade da população aos diferentes serviços públicos do município, nomeadamente, às extensões do Centro de Saúde de

Castro Marim ou uma simples deslocação por um motivo de interesse pessoal.

A Câmara Municipal de Castro Marim acredita que o desenvolvimento desta medida de política social irá “contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações, mas também permitirá um aumento da equidade e da coesão da comunidade castro-marinense”.