Capa 28 Junho 2012

O

SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

Quinta-feira

DE I

MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

28 de junho de 2012 I ANO LV - N.º 2883

I

Preço 1,10

DO

ALGAR VE ALGARVE

PORTE PAGO - TAXA PAGA

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Vila Real de Santo António cria taxa turística P4

Alcoutim

Ponte e IC 27 estão fora dos planos do Governo P6

Tavira prepara-se para mais uma Feira de Caça e Pesca P 19

Ciclismo: Campeonatos nacionais de estrada

Irina Coelho sagra-se campeã nacional de fundo

Silves terá um dos maiores investimentos turísticos do país Projeto de 232 milhões de euros na Praia Grande arranca em 2013 P4

P 23

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RADIS Dr. Jorge Pereira

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Trabalhadores dos impostos começamatreinar defesa pessoal Cursos têm início no sábado, em Albufeira, para responder à escalada de agressões P3

NESTE NÚMERO

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Tavira aposta na EMPET para dinamizar economia Empresa municipal transforma-se numa autêntica agência de desenvolvimento O município de Tavira apresentou publicamente, na terça-feira, o projeto “Ativar Tavira”, considerado pela autarquia como um “instrumento fundamental para a dinamização da economia local, a atração de investimento e a valorização do território”.

Neste âmbito, foi apresentada a nova identidade corporativa da empresa municipal EMPET - Parques Empresariais de Tavira, que foi objeto de um reposicionamento estratégico. A EMPET “vai passar a atuar como uma verdadeira agência de desenvolvimento, potenciando as condições ímpares de que o município de Tavira passou a dispor com a entrada em funcionamento do Parque Empresarial de Tavira, em Santa Margarida, próximo do nó de acesso à A22 (Via do Infante)”, explica a autarquia tavirense.

No mesmo dia decorreu a inauguração da primeira unidade dessa nova área de localização empresarial. Resulta de um investimento da ordem dos 200 mil euros do empresário tavirense Arménio Viegas, que se dedica à serralharia civil (trabalhos em ferro decorativo, portões seccionados, portas automáticas, coberturas e estruturas metálicas, grades).

O Parque Empresarial de Tavira conta com 120 lotes, com áreas entre os 250 e os dois mil metros quadrados. Destes, 109 são para indústrias ou armazéns, sete para comércio e serviços e quatro para equipamentos de apoio (ETAR, estação de serviço, reservatório de gás e ecocentro).

O parque empresarial passará a ser gerido pela EMPET de forma articulada com o outro ativo fundamental da empresa, o Parque de Feiras e Exposições de Tavira, localizado na zona do Vale Formoso. A construção e infraestruturas dos dois equipamentos representa um investimento global da ordem dos 23,5 milhões de euros, 5,3 milhões dos quais assegurados pelo QREN.

EXTINÇÃO DE FREGUESIAS

Bloco defende referendo local

“Por muito que gostemos da nossa freguesia e queiramos que ela fique como está, não fomos mandatados para ser engenheiros do território”, defende Manuela Goes O Bloco de Esquerda apresentou nas assembleias municipais de Faro, Tavira, Olhão, Lagoa e Lagos, projectos de deliberação para a realização de referendos locais no âmbito da pronúncia deste órgão municipal sobre a reorganização territorial autárquica.

Os eleitos do Bloco nas assembleias municipais de vários municípios algarvios deram entrada nos respetivos serviços de idênticos projectos de deliberação em defesa da “palavra das populações na extinção ou fusão de freguesias”.

Numa clara posição de defesa da autonomia local, os bloquistas, que não põem de lado uma necessária reorganização administrativa do território, consideram que os órgãos

municipais “carecem de legitimidade para tomar uma posição desta natureza”, sem uma “necessária consulta popular” que manifeste uma clara vontade das populações. “É necessário ouvir a população em referendo local”, afirma Manuela Goes, representante da Comissão Nacional Autárquica do Bloco de Esquerda no Algarve, acrescentando que “por muito que gostemos da nossa freguesia e queiramos que ela fique como está, não fomos mandatados para ser engenheiros do território.”

“As cidadãs e cidadãos, os fregueses, após um necessário esclarecimento público, que seria trazido pelo prática do referendo local, é quem deve manifestar a sua vontade em querer juntar-se com esta ou aquela freguesia.”,

AUTÁRQUIAS 2013

Carlos Nóbrega avança em Castro Marim Carlos Nóbrega deverá encabeçar a lista do PS à Câmara Municipal de Castro Marim nas eleições autárquicas de 2013.

O empresário é o candidato da líder da concelhia e tudo indica que será aceite pelos socialistas do concelho. “É o meu candidato, ou seja, o candidato da presidente da concelhia. No entanto, ainda vai estar sujeito a escrutínio pela comissão política”, explicou Célia Brito ao JA, recordando que, “se houver militantes que indiquem outro candidato, terá de haver primárias”. Porém, a líder do PS de Castro Marim acredita que “essa situação não se verificará” e que Carlos Nóbrega “será um candidato unânime”.

Célia Brito avança mesmo “meados de julho” como a altura em que a concelhia fará a apresentação oficial do candidato e, provavelmente, do seu projeto para Castro Marim. “Penso que é o melhor candidato”, diz a presidente da concelhia, revelando que se trata de “uma decisão que foi estudada” e, também, “baseada numa auscultação informal junto da população”. Célia Brito considera que Carlos Nóbrega é “um candidato jovem”, “com visão de futuro” e que será “uma mais-valia para o concelho”.

Questionada sobre o social-democrata

Francisco Amaral, o mais provável adversário de Carlos Nóbrega nas autárquicas, Célia Brito diz que há “grandes diferenças” entre Alcoutim e Castro Marim. “Francisco Amaral tem provas dadas em Alcoutim, mas isso não significa que seja um bom candidato para Castro Marim, que é um concelho muito diferente. Castro Marim precisa de dar um passo que só pode ser dado com um jovem que tem uma visão de futuro”, referiu.

Carlos Nóbrega criou há vários anos na freguesia de Altura a empresa Turmuge, atualmente ligada às áreas da construção civil, imobiliário e hotelaria. Presidiu a direção do Olhanense durante largos anos, tendo sido o antecessor do atual presidente, Isidoro Sousa.

D.V.

defende.

Os bloquistas algarvios veem, desta forma, o refendo local como o último instrumento entre uma lei de “cortes cegos, imposta pela troika e aplicada pelo Governo de direita” e “a vontade das populações”.

Publicada a 30 de maio, a Lei 22/2012, que aplica o regime jurídico da reorganização administrativa autárquica, obriga as assem-bleias municipais à sua pronúncia até 90 dias depois da entrada em vigor do diploma. A não pronúncia deste órgão leva à entrada em ação da já criada comissão liquidatária que aplicará, a régua e esquadro, os parâmetros de ex-tinção e fusão de freguesias, fixados na lei.

Mais “Estórias da Vila” em VRSA O Espaço Manuel Cabanas, localizado no Arquivo Histórico Municipal de Vila Real de Santo António, recebe esta sexta-feira a segunda sessão das “Estórias da Vila”. É uma iniciativa da Junta de Freguesia de VRSA e da Liga dos Amigos da Galeria Manuel Cabanas que pretende contribuir para a construção da história dos lugares e das gentes da cidade pombalina.

Desta, vez a tertúlia incidirá sobre o tema “Estórias da Praça” e a organização volta a convidar os vila-realenses a participar, contando as suas vivências. A 27 de julho o tema será “Estórias dos Torneios Populares de Futebol”. A iniciativa prossegue a 31 de agosto com as “Estórias das Gentes desta Terra”, seguindo-se as “Estórias dos Jogos e Brincadeiras de Criança”, a 28 de setembro, e as “Estórias de Quem nos Ensinou”, a 27 de outubro.

Recorde-se que a primeira destas sessões, dedicada às “Estórias da Baixa Mar”, aconteceu no passado dia 25 de maio e contou com a presença de muitos vila-realenses que não quiseram deixar de contribuir com os seus depoimentos e as suas histórias.