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25 de abril de 2013 I ANO LVII - N.º 2926
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Fusão de hospitais gera polémica As unidades hospitalares de Faro e Portimão vão ser incorporadas no Centro Hospitalar do Algarve, depois de o Governo ter aprovado a sua fusão. A necessidade de racionalizar e tornar mais eficientes os recursos é a principal justificação para a fusão dos dois hospitais públicos da região. Mas a medida está longe do consenso. O BE fala de "mais uma forte machadada no SNS" que "irá afetar principalmente as populações do barlavento algarvio". Além disso, tanto doentes como funcionários poderão ter de fazer deslocações diárias superiores a 120 quilómetros...!
NESTE NÚMERO
P 24
Jovens apresentam propostas aos candidatos às autarquicas Documento vai ser elaborado em Faro durante a primeira edição do Encontro de Juventude do Algarve, que decorrerá nos próximos três dias na Universidade do Algarve (Complexo Pedagógico da Penha). Além da votação das propostas, haverá sessões de esclarecimento, debates e "workshops", bem como diversas atividades desportivas, lúdicas, culturais e artísticas, abertas ao público em geral P5
Mar, um potencial à espera de ser explorado
PS reclama investimentos de 35 milhões nos portos algarvios P3
RADIS Dr. Jorge Pereira
Farense pode garantir este domingo subida à II Liga P4
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GOVERNO APROVA FUSÃO DO HOSPITAL DE FARO E CENTRO HOSPITALAR DO BARLAVENTO ALGARVIO
Austeridade impõe "racionalização" na saúde As unidades hospitalares de Faro e Portimão vão ser incorporadas no Centro Hospitalar do Algarve, depois de o Governo ter aprovado a sua fusão. A necessidade de racionalizar e tornar mais eficientes os recursos é a principal justificação para a fusão dos dois hospitais públicos da região. Mas a medida está longe do consenso. O BE fala de "mais uma forte machadada no SNS" que "irá afetar principalmente as populações do barlavento algarvio". Além disso, tanto doentes como funcionários poderão ter de fazer deslocações diárias superiores a 120 quilómetros...! > NUNO COUTO
A aprovação foi dada na passada quinta-feira em conselho de ministros e, de acordo com o comunicado emitido, esta fusão do Hospital de Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (composto pelos hospitais de Portimão e Lagos) tem em vista a redução dos encargos nesta área. “As mais-valias decorrentes da criação do novo Centro Hospitalar do Algarve situam-se aos níveis assistencial, de qualidade clínica, organizacional e gestionário, com particular enfoque na racionalização e adequação de atos clínicos e referenciação de doentes”, frisa o Governo, salientando que, desta forma, “é concretizada uma política de maior equidade territorial, levando a cabo uma utilização mais racional e eficiente dos recursos disponíveis”. Além disso, a criação deste centro vai resultar na extinção das três administrações hospitalares, ficando apenas uma a supervisionar os três hospitais. A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve apoia a decisão do último conselho de ministros, realçando mesmo que se trata de “uma oportunidade para a região”. “A criação do Centro Hospitalar do Algarve vai permitir uma resposta mais adequada aos crónicos constrangimentos do setor da saúde na região em termos de recursos humanos, nomeadamente, enquanto medida de reorganização assis-
tencial e de reestruturação dos serviços existentes, favorecendo uma política mais eficiente de rentabilização dos recursos técnicos e humanos e o desenvolvimento de mecanismos de complementaridade assistencial, entre as três unidades hospitalares”, refere o conselho diretivo da ARS.
"Evitar a deslocação de doentes para fora da região" Destacando a importância da criação do Centro Hospitalar do Algarve para a melhoria os cuidados de saúde na região, a ARS sustenta que a criação deste novo centro hospitalar significa “uma oportunidade para tornar o Algarve mais autossuficiente em termos de serviços de saúde hospitalares, no sentido de evitar as deslocações de utentes para fora da região”. “Ao reforçar a articulação da atividade assistencial dos hospitais, conseguir-se-á uma potenciação da eficiência e a racionalização da gestão dos escassos recursos disponíveis na região, particularmente dos recursos humanos, com vantagens na acessibilidade dos doentes a cuidados de saúde de qualidade”, sublinha o conselho diretivo da ARS, liderado por Martins dos Santos. Segundo o responsável, a fusão dos hospitais não implica a extinção de valências nas unidades de Portimão e Faro. “O que se vai fazer é que quando não houver possibilidade de o doente ser tratado no hospital de Faro será tratado em Portimão
e vice-versa”, explicou. Também o PSD/Algarve considera que a criação do Centro Hospitalar do Algarve vai melhorar a prestação de cuidados de saúde na região, o acesso e a capacidade de resposta dos serviços às necessidades dos utentes. “Com esta decisão será possível reforçar a articulação da atividade hospitalar de ambas as unidades, promovendo a complementaridade entre ambas as estruturas”, refere, em comunicado, a comissão política distrital do PSD. “Com a aprovação deste novo modelo de gestão existe um claro ganho para os algarvios que vão assim ter mais e melhores cuidados de saúde”, assinala o PSD/Algarve.
População e autarcas do barlavento contestam fusão Por outro lado, a fusão dos dois hospitais (proposta em janeiro ao Ministério da Saúde pela ARS do Algarve) nunca foi bem aceite pelas assembleias municipais de Lagos, Portimão e Lagoa. No início do ano, os deputados municipais destes concelhos aprovaram moções contra a intenção do Governo, todas elas apresentadas pelo BE e aprovadas por unanimidade por todos os partidos políticos. As moções referem que a fusão das unidades hospitalares “afetará a unidade de Lagos, integrada no CHBA, e colocará em risco o funcionamento de vários serviços clínicos em Portimão”. “Os deputados mu-
A criação do novo Centro Hospitalar do Algarve tem em vista a redução dos encargos na área da saúde
nicipais realçam ainda que o CHBA serve também as populações da Costa Vicentina (Aljezur e Vila do Bispo) e que, “a consumar-se a transferência de serviços para Faro, ficarão a distância significativa do local de prestação de cuidados”. Algumas localidades do interior algarvio ficariam mesmo a mais de uma hora e meia (e a uma distância superior a 100 quilómetros) de uma unidade hospitalar...! Atualmente, o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio dispõe de 27 serviços clínicos e serve milhares de pessoas nos concelhos de Portimão, Lagos, Lagoa, Aljezur, Vila do Bispo, Silves e Monchique. Para agravar a situação, uma das medidas que o Governo estará a ponderar é o encerramento do Hospital de Lagos, que poderá acontecer nos próximos meses.
"Mais uma forte machadada no SNS" Logo após o anúncio da fusão das unidades hospitalares de Faro e Portimão, na passada quinta-feira,
o BE voltou a reagir, acusando o Governo de “desferir mais uma forte machadada no Serviço Nacional de Saúde”. “A constituição deste mega centro hospitalar irá afetar principalmente os utentes e as populações de Portimão e de toda a zona barlavento do Algarve. É de prever que o governo, na sua voragem e sanha destrutiva de serviços públicos proceda ao encerramento de serviços e valências em Portimão, provocando mesmo diversos despedimentos, o que é inaceitável”, acentuam os bloquistas. Ainda de acordo com o BE, a criação do Centro Hospitalar do Algarve coloca em risco de serem encerrados diversos serviços no hospital de Portimão, nomeadamente, radiologia, oftalmologia, ortopedia, obstetrícia e otorrinolaringologia. “Muitos serviços poderão degradar-se irremediavelmente e tanto doentes como funcionários hospitalares poderão ver a sua vida muito dificultada devido a deslocações diárias superiores a 120 quilómetros”, remata o bloco.
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