Edição nº 2795 | 21 outubro 2010

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRECTOR: Fernando Reis

Custódio Moreno, presidente da Junta de Freguesia de Pechão

Quinta-feira

Escolas

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I

MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

21 de outubro de 2010 I ANO LIII - N.º 2795

Festival arranca domingo e estende-se até 14 de novembro com muita animação

Colégio Internacional de Vilamoura lidera "ranking" regional

"Pechão está bem vivo e recomenda-se!"

DE

Lagos revive costumes e gastronomia dos Descobrimentos P8

I

Preço 1,00

DO

ALGAR VE ALGARVE

PORTE PAGO - TAXA PAGA

Portimonense quer receber o Benfica com "casa cheia"

P 12

www.jornaldoalgarve.pt

Proximidade da população e construção de alternativas são vitais

Luís Gomes assume liderança do PSD Algarve

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NESTE NÚMERO

MAIS DE 250 AUDITORIAS REALIZADAS PELA AREAL APONTAM MEDIDAS PARA REDUZIR CUSTOS

Distribuimos com esta edição o segundo de três jornais dedicados ao período da implantação da República, uma parceria entre o JA e a Liga de Amigos da Galeria Manuel Cabanas

Se todas as câmaras da região seguissem as recomendações da Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve (AREAL), que realizou 260 auditorias em edifícios municipais, seria possível reduzir em quase 20 por cento o consumo de energia, o que representaria uma poupança de 280 mil euros por ano. E isto é só o início...!

Algarve pode poupar 280 mil euros por ano em energia

Aos nossos assinant es assinantes Pedimos, uma vez mais, aos nossos assinantes que ainda não pagaram a sua assinatura, que o façam com a maior brevidade possível, dado que nos aproximamos da cobrança do próximo ano. A situação actual é complicada para todos, mas trata-se de uma verba extremamente importante para o Jornal do Algarve fazer face ao pagamento de avultadas quantias pela sua expedição e impressão, para além do pagamento de salários, subsídios e os cada vez mais pesados impostos. Apelamos à compreensão deste nosso pedido, realçando a importância que a imprensa tem na defesa da democracia e na informação que presta à população. Assim, pedimos que procedam ao pagamento da quantia solicitada por carta, através de cheque ou por transferência bancária, mencionando o n.º de assinante, indicado na carta de cobrança, ou o nome em que recebem o jornal, para o NIB: 003509090001615533034

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CONCLUI ESTUDO ACADÉMICO:

Aeroporto de Faro serve turismo residencial

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JORGE BOTELHO EM ENTREVISTA AO JORNAL DO ALGARVE

"Apesar das dificuldades, já concretizámos muitas das medidas que prometemos" P9


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JORNAL do ALGARVE

E DITORIAL 384

SMS Carlos Albino

carlosalbino@mail.telepac.pt

Haja respeito pelos contribuintes!

Por favor, não brinquem O momento que passa é grave e o mínimo que se pode esperar dos políticos responsáveis (sobretudo os eleitos e os nomeados) é que não brinquem às escondidas. Responsáveis de partidos, deputados e decisores, todos têm, nas presentes circunstâncias, o dever e a obrigação de serem claros e de irem diretos ao assunto, com seriedade perante quem os elegeu e com respeito pelos administrados. Portanto, se é do Orçamento de Estado que se fala, não falem da fé, da esperança e da caridade como nos sermões morais; e se é do PIDDACC, não falem dos vinhos de areias. Não elegemos folgazões, elegemos deputados. Julgo que todos ganharemos com o fim das brincadeiras e do andar-se às curvas no discurso e no debate político faz de conta. E se quem deve não pode ter voz, diga que está rouco ou que pura e simplesmente não quer ter voz, mas não se ande a fingir por aí que se fala como se a suposta assembleia dos que ouvem fosse uma assembleia de pacientes papalvos.

O que se passa neste país é uma vergonha. Há dias, um jornal inglês, dizia, a propósito da corrupção e da crise económica que o nosso país atravessa, que “Portugal é um país demasiado pequeno para tanta gente a roubar”. Efectivamente, entre outros factores que estão na génese desta grave crise, entre os quais, obviamente, a própria situação internacional, não podemos deixar de concordar com o facto de que quanto mais frágil é uma economia, como acontece com a nossa, maiores são as consequências negativas dos actos de corrupção e de outras formas de espoliação financeira, de benesses, de favorecimentos e de negócios especulativos, na actual situação do país. Hoje, ao invés de se procurar soluções para o enorme déficit das contas públicas, com decisões que, ao mesmo tempo que reduzam a despesa, sejam capazes de dinamizar o crescimento económico, atacase o problema com medidas - cortes de salários, reduções de subsídios e um tal aumento de impostos, num inédito massacre do povo e da classe média, como não há memória nestes 36 anos de democra-

Deploravelmente, o debate das implicações do Orçamento para o Algarve e o escrutínio sobre se a região está a ser ou não tratada com exceção sediciosa, está aquém do que se poderia esperar. Pelo menos até agora, dois ou três comunicados e duas ou três crónicas em jornais parece que arrumaram o assunto, os deputados eleitos pelo Algarve obviamente que vão votar com toda a disciplina pela qual os respetivos estados-maiores os vinculam, enquanto no terreno os da oposição fazem o seu esperado papel e os afetos ao poder se baixam na trincheira tal como os soldados mentalmente reservados que não querem entrar na guerra em que têm que estar, nem perder a próxima – sobretudo não perder a próxima.

Flagrante ironia do destino: No cartaz que acompanhou a construção do Estádio Algarve, bem se podia ler: «Construímos vitórias”. Nem se conseguiu o empate.

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Medalha de Mérito Turístico - Grau Ouro

VIPRENSA Sociedade Editora do Algarve, Lda. Pessoa Colectiva n.º 501 441 352 Capital Social: 60.000,00 Euros Fernando G. Reis: 50% Maria Luísa A. Travassos: 50% Registo ICS n.º 100969 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE IMPRENSA

Editora Luísa Travassos Director Fernando Reis Direcção Financeira António Cabrita Redacção Domingos Viegas, José Cruz, Raquel Ponte, Rita Travassos (VRSA); Neto Gomes, Sofia Cavaco Silva (Delegação de Faro); Nuno Couto (Delegação de Portimão) redaccao@jornaldoalgarve.pt

Recorte o Cupão e envie para: JORNAL DO ALGARVE - Rua Jornal do Algarve, 46 - 8900 Vila Real de Santo António

Os do poder, encolhem-se, vão para as metáforas e apelos morais que já poucos suportam, e, longe da realidade ou apenas enfronhados na realidade que é a sua realidade pessoal, esquecem-se de que o Algarve precisa de ter voz não lhe bastando ter boca e que os militantes de um partidos não são deputados dos eleitores da área. Por sua vez, os das oposições obviamente que cumprem o seu papel com a vida muito mais facilitada do que quando eram poder antes de serem revezados ou porque, se nunca estiveram no poder, também nada têm a perder com a boca a fugir para a facilidade. É claro que aqueles que sabem que uma democracia, nestas circunstâncias, perde qualidade, têm a obrigação cívica de advertir antes que seja tarde - «Por favor, não brinquem». E sobretudo, para os que não são, não brinquem aos algarvios.

faro@jornaldoalgarve.pt portimao@jornaldoalgarve.pt Colaboradores Almerinda Romeira, Ana Oliveira, Ana Viegas, Ângelo Cruz, António Manuel, António Montes, Arnaldo Casimiro Anica, Caldeira Romão, Carlos Alberto, Domingos Francisco, Eduardo Geraldo, Eduardo Palma, Emiliano Ramos, Fernando Cabrita, Fernando Graça, Hélder Bernardo, Hélder Carrasqueira, Horácio Neves Baceladas, João Paulo Guerreiro, João Xavier, Jorge Costa, José António Pires, José Azevedo, José Manuel Livramento, José Mestre, José Saúde, Júlio Farinha, Luigi Rolla, Luís Santos, Mendes Bota, Miguel Duarte, Miguel Jorge, Rita Pina, Rogério Bastos, Rui Marques, Silva Lucas, Teresa Cristina, Teodomiro Neto

Fernando Reis

cia - que podem lançar o país, a partir do próximo ano, numa recessão profunda. É que o governo, ao mesmo tempo que estrangula o povo e a classe média com uma austeridade sem precedentes, insiste num despesismo de Estado e numa política megalómana de construção de grandes obras públicas, por agora adiadas mas não excluídas, que não deixa outra saída. Depois do insucesso do PEC II, corremos o risco destes enormes sacríficios que agora nos são exigidos não servirem para uma efectiva consolidação das nossas contas e para dar um novo rumo à nossa economia, mas apenas para acalmar os mercados internacionais e tranquilizar a banca e o grande capital, que é o que interessa de momento e o que a Europa nos pede. O mesmo governo, que tanto está a exigir aos cidadãos, não tem qualquer pejo em apresentar no OE do próximo ano uma aumento do endividamento público em mais cerca de 11 milhões de euros. Como disse alguém, “perdeu-se o respeito pelos contribuintes”. freisjornaldoalgarve@gmail.com

CUPÃO DE ASSINATURA O SEMANÁRIO DE MAIOR EXPANSÃO DO ALGARVE

Sim! Desejo ser assinante do Jornal do Algarve até ordem contrária Nome .............................................................................................................................. Morada ............................................................................................................................ Cód. Postal ....................Localidade................................................................................. Telefone ............... email............................................... Contribuinte ............................. junto envio cheque/vale postal n.º............................. no valor de .................. ou comprovativo de transferência bancária, para a conta da Viprensa, proprietária do Jornal do Algarve NIB:003509090001615533034 / IBAN: PT50003509090001615533034 BIC da CGD: CGDIPTPL ou NIB:004570434000621313537 IBAN: PT50004570434000621313537 - BIC /SWIFT: CCCMPTPL Titular da conta _________________________________ Assinatura ....................................................................................... Data

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Preços da Assinatura Anual: Portugal 40 euros, Europa 60 euros, resto Mundo 70 euros Atenção: As assinaturas só serão válidas após pagamento

Correspondentes Angel Rebollo (Huelva), António Sustelo (Bélgica) Paginação electrónica Irene Salvador, Lídia Palma, Ana Reis Publicidade e Marketing Filomena Reis, filomena@jornaldoalgarve.pt Helena Reis, helena@jornaldoalgarve.pt

(VRSA)

Alzira Correia, portimao@jornaldoalgarve.pt Dep. Assinantes Ana Mendes assinantes@jornaldoalgarve.pt Publicidade, Redacção, Composição, Administração Rua Jornal do Algarve, 46 Apartado 23 8900 Vila Real de Santo António Telefs. 281 511 955 / 56 / 57 Telefax: 281 511 958 jornaldoalgarve@hotmail.com

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Distribuição: Pedaços de Mar, Lda

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Depósito Legal n.º 9578-85 ISSN 0870-6433

Impressão: Imprejornal - Sociedade Impressão S.A.

Tiragem média semanal do último mês: 11 500 exemplares

Propriedade: Viprensa Sociedade Editora do Algarve, Lda. Rua Jornal do Algarve, 46 8900 Vila Real Santo António


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TUALIDADE

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JORNAL do ALGARVE

VOZ DO POVO

PODER LOCAL CUSTÓDIO MORENO, PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE PECHÃO

"Pechão está bem vivo e recomenda-se!"

Em entrevista ao JA, Custódio Moreno quer que Pechão seja reconhecido como um destino de referência, uma terra promissora e que luta com garra para manter a sua identidade Jornal do Algarve - A Freguesia de Pechão tem provado ter um grande potencial humano e associativo. Essa é a grande força desta freguesia interior de Olhão? Custódio Moreno- Nos últimos anos temos apostado fortemente numa política de parcerias, vinculada através da assinatura de protocolos com as mais diversas associações e inúmeras entidades concelhias e regionais, agentes económicos e todos os movimentos que possam atrair mais-valia para Pechão, onde incluímos a Geminação com Morangis. Um excelente exemplo da nossa dinâmica são as inúmeras valências concentradas no edifício da autarquia, nomeadamente: Posto de Correios, extensão do Centro de Saúde de Olhão, Gabinete de Aconselhamento, Espaço Net, a Ludoteca. Temos ainda acordos com os Ministérios das Finanças, do Emprego e da Segurança Social, uma pequena loja do cidadão que facilita muito a vida dos pechanenses. J.A. - Quais os grandes desafios e projetos a que pretende responder a curto e médio prazo na freguesia? C.M. - O nosso grande desafio passa por consolidar o trabalho nas áreas da Educação, da Ação Social, no apoio aos joPUB

vens e aos idosos. Por outro lado, a requalificação de equipamentos e de vários espaços da freguesia. Queremos continuar a dotar Pechão de uma rede viária de excelência e expandir as redes de saneamento a todos os cantos da freguesia. No próximo ano, vamos concluir a edificação da CasaMuseu e da Galeria de Arte, exlíbris para podermos receber

Acreditamos no turismo social como forma de promoção e desenvolvimento sustentado quem nos visita e, ao mesmo tempo, preservar as nossas raízes.

rio e vamos fazer o parque de estacionamento. J.A. – Qual a estratégia para trazer mais dinâmica à freguesia? C.M. - Acreditamos claramente no turismo social como forma de promoção e desenvolvimento sustentado. A aposta passa por fazer desta terra um destino de referência, promovendo um conjunto de acontecimentos, com destaque para os programas de Animação de Verão, Natal e Ano Novo. O Festival de Folclore, Noites de Fado, Noites de Teatro, Cinema ao Ar Livre, e o Rock na Ribeira são algumas das iniciativas que todos os anos organizamos e que vamos reforçando com mais propostas de maior qualidade, fidelizando os pechanenses a participar e procuramos atrair novos públicos. Deste modo, projetamos cada vez mais Pechão. As Festas Tradicionais de Pechão, o Corta-Mato do Algueirão, as Comemorações do 25 de Abril são bons exemplos das nossas parcerias com o associativismo local e que mostram como Pechão está bem vivo e recomenda-se!

Vai aderir à greve geral de 24 de novembro? Georgina Inácio, trabalhadora por conta própria Só se for para fazer número. Às vezes, penso que isso não serve para nada. Mas, por outro lado, se não formos para a rua protestar as coisas não mudam. E acaba sempre por sofrer quem ganha menos.

Manuel Maria, encarregado construção civil Não tenho vagar de ir a Lisboa manifestar-me, mas sem dúvida que devemos contestar o facto de a vida estar cada vez mais cara e serem sempre os mesmos a ser afetados com a crise. A greve é a única forma de os governos perceberem que o povo está mesmo descontente.

Aníbal Martins, magarefe Não faço parte de nenhum sindicato por isso não vou. Penso que se o governo der um exemplo sério a vários níveis o povo irá compreender e irá fazer os sacrifícios que forem necessários. Mandar o povo sacrificar-se e quem manda não o fazer... Respeito quem vai fazer a greve. Se não houver esse exemplo, acho bem que se vá para a greve. Nós somos um povo lutador mas tem de ser com a ajuda de todos – não é só o pequeno trabalhador. Se fizer falta trabalhar mais um pouco para salvaguardar o meu trabalho, eu trabalho.

Ana Oeiras, professora Eu concordo com a greve mas penso que não vai dar em nada. Pessoalmente não vou fazer greve porque não me convém. Monetariamente não me convém porque senão fazia.

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Vamos edificar um Parque Infantil, um Parque de Merendas e um Espaço Aventura. Estas duas últimas obras já têm o projeto aprovado. Até ao final do mandato, queremos iniciar as obras de requalificação urbana da Ribeira de Bela Mandil. Ampliámos o cemité-

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JORNAL do ALGARVE

NOVA IMAGEM E CONCEITO PROMOCIONAL PRATICAMENTE "A TODO O VAPOR"

Último véu dos segredos do Algarve levantado em Londres Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e até os motivos que impulsionam a marcação de férias num determinado destino. Conscientes dessa realidade, os responsáveis pela promoção interna e externa do Algarve decidiram reposicionar-se e lançar um desafio aos turistas. Um convite para conhecer o outro Algarve... o Algarve das tradições, a sua cultura, a sua natureza e as suas gentes. Um conceito que se espera apelativo e que vai invadir mercados alvo com toda a pujança a partir de novembro > SOFIA CAVACO SILVA Desde o final da primavera que a Associação de Turismo do Algarve (ATA) e a Entidade Regional doa Turismo do Algarve (ERTA) estão a deixar dicas dentro e fora de fronteiras nacionais sobre um Algarve cheio de segredos e encantos por descobrir. Um Algarve que se deixa descobrir na boca de quem o vive diariamente de diferentes modos,

em diferentes espaços e com diferentes olhares. Terminado o período de contratualização da anterior imagem promocional da região, os responsáveis da ATA e da ERTA entraram em contacto com cerca de 20 empresas regionais e nacionais com o intuito de receberem propostas. Contratualizada agora por três anos, a nova imagem implica também um reposicionamento da marca Algarve na

sua forma de se promover. O primeiro véu da campanha começou com a exibição num canal de televisão nacional em meados de junho. Foi por essa altura que, aos poucos, se começou a ver na televisão e a comentar nas redes sociais sobre os segredos do Algarve. Os últimos detalhes da campanha e do plano de meios internacional estão a ser concluídos e serão apresentados na sua totalidade a partir de 8 de novembro, durante a presença do destino Algarve na World Travel Market, na Inglaterra, que é considerada a maior feira de turismo do mundo. Para 2011 já estão preparados spots do vídeo pro-

mocional com 30 segundos que irão ser transmitidos nos principais canais de televisão dos mercados alvo. Português, inglês, alemão, holandês, espanhol e russo foram os idiomas escolhidos para acompanharem este vídeo, deixando desde logo perceber quais vão ser as apostas promocionais da ATA nos próximos anos. O vídeo tem uma banda sonora própria que conta com a voz quente e misteriosa de Viviane. Depois de três anos em que o Algarve era promovido como local cheio de glamour e espaço para recuperar energias, eis que o destino se veste de mistério. A nova imagem vai invadir também o sítio

www.visitalgarve.pt, local onde serão colocados os "Top Secrets" da região. As redes sociais merecem uma forte aposta e a ATA e o Turismo do Algarve pretendem estabelecer um relacionamento cada vez mais forte e direto junto dos potenciais turistas. Para já, o primeiro feedback está a surgir através dos operadores turísticos que já começam a solicitar o vídeo promocional para apresentarem aos seus clientes. Para esta mudança de visual do destino Algarve e da sua promoção, a ATA e a ERTA investiram cerca de 300 mil euros, valor total para os três anos contratualizados.

Albufeira reforça relação turística com Pontevedra A APAL - Turismo de Albufeira marcou recentemente presença na FERPALIA - Bolsa de Contratação Turística de Pontevedra, na Galiza. Tratando-se de um certame que, para além de reunir a totalidade dos operadores turísticos da Galiza, congrega também vários operadores de outras regiões de Espanha, nomeadamente de Madrid, Barcelona e Málaga, a participação do Turismo de Albufeira naquela bolsa teve por objetivo "a apresentação do destino e da oferta turística de Albufeira aos operadores turísticos ali presentes". Por outro lado, o presidente da autarquia, Desidério Silva, realizou diversos contactos institucionais em Pontevedra, no âmbito do protocolo de colaboração existente entre as duas cidades.

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Departamento de Finanças e Património

Edital n.º 399/2010 HASTA PÚBLICA PARA ATRIBUIÇÃO, A TÍTULO PRECÁRIO, DA EXPLORAÇÃO DE QUIOSQUE, SITO NO LARGO DE SANTO AMARO José Macário Correia, Presidente da Câmara Municipal de Faro, torna público, que vai proceder através de hasta pública à atribuição, a título precário, da exploração de quiosque. 1 - Entidade pública adjudicante - Município de Faro. Endereço: Rua Domingos Guieiro, n.º 8, 8000-311 Faro. Telefone: 289 870 826; Telefax: 289 802 326. Horário de funcionamento: todos os dias úteis das 09:00 h às 16:00 h. 2 - Objecto da atribuição em hasta pública: Exploração do quiosque, sito no Largo de Santo Amaro. 3 - Consulta e informações: a) O programa do procedimento e o caderno de encargos, encontram-se disponíveis para consulta na Divisão de Património e Aprovisionamento do Município de Faro, na Loja do Munícipe e no sítio da Internet, endereço www.cm-faro.pt. i) A Divisão de Património e Aprovisionamento, em funcionamento das 09h00 às 16h00, situa-se no Edifício dos Paços do Município de Faro, Rua Domingos Guieiro, n.º 8, 8000 Faro. ii) A Loja do Munícipe, em funcionamento de segunda a sexta-feira das 08h30 às 19h00 e aos sábados das 09h00 às 13h00, situa-se na Loja do Cidadão no Edifício do Mercado Municipal de Faro, no Largo Dr. Francisco Sá Carneiro, em Faro. b) Podem ser efectuadas visitas de reconhecimento ao quiosque desde que sejam solicitadas pelos interessados, por escrito, ao presidente da comissão da hasta pública, para a Rua Domingos Guieiro, n.º 8, 8000-311 Faro, até oito dias úteis imediatamente anteriores ao da praça, com base nas quais os Serviços comunicarão a hora e a data em que se efectuarão as referidas visitas. c) Os esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação das peças do procedimento devem ser solicitados pelos interessados, por escrito, ao presidente da comissão da hasta pública. d) O Presidente da Câmara Municipal pode proceder à rectificação de erros ou omissões das peças do concurso. e) Os esclarecimentos e as rectificações referidas na alínea anterior, serão divulgados no nosso sítio da Internet e juntos às peças do procedimento que se encontrem patentes para consulta. f) Os esclarecimentos e as rectificações mencionadas no presente ponto fazem parte integrante das peças do procedimento a que dizem respeito e prevalecem sobre estas em caso de divergência. 4 - Valor base de licitação: ¤ 100,00 por mês. 5 - Impostos e outros encargos e despesas devidos: Imposto sobre o valor acrescentado (IVA) à taxa legal em vigor; Imposto do selo. 6 - Proposta(s) A entrega de proposta escrita é facultativa e não inibe que os interessados intervenham na licitação verbal. 6.1 - Elementos que devem ser indicados na proposta: A proposta deverá conter, além da indicação do valor mensal proposto, da identificação e assinatura do interessado, nome, morada ou sede, n.º de contribuinte de pessoa singular ou colectiva, n.º de bilhete de identidade ou de matrícula da sociedade. O modelo da proposta está anexo ao programa do procedimento.

7 - Modo de apresentação das propostas: As propostas devem ser apresentadas em sobrescrito fechado, identificando-se no exterior do mesmo o interessado, que, por sua vez, é encerrado num segundo sobrescrito dirigido ao presidente da comissão da hasta pública para atribuição, a título precário, da exploração de quiosque, sito no Largo de Santo Amaro, e endereçado ao Departamento de Administração e Finanças. 8 - Acto público e adjudicação: a) A licitação inicia-se com o valor base de licitação, e termina quando o presidente da comissão tiver anunciado por três vezes o lanço mais elevado e este não for coberto; b) Logo que se proceda à arrematação da exploração do quiosque, abrir-se-ão as propostas, sendo a exploração do quiosque adjudicada pela comissão, provisoriamente, a quem tiver oferecido o preço mais elevado, quer seja o do último lançado na hasta pública, quer o da proposta mais elevada; c) O valor dos lanços mínimos é fixado em ¤ 5,00 (cinco euros); d) Em caso de anulação da adjudicação ou de não adjudicação por causa imputável ao Interessado, pode a exploração do quiosque ser adjudicada ao interessado que tenha apresentado a proposta ou o lanço imediatamente inferior ao valor de arrematação, excepto em caso de conluio. 9 - Modalidade de pagamento: a) O adjudicatário provisório procederá, no dia do acto público, ao pagamento do valor de 3 (três) rendas mensais, e que servirá de adiantamento de 3 (três) meses de renda; b) O pagamento do valor da adjudicação será efectuado em prestações mensais, e será devido o pagamento correspondente à primeira renda na data do contrato e em simultâneo com a entrega das chaves, devendo o pagamento das rendas seguintes ser efectuado mensalmente, entre os dias 1 e 8 do mês a que respeitar, entendendo-se que se o último dia for um sábado, domingo ou feriado, o prazo terminará no dia útil imediato; c) A não celebração do contrato, por causa imputável ao adjudicatário provisório, tornará a adjudicação nula e de nenhum efeito, perdendo este a totalidade do valor que haja pago ao Município. 10 - Local e data limite para a apresentação de propostas: a) As propostas deverão dar entrada no Departamento de Administração e Finanças do Município de Faro - Rua Domingos Guieiro, n.º 8, 8000-311 Faro, ou na Loja do Munícipe, sita na Loja do Cidadão no Mercado Municipal de Faro, Largo Dr. Francisco Sá Carneiro, em Faro, até às 16:00 h, do dia 26 de Outubro de 2010; b) As propostas podem ser entregues directamente, contra recibo, no Departamento de Administração e Finanças do Município de Faro - Rua Domingos Guieiro, n.º 8, 8000-311 Faro, ou na Loja do Munícipe, sita na Loja do Cidadão no Mercado Municipal de Faro, Largo Dr. Francisco Sá Carneiro, em Faro, das 09:00 h às 16:00 h, ou enviados por correio, para o Departamento de Administração e Finanças do Município de Faro - Rua Domingos Guieiro, n.º 8, 8000-311 Faro, desde que a recepção ocorra dentro do prazo fixado na alínea anterior; c) No caso da proposta ser remetida pelo correio, o interessado será o único responsável pelos atrasos que porventura se verifiquem, não podendo apresentar qualquer reclamação na hipótese da entrada dos documentos se verificar depois de esgotado o prazo fixado para a entrega das propostas. 11 - Local, data e hora da praça: Terá lugar no Salão Nobre dos Paços do Município de Faro, sito na Rua do Município, em Faro, no dia 27 de Outubro de 2010, pelas 10:00 horas. Os interessados deverão comparecer 30 (trinta) minutos antes da hora marcada, ou seja, 09:30 horas, para provarem a sua identidade e a qualidade em que intervêm na praça, devendo apresentar, caso actuem em representação de outrem, documento comprovativo de concessão de poderes para a arrematação do quiosque em causa. Deverão também ser portadores do cartão de identificação fiscal ou, se for caso disso, de cartão de cidadão. 12 - Aos interessados recomenda-se a leitura atenta do presente edital, do programa do procedimento e do caderno de encargos. Paços do Município de Faro, 7 de Outubro de 2010.

(Jornal do Algarve, 21/10/2010)


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JORNAL do ALGARVE

MAIS DE 250 AUDITORIAS REALIZADAS PELA AREAL APONTAM MEDIDAS PARA REDUZIR CUSTOS

Algarve pode poupar 280 mil euros por ano em energia

Se todas as câmaras da região seguissem as recomendações da Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve (AREAL), que realizou 260 auditorias em edifícios > NUNO COUTO O consumo de energia não tem parado de aumentar na região nos últimos anos. As instalações municipais - edifícios e iluminação pública são os que mais têm contribuído para o crescimento dos gastos. Numa altura em que as autarquias atravessam grandes dificuldades financeiras, o diretor da AREAL, José Oliveira, revela ao JA que as câmaras poderiam poupar “milhares de euros” com “uma aposta séria na racionalização energética”. “Nas 260 auditorias que realizámos nos últimos anos, as poupanças médias possíveis após as implementações recomendadas podem chegar aos 280 mil euros anuais”, adianta o responsável, frisando que bastaria “pouco mais de três anos para recuperar o investimento feito para realizar essa poupança”. A redução dos gastos com energia pode ser ainda muito maior depois de estarem concluídas todas as “Cartas Energéticas Municipais”, um projeto da Agência Regional de Energia Ambiental do Algarve que envolve, até agora, os muni-

municipais, seria possível reduzir em quase 20 por cento o consumo de energia, o que representaria uma poupança de 280 mil euros por ano. E isto é só o início...!

cípios de Aljezur, Lagos, Portimão, Albufeira, Castro Marim, Silves, Tavira e Loulé, estando para breve a adesão de Faro. “A Carta Energética consiste num levantamento de todos os pontos de consumo (iluminação pública e edifícios municipais) e a sua caracterização. Ou seja, para além da quantidade e postes de transformação que existem num concelho, também procuramos saber que tipo de lâmpadas utilizam e a potência, entre outros fatores que influenciam o consumo de energia”, explica José Oliveira.

“Uma nova receita” Deste modo, através das auditorias energéticas efetuadas a todos os edifícios públicos e aos postes de iluminação, “as câmaras municipais do Algarve podem ficar a saber quanto é que estão a gastar, quanto podiam poupar, qual o investimento necessário para fazer essa poupança e o tempo para cobrir esse investimento”, realça o diretor da AREAL. Após a realização destas auditorias, José Oliveira salienta que as autarquias só têm de implementar medidas concertadas para melhorar os gastos

José Oliveira defende a implementação de medidas concertadas para melhorar gastos com fatura energética

e reduzirem a fatura energética. “Haja vontade política para isso”, apela, acrescentando que “esta é uma boa oportunidade para as câmaras arranjarem dinheiro, pois a diminuição dos custos com a energia pode ser encarada como uma nova receita”. Entre as principais razões para o agravamento dos consumos de energia na região, a AREAL identificou um pouco de tudo, “desde lâmpadas pouco

eficientes, computadores e sistemas de ar condicionado ligados em salas vazias, até monumentos iluminados quase 24 horas por dia”. “São estas pequenas coisas que fazem uma grande diferença”, refere José Oliveira, realçando que “seria bom que as próprias câmaras anunciassem de forma educativa quanto é que gastam para sustentarem determinados equipamentos municipais”.

Medidas condicionadas pela crise Apesar de as auditorias da AREAL colocarem em evidência os benefícios energéticos e económicos, a tomada de medidas concretas “está condicionada pela crise”. “A capacidade de investimento das câmaras neste momento é muito reduzida e, por isso, a atividade da AREAL tem sido complicada neste clima”, confessa o diretor da agência, que funciona há dez

anos sem subsídios, mas que tem como associados a AMAL, EDP, Águas do Algarve, Algar e Lusort, entre outras entidades. “Temos consciência que nesta conjuntura não é fácil fazer investimentos com retorno de três ou quatro anos. Mesmo assim, são decisões que faziam todo o sentido em vários municípios da região, até porque se tratam de projetos que poderiam ajudar a sustentar financeiramente as autarquias e as empresas”, acentua José Oliveira. Mesmo assim, algumas medidas concretas já foram tomadas pelas autarquias no sentido de reduzir o consumo e os gastos de energia. Foi o caso de Albufeira, onde o castelo de Paderne (ao lado da Via do Infante) ficava iluminado toda a noite. “Agora, as luzes são apagadas a partir da 1h00 e a poupança é na ordem dos 90 por cento”, revela o diretor da AREAL. Por seu lado, a câmara de Lagos também tomou a decisão de desligar as luzes e os motores do fluxo de água, durante a noite, nas fontes do concelho. “A crise leva as autarquias a tomarem mais consciência dos gastos injustificados e a perceberem que a soma de todas estas pequenas medidas podem resultar em poupanças muito substanciais”, remata José Oliveira.

“Região-piloto para implementação de carros elétricos”

Albufeira conseguiu poupar 90 por cento depois de ter desligado a iluminação do castelo de Paderne a partir da 1h00

Em declarações ao JA, o diretor da Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve (AREAL), defende que o Algarve deveria ser encarado como uma região-piloto para a introdução no mercado dos carros elétricos. José Oliveira realça que “as zonas urbanas não estão muito distanciadas – entre Portimão e Faro são apenas 60 quilómetros – e cada vez parecem mais próximas”, o que faz da região um terreno propício para os carros elétricos. “Além disso, temos um litoral plano, com muitas empresas de serviços (principalmente a hotelaria e restauração) que poderiam beneficiar com os carros elétricos”, sustenta. Segundo o responsável da AREAL, a implementação destes veículos deve ser encarada como uma “aposta regional”, tal como a instalação de solares térmicos e painéis fotovoltaicos. “Trezentos dias de sol por ano e mais de 200 quilómetros de costa marítima são dois pontos de partida excelentes para fazer do Algarve uma região privilegiada na produção de energias limpas e renováveis”, sublinha José Oliveira. N.C.

O carro elétrico é uma antiga promessa que vai e volta sem se saber bem porquê. Para a AREAL, essa poderia ser uma boa solução para o Algarve

Resultados médios possiveis de atingir com as auditorias realizadas pela Areal nos últimos anos Poupanças médias possíveis através das Medidas de racionalização Energéticas recomendadas nas 260 Auditorias Energéticas realizadas Poupanças Anuais Previstas após implementações Consumo médio anual (kWh)

Facturação média anual (¤)

Investimento Necessário (¤)

15.178.473

1.234.283,77 ¤

887.512,18 ¤

Redução de consumo (%) 17,24%

(kWh) 2616813

Redução de facturação (%) 22,66%

(¤) 279.732,89 ¤

Pay-back médio (Anos)

Reduções de Gases com efeito de estufa (t/ano)

3,17

887,04


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EGIONAL

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DOUTORAMENTO DA UALG NO AEROPORTO TRADUZIDO EM LIVRO

Estudo prova que aeroporto de Faro tem ação direta no turismo residencial Os aeroportos são mais do que meras portas de entrada e saída de uma região ou de um país. As acessibilidades e facilidades que proporcionam têm impacto direto na economia da região que servem e a forma como atuam pode imprimir uma dinâmica mais ou menos positiva. Numa região como o Algarve, intensamente dedicada ao turismo, o trabalho do aeroporto tem impacto no turismo dito tradicional mas tem um impacto que era, até agora, desconhecido no turismo residencial > SOFIA CAVACO SILVA “Aeroportos e Turismo Residencial” é o tema da tese de doutoramento da docente da Universidade do Algarve, Cláudia Ribeiro de Almeida. Este estudo foi transformado num livro lançado oficialmente na passada sexta-feira, no aeroporto de Faro, local que serviu de base para estudo de caso da investigação. A autora admite que muitas vezes foi questionada sobre o que têm os aeroportos a ver com o turismo residencial. Têm tudo a ver e é isso mesmo que defende nesta tese que foi acolhida de “braços abertos” pela ANA Aeroportos que já solicitou a continuação deste estudo, que “desbravou” terreno sobre uma área que continua a não ser de fácil quantificação e análise. A inscrição no Plano Estratégico para o Turismo Nacional (PENT) do turismo residencial como produto turístico foi um ponto de partida para o estudo que vem mais uma vez demonstrar o quão complexo e amplo é o mundo do turismo. A autora conseguiu ao longo de dois anos de estudo recolher informações junto de fontes por vezes não tão óbvias quando se estuda o turismo, nomeadamente os bancos, os negócios de manutenção e condomínios, a construção, as companhias aéreas, entre outros. Dos depoimentos que obteve, Cláudia Ribeiro de Almeida diz ter percebido que – pelo menos até 2007 - o aumento de rotas aéreas para a região sempre significou um aumento de fluxos de turistas e também um aumento na aquisição de segundas habitações. Mas as low cost imprimiram uma nova dinâmica na região.

“Analisámos por décadas. No caso dos turistas que vêm para cá há 40 anos fomos ver como era o tráfego do aeroporto nessa altura e como é agora. Percebemos que o boom da compra de casas tinha sido exatamente a partir do momento em que as low cost começaram a operar aqui”, explicou. “O boom começou essencialmente a partir de 2000. Em 2006 e 2007 também houve uma grande procura”, continuou. Um cenário que teve início com o interesse dos ingleses mas que o estudo indica que com a facilitação de crédito à habitação por parte dos bancos portugueses que criaram filiais noutros países, como é o caso da Irlanda. Em termos genéricos, o perfil do turista que adquire casa de férias no Algarve gosta do clima, da hospitalidade das pessoas da região e da gastronomia. Estes são fatores que, somados ao aumento das facilidades de crédito bancário e ao aumento de voos diretos a custos mais acessíveis, fizeram com que o turismo residencial tivesse crescido particularmente entre 1997 e 2007. Quem são estas pessoas, o que fazem quando estão cá, como se deslocam, o que fazem às habitações quando não as usam, a quem alugam ou emprestam estas casas, quem são as pessoas que dão preferência a este tipo de alojamento em vez do alojamento tradicional, como é o caso dos hotéis, que tipo de serviços utilizam na região? Estas são algumas das questões que a autora analisa. Cada uma destas questões tem implicações diretas na economia regional de forma ampla que vai muito além dos campos de golfe ou da

Renovação da linha ferroviária do Algarve concluída em abril de 2011 A renovação da linha ferroviária do Algarve deverá ficar finalizada em abril de 2011, com a conclusão dos trabalhos nos troços Tunes/Lagos e Faro/Vila Real de Santo António, anunciou a Rede Ferroviária Nacional (REFER). A empreitada da terceira e última fase, no valor de 7,9 milhões de euros, iniciou-se em setembro, e prevê a substituição das travessas de madeira por betão, a instalação de carris soldados em barras longas, para eliminação de juntas, e o reforço de balastro, numa extensão de 90 quilómetros.

A renovação da linha ferroviária do Algarve teve início em 2008, representando um investimento de cerca de 25 milhões de euros e divide-se por três fases. Duas das três fases estão concluídas, estando a decorrer a terceira e última fase, cujos trabalhos incidem nos troços Tunes/Lagos e Faro/Vila Real de Santo António, prevendo-se a sua conclusão para abril de 2011. Em comunicado, a REFER explica que o investimento visa aumentar “a fiabilidade e exploração, o aumento do con-

forto para os passageiros e viabilizar a própria manutenção, de forma racional e sustentável”. A empresa acrescenta que a intervenção “resulta das inspeções periódicas e sistemáticas efetuadas na rede ferroviária nacional e do respetivo diagnóstico, que confirmou o aproximar do fim da vida útil dos seus elementos constitutivos”. Os trabalhos não englobam o troço entre Tunes e Faro, porque, segundo a REFER, “encontra-se modernizado desde 2004”.

Os responsáveis da ANA Aeroportos e da UAlg defendem esta aproximação do meio académico à realidade empresarial

restauração. Existe toda uma estrutura de serviços de apoio que ganha dimensão à medida que o turismo residencial se consolida.

Novo estudo já em curso Desde 2007, os mercados internacionais sofreram grandes alterações e a ANA Aeroportos considera que importa dar continuidade a este estudo para perceber as novas tendências e de que forma está a afetar o setor. “Os dados de 2007 são uma fotografia feita na época. Há uma evolução e a Cláudia está a fazer novamente esse estudo. Já sabemos que os dados vão ser muito diferentes, por isso vamos aguardar”, comentou o diretor do Aeroporto

Internacional de Faro, António Correia Mendes. “Tudo aquilo que nos passa dar dados acho que é extraordinariamente importante. Nós tendencialmente temos uma perspetiva de analisar aqueles que nos procuram e de perguntar aquilo que não gostaram para tentar melhorar. Eu, se calhar, faria uma proposta mais arrojada que era ir para determinados sítios e perguntar às pessoas que não vêm porque é que não vêm”, comentou quando questionado sobre futuros estudos. Neste momento, já está a ser feita nova recolha de dados, e, de acordo com Cláudia Ribeiro de Almeida, os primeiros resultados estarão prontos entre o final de 2010 e Fevereiro de 2011.

DOUTORAMENTOS EM EMPRESAS NA LINHA DE UM NOVO RELACIONAMENTO COM A REGIÃO

UAlg sai para a rua para dar e receber conhecimento O reitor da Universidade do Algarve, João Guerreiro, está satisfeito pela forma como este estudo se processou e como o aeroporto de Faro abriu as suas portas para acolher a investigadora durante dois anos. Este sistema de doutoramentos em empresas é relativamente novo, mas tanto os responsáveis do Aeroaorto e da ANA como da universidade defendem como um sistema interessante e benéfico para todos os envolvidos. “Não existem muitos porque é um figurino novo que foi adotado há três ou quatro anos, mas existe um número crescente de doutoramentos em empresas”, explicou o reitor ao JA. Se já nas ciências sociais era habitual que os investigadores se “embrenhassem” dentro das comunidades estudadas, nas outras áreas académicas esta é uma nova forma de estar. “Vai justamente na linha de integrar os investigadores nas empresas, beneficiar a convivência diária com essas empresas e ter uma perceção muito clara dessas empresas. Mas também tem outro objetivo, ou seja, as empresas poderem beneficiar da presença desses investigadores porque eles próprios vão identificar problemas interessantes, tendências crescentes no desenvolvimento dessas empresas com o exterior. Há aqui um movimento ganhador nos dois sentidos e que se prevê que seja reforçado no futuro”, explicou João Guerreiro. A publicação destes estudos para obras divulgadas de forma comercial ou académica por forma a trazer o conhecimento produzido para fora das portas da universidade e do meio académico é outro dos objetivos que o reitor pretende prosseguir. “A tendência é colocar à disposição da comunidade toda a produção científica da universidade”, explicou. Nesse sentido, além das publicações a Universidade do Algarve está a colocar no seu sítio uma área onde estão a ser catalogados todos os estudos, comunicações, artigos publicados e outros documentos produzidos na universidade. Este repertório de conhecimento produzido na universidade ainda não está totalmente disponibilizado mas é um processo que está em curso. S.C.S.


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UBLICIDADE

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DUCAÇÃO

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RANKING NACIONAL DE ESCOLAS

Colégio Internacional de Vilamoura lidera a nível regional João Porfírio

O CIV é a melhor escola do Algarve ao nível do secundário e a terceira do ensino básico (2.º e 3.º ciclos). O “ranking” do ensino básico é liderado na região pelo Colégio Nossa Senhora do Alto A ETIC criou pela primeira vez um polo fora de Lisboa. Portimão foi a cidade escolhida

PRIMEIRO POLO DA ESCOLA TÉCNICA INAUGURADO EM PORTIMÃO

ETIC à descoberta de novos talentos da imagem e comunicação > NUNO COUTO O primeiro polo da Escola Técnica de Imagem e Comunicação (ETIC) foi inaugurado, na segunda-feira, na cidade de Portimão. “Esta aposta da ETIC, que pela primeira vez cria um polo fora de Lisboa, visa responder às necessidades de formação no setor dos audiovisuais no sul do país e vem de encontro ao desejo do município de Portimão de promover um ensino de excelência, nomeadamente em áreas de produção

cultural, artística e tecnológica”, adiantou o diretor da ETIC Algarve, Nuno Ribeiro. A oferta pedagógica apresenta um leque alargado de cursos de técnicos na área do audiovisual e inclui Design de Comunicação e Multimedia, Design gráfico, Fotografia, Fotografia publicitária, Pós-produção fotográfica, Ilustração, Motion design, Música eletrónica, Pós-produção vídeo, Produção de espetáculos e eventos, e ainda Webdesign. Segundo apurámos, a es-

Município de Faro Aviso n.º 384/2010 Elaboração de Plano de Urbanização do Patacão e Mar-e-guerra (PU PMG) José Macário Correia, Presidente da Câmara Municipal de Faro, torna público, que foi deliberado por unanimidade, na reunião de câmara ordinária pública de 22 de setembro de 2010, aprovar alterar os Termos de Referência do Plano de Urbanização do Patacão e Mar e Guerra (PU PMG). Mais foi deliberado nos termos do artigo 74.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro alterado pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, aprovar a nova delimitação do PU PMG, bem como a nova redacção dos Termos de Referência do PU PMG que fundamentam a oportunidade de elaboração deste plano e submetê-lo a um procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica conforme previsto no Decreto Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho e no RJIGT; Foi ainda deliberado, estabelecer um período de 15 dias úteis para efeitos de participação preventiva, contados a partir do 8.º dia da publicação do presente aviso em Diário da República, nos termos do n.º 2 do artigo 77.º do mesmo diploma. Os termos de referência do PU PMG podem ser consultados no Departamento de Urbanismo, durante a hora de expediente todos os dias úteis e na página da Internet www.cm-faro.pt. As participações deverão ser apresentadas por escrito e dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Faro entregues na Secretaria Central desta Câmara Municipal, remetidas por correio ou correio electrónico dpu.du@cm-faro.pt Faro, 23 de Setembro de 2010 O Presidente da Câmara, José Macário Correia Publique-se na 2.ª série do Diário da República, no boletim municipal, dois jornais diários, num semanário de grande expansão nacional, num jornal de expansão local ou regional e na página da Internet da Câmara Municipal de Faro.

O Presidente da Câmara Municipal de Faro José Macário Correia (Jornal do Algarve, 21/10/2010)

cola arrancou esta semana com 74 alunos num máximo de 80 vagas e Manuela Carlos, que fundou a escola técnica há cerca de 20 anos, disse que o Algarve foi a região escolhida “porque sempre fomos muito procurados por alunos da região”. “Temos formado grande parte das pessoas que estão nas empresas da área de formação e criação de conteúdos. Agora, no Algarve, os alunos também têm a possibilidade de explorar a sua criatividade”, referiu. Para o presidente da câmara de Portimão, Manuel da Luz, a inauguração da ETIC Algarve abre boas perspetivas para o município. “Trata-se de uma área de investimento importante e com um grande futuro à frente. As indústrias do audiovisual, cinema e entretenimento vão ter um grande papel na economia e esta escola de ensino especializado deverá criar novas oportunidades de investimento e emprego”, frisou o autarca, recordando que “o Algarve é deficitário em termos de formação de técnicos intermédios”,sendoqueaETICvaiproporcionar “uma oferta educativa diferente das outras escolas”. Nesse sentido, a ETIC já assinou um protocolo com a Algarve Film Commission, com a qual pretende desenvolver várias atividades e organização de eventos.Por outro lado, a ETIC Algar-ve está a preparar parcerias com alguns dos mais conceituados gabinetes de design do Algarve. O diretor Nuno Ribeiro revelou ainda que a ETIC vai criar o prémio Luís Lobato, em que podem participar todas as escolas do concelho de Portimão. O vencedor ganhará um curso da ETIC à escolha.

O ranking das escolas portuguesas já foi divulgado e o Colégio Internacional de Vilamoura (50.º do ranking nacional) foi o primeiro estabelecimento de ensino algarvio ao nível do secundário, enquanto o Colégio Nossa Senhora do Alto, de Faro (54.º do ranking nacional) ocupa o primeiro lugar na região em relação ao ensino básico (2.º e 3.º ciclos). Os rankings referem-se às médias alcançadas pelos alunos que fizeram exames nacionais e inclui escolas públicas e privadas. “Estes indicadores são apenas uma referência que só pode ser entendida numa perspetiva mais alargada e não nos resultados positivos ou negativos alcançados num ou noutro ano”, refere o diretor pedagógico do CIV, Renato Costa, frisando que “o mais importante é considerar a evolução extraordinária e os resultados positivos ou negativos que uma escola alcança em diferentes áreas”. “Se considerarmos que as escolas portuguesas no estrangeiro têm médias em exames que as colocariam nos últimos lugares dos rankings nacionais das escolas secundárias, é extraordinário que os alunos portugueses que estudam no Colégio Internacional de Vilamoura realizem exames internacionais numa língua diferente, nomeadamente o inglês, e alcancem médias superiores à média dos alunos das escolas inglesas em Inglaterra. Se este indicador se repetir seis ou sete vezes numa série de 10 anos, então poderemos eventualmente estabelecer uma relação. A estes resultados devemos somar os resultados em investigação científica, nos exames nacionais, nos exames internacionais, entre outros indicadores quantificáveis ao longo de séries de vários anos e não apenas num ano”, acrescenta Renato Costa. Os rankings incluem a análise dos resultados dos alunos de 608 escolas secundárias e de 1303 escolas do ensino básico (2.º e 3.º ciclos).

Top 15 do Algarve 2010 Escolas secundárias 1 – Colégio Internacional de Vilamoura - 12,02 (50.ª no ranking nacional) 2 – Escola Secundária Gil Eanes, Lagos - 11,76 (69.ª no RN) 3 - Escola Secundária M. Teixeira Gomes, Portimão – 11,42 (93.ª no RN) 4 – Escola Secundária de José B. Viegas, S.Brás – 11,34 (105.ª no RN) 5 - Escola Básica e Secundária de Albufeira – 10,70 (193.ª no RN) 6 – Escola Secundária de Loulé – 10,70 (195 no RN) 7 – Escola Secundária João de Deus, Faro - 10,65 (208.ª no RN) 8 – Escola Secundária Poeta António Aleixo - 10,64 (213.ª no RN) 9 – Escola Secundária Júlio Dantas – 10,52 (233.ª no RN) 10 –Escola Secundária de Albufeira – 10,23 (307.ª no RN) 11 –Escola Sec. Dr. Jorge Augusto Correia – 10,00 (353.ª no RN) 12 – Escola Secundária de Silves – 9,84 (375 no RN) 13 – Escola Secundária de V.R.Sto. António – 9,80 (378.ª no RN) 14 –Escola Sec. Francisco Fernandes Lopes – 9,67 (402.ª no RN) 15 – Escola Secundária Tomás Cabreira, Faro - 9,61 (415.ª no RN) Escolas do Ensino Básico (2.º e 3.º Ciclos) 1 – Colégio Nossa Senhora do Alto, Faro - 3,60 (54.ª no RN) 2 – EB 2,3 Santo António, Faro - 3,27 (169.ª no RN) 3 – Colégio Internacional de Vilamoura – 3,23 (188.ª no RN) 4 – EB 2,3 Castro Marim – 3,14 (257.ª no RN) 5 – EB 2,3 Joaquim R. P. Magalhães, Faro – 3,13 (273.ª no RN) 6 – EB 2,3 Mexilhoeira Grande – 3,12 (280.ª no RN) 7 – EB Integrada Aljezur - 3,09 (304.ª no RN) 8 – Externato Ecubal/Escola Intern. Algarve, Lagoa - 3,06 (339.ª no RN) 9 – EB 2,3 Prof. José Buísel, Portimão – 2,97 (438.ª no RN) 10 –EB 2,3 Rio Arade, Lagoa – 2,96 (450.ª no RN) 11 –EB Integrada Martim Longo – 2,93 (506.ª no RN) 12 – EB 2,3 D.Manuel I, Tavira – 2,95 (525.ª no RN) 13 – EB 2,3 Algoz – 2,90 (549.ª no RN) 14 –EB Integrada Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva, Loulé – 2,88 (572.ª no RN) 15 – EB 2,3 Prof. Paula Nogueira - 2,87 (596.ª no RN)


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NTREVISTA

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JORGE BOTELHO EM ENTREVISTA AO JORNAL DO ALGARVE

"Apesar das dificuldades, já concretizámos muitas das medidas que prometemos" O presidente da Câmara Municipal de Tavira tomou posse há cerca de um ano e, agora, faz um balanço destes primeiros 12 meses que representaram o regresso dos socialistas à autarquia do sotavento. > DOMINGOS VIEGAS Jornal do Algarve - Como decorreu este primeiro ano de mandato? Jorge Botelho - Foi um ano complexo, atendendo à situação financeira que encontrámos na câmara e à situação do país. Encontrámos dificuldades financeiras complexas, tanto na câmara, como nas empresas municipais. O passivo a longo prazo ultrapassava os 20 milhões de euros e o passivo a curto prazo, ou seja, o que se refere a pagamentos quase imediatos, andava à volta dos 4,5 milhões de euros. No ano passado, a seis meses das eleições, foi pedido um empréstimo de quase cinco milhões de euros, que se veio a refletir nas contas deste ano, fazendo agora com que quase cinco por cento da receita da câmara tenha que ser para pagar amortizações de juros, quando antes era de cerca de 2,6 por cento. Mesmo assim, e apesar das dificuldades com a quebra registada nas receitas e no investimento, conseguimos concretizar muitas das medidas que estavam no nosso programa eleitoral e outras estão em fase de concretização. J.A. - E como está agora a questão do passivo? J.B. - Por exemplo, neste momento, o passivo a curto prazo já baixou para cerca de dois milhões de euros. J.A. - Como é que isso foi possível? J.B. - Fomos pondo as contas em dia com os fornecedores, mas, de uma forma geral, o segredo foi gerir muito apertadamente este orçamento. Penso que toda a gente se lembra que a “geração” anterior tinha um orçamento de 58 milhões de euros para dar cabimentos. Fizemos um orçamento inicial de 46,6 milhões de euros. Ou seja, quando entrámos, cortámos um quinto do orçamento. Também tomámos a opção de gastar menos, mas gastar melhor e programar corretamente os investimentos. Avançámos logo com uma restruturação financeira que implicou menos dirigentes

e menos custos. Onde tínhamos cinco departamentos, passámos a ter quatro. Onde tínhamos 17 divisões, passámos a ter 16. Prescindimos de várias assessorias. Não temos a preocupação de preencher os lugares, porque os tempos não estão fáceis. Há pessoas que estão acumular algumas funções e, por exemplo, o cargo de assessor do presidente da câmara está vago. Mas tudo sem comprometer o desenvolvimento do concelho nem a realização de um conjunto de eventos culturais e desportivos que são importantes para a dinamização do concelho. J.A. - Também houve corte nas despesas com a animação? J.B. - Não. Aliás, reforçámos ligeiramente o investimento nesta área. Gastámos mais cerca de 60 mil euros do que aquilo que tinha sido gasto no ano anterior, porque decidimos que o programa de eventos deveria ser reforçado com mais qualidade. E penso que as pessoas que nos visitaram não ficaram defraudadas. Mas ao mesmo tempo que a câmara faz isto, também tem as despesas pagas e tem em dia os protocolos com as juntas de freguesia, com os clubes e com as associações. J.A.- Esta ginástica financeira refletiu-se naquilo que são as obrigações sociais para com os munícipes? J.B. - Não, antes pelo contrário. Fizemos intervenções em mais de cem habitações sociais. Trabalhámos com as instituições de solidariedade para que não falte comida a ninguém. Tentámos reforçar as verbas canalizadas para o apoio social. Realojámos pessoas. Hoje, não há ninguém que recorra aos serviços de ação social da câmara que não tenha, pelo menos, a perspetiva de uma resposta para colmatar as suas carências. Estamos a cortar com tudo o que é supérfluo e só mantemos o que é essencial. Mas tem que haver sempre dinheiro para as coisas básicas, e as coisas básicas são a vida

das pessoas e as suas urgências. J.A. - Quais foram os objetivos delineados para este primeiro ano e que não foram cumpridos? J.B. - O único que ainda está cumprido, e que nós gostávamos que estivesse, é o lançamento da obra do porto de pesca de Tavira. O projeto está feito, mas é uma obra que não depende da câmara. De qualquer forma, acredito que o porto de pesca possa avançar assim que este Orçamento de Estado estiver aprovado. Quanto ao resto, a obra do Museu Islâmico, que estava parada há 14 anos, decorre a bom ritmo e estará concluída em fevereiro. Lançámos o arranjo da estrada de Santa Luzia e da estrada que faz a ligação norte do concelho. Concluímos a marginal de Cabanas, que foi lançada e preparada no anterior mandato. Abrimos a baixa ao trânsito. Lançámos o concurso da construção na nova escola do Carmo. Preparámos a requalificação da Igreja das Ondas, do Parque do Séqua e o ar-

O autarca falou das dificuldades financeiras que encontrou quando chegou, dos cortes que foi obrigado a fazer nas despesas, das obras que levou a cabo e do que tem previsto realizar em 2011

relvamento do campo de futebol anexo ao Pavilhão Municipal. As poupanças que fizemos também foram usadas para pagar as alimentações escolares e para pagar as despesas com o material didático, que antes era pago pelas juntas de freguesia. Pintámos todas as escolas e continuamos a fazer um conjunto de reparações básicas. Se as pessoas confrontarem o livrinho que nós distribuímos na campanha eleitoral com o que já está concretizado e com o que está a ser feito, seguramente terão uma boa surpresa. J.A. - O que é que os tavirenses podem esperar para 2011? J.B. - Vamos continuar a baixar a derrama, para que este imposto esteja eliminado no final do nosso mandato. A comida confecionada nas escolas vai ser uma realidade. Haverá uma diminuição no valor das tarifas fixas da água, para todos, e esperamos ainda mexer na tarifação de forma a diferenciar positivamente quem tem menos rendimentos. Não queremos fazer um orçamen-

to para quinhentas medidas, das quais só podemos executar dez. Vamos fazer um orçamento mais pequeno, com menos páginas, mas com medidas concretas para executar em 2011. Vamos continuar a apostar num conjunto de eventos ao nível da cultura, do desporto, da gastronomia, das nossas festas tradicionais e do fim de ano. E não vemos isto como despesa, mas sim como investimento, porque grande parte dos tavirenses vive de serviços que estão ligados à atividade turística. Por isso temos que apostar em criar iniciativas deste tipo durante todo o ano, para que Tavira possa ser visitada por turistas também durante todo ano. E

é também por isso que vamos apostar na requalificação do património e do espaço público. J.A. - Já tem retorno do efeito do alargamento dos horários dos espaços de animação noturnos? J.B. - O alargamento dos horários de funcionamento dos bares e discotecas, para que Tavira pudesse viver mais tempo, revelou-se um sucesso. Fizemos o mesmo na ilha de Tavira e o resultado também foi mais pessoas e mais volume de negócios. As pessoas que têm os seus negócios querem trabalhar, querem dar emprego, querem ter lucro e querem que a câmara, dentro de um conjunto de regras, lhes permita poder fazer tudo isto. Temos muito bons empreendedores em Tavira, que só precisavam de um sinal de abertura por parte da câmara. E esse sinal finalmente chegou. J.A. - Tavira é um concelho muito grande e com uma vasta área interior. O que é que estas populações podem esperar da câmara? J.B. - Todas as obras que sejam consideradas prioritárias pelos presidentes das juntas de freguesia, e que a câmara consiga integrar no seu orçamento, serão levadas a cabo. Esta é a nossa metodologia de trabalho, ou seja, faremos uma intervenção nas freguesias, de acordo com aquilo que for definido em termos de prioridades, para 2011, entre nós e os presidentes de junta. Além disso, es-tamos permanentemente disponíveis para ir ao terreno e auxiliar quem precise. E quem já se dirigiu à câmara sabe que isso é verdade.

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Pensar o turismo do futuro

As tendências do turismo estiveram em foco, num seminário organizado pela Região de Turismo do Algarve que juntou especialistas para discutir o "e-marketing", os novos conceitos do setor e os 40 anos de atividade turística no Algarve > RAQUEL PONTE O seminário “Algarve: Caminhos e Oportunidades para a Atividade Turística”, que decorreu esta segunda-feira no hotel Real Santa Eulália, compreendeu três painéis, num total de dez oradores, e contou com a presença do secretário de Estado do turismo, Bernardo Trindade. Nuno Aires, presidente da ERT Algarve, moderou um dos painéis e aproveitou a ocasião para olhar criticamente os novos desafios que se aplicam à atividade do turismo nos dias de hoje. “Um dos principais desafios que temos pela frente, passa por rejuvenescer de forma continuada uma região que está já consolidada em termos de mercado e que tem que competir com uma multiplicidade de destinos emergentes, que apresentam oferta de base muito semelhante à nossa”, disse. Ponto de unanimidade foi que a oferta turística da região deve passar por uma maior diversidade. Sol e praia, congressos e golfe são os produtos turísticos mais consolidados na região algarvia, por esse motivo, importa abrir espaço a novos segmentos de mercado tais como a observação de aves (birdwatching), a gastronomia e os vinhos ou o turismo de saúde e bem-estar, bem como investir no turismo em permanência

e não apenas no sazonal. “À partida todos os indicadores parecem apontar para a necessidade de se criar uma base de oferta mais diversificada, que complemente os produtos turísticos já consolidados”, afirmou o presidente da ERT Algarve. O responsável adiantou, ainda, que é nesse caminho de diversificação da oferta turística que têm vindo a trabalhar, “numa perspetiva de que o Algarve, não obstante ser o principal e mais visitado destino turístico de Portugal, tem ainda muito por descobrir e por ‘experienciar’”. A forma de enfrentar estes desafios passa, em grande medida, pelo recurso a “uma comunicação mais focalizada e personalizada com os nossos clientes, quer os atuais quer os potenciais, fazendo uso das novas tecnologias, nomeadamente com uma presença efetiva nas principais redes sociais”, acrescentou Nuno Aires. Em jeito de conclusão e enquanto caminhos a seguir no futuro, apontou-se um maior investimento nas áreas da saúde, segurança e acessibilidades (boa ligação horizontal do território), a criação de clusters económicos que possam atrair capital à região e ainda o investimento num turismo de qualidade cada vez mais virado para a sustentabilidade e com vista à preservação do que é tradicional.

Faro que te quero verde As sementes da primeira horta urbana da cidade já foram lançadas Cerca de uma centena de pessoas juntaram-se na simbólica data de 10 de outubro de 2010 (10.10.10) no museu municipal de Faro, para lançar as bases da primeira horta urbana da cidade. O evento foi organizado pela Glocal>Faro, com o apoio da câmara municipal, que disponibilizou para este efeito um terreno na zona histórica da cidade. Nem mesmo a chuva que se fez sentir foi suficiente para afastar os miúdos e graúdos que se juntaram nos claustros do museu para mostrar que acreditam em soluções práticas e ecológicas para a crise climática. No decorrer da tarde, os participantes puderam conhecer algumas técnicas e princípios básicos da agricultura biológica numa breve palestra proferida por António Barreiros, especialista nesta matéria, bem como alguma da legislação disponível no âmbito de incentivos a esta prática. Seguidamente, foi tempo de lançar mãos à obra, ou melhor, à terra. Crianças e adultos juntos a compor vasos com sementes e plantas, de-

Os participantes envolveram-se plantando, trocando sementes e experiências e assumindo juntos compromissos para uma cidade mais verde e sustentável

senhos coletivos sempre em tons de verde, folhas em papel com compromissos ecológicos escritos por cada participante e, por fim, uma fotografia de grupo que irá correr o mundo. Presente neste evento esteve também o presidente da câmara de Faro, Macário Correia, que destacou a importância deste tipo de eventos que visam “sensibilizar a população para as alterações climáticas e impulsionar simultaneamente a agricultura

de modo a apoiar as famílias mais carenciadas”. O autarca destacou ainda o “combate à desertificação na cidade velha” que este tipo de estruturas pode trazer, criando novas dinâmicas com áreas de lazer. O projecto da Horta Urbana de Faro insere-se na iniciativa Global Work Party, envolvendo cidadãos de 180 países que pretendem desta forma chamar a atenção para as alterações climáticas. R.P.

Reabilitação urbana e desenvolvimento sustentável debatidos em Faro O “efeito Donut” - esvaziamento dos centros urbanos - está neste momento a tornar-se uma realidade em diversas locais e a assumir contornos preocupantes, onde se assiste à degradação progressiva das estruturas urbanas, dos edifícios e dos espaços exteriores. Faro não é exceção > RAQUEL PONTE Com o intuito de promover um debate alargado sobre a degradação do centro da cidade, a FARO 1540 organizou no passado dia 8 de outubro, no IPJ de Faro, um seminário subordinado ao tema “Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Sustentável”. Perante uma plateia maioritariamente composta por jovens, promoveu-se ao longo do dia um debate alargado e uma troca de experiências com vista a encontrar e desenvolver novas soluções para este problema. Para tal, a organização procurou apresentar um programa que abordasse as principais questões sobre este tema, convidando especialistas em diferentes matérias. A importância de uma identidade cultural e arquitetónica foi defendida pelo artista plástico Fernando Grade, que, na sua intervenção, frisou a importância de reabilitar respeitando a história, as raízes culturais e a autenticidade, “caso contrário caímos mais uma vez numa modernização bacoca, que leva à falsificação, ao artificialismo e ao pastiche.”, disse. O arquiteto-paisagista Fernando Pessoa realçou a importância de não se perderem os laços com a natureza. “O homem, a despeito dos progressos tecnológicos, continua a depender da Natureza para a sua completa realização. No mundo urbano a artificialização do habitat exige medidas que compensem o afastamento dos ciclos, fluxos e tempos da Natureza.”, alertou. De facto, o desenvolvimento urbano gerado pelas socie-

dades industrializadas conduziu, ao longo do séc.XX, à criação de cidades-dormitórios e subúrbios desumanos. Com a evolução do capitalismo e da especulação originaram-se “verdadeiros infernos urbanos”, disse o arquiteto, segundo o qual “a expansão urbana já não pode continuar a ser feita com base em urbanismo ortogonal, perante populações que a pouco e pouco vão criando massa crítica e exigem qualidade de vida digna.”

Nós por cá Na cidade de Faro tem-se verificado um ritmo de construção e uma especulação imobiliária superiores à média do território nacional. Em consequência deste fenómeno, a franja mais jovem da sociedade (jovens famílias) fixa-se na periferia onde os preços das habitações são mais acessíveis, enquanto se assiste ao envelhecimento e à desertificação do centro urbano. Por sua vez, as autarquias deparam-se com o problema de só

Cidadãos em ação A Ruína de Faro é um ato de cidadania, criado por um grupo de cidadãos, na qual são inventariadas as casas e edifícios devolutos ou degradados da cidade de Faro e que mereçam ser recuperados e ter novos usos. Mesmo aqueles que já se encontrem em risco de demolição podem aqui ser incluídos. Este é um blogue que apela à participação de todos os cidadãos de Faro. Para tal, basta enviar fotografias ou vídeos de casas e edifícios degradados/abandonados/devolutos, para aruinadefaro@gmail.com. O email deve conter uma foto georreferenciada ou a localização do imóvel, bem como uma breve descrição do mesmo. Elementos sobre a história do imóvel, assim como ideias sobre o seu destino, seja ele a demolição, reconstrução e novos usos permanentes e temporários também são bem-vindos.

poderem intervir em edifícios privados no caso de ruína ou do seu desabamento iminente. Ou seja, um prédio pode estar devoluto e altamente degradado mas não estando em ruínas, a câmara pouco pode fazer. As dificuldades em notificar proprietários são outro dos graves problemas com que as autarquias se deparam. Para a Faro 1540, “é insustentável continuar a viver em cidades completamente degradadas, sem vida e será uma política suicida continuar a “empurrar” os cidadãos para fora dos centros urbanos. Não promover políticas que invertam esta situação será conduzir a cidade à decadência e à morte pelo seu interior.”

Para onde caminhar? No final avançaram-se algumas soluções e medidas possíveis para inverter este problema, nomeadamente efetivar, com urgência, políticas que visem incentivos aos senhorios e à reabilitação urbana de forma a que estes se sintam motivados a colocarem os seus imóveis no mercado de arrendamento e que parte desses imóveis se destinem aos jovens e apostar em residências universitárias em alguns edifícios do centro da cidade que se encontram em estados de degradação avançados. Em relação ao ambiente, investir no arvoredo como forma de melhorar significativamente a qualidade do ar, uma vez que as árvores de grande porte, ao produzirem toneladas de biomassa, armazenam toneladas de CO2, reduzindo o aquecimento da atmosfera local.


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Hotel Guadiana vai ser classificado imóvel de interesse municipal O novo estatuto permitirá à Câmara Municipal de Vila Real de Santo António expropriar o hotel e reabri-lo A Câmara de Vila Real de Santo António prepara-se para aprovar a classificação do emblemático Hotel Guadiana como imóvel de interesse municipal, o que permitirá ao município proceder à expropriação, com o objetivo de promover a sua reabertura. A autarquia pediu há cerca de 10 meses ao Instituto de Gestão do Património Arquitetónico (IGESPAR) a classificação do edifício como imóvel de interesse municipal e no processo de consulta pública não se registou qualquer oposição. Nesse sentido, disse à Lusa o presidente da câmara, Luís Gomes, a autarquia “pode agora classificar o edifício e proceder à expropriação”. O

objetivo do município é garantir que o emblemático hotel, situado em pleno centro histórico pombalino, e que está a degradar-se de dia para dia, venha reabrir, adiantou. Após a consulta pública “não houve qualquer oposição por parte do proprietário e dos inquilinos, também não houve oposição do IGESPAR, e vai já à próxima sessão de câmara a classificação de imóvel de interesse municipal, pelo que a câmara vai proceder agora à expropriação”, afirmou o autarca. “Não podemos é ter um património como este, que é uma referência e um elemento arquitetónico importante para a cidade a degradar-se. É preciso jogar mão e pôr termo

ao processo de degradação constante do imóvel”, frisou. Se se efetivar a questão da expropriação, o autarca adiantou que irá colocar o imóvel no mercado “para que o hotel volte a funcionar”. Luís Gomes disse ainda esperar que “no próximo ano o processo possa estar concluído”. O Hotel Guadiana, inaugurado, em 1926, foi desenhado pelo arquiteto de origem suíça Ernesto Korrodi e é um dos mais emblemáticos edifícios da cidade algarvia devido à sua traça de “arte nova”. O edifício chegou a estar completamente abandonado e degradado, mas em 1987 um privado recuperou o hotel, que reabriu em 1992 e se mante-

Estoi e Sta. Bárbara com transporte social A Câmara Municipal de Faro decidiu maximizar os recursos e com os veículos e motoristas que tem destinados ao transporte escolar vai assegurar transporte social e gratuito em Estoi e Santa Bárbara de Nexe. Uma iniciativa que visa “atenuar os efeitos da interioridade e combater a solidão das populações mais envelhecidas”do concelho. Foram criados nove itinerários, cinco para Estoi e quatro para Santa Bárbara de Nexe que estão funcionar de forma bissemanal desde a passada segunda-feira, dia 18. Os horários e os pontos de paragem vão ser distribuídos pelas populações e afixados nas respetivas juntas de freguesia. Os sítios da Murta, Azinal Amendoeira, Cerro Manuel Viegas, Azinheiro, Bordeira, Barranco de S. Miguel, Alçaria Nova, Vale Grande, Goldra de Cima, Pé do Cerro, Agostos, entre outros, vão ficar assim ligados às sedes das suas freguesias.

ve em funcionamento até 2007, ano em que fechou devido a dificuldades financeiras dos seus herdeiros. Um desses herdeiros descobriu em 2007 que o hotel tinha sido vendido ao atual proprietário devido a “uma burla do advogado Luís Sommer Martha, que obteve procurações com falsos pretextos e vendeu o hotel por 1,1 milhões de euros, verba abaixo do seu real valor e da qual se terá apropriado”. A Polícia Judiciária deteve Sommer Martha em janeiro de 2009 e o advogado ficou em prisão preventiva, acusado dos crimes de burla agravada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais. O atual proprietário, a quem Martha vendeu o hotel, hipotecou o imóvel como garantia do empréstimo bancário feito para financiar a operação, segundo o mesmo herdeiro.

Educação debatida em São Brás por tertúlia PSD “Educação, presente e futuro” foi o tema da mais recente tertúlia promovida pela Comissão Política da Secção do PSD de São Brás de Alportel. O deputado social-democrata eleito pelo Algarve, Bacelar Gouveia e o vice-presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, foram os oradores convidados. As vantagens e desvantagens dos Mega Agrupamentos Verticais, o programa Novas Oportunidades e o Ensino Recorrente, a exigência, qualidade e avaliação do Sistema de Ensino e a avaliação da autoridade dos professores nas salas de aula versus o estatuto do aluno foram alguns dos temas trabalhados ao longo deste encontro. Deste debate sobressaíram as ideias de que os Mega Agrupamentos Verticais são um mecanismo de controlo financeiro que está a cargo das autarquias. Apesar das reticências, os oradores admitem que esta pode ser uma medida positiva que promova a conjugação de forças e vontades na uniformização da qualidade de ensino e acompanhamento dos alunos nos doze escalões de ensino. No caso do programa Novas Oportunidades, o alerta vai para uma banalização e alteração dos objetivos do mesmo. Neste caso, o alerta vai para as situações de jovens que ao “não conseguirem completar o 12.º ano e ingressar na universidade utilizam este mecanismo que está ao seu alcance, permitindo de uma forma fácil e bem menos exigente alcançar o seu objetivo”, refere a organização. Também o investimento no Parque Escolar foi debatido neste encontro em que surgiram opiniões preocupadas com os investimentos “exorbitantes” que estão a ser feitos nas restruturações de edifícios num momento economicamente tão complicado como o que se vive atualmente.”O Programa Parque Escolar vive e sobrevive tal como as SCUT, fazendo e gastando agora e paga-se dentro de alguns anos”, lê-se no comunicado divulgado. Perante este “retrato” da educação pública em Portugal, os sociais-democratas de São Brás de Alportel mostram-se preocupados e dão uma avaliação negativa.

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Piscinas de Aljezur gratuitas até final do mês As piscinas municipais de Aljezur reabriram na segunda-feira e, até dia 31, os munícipes poderão usufruir de forma gratuita de todas as atividades aquáticas disponíveis no complexo. Com esta iniciativa, a câmara municipal pretende que "os utilizadores se familiarizem e frequentem todas as disciplinas ministradas de forma a terem um conhecimento e prática plena das atividades, antes da escolha e inscrição definitiva". Entretanto, a autarquia garantirá no atual ano letivo a utilização gratuita desta infraestrutura, bem como transporte, para um conjunto de alunos do Agrupamento de Escolas de Aljezur, com necessidades educativas especiais, indicados pela escola.

I 22 Concerto - Susana Travassos Auditório Municipal de Albufeira - 21h30

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de Out. a 27 Nov.

Exposição de pintura de Bailote Galeria Municipal de Albufeira Segunda a Sexta I 10h30 às 16h30 Encerra Sábados, Domingos e Feriados


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FESTIVAL ARRANCA DOMINGO E ESTENDE-SE ATÉ 14 DE NOVEMBRO COM MUITA ANIMAÇÃO

Lagos revive costumes e gastronomia dos Descobrimentos A sexta edição do Festival dos Descobrimentos vai fazer Lagos recuar 550 anos, até ao período em que os portugueses se atreveram a desafiar os "mares nunca antes navegados" e deram "novos mundos ao mundo". O evento inclui uma feira quinhentista, desfiles históricos, espetáculos musicais e animação de rua, entre outras iniciativas. Uma das grandes atrações deste ano é também a realização de um roteiro gastronómico, onde os restaurantes do município apresentam pratos típicos da época, desde os mais tradicionais aos mais exóticos > NUNO COUTO Uma viagem no tempo até ao período áureo dos Descobrimentos é o desafio lançado pela autarquia de Lagos, que organiza, entre os dias 24 de outubro e 14 de novembro, a sexta edição do Festival dos Descobrimentos. Este ano, a feira regressa ao centro histórico, depois de a anterior edição ter sido realizada, em maio de 2008, no Parque Júdice Cabral (Parque das Freiras). O evento propõe uma viagem de regresso ao passado, através da recriação das tradições e costumes da sociedade portuguesa nos séculos XV e XVI, sendo que o tema central de 2010 é “550 Anos – Henrique, o Navegador”. “A ideia é mostrar ao mundo o que se fazia, o que se pensava, e como se vestiam, alimentavam e divertiam os nossos antepassados”, realça a câmara municipal.

Uma feira quinhentista, desfiles históricos com milhares de figurantes na Avenida dos Descobrimentos, espetáculos de música e um colóquio, são algumas das atividades promovidas pela autarquia durante o Festival dos Descobrimentos, que integra ainda exposições, visitas à caravela Boa Esperança, concurso de montras e atividades desportivas. No festival também não vai faltar muita animação de rua, com teatro, música, danças africanas e do ventre, torneio a cavalo, mostra de armas, contadores de histórias e manipuladores de fogo, entre muitas outras personagens do período das descobertas. Durante os 22 dias do evento, os visitantes podem ainda contar com a presença de várias tendas de artesãos e doceiras. A realização de um roteiro gastronómico, com a participação de diversos restaurantes do concelho de

Destaques do programa 24 de outubro XX Estafeta dos Descobrimentos Sagres-Lagos 27 de outubro (Dia do Município) Inauguração da Exposição “Retratos do Infante Dom Henrique” (Centro Cultural de Lagos) 27 de outubro a 14 de novembro Visitas à Caravela Boa Esperança (Ribeira de Bensafrim) Roteiro Gastronómico (Restaurante aderentes) Concurso de Montras (Centro histórico de Lagos) 10 a 13 de novembro Colóquio internacional sobre “A Herança do Infante” (Paços do Concelho Séc. XXI) Lançamento de livros Feira dos Descobrimentos e animação histórica Desfile histórico “Henrique, o Navegador de Lagos – 550 anos” (dia 12, às 14h00, na Avenida dos Descobrimentos) Atividades protocolares de celebração dos 550 anos sobre a morte do Infante D. Henrique (dia 13) Todo o mês Exposição “Memória Henriquina”: O Infante D. Henrique e a Vila de Lagos (Biblioteca municipal de Lagos)

Lagos, é outra das grandes atrações do evento. “O objetivo é dinamizar o setor da restauração e dar a provar, aos respetivos clientes (residentes e visitantes), receitas tradicionais e sabores mais exóticos, através da apresentação de ementas alusivas à Época dos Descobrimentos”, adianta a autarquia, garantindo que “os pratos serão confecionados com os produtos oriundos «dos quatro cantos do mundo» e que, hoje em dia, se encontram, em grande parte, perfeitamente enraizados nos nossos hábitos alimentares”.

Sabores e ingredientes exóticos Neste roteiro gastronómico, que decorre a partir de 29 de outubro e se prolonga até ao final do festival (14 de novembro), os estabelecimentos participantes prometem apresentar um conjunto de ementas e pratos típicos da época, com sa-

Feira quinhentista, desfile histórico, música e animação de rua são os pontos fortes da sexta edição do festival

bores e ingredientes exóticos. O roteiro tem assim em conta as viagens marítimas que os portugueses fizeram pelo mundo há mais de quinhentos anos, e que deram a descobrir novas terras, povos, culturas e, também, novos alimentos. “Mais de cinco séculos depois, a Câmara Municipal de Lagos volta a lançar o desafio de relembrar e conhecer esse período histórico marcante na evolução da humanidade e compreender o papel importantíssimo desta cidade algarvia em todo

esse processo de revolução económica, social e cultural, bem como a figura marcante do Infante Dom Henrique”, salienta a autarquia, concluindo que o Festival dos Descobrimentos é “um grande momento de promoção da identidade histórico-cultural de Lagos”. Todas estas iniciativas vão prolongar-se até 14 de novembro, período em que se assinala a celebração dos 550 anos sobre a morte do Infante D. Henrique.

Portugueses transformaram hábitos alimentares há 500 anos As naus e caravelas dos Descobrimentos foram os grandes veículos das profundas modificações nos hábitos alimentares dos povos do velho mundo Como seria hoje a nossa alimentação se não conhecêssemos a abóbora, o amendoim, o ananás, a batata, o cacau, o feijão, o girassol, o milho, o pimento e o tomate? “Muito monótona, certamente. Ora, na realidade, todos estes produtos são de origem americana e eram perfeitamente desconhecidos na Europa, e no resto do mundo, antes de 1500.“A dieta me-dieval portuguesa era bastante limitada, constando sobretudo de pão de trigo ou centeio; de legumes variados, com predomínio para as couves, o grão e as favas; de frutas, como as castanhas, as maçãs, as uvas ou os marmelos; de vinho e de azeite; e de mel, que servia de adoçante. Algum peixe e alguma carne completavam a mesa dos mais abastados. Com as grandes viagens dos Descobrimentos, a partir do século XV, tudo mudou. Nas novas terras contacta-das, em África, na Ásia e na América, os navegadores portugueses depararam-se com novos alimen-

tos e novos condimentos, anteriormente desconhecidos ou pouco vulgarizados. E logo se encarregaram de os divulgar e, quando possível, de os transplantar para Portugal.“Os Descobrimentos portugueses tiveram, assim, um enorme impacto nos hábitos alimentares de muitos povos.“A dieta dos europeus, graças à viagem das plantas, alterou-se radicalmente, sendo enriquecida com numerosos produtos vegetais oriundos de outros continentes.“A cana-de-açúcar, originária da Ásia, passou a ser cultivada no Algarve, revolucionando a doçaria portuguesa. De África, os navegadores portugueses trouxeram a malagueta, o coco, a melancia, e mais tarde também o café, que diversificaram a nossa gastronomia.“Da Ásia, vieram especiarias exóticas como a pimenta, a canela, o gengibre e o cravo-da-índia, que se vulgarizaram em Portugal e, logo depois, na Europa. Vieram também frutas então quase desconhecidas entre os europeus, como a banana, a manga e a laranja

doce. Da longínqua China, os portugueses trouxeram ainda o chá, que é hoje a bebida mais consumida a nível mundial.“Mas a América, contactada pela primeira vez em finais do século XV por portugueses e espanhóis, era o continente mais rico e exuberante em termos vegetais. De lá trouxeram os navegadores ibéricos numerosos produtos que hoje fazem parte integrante da gastronomia europeia, como a abóbora, o amendoim, o ananás, a batata, a batatadoce, a baunilha, o cacau (e o chocolate), o caju, o feijão, o girassol, o maracujá, o milho, a papaia, o pimento e o tomate.


S [] Museu mostra como portugueses se aproveitaram dos escravos OCIEDADE

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A cidade de Lagos começou a receber carregamentos de escravos a partir de 1444. Depois de capturados ou comprados na costa africana, estes escravos eram utilizados em trabalhos pesados e em tarefas domésticas. O edifício do Mercado de Escravos vai perpetuar a memória desse tráfico de seres humanos A inauguração de um núcleo museológico do Mercado de Escravos, no dia 10 de novembro, é um dos pontos mais simbólicos do programa do Festival dos Descobrimentos. A cerimónia vai decorrer no âmbito do colóquio internacional sobre “A Herança do Infante”, depois da assinatura de um protocolo entre o município de Lagos e a comissão nacional da UNESCO.

Este novo núcleo museológico de Lagos vai integrar a “Rota do Escravo”, um projeto da UNESCO que pretende “contribuir para o conhecimento da realidade do tráfico de escravos, e das suas múltiplas consequências, ao longo dos séculos”. Ao mesmo tempo, referem os responsáveis, este museu visa “destacar o intenso movimento de trocas entre povos, culturas e civilizações a que o

tráfico de escravos deu origem”, contribuindo assim para “um ativo diálogo intercultural entre as áreas geográficas tocadas pela escravatura, bem como para uma cultura de paz e coexistência pacífica entre os povos”. Reza a história que, a partir de 1444, Lagos passou a receber todos os anos carregamentos regulares de escravos, que eram normalmente capturados em razias ou ad-

O Mercado de Escravos de Lagos abastecia muitas regiões do país no período das descobertas

quiridos por troca na costa ocidental de África. Utilizados em trabalhos pesados e em tarefas domésticas, os escravos africanos, a partir de então, passaram a

fazer parte da paisagem humana portuguesa. “O edifício do Mercado de Escravos, em Lagos, perpetua a memória desse tráfico de seres humanos, que também

abastecia outras regiões portuguesas, e que estaria centralizado na Casa da Guiné, em plena zona ribeirinha”, destaca a autarquia.

LAGOS, VILA DO BISPO E ALJEZUR CELEBRAM 550 ANOS SOBRE A MORTE DO INFANTE DOM HENRIQUE

O herói que enfrentou “monstros” maiores que o défice O infante que “conquistou” o mar e se tornou numa das figuras mais importantes da história mundial vai ser recordado, entre os dias 12 e 14 de novembro, pelos municípios de Lagos, Vila do Bispo, Aljezur e Batalha. Numa altura que o país

está a afundar-se, esta celebração dos 550 anos da morte do Infante D. Henrique pretende realçar o seu espírito inovador e aventureiro, transmitindo “energia positiva” aos portugueses. Cavaco Silva vai estar presente nas cerimónias

> NUNO COUTO

do de Infante de Sagres. Mas era um cidadão do mundo e tornou-se numa figura global”, referiu. Adelino Soares falou ainda do infante como uma “personalidade ímpar” e “um homem moderno demais para o tempo em que viveu”. “Soube ultrapassar muitas dificuldades, impensáveis na altura, porventura ainda mais complicadas que o défice atual”, acentuou o autarca. Segundo o presidente da câmara de Vila do Bispo, era exatamente “um espírito inovador como o do infante que fazia falta nos dias de hoje ao país”. E é nesse sentido que Adelino Soares referiu que a figura do infante não deve ser esquecida e a sua evocação deveria acontecer todos os anos. Já o presidente da câmara de Aljezur, José Amarelinho, afirmou que esta cerimónia é também “um desafio e um repto para que a associação de municípios Terras do Infante aprofunde outras matérias de caráter intermunicipal”. Por último, a vereadora da câmara da Batalha, Cíntia Silva, realçou que o infante foi o primeiro impulsionador das navegações. “É o nosso herói

Há dez anos, o Presidente da República referia-se às despesas do Estado como um “monstro” incontornável. E o monstro cresceu! Mas, há mais de quinhentos anos, os verdadeiros monstros residiam no mar ainda desconhecido, e os portugueses - liderados por um infante corajoso - conseguiram dobrar os cabos mais perigosos e tormentosos, acabando com muitos dos mitos da altura. Tal como escreveu Fernando Pessoa, a epopeia dos Descobrimentos não foi fácil: muitas lágrimas de mães, noivas por casar, filhos rezaram em vão... “para que fosses nosso, ó mar!” Mas valeu a pena! Para assinalar os 550 anos da morte do Infante D. Henrique e de todos os homens de alma grande que passaram além da dor e do Bojador, a associação de municípios Terras do Infante (Lagos, Vila do Bispo e Aljezur) e o município da Batalha (onde o infante está sepultado) vão organizar, entre os dias 12 e 14 de novembro, um programa de atividades culturais e desportivas nos quatro concelhos. “Trata-se de um evento de amplitude nacional para evo-

As quatro autarquias (Lagos, Vila do Bispo, Aljezur e Batalha) pretendem reavivar a memória dos portugueses sobre a vida do infante

car uma das maiores figuras da história de Portugal”, frisou o presidente da câmara de Lagos, segunda-feira, durante a apresentação do programa. Segundo Júlio Barroso, “ao homenagear o infante estamos também a elevar a nossa autoestima”. “Podemos olhar para este exemplo da nossa história para concluir que não há Cabo Bojador que nos assuste ou nos trave. Apesar de todas as incógnitas e dificuldades, o infante avançou com coragem e determinação”, salientou o autarca, sublinhando

que “a figura do infante é um bom exemplo para dar energia positiva ao país neste momento complicado”.

“O nosso herói de eleição” O presidente da câmara de Vila do Bispo, Adelino Soares, disse por sua vez que, apesar de ter nascido no Porto, o infante esteve intimamente ligado ao Algarve e à vila de Sagres. “Foi aqui que escolheu viver, fazer história e terminar os seus dias. Por isso, é normalmente apelida-

de eleição”, frisou. É de referir que a comissão de honra destas cerimónias é composta pelas principais figuras do Estado, estando já confirmada a presença em Lagos do Presidente da República, Cavaco Silva. Outras personalidades também já manifestaram a sua intenção de se deslocar ao Algarve para assistir

a estas comemorações, tais como o duque de Bragança, Duarte Pio. As autarquias investiram nestas cerimónias cerca de 32 mil euros, enquanto que o Ministério da Cultura contribuiu com 10 mil euros e algumas empresas da região também contribuíram com algumas verbas.

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VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO:

Festa Entreculturas está de volta O compromisso assumido pela União Europeia de redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2012 será cumprido antes do prazo estabelecido. O relatório anual da comissão revela que os 25 estados-membros com compromissos de redução no âmbito do Protocolo de Quioto cumprirão os seus objetivos.

Direito europeu deve beneficiar cidadãos e empresas A Comissão Europeia apresentou o plano para continuar a melhorar a qualidade e a pertinência da legislação da UE. Avaliará o impacto da legislação ao longo de todo o ciclo de elaboração das políticas, ou seja, no momento da sua conceção, aplicação e revisão. A comissão colaborará com o Parlamento Europeu, o conselho e os estados-membros com vista a incentivá-los a aplicar a “regulamentação inteligente” nos seus trabalhos. Por último, a fim de reforçar a voz de cidadãos e das outras partes interessadas, a comissão decidiu alargar, a partir de 2012, o período das suas consultas públicas.

Centros europeus dos consumidores celebram quinto aniversário Já lhe aconteceu encomendar produtos on-line, pagá-los e nunca os receber? Nesse caso, o centro europeu dos consumidores pode ajudá-lo. Segundo o relatório hoje publicado pela Comissão Europeia por ocasião do quinto aniversário da rede dos centros europeus dos consumidores (rede CEC), entre 2005 e 2009, esta rede geriu mais de 270 mil contactos com os consumidores da UE que se lhes dirigiram para obter conselhos ou uma ajuda relativa a compras transnacionais. O valor anual das resoluções de litígios com os comerciantes foi de 3,5 milhões de euros em 2008.

UE aprova lei que garante direitos à tradução nos processos penais Os ministros da Justiça da UE aprovaram uma lei que garante os direitos à tradução e à interpretação nos processos penais. Trata-se da primeira medida da UE para fixar normas mínimas comuns em matéria dos direitos da defesa nos processos penais. A lei garante o direito de os arguidos beneficiarem de serviços de interpretação para a própria língua ao longo de todo o processo penal, nomeadamente quando recebem apoio jurídico. Perguntas sobre a União Europeia? Ligue o número verde 00800 67891011 Contacte o Centro de Informação Europe Direct do Algarve (CCDR) - 289 895 272 (www.ccdr-alg.pt/europedirect) Ou envie um email para europedirect@ccdr-alg.pt

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Evento realiza-se este sábado na Praça Marquês de Pombal e promete muita animação durante toda a tarde Musica tradicional, artesanato e gastronomia dos países de origem dos imigrantes residentes no concelho de Vila Real de Santo António são os condimentos da terceira edição da Festa Entre Culturas, que decorrerá já este sábado, a partir das 12h00, na Praça Marquês de Pombal. A animação de abertura do evento estará a cargo da Companhia de Teatro Fech'Ópano. Às 15h00 está prevista a atuação da companhia de dança Splash, liderada pelas bailarina e ex-bailarina ucranianas Anna e Natalya Avramenko, respetivamente. Logo a seguir, quando forem 15h30, sobe ao palco o grupo de dança Manera de Vivir, seguido das atuações da Tuna Juvenil de Vila Real de Santo António (16h15) e do grupo de dança Pé Na Tchon (16h45), da Associação Cabo-verdiana do Algarve. A partir das 17h10 começa a atuação de três grupos

A iniciativa, que se realiza desde 2008, pretende reunir os imigrantes residentes no concelho de VRSA

cujos elementos têm origem em países do Leste da Europa: o grupo vocal ucraniano da Associação Ucraniana de Faro, o grupo folclórico da associação romena e moldava Doina

(17h40) e o grupo musical ucraniano Roksolania (18h10). A entrada é gratuita e o evento é organizado pela Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Vila Real de

Santo António, que conta com os apoios do Programa FEINPT, da Câmara Municipal de VRSA e Grupo Coração da Cidade. D.V.

Polícias de VRSA angariam 3500 euros para a Cruz Vermelha Passeio de BTT solidário da esquadra da cidade pombalina cumpriu este ano a segunda edição A esquadra da PSP de Vila Real de Santo António organizou no último domingo a segunda edição do seu passeio solidário de BTT, uma iniciativa que pretendeu aliar a atividade desportiva e o apoio, neste caso, ao Núcleo da Cruz Vermelha da cidade pombalina. Este ano, a esquadra da PSP conseguiu angariar cerca de 3.500 euros, os quais reverteram para o referido núcleo da Cruz Vermelha. O valor foi conseguido através das inscrições de mais de uma centena e meia de participantes, bem como através dos apoios de várias entidades públicas e privadas. Recorde-se que, na edição do ano passado, as receitas, de cerca de cinco mil euros, reverteram a favor do Centro de Acolhimento Gente Pequena, também sediado em Vila Real de Santo António. Estes passeios de BTT com cariz solidário nasceram pela

Mário Ribeiro

Redução das emissões na UE superior à prevista

A iniciativa reuniu mais de 150 participantes

mão de vários polícias da esquadra de VRSA, amantes do BTT, que decidiram começar a organizar, fora do contexto policial, atividades que, para

além de proporcionarem momentos de diversão para os participantes, ajudassem a desenvolver uma onde de solidariedade para com diversas

instituições do concelho. Desta forma, cada ano é escolhida uma instituição para a qual reverte o dinheiro angariado. D.V.


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Desfile de Moda em Olhão promove comércio local As novas tendências da moda vão passar na passarela do XI Moda Olhão que se realiza no próximo sábado, dia 23, na Sociedade Recreativa Olhanense. Esta é uma iniciativa da ACRAL em parceria com o comércio local olhanense onde são apresentadas as coleções outono/inverno 2010 disponíveis nas mais prestigiadas lojas da cidade.

Projeto Valados leva “workshop” de coreografia a Loulé “Como pensar uma criação de dança” é o nome do workshop que José Laginha vai dar no Ginásio Os Espanhóis no próximo fim de semana, dias 23 e 24, em Loulé. Trata-se de uma iniciativa integrada no Projeto Valados que está a ser promovido pela DeVIR/CAPa. Durante os dois dias da atividade, os participantes vão ser convidados a assumir a condição de intérpretes na próxima criação de José Laginha que estreia em fevereiro e se intitula: “Não temos pátria, temos barbatanas”. “Será um exercício de experimentação, que pretende cruzar diferentes linguagens, onde haverá espaço para a criação de conexões, de pontes, de apropriação de métodos de outros que, temporariamente, tomaremos a liberdade de roubar/usar”, refere o formador. O Projeto Valados é apoiado por vários municípios algarvios e tem como objetivo a formação e criação artística em rede, consubstanciado numa rede intermunicipal de centros de formação e de criação na área das Artes do Espetáculo. O workshop é aberto ao público em geral, com ou sem formação, sendo particularmente interessante para quem já participou num dos treze workshops realizados anteriormente no âmbito deste projeto.

SEXTA-FEIRA, NO AUDITÓRIO MUNICIPAL DE ALBUFEIRA:

Susana Travassos num concerto “Entreculturas” O Auditório Municipal de Albufeira recebe o concerto da cantora algarvia Susana Travassos, sexta-feira, dia 22, pelas 21h00. Susana Travassos, cantora algarvia, tem vindo a estabelecer um importante ponto de contacto entre as culturas brasileira e portuguesa. Depois de ter estado quase um ano no Brasil, entre idas e vindas, de ter atuado em festivais em Espanha e África, ao lado de Manu Dibango, de ter realizado concertos em parceria com grandes compositores brasileiros como Zeca Baleiro, Chico Saraiva, Luís Felipe Gama e de ter gravado para os cd de Vítor Santana e Chico Lobo, Susana, natural de Vila Real de Santo António, regressa ao Algarve para um concerto em Albufeira,que se adivinha único. O concerto é uma viagem musical e poética que revisita cada uma das experiências vividas pela cantora e permitirá ao público conhecer, através de música e emoções essa peculiar trajetória No palco faz-se acompanhar do acordeonista algarvio João Frade, responsável pela direção musical e que a acompanha

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(Jornal do Algarve, 21/10/2010)

desde o início, Paulão na bateria, Vinicius, no baixo e Desidério Lázaro no saxofone.

O concerto é organizado pela Câmara Municipal de Albufeira e a entrada é livre.


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PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO ALMADA D'OURO CLUBE DEFENDE:

“Se não fossem as reservas de caça muitas espécies já tinham desaparecido” A associação, localizada no concelho de Castro Marim, dedica-se à caça e à gastronomia. Recentemente, os sócios viram ser concretizado um sonho de há longos anos com a construção da nova sede social. O seu presidente garante que, na associação, a limpeza das matas e a proteção da espécies já são atividades tão ou mais importantes do que a própria caça > DOMINGOS VIEGAS A Associação Almada D'Ouro Clube nasceu há cerca de uma década na freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim. Vocacionada inicialmente para a pesca, gastronomia e cinegética, hoje em dia apenas as duas últimas estão em atividade, mas com mais força do que nunca. Formada essencialmente por caçadores, a coletividade foi crescendo ao longo dos últimos anos e atualmente gere uma zona

de caça associativa com cerca de 1300 hectares e constituída, na sua maioria, por terrenos que estavam ao abandono. No início do último verão, a associação viu concretizado o sonho de construir uma sede social que, curiosamente, está localizada na freguesia vizinha de Odeleite. “Comprámos o terreno e construímos a sede, com dinheiro dos 34 sócios, empréstimos à banca e com a ajuda da Câmara Municipal de Castro Marim de 25 por cento

sobre o orçamento do valor total da obra”, conta António Baltazar, presidente da associação. Além da caça, a coletividade continua a apostar na gastronomia. “Participámos em várias feiras com pratos tradicionais desta zona, principalmente aqueles que têm como base o javali, e temos vários prémios conquistados em concursos de gastronómicos”, orgulha-se António Baltazar. Mas a atividade da Associação Almade D'Ouro Clube

António Baltazar, presidente da Associação Almada d’Ouro Clube

vai muito mais além do simples ato de caçar e de confecionar pratos da gastronomia típica. “Esta zona de caça está

ESCOLAS PROMOVEM CAMPANHA PARA COMBATER FOME E POBREZA

Jovens doam alimentos a quem mais precisa Arroz, massa, leite, bolachas e enlatados fazem parte dos produtos que os alunos estão a angariar. O objetivo desta campanha é entregar alimentos essenciais às pessoas mais carenciadas. Para os jovens alunos, esta é uma oportunidade para "mudar o mundo" à sua volta Alunos de diversas escolas do Algarve associaram-se na sexta-feira ao Dia da Alimentação (16) e ao Dia da Erradicação da Pobreza (17) promovendo uma campanha de recolha de alimentos. A convite do Agrupamento Vertical de Escolas Eng. Nuno Mergulhão, o JA foi acompanhar a iniciativa. "Foi pedido aos alunos que trouxessem para a escola alimentos como arroz, massas, pacotes de leite, cereais, bolachas e enlatados", revelou ao JA Carla Grácio, a professora responsável pelo projeto. Segundo apurámos, a campanha vai terminar amanhã, sexta-feira, dia em que também serão entregues os alimentos a uma instituição de solidariedade do município. "Escolhemos o Centro Social Nossa Senhora do Amparo, porque tem um refeitório social que garante diariamente uma refeição quente a dezenas de pessoas carenciadas em Portimão", frisou Carla Grácio. Para os alunos, "esta é

Os alunos estão a recolher diversos alimentos para os mais pobres, desde arroz e massas, até bolachas, cereais e leite

uma forma de agir contra a pobreza e a desigualdade". Isto porque, conforme pesquisaram e anunciaram ao microfo-

ne para todos ouvirem, "um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza". "E muitas famílias dependem do

rendimento social de inserção", sublinharam. Mesmo antes do fim do prazo da campanha de recolha de alimentos, a professora da Área de Projeto - uma nova área curricular (não disciplinar), cujo objetivo é ajudar o aluno a organizar trabalhos em grupo e desenvolver a capacidade de autonomia - diz que o principal objetivo já foi atingido. "Os alunos sentem que estão a fazer algo de importante. E é muito importante envolvê-los desde cedo em projetos na área da solidariedade e voluntariado, pois a ideia é mobilizar e sensibilizar as crianças e os jovens para os problemas sociais que os rodeiam", salientou a professora, referindo que espera continuar a organizar regularmente mais campanhas de recolha de alimentos a favor dos semabrigo e famílias carenciadas de Portimão. As crianças e jovens daquele estabelecimento de ensino esperam, assim, continuar a dar um grande exemplo de solidariedade.

inserida num espaço lindo, que é a margem do Guadiana e a ribeira de Odeleite. São zonas que têm de ser protegidas e respeitadas. E se não formos nós a fazer, o proprietário já não faz, porque não pode, porque não tem idade e porque os filhos não estão cá para ajudar”, explica António Baltazar, frisando que em muitos dos terrenos que os sócios da Associação Almada D'Ouro estão agora a limpar “há pelo menos trinta anos que não passava ninguém”. Por isso, António Baltazar garante que “cuidar da caça, respeitar a natureza e limpar os terrenos para prevenir incêndios já são, para esta associação, atividades tão ou mais importantes do que a própria caça”. No entanto, o presidente da Associação Almada D'Ouro Clube lamenta que os caçadores continuem a não ser bem vistos por alguns setores da população. “Muitas vezes até nos sentimos discriminados, mas temos uma força enorme que tem ajudado a que muitos de nós não se desmotivem e não abandonem”, conta. António Baltazar garante que a caça movimenta muito dinheiro neste país, por isso defende que “tem de haver alguma coragem politica para assumir isto, pois não pode ser só dizer que os caçadores gastam algum dinheiro, mas depois dizer que também matam os bichinhos”. O dirigente, e caçador, refere-se desta forma à incompreensão de que os caçadores são alvo, não só por parte da população, mas também por parte dos próprios governos. “Nós não matamos os bichinhos. Nós abatemos or-

denadamente e sabemos o que estamos a fazer. Temos a noção dos efetivos que temos que deixar para a época seguinte, coisa que não se fazia quando a caça era praticada em terreno livre”, garante. Para António Baltazar, se a caça tem continuado livremente como se fazia antigamente, muitas espécies já tinham desaparecido. “Por exemplo, a perdiz, a lebre e o coelho já não existiam no concelho de Castro Marim. Os únicos animais que restavam eram os porcos e as raposas, porque são os que não têm predadores. Se não fossem as reservas de caça, a chamada caça menor já tinha desaparecido”, defende o presidente da Associação Almada D'Ouro. António Baltazar considera também que a cinegética é uma atividade com futuro no concelho de Castro Marim. “Na nossa associação não se caça para negócio, porque isso não faz parte da nossa mentalidade, mas penso que a cinegética como atividade turística e económica tem futuro no concelho de Castro Marim, desde que se criem as condições ao nível das zonas de caça turísticas”. O dirigente associativo diz que “poderiam ser criadas zonas de caça geridas por alguma entidade, ou pelos próprios particulares” e dá mesmo um exemplo: “A Mata Nacional das Terras da Ordem é hoje um refúgio de caça, mas poderia ser aproveitada como zona de caça turística. Desta forma, o concelho poderia tirar alguma divisas daqueles mais de setecentos hectares de mata”.


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MARTIM LONGO

Feira da Perdiz duplica número de visitantes

Certame recebeu cerca 10 mil visitantes ao longo do último fim de semana A sexta edição da Feira da Perdiz, que decorreu no último fim de semana em Martim Longo, Alcoutim, superou todas as expectativas ao receber cerca de 10 mil visitantes, o dobro do número registado no ano anterior. Ao longo dos últimos quatro anos, a Feira da Perdiz tem crescido e melhorado. Atualmente, o evento apresenta-se com uma caracterização única, carregada do simbolismo da natureza serrana. Javalis, veados, perdizes, cães de caça, coelhos, pombos, galos e peixes, eram alguns dos animais que se podiam ver numa mostra localizada à entrada do certame. No espaço da feira, foi possível adquirir diversos artigos ligados à caça e à pesca, além

dos muito apreciados pratos de caça. Muita animação de rua, desfile equestre, balonismo, concurso de cães e demonstrações de falcoaria completaram o quadro de festa. O evento foi este ano abrilhantado por uma passagem de modelos, da responsabilidade da revista Algarve Mais, provando que a Natureza também pode ser “fashion”, e pela nova coleção de aguarelas do artista Carlos Luz, que se debruçou este ano sobre a caça grossa. Na abertura do certame, na tarde de sexta-feira, marcaram presença Francisco Amaral, presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Isilda Gomes, governadora civil do Distrito de Faro, Joaquim Castelão, da Direção Regional de

Clube Junqueira celebra 36 anos O Clube Junqueira, sediado na localidade com o mesmo nome, no concelho de Castro Marim, celebrou no último fim de semana o seu 36.º aniversário. As celebrações arrancaram logo no sábado com a realização do tradicional jogo de futebol que opôs solteiros e casados. Para domingo, a direção da coletividade dedicada à cultura, recreio e desporto, preparou uma marcha passeio, um torneio de malha e um jogo de futebol juvenil. No mesmo dia teve lugar um dos pontos altos das comemorações, um almoço convívio bem regado e constituído por porco no espeto, que contou com a presença dos sócios e de vários convidados. PUB

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Agricultura do Algarve, Almeida Pires, vice-presidente do Turismo do Algarve, António Miranda, da Direção Regional de Florestas, e Vítor Palmilha, da Federação de Caçadores do Algarve, entre outros. PUB


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COMBATER DISCRIMINAÇÃO DE QUEM DESCONHECE A DOENÇA É FULCRAL

PsoríaseemdebatenohospitaldeFaro O clima algarvio é generoso para quem sofre de psoríase. A exposição solar é um tratamento frequentemente recomendado aos doentes. Sendo uma doença crónica de pele, não é discreta como os olhares de quem desconhece a patologia > SOFIA CAVACO SILVA Na próxima semana, o Espaço Saúde em Diálogo de Faro vai focar as suas atenções e ações informativas e de sensibilização sobre a Psoríase. A iniciativa conta com o apoio da Associação Portuguesa da Psoríase que desta forma assinala o Dia Mundial desta doença crónica – 29 de outubro – no Algarve. Além das atividades realizadas no Espaço Saúde em Diálogo, localizado na Praceta Azedo Gneco, irá ainda realizar-se um colóquio. “A psoríase tem tratamento” é o tema deste colóquio que conta com uma intervenção da diretora do Serviço de Dermatologia do hospital de Faro, Clarisse Rebelo. O colóquio tem início marcado para as 15h30 de dia 28, no auditório do hospital. A psoríase é uma doença de pele, crónica, não contagiosa e que pode surgir em qualquer idade. A especialista Clarisse Rebelo explicou ao Jornal do Algarve que já não é tão comum os doentes esconderem-se por terem vergonha e receio pela forma como são

O aspeto, extensão e gravidade das lesões são variáveis mas geralmente caracterizam-se por manchas vermelhas, espessas e descamativas

observados pelas outras pessoas. Mas ainda acontece. “Na maioria dos casos a questão da marginalização não se coloca. Mas sei que há muitos doentes que ainda referem muito embaraço e sentem-se comprometidos com o aspeto das lesões”, explicou. “Quando, por exemplo, indicamos para se exporem ao sol na

praia, muitas vezes não querem, dizem que não podem porque ficarão perante os olhares das outras pessoas e que é uma situação muito incomodativa”, concluiu. Alertar e sensibilizar a sociedade para a discriminação social e profissional que atinge muitos dos cerca de 250 mil portugueses que sofrem de

psoríase é um dos objetivos destas iniciativas. Garantir aos doentes que apesar desta doença ser crónica existem medicamentos e tratamentos que permitem que seja controlada é outro dos objetivos que a organização pretende atingir. O Espaço Saúde em Diálogo vai dedicar-se a este tema entre os dias 25 e 29.

O que é a psoríase? A psoríase é uma doença crónica da pele, não contagiosa, que pode surgir em qualquer idade e que afeta um a três por cento da população. O seu aspeto, extensão, evolução e gravidade são muito variáveis, caracterizando-se, geralmente, pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afetam preferencialmente os cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo. Nos casos mais graves, estas lesões podem cobrir extensas áreas do corpo. As unhas são também frequentemente afetadas, com alterações que podem variar entre o quase impercetível e a sua destruição. Cerca de 10 por centodos doentes desenvolvem artrite psoriática. Esta traduz-se por dor e deformidade, por vezes bastante debilitante, de pequenas (mãos e pés) ou grandes (membros e coluna) articulações. A origem da psoríase não está totalmente esclarecida, embora se saiba que é geneticamente determinada e envolva alterações no funcionamento do sistema imunitário, que provocam inflamação e aumento da velocidade de renovação das células da epiderme (camada mais superficial da pele). O facto de ser geneticamente determinada não implica que a hereditariedade de pais para filhos seja obrigatória. Contudo, verifica-se uma maior probabilidade de aparecimento da doença em pessoas que tenham familiares portadores da mesma. Uma vez que existem múltiplas doenças cutâneas que também se manifestam com lesões vermelhas e descamativas, eventualmente afetando as localizações típicas da psoríase, o diagnóstico deve ser sempre estabelecido pela observação clínica por um dermatologista.

Como Identificar a doença Lesões cutâneas vermelhas e descamativas, ocupando as regiões dos cotovelos, joelhos, região lombar ou couro cabeludo, sem sintomatologia significativa (dor, “comichão”), sobretudo se associadas a alterações das unhas ou queixas articulares, sugerem a hipótese de diagnóstico de psoríase. Contudo, um diagnóstico definitivo deve ser sempre efetuado por um dermatologista, uma vez que existem diversas patologias cutâneas com características semelhantes, mas cujo tratamento é muito diferente. Fonte: www.psoportugal.com

Campanha de sensibilização Saúde mental em foco até ao final de outubro sobre doenças respiratórias na Baixa de Faro Faro recebeu no início desta semana o roadshow da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) que pretende sensibilizar e prevenir sobre doenças respiratórias. “Todos queremos vencer na vida. Respirar é a única forma de o conseguir” é o lema desta campanha pela qual Cristiano Ronaldo dá a cara. Esta é uma iniciativa de âmbito europeu que está integrada no Ano Internacional do Pulmão. A unidade móvel da campanha esteve junto à Marina de Faro, local onde foram feitos vários rastreios junto da população através do exame espirométrico, mais conhecido como o exame do sopro, Trata-se de um teste que mede o fluxo de ar nos pulmões e que permite fazer uma diagnóstico precoce e prevenir várias doenças respiratórias como é o caso da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Ainda esta semana a unidade móvel vai passar por Évora, Santarém, Leiria e Braga. Setúbal, Coimbra, Guarda, Viseu, Aveiro, Vila Real, Viana do Castelo e Porto são as cidades que vão acolher o roadshow já em Novembro. A SPP está apostada na prevenção e diagnóstico precoce de problemas respiratórios como medida vital para tratamentos menos agressivos e melhores perspetivas de qualidade de vida e evitar diagnósticos em estádios de doença mais avançados. Mais informações sobre esta campanha e a SPP no sítio oficial www.sppneumologia.pt.

O Dia Mundial da Saúde Mental, assinalado a 10 de outubro, foi o mote para a Associação de Saúde Mental do Algarve (ASMAL) e a Administração Regional de Saúde do Algarve organizarem diversas atividades que estão em curso até ao dia 29. “Percursos para a Integração” é o lema do programa que integra palestras e exposições. Até amanhã, está patente no átrio da Biblioteca Municipal de Faro uma exposição de fotografia intitulada “As Nossas Casas”. Cada

imagem retrata as atividades dos fóruns ocupacionais de Faro e de Almancil da ASMAL e do Centro de Educação, Formação e Integração Profissional das ASMAL. “Telas, Tintas e Fios” é o nome da exposição que está patente na Sala de Exposições da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, em Faro, até 29 de outubro. O visitante é convidado a apreciar diversas peças de tapeçaria e pintura realizadas nas atividades promovidas na ASMAL. O espaço está aber-

to ao público de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 19h00. Na passada terça-feira, a Biblioteca Municipal de Faro acolheu uma palestra proferida pelo coordenador da Equipa de Projeto de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental, Álvaro de Carvalho. Pelo palco do auditório do IPJ, em Faro, passou ainda a peça “Doce Interior Amargo Parte III”, do Teatro do Sótão da ASMAL. Todas as iniciativas deste programa são dirigidas ao público em geral e têm entrada livre.

“Saúde em Movimento” já arrancou para maiores de 40 em Lagos Está de volta ao município de Lagos o projeto “Saúde em Movimento”, da responsabilidade da câmara municipal e que é dirigido à população com idade superior a 40 anos. Esta iniciativa consiste na prática de atividades físicas moderadas e de estimulação cognitiva adaptadas às condições de saúde dos participantes e tem como objetivos “melhorar a qualidade de vida dos munícipes do concelho de Lagos e desenvolver um estilo de vida saudável”.Este ano, o projeto é desenvolvido em articulação com o Centro Municipal de Marcha Corrida de Lagos, a funcionar no estádio municipal. A taxa de participação anual é de sete euros e destina-se ao seguro de atividades regulares e pontuais. Para mais informações, os interessados podem contactar o Gabinete de Juventude e Desporto da câmara de Lagos.


A L RTES E

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O Algarve profundo descrito no Teatro da Trindade

Livros novos 1. “A Proclamação da República no Algarve” A Editora Gente Singular, de Olhão, acaba de editar o livro “A Proclamação da República no Algarve”, de Aurélio Nuno Cabrita, natural de S. Bartolomeu de Messines, licenciado em Engenharia do Ambiente e técnico superior no Município de Odemira. Tal como o seu nome indica, este livro, de 143 páginas, disseca a reação dos algarvios à proclamação da República em 1910. Nele trata o autor o modo como se processou em toda esta região a adaptação das populações ao novo Regime implantado naquele ano em Portugal, servindo-se para o efeito da imprensa arquivada na Biblioteca Nacional de Lisboa e dos arquivos municipais algarvios, uma e outros respeitantes ao período de 5 de outubro de 1910 a 5 de novembro daquele mesmo ano. Esta obra encontra-se tratada concelho por concelho, que a torna especialmente leve a quem pretenda conhecer apenas o que naquele período aconteceu em determinados espaços territoriais algarvios ligados à proclamação da República em Portugal. E não deixa de satisfazer também aqueles que sobre a totalidade do livro se debrucem, permitindo-lhes lê-lo por fases. Parabéns ao autor, a quem auguro um brilhante futuro de publicista. E os meus agradecimentos à Editora Gente Singular.

Cucha Carvalheiro fez uma encenação para o Teatro da Trindade a partir da obra de Lídia Jorge, “O Dia dos Prodígios”. Um revisitar do Algarve rural no pós revolução através das histórias e do imaginário das suas gentes. Em cena no Teatro da Trindade até dia 14 de novembro. > ANA OLIVEIRA O público entra na sala principal do Teatro da Trindade e depara-se com um cenário que se impõe pela sua simplicidade e beleza, sem ser ostensivo. Uma plataforma que eleva a cena composta por tapetes, uma árvore típica do barrocal algarvio, ramos suspensos, uma janela que domina o olhar, uma carrinha escondida num canavial. De repente o palco enche-se de corpos que vão compondo a cena. Carlos Paulo, Cristina Cavalinhos, Diogo Morgado, Elisa Lisboa, Filomena Cautela, Hugo Franco, José Martins, Lucinda Loureiro, Luís Lucas, Maria Emília Correia, Maria Ana Filipe, Rogério Vieira e Teresa Faria levam consigo adereços que vestem a cena, compondo-a de um Algarve profundo e isolado do resto do mundo. Vilamaninhos é o lugar onde decorre a ação, descrita magistralmente por Lídia Jorge, na sua obra O Dia dos Prodígios. Com a poesia que caracteriza as suas descrições, a Carminho de Lídia Jorge é transposta para a cena por Filomena Cautela, fazendo lembrar uma figura de Lorca. Uma rapariga bela, filha de mãe solteira, que atrai o seu

2. “A 1.ª República em Tavira, Transformações e Continuidades” O Museu Municipal de Tavira-Palácio da Galeria, em edição 2010, trouxe a público no dia 4 de outubro corrente e em apoio da exposição naquele dia inaugurada no referido palácio sobre o Centenário da Implantação da República em Portugal, o catálogo intitulado “A 1.ª República em Tavira, Transformações e Continuidades”, publicação muito valiosa pela diversa participação que nela intervém, analisando os 16 anos que a 1.ª República durou e, bem assim, os factos relacionados que tiveram lugar antes e depois daquele período, na área deste concelho. Trata-se sem dúvida de um livro que vale a pena ler e guardar para ler novamente em ocasiões oportunas a fim de reavivar a lembrança de factos praticados ou ocorridos nesta cidade com vista a uma política diferente da que vinha sendo seguida. O meu elogio à iniciativa. Arnaldo Casimiro Anica

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soldado através do seu cheiro. Lava as janelas, numa imagem belíssima, que causa a inveja das outras mulheres da aldeia. Por entre os ritmos do quotidiano a má-língua impera. E por entre os diálogos criados entre as personagens percebe-se a história de um Portugal triste, iletrado, com as mágoas da Primeira Grande Guerra e as feridas da Guerra Colonial. Carminha é madrinha de guerra de um soldado que a descobre por entre os cheiros doces das plantas aromáticas do barrocal algarvio de carrasco e tomilho. As duas mulheres, isoladas da aldeia no cimo do monte, não assistem ao prodígio protagonizado por Jesuína Palha. O prodígio que foi uma cobra ganhar asas e levantar voo deixou toda a aldeia presa no feito, deixando os desaguisados para segundo plano. A vida continua na sua lenta passagem pelos dias marcados pela lida das mulheres. Pelo bordado de Branca, que borda uma colcha com um dragão para entreter os dias e esconder dos vizinhos os dedos de Pássaro Volante marcados na sua cara. Mas como ela mesma descobre, "Ninguém se liberta de nada se não quiser libertarse". A memória da Guerra co-

lonial revela-se mais cruel quando a mãe de Carminha descobre numa folha de jornal a notícia da morte do formoso soldado, afilhado de guerra da sua filha. Os tempos difíceis levaram todos os filhos de Teresa e José Júnior a ganhar a vida para fora do país. A aldeia fica quase despida de gente jovem. A mula de Pássaro Volante foge, Macário toca e suspira de amor por Carminha, que não consegue deixar de pensar no seu soldado, a taberna recebe os mesmos homens que contam as mesmas histórias. Até que um dia um soldado irrompe pela aldeia anunciando uma revolução e o fim da guerra. A aldeia continua a cismar no seu prodígio, não percebendo o que as novas do soldado lhe pode trazer. E continua a viver atrás do tempo, tomando como mote a expressão: "Ninguém se liberta de nada se não quiser libertar-se". Branca conseguiu libertar-se através do seu dom de vidente e Carminha desistiu de si, casando com Macário, depois deste a ter atacado. Esta obra é um retrato desapiedado da ilusão que foi a euforia da revolução. Da crença no esclarecimento global criado por decreto ou por osmose. O espetáculo teve um exce-

lente leque de atores que contribuiu para uma revisitação mais próxima de um Algarve profundo, ainda desconhecido do resto do país. Uma homenagem às populações que vivem o isolamento a que são votadas nos locais mais inóspitos e a uma escritora consagrada que sempre soube imprimir poesia na situação mais crua: Lídia Jorge. A ação decorre em Vilamaninhos, interior algarvio, não muito longe do mar, entre o verão 1973 e a primavera de 1974. Estamos no Portugal da guerra colonial: há uma madrinha de guerra e um soldado. Mas ecoam memórias da primeira guerra mundial e da implantação da república, e as pessoas desta pequena comunidade, que a emigração reduziu, parecem viver à margem do tempo, ocupadas em reviver o passado, presas em preconceitos ancestrais e conflitos caseiros. Até ao dia dos prodígios, o dia em que a aldeia vê uma serpente a voar... Com a ironia deste texto de Lídia Jorge, muito próximo do realismo mágico, o espetáculo glosa as contradições tradicionais que estruturam e esclerosam o imaginário português.

Documentário sobre Saramago abre mostra de cinema em Portimão Terminado pouco antes da morte do escritor José Saramago, o documentário "José & Pilar", de Miguel Gonçalves Mendes, abre a Mostra Internacional de Cinema Visões do Sul, a 26 de outubro, no Museu de Portimão. "José & Pilar" retrata a relação entre José Saramago e a sua mulher Pilar Del Rio, acompanhando o seu dia-a-dia em Lanzarote, o processo de criação do romance "A viagem do elefante", e as suas viagens de trabalho pelo mundo. O realizador Miguel Gonçalves Mendes estará presente para apresentar o filme e ter uma conversa com o público após a sessão. A segunda edição de Visões do Sul acontece de 26 a 31 de outubro, no audi-

tório do Museu de Portimão e insere-se nas comemorações dos 150 anos do nascimento de Manuel Teixeira Gomes. A programação é inspirada nas suas viagens pelos países do Mediterrâneo e na ideia de cruzamento de culturas associada ao carácter cosmopolita da cidade de Portimão. Durante os seis dias desta mostra serão exibidos 13 filmes (11 lon-

gas e duas curtas-metragens), entre documentários e ficções, selecionados pela Associação Zero em Comportamento, organizadora do IndieLisboa. Cada sessão será apresentada por um convidado proveniente de diversas áreas da sociedade portuguesa - entre os quais Inês de Medeiros, J. P. Simões e Gonçalo M. Tavares - e será seguida de uma conversa com o público. Visões do Sul teve a sua primeira edição em 2008. É organizada pelo município de Portimão/Museu de Portimão, em colaboração com a Associação Zero em Comportamento e pretende afirmar-se como um evento de referência no panorama nacional e internacional dos festivais de cinema.


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Departamento de Finanças e Património

Edital n.º 387/2010 Hasta pública - venda de prédio para espaço destinado a equipamento de utilização colectiva sito na Lejana de Baixo - Estrada da Senhora da Saúde - Faro - Alvará de Loteamento n.º 1/2004. José Macário Correia, Presidente da Câmara Municipal de Faro, torna público que, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º e alínea i) do n.º 2 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/ /2002, 11de Janeiro, irá, nos termos das deliberações de Câmara de 31/05/2010 e da Assembleia Municipal de Faro de 21/06/2010, proceder-se à alienação em Hasta Pública do prédio propriedade do Município de Faro. 1 - Entidade pública alienante - Município de Faro. Endereço: Rua Domingos Guieiro, n.º 8, 8000 - 311 Faro. Telefone: 289 870 826; Telefax: 289 802 326. Horário de funcionamento: todos os dias úteis das 09:00 h às 16:00 h. 2 - Objecto da alienação em hasta pública: A venda de prédio para espaço destinado a equipamento de utilização colectiva no Loteamento Gonçalves & Carrilho, Lda - Lejana de Baixo - Estrada da Senhora da Saúde, na Freguesia de São Pedro, identificado na planta anexa, com as seguintes características: Área do lote: 2.473,00 m2; Confrontações: Norte: Espaços livres da urbanização cedidos ao Município; Sul: Arruamento da urbanização; Nascente: Arruamento da urbanização; Poente: Arruamento da urbanização; Inscrição matricial: 10640 - São Pedro; Descrição predial: 6862/20090220 - São Pedro; N.º máximo de pisos: 4 pisos acima do solo e 2 pisos abaixo do solo; Área por piso acima do solo: 1.360,00 m2 Área por piso abaixo do solo: 1.360,00 m2 Superfície máxima de pavimento: 5.440,00 m2 acima do solo; Cércea máxima: 17,0 m; Profundidade máxima de empena: 20,0 m; Tipo de construção: Edifício em banda contínua. Edifício para equipamento; Alinhamento: Respeitando os indicados na planta em anexo; Usos: Caves - Garagens, serviços técnicos de apoio ao edifício; Pisos acima do solo - Equipamento escolar, assistencial, hospitalar, médico, creches, Infantários, lar de 3ª idade. 3 - Consulta e informações: a) O processo encontra-se patente para consulta no Departamento de Administração e Finanças e no sítio da Internet, endereço www.cm-faro.pt b) O imóvel poderá ser visitado. 4 - Valor base de licitação do imóvel: ¤ 752.760,00 (setecentos e cinquenta e dois mil setecentos e sessenta euros). 5 - Impostos e outros encargos e despesas devidos: Imposto municipal sobre transmissões onerosas de imóveis (IMT), se a ele houver lugar; Imposto de selo; Emolumentos da escritura pública. 6 - Modo de apresentação das propostas: a) As propostas devem ser apresentadas em sobrescrito fechado, identificando-se no exterior do mesmo o proponente, identificação do edital e imóvel a que respeita, que, por sua vez, é encerrado num segundo sobrescrito dirigido ao presidente da comissão da hasta pública de venda de prédio para espaço destinado a equipamento de utilização colectiva sito na Lejana de Baixo - Estrada da Senhora da Saúde - Faro e endereçado ao Departamento de Administração e Finanças; b) As propostas deverão conter, além da indicação do valor proposto e imóvel a que respeita, a identificação e assinatura do proponente, nome, morada ou sede, n.º de contribuinte de pessoa singular ou colectiva, n.º de bilhete de identidade/cartão do cidadão ou de matrícula da sociedade; c) As propostas a apresentar devem indicar um valor para arrematação da venda do imóvel igual ou superior à base de licitação e serem acompanhadas de um cheque de montante correspondente a 25% do valor da proposta, emitido à ordem do Município de Faro. 7 - Local e data limite para apresentação das propostas: a) As propostas deverão dar entrada no Departamento de Administração e Finanças - Rua Domingos Guieiro, n.º 8, 8000 - 311 Faro, ou na Loja do Munícipe, sita na Loja do Cidadão no Mercado Municipal de Faro, Largo Dr. Francisco Sá Carneiro, em Faro, até às 16:00 h, do dia 12 de Novembro de 2010; b) As propostas podem ser entregues directamente, contra recibo, no Departamento de Administração e Finanças - Rua Domingos Guieiro, n.º 8, 8000 - 311 Faro, das 09:00 h às 16:00 h, ou na Loja do Munícipe, sita na Loja do Cidadão no Mercado Municipal de Faro, Largo Dr. Francisco Sá Carneiro, de Segunda a Sexta das 09:00 h às 19:00h e Sábado das 09:00 h às 13:00 h, ou enviadas por correio, para Departamento de Administração e Finanças do Município de Faro - Rua Domingos Guieiro, n.º 8, 8000 - 311 Faro, desde que a recepção ocorra dentro do prazo fixado na alínea anterior; c) No caso das propostas serem remetidos pelo correio, o proponente será o único responsável pelos atrasos que porventura se verifiquem, não podendo apresentar qualquer reclamação na hipótese de entrada da mesma se verificar depois de esgotado o prazo fixado para a entrega das propostas; d) As propostas apresentadas são listadas e ordenadas de acordo com a respectiva apresentação. 8 - Praça: a) A praça inicia-se com a abertura das propostas recebidas, no dia 15 de Novembro de 2010, às 14:30 horas, no Salão Nobre dos Paços do Município de Faro, havendo lugar a licitação a partir do valor da proposta mais elevada ou, se não existirem propostas válidas, a partir do valor base de licitação anunciado; b) Os interessados deverão comparecer 30 (trinta) minutos antes da hora marcada, ou seja às 14:00 horas, para provarem a sua identidade e a qualidade em que intervêm na praça, devendo apresentar, caso actuem em representação de outrem, documento comprovativo de concessão de poderes para a arrematação do imóvel em causa. Deverão também ser portadores do bilhete de identidade e do cartão de identificação fiscal ou, se for caso disso, de cartão de cidadão; c) O valor dos lanços mínimos é fixado em ¤ 10.000,00 (dez mil euros); d) A licitação termina quando o presidente da comissão tiver anunciado por três vezes o lanço mais elevado e este não for coberto; e) Terminada a licitação, se o proponente ou proponentes que apresentaram a proposta de valor mais elevado demonstrarem interesse, reabre-se a licitação entre aqueles, independentemente de terem participado na licitação, e o interessado que licitou em último lugar, com o valor dos lanços mínimos de ¤ 10.000,00 (dez mil euros); f) Caso a comissão constate a existência de alguma causa de não adjudicação suspenderá o acto público para apreciação desse incidente, podendo propor ao Órgão Executivo a anulação do procedimento com esse fundamento. 9 - Legitimidade dos proponentes: Os proponentes têm de provar a sua identidade e a qualidade em que intervêm na praça devendo apresentar, caso actuem em representação de outrem, documento comprovativo de concessão de poderes para a arrematação do imóvel em causa. 10 - Adjudicação: a) Terminada a licitação a comissão adjudica provisoriamente o imóvel a quem tenha oferecido o preço mais elevado; b) O adjudicatário provisório deve, de imediato, efectuar o pagamento de 25% do valor da adjudicação, na Tesouraria do Município;

c) No caso de o adjudicatário ter apresentado proposta, tem de proceder ao pagamento da diferença entre o valor correspondente aos 25% do preço da adjudicação e o valor do cheque que acompanhou a proposta; d) Os cheques que acompanham as propostas dos proponentes, a quem não foi efectuada a adjudicação provisória, serão devolvidos uma vez comprovada a identidade e legitimidade, de acordo com o ponto 9; e) No final da praça, é elaborado o respectivo auto de arrematação, que deve ser assinado pelos membros da comissão e pelo adjudicatário provisório, se estiver presente; f) O adjudicatário provisório deve comprovar que tem a situação tributária e contributiva regularizada, no prazo de 10 dias a contar da data da adjudicação provisória; g) A decisão de adjudicação definitiva ou de não adjudicação compete ao Órgão Executivo devendo dela ser notificado o interessado, no prazo de 30 dias a contar da adjudicação provisória. 11 - Modalidade de pagamento: a) O adjudicatário provisório procederá ao pagamento de 25% do valor da adjudicação, no dia da arrematação, e o valor restante será pago no dia da celebração do contrato de compra e venda; b) O não cumprimento por parte do adjudicatário provisório do preceituado na alínea anterior, tornará a adjudicação nula e de nenhum efeito, perdendo este a totalidade do valor que haja pago ao Município. Paços do Município de Faro, 29 de Setembro de 2010

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28 de Setembro - “The Day After”

> António Pina*

Que me desculpe o caro leitor se, involuntariamente, dei a entender que iria falar sobre o 28 de Setembro do P.R.E.C.. Gostaria, isso sim, de falar sobre o que se poderia acontecer após as comemorações do Dia Mundial do Turismo. Como habitualmente Portugal comemorou a efeméride, desta vez, na Região Centro. Parabéns pela iniciativa! No Algarve, a data e a prédata não passaram despercebidas e cada um escreveu sobre a mesma como melhor entendeu. O que me chocou, pela falta de criatividade, foi, de novo, a velha e estafada polémica

sobre a maneira como se lêem ou se compatibilizam os números da A.H.E.T.A. e os do Instituto Nacional de Estatística, sobre o número de turistas que nos visitam e as receitas que geram. Sempre recusei envolver-me nessa polémica, na medida em que se quer comparar dados que não são comparáveis pela forma técnica como os mesmos são recolhidos. Um dia, voltarei a este tema, mas fazê-lo agora seria incorrer no mesmo erro. Como eu gostaria que se tivesse falado do futuro difícil, mas promissor, do Turismo na nossa Região.

Gostaria, antes que tivéssemos falado das potencialidades da observação das aves, da observação da fauna e flora marinhas, da Via Algarviana, das potencialidades do Algarve profundo, do Turismo Acessível, do Allgarve (só com um l), das verbas que aqui se geram adstritas ao turismo (IVA e as verbas de jogo dos Casinos) e das que realmente regressam à Região para investimentos na mesma, nas relações de (des)confiança estabelecidas entre as entidades regionais e as centrais, enfim do futuro! Porque não falamos da Rota dos Descobrimentos entre

Lisboa, Sagres/Lagos e Sevilha, quiçá a única forma de atrairmos o mercado turístico do Oriente? Ou da hipótese de a Red Bull Air Race deslocar o seu festival aéreo para o Guadiana, criando assim um festival interfronteiriço para prazer dos dois lados do rio e permitindo ainda partilhar despesas? Ou por que não reflectir sobre a maior ou menor valia do programa Allgarve, da sua calendarização ao longo do ano, da sua articulação com as autarquias e agentes turísticos, da sua construção regional autónoma (como este ano ocorreu!), enfim, da qualidade

e não da quantidade dos eventos. Os dias dedicados aos aniversários, julgo eu, servem para desejarmos aos aniversariantes felicidades e êxitos no futuro! Porque esperamos, todos nós, para trabalhar de mãos dadas por um Algarve com mais Futuro e menos camisolas pessoais e institucionais? Façamos pois cada um, da nossa cidadania participativa, a rampa de lançamento para atingir o bem da causa comum: O ALGARVE. *Cidadão algarvio Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

EXPOSIÇÃO “ALGARVE – DO REINO À REGIÃO”

“Manuel Teixeira Gomes: Entre Dois Séculos e Dois Regimes”, no Museu de Portimão

> Liliana Reis Correia

Termina no dia 31 do presente mês uma magnífica exposição, enquadrada nas Comemorações Nacionais dos 150 Anos de Manuel Teixeira Gomes e no projecto “Algarve: Do Reino à Região”, realizada no Museu de Portimão. Desde o dia 16 de Junho que os visitantes podem desfrutar de uma viagem emocionante, tendo Manuel Teixeira Gomes como seu cicerone. A mostra encontra-se aberta ao público de Quarta-Feira a Domingo, entre as 10.00h e as 18.00h, e às Terças-Feiras desde as 14.30h às 18.00h. A exposição divide-se em 3 núcleos, que se encontram interligados e pretendem dar a conhecer ao espectador como decorreu a transição do regime monárquico para o republicano e de que forma este acontecimento influenciou a população local, as suas infraestruturas, cultura e mentalidades. A exposição permanente, denominada como “Portimão - Território e Identidade”, encontra-se assim alicerçada por duas exposições temporárias, “Manuel Teixeira Gomes Entre Dois Séculos e Dois Regimes” e “Portimão nos Alvores do século XX”. Desta forma, a mostra principal do museu apresenta uma sinopse extremamente bem conseguida da História de Portimão, onde em breves minutos ficamos a conhecer a sociedade portimonense, desde as comunidades pré-históricas de Alcalar até à afirma-

ção da indústria conserveira. O próprio espaço do museu é, por si só, digno de ser visitado, uma vez que este edifício, datado dos finais do século XIX, albergava uma fábrica de conservas e, após ter sofrido obras de reabilitação, abriu ao público em 2008 como Museu de Portimão, tendo até recebido, nessa qualidade, o prémio “Museu Conselho da Europa 2010”. Após esta abordagem mais geral sobre a comunidade local e suas actividades económicas, sociais e culturais, somos convidados a acompanhar a trajectória de Manuel Teixeira Gomes enquanto cidadão local e cidadão do mundo. Nesta exposição começamos por ser transportados a 27 de Maio de 1860, data em que nasceu este insigne Presidente da República e, através de reproduções de documentos, jornais da época e meios audiovisuais, ficamos a conhecer a sua história, como se iniciou na política até chegar à presidência da República, passando pelo cargo de representante de Portugal em Londres, local onde iniciou a sua colecção de peças de arte e decoração. São alguns desses objectos que podemos admirar nesta exposição, destacando-se um conjunto de estatuária em bronze; peças decorativas que manifestam o seu gosto pelo exótico; objectos pessoais; um conjunto de serviços de mesa, chá e café; peças de mobiliário; pinturas,

Manuel Teixeira Gomes e a República

entre as quais se distingue um retrato do próprio Manuel Teixeira Gomes, executado pelo seu amigo Columbano Bordalo Pinheiro. Podemos também encontrar um espólio alusivo às suas viagens, fossem elas comerciais, culturais ou políticas, nomeadamente condecorações e oferendas de representantes de outras nações. Entre estes podemos contemplar um colar da Ordem de Santiago da Espada, tal como alusões às variadas obras literárias da autoria deste ilustre portimonense, incluindo até alguns manuscritos originais. A impotência que sentia perante a necessidade de melhorar o estado da Nação levou a que se demitisse, partindo logo de seguida rumo ao Norte de África. Como testemunhos dessa viagem ficaram os postais que escreveu para

familiares e amigos e que retratavam os locais que ia visitando até se fixar na cidade de Bougie, na Argélia, na qual esteve exilado entre 1931 e 1941, data da sua morte. No segundo núcleo, intitulado “Portimão: Nos Alvores do Século XX”, ficamos a conhecer as evoluções realizadas numa época de mudança e transição, a nível de equipamentos e instituições sociais, e que aproximaram, ainda que timidamente, Portimão ao restante país. Com a instalação da iluminação pública, o abastecimento de água canalizada e a chegada do caminho-de-ferro dá-se uma mudança no mundo rural, que se torna assim mais industrializado, oferecendo novos produtos a uma população mais exigente e mais consciente da riqueza que o seu território tinha para oferecer. Neste contexto sur-

gem os mercados, os locais de convívio e diversão, os novos clubes e colectividades, que podemos também ficar a conhecer de forma mais aprofundada ao visitarmos esta exposição. Desde o edifício até às mostras expositivas, tudo aqui foi bem conseguido e executado, não deixando um único detalhe esquecido. É uma boa oportunidade para usufruir de um programa cultural diferente, conhecendo a essência desta cidade, que Manuel Teixeira Gomes perpetuou ao afirmar, na sua obra Agosto Azul: “…pus-me a correr pelo mundo para me certificar de como incomparavelmente bela era a minha terra…”. (CEPHA/UAlg) Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico


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O incontornável défice

> Carlos Baía*

Nos dias que correm, é incontornável falar sobre o défice externo português. Este indicador da saúde da nossa economia, que se tem vindo a agravar de há alguns anos a esta parte, tem implicações para a vida das empresas e famílias. Um défice nas contas públicas, significa que o país consome mais que aquilo que produz, tendo que “pedir emprestado” ao estrangeiro, originado uma cada vez maior dependência do país face a países terceiros. Quando os défices externos são recorrentes, como é o caso português, então a dívida do país, face a esses países terceiros, vai aumentando, fazendo com que o país tenha que pagar cada vez mais juros sobre o montante dessa dívida. É uma autêntica bola de neve! Este é um problema estrutural da nossa economia, logo, a sua superação não será de resolução fácil, e muito menos imediata. Não podemos continuar a “mandar a bola para a frente”, tentando tapar o buraco orçamental com soluções pontuais, mais ou menos rebuscadas, a

cada ano que passa, sob pena de estarmos a hipotecar o bemestar futuro dos nossos filhos, que terão que pagar a nossa dívida, se nós não o fizermos. E, se é verdade que a geração agora na casa dos 30 tem tido, em geral, melhores condições de vida que aquelas que os seus pais tiveram, é também verdade que o cenário actual representa um risco real de estarem em causa as condições em que os nossos filhos viverão. É necessário parar para reflectir. Têm que ser dados passos para que a situação comece a ser invertida no imediato. Na minha opinião existe um conjunto de “macro-medidas” que podem/devem, ser implementadas, mas sobre as quais pouco oiço falar: - Sendo o orçamento constituído por duas componentes – receita e despesa, a componente receita passou a ser descurada em prejuízo da despesa. O aumento de receitas é feito pela via mais fácil: aumentam-se as taxas dos impostos. Mas , não se fala, por exemplo, da necessidade de criar um modelo de desenvolvimento para o país que permita a pros-

peridade das famílias e empresas, com o consequente pagamento de mais impostos, inerentes a geração de mais receitas. O que é que o país faz bem? Onde nos diferenciamos pela positiva dos outros países? O que temos para exportar? Como atrair investimento e criar empregos e riqueza nessa(s) área(s)? Em tempos questionei, neste espaço, o modelo de desenvolvimento que o país pretendia seguir. Continuo sem resposta… Em simultâneo, continua a ser possível melhorar a eficácia da máquina fiscal. Muitas injustiças sociais e fiscais continuam a acontecer, diariamente, aos olhos de todos. Só não vê quem não quer ver… - Nos últimos anos fecharam-se e racionalizaram-se horários de funcionamento de escolas e centros de saúde, em nome de uma contenção orçamental e melhor serviço às populações, reduziu-se o número de funcionários público e dirigentes. Só por aqui seria de esperar uma melhoria das contas públicas, no entanto, no momento de fazer contas, chega-se à conclusão que essas

medidas foram em vão, pois algures, noutro(s) organismo(s) ou ministério(s), alguém gastou o que não devia, jogando por terra o esforço que outros fizeram. Actualmente vão surgindo notícias que dão conta de um conjunto significativo de gastos supérfluos que, continuam a aumentar o défice. Da mesma forma que se criou o SIADAP (sistema avaliação para os trabalhadores da administração pública, que pretende avaliar e premiar o mérito), porque não se criam mecanismo de avaliação efectiva dos gestores públicos? Um bom gestor é aquele que atinge os resultados que superiormente lhe definem, como eficiência e eficácia… Bons resultados com baixos custos… Há que premiar os bons e penalizar os maus! - O PRACE, programa de reorganização dos organismos públicos existentes, deveria ter continuidade, extinguindo/ fundindo/ racionalizando mais organismos, pois, continua a existir um número excessivo de organismos públicos, muitos deles sem que se perceba a razão da sua existência. Feita esta arrumação, para

além de se reduzir o número de dirigentes, com a consequente poupança, libertar-se-iam trabalhadores para outras funções e/ ou organismos onde fizessem falta e seria possível identificar um conjunto de imóveis, que agora são propriedade do Estado, e que deixando de ser necessários, poderiam ser vendidos, revertendo a receita para o abatimento da dívida pública, por forma a reduzir os encargos anuais do Estado, com juros da dívida. - No caso das reformas, a sua acumulação ou pagamento de determinados valores deveria ser limitada. Foi actualmente proposta a redução dos salários dos funcionários públicos. Em termos de mobilização dos trabalhadores e do país, fará mais sentido cortar aos que trabalham ou aos que já não trabalham? Não podemos continuar com paliativos. Urge resolver o problema. Há estudos e diagnósticos feitos, e há soluções identificadas. Quem dá o primeiro passo? *Gestor-Carlos.baia@netcabo.pt Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Impressões estivais > Luísa Costa Hölzl

Ainda mal chegada, o país invade-me: são cheiros, cores, uma madrugada lavada e azul, debruçada sobre a varanda lisboeta, depois os mesmos movimentos de há trinta anos para cá, numa espécie de coreografia que alguém traçou para mim e que vou cumprindo. As mudanças são imperceptíveis, em vez de trazer filhos trago uma neta para a minha praia desde 1975, ao jantar somos quinze e ainda não estamos todos, teria decorrido da mesmíssima maneira vinte anos atrás, os jovens de hoje ainda miúdos, os intermédios sem brancas nem barriga, os patriarcas mais direitos, mas as vozes soam iguais, iguais as hierarquias, só que as histórias se atropelam porque o velho casal se multiplicou em três gerações e todos se lembram de mais uma achega e até a bisneta meio brasileira, do alto dos seus três anos, usa eloquentemente e em ritmo dengoso vocabulário e sintaxe fazendo rir os convivas. Aqui estou de novo, oiço as gaivotas gargalharem e o mar no seu sussurro cadenciado. Vamos apanhar sol, tomar banhos de mar, conversar com os amigos, recordar e repetir os gestos de sempre – como se estas duas semanas de veraneio quisessem provar-nos que a vida é eterna. Eterna neste paraíso que os responsáveis da terra teimam em destruir. A câmara oferece actividades aos veraneantes, o que significa um sem-número de construções mais ou menos manhosas, andaimes, tábuas, plásticos, tudo para a criançada, pelos vistos farta de antemão das ondas, dos mergulhos, das carreirinhas, dos castelinhos de areia. Parecem preferir, crianças e progenitores, passar manhãs inteiras em filas para poder escorregar por um escorrega aerodinâmico, insuflável monstro, avatar dinossáurico da antiga bóia do patinho e que não deixa ver nem a foz do rio nem o pontal do farol. Para este paraíso terrestre chamado Praia da Rocha constituíram funcionários zelosos, descendentes dos muitos que haviam vertido, durante três décadas, em betão tudo o que era paisagem, um exército de fadas solícitas ou bruxas maldosas que, com varinha de condão transformaram o belo que ainda nos restava – a falésia de odor açucarado, aquele

areal sem fim pontuado de guarda-sóis e toldos, o mar ao longe, azul ou de prata ou arroxeado conforme a altura do sol - num aglomerado de construções, propagando em letras garrafais quem as pagou. Os "jogos de praia" decorrem – como poderia deixar de ser? – sob altifalantes gigantes que levam aos confins da falésia, aos prédios de apartamentos e até ao fundo do mar um ritmado incessante: monstros à solta, por isso as gaivotas entre as 8 da manhã (quando a discoteca ao ar livre encerra) e as 10 (quando começam altitruantes os berros descabelados da menina da ginástica) gargalham alto, exigindo para si o devido espaço. E as cigarras, silenciadas durante todo o dia, cantam ao desafio. Assim a alma descansa um pouco, de leve, nos intervalos dos zunidos e bramidos, organizados pela câmara de Portimão e seus afins, ou antes: organizados por bancos e supermercados, aos quais a política local se verga em humildade neo-liberal. Além do barulho, a praia este ano está semeada de bolas vermelhas porque um supermercado gigante, ao qual temos de ir com sacrifício para encher os frigoríficos da numerosa família, não espera que lá entremos, empurrando carrinhos e pagando contas monumentais, não, este ano, ele decidiu vir junto a nós. Temos o supermercado espalhado pelo areal em forma de presentes que – pasmem! – não vendem mas distribuem perdulariamente por uma multidão sedenta de bolas, guarda-sóis, livrinhos infantis alegadamente didácticos, que apelam à consciência ecológica das criancinhas e cujos envólucros de plástico vão fazer explodir os caixotes do lixo, já de si poucos e a abarrotar. Então este ano foi assim: às 8 da manhã andavam funcionários com redes a apanhar embalagens e panfletos publicitários que durante todo o dia a prolixidade duma (multi)nacional semeava pelo areal. Na passadeira uma senhora, à tardinha, equilibrava-se sobre as tábuas com certa dificuldade pois segurava duas grandes bolas à frente do seu decote generoso. E uma família procurava em vão um pouco de sombra debaixo do toldo pejado de tralha oferecida, o que os fará ter de comprar mais protector solar no dito supermercado. E numa fila duas senhoras lutavam com impropérios e apertões por um reles guarda-sol! Isto é num cantinho duma praia, esta num cantinho duma re-

gião, por sua vez num cantinho dum país. Porém está aqui todo o Portugal no seu melhor: as crianças brincam e bulham, jogam computador de costas voltadas para a apetitosa rebentação, outras esperam pacientemente à torreira do sol por algo que lhes foi prometido, como se já treinassem para uma futura fila de desemprego. Os pais espreguiçam-se ao sol, os casalinhos beijam-se, as bisavós nadam lado a lado com as bisnetas, os casais que ultrapassaram as bodas de prata conversam sobre outros que lá não chegaram e que vivem em novas relações, pergunta-se pelos filhos, pelos estudos, pelo presente e pelo futuro, sempre na tentativa de agarrar o que nos agrada e esconjurar o que não desejamos. Lemos jornais e revistas para termos assunto, quem vem de fora troca os nomes dos políticos e terá a sensação que todos os anos ouve o mesmo discurso: isto está mal, muito mal mesmo, mas os prédios cresceram no inverno, à avenida da praia deram um novo visual, com pista de bicicletas e árvorezinhas que oxalá cresçam em tamanho e graça. Quem lê a imprensa cor-de-rosa fala das caras que por lá aparecem, quem folheia revistas de modas sonha com um novo casacão, quem prefere jornais sérios inicia debates sérios e preocupa-se, entre duas fortes braçadas e um banho-de-sol com as inundações do outro lado do mundo, derrocadas em minas e incêndios em parques nacionais. E até há quem leia livros e troque sobre isso impressões: Caim de Saramago agradou, ficção picaresca cuja linguagem herética não escandalizou minimamente a octogenária católica, apostólica, romana. Reencontrei pois um país cheio de liberdade, onde se trocam opiniões, mas todas elas leves, harmoniosas, bafejadas pelo espírito de férias que rejeita conflitos ideológicos.O mundo das férias, do sol e do mar, das noites quentes e das manhãs lavadas, requer cérebros um pouco parados, nada de voos intelectuais, de artigos de várias páginas, de tratados filosóficos. Bastam curtas crónicas para nos sentirmos cansados, por isso libertamos do invólucro os livrinhos oferecidos, vamos lê-los aos mais novos. São patetas, ideais para este tempo e este espaço. A cabeça um pouco vazia, mas de coração leve regressamos, como todos os anos, aos nossos afazeres... Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico


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ESPOR TO [23] ESPORTO

Portimonense quer receber o Benfica com "casa cheia" Olhanense joga em Braga. Este fim de semana ficará também marcado por o regresso dos campeonatos nacionais das 2.ª e 3.ª divisões depois da paragem para a disputa de mais uma eliminatória da Taça de Portugal

O Portimonense recebe este domingo o Benfica em jogo da oitava jornada da I Liga e espera ter “casa cheia“, apesar de Luís Filipe Vieira, presidente dos “encarnados”, ter apelado aos adeptos para não assistirem aos jogos que a equipa da Luz dispute fora do seu estádio. O Benfica não solicitou qualquer ingresso para este jogo, mas as vendas têm decorrido a bom ritmo e o presidente do Portimonense está confiante numa boa casa. “Espero um estádio quase cheio, pois acredito que as pessoas pretendem ver um bom espetáculo”, disse Fernando Rocha, em declarações à Lusa, recusando comentar o apelo da direção do Benfica feito aos sócios do clube para boicotarem as deslocações da equipa de futebol. “Estou mais preocupado em que não chova

do que em tudo o resto”, ironizou Fernando Rocha. O jogo entre o Portimonense (13.º, com sete pontos) e o Benfica (2.º, com 12 pontos), marcado para domingo, às 20h15, disputa-se no Estádio Algarve, devido ao facto de as obras de remodelação e adaptação do Estádio Municipal de Portimão ainda não estarem concluídas. Os ingressos estão à venda desde quarta-feira da semana passada e, só nas primeiras duas horas após terem sido colocados à venda, foram vendidos 950 bilhetes para não sócios. Os responsáveis do clube alvinegro esperam ter, pelo menos, 15 mil pessoas a assistir ao jogo.

Bilhetes entre 10 e 35 euros e mais pontos de venda O preço dos bilhetes variam entre os 10 e os 35 euros. Os sócios do Portimonense pa-

2.ª e 3.ª divisões estão de volta

Domingos Viegas/JA

> DOMINGOS VIEGAS

preendente, está na terceira posição, com 12 pontos (os mesmos do que o Benfica e menos sete do que o líder FC Porto), enquanto o Sporting de Braga é sexto classificado com 11 pontos.

A equipa do Portimonense prepara-se para receber o campeão em título e atual segundo classificado da I Liga

gam 10 euros e têm direito a sentar-se na bancada poente inferior (a mais cara para quem não é sócio). Os não sócios pagam 15 euros (topos), 25 euros (bancadas nascente superior e poente superior) e 35 euros (bancadas nascente inferior e poente inferior). Entretanto, o Portimonense assinou um acordo com a empresa Ticket Line com o objetivo de aumentar os pontos de venda). Assim, e além dos locais habituais (a sede do

clube, em Portimão, e o Estádio Algarve, no dia do jogo) quem quiser assistir ao Portimonense-Benfica pode adquirir o seu ingresso através da internet (www.ticketline.pt ou w w w. t i c ke t l i n e . s a p o . p t ) , fazendo a reserva até 48 horas antes do jogo e podendo levantar posteriormente os bilhetes nas lojas Fnac, lojas Worten, Centro Comercial Dolce Vita e El Corte Inglês (também se poderá adquirir o bilhete diretamente nestes

locais). Os ingressos estão ainda à venda nas agências de viagens Abreu, pontos MegaRede e nas lojas Garvetur de Quarteira, Vilamoura, Loulé e Faro.

Olhanense joga em Braga Além deste jogo, as atenções dos algarvios estarão também voltadas para Braga, onde o Olhanense joga no sábado, às 21h15. A equipa de Olhão, que teve um arranque de época sur-

Depois da paragem para a disputa da terceira eliminatória da Taça de Portugal, os campeonatos nacionais das 2.ª e 3.ª divisões também estão de volta este domingo (15h00), para cumprir a quinta jornada. Na 2.ª Divisão, o Louletano (4.º, com sete pontos) desloca-se ao terreno do Carregado (10.º, com seis pontos), o Farense (14.º, com quatro pontos) recebe o Oriental (5.º, com sete pontos) e o GD Lagoa (15.º, ainda sem pontuar) joga em casa com o Real de Massamá (8.º, com seis pontos). Na 3.ª Divisão, haverá um dérbi regional com o Esperança de Lagos (5.º, com sete pontos) a receber o Messinense (6.º, com seis pontos). O Beira Mar de Monte Gordo, lanterna ver-melha da Série F e sem qualquer ponto, recebe o Sesimbra (7.º, com seis pontos).

Autódromo do Algarve consagrou campeão de F1 Históricos Lowes substitui Maria Teresa Filippis, primeira Laverty na Parkalgar

mulher a pilotar um F1, foi a convidada de honra

O campeão britânico de Supersport, Sam Lowes, será o novo companheiro de Miguel Praia na Parkalgar Honda, substituindo Eugene Laverty, que no próximo ano vai disputar o Mundial de Superbikes. “É um sonho tornado realidade sobretudo porque a Parkalgar Honda é uma das melhores equipas do mundo, sempre a lutar, corrida a corrida, pelas vitórias. Sei que não irá ser um ano fácil para mim mas sei que posso contar com o apoio de toda a estrutura. Vou dar o meu melhor para lutar pelas vitórias e pelo Campeonato”, disse o piloto britânico. O responsável da Parkalgar Honda deposita confiança na sua dupla de pilotos. “O Miguel vai continuar a evoluir e tenho a certeza que a nossa estrutura lhe vai permitir mostrar todo o seu potencial. O Sam vai encontrar uma equipa motivada para o ajudar a ser bem sucedido neste seu novo desafio. Espero que consiga desde cedo destacar-se entre os melhores”, concluiu Paulo Pinheiro que, desde 2006, tem a sua estrutura integrada no Campeonato do Mundo de Supersport.

O Autódromo Internacional do Algarve recebeu este fim-de-semana o maior festival de clássicos da Península Ibérica e consagrou Peter Meyrick (March 761) como campeão de F1 Históricos de 2010. Os F1 Históricos foram a principal das dez categorias que reuniram em pista muitos dos carros que fizeram a história no automobilismo mundial. O público aderiu em grande número para apreciar um conjunto de provas de outros tempos, mas também para ver de perto algumas das maiores estrelas do automobilismo mundial, entre as quais Maria Teresa Filippis, a primeira mulher a pilotar um carro de F1 e que foi a convidada de honra do evento. Filippis tem 83 anos e começou a sua carreira automobilística em 1948, aos 22 anos. Na época de 1958/1959 disputou cinco Grandes Prémios de F1. Em Portimão a “Senhora Fórmula Um” como é conhecida, reviveu as emoções de outros tempos. “Apesar de ser mulher fui sempre muito acarinhada no meio. Todos me ajudavam na abordagem às corridas. O des-

AIFA

MOTOCICLISMO

Maria Teresa Filippis e um aspeto da corrida de F1 Históricos, ganha por Peter Meyrick

porto automóvel era mais perigoso que agora mas nunca tive medo”, referiu a ex-piloto italiana. “Foi um enorme prazer estar este fim de semana no Autódromo do Algarve, poder reviver todo este ambiente num circuito com características tão próprias”, frisou Maria Teresa Filippis, que disputou os Grandes Prémios de F1 ao volante de um Maserati 250F.

O Algarve Historic Festival esteve no Circuito de Portimão pelo segundo ano consecutivo e revelou-se mais uma aposta ganha, não só pelo número de participantes (cerca de 300) mas também pelo muito público que encheu as bancadas e o paddock. “Este evento tem características muito especiais e atrai um público muito específico. É um evento muito interes-

sante e cheio de particularidades. Ninguém sai indiferente depois de ver de perto todas estas máquinas que permanecem no imaginário daqueles que desde sempre acompanham o automobilismo. É sem dúvida uma aposta ganha para o AIA”, disse Paulo Pinheiro, administrador do Autódromo Internacional do Algarve, que em 2011 volta a receber o Algarve Historic Festival.


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GOLFE

Australiano vence Portugal Masters em Vilamoura O australiano Richard Green venceu no último domingo a quarta edição do Portugal Masters em golfe, ao terminar a prova com um agregado de 270 pancadas, concluindo a última volta com 65 (-7) PAR. Richard Green, que ainda não tinha vencido qualquer torneio esta época e arrecada um prémio de 500 mil euros, impôs-se ao trio formado pelo italiano Francesco Molinari, pelo sueco Robert Karlsson e pelo espanhol Gonzalo F. Castano, que terminaram em

segundo com 272 pancadas. O australiano sucede ao inglês Lee Westood no palmarés do maior torneio realizado em Portugal, no Oceânico Victoria Golf Course, em Vilamoura. Os dois portugueses que passaram o “cut”, Filipe Lima e Ricardo Santos, terminaram nos grupos dos golfistas que terminaram a competição nos 36.º e 48.º lugares, respetivamente. Sem ter conseguido garantir o cartão do European Tour, Filipe Lima arrecadou 20.700 euros e vai agora lutar pela

presença na elite europeia nos torneios Valência e Valderama. Ricardo Santos, que pela primeira vez passou o "cut" do torneio, concluiu no grupo dos 48.ºs, depois de uma quarta volta pouco conseguida, com 77 pancadas, cinco acima do PAR. Sempre com a candidatura portuguesa à Ryder Cup 2018 em fundo, a prova juntou um field de 156 jogadores e foi vista ao vivo por 36.223 espetadores, tendo atingido no domingo o máximo num dia: 12.115.

Luís Forra/Lusa

Filipe Lima fica no grupo dos 36.ªs e Ricardo Santos no dos 48.ªs na mais importante competição de golfe disputada em território nacional

Richard Green arrecadou um prémio de 500 mil euros

PATINAGEM DE VELOCIDADE

Roller Lagos terceiro no Circuito Mundial

O treinador Walter Pestana (ao centro) com Francisco Brito e Sérgio Pestana

BOXE

Jovens do Arena de Faro na Seleção Nacional Os algarvios Francisco Brito (campeão nacional) e Sérgio Pestana (5.º classificado no Europeu e bicampeão nacional), do Arena de Faro, vão integrar a Seleção Nacional de boxe, escalão de cadetes, no Torneio Internacional Round Robin, um clássico evento de boxe olímpico, que se disputa em Dublin (Irlanda), de 04 a 08 de novembro. Além de Francisco Brito e de Sérgio Pestana, que participam nas categorias de 52 kg e 75 kg, respetivamente, a equipa nacional contará ainda com Paulo Maia (66 kg) e Paulo Bernardes (70 kg). Os treinadores serão Walter Pestana (Arena de Faro), Bruno Carvalho e Paulo Seco (ambos da AB Lisboa). O evento contará ainda com a presença do árbitro Jorge Santos (AB Algarve). Refira-se que esta é a primeira vez que um árbitro português faz parte do lote dos escolhidos para a referida competição.

ABA tem nova direção Os recém-eleitos corpos sociais da Associação de Boxe do Algarve (ABA) foram apresentados na última semana numa cerimónia pública que decorreu no edifício do Centro Empresarial de Faro, na qual tomaram posse dos respetivos cargos para o biénio 2010-2012. A Direção é agora presidida por Sandra Silva, que será coadjuvada por Walter Pestana (vice-presidente para a área desportiva) e Luísa Pedro (vice-presidente para as áreas Administrativa e Financeira). D.V.

AequipaalgarviadoRollerLagosdos Descobrimentos terminou na terceira posição da classificação geral coletiva da Taça do Mundo de Maratonas, em patinagem de velocidade, cuja 13.ª e última etapa decorreu na passada semana em Buenos Aires, na Argentina. Diogo Marreiros chegou em sétimo nesta última etapa, Martyn Dias foi nono e Gonçalo Marreiros terminou na 11.ª posição. Com esta classificação, Martyn Dias, que chegou à Argentina na 12.ª posição do ranking mundial, conseguiu entrar no top 10, enquanto Diogo Marreiros e Gonçalo Marreiros mantiveram-se no top 20. Juan Araldi (Velez Sarsfield) venceu a etapa de Buenos Aires e Yann Guyader (Powerslide) foi o vencedor do Circuito Mundial

A prova de Buenos Aires encerrou uma época bastante conturbada no ircuito Mundial de Patinagem, que assistiu à anulação de quatro etapas ini-

cialmente previstas. Desta forma, em vez das 17 etapas previstas incialmente, realizaram-se apenas 13.

ATLETISMO

Estafeta dos Descobrimentos em Lagos A 20.ª edição da Estafeta dos Descobrimentos, que se se disputa no próximo domingo entre Sagres e Lagos, marca o arranque da sexta edição do Festival dos Descobrimentos, que irá decorrer até ao dia 14 de novembro, em Lagos. Este ano, a prova, que conta com cinco percursos numa extensão total de 34 quilómetros, desenrola-se nos municípios de Lagos e Vila do Bispo. A partida está marcada para as 10h00, junto ao parque de estacionamento da Fortaleza de Sagres. A chegada será por volta das 11h50, à Avenida dos Descobrimentos (Praça Infante D. Henrique), em Lagos.

ANDEBOL

Gil Eanes recebe italianas na Taça EHF A equipa sénior feminina de andebol do Gil Eaanes, de Lagos, vai discutir, este fim de semana, a passagem à terceira ronda da Taça EHF com as italianas do Artro Teramo. Esta segunda eliminatória será composta por dois jogos, o primeiro já amanhã, sexta-feira, às 21h00, e o segundo no sábado, às 18h00, ambos no Pavilhão Municipal de Lagos.


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Maiores lutadores de caraté competem em Portimão Mais de 700 atletas de 30 países participam no campeonato do mundo (Japan Shotokan Karate Association), com o apoio da câmara de Portimão, terá um amplo programa de competição desportiva no sábado e domingo, sendo antecedida por formação para árbitros e estágio técnico para competidores e praticantes. No total, são esperados

FUTEBOL NACIONAL INICIADOS 6 4 3 4 0 1

CLASSIFICAÇÃO

J V E D M S P Atlético PORTIMONENSE GD Portugal Tires OLHANENSE Amora LOULETANO FARENSE Oeiras Lusit. Évora Pescadores Ourique

6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6

5 5 3 3 3 2 3 2 1 1 0 0

1 0 1 1 1 3 0 2 3 2 1 1

0 1 2 2 2 1 3 2 2 3 5 5

24 14 16 10 5 11 5 8 5 9 3 2

3 6 8 5 3 10 8 8 8 11 13 29

16 15 10 10 10 9 9 8 6 5 1 1

Próxima Jornada 7.ª Atlético Amora Oeiras OLHANENSE LOULETANO GD Portugal Lusit. Évora FARENSE PORTIMON. Tires Pescadores Ourique

J V E D M S P

V.Setúbal Despertar LUSITANO VRSA LOULETANO IMORTAL Ferroviário OLHANENSE Lusit.Évora ESP. LAGOS Sp.Cuba Odemirense Moura

8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8

8 6 5 5 5 4 3 2 2 2 0 0

0 0 2 1 0 2 3 2 1 0 1 0

0 2 1 2 3 2 2 4 5 6 7 8

33 19 18 17 19 15 21 9 13 5 4 3

6 6 6 10 14 8 10 12 16 27 20 41

24 18 17 16 15 14 12 8 7 6 1 0

Próxima Jornada 9.ª Moura Odemirense V.Setúbal Lusit.Évora LUSIT. VRSA Ferroviário IMORTAL Despertar Sp.Cuba LOULETANO ESP. LAGOS OLHANENSE

1 1 2 1 1 3

CLASSIFICAÇÃO

J V E D M S P 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1

Próxima Jornada 2.ª Monchiquense Sambrazense Serrano Padernense Santaluziense Quarteirense B Alvorense Gin.Tavira Bensafrim 11 Esperanças Machados Estombarenses

3 3 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1

1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3

3 3 3 3 3 1 1 0 0 0 0 0

2ª DIVISÃO

Resultados da 1ª Jornada

Putos da Rua Alte GEJUPSE Atalaia Pedra Mourinha U.Lagos

3 3 4 7 3 4

S.Pedro CP Messines Fuzeta Olhos D’Água Carvoeirense Silves

2 5 6 3 2 1

S. João CPCD LOULETANO Amarense Boa Esperança Cascais SL Olivais

0 5 3 3 0 8 5

Resultados da 2ª Jornada

Leões P. Salvo Loures Torpedos ALBUFEIRA F. Operário Independentes Vila Verde

4 2 4 3 2 0 0

Quinta Lombos SAPALENSE INTER-VIVOS Aljustrelense Vinhais Sassoeiros Nacional

4 2 3 2 3 2 3

Piedense 0 Quinta Conde 3 Fabril 2 Capelense 4 STO ESTEVÂO3 ACAD. ALG. 2 SONÂMBULOS 4

CLASSIFICAÇÃO J V E D M S P

CLASSIFICAÇÃO J V E D M S P

Atalaia Fuzeta CP Messines U.Lagos Ped. Mourinha Putos da Rua GEJUPSE Alte Olhos D’Água S.Pedro Carvoeirense Silves

Cascais Leões P. Salvo Torpedos Operário ALBUFEIRA F. CPCD Loures SL Olivais Boa Esperança Amarense LOULETANO S. João Independentes Vila Verde

Quinta Lombos 2 STO ESTEVÃO 2 Capelense 2 INTER-VIVOS 2 Sassoeiros 2 Vinhais 2 Fabril 2 Quinta Conde 2 Nacional 2 SONÂMBULOS 2 ACAD. ALG. 2 SAPALENSE 2 Aljustrelense 2 Piedense 2

1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1

7 6 5 4 3 3 4 3 3 2 2 1

Próxima 2ª

S.Pedro Olhos D’Água Carvoeirense Silves Fuzeta CP Messines

3 4 3 1 2 2 6 5 7 3 3 4

3 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

2 2 2 2 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0

0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0

0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 2 2 2 2

12 11 8 7 5 8 8 6 5 7 3 3 3 1

S. João Loures Torpedos ALBUFEIRA F. Operário Independentes Leões P. Salvo

1 1 6 4 3 6 8 7 5 8 6 10 13 9

6 6 6 6 4 3 3 3 3 1 0 0 0 0

2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0

0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0

0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 2 2 2

12 10 9 8 5 4 10 7 6 5 2 6 4 2

CPCD LOULETANO Amarense Boa Esperança Cascais SL Olivais Vila Verde

Quinta Lombos Quinta Conde Fabril Capelense STO. ESTEVÂO ACAD. ALG. Piedense

4 5 7 7 3 3 7 10 6 6 3 11 11 7

6 4 4 4 4 4 3 3 3 3 1 0 0 0

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Próxima 3ª

Próxima 3ª

Atalaia GEJUPSE Alte Pedra Mourinha U.Lagos Putos da Rua

A equipa feminina de futsal do Padernense conquistou a Supertaça do Algarve ao derrotar o GD Machados (4-0) no jogo disputado no passado sábado no pavilhão de Olhos de Água, em Albufeira.

3ª DIVISÃO

Resultados da 2ª Jornada

CLASSIFICAÇÃO J V E D M S P

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Padernense vence Supertaça feminina

NACIONAL

I DIVISÃO

II DIVISÃO Resultados da 1.ª Jornada Estombarenses 2 Monchiquense Quarteirense B 2 Machados Padernense 2 Bensafrim Sambrazense 3 Serrano Gin.Tavira 2 Santaluziense 11 Esperanças 1 Alvorense

1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0

O Inter-Vivos, de Martim Longo, vai receber o Sapelense, de Vila Real de Santo António, na segunda eliminatória da Taça de Portugal de futsal, que se disputa no dia 30. Além deste confronto entre duas das três equipas algarvias que militam na 3.ª Divisão, o sorteio ditou ainda que o Albufeira Futsal, da 2.ª Divisão, receba a AMSAC (Associação de Moradores de Santo António dos Cavaleiros), que disputa esta época o principal escalão do futsal nacional.

DISTRITAL

SENIORES

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Dérbi na segunda ronda da Taça

FUTSAL

DISTRITAL

Sambrazense Alvorense Estombarenses Gin.Tavira Quarteirense B Bensafrim Padernense Santaluziense Machados Monchiquense Serrano 11 Esperanças

FUTSAL

SAPALENSE INTER-VIVOS Aljustrelense Vinhais Sassoeiros Nacional SONÂMBULOS

Rua Cristobal Colon 5. Ayamonte Telf.: 0034 959 471 623 Quieres trabajar con nosotros? Envianos tu curriculum.

%

15

S

CLASSIFICAÇÃO

capacidade de acolhimento e a qualidade da oferta hoteleira, para além de aspetos ligados ao clima e à atratividade turística".

RE

0 2 0 3 3 1

"a escolha de Portimão foi fortemente influenciada pela existência de excelentes infraestruturas - como o Portimão Arena - e de recursos exemplares, em particular a

T EN DE ER TAR E SC Á STE AN O N ÚN TO CI O

2ª DIVISÃO Resultados da 6.ª jornada Atlético 5 Pescadores Amora 2 Oeiras OLHANENSE 1 LOULETANO GD Portugal 4 Lusit. Évora FARENSE 2 PORTIMON. Tires 6 Ourique

Resultados da 8.ª jornada Moura 0 ESP. LAGOS Odemirense 0 V.Setúbal Lusit.Évora 1 LUSIT. VRSA Ferroviário 2 IMORTAL Despertar 3 Sp.Cuba LOULETANO 2 OLHANENSE

um dos favoritos, a par de potências mundiais como Japão, Suíça, África do Sul, Inglaterra e Espanha. De referir ainda que, em Portugal, existem cerca de 16 mil praticantes de caraté, o que faz desta a sexta modalidade mais praticada no país. Segundo os organizadores,

AP

JUNIORES

mais de 700 atletas de 30 países e cerca de cem árbitros, além de dirigentes e acompanhantes, estando associado ao evento um programa de turismo e lazer. A ideia, frisa a autarquia, "é potenciar o retorno económico para a região, cujo contributo direto para os quatro dias se estima em mais de um milhão de euros". O programa, além da competição (kata/kumite para competidores masculinos e femininos, desde os oito anos até mais de 65 anos), oferece ainda a oportunidade de treino com os mais competentes instrutores de shotokan no mundo. Com três medalhas de ouro na edição anterior, Portugal é

SE

O Portimão Arena recebe, a partir de hoje e até ao próximo domingo, o 5.º Campeonato do Mundo de Karaté, na sequência da atribuição do evento ao nosso país pela Organização Mundial de Karaté estilo shotokan. A importante prova, cuja realização estará a cargo da JSKA - Portugal


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TAÇA PORTUGAL TAÇA DE PORTUGAL TAÇA PORTUGAL

Armando salvou o Cinfães da goleada Algarvios quase que caem na Sertã… PORTIMONENSE 2

algarvios, sobretudo na forma como defenderam. O resultado não traduz a diferença, nem o jogo jogado, culpando-se o guarda-redes Armando, o melhor em campo, pela sua equipa não regressar a casa com muitos mais golos no “autocarro”.

Torreense mais feliz na lotaria dos penáltis LAGOA 0

Local: Estádio Dr. Marques dos Santos, na Sertã Árbitro: Vasco Santos, do Porto Sertanense: Paulo Salgado, Ventosa, Adilson, António, Gil, Idris, Leo Oliveira (Casquinha, intervalo, depois André Santos, 117, Leandro, Toni, Júlio, Alex (Fábio Ferreira (108). Treinador: José Bizarro Olhanense: Ricardo Baptista, João Gonçalves, Maurício, Jardel, Carlos Fernandes, Vinicíus, Cadu, Rui Duarte (Jorge Gonçalves, 61), Lulinha, Yontcha, (Matias, 90), Toy (Djalmir, 69). Treinador: Daúto Faquirá Disciplina: Cartão amarelo a Maurício (17), Paulo Salgado (38), João Gonçalves (45), Gil (81), Jorge Gonçalves (115). José Bizarro (treinador do Sertanense foi expulso do banco (90+2). Foi um jogo atípico, num relvado impróprio para consu-

TORRENSE* 0

bio, 73), Inácio, Tozé, Marçal, Canoa, Torrão (Ricardinho, 62), Sufrim, Igor, David, Rodrigo (Coça, 40). Treinador: Paulo Torres. Disciplina: Cartão amarelo a Tozé(16),MárcioCandeias(57),Pituca (60), Boiças (68), Chico (68), David (73), Canoa (101), Brito (118). O Lagoa voltou a não vencer,

mas desta realizou uma exibição mais segura, sobretudo no primeiro tempo. Na etapa complementar, o jogo foi mais veloz e o Torreense passou a ser equipa mais perigosa. Contudo, o desfecho do jogo só se resolveu na marca das grandes penalidades, sendo a equipa de Torres Vedras, a mais feliz na lotaria dos penáltis.

Muitos penáltis e pouco futebol MERELINENSE 2 Local: Campo João Soares Vieira, em Merelim. Árbitro: Pedro Vilaça, do Porto. Merelinense: Paulinho, Petit, João Paulo, Rocha, Miguel, Ericson, Beck (Luís Ferraz, 55), Nani (Boris, 83), Zé Manel (Vítor, 67), Mokas, Tonela. Treinador: Ricardo Martins Farense: Serrão, Tiago Sousa, Calado (China, 87), Mamadou, Joshua, Eduardo Barão, Cannigia, Luís Afonso,

Carlinhos, Davide, Adérito, Bruno. Treinador: Joaquim Mendes Ao intervalo: 0-0 Golos: Luís Ferraz (77 g.p.), Bruno (80 g.p.), Luís Ferraz (85 g.p.) Disciplina: Cartão amarelo a Eduardo Barão (14), Carlinhos (20 e 34), Petit (24), Tonela (35), Joshua (62), Nani (63), Ericson (73), Mamadou (76), Serrão (78), Calado (84), Cartão vermelho a Carlinhos (34) acumulação

FARENSE 1 e diretos a João Paulo (79), Bruno Carvalho 87) suplente do Farense. Muitos cartões, muitas paragens, mau futebol, com o Farense, outra vez, a perder muito cedo um jogador (expulso), o que condicionou a equipa. Aliás, a única nota de destaque do jogo além dos cartões foi o facto de os três golos terem sido apontados da marca da grande penalidade.

SENIORES I LIGA Próxima 16.ª Académica P. Ferreira V.Setúbal Sp. Braga Marítimo Sporting PORTIM. FC Porto

Nacional Beira-Mar V.Guimarães OLHANENSE Naval RioAve Benfica U.Leiria

2ª DIVISÃO - ZONA SUL Próxima 5.ª FARENSE Praiense Operário LAGOA Atlético Carregado Pinhalnov. Casa Pia

Oriental Torreense Juv.Evora Real Reguengos LOULETANO Madalena Mafra

3ª DIVISÃO - SÉRIE F Próxima 5.ª Aljustrelense BEIRA-MAR C. Piedade F.Barreiro Vendas Novas ESP. LAGOS

P. Caparica Sesimbra Odemirense Moura U. Montemor MESSINENSE

mo, prejudicando as duas equipas, mas muito mais o Olhanense por ser melhor, tecnicamente superior. Contudo, os algarvios tiveram que saber esgrimir e depois ultrapassar todas estas dificuldades com a arma da vontade, do engenho, da determinação e do estar sempre presente no jogo. Aliás, a forma como a equipa da casa

jogou, como se todo o seu futuro se decidisse neste jogo, bastarias aos algarvios dois segundos de distração, que seria o tempo suficiente para caírem na Sertã e com uma “Lulinha” na equipa, seria uma maravilha. Apesar das dificuldades o Olhanense venceu e segue em frente na Taça de Portugal.

Bombarralense mais eficaz

* 4-5 no desempate por grandes penalidades; Local: Estádio Capitão Josino da Costa, em Lagoa. Árbitro: Ricardo Lourenço, de Portalegre. Lagoa: Peraltinha, André, Ivo Nicolau, Vandi, João Vítor, Macio Candeias (Oliveira, 85), Douglas Codó, Pituca, Janita (Brito, 65), Boiças (Pepe, 87), Mauro. Treinador: Luís Coelho. Torreense: Tiago, Chico (Fá-

OLHANENSE* 0

* 1-4 Desempate por grandes penalidades;

Local: Estádio Municipal da Bela Vista, no Parchal . Árbitro: Carlos Xistra, de Castelo Branco Portimonense: Ivo, Ricardo Pessoa, André Pinto, Di Fábio, Rúben Fernandes, Elias (Pedro Moreira, 60), Jumisse, Candeias, Renatinho, Peña, Ivanildo, Calvin Kai (Dong, intervalo). Treinador: Litos. Cinfães: Armando, Eduardo, Hugo Teixeira, Joel, André, Rui Costa, Rogério (Filipe Carvalho, 75), Miki, Nakata (60), Serra, Vítor Borges, Quim (Quim Pedro, 57). Treinador: Miguel Correia. Ao intervalo: 1-0. Golos: Renatinho (28), Dong (84) Disciplina: Cartão amarelo a André (30 e 82), Candeias (32), Eduardo (44), Ricardo Pessoa (52), Jumisse (61), Ivanildo (68), Quim Pedro (74), Filipe Carvalho (76), Vítor Borges (90), Pedro Moreira (90+2). Com um golo em cada parte mas demonstrando sempre enorme superioridade perante o seu opositor, o Portimonense venceu com alguma facilidade o Cinfães, num jogo em que os algarvios atuaram tranquilamente com salpicos de passeio. Apesar das diferenças reais entre uma e outra equipa, o Cinfães foi uma equipa muito aguerrida, procurando sempre dificultar a vida aos

SERTANENSE 0

CINFÃES 0

BOMBARRALENSE 2 Local: Estádio Municipal, no Bombarral. Árbitro: José Pedro Laranjeira, de Coimbra. Bombarralense: Marco Basílio, Hugo Morgado, Casaleiro (David, 70), Nhau, Marco Palatino (Fábio Morais, 70), Bruno Basílio, Ricardo Bessa (Bruno Matias, 90+3), Pedro Bessa, Vasco Silva, José Eduardo Santos, Miguel Piedade Treinador: Paulo Roque Louletano: Bruno Lúcio, Eugénio, Fausto, Cordeiro, Dante

(João Reis, 60), Bruninho (Yari, 60), Fábio Teixeira, Leo, Alberto, Fábio Marques, Ben. Treinador: Paulo Renato. Ao intervalo: 0-0. Golos: Bruno Basílio (77), Pedro Bessa (79), Alberto (90+3) Disciplina: Cartão amarelo a Casaleiro (24), Miguel Piedade (40), Hugo Morgado (70), Dante (85), Marco Basílio (90), Bruno Lúcio (90), Fausto (90+2), José Eduardo Santos (90+3). Sem se encontrar com a ba-

LOULETANO 1 liza por falta de pontaria ou melhor sorte, o Louletano acabou por não materializar em golos os ascendente verificado no primeiro tempo. Depois, a equipa da casa alterou um pouco a sua filosofia de jogo e ficou mais dinâmica, altura em que os algarvios também desaceleravam e os dois golos marcados no último quarto de hora, explicam precisamente a melhoria da demonstrada pela equipa do Bombarral que fez jus ao triunfo.

DO ALTO DA BANCADA

Mais dois ciclistas com doping... E as outras modalidades? > NETO GOMES* A Taça de Portugal transbordou para o Farense, Louletano e Lagoa, enquanto que Olhanense e Portimonense voltam a entrar nos pacotes do sorteio. Domingo o Benfica vem a Portimão, o que equivale a dizer que vamos ter jogo grande no Estádio Algarve. Oxalá os adeptos algarvios (também benfiquistas) encham o estádio, porque além dos três pontos, uma boa receita seria nesta altura fundamental para o Portimonense. No ciclismo mais dois jovens (irmãos) são apanhados no doping. Prometem justificar o que aconteceu. No ensino as escolas com 20 alunos são sempre melhores, que as escolas que têm 1000 ou mais alunos. Isso é “batota”, porque existe mais país, para lá da doença das estatísticas… *otensemog@sapo.pt


D

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ESPORTO

21 I outubro I 2010 www.jornaldoalgarve.pt

JORNAL do ALGARVE

I DISTRITAL I DISTRITAL I DISTRITAL I DISTRITAL I DISTRITAL

Pecou por escasso

Miguel Teixeira resolve

Local: Estádio Municipal de Quarteira. Árbitro: Ricardo Neves. Quarteirense: Pereira; Josimar (Rodrigo, 36'), Vila, Diogo, Anderson (Alemão, 63'), Idalécio, Carôlo, Marquito, Trindade, Rui Graça e Van Damme (Tony, 80'). Treinador: Marito. Aljezurense: Tôco; Jorge, Diogo, Marco, André, Casinhas, Marquinho, Hugo, Boca Negra, Cuco e Rafa (J. Fernandes, 73'). Treinador: Cartaxo. Ao intervalo: 2-0. Golos: Vila (17') e Marquito (42'). Disciplina: cartão amarelo a Anderson (63'), Carôlo (70'), Jorge (74') e Idalécio (84'). Cartão vermelho a Ginga (75').

ALJEZURENSE 0

Os locais foram superiores em todos os capítulos, só falhando na finalização. Assumiram desde o apito inicial o controlo da bola, mas esqueceram a sua natural circulação nas diversas zonas do campo e, pior ainda, não tiveram arte nem engenho para controlar os espaços, advindo daí dificuldades nas zonas de finalização e, portanto, o fraco pecúlio em golos. Os visitantes jamais tiveram capacidade e argumentos para contrariar o destino, de que resultou o inofensivo rendimento na finalização. Curioso que, quando na reta final e após reduzidos a 10 unidades, tiveram duas soberanas oportunidades para reduzir mas esbanjaram-nas infantilmente. Vitória justa da formação local que sofre por escassa. Bernardino Martins

Resolver cedo e gerir MONCARAPACHENSE 0 Local: Campo da Torrinha (Moncarapacho). Árbitro: Pedro Sancho. Moncarapachense: Bruno Guerreiro (Molina, 45'); Valter Guerra (André Anjos, 40'), Bruno Dias (André Correia, 40'), Lelo, Aleluia, André Marques, Carlos Reis, Relvas, Luís Mendes, Celso Borges e Pedro Silva. Treinador: Miguel Serôdio. Culatrense: Raúl; Hélio, Sérgio, Bodião, Né, Jaime (Calquinhas, 70'), Bia, Barriga, Rui, André (Aléz, 75') e Amílcar. Treinador: Geraldo Carmo. Ao intervalo: 0-2.

CAMPINENSE 2 Local: Estádio Municipal de Loulé. Árbitro: Ricardo Martins. Campinense: Sérginho; Padinha, Miguel Teixeira, Edgar do Ó, Zé Daniel (Juliano, 46'), Pedro Lourenço, Hélder Batista, Dani (Mário Costa, 46'), Paulo Mota (Diogo Santos, 72'), Garrana e Diamantino. Treinador: José Miguel. Silves: Jotinha; Salvador, Toni, Raúl Sena, Vilanova, Hernâni, Bráulio, Mica II (Pelé, 57'), Mica I e Nélson Peres (Edgar, 84'). Ao intervalo: 1-1. Golos: Miguel Teixeira (9' e 70') e Toni (35'). Disciplina: cartão amarelo a Nélson Peres (22'), Garrana

Quando a experiência decide

CULATRENSE 2

O Moncarapachense voltou a sofrer um golo logo nos primeiros minutos e mais uma vez devido a uma falha defensiva. O Culatrense entrou a pressionar e antes do intervalo chegou ao 2-0, com Rui a “bisar”. Os locais dominaram na segunda parte, mas foi o Culatrense a criar as melhores ocasiões de golo, em lances de contra-ataque. Paulo Aguiar

Local: Campo Municipal de Castro Marim. Árbitro: Fernando Macedo. Castromarinense: Nélson; Quim, André Piloto, Augusto e Tozé; Ademir (Madama, 78'), Luís Calvinho (Márcio, 78') e Jacques; Juninho, Luís Viegas e Bruno. Treinador: Tomás Henrique. Lusitano VRSA: João Azul; Afonso Leal, Carlos Neves, Hélder e Luís Firmino; Mickael (João Martins, 90+4'), Marco Nuno (Guilherme, 90'), Júlio Madeira e Edgar Rosa; Cris Baiano (Daniel Gomes, 81') e Afonseca. Treinador: Ivo Soares. Ao intervalo: 1-1. Golos: Bruno (23'), Afonseca (30') e Edgar Rosa (84') Disciplina: cartão amarelo a Augusto (43'), Júlio Madeira (61'), Ademir (73'), Afonso Leal (84') e Edgar Rosa (90+5').

Reviravolta na segunda parte Local: Estádio Municipal de Albufeira. Árbitro: Luís Reis. Imortal: Márcio; Cláudio, Ricardo Cruz, João, Mesquita, Gonçalo, Rui Sacramento, Sandro, Décio, Gilson e Henrique. Treinador: Nuno Ramos. Armacenense: Palminha; Marco, Catita, Copos, Ferreira, Oceano, Pedro Santos, Nélson Moutinho, Oliveira, Joel e Mauro. Treinador: Carlos Simões. Ao intervalo: 1-0.

DISTRITAL

Resultados da 3ª Jornada

Quarteira Lusitano VRSA Odiáxere Culatrense Aljezurense Ferreiras Silves Armacenenses

2 2 3 2 0 1 1 3

CLASSIFICAÇÃO J V E D M S P

Lusitano VRSA Quarteirense Campinense Ferreiras Silves Armacenenses Guia Odiáxere Culatrense Castromarin. Imortal Quarteira Faro e Benfica Aljezurense Almancilense Moncarapach.

3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0

1 1 1 1 0 2 2 1 1 0 0 2 2 1 1 0

0 0 0 0 1 0 0 1 1 2 2 1 1 2 2 3

8 5 5 2 8 6 5 4 3 5 3 5 3 1 1 0

2 1 1 0 2 4 3 6 3 6 6 6 4 6 9 5

Próxima 4ª

Quarteira Lusitano VRSA Odiáxere Culatrense Aljezurense Ferreiras Silves Armacenenses

O Imortal dominou na primeira parte, chegou ao intervalo a vencer pela margem mínima, mas este resultado até pecava por escasso. A segunda parte foi completamente diferente, com o Armacenenses a aproveitar bem o desacerto da defensiva local e a dar a volta ao marcador. António Agapito

GUIA 2

I DIVISÃO Guia 2 Castromarinense 1 Almancilense 0 Moncarapach. 0 Quarteirense 2 Faro e Benfica 0 Campinense 2 Imortal 1

Golos: Décio (30'), Joel (72'), Mauro (77') e Nélson Moutinho (89'). Disciplina: Cartão amarelo a Nélson Moutinho (35'), Gonçalo (39'), Pedro Santos (40'), Joel (72') e Jimmy (90').

Almancilense Guia Moncarapachense Campinense Imortal Quarteirense Faro e Benfica Castromarinense

7 7 7 7 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 1 0

O resultado ajusta-se perfeitamente ao que aconteceu na Guia, num jogo aberto, equilibrado, com muitas ocasiões de golo e com as duas equipas a procuraram sempre visar a baliza adversária. Tanto na primeira como na segunda parte, o Guia marcou primeiro e o Quarteira respondeu com o empate. Carlos Farinha

O jogo começou com domínio do Lusitano, mas os locais, após 10 minutos de algum nervosismo, libertaram-se e Bruno, aproveitando o desacerto do eixo defensivo adversário, rematou para o primeiro golo da tarde. A reação do Lusitano não demorou e Afonseca restabeleceu a igualdade ainda antes do intervalo. No reatamento, a primeira vintena de minutos demonstrou um Lusitano mais dominador. Apesar dos condicionalismos impostos pela natureza do piso, os comandados de Ivo Soares, conseguiam transportar o jogo para perto da baliza adversária e as oportunidades apareceram. Edgar Rosa, na sequência de um livre, apontou o segundo tento dos pombalinos. Até ao final, assistiu-se a um “querer e não poder” por parte dos locais, numa reação muito mais emotiva que eficaz e que esbarrou sempre na maior experiência e capacidade de controlo de jogo do Lusitano. Ricardo Gutierrez

ALMANCILENSE 0 Local: Campo Municipal de Almancil. Árbitro: Ricardo Lamy. Almancilense: Santola, Flávio (Rony, 19'), Vítor Graça, Sancadas (Xavier, 45'), César, Henrique, Xando, Igor (Luís Carvalho, 45'), Edi Pereira e Edi. Treinador: Paulo Serrano. Odiáxere: Hugo Prudêcio; Bablina, Roberto, Marreiros, Janita, Joãozinho (Danny, 65'), Madeira, Larion (69'), Boiças, Lamy e João Santana (Sérgio Brito, 59'). Treinador: António Soromenho. Ao intervalo: 0-2. Golos: Madeira (8'), Boiças (10') e Danny (86').

ODIÁXERE 3

Disciplina: cartão amarelo a Lamy (4'), Emanuel (9' e 49'), Marreiros (25'), César (71') e Rony (26'). Cartão vermelho a Emanuel (49'). O Odiáxere conquistou a sua primeira vitória, frente a um Almancilense sem argumentos para alterar o desfecho final da partida. Os locais sofreram dois golos em dois minutos, o que acabou por ser fatal, ainda reagiram subindo no terreno mas não conseguiram criar ocasiões de golo. A expulsão de Emanuel ainda agravou mais a situação do Odiáxere, que viu o guardião Santola evitar que o resultado acabasse com números ainda mais expressivos. José António Pires

Cumpriu-se a lógica

QUARTEIRA 2

Local: Complexo Desportivo Arsénio Catuna (Guia). Árbitro: João Paulo Ribeiro. Guia: Luís Costa; Chiquinho, André Gomes, Kamá, Batalha, Cabral, Abentes (Jeremy, 85'), Marquinho, Américo (Fonseca, 81'), Adriano (Pedro Rodrigues, 61') e Mário José. Treinador: Rui Clemente. Quarteira: Miguel; Cristiano, Fábio Marques, Cambuta, Daniel (Madeira, 86'), Marcel, Rony, Filipe, Moki (Ema, 57'), Marquinho (Fredy, 72') e Carvalho. Ao intervalo: 1-1. Golos: Mário José (2' e 50'), Carvalho (40', g.p.) e Marcel (69'). Disciplina: cartão amarelo a Mário José (5'), Marquinho (23'), Kamá (40'), Marcel (67') e Batalha (68').

LUSITANO VRSA 2

Tudo muito fácil

ARMACENENSE 3

Futebol de ataque

FUTEBOL

(57'), Mário Costa (70'), Mica I (81') e Vilanova (89'). Dois golos do central Miguel Teixeira permitiram ao Campinense somar os três pontos e subir ao topo da tabela classificativa, em troca, precisamente, com o Silves, num jogo bem disputado. Toni (cabeceamento ao segundo poste) ainda conseguiu a igualdade para o Silves antes do intervalo, depois de Miguel Teixeira ter inaugurado o marcador após uma “oferta” do guardião Jotinha. Porém o mesmo Miguel Teixeira voltaria a marcar já no segundo tempo, com um cabeceamento após livre de Garrana. O Silves tentou sempre contrariar o rumo dos acontecimentos, mas foi impotente perante o curioso acerto ofensivo do central do Campinense. D.A.

CASTROMARINENSE 1

Golos: Rui (13' e 22'). Disciplina: Cartão amarelo a André (26'), Bodião (32'), Luís Mendes (62'), André Correia (66') e Pedro Silva (80').

IMORTAL 1

SILVES 1

FARO E BENFICA 0 Local: Campo Horta da Areia (Faro). Árbitro: Cristiano Pires. F.Benfica: João Neves; Uva, Maia, Hugo Santos (Romeira, 85'), Ricardo, Pepe, Jaime, Cissé, Joel (João Silva, 72'), Galinha e Penas (Candeias, 78'). Treinador: Luís Pires. Ferreiras: Nélio; Wilson, Pedro Colaço, Luís Ferreira (Ricardo Mestre, int.), Jorge, Diogo Afonso, Pias, Ricardo Pereira (Flávio Manuel, 72'), Peixinho, Jair (Flávio Pereira, 78') e Bonifácio. Ao intervalo: 0-0. Golo: Pias (62'). Disciplina: cartão amarelo a Ricardo (17'), Pepe

FERREIRAS 1

(39'), João Silva (72') e Jaime (74'); Peixinho (25'), Ricardo Pereira (32'), Nélio (76') e Jorge (90'). Cartão vermelho a João Neves (89'), Candeias (90+4') e Ricardo (90+7'). Primeira parte de bom nível, com as duas equipas, em velocidade, sempre na procura do golo. O Faro e Benfica quebrou fisicamente na segunda parte e o Ferreiras aproveitou para controlar e para marcar o único golo do jogo. Nos os últimos minutos os locais passaram por alguma desorientação, viram três jogadores serem expulsos e ainda reclamaram uma alegada grande penalidade, não assinalada pelo árbitro. Rui Monteiro

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AGRADECIMENTO

Nasceu a 31-08-1945 Faleceu a 12-10-2010

Agradecimentos da esposa, filhas, genros e restante familia. A todos os familiares, amigos, colegas, Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e respectivo executivo e a todas as pessoas que quiseram prestar a sua última homenagem.

AGRADECIMENTO

Irmãos, sobrinhos e restante família agradecem a todos os que se dignaram a acompanhar o seu ente querido até à sua última morada ou que, de qualquer maneira, manifestaram o seu pesar. "Paz à sua alma"

SEMPRE GENTIL

AGÊNCIA FUNERÁRIA

Agência Funerária ONSO Gerência de MANUEL AF AFONSO

VAZ

Funerais, TTrasladações rasladações e Cremações R. Jacinto José de Andrade, n.º 73 8900-313 Vila Real de Santo António Tel/Fax 281 542 835 Telem. 966 208 591 - 913 328 445

SER VIÇO PERMANENTE SERVIÇO

Gerência de Fernando Vaz Funerais, Trasladações e Cremações Rua Poente ao Palácio da Justiça, 6 (Junto ao Tribunal) V.R.Sto. António Telefones: (serviço permanente) 281 511 438 ou 964 075 215

NOTARIADO PORTUGUÊS JOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA NOTÁRIO EM TAVIRA

PROCURAÇÃO No dia vinte e oito de Setembro de dois mil e dez, perante mim Joaquim Augusto Lucas da Silva, Notário titular do alvará do cartório situado na Rua Vinte e Cinco de Abril, número dois - C, em Tavira, compareceu como outorgante: MARIA ISABEL RODRIGUES DIAS, NIF 186.448.333, solteira, maior, natural da freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, freguesia onde reside no sítio do Pocinho. Verifiquei a identidade da outorgante pela exibição do bilhete de identidade número 201 3145 de 13.01.1984, emitido pelo C.I.C.C. de Lisboa. E por ela foi dito: Que constitui bastante procurador, ANTÓNIO MANUEL DE SOUSA MARTINS, casado, natural da referida freguesia de Vila Nova de Cacela, freguesia onde reside no sítio do Pocinho, a quem confere os poderes necessários para, pelo preço e condições que entender convenientes, vender a parcela de terreno com a área de trinta e dois metros quadrados, a desanexar do prédio rústico sito no Pocinho, freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António. Descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila Real de Santo António sob o número seiscentos e oitenta e um, de dezassete de Junho de mil e novecentos e oitenta e oitenta e oito, inscrito na matriz sob o artigo 133 da secção U-U1, para anexação, ampliação de logradouro ou arredondamento de estremas do prédio urbano contíguo, sito no referido sítio do Pocinho, descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila Real de Santo António sob o número mil quinhentos e trinta e dois, de sete de Janeiro de mil novecentos e noventa e um, podendo para tal assinar e outorgar a respectiva escritura. Mais lhe confere poderes para, relativamente ao mencionado prédio, a representar junto de quaisquer repartições públicas e/ou administrativas, nomeadamente: na Conservatória do Registo Predial, onde poderá requerer quaisquer actos de registo, provisórios ou definitivos, desanexações, rectificações e averbamentos, incluindo averbamentos à descrição e, ainda, prestar declarações complementares; no Serviço de Finanças, poderá requerer quaisquer inscrições e isenções, rectificações à matriz, apresentar declarações, requisitar certidões e cadernetas prediais, liquidar quaisquer impostos, requerer e assinar quaisquer documentos; enfim, requerer, praticar e assinar tudo o mais que venha a ser necessário aos indicados fins. Assim o disse e outorgou. Li esta procuração à outorgante e expliquei o seu conteúdo. Maria Isabel Rodrigues Dias O Notário (assinatura ilegível) Foi pago selo da verba art.º 15.4.1.2 da T.G.I.S. no montante de cinco euros. Conta n.º PAO 01888/2010 Emitida factura n.º N-001906 (Jornal do Algarve, 21/10/2010)


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GENDA

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JORNAL do ALGARVE

[ACTIVIDADES CULTURAIS] ALBUFEIRA Biblioteca Municipal Lídia Jorge Visitas à BibliotecaMunicipal Lídia Jorge e Ação de Sensibilizaçãodo Catálogo Bibliográfico QUA. 10h30 às 11h30 e das 14h30 às 15h30 Hora do Vídeo - Sex. 10h30 Sala Hora do Vídeo Hora do Conto Ter. 10h30 e 14h00 / Qui. 10h30 ALCOUTIM Centro de Dia de Martim Longo - Atividades lúdicopedagógicas, todas as quartas-feiras. FARO Biblioteca Municipal CRESCER NA BIBLIOTECA Hora do Conto na Bebeteca 10h30 e 14h30 Creches - 3ª feira MERGULHAR NAS ESTÓRIAS Hora do Conto + atividade 10h30 e 14h30 - 4ª, 5ª e 6ª feira Jardins-de-infância, Escolas 1º Ciclo e Atl’s Marcação Prévia À DESCOBERTA DA BIBLIOTECA Os livros estão arrumados nas estantes… Como? 10h00 e 14h00 Escolas 1, 2º e 3º ciclo e Secundário «TEMPO PARA BRINCAR» - ATIVIDADES NA ECOTECA 2ª e Sábados - das 14h00 às 19h00 De 3ª a 6ª feira – das 9h30 às 19h00 Estórias no Hospital Quinzenalmente sessões de leitura animada na Pediatria do Hospital de Faro. OLHÃO Biblioteca Municipal HORA DO CONTO Público: Pré-Escolar Horário: Quartas-feiras às 10h30 e sextas-feiras às 14h30. Público: 1º, 2º e 3º ciclo. Horário: quartas-feiras às 14h30 e sextas-feiras às 10h30. CICLO DE CINEMA INFANTO-JUVENIL Um filme escolhido pela biblioteca para animar as manhãs das suas férias. Todas as sextas-feiras, 10h30. LOULÉ BIBLIOTECA MUNICIPAL Hora do Vídeo Segundas - Feiras > 15h00 Tardes de Cinema na Biblioteca Ciclo de Kim Basinger - entrada livre - 16h00 Dia 22 - “Abandonadal” (M/ 12 anos) Dia 29 - “Nove semanas e meia” (M/ 18 anos) Atelier de Expressão Plástica 21, 26, e 28 Out > 10H30 e 15H00 Hora do Conto+Atividade 22, 27 e 29 Out > 10H30 e 15H00 21 - Encontro do Clube de Leitura de Loulé , 21h00 PORTIMÃO Biblioteca Municipal - Sábados Infantis: Ateliês de música, dança e contos. Quinta Pedagógica 9h30-17h30 - 3ª a 6ª feira 10h00-17h30 - Fins-de-semana TAVIRA Biblioteca Municipal Baú das Letras Um baú com histórias para partilhar… Sábados - 16h00-18h00 Vem conhecer a Biblioteca Quartas-feiras: das 10h00 -11h30 Sextas-feiras: das 14h00 às 15h30 Alunos do 4.º ao 12.º ano, Universidades VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO Até 29 - Visitas acompanhadas a Cacela Velha de segunda a sexta-feira das 9h30 às 16h30 Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela Biblioteca Municipal Vicente Campinas 14 - ConTapetes (Sessão de contos) Por Trimagisto 10h00 / 11h00 / 14h00 / 15h00 Até 28 - (terças, quartas e quintas), 10h30 Conta Lá! 1.º Ciclo – “O nascimento das estações: o mito de Deméter e Perséfone” texto de Chiara Lossani e il. de Octavia Monaco Pré-escolar – “O espantalho solitário” texto de Tim Preston e il. de Maggie Kneen Até 30 outubro Visitas guiadas à Biblioteca Municipal

ACONTECIMENTOS I LIVRO

[DESPORTO] 21 a 24 - V Campeonato do Mundo de Karaté - JSKA, Portimão Arena. 22 a 24 - 4ª Concentração Internacional de Porches, Autódromo de Portimão. 23 e 24 - Campeonato do Algarve de Vela Ligeira - Dia da Cidade, 12h00, Cais da Solaria, Lagos.

[EXPOSIÇÕES] Até 22 - Exposição de escultura Makonde "Duas décadas dedicadas à arte, 1990-2010", de Frank Arroni Ntaluma, das 10h30 às 16h30, encerra sábados, domingos e feriados, na Galeria Municipal de Albufeira. Até 23 - Exposição de fotografia "Os nós dos outros" de Mariano Piçarra, segunda a sábado, 9h0018h00, na Sala de Exposições Temporárias do Museu Municipal de Arqueologia, Silves. De 24 a 26 - Exposição "Viva a República", Alameda da República, Portimão. Até 26 - Exposição de pintura/colagens "As Fabulosas", na Sala Polivalente Biblioteca, Albufeira. Até 27 - Exposição de Artes Plásticas, na Galeria Nova do Museu, São Brás de Alportel. Até 28 - Exposição de pintura "Sons e Cores", Galeria de arte Pintor Samora Barros, Albufeira. Até 29 - Arquivo Histórico de V.R.S.António - Exposição “Memento Mar Memor” - Exposição “Indústria Conserveira em VRSA” - Exposição “Artes Litográficas” 09h30-12h30 / 14h00-16h30 (Segunda a Sexta) - Exposição de Fotografia “XII Passeio Fotográfico”, 10h00> 13h00 / 15h00> 19h00 (segunda a sexta), no Centro Cultural António Aleixo de V.R.S.António. Até 30 - Desenhos e Pinturas de Timo Dillner "Rainhas da Belleza", segunhda a sexta, na Galeria, Lagos. - Exposição "Animais do Algarve" de Sylvain Bongard (escultura), e Tara Esaguy Cohen (desenho), no Convento S. José, Lagoa. - Exposição “A descoberta de Cabo Verde – 550 Anos A história em pinturas” de Dr. Marcel Gomes Balla, 9h30-18h30 (segunda a sexta),14h00-18h30 (sábado), na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, VRSAntónio. -Exposição de fotografia “Ria Formosa – Um Palco de Biodiversidade”, 9h30-18h30 (seg. a sexta), 14h00-18h30 (Sábado), na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, de V.R.S. António. - Exposição de pintura "Trajectos" de Vila, terça a sábado, 14h00-19h00, no Teatro Municipal Portimão. - Exposição de Tapeçaria e Desenhos de Cruzeiro Seixas, no Zem Arte - Armazéns de Arte, São Brás de Alportel. Até 31 - Exposições: Manuel Teixeira Gomes - Entre dois séculos e dois regimes e portimão nos alvores do século XX, Museu de Portimão. - Exposição de Fotografia, Paulo Viegas, na Avenida da República, Edifício Varandas do Guadiana Quarteirão B, Vila Real de Santo António. - Exposição de pintura "Estados d'Alma" de Eduardo Dias, na Galeria Municipal de São Brás de Alportel. - Exposição de Tapeçaria e Desenhos de Cruzeiro Seixas, no Zem Arte - Armazéns de Arte, São Brás de Alportel. Até 2/11 - 5ª Exposição do Atelier Pique Alunos dos tempos livres, galeria da Escola de Artes de Lagoa. Até 5/11 - Presidentes de Portugal - Exposição de Fotografia, Átrio dos Paços do concelho, Lagos. Até 10/11 - "Ilha dos Mortais" e "Vestígios", Sala de Exposições Manuel Gamboa, Convento de S. José, Lagoa. Até 15/11 - Exposição de trabalhos de Dorneles e Lúcia Silva "Cortiça Concreta", no Centro Museológico do Alportel. Até 1/12 - Exposição de Escultura de Shintaro Nakaoka, Centro Cultural de São Lourenço, Almancil. Até 6/12 - Exposição de Escultura em Ferro, de Philipe Claisse, na Galeria de Arte de Vale do Lobo. Até 31/12 - Exposição "Fluorovision" - UV Arte Lounge por Analavory Project, todos os dias, 18h0024h00, na Galeria Fluorovision, de São Brás de Alportel. - Exposição de usos e costumes da Serra de Monchique, 10h00-17h00, no Parque da Mina, Monchique. - "Letras e cores, ideias e autores da República", na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, Tavira. - "Centenário da República, Livros e Memórias, na Biblioteca Municipal Alvaro de Campos, Tavira. - Exposição Golf Stream, 18h00--23h00, encerra a

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Exposição de Tapeçaria e Desenhos de Cruzeiro Seixas, no Zem Arte - Armazéns de Arte, São Brás de Alportel.

segunda, Posto 1, Vilamoura, Loulé. Até 31/1/2011 - Exposição "Amália Nossa", de segunda a sexta, na Igreja da Misericórdia, Silves. Até 10/9/2011 - "Dez Monumentais Esculturas Britânicas", Cerro da Vila, Vilamoura, Loulé. EXPOSIÇÕES PERMANENTES “Caminhos do Algarve Romano” | “O Mosaico Oceano”| “A Sala Islâmica” | “Pintura Antiga dos séculos XVI a XIX” | “O Algarve encantado na obra de Carlos Porfírio”, no Museu Municipal de Faro. - Exposição "Vinho e Arte", a partir das 9h30, no Porches (junto à nova rotunda na EN 125, Lagoa. Até 31 - "Manuel Teixeira Gomes - Entre dois séculos e dois regimes", Museu de Portimão. Até 20/11 - "Vila Real de Santo António e o Urbanismo Iluminista", Câmara Municipal de V.R.S.A. Até 27/11 - "Mendes Cabeçadas e a Primeira República no Algarve", terça a sexta das 10H00 às 20H00 e domingo das 15H00 às 20H00, Museu Municipal de Loulé. Até 31/12 - "Outras Viagens, Outros Olhares", Museu de Arqueologia de Albufeira. - "A 1ª República em Tavira: Transformações e Continuidades", no Museu Municipal e Palacio da Galeria, Tavira. Até 05/02/2011 - "Do Gharb ao Algarve: Uma sociedade Islâmica no Ocidente", Câmara Municipal de Silves. Até 18/07/2011 - "Cidades e Mundos Rurais", Museu Municipal, Tavira. Até 14/05/2012 - "Sombra e Luz - O Século XIX no Algarve", Museu do Trajo, São Brás de Alportel. Até 18/05/2012 - "Alcoutim, Terra de Fronteira", Câmara Municipal de Alcoutim.

[FEIRAS E MERCADOS] Até 24 - Feira de Santa Iria, Largo de S. Francisco, Faro. FEIRAS VELHARIAS 23 - Monte Gordo (VRSA). 24 - Lagoa, Lagos, Monchique, Quelfes (Olhão). MERCADOS 21 - Alte (Loulé) 23 - Loulé, S. Brás Alportel, Tunes. 24 - Pereiro (Alcoutim), Rogil (Aljezur), Quelfes (Olhão). 25 - Odiáxere (Lagos), Loulé, Tavira, S. Bartolomeu de Messines (Silves). 27 - Quarteira 28 - Boliqueime (Loulé)

[FESTAS E FESTIVAIS] Até 22 - FIESA 2010 - Festival Internacional de Esculturas de Areia "Mundo Vivo", 10h00-24h00, Pêra, Silves. 24 a 14/11 - VI Festival dos Descobrimentos "550 Anos - Henrique, o Navegador de Lagos"; 24 - XX Estafeta dos Descobrimentos Sagres, partida 10h00 Av. dos Descobrimentos, chegada 12h30, Lagos; 27 - visitas à Caravela Boa Esperança, Ribeira Bensafrim, Roteiro Gastronómico, Restaurantes aderentes, concurso de montras, centro histórico Lagos.

[TEATRO ] 21 a 23 - Revista "Fujem Moços que vem a Gripe!", Casino de Monte Gordo.

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[LIVRO]

História Política de Portugal 1910-1926 Douglas L. Wheeler No breve espaço de tempo entre a monarquia constitucional (1834-1910) e o regime emergente da Revolução Nacional, em 1926, Portugal teve quarenta e cinco governos sucessivos. A primeira República foi o regime parlamentar mais instável da Europa Ocidental. As hipóteses da sua sobrevivência eram poucas. O país sofreu com a desorganização económica e social sem precedentes, com a violência pública e com os constantes pronunciamentos militares-revolucionários. A desvalorização da moeda e a inflação foram, de longe, as piores dos tempos modernos. Por volta de 1926, restavam à República muito poucos apoiantes. É sobre este período turbulento que o Prof. Douglas L. Wheeler se debruça, nesta edição de História Política de Portugal — 1910-1026, que inclui um novo e extenso prefácio e uma bibliografia atualizada e que pretende, assim, juntar-se ao centenário da implantação da República. Publicações Europa-América

23 - "Um Homem Singular", 21h30, Centro Cultural de Lagos. - Teatro Infantil, pela Companhia de Teatro Braga, 16h00, Auditório Municipal de Olhão Até 24 - Vamos apanhar o teatro "D. Quixote e Sancho Pança - As aventuras da semente", em itinerância pelo concelho S. Brás de Alportel. 3, 10, 17 e 24/11 - Laboratório Teatro Cómico, 20h00, Centro Brito de Carvalho, Salir.

[WORKSHOP] Até 22 - Workshop de Expressão Dramática Aplicada Ao Baile Flamenco, Prof. Noemí Martinez Chico, 19h00> 22h00, no Centro Cultural António Aleixo, de VRSAntónio. 23, 24 - Workshop de Teatro e Fotografia de Moda, organizado pela Associação Dinamika, 10h00-13h00 e 14h30-17h30, no auditório do Centro Autárquico de Quarteira. 7 a 14/11 - Workshop de Interpretação, 10h00, 14h00, Palácio dos Espanhóis, Loulé.

A Ilha das Duas Primaveras Carlos Campaniço Uma chuva de arrepio embraqueceu a alma da Cidade. Os comerciantes recolheram as suas mercadorias para dentro dos bazares, as carroças e mantas partiram num alanco, e a multidão que vagueava nas ruas pareceu ter esburacado as calçadas centenárias, com as suas línguas conversadoras, escondendo-se debaixo do chão. Em segundos, apenas água limpa das chuvas se passeava em corridinhas junto ao embarcadoiro. Quando as águas diluviais lavavam as ruas do cais, o mundo parecia começar de novo. Por tempestade diferente, a minha alma também. Carlos Campaniço nasceu em Safara, no concelho de Moura, em Setembro de 1973. Vive há catorze anos no Algarve. Da sua aldeia natal transporta a poesia das pa-

lavras alentejanas, do Algarve o ritmo do mar e estudioso do Mediterrâneo e de seus povos, neles se inspirou para escrever A Ilha das Duas Primaveras, este seu segundo romance. Gente Singular editora

P.V.P.: 15 euros P. Assinante: 12 euros (+ portes envio)


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GENDA

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JORNAL do ALGARVE

CINEMAS I MÚSICA FARMÁCIAS I CRÍTICA

PREVISÕES

[CINEMAS]

[FARMÁCIAS]

FARO SBC CINEMAS - Fórum Algarve 21 a 27 outubro Sala 1 “The Last Exorcism” 14h45, 16h45, 18h45, 21h00 (diariamente) 23.00 (Sexta e Sábado) “Toy Story 3 V.P.” 10h05 (Sábado e Domingo) Sala 2 “REC 2” M/16 23h45 (Sexta e Sábado) “Lenda dos Guardiões” 10h00, 12h25 (Sábado e Domingo) 16h50 (diariamente) “Sempre que te Vejo" 14h35, 19h00, 21h20 (diaria.) Sala 3 “Comer, Orar, Amar” 12h20 (Sábado e Domingo) 15h20, 18h15, 21h10 (diariamente) 00h10 (Sexta e Sábado) Sala 4 “Agentes de Reserva” 12.00 (Sábado e Domingo) 14.25, 17.00, 19.25, 21.50 (diaria.) 00.20 (Sexta e Sábado) Sala 5 “Gru – O Maldisposto" 10.20, 12,50 (Sábado e Domingo) 15.00, 17.10, 19.20, 21.30 (diariamente) 23.40 (Sexta e Sábado) Sala 6 “Cães e Gatos: A Vingança de Kitty Galore” 10.10 (Sábado e Domingo) “A Cidade” 13.35, 16.15, 18.55, 21.40 (diariamente) 00.25 (Sexta e Sábado) Sala 7 “Marmaduke” 10.15 (Sábado e Domingo) “Deixa-me Entrar” 14.20, 16.55, 19.30, 22.00 (diariamente) 00.30 (Sexta e Sábado) Sala 8 “Entre Irmãos” 13.10, 17.30, 21.45 (diariamente) 00.15 (Sexta e Sábado) “Ponha aqui o seu dentinho” 15.30, 19.50 (diariamente) Sala 9 “Wall Street – O Dinheiro Nunca dorme” 18.10, 21.05 (diariamente) “Hachiko: Amigo para Sempre” 10.40 (Sábado e Domingo) 13.50, 16.00 (diariamente) “A Origem” 23.55 (Sexta e Sábado) GUIA Algarve Shopping 21 a 27 outubro Sala 1 "Deixa-me Entrar" 13h10, 15h55, 18h30, 21h30, 0:10* - Qui a Qua Sala 2 "Gru o Maldisposto " 13:00, 15:05, 17:15, 19:25, 21:35, 23:45* - Qui a Qua Sala 3 "Sempre Que te Vejo" 13h20, 15h50, 18h10, 21h00, 23:30* - Qui a Qua Sala 4 "O Último Exorcismo" 12:55, 15:00, 17:00, 19:00, 21:45, 23:40* - Qui a Qua Sala 5 "MacGruber - Licença para Estragar" 13h 40 - Qui a Qua "Universo Paralelo" 15h45, 18h15, 21h40, 00h15* - Qui a Qua Sala 6 "Comer Orar Amar" 12h45, 15h30, 18h20, 21h15, 00:00* - Qui a Qua

ALBUFEIRA - 21,22 - Santos Pinto; 23 a 27 - Piedade. ALCOUTIM - 21 a 27 - Caimoto. ALJEZUR - 21 a 27 - Furtado. ALMANCIL - 21 a 24 - Paula; 25 a 27 - Nobre Passos. ARMAÇÃO DE PÊRA - 21, 22 - Edite; 23 a 27 - Sousa Coelho. CASTRO MARIM - 21 a 27 - Moderna. FARO - 21 - Do Montepio; 22 - Higiene; 23 - Caniné; 24 - Pereira Gago; 25 - Da Penha; 26 - Baptista; 27 - Helena. LAGOA - 21, 22 - José Maceta; 23 a 27 - Sousa Pires. LAGOS - 21 - Neves; 22 - Ribeiro Lopes; 23 - A Lacobrigense; 24 - Silva; 25 - Telo; 26 - Neves; 27 - Ribeiro Lopes. LOULÉ - 21 - Chagas; 22 - Pinheiro; 23 - Pinto; 24 - Avenida; 25 - Martins; 26 - Chagas; 27 - Pinheiro. MONCHIQUE - 21 a 24 - Hygia; 25 a 27 - Moderna. ODECEIXE - 21 a 27 - Odeceixence. OLHÃO - 21 - Pacheco; 22 - Progresso; 23 - Olhanense; 24 - Nobre Sousa; 25 - Brito; 26 - Rocha; 27 - Pacheco. PORTIMÃO - 21 - Rosa Nunes; 22 Amparo; 23 - Arade; 24 - G.F. Dias; 25 - Central; 26 - Pedra Mourinha; 27 Moderna. QUARTEIRA - 21, 22 - Algarve; 23 a 27 - Maria Paula. SAGRES - 21 a 27 - Sagres. S. BARTOLOMEU MESSINES - 21 a 24 - Algarve; 25 a 27 - Sequeira Correia. SÃO BRÁS DE ALPORTEL – 21 - S. Brás; 22 - Dias Neves; 23 a 25 - S. Brás; 26 - Dias Neves; 27 - S. Brás. SILVES - 21 a 23 - João de Deus; 24 a 27 - Cruz de Portugal. TAVIRA - 21 - Do Montepio; 22 - Maria Aboim; 23, 24 - Central; 25 - Felix Franco; 26 - Sousa; 27 - Do Montepio. VILA DO BISPO - 21 a 27 - Vila do Bispo. VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO 21,22 - Carrilha; 23 a 27 - Carmo.

"Gru o Maldisposto" Sala 7 "A Cidade" 13h15, 16h00, 18h40, 21h20, 00h05* - Qui a Qua Sala 8 "Agentes de Reserva" 13:30, 16:10, 18:50, 21:25, 23:50* - Qui a Qua Sala 9 "Wall Street: O Dinheiro Não Pára" 12h50, 15h40, 18h25, 21h10 23:55* - Qui a Qua * Sessão Válida 6ª e Sáb

OLHÃO ALGARCINE 21 a 27 outubro Sala 1 "Gru - O Mal disposto" Diariamente - 13:00/15:00/17:00/ 19.00/21:00; Sex/Sáb - 23:00 Sala 2 "Sempre que te vejo" Diariamente - 13:05/15:30/18:30/ 21:30; Sex/Sáb - 23:45 Sala 3 "Karate Kid" Diariamente - 15:20/18:20 "Presente de Morte" Diariamente - 21:20; Sex/Sáb - 23:50 CINE CLUBE OLHÃO 26 - "Canino" 21h30 PORTIMÃO ALGARCINE - Portimão 21 a 27 outubro Sala 1 "Só eles!" Diariamente - 15:30/18:00/21:30 Sex/Sáb - 00:00 Sala 2 "Gru- O Mal disposto" Diariamente - 14:00/15:45/18:15/ 20:00/21:45 "Comer Orar Amar" Sex/Sáb - 23:30 CASTELLO-LOPES 21 a 27 outubro Sala 1 "Sempre Que te Vejo" 13:30, 16:10, 18:50, 21:30, 23:50* - Qui a Qua Sala 2 "A Cidade" 13:10, 15:50, 18:30, 21:20, 00:00* - Qui a Qua Sala 3 "A Troca" 13:20 16:00 18:40 21:50 00:10* - Qui a Qua Sala 4 "[REC]2" 13:40, 16:20, 19:00, 22:00, 00:20* - Qui a Qua Sala 5 " Comer Orar Amar" 12:50, 15:35, 18:20, 21:10 23:55* - Qui a Qua Sala 6 "Gru o Maldisposto" 13:00, 15:10, 17:20, 19:25, 21:40, 23:45* - Qui a Qua * Sessão Válida 6ª e Sáb

TAVIRA LUSOMUNDO - Gran Plaza Tavira 21 a 27 outubro "Comer Orar Amar" 12h50, 15h40, 18h40, 21h30, 00h20

"O Último Exorcista" 13h20, 15h50, 18h10, 21h40, 23h50 "WallStreet:ODinheiroNuncaDorme" 18h00, 21h00, 00h00 "Lenda dos Guardiões" 13h10, 15h30 "Gru o Maldisposto" 11h00(Dom), 13h30, 16h00, 18h30, 21h10, 23h40 "A Cidade" 12h40, 15h20, 18h20, 21h20, 00h10 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO GLÓRIA FUTEBOL CLUBE 21H30 22 a 24 - " O último Airbender"

[MÚSICA] 22 - Concerto com Susana Travassos, 21h30, Auditório Municipal de Albufeira. - Majestic Lies - Electric Willow, 22h00, no Café Concerto do TEMPO – Teatro Municipal de Portimão 23 - Concerto com Orquestra de Câmara Portuguesa, 21h30, "De Viena a Budapeste", no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão (Grande Auditório Nuno Mergulhão). - Concerto de Música Clássica, 20h30, Museu do Trajo, S. Brás de Alportel. - Beatleriana - Yesterday to Penny Lane, concerto de guitarra e orquestra de cordas, 21h30, Teatro das Figuras, Faro. - Encontro de Bandas, 21h30, CineTeatro São Brás de Alportel. - De Viena a Budapeste, 21h30, Grande Auditorium Teatro Municipal de Portimão. 23 e 24 - XXXIV Festival de Coros do Algarve, 11h30 dia 23, concerto de Rua; 16h30 dia 24, concerto de encerramento, Associação do Grupo Coral de Lagos. Até 23 - XII Encontro de Música Antiga de Loulé Igreja Matriz de Loulé 27 - Beatleriana - Yesterday to Penny Lane, 21h30, Centro Cultural de Lagos. 30 - Jane Monheit, 22h30, Casino Vilamoura, Loulé. Concerto "Música nas Igrejas" 16 - Pedra Irregular - o Nascimento do Barroco em Portugal, 21h30, Igreja do Carmo, Tavira. Até 30 - 18h00 Tavira 22 - Noites quentes de Outono, Café Concerto no Tempo, 22h00, no Teatro Municipal de Portimão: 22 - Electric Willow. Diariamente - Espetáculo "Divina Comédia", 22h30, encerra às segundas e terças, no Casino de Monte Gordo. - Espetáculo "Os 4 elementos do Zodíaco", 22h30, encerra às segundas e terças, na Praia da Rocha - Hotel Algarve Casino, Portimão. - Espetáculo "Michael Jackson Dance Tribute", 22h30, Casino de Vilamoura, Loulé.

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Hoje - Céu geralmente limpo. Vento fraco. Temp min. 14º máx. 22 Sexta-feira - Céu geralmente limpo. Vento fraco. Temp min. 15º máx. 22º Sábado - Céu limpo. Vento fraco. Temp min. 14º máx. 22º Domingo - Céu limpo. Vento fraco. Temp min. 14º máx. 23º

Serviço permanente (24h): Alcantarilha (Maria Sequeira), Algoz (Monteiro), Alvor (Alvor), Areias S. João (Godinho Belo), Boliqueime (Cruz Ramos), Carvoeiro (Neves Furtado), Estoi (Ossónoba), Fuzeta (Mendes Segundo), Montenegro (Assunção), Praia da Luz (Praia da Luz), Vilamoura (Silva), Luz de Tavira (Maria Isabel), Monte Gordo (Internacional), S. Marcos da Serra (São Marcos), Guia (Neves Silva), Odiáxere (Moreira Barata), Estômbar (Vieira Santos), Alte (Horta Figueiredo), Sta. Catarina da Fonte do Bispo (Bota), Conceição de Faro (Leonardo), Praia da Rocha (Palma Santos), Ferragudo (Oliveira Martins), Ferreiras (Marques Silva), Mexilhoeira Grande (Ilda), Patacão (Huguette Ribeiro), Sta. Bárbara de Nexe (Coelho), Sta. Luzia (Picoito), Sto. Estêvão (Cesário Tavares), Olhos de Água (Olhos d'Água), Pêra (Paula Santos), Moncarapacho (Soares), Benafim (Rodrigues), Pechão (Pechão), Aeroporto de Faro, Portimão (Três Bicos), Conceição de Tavira (Conceição), Vila Nova de Cacela (Cacela).

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[AVARIAS]

Prémios Nobel ou Nobel, ou lá como se diz

Fernando Proença

Fiquei contente, é verdade, fiquei muito contente com a atribuição do prémio Nobel a Mário Vargas Llosa. Lembro-me de José Saramago. Quando ouvi a notícia da atribuição do seu prémio, fiquei contente, mas na mesma linha de orientação que me enche o ego, quando um remador de Ponte de Lima ganha uma medalha de ouro num campeonato do mundo. É português e tal, fico entusiasmado mas pouco mais do que isso. Não estou aqui a pôr em causa ou justificar-me. É apenas a minha opinião pessoal, como se estivesse a falar de letras mas também da qualidade do nosso chouriço de carne. Toda a gente sabe que o Nobel da Literatura, tem muito pouco a ver com a literatura. Já o tinha antes de Llosa ter ganho o prémio; não o passava a ter, depois de ter ganho. Ou seja: Mário Vargas Llosa ganhou o prémio porque é apenas um escritor competente (disse Luísa Costa Gomes - a grandíssima; originalíssima; talentosíssima; e tudo o que saibam de bom acabado em íssima, escritora portuguesa, ao jornal “Público” - a seu respeito, no day after ao anúncio do prémio), mas acima de tudo porque também é um liberal, que ousa pensar pela sua própria cabeça, o que nos tempos que correm não é pedir pouco. O próprio Mário Soares, que veio contar um episódio com muita piada que passou com o escritor no restaurante Gambrinus e justificando a atribuição do prémio, considerou o escritor um homem de Direita. Não é por nada, mas talvez não fosse má ideia comparar a prática (a prática, que na teoria Soares dá a Llosa, dez a zero, como dizem os brasileiros) dos dois (Soares e Llosa), para depois tirar a prova dos nove sobre quem é que se situa mais à Direita…mas isto sou eu a pensar. Se ser de esquerda, hoje, quer dizer apoiar o presidente Chavez, então Soares é um profundo esquerdista e eu a partir dessa altura passo, porque não tenho cartas para ir a jogo. Moral (da minha história): Llosa é um bom escritor (porventura apenas competente), com uma obra desigual, mas que tem uma característica que – para mim - resulta simpática: com os anos não foi complicando a linguagem dos seus livros (vício, que alguns confundem com boa literatura, como por exemplo Lobo Antunes. Atenção; convocatória para duelos a dez passos, com pistola de calibre 9 mm, para o meu mail: fernan.proenca@gmail.com). Por exemplo, “Travessuras de Menina Má” será um bom divertimento de alguém que apenas (digo apenas, meio a sério, meio a brincar) tinha uma boa história para contar, nada de excepcionalmente novo. Fê-lo bem e de uma forma competente. Mas a “Festa do Chibo”, meus senhores? Não andará perto do que terá feito melhor? Já para não falar dos seus primeiros, intrincados e brilhantes livros? Nesta televisão que nos estão a dar, há melhor que recordar as passagens dos noticiários em que são atribuídos prémios Nobel a pessoas que gostamos, ou que não conhecemos e passamos a gostar? Como a do dissidente chinês, que apanhou onze anos de cadeia porque sim. Antes de mais, salvemos a liberdade. Digo eu, que sou parvo. Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo do novo Acordo Ortográfico


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UBLICIDADE

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JORNAL do ALGARVE

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PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

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Albufeira e Portimão no maior evento nacional do imobiliário Os municípios de Albufeira e Portimão vão estar representados no SIL 2010 – Salão Imobiliário de Portugal, que decorre entre os dias 21 e 24, na FIL – Feira Internacional de Lisboa (Parque das Nações). O Algarve é a região convidada desta edição, com um espaço superior a 600 metros quadrados no SILCidades – Salão de Desenvolvimento das Cidades e das Regiões, onde irá divulgar a qualidade dos investimentos no setor turístico e imobiliário realizados na região. Ao integrar o Espaço Algarve SIL, Albufeira ambiciona “dar a conhecer as suas potencialidades aos mais de 40 mil visitantes do salão, enquanto concelho por excelência para receber investimentos”. Por seu lado, o principal objetivo de Portimão é “demonstrar os resultados já obtidos ao nível da reabilitação urbana da cidade, com uma preocupação assumida em manter as suas raízes”. No espaço de Portimão será dado enfoque à reabilitação urbana do centro histórico da cidade, à Rota Acessível, com atribuição ao município da Bandeira de Ouro da Mobilidade, ao Museu de Portimão no seguimento da recuperação da antiga fábrica conserveira Feu, à requalificação do areal da Praia da Rocha e respetiva atribuição do Prémio Turismo e, por fim, ao projeto da Cidade do Cinema.

Electric Willow e Orquestra de Câmara Portuguesa atuam no TEMPO A Orquestra de Câmara Portuguesa apresenta este sábado, dia 23, às 21h30, no grande auditório do Teatro Municipal de Portimão (TEMPO), um enérgico programa de música de câmara, com referências cinematográficas. A primeira parte será preenchida com as Seis Bagatelas para Quinteto de Sopros, de Gyorgy Ligeti, considerado uma das grandes figuras da música europeia do século XX. A sua música celebrizou-se através do cinema e já que foi utilizada pelo realizador Stanley Kubrick nos filmes 2001: Odisseia no Espaço e Eyes Wide Shut e, mais recentemente, por Martin Scorcese em Shutter Island. O programa termina com uma serenata de Mozart, conhecida do grande público por integrar o filme Amadeus, de Milos Forman. Os bilhetes para este concerto custam 10 euros, com descontos de 50 por cento para portadores do passaporte sénior, cartão municipal de pessoa portadora de deficiência e menores de 30 anos. No dia anterior, sexta-feira, dia 22, às 22h00, sobem ao palco do Café Concerto do TEMPO os Electric Willow. Da Figueira da Foz chega-nos mais um excelente álbum de originais, onde a banda do vocalista Cláudio Mateus revela um novo estádio de maturidade na escrita de fantásticas canções bem cantadas e cheias de um know-how musical exemplar entre o folk, o rock e a pop. Este concerto tem entrada gratuita.

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PROXIMIDADE DA POPULAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS SÃO VITAIS

Luís Gomes assume liderança do PSD Algarve Aproximar o PSD Algarve da sociedade civil e a criação de um gabinete de estudos são alguns dos objetivos que Luís Gomes, afirmou querer concretizar agora que tomou posse da liderança da distrital socialdemocrata. A cerimónia de tomada de posse decorreu no Club Farense e pela primeira vez fora da sede distrital do PSD que não teria tido capacidade para acolher as cerca de 200 pessoas que estiveram presentes. Esta decisão pode ser encarada como um primeiro passo para a aproximação da população que Luís Gomes tanto anseia. Mostrando que as suas posições de início de campanha se mantêm, o líder do PSD Algarve voltou a sublinhar que é urgente saber qual o número de projetos para a região que estão parados nos corredores da administração desconcentrada na região, qual o seu impacto em termos de investimentos e de quantos postos de trabalho ainda não foram criados por via desses atrasos administrativos. Para uma nova realidade, novas soluções, novas formas de fazer política e de responsabilidade é o que Luís Gomes pretende alcançar com o trabalho que agora inicia com a sua equipa. Importa recordar que na vice-presidência do PSD Algarve estão agora David Santos e José Inácio Marques, enquanto Desi-

Luís Gomes vai pedir contas sobre projetos encalhados na burocracia administrativa

dério Silva é o presidente da Assembleia Distrital e Ofélia Ramos está responsável pelo conselho de jurisdição distrital. Os militantes, simpatizantes, autarcas algarvios social-democratas que estiveram presentes tiveram ainda oportunidade para ouvirem o secretário-geral do partido, Miguel Relvas fazer apresentar algumas considerações sobre o panorama nacional e político. Sem poupar críticas ao governo socialista a

quem diagnostica “grande insensibilidade social”, Miguel Relvas diz que este governo “já não é parte do futuro para o qual temos que olhar”. “Com ou sem orçamento, este é um governo sem futuro”, frisou. Em sintonia com o líder nacional, diz que é tempo do PSD “ter coragem de defender as suas convicções” e trilhar o seu próprio caminho com um projeto alternativo “que permita combater o desemprego”.

Teatro do Sótão apresenta “Doce Interior Amargo Parte III” Integrada no programa de Comemorações do Dia Mundial da Saúde Mental 2010, teve lugar no Auditório do IPJ em Faro, a peça “Doce Interior Amargo Parte III”, apresentada pelo Teatro do Sótão, sediado no Fórum Sócio-Ocupacional de Faro da ASMAL (Associação de Saúde Mental do Algarve). “Doce Interior Amargo Parte III” surge a partir de um processo de trabalho coletivo, com base em exercícios e jogos de improvisação. É uma proposta que questiona a voz inaudí-

vel do silêncio. O corpo assume-se como expressão de grito interior, de revolta e diálogo. O espetáculo transmite uma mensagem sobre a ética, a

saúde mental e a tolerância solidária na geografia integral do Ser Humano. Quase uma vintena de utentes/atores vestem personagens numa peça que ela

própria é uma construção em aprendizagem permanente. O Teatro do Sótão nasceu em 2006, na atividade Oficina de Teatro promovida pelo Fórum Sócio-Ocupacional de Faro da ASMAL. Este colectivo visa sobretudo a valorização dos seus intervenientes para a causa da desmistificação do estigma associado à doença mental. Pretende ainda dar o seu contributo e alerta para a importância das artes como meio operativo de inclusão social na (e da) comunidade.

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