Jornal do Algarve

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Especial

21 I setembro I 2017 www.jornaldoalgarve.pt

JA REVELA AMBIÇÕES E PRIORIDADES DOS CABEÇAS DE LISTA ÀS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos

O JA publica esta semana entrevistas exclusivas aos candidatos às câmaras municipais do Algarve nas próximas eleições autárquicas, marcadas para o próximo dia 1 de outubro. Para perceber as motivações e as ideias com que se apresentam ao eleitorado, o JA endereçou a todos os possíveis futuros presidentes de autarquia

as mesmas quatro perguntas, cujas respostas reproduzimos nestas páginas. Ao todo, são cerca de 70 os cabeças de lista à presidência nas 16 câmaras municipais da região, cada um com uma ideia e uma visão para o seu município > NUNO COUTO

ALBUFEIRA CARLOS SILVA E SOUSA - PSD ISABEL MACHADINHO - PAN

JORGE LOUREIRO - CDS-PP/MPT/PPM MANUELA JORGE - CDU

CARLOS SILVA E SOUSA – PSD

ISABEL MACHADINHO – PAN

JORGE LOUREIRO – CDS

MANUELA JORGE – CDU

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? C.S.S. – Candidato-me porque estamos a meio de um projeto de mudança para o concelho de Albufeira. Iniciámos o atual mandato com o objetivo de equilibrar as finanças e, com isso, reduzir a carga fiscal dos munícipes. Assegurámos condições de governabilidade para o município em circunstâncias particularmente adversas. E desenvolvemos um conjunto de projetos, alguns já concretizados, outros que o serão no próximo mandato. Queremos apostar num concelho mais competitivo, mas também mais solidário. A qualificação urbana será prioritária, assim como a criação de condições para que possamos ser mais eficazes junto de quem investe e de quem gera emprego. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? C.S.S. – Esta é uma campanha protagonizada por gente que tem um conhecimento profundo da realidade do concelho. Temos cerca de 150 candidatos que representam a diversidade de Albufeira e que têm intervenção ativa no concelho. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? C.S.S. – Desde logo a área social, onde iremos investir fortemente na construção de três novos centros sociais direcionados para o apoio à população sénior. Queremos também desenvolver uma nova política de habitação direcionada sobretudo para jovens famílias. Iremos ainda apostar na qualificação do espaço público, assumindo a requalificação de diversas zonas importantes do ponto de vista turístico, como a Oura ou o Montechoro. E iremos melhorar a gestão do concelho em matérias como a recolha e tratamento dos resíduos, a gestão das próprias estradas e passeios, ou os transportes. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? C.S.S. – Atravessámos um período difícil em termos financeiros, fruto da conjuntura nacional vivida no início da década, ultrapassámos essas dificuldades com o envolvimento de todos e criámos as condições para investir. Temos vindo a fazêlo na certeza de que não se pode fazer tudo ao mesmo tempo.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? I.M. – O PAN candidata-se ao concelho de Albufeira porque os habitantes necessitam de um partido político de proximidade. Esta candidatura irá direcionar para o rumo correto da gestão dos recursos ambientais, da sazonalidade e da proteção animal para todos os munícipes. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? I.M. – Mudança e inovação no concelho de Albufeira. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? I.M. – A proteção, saúde e bem-estar animal é um desafio muito importante a encarar no concelho de Albufeira, tanto através da criação de um regulamento municipal que proteja os animais, bem como através da promoção de campanhas anti-tourada; O melhoramento dos espaços urbanos, com intervenção nos espaços verdes e ciclovias, o reforço de nutricionistas nas escolas e a dinamização da economia local através da promoção de outro tipo de turismo que contrarie a sazonalidade do concelho são prioridades para nós, como partido representativo das pessoas, animais e da natureza; O PAN pretende ainda levar a cabo a construção de um novo quartel dos bombeiros para um local de melhores acessos. A nossa medida também defende que a requalificação do quartel existente passe a servir como centro de acolhimento temporário aos sem abrigo de Albufeira e de alojamento de emergência para pessoas e animais. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? I.M. – O PAN é um partido que logo à partida marca pela diferença, logo, com esta posição diferenciada, acreditamos que, para o melhor exercício da democracia local, devemos ter várias forças políticas para uma maior multiplicidade de visões beneficiando todos os habitantes do concelho.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.L. – A minha candidatura é sustentada num primado e num ideal. Num primado, porque assenta em valores superiores inerentes à causa pública. Num ideal, porque importa mudar, definir e traçar um rumo que materialize, sólida e eficazmente, um serviço público de excelência para o concelho de Albufeira. Por isso, me candidato. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.L. – A ideia pode ser definida como a ação de imaginar algo em concreto como também pode ser explicada por um projeto ou desígnio. A ideia da campanha será divulgar os factos com os quais podemos concretizar o objetivo a que nos propomos que passará, inevitavelmente, por um concelho rejuvenescido, aprazível e acolhedor. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.L. – Se entendermos linhas de prioridade como necessidades ou preferências eminentes do concelho de Albufeira, a sua identificação não se completa minimamente sem que tenha de passar necessariamente pela educação, pela limpeza, pela saúde, pelo turismo, pelo apoio social, pela manutenção dos espaços verdes, pelos transportes e pelos serviços municipais. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.L. – Sabemos o que é que alguns candidatos já fizeram. Não sabemos, porém, o que outros candidatos poderão fazer. E não sabendo, não poderei, quanto a estes, comparar ou diferenciar. A única certeza que tenho, porque é esta que me move, é o que eu vou fazer e como o vou fazer. Farei seguramente diferente. Desde logo, para cada situação, haverá sempre uma decisão ponderada, mas célere. Não deixarei de responder, não obstante o sentido dessa mesma decisão. Os munícipes querem respostas para as suas questões.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? M.J. – Candidato-me porque entendo que as mulheres têm o dever de participar, não só com o seu voto, mas também nas grandes decisões que afetam a vida a vida das populações. Candidatome para mudar porque, como dizia Camões, o mundo é composto de mudança. E não mudança para que tudo continue na mesma, mas mudar para demonstrar que, com a ajuda de todos, existem alternativas ao catecismo da direita, como se tem provado recentemente. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? M.J. – Uma pedrada no charco, para reduzir a ideia à sua expressão mais simples. Ou, se quiser, mudar para emancipar. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? M.J. – Para além do que está plasmado no programa da CDU, pretendo: Colocar o município nos carris do equilíbrio financeiro sustentado, analisando cuidadosamente todos os contratos com entidades privadas atuais e futuros, acautelando o dinheiro dos contribuintes; Reavaliar todo o PDM, identificando os pontos problemáticos, combatendo as pressões imobiliárias e desmascarando eventuais alianças e projetos danosos; Analisar e estudar os efeitos do turismo no concelho, quer nos seus aspetos tradicionais, quer nas suas novas versões de “tudo incluído” e “alojamento local”. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? M.J. – Fazer uma liderança de proximidade. É Maomé que deve ir à montanha e não o contrário. Fazer também uma liderança de solidariedade, verificando as condições de vida e de trabalho das classes mais desfavorecidas e dos nossos idosos, e esgotando todos os meios para resolver os seus problemas e anseios. Pretendo ainda fazer uma liderança inovadora e criativa junto dos nossos jovens, criando espaços e condições para que possam desenvolver as suas capacidades criativas e artísticas. E, por último, fazer uma liderança de qualidade, em que o Provedor do Município seja a sua presidenta, mantendo abertas as portas do seu gabinete ao atendimento das pessoas que necessitam de atenção e de serem ouvidas.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos ALBUFEIRA

ALCOUTIM

RICARDO CLEMENTE - PS SANDRA COSTA - BE

JORGE INÁCIO - PSD/CDS-PP/MPT/PPM MÁRIO NUNES - CDU OSVALDO GONÇALVES - PS

RICARDO CLEMENTE – PS

SANDRA COSTA – BE

MÁRIO NUNES – CDU

OSVALDO GONÇALVES – PS

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? R.C. – Candidato-me à Câmara Municipal de Albufeira porque, como filho da terra, tenho assistido nos últimos mandatos à estagnação e descaracterização do concelho. Acredito num concelho onde as pessoas vêm em primeiro lugar, e acredito numa câmara municipal e restantes órgãos autárquicos a trabalhar em articulação, orientados para servir as populações. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? R.C. – Descentralização. Ao descentralizar as competências e os respetivos meios nas juntas de freguesia, conseguimos potenciar o trabalho, alargamos a equipa de trabalho, onde os vereadores, os funcionários da autarquia e as equipas eleitas de cada uma das juntas de freguesia, em articulação, vão ser mais eficazes e vão estar mais próximos dos munícipes. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? R.C. – O trabalho que temos feito no terreno tem confirmado que as prioridades serão a limpeza e gestão dos lixos; Intervenção na mobilidade, intervindo nas estradas e caminhos do concelho, com atenção para os percursos do 'Giro'; O alargamento da rede de saneamento básico e água; As outras áreas a intervir são a modernização das escolas e o reforço de pessoal não docente, o aumento dos espaços verdes e de lazer em todas as freguesias, a valorização dos recursos humanos e projetos de desenvolvimento integrado das freguesias. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? R.C. – Estarei mais próximo das pessoas para as ouvir, e descentralizarei nas freguesias os meios de que elas tanto carecem. Relembro que, no final de 2015, havia saldo orçamental para se fazer obras estruturantes, como o quartel dos bombeiros ou um lar de terceira idade. A minha questão é porque não se fez? Para mim, a prioridade são as pessoas!

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? S.C. – Candidato-me no sentido de criar as condições políticas para que o povo participe, numa busca concreta dos caminhos de uma verdadeira democratização da nossa sociedade. Vou apresentar a minha vontade de trabalhar e mostrar à população de Albufeira que é possível ser diferente, que é possível gerir um município sem ter que responder a forças partidárias já instaladas. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? S.C. – Quero marcar a diferença, quero encontrar uma forma adequada de mobilizar a energia da comunidade, para dar as condições para que cada pessoa seja reconhecida, bem tratada e consiga a sua auto-realização. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? S.C. – Fundamentalmente a interação município-sociedade. Quero descentralizar a máquina administrativa, através de canais e mecanismos apropriados e fomentar a cooperação com todas as associações representativas de todos os segmentos existentes na comunidade (bairros, associações de moradores, IPSS, clubes desportivos e recreativos, comerciantes, empresários em nome individual). J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? S.C. – Vou-me reger pelo princípio da solidariedade intergeracional, com a meta de encontrar um bem comum que seja amplamente partilhado. E, principalmente, vou transmitir a esta sociedade uma lufada de ar fresco, baseada na minha juventude, uma maisvalia que nenhum outro candidato pode oferecer.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? M.N. – Candidato-me, como independente, pela CDU Alcoutim, porque me identifico com os valores sociais defendidos por esta força política. Move-me uma enorme vontade em ajudar o meu concelho e tenho propostas concretas e exequíveis para, em conjunto com uma equipa de gente com muito valor, ajudarmos Alcoutim a sair do marasmo económico e social em que se encontra. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? M.N. – Combater a desertificação dos campos e das povoações, através de incentivos aos jovens, com a implementação de iniciativas que promovam a sua fixação ao concelho, dandolhes apoio técnico, jurídico e outros que lhes permitam inovarem, investirem e viverem junto de suas famílias e amigos. Resumindo: quero unir as famílias, combatendo o êxodo dos jovens para o litoral e a sua emigração. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? M.N. – Promover a produção agrícola de qualidade. Promover o turismo sustentável com a recuperação e valorização do edificado “Casas de Xisto”. Promover políticas de prevenção e cuidados de saúde de proximidade. Alargar a todas as povoações o saneamento básico e o acesso a água potável de qualidade. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? M.N. – A promoção de políticas de proximidade com os jovens e restante população, incentivando-os a inovarem e investirem nos setores primário, secundário e terciário, procurando dar-lhes as necessárias ferramentas e condições para se sentirem estimulados e valorizados.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? O.G. – As razões da minha candidatura prendem-se com um enorme sentido de missão e a certeza de que lidero uma equipa que protagoniza um projeto ambicioso para o concelho de Alcoutim, com uma visão de futuro assente no objetivo de melhorar as condições de vida das pessoas e, simultaneamente, com uma confiança inabalável nas potencialidades do território, onde nasci, cresci e escolhi viver. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? O.G. – A ideia chave da minha campanha assenta na priorização das pessoas. Todo o trabalho, todo o planeamento, todos os projetos implementados e a implementar, têm sempre um fim último – o de trabalhar em prol das pessoas e do seu bem-estar. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? O.G. – Num território com as características do concelho de Alcoutim, é óbvio que uma das principais linhas de ação prioritárias é o combate ao despovoamento e à desertificação. Não vale a pena pensarmos que existe uma medida milagrosa capaz de inverter um percurso de décadas. Esta é uma luta diária, que se faz com um programa de ação fortemente estruturado e coeso, capaz de atrair investimento e fixar população. Paralelamente a uma ação social atenta e robusta, e aos serviços na área da saúde que são uma necessidade e uma prioridade, entre tantas outras áreas, como a habitação, a educação e o emprego, importa dar continuidade a uma estratégia de desenvolvimento sustentável integrada numa visão de futuro que passa, naturalmente, pela otimização das nossas potencialidades e recursos, onde o turismo e as energias renováveis terão, com toda a certeza, um papel predominante. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? O.G. – Para liderar este concelho, da forma que, em meu entender, os alcoutenejos são merecedores, é preciso, antes de mais, conhecê-lo, senti-lo, vivenciá-lo, ser parte dele. O meu quase meio século de vida foi, todo ele, passado no concelho de Alcoutim, conheço as pessoas e o território e, por isso, a minha diferença para além da experiência adquirida, radica na capacidade de propor projetos exequíveis e soluções que vão ao encontro das necessidades da população e que nascem e crescem com a maturidade de quem tem os pés assentes na terra, e de quem conhece, profundamente o território, os seus condicionalismos e as suas potencialidades.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos ALJEZUR

CASTRO MARIM

HÉLDER CABRITA - PSD/CDS-PP/MPT JOSÉ AMARELINHO - PS ROGÉRIO FURTADO - CDU

CÉLIA BRITO - PS

HELDER CABRITA – PPSD/CDS-PP/ /MPT J.A. – Candidata-se porquê e para quê? H.C. – Candidato-me por gostar muito desta terra e pelo dever cívico de contribuir ativamente para mudar e moldar o futuro deste concelho. O objetivo é ter uma equipa e um projeto que criem confiança nos cidadãos para votarem em nós e com essa vitória iniciarmos um novo ciclo da vida neste concelho. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? H.C. – Mudar o paradigma de desenvolvimento. A autarquia deve ter uma intervenção proativa na economia local e na promoção e apoio ao investimento em vários tipos de negócios, para que o concelho cresça de forma mais diversificada, mais rápida e mais igual entre as freguesias, mas com com uma forte sensibilidade social e ambiental. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? H.C. – As prioridades passam desde logo por redefinir essas mesmas prioridades. O aumento dos negócios e das oportunidades de trabalho é para nós a base do desenvolvimento do concelho, mas também nos equipamentos e ações sociais em que as lacunas são maiores do que seria expectável e, bastante importante, a conciliação entre desenvolvimento e ambiente. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? H.C. – O que posso oferecer é uma visão e um rumo para o futuro deste concelho diferentes do que temos tido até agora, com a noção das vantagens e desvantagens de mais crescimento. Não faria sentido candidatar-me para mudar apenas detalhes, nem para me comprometer apenas com as tarefas base da autarquia. A vida de um concelho é sempre um projeto inacabado, mas entendo que é possível fazer mais em menos tempo. Comprometo-me com o esforço e perseverança necessários para construir um futuro melhor para Aljezur.

JOSÉ AMARELINHO – PS

ROGÉRIO FURTADO - CDU

CÉLIA BRITO – PS

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.A. – Na perfeita consciência de que o trabalho autárquico nunca estará terminado, de que todos os dias surgirão novos desafios, de que a priorização de ações e medidas não dependerão só de nós, de que a vontade e necessidade de resolver problemas da esfera publica municipal colidem com processos e barreiras que se nos colocam e, por isso, os tempos de implementação e realização nem sempre coincidirão com a nossa vontade e vontade da população, queremos e propomonos consolidar “o trilho” do desenvolvimento sustentável do nosso concelho, que iniciámos há oito anos e tão bons frutos tem dado na afirmação de um concelho cada vez mais notável, que reforçou a sua identidade, resiliente e que se destaca em todos os domínios, motivo de orgulho para todos. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.A. – Aljezur! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.A. – Medidas, ações e respostas concretas e objetivas que deem resposta à equação permanente que nos propomos resolver e que assenta nas pessoas/comunidade, no desenvolvimento económico e no ambiente, numa disponibilidade e proximidade totais. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.A. – Não sabemos do que os outros serão capazes! Os eleitores é que saberão responder a essa questão no próximo dia 1 de outubro. Sabemos do que nos propomos e o nosso compromisso eleitoral espelha isso mesmo. Sabemos que tudo o que fazemos é com uma entrega total e amor incondicional à nossa terra e à nossa gente. Sabemos que os aljezurenses, soberanos na sua decisão, elegem-nos há oito anos com maiorias absolutas esmagadoras e é com isso que contamos mais uma vez!

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? R.F. – Candidato-me porque sinto que é altura de mudar, já que a atual maioria absoluta do PS sofreu uma enorme erosão na sua capacidade de decidir democraticamente, deixando de dar resposta às necessidades da população de Aljezur. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? R.F. – Mais opinião para melhor decisão para todos os munícipes! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? R.F. – Gerir a autarquia com trabalho, honestidade e competência numa dimensão democrática e participada. Defender e incrementar as atividades produtivas locais, fixando as populações. Atuar com intransigência na defesa dos serviços públicos, tal como o acesso à saúde, à educação, à cultura, ao desporto, à proteção social e à habitação. Garantir a qualidade do meio ambiente e salvaguarda do património natural e construído, como matriz identitária do concelho de Aljezur. Aumentar os recursos humanos e valorizar os trabalhadores das autarquias, melhorando assim o serviço público. Garantir o aumento de competências e serviços para as freguesias do concelho, como forma de manter os cidadãos próximos dos eleitos, promovendo uma política de proximidade, exigência e valorização do papel das freguesias na vida dos cidadãos proporcionando desta forma a defesa do poder local democrático. Realizar melhoramentos em toda a rede viária do concelho, incluindo caminhos rurais. Preservar e proteger o património da autarquia, não deixar ao abandono , garantindo a sua manutenção. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? R.F. – Os problemas e as soluções são iguais para qualquer força política eleita para a liderança de qualquer órgão autárquico. O que distingue a CDU é a concretização dos projetos propostos, não tendo subjacente outros interesses, visando solucionar os problemas dos trabalhadores e da população do concelho.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? C.B. – A decisão da minha candidatura é o acreditar de que posso e quero dar a Castro Marim um futuro promissor, promovendo um desenvolvimento sustentado, assumindo uma atitude que dê maior atenção às pessoas e à resolução dos seus verdadeiros problemas e necessidades, capaz de fazer de Castro Marim um concelho que dê prazer crescer e viver, contando sempre com o envolvimento de todos neste caminho. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? C.B. – Crescemos juntos é a ideia central desta campanha. Um concelho que potencializou o meu crescimento, enquanto pessoa, mãe, profissional e política... em que, chegado o momento, emerge a necessidade de, com a minha equipa, tornarmos Castro Marim com meios, estratégias e planeamento para crescer, desenvolver e afirmar-se! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? C.B. – Atendendo às características de Castro Marim, numa essência de serra e mar, as prioridades passam sem dúvida por dar resposta célere e assertiva às necessidades dos castromarinenses. A aposta no desenvolvimento económico através da criação de emprego, apoio às empresas e turismo. Intensificação do trabalho conjunto com as juntas de freguesia, associações e empresa municipal. Reforço da ação social e saúde à população. Aproveitamento dos nossos recursos endógenos. Olhar para os jovens com apoios que vão desde o incentivo à natalidade até à sua primeira habitação. A defesa e requalificação do património histórico. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? C.B. – Sempre cultivei os valores da tolerância e solidariedade social. O fazer diferente implica ser mulher, gostar de Castro Marim, viver e sentir Castro Marim, ter dedicação, ter empenho, mais competência, mais conhecimento da realidade do nosso concelho e dos castromarinenses... Para assim crescermos juntos.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos CASTRO MARIM

FARO

FRANCISCO AMARAL - PSD/CDS-PP JOSÉ ESTEVENS - INDEPENDENTE MARCO ROSA - CDU

ANTÓNIO EUSÉBIO - PS

FRANCISCO AMARAL – PSD/CDS-PP

JOSÉ ESTEVENS - INDEPENDENTE

MARCO ROSA – CDU

ANTÓNIO EUSÉBIO – PS

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? F.A. – Há quatro anos fui convidado pelo PSD local, presidido pelo Dr. José Estevens, porque, segundo ele, era a pessoa que reunia o perfil indicado. Após ter tomado posse, deparei-me com um município com 57 povoações abastecidas por fontenários de água não potável, e com estradas e ruas esburacadas. Como se já não bastasse, cheguei com plena crise. Mas fomos realizando obras – cais flutuante; a Casa do Sal; o ninho de empresas; a requalificação do mercado de Altura e Castro Marim. E, acima de tudo, mandei executar novos projetos. Por exemplo, a conduta de abastecimento de água a 28 povoações, a ciclovia que liga Castro Marim a VRSA e à Altura, a área de autocaravanismo em Altura e Castro Marim, a envolvente da Casa do Sal, como um espaço de lazer e parque de feiras, a praia fluvial de Odeleite, etc. Gostaria ainda de ver a funcionar o lar de Altura e o lar de Alzheimer, assim como as quatro unidades hoteleiras que estão em fase de licenciamento. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? F.A. – Humanizar Castro Marim. Quando aqui cheguei deparei-me com uma guerra constante entre as lideranças do PS e do PSD. Sou um homem de paz e, como tal, tudo tenho feito para que as pessoas se entendam. Penso que o ambiente que aqui se respira é mais saudável e harmonioso. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? F.A. – Abastecimento de água potável a todas as povoações; Estradas, ruas e caminhos agrícolas com dignidade; Apoio ao investimento e ao emprego, com uma divisão de urbanismo amiga das pessoas; Melhorar os serviços de limpeza de ruas e de recolha de resíduos sólidos; Requalificação de toda a frente mar. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? F.A. – Já tomei várias medidas inéditas no país que mais tarde são copiados por outros municípios. Por exemplo, fui o primeiro autarca a criar uma unidade móvel de saúde. Mais recentemente, criei a primeira unidade móvel de saúde com médico. Realizei campanhas de vacinação em massa; fiz os primeiros transportes de doentes para realizarem consultas de especialidade e exames; fomos a primeira autarquia a financiar operações às cataratas e a realizar rastreios do cancro da pele; fui o primeiro autarca a realizar um programa de combate à surdez severa, que quero replicar em Castro Marim; já estamos a realizar um programa de combate à obesidade e ao tabagismo, etc.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.E. – Foram quatro anos de interrupção de um conjunto de projetos estruturantes para o desenvolvimento do concelho, de desperdício, de desgovernação e de propaganda em torno do ego do presidente da Câmara. Não foram executadas outras obras, que se encontravam com fundos comunitários aprovados, o que resultou num desperdício de mais de 5 milhões de euros. Tirando duas velhas receitas aplicadas em Alcoutim, a luta antitabágica e a intenção da luta antiobesidade, nada de novo aconteceu. Candidato-me para reatar tudo o que foi injustificadamente interrompido, para criar emprego, para fazer Castro Marim mais solidário e aumentar a qualidade de vida dos castromarinenses. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.E. – Não consentir que os vários vendedores da banha da cobra hipnotizem as gentes da minha terra. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.E. – Retomar o processo interrompido de saneamento básico no interior, executar o Plano de Pormenor n.º 1 de Altura e avançar com mais obras urgentes, como é o caso da requalificação da Rua da Alagoa, entre muitas outras. Apoiar a economia social, nomeadamente, o projeto da Santa Casa da Misericórdia para a Estrutura Residencial para Doentes de Alzheimer, retomar o processo conducente à afirmação da autoestima dos castromarinenses. Nos últimos quatro anos não aconteceu uma obra digna deste nome no concelho de Castro Marim. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.E. – O facto de estar consciente de que nenhum outro candidato sente e interpreta Castro Marim como eu. Os 16 anos de experiência autárquica feita no concelho, com uma visão estratégica para o desenvolvimento do mesmo. A incapacidade manifesta pela pessoa que pensámos ter condição para levar por diante esse processo. A inexistência dos requisitos necessários, nomeadamente, de conhecimento, experiência e competência, por parte da candidatura do PS, para garantir a execução do mandato que Castro Marim e os castro-marinenses esperam e merecem.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? M.R. – Candidato-me porque sinto e tenho a confiança de um grande coletivo que se assume como espaço de democracia, de liberdade e de participação unitária, unidos pela responsabilidade política. Para dar resposta a um projeto que visa única e somente servir os interesses das populações do concelho de Castro Marim e o seu desenvolvimento, nas suas variadas dimensões. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? M.R. – É extremamente difícil reduzir toda a complexidade de uma campanha e de um projeto a uma só ideia, mas podemos dizer que tudo se congrega para um fim último, que faz com que tudo faça sentido – o direito à dignidade e à felicidade de todos os que vivem, trabalham e estudam no concelho de Castro Marim. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? M.R. – Consideramos prioritário criar condições de equidade no acesso à saúde, à cultura e à educação. Responder aos desafios rentabilizando os recursos naturais e desenvolvendo as potencialidades existentes na indústria e no comércio, para produzir riqueza, criar emprego e prosperidade. Lutar pela requalificação e reabertura dos serviços públicos de proximidade e ampliar as redes de saneamento básico, enquanto fator de promoção da qualidade de vida. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? M.R. – Ser a voz dos trabalhadores e do povo deste concelho junto do poder central, exigindo tudo aquilo a que estes cidadãos têm direito e que lhes está constitucionalmente consagrado. Olhar para os problemas a partir do olhar daqueles que os enfrentam para ir ao encontro das melhores soluções.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? A.E. – Candidato-me convicto de que posso afirmar Faro, reforçar a capitalidade regional e o seu papel liderante no país, construindo com todos, uma estratégia que eleve a qualidade de vida, cuide o ambiente urbano, dinamize a economia, atraia população, turismo e emprego, valorize os excecionais recursos naturais e patrimoniais, tornando o concelho mais justo e com oportunidades iguais. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? A.E. – Proximidade ao território, às associações e aos munícipes. É e foi a minha forma de estar na política. Em 12 anos de autarca, nunca virei costas, enfrentando com igual disponibilidade, os que apoiam e os que criticam. Só ouvindo todos se constroem soluções. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? A.E. – Sustentabilidade, competitividade e governança. Sustentabilidade ambiental com ação na mobilidade e eficiência energética; económica na dinamização dos agentes locais, desenvolvimento turístico e criativo e no apoio ao empreendedorismo; social nas políticas habitacionais e apoio às famílias, na educação, cultura e saúde. Competitividade num ordenamento territorial gerador de valor e captador de investimentos. Governança na promoção da participação cidadã, geradora de processos de corresponsabilização e transparência, de que fui pioneiro no país. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? A.E. – Tenho experiência autárquica, uma equipa competente, motivada para trabalhar por Faro e uma visão para 20 anos. Faro não pode continuar a navegar à vista! Há que planear. É o futuro das nossas gentes e o de Faro que está em causa e não podemos perder mais oportunidades. Faro merece mais!


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos FARO ANTÓNIO MENDONÇA - CDU HUMBERTO CORREIA - INDEPENDENTE (Campanha do Amor)

MARIA EUGÉNIA TAVEIRA - BE PAULO BAPTISTA - PAN

ANTÓNIO MENDONÇA – CDU

HUMBERTO CORREIA – Independente

MARIA EUGÉNIA TAVEIRA – BE

PAULO BAPTISTA – PAN

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? A.M. – Desde as últimas eleições autárquicas que exerço o cargo de vereador da Câmara de Faro como eleito da CDU. Por isso aceitei com honra e agrado o convite, disponibilizando-me com muita motivação para prosseguir a luta pela concretização do projeto autárquico da CDU para Faro. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? A.M. – Cidade universitária e concelho de múltiplas valências, desde o mar até ao barrocal e à serra, passando pela ria e pela campina. Faro tem futuro. E faz falta mais CDU nos órgãos autárquicos farenses, para a melhoria do presente e para a construção desse futuro que queremos que seja de progresso e desenvolvimento – nos campos económico, social, desportivo e cultural. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? A.M. – Somos pelo prosseguimento no concelho de Faro de um modelo de governação autárquica no qual a câmara municipal atribui às juntas de freguesia mais meios, competências e poder de decisão. E não desistimos de lutar pela restauração das freguesias da Sé, São Pedro, Conceição e Estoi, pondo fim às duas uniões de freguesias que nos foram impostas. O programa de reabilitação urbana para habitação social, orçamentado em 2016 e em 2017 por iniciativa da CDU, também tem de arrancar. Vamos ainda continuar a luta contra as demolições nas ilhas barreira e na península do Ancão (núcleos populacionais da Culatra, Hangares e Farol, na ilha da Culatra, e Praia de Faro, incluindo as partes poente e nascente, na península do Ancão). J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? A.M. – O projeto autárquico da CDU é um projeto de equipas, lideranças e muito trabalho coletivo, que se pauta por uma gestão e aplicação de recursos ao serviço das populações, em estreita ligação a elas e contando sempre com a sua participação na resolução dos problemas que as afetam.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? H.C. – Candidato-me porque me sinto capaz de alterar a forma como o concelho de Faro é gerido e para melhorar a vida das pessoas que trabalham e têm filhos para educar. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? H.C. – O Amor a Faro. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? H.C. – Aceitar a diferença; Apoiar a natalidade; Construir e recuperar casas sociais; Criar infantários sociais; Combater a fome e o desespero; Criar um lar social para idosos; Incentivar a criatividade dos jovens; Embelezar e associar a natureza à cidade; Criar um centro de arte, cultura e criatividade. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? H.C. – Posso, na qualidade de candidato independente, ser transparente nas contas públicas, estabelecer a proximidade com as pessoas, dar o exemplo com o meu trabalho e vencer as dificuldades com amor e boa disposição.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? M.E.T. – Na política nacional ficou provada a importância do Bloco ao abrir uma janela de esperança às portuguesas e portugueses tão severamente atingidas/os pelas políticas da direita. Também agora é preciso dar mais força ao Bloco de Esquerda para se mudar de política, de modo a transformar Faro num município onde dê gosto viver, onde a preocupação com o bem-estar da população se sobreponha aos interesses dos poderosos, em particular aos dos que vivem da especulação imobiliária. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? M.E.T. – Juntar forças para responder à emergência social e transformar Faro num município em que a inclusão e o progresso sejam uma realidade. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? M.E.T. – As linhas que vêm sendo defendidas pelo Bloco: transparência nas contas; melhoria da qualidade de vida da população; e uma política que não deixe ninguém para trás, com medidas de real apoio às periferias, tanto a nível geográfico, como a nível social. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? M.E.T. – Sem a presunção de ter uma “varinha mágica” para tudo, a verdade é que a situação que se vive em Faro é resultado da alternância da direita e do PS na presidência do município. Defendo políticas para as pessoas: Criação da figura de um provedor do munícipe que, em colaboração com o CLAS, já existente, faça o levantamento e acompanhamento das situações de carência, desemprego e precariedade; Introdução da tarifa social nas faturas da água e eletricidade; Incremento da habitação social; Combate ao trabalho precário nos serviços camarários; Não concessão de mais zonas para parquímetros; Manutenção e embelezamento do espaço público; Melhoria da mobilidade no concelho, procurando desenvolver o gosto pelo uso da bicicleta; Instituição do orçamento participativo.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? P.B – Candidato-me com o PAN - PessoasAnimais-Natureza, à Câmara de Faro, pois é o partido que se define como um verdadeiro agente da evolução social na mudança de paradigma que se pretende e para que Faro seja um lugar melhor e mais justo para todos, sem exceções. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? P.B – Talvez tenha que acrescentar mais do que uma ideia: sustentabilidade e prosperidade, justiça, inclusão, igualdade e equidade. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? P.B – A elaboração do Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas permitirá intervir localmente sobre um problema que é global. É essencial promover o melhoramento dos transportes públicos e a mobilidade suave, criando condições de acessibilidade ótimas para andar a pé, de bicicleta e para quem tem maior dificuldade em se deslocar. Está nos nossos planos o incremento e reabilitação dos espaços verdes da cidade, criação de corredores ecológicos e a promoção de mercados e hortas urbanas biológicas. Na saúde, propomos um gabinete da saúde, onde os utentes são aconselhados a reportar sugestões e necessidades, que em reuniões periódicas serão levadas às entidades superiores. Pretendemos ainda incentivar a produção artística local, promovendo a interação entre a cultura, a educação e a comunidade. Em Faro, também faz falta um Centro de Recolha Oficial Animal. A sua construção deve ser imediata. Propomos também a criação da figura de “provedor do animal”, que irá garantir a defesa e proteção dos animais. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? P.B – Em 2013, Faro teve 56% de abstenção. É um alarmante sinal de que algo está muito errado. Gostava de mudar a forma como se faz política. Tornar as pessoas mais próximas dos seus representantes, criar condições para uma democracia mais participativa. Onde cada um se sinta parte integrante dos processos de tomada de decisão da comunidade, a começar pela sua rua, freguesia e município. Esta é uma candidatura para as pessoas, é o voto da diferença e da evolução que o PAN quer trazer para Faro.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos FARO

LAGOA

ROGÉRIO BACALHAU - PSD/CDS-PP/MPT/PPM

ANTÓNIO FLAMINO - CDU FRANCISCO MARTINS - PS JORGE RAMOS - BE

ROGÉRIO BACALHAU – Coligação “Faro no Rumo Certo” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) J.A. – Candidata-se porquê e para quê? R.B. – Recandidato-me porque entendo que a nossa proposta política apresentou excelentes resultados. Faro encontrou um rumo seguro, responsável e ao mesmo tempo ambicioso. Hoje a câmara é pessoa de bem. Faz (e paga) aquilo com que se compromete e tem como foco da sua ação apenas o bem comum. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? R.B. – Sustentabilidade. O processo de desenvolvimento de Faro está a arrancar e é ambicioso. Mas temos que saber tirar o melhor partido das virtudes do concelho sem comprometer o futuro. Durante muitos anos, a gestão era feita para o imediato, sem pensar nos que cá ficam depois de nós nos termos ido embora. Crescer sustentadamente é, assim, o que devemos procurar. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? R.B. – Mantemos a nossa prioridade no espaço público, que durante mais de dez anos esteve abandonado – as ruas, as calçadas, os bairros e os espaços verdes. Definimos como prioritárias as acessibilidades amigáveis para todos, em particular para as pessoas com mobilidade reduzida. Queremos afirmar a vocação ribeirinha do concelho, atraindo investimento e colaborando com as entidades para que os bloqueios atuais possam ser ultrapassados. Não é admissível ter uma Doca de Recreio nestas condições de degradação; não é racional ter uma infraestrutura como o cais comercial parada – iremos até à última consequência para fazer vingar um projeto de reconversão do cais. Queremos atacar de frente a questão da habitação social, procurando satisfazer mais famílias. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? R.B. – Posso afirmar duas diferenças fundamentais. Nós fomos capazes de arrumar a casa que eles deixaram de pantanas. Regulamentámos toda a despesa – não sai um cêntimo por vontade ou capricho pessoal do presidente. Nós trouxemos responsabilidade à gestão do dinheiro dos farenses. E fazendo isto, conseguimos melhores resultados do que alguma vez alguém conseguiu. Na afirmação do concelho, na qualificação do espaço público, no crescimento da economia local, no aumento do emprego, na capacidade operacional da autarquia.

ANTÓNIO FLAMINO – CDU

FRANCISCO MARTINS – PS

JORGE RAMOS – BE

J.A – Candidata-se porquê e para quê? A.F. – Candidato-me à Câmara Municipal de Lagoa porque sou um defensor de causas e, para mim, as pessoas estão sempre em primeiro lugar. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? A.F. – Honestidade, trabalho e competência é o lema da CDU e sou um defensor acérrimo deste lema, como presidente ou vereador farei um trabalho baseado nestes princípios. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? A.F. – A afirmação do concelho de Lagoa como destino turístico nacional e internacional, promoção e consolidação da marca Lagoa, assim como todas as suas maravilhosas praias; Desenvolvimento económico e criação de emprego; Melhoria da eficiência energética do concelho, o uso sustentável da água e a gestão adequada de resíduos; Implementar e concluir a revisão do PDM de Lagoa, para que o concelho possa ter uma definição clara e estratégica de desenvolvimento, fixando jovens e famílias, e fixação de pequenas e médias empresas e consequente criação de postos de trabalho; Exigir do Governo uma rede de infraestruturas de saúde, recursos humanos e materiais, e que o Hospital do Barlavento Algarvio disponha de todas as especialidades, nomeadamente que recupere as valências perdidas; Exigir do Governo a rápida requalificação da EN125 e o fim das portagens na A22. Exigiremos mais e melhores meios para a GNR; Promover e reabilitar os espaços urbanos públicos, melhorar a iluminação pública, desenvolver espaços de lazer e de ocupação de tempos livres com valências na cultura e no desporto. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? A.F. – Faz toda a diferença o executivo da câmara ser CDU, comprometido com o projeto autárquico, na defesa dos interesses do concelho e do poder local democrático. A CDU empenhar-se-á numa gestão capaz de garantir a qualidade e continuidade dos serviços públicos.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? F.M. – Há quatro anos apresentei-me com um projeto para três mandatos, projeto esse que, a meu ver e daqueles que me acompanharam, iria projetar Lagoa para o futuro. Também sempre referi que a minha recandidatura só iria em frente se estivessem reunidas três condições: que a avaliação que fosse feita por mim deste mandato fosse indiscutivelmente positiva; que conseguisse reunir a equipa que no meu entender fosse a necessária e não a possível para dar continuidade a este projeto e, por último, que tivesse a estruturação do concelho assente num plano estratégico a 15 anos. Estas condições estão mais do que reunidas e daí estar de novo a candidatar-me. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? F.M. – Por Lagoa. Este é o lema da nossa campanha e assenta naquilo que é o nosso grande objetivo: valorizar, afirmar e projetar Lagoa. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? F.M. – Apresentamos recentemente quatro documentos que servem de base à planificação do concelho. O Plano Estratégico 2025, o ponto de situação da revisão do PDM, o Plano de Mobilidade e o processo de apoio à reabilitação urbana. Ou seja, estes documentos têm uma abrangência sectorial e territorial de todo o concelho, em detrimento das intervenções avulsas, como infelizmente acontece por vezes. A parte da mobilidade e da nova paisagem urbana dos aglomerados urbanos é uma das nossas principais prioridades em termos de investimento, a par da continuação do investimento nos serviços públicos essenciais, alargamento e melhoramento da nossa rede de abastecimento de água e saneamento, assim como na melhoria significativa na limpeza urbana. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? F.M. – Para responder a isso teria de saber as ideias dos outros candidatos e até à data desconheço. Só posso falar por mim e o compromisso que assumo com os lagoenses é que continuarei a ser aquilo que sempre fui.

J.A – Candidata-se porquê e para quê? J.R. – Trata-se de uma candidatura de a proximidade aos lagoenses. Queremos ser eleitos para dar voz aos cidadãos e cidadãs. Resolver os problemas deles e ouvi-los para que as soluções sejam mais adequadas a cada um deles. Os problemas que surgem no concelho não devem somente ser resolvidos sentado à secretária, mas, também, estar próximo dos lagoenses e ouvir as suas sugestões. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.R. – Neste último mandato muitas obras foram feitas, principalmente no último ano, ano de eleições. Obras com fraca planificação e pouca orientação para os jovens. Com o Bloco de Esquerda a governar a Câmara de Lagoa, o município terá uma melhor governação e pensando muito na juventude do concelho. Assim, o nosso slogan de campanha é “Contigo para o Melhor”. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.R. – Não queria comprometer-me em afirmar que as primeiras decisões fossem estas ou aquelas. Temos um programa para o concelho de Lagoa, para melhorar a qualidade de vida dos lagoenses, desde os mais novos, aos mais idosos. Queremos defender o ambiente, promover a cultura, defender a inclusão social, combater a pobreza e a precariedade laboral, exigir para que haja melhor atendimento público na saúde, melhorar a mobilidade, como também defender e proteger os animais do nosso concelho. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.R. – Estando na liderança da Câmara de Lagoa iremos trabalhar em prol da sociedade lagoense, estando sempre presente nos momentos mais difíceis de cada indivíduo. Estaremos próximos tanto dos jovens como dos idosos. Queremos que as instituições de solidariedade social sejam mais apoiadas e que no concelho haja entidades que apoiem pessoas com deficiência, o que atualmente não existe e é uma grande lacuna.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos LAGOA

LAGOS

JOSÉ INÁCIO - PSD ONDINA SANTOS - CDS-PP/MPT/PPM

ANA PAULA VIANA - CDU JOAQUINA MATOS - PS

JOSÉ INÁCIO - PSD

ONDINA SANTOS – CDS

ANA PAULA VIANA – CDU

JOAQUINA MATOS – PS

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.I. – Candidato-me para relançar Lagoa, pensando e fazendo, recuperando vários projetos e planos abandonados pelo atual executivo municipal, concretizar um conjunto de obras, planos eventos e iniciativas, orientado por uma visão estratégica de desenvolvimento poli-cêntrico do concelho, retomando as alavancas de marca de um “concelho com qualidade e harmonia”, tendo presente sempre as pessoas, o território e o ambiente, numa perspetiva dinâmica e competitiva. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.I. – Pensando nas pessoas e na nossa terra, com mais alma e razão e melhor organização. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.I. – Enfoque nas políticas sociais e desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas, sendo fundamental o apoio às crianças e o aumento da capacidade de resposta à terceira idade; Regeneração e requalificação urbanas com especial incidência em Porches, Lagoa e Ferragudo. Remodelação urgente de condutas adutoras vetustas; Modernização da iluminação pública nas áreas urbanas do concelho; Generalização da cobertura de contentores enterrados nas áreas urbanas; Limpeza urbana de forma regular e permanente; Recuperação e ampliação da rede de percursos pedestres e passadiços ao longo da costa do concelho; Remodelação e arranjo de caminhos e estradas; Aceleração do processo de revisão do PDM; Equipamentos desportivos e parque urbano verde na zona norte da cidade de Lagoa; Modernização administrativa e melhoria do atendimento. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.I. – Sabendo ser gestor com conhecimento e gosto pela organização, com rigor e equilíbrio, sentido de justiça, sabendo desenvolver relações de cooperação e reivindicação, de solidariedade, valorizando o real e prosseguindo o sonho mas tendo cuidado com ilusões vãs, evitando o desperdício e sabendo trabalhar sobre as diferenças com respeito pela pluralidade.

J.A – Candidata-se porquê e para quê? O.S. – Para fazer cumprir a minha missão, que é, numa primeira fase, colocar os lagoenses a pensar se estão felizes, se têm tudo o que merecem e o que estão dispostos a fazer para que isso aconteça. Numa segunda fase, e já sendo município, para os ajudar a entrar em ação de acordo com a sua vontade. Com coragem, determinação e espírito de entreajuda, porque nós temos todas as condições para fazer isso acontecer. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? O.S. – Vamos amar Lagoa, amando-nos a nós próprios! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? O.S. – Trazer para a escola um ensino do século XXI com o projeto “Vamos Amar a Escola”; Criação de um Gabinete de Aconselhamento Profissional (com coaching, consultoria de imagem, orientação vocacional, avaliação psicossocial, aconselhamento psicológico e intervenção familiar), para que cada lagoense faça o que ama ou ame o que faz, e que consiga ser remunerado por isso, com: “Vamos Amar o que fazemos”; A criação de um sistema de formação, gestão e certificação de cuidados humanizados para os idosos, com o projeto “Envelhecer faz bem ao coração”; Criação de espaços verdes e hortas comunitárias (projeto “Vamos amar a natureza”) e de um centro de acolhimento de animais com “Vamos Amar os Animais”. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? O.S. – Ter uma abordagem nova na mudança de consciências, porque o essencial não é termos uma economia ativa, mas sim pessoas úteis e felizes. Queremos todos ser felizes e é importante que saibamos que tudo é possível. Liderar o concelho permite colaborar de uma forma ativa e eficaz na realização dos sonhos das pessoas, tornando-os objetivos concretizáveis.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? A.P. – Como afirmo na minha carta aos munícipes do concelho de Lagos, onde nasci e resido, sou uma cidadã independente, consciente dos valores da democracia e profundamente interessada em contribuir para o desenvolvimento e progresso harmonioso e justo da minha terra. Para esta decisão, contribuiu também a experiência dos últimos quatro anos como eleita na assembleia municipal de Lagos nas listas da CDU, que me permitiu um melhor conhecimento dos problemas do concelho e mais acentuou a convicção, sentida por um largo número de munícipes, da necessidade de alterar a política de gestão do município seguida nos últimos mandatos, consequência do uso abusivo da maioria absoluta do PS. Esta experiência de participação igualmente permitiu-me apreciar a forma de trabalho, a competência e a honestidade, que caracterizam a ação da CDU nos órgãos autárquicos do poder local. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? A.P. – O lema da campanha da CDU para estas eleições é “Ouvir a População, Construir o Futuro”, que exprime claramente as bases em que deve assentar uma correta gestão autárquica, ao serviço dos munícipes, visando uma melhor qualidade de vida e coesão social. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? A.P. – Ouvir a população, respeitar os munícipes, incentivar a sua participação; Plano municipal de habitação acessível; Cidade e freguesias saudáveis, limpas e renovadas com qua lidade; Serviços de saúde com boas condições; Informação da população sobre intenções, projetos e obras da câmara e das freguesias. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? A.P. – Os meios legais, atribuições e competências são iguais para qualquer força política eleita para a liderança dum órgão do poder local. O que distingue a CDU, quando nestas condições, é não só o poder fazer, é querer e saber fazer, sempre na solução dos problemas das populações e do desenvolvimento do concelho.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.M. – Neste mandato recuperámos financeiramente a autarquia. Isto foi conseguido com muito esforço do município. Contudo, não deixámos de apoiar as áreas sociais, no propósito de alcançar a coesão social e territorial do município. Apostámos no ordenamento do território, na requalificação do património histórico-cultural e no ambiente. Mas a nossa visão e os projetos continuam, não se esgotaram. E é exatamente por isso que me candidato. Como líder de uma equipa dedicada ao serviço público, capacitada e consciente que todos os dias surgem desafios aos quais teremos de responder, quer em áreas novas, quer no fundamental e imprescindível para a nossa população. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.M. – Afirmar Lagos, sempre. Como um concelho para viver, trabalhar, visitar e investir. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.M. – Projetamos concretizar uma série de obras, nomeadamente, a requalificação e ampliação do Museu Municipal Dr. José Formosinho, a 3ª fase do Anel Verde (melhorando a acessibilidade ao centro histórico), a requalificação da Ponta da Piedade, a requalificação das estruturas e renovação do saneamento básico de arruamentos, entre outros projetos e ações que gostaríamos de ver concretizados… J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.M. – Enquanto seres humanos, todos somos dotados de semelhantes capacidades. O que nos diferencia é a nossa disponibilidade para projetos e ações nas mais variadas áreas. No meu caso em concreto, comprometo-me com uma liderança baseada na proximidade a todos os munícipes e nos valores de justiça, igualdade, transparência e rigor.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos LAGOS LUÍS BARROSO - LAGOS COM FUTURO MANUELA GOES - BE

LUÍS BARROSO – INDEPENDENTE (LAGOS COM FUTURO) J.A. – Candidata-se porquê e para quê? L.B. – Constato que Lagos precisa de um olhar novo sobre as lacunas existentes no âmbito da gestão e, consequentemente, a criação de uma orientação estratégica, com um adequado programa de ação, para que sejamos proativos em vez de apenas reagirmos aos problemas. Devemos ter uma comunicação adequada da nossa imagem de cidade, de forma a potenciar o município para patamares de excelência. Não desejamos que nos identifiquem como uma cidade de terceiro mundo, onde impera a sujidade e o lixo espalhado, com baratas e ratos a socializarem. Pretendemos, sim, ter uma imagem de cidade inovadora, moderna, com resposta adequadas aos problemas, que apoia os empresários e as famílias, e que se esforça para ser uma excelente anfitriã e que trata os seus cidadãos com transparência, igualdade e com portas abertas à população. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? L.B. – Lagos é o nosso partido. Vamos mudar Lagos! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? L.B. – A otimização da gestão da câmara é imperativo. A satisfação e a motivação dos trabalhadores da câmara é fundamental para a implementação de qualquer planeamento e visão estratégica. As áreas do ambiente, economia, emprego, habitação social, turismo, são prioritárias. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? L.B. – Não seria correto da minha parte estar a apontar incapacidades das outras candidaturas. Algumas das propostas do movimento Lagos Com Futuro são: criação do Gabinete Municipal do Investidor, que seja gerador de mais emprego estrutural; afirmar Lagos como um centro de referência cultural do Algarve; dotar as escolas do concelho de equipamentos informáticos; elaborar planos de valorização das praias, dos espaços verdes e da recolha adequada dos lixos; defender a causa animal; resolver definitivamente a requalificação da ponte D. Maria I, que continua a apresentar problemas estruturais e não permite o atraves-samento de veículos com mais de 3,5 toneladas.

MARGARIDA MAURÍCIO - PAN NUNO SERAFIM - PSD/CDS-PP/MPT/PPM

MANUELA GOES – BE

MARGARIDA MAURÍCIO – PAN

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? M.G. – Candidato-me porque acredito que temos um projeto que a ser implementado melhorará as condições de vida no concelho de Lagos. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? M.G. – Sustentabilidade. A sustentabilidade do concelho a nível económico, ambiental e social. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? M.G. – As nossas linhas de força são a habitação e mobilidade, nomeadamente o fornecimento de habitação social – questão relevante devido ao turismo crescente no centro histórico e à deslocação para o alojamento local de muitos fogos habitacionais – e a promoção da mobilidade sustentável, através da construção de ciclovias e do aumento de lugares de estacionamento para os moradores no centro histórico. Também defendemos a preservação das arribas e do sapal de Lagos, o fomento da economia local, através da promoção do emprego a longo prazo, por via do crescimento económico em áreas diversificadas, como o turismo de saúde, o ambiente, a gastronomia, as atividades e produções artesanais. E, finalmente, a saúde e bem-estar, exigindo o alargamento do espectro de serviços prestados na atual unidade hospitalar de Lagos e sinalizando sistematicamente os residentes seniores que se encontrem numa situação de abandono ou isolamento e de carência económica, de modo a formar equipas de apoio que minimizem esta problemática. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? M.G. – Posso, em primeiro lugar, ouvir as pessoas e dialogar com elas. Em segundo lugar, pôr em prática as propostas do nosso programa, tendo sempre por base a qualidade de vida dos lacobrigenses e do concelho, e como estratégia a transparência. A transparência e a lealdade são dois pontos fulcrais da minha vida e, por extensão, da nossa candidatura. É importante fazer as coisas para servir as necessidades das pessoas, de todas as pessoas do concelho, e não os interesses de determinados grupos socioeconómicos.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? M.M. – O PAN é um defensor de causas – defensor dos direitos das pessoas, dos animais e da natureza. A candidatura surgiu pela preocupação com o bem-estar animal, sobretudo cães e cavalos que têm aparecido no concelho de Lagos que apresentam sinais de maus tratos e negligência. Eu acredito que nestas causas fazemos a diferença. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? M.M. – Desenvolver em Lagos uma sociedade positiva e dinâmica de bem-estar das pessoas, dos animais, preservar a natureza, e a criação de parques verdes para convívio intergeracional, incluindo os seus animais. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? M.M. – Tornar a cidade acessível a pessoas com mobilidade reduzida, com a criação de um “Mapa de Acessibilidades na Cidade”. Assumir um papel mais dinamizador na rede de cuidados de saúde, e em particular, apoio a pessoas idosas. Promoção do voluntariado junto dos jovens. É necessário a criação da figura do Provedor do Animal. Vamos apoiar pessoas que têm muitos animais, que os querem tratar mas não dispõem de meios económicos para o fazer. Queremos promover campanhas de adoção e de esterilização e a criação de um serviço de consultas veterinárias, no canil municipal, a preços acessíveis. É urgente investir em energias renováveis em todos os edifícios públicos. Incentivar a deslocação de bicicleta na cidade através da criação de ciclovias. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? M.M. – Pretendo marcar a diferença humanizando as relações com os lacobrigenses. Para isso, conto com uma equipa dinâmica e empenhada para fazer de Lagos um concelho melhor. Pretendo uma política assente na transparência e no diálogo com os munícipes, auscultar as suas necessidades tendo por objetivo o bem comum.

NUNO SERAFIM – PSD/CDS/ /MPT/PPM J.A. – Candidata-se porquê e para quê? N.S. – Porque acredito que a participação na vida política é uma das formas mais nobres da participação cívica e por considerar que devo assumir as minhas responsabilidades enquanto cidadão para promover o progresso, o bemestar e a qualidade de vida que há muito andam afastados dos lacobrigenses e de quem nos visita. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? N.S. – Equilibrar o desenvolvimento e a qualidade de vida eliminando a despesa supérflua e a alta carga fiscal municipal sobre pessoas e empresas. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? N.S. – Acabar com a austeridade municipal sobre quem vive,quer viver, investir ou, manter uma atividade económica em Lagos. Apostar na reabilitação urbana e na habitação a custos controlados para atrair e fixar pessoas. Desenvolver estratégias de promoção turística de qualidade que combatam a sazonalidade colocando Lagos entre as primeiras escolhas como destino de férias ou lazer a nível nacional e internacional, aproveitando as vertentes da beleza paisagística/natural, do potencial da produção local, do património histórico e cultural, contrariando o abandono praticado pelos executivos socialistas. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? N.S. – Consegui unir várias sensibilidades políticas e cidadãos independentes num projeto com soluções credíveis para gerir o concelho de forma competente. Partilhamos a esperança na mudança que tire Lagos da estagnação iniciada quando se tornou impossível esconder o buraco financeiro do município. Pessoalmente e considerando o meu percurso na vida política, a experiência profissional como advogado, dirigente associativo e empresário, sei que estou melhor preparado para responder às reais necessidades e dificuldades sentidas no dia-a-dia pelas pessoas do meu concelho. Conto ainda com o apoio de um conjunto alargado de pessoas ligadas às mais diversas profissões, com as quais foi possível trabalhar na definição de soluções que ponham fim ao laxismo e incompetência que vigora sob a tutela socialista.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos LOULÉ ANTÓNIO VAIRINHOS MARTINS - CDU JOAQUIM SARMENTO GUERREIRO - BE

JOSÉ GRAÇA - PSD/CDS-PP/MPT VÍTOR ALEIXO - PS

ANTÓNIO VAIRINHOS – CDU

JOAQUIM SARMENTO – BE

JOSÉ GRAÇA - PSD/CDS-PP/MPT

VÍTOR ALEIXO – PS

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? A.V. – Candidato-me, no âmbito da CDU, para defender os interesses das populações do concelho do Loulé, que bem precisa que se quebre o bipartidarismo, entre PS e PSD, e de uma outra política que valorize os trabalhadores do município, os serviços públicos da autarquia, o aparelho produtivo e a diversificação da atividade económica. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? A.V. – Dignificar o concelho Loulé com trabalho, honestidade e competência. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? A.V. – Combate à sazonalidade do turismo no concelho; diversificar a atividade económica; diminuir as desigualdades entre a serra e o litoral; desagravar as taxas e tarifas municipais; salvaguarda e valorização da prática do desporto e cultura locais. Loulé precisa ainda de outra política de habitação e de favorecer a coesão territorial com o apoio às freguesias rurais mais desfavorecidas e esquecidas, e de restituição das que foram extintas. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? A.V. – Queremos uma política autárquica que, contrariamente à que tem sido seguida, não promova um concelho a duas velocidades. Não podemos ter em Vilamoura, por exemplo, uma situação onde tudo se resolve, e zonas da serra onde ainda falta a resposta a questões básicas da população como o saneamento. Pretendemos diversificar a atividade económica com o desenvolvimento sustentável da indústria transformadora (com destaque para a Cimpor), da indústria extrativa (minas do sal), da instalação e manutenção de PME´S – em vez de grandes multinacionais – da agricultura e das pescas. Precisamos de regras de ordenamento do território, de planeamento na recuperação e expansão urbanística, batendo-se igualmente pela melhoria de boas acessibilidades, de cobertura na rede de transportes públicos.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.S. – Candidato-me com uma equipa, integrando 90% de independentes, para enriquecer o debate eleitoral com propostas e soluções, procurando responder às necessidades sociais, melhorar a qualidade de vida e o ambiente, incentivar a participação cidadã, estancar a desertificação do interior e o desordenamento no litoral do concelho, combater a precariedade laboral, reforçar os apoios sociais aos mais desfavorecidos J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.S. – Pugnar pela total transparência na gestão municipal. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.S. – Daremos o nosso melhor: pela transparência e pela cidadania participativa; pelo desenvolvimento sustentável; por mais qualidade de vida, pela melhoria dos serviços e espaços públicos; pela reabilitação urbana, habitação social e a revitalização do interior; pela inclusão e solidariedade social; por mais mobilidade e melhor circulação urbana e regional; pela defesa do ambiente e dos direitos dos animais; pela criação cultural e a educação para a democracia; pela valorização do nosso património histórico, cultural e ambiental. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.S. – Queremos contribuir para o bom governo do poder local e iremos contemplar na nossa intervenção áreas importantes que a gestão municipal tem ignorado. Defendemos a isenção de portagens na Via do Infante. Apostamos num diálogo de proximidade e propomos a criação do provedor do munícipe.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.G. – Candidato-me porque tenho capacidade e experiência de gestão autárquica de 12 anos como vereador/vice-presidente da Câmara de Loulé e porque quero que o concelho volte a liderar, como no passado recente, a economia algarvia, após um interregno de quatro anos de má gestão socialista. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.G. – Servir o meu concelho e as suas gentes, que são o bem mais valioso desta grande terra algarvia, afirmar o concelho de Loulé a nível regional e nacional, são as principais razões desta minha candidatura. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.G. – As linhas prioritárias da minha candidatura são: reduzir os impostos às famílias e às empresas através da devolução da totalidade dos 5% do IRS e da fixação do valor mínimo de IMI e da não aplicação da derrama às empresas, de forma a melhorar a qualidade de vida e do rendimento das famílias e das empresas; retomar o investimento autárquico necessário ao desenvolvimento do concelho, após estes quatro anos de má gestão socialista em que, por incapacidade e incompetência, acumularam depósitos bancários superiores a 75 milhões de euros, em vez de aplicarem esse dinheiro no desenvolvimento do concelho. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.G. – Tenho um projeto, uma equipa e a motivação necessária e suficiente para retomar o progresso do nosso concelho. Conto com o apoio dos dirigentes, dos técnicos, dos funcionários autárquicos neste projeto conjunto que envolve também as nove freguesias do concelho. Conto ainda com o apoio do movimento associativo, cultural, desportivo, recreativo e das IPSS’s. Todos em conjunto faremos mais e melhor pelo nosso concelho.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? V.A. – Sou candidato à presidência da Câmara de Loulé por duas razões: primeiro, porque o projeto iniciado em 2013 não está finalizado, período este de emergência social e de recuperação das contas municipais; segundo, porque os investimentos, principalmente nas áreas da educação, cultura e desporto que iremos realizar para os próximos quatro anos irão colocar o concelho de Loulé na rota do crescimento sustentável amigo do ambiente e da vivência quotidiana das populações. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? V.A. – Continuar a servir as pessoas que residem e que trabalham no concelho, resolvendo os seus problemas do dia-a-dia e projetando um futuro de confiança para todas as gerações. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? V.A. – Nos próximos anos, o concelho de Loulé vai continuar a afirmar-se como um território líder a sul de Portugal, capaz de competir com os melhores, de atrair mais pessoas e atividades, numa combinação virtuosa entre tradição, memória e contemporaneidade. O interior do concelho de Loulé irá merecer a nossa maior atenção, para que as dinâmicas de desertificação e declínio económico possam ser contrariadas, de maneira a que as pessoas que lá vivem e trabalham não fiquem para trás, à margem do crescimento económico. Alinharemos as nossas políticas para o acesso à habitação. As necessidades de alojamento, seja na aquisição, reabilitação ou arrendamento, são cruciais nos dias de hoje e nas próximas décadas. Um último desafio é prosseguir e aprofundar as boas práticas da política ambiental e ecológica que já são hoje uma imagem de marca de Loulé em todo o país. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? V.A. – Esta questão deve ser respondida pelos louletanos. O que irei continuar a fazer é pautar-me pela defesa dos interesses e necessidades da população do concelho.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos MONCHIQUE

OLHÃO

ANA VEIGA - CDU JOÃO VAIRINHOS DUARTE - CIDADÃOS POR MONCHIQUE PAULO ALVES - PS RUI ANDRÉ - PSD

ANTÓNIO MIGUEL PINA - PS

ANA VEIGA – CDU

PAULO ALVES – PS

RUI ANDRÉ – PSD

ANTÓNIO MIGUEL PINA – PS

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? A.V. – Apresento-me com a força e vitalidade necessárias para assumir a voz da defesa dos direitos e reais interesses da população de Monchique, bem como de fazer um trabalho positivo, sério e alternativo. Em primeiro plano, a minha candidatura é pela minha terra, por saber que há muito mais que pode ser feito e a CDU deu provas por todo o país de ser a força que honra os seus compromissos. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? A.V. – O conceito é rejuvenescer Monchique, no aproveitamento de recursos e valorização de potencialidades para construção de um futuro melhor. Para Monchique recuperar a sua vitalidade, desenvolvimento é uma palavra indissociável de progresso. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? A.V. – Destaca-se a defesa dos interesses do povo de Monchique, melhorando condições de vida, de emprego e criando novas estratégias para a fixação de jovens no concelho; a defesa dos serviços públicos; a valorização do património. É primordial, portanto, desenvolver um projeto com o qual cada um se identifique, chamando as pessoas a votar e dar força a esta voz que é de todos. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? A.V. – Este é um projeto assente no trabalho, honestidade e competência. É composto por diferentes homens e mulheres que, unidos pela vontade de fazer mais e melhor, se entregam em torno dos problemas concretos do povo para honrar compromissos assumidos. A diferença está na proximidade que deve ser estabelecida com as pessoas, na sensibilidade de ouvir cada um e elevar as suas aspirações, o que lamentavelmente não se tem verificado.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? P.A. – Considero da maior importância ter assumido este desafio. É em benefício de Monchique, a terra onde nasci, onde sempre tenho vivido, onde constituí família e onde me tenho envolvido civicamente. Esta candidatura pretende despertar consciências, provar que é possível fazer mais e melhor. Monchique tem vivido adormecido numa realidade virtual que se torna necessário mudar. Basta que os monchiquenses olhem à sua volta e rapidamente se apercebem que em oito anos a realidade é bem diferente da anunciada no facebook e nas notícias dos jornais. O que foi feito, traduz-se numa “mão cheia de nada”. É necessário agir e não constantemente reagir. Não podemos desistir de Monchique. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? P.A. – Torna-se difícil reduzir a uma só ideia um projeto abrangente e plural, que envolve quase 70% de candidatos independentes, com 60% de homens e 40% de mulheres, com 30% de jovens. No entanto, a principal ideia é “Monchique melhor”! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? P.A. – Valorizar as pessoas e o território, vencer a inércia, recuperar a esperança. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? P.A. – Esta é uma candidatura pautada pela verdade, realista. Temos estratégia e ideias exequíveis. Temos soluções viáveis para os problemas do concelho. Somos uma equipa coesa, assente num quadro de respeito e de colaboração mútuos como há muito tempo não temos em Monchique. Nada nos move contra ninguém, nem contra Rui André nem contra os partidos ou grupos políticos existentes. O que nos move é a nossa terra, é a certeza de que é possível inverter a desertificação e o despovoamento e de que é possível devolver a esperança é conseguir um futuro melhor para os residentes, para atrair investimentos e para quem nos visita. Connosco tudo será diferente, porque o nosso propósito é convergente e abrangente e visa enfatizar e valorizar as potencialidades concelhias e ouvir e envolver as pessoas.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? R.A. – Para concretizar a 3ª parte de um compromisso sério e honesto que apresentei aos meus concidadãos em 2009. Um programa para 12 anos, três mandatos, que espero poder terminar, sabendo que ao fazê-lo teremos um concelho com bases sólidas de crescimento, mais justo, mais humano e mais dinâmico, sobretudo um concelho atrativo para residir e para visitar; um Concelho com melhor ambiente, com mais casas reabilitadas, com novos residentes, com mais empresas e assim, com mais emprego! J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? R.A. – Não é fácil, pois o trabalho que temos desenvolvido nestes últimos anos foi praticamente de acordar uma montanha adormecida pela gestão socialista de 28 anos. Hoje já ninguém é indiferente ao progresso que temos imprimido a esta terra com efeitos benéficos em termos sociais e para todas as franjas da população mas também, em termos económicos e na implementação de uma forte dinâmica turística, que se destaca, quer pelos números bastante animadores e crescentes, quer pelos produtos turísticos que temos construído com os atores locais e as dinâmicas empresariais do concelho. O que pretendemos continuar a fazer é crescer ainda mais e consolidar com a construção de algumas infraestruturas necessárias e que ainda estamos a executar. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? R.A. – Temos um vasto conjunto de obras já aprovadas e com financiamento garantido dos Fundos Comunitários, para as quais temos capacidade de endividamento e os respetivos projetos e terrenos. Estes grandes investimentos estão dependentes deste Quadro Comunitário que tem estado atrasado na sua execução. Os próximos 4 anos serão muito importantes pois teremos a capacidade de executar esses projetos com grandes benefícios para a população, nos domínios do desenvolvimento da Economia, do Emprego, da Habitação e, sempre e acima de tudo da Qualidade de Vida da nossa população. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? P.A. – Terminar um projeto que comecei, com metas e objetivos bem definidos e que estamos a executar. Depois de um trabalho difícil e de muito esforço de colocarmos Monchique no mapa da boa gestão, com uma aposta clara na criação e consolidação de políticas de desenvolvimento do território capazes de reverter o processo de perda de população e de esperança na economia local, Monchique é hoje uma referência aos mais variados níveis e o patamar de consolidação e autonomia que conquistamos não está ao alcance de quem pouco ou nada conhece do trabalho que está em desenvolvimento e que não pode, de forma alguma perder-se com experimentalismos estéreis.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? A.P. – Porque Olhão já tem um caminho! Um caminho que iniciámos há quatro anos, e que queremos fazer parte da sua conclusão. Fizemos a parte mais difícil, que foi a recuperação financeira da autarquia. Temos alguns projetos em obra, outros em conclusão/concurso, bem como uma estratégia bem delineada para projetar Olhão a nível regional e nacional. Para além do que já foi feito, construímos um trabalho de bastidores, pouco visível é certo, que permitirá criar os alicerces para o futuro promissor do nosso concelho. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? A.P. – Contas em dia, mãos à obra! Olhão já tem um caminho! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? A.P. – Cinco programas, 40 compromissos para quatro anos: “Olhão Lixo Zero” - vamos transformar Olhão na cidade mais limpa do Algarve contando com a participação de todos; “Olhão Renascer” - investir na requalificação urbana e rodoviária, reabilitar o espaço público, fomentar a mobilidade; “Olhão Amigo” - apoiar quem mais precisa, cuidar dos mais desprotegidos; “Olhão Futuro +” - crescer, desenvolver e criar emprego; “Olhão + Próximo” - aproximar os munícipes, estimular a participação de todos. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? A.P. – Cada candidato deverá apresentar um projeto credível e exequível para governar o concelho de Olhão nos próximos quatro anos, cabendo aos eleitores decidir. Adquiri, ao longo destes últimos 12 anos (quatro anos como vereador, quatro anos como vice-presidente, e outros tantos como presidente), uma experiência e conhecimento do nosso concelho que me permite, juntamente com a lista que encabeço, apresentar propostas objetivas para melhorar a vida dos munícipes, tornar o espaço público num local aprazível para todos, incluindo quem nos visita, bem como fazer crescer sustentavelmente o nosso concelho.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos OLHÃO

PORTIMÃO

IVO MADEIRA - BE LUCIANO JESUS - PSD/CDS-PP/MPT/PPM SEBASTIÃO COELHO - CDU

ISIDRO VIEIRA - CDU

IVO MADEIRA – BE J.A. – Candidata-se porquê e para quê? I.M. – As políticas levadas a cabo pelo partido que governa Olhão há cerca de quarenta anos não resolveram os problemas de Olhão e dos olhanenses. É preciso mudar. Propomos políticas de proximidade e de total transparência, de valorização de recursos locais, de defesa e requalificação do território, melhoria dos serviços de educação e cultura, respeito pelo ambiente, um turismo sustentável e diferente e sobretudo uma atenção muito espe-cial à área social. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? I.M. – É possível compatibilizar a melhoria da qualidade de vida com o ambiente, um desenvolvimento sustentável, um crescimento da atividade turística e o respeito pelas atividades tradicionais. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? I.M. – Em primeiro lugar, realizar uma verdadeira política de habitação dirigida sobretudo aos mais desfavorecidos e aos jovens. Em segundo, um ambiente mais saudável através de políticas de combate à poluição da Ria Formosa e, finalmente, uma política de turismo sustentável, amigo do ambiente e das identidades culturais locais, em vez de um turismo de caráter massificado. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? I.M. – Uma política orçamental que promova redução de receitas e de despesas. Do lado das receitas é altura de proceder a uma dedução do IMI. Olhão apresenta a quarta taxa mais elevada do Algarve. As taxas associadas à fatura da água, saneamento e resíduos sólidos, depois do brutal aumento de 2016, têm que ser reajustadas no sentido da sua redução. E reduzir despesas desnecessárias. Só em subsídios para festas, a câmara gasta, anualmente, uma verba superior a 250 mil euros.

LUCIANO JESUS – PSD/CDS-PP/ /MPT/PPM J.A. – Candidata-se porquê e para quê? L.J. – Porque sinto o dever cívico e moral de responder ao apelo dos olhanenses. Senti que querem que lute por eles, pelos seus interesses, agora como presidente da câmara! J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? L.J. – Devolver Olhão aos olhanenses! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? L.J. – Somos diferentes, e é dos contactos que estamos a desenvolver, que resultarão linhas definitivas de ação. Há questões incontornáveis: atrair investimento sustentado para criar postos de trabalho estáveis, explorando a ria e o turismo, sem beliscar o edificado e a tipicidade de Olhão; fixar jovens com mais berçários e creches; ligar os bairros sociais ao município (Projeto Porta Aberta); criar o Centro Sénior; investir na mobilidade e rede viária (não apenas no centro!), reformular projetos megalómanos como o da Marginal; garantir que os mercados manterão a sua função e localização. Tudo isto sem esquecer a descentralização efetiva de competências para as freguesias, crucial para a proximidade, o nosso estandarte. Mas, primeiro, escutamos, para depois definirmos as prioridades, atendendo às reais necessidades dos olhanenses. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? L.J. – Trabalhar para as pessoas, para o desenvolvimento de Olhão! Tenho uma equipa competente, motivada e sem vícios que, como eu, quer servir os olhanenses, ao invés de se servir de Olhão. Isso fará toda a diferença!

SEBASTIÃO COELHO – CDU

ISIDRO VIEIRA – CDU

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? S.C. – A minha candidatura resulta do convite recebido das estruturas concelhias da CDU em Olhão, que aceitei, para dar continuidade ao trabalho desenvolvido e com o envolvimento de todos os camaradas e amigos que dão corpo às listas da CDU. O nosso objetivo é aumentar o número de votos e de mandatos no concelho. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? S.C. – Olhão precisa de outra política que resolva problemas e assegure o futuro. Faremos uma campanha para Olhão e suas freguesias e seremos uma candidatura que vai assentar nos valores olhanenses, nas suas tradições, na juventude, nos seus recursos e potencias e virada para o futuro. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? S.C. – Não com promessas, mas com compromissos próprios ou em colaboração com outras entidades, iremos lutar pelos interesses da terra, definindo como prioridades o apoio à juventude e ao aparelho produtivo, a defesa do ambiente, análise à ação social, desenvolvimento de um real programa de apoio à cultura e ao património, potenciar o turismo sem destruir a tipicidade olhanense, reavaliar o tarifário, planificar o trânsito com incidência nas zonas histórica e ribeirinhas, lutando pela reposição das freguesias da Fuseta e Moncarapacho, pela defesa dos serviços públicos, pela valorização dos trabalhadores da autarquia e das empresas municipais e por órgãos autárquicos abertos e efetivamente ao serviço das populações. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? S.C. – A certeza que os olhanenses podem ter, de que aquilo que agora dizemos antes de eleitos, será aquilo que faremos se nos forem entregues os destinos da autarquia.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? I.V. – Candidato-me porque acredito no projeto da CDU para Portimão como o único realmente capaz de resolver a situação caótica do município. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? I.V. – Melhorar a gestão do município, logo, a qualidade de vida de todos os portimonenses. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? I.V. – Restabelecer o saneamento financeiro da Câmara Municipal de Portimão. Promover o desenvolvimento económico, social e cultural. Melhorar o ordenamento da cidade e a mobilidade dos seus cidadãos, visando a sustentabilidade ambiental. Lutar pela revalorização do hospital de Portimão, nomeadamente pela sua autonomia e recuperação de valências perdidas. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? I.V. – Cumprir o nosso programa. Ouvir a população e dar voz às suas necessidades.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos PORTIMÃO

JOSÉ PEDRO CAÇORINO - CDS-PP/PSD/MPT/PPM MÁRIO CINTRA - NÓS CIDADÃOS

ISILDA GOMES - PS JOÃO VASCONCELOS - BE

ISILDA GOMES – PS

JOÃO VASCONCELOS – BE

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? I.G. – Candidato-me depois de uma profunda reflexão sobre o desempenho dos últimos quatro anos. O Partido Socialista e eu própria chegámos à conclusão que, apesar de todas as dificuldades e dos enormes constrangimentos que enfrentámos, foi possível inverter o estado de declínio em que o município se encontrava. Penso que hoje é unânime que Portimão está muito melhor do que há quatro anos, mas também me candidato porque existem um conjunto de projetos futuros que só depois de termos equilibrado as contas da autarquia vai ser possível concretizar. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? I.G. – A ideia nuclear é cuidar de Portimão. Cuidar do espaço público e recuperar da falta de investimento dos últimos anos, cuidar das pessoas sendo ambiciosos na cultura e na educação, no desporto ou na ação social, cuidar da economia criando condições de atração de mais e melhor investimento e cuidar do turismo reforçando a promoção externa do destino Portimão. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? I.G. – Num município que viveu as vicissitudes que Portimão viveu, a nossa prioridade de curto prazo é recuperar o espaço público. Queremos devolver a cidade aos portimonenses, queremos que sintam orgulho ao passear nas ruas ou de ver os seus filhos a brincar nos jardins públicos. Em segundo lugar, dar resposta a uma ambição antiga dos portimonenses que é a de aumentar claramente as áreas verdes do município, quer com a criação de amplos corredores verdes, quer com a construção de novos jardins e espaços de lazer. No médio/longo prazo, a atração de investimento é o nosso objetivo. Já demos alguns passos nesse sentido, mas é uma área que deverá ser reforçada. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? I.G. – Os portimonenses conhecem-me. Eles mais do que eu saberão avaliar as diferenças. A experiência, a ambição de fazer melhor e as provas já dadas farão com certeza parte dessa avaliação.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.V. – Candidato-me porque considero que é um imperativo de consciência e um dever de cidadania lutar por uma nova agenda autárquica, alternativa aos desmandos e gestão ruinosa que têm grassado nas últimas décadas por ação da governação municipal do PS. Neste último mandato, para continuar a ter maioria absoluta, o PS acabou mesmo por fazer uma coligação com o PSD. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.V. – Eu e a equipa que me acompanha queremos colocar Portimão em boas mãos! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.V. – A nível social, torna-se imperioso reforçar os apoios sociais às famílias em dificuldades; implementar um programa de habitação social e uma bolsa municipal de habitação para arrendamento a preços controlados; criar um passe social gratuito para reformados, jovens estudantes e pessoas com deficiência; melhorar os serviços públicos do VaiVem. A nível fiscal, começar pela devolução dos valores cobrados injustamente a todos os que pagaram a Taxa Municipal de Proteção Civil; renegociar os empréstimos do Fundo de Apoio Municipal, baixando assim as elevadas taxas, impostos e tarifas municipais. No aspeto ambiental, oposição frontal à pesquisa e exploração de hidrocarbonetos; defesa da ria de Alvor e a sua classificação como área de paisagem protegida; implementação de um plano verde e construção de ciclovias, parques, jardins e espaços verdes. No âmbito do emprego e desenvolvimento, acabar com a precariedade laboral nos serviços municipais; apostar na reabilitação urbana; requalificação do porto de cruzeiros; apoiar a recuperação do pequeno comércio começando pela eliminação dos parquímetros pagos no centro da cidade. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.V. – Nós colocamos sempre as pessoas em primeiro lugar. A experiência é uma maisvalia, tenho provas dadas como vereador, como deputado e na atividade cívica, e os portimonenses conhecem-me e sabem que tenho estado e estarei sempre ao seu lado.

JOSÉ PEDRO CAÇORINO – CDS-PP/PSD/MPT/PPM J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.P.C. – Candidato-me, antes de mais, por um imperativo de consciência! Porque considero que a minha terra está numa situação muito difícil e porque vejo, em conjunto com um número cada vez maior de portimonenses, que o caminho seguido nos últimos quatro anos piorou consideravelmente a realidade do concelho. Sabemos todos que é possível fazer mais e muito melhor pela nossa terra e pelos nossos munícipes. Queremos muito mais para Portimão! J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.P.C. – Construir a mudança que Portimão necessita, com a participação ativa de todos os nossos concidadãos. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.P.C. – De uma forma resumida, as nossas principais prioridades serão: valorizar os recursos humanos do município; pagar antecipadamente os empréstimos contraídos no âmbito do FAM, através da rentabilização do património imobiliário do município e da redução da despesa primária da câmara municipal; implementar uma política ativa de captação de investimento privado, designadamente, através da criação de incentivos para a fixação de empresas e lojas âncora no cento histórico de Portimão; acompanhar, de forma permanente, as necessidades, problemas e reclamações sobre questões de manutenção de estradas, jardins e outros espaços públicos; apostar numa política de mobilidade urbana, que privilegie a ligação intermodal entre os vários meios de transporte e um verdadeiro ordenamento de trânsito na cidade. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.P.C. – Proponho-me mobilizar todos os recursos e pessoas, sem descriminar ninguém! E fazer com que o município seja um parceiro ativo dos privados na criação de riqueza, de emprego e no desenvolvimento do concelho. Tenho a experiência e as capacidades para colocar o município verdadeiramente ao serviço dos cidadãos e das empresas.

MÁRIO CINTRA – NÓS CIDADÃOS J.A. – Candidata–se porquê e para quê? M.C. – Nós Cidadãos é uma candidatura às eleições autárquicas de 2017 ao concelho de Portimão, dando voz a todos os cidadãos que já não acreditam nos partidos políticos existentes. Motivado pelo amor à nossa terra e “unidos num só coração”, como dizia o cronista Fernão Lopes, serei candidato pelo Nós Cidadãos à presidência da Câmara Municipal de Portimão e tudo farei para construir uma alternativa dinâmica para governar o concelho. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? M.C. – Nós Cidadãos assume o compromisso com os portimonenses de uma gestão que se vincule à verdade, alicerçada nos princípios da ética, da democracia e de proximidade à população, atraindo investimento privado, não descurando a área social. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? M.C. – Defendemos um Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentado para o concelho, baseado nos seus recursos humanos e materiais, um pólo tecnológico “incubadora de empresas”, visando a criação de emprego, nos setores da pesca, turismo, ambiente, saúde, educação, comércio, indústria, agricultura e infraestruturas rodoviárias e ferroviárias. A criação de riqueza, associada ao aumento do emprego e qualidade de vida para os portimonenses, é outra prioridade. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do Concelho? M.C. – Nós Cidadãos valorizará e não alienará o património do concelho, pois este é uma mais valia para os portimonenses e visitantes. Reduziremos a taxa do IMI, o custo da fatura da água e não reduziremos despesa com funcionários. Responsabiliza-mo-nos pelo pagamento antecipado do empréstimo concedido pelo Estado à câmara (FAM). A par da libertação das responsabilidades financeiras, o Nós Cidadãos iniciará um plano para o futuro do concelho, em que os portimonenses se revejam e percebam todos os passos, por mais pequenos que sejam, que podem ser dados ao longo do extenso e sinuoso percurso que será a recuperação do concelho.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos S. BRÁS DE ALPORTEL

SILVES

BRUNO COSTA - PSD/CDS-PP/MPT/PPM FRANCISCO KEIL DO AMARAL - CDU VÍTOR GUERREIRO - PS

FÁTIMA MATOS - PS

BRUNO COSTA – PSD/CDS-PP/ /MPT/PPM J.A. – Candidata-se porquê e para quê? B.C. – Sou candidato à Câmara Municipal de São Brás de Alportel porque quero levar para a autarquia as capacidades e competências que adquiri ao longo dos 15 anos que tenho no ramo empresarial e na minha formação como engenheiro civil. Tenho o objetivo de tornar a nossa vila na capital do interior algarvio, atraindo mais investimento e novos habitantes. Quero projetar esse futuro, um futuro pensado a 15/20 anos, e tenho a melhor equipa para o conseguir. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? B.C. – Queremos um concelho desenvolvido, competitivo, sustentável, solidário e amigo. Com planeamento e estratégias definidas é possível ter um concelho onde se possa viver, trabalhar e ter qualidade de vida. É pois urgente definir um plano estratégico para São Brás de Alportel. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? B.C. – O nosso projeto divide-se em três áreas: ordenamento do território e ambiente, base económica e competitividade, e dinâmicas sociais, culturais e urbanas, com o objetivo de dinamizar a economia, valorizar o património, promover a sustentabilidade, reforçar as respostas sociais e culturais, colaborar com o tecido económico e reforçar o apoio às associações. É um programa ambicioso, mas realista, ousado, mas possível de concretizar defendendo as nossas tradições e cultura. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? B.C. – Em democracia, a alternância democrática é essencial. Durante 28 anos o PS liderou o concelho. O que tinha para dar, para oferecer, já deu, já ofereceu, é preciso ideias novas, é preciso uma nova visão para o futuro do concelho. A equipa que me acompanha garante essa nova visão. São pessoas com formação, com experiência de vida que já mostraram capacidade e competência nas suas profissões. São pessoas de sucesso que escolheram abdicar de parte da sua vida para contribuir na construção de um futuro melhor, colocando sempre São Brás de Alportel primeiro.

FRANCISCO KEIL DO AMARAL – CDU

VÍTOR GUERREIRO – PS

FÁTIMA MATOS - PS

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? F.K.A. – Candidato-me para defender os interesses das populações do concelho de São Brás de Alportel, que bem precisa que se quebre o bipartidarismo entre o PS e PSD e de uma outra política, que valorize os trabalhadores do município, os serviços públicos da autarquia, o aparelho produtivo e a diversificação da atividade económica de acordo com as características e potencialidades do concelho. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? F.K.A. – Dignificar o concelho de São Brás de Alportel com trabalho honestidade e competência. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? F.K.A. – Não podemos continuar a correr atrás do que outros fazem em realidades distintas. Temos de explorar as potencialidades do concelho, o que deve passar por: Desenvolvimento equilibrado da vila (contrariando a tendência de se tornar um dormitório de Faro); Maior apoio às populações rurais cada vez mais isoladas e sem soluções; Apostar em alguns projetos turísticos de pequena escala; Desenvolvimento económico mais sustentado nas particularidades locais; Garantir o princípio de que a câmara municipal existe para servir os munícipes e não para se auto sustentar; Procurar encontrar meios e medidas para que a reabilitação urbana contrarie a degradação crescente de prédios devolutos e possa proporcionar habitação de características sociais. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? F.K.A. – Não me considero super autarca, embora os dois mandatos na assembleia municipal me tenham apetrechado de uma razoável experiência e me sinta em condições de assumir as responsabilidades governativas que o povo de São Brás de Alportel me quiser atribuir, assim como considero que nas outras forças políticas também existem autarcas capazes. A diferença está precisamente no projeto autárquico da CDU, do qual emana o posicionamento nos órgãos dos seus eleitos numa postura de servir sem se servir, para além das provas dadas em 34 câmaras municipais no plano nacional.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? V.G. – A minha motivação central é o desenvolvimento de São Brás de Alportel e o bem estar dos são-brasenses. A vontade de continuar a trabalhar pela minha terra e servir a minha gente. Ouvimos diariamente a nossa população, conhecemos os seus problemas e juntos procuramos as melhores soluções. Aceitei este desafio porque tenho a melhor equipa, unida, experiente, competente, capaz de responder aos grandes desafios que queremos alcançar nos próximos quatro anos. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? V.G. – É um desafio muito complexo, mas diria que esta é uma candidatura de causas, feita com as pessoas e para as pessoas. Um projeto autárquico que está sempre de portas abertas a todos quantos desejem contribuir para a construção do futuro da nossa terra. É esta proximidade que define a nossa forma de estar na autarquia e que define a nossa candidatura. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? V.G. – O nosso programa para os próximos quatro anos tem inúmeros projetos inovadores. Deixo apenas alguns exemplos: a construção do novo terminal rodoviário e do novo espaço multiusos; a requalificação da Av. da Liberdade e do Quarteirão 4 olhos; e a implementação do parque empresarial. A fixação de empresas para criar mais emprego e sustentabilidade também é uma prioridade. A nível turístico, será decisiva a intervenção no parque da Fonte Férrea, a criação de uma praia fluvial e o centro interpretativo da Serra do Caldeirão. Também na área social queremos inovar com novas respostas sociais, como a oficina social, os pomares comunitários ou o armazém social. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? V.G. – A nossa equipa tem provas dadas. Somos realistas, só prometemos aquilo que podemos realmente cumprir. Essa é uma das razões porque somos respeitados e porque temos a confiança da nossa população.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? F.M. – Candidato-me porque o concelho de Silves necessita urgentemente de uma mudança, de um rumo, de um futuro, de um projeto que devolva a confiança às pessoas, que reforce a credibilidade das instituições. Sob o lema “Silves Melhor”, a candidatura encabeçada por mim nasce da vontade de colocar o município de Silves na rota do desenvolvimento, devolvendo a esperança ao município através da implementação de um programa assente na coesão social, na criação de emprego, na captação de investimento, com transparência, participação e em democracia. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? F.M. – “Silves Melhor” é o nosso lema. Pretendemos uma melhor cidadania, melhor transparência, melhor gestão da coisa pública, melhor futuro para os nossos munícipes. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? F.M. – Coesão social, emprego e investimento, ambiente e modernização administrativa com mais transparência, mais competências delegadas nas juntas de freguesia, mais participação. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? F.M. – Tudo. O município está parado, não há desenvolvimento económico, não há emprego, não há incentivos à fixação de empresas, a gestão administrativa é fraca. A nossa candidatura é a única que pode fazer a ponte entre as políticas locais e as políticas nacionais de forma a cumprir um conjunto de projetos estruturantes que apresentamos no nosso programa: o rio Arade, a Fábrica do Inglês, o casino de Armação de Pêra, a reabilitação do CH de Messines, a articulação com a Agenda para o Interior (constante do Programa Nacional para a Coesão Territorial para definição de estratégias para S. Marcos da Serra) que terão consequências ao nível da vida quotidiana, ao nível da satisfação e do bem-estar, porque a intervenção é planeada e centrada nas pessoas.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos SILVES

TAVIRA

PAULA SOUSA - CDS ROGÉRIO PINTO - PSD ROSA PALMA - CDU

CARLOS NUNES - NÓS CIDADÃOS

PAULA SOUSA – CDS

ROGÉRIO PINTO – PSD

ROSA PALMA – CDU

CARLOS NUNES – NÓS CIDADÃOS

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? P.S. – Candidato-me para colocar os interesses e as necessidades dos cidadãos no topo das prioridades. Silves é o segundo maior concelho algarvio, com litoral, barrocal e serra, e nenhum deles pode ser esquecido. Considero que a nossa maior riqueza são as pessoas, por isso, candidato-me para resolver, dentro da conjuntura do país, os problemas dos silvenses e melhorar substancialmente a minha cidade. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? P.S. – Cuidar do concelho. É necessário uma mudança no posicionamento da política camarária, mudança essa que gerará o progresso do concelho. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? P.S. – Defendemos um programa assente na criação de emprego e na captação de investimento. É urgente rever a situação do Plano de Pormenor da Praia Grande: iremos fazer todos os esforços para que a natureza passe a ser a prioridade número 1. É ainda urgente solucionar o problema da ponte romana. E precisamos de empresas que abram e não fechem passados 1/2 anos. Apostamos também na construção de um terminal rodoviário em Silves. E vamos insistir no desassoreamento do rio Arade. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? P.S. – Um presidente de câmara deve entender as necessidades reais da população e deve gerir o concelho como se se tratasse de uma empresa para a qual deve trabalhar. Um ponto em que eu aposto é na colaboração com as juntas de freguesia, independentemente da sua ‘cor política’. A política não pode ser encarada como uma via para se atingir o poder e com isso alcançar benefícios particulares. A democracia tem de ser vista à letra…. O poder do povo. É o povo que nos escolhe, logo é em prol do povo que um político tem de trabalhar.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? R.P. – Candidato-me por um motivo muito simples: Silves foi afastado da rota do desenvolvimento e progresso. Se olharmos para trás a pergunta que se impõe é: estamos melhor do que há quatro anos? A resposta é só uma: não! Por isso há necessidade de conseguir projetar este concelho, as suas gentes, a sua identidade e recolocá-lo na rota de futuro. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? R.P. – Juntos conseguiremos fazer de Silves um local de futuro. Todos fazem falta! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? R.P. – Em primeiro lugar, a organização interna da câmara, pois sem a casa arrumada não conseguiremos fazer nada. Depois, saber olhar para a nossa identidade como algo de fundacional de nós próprios, mas como algo que também nos dá futuro, desde que o saibamos transmitir. E, a partir daqui, conseguir garantir condições que permitam gerar economia, optando por soluções criativas e inovadoras. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? R.P. – Sabe, 12 anos no executivo e quatro como vereador sem pelouro (não gosto de oposição, porque sempre defendi o concelho e nunca estive contra ninguém) deixamme nunca posição única para afirmar que Silves necessita de despertar, voltar à vida, alguém que saiba perspetivar e projetar este concelho que tem todas as condições para ser o melhor do Algarve. É isso que sei que posso fazer diferente.

J. A. – Candidata-se porquê e para quê? R.P. – Recandidato-me no quadro da CDU para prosseguir e consolidar a obra realizada durante o atual mandato. Dispomos de projetos em elaboração, obras e atividades por concretizar. Reunimos conhecimento aprofundado da temática autárquica, sabemos por e para onde ir, temos uma ideia, uma visão global, linhas de orientação estratégica e energia suficiente para prosseguir com o progresso e o desenvolvimento do concelho de Silves – transformando-o numa terra melhor para viver e trabalhar. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? R.P. – Fortalecer Silves da serra ao mar. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? R.P. – Melhoria das infraestruturas básicas (água e saneamento, limpeza e higiene pública, rede viária); reabilitação e requalificação urbana, requalificação de equipamentos e serviços públicos, salvaguarda e valorização do património histórico-cultural, escolas e educação, cultura e desporto, apoio às corporações de bombeiros e ao movimento associativo, reforço da intervenção social, proteção civil, apoio proativo na atração do investimento privado fazendo uso dos novos regulamentos elaborados no atual mandato autárquico e dinamização de segmentos da economia local (vinhos de Silves, citrinos). J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? R.P. – A diferença está no estilo de trabalho coletivo, nas competências, conhecimento, experiência, visão estratégica e capacidade de conceber e executar.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? C.N. – Candidato-me para dar voz a todos os tavirenses sem excluir ninguém, independentemente da sua cor partidária, religião ou classe social, porque aquilo que me move são as pessoas. Vou debater-me para que haja igualdade de oportunidades, para que os jovens não tenham de sair do concelho por falta de perspetivas profissionais, para que as classes mais desfavorecidas e fragilizadas, como os idosos, não fiquem esquecidos. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha em uma só ideia? C.N. – Mudança de paradigma de desenvolvimento com vista a uma maior igualdades de oportunidades. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? C.N. – Como principais linhas prioritárias teremos a transparência autárquica, aniquilando formas de favorecimento ou compadrio. Outra prioridade será a diversificação da estrutura económica do concelho, utilizando para isso a diplomacia económica com vista a atrair investidores em outras áreas além do turismo. Para dinamizar a economia, quero transmitir a ideia de Tavira como lugar de excelência para se trabalhar e viver em áreas relacionadas com indústrias criativas, aproveitando o excelente clima e qualidade de vida para fixar na cidade uma nova população, ligada a atividades com enfoque na criatividade, que trabalhem para o mundo através da internet. Estes novos residentes deverão impulsionar a economia local o ano todo. Outra prioridade será procurar criar condições para reativar atividades hoje praticamente abandonadas, como as pescas, inserindo Tavira na lista de cidades ligadas ao cluster do mar. Pretendemos para tal criar uma incubadora de empresas. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? C.N. – Sendo eu um homem do povo, engraxador de profissão, procurarei evitar barreiras baseadas no elitismo. Serei acessível, porque sou conhecedor das dificuldades reais da população, em especial dos mais desfavorecidos. Quero criar um “cartão do tavirense”, que dê benefícios e isenções nos serviços públicos e privados, de forma a que ser tavirense seja um orgulho.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos TAVIRA

JOSÉ MANUEL DO CARMO - BE MIGUEL CUNHA - CDU

ELSA CORDEIRO - PSD JOÃO CARVALHO - CDS/PP JORGE BOTELHO - PS

ELSA CORDEIRO – PSD

JORGE BOTELHO - PS

JOSÉ MANUEL DO CARMO – BE

MIGUEL CUNHA – CDU

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? E.C. – Conheço a realidade de Tavira e dos tavirenses. Sinto-me bem preparada para assumir os destinos deste concelho. A expe riência acumulada no desempenho de vários cargos políticos, dotaram-me de conhecimento e capacidade de liderança para ser um verdadeiro agente dinamizador do concelho e da sua economia. Esta candidatura assenta em três pilares fundamentais: a seriedade, a honestidade e o compromisso sério. Assumo apenas os compromissos que sei que tenho capacidade e condições de fazer cumprir. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? E.C. – “Tavira Para Todos” é a minha candidatura, a candidatura para todos os tavirenses sem exceção, com igualdade de oportunidades e uma significativa melhoria das suas condições de vida, num contexto de dinamismo, transparência e verdade acima de tudo. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? E.C. – Reduzir a carga fiscal municipal e reduzir a fatura da água. Apoiar as famílias que ao longo dos últimos anos têm sido penalizadas pelas elevadas taxas e tarifas cobradas pelo município. Ampliar a rede de transportes públicos adaptando-a às reais necessidades dos munícipes, abrangendo as várias freguesias. Melhorar a fluidez do tráfego através da construção de novas rotundas e artérias. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? E.C. – Sou a única candidata com experiência autárquica e parlamentar. Tenho uma visão privilegiada acerca das necessidades e anseios da população e conheço bem as respostas legislativas adequadas para os seus problemas. Colocarei o meu espírito de missão ao serviço de todos os tavirenses. Todos eles, sem exceção, são a minha prioridade, daí o slogan ser “Tavira para Todos”.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.B. – Para continuar o trabalho de desenvolvimento de Tavira e de gestão rigorosa iniciado em 2009, que teve nos primeiros quatro anos como prioridade as finanças municipais e apoio social e, no mandato que agora termina, as matérias sociais, o aumento do emprego, o crescimento da área cultural e desportiva, bem como as obras municipais, realizadas em todas as freguesias, ao longo dos últimos quatro anos na rede viária e equipamentos municipais. Continuar o trabalho em curso, com dinâmica, atraindo investidores, com novas propostas e respostas, com mais emprego, visibilidade do concelho e qualidade de vida, ao mesmo tempo que pagamos a fornecedores a tempo e horas. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.B. – Juntos construímos um futuro melhor. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.B. – As áreas sociais, nas educação e juventude, com investimentos na qualidade nos edifícios escolares, apoios em transportes, material e livros escolares, na melhoria das respostas de cuidados de saúde no concelho, no apoios aos idosos; As infraestruturas, com melhoria contínua da rede viária, dos equipamentos municipais e na criação de apoios na área da náutica de recreio e das pescas; A celeridade de decisão das propostas de investimento privado e simplificação administrativa e aumentar a qualidade de vida dos seus habitantes, que engloba entre outros pontos a oferta cultural, limpeza, segurança e mobilidade. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.B. – As pessoas conhecem-me e sabem que o meu objetivo é o desenvolvimento do concelho e a criação de oportunidades para todos. Comigo e com a experiência adquirida, nos próximos quatro anos, Tavira será ainda melhor e será o centro do sotavento do Algarve.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.M.C. – A presença de uma oposição de esquerda em Tavira, tal como no país, é fundamental, como tem vindo a ser demonstrado. O Bloco de Esquerda tem assumido uma postura crítica, exigente e com ideias novas, contribuindo para processos de convergência política ao serviço das pessoas, com as forças à esquerda e com movimentos de cidadãos, de modo coerente com os seus princípios. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.M.C. – Pluralismo e transparência na condução da política autárquica, mediante a informação pública e o debate aberto sobre todas as questões de interesse para os cidadãos. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.M.C. – Três linhas mestras: novas oportunidades para os jovens, nomeadamente nas questões do acesso à habitação e na promoção do ensino profissional, capaz de abrir novas perspetivas de ingresso no mercado de trabalho; um programa de habitação social na cidade e nas sedes de freguesia que permita resolver as necessidades atuais das famílias mais carenciadas e assegurar a fixação da população jovem; exigir do governo a abertura da urgência no centro de saúde 24 horas por dia e a necessária adequação do quadro de pessoal, para melhor servir os interesses da população residente e flutuante. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.M.C. – Dar maior projeção cultural a Tavira e ao Algarve a nível internacional, defendendo junto do governo e das instâncias comunitárias o desenvolvimento de um polo de atração cultural em torno da prospeção arqueológica da zona especial de proteção da cidade romana de Balsa, em contraste com a política de total inércia seguida pelos anteriores executivos ao longo dos últimos 40 anos.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? M.C. – Candidato-me, inserido num projeto autárquico suportado pelo PCP, os Verdes e numerosos independentes, para intervirmos na vida do município, defender os interesses dos trabalhadores e da população, encontrar as melhores soluções para Tavira. Uma candidatura dos tavirenses para os tavirenses, que responda ao presente e prepare o futuro. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? M.C. – Defesa do interesse público. No fundo é o que significa o lema da CDU – “trabalho, honestidade e competência” – referência na gestão autárquica em Portugal. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? M.C. – Combater a dependência da monocultura do turismo de “sol e praia” e da sua sazonalidade. Tavira tem perdido quota turística: no período destes dois mandatos, o número de hóspedes, de dormidas e de receitas de alojamento cresceu menos que no Algarve e no país; Diversificar este sector, nomeadamente com o turismo cultural e desportivo; Aumentar o investimento da autarquia, dinamizar economicamente o concelho, incluindo as vocações agrícola e marítima, defender o ambiente e a floresta (designadamente de incêndios), contribuir para o incremento do poder de compra (inferior à média regional), dos serviços públicos (por exemplo na educação pré-escolar), da segurança e do bem-estar dos residentes. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? M.C. – Ser independente de interesses instalados. Combinar o meu desapego pessoal ao poder com o esforço de promover o trabalho coletivo e a participação popular. Orientar a gestão por critérios de serviço público, de preocupações sociais, de recuperação económica.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos VILA DO BISPO ADELINO SOARES - PS AFONSO NASCIMENTO - PSD/CDS-PP/MPT/PPM

ADELINO SOARES – PS J.A. – Candidata-se porquê e para quê? A.S. – Antes de mais, porque é uma honra e um privilégio poder ter a oportunidade de continuar a representar este município e as suas gentes. Recandidato-me convicto do dever cumprido mas consciente de que ainda há trabalho para realizar. Nestes últimos oito anos, muitos foram os bloqueios, mas isso não nos impediu de reduzir progressivamente a dívida herdada e investir em infraestruturas necessárias ao concelho, como por exemplo, o Centro Educativo Comunitário Multisserviços de Budens. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? A.S. – A uma só ideia talvez seja complicado, mas a um raciocínio é possível: quando me candidatei pela primeira vez a presidente da câmara de Vila do Bispo, fi-lo com a intenção de fazer “mais e melhor”, com um “projeto para todos”, e hoje posso dizer, pelo que fizemos nestes últimos oito anos, que de facto fizemos e “somos a diferença” pela positiva no concelho de Vila do Bispo. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? A.S. – Em primeiro lugar pretendo continuar disponível para todos, assim como continuar a reduzir a dívida do município. Vamos, para além disso, investir em infraestruturas que são há muito um anseio da população, como por exemplo a sede e pavilhão multiusos de Sagres e o mercado municipal, também em Sagres, entre outros. Vamos igualmente dar uma especial atenção à reabilitação urbana das várias localidades e projetar a construção de fogos habitacionais no concelho. Estas são apenas algumas das ações que constam no nosso programa eleitoral e que tudo farei para tornar realidade no próximo mandato. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? A.S. – Acima de tudo, quem me conhece sabe que nunca condicionei, nem irei condicionar, o futuro do concelho de Vila do Bispo por questões eleitoralistas ou pessoais. Depois sei que posso oferecer a experiência de quem já lidera o concelho há oito anos, algo que mais nenhum outro candidato está em condições de garantir.

AFONSO NASCIMENTO – PSD/CDS-PP/MPT/PPM J.A. – Candidata-se porquê e para quê? A.N. – Candidato-me por sentir que é urgente mudar o rumo do concelho de Vila do Bispo. Nos últimos anos temos assistido a um completo desnorte na gestão do nosso concelho, dando-se prioridades a coisas inúteis e não apostando no que realmente importa. Neste sentido, pretendemos, principalmente, equilibrar as contas do município, promover a melhoria da qualidade de vida dos que residem e melhorar as condições para aqueles que nos visitam. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? A.N. – O nosso projeto tem por base o envolvimento da população de Vila do Bispo, pois é ela quem realmente importa. Por esse motivo a nossa campanha será marcada pela união, união de pessoas, de projetos e de forças para lutar por um concelho melhor! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? A.N. – Todo o concelho necessita de uma intervenção ao nível da reabilitação urbana, sendo a nossa maior ambição a empreitada da entrada de Sagres. A requalificação dos mercados municipais é outro dos objetivos. Queremos ainda potencializar o comércio local e tornar as nossas localidades mais atrativas. Na questão da nacional 125 teremos uma palavra dizer, não só sobre a situação catastrófica do traço contínuo, mas ainda mais importante a ligação a Barão de S. Miguel e a situação de perigo constante que enfrentam os habitantes da aldeia da Raposeira. Outro dos problemas graves que o concelho enfrenta é a dificuldade em fixar a população jovem: pretendemos desenvolver um plano de construção de habitação social e de loteamento de terrenos para autoconstrução em todo o concelho. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? A.N. – Penso que a diferença será marcada por uma abordagem à gestão camarária, completamente diferente da que temos assistido até ao dia de hoje. Considero-me uma pessoa de atos e não de palavras e é isso que pretendo colocar em prática. A juntar a este facto, e porque nada de consegue sozinho, o que posso prometer de diferente será trabalho.

PAULA VILALLONGA - CDU SEBASTIÃO PERNES - BE

PAULA VILALLONGA – CDU

SEBASTÃO PERNES - BE

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? P.V. – Candidato-me por representar um grupo de homens, mulheres e jovens que querem criar as condições para que se possa residir, trabalhar e ocupar os tempos livres numa comunidade saudável e próspera. Como ser humano consciente da minha cidadania, sinto-me capaz de tomar posições construtivas, sempre empenhada na defesa dos interesses da população de Vila do Bispo, com o objetivo de promover o desenvolvimento e progressos locais. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? P.V. – Desenvolvimento económico, social, formativo e educativo. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? P.V. – Apoiar a criação de auto emprego, promover loteamentos camarários, construir zonas pedonais e ciclovias, criar parques camarários para auto caravanas, criar espaços para feiras nas freguesias promovendo o contacto direto do produtor com o consumidor, obras de conservação dos mercados municipais, promover a Feira Anual de Vila do Bispo e o desenvolvimento do setor produtivo local, defender a atividade pesqueira, dos pescadores e mariscadores, interagir com o Parque Natural tendo em conta os hábitos culturais, sociais e económicos da população residente, apoiar e incentivar o desporto e a cultura, dinamizar o associativismo local e regional, apoiar e incentivar a ocupação de tempos livres para todos os grupos etários, manter a limpeza urbana sob gestão municipal, defender a água como um bem público, contra a concessão/privatização deste bem essencial à vida e defender e valorizar os trabalhadores da administração local. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? P.V. – Como mulher, trabalhar com o homem e não contra o homem.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? S.P. – Porque estamos preocupados com o futuro do nosso concelho, com a sua população a definhar, por ter sido gerido sem uma visão estratégica, sem investimentos que contribuíssem para a qualidade de vida da população, como se fosse um clube recreativo, em função mais de interesses pessoais do que coletivos. Queremos, portanto, propor aos eleitores do concelho uma alternativa séria, verdadeira, com pessoas da terra e podem contribuir para o seu futuro sustentável. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? S.P. – Impossível! Há demasiado prioridades inadiáveis para que o concelho de Vila do Bispo tenha futuro e temos muitas ideias para responder a este desafio! J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? S.P. – Travar o despovoamento com políticas concretas e eficientes de habitação social; Garantir que o investimento seja o realmente necessário, nomeadamente em equipamentos para a qualidade de vida dos munícipes e na criação de novas áreas de localização empresarial; Promover a utilização das energias renováveis, a eficiência energética, e lutar por todos os meios para cancelar a prospeção de petróleo no nosso mar (furo de Aljezur); Adotar posições proativas e exigentes com os organismos de Estado que gerem o território, para resolver os problemas da EN 125, da entrada de Sagres, do porto da Baleeira e acabar com certas regras injustas do Parque Natural que prejudiquem os munícipes sem contribuir para a conservação da natureza. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? S.P. – O nosso compromisso com os eleitores assenta na defesa inabalável do interesse público e do bem comum. Queremos garantir uma total transparência e equidade em todos os atos de gestão autárquica e acabar com o clientelismo e a discriminação.


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Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

CELESTE SANTOS - BE CONCEIÇÃO CABRITA - PSD

ÁLVARO LEAL - CD ANTÓNIO MURTA - PS

ÁLVARO LEAL – CDU

ANTÓNIO MURTA – PS

CELESTE SANTOS – BE

CONCEIÇÃO CABRITA – PSD

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? Á.L. – O lema da minha candidatura diz qual é o meu propósito e o da CDU: “Ganhar para Resolver”. Resolver os múltiplos problemas herdados dos últimos 20 anos da gestão PSD e PS, onde sobressai a gigantesca dívida do município. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? Á.L. – Uma administração nova para uma vida melhor, mais democracia e participação popular, melhor economia, mais investimento e emprego. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? Á.L. – O saneamento financeiro da autarquia, investir na relação com o Guadiana e a frente ribeirinha, onde é possível conciliar diversas valências, tais como uma nova zona de indústria alimentar (modernizadas) ligada às pescas, uma doca de pesca, um porto comercial e de navios de cruzeiro, estaleiros, estabelecimentos turísticos na marginal e ampliação do porto de recreio. Reforçar em Monte Gordo a oferta hoteleira que contrarie a sazonalidade. Vila Nova de Cacela, em especial na parte serrana é um imenso anfiteatro paisagístico subaproveitado, quer para a agricultura quer para o turismo. No plano cultural e social, a CDU sempre garantiu investimento em habitação, ensino, saúde, segurança social, apoio às coletividades, à terceira idade ou infância. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? Á.L. – Distancia-nos a forma de encarar a gestão do município. O PSD tem olhado para o território do município como se ele fosse uma imensa área de negócios. Foi assim com a água e saneamento, resíduos sólidos, o estacionamento pago, o complexo desportivo e restante património municipal. O PS tem uma forma ambígua de encarar estes problemas e a experiência revela é que governou sempre em torno de um bloco central de interesses. A política de gestão da CDU baseia-se no trabalho dos eleitos e na valorização dos trabalhadores do município, em diálogo transparente e aberto com a população e economia local.

J.A. - Candidata-se porquê e para quê? A.M. - Combate ao desemprego precário e desenvolvimento económico com futuro para as futuras gerações para que não sejam obrigados a abandonar a nossa terra. A terra que escolheram para viver e criar os seus filhos e netos. J.A. - Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? A.M. - Inverter definitivamente este ciclo infernal de decadência e estagnação e defender as liberdades de expressão e de opinião sem perseguições. J.A. - Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? A.M. - As questões sociais, duplicar e mesmo triplicar os apoios sociais nos casos de famílias mais débeis económicamente. Equilibrar as finanças do município, tão endividado e relançar o mundo empresarial através de micro e médias empresas patrocinadas pelo município mas com o seu percurso em 2ª fase, no mundo empresarial privado. Em resumo, a diminuição gradual do desemprego, tal como está a acontecer no resto do país mas que não fomos bafejados por essa sorte, infelizmente, por uma péssima gestão autárquica. J.A. - O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do Concelho? A.M. - Pôr a minha experiência de Gestão Autárquica ao serviço do munícipio e as ligações que já começámos a entabelar há muitos meses com o Governo Central com vista à colaboração institucional, afim de saírmos do grande buraco negro económico em que se encontra o Concelho de Vila Real de Santo António. Temos a todo o custo de dar um futuro mais promissor para todos os vilarealenses.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? C.S. – Esta não é uma candidatura uni-nominal ou independente. Esta é uma candidatura de um coletivo que é o Bloco de Esquerda, um partido político. O Bloco de Esquerda de VRSA candidata-se a estas eleições autárquicas com o objetivo de ser a alternativa a duas décadas de gestão autárquica que empobreceu o concelho e deixou muitos e muitas a viver abaixo da mais básica pobreza, na dependência dos apoios sociais e sem perspetiva de futuro, não só para a sua geração mas também para as próximas três gerações. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? C.S. – É hora de diversificar o modelo económico deste concelho. Não sendo o Bloco de Esquerda contra o turismo, acreditamos que esta atividade económica da qual depende quase exclusivamente este concelho, não tem capacidade de garantir durante todo o ano emprego para todos os trabalhadores e trabalhadoras, com direitos e com qualidade. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? C.S. – As linhas prioritárias para o Bloco de Esquerda serão a redução da dívida e a criação de emprego não precário. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? C.S. – Se formos eleitos para gerir este concelho defenderemos uma verificação de todos os contratos realizados pela empresa municipal SGU para aferir da sua legitimidade. Sabemos que os contratos são legais mas queremos saber se foram feitos respeitando o interesse público ou se são lesivos do mesmo, isto é, se prejudicam o concelho e a sua população. Se assim for, exigiremos a anulação desses contratos, nomeadamente, par-químetros ou outras concessões/privatizações a 20 e 30 anos. Desta forma, acreditamos que será possível reduzir a dívida deste concelho.

J.A. – Candidata-se porquê e para quê? C.C. – Pelas pessoas. Tão simples e ao mesmo tempo tão importante quanto isso – pelas pessoas. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? C.C. – Vontade de fazer mais e melhor, de não olhar a esforços para encontrar as soluções. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? C.C. – A minha prioridade e a da minha equipa são, como já referi, as pessoas. E não julgue isto é apenas um “chavão”, nada disso. É isso que nos move, que nos estimula, foi isso que me fez dedicar os meus últimos 12 anos a uma terra de que me orgulha e que merece todo o esforço, dedicação e trabalho que possa e saiba dar-lhe. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? C.C. – Sem falsas modéstias, quem me conhece a mim e ao meu trabalho é que poderá responder cabalmente a essa pergunta. Mas não hesito em dizer-lhe que farei diferente e melhor que qualquer outro. Acredito em mim e na minha equipa. E principalmente acredito nas gentes de Vila Real de Santo António.

Três candidatos não responderam Como podem verificar, neste jornal especial dedicado às eleições autárquicas faltam as respostas de três candidatos à presidência de câmaras municipais. Este facto deve-se a duas situações: os candidatos simplesmente não responderam, apesar da nossa insistência, ou a candidatura tinha sido rejeitada pelo tribunal e encontrava-se nessa situação à hora do fecho desta edição. As questões foram enviadas, por e-mail, para as estruturas regionais de cada partido político e diretamente para as candidaturas independentes no passado

dia 02 de agosto. O prazo para o envio das respostas foi o dia 21 de agosto. No dia 14 do mesmo mês enviámos novo e-mail a recordar o referido prazo. Depois de esgotado o prazo estipulado, continuámos a insistir durante os primeiros dias de setembro para poder receber as respostas das candidaturas que ainda estavam em falta, mas, infelizmente, alguns dos candidatos não responderam. Estão nesta situação: Jorge Inácio – PSD//CDS-PP/MPT/PPM de Alcoutim, João Vairinhos Duarte - Cidadãos por Monchique e João Carvalho – CDS-PP de Tavira.


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