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Especial
21 I setembro I 2017 www.jornaldoalgarve.pt
JA REVELA AMBIÇÕES E PRIORIDADES DOS CABEÇAS DE LISTA ÀS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS
Candidatos apresentam ideias para os seus concelhos
O JA publica esta semana entrevistas exclusivas aos candidatos às câmaras municipais do Algarve nas próximas eleições autárquicas, marcadas para o próximo dia 1 de outubro. Para perceber as motivações e as ideias com que se apresentam ao eleitorado, o JA endereçou a todos os possíveis futuros presidentes de autarquia
as mesmas quatro perguntas, cujas respostas reproduzimos nestas páginas. Ao todo, são cerca de 70 os cabeças de lista à presidência nas 16 câmaras municipais da região, cada um com uma ideia e uma visão para o seu município > NUNO COUTO
ALBUFEIRA CARLOS SILVA E SOUSA - PSD ISABEL MACHADINHO - PAN
JORGE LOUREIRO - CDS-PP/MPT/PPM MANUELA JORGE - CDU
CARLOS SILVA E SOUSA – PSD
ISABEL MACHADINHO – PAN
JORGE LOUREIRO – CDS
MANUELA JORGE – CDU
J.A. – Candidata-se porquê e para quê? C.S.S. – Candidato-me porque estamos a meio de um projeto de mudança para o concelho de Albufeira. Iniciámos o atual mandato com o objetivo de equilibrar as finanças e, com isso, reduzir a carga fiscal dos munícipes. Assegurámos condições de governabilidade para o município em circunstâncias particularmente adversas. E desenvolvemos um conjunto de projetos, alguns já concretizados, outros que o serão no próximo mandato. Queremos apostar num concelho mais competitivo, mas também mais solidário. A qualificação urbana será prioritária, assim como a criação de condições para que possamos ser mais eficazes junto de quem investe e de quem gera emprego. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? C.S.S. – Esta é uma campanha protagonizada por gente que tem um conhecimento profundo da realidade do concelho. Temos cerca de 150 candidatos que representam a diversidade de Albufeira e que têm intervenção ativa no concelho. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? C.S.S. – Desde logo a área social, onde iremos investir fortemente na construção de três novos centros sociais direcionados para o apoio à população sénior. Queremos também desenvolver uma nova política de habitação direcionada sobretudo para jovens famílias. Iremos ainda apostar na qualificação do espaço público, assumindo a requalificação de diversas zonas importantes do ponto de vista turístico, como a Oura ou o Montechoro. E iremos melhorar a gestão do concelho em matérias como a recolha e tratamento dos resíduos, a gestão das próprias estradas e passeios, ou os transportes. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? C.S.S. – Atravessámos um período difícil em termos financeiros, fruto da conjuntura nacional vivida no início da década, ultrapassámos essas dificuldades com o envolvimento de todos e criámos as condições para investir. Temos vindo a fazêlo na certeza de que não se pode fazer tudo ao mesmo tempo.
J.A. – Candidata-se porquê e para quê? I.M. – O PAN candidata-se ao concelho de Albufeira porque os habitantes necessitam de um partido político de proximidade. Esta candidatura irá direcionar para o rumo correto da gestão dos recursos ambientais, da sazonalidade e da proteção animal para todos os munícipes. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? I.M. – Mudança e inovação no concelho de Albufeira. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? I.M. – A proteção, saúde e bem-estar animal é um desafio muito importante a encarar no concelho de Albufeira, tanto através da criação de um regulamento municipal que proteja os animais, bem como através da promoção de campanhas anti-tourada; O melhoramento dos espaços urbanos, com intervenção nos espaços verdes e ciclovias, o reforço de nutricionistas nas escolas e a dinamização da economia local através da promoção de outro tipo de turismo que contrarie a sazonalidade do concelho são prioridades para nós, como partido representativo das pessoas, animais e da natureza; O PAN pretende ainda levar a cabo a construção de um novo quartel dos bombeiros para um local de melhores acessos. A nossa medida também defende que a requalificação do quartel existente passe a servir como centro de acolhimento temporário aos sem abrigo de Albufeira e de alojamento de emergência para pessoas e animais. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? I.M. – O PAN é um partido que logo à partida marca pela diferença, logo, com esta posição diferenciada, acreditamos que, para o melhor exercício da democracia local, devemos ter várias forças políticas para uma maior multiplicidade de visões beneficiando todos os habitantes do concelho.
J.A. – Candidata-se porquê e para quê? J.L. – A minha candidatura é sustentada num primado e num ideal. Num primado, porque assenta em valores superiores inerentes à causa pública. Num ideal, porque importa mudar, definir e traçar um rumo que materialize, sólida e eficazmente, um serviço público de excelência para o concelho de Albufeira. Por isso, me candidato. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? J.L. – A ideia pode ser definida como a ação de imaginar algo em concreto como também pode ser explicada por um projeto ou desígnio. A ideia da campanha será divulgar os factos com os quais podemos concretizar o objetivo a que nos propomos que passará, inevitavelmente, por um concelho rejuvenescido, aprazível e acolhedor. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? J.L. – Se entendermos linhas de prioridade como necessidades ou preferências eminentes do concelho de Albufeira, a sua identificação não se completa minimamente sem que tenha de passar necessariamente pela educação, pela limpeza, pela saúde, pelo turismo, pelo apoio social, pela manutenção dos espaços verdes, pelos transportes e pelos serviços municipais. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? J.L. – Sabemos o que é que alguns candidatos já fizeram. Não sabemos, porém, o que outros candidatos poderão fazer. E não sabendo, não poderei, quanto a estes, comparar ou diferenciar. A única certeza que tenho, porque é esta que me move, é o que eu vou fazer e como o vou fazer. Farei seguramente diferente. Desde logo, para cada situação, haverá sempre uma decisão ponderada, mas célere. Não deixarei de responder, não obstante o sentido dessa mesma decisão. Os munícipes querem respostas para as suas questões.
J.A. – Candidata-se porquê e para quê? M.J. – Candidato-me porque entendo que as mulheres têm o dever de participar, não só com o seu voto, mas também nas grandes decisões que afetam a vida a vida das populações. Candidatome para mudar porque, como dizia Camões, o mundo é composto de mudança. E não mudança para que tudo continue na mesma, mas mudar para demonstrar que, com a ajuda de todos, existem alternativas ao catecismo da direita, como se tem provado recentemente. J.A. – Consegue reduzir a sua campanha a uma só ideia? M.J. – Uma pedrada no charco, para reduzir a ideia à sua expressão mais simples. Ou, se quiser, mudar para emancipar. J.A. – Quais serão as linhas que identifica como prioritárias? M.J. – Para além do que está plasmado no programa da CDU, pretendo: Colocar o município nos carris do equilíbrio financeiro sustentado, analisando cuidadosamente todos os contratos com entidades privadas atuais e futuros, acautelando o dinheiro dos contribuintes; Reavaliar todo o PDM, identificando os pontos problemáticos, combatendo as pressões imobiliárias e desmascarando eventuais alianças e projetos danosos; Analisar e estudar os efeitos do turismo no concelho, quer nos seus aspetos tradicionais, quer nas suas novas versões de “tudo incluído” e “alojamento local”. J.A. – O que pode fazer de tão diferente que os outros candidatos não possam estando na liderança do concelho? M.J. – Fazer uma liderança de proximidade. É Maomé que deve ir à montanha e não o contrário. Fazer também uma liderança de solidariedade, verificando as condições de vida e de trabalho das classes mais desfavorecidas e dos nossos idosos, e esgotando todos os meios para resolver os seus problemas e anseios. Pretendo ainda fazer uma liderança inovadora e criativa junto dos nossos jovens, criando espaços e condições para que possam desenvolver as suas capacidades criativas e artísticas. E, por último, fazer uma liderança de qualidade, em que o Provedor do Município seja a sua presidenta, mantendo abertas as portas do seu gabinete ao atendimento das pessoas que necessitam de atenção e de serem ouvidas.