Jornal do algarve 1 9 16

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O

SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

DE

MAIOR

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quinta-feira I 1 de setembro de 2016 I ANO LX - N.º 3101

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Doentes “muito urgentes” esperam mais de duas horas Médicos continuam a não querer vir para o Algarve. Das 73 vagas abertas desde o início do ano, 31 ficaram por preencher

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Birdwatching:

Milhares de turistas observam aves na região P6

Ambiente:

Cada vez há mais orcas a “visitar” o Algarve P7

Olhão:

IGF arquiva pedido de inspeção à Câmara P9

Comité das Regiões:

VRSA lidera missão de apoio da UE à Líbia

Acidentes duplicam em agosto

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P 10

Lagos:

Escravos atirados ao lixo são “coleção única no mundo”

Unidade de aquacultura Hoteleiros querem acabar contestada em Albufeira com arrendamento ilegar

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JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.

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VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Legionela obriga a trocar canalizações do centro de saúde Não houve pessoas afetadas, mas é o segundo caso em menos de seis meses. Obras deverão estar concluídas antes do final de setembro > DOMINGOS VIEGAS

50 ANOS DE ESCRITA

Homenagem a Neto Gomes em outubro No próximo dia 14 de outubro terá lugar em Loulé, no pavilhão do NERA, a festa de homenagem a Neto Gomes, conhecido comunicador algarvio que celebra 50 anos de atividade e de ligação à comunicação social. “Um grupo de amigos decidiu assinalar esta data tão significativa com o merecido reconhecimento a um homem que tem elevado e dignificado o Algarve nas diversas vertentes do seu percurso profissional, sendo uma referência em múltiplos domínios”, explica a comissão executiva do evento. O jantar, servido pelo restaurante “O Museu”, custará 20 euros e uma parte reverterá para a Associação Existir, instituição de solidariedade social com relevante trabalho realizado em todo o Algarve. As inscrições podem ser efetuadas através do facebook do evento (www.facebook.com/homenagemnetogomes), de e-mail (homenagemnetogomes@gmail.com) ou por telefone (917824341). Manuel Joaquim Neto Gomes, escritor, jornalista, 'speaker', investigador e assessor, nasceu em Vila Real de Santo António, em 27 de outubro de 1944, e reside há longos anos em Loulé, a sua cidade adotiva. Dedica-se ao jornalismo e à comunicação há cinco décadas: tem colaboração dispersa por dezenas de órgãos de comunicação social, trabalhou em gabinetes de imprensa de diversos eventos e entidades e coordenou um leque considerável de projetos editorais. Mantém uma forte e afetiva ligação ao Jornal do Algarve, que em todos os momentos chama o seu jornal, e também à Voz de Loulé. Com um percurso pontuado por ligações aos setores do turismo e do desporto e pelo desempenho de funções em várias entidades públicas, é a ligação à escrita, e em particular ao jornalismo, que serve de elo condutor e de rede de toda a sua vida profissional.

Análises de rotina realizadas este verão voltaram a detetar um foco de legionela nas canalizações do Centro de Saúde de Vila Real de Santo António. Não houve pessoas afetadas, mas a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve decidiu avançar para a substituição de todo o sistema de canalizações. Uma situação idêntica já tinha sido detetada no final de dezembro de 2015, devido à antiguidade das canalizações. O problema foi resolvido na altura, através do respetivo tratamento, isolando a zona afetada e substituindo a canalização exterior, mas agora a ARS decidiu avançar para uma obra mais completa, de forma a resolver o problema definitivamente. “Os resultados das análises foram sempre negativos desde o final do ano passado, mas no final deste mês de julho surgiram pequenos focos. São níveis muito baixos, não são preocupantes, mas

num imóvel de saúde é preciso ter cuidados redobrados. Por isso, vamos avançar já esta semana para a obra de substituição de toda a canalização interior”, assegurou ao Jornal do Algarve o diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Sotavento, Pedro Alves. Aquele responsável explicou ainda que os focos de legionela detetados “estiveram sempre identificados e

controlados”. O facto de existirem canalizações pouco usadas, com águas paradas no seu interior e aquecidas pelo calor que se fez sentir este verão terá estado na origem do surgimento da bactéria. Além da substituição de toda a canalização, uma obra que deverá estar concluída antes do final de setembro, Pedro Alves revelou que a ARS Algarve vai enviar ao Governo

o projeto de reabilitação do edifício do centro de saúde da cidade pombalina, obra avaliada em cerca de 1,7 milhões de euros, para que seja incluído no próximo Orçamento do Estado. O projeto de reabilitação das outras duas unidades daquele complexo de saúde, ou seja, as urgências e a unidade de cuidados continuados, já está em execução, explicou o mesmo responsável.

GRANDE SUSTO NA APROXIMAÇÃO AO AEROPORTO DE FARO

Drone põs em risco avião com quase 200 passageiros A 1500 metros de altitude, com o céu limpo e a apenas 20 quilómetros do destino, os pilotos sobrevoavam o sul algarvio, no passado dia 21 de agosto, confiantes que daí a cinco minutos colocariam no chão ‘sem solavancos’ os quase 200 passageiros embarcados em Bruxelas. Com a pista à vista e já sintonizados na frequência com os controladores aéreos de Faro, acertavam as últimas indicações para a descida quando o inesperado aconteceu e o sobressalto invadiu o cockpit do Boeing 737-800 da Ryanair. Um pouco antes de Luz de Tavira, a calma na voz do comandante subitamente desapareceu e através das ondas de rádio ouviu-se num inglês apressado: “Acabámos de cruzar com um drone incrivelmente perto da asa direita.” Treinados para reagir de forma automática, os pilotos reportaram as coordenadas do local e mesmo a mais 400 km/h conseguiram ver que o pequeno aparelho era encarnado e terá estado a apenas 30 metros de uma das asas. Na prática, a dois ou três segundos de uma colisão se subitamente perdesse o contacto com o comando em terra. A tarde estava a começar, eram precisamente 14h41, mas para aqueles tripulantes da irlandesa Ryanair ‘o dia estava feito’. A ocorrência foi imediatamente comunicada pelo controlador ao supervisor que estava na sala do controlo de tráfego aéreo no aeroporto de Faro, os responsáveis aero-

portuários avisados e as forças de segurança no local acionadas, procedimento que a NAV, encarregada do espaço aéreo civil, fez “por iniciativa própria porque nada está escrito em Portugal que a tal obrigue”, afirmam os responsáveis.

Drones à venda por 400 euros nos centros comerciais Dali para a frente pouco ou nada mais podia ser feito. Ficou apenas o susto para quem estava no avião. A PSP no aeroporto e a GNR nas imediações até podiam ter meios disponíveis no momento para tomar conta do caso e sair à procura do ‘piloto’ do drone, mas ainda não existem regras específicas sobre a presença destes equipamentos no espaço aéreo nacional e nada mais poderiam fazer do que apelar ao bom senso do utilizador. Na torre do aeroporto de Faro, no entanto, os controladores não deram o drone por ‘aterrado’. Nas 72 horas seguintes, neste caso como mandam as regras da aviação, notificaram as autoridades aeronáuticas competentes. O problema é que há equipamentos à venda em grandes espaços comerciais por 400 euros e que voam a 900 metros de altura. Estes drones necessitam de autorização da Autoridade Aeronáutica Nacional, da Força Aérea Portuguesa, mas quem prevarica não avisa que o vai fazer.


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