Jornal do Algarve

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22 de agosto de 2013 I ANO LVII - N.º 2943

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Messines cria moeda para combater a crise

Portimão quer entrar no roteiro das grandes feiras e exposições P9

Vila do Bispo recebe segundo Festival do Perceve

P 10

Concurso de fado amador está de volta a Vila Real Sto. António

P 15

Castro Marim "regressa" à Idade Média P 12/13

P 17

TURISMO

Verão a todo o vapor e inverno a meio gás O Algarve perdeu quase dois milhões de dormidas nos últimos cinco anos, mas neste verão começa a dar sinais de recuperação. A região quer ir em busca do turismo perdido com a crise P3

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TEMPERATURAS ELEVADAS E ROTAÇÕES DE VENTO JUSTIFICAM ALERTA NA MAIORIA DOS CONCELHOS

Risco muito alto de incêndios em semana crítica O Algarve está a atravessar a época mais crítica de incêndios, com a maioria dos concelhos da região a apresentarem risco “muito elevado” e Monchique com risco “máximo”.

As autoridades alertam que o tempo quente e seco – que deverá prolongar-se até à próxima segunda-feira – cria “condições favoráveis” à progressão dos incêndios florestais > NUNO COUTO A maioria dos concelhos algarvios está em risco “muito elevado” de incêndio e Monchique apresenta mesmo risco extremo, uma situação que se deverá prolongar até à próxima segunda-feira, dia 26, adianta a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Depois de um início de semana em que a região do Algarve foi afetada por uma massa de ar quente vinda do norte de África, o tempo quente e seco vai regressar no próximo domingo (25), com as temperaturas máximas a chegarem aos 34 graus e as mínimas aos 18 graus centígrados. O vento vai soprar moderado e podem verificar-se rotações de direção.

Face a este cenário, as autoridades emitiram um alerta laranja, o segundo mais grave numa escala de cinco, e avisaram que o que resta deste verão seco pode ter “efeitos expectáveis”, já que se verifica “a permanência de condições favoráveis à progressão de eventuais incêndios florestais”.

Os concelhos algarvios em maior risco são Monchique, Aljezur, Lagos, Silves, Loulé, Alcoutim e Castro Marim, que podem enfrentar “uma situação de perigo”, já que apresentam “condições para a ocorrência de fenómenos invulgares que podem causar danos a pessoas e bens, colocando em causa a sua segurança”, segundo a proteção civil.

Além disso, a ANPC adverte que esta onda de calor pode afetar grupos populacionais mais vulneráveis, “em virtude das temperaturas altas”.

Para estas pessoas, é recomendado que se beba água com regularidade ou sumos de fruta natural sem adição de açúcar, que se evite álcool e exposição ao sol nas horas de maior calor (aproximadamente entre as

A proteção civil salienta que a limpeza da floresta é fundamental para que não se voltem a repetir incêndios de grande dimensão

11h00 e as 16h00), período em que se devem evitar também viagens e atividades que exijam muito esforço físico.

A ANPC recorda que, onde o risco de incêndio é elevado, não são permitidas queimadas nem fogueiras, lançamentos de balões com mecha acesa ou foguetes, fumar ou fazer lume em espaços florestais e vias que os circundem, fumigação ou desinfestação em apiários com fumigadores que não estejam equipados com dispositivos de retenção de faúlhas.

Enquanto estiver em vigor, o dispositivo de proteção civil e socorro “reforça as medidas que garantam um estado de prontidão elevado para a intervenção”. A ANPC recomenda ainda que as pessoas adotem “medidas de prevenção, precaução e autoproteção indispensáveis” e adequem os seus comportamentos “de modo a não se colocarem em risco”.

O elevado risco de fogos florestais que se verifica no Algarve levou a maioria dos municípios a reforça-

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rem também as medidas preventivas, mas o certo é que nem toda a população está incentivada para proceder à limpeza dos terrenos em redor das habitações, como é obrigatório por lei.

Os grandes incêndios verifica-

dos na região algarvia, nos últimos dez anos, resultaram em milhares de hectares de área ardida e dezenas de casas destruídas. Os fogos do verão de 2003 e 2004, em Monchique, e de julho de 2012, nos concelhos de Tavira e São Brás de Al-

portel, funcionaram como um grande alerta.

A proteção civil e os municípios salientam que a limpeza da floresta é fundamental para que não se voltem a repetir incêndios de grande dimensão na serra algarvia. Porém, apesar de tudo, as autarquias também reconhecem que muitos proprietários têm ainda dificuldades em realizar esta operação.

Em maio, durante a apresentação do dispositivo especial de combate a incêndios florestais de 2013, o comandante distrital do CDOS de Faro frisou que as autoridades e a população deverão ter em conta “as lições aprendidas” nos grandes incêndios do passado no Algarve.

A constituição de duas brigadas para reforçar o ataque inicial a incêndios na região, com 28 operacionais e oito veículos, é uma das novidades do dispositivo para este ano na região. Para além deste reforço de resposta rápida, a região tem cerca de 450 operacionais preparados para combater eventuais incêndios.

GNR de Vila do Bispo muda-se para novo quartel O novo quartel da GNR de Vila do Bispo foi inaugurado esta quarta-feira (21), já depois do fecho desta edição, numa cerimónia que contou com a presença do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.

As novas instalações, localizadas na zona de expansão de Vila do Bispo, em frente ao LIDL, substituem assim o antigo posto da vila algarvia, que estava em avançado estado de degradação. Há cerca de vinte anos que as duas dezenas de militares, mas também a população e os autarcas locais, reivindicavam a construção do novo quartel da GNR. A substituição deste posto da GNR com mais de 40 anos também foi tida como “urgente” pela própria DireçãoGeral de Infraestruturas e Equipamentos (DGIE).

Refira-se que o novo quartel da GNR de Vila do Bispo já deveria estar concluído em 2010, mas as obras arrastaram-se até agora. O novo posto territorial da GNR, que representa um investimento na ordem dos 1,3 milhões de euros, está instalado num terreno da autarquia, que recebeu em troca o edifício da ex-Guarda Fiscal de Salema, propriedade do Estado.

Segundo apurou o JA, o novo quartel é uma infraestrutura moderna, muito diferente daquela onde os agentes trabalharam todos estes anos. O posto está equipado com salas de investigação criminal, salas para apoiar vítimas de violência doméstica e outros equipamentos que dão as melhores condições aos agentes para desempenharem o seu trabalho, num município que tem pouco mais de cinco mil habitantes, mas que acolhe cerca de dois milhões de visitantes todos os anos.

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