Jornal do Algarve

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

Furos de petróleo não avançam... para já P7

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11 de agosto de 2016 I ANO LX - N.º 3098

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"O melhor peixe do mundo" já só dá para três meses

Algarvios pagam mais IMI devido às "leis da natureza"

P 4/5

Frota do polvo está em terra por falta de isco

P8

José Cid e Íris animam Festa de Castro Marim

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P 13

Três dias de cultura cubana em VRSA P 14

Loulé Summer promete agitar agosto P 17

Amaro Antunes "rei" dos algarvios na Volta a Portugal

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Ponte velha de Silves em risco de "colapso iminente"

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AEROPORTO DE FARO:

Falta de funcionários alfandegários pode ter "consequências na segurança" Chega a estar de serviço apenas um verificador auxiliar para inspeção às bagagens, vigilância de chegadas e partidas e no serviço de devolução de IVA. A falta de pessoal afeta todos os serviços mas é mais notória no aeroporto, devido ao aumento do número de passageiros nesta altura do ano > DOMINGOS VIEGAS A Delegação Alfandegária do Aeroporto de Faro possui apenas três técnicos verificadores aduaneiros e 10 verifica-dores auxiliares aduaneiros, uma situação que faz com que, muitas vezes, esteja de serviço apenas um verificador. Esta quantidade de funcionários é considerada insuficientes pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), já que, de acordo com aquela estrutura sindical, deveria haver, pelo menos, cinco técnicos e 15 auxiliares. “A falta de pessoas na Autoridade Tributária e Aduaneira é transversal a todo o país. A Alfândega de Faro, infelizmente, não é exceção e, no aeroporto, estas situações colocam uma série de problemas, nomeadamente no controlo de passageiros e das bagagens. E mais nesta altura do ano”, lamenta Paulo Ralha, presidente do STI, em declarações ao Jornal do Algarve. Na última semana, o deputado comunista Paulo Sá, eleito pelo Algarve, visitou a Delegação Alfandegária do Aeroporto de Faro, acompanhado de membros da direção regional do STI, e ficou estupefacto com o que encontrou: naquele dia estava de serviço apenas um verificador auxiliar aduaneiro, entre as 18h00 e a meia noite. “Se esse funcionário fizer uma inspeção às bagagens de um passageiro, o canal de saída fica sem qualquer vigi-

lância. Se esse funcionário for chamado às partidas para fazer uma devolução de IVA a um passageiro, deixa de haver qualquer controlo de mercadorias nas chegadas”, refere Paulo Sá.

Sobrecarga no trabalho e degradação no controlo Para aquele parlamentar, a insuficiência de funcionários “traduz-se numa sobrecarga de trabalho para os funcionários existentes” e “numa degradação do controlo efetuado às mercadorias, com consequências ao nível da segurança, da saúde pública e da economia”. O deputado já levou o caso à Assembleia da República e endereçou várias questões ao ministro das Finanças, nomeadamente, se o Governo reconhece que o número de funcionários é insuficiente, se está prevista a ampliação da equipa no aeroporto e quando entrarão esses funcionários ao serviço. Recentemente foi aberto um concurso para admissão de funcionários nas Alfândegas, mas Paulo Ralha garante que o número previsto de novos funcionários é “manifestamente insuficiente” face às necessidades. “Enquanto não houver um desbloqueamento ao nível das entradas na Administração Pública por via externa, ou seja, sem ser por recrutamento interno, dificilmente este problema será resolvido”, lamenta o dirigente sindical. Mas a falta de pessoal na

fiscalização das entradas e saídas de passageiros no Aeroporto de Faro não se cinge aos funcionários alfandegários. Recentemente, a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro, também eleita pelo Algarve, questionou a tutela sobre os problemas que se têm vindo a verificar na área de controlo de passaportes. É que, apesar de o Servi-

ço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ter feito o habitual reforço de verão (atualmente há seis posições de controlo disponíveis e a funcionar), cada vez que é detetada uma situação que requer atenção especial por parte dos agentes, o tempo de espera na fila aumenta. “Durante os picos de tráfego, os passageiros são obriga-

dos a aguardar dentro dos autocarros, já que a entrada na sala está condicionada pela sobrelotação”, explica a parlamentar, frisando que a situação piora aos domingos, dia em que chegam voos com maior número de passageiros. Citando notícias que foram recentemente publicadas na imprensa, Teresa Caeiro diz que “as portas rápidas que

deveriam permitir a entrada automática com o passaporte digital da União Europeia não funcionam bem, porque são as originais do projeto piloto, de primeira geração (2004), nunca foram substituídas e são frustrantes para quem chega e tenta utilizá-las”. Na pergunta enviada ao ministro do Planeamento e Infraestruturas, a deputada centrista recorda que “o Algarve é um dos destinos turísticos europeus com maior procura” e que o Aeroporto de Faro “tem vindo a registar um cada vez maior número de passageiros, sendo a porta de entrada para muitos dos turistas que visitam o país e a região”. Recordando que existe um plano de expansão do Aeroporto de Faro que prevê um aumento da área em causa, Teresa Caeiro perguntou ao ministro do Planeamento e Infraestruturas se este tem conhecimento do que se está a passar, que medidas estão a ser implementadas, no imediato, para corrigir a situação e, ainda, para quando está previsto o início do aumento da área de controlo de passaportes do Aeroporto de Faro, no âmbito do referido plano de expansão.

TURISMO: OCUPAÇÃO HOTELEIRA COM MENOS PORTUGUESES

O melhor julho dos últimos 16 anos A taxa de ocupação hoteleira (média/quarto) foi de 87,4% no mês de julho no Algarve, mais 2% em relação ao mesmo mês de 2015, revelou a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). Este valor representa o mais alto dos últimos 16 anos em termos de ocupação para um mês de julho. Em 2000 tinha sido de 89,4, mas caiu depois a pique até 2004, ano em que se registou uma ocupação de 70,5% no mês de julho, a mais baixa desde que a AHETA elabora estas estatísticas (1996). A partir de 2004 houve uma subida até 2007, quando a ocupação do mês de julho chegou aos 87,2%, mas voltou a cair até 2009, ano em que foi registada uma ocupação de 75%. Daí para cá a subida tem sido suave e só no ano passado é que a ocupação de julho ultrapassou os 85 por cento (85,5%). Refira-se que o recorde num mês de julho tinha sido

atingido em 1999, com a ocupação a chegar aos 90%.

Menos portugueses Este ano, os mercados britânico (mais 5,9 pontos percentuais) e irlandês (mais 1,0) foram os que mais contribuíram para a subida verificada em julho. O mercado nacional registou uma descida de 6,3 pontos percentuais. As maiores subidas ocorreram nas zonas Carvoeiro/Armação de Pêra (mais 3,6%) e Lagos/Sagres (mais 2,7%). Albufeira, a principal zona turística do Algarve, registou uma subida de 2,6%. Por categorias, as principais subidas verificaram-se nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 3 estrelas e nos hotéis e aparthotéis de 3 estrelas (mais 2,2%). O volume de negócios aumentou 9,4% relativamente ao mesmo mês de 2015. D.V.


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