Jornal do Algarve

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O

SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

Lagoa:

Vinho ombreia com "sol e mar" como imagem turística P 10

Vila Real de Sto António:

Presépio gigante vai ser o maior de sempre

quinta-feira

DE I

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EXP ANSÃO EXPANSÃO

3 de dezembro de 2015 I ANO LVIII - N.º 3062

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Caos na saúde

Falta de material nos centros de saúde deixa utentes e profissionais desesperados. Há quem tenha que fazer mais de 20 quilómetros de ambulância para suturar um dedo. Vacinas da gripe escasseiam e não há testes à tuberculina nem BCG. Algumas vezes nem há material para fazer um penso. Por outro lado, a saída de médicos do Centro Hospitalar do Algarve pode deixar a região sem serviço público de ortopedia

P 8/9

P 12

Loulé:

"Aldeia dos Sonhos" em destaques na animação de Natal P 15

Surf, a próxima grande fonte de receita do turismo P 17

Desporto:

Velejador de Portimão rumo o sonho dos Jogos Paralímpicos P 21

Ostras estão a morrer e ninguém sabe porquê Há três meses que os produtores de moluscos entre Sagres e Faro acumulam prejuízos, devido a uma doença misteriosa (e ainda não consensual) que está a dizimar toda a produção. As mortes de ostras durante o verão no Algarve ocorrem todos os anos. A diferença é que essa taxa é agora muito mais elevada, atingindo praticamente 100% no barlavento algarvio. É a pior crise de sempre enfrentada pelos produtores

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JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.

SOLIDARIEDADE

EDITORIAL Fernando Reis

Saúde vive dias de pesadelo O sector da saúde atravessa os seus piores dias no Algarve. Desde a falta de médicos e de enfermeiros nos no Centro Hospitalar do Algarve até à insistência de fio para suturas nos Centros de Saúde, passando pela existência de uma única tesoura para colocação de dispositivos intrauterinos que tem que circular por todos os centros de saúde, pela falta de vacinas para a gripe e de testes para a tuberculose, tudo isto está a gerar um autêntico caos na saúde, com graves consequências para quem precisa de cuidados básicos ou assistência hospitalar. São dias de autêntico pesadelo. Conforme se pode perceber pelas queixas dos utentes, das denúncias dos próprios profissionais do sector e dos protestos de muitas autarquias e forças políticas, de que a peça que publicamos nesta edição é bem elucidativa, estamos perante o mais feroz ataque ao Serviço Nacional de Saúde, desde que este foi criado. Com total desprezo pela saúde das pessoas, naturalmente dos que não têm recursos para recorrer aos serviços privados e até mesmo pela vida humana, porque põe em perigo muitas vidas, assistimos, nos últimos anos ao desmantelamento progressivo do SNS, que a pretexto de reduzir uma despesa, alegadamente incomportável para o Estado, visa-se, na realidade, entregar os principais serviços de saúde aos privados. Só assim se compreende, que se reduza a capacidade do Centro Hospital do Algarve numa série de valências e se promova a fuga de médicos, para depois se contratarem alguns destes mesmos serviços aos privados, como é o caso de certas cirurgias. Mais do que incompetência e má gestão, há por detrás destes procedimentos uma estratégia de acabar com o SNS que é preciso inverter rapidamente, em nome da dignidade humana e do direito que todos temos à saúde. freisjornaldoalgarve@gmail.com

ATÉ 04 DE JANEIRO

Parquímetros de Loulé vão ter horário reduzido As zonas de estacionamento tarifado do município de Loulé irão funcionar com um horário reduzido neste período de Natal e de fim de ano. A medida já tinha sido implementada no ano passado, mas agora o período de isenção de pagamento será ainda maior. Assim, a partir de amanhã, sexta-feira, e até ao dia 04 de janeiro, o estacionamento naquelas zonas será gratuito entre as 16h00 e as 19h00. Numa altura em que a autarquia irá promover e desenvolver um conjunto de eventos e iniciativas alusivas à quadra festiva do Natal, e “considerando que a Câmara Municipal de Loulé pretende dinamizar e incentivar a procura diária das atividades comerciais tradicionais, especialmente ao final do dia”, esta medida “reveste-se de especial importância para quem pretende visitar o comércio local e as zonas de animação de Natal nas localidades do concelho”, explica a edilidade louletana.

Banco Alimentar recolheu 140 toneladas de alimentos

A última campanha decorreu no passado fim de semana e os alimentos serão agora distribuídos por 110 instituições do Algarve > DOMINGOS VIEGAS

O Banco Alimentar Contra a Fome do Algarve recolheu 140 toneladas de alimentos, no âmbito da campanha que decorreu no sábado e no domingo em diversos supermercados da região. Estes números correspondem “a um acréscimo de 4,09% face à campanha anterior”, revelou Nuno Cabrita Alves, presidente da direção do Banco Alimentar da região, explicando que estes alimentos serão agora distribuídos pelas 110 instituições apoiadas no Algarve pelo BA. “Estes números não são ainda definitivos, uma vez que se manterão activas as campanhas Vale e Online, cujos resultados só serão apurados após 06 de dezembro, data do seu encerramento”, acrescentou o mesmo responsável. Nuno Cabrita Alves agradeceu ainda a todos quantos contribuiram para esta campanha de solidariedade: “Agradecemos publicamente a generosidade de todos aqueles que, reforçando o conceito de

espírito solidário inerente ao Banco Alimentar, contribuíram com o seu tempo e com parte dos seus bens para o sucesso desta campanha”. O Banco Alimentar do Algarve foi criado há cerca de oito anos e meio (maio de 2007) e, desde então, já distribuiu 7.324 toneladas de alimentos, o equivalente a 14,65 milhões

de refeições. No ano passado, o número de instituições apoiadas subiu de 70 para 110. Desta dorma, passou a abranger 95% das IPSS que prestam apoio alimentar em todos os concelhos do Algarve, apoiando um total de 8 mil famílias e 23.000 pessoas. “As necessidades destas instituições obrigam-nos dia-

riamente a esforços de reorganização e dinamização, para que possamos responder a todas as solicitações. Mas o nosso objectivo continua a ser fazer mais e melhor, quer no que toca aos processos de recolha, quer no que diz respeito ao controlo e optimização da utilização dos bens doados”, frisou Nuno Cabrita Alves.

NOVO MINISTRO DAS FINANÇAS DISCURSOU EM VILAMOURA

Mário Centeno escolhe Fórum Empresarial do Algarve para primeira intervenção O novo ministro das Finanças escolheu o Fórum Empresarial do Algarve, que se realizou no passado fim de semana, em Vilamoura, para a sua primeira intervenção pública enquanto titular da pasta das Finanças. Mário Centeno, natural de Vila Real de Santo António, fez um discurso curto e sem direito a perguntas, onde tentou transmitir “tranquilidade e confiança” aos empresários presentes no fórum. O ministro – e braçodireito de António Costa – fez questão de garantir que “a austeridade não é receita para o investimento, nem a desvalorização interna gera prosperidade, antes debilitam a economia e a sociedade, esvaziandoas através da emigração e do aumento da componente importada do investimento, do consumo, das exportações”. Para além de assegurar que “o orçamento será apresentado o mais cedo possível”, sem adiantar nenhuma data, Mário Centeno acentuou ainda que “o Estado honrará todos os compromissos internacionais, especialmente na parte da ques-

tão europeia” e teve outras afirmações políticas, como a de que “não recuperamos competitividade por via do empobrecimento coletivo, da precarização do trabalho ou do sacrifício da qualidade e proximidade dos serviços públicos". Depois dos avisos à navegação por parte de diversos empresários, que estão na expetativa em relação às medidas que o Executivo liderado por António Costa irá tomar, Mário Centeno descansou a plateia com a ideia de que este Governo irá “assegurar finanças públicas equilibradas”, com alívio fiscal numa “relação virtuosa” entre o crescimento e o controlo orçamental. “Este Governo vai continuar uma trajetória de consolidação do défice orçamental”, frisou, acrescentando que “as escolhas são feitas por todos e a governação deve ser feita por todos”. Por último, Mário Centeno disse que o novo Executivo “inicia agora um tempo novo, de mobilizar Portugal para mais crescimento, melhor emprego e melhor equidade”.


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