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SEMANÁRIO
FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis
quinta-feira
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5 de novembro de 2015 I ANO LVIII - N.º 3058
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CHEIAS VÃO VOLTAR COM CONSEQUÊNCIAS IMPREVISÍVEIS
Castro Marim:
Empresa algarvia "reinventa" alfarroba P3
Câmara de Loulé vai deixar de cobrar IMT
Albufeira está sentada numa "bomba-relógio"
P 10/11
P7
Portimão:
Obra põe a descoberto muralha tardo-medieval P8
Martim Longo prepara-se para a Feira da Perdiz P 13
Atletismo:
Nelson Gonçalves garante mínimos para o Europeu P 18
Rola-brava e zarro Louletanos em perigo de extinção querem trazer Alerta foi dado esta semana pela UICN
RADIS Dr. Jorge Pereira
P6
o Papa ao Algarve
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Serviços de saúde da região têm plano para o tempo frio
EDITORIAL Fernando Reis
O drama de Albufeira
O temporal que no passado domingo se abateu sobre o Algarve, com particular gravidade sobre Albufeira, onde deixou uma marca de destruição como não há memória, mais do que os prejuízos materiais, de muitas centenas de milhares de euros - o município declarou o estado de calamidade - em estabelecimentos comerciais, bares, restaurantes, viaturas, ruas e outras infraestruturas, tendo provocado, inclusive, uma vítima mortal em Boliqueime, pôs a nú, uma vez mais, os erros urbanísticos cometidos, sobretudo no auge, do negócio imobiliário. Durante mais de três décadas, construi-se de uma forma desordenada, um pouco por todo o lado, mas principalmente no litoral e nos centros urbanos mais concorridos, numa especulação desenfreada, que não poupou as zonas mais sensíveis. Desta vez foi Albufeira o epicentro de um desastre anunciado que, embora sem esta mesma gravidade, costuma ser recorrente noutras zonas bem identificadas da nossa região, sempre que chove com um pouco mais de intensidade. Há tragédias que são fruto do fatalismo e contra as quais o homem não consegue lutar, mas há outras, como a do último domingo em Albufeira que era possível minimizar não fosse a vontade de tudo sacrificar, em nome do lucro rápido e fácil. E não foi apenas antes da inexistência de qualquer plano de ordenamento que se cometeram estes atentados, muitas edificações feitas em cima de falésias, em zonas protegidas ou em leito de cheias, resultaram, em alguns casos, de violações dos planos de ordenamento, como é o caso dos PDMs e do PROTAL. Mas como a luta contra a corrupção, o branqueamento, a fraude fiscal e o tráfico de influências, só agora parece ter, verdadeiramente, começado, esses casos ficaram impunes. Não fora a crise do imobiliário, com o consequente abrandamento do negócio da construção e muito provavelmente, continuaríamos a assistir ao multiplicar deste tipo de agressões. Infelizmente, passe o lugar comum, é preciso uma tragédia como a de Albufeira ou como a que há anos se verificou, ainda com maior gravidade, no Funchal, para constatarmos a real dimensão destes erros. O custo que representam para as vítimas, para as regiões e para o país. Seria bom que se corrigisse o que é possível, em vez de se ficar à espera da próxima enxurrada!
As unidades de saúde dos 16 concelhos da região já elaboraram os seus planos de contingência específicos para responderem às necessidades suscitadas pelo tempo frio, anunciou a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve. “O Plano de Contingência para as Temperaturas Extremas Adversas – Módulo inverno foi ativado a 1 de novembro, nas unidades de saúde da região, com o objetivo de prevenir e minimizar os efeitos negativos do frio extremo na saúde da população”, adiantou a ARS. No Algarve, este plano – em vigor até 31 de março – é operacionalizado através de um conjunto de medidas de atuação, coordenadas pelo Departamento de Saúde Pública e Planeamento e asseguradas pelos hospitais e unidades funcionais dos agrupamentos de centros de saúde. “A implementação dos planos de contingência específicos pelos serviços de saúde da região consiste na preparação da resposta dos serviços de saúde perante um eventual aumento de fluxo de utentes, devido a condições meteorológicas adversas
de frio extremo, ou a um aumento da incidência de infeções respiratórias, nomeadamente da gripe”, explica a ARS. Outra vertente do plano consiste na “sensibilização e divulgação pelos serviços de saúde pública de medidas preventivas dirigidas à população em geral, a diferentes grupos de risco e aos idosos, institucionalizados ou não, em particular”.
“Para além da vacinação contra a gripe, a possibilidade de isolamento de doentes, o afastamento das camas entre si, a etiqueta respiratória e reforço de higienização das mãos, entre outras medidas de higiene respiratória e controlo de infeção, permitem reduzir ou minimizar o risco e o impacto destes fatores (frio e doenças respiratórias)”, conclui a ARS do Algarve.
ACRAL pisca o olho aos países de língua portuguesa A Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) e a União de Exportadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (UE-CPLP) assinaram, na semana passada, em Faro, um protocolo de colaboração com o objetivo principal de criar sinergias para o desenvolvimento de oportunidades de negócios no âmbito da CPLP. “O acordo de colaboração pressupõe o acesso das partes e respetivos parceiros a uma plataforma 'de empresa para empresa' (B2B) para a apresentação de produtos e serviços para exportação”, adianta em comunicado a ACRAL. No âmbito deste protocolo, a associação algarvia e a UE-CPLP poderão coorganizar ações de networking, feiras, salões e missões empre-
sariais em todos os países-membros e observadores da CPLP. A promoção conjunta de ações de consultoria empresarial direcionadas para a exportação é outra das iniciativas previstas no protocolo. O acordo prevê também a disponibilização aos parceiros de serviços de consultoria em comunicação e marketing, à elaboração e apresentação de projetos e para a análise de mercados e oportunidades. Coordenar ofertas de estágio, oportunidades de recrutamento e visitas de estudo, assim como o desenvolvimento de estudos e projetos, com a partilha de recursos técnicos e científicos, são algumas das ações previstas pela ACRAL e a UE-CPLP.
"Portugal e a Europa em Cartoons" para ver em Faro A exposição "Portugal e a Europa em Cartoons", que mostra a visão de vários cartonistas portugueses, está patente na sala de exposições da CCDR Algarve, na Pontinha, em Faro, até ao final deste mês. A mostra apresenta uma visão singular e crítica de conceituados cartonistas sobre a União Europeia (UE) e a participação de Portugal na construção europeia. Inclui obras dos artistas António Jorge Gonçalves, Cristina Sampaio, Fernando Relvas, Rodrigo de Matos e Telmo Ferreira, que ilustram temas como o alargamento, o Tratado de Lisboa, o euro ou, ainda, a Estratégia 2020, numa seleção de 28 trabalhos. Os cartoons foram publicados na imprensa escrita e em edições digitais de jornais na última década. Esta iniciativa resulta de uma parceria entre o Gabinete de Informação do Parlamento Europeu em Portugal, o Instituto de História Contemporânea da FCSH e conta com o apoio da CCDR Algarve, através do Centro Europe Direct Algarve.