Jornal do Algarve

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

quinta-feira

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11 de junho de 2015 I ANO LVIII - N.º 3037

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Há quatro concelhos algarvios entre os mais atrativos do país

O Jornal do Algarve revela os "rankings" nacional e regional dos municípios com melhor desempenho na captação de turistas, de investidores e de novos residentes P 6/7

Querença:

Almargem desconfia do projeto Casas da Benémola P 12

Hotéis de cinco estrelas da região na lista dos melhores do mundo O Algarve atrai cada vez mais magnatas, que pagam entre 200 e mais de 3000 euros por noite

Olhão:

P3

Três dias de animação para celebrar Festas da Cidade P 13

Lagos:

Um povo imaginário que vive numa aldeia em miniatura P 14

Futebol:

Algarve terá menos duas equipas nos nacionais P 18

Obras na "pior estrada da região" aproximam Aljezur e Monchique

RADIS Dr. Jorge Pereira

P9

Assoreamento das barras põe vidas em risco

P4

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VÍTOR NETO GARANTE QUE ALGARVE É UMA DAS REGIÕES MAIS EXPORTADORAS DE PORTUGAL

Turismo algarvio "puxa" pela economia do país Temos que demonstrar a 'Lisboa' que o Algarve - através do turismo - já dá um contributo da maior importância para a economia nacional”, frisa Vítor Neto.

O presidente da direção do Núcleo Empresarial da Região do Algarve (NERA), revela dados que posicionam o Algarve como "uma das regiões mais exportadoras de Portugal". Apesar disso, lamenta, "a região não conta nada e não tem qualquer peso político em 'Lisboa'" > NUNO COUTO

O peso do turismo algarvio está a revelar-se cada vez mais importante para a recuperação económica do país, para o emprego e para as exportações. E já representa, pelo menos, 40% do total das exportações de bens e serviços do setor do turismo nacional!

O papel do setor na recuperação do país é sublinhado na newsletter de junho do NERA – Núcleo Empresarial da Região do Algarve, onde o presidente da direção, Vítor Neto, revela alguns números que evidenciam a crescente importância do turismo algarvio na economia nacional.

“O setor do turismo, com as receitas externas que gera, é

o maior exportador (de bens e serviços) de Portugal: 10.394 milhões de euros em 2014, ou seja, 14,8% do total das exportações. Este valor contribuiu em 68% do crescimento global das exportações”, acentua o presidente da direção do NERA e antigo secretário de Estado do Turismo (19972002).

Vítor Neto realça que o Algarve, “que em 2014 registou 12,4 milhões de dormidas de estrangeiros (alojamento legal) que correspondem a cerca de 40% do total nacional – representa, em termos de receitas externas, pelo menos, 40% daqueles 10.394 milhões, isto é, mais de 4.000 milhões”.

Assim sendo, o líder da as-

sociação empresarial não tem dúvidas que o Algarve é “uma das regiões mais exportadoras de Portugal” devido ao turismo, já que a região algarvia não apresenta uma grande estrutura produtiva.

"Afirmar o peso do Algarve na economia do país” Nesse sentido, Vítor Neto diz que o Algarve tem de saber valorizar o seu peso na economia nacional e lança uma proposta de trabalho a todos os empresários algarvios, que passa por “demonstrar a 'Lisboa' que o Algarve – através do turismo – já dá um contributo da maior importância para a economia nacional de que todo o país beneficia”.

Num texto intitulado “Afirmar o peso do Algarve na economia do país”, o presidente da direção do NERA evidencia que os dados revelam que o turismo algarvio já representa uma fatia importante da “riqueza produzida, do emprego gerado e das perspetivas para o futuro” de Portugal.

Na mesma carta aos associados, Vítor Neto alerta que, apesar dos bons resultados turísticos alcançados no último ano, “o Algarve tem de se

preparar para um futuro altamente competitivo, que já aí está e que não vai ser fácil enfrentar”.

Por último, o empresário algarvio aponta o “enorme desequilíbrio estrutural” da economia regional – dominada cada vez mais pelo turismo e cada vez menos pelas atividades ligadas à terra e ao mar – como um dos principais problemas de fundo do Algarve.

“Temos de reconstruir a nossa estrutura produtiva, de

forma a que nos permita gerar riqueza a partir dos recursos ligados à terra e ao mar: na agricultura e agroindústria, na produção piscícola, nas pescas e conservas, nas atividades ligadas à exploração das potencialidades do mar.

Sempre com uma visão inovadora e avançada”, remata Vítor Neto, sublinhando que ao turismo deve ser dado o “destaque” a que tem direito, a bem da economia nacional.

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Maioria volta a chumbar propostas do BE e do PCP e mantém portagens Deputados do PS eleitos pelo Algarve votaram a favor do projeto de resolução apresentado pelos bloquistas

> DOMINGOS VIEGAS A maioria governamental, constituída por PSD e CDS/PP, rejeitou na passada sexta-feira, na Assembleia da República, dois projetos de resolução, um do BE que recomendava ao Governo a suspensão e reavaliação das portagens na Via do Infante, bem como a prioridade às obras na EN125, e outro do PCP que pretendia a abolição imediata das portagens.

Na bancada do PS registaram-se sete votos a favor da proposta do BE, entre os quais os de João Soares e Miguel Freitas, deputados eleitos pelo Algarve, e duas abstenções à proposta dos comunistas. Os restantes votos a favor foram, apenas, os das bancadas que apresentaram os projetos de resolução.

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"A questão das portagens não é tabu no PS, deve ser discutida e devem ser encontradas soluções em função da realidade concreta e a realidade é uma redução drástica de tráfego nesta via, um aumento dos acidentes na EN 125 e um impacto negativo na economia regional", afirma Miguel Freitas.

O parlamentar socialista recorda que o PS “nunca defendeu o princípio do utilizador-pagador” e “sempre considerou que a EN125, tal como está, não constitui uma alternativa, que as tarifas das portagens são excessivas e, por isso mesmo, defenderam e criaram um regime de isenções e descontos extinto pelo Governo de Passos Coelho e Paulo Portas”.

Para os socialistas esta é uma questão política e “não se deve recorrer a subterfúgios, como

o fizeram os deputados do PSD, ao afirmarem que 'já solicitaram às Estradas de Portugal a revisão das tarifas na via do Infante e no Parlamento votam contra tudo o que mexe em portagens'".

Antes, e conforme o Jornal do Algarve noticiou na sua última edição, os deputados do PSD eleitos pelo Algarve tinham defendido que é necessário, a curto prazo, fazer a reavaliação dos valores cobrados por quilómetro na Via do Infante, para baixar o preço, bem como uma reformulação do método de cobrança realizado na fronteira com Espanha.

Esta posição está em coerência com a que tem sido tomada pelo PS Algarve, já que em todos os momentos os socialistas algarvios consideraram que a mobilidade é essencial para a competitividade da região e a prioridade é a obra

na EN125 e esta não se concretizou nesta legislatura.

"Todas as posições assumidas no Parlamento, além de representarem o exercício da liberdade de voto, são articuladas com o presidente do PS Algarve, António Eusébio", garante Miguel Freitas, explicando assim que os votos favoráveis ao projeto apresentado na última semana pelo BE “estão em coerência” com a posição que tem sido tomada na estrutura regional do PS. No dia da votação, as galerias da Assembleia da República contaram com a presença de uma delegação da Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI), bem como do presidente da Câmara de Loulé, o socialista Vítor Aleixo.

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