Jornal do Algarve

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

quinta-feira

DE I

MAIOR

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15 de maio de 2014 I ANO LVII - N.º 2981

I

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Arquitetos de Loulé ganham prémio internacional

Lagoa delega competências nas juntas e transfere 2,3 milhões Castro Marim

HÁ VÁRIOS ANOS À ESPERA POR INTERVENÇÕES DO MINISTÉRIO

Água potável chegará a mais 50 povoações

Quinze escolas algarvias com telhados de amianto

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Vila Real Sto. António

Luís Gomes anuncia novos projetos no Dia da Cidade

Há no Algarve quinze edifícios escolares com coberturas que contêm amianto, um material que pode provocar cancro e atualmente é totalmente proibido. Este levantamento, realizado pelo Sindicato dos Professores da Zona Sul com o apoio dos municípios, revela que a presença de amianto nas escolas da região é "uma situação ainda não resolvida", já que alunos e professores continuam diariamente expostos a um "grave problema de saúde pública"

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Consultas de dermatologia gratuitas em Alcoutim e Castro Marim P 15

Algarve preparado para o combate aos incêndios florestais

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EM CAUSA A PRIVATIZAÇÃO DA ALGAR

Municípios contra o negócio do lixo RADIS Dr. Jorge Pereira

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JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.

INCÊNDIOS SÃO UM FLAGELO ANO APÓS ANO

Algarve preparado para o combate aos incêndios florestais As Câmaras Municipais do Algarve aprovaram, no passado dia 13 deste mês, a constituição do DECIF, Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais

Restauração e hotelaria perdem 315 empregos diariamente AHRESP preocupada com "os piores resultados de sempre" divulgados pelo INE O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou, na passada sexta-feira, que o setor da restauração nunca empregou tão poucos postos de trabalho como no primeiro trimestre de 2014. O alerta foi lançado esta segunda-feira pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). “Uma vez mais, a AHRESP não gostaria de ter razão, mas os números são por demais evidentes, relatando uma realidade, que parece escapar ao Governo”, começa por salientar a associação, referindo que na hotelaria, restauração e bebidas “registavam-se 257,4 mil postos de trabalho no primeiro trimestre de 2014, menos 12.800 postos de trabalho (-4,7%), face ao período homólogo. A diferença ainda é maior, relativamente ao trimestre anterior, registando uma perda de 37.200 postos de trabalho (-12,6%).” No acumulado do semestre entre outubro de 2013 e março de 2014, segundo a AHRESP, perderam-se 56.800 postos de trabalho, um aumento de 100% face a período homólogo anterior, o que, segundo as contas da associação, se transpõe em 315,5 postos de trabalho por dia. “Infelizmente, esta é a realidade que as empresas associadas da AHRESP sentem na pele. Encerramentos e despedimentos diários, tesourarias esgotadas, dívidas sobre dívidas, bens hipotecados, empresários desesperados, que não têm a quem recorrer”, lamenta a associação, destacando a problemática do IVA, uma taxa que os responsáveis consideram “absurda e nefasta” para este setor estratégico para a economia portuguesa.

O auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, em Faro, foi o local escolhido pela Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) para a assinatura do DECIF 2014 na região do Algarve, numa parceria direta entre as câmaras municipais de toda a região, a Autoridade Nacional de Proteção Civil, a Federação dos Bombeiros do Algarve e ainda pelas entidades detentoras dos corpos de bombeiros, de modo a reforçar a comparticipação paga pelo Estado aos bombeiros que integram, nas fases mais críticas, o dispositivo de resposta aos incêndios. Face ao incremento sazonal da população e enquanto destino turístico de excelência, o Algarve inevitavelmente sofre um aumento exponencial de ocorrências no âmbito da proteção e socorro, aumento este que necessita de um dispositivo especial, neste caso específico o DECIF, que assegure uma capacidade adequada de resposta a este desígnio nacional.

Prevenção começa bem cedo A Câmara Municipal de Aljezur é um ótimo exemplo de como a prevenção dos incêndios florestais necessita de ser levada em conta antecipadamente, pelo que já no início do mês de março tinham sido iniciados inúmeros trabalhos relativos à limpeza das florestas da região, assim como a prossecução de uma silvicultura de

prevenção, ambos inseridos no PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural. Neste sentido, foram implementados diversos mosaicos com parcelas de gestão de combustível, faixas regulares ao longo de caminhos florestais e estradas municipais, bem como a intervenção estrategicamente colocada, de modo a reduzir ao máximo o risco de incêndio.

2013 ano negro para os bombeiros portugueses É importante recordar que estas medidas importantes de combate aos incêndios vêm no seguimento daquele que foi, sem dúvida, um dos piores anos para os bombeiros em Portugal. Os incêndios flores-

tais provocaram nove mortos, oito bombeiros e um autarca, e consumiram mais de 145 mil hectares, a maior área ardida dos últimos oito anos. É também por aqui que se explica o facto de, face à dificuldade no recrutamento de bombeiros para o DECIF, uma vez que a região do Algarve oferece oportunidades de emprego sazonal no setor turístico com condições remuneratórias mais aliciantes, que foi aprovado por unanimidade na AMAL, um protocolo de colaboração entre as Câmaras Municipais do Algarve, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), a Federação dos Bombeiros do Algarve e as Associações Humanitárias dos Corpos de Bombeiros,

que irão, desta feita, assegurar um reforço à comparticipação de 45 euros por dia/homem, paga pelo Governo, através da ANPC. Assim, os municípios, assumem um valor diário de 15 euros a 716 bombeiros, num valor total de 317.760 euros a suportar por todas as câmaras municipais. Estes são, deveras, trabalhos e iniciativas que assumem uma importância cada vez maior, numa altura em que a época dos incêndios está a bater à porta. Somente com uma maior e mais eficaz prevenção de qualidade é que se pode reduzir o número de incêndios florestais que anualmente assolam o nosso país. A.S.

Bombeiros de Lagoa recebem 235 equipamentos de proteção individual A Câmara de Lagoa entregou, na semana passada, 235 equipamentos de proteção individual aos Bombeiros Voluntários de Lagoa, no âmbito da candidatura ao PO ALGARVE 21 da Operação “Reequipamento Estratégico da Proteção Civil do Algarve”, em que o promotor é a AMAL e os 16 municípios algarvios. O presidente da autarquia, Francisco Martins, fez a entrega dos equipamentos de proteção individual

contra incêndios florestais e urbanos ao comandante dos bombeiros de Lagoa, Vítor Rio Alves - que também é o responsável pela proteção civil no concelho de Lagoa - e a outros quadros daquela corporação de bombeiros. A Câmara de Lagoa teve uma despesa pública aprovada no valor de 348 mil euros a que corresponde uma comparticipação de 85% do FEDER, de 295 mil euros. “Estes 235 equipamentos destinam-se à proteção

individual contra incêndios florestais (179) no que se inclui calças e casacos de uniforme, botas, cógulas e luvas e 56 equipamentos para combate a incêndios urbanos, que inclui Aricas, fatos nomex completos, cógulas, botas, capacetes e luvas”, refere a autarquia, salientando que tem mantido uma importante parceria humanitária com os bombeiros voluntários.


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